06- módulo de gestão de pessoas e do atendimento ao público - ministério da fazenda - assistente...

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    Assistente Tcnico Administrativo MIN FAZENDA

    ASSISTENTE TCNICO - ADMINISTRATIVO

    CONHECIMENTOS ESPECFICOS

    GESTO DE PESSOAS E DO ATENDIMENTO AO PBLICO.1. Desafios da Ouvidoria Pblica no Brasil. ....................................................... ............................................................ .... 12. Carta de Servios ao Cidado. Decreto n 6.932/2009....................................................................................................3

    3. Lei de Acesso a Informao - Lei 12.527/2011. ................ ........................................................... .................................. 34. Aprendizagem e Comportamentos Organizacionais. ....... ............................................................ .................................. 95. Comunicao Eficaz. .................................................................................................................................................... 106. Motivao. .................................................................................................................................................................... 117. Formao e Desenvolvimento de Equipes. .................................................................................................................. 148. Administrao de Conflitos e Gesto da Mudana. Clima e Cultura Organizacionais. ................................................ 14

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    GESTO DE PESSOAS E DOATENDIMENTO AO PBLICO.

    1. Desafios da Ouvidoria Pblica no Brasil.2. Carta de Servios ao Cidado. Decreto n 6.932/2009.3. Lei de Acesso a Informao - Lei 12.527/2011.4. Aprendizagem e Comportamentos Organizacionais.

    5. Comunicao Eficaz.6. Motivao.7. Formao e Desenvolvimento de Equipes.8. Administrao de Conflitos e Gesto da Mudana. Clima e Cultu-ra Organizacionais.

    Os desafios da Defensoria Pblica a frente do exerccio e do aces- so cidadania so tema de Congresso

    O segundo dia do III Congresso Nacional de Defensores Pblicos daInfncia e da Juventude, que est sendo realizado entre os dias 12 a 14 deSetembro no Hotel Hilton em Belm do Par contou com momentos excep-cionais na programao no perodo vespertino.

    Durante o intervalo entre a apresentao das Mesas 1 e 2 houve a belaapresentao do grupo folclrico "Boi Bumb Malhadinho", coordenadoEliana Soares. O grupo formado por crianas e adolescentes das maisvariadas idades.

    Segundo a coordenadora, " importante a participao de crianas ejovens neste projeto scio-educativo, estamos na terceira gerao, onde omaior legado que podemos deixar para esta gerao vai alm de passar acultura paraense a eles, mas tambm os valores que caracterizam a nossamisso como formadores de cidados", explica.

    O evento contou ainda com a palestra intitulada "Ateno a grandesdemandas sociais: Defensoria Pblica Proativa e Criativa", que evidenciouaes da Defensoria Pblica do Par em vrios Estados brasileiros atravsde trabalhos realizados junto ao cidados de forma efetiva, inovadora e,principalmente para fins de preveno e garantia de assistncia humaniza-da populao.

    Na ocasio, estiveram presentes cerca de 100 congressistas de todoBrasil. A mesa composta pelos Defensores Pblicos Rodrigo de CastroFuly, do Rio de Janeiro; Andrea Macedo Barreto, do Par; Daniela Skromovde Albuquerque, de So Paulo; Hlia Maria Amorim Santos Barbosa, daBahia, e a frente da coordenao da mesa, esteve Josiane Fruent BettiniLupion, da Defensoria Pblica do Paran.

    Para compor o primeiro painel da palestra, a Defensora Pblica para-ense, Andrea Macedo trouxe sua experincia frente ao Grupo de TrabalhoBelo Monte, e retratou seu trabalho realizado na regio onde ser instaladaa Hidreltrica de Belo Monte. O exposto tratou sobre o Ncleo de Atendi-mento Especializado Criana e ao Adolescente- NAECA e o atendimentodas famlias que esto condicionadas aos problemas de demanda ambien-

    tal, e que seu cumprimento tem como prioridade oportunizar melhorescondies s crianas e adolescentes bem como seus familiares.

