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192
Anexo 1
Roteiro da entrevista
A. FICHA PESSOAL E PROFISSIONAL:
1. Nome:
2. Grau de escolaridade: __ Especializações (caso tenha feito), quais?
3. Idade: __ anos; Sexo: __; Tempo de magistério: ___ anos.
4. Meu ingresso na função de coordenador pedagógico foi através de:
5. Tempo de serviço como coordenador pedagógico:
6. Já teve algum outro cargo administrativo ou de função gratificada antes de
assumir a coordenação pedagógica?
6.1. Qual?
6.2. Quanto tempo trabalha nesta escola?
6.3. Já trabalhou em outras escolas como coordenador pedagógico nesta CRE
ou em outras CREs?
6.4. Caso afirmativo, por quanto tempo?
B. PERFIL GERAL DA ESCOLA ONDE TRABALHA:
1. Nome da escola:
2. Segmentos que a escola atende:
3. Número de turmas:___ e ___ alunos.
4. A escola possui __ turnos.
5. Pessoas da equipe técnico-pedagógica, além do coordenador pedagógico:
diretor ( ), diretor-adjunto ( ).
Outros: __ professores de 1º segmento e __ de 2º segmento.
6. A escola possui: Sala de leitura ( ) , Laboratório de informática ( ) ,
auditório ( ) , pátio ( ), refeitório ( ) , quadra ( ), outros:____.
7. A escola possui: Projeto político-pedagógico ( ), Proposta pedagógica ( ),
projetos de trabalho ( ), projetos da SME ( ), unidades de experiências ( ),
outros ( ): _______, não possui ( ).
193
C. A IDENTIDADE DO COORDENADOR PEDAGÓGICO:
1. Como você define a função “coordenador pedagógico”?
2. E sobre o seu trabalho na escola, como você o descreveria?
3. Você faria um relato a respeito de um dia dentro da sua rotina de trabalho na
escola, do início ao fim do dia?
4. Algo mais que você gostaria de acrescentar sobre a coordenação pedagógica?
5. E quanto ao seu trabalho na escola?
6. Como você organiza os “centros de estudos” com os professores?
6.1. Utiliza textos nestas reuniões, dinâmicas?
6.2. Que tipo de textos?
6.3. Pode descrever como as reuniões são desenvolvidas?
6.4. Você trabalha algum tema de interesse nos “centros de estudos”?
6.5. Qual?
6.6. Descreva como é a participação de seu grupo de professores?
6.7. Quais as dificuldades que você enfrenta?
6.8. Como lida com elas?
7. Como você descreve a sua relação com a direção da escola, referente à sua
função de coordenador pedagógico?
D. A FORMAÇÃO CONTINUADA:
1. Após o curso universitário, você fez algum outro tipo de formação não
acadêmica?
1.2. Quais cursos?
2. Você já fez algum dos cursos promovido pela SME?
2.1. Oficinas?
2.2. Cursos?
2.3. Seminários?
2.4. Outros: _______
3. Qual destes cursos teve um caráter mais significativo para você?
3.1. Sua opinião em relação adequação destas atividades de formação
que participou:
3.2. Havia material textual?
3.2.1. De que tipo?
194
3.2.2. Quais os temas mais importantes apresentados nestes materiais?
3.3. Outros tipos de material havia?
3.4. Havia dinâmicas?
3.4.1. Como eram desenvolvidas?
3.4.2. As dinâmicas são aproveitadas nas atividades desenvolvidas nos
“centros de estudos” junto aos professores?
3.4.3. De que maneira?
E. “CURSO PARA DOCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL –
COORDENADOR PEDAGÓGICO”:
1. Você faz ou já fez o “Curso para Docentes do Ensino Fundamental -
Coordenador Pedagógico” promovido pela DEF?
1.2. Em que freqüência?
2. Como você define a dinâmica do curso?
3. O curso atendeu às suas expectativas?
3.1. De que forma?
4. Na questão referente à sua formação como coordenador pedagógico, que
temas você destaca?
5. Os textos trabalhados no curso foram úteis para a sua formação docente
como coordenador?
6. Em relação aos temas recorrentes no curso:
6.1. Projeto político-pedagógico:
7.2. Avaliação:
7.3. Ciclos de formação:
7.4. Conselho de classe:
7.5. Formação de grupo:
7.6. Currículo:
7.7. Você pode falar sobre cada um deles?
8. Que outros temas você gostaria que tivessem sido trabalhados no curso?
9. A respeito dos autores, eles fazem uma relação entre teoria e prática que está
próxima ou distante da realidade das escolas da rede?
9.1. Você pode fazer algum comentário sobre isso?
195
10. Que autores você destacaria nestas categorias: “próximas e distantes” da
prática escolar?
11. Qual a sua sugestão de outros textos ou temas que poderiam ser abordados
neste curso?
12. A respeito das “trocas de experiências”, você considera que o tempo
dedicado às “trocas” entre os coordenadores cursistas foi ou está sendo
suficiente?
12.1. Contempla as suas expectativas?
12.2. De que maneira?
13. Outras considerações que você gostaria de fazer a respeito do curso:
F. A RELAÇÃO DO CURSO COM O TRABALHO NA ESCOLA:
1- Você utiliza ou já utilizou os textos do “Curso para Docentes do Ensino
Fundamental - Coordenador Pedagógico” nos “centros de estudos”?
1.1. Com é feito?
1.2. Caso contrário, por que não?
2. Caso positivo, como foi a resposta dos professores em relação aos textos
trabalhados?
3. Que outros temas você trabalha nos “centros de estudos”?
3.1. Como procede esta dinâmica?
4. Você aproveita os textos e as “trocas de experiências” apresentadas no
curso para desenvolver alguma atividade pedagógica na escola, como,
por exemplo, o projeto pedagógico da escola?
4.1. Como é feito, em caso de afirmativa?
5. Existem outras atividades, além dos “centros de estudos”, que promovem
a formação continuada dos professores da escola?
5.1. Como são feitas estas atividades?
5.2. De que forma os docentes participam?
G. A RESPEITO DA AMPLIAÇÃO DOS CICLOS DE FORMAÇÃO
PARA TODA A REDE ESCOLAR:
1. Como se desenvolveu o processo de implementação das mudanças de
seriação para ciclo em sua escola?
2. Os professores discutiram este tema nos “centros de estudos”?
2.1. E nos conselhos de classe?
196
3. As mudanças ocorridas em 2007, da expansão dos Ciclos de Formação para
toda a rede foi debatida no “Curso para Docentes do Ensino Fundamental -
Coordenador Pedagógico” em sua turma?
3.1. De que forma?
4. Na sua escola, como os professores receberam a novas mudanças feitas pela
SME na avaliação escolar dos alunos da rede?
H. CONSIDERAÇÕES GERAIS:
1. Você acha que esta entrevista permite conhecer o trabalho do coordenador
pedagógico da rede de escolas públicas municipais da cidade do Rio de
Janeiro?
2. Você acrescentaria mais alguma questão?
3. Gostaria de dizer algo mais ou algum comentário sobre esta entrevista?
197
Anexo 2
TRANSCRIÇÃO DE ENTREVISTA – coordenadora pedagógica: Rosana
A) FICHA PESSOAL E PROFISSIONAL:
7. Nome: Rosana
8. Grau de escolaridade: 3º Grau – Pedagogia. Especializações (caso
tenha feito), quais? Administração e Supervisão Escolar
9. Idade: 51 anos; Sexo: Feminino; Tempo de magistério: 30 anos
10. Meu ingresso na função de coordenador pedagógico foi através de:
Escolha pelos professores e direção com a aprovação do CEC da
escola.
11. Tempo de serviço como coordenador pedagógico: 10 anos
12. Já teve algum outro cargo administrativo ou de função gratificada
antes de assumir a coordenação pedagógica? Sim.
6.1- Qual? Diretora-adjunta por 2 anos.
13. Quanto tempo trabalha nesta escola? 28 anos.
14. Já trabalhou em outras escolas como coordenador pedagógico nesta
CRE ou em outras CREs? (respondeu na pergunta seguinte).
8.1. Caso afirmativo, por quanto tempo? Sempre trabalhou nesta CRE.
Até 2006 estava em turma com a segunda matrícula. Atualmente está
atuando exclusivamente como coordenadora pedagógica.
B) PERFIL GERAL DA ESCOLA ONDE TRABALHA:
8. Nome da escola: Escola 2.
9. Segmentos que a escola atende: Educação Infantil até o ano
intermediário do 2º ciclo de formação (EI ao 5º ano).
10. Número de turmas: 24 e 900 alunos.
11. A escola possui 2 turnos: manhã e tarde.
198
12. Pessoas da equipe técnico-pedagógica, além do coordenador
pedagógico: diretor, diretor-adjunto. Outros: professora de sala de
leitura.
13. 22 professores de 1º segmento e 06 de 2º segmento (Educação Física).
14. A escola possui: Sala de leitura, auditório, pátio, refeitório, quadra.
Outros: parquinho, sala de vídeo.
15. A escola possui: Projeto político-pedagógico.
C) A IDENTIDADE DO COORDENADOR PEDAGÓGICO:
14. Como você define a função “coordenador pedagógico”?
(Pausa no início para pensar na resposta)
Rosana: O professor que articula...tudo que vai acontecer na escola.
Eu acho que nesse momento, as escolas estavam precisando dessa
função para ser o catalisador das angústias dos professores, dos pais,
dos alunos e até da própria direção. Porque tem momentos em que eles
são solitários. Então esse coordenador veio como elemento agregador.
É o que eu acho que seja. Eu espero que essa pessoa seja um elemento
agregador. Aquele que deve ter um jogo de cintura. E tem momentos
que a gente diz: “Meu Deus!” A gente respira, tem um jogo de cintura.
Todo mundo cai. Mas, nós somos os últimos a entregar os pontos, não
é assim? Eu acho que o coordenador pedagógico tem que ser assim.
Ele tem que acertar. Ele tem que mostrar entusiasmo. Se ele entrar
numa de fazer parte daquele grupo que está contaminado, está
descrente de tudo...Não. Ele tem que acreditar, sempre estudando, até
porque a gente passa por processo de mudanças. Muita gente não
acredita, mas, a gente tem que estar em consonância com a Secretaria.
E a gente tem que passar aquilo de uma forma que o professor veja que
aquilo vai beneficiá-lo. Tem os prós e os contras. Mas vamos tentar
tirar o melhor daquilo que está acontecendo. Eu sou assim: muito
otimista. Nestes dez anos para mim foram tentando acertar. Eu acho
que o coordenador é essa figura de articulador, de gente que goste,
sabe, de lidar com gente, se não for assim não tem razão de ser.
199
15. E sobre o seu trabalho na escola, de que maneira você o
descreveria?
Rosana: Um pouco conselheira, um pouco mãe, autoritária, vem
aquele (professor) que precisa, e vem, reclama e aí eu dou aquela
palavra amiga. Eu tenho que estar sempre cativando. É o pai que vem,
ainda mais neste momento em que estou vivendo agora, tem que ser de
paz, mas tem hora que precisa daquela mãe mais severa, que diz: “Tem
que ser assim”. É o tempo todo tentando ajudar. Eu tenho um grupo
muito antigo: professores com mais de dez anos na escola, então
pegaram aquelas mudanças todas na aposentadoria, é aquele professor
que diz: “eu já vi, eu já conheço”, e aí eu tenho que ficar fazendo
aquele trabalho de sedução, você tenta no amor, mas tem momento que
eu tenho mostrar que tem que ser assim, tenho que mostrar que é
profissional e que naquele momento ele (professor) tem quem agir de
uma forma que está sendo pedido dele. Lidar um grupo difícil, eu
tenho que dar um pouquinho, depois eu “puxo”, a reunião vai,
conversa, dispersa, e aí vamos voltar um pouquinho, e eu tenho que
fazer isso com todo mundo, até com o pessoal da COMLURB (garis),
com o pessoal da merenda (merendeiras), com a sala de leitura. Todo
mundo tem uma queixa. Elogiar o que acontece na escola, são poucos
os momentos de elogio. O que a gente o tempo todo encontra é: “Está
faltando isso!” “Eu queria isso!” São as lamentações. E eu tenho que
estar sempre aqui recebendo. A nossa porta tem que estar sempre
aberta. Quando acontece uma coisa legal, parar o que está fazendo e
ver o que acontece de “legal”, porque o professor precisa disso. Tem
uma apresentação na Educação Infantil, vamos lá. Eu tenho que estar o
tempo todo...a gente não pára. Ás vezes eu preciso estudar um texto
tenho que fazer um trabalhinho...mas, conseguir um tempo para mim, é
muito raro. O tempo todo, o nosso tempo é para eles. Às vezes tem um
texto legal, conversar com o professor sobre um aluno... é melhor do
que uma consultoria (encontro individual do coordenador com o
professor) que é mais formal. E, com esse grupo, eles não vêem com
muito bons olhos essa coisa de “rotular” o encontro. Vamos “bater um
200
papinho”, funciona mais do que utilizar a palavra certa. Eu que já
passei por outros staffs. Sabe que tem o Censo (censo escolar), e tem
que fazer, então vou ajudar. Eu estou aqui para ajudar. Ajudo ao
professor, ajudo à direção. A nossa função tem as suas atribuições, e
eu tenho que ter claro o que é da minha função. E separar o que não é,
e dizer não. “Isso não é da minha função” e “não vou ajudar”, não dá!
Tudo é da escola. Os alunos são da escola, a direção tem que ser
participativa então, querendo ou não, nós fazemos parte disso. Não
porque se é professor que eu não vou fazer isso. Não! Equipe é todo
mundo. Eu sempre brigo com elas (professoras) que a gente não tem
que “ser estrela”, tem que “ser constelação”. Quando se é
“constelação”, tudo acontece. Se ficar no individualismo, não acontece
nada.
16. Você descreveria um dia dentro da sua rotina de trabalho na
escola, do início ao fim do dia?
Rosana: Entrei. Vou pegar minha chave, já tem alguém me dizendo
assim: “olha, você atende uma mãe, porque eu preciso levar a minha
turma para sala”. Aí eu atendo. Depois eu venho conversar também. E
a outra vem: “preciso de material!” Tem o material que se distribui
para o professor. “Está dando problema lá na hora do recreio.” E eu
vou também. Vou lá falar com o professor de Educação Física, porque
“eu queria que ele fizesse um trabalho diferente com a minha turma”
(exemplo de fala de professor). Até eu abrir a porta da minha sala já
tem mil coisas para fazer, até eu chegar a abrir a porta e trazer a minha
bolsa para cá já aconteceram várias coisas. Às vezes eu tenho que
pensar em como organizar o meu centro de estudos, ler um texto. Eu
entro na escola e o tempo todo eu sou solicitada. A mãe vem aqui, e eu
atendo. Até porque é também o nosso papel. Porque com esses alunos
que eu estou recebendo, e a gente ainda não conhece. Até um pouco
antes de você (a pesquisadora) chegar, eu estava aqui com uma mãe,
que estava dizendo: “Ah! O que eu vou fazer com meu filho?”...tem o
problema do ônibus (transporte diário dos alunos até a escola), tem o
201
problema na escola, porque ela ainda não se organizou. E nós estamos
fazendo este papel de falar com eles: “esse material agora é de vocês,
essa escola agora é de vocês”, porque eles (alunos) ainda não estão se
sentindo parte da escola. E esse é o nosso papel; vamos unir essa
escola. Não existe mais a escola de onde eles vieram. Todos (os
alunos) agora são da Escola 2. E aí eu vejo que eles (alunos) têm
descaso com o material, destroem as coisas, e o professor já está
cansado. Vou lá dar uma “palavrinha” com ele. Eu sempre vou a uma
turma, eu sempre vou conversar com o professor, eu sempre atendo
durante o dia a mãe de aluno. E rodar. Eu vou pelos corredores,
passeio, vou às salas ver como eles estão, para eu também conhecê-los
porque tem alunos que eu ainda não conheço. Estou vivendo uma
situação bem atípica, eu tinha um grupo e eu sabia onde estavam os
“meus calos”. O grupo (de alunos) cresceu tanto que eu preciso estar o
tempo todo “rodando” (pelas salas de aula) para eles me conhecerem e
fazerem o vínculo com a escola. A gente está precisando agora fazer
com que eles sintam que são nossos alunos. Se você olhar, a entrada e
a saída, você vai ver que precisamos promover certas ações para
integrar esse grupo. E é o tempo todo isso. Conversa com eles, vou à
sala, vou à sala de leitura, vejo a sala de leitura como uma grande
parceira, nessa hora, estou precisando de parcerias. Graças a Deus, eu
tenho um grupo (professores) que está atuando junto, porque foi um
choque. O professor já tinha a sua sala e os seus armários. E ele teve
que dividir, teve que doar, e isso aí é um processo. Nós estamos
caminhando, dividindo tudo. E eu estou lá perguntando: está
precisando de alguma coisa? Porque eles são novos na escola
(professores). Eles não sabem o que eu tenho, quais as possibilidades.
E nós estamos o tempo todo fazendo tudo para eles se sentirem
também acolhidos. Vieram 5 professores e recebi mais dois
professores de outras CREs que se mudaram para o bairro B. (bairro
onde a escola está localizada), então são professores novos. Os que já
são mais antigos, vêm a minha sala, já sabem o material (pedagógico)
que tem. E o outro precisa conhecer as possibilidades que a escola tem.
202
O dia é movimentadíssimo. Você (a pesquisadora), não tem noção.
Mas eu penso assim: se veio para mim, vamos lá. Eu já tenho dez anos
e eu acho que já tenho um caminho. E mostrar o que me valeu essas
capacitações os textos, das coisas que eu já vivi enquanto
coordenadora para ajudar esse grupo que caiu na minha mão. (alunos e
professores).
Pesquisadora: Você recebeu 520 alunos em abril deste ano. Eu
acho que essa peculiaridade deve ser registrada. A sua rotina de
trabalho foi transformada em função dessa ampliação da sua
escola. Devido ao fechamento do terceiro turno de outra unidade
escolar. E estas crianças são transportadas diariamente pelos
ônibus escolares da Prefeitura na ida e na volta para casa?
Rosana: E que a todo o momento serve para uma ação pedagógica, é
na hora do café é na hora do almoço, até eu conhecer: quem é? Quem é
esse grupo que está comigo agora? As crianças vão sentar lá e eu tenho
que ficar perguntando: “vocês estão gostando da escola?” Como eles
vêm de longe, eu não tenho o pai dentro da escola. Eles estão
adorando. Porque para eles andar de ônibus do R. (bairro onde os
alunos residem) prá cá está sendo um passeio. Quantos não conheciam
esse trajeto! Eu já fiz um trabalho com eles, um projeto de cinema, e
tinha crianças que nunca tinham ido ao cinema. Então eu preciso de
atividades culturais, coisas para agregar e ampliar esse trabalho da
escola. Quando eles (alunos novos) entraram, eu já tinha começado o
meu (projeto). O meu projeto político-pedagógico hoje não tem
sentido! Não vou reestruturar o que tem: vou ter que refazer, porque
este aluno é de outra realidade. Vou ter que estar re-arrumando. Não é
reestruturar o que eu tenho. É “Fênix”! É estar renascendo, é fechar
aquilo ali porque é outra escola. Eu recebi outra escola!
203
17. Algo mais que você gostaria de acrescentar sobre a coordenação
pedagógica?
Rosana: (pausa antes de falar) Eu acho que... nós precisaríamos estar
mais próximos, porque todo mundo divide (suas cargas) com a gente
mas, quando nós temos as nossas questões, às vezes, não temos com
quem dividir. Eu não tenho uma escola próxima. A mais próxima da
minha é uma escola de segundo segmento. De segundo e terceiro
ciclos, que é outra realidade. E que não tem as mesmas questões que
eu. Antigamente a gente tinha uns encontros por pólos: aquelas escolas
mais próximas se encontravam, trocavam idéias e isso dava um
trabalho legal. No início do meu trabalho como coordenadora, eu ia
muito a esses encontros. Eu sinto falta desses encontros. Não é um
encontro de estudos. Mas, aquele de “trocar figurinhas”. Aquela
“catarse” que o professor faz. Porque o espaço de formação não é o
“espaço da catarse”. E às vezes a gente sabe que ela acontece. Essa
“catarse” poderia acontecer de outra forma.
18. E quanto ao seu trabalho na escola?
(Respondeu na pergunta anterior).
19. Como você organiza os “centros de estudos” com os professores?
Rosana: Em alguns “centros de estudos” eu peço sugestões de temas
que eles gostariam que fossem abordados. Esse espaço que um dia nós
já perdemos e que está sendo revitalizado, mas que precisa ser
revitalizado de uma forma bem consciente e bem consistente. Então,
não pode ser mais minha visão, vocês têm alguma sugestão tem um
tema que precisa ser mais discutido, tem que ser mais compartilhado.
“Ah! vamos conversar sobre a escola. Nós estamos precisando dessa
conversa” (exemplos de reivindicações dos professores). Então está
bem. Vamos conversar. Mas tem o estudo que eu preparo, o texto que
eu separo. Eu sempre tenho um cuidado de trazer um texto que está
dentro da realidade deles, outra hora trago um vídeo, uma música para
204
sensibilizar, uma dinâmica. Como a gente lida com gente, a gente
precisa estar fazendo esses exercícios, de conhecimento, às vezes até
de autoconhecimento, jogos, brincadeiras, a gente precisa descontrair.
Esses centros de estudos precisam ter um corpo. Nesses dez anos,
também sou orientadora educacional. E eu tenho o hábito de fazer. Eu
acho que dá um bom resultado. Às vezes quando a gente faz uma
dinâmica para atingir determinados objetivos eu tenho o olhar e eu
acho que é característica do coordenador ser observador e pesquisador
nesse sentido. Porque a gente está precisando disso. Eu vou atender
àquelas necessidades. Então eu estou sempre buscando, entendeu.
Então eu vou à internet. Eu vou a seminários, eu vou às capacitações,
as que podem ser usadas na escola. Rever uma dinâmica essa semana.
Então, semana que vem eu vou usá-la com os professores. Não. Eu
guardo e vou usar quando for necessário. Lembra daquela da “Escola
de Samba” (dinâmica reflexiva dada no primeiro encontro do “Curso
para Docentes do Ensino Fundamental – Coordenador Pedagógico” em
2008)? Caiu com uma luva! Imagina! Eu estou recebendo um grupo
novo. Aquilo caiu de presente para mim. Foi maravilhoso! Eu poder
fazer aquele trabalho com aquele grupo. Eu descobrir. Eu sempre vou
me movimentar. “Ah! Queremos fazer registro”. Então tem o tempo do
“registro”. Vamos conversar sobre o “registro”. Às vezes um professor
tem alguma dificuldade sobre um aluno. Às vezes ele tem dificuldade
de falar sobre os alunos, então, nós sentamos, uma pode até trocar com
a outra, sobre a questão do “registro” dos alunos. E a nossa próxima
meta é fazer com que esses projetos que estão sendo realizados na
escola sejam registrados de outra forma. Trabalhar esse “registro” da
escola é a minha próxima meta para esse segundo semestre.
3.1- Utiliza textos nestas reuniões, dinâmicas?
Rosana: Eu utilizo textos de revistas. Eu sou assinante da
Revista Educar, às vezes um texto da Revista Nova Escola. Num
“centro de estudos parcial”, não há tempo para você ler um texto
muito longo, então se você tem oportunidade de pegar um texto
205
que esteja mais condensado e que dá para dar início a uma
discussão sobre o trabalho da escola, aí você divide da melhor
forma possível, quando o “centro de estudos” é integral, eu pego
aqueles livros que nós recebemos sobre Ciclos de Formação e
também o Caderno do Professor que nós recebemos já há algum
tempo atrás e que usei um texto, deixo ele ali, volto. Vamos
pegar aquele texto, vamos usar aquele caderno, antes eu boto
recadinhos pelas paredes dizendo: “Nestes “centros de estudos”
vamos trabalhar com o Caderno do Professor, vamos pegar o
livrinho da Revisão da Multieducação”. Eu sempre aviso com
antecedência, mas, pedir para ler em casa é complicado. E que
atendam ao professor, tem que deixar um sabor de agrado.
Aqueles pequenos livrinhos, para despertar a curiosidade e
tentar mobilizar para que eles busquem, e que eles tragam
também. Às vezes alguém viu alguma coisa que foi interessante,
tem gente que me traz. Essas parcerias é que tem que estar na
escola e nas nossas capacitações. Eu tenho que estar buscando
parcerias para revitalizar o meu trabalho se não, vai ser assim:
ele (o professor) vai se perder, e eu não posso deixar. Tem que
ser utilizado e bem utilizado. É assim: tem o horário e eu faço
dois “centros de estudos”, para atender à escola. Tem o grupo da
manhã e tem o grupo da tarde porque são pessoas que trabalham
em outras escolas. Por isso eu faço dois “centros de estudos”.
Mesmo que eu planeje, os textos podem ser os mesmos, mas as
discussões, às vezes, tomam outros rumos. Nunca fica igual. São
assim: bem dinâmicos.
3.2- Que dificuldades você enfrenta?
Rosana: A resistência à leitura. Eu tenho aquele que acha
que seria mais importante estar planejando a aula dele,
fazendo o registro, tem uns que fogem, parecem que estão
“escorrendo”. Se elas puderem arrumar outra coisa...
Aparece sempre alguém dentro do grupo com certa má
206
vontade, vai “arrastada”. Mas depois, tem uns que
conseguem chegar e participar. Você sabe: o movimento do
grupo é esse: tem aqueles que te apóiam que contribuem, e
tem aquele que entra para “jogar o trabalho no chão”. Eu
deixo um pouquinho e daqui a pouco eu volto para o tema:
“vamos lá!” E consigo trazer o grupo novamente para mim.
Porque o grande problema não é o texto que eu escolhi, não
é planejar o meu trabalho. Eu não sei, quando eu entro na
sala, como eu vou encontrar aquele grupo. Aí tem aquelas
“panelas” que eu tenho que desfazer. Um dia eu faço (“os
centros de estudos”) na sala de leitura, outro dia eu faço na
sala de vídeo. Eu tenho que ficar mudando (de sala) até para
ele conhecer o trabalho do colega, que é uma boa estratégia.
Porque fazendo em outras salas, ele vê o trabalho do colega,
porque ele (o professor) não entra na sala do colega. Eu faço
na sala de leitura ou na sala de vídeo, mas, hoje vou fazer na
sala da “fulana”. Vou lá e faço na sala de aula para que o
professor possa ver o que outro está fazendo. Porque às
vezes eles “trocam experiências”, mas, na fala, sem ver o
que outro está fazendo e ali na sala ele vê o que está
acontecendo. Eu faço na sala da Educação Infantil. Eu tenho
o auditório que é um espaço maravilhoso. Não precisaria de
outro espaço, mas eu gosto de estar “mexendo” com esse
grupo. Mas quando eu vou para sala, eu aviso antes: desta
vez, os “centros de estudos” vão ser na sua sala. Para ele se
organizar e ficar tranquilo, mas eles já estão acostumados
com essas coisas.
20. Como você descreve a sua relação com a direção da escola,
referente à sua função de coordenador pedagógico?
Rosana: Olha, eu tenho uma relação parceira. Eu tenho apoio da
direção, e sou ouvida. Não só sou ouvida com também a direção pede
a minha opinião para determinadas coisas que elas querem fazer, há
207
uma parceria muito legal. Há um grau de amizade e de envolvimento e
por isso, estamos juntas. Eu sou a mais antiga da escola. Mas, eu sei
até onde eu posso ir. Eu sei qual é meu papel e sei qual é o papel da
direção. Elas não passam por cima de mim, e nem eu delas. Nós somos
parceiras, eu compartilho os textos que são distribuídos nos conselhos
de classe, as estratégias. A única coisa que faço surpresa e não mostro
anteriormente são as dinâmicas de grupo. E eu faço todos participarem.
Por isso eu acho que não tem graça eu contar antes o que eu quero
fazer. O elemento surpresa da participação é esse. Eles participam
bem. Até planejamento de compras: de material pedagógico, material
para o pessoal da Educação Física, me dão a “listinha”, como a escola
é muito grande, necessita de muitas coisas, mas que pode ser feito,
somos atendidos.
D) A FORMAÇÃO CONTINUADA:
1- Após co curso universitário, você fez algum outro tipo de formação
não acadêmica?
1.2- Quais cursos?
(fez uma pausa e não respondeu).
2- Você já fez algum dos cursos promovido pela SME?
Rosana: Muitos. Desde que eu entrei no Município (do Rio de
Janeiro), eu sempre participei, de seminários, palestras, vou à palestras
que não são da Secretaria, vou à palestras de livrarias, não faço só as
capacitações promovidas pela SME também pago, eu vou à “Jornada
Internacional da Educação” que a “Futura Eventos” promove, vou a
palestras que determinado autor promove, porque eu acho que a
questão da capacitação é um movimento que é meu, então, eu vou
além do que a Secretaria nos oferece. Tenho que buscar outras fontes.
Eu estou sempre buscando outras fontes. Eu até ultimamente fui a uma
palestra sobre “Multiculturalismo”, que era mais para o pessoal do
segundo e terceiro ciclos e eu fui. Gosto de temas como “Política”.
Gosto de fazer coisas diferentes. Eu valorizo esta coisa do ‘diferente”.
208
Não é só ficar lendo sobre “Educação”. A gente também precisa ir ao
teatro. Eu preciso de coisas para “ter gás” ainda mais eu que tenho
duas matrículas, que chego aqui às 7h15m e fico até o último (aluno) ir
embora (risos), tem que ter prazer, se não... e eu tenho.
3- Qual destes cursos teve um caráter mais significativo de todos que
você citou?
Rosana: Eu participo há vários anos da “Jornada da Educação da
Futura” e eles sempre fazem no sábado. De quinta a sábado. No sábado
sempre tem umas atividades que são feitas pelos professores de
Educação Física, que são trabalhos corporais. Então, eu me dou de
presente a participação nesse trabalho. Eu participo das palestras,
escuto, anoto, participo das feiras do livro, mas tem uma parte desse
seminário que eu curto; porque é aí o momento em que eu vou
“brincar”, vou rolar no chão, que é uma participação mais lúdica, como
uma brincadeira, e eu gosto muito.
E) “CURSO PARA DOCENTES DO ENSNINO FUNDAMENTAL –
COORDEANDOR PEDAGÓGICO”:
1- Você faz ou já fez o “Curso para Docentes do Ensino Fundamental
– Coordenador Pedagógico” promovido pela DEF?
Todos.
1.2- Em que freqüência?
Desde o início.
2- Como você define a dinâmica do curso?
Rosana: Eu acho que os textos foram bem escolhidos. Atendem. As
discussões atendem tanto o grupo mais antigo quanto aquele que está
chegando agora, esse grupo jovem, o grupo novo na função. E às vezes
as discussões tomam rumos que já foram superados por aqueles que já
têm algum tempo na função. É lógico que a gente dá a nossa
contribuição, mas, poderia haver alguns momentos que poderiam
acontecer de uma forma diferenciada. A primeira foi em 2002. Bem,
209
2002 pela DEF, mas aqui na 7ª CRE nós já tínhamos um trabalho e
cursos promovidos pela DED26, para quem está desde 1998. Nós
sempre tivemos encontros fazíamos estudos sobre vários autores,
pegávamos trabalhos e analisávamos, isso aí sempre foi feito. O que
aconteceu? Nós vínhamos “num crescer”. E em 2004 nós já tínhamos
“um caminhar”, mas o grupo se modifica muito a cada ano que passa.
O grupo que eu estou fazendo capacitação em 2008, a maioria mudou.
Tem muitas colegas que são novas na função. E o aprofundamento dos
textos, se perde um pouco, porque tem questões que elas trazem que já
passamos por elas, não sei se você concorda com isso. Mas, eu vejo
assim. Que a proposta é boa, eles trazem textos que atendem ás nossas
necessidades, na questão do PPP, na questão do grupo, como trabalhar
esse grupo, do relatório, refletir sobre a prática. Acho que sido um
exercício muito bom para nós. Agora, com esse grupo que ainda traz
questão tais como: “Ah abro o portão, não abro o portão, faço isso ou
faço aquilo”, o tempo que a gente tem de capacitação...bem, é o
momento delas, mas, eu acho que não é mais o meu e de algumas
pessoas que devem estar fazendo esse curso também.
4- Na questão da sua formação como coordenador pedagógico, que
temas você destaca?
Rosana: Olha, como eu gosto muito de trabalhar com grupos, de
trabalhar com gente, eu gosto desse tema: o grupo. A formação do
grupo, como é que é, como nós podemos identificar os silêncios e as
falas desses grupos. Eu gosto desse tema. Gosto da formação humana,
gosto também da filosófica, entrar um pouquinho com a “Filosofia”.
Porque ela é “a mãe” (das ciências). Nós precisamos estar fazendo essa
ponte, vamos lá à “Filosofia”, na “Psicologia”, da questão pedagógica
26
Divisão de Educação, vinculada à CRE tem seu correspondente administrativo na SME, o Departamento Geral de Educação, que cuida de repassar às escolas públicas municipais as diretrizes da SME, fiscalizar as ações pedagógicas e acompanhar o desempenho dos alunos das escolas de sua área de abrangência.
210
e da prática diária de cada um de nós. Esse “caldo” é que nos dá base
para “aguentar” a escola com ânimo. Eu chego. “Meu Deus do Céu!”
Na hora de sair para o curso, sempre acontece alguma coisa, então,
quando eu chego atrasada, eu perco o início. Então fico pensando:
acho que vou sair dessa função, pois, me dá um desânimo. Eu vejo que
as pessoas estão desanimadas. Eu mesma já ajudei muitas
(coordenadoras pedagógicas) a ter ânimo para não sair da função. Já
ajudei muita gente a repensar e ficar na função. Eu gosto. Além de
trabalhar com o meu grupo eu gosto de trabalhar com as minhas
colegas, com os meus pares, quando eles estão caídos. “Repensa aí,
está tão legal, vamos continuar”. Eu acho essa “troca” (entre os pares)
muito legal. Mas, eu estou vendo que, de um tempo pra cá, está
trocando muito coordenador. Não há uma continuidade, e esse grupo
de 1998 é desse tamanho. (fez um gesto diminuto com os dedos)
porque a cada ano está trocando o coordenador e eu fico pensando:
“quem era mesmo daquela escola?” Eu acho que perdeu um pouco da
identidade do grupo. Eu vejo isso pelo grupo que eu estou fazendo (o
curso de coordenadores pedagógicos). Não sei se isso também
acontece no grupo da manhã, mas, eu vejo isso no grupo da tarde. À
tarde tem muita gente nova.
5- Os textos trabalhados no curso foram úteis para a sua formação
profissional como coordenador?
Rosana: Eu acho que é trabalhar com as teorias. Trabalhar com
“Vygotsky”, trabalhar “Piaget”; a contribuição dessas pessoas, eu acho
que nós tivemos nesse tempo de formação, algumas pessoas (autores)
que nos marcaram. Cada um puxou para uma linha teórica. Foi uma
grande contribuição. Como eu gosto de estar sempre lendo, eu acho
que é importante a gente ter base para conversar (com o professor),
sobre o que ele está fazendo, que existe por trás uma teoria. E isso foi
de grande valia. Até então, quando eu fui escolhida para ser
coordenadora, eles me disseram: “Ah! Você gosta”. Até porque eu já
tinha sido diretora-adjunta e eu fazia os conselhos de classe e como
211
não tinha coordenador quem fazia era a direção mesmo. Então
disseram: “Ah você gosta de estudar, se interessa por estes assuntos
dificuldades de aprendizagem, como o aluno aprende, então você tem
o perfil”. Elas achavam que eu tinha o “perfil”. E isso sempre foi uma
coisa que eu busquei. Sempre vendo o que está acontecendo de novo,
trazendo resumos, dar “receita de bolo” isso eu não vou fazer. Mas ver
qual é a teoria que está por trás das práticas, eu vou ajudar esse
professor caminhar. E até quebrar velhos paradigmas, porque eu tenho
algumas resistências. E você só quebra resistências quando você tem
certa autoridade, não é autoridade assim no sentido formal da palavra,
mas para elas sentirem credibilidade no que eu estou falando. Mas se
tem a teoria e, a partir disso aqui, é caminhar por essa “corda”.
6- Em relação aos temas recorrentes no curso:
8.1 . Projeto político-pedagógico.
8.2. Avaliação.
8.3. Ciclos de formação:
8.4. Conselho de classe:
8.5. Formação de grupo:
8.6 . Currículo:
8.7. Você pode falar sobre cada um deles?
Rosana: Projeto político-pedagógico - Eu acho que PPP, e por
mais que eu saiba como vou formular, como vou executar, o que
precisa ser feito eu tenho que ter a preocupação se ele está sendo
feito, se está sendo avaliado, da avaliação do currículo, do próprio
projeto, currículo...
Rosana: Currículo - Eu acho que a questão do currículo ainda
precisa ser mais trabalhada. Outra questão: os Ciclos de Formação,
porque ainda estamos num “caminhar” e é uma mudança. E ainda
não está dentro das escolas “solidificado”. Ainda existe muita
gente que ainda trabalha nos antigos padrões e que ainda tem
pouco tempo: pouco tempo? Dez anos já deu para a gente “ter um
caminhar”. Mas que ainda o tempo todo tem que ser revisto e
212
quando a Secretaria está fazendo as capacitações tem que estar
sempre voltando para esse tema. Para os Ciclos de Formação
porque eles ainda não são uma coisa bem esclarecida para todos
nós. Em alguma coisa a gente já avançou. Entender o que significa
“ciclo”. Isto é, eu já estou com o “primeiro ciclo” já há algum
tempo. E o meu grupo já sabe que ele tem que dar conta desse ciclo
nesses 600 dias de uma “alfabetização” e de um “letramento” que
atenda a essas crianças. Que no primeiro ano ele tem um objetivo
sim, tem uma terminalidade, sim, o “segundo e o terceiro” (ciclos),
“intermediário e final27”, pois cada hora tem uma nomenclatura.
Achava-se que eram 600 dias, ele tem que se partilhado. O ano
inicial, intermediário e o final também. Eu acho que com o
“segundo ciclo” estamos “caminhando na mesma corda”. Não é só
o conteúdo, eu tenho que dar também o suporte, tenho que estar
conversando mais. Tenho um grupo que trabalhou em outra escola
e eu tenho que estar o tempo todo dizendo: “faça assim”, e se eu
não estiver junto, ele (professor) fica acomodado naquela situação.
E antes ele “dava conta” (alfabetizar) e agora ele fica com medo de
“dar conta” desse ciclo, principalmente as (professoras) mais
antigas. Porque elas falavam: “os meus alunos eram aprovados”,
“eu tinha um percentual de aprovação (alunos encaminhados para a
série seguinte)” e agora com não tem mais aprovação. Elas
perguntam: “Qual é o meu chão?” Nós (coordenadoras) ainda não
temos esse “chão”. O que está faltando é a gente estudar mais
trabalhar mais para dar confiança a esse professor para ele saber
que vale a pena. Mesmo com 10 anos (1998-2008), eu ainda
encontro “muita pedreira”.
27
Períodos de escolaridade do Primeiro Ciclo de Formação correspondentes aos 2º e 3º anos do Ensino Fundamental.
213
7- Que outros temas você gostaria que tivessem sido trabalhados no
curso?
Rosana: (Pausa para pensar) Olha: gestão. Às vezes, eu vejo nas
reuniões algumas queixas das coordenações com relação às suas
direções. E eu acho que esse tema. Alguns ou todos os gestores destas
escolas teriam que estar neste processo. Quando ele faz os “centros de
estudos”, ele está envolvido com essa escola aqui. Quando ele faz uma
capacitação, eu sei que é problemático tirar o diretor da escola assim
como é problemático tirar o coordenador da escola, mas têm algumas
capacitações com as direções, com os coordenadores e a DED,
participando porque elas sabem quem é a “Jane” (citando a
pesquisadora), elas sabem quem é a “Rosana” (entrevistada), porque
ela tem um pequeno recorte da tua realidade. Mas, em relação às
direções, fica distante porque ele (o diretor) não está acompanhando a
“nossa caminhada” de formação continuada e dos nossos estudos, eles
não estão acompanhando. E aí você pode encontrar diretores que não
concordem com determinadas coisas e aí o trabalho do coordenador só
funciona se ele encontrar uma direção parceira. Ele pode chegar aos
“centros de estudos” e dizer: “olha só: um tempo é meu, para dar os
meus recados.” E aí os “centros de estudos” perdem o sentido. Mas se
ele estiver estudando com o coordenador... Se o curso fizesse como a
DED quando começou a trabalhar com a gente, eu acho que foi um
ganho quando começaram a trabalhar com o grupo de coordenadores.
Agora está faltando trazer o grupo de diretores.
8- A respeito dos autores, eles fazem uma relação entre teoria e
prática que está próxima ou distante da realidade das escolas da
rede?
Rosana: Bem eu acho que estão...bem: a “Madalena Freire”, “Miguel
Arroyo” que estão sendo trabalhados, muitos desses tem a ver com a nossa
prática. O que está acontecendo é que nós temos muitos textos acadêmicos
em que as pessoas pesquisam, mas eles não estão aqui. Eu estou vendo
pessoas fazendo pesquisa sobre educação, mas, que não estão na escola.
214
Não tem uma prática que não tem a vivência de sala do dia a dia da escola.
A teoria nos ajuda e os textos que estão colocados nas apostilas têm muita
coisa que nos ajuda e muito, mas, estamos precisando de parceria sim.
Quem está fazendo mestrado, vem para cá no dia a dia. Eu vejo muitas
teses que foram feitas assim: “no recorte”, “no pedaço”, que
“conversaram” com o professor...e aí? E o retorno? O que aconteceu
depois disso? Nós não temos essas respostas. Tem que haver uma
devolução.
9- Outras considerações que você gostaria de fazer a respeito do
curso:
Rosana: Eu gostei de todos os trabalhos que eu fiz porque eu sempre
tirei alguma coisa para minha prática, alguma coisa e que me ajudou
em coisas que nem diziam respeito ao profissional. Eu gostaria sim que
tivesse mais a questão cultural que está faltando. Eu até me lembro
daquela proposta para a gente visitar o “Forte de Copacabana” (ponto
turístico da Cidade do Rio de Janeiro). Eu acho que deveria abrir umas
parcerias para a gente, que a gente pudesse ir a uma peça de teatro, ter
contato com os atores e autores, poder trocar, porque às vezes as
pessoas estão tão envolvidas com o seu trabalho, com a sua vida, com
a sua família, que essa parte cultural não temos como participar. E do
ano passado para cá começou pequenas ações, mas ainda não é o ideal.
Participar de exposições (de arte)... Querem (SME) tanto que nós
tenhamos um olhar observador, mas nós também precisamos olhar
outras paisagens para aquilo ali ser o meu “alimento”, para trabalhar de
outra forma. Como eu vou querer que o meu professor trabalhe a Arte,
se a gente não tem...(interrupção). Você (a pesquisadora) se lembra
quando a gente ganhou uma pasta que tinha uns trabalhos de Arte. Se
você é uma pessoa que gosta daquilo, vai incentivar, vai botar aquilo
ali para fazer parte do trabalho desenvolvido na escola. Mas, tem
pessoas que não foram...aquilo ali ainda não faz parte do seu
repertório, ela precisa de ficar mais de perto vendo, olhando e não ver
aquilo como uma coisa distante. Pode ser mais próximo. Tem tantos
215
centros culturais (na cidade)! Eu fui agora à “Casa de Banhos de D.
João” que agora pertence à COMLURB e, sabe, foi uma coisa. A
Prefeitura está fazendo um trabalho e nós só podíamos ter acesso como
coordenadores pedagógicos. Antes desse trabalho vir à escola, o
coordenador vai saber como é aquilo para ter mais uma oportunidade
de ajudar o professor. Esses “centros de estudos”, dinamizados de
outra forma: não só dentro da escola, a gente tem que sair um pouco da
escola, fazer parceria com escolas próximas, fazer uma meta da
coordenação. Cada uma de nós tem um perfil. Uma gosta de música,
outra gosta de poesia, outra gosta de dinâmicas, a outra gosta de levar
um texto e a gente poder fazer determinados “centros de estudos
integrados”. Fazer os meus “centros de estudos” com o segundo e
terceiro ciclos da escola S. Por que não? Você lá com as escolas de
primeiro ciclo. Sei lá! Por que não fazer um...”centrão” (centro de
estudos sem aula) e fazer aquilo em equipe? Porque uma só não faz o
efeito que espera no seu grupo e o outro pode te ajudar colocando
também as suas idéias no grupo. E eu acho também que seria uma
grande “sacada” a gente poder fazer essa “troca”, dentro da CRE. Mas
não de forma formalizada. Porque eu acho que quando as coisas vêm
da CRE já vem muito formalizada, “quadradinhas”, tem que ser assim
e assim. Eu acho que deveria ser uma coisa mais despojada e não é
“bagunça”. Porque o nosso grupo de coordenadores pedagógicos já
mostrou que trabalha e a gente trabalha...não é “mole” não. E querem
que a gente participe da “Mostra de Dança (evento pedagógico
promovido pela SME)”, querem que participe de “não sei o quê”. A
gente não tem “pernas e braços” para estar participando de tudo o que
acontece, mas isso não significa que, dentro da escola, as coisas não
estejam acontecendo. “Ah! tudo que a CRE promove vocês não
participam”. A gente não participa porque a gente não tem condições.
Da mesma forma que eu quero promover um passeio tenho que pedir
permissão (à CRE), solicitar ônibus, aquelas “burocracias” todas. Da
mesma forma, se fizessem essa proposta de um trabalho integrado iria
haver esses entraves: “Ah! Como é que eu iria para a escola?” Mas, se
216
fosse pertinho iriam a pé. Mas, por exemplo, como aqui (na escola).
Aqui tudo é longe, então, teria que ter transporte. Acarretando
problemas como o dinheiro. Tudo que a gente pensa, acarreta na
questão da “verba”, palestrantes que eles (SME) trazem para as nossas
capacitações, deviam diversificar mais. Estamos precisando de outras
pessoas, colocar outros autores nas nossas apostilas (do curso). Por
exemplo: ouvir uma fala da “Madalena” (Freire) seria um grande
momento. Era um caso a ser pensado. Porque muitas ali não tiveram
essa oportunidade de ver porque uma coisa é ler o que essas pessoas
escreveram. Ver o que ela tem, conversar com essas pessoas, dá outra
visão. Eu acho que época é agora. Uma pessoa que me ajudou muito
quando nós estávamos trabalhando “avaliação”, e eu tive oportunidade
de ouvir a fala do “Celso Vasconcellos” de ouvir a “Jussara
Hoffmann”, conseguir não só estar lendo aquela teoria, mas, vendo
como são essas pessoas, não é nada diferente porque agora devemos
escrever a nossa prática. Eu acho que deveria ter muita coisa de bom
como um diário; minha vida na coordenação, muito choro, muitas
alegrias, nesses dez anos (da criação da função), teve de tudo! Muitas
alegrias. Até despedida eu tive. Eu ia me aposentar e eu tive até
despedida. (momento emotivo) E não aconteceu (risos) e esse é o meu
momento mais cômico, gente! E eu toda feliz, eu ia embora, já tava
tudo certo, fizeram festa. Eu tenho um caderno com coisas escritas
pelos professores, pelas merendeiras pelo pessoal da COMLURB, todo
mundo...e eu estou aqui (risos) foi muito engraçado isso. E eu estou
aqui ainda! Ainda me desesperam esses últimos “centros de estudos”, a
questão da afetividade. A gente está vendo a dureza que está aí fora e
aí, você percebe cetros movimentos das pessoas em momentos
endurecidos, embrutecidos, quando eles estão precisando de
afetividade, estão precisando de toque, como nós, às vezes estamos
precisando. Imagine estas crianças que nós estamos recebendo, por
isso eu estou o tempo todo falando nessa “questão da afetividade”. O
quanto nós precisamos estar abertos a essas crianças que vieram para
nós e que estão aí. E que foram um presente. Em momento nenhum
217
foram uma carga. Porque uma escola que estava com 380 alunos e que
a cada dia estava minguando, e eu sempre brinco; num grupo tão
antigo o que iria acontecer? Essa escola poderia acabar, a última iria
apagar a luz, fechar a porta e ir embora. Então eles foram um presente.
Em nenhum momento eles (os novos alunos) foram um castigo, porque
essa escola vai ter vida para um longo tempo. E estamos aí. E eu tenho
que estar esperta, estar alegre. Vamos ouvir a gente. Não tem as nossas
histórias de vida. O professor...depois de um tempo, “isso aqui (a
escola)” vira uma família, então tem o dia que eu choro. As pessoas
sabem quando eu estou triste, quando chego bem ou quando chego
meio “baqueada”. E como não conhecemos ainda esses alunos, a
primeira coisa que devemos fazer é conhecer essas pessoas. Mas eles
vão ter que fazer “Provinha Brasil” e como vai ser? Não importa! O
que importa é que eles estão aqui. Não importa se o meu “IDEB” era
de “não sei o quanto” e como é que vai ser agora (gesto de não se
importar). Não pode ser por aí o que deve ser agora focado é que eu
devo escutar essas pessoas. Eu tenho que ser próxima a elas, não tenho
que ter medo. Porque já estão acontecendo algumas coisas que me
chocam, eu preciso não demonstrar...eu não preciso falar, o meu corpo
“fala” pelas minhas atitudes então eu tenho que me “policiar” e
também pelo que está acontecendo aí e acho que estou ganhando. É
uma fala de todo o dia. A gente tem que falar em amor, sim, tem que
falar em esperança, no prazer, no desejo de aprender, deles (alunos) e
delas (professoras) porque nós (professores) estamos aprendendo com
eles (alunos) também. Isso tudo que está acontecendo foi até para
“mexer”, “mobilizar”. E tem que “dar samba”. Eu tenho colegas que se
aposentaram e vão voltar para nos ajudar, sem a formalidade de
“Amigo da Escola (projeto elaborado e divulgado pelas Organizações
Globo)”, não é parceria com “Rede Globo”, nada disso. É a parceria de
alguém que gosta da escola. Tem que ser isso. Eu já tenho três colegas
ajudando as colegas que ficaram. E aí uma trouxe uma amiga que está
aposentada que também vai ser parceira e nós estamos fazendo uma
218
“rede” para trabalhar essa “alfabetização” que está incompleta na
escola. (momento emotivo).
(A entrevistada pediu para desligar a mídia para fazer um desabafo
particular em relação à situação que ora estava vivendo e a
pesquisadora deu pausa para não registrar, respeitando sua vontade).
F) A RELAÇÃO DO CURSO COM O TRABALHO NA ESCOLA:
2- Você utiliza ou já utilizou os textos do curso de coordenador
pedagógico nos centros de estudos?
Já.
1.1- Como é feito?
Rosana: Eu divido o grupo e dependendo do tamanho do texto, eu
divido os professores em grupos e eles me dão um relato de suas
impressões a partir do texto lido. Às vezes, mais de um grupo
apresenta. O próximo que está no meu planejamento é primeiro
que eu achei muito legal que é o do “Miguel Arroyo” que eu vou
utilizar. Eu uso quando eu uso os textos da Educação Infantil. Eu
fiz uma capacitação da PUC (Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro). Então, de vez em quando, eu tenho que trazer
algumas questões que são da Educação Infantil, mas que servem
perfeitamente para os outros porque a gente está com o foco muito
em cima do ciclo, mas eu tenho a Educação Infantil, tem o pessoal
da Educação Especial e que se precisa também falar da
diversidade, falar da inclusão. Eu preciso estar fazendo essas
leituras também com esse grupo. Eu uso os textos, posso voltar.
Eu acho que a inclusão deveria fazer parte dos textos. Dei assim
algumas pinceladas, mas ainda não tem nada mais profundo. Não
me lembro de ter lido nada mais profundo sobre a questão da
inclusão. Nós não temos muita coisa não. Antigamente o “Instituto
Helena Antipoff” dava um suporte maior. E, atualmente, o Ensino
Especial não está fazendo nenhuma capacitação. Em nenhum
momento estão fazendo capacitação para o coordenador. Eu acho
219
até que poderia fazer uma parceria maior com a DEF e eu não vejo
essa parceria.
3- Existem outras atividades, além dos centros de estudos, que
promovem a formação continuada dos professores da escola?
Rosana Já trouxe uma colega para trabalhar “origami (arte da
dobradura de origem japonesa)”, já trouxe fonoaudióloga para
conversar com elas (professoras). O problema é que as pessoas querem
vir e “ganhar (remuneração)”. Por exemplo, a minha irmã deu uma
palestra sobre burn out, e eu quero trazê-la para conversar com os
professores. Então a gente traz algumas pessoas sim, para falar com os
professores. Para não ficar só na “minha fala”. Se ficar só a “minha
fala”, no final, fica cansativa.
5.2- De que forma os docentes participam?
Rosana: Às vezes eles escutam. Outras vezes eles são radicais com as
suas idéias. Aceitam bem a participação de outras pessoas. Quando é
prática, elas vibram mais, quando é teórico e quando é um tema que
elas não dominam, elas tentam fugir do assunto, desviam para não
aparecer que elas não têm segurança naquele tema, então elas tentam
fugir.
G) A RESPEITO DA AMPLIAÇÃO DOS CICLOS DE FORMAÇÃO PARA
TODA A REDE ESCOLAR:
5. Como se desenvolveu o processo de implantação das mudanças de
seriação para ciclo em sua escola?
Rosana: Primeiro momento altamente doloroso. (Pesquisadora: você
está falando de 2000, não é?) 2000. Achavam não ia dar certo, que o
professor iria perder a autoridade, que iria perder o respeito que tinha
mais o que fazer que eles (alunos) iriam todos ser aprovados e que
satisfação eles (professores) iriam dar aos pais sobre isso? Hoje em dia
eles (os professores) estão bem mais “quebrados”. Já se preocupam
220
mais com a questão. E já conseguem falar com os pais sobre o assunto.
No início...
6. Os professores discutiram este tema nos “centros de estudos”?
Rosana: Ah! Sempre discutem. E agora por conta da entrada do
segundo ciclo (4º, 5º e 6º anos do Ensino Fundamental). Por quê? No
primeiro momento quem estava nas antigas 3ª e 4ª (séries) ouviam e
parecia que ia ser coisa distante delas. Quando houve a entrada do
segundo ciclo foi um caos, mas, tinha a tranquilidade daqueles que já
estavam participando. Principalmente na questão do relatório. No
início foi difícil para as do primeiro ciclo e as do segundo davam
provas conceitos e achavam que aquilo (a expansão dos Ciclos de
Formação) nunca iria acontecer com elas. Quando elas começaram aí
foi outro drama. Porque eu tenho um grupo que começa pela minha
adjunta (diretora-adjunta) que hoje está completando 28 anos (idade) e
a minha professora que vai se aposentar em setembro e que vai
completar 70 anos. Meu grande número de professores está na faixa de
40 a 60 anos. Então ela (a professora mais velha) viveu uma escola
muito diferente da que temos hoje. Elas viram muitas mudanças e não
acreditam porque sempre viram e que elas aconteciam e que a cada
governo mudava. E agora, como coordenador damos essa tranquilidade
porque, desde a “Multieducação” nós estamos num processo em que já
se esperava esse ciclo já. Havia a possibilidade do 2º e do 3º ciclos. E
isso daí foi um passo. Porque nesse tempo da “Multieducação (1996-
2006)” já havia mudanças e a gente discutiu. Eu acho que o material
que a Secretaria manda para escola, a gente não pode reclamar. É de
boa qualidade. Os textos da (revista) Nova Escola têm sempre coisas
interessantes. Ele não tem que estar com preocupação de que tem que
comprar livro, que não tem dinheiro. Eu acho que dá tranquilamente
para fazermos um trabalho. Esses vídeos que vieram da “TV Escola28”
são muito interessantes. São para serem usados nos “centros de
28 Ver no sítio: <http://www.portal.mec.gov.br/tvescola>.
221
estudos” de uma forma bem prazerosa também porque de vez em
quando trago outra linguagem, uma mídia diferente também. Eu acho
que dá o “movimento’ que eles precisam.
2.1- E nos conselhos de classe?
Rosana: Ainda há uma preocupação em quem é esse aluno “MB”,
quem é esse aluno “B”, “R”, que não é mais medido com a “nota”. E
essa avaliação é subjetiva. Cada professor pensa o seu “RR” dentro do
seu grupo e cada um pensa de forma diferente. E buscar esse ponto de
assento em muito importante. (risos) Eu peguei “indicador 1, 2, 3”,
peguei “A, B, C, D, E”, peguei o “PS, S, EP”, “O, MB, B, R, I,
RR”29... Nós pegamos de tudo.
H) CONSIDERAÇÕES GERAIS:
4. Você acha que essa entrevista permite conhecer o trabalho do
coordenador pedagógico na rede?
Rosana: Vai te dar um panorama bem diversificado. Até por conta
dessa movimentação que existe nessa função. Você (referindo-se à
pesquisadora) está pegando hoje uma coordenadora que tem 10 anos
você pode pegar uma quer tem 01. Então essa diversidade você vai
encontrar e vai dar um panorama para você bem interessante. Eu acho
que vamos ter uma pesquisa de alguém do grupo e que vai contribuir
muito para o nosso trabalho.
29
Referências de avaliação utilizadas na rede de escolas públicas municipais da Cidade do Rio de Janeiro nos últimos vinte anos. Onde, alunos com indicadores 1 e 2 eram aprovados e alunos com indicador 3 eram reprovados ou faziam estudos de recuperação paralela; Os conceitos A, B e C indicavam a aprovação do aluno, enquanto que os conceitos D e E indicavam reprovação. Os conceitos PS – Plenamente Satisfatório e S – Satisfatório, indicavam aprovação e o conceito EP – Em Processo, reprovação. E, por fim, os conceitos O – Ótimo, MB – Muito Bom, B – Bom, R – Regular, indicavam aprovação e o conceito I – Insatisfatório a reprovação. E com a Resolução SME nº 959/2007, o conceito RR – Registra Recomendações, indica retenção do aluno por uma ano nos períodos finais dos Ciclos.
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5. Você acrescentaria mais alguma questão?
Rosana: (pausa para pensar) Para os cursos, eu acho que questão da
afetividade, tem que entrar. Rever sempre a questão do PPP, já que se
quer que toda a escola tenha o seu projeto e ele precisa estar sempre
sendo “mexido”, lembrado, dando a possibilidade de ver outros autores
que falem sobre isso: “Moacir Gadotti”, a “Ilma Passos Veiga”, e nós
precisamos de mais alguém falando dessa questão eu acho que a gente
precisa estar “mexendo” nisso sempre.
6. Gostaria de dizer algo mais ou algum comentário sobre esta
entrevista?
Terminamos.