06ª conferência estadual do amazonas 19.10.2011
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06ª Conferência Estadual do Amazonas 19.10.2011
Todos Usam o SUS!Todos Usam o SUS!SUS na Seguridade SocialSUS na Seguridade Social
Política Pública, Política Pública, Patrimônio do povo Patrimônio do povo
brasileirobrasileiro
Política de Saúde na Seguridade Social: Integralidade/ Universalidade/ Equidade Participação da Comunidade e Controle Social
Gestão do SUS: Financiamento, Pacto pela Saúde e Relação Público x Privado, Gestão do Sistema, do Trabalho e da Educação em Saúde
Acesso e Acolhimento com Qualidade: um Desafio para o
SUS
Política de Saúde na Seguridade Social:
IntegralidadeUniversalidade
Equidade
SUS na Seguridade Social
De que Seguridade
Social estamos falando?
A Seguridade Social Brasileira
E os Direitos Sociais?...
1988: MARCO NO TRÂNSITO PARA...
superação do assistencialismo campo dos direitos universalização dos acessos responsabilidade estatal ampliação do protagonismo dos
usuários descentralização político-
administrativa participação da população.
Saúde - inserida como política da Seguridade Social Saúde - inserida como política da Seguridade Social BrasileiraBrasileira
Saúde – direitos constitucionais
Dos Direitos Sociais:
Da Ordem Social – Título VIII – Art.º 193 –
A Ordem Social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem estar e a justiça social.
Da SEGURIDADE SOCIALCap. II Seção I Art.º 194:
conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinados a assegurar os direitos relativos a SAÚDE, PREVIDÊNCIA e ASSISTÊNCIA SOCIAL
Principais instrumentos legais de regulamentação da Seguridade Social:
Constituição Federal de 1988 (art. 194 ao art. 204)
Lei Orgânica da Saúde (Leis nº 8.080/90) e a Lei nº 8.142/90
Lei Orgânica da Seguridade Social (Lei n º 8.212/91) e a Lei nº 8.213/91
Lei Orgânica da Assistência Social (Lei n° 8.742/93)
A Saúde é um direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante políticas sociais
e econômicas que visem à redução do risco
de doença e de outros agravos e ao acesso
UNIVERSAL e IGUALITÁRIO às ações e
serviços para a PROMOÇÃO, PROTEÇÃO e
RECUPERAÇÃO da saúde (CF. Art.º 196).
SAÚDE - direitos constitucionais
Acesso e Acolhimento com Qualidade: um Desafio para o
SUS LEI ORGÂNICA DO SUS – n º
8080/90 A saúde tem como fatores determinantes e
condicionantes, entre outros:
alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho e renda, educação, transporte, lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.
Os níveis de vida da população expressam a organização social e econômica do País.
Seguridade Social
ARTIGO 6º - São Direitos - São Direitos Sociais: a Educação, a Sociais: a Educação, a Saúde, o Trabalho, a Moradia, , o Trabalho, a Moradia, o Lazer, a Segurança, a o Lazer, a Segurança, a Previdência Social, a Proteção Previdência Social, a Proteção à maternidade e a Infância, a à maternidade e a Infância, a Assistência aos desamparados Assistência aos desamparados na forma desta Constituição.na forma desta Constituição.
Saúde
Doença
Assistência
Alimentação
Educação
Renda
Trabalho
Terra
Moradia
Ambiente
Lazer
Cultura
Transporte
Liberdade
Políticas Econômicas e Sociais
MODELO DE DESENVOLVIMENTO
Modo de produçãoe consumo
Relações Internacionais
Relações coma Natureza
RelaçõesSociais
Desigualdades
Injustiças
Sistema Único de Saúde
Estava nascendo o SUS...
Processo Nacional Constituinte...
Projeto Reforma Sanitária...
Consolidando o SUS...
Receituário Neoliberal
Projeto privatista de Saúde...
Década de 80: Década de 90:
A reforma neoliberal do estado brasileiro Receituário Neoliberal X Implantação do SUS
Estado Mínimo
Privatização de Empresas Estatais (Bens e Serviços Lucrativos)
Transferência dos Serviços Sociais Públicos a Entidades Privadas sem Fins Lucrativos
Alterações na CF- Lei das OS e OSCIP Não Regulamentação do Art. 37, XIX
O Receituário Neoliberal Mudanças no campo econômico e social
Enfoque nos programas sociais – cortar gastos equilíbrio financeiro do setor público
Implementação de programas e projetos seletivos e focalizados
Combinação renda mínima x discurso da solidariedade via organizações do terceiro setor: OS ,OSCIPs,PPP,EBHU
Trinômio: a) focalização b) descentralização c) privatização
Política de Saúde no Brasil:
Projeto de Reforma Sanitária(anos 80)
Projeto Privatista (anos 90)
REFORMA SANITÁRIA
Estado democrático de direito
Saúde: direito social e dever do Estado
Ampliação das conquistas sociais
Democratização do acesso
Déficit Social
Financiamento efetivo
Descentralização com controle social
PRIVATISTA
Estado Mínimo
Parcerias e Privatizações
Crise financeira
Universalização x focalização
Déficit público
Diminuição dos gastos sociais
Re- filantropização
Disputas entre as diferentes visões de SUS
X
IntegralidadeVisão global do ser humano e articulação das ações em cada nível de complexidade do sistema
IntegralidadeVisão global do ser humano e articulação das ações em cada nível de complexidade do sistema
EquidadeGarantia de acesso em igualdade de condições a serviços de saúde de acordo com o nível de complexidade exigido.
EquidadeGarantia de acesso em igualdade de condições a serviços de saúde de acordo com o nível de complexidade exigido.
Princípios do SUS
UniversalidadeGarantia de acesso de todo cidadão aos serviços de saúde independente do nível de complexidade.
UniversalidadeGarantia de acesso de todo cidadão aos serviços de saúde independente do nível de complexidade.
Acesso e Acolhimento com Qualidade: um Desafio para o SUS
As filas crescem.... A população se queixa da falta de prontidão
dos serviços quando adoece ou está em situação de sofrimento.....
As dificuldades e desigualdades de acesso aos serviços de saúde se acumulam.....
A proporção de brasileiros que declarou nunca nunca ter feito uma consulta ao dentista ainda é ainda é muito alta - 15,9% - (PNAD,2010).
Acesso e Acolhimento com Qualidade: um Desafio para o SUS
Em 2003 - existiam mais de 4200 hospitais conveniados ao SUS.....
Hoje existem menos que 2.800(DATASUS,2009)
Em 1998 o Brasil contava com 3,5 leitos por mil por mil habitantes....
Hoje o SUS tem apenas 2,0 leitos por habitante mil habitante com grande desigualdade territorial territorial na oferta de leitos.....
(DATASUS, 2010)
Acesso e Acolhimento com Qualidade: um Desafio para o SUS
Segundo dados do Censo 2010:
apenas 55,4% dos domicílios possuiam rede geral de esgoto;
32,9%, o equivalente a 18,9 milhões de domicílios, não tinham saneamento básico ou usavam soluções alternativas.
Acesso e Acolhimento com Qualidade: um Desafio para o SUS
"Estatísticas de Saúde Mundiais 2011“ (OMS) 13.05.11: relatório elaborado com base em
cerca de 100 indicadores de saúde fornecidos por representantes de 192 países, comparou dados de 2008 aos atuais - Saúde no Brasil:
Brasil está entre os 24 países que menos destinam recursos à Saúde.
Governo destina menos recursos à Saúde do que a média africana.
A população brasileira, por sua vez, gasta mais mais do que a média mundial
Em 2000, o país designava 4,1% do orçamento
nacional para a área.
Até 2008 houve um crescimento - 8,6%. Ainda é menor que a média mundial, de 13,9%.
Em países desenvolvidos, cerca de 16,7% do 16,7% do orçamento vai para a Saúde.
A média brasileira chega a ser mais baixa do baixa que a média africana - 9,6%.
Acesso e Acolhimento com Qualidade: um Desafio para o SUS
Acesso e Acolhimento com Qualidade: um Desafio para o SUS
Os gastos governamentais com Saúde no Brasil são o equivalente a US$ 875,00 dólares por pessoa.
Esse valor representa um significativo aumento em comparação aos US$ 494,00 dólares gastados há dez anos.
Ainda assim, a cota destinada a cada pessoa é dez vezes menor do que em países como Dinamarca e Holanda
Em média, um brasileiro gasta duas vezes mais do seu salário em saúde do que um europeu.
Acesso e Acolhimento com Qualidade: um Desafio para o SUS
Em 2000, 59% de tudo que era gasto com Saúde no Brasil vinha da população.
Esse número caiu para 56%. Ainda está entre as taxas pagas mais altas do mundo.
Dos 192 países avaliados, só em 41 há um valor de contribuição mais elevado do que no Brasil.
O relatório também apontou o grande aumento na criação de planos de saúde e no valor pago pelo atendimento privado.
Desafios para defender a Universalidade
Qual o estado
Excludente
Do direito a vida
Políticas compensatórias e programas focalizadosSolidariedade e co responsabilidadeSuperação do individualismoSuperação do corporativismoSuperação do patrimonialismo
Desafios para defender a Universalidade
Pré requisitos para um estado democrático:
Compartilhamento do poder Democratização das informações Atende indiscriminadamente a toda a sociedade Não prioriza interesses de grupos que tenham
relação direta com o governo Prioriza programas de ações universalizantes
Desafios para defender a Universalidade
Debate conceitual sobre a saúde e a Seguridade Social:
Saúde no aspecto mais amplo – Atenção básica como prioridade
Ação multiprofissional plena
Políticas intersetoriais estruturantes
Desafios para defender a Universalidade
Financiamento:
Estável e exclusivo
Solidário
Produto de uma Política Tributária justa e progressiva
Desafios para defender a Universalidade
Gestão do sistema:
Sistema prioritária e predominantemente público
Autonomia administrativa e orçamentária
Gestão profissionalizada
Gestão radicalmente participativa e democrática
Gestão do trabalho:
Concurso público como forma de acesso
Carreira pública com incentivo à qualificação, interiorização e dedicação exclusiva
Valorização do trabalho multiprofissional
Desafios para defender a
Universalidade
Desafios para defender a Universalidade
Formação profissional:
Priorização da formação generalista
Cultura da complementariedade profissional
Superação da lógica mercantilista e e corporativista da educação
Desafios para defender a
UniversalidadeParticipação da sociedade:
Conselhos de Seguridade Social em todas as instâncias de governo
Conselhos locais
Conselhos gestores nos serviços
Vigoroso processo de formação, informação e educação das pessoas, envolvendo todos os atores políticos
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"É preciso voltar brutalmente a atenção para o presente tal como é, se sequer transformá-lo“ (Gramsci).
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Conselho Nacional de Saúde
site: www.conselho.saude.gov.br
(61) 3315-2151/3315-2150 Ruth Ribeiro Bittencourt Conselheira Nacional de Saúde [email protected]