    " muito importante sentar e discutir sobre os direitos da crianas e a-dolescentes partindo da vertente da educao como um direito fundamen-tal. As prticas pensadas a partir do contato e troca de experincias entreos Defensores de outros Estados colaboram pra somar na discusso dosdireitos humanos, e da garantia de fazer com que cada jovem ou cadacriana tenham atendimento digno", concluiu a Defensora.

    A Defensora Pblica, Hlia Maria Barbosa (BA) trouxe aos congressis-tas seu relato documentado em foto e vdeo sobre as aes da DefensoriaPblica do Estado da Bahia durante os grandes eventos, notadamente noperodo do carnaval, onde os mais variados abusos contra crianas ejovens ocorrem nos bastidores da festa, que mobiliza milhares de brincan-

    tes de todo pas nos dias que precedem o feriado carnavalesco, configura-do como pano de fundo para a elaborao de um projeto que visava muitomais do que autuao e informao, mas a preveno de abusos, explora-o sexual e trabalho infantil, com isso, objetivou tambm servir como um

    tipo de mapeamento e identificao da problemtica para posteriormenteapresentar o diagnstico.

    Para a garantia do direito das crianas e adolescentes, foram destaca-dos dez Defensores Pblicos que traaram roteiros de visitas e estratgiasde atuao e abordagem da populao nas ruas. Uma ao conjunta paraatender jovens, crianas e famlias em situao de risco social e pessoal.Esta, contou com articulao entre UNICEF e Ministrio dos Direitos Hu-manos.

    Sobre o Congresso, Helia Barbosa disse que espera um resultado mui-to positivo a partir deste evento, pois o alto nvel de competncia, capaci-dade intelectual e comprometimento dos colegas, isso significa que ocontedo dos palestrantes e a integrao sem dvida nutrimos enriqueci-mento e solidificar ainda mais o nosso trabalho", acrescentou.

    A Defensora Pblica, Daniela Skromov de Albuquerque trouxe a mesaum tema bastante forte: Os desafios da Defensoria de So Paulo no com-bate violao dos direitos dos usurios de droga e lcool no centro dacidade, local que se convencionou chamar de" Crackolndia "por abrigardependentes qumicos.

    Fazer o enfrentamento de uma situao onde o descaso impera e on-de os mais variados tipos de pessoas transitam, trazendo consigo marcasdeixadas pelo abandono e de exposio a inmeras violaes e pessoas

    em situao de extrema vulnerabilidade, fez com que o trabalho destaDefensoria se intensificasse, mesmo no tendo nenhum tipo de planeja-mento estratgico que a situao demandava, porm era necessria aten-dimentos urgentes, afinal o patrimnio maior da Instituio o cidado eeste precisava de ateno em carter emergencial, detalhou a Defensora.

    Durante a tarde, partir de breve diagnstico, foram articulados vriosrgos para auxiliarem neste intuito, a princpio, foi feita a abordagem daspessoas, que resultou na elaborao de uma micro cartilha que especifica-va pragmaticamente os direitos dos cidados e como lidar com situaesde represso e abuso por parte da Polcia Militar, que estava a realizar umatruculenta medida de combate ao trfico de drogas na regio. Este trata-mento dado pela Polcia caracterizou muitos relatos de torturas, abusos depoder e inmeros casos de violncias mais absurdas possveis com aque-les que de vtimas marginalizadas pela ao daqueles que deveriam lhe

    prestar segurana. Neste sentido, mostrando a todos que alm do atendi-mento jurdico, a cartilha vinha no sentido de assegurar a esperana edignidade e, a priori classificar o que era e o que no era permitido, deter-minando com isso, como proceder em caso de ter seus direitos desrespei-tados.

    Em a minha viso, muito importante ampliar este momento de pro-duo de conhecimento durante o Congresso. Fugir um pouco do eixoRio/So Paulo e trazer uma discusso at a Regio Norte, em especfico aoPar engrandecedor" , concluiu a Defensora Daniela Albuquerque.

    Com o tema "Acompanhamento s Unidades de Execuo de MedidasScioeducativas (UASE), o Defensor Pblico, Rodrigo de Castro Fuly (RJ),trouxe mesa o relato de sua experincia sobre as unidades de interna-es permanentes, temporrias e por sentena.

    Ele iniciou sua fala justificando que"nossa cultura traz um infeliz histri-co de prticas vistas como autoritrias pela opinio pblica, e que fazemcom que o trabalho da Defensoria seja visto como autoritrio, contrariandoo princpio maior que o de promover fiscalizao judicial. uma lutadiria, de afirmao de direitos de uma minoria bastante hostilizada como omenor infrator e o dependente de drogas, acrescentou.

    Para fins de atendimento e resguardo de direitos, segundo RodrigoFuly, os Defensores do Rio de Janeiro possuem a metodologia de recorreraos tribunais superiores, a fim de garantir os direitos dos jovens e crianas.Possuem como abordagens: primeiramente listagem de atendimento;anlise de pronturios, e incluso do menor em um banco de dados eacompanhamentos que vo desde atendimentos mdicos atendimentospsicossociais, jurdicos e familiares.

    Ao fim de sua explanao, o Defensor acrescentou que a "excelentetroca de ideias importante que conheamos as peculiaridades de cadaEstado, assim poderemos aprimorar o nosso trabalho. A dinmica dastarefas tem sido satisfatria. Agradeo a oportunidade de poder participarde uma mesa to rica quanto essa" , declarou.

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    Ao fim das apresentaes, a coordenadora da mesa, a Defensora P-blica do Paran, Josiane Lupion que conduziu todos os debates, fez ques-to de parabenizar os expositores dizendo estar "feliz por estar coordenan-do uma mesa dessas com tantos temas de suma importncia e de discus-ses de alto nvel. Temas valiosos e debates bem construdos, j o poder-mos considerar o Congresso como um grande sucesso", concluiu a Defen-sora. Matria: Myriam Connor.

    Defensoria Pblica em Santa Catarina: o desafio da conso-

    lidao do Estado Democrtico de Direito

    Alessandro da Silva

    Defensoria Pblica em Santa Catarina: o desafio da consolidao do Estado Democrtico de Direito

    A Constituio Federal de 1988 refundou o Estado Brasileiro a partir debases democrticas. A funo jurisdicional foi uma das que mais recebeuateno, com significativas modificaes, o que revelou a inteno doconstituinte de fortalecer o Estado Democrtico de Direito.

    O Poder Judicirio foi transformado com ampliao de sua estruturamaterial e de pessoal, modificao da organizao institucional e criao demecanismos e instrumentos que visaram ampliar o acesso Justia epermitir a soluo justa das lides, em prazo razovel.

    O Ministrio Pblico tambm foi objeto de completa remodelao, poisdeixou de ser arrolado como rgo do Poder Executivo, para figurar em umcaptulo parte daqueles destinados aos demais Poderes, como funoessencial justia.

    Segundo Seplveda Pertence1, o Ministrio Pblico foi:

    desvinculado do seu compromisso original com defesa judicial do Er-rio e a defesa dos atos governamentais aos laos de confiana do Executi-vo, est agora cercado de contraforte de independncia e autonomia que ocredenciam ao efetivo desempenho de uma magistratura ativa de defesaimpessoal da ordem jurdica democrtica, dos direitos coletivos e dosdireitos da cidadania.

    Em explcita oposio ao perodo autoritrio que a antecedeu, a Consti-tuio Federal de 1988 declarou expressamente a existncia de direitossociais e individuais, como liberdade, igualdade, sade, educao, moradiae segurana. Tambm estabeleceu como objetivos fundamentais da Rep-blica a construo de uma sociedade livre, justa e solidria, sem pobreza elivre de preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer outrasformas de discriminao.

    Preocupada no apenas em estabelecer uma declarao formal de di-reitos, a Constituio tambm previu uma srie de medidas que buscaramdar efetividade a eles, como a ampliao do acesso justia.

    Mas no bastava garantir o mero acesso via judiciria, j previsto nasConstituies anteriores, a Carta Cidad buscou estabelecer o direito deacesso a uma ordem jurdica justa, que segundo Kazuo Watana-be2 compreende:

    1) o direito a informao e perfeito conhecimento do direito substanciale organizao de pesquisa permanente a cargo de especialistas e orien-tada aferio constante da adequao entre a ordem jurdica e a realida-de socioeconmica do Pas; 2) direito de acesso justia adequadamenteorganizada e formada por juzes inseridos na realidade social e comprome-tidos com o objetivo de realizao da ordem jurdica justa; 3) direito apreordenao dos instrumentos processuais capazes de promover a efetivatutela de direitos; 4) direito remoo de todos os obstculos que se ante-ponham ao acesso efetivo Justia com tais caractersticas.

    Percebe-se que, alm do acesso ao Judicirio, nesse novo modelo hdestaque para a educao que visa dar conhecimento acerca dos prpriosdireitos e para o respeito aos direitos dos outros. Assim, o acesso justiapode ser encarado como o requisito fundamental - o mais bsico dos direi-tos humanos - de um sistema jurdico moderno e igualitrio que pretenda

    garantir e no apenas proclamar os direitos de todos3.Dessa forma, o acesso ordem jurdica justa deve alcanar todos os

    cidados e no somente queles que podem pagar por orientao jurdicaou para o ajuizamento de aes, visto que cabe ao Estado prestar assis-

    tncia jurdica integral e gratuita aos que comprovarem insuficincia derecursos (art. 5, LXXIV, da CF).

    Para que o Estado pudesse cumprir com esse objetivo, a Constituioinovou ao criar a Defensoria Pblica, instituio essencial funo jurisdi-cional do Estado, incumbindo-lhe a orientao jurdica e a defesa, em todosos graus, dos necessitados, na forma do art. 5, LXXIV (art. 134).

    Percebe-se que o modelo de assistncia jurdica aos necessitados pormeio da Defensoria Pblica parte de um processo de afirmao da cida-

    dania e consolidao da democracia, estabelecido na Constituio Federalde 1988.

    A adoo desse sistema foi objeto de profunda discusso durante aconstituinte, tendo em vista a existncia de outros modelos, como a defen-soria dativa, no qual advogados indicados pela OAB prestam assistnciajudiciria. Portanto, no cabe mais questionar se a opo pela DefensoriaPblica foi ou no a mais adequada.

    Como era de se esperar em um Estado Democrtico de Direito, essefoi o caminho seguido pela imensa maioria dos entes federados da nossaRepblica, com a nada honrosa exceo de Santa Catarina, nico queainda no instituiu a Defensoria Pblica.

    Dentre outros argumentos menos considerveis, o principal sustentaque o sistema de defensoria dativa cumpriria de maneira mais eficaz odever de prestar assistncia jurdica aos necessitados.

    O argumento claramente equivocado, j que a Defensoria Pblica vaialm da mera atuao em processo judicial e tambm abrange o papelpreventivo, de orientao e educao. Como instituio goza de autonomiafuncional e administrativa, o que lhe permite inclusive atuar em face dopoder pblico.

    J a defensoria dativa uma atividade pulverizada, sem uma diretriz deatuao definida, que se limita assistncia judiciria, pois os advogadossomente recebem seus honorrios do Estado se ajuizarem uma ao.

    De todo modo, essa discusso no tem sentido, pois se cada cidadopuder descumprir a Constituio com o singelo argumento de que tem umasoluo melhor do que a por ela adotada, nosso Estado Democrtico de

    Direito estar com os dias contados. A prevalecer a posio catarinense,logo teremos que admitir, por exemplo, que outro Estado possa extinguir oMinistrio Pblico e transferir suas funes para os procuradores do estado.

    Ora, a escolha pelo modelo de Defensoria Pblica j foi feita pelaConstituio e cabe aos Estados cumprir o que ela estabeleceu!

    O fato que em nosso estado at as pedras sabem que a granderesistncia, at agora bem sucedida, criao da Defensoria Pblica, se dpela cpula local da OAB. A defensoria dativa utilizada em grande medidacomo um meio de subsistncia para advogados em incio de carreira e suamanuteno serve de plataforma eleitoral nas eleies da seccional.

    O sistema tambm abastece os cofres da entidade, que fica com dezpor cento de todos os valores pagos pelo Estado como honorrios aosdefensores dativos. So cerca de trs milhes de reais anuais destinados

    OAB a ttulo de indenizao pelas despesas com administrao da defen-soria dativa. Dinheiro pblico, cuja utilizao no est sujeita a nenhum tipode controle externo.

    Essa postura pequena, