06052013

16
Fale conosco | Redação: (82) 3021.5837 | Comercial: (82) 3021.0563 | Assinante: (82) 3021.0563 | Internet: http://www.primeiraedicao.com.br | e-mail: [email protected] Os encantos da bela Madrid A crise na Zona do Euro castiga a Espanha, onde o desemprego já bate os 27%, mas Madrid continua acolhendo levas de turistas que lá chegam atraídos pelos encantos de uma das mais belas capitais da Europa - escreve Romero Vieira Belo. > B-8 Mega deve pagar R$ 25 milhões A Mega-Sena acumulou de novo e deve pagar R$ 25 milhões nesta 4ª feira (8). No sábado (4) foram sorteadas as dezenas 06, 26, 45, 50, 56 e 60. A Quina teve 74 ganhadores e cada um vai receber a quantia de R$ 31.442,92. e d ição PRIMEIRA Ano 10 | Edição 515 | Maceió, Alagoas, 6 a 12 de maio, 2013 | R$2,00 Barbosa: "Falta transparência no Judiciário" > A-8 RENAN FILHO CRITICA GOVERNO E QUER IMPEDIR CORTES NO FPM Mesmo integrando a base governista na Câmara, o deputado federal Renan Filho (PMDB-AL) criticou abertamente o Planalto por aplicar cortes no Fun- do de Participação dos Municípios para compen- sar a desoneração de pro- dutos. Ele disse que apre- sentou projeto para impe- dir que os municípios con- tinuem sendo prejudica- dos. > A-2 O presidente da Associa- ção dos Municípios Ala- goanos, Marcelo Beltrão, também atacou a redução do FPM e afirmou que os prejuízos causados pela seca no semiárido alagoa- no só serão superados com ação conjunta dos governos estadual e fede- ral. A perda geral em Ala- goas deve atingir R$ 100 milhões. > A-2 Beltrão quer ajuda para vítima da seca Jessica Pacheco Jessica Pacheco Azulão vence prorrogação e decide com o Galo Decisão será no Rei Pelé, mas Federação fará sorteio do mando de campo nesta segunda-feira O CSA não repetiu a boa atuação de Arapiraca e perdeu de 1x0 para o ASA neste domingo no Trapichão. Na prorroga- ção, devolveu o placar e vai decidir o título esta- dual enfrentando o mega rival CRB. O gol da clas- sificação foi marcado por Alex Henrique. > B-1 Foi difícil (empate de 1x1 no tempo normal), mas o CRB impôs o peso da tradição e, na prorroga- ção, fez 2x1, eliminando o CEO e se classificando para a final do Alagoano. Torcida do Galo lotou o Trapichão na noite de sábado. > B-1 CSA deu um susto na torcida e foi buscar O resultado na prorrogação CRB enfrentou um CEO guerreiro, mas garantiu sua presença na final CRB ganha e se garante na decisão CHUVA DEIXA DEFESA CIVIL DE PRONTIDÃO A Defesa Civil de Maceió está de prontidão e pode passar a estado de alerta, em razão das chuvas que atingem a capital. O coor- denador do órgão, Paulo Noronha, informou ao PE que em abril foram regis- trados seis deslizamentos de barreiras na capital, sem vítimas. Segundo ele, o tra- balho de prevenção já foi feito e famílias instaladas em áreas de risco estão sendo removidas para abri- gos alugados. > A-4 Em entrevista ao PE, o deputado estadual Jéferson Morais (DEM) diz que pediu infor- mações à Mesa da Assembleia Legislativa sobre repasses acima do duodécimo, feitos pelo Executivo. Ele quer saber onde a Mesa da Casa está aplicando o ‘dinheiro extra’. Morais critica o fato de a Assembleia estar há 15 anos sem pagar férias aos servidores (nesse período pagou um único adicional). “A justiça não devia permitir isso”. > A-6 Perigo nas encostas: Defesa Civil remove famílias em áreas de risco; em abril houve seis deslizamentos de barreiras Luciana Martins Deputado Jéferson Morais Miguel Goes Dezessete anos após o epi- sódio que repercutiu no Brasil e no exterior, quatro ex-policiais militares acusa- dos pelo duplo homicídio de PC Farias (ex-tesoureiro de campanha de Collor) e de sua namorada Suzana Marcolino, começam a ser julgados nesta segunda- feira (6), no Fórum do Bar- ro Duro. O júri será presi- dido pelo juiz Maurício Breda e deve durar cinco dias. A família de Suzana não irá ao júri. > A-6 Acusados de matar PC começam a ser julgados nesta 2ª PC Farias: morte há 17 anos permanece envolta em mistério Divulgação DEPUTADO QUER SABER ONDE ALE APLICA 'DINHEIRO EXTRA’ Foi uma conquista maiús- cula: o Botafogo precisava do empate, mas venceu o Fluminense por 1x0, neste domingo e levantou mais um título estadual. O time de Osvaldo Oliveira ainda se deu ao luxo de desper- diçar pênalti: Seedorf co- brou mal e a bola bateu na trave. > ESPORTES Corinthians e São Paulo fizeram um clássico de muito equilíbro. No tem- po normal, empate. Nos pênaltis, o tricolor errou dois e o Coringão, um. Timão decide com o Santos. > ESPORTES FOGÃO VENCE FLU E CONQUISTA TÍTULO Botafogo foi superior em tudo e sagrou-se campeão do Rio de Janeiro Divulgação Timão vence e pega Peixe

Upload: carlos-monteiro

Post on 22-Feb-2016

218 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Edição impressa do dia 06 de maio

TRANSCRIPT

Page 1: 06052013

Fale conosco | Redação: (82) 3021.5837 | Comercial: (82) 3021.0563 | Assinante: (82) 3021.0563 | Internet: http://www.primeiraedicao.com.br | e-mail: [email protected]

Os encantos da bela Madrid

A crise na Zona do Euro castiga a Espanha,onde o desemprego já bate os 27%, mas

Madrid continua acolhendo levas de turistasque lá chegam atraídos pelos encantos de uma

das mais belas capitais da Europa - escreveRomero Vieira Belo. > B-8

Mega deve pagar R$ 25 milhões

A Mega-Sena acumulou de novo e deve pagarR$ 25 milhões nesta 4ª feira (8).

No sábado (4) foram sorteadas as dezenas06, 26, 45, 50, 56 e 60. A Quina teve 74

ganhadores e cada um vai receber aquantia de R$ 31.442,92.edição

PRIMEIRA

Ano 10 | Edição 515 | Maceió, Alagoas, 6 a 12 de maio, 2013 | R$2,00

Barbosa: "Falta transparência no Judiciário" > A-8

RENAN FILHO CRITICA GOVERNOE QUER IMPEDIR CORTES NO FPM

Mesmo integrando a basegovernista na Câmara, odeputado federal RenanFilho (PMDB-AL) criticouabertamente o Planaltopor aplicar cortes no Fun-do de Participação dosMunicípios para compen-sar a desoneração de pro-dutos. Ele disse que apre-sentou projeto para impe-dir que os municípios con-tinuem sendo prejudica-dos. > A-2

O presidente da Associa-ção dos Municípios Ala-goanos, Marcelo Beltrão,também atacou a reduçãodo FPM e afirmou que osprejuízos causados pelaseca no semiárido alagoa-no só serão superadoscom ação conjunta dosgovernos estadual e fede-ral. A perda geral em Ala-goas deve atingir R$ 100milhões. > A-2

Beltrão querajuda paravítima da seca

Jessica PachecoJessica Pacheco

Azulão vence prorrogação e decide com o GaloDecisão será no Rei Pelé, mas Federação fará sorteio do mando de campo nesta segunda-feira

O CSA não repetiu a boaatuação de Arapiraca eperdeu de 1x0 para oASA neste domingo noTrapichão. Na prorroga-ção, devolveu o placar evai decidir o título esta-dual enfrentando o megarival CRB. O gol da clas-sificação foi marcado porAlex Henrique. > B-1

Foi difícil (empate de 1x1no tempo normal), maso CRB impôs o peso datradição e, na prorroga-ção, fez 2x1, eliminandoo CEO e se classificandopara a final do Alagoano.Torcida do Galo lotou oTrapichão na noite desábado. > B-1

CSA deu um susto na torcida e foi buscar O resultado na prorrogaçãoCRB enfrentou um CEO guerreiro, mas garantiu sua presença na finalCRB ganhae se garantena decisão

CHUVA DEIXA DEFESA CIVIL DE PRONTIDÃOA Defesa Civil de Maceióestá de prontidão e podepassar a estado de alerta,em razão das chuvas queatingem a capital. O coor-denador do órgão, PauloNoronha, informou ao PEque em abril foram regis-trados seis deslizamentosde barreiras na capital, semvítimas. Segundo ele, o tra-balho de prevenção já foifeito e famílias instaladasem áreas de risco estãosendo removidas para abri-gos alugados. > A-4

Em entrevista ao PE, o deputado estadualJéferson Morais (DEM) diz que pediu infor-mações à Mesa da Assembleia Legislativasobre repasses acima do duodécimo, feitospelo Executivo. Ele quer saber onde a Mesa

da Casa está aplicando o ‘dinheiro extra’.Morais critica o fato de a Assembleia estarhá 15 anos sem pagar férias aos servidores(nesse período pagou um único adicional).“A justiça não devia permitir isso”. > A-6

Perigo nas encostas: Defesa Civil remove famílias em áreas de risco; em abril houve seis deslizamentos de barreiras

Luciana Martins

Deputado Jéferson Morais

Miguel Goes

Dezessete anos após o epi-sódio que repercutiu noBrasil e no exterior, quatroex-policiais militares acusa-dos pelo duplo homicídiode PC Farias (ex-tesoureirode campanha de Collor) ede sua namorada Suzana

Marcolino, começam a serjulgados nesta segunda-feira (6), no Fórum do Bar-ro Duro. O júri será presi-dido pelo juiz MaurícioBreda e deve durar cincodias. A família de Suzananão irá ao júri. > A-6

Acusados de matarPC começam a serjulgados nesta 2ª

PC Farias: morte há 17 anos permanece envolta em mistério

Divulgação

DEPUTADO QUER SABER ONDEALE APLICA 'DINHEIRO EXTRA’

Foi uma conquista maiús-cula: o Botafogo precisavado empate, mas venceu oFluminense por 1x0, nestedomingo e levantou maisum título estadual. O timede Osvaldo Oliveira aindase deu ao luxo de desper-diçar pênalti: Seedorf co-brou mal e a bola bateu natrave. > ESPORTES

Corinthians e São Paulofizeram um clássico demuito equilíbro. No tem-po normal, empate. Nospênaltis, o tricolor erroudois e o Coringão, um.Timão decide com oSantos. > ESPORTES

FOGÃO VENCE FLU E CONQUISTA TÍTULO

Botafogo foi superior em tudo e sagrou-se campeão do Rio de Janeiro

Divulgação

Timão vencee pega Peixe

Page 2: 06052013

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013A2 | Política

CRISE NO

INTERIORDeputado Renan critica governo porprejudicar municípios cortando FPMParlamentar ataca desoneração e diz que apresentou projeto que impede cortes nas verbas municipais

Da Redação

A crise financeira dos mu-nicípios alagoanos foi agrava-da pela seca dos últimos doisanos, mas o governo federal doPT também tem dado sua con-tribuição ao drama vivido pe-los municípios. Como? Redu-zindo as transferências consti-tucionais, principalmente ascotas do Fundo de Participaçãodos Municípios (FPM) paracompensar a desoneração desetores diversos da economia.

Para acabar com o abuso,que pune os municípios, masrende dividendos políticos aogoverno petista, o deputadofederal Renan Filho (PMDB-AL) apresentou projeto de leique impede cortes no FPMmediante retenção de fatias doFundo pela Secretaria do Te-souro Nacional, a quem com-pete processar as transferên-cias constitucionais dos esta-dos e municípios.

Durante o encontro de re-presentantes das Associaçõesde Municípios, realizado ter-ça-feira (30) na sede da AMA,em Maceió, Renan Filho criti-cou abertamente o governo porter criado o hábito de punir osmunicípios com cortes noFPM, sempre que o Ministérioda Fazenda reduz impostos deprodutos alegando a necessi-dade de empregar medidasemergenciais contra a crise

econômica.Mesmo sendo filho do pre-

sidente do Congresso Nacional(senador Renan Calheiros) e deintegrar a base de sustentaçãodo governo na Câmara dosDeputados, Renan Filho afir-mou que tem criticado aberta-mente a desoneração adotadapelo governo e cujo sistema decompensação só tem causadoprejuízo aos municípios.

Segundo o parlamentar, ogoverno agiu corretamente aodesonerar o etanol (álcoolautomotivo derivado da cana-de-açúcar), mas mexendo ape-nas no Cofins e no PIS, portan-to, sem afetar o IPI, cuja receitaserve para a distribuição dosrecursos aos município.

Renan Filho disse que achuva está chegando em boahora, hora do plantio, mas res-saltou que os efeitos da secaforam muito graves e exigemações conjuntas para minimi-zar a situação dos municípios.

Uma dessas ações, lem-brou, foi a mobilização visandoà revisão do Fundeb: "O gover-no federal havia repassado amenor os recursos do FundoNacional de Educação Básica,em 2012 com relação a 2011,nós fomos lá, cobramos e foifeita a revisão. Com isso, sóAlagoas vai receber R$ 99 mil-hões para compensar o repassecom diferença para menos",comentou.

Em novembro, último,quando o governo decretouemergência em 36 municípios,o prejuízo causado pela secaera estimado em R$ 66 mil-hões, mas esse valor já deve teratingido R$ 100 milhões.

O presidente da Associaçãodos Municípios Alagoanos,Marcelo Beltrão, só vê umasaída para tirar do sufoco ascidades castigadas: um esforçoconjunto do governo estaduale governo federal. Ele lembraque 54 municípios já decreta-ram emergência, e todos vivemuma realidade crítica.

Um estudo do economistaCícero Péricles indica que aeconomia desses municípios,com prejuízos concentrados naagricultura e pecuária, vai pre-cisar de pelo menos 10 anospara se recuperar.

A seca é a maior dos últi-mos 50 anos, segundo pesqui-sadores, e Marcelo Beltrão re-conhece que em muitas áreas asituação é caótica: "O mais gra-

ve é que nossos produtores ru-rais, já enfraquecidos com pe-sados prejuízos, não têm di-nheiro para se recuperar e se-guir com a produção".

Segundo o presidente daAMA, o governo até que estáliberando recursos, a ajuda estáchegando, mas, agora, há outroproblema: a burocracia, queemperra essa ajuda. "Só parailustrar esse problema: nossosagricultores reclamam da de-mora da chegada da ração paraos animais, mas isso é umaquestão apenas burocrática, aexemplo do problema que en-volve os carros-pipas", diz.

A problemática dos muni-cípios castigados pela prolon-gada estiagem foi tema de am-plo debate na sede da AMA,segunda-feira, com a participa-ção de representantes das As-sociações de Municípios dosnove estados do Nordeste.

Os prefeitos já organizamnova manifestação nacionalpara o próximo dia 13.

Marcelo Beltrão diz que ajuda federal é a saída para o drama no interior

Miguel Goes

Deputado Renan Filho reage contra cortes no Fundo dos Municípios

Divulgação

A devastação da seca no NordesteConsiderada a pior dos últimos 50

anos, a seca que atinge o Nordeste desde2011 já provocou ao menos R$ 3,6 bilhõesem perdas diretas nas lavouras da região.

Também derrubou o saldo deempregos no campo ao menor nível emdez anos e reduziu pela metade, nasáreas afetadas, a exportação de produ-tos como o mel.

O prejuízo na produção chegaria aR$ 6,8 bilhões se fossem computados osefeitos da perda de quase 5 milhões decabeças de gado entre 2011 e 2012, diz oeconomista-chefe do IBGE em Natal,Aldemir Freire.

Na pecuária nordestina, a projeção éde redução de 16,3% no rebanho de 29,6milhões de cabeças em 2011. Para PedroGama, da Embrapa Semiárido, o setorvai demorar até dez anos para se recupe-rar do baque da estiagem.

Para chegar ao balanço do romboeconômico da atual seca, Freire, doIBGE, comparou valor e quantidadesde dez culturas (feijão, castanha decaju, arroz, mandioca, milho, algodão,banana, cana de açúcar, café e soja)produzidas na região em 2011 e 2012.

O tombo estimado, a preços de 2011,foi de 18%: R$ 20,1 bilhões para R$ 16,5bilhões. Feijão (R$ 961 milhões) e milho(R$ 532 milhões) lideraram as perdas.

O prejuízo equivale, por exemplo, aquase metade do valor total da obra detransposição do rio São Francisco, amais importante da região, orçada emR$ 8,2 bilhões. "Mesmo se pegarmos ospreços de 2012 [quando a inflação acele-rou com as perdas de safra], teríamosprejuízo superior a R$ 2 bilhões", diz oeconomista do IBGE.

No Ceará, por exemplo, com 96% dascidades em estado de emergência devidoà estiagem, a produção agrícola caiu de1,9 milhão de toneladas para 230 miltoneladas. Apenas 30% das áreas agricul-táveis têm algum plantio.

A seca também tem afetado a ocupa-ção na agropecuária. Na comparação

com 2011, quando foram criados mais de13 mil empregos com carteira assinada,2012 registrou deficit de 18 mil vagas -marca recorde na década.

O estoque de empregados na ativida-de, que chegava a 244.825 pessoas em2012, fechou março em 223.640.

"Mecanização na lavoura e outrosfatores eliminam postos de trabalho,mas a seca é a maior responsável pelasdemissões", garante o diretor daConfederação dos Trabalhadores naAgricultura, Antoninho Rovaris.

O cenário se agrava porque a maioriados atingidos pela estiagem é de produ-tores sem carteira assinada que "perde-ram os meios que tinham para sobrevi-ver", na descrição de Gilberto Silva, daFederação Potiguar dos Trabalhadoresem Agricultura.

O Nordeste, que responde por quase100% das exportações de castanha decaju do Brasil e por 27% das vendas demel de abelha, também viu o comércio

exterior perder força. No caso do mel, houve redução de

53% em relação a 2011. Para a castanha, ovalor exportado caiu 18%.

Com a escassez de produto local, asbeneficiadoras passaram a importarcastanhas da África. "Isso aumentoucustos em 15%, elevou o preço e redu-ziu o valor exportado", diz FelipeTimbó, gerente da Iracema, que temunidades no RN e no Ceará.

Para Fran Bezerra, do Banco do Nor-deste, ao menos parte do impacto econô-mico da atual seca tem sido amenizadapor ações governamentais de transferên-cia de renda, acesso ao crédito e recupe-ração do valor do salário mínimo, hojeem R$ 678.

Até o dia 10 de abril, pelo balançomais recente, 1.367 municípios e 10,4 mi-lhões de brasileiros sofriam os efeitos daestiagem. E a previsão é de ainda maisseca entre junho próximo e fevereiro de2014. (Folha Online)

No Sertão de Alagoas, a estiagem devastou agricultura e sacrificou parte do rebanho bovino

Divulgação / Secom

Prejuízo é de R$ 100 mie Beltrão mostra a saída

Page 3: 06052013

Medeiros alerta: "Decisão doTSE fará AL perder recursos"Petista diz que até as emendas parlamentares serão afetadas com redução

> MENOS DEPUTADOS

Collor trabalha por reeleição, masdestino pode ser governo estadual

> SUCESSÃO

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013 Política | A3

Romero Vieira Belo

Enfoque Político

NOVO CENÁRIO?

O fim da estiagem e a perspecti-va de uma boa safra de grãos esteano terão reflexo no processoeleitoral de 2014, com a dissipa-ção das críticas atualmente dire-cionadas a Téo Vilela.

O JUDAS DA VEZ

Quando a situação econômicaestá mal, não existe governo bome a oposição sabe disso. Daí, odiscurso insistente acusando Vile-la não só de inação, mas de tudode ruim que acontece no Estado.

RETORNO DE VILELA

Téo Vilela tirou licença anuncian-do que reassumiria o governoneste início de semana, mas até asexta-feira nada estava definidosobre a data exata do retorno.Fernando Toledo segue no cargo.

REVOLUÇÃO VIÁRIA

Nova jogada da presidente Dilma:nivelar os preços das passagens deônibus aos dos aviões. Das duas,uma: ou quebram as empresasrodoviárias, ou as fragilizadascompanhias de aviação.

MORAIS NO RÁDIO

Sem chance de voltar à TVPajuçara, o deputado JéfersonMorais conseguiu espaço na RádioGazeta, onde apresenta programapopular matinal. Seu objetivo é areeleição no ano que vem.

MIDIA SALVADORA

Com as televisões cada vez maisfechadas aos esquemas políticos,os comunicadores buscam a salva-ção nas emissoras de rádio. Overeador Wilson Junior se abrigouna Rádio Jornal.

GRUPO JOÃO LYRA 1

A falência do Grupo João Lyrasignificaria uma tragédia socialpara Alagoas. Sem emprego,milhares de trabalhadores de suasusinas migrariam para Maceió,formando bolsões de miséria.

GRUPO JOÃO LYRA 2

Salvar o Grupo JL é do mais altointeresse para o Estado. Pelo quejá fez e, especialmente, pelo queainda pode fazer, gerandoemprego e contribuindo com areceita tributária estadual.

NOVA SEDE DA CÂMARA MUNICIPAL

O presidente Chico Filho pode negociar com o prefeito Rui Palmeira, nopróximo ano, aumento do duodécimo para iniciar a construção de novasede da Câmara Municipal. Hoje, dos 21 vereadores, apenas dois têmdireito a gabinete no prédio da Praça Deodoro: o próprio presidente e oprimeiro-secretário.

RECEIO DO PLANALTO É PROCEDENTE

A popularidade da presidente Dilma continua em alta, mas o Planaltoteme a divisão de seus votos com Marina Silva, no plano nacional, e comEduardo Campos, no Nordeste, região onde o governo petista tem asse-gurado maioria na eleição presidencial. De quebra, ainda tem AécioNeves com a influência de Minas Gerais.

AVANÇO JUSTO, COM ALGUMAS RESSALVAS

Aplauso para a PEC das Domésticas, mas com ressalva pela multa emcima do FGTS, em caso de demissão sem justa causa, e pela cobrança dehora-extra. No Direto Trabalhista brasileiro a hora-extra virou combustí-vel para robustecer ações indenizatórias. Fica a palavra do empregadocontra a do empregador, e a Justiça sempre favorece o primeiro, punin-do indevidamente, aqui e ali, quem paga a conta.

A cultura da violênciaParece erro primário afirmar que a violência no Brasil está

fora de controle. Ou que o estado, a autoridade legal, perdeu o con-trole sobre a criminalidade. Certo mesmo é dizer que a sociedadebrasileira, pelas suas elites que mandam e decidem, passou aadmitir o crime como algo simplesmente normal. Isso é perigoso,crítico, porque muda conceitos e atitudes sem que muitos o perce-bam.

Crimes hediondos - monstruosos, para 'os mais antigos' -como o trucidamento da dentista queimada viva em São Paulo,não deveriam apenas chocar a sociedade. Deveriam exigir que asautoridades - a cúpula dos poderes em Brasília - se reunissem emcaráter emergencial para, não só analisar o caso em si, mas, sobre-tudo, para tomar uma atitude diante do fato aterrador.

E o que aconteceu? Nada. Nenhum pronunciamento 'do alto',nenhuma manifestação em caráter excepcional. Passou, comoestão passando crimes cada vez mais dolosos, como o que vitimouo médico Alfredo Vasco, aqui mesmo em Maceió. Ou seja, o crimebárbaro, que antes era qualificado de 'hediondo', está virando roti-na, coisa absolutamente normal nesse Brasil de avanços petistas.

O mais grave é que isso cria uma cultura. O sistema é'frouxo', como afirma o ministro Joaquim Barbosa, e dele emergea 'cultura da frouxidão'. A tácita e pacífica admissão do erromaior, do crime mais bárbaro, que é o sacrifício da vida. É triste epenoso dizer, mas o silêncio, nesses casos, ganha um sentido pavo-roso de concordância. Os que podem, não reagem, porque parecemachar que está tudo normal. E os que não podem, nada fazem por-que não podem mesmo.

CAMPOS PODE LANÇAR CARIMBÃO AO GOVERNO ALAGOANO

O governador Eduardo Campos, candi-dato insinuado à presidência, vai mobili-zar o PSB em todos os estados paraapoiar seu projeto eleitoral de 2014.Aqui em Alagoas, o deputado federalGivaldo Carimbão será incentivado a saircandidato a governador. Valendo lem-brar: Campos é o presidente nacional doPSB, partido de Carimbão, que preferesair candidato à reeleição.

Luciana MartinsRepórter

A decisão do Tribunal Su-perior Eleitoral (TSE), de alte-rar a representação de algunsestados, na Câmara dos Depu-tados, com prejuízos para out-ras unidades, como Alagoas, éalvo de crítica do deputado es-tadual Ronaldo Medeiros (PT),principalmente porque a medi-da beneficia estados fortes emdetrimento dos mais fracos.

Em síntese, ao determinar aredução dos deputados fede-rais de oito estados e de au-mentar o de cinco, a JustiçaEleitoral também provoca ocorte de parlamentares em al-gumas Assembleias Legislati-vas, incluindo a de Alagoas,que perderá três membros.

Para Ronaldo Medeiros,com a decisão do TSE, além doprejuízo político, o Estado per-de também no orçamento queserá menor, as emendas parla-mentares também vão dimi-nuir, os recursos e convênioscom os municípios tambémvão ter redução.

- O Estado - enfatizou - per-de um peso político muitogrande. A bancada de Alagoasjá é pequena, um Estado pobre,

vai ficar menor ainda e outrosestados, que têm um pesomaior do que Alagoas, vão sairganhando com essa mudança.

Na opinião do parlamentarpetista, a decisão seria justa setodos os estados tivessem per-dido a representatividade. "Elaseria favorável, de certa forma,se fosse para diminuir no Brasiltodo. Todos os estados vão per-der, aí sim. Mas um Estadoperde e outro ganha, isso dese-quilibra a harmonia que existeentre as unidades federadas" -

afirma Medeiros. Ele diz lamentar pelo silên-

cio em torno do assunto, já queaté agora em Alagoas ninguémse manifestou contra a decisão."O alagoano não está se mani-festando e a sociedade deveriase mobilizar porque será me-nos recursos para um Estadotão carente em todas áreas, enão podemos perder mais re-cursos".

Mas o deputado diz nãoperder a esperança, lembraque o Congresso Nacional já

se dispôs a recorrer e acreditaque a decisão do TSE será re-vertida no Supremo TribunalFederal.

- Por omissão do Legislati-vo (leia-se Congresso Nacio-nal) o que está acontecendo éque o Judiciário tem legislado.Isso é matéria de competênciado Parlamento, contudo, naausência de decisões legislati-vas, o Judiciário, isto é, a Jus-tiça Eleitoral, acaba cumprin-do seu papel tomando essasdecisões.

Decisão é constitucional, diz BomfimJá o presidente da Ordem

dos Advogados (OAB/AL),Thiago Bonfim, analisa aquestão tecnicamente e admi-te que a decisão do TribunalSuperior Eleitoral é constitu-cional, mas ressalva. "A deci-são é constitucional, desdeque se harmonize com dispo-sitivos insertos na Constitui-ção Federal de 88".

Como não se trata de cria-

ção de lei - avalia Bomfim - taliniciativa não competiria aoCongresso Nacional, trata-seapenas de uma recomposiçãode bancadas legislativas, e comisso o TSE não invadiu a esferade competência do Poder Le-gislativo.

- Não se trata de criação delei, esta sim função precípua doLegislativo, mas tão somentede decisão judicial à vista de

normas existentes no ordena-mento jurídico. Noutras pala-vras, o TSE não invadiu a esfe-ra de competência do PoderLegislativo, posto que se limi-tou a exercer sua função pri-mordial, ou seja, o exercício dajurisdição à luz do caso concre-to que lhe fora submetido, fri-sou.

Conforme Thiago Bonfim,entretanto, a decisão ainda po-

de ser revertida. "É possível omanejo de embargos declara-tórios com efeito infringente,podendo neste caso havermodificação do feito julgado.É possível recurso extraordi-nário também visando talfim", diz ele e acrescenta: "Aparte que se sentir lesada coma decisão pode, observada alegitimidade, interpor recursoextraordinário".

Divulgação / Moacir Ascom OABDivulgação / Assessoria

Thiago Bomfim: “Decisão ainda pode ser revertida”Ronaldo Medeiros diz que Alagoas sofrerá prejuizos

Da Redação

A ausência de candidatosno cenário da sucessão esta-dual pode levar o senadorFernando Collor (PTB) a desis-tir da reeleição e direcionar seuprojeto político para o governodo Estado.

Collor já governou Alagoas(nos anos de 1987/88, antes desair candidato à presidência daRepública) e, em conversasreservadas, admite que seuprojeto eleitoral para 2014 nãoestaria engessado na estratégiade conquistar a reeleição.

O processo sucessório para2014 já está deflagrado até paraa sucessão da presidente DilmaRousseff (o senador Aécio Ne-ves, do PSDB, e o governadorEduardo Campos, do PSB, já seanunciam postulantes), masem Alagoas o barco ainda na-vega lentamente em águas cal-mas.

O tom dos discursos sómuda quando o autor é o sena-dor Fernando Collor, que esco-lheu como alvo preferencial desua ofensiva o governadorTeotonio Vilela, do PSDB, aquem trata como prováveladversário na disputa pelavaga de senador que estará emjogo na eleição do próximoano.

Além do ex-presidente daRepública, cuja candidatura àreeleição ainda parece ser seuobjetivo preferencial, apenas osenador Benedito de Lira, doPP, já anunciou (em primeira

mão a este jornal) que estuda apossibilidade de concorrer àsucessão de Teotonio Vilela.

O governador Vilela, porsua vez, não adianta se serácandidato ou se pretende con-cluir o mandato integralmente,ao passo que seu vice, JoséThomaz Nonô, aguarda umadefinição, já que tanto podesair candidato ao governoquanto a deputado federal.

Em campanha pra valer,até esse momento, apenas osenador Fernando Collor, queem verdade se lançou candida-to à reeleição em outubro doano passado durante um en-contro com jornalistas em Ma-ceió.

Benedito de Lira, com umacarreira de sucessivas vitórias,estuda o cenário, mas de ante-mão já antecipa que "se o cava-lo passar selado, ele monta",usando um jargão mineiro.

De Lira foi candidato a vi-ce-governador em 1998, inte-grando a chapa do governa-dor-tampão Manoel Gomes deBarros, cuja candidata a vice, aentão deputada federal CeciCunha, acabou desistindo paraconcorrer à reeleição, tendosido eleita e assassinada no diade sua diplomação, aqui emMaceió.

Benedito de Lira tem sedestacado, ao lado de RenanCalheiros, como um dos parla-mentares que mais recursoscarreiam para Alagoas, princi-palmente através de emendasao Orçamento da União.

Fernando Collor: um olho na reeleição e outro no governo estadual

Divulgação

Benedito de Lira é franco-atirador e poderá disputar sucessão de Vilela

Luciana Martins

Page 4: 06052013

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013A4 | Cidades

EFEITO DO

AGUACEIRODefesa Civil de prontidão; em abril,Maceió teve seis quedas de barreirasÁreas críticas são mapeadas; famílias em situação de alto risco são removidas para abrigos alugados

Luciana MartinsRepórter

Mesmo com todo o traba-lho de prevenção que vem sen-do realizado pela Defesa Civilde Maceió, basta iniciar o pe-ríodo de chuvas para que desa-bamentos sejam registrados nacapital. De acordo com PauloNoronha, coordenador doCentro de Gerenciamento deCrises e Emergência (CGE), daDefesa Civil da capital, no mêsde abril foram registrados seisdeslizamentos de barreiras,mas, ainda bem, sem vítimasfatais.

Ele explica que neste mo-mento o trabalho feito pelo ór-gão é de remediar os efeitosdas chuvas porque todo o tra-balho de prevenção já foi reali-zado, com desassoreamento derios e limpeza de galerias. "Pa-ra remediar a situação, a gentetem colocado lona nas áreasmais críticas onde não há co-bertura vegetal que são áreasrecorrentes de desabamento epor isso elas estão recebendouma atenção especial daCondec".

Conforme Noronha, osnúcleos comunitários de De-fesa Civil também foramacionados para ficar em esta-do de alerta neste momentode chuva. Segundo avaliaçãode meteorologista, a previsãode chuvas para este quadran-te (abril a julho) está entremoderada e fraca, sendo que20% podem ser acima damédia. "A gente vai trabalhara partir de agora, por deter-minação do coordenador ge-ral, com a possibilidade des-ses 20%, não adianta a gentetrabalhar abaixo. Ou seja, va-mos ficar em estado de pron-tidão, podendo passar paraestado de alerta".

ÁREAS CRÍTICASAtualmente em Maceió ao

menos 575 famílias vivem emáreas de risco, algumas delas jáforam retiradas das áreas críti-cas e inseridas no programa dealuguel social. "Essas famíliasestavam em área de riscomuito alto e se foram retiradasé porque não tinha a mínimacondição de habitação ondeestavam. Isso só acontece emcasos de extrema necessidade".

Entre as áreas mapeadaspela Defesa Civil, as que apre-sentam maior risco são Vale doReginaldo, Mutange, Flexal deCima, Grota do Cigano, Altoda Alegria e Grota Bom Jesus.

O coordenador revela quetodas as áreas de risco estãomapeadas, mas não sob contro-le. "A Defesa Civil já tem umprojeto - Plano Municipal deRedução de Risco - pronto des-de 2007 para captação de recur-sos em Brasília cujo objetivo é arealização de obras para a re-dução de risco. É só isso quefalta. A nossa parte foi feita".

PARCERIAPaulo Noronha adianta

ainda que a Defesa Civil é umórgão de gerenciamento, porisso, o trabalho é feito em par-ceria com outros órgãos muni-cipais e como ela não tem plan-

tão 24 horas, a população deveentrar em contato com o corpode bombeiros se a ocorrênciafor no período da madrugada."Quando tem previsão de chu-vas fortes ou índice pluviomé-trico muito grande, a gente fazum plantão a tarde, podendose estender até as 10 da noitedependendo das demandas". Eacrescenta: "se a pessoa se sen-tir ameaçada e quiser uma ava-liação do risco ao qual ela este-ja exposta, pode chamar adefesa civil que nós vamosanalisar".

Quem quiser entrar emcontato com a Defesa Civil po-de ligar para 0800-030-6205.

Defesa Civil Municipal atua em áreas de risco, como no acidentado Vale do Reginaldo; famílias que habitam em encostas estão sendo removidas para abrigos alugados pela Prefeitura

fotos: Luciana Martins

Chuva forma lagoa no Mercado da ProduçãoDa Redação

A chuva que caiu sobreMaceió com variada intensida-de, nos últimos 15 dias, provo-cou alagamentos em muitospontos da capital, mas em todoseles a água foi embora escoandocom o tempo. A exceção ocor-reu num dos lados do Mercadoda Produção, onde uma autên-tica lagoa se formou logo comas primeiras precipitações, e lápermaneceu sem escoamentoaté este final de semana.

Alertada por freqüentado-res do velho Mercado Público,a reportagem do Primeira Edi-ção esteve lá na sexta-feira (3) epôde constatar a água estagna-da, já com a cor esverdeada,impossibilitando a movimen-tação de pessoas no lado quedá acesso ao supermercadoBompreço da antiga Ceasa.

- A situação quando chovefica crítica e compromete asaúde pública, porque essaágua, estagnada, está apodre-cendo e logo se transforma emfoco de mosquitos transmisso-res de doenças - queixou-se obiscateiro Antônio Ramos.

Ele disse que, como se tratade um centro de abastecimen-to, fiscais da Vigilância Sanitá-ria deveriam ter comparecido eentrado em contato com a Se-cretaria Municipal de Abasteci-mento em busca de uma provi-dência, como a remoção daágua através de carro-tanque."Em dois ou três dias de traba-lho essa água poderia ser reti-rada daí", sugeriu Ramos.

Para evitar o acesso de pes-soas na área alagada, a admi-nistração do Mercado decidiufechar o portão central, masveículos continuaram ocupan-do o espaço. Somente neste sá-bado (4), com a diminuição donível da lagoa Mundaú, a inun-dação do mercado se desfezatravés de uma drenagem sub-terrânea.

RECONSTRUÇÃOInaugurado em fins de

1978, o Mercado da Produçãodeverá ser demolido para darlugar a um moderno e maisamplo centro de abastecimento,já que, na opinião geral, umasimples reforma não resolveráos problemas ali constatados.

Nesse sentido, o senadorBenedito de Lira apresentouuma emenda parlamentar novalor de R$ 42 milhões, recur-sos que serão destinados áconstrução de novo MercadoMunicipal.

A nova estrutura terá de sermais ampla para abrigar umgrande número de feirantes enegociantes que, atualmente,trabalham do lado de fora domercado, onde as condições dehigiene são as mais precáriaspossíveis.

Os mercadores estão divi-didos: uns defendem a cons-trução de um novo complexo,mas outros acham que o mel-hor seria uma reforma, porquelevaria menos tempo para con-clusão.

A secretária municipal deAbastecimento, Solange Jure-ma, já esteve no local e saiuconvencida de que tudo quefor feito em função do atualmercado terá efeito paliativo,temporário: "Ali não tem maisjeito. O certo é construir umnovo mercado público, e jácoloquei minha posição para oprefeito Rui Palmeira". Um ‘lago verde’ se formou ao lado do Mercado da Produção; água só escou após diminuição do nível da lagoa

Primeira Edição

Paulo Noronha informa que Defesa Civil pode entrar em estado de alerta

Page 5: 06052013

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013 Cidades | A5

CONFLITO

DE PODERESJuiz e professor condenam PEC quepõe o Congresso acima do SupremoMagistrado diz que sociedade deve ficar atenta a propostas que afrontam estado democrático de direito

Luciana MartinsRepórter

Para o professor de DireitoConstitucional, Rodrigo Fon-tan, a PEC 33, que submetedecisões do Supremo TribunalFederal ao Congresso Nacio-nal, viola de forma clara o prin-cípio básico da democracia queé a independência e separaçãodos poderes. "Esta propostapode gerar uma crise entre oCongresso e o STF já que existeum animus para a interferênciade um poder em outro, ferindoum princípio básico da demo-cracia e fundamental para aexistência de uma república,que é a independência e sepa-ração dos poderes".

Na opinião do professor, aproposta, que partiu de umdeputado petista, pode sim serum revide pela condenação decompanheiros do PT no pro-cesso do mensalão, assim comoa decisão do Ministro GilmarMendes, de suspender a trami-tação do projeto que inibe acriação de novos partidos, po-de significar uma retaliação."Penso que a decisão do minis-tro também afronta a indepen-dência dos Poderes, pois - nes-se caso específico - cabe ao Par-lamento exercer o controle pre-ventivo de constitucionalidade.A decisão de interromper oprocesso legislativo, ao meusentir, foi uma interferênciadireta do STF nas atividades doCongresso, fato também inacei-tável".

Se a crise entre os poderesse instalar, Fontan opina que,para serenar os ânimos entre ospoderes, será preciso um diálo-go entre eles. "Toda interferên-

cia de Poderes constituídos pa-ra aparar arestas é semprebem-vinda, penso eu. Assim, aprópria Casa Legislativa e apresidência do STF podeminterferir no sentido de acalmaros ânimos das autoridadesconstituídas".

INTROMISSÃOJá o juiz de direito Alberto

Jorge assevera que a propostaem discussão é absurda já querepresenta uma intromissão doPoder Legislativo no Judiciá-rio, o que fere cláusula pétreaconsagrada na Constituição."Isso morreu porque o própriopresidente da Câmara disseque não vai colocá-la adiante emesmo que tivesse fôlego parair a adiante ela seria uma pro-posta inconstitucional. O pró-prio Supremo declararia ainconstitucionalidade dela".

Na opinião do juiz, se o de-putado petista propôs a emen-da constitucional com inten-ções de ser um revide à conde-nação de outros petistas noprocesso do mensalão, issorepresenta um perigo à socie-dade. "É preocupante porqueisso põe o Estado de direito, oEstado democrático, em peri-go. Esse tipo de proposta es-candaliza a nação".

CASUISMOAlberto Jorge advoga que

não pode haver medidas ca-suísticas como, por exemplo, aproibição da criação de novospartidos, com ações destinadasa proibir o processo democráti-co, principalmente nesse mo-mento em que se aproxima operíodo eleitoral. "Eu não seiqual foi a base para o ministro

obstacular o andamento dessamedida, mas, sinceramente tra-ta-se de outra proposta preocu-pante por proibir a organiza-ção de novos partidos, nessemomento onde se anunciam ospreparativos para uma eleiçãogeral. Uma proposta dessas,apresentada só agora, pareceestranha".

Para o magistrado, a atitu-de do ministro Gilmar Mendesnão demonstra retaliação, aocontrário, tudo isso faz partedo jogo político que se anunciapara o próximo ano. "Eu diriaque quanto mais partidos,quanto mais possibilidades deescolha o eleitor tiver, melhor.O que levou o ministro a barrar

a proposta, sinceramente eunão sei, mas não acredito queseja uma retaliação porque essanão é uma característica desseministro".

NA ORIGEMEle explica que propostas

do Congresso só podem serbarradas se estiverem em desa-cordo com a Constituição nosaspectos formais e materiais,como por exemplo: uma pro-posta tendente a abolir o siste-ma federativo é inconstitucio-nal desde o seu nascedouro. "Aemenda pode ser obstaculadano seu nascedouro desde queela intente contra direitos con-sagrados na Constituição Fede-ral, tidos como supremos, co-mo mais densos, mais impor-tantes que são as chamadascláusulas pétreas".

O juiz salienta que, ao setratar de uma proposta deemenda, o ideal é que seja de-clarada a inconstitucionalidadedurante a tramitação e não de-pois, contudo, mesmo depoisde aprovada, ela pode ser de-clarada inconstitucional. "Ocerto é que ela seja declaradainconstitucional durante o seunascedouro, na tramitação, enão se deixe para depois, masainda assim afirmo que é possí-vel declarar depois, emborahaja discussões doutrinárias aesse respeito de ser depois".

ALERTAAlberto Jorge alerta que a

população precisa estar atentaa esse tipo de interferência doLegislativo no Judiciário, já quea ele - principalmente ao SFT-compete dar a última palavrano que diz respeito à interpre-

tação do texto constitucional."O Judiciário não constrói otexto, quem constrói o texto é olegislador, agora quem inter-preta o texto é o Judiciário e éisso que as pessoas precisamentender".

E arremata: "Não podemosestar ao sabor das maiorias queestão eventualmente no poder,hoje é uma, amanhã será outrae depois da amanhã uma ter-ceira, e todas elas têm que sesubmeter a determinadas re-gras senão a gente modificariaas regras constantemente aobel prazer da maioria que esti-vesse no poder naquele mo-mento. O Supremo tem essafunção, de frear as mudançasque possam interferir em de-terminados valores considera-dos mais caros para o Estadodemocrático de direito".

A PROPOSTAA Proposta de Emenda

Constitucional nº 33/2011,conhecida como PEC 33, é maisuma emenda polêmica que tra-mita no Congresso Nacional.Aprovada no dia 24 de abril,pela Comissão de Constituiçãoe Justiça (CCJ) da Câmara dosDeputados, o texto da propostatem como objetivo submetercertas decisões do SuperiorTribunal Federal (STF) ao crivodo Congresso Nacional.

De autoria do deputadoNazareno Fonteles (PT-PI), aPEC 33 ordena que sejam sub-metidas ao Congresso Nacio-nal as súmulas vinculantes, asações diretas de inconstitucio-nalidade (ADI) e as declarató-rias de constitucionalidade(ADC) emitidas pelo SupremoTribunal Federal (STF).

Juiz Alberto Jorge: “Decisão é constitucional, mas poderá ser revertida”

fotos: Luciana Martins

Rodrigo Fontan acha que PEC pode ser ‘troco’ por causa do mensalão

Page 6: 06052013

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013A6 | Cidades

"ALE deve elevar duodécimo,e não pedir “dinheiro extra"

> ENTREVISTA/ JÉFERSON MORAIS

Deputado reage ao não pagamento das férias dos servidores da Assembleia

Geraldo Câmara

Tilápia com bactéria no PilarNem é ficção, nem é história de filme americano para ter mais

bilheteria. É uma realidade terrível o que está acontecendo no Pilaronde as tilápias estão sendo atacadas por uma bactéria ainda nãoidentificada que criam necroses vistas a olho nu. No entanto, apesarde terem sido avisados, inclusive o prefeito, as tilápias continuamsendo pescadas e comercializadas. Este artigo é uma denúncia e odenunciante tem nome, posição e profissão: Manoel Sampaio, supe-rintendente de pesca da Secretaria da Pesca de Alagoas. Quem assis-tiu ao "Almoçando com a Notícia" deste último fim de semana viuSampaio analisando o problema, alertando autoridades, pescadorese povo para que coisas piores não venham a acontecer no municípiodo Pilar. O que foi dito no programa e corroborado pelo Secretárioda Pesca, Régis Cavalcante, o foi em primeira mão e, por isso aguar-damos que sejam tomadas providências mais emergenciais pelaexcelente equipe da Vigilância Sanitária Estadual capitaneada pelocompetente Paulo Bezerra. No mais esperarmos que seja detectada aorigem de tal bactéria e que seja combatida para que o mal não seespalhe por outros lugares onde a gostosa tilápia é um alimento deprimeira ordem.

Ouvidor [email protected]

O destaque vai para o meuamigo Ivaldo Pinto, assessor deimprensa da Setur e DiretorFinanceiro da Abrajet. Genteboa até debaixo d'água merecemuito mais destaques.

DESTACÔMETRO

Os meus abraços impressos da semana vão para a música e para alguns deseus representantes alagoanos, de grande valor artístico: A banda Mô Fio,Igbonan Rocha com o grande Altair e Toni Câmara. Deram no show no"Almoçando...".

ABRAÇOS IMPRESSOS

PÍLULAS DO OUVIDOR

A Setur-AL firma parceria com Marechal Deodoro para umplanejamento estratégico local que beneficie a cadeia pro-dutiva e que esteja consoante com as diretrizes dos planosestratégicos nas esferas públicas, federal e estadual. A Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) apoiou apassagem do Grupo pernambucano de Teatro de Rua Loucose Oprimidos da Maciel por Maceió.Eles se apresentaram em Fernão Velho e no calçadão docomércio em Maceió.Quando precisa de pessoas para preencher postos de traba-lho que exigem um nível maior de qualificação, a V2 Am-biental (empresa que administra o aterro sanitário de Ma-ceió) aposta na "prata da casa" e firma parceria com o SESI.Depois de tantos anos chega a vez do caso PC Farias eSuzana Marcolino ser julgado pela justiça alagoana.Polêmico, espera-se que demore quase um mês para que overedicto seja firmado. Vamos esperar para ver.Ser famoso tem suas vantagens e grandes desvantagens.Assim é com o cantor Roberto Carlos que nem tem direito ater uma namorada sem revelar sua identidade. A nova ébaiana e se chama Luciana Sobreira, 36 aninhos. A metadedo rei.Lula declarou que "às vezes acho que o partido é um negó-cio". Ele acha? Logo ele que viu o filho se tornar milionário?Ou será que conseguiria o que conseguiu se o pai não fossepresidente e oriundo de um partido? Deve ser um grandenegócio!Pois é! E não é que o deputado Fernando Toledo é governa-dor por oito dias? Não conseguiu ser Conselheiro do Tribu-nal de Contas, mas conseguiu o mais alto escalão do esta-do. Não interessa se foi por oito dias. Entrou na história.O cara nojento que ateou fogo no corpo da dentista só por-que ela tinha apenas 30 reais na sua conta bancária disseque o fez só para dar um susto na moça. Se a moda pega,tem gente que vai ganhar campeonato de susto matando osoutros.Estou com dois livros nas mãos da competente Sheila Maluf,agora com sua livraria e editora Viva. Um deles é o "Por cau-sos da vida" e o outro "O mundo real das Satiricrônicas".Ambos ainda para este ano.No "Almoçando com a Notícia" deste fim de semana falamosmuito sobre as políticas da pesca no estado de Alagoas. Re-gis Cavalcante (foto), titular da pasta da Pesca, levou técni-cos para falar sobre o assunto, incluindo o das tilápias doPilar.

Procede a denúncia de queo governo está repassando di-nheiro a mais para o Poder Le-gislativo?

Pelas declarações do presi-dente da Casa, deputado Fer-nando Toledo, e do próprio go-vernador Teotonio Vilela, sim.Precisamos tão somente sabercomo foi feita a aplicação dosrecursos. O próprio Téo reve-lou que esse tipo de transferên-cia ocorre para outros poderes.

O que a Mesa alega parajustificar essas transferênciasextra-orçamentárias

Até onde fui informado co-mo deputado, esse tipo de pro-cedimento entre Legislativo eExecutivo ocorre não de agora.Seria uma forma encontrada demanter a Casa em funciona-mento. Na minha avaliação se-ria bem melhor que o duodéci-mo da ALE contemplasse essasdespesas, seja com folha oucusteio da estrutura.

O duodécimo aprovadopara 2013 foi de R$ 143 mi-lhões. É suficiente para cobriras despesas do Legislativo?

Pelas contas dos gestoresda ALE, não. Eles afirmam queos números não batem, maspreciso ressaltar que ainda nãotive acesso a esses números, oque deve acontecer nesta sema-na, pois já requeri os documen-tos.

Por que a Mesa da ALEnão provisiona uma fatia doduodécimo todo mês para, emdezembro, dispor de numerá-rio para pagar o 13º saláriodos servidores?

Esse seria o procedimento

correto, mas acredito que so-mente os próprios gestores doPoder podem oferecer à socie-dade os esclarecimentos neces-sários.

A Assembleia continua pa-gando, com a própria verbaduodecimal, os proventos deseus aposentados, o que deve-ria ser feito pelo Fundo Previ-denciário do Estado. Por queisso?

O governo do Estado, atra-vés do Fundo Previdenciário,precisa assumir e comandar es-ses encargos. Já houve conver-sa nesse sentido, mas a coisanão avançou. Infelizmente otratamento do governo paracom a ALE é ruim, apesar departe da sociedade acreditarque é uma relação excelente.Falando de forma sincera, não

sei a quem interessa esse qua-dro atual.

Se a Assembleia precisa demais recursos, por que não au-menta o duodécimo usando omeio legal, ou seja, o Orça-mento Estadual, em vez debuscar suplementações?

Penso dessa forma. O pro-blema é que o governo entendecomo desgaste atender qual-quer pleito da ALE, mesmoque seja para pagamento de sa-lários. É uma forma de dizer àsociedade que não dispensaum tratamento institucional aoPoder Legislativo, mas isso temcomo pano de fundo a péssimaimagem que o Poder Legisla-tivo tem.

O Portal da Transparênciacomprova que, nos últimos

três meses, o Executivo repas-sou a mais R$ 10 milhões paraa ALE. O que foi feito comesse dinheiro?

Uma resposta que tambémquero ter. Pode parecer estra-nho, mas não sei e olha que es-tou no exercício de um manda-to. Acredito sim, que os depu-tados que comandam as finan-ças da Casa irão revelar os de-talhes dessas operações.

Os servidores reclamamque não têm data-base, ou se-ja, estão sem reajuste salarialhá três anos (2010, 2011 e2012). Por que a Assembleianão repõe a inflação na folhados servidores, como faz oExecutivo?

Falta de entendimento doLegislativo com Executivo. Ogoverno prefere fazer repassessuplementares a admitir queconcedeu aumento no duodé-cimo. Na minha avaliação éuma estratégia nada inteligentee que só causa esse tipo detranstorno.

Nos últimos 15 anos, aALE só pagou um adicional deférias aos funcionários (por si-nal, este ano). Isso não signifi-ca apropriação indébita e im-probidade administrativa, jáque o dinheiro das férias édesviado para outra finalida-de?

Esse é um quadro preocu-pante, pois alcança 15 anos.Não consigo entender comodurante todos esses anos aJustiça não fez valer o direitodos servidores. Muita coisaprecisa ser explicada por quemdirigiu a Casa durante todosesses anos.

Jéferson Morais quer saber onde dinheiro extra da ALE foi aplicado

Miguel Goes

Se a Assembleia Legislativa precisa demais recursos, para manter sua estruturafuncionando, que providencie um aumentodo duodécimo, em vez de ficar recebendosuplementações. É o que defende o deputa-do estadual Jéferson Morais (DEM), em en-trevista à repórter Luciana Martins, do Pri-meira Edição. Morais revela que requereu àMesa Diretora, documentos relativos à apli-cação de dinheiro repassado do Executivo

para o Legislativo de forma extra-orçamen-tária. Ele diz não entender como a Justiçapermite que os funcionários da Assembleiafiquem sem receber adicional de férias aolongo de 15 anos. Sobre o pagamento aosaposentados com verba da própria ALE, oparlamentar diz que isso é inconcebível: "Ogoverno é quem deve assumir e comandaresses encargos, através do Fundo Previ-denciário", defendeu o parlamentar.

Tribunal começa nesta 2ª a julgaracusados pela morte de PC Farias

Dezessete anos após o epi-sódio que ganhou repercus-são internacional, pela impor-tância de alguns personagensrelacionados, o rumoroso Ca-so PC Farias finalmente terádesdobramento no âmbito daJustiça, com o julgamento dequatro ex-policiais acusadosdo duplo homicídio que viti-mou o ex-tesoureiro de cam-panha do ex-presidente Fer-nando Collor, e de sua namo-rada Suzane Marcolino.

Nesta segunda-feira (6)irão a júri popular, no Fórumdo Barro Duro, em, Maceió, osréus e ex-policiais militaresque atuavam como segurançasdo empresário Paulo CésarCavalcanti Farias: Adeildo dosSantos, Josemar dos Santos, Jo-sé Geraldo da Silva e ReinaldoCorreia de Lima Filho.

Ao todo, serão ouvidas 27testemunhas, entre elas o ex-deputado Augusto Farias, ir-mão de PC Farias. O júri deve

durar cinco dias e será presi-dido pelo juiz Maurício Bre-da, da 8ª Vara Criminal deMaceió.

PC Farias e Suzana Mar-colino foram mortos no quar-to da casa de praia de Farias,no Povoado de Guaxuma, li-toral norte de Maceió, na ma-drugada do dia 23 de junho

de 1996.Na época, PC estava em

liberdade condicional. Ele res-pondia por crimes como sone-gação de impostos, falsidadeideológica e enriquecimentoilícito. A morte do tesoureirofoi investigada como queimade arquivo, pois ele poderiafazer revelações sobre a parti-

cipação de outras pessoas nosesquemas.

Inicialmente, as investiga-ções apontaram que Suzanateria matado Farias e depoisse suicidado (tese defendidapelo legista Fortunato BadanPalhares), mas logo essa hipó-tese foi contestada pelo pro-fessor de Medicina LegalGeorge Sanguinetti.

Com base em evidênciascontidas nos autos, o Ministé-rio Público ofereceu denúnciacontra os quatro ex-policiaismilitares, porém nenhum foiapontado exatamente como oassassino. Aliás, ao longo des-ses 17 anos ninguém tambémfoi apontado como possívelmandante dos homicídios.

Neste final da semana, afamília de Suzana Marcolinoinformou que não comparece-rá ao julgamento que será ini-ciado nesta segunda-feira e sódeverá ser concluído na pró-xima sexta.

> JÚRI POPULAR

PC Farias e Suzana Marcolino: mortes violentas ocorridas há 17 anos

Reprodução

Page 7: 06052013

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013 Cidades | A7

SUCESSO

ALAGOANOValor Econômico exibe face positivade AL, e TV destaca Canal do SertãoCaderno especial traz panorama das ações estruturantes no estado e seu reflexo nos índices sociais e

Com a economia crescendoacima da média brasileira, Ala-goas está recebendo investi-mentos públicos de R$ 7 bil-hões para melhorar a infraes-trutura do Estado. A afirmaçãoé do jornal Valor Econômico,na abertura da edição do cader-no especial 'Estados' sobre Ala-goas, que destaca entre osmaiores pilares do governoestadual a construção do Canaldo Sertão e obras estruturantesque consolidam pólos de de-senvolvimento no Estado.

Na edição publicada nomês de abril e divulgada inter-nacionalmente, com versõesdas reportagens nas línguasportuguesa e inglesa, o cader-no traz um balanço das princi-pais ações estruturantes do go-verno no Estado e cita o Canaldo Sertão como uma ação fun-damental para melhorar os ín-dices econômicos e sociais emAlagoas. O material traz depoi-mentos de profissionais daUniversidade Federal de Ala-goas e de movimentos sociaissobre a relevância da obra paraa população sertaneja.

Em entrevista ao Valor Eco-nômico, o secretário estadualde Infraestrutura, Marco Fire-man, também comenta a con-cretização do Canal do Sertão efala sobre as perspectivas dogoverno para o semiárido ala-goano. Fireman lembra que ho-je o racionamento de água naregião chega a mais de 15 diase que a meta é até 2014 atenderquase 100% do semiárido comágua potável.

Os investimentos realiza-dos em rodovias e saneamentotambém são apontados peloValor como fundamentais para

o crescimento da indústria doturismo em Alagoas. A cons-trução do novo aeroporto deMaragogi é destacada comouma ação fundamental paramelhorar a logística no LitoralNorte alagoano.

"A construção do aeroportode Maragogi é estratégica, por-que vai facilitar o fluxo de tu-ristas de cidades do agrestepernambucano e o transportede cargas em direção ao portode Suape, na região metropoli-

tana de Recife", afirma o secre-tário da Infraestrutura.

CANAL DO SERTÃOO verde que agora brota

nos municípios sertanejos deAlagoas com a inauguração doCanal do Sertão foi destaqueem matéria especial veiculadapela Rede Record. Parte da sé-rie Diário da Seca, a reporta-gem, exibida no Jornal da Re-cord de quinta-feira (2), mostraa situação da cidade de Parico-nha, que teve a paisagem trans-formada pela água que chegapor meio do canal.

Depois de passar por váriaspartes do Nordeste revelando amorte de animais e a migraçãode famílias inteiras, o jornalistaCarlos Dorneles aponta comoas ações do governo do Estadotêm ajudado no combate aosefeitos da estiagem e ressalta as

mudanças nos últimos meses."O milho está crescendo

bonito e os animais, engordan-do. O que parece tão simples,tão banal, uma vaca comendocom vontade uma grama farta,verdinha, é algo que não se vêno Nordeste inteiro agora",narra Dorneles na matéria."Nesse povoado em pleno Ser-tão, encontramos cisternascheias", completa o repórter.

A escavação de barreirosem Pariconha, preenchidospela água do Canal do Sertão,também foi destacada pelasérie. "Os canos trazem a águae chegamos à parte que os mo-radores mais gostam, mais va-lorizam. São os chamados bar-reiros, que estão espalhandoágua pela região. Ao contrariode tudo que vimos até agora,temos um açude cheinho", dis-se o jornalista.

Com 250 quilômetros deextensão, o Canal do Sertão te-ve seus dois primeiros trechos -perfazendo 65 km - inaugura-dos no dia 11 de março desteano. A obra, que liga Arapiracaa Delmiro Gouveia, vai benefi-ciar 42 municípios e mais deum milhão de alagoanos.

Cerca de R$ 1 bilhão já fo-ram investidos no empreendi-mento, incluindo a contrapar-tida estadual de R$ 100 mi-lhões. Inserido no Programade Aceleração do Crescimento(PAC), o canal já permite adistribuição de água ao longodos municípios de DelmiroGouveia, Pariconha e ÁguaBranca. A terceira etapa já foiiniciada, com serviços emandamento e recursos garanti-dos pelo Ministério da Inte-gração Nacional. (Secom/ALexclusivo para o PE).

Secretário Marco Fireman salienta avanços com obras estruturantes

Divulgação / Matheus Sandes Divulgação / Secom

Com etapa inicial já em operação, Canal do Sertão ganha destaque em noticiário de repercussão nacional

Page 8: 06052013

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013A8 | Nacional

Para Joaquim Barbosa, Justiçasó beneficia quem tem poderPresidente do STF critica falta de transparência dentro do Poder Judiciário

> O MESTRE

O presidente do SupremoTribunal Federal (STF), ministroJoaquim Barbosa, disse na sexta-feira (3) em debate na Costa Ri-ca, que um dos fatores da impu-nidade no país é o tratamentodesigual dado pela Justiça. Se-gundo ele, há diferença na con-dução de ações envolvendo pes-soas com maior poder aquisiti-vo, com dinheiro para pagarbons advogados, e aquelas rela-cionadas aos "pobres, negros epessoas sem conexões".

"As pessoas são tratadas deforma diferente de acordo comseu status, sua cor de pele e odinheiro que têm. Tudo issotem um papel enorme no siste-ma judicial e especialmente naimpunidade", disse Barbosaque participou em San José deum evento sobre liberdade deimprensa.

Segundo o ministro, nopaís prevalece uma proximida-de antiética entre advogadospoderosos e juízes, o que acabadesequilibrando a prestação deJustiça. "Essa pessoa poderosapode contratar um advogadopoderoso com conexões noJudiciário, que pode ter conta-tos com juízes, sem nenhum

controle do Ministério Públicoou da sociedade. E depois vêmas decisões surpreendentes:uma pessoa acusada de come-ter um crime é deixada em li-berdade", argumentou.

Joaquim Barbosa tambémcriticou o excesso de recursospossíveis na Justiça brasileira, oforo privilegiado, que garantea políticos serem julgados emtribunais especiais, e a falta detransparência no Judiciário. Elediscursou e participou de umdebate durante evento em co-

memoração ao Dia Mundial daLiberdade de Imprensa, emSan Jose, na Costa Rica, promo-vido pela Unesco. E falou nasessão plenária que discutiu aquestão da impunidade.

O presidente do tribunal foio relator do mensalão, o maiorjulgamento da história do STF,que ainda não está finalizado, eteve vários embates com osadvogados dos réus.

Sem citar o julgamento docaso, Barbosa disse que "há in-finitas possibilidades de recur-

sos" no Brasil. "Da primeira pa-ra a segunda instância, às vezeshá 15, 20 diferentes recursos.Qual a conclusão? Uma longademora, é claro. Um caso en-volvendo duas ou três pessoasnão é concluído no Brasil emmenos de cinco, sete, às vezesdez anos, depende do statussocial da pessoa."

Para ele, a falta de transpa-rência no processo judicial e opoder econômico privilegiamdeterminados grupos. "Um dosprincipais problemas que vejono Brasil é a falta de transpa-rência no processo judicial,algo antiético e forte que existeem todo o sistema."

Segundo Barbosa, isso signi-fica que quem "tem poder polí-tico e econômico pode contratarum advogado poderoso comconexões no Judiciário, que po-de ter contatos com juízes, semnenhum controle do MinistérioPúblico ou da sociedade e de-pois vêm as decisões surpreen-dentes: uma pessoa acusada decometer um crime é deixada emliberdade. Não é deixada em li-berdade por argumentos legais.Não há transparência nesse tipode procedimento."

Joaquim Barbosa diz que falta transparência no Judiciário brasileiro

fotos: Divulgação

Marina acusa governo de bancarprojeto que inibe novos partidos

> TROMBONE

A ex-senadora Marina Silvadisse na sexta-feira, em Floria-nópolis, que a presidente Dil-ma Rousseff não precisa dos 35segundos que o Rede Sustenta-bilidade, partido a ser criadopor ela, terá de tempo de tele-visão. Ela fez referência ao pro-jeto de lei que tenta barrar acriação de partidos, proposta jáaprovada na Câmara Federal,mas suspensa por uma liminardo ministro do Supremo Tri-bunal Federal (STF), GilmarMendes.

"A maioria das pessoas sa-be que é uma lei de encomendapara evitar a criação do RedeSustentabilidade, e tambémprejudicar o partido Solidarie-dade, mas sobretudo direcio-nados a nós. Para que? Paranos tirar os 35 segundos de te-levisão que teríamos, reduzin-do isso para 11 segundos. A

presidente Dilma não precisadisso. Ela tem 13 minutos de te-levisão mais uma estruturapartidária, de governo, de alia-dos e neocompanheiros, comoé o caso do ex-prefeito e ex-go-vernador Maluf, do Collor, dopresidente Sarney, do Amazo-nino. Não precisa disso."

Marina Silva, que esteve nacapital catarinense para pro-mover a coleta de assinatura deeleitores para a criação do par-tido Rede, afirmou que está tra-tando com senadores a nãoaprovação do projeto.

"Se, por ventura, cair a limi-nar, que o Senado possa corri-gir o terrível erro cometido pe-la Câmara dos Deputados. Senão acontecer, haverá de recor-rer novamente ao Supremo."

Para a ex-candidata a presi-dente, 2014 não será a repetiçãode 2010 na disputa presidencial

porque há um aborrecimentoda sociedade na polarizaçãoentre PT e PSDB, assim comouma aversão ao desejo de ante-cipação das eleições.

"Nós não vamos participar

dessa antecipação. Quandochegar o tempo certo, vamostomar essa decisão. Há umapossibilidade, sim, de termosuma candidatura, mas nãoqueremos antecipar”.

Marina acha que projeto contra novos partidos é bancado pelo governo

Deputados vão debater projetoda ‘cura gay’nesta quarta-feira

> NA CÂMARA

A expectativa em torno davotação de um projeto que au-toriza o tratamento psicológicoou a terapia para alterar a ori-entação sexual de homosse-xuais reacendeu as críticas àComissão de Direitos Hu-manos e Minorias (CDHM) daCâmara dos Deputados. Desdeque o deputado Pastor MarcoFeliciano (PSC-SP) assumiu acoordenação dos trabalhos dogrupo, manifestantes contrá-rios à sua escolha para o cargoorganizaram vários protestos econseguiram cancelar algumasagendas de trabalho da comis-são. Agora, a mesma comissãose prepara para decidir sobreum dos temas mais polêmicosenvolvendo homossexuais.

A apreciação do Projeto deDecreto da Câmara (PDC) quetrata da "cura gay" deve ocor-rer na próxima reunião do

grupo, marcada para quarta-feira (8). O texto suspende res-olução do Conselho Federal dePsicologia (CFP) que proíbe osprofissionais da área de partic-ipar de terapia para alterar aorientação sexual e a atribuiçãode caráter patológico à homos-

sexualidade. Há 30 anos a ho-mossexualidade foi excluídada Classificação Internacionaldas Doenças (CID).

Apesar de toda a polêmica,o relator da proposta, deputa-do Anderson Ferreira (PR-PE),que apresentou parecer favo-

rável ao projeto, garantiu quenão vai mudar sua posição so-bre a matéria. "Só estou tentan-do ajustar o desajuste que ele [oCFP] tentou fazer por meiodessa resolução. Todo o ser hu-mano tem direito a procurarajuda e tentar entender umconflito interno", disse.

Segundo o parlamentar, ahomossexualidade está rela-cionada a uma questão com-portamental. "Em nenhum mo-mento, disse que pode ser tra-tado como uma doença, apenascito que é algo comportamentale se é comportamental vocêpode querer uma ajuda. A pes-soa pode querer uma ajudapara tentar entender seu com-portamento. Por que o consel-ho impede ajuda para ele ten-tar entender o comportamentoque está tendo naquelemomento?", acrescentou.

Marco Feliciano coloca em discussão tema polêmico sobre homossexuais

Page 9: 06052013

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013

[email protected]

Esportes

CSA e CRB disputam final do Alagoano> CLÁSSICO NA DECISÃO

Azulão tenta o título para marcar ano do seu centenário e o Galo busca bicampeonato para impedir festa do rival

Opinião - Diário Oficial dos Municípios - Social

Enquanto Leandro corre atrás de Léo Gamalho, o técnico Beto Almeida observa o lance bastante tenso

fotos: Jessica Pacheco

Atacante Schwenck concentrado para a segunda cobrança de pênalti que foi defendida pelo goleiro Alexandro

Marcelo AlvesRepórter

O Campeonato Alagoanochega à sua reta final após cercade cinco meses de disputa. Dosdez times que participaram daedição deste ano da competiçãoapenas CSA e CRB - os doisclubes mais tradicionais, demaiores torcidas e de granderivalidade do Estado -, conse-guiram chegar à decisão doAlagoano, onde disputarão otítulo em dois jogos (ida e voltasem vantagem de saldo degols). O mando de campo serádefinido no sorteio que aconte-ce segunda-feira (06/05), às17h, na sede da Federação Ala-goana de Futebol (FAF).

O Azulão tentará ser cam-peão Estadual para coroar nãosó sua campanha na competi-ção, como também marcar oano de seu centenário, levandoo 38º título para sua galeria detroféus no Mutange. O Galoespera levar a taça para se tor-nar bicampeão alagoano (au-mentando para 27 o número deconquistas) e colocar água nochope - como se diz no adágiopopular para atrapalhar a festado rival -, do time azulino quefaz 100 anos de vida, acirrandoainda mais a rivalidade entreas duas equipes.

Para conquistar a vaga paraa final do Alagoano, o CRB dis-putou 12 jogos, sendo 10 parti-das realizadas no Hexagonal -

onde terminou em primeirolugar -, e dois duelos na semifi-nal. Dos 12 duelos, o Galo ven-ceu seis jogos, empatou trêspartidas e sofreu apenas duasderrotas. Ainda de acordo comos números de seu retrospectona competição, o time regatia-no está invicto atuando dentrode casa. Dos seis jogos disputa-dos sob seu domínio, o Galovenceu todos eles (sendo queem um duelo o CRB empatouno tempo normal e venceu naprorrogação).

Já a equipe do CSA, parachegar à final da competição,teve que disputar 26 jogos, sen-do 14 na Primeira Fase, na qualterminou em terceiro lugarclassificando-se para o Hexa-

gonal, onde fez mais dez parti-das, indo à semifinal após ficarna segunda colocação. Na se-mi, o Azulão disputou outrosdois jogos, completando as 26partidas. A equipe azulinamarcou 40 gols e sofreu 27 ten-tos. Dos 26 jogos realizados, otime azulino venceu sete das 12partidas disputadas em casa eempatou dois jogos. Já das 13partidas feitas longe de seu tor-cedor, o CSA venceu quatroduelos, empatou sete e perdeuapenas dois jogos.

CSA X CRBPara chegar à final do Es-

tadual, o CRB encarou na semi-final o time do CEO. No pri-meiro jogo, o Galo empatou

por 1 a 1, no Edson Matias, emOlho d'Água das Flores, no dia28 de abril. Na partida de voltarealizada no último sábado(04/05), o Galo venceu o timeolhodaguense na prorrogaçãopor 1 a 0, depois de empatarpor 1 a 1 no tempo normal. Ozagueiro Gladstone fez o golnos minutos finais do segundotempo da prorrogação, apósSchwenck ter marcado para oGalo no tempo normal, e emseguida William José empatou.

O CSA conquistou vagapara a final após vencer o ASApor 1 a 0 em Arapiraca, no dia27 de abril. E no duelo da volta,no domingo (05), o Azulãoperdeu no tempo normal por 1a 0, e venceu o ASA por 1 a 0 na

prorrogação. Neste Alagoano, CSA e

CRB já se enfrentaram duasvezes pelo Hexagonal. Nestesdois duelos, o Galo segue in-victo, com uma vitória por 1 a 0e um empate de 1 a 1.

RETORNOSPara o duelo com o CSA, o

técnico Ademir Fonseca conta-rá com o retorno de Galatto,Paulo Sérgio e João Victor eAudálio, que cumpriram sus-pensão automática.

Pelo lado do CSA, o técni-co Beto Almeida contará como retorno de Leandrinho, quecumpriu suspensão, e deElyeser, bem como do meiaMarielson.

Page 10: 06052013

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013B2 | Esportes

CSA e CRB na Copa do Brasil e Nordestão> GARANTIDOS EM 2014

Azulão ainda leveou vaga para Série D deste ano graças ao Galo que eliminou o CEO e estreia contra o Vitória da Conquista

Marcelo AlvesRepórter

Com as conquistas das va-gas para a final do Campeo-nato Alagoano, as equipes doCSA e CRB carimbaram passa-gem para disputar a Copa doBrasil e também a Copa doNordeste do próximo ano.Assim como o Azulão e o Galo,o Corinthians-AL também ga-rantiu vaga para disputar a Co-pa do Brasil

Além de já ter conquistadouma vaga para Copa do Brasile para a Copa do Nordeste, oCSA ainda carimbou passagempara disputar a Série D doBrasileirão deste ano. A suaparticipação foi conquistadacom a ajuda de seu maior rival,o CRB. Isso porque, o CEO, queera o único concorrente diretodo Azulão à vaga da TerceiraDivisão Nacional, foi elimina-do na semifinal do Estadualpelo Galo. O CSA estreia naSérie D, fora de casa, no dia 9de junho contra o Vitória daConquista-BA.

ALAGOANO Para motivar ainda mais

suas equipes para a final doCampeonato Alagoano, os diri-

gentes de CSA e CRB estão pro-metendo premiações em di-nheiro aos seus jogadores e co-missão técnica. O presidente-executivo do Galo, Marcos Bar-bosa, fala R$ 100 mil como va-lor da primeira premiação. Eleaté vai mais além e diz que essevalor ainda poder ser aumen-tar. A direção do Azulão aindanão definiu os valores, mas há aexpectativa de ser dada uma

motivação ao seu elenco. Na semifinal do Alagoano,

a diretoria executiva e o conse-lho deliberativo do CSA pre-miaram o elenco com R$ 30 milapós vitória sobre o ASA noprimeiro jogo da fase decisiva.

Além da premiação, Mar-cos Barbosa promete apimen-tar a final do Estadual proferin-do uma frase de efeito, quantoà possibilidade da conquista

do título do alagoano. No anopassado, quando o CRB inicia-va a preparação para a disputado Estadual, o mandatário re-gatiano citou uma frase quechamou atenção dos dirigentesdos outros clubes, principal-mente do CSA. Ele disse: "Cus-te o que custar". "Estou aguar-dando quem será o adversáriodo CRB na final para colocarmais uma frase”.

"CSA é o único time com 'sangueno olho'", afirma Beto Almeida

Após conquistar vaga paraa final do Campeonato Ala-goano onde enfrentará o CRB,o técnico Beto Almeida disseque dos quatro clubes que dis-putaram a semifinal do Cam-peonato Alagoano, a únicaequipe que tem "sangue noolho", era o CSA. O treinadorazulino contou que a frase foiextraída do semblante dosjogadores azulinos durante apreleção do time antes da par-tida contra o ASA no últimodomingo (05). "Não tirei essafrase de livro algum. Eu tireiessa frase olhando para cadajogador na preleção", disse.

Além de dizer que o CSAera a única equipe com sangueno olho, Beto Almeida revelouainda que motivou os jogado-res afirmando para eles que oelenco azulino era também oúnico entre os do CRB, ASA e

CEO, onde apresentou maisvontade de chegar à final e queacredita na possibilidade delevar o título do Estadual.

O treinador azulino agra-

deceu também o apoio da torci-da do Azulão que lotou o está-dio Rei Pelé. "Eles entenderamo meu chamado. Com o entu-siasmo dos torcedores, os joga-

dores azulinos ganham umainjeção de ânimo", Ele acreditaque na final, o Rei Pelé vai ficarpequeno para comportar todaa torcida azulina.

ASA pega Ceará pela Copa do Brasil em jogo da voltaApós ser eliminado do

Campeonato Alagoano, nafase semifinal, o ASA voltaagora suas atenções para fazermais um jogo decisivo, sendoque desta vez será Pela Copado Brasil. O Alvinegro encarao Ceará quarta-feira (08/05),às 22h, no estádio Castelão-CE, pela partida da volta dasegunda fase da competição.O time arapiraquense tem avantagem de até perder por 2a 0, que conseguirá passar de

fase da Copa do Brasil, umavez que goleou o Vovô por 3 a0 na primeira partida atuandoem casa, no último dia 1º demaio, no Municipal.

Caso passe de fase, o ASApoderá enfrentar o Flamengo-RJ ou o Campinense-PB. O ti-me carioca está com maischances de passar para a ter-ceira fase da competição, umavez que venceu a equipeparaibana por 2 a 1, no jogo deida disputado no último dia 1º

de abril, no Amigão-PB. Epara o segundo confronto, queserá disputado no próximo dia15 de maio, no Rio do Janeiro,o Mengo pode até perder por 1a 0 que se classifica para a pró-xima fase.

Em caso de vitória por 2 a 0ou por diferença de dois golssendo que a partir de 3 a 1, 4 a2, 5 a 3, por diante, o Campi-nense passa de fase para enca-rar o ASA ou o Ceará. Se otime paraibano vencer a parti-

da por 2 a 1, a classificaçãoserá definida em cobranças depênaltis.

CEARÁ X ASAO ASA só será eliminado

da Copa do Brasil se o Cearáconseguir vencer a partida por4 a 0 ou por uma diferença dequatro gols a partir de 5 x 1, 6 x2, 7 x 3, por diante. Caso o Vo-vô vença por 3 a 0 a classifica-ção será definida em cobrançasde pênaltis.

CSA e CRB, que fazem a final do Alagoano, já carimbaram passagem para a Copa do Brasil e o Nordestão

fotos: Jessica Pacheco

Ademir faz 'média'com Marcos Barbosa:"O reflexo do clube éseu comandante"

"A estrela do CRB estábrilhando". Essa foi maisuma das frases de efeito queo técnico Ademir Fonsecasoltou após o CRB conquis-tar a vaga para a final doCampeonato Alagoano. Des-ta vez o treinador regatianonão poupou proferir suasfrases chavões para valorizara classificação do Galo paradisputa do título do estaduale ainda fez uma "média"(que significa elogio na gíriapopular) para o presidente-executivo regatiano, MarcosBarbosa. Ele enalteceu a ges-tão do mandatário à frentedo clube e como bom "bolei-ro" também deu "moral" a simesmo, afirmando ser res-ponsável por ajeitar a casado Galo, isto é, o elenco rega-tiano.

"Vou ser 'mascarado': Oreflexo de seu clube é o seucomandante. Ou seja, o chefeda minha casa sou eu. Se elaestiver desorganizada, eusou o culpado. E neste caso,do CRB, o chefe desse grupoé Marcos Barbosa, um caraaltamente competente, e eufui contratado para coman-dar o grupo dele. Se a casativer desorganizada, a culpaé minha", disse Ademir Fon-seca,

Além do estilo boleiro, o

treinador regatiano mostrouhumildade ao agradecer oapoio de jogadores comoDenilson, Schwenck, Glads-tone, Galatto, Marcos Viní-cius e Paulo Sérgio, que se-gundo Ademir Fonseca, têmcontribuído para adminis-trar o elenco. "Agora dentrodo grupo, eu tenho lideran-ças que ajudam muito comoDenilson, Schwenck, Glads-tone, Marcos Vinícius, PauloSérgio e Galatto. A função delíderes é fazer o que elescresçam como homens, pro-fissionais e tenha identifica-ção com o clube", afirmou.

CRB IMBATÍVELEm casa o CRB segue in-

victo nas seis partidas dispu-tadas pelo Alagoano, sendoseis vitórias. Esse retrospec-to, segundo Ademir Fonse-ca, está sendo trabalhado du-rante os treinamentos. "Pre-cisamos ser um time imbatí-vel dentro de casa. Temosque fazer essa marca de im-batível no CRB, para que eles[os adversários] venham aoRei Pelé e digam que o CRBnão tem jeito de ser batidojogando em casa. Quero dei-xar essa marca. Vamos fazerum grupo competitivo paraalcançar espaço na mídia na-cional".

Ademir Fonseca pretende projetar o CRB no cenário nacional

Treinador do CSA disse que construiu a frase após observar o semblante dos atletas azulinos durante preleção

ASA bateu Ceará por 3 a 0 no jogo de ida, no Municipal, em Arapiraca

Page 11: 06052013

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013 Esportes |B3

> CAMPEÃO CARIOCA

Botafogo vence Flu e leva seu 20º títuloRafael Marques faz gol da vitória em Volta Redonda. Time, que havia vencido Guanabara, fecha Taça Rio com 100% Globoesporte.com

Pela terceira vez, Botafogoe Fluminense disputaram a fi-nal da Taça Rio. Pela terceiravez, o caneco foi para GeneralSeveriano. E, com isso, tambémo título estadual antecipado,sem necessidade de final, jáque os alvinegros venceramtambém a Taça Guanabara.

No Raulino de Oliveira, otime comandado por Oswaldode Oliveira venceu por 1 a 0,gol de Rafael Marques, e com-pletou o segundo turno com100% de aproveitamento. É a20ª conquista alvinegra doCampeonato Carioca. O últimotítulo foi em 2010, também ven-cendo os dois turnos. OBotafogo, porém, só sai doestádio com o troféu do turno -o estadual só será entregue nafesta de premiação dos melho-res do campeonato.

O único desfalque do técni-co Oswaldo de Oliveira era omeia Cidinho, que passará porcirurgia no joelho direito nasegunda-feira. Abel Braga, po-rém, teve trabalho para escalara equipe, com o grupo desgas-tado pela disputa simultâneada Libertadores e da reta finaldo Carioca - o Tricolor volta ajogar na quarta-feira, precisan-do vencer o Emelec, do Equa-dor, em São Januário, para pas-sar às quartas de final da com-petição sul-americana..

No ataque tricolor, Fred,sem condição física para entrarem campo após se recuperar deum estiramento na panturrilhadireita, e Rafael Sobis, com des-

gaste muscular, ficaram fora.Além deles, Deco, flagrado emexame antidoping, Marcos Jú-nior e Wellington Silva, tam-bém sem condição física, eValencia, lesionado, foram des-falques.

A primeira chance surgiriano segundo minuto de jogo,em drible de Neves em BrunoMendes que terminou em faltana intermediária. Jean, contu-do, cobrou muito mal. A res-posta foi de Lucas que, apósboa troca de passes dos alvine-gros, disparou um petardopela direita, mas para fora.

O clima era tenso. Em es-canteio aos 5 minutos, MarceloMattos agarrou Carlinhos -quase arrancou sua camisa -,que tentou revidar com umacotovelada. Marcelo de LimaHenrique parecia ter dificulda-de de controlar os ânimos.Pouco depois, Wellington Nemfez falta dura em MarceloMattos e, na sequência, foi der-rubado por Gabriel. Nova con-fusão em campo, cartões paraNem e Gabriel.

Dória impediu o que seriaa melhor chance tricolor. Pri-meiro atrapalhou o voleio deThiago Neves, em cruzamentode Carlinhos. Em seguida, foipreciso no corte da bola quesobraria limpa para Welling-ton Nem, só com Jefferson àfrente.

Com Seedorf bem marcado,o meio de campo do Botafogotinha dificuldades para criar.Até que aos 28 minutos, Lodei-ro de um passe brilhante paraRafael Marques, em posição le-

gal, mandar para o fundo darede. A arbitragem se equivo-cou e marcou o impedimento.O Tricolor respondeu à altura:aos 31 minutos, Rhayner rece-beu de Wellington Nem e fuzi-lou. Jefferson tirou com a pontados dedos em bela defesa. Aos36, novamente o goleiro alvine-gro salvou a equipe, em bolavenenosa que bateu em Bolívare entraria no gol.

A disputa continuava ten-sa: Rhayner e Marcelo Mattosreceberam cartões por faltasduras praticamente seguidas.Mas o momento de alegria che-gou aos 40 minutos. Lucas ar-riscou de longe, Dória tentoudominar e acabou ajeitando namedida para Rafael Marquesabrir o placar. Foi o quarto gol

do atacante no CampeonatoCarioca. Aos 43, Fellype Ga-briel ainda teve excelente chan-ce de ampliar após cruzamentode Seedorf. Mas, livre na área,de frente para o gol, bateu porcima do travessão. A deixa pa-ra o apito.

A etapa final começou comoutro gol anulado, em cabeceiode Bolívar, mas dessa vez sempolêmica. Melhor no jogo, oBotafogo voltou do vestiáriodisposto a empurrar os tricolo-res para o seu campo de defesa.Aos nove minutos, Rafael Mar-ques de novo teve boa chance,em cruzamento de Seedorf,mas, pressionado, concluiusem direção. Pelo lado direito,especialmente com Lucas, oBotafogo tinha espaço para ata-

car, mas o Fluminense nãoencontrava brechas semelhan-tes do outro lado.

Thiago Neves e WellingtonNem tentavam na base dostoques curtos e rápidos, comona chegada à área aos 19 minu-tos, mas acabavam cercadospor diversos alvinegros.

Neves resolveu, então, ten-tar de longe, aos 20, masJefferson não estava inclinado afacilitar. Pouco depois, Seedorfdeu para Lodeiro tentar enco-brir Diego Cavalieri, mas a bolafoi pela linha de fundo.Rhayner por pouco não empa-tou aos 22. Bolívar conseguiudesvio providencial. No minu-to seguinte, Jean passou pelosmarcadores na raça e a bolasobrou dividida para o goleiro

Jefferson e Leandro Euzébio.Melhor para o alvinegro.

Abel Braga resolveu sacarEdinho e lançar Felipe. Tam-bém trocou Wellington Nempor Michael.Minutos depois,Oswaldo de Oliveira tirou oautor do gol, Rafael Marques,para a entrada de Vitinho.

O panorama da partida,contudo, pouco mudou.

O Fluminense insistia emtentar furar o ferrolho no meiode campo, proporcionandoperigosos contra-ataques aoBotafogo.

Aos 33 minutos, cruzamen-to para a área e gol de Dória.Marcelo de Lima Henrique,contudo, marcou pênalti deDigão em Bolívar antes da con-clusão do lance. O comentaris-ta de arbitragem da Rede Glo-bo, Arnaldo Cezar Coelho, cri-ticou a decisão:

Dito e feito. Na cobrança,já aos 35, Seedorf carimbou otravessão. Mas não houvemaiores consequências para oresultado final.

O Botafogo, bem arruma-do, valorizava a posse de bola,enquanto o Fluminense nãoconseguia acertar uma boasequência de passes.

A torcida, ciente de queuma virada já era praticamen-te impossível, cansou de con-ter o grito. Para o time e paraSeedorf, substituído nos últi-mos minutos para sair decampo aclamado pela arqui-bancada. Um belo final parauma campanha impecável.Botafogo, campeão carioca de2013.

O goleiro Jefferson levanta a Taça Rio após a vitória do Botafogo sobre o Fluminense, em Volta Redonda

fotos: Divulgação

> CAMPEONATO PAULISTA

Timão bate o SP nos pênaltis e vai à finalPato, Rogério Ceni, e um

pênalti decisivo. Assim comono primeiro clássico do anoentre São Paulo e Corinthians,na fase de classificação doPaulistão, os dois craques fica-ram frente a frente na disputaque levou o Timão à decisão doestadual para enfrentar o San-tos. Pato precisou bater duasvezes para fazer 4 a 3 nas pena-lidades e classificar os alvine-gros - na primeira cobrança,Rogério Ceni se adiantou de-mais e a arbitragem mandouvoltar.

O Corinthians agora pega oSantos na final, com o primeirojogo no Pacaembu, no próximodomingo, e o segundo com omando do rival na Vila Belmi-ro. Pelo sétimo ano consecutivoo São Paulo cai na semifinal es-tadual.

Os principais craques doSão Paulo erraram: Ganso chu-tou por cima, e Luis Fabianoparou em Cássio, que só preci-sou de uma defesa para ajudaro Corinthians a se classificar.Após a polêmica do último pê-nalti, os tricolores dispararamem direção ao árbitro AntônioRogério Batista do Prado, mui-to mal durante toda a partida.

Rogério Ceni bateu o pri-meiro e ainda cumprimentou

Cássio. Na sequência, se esti-cou, mas não alcançou a co-brança perfeita de Douglas. Emseguida, Rafael Toloi e Roma-rinho mantiveram o empate.Na terceira bola, Ganso chutoualto, longe, sem chances de gol.Fábio Santos desempatou,Jadson devolveu a igualdade,que permaneceu com um chutede Alessandro na trave. Fa-buloso errou, e Pato decidiu.

MUITA TENSÃOO clássico cercado de ex-

pectativas, com jogadores téc-nicos dos dois lados, não pas-sou de promessa no primeirotempo. Um jogo muito maisbrigado do que jogado, e comenorme colaboração do árbitroAntonio Rogério Batista doPrado, que conseguiu a faça-nha de irritar as duas equipes.Um pisão de Romarinho emWellington deu início ao climatenso, que continuou com en-tradas duras de Rafael Toloi,nervosismo de Romarinho ereclamações de todos os lados.

O São Paulo sempre umpouco melhor, é verdade, jáque jogava em casa e contavacom um Luis Fabiano esfomea-do para balançar as redes emuma partida decisiva - o mel-hor chute do primeiro tempo

foi dele, de fora da área, rebati-do por Cássio.

O Tricolor foi melhor atéquando ficou sem Osvaldo,logo aos 10 do primeiro tempo,por causa de uma pancada noquadril - Douglas entrou emseu lugar. A dupla formadapor Ganso e Jadson abriu espa-ços e tentou sempre servir LuisFabiano. O camisa 9 até fez seugol, aos 36 minutos, mas estavaimpedido e o lance foi anulado.

O Corinthians, aliás, correu ris-cos com sua tática defensiva desempre tentar deixar o adver-sário na "banheira".

A equipe de Tite se seguroudemais, apostou apenas noscontra-ataques e não levou pe-rigo a Rogério Ceni. Retraído eesperando o São Paulo, oCorinthians teve dificuldadespara atacar. Emerson Sheik eRomarinho foram muito abai-xo da média, aceitando a mar-

cação adversária. Ao menos, osalvinegros conseguiram empa-tar o placar de gols anulados:Gil mandou a bola para asredes aos 41 minutos, mas tam-bém estava impedido. O clássi-co pegou fogo pela tensão, enão pelo futebol bem jogado.

PÊNALTISGuerrero estava mesmo

em um conflito permanentecom os zagueiros são-pauli-

nos, irritado com a falta deoportunidades. Por isso, eleresolveu ajudar de outras for-mas, saindo da área, atuandoaté como meia e puxando omelhor contra-ataque doCorinthians no jogo: passeperfeito para Emerson Sheik,que chutou para a primeiradefesa de Rogério Ceni noclássico. Mesmo com a quaseassistência, Guerrero foi subs-tituído por Alexandre Pato.

Ligeiramente melhor, oTricolor comandou as ações noseu ritmo e chegou perto do golaos 21 minutos: falta de Jadson,quase desvio de Paulo Mirandae ótima defesa de Cássio.

O Majestoso estava tão semgraça que o árbitro não quissaber de acréscimos: encerrou apartida com 45 minutos crava-dos. Com as penalidades, en-fim um pouco de emoção apóso morno segundo tempo.

Nas cobranças, o Corin-thians foi mais preciso. Con-verteu quatro de cinco cobran-ças, enquanto o Tricolor des-perdiçou duas. O Timão fazmais uma final contra o Santos.A terceira em cinco anos - asoutras duas foram em 2009,com título da equipe do ParqueSão Jorge, e 2011, com conquis-ta santista.

Após erros de penalidades de Ganso e Fabuloso, Pato decide e festeja classificação do Timão à final do Paulistão

Page 12: 06052013

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013B4 | Esportes

Kaká afirma que pode jogar com Ronaldinho> SELEÇÃO

Craque do Real Madrid rebate o treinador Felipão e fala sobre possibilidade de voltar a atuar no futebol brasileiroO meio-campista Kaká, do

Real Madrid, rebateu o técnicoLuiz Felipe Scolari e afirmouque pode jogar junto com Ro-naldinho na seleção brasileira.

Na semana passada, Feli-pão afirmou à Folha de S. Pau-lo que não deveria levar os doisatletas para a Copa das Confe-derações, que será realizadaentre os dias 15 e 30 de junho.

"Já ganhei títulos com o Ro-naldinho na seleção, jogamosCopas juntos e jogamos juntosem clube. Não tenho problemade relacionamento e nem decompatibilidade com o Ronal-dinho dentro de campo", disseKaká em entrevista ao canalESPN.

Kaká, que participou dosamistosos contra a Itália e Rús-sia sob o comando de Felipão,afirmou também que a seleçãobrasileira ainda não tem umaidentidade.

"Teve essa mudança na co-missão técnica da seleção [nofinal do ano passado Felipão

entrou no lugar de Mano Me-nezes] e a seleção está em bus-ca de uma identidade. Isso énormal. A seleção está emconstrução dessa identidade,

mas nada impede que nos pró-ximos meses a seleção já crieessa identidade e mostre seutalento", disse o meia, afirman-do que a mescla entre jogado-

res experientes e jovens é umaboa receita para a seleção.

VOLTA AO BRASIL? Na entrevista, o meia des-

cartou retornar ao futebol bra-sileiro e afirmou que pretendeficar no Real Madrid desde quetenha mais oportunidades naequipe.

"Não é a minha priorida-de voltar no Brasil. Minhaprioridade seria pe rmanecerna Europa por mais algumtempo e depois sim pensarem um possível retorno", dis-se Kaká.

"Sinceramente quero ficarmais esses dois anos no RealMadrid, mas depende do pla-nejamento do clube para a pró-xima temporada. Quero saberdo clube qual a intenção deles.Se vão querer me manter aquipara as próximas temporadas,em quais condições vão memanter e se vou ter oportuni-dade de estar jogando ou não",completou.

Kaká rebate Felipão e diz que pode jogar ao lado de Ronaldinho na seleção

fotos: Divulgação

Integrantes da Frente Na-cional dos Torcedores, sindica-listas e deputados estaduais efederais participaram, na noitede sexta-feira (3), de uma ma-nifestação contra o presidenteda CBF, José Maria Marin. Oevento aconteceu na sede daABI (Associação Brasileira deImprensa), no Centro do Rio.

Os deputados federaisAlessandro Molon (PT-RJ),Chico Alencar (PSOL-RJ) eMarcelo Freixo (PSOL-RJ) dis-cursaram na cerimônia. Elespediram a saída de Marin docomando da entidade alegandoa participação do cartola du-rante a ditadura militar. Marinfoi governador biônico de SãoPaulo e deputado nos anos1960 e 1970. O deputado Ro-mário (PSB-RJ) que tenta abriruma CPI para investigar a CBFnão participou da solenidade.

Em abril, a Câmara dos De-putados convidou o presidenteda CBF para um debate sobre asua relação com os órgãos doregime militar. Ivo Herzog, fi-lho do jornalista Vladimir Her-zog --morto pela ditadura mili-tar, em 1975, afirma que Marin

contribuiu para a perseguiçãocontra o seu pai.

"Marin representa a linhadura da ditadura brasileira enão pode representar o nossofutebol numa época tão impor-tante", disse o deputado ChicoAlencar.

SEGURANÇAEm meio a especulações de

que o novo comando da segu-rança da Copa de 2014 passeao Ministério da Defesa, o mi-nistro José Eduardo Cardozo(Justiça) disse hoje à Folha quea "tendência" é que o substitu-to de Valdinho Caetano sejaum nome da segurança públi-ca, que deverá sair da PolíciaFederal.

"Não haverá alteração da

linha conduzida pelo excelentetrabalho de Caetano. Temosbons nomes e a tendência éencontrar alguém da área", dis-se o ministro.

Caetano pediu demissãoda secretaria de segurançade grandes eventos na sema-na passada, após atrito comas Forças Armadas. Ele esta-va no cargo havia poucomais de um ano. Em feverei-ro de 2012, ele, que estava nocargo de corregedor da Po-lícia Federal, substituiu JoséRicardo Botelho, que pediudemissão em janeiro do anopassado.

Cardozo nega divergênciascom a Defesa. "Trabalhamosem total entendimento com apasta".

O novo responsável pelasegurança dos grandes eventosserá escolhido nos próximosdias.

Criada em 2011, a secreta-ria é responsável pelas opera-ções de segurança em gran-des eventos internacionais se-diados no Brasil, como a Co-pa-2014 e os Jogos Olímpicosde 2016, no Rio.

Movimento cobra transparência da entidade, função social e "popularização"

Protesto pede saída de Marin da CBF

Em São Luiz do Quintunde,as escolas vão ser ampliadas

Nos últimos quinze dias, oprefeito de São Luiz do Qui-tunde, Eraldo Pedro (PMDB),juntamente com o seu vice,Gilson Lima (DEM), está real-izando visitas nas escolas dazona rural da cidade com oobjetivo de ampliar o númerode vagas ofertadas.

Das 19 unidades de ensi-no, oito já foram visitadas e orecurso para ampliação já estágarantido. "Faremos tudo comverbas próprias", explicou oprefeito que teve a companhiado secretario de Infraestru-

tura, Antonio Souza.Na lista está a Escola Nos-

sa Senhora da Conceição, naFazenda Raiz, que irá ofertarvaga para 100 alunos nos tur-nos da manhã e tarde. A Es-cola Municipal Simeão Lame-nha Filho na Fazenda Coro-nha, também passará por re-forma e ofertará para 60 crian-ças também nos dois turnos.

A terceira unidade a pas-sar por ampliação será a Es-cola Basilev Meira Barbosa naFazenda Cachoeira com a ca-pacidade para 80 crianças.

> GESTÃO MUNICIPAL

Prefeito Eraldo Pedro visita três escolas da zona rural de São Luiz do Quitunde

Divulgação

Page 13: 06052013

Por um Brasil mais fácil

A Guarda Civil de Maceió está lutando para conquistar, a exemplode outras capitais, como a vizinha Aracaju, em Sergipe, o direitoao porte de arma. Por que não? Se o problema reside na falta depreparo adequado, como parece invocar a superintendência daPolícia Federal, então que os guardas civis sejam submetidos aomesmo treinamento efetuado com os soldados da Polícia Militar.A questão, portanto, é: por que o soldado PM pode, e o guardacivil não pode? Pelo menos 13 capitais já conseguiram autorizaçãopara armar suas Guardas Municipais. Isso mostra que essas corpo-rações criadas pelos Municípios não podem e não devem se limi-tar a tomar conta do patrimônio físico, principalmente os imóveispertencentes à Municipalidade. Devem, sim, participar do esforçocomum de combate à criminalidade em constante evolução.Da forma como opera atualmente, o guarda civil atemoriza tantoquanto qualquer cidadão. Desarmado, ou portando apenas umpedaço de madeira, o agente da Guarda Municipal não intimidasequer os menores de idade cada dia mais afoitos e ousados.Diante disso, merece registro a posição assumida pelo senadorBenedito de Lira, do PP de Alagoas, de apoiar a Guarda Municipalde Maceió em seu propósito de obter autorização para portararma de fogo. O parlamentar anunciou que irá ao ministro daJustiça, José Eduardo Cardozo, pedir sua intercessão junto àPolícia Federal, sob sua jurisdição, a fim de que reavalie sua deci-são de não permitir que os guardas civis maceioenses andemarmados.A verdade é que, enquanto a Guarda se mantém distante do com-bate à violência, os bandidos estão cada vez mais municiados comarmas de todo calibre. E nada indica que a Polícia Militar e aPolícia Civil estejam ganhando o confronto com os criminosos.

Renan Calheiros (*)

Uma das reclamações maisrecorrentes do setor produti-vo é a burocracia existentena montagem da qualquernegócio. Um estudo doBanco Mundial, que avalia osnegócios em 185 economias,demonstra que o Brasil per-deu dez posições. O Brasil éum dos países da Américado Sul onde é mais difícilfazer negócios.A despeito disso, o Brasil,com um Produto InternoBruto de US$ 2,223 trilhõesem 2012, continua como asétima economia do mundo.Isso significa dizer quepotencialidades, temos. Eisso também nos leva a pen-sar o quanto podemos avan-çar. Entre os principais empeci-lhos para o estabelecimentode empresas no país estão ocusto dos impostos, a obten-ção de alva-rás, custos dedocumenta-ção para lidarcom comércioexterior e osprocedimen-tos necessá-rios paracomeçar umaempresa.Por isso oC o n g r e s s oNacional tem de contribuircom medidas legislativasque facilitem o ambiente denegócios no Brasil. Uma dasideias é o sistema de votaçãoem regime especial de proje-tos que favoreçam oambiente econômico, sociale empresarial. O que chameide Brasil Mais Fácil.Estamos conversando sobrea necessidade de criarmos"leis expressas", que possamter tramitação acelerada nasduas casas. São projetosexistentes ou a serem pro-postos que aumentem asegurança jurídica, a previsi-bilidade nos negócios e com-batam o excesso de burocra-

cia.São exemplos de leis expres-sas a que permite a compen-sação de créditos apuradospelo contribuinte com débi-tos relativos a quaisquerimpostos e contribuições,inclusive previdenciária e aque cria um novo tipo desociedade anônima de capi-tal fechado e simplificada.No setor trabalhista são doisprojetos de grande relevân-cia: regulamentação do tra-balho terceirizado e o quepermite realização de horasextras para trabalhadorescom jornada inferior a 44horas, hoje estranhamenteproibido pela legislação.No setor de transportes pre-cisamos redimensionar acobrança do adicional sobrefrete da marinha mercante,flexibilizar as condições deemprego de embarcaçõesestrangeiras no Brasil e eli-minar o vale-pedágio, um

terror burocrá-tico tão inútilquanto inefi-caz.De outro lado,reforçando amissão fiscali-zadora, esta-mos imple-m e n t a n d o ,também, umprograma de

avaliação das políticas públi-cas pelo Parlamento e oacompanhamento do siste-ma tributário nacional. Sãoiniciativas que fortalecem oCongresso e honram o cida-dão.Dessa forma, poderemoscontinuar dando respostaspara a sociedade, com umtrabalho mais eficaz, trans-parente e que representemudanças efetivas na vidados cidadãos. O Congressoreúne as condições de ajudaro país a ser mais seguro,mais amigável e mais atrati-vo para o investimento inter-nacional.

(*) É senador e presidente do CongressoNacional

Editorial

Arma contra bandidagem

Foto da semana

Aécio Neves (*)

Enquanto oposição, o PT se espe-cializou na tática do "quanto pior me-lhor", exercitada à exaustão contra osgovernos que o antecederam.

É notável a contradição entreaquela postura intransigente --e tan-tas vezes injusta-- e o desapreço aodebate, com resistência à crítica e aocontraditório, depois que assumiu opoder. A esse traço somou-se um viésautoritário latente.

Quem, afinal, imaginaria o PT de-fendendo o controle da imprensa ouo casuísmo de uma revisão legislativapara impedir a formação de novospartidos e, assim, cassar adversáriosdiretos da futura disputa presiden-cial?

Quem acreditaria no patrocínioda esdrúxula tentativa de subordina-ção do STF aos interesses da maioriagovernista no Congresso? Ou queveria nomes do partido apoiando atese de limitação do poder investiga-tivo do Ministério Público?

Faço essa reflexão motivado pelosignificado dos 30 anos da emendaDante de Oliveira, que buscava resta-belecer as eleições diretas e a demo-cracia no país. Resgatando na memó-ria os momentos que se seguiram à

enorme frustração da derrota, con-stata-se que, para o PT, os interessesdo partido estiveram sempre à frentedo Brasil e das causas dos brasileiros.

Para quem não se lembra, recusa-ram-se a apoiar Tancredo Neves noColégio Eleitoral e expulsaram dopartido os parlamentares que, toca-dos pelo sentimento nacional, vota-ram com suas consciências no únicocaminho imediato possível para der-rotar o regime de exceção.

Depois, se colocaram contra anova Constituição e levaram ao limiteda deslealdade uma oposição ofensi-va contra aquele que é hoje um dosmais prestigiados aliados do gover-no, o ex-presidente José Sarney.

Faltaram à convocação de Itamar

Franco em um momento delicado davida nacional, após o impeachmentde Collor.

No período FHC, opuseram-se atudo o que era importante ao país --o Plano Real, a Lei de Responsabilida-de Fiscal, o tripé da política macroe-conômica. Até os primeiros progra-mas de transferência de renda foramcriticados como esmolas para aliciaros mais pobres.

Vê-se hoje que o discurso do par-tido durante anos não refletia suasconvicções. Afinal, ao terem a opor-tunidade de mudar o que comba-tiam, aliaram-se aos adversários deantes, mantiveram intacta a políticaeconômica herdada, adensaram osprogramas sociais que criticavam eagora realizam as privatizações queantes denunciavam.

Quem não entende as contradi-ções entre o PT de ontem e o de hojebusca a coerência do partido no lugarerrado.

O PT faltou ao Brasil em váriosmomentos da nossa história. Tem de-fendido causas que não atendem aosinteresses do país. Mas uma coisa épreciso reconhecer: o PT nunca faltouao PT.

(*) É senador pelo PSDB de Minas Gerais

Quem te viu, quem te vê

Cláudio Gonçalves dos Santos (*)

Li com preocupação recente ma-téria veiculada no jornal o Estado deSão Paulo intitulada "Governo discutesocorro a Eike Batista". O empresárioEike Batista, que vinha surfando naonda de liquidez internacional, nagestão PT, convenceu muitos investi-dores a alocar recursos em seusmegaprojetos, boa parte deles aindaem fase de plano de negocios, ouseja, que não existem além das plani-lhas com informações financeiras deperspectivas futuras de ganhos, casoos recursos sejam captados, investi-dos e administrados dentro de certaspremissas e de forma eficiente. Como fluxo de caixa gerado pelos proje-tos, os investidores poderiam ter seucapital remunerado, mas, para tanto,correriam os riscos dos projetos e dagestão dos mesmos, como é naturalno sistema capitalista.

De 2006 a 2013, o empresárioEike Batista abriu capital (IPO) de 5empresas (MMX, OGX, MPX, LLX eOSX), todas em segmentos comnecessidade de capital intensivo, co-mo mineração, petróleo, energia, lo-gística e estaleiro, levantando recur-sos no montante de R$ 13,6 bilhões.No mesmo período, o BNDES em-prestou aos megaprojetos do empre-sário R$ 10 bilhões. Ao final de 2012,as dívidas do grupo econômico do

empresário X somavam R$ 15,8 bi-lhões.

Os jornais noticiam que o gover-no vai ajudar o empresário. Ajudar?Por quê? Tem algo errado nesta histo-ria! Até onde aprendi o capital priva-do colocado em risco pode ganharou perder. Empresário pode ter su-cesso ou pode ir à falência. Os em-préstimos bilionários do BNDES aoempresário, que somam R$ 10 bi-

lhões, podem ser considerados umabela ajuda. Muitos de seus colegas,com projetos consolidados e gerado-res de caixa, não conseguem levantarsequer um centavo.

O BNDES já foi usado para ajudarao empresário X sem consulta à so-ciedade. Agora o governo vai usar aPetrobras para ajudar ao empresárioX com desculpa de fazer uso do por-

to de Açu para escoar a produção dopré-sal. O pré-sal, assim como as em-presas X, é uma promessa. Não é jus-to que a sociedade pague a conta doempresário X e de sua megalomania.

Por que o governo não faz uso doBNDES para financiar o déficit dasSantas Casas e Hospitais Filantrópi-cos? Nesta mesma semana os jornaisnoticiaram que o déficit anual dasSantas Casas e dos Hospitais Filan-trópicos é de R$ 5 bilhões. Valor beminferior à soma de empréstimos fei-tos ao empresário X.

Existe algo errado, ou será que naverdade está tudo certo e o antigoPT - Partido dos Trabalhadores, emseu terceiro mandato no governo fe-deral, está agora mostando sua ver-dadeira face, PTX?

Se queremos criar um país justo,com menos desigualdade de renda,melhor qualidade de vida e menosviolência, os recursos públicos preci-sam ser usados para causas públicas,não privadas. O sistema deve funcio-nar de forma igualitária para todos.O Estado não pode fazer uso dos re-cursos públicos para financiar a me-galomania de alguns em detrimentoda maioria.

(*) É economista e professor da EscolaTrevisan de Negócios

O ""X" da questão“O Congresso temde contribuir com

medidas quefacilitem o ambi-ente de negócios

no Brasil”

“”Vê-se hoje que odiscurso do Partidodos Trabalhadoresdurante anos nãorefletia suas con-

vicções”

“Por que o governonão faz uso do BNDESpara financiar o déficitdas Santas Casas e dos

HospitaisFilantrópicos?”

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013 Opinião |B5

Corrida promovida pela Faculdade de Tecnologia de Alagoas movimentou a orla da Ponta Verde neste domingo (5), coma participação de crianças

Luiz Carlos Barreto GoesDiretor-Geral

Romero Vieira BeloDiretor Editorial

Alda SampaioDiretora Comercial

> OS ARTIGOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES E NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DESTE JORNAL

CNPJ 08.078.664/0001-85 CMC 130003

PRIMEIRA EDIÇÃO JORNAL ON-LINE IMPRESSA LTDA - ME

Endereço:Rua Moema Cavalcante Basto, 314 - Lot. Barra Mar | CEP 57.180-000Fone: (82) 3021-5837/ 3021-0563 - Barra de São Miguel | Alagoas

Escritório:Rua Godofredo Ferro, nº 215 - Centro - Maceió | Alagoas | CEP 57.020-570

Atendimento ao assinante: (82) 3021-0563

FTPI Representação Publicidade e Marketing LtdaRepresentante nacional do Primeira Edição

Alameda dos Maracatins, nº 508 - 9º andar - Indianópolis/SPCNPJ 03.269.504/0001-08 / Insc. Est. IsentaTel: (81) 2128-4350 / Cel: (81) 9175-5829

[email protected]

Page 14: 06052013

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013B6 | Diário Oficial dos Municípios

PREFEITRA MUNICIPAL DE ATALAIAATO DE CONCESSÃO DE PENSÃOINTERRESADA: DIEGO MACHADO DA SILVA(menor)ASSUNTO: AUXILIO PENSÃO POR MORTEO Secretario Municipal de Administração, doMunicípio de Atalaia Estado de Alagoas, no usode suas atribuições legais, e de acordo comdisposto no Artigo da Lei n.º 904/2005, de 05de outubro de 2005, considerando o que cons-ta no Processo nº. 0199/2009. RESOLVE:Conceder Auxilio Pensão Por Morte ao benefi-ciário, DIEGO MACHADO DA SILVA, menor rep-resentado por sua genitora MARIA DA SOLIDADETIBÚRCIO DA SILVA, portadora do RG n.º781972 SSP/AL e CPF/MF sob o n.º589.697.214-87, na qualidade de filho do ex-segurado JOSÉ MACHADO DA SILVA.Atalaia, 17 de março de 2009.Petrúcio José Veiga Wanderley

Secretário Municipal de AdministraçãoFrancisco Luiz de Albuquerque | Prefeito

-------------------------------------------------------- PREFEITRA MUNICIPAL DE ATALAIA

PORTARIA N.º 050, DE 03 DE SETEMBRO DE2010.O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ATALAIA, Estadode Alagoas, no uso das atribuições que lhe sãoconferidas pela Lei Orgânica Municipal, edemais diplomas legais, RESOLVE:Conceder aposentadoria por idade à servidoraJoaquina Flor da Silva, ocupante do cargo deCozinheira, do Quadro de Pessoal partePermanente, e de acordo com o art. 40 daConstituição Federal, em conformidade com oprocesso administrativo n°. 429/2010, comProventos proporcional a 40 horas,Complemento Salário e 15 (quinze) anuênios.Esta Portaria entrará em vigor na data de suapublicação, revogando-se as disposições emcontrário.Dê-se Ciência. Cumpra-se. Publique-se.Registre-se.Atalaia, 03 de setembro de 2010.Francisco Luiz de AlbuquerquePrefeitoPetrúcio José Veiga WanderleySecretário Municipal de Administração-------------------------------------------------------- PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DE SANTO

ANTÔNIOHOMOLOGAÇÃO DO CONVITE N° 04-03/2013O Prefeito do Município de Barra de SantoAntônio HOMOLOGA o presente processo,importando o mesmo o valor total de R$78.130,00 (setenta e oito mil cento e trintareais).EXTRATO DO CONTRATO N° 04-03/2013 – CV CONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Barrade Santo Antônio, CNPJ: 12.262.713/0001-02.CONTRATADA: JACARÉ ABRIGOS LTDA ME,CNPJ: 02.436.437/0001-06. OBJETO: Aquisiçãode abrigos de onibus, moto táxi e guias turisti-cos, no valor de R$ 78.130,00 (setenta e oitomil cento e trinta reais).Barra de Santo Antônio/AL, 04 de abril de

2013.José Rogério Cavalcante Farias | Prefeito

-------------------------------------------------------- PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DE SANTO

ANTÔNIOHOMOLOGAÇÃO DO CONVITE N° 03-03/2013O Prefeito do Município de Barra de SantoAntônio HOMOLOGA o presente processo,importando o mesmo o valor total de R$10.096,00 (dez mil e noventa e seis reais).EXTRATO DO CONTRATO N° 03-03/2013– CVCONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Barrade Santo Antônio, CNPJ: 12.262.713/0001-02.CONTRATADA: HAROLO COMÉRCIO & SERVIÇOSLTDA, CNPJ: 41.187.998/0001-62. OBJETO:Aquisição de Material Permanente, no valor de10.096,00 (dez mil e noventa e seis reais).Barra de Santo Antônio/AL, 03 de abril de2013.José Rogério Cavalcante Farias | Prefeito -------------------------------------------------------- PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DE SANTO

ANOTÔNIOAVISO DE CHAMADA PÚBLICAA PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DE SANTOANOTÔNIO torna público aos interessados arealização da Chamada Pública Nº 001/2013,Objeto: Aquisição de Gêneros Alimentícios daAgricultura Familiar, a realizar-se no dia15/05/2013, às 10h00m. Edital Disponível naAvenida Pedro Cavalcante, nº614, Centro,Barra de Santo Antônio/AL, na sala da Centralde Licitação das 08:00 às 13:00hs. Barra de Santo Antônio /AL, 29 de abril de2013.Maria Quitéria Ferreira da SilvaPresidente da Comissão Permanente deLicitação--------------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE FLEXEIRASHOMOLOGAÇÃO DO PREGÃO PRESENCIAL N°003/2013A Prefeita do Município de Flexeiras HOMOLO-GA o presente processo, importando o mesmoo valor total de $ 1.044.925,40 (Hum milquarenta e quatro mil novecentos e vinte ecinco reais e quarenta centavos).EXTRATO DO CONTRATO N° 003/2013Pregão Presencial nº 003/2012 CONTRATANTE:Município de Flexeiras, CNPJ:12.262.721/0001-59. DETENTORA: M. A. B.CAVALCANTE – ME, CNPJ nº 07.852.141/0001-81. Objeto: Aquisição de Material deConstrução. VALOR: R$ 1.044.925,40 (Hum milquarenta e quatro mil novecentos e vinte ecinco reais e quarenta centavos).Flexeiras/AL, 04 de junho de 2012.Silvana Maria Cavalcante da Costa Pinto Prefeita--------------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO DEPEDRAS

HOMOLOGAÇÃO DO CONVITE N° 01-03/2013A Prefeita do Município de Porto de PedrasHOMOLOGA o presente processo, importando omesmo o valor total de R$ 79.491,00 (setenta

e nove mil quatrocentos e um reais).EXTRATO DO CONTRATO N° 01-03/2013– CVCONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Portode Pedras, CNPJ: 08.629.446/0001-91. CON-TRATADA: NASCIMENTO E NASCIMENTO LTDAME, CNPJ: 05.324.226/0001-61. OBJETO:Aquisição de Material Gráfico, no valor de R$79.491,00 (setenta e nove mil quatrocentos eum reais).Porto de Pedras/AL, 20 de Março de 2013.Joselita Camila Bianor Farias | Prefeita--------------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO DE PEDRAS

HOMOLOGAÇÃO DO CONVITE N° 02-03/2013A Prefeita do Município de Porto de PedrasHOMOLOGA o presente processo, importando omesmo o valor total de R$ 76.300,00 (setentae seis mil e trezentos reais).EXTRATO DO CONTRATO N° 02-03/2013 – CVCONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Portode Pedras, CNPJ: 08.629.446/0001-91. CON-TRATADA: JACARÉ ABRIGOS LTDA ME, CNPJ:02.436.437/0001-06. OBJETO: Aquisição dePlacas de sinalização, no valor de R$ 76.300,00(setenta e seis mil e trezentos reais).Porto de Pedras/AL, 20 de Março de 2013.Joselita Camila Bianor Farias | Prefeita--------------------------------------------------------

PREFEITURA DE QUEBRANGULOEXTRATO DE CONTRATO

CONTRATANTE: PREFEITURA MUNICIPAL DEQUEBRANGULO - CNPJ. 12.241.675/0001-01.CONTRATADO: SERQUIP TRATAMENTOSRESÍDUOS AL LTDA, CNPJ 06.121.325/0001-09.Objeto: Coleta, o transporte, o tratamento edestinação final dos resíduos patológicos, ori-undos das unidades de saúde humana da redepública do Município de Quebrangulo/AL.Vigência: 02/05/2013 a 02/05/2014. ValorGlobal: R$ 16.807,20 (dezesseis mil oitocentose sete reais e vinte centavos). Fonte deRecurso: 07-71-6.007-6.014-3.3.90.39.

Quebrangulo, 02 de maio de 2013.Manoel Costa Tenório | Prefeito

-------------------------------------------------------- PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPELA

Lei nº 798/2013, de 30 de abril de 2013Autoriza o Poder Executivo Municipal a criar,para habilitação e seleção junto ao Ministérioda Agricultura e Pesca de propostas para aação de aquisição de patrulha mecanizada,composta de uma escavadeira hidraúlica e umtrator de esteira, o Programa Municipal deDesenvolvimento da cadeira produtiva daaquicultura familiar, bem como utilizar recur-sos na promoção de ações de apoio e incenti-vo à atividade da psicultura.O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CAPELA - ESTADODE ALAGOAS, no uso das atribuições que lheconfere a Lei Orgânica Municipal,Faço saber que o Poder Legislaivo aprovou e eusaciono a seguinte Lei:Art.1º - Fica o Poder Executivo Municipalautorizado a criar, para habilitação e seleçãojunto ao Ministério da Agricultura e Pesca de

propostas para a ação de aquisição de patrul-ha mecanizada, composta de uma escavadeirahidráulica e um trator de esteira, o ProgramaMunicipal de Desenvolvimento da CadeiaProdutiva de Aquicultura Familitar, bem comoutilizar recursos próprios para promover açõesde apoio e incentivo à atividade de piscicul-tura na fase de implantação ( construção detanques ), visando aumentar a produção eagregar renda às familias rurais mediante pro-jetos especificos.Art.2º - Os recursos utilizados deverão serressarcidos ao municipio pelos produtores naforma de devolução integral em espécie,apóso primeiro ciclo de produção, cujos critériosserão estabelecidos pelo Comitê Gestor,descrito no paragrago primeiro do artigo séti-mo.Art 3º - Os beneficiários do programa deverãoser produtores proprietários ou arrendatáriosde estabelecimentos rurais, assentamentos eou pescadores localizados no Municipio deCapela, Alagoas.Art. 4º - Os agricultores que desejarem partic-ipar do programa devem se enquadrar nosparâmetros de classificação do ProgramaNacional de Agricultura Familitar (PRONAF) doGoverno Federal.Art. 5º - Cada produtor terá direito a 10(dez)horas/dia de uma patrulha mecanizada, com-posta de uma escavadeira hidráulica e um tra-tor de esteiras, a qual será adquirida comrecursos do Orçamento Geral da União - OGU edoada a este Municipio por meio de Termo deDoação, para a construção e adequação dostanques.Parágrafo único - Os critérios do uso diáriodessas horas serão definidos pelo ComitêGestor, descrito no parágrafo primeiro do arti-go sétimo.Art. 6º - Os valores cobrados serão estipuladosatravés do preço do óleo diesel no mercado,considerando um consumo médio de 10 litrospor hora.Parágrafo primeiro - Os valores estipulados noartigo 6º poderão sofrer alteração conforme ovalor do mercado dos produtos utilizados paraimplantação ou adequação da atividade.Parágrafo segundo - O valor cobrado corre-sponderá somente ao óleo diesel utilizado noserviço, não sendo computado o tempo utiliza-do de horas/máquina.Art. 7º - Os produtores inscritos no programapassarão por uma seleção, onde um comitêgestor municipal, de forma isonômica, definiráquais familias serão beneficiadas, e tambémavaliará se o referido servido não causarádanos ao meio ambiente.Parágrafo único - O comitê gestor municipalserá constituido pelo Conselho Municipal deDesenvolvimento (ou similar), PrefeituraMunicipal e entidade de extensão rural (ousimilar), e entidade representativas do setoragricla, e será regulamentado em até 30(trin-ta) dias após a aprovação do presente progra-ma.

Art.8º - Os recursos que comporão o citadoprograma serão próprios do Municipio e do ele-mento de despesa existente, bem como derecursos conveniados com outros entes feder-ados.Parágrafo único - O número de produtores ben-eficiados será estipulado conforme disponibili-dade de recursos que comporão o programa,cujos critérios serão estabelecidos peloCOmitê Gestor, descrito no parágrafo primeirodo artigo sétimo.Art. 9º - Como forma de incentivo aos produ-tores, a Prefeitura Municipal oferecerá umcurso profissionalizante na área de piscicul-tura e aqueles que tiverem sua presena confir-mada através de certificado com frequenciaminima de 90%( noventa por cento), terão umdesconto de 25% (vinte e cinco por cento) nasubvenção dos custos de implantação ou ade-quação do projeto, na devolução do recursoutilizado.Parágrafo único - O curso profissinalizante eseus critérios serão estabelecidos pelo ComitêGestor.Art. 10º - Esta Lei entrará em vigor na data desua publicaçãoGabinete da Prefeitura Municipal deCapela/AL, 30 de abril de 2013

LUIZ EUSTÁQUIO SILVEIRA MOREIRA FILHOPrefeito

--------------------------------------------------------Consórcio Intermunicipal para Gestão de

Iluminação Pública - CIGIPPortaria nº 019/2013,

De 10 de abril de 2013.Designa o Pregoeiro e equipe de apoio paraatuarem em Licitações na modalidade dePREGÃO no âmbito do ConsórcioIntermunicipal para Gestão de IluminaçãoPública.O Presidente do Consórcio Intermunicipal paraGestão de Iluminação Pública - CIGIP, no usode suas atribuições previstas no Estatuto;Resolve:Art. 1º - Designar para atuar como Pregoeironos processos licitatórios na modalidadedenominada PREGÃO conforme Lei Federal nº10.520 de 17 de julho de 2011 promovidas peloConsórcio Intermunicipal para Gestão deIluminação Pública, o senhor Patrick DavidMedeiros da Silva, CPF 014.113.464-08;Art. 2º - Ficam designados para atuarem comoequipe de apoio o senhor Samuel doNascimento Silva CPF 994.265.014-87; e o sen-hor Allysson Flávo Marinho de Moura CPF056.624.554-06;Art. 3º - Esta portaria entra em vigor na datade sua assinatura, revogadas as disposições emcontrário.

Maceió/AL, 10 de abril de 2013

Arlindo Garrote da Silva netoDiretor Presidente do CIGIP

Juliana Lopes de Farias AlmeidaDiretora Tesoureira do CIGIP

Page 15: 06052013

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013 Social |B7

Page 16: 06052013

Crescimento menor e déficit público maior

Primeira Edição | 6 a 12 de maio, 2013B8 | Especial

A crise econômica atinge aEspanha com a mesma intensi-dade da recessão aguda queafeta o vizinho Portugal. Co-mecei meu roteiro na Europa,no início de abril, por essesdois países cuja atividade eco-nômica não dá sinais de recu-peração.

O desemprego, principalreflexo do processo recessivo,atingiu 27,16% da populaçãoespanhola economicamenteativa, gerando o inevitável:protestos públicos, com discur-sos exigindo a mudança do go-verno. As manifestações semultiplicaram na quarta-feira,1º de maio, data sem nenhummotivo para comemoração.

O agravamento da crisetraz outra preocupação para ogoverno do primeiro-ministroMariano Rojoy: as regiões autô-nomas da Espanha se sentemestimuladas a prosseguir comsuas lutas pela independência.

Uma dessas regiões - a Ca-talunha - alega que repassa aogoverno central, através de im-postos, um volume de recursosmuito acima daquilo que a po-pulação catalã recebe de voltaem obras e serviços públicos.

Raciocinando com a crise, opresidente da Catalunha, Artur

Mas, mandou um recado parao governo em Madrid: "Se nãohouver um acordo econômico,a estrada para a liberdade estáaberta".

O País Basco, outra regiãoautônoma ao Norte da Espa-nha e fazendo fronteira com aFrança, também se sente esti-mulado a prosseguir com a lu-ta separatista, que ao longo dedécadas foi sustentada de for-ma sangrenta pelo grupo revo-lucionário ETA, que significa'País Basco e Liberdade'.

Fundado em 1959 na cida-de de Bilbao, o movimentoETA em princípio era formadobasicamente estudantes radi-cais que planejava representaruma alternativa ao PartidoNacionalista Basco, que atuavapela região. Em 1962 o gruporealizou sua primeira assem-bleia, na qual se definiu como"Organização clandestina revo-lucionária" e a partir de entãoempreendem a luta armadapela libertação do País Basco.

LADO POSITIVOA crise é grave, castiga toda

a Espanha, mas não embaça ocharme de Madrid. A capitalespanhola é uma das mais be-las cidades da Europa e encan-

ta qualquer turista. Quem visi-ta Madrid depois de Lisboa eantes de Paris, chega a ficar emdúvida, embora a capital fran-cesa ganhe de longe, em atrati-vos históricos, de qualquercapital do Continente.

Destaco, principalmente, ograndioso Palácio Real (ergui-do no século XVIII e proprieda-de dos Bourbons), transforma-do em museu e onde o visitan-te se depara com o que há demais genuíno e ilustrativo datradicional monarquia espa-nhola. O Palácio é fantástico e avisita se torna mais envolventeainda se o turista tiver a sortede assistir à troca da GuardaReal, uma cerimônia que agente só vê em filmes.

Quem elogia a Avenida daLiberdade, em Lisboa, se im-pressiona com a Grã Via, na re-gião central de Madrid. Trata-sede uma grandiosa avenida co-mercial, no estilo clássico e re-quintado da Oxford Street deLondres. Aplausos também pa-ra a Plaza Mayor, belíssimapraça do século XVII, que sedioueventos os mais variados, desdetouradas a execuções, passandopelos julgamentos da Inquisição.

Na quarta-feira (3 de abril)percorri as ruas centrais da ca-

pital e me deparei com uma le-gião de turcos 'ensandecidos'.Eram os desinibidos torcedoresdo Galatasaray, que à noiteperderia de goleada para oReal Madrid, de Cristiano Ro-naldo, no majestoso EstádioSantiago Bernabéu, um dosmais modernos da Europa.

Praça de touros e museus

são atrações à parte na capitalespanhola. Fui à região do Pra-do cujo Museo del Prado exibea maior coleção do mundo depintura espanhola. Outros mu-seus dignos de visita: Museoda América, Museo Arqueoló-gico Nacional e Museio Thys-sen-Bornemisza.

Bom também é constatar

que o trânsito em Madrid nãoengarrafa, os motoristas nãosão perturbados por motocicle-tas (há poucas lambretas nasruas) e se pode ir para qualquerponto da cidade de metrô, se-guro e confortável, ouvindo avoz impostada de um locutoranunciando 'próxima estación'.Madrid é um encanto.

A Catedral de Madrid construída em frente ao Palácio dos Bourbons

fotos: Primeira Edição

O imenso Palácio Real é uma das grandes atrações da capital espanholaComo em outras capitais europeias, Madrid tem belos monumentos

Crise afeta Espanha, mas Madrid éum pedaço privilegiado da Europa

Processo recessivo agravado estimula regiões autônomas a retomar luta pela independência

> ROMERO VIEIRA BELO ESCREVE - DIRETO DE MADRID

Estádio Santiago Bernabéu, templo sagrado do Real Madrid, o timaço de Ronaldo, Kaká, Roberto Carlos...

O governo da Espanha re-duziu sua meta de crescimentoe aumentou a previsão de défi-cit público para este ano. Arevisão acontece após sinais deenfraquecimento na geração deempregos e da atividade eco-nômica no país.

Para 2013, o país ibérico es-pera uma queda de 1,3% doPIB (Produto Interno Bruto),

oito décimos a menos que oanunciado em dezembro. Aredução está dentro da mar-gem de queda esperada peloFMI (Fundo Monetário Inter-nacional), de 1% a 1,5%.

Nos próximos anos, o paísvoltaria a crescer, sendo 0,5% em2014, 0,9% em 2015 e 1,3% em2016. A alta seria retomada apósseis anos de forte recessão, em

especial causada pelo aumentoda dívida pública no país e ocorte de gastos do governo.

Outro número alterado foi odo déficit público, cuja metapara 2013 era de 4,5% e passoupara 6,3% do PIB. O piso esti-mado pelo governo espanholpara o fim deste ano era o que aUnião Europeia e o BCE (BancoCentral Europeu) esperavam

que fosse alcançado em 2012. Com isso, o país só chegaria

em 2016 à exigência da UniãoEuropeia de manter o déficitpúblico abaixo de 3%. No anoque vem, a expectativa é de5,5%, enquanto em 2015 sãocalculados 4,1%. Inicialmente,as autoridades europeias havi-am estimado como prazo finalo ano de 2014.

DESEMPREGO A maior preocupação eco-

nômica das autoridades es-panholas, o desemprego, de-verá subir esse ano, segundoo governo espanhol, para27,16% na média anual. Oíndice já foi alcançado emmarço, quando o país supe-rou os 6 milhões de desem-pregados.

No ano que vem, espera-sequeda para 26,1% e pequenaredução para 2015, atingindo25,8%. As previsões econômi-cas serão enviadas pelo minis-tro da Economia, Luis de Guin-dos, às autoridades econômi-cas europeias. Madri esperaque, com isso, seja possíveluma renegociação das metasdo ajuste fiscal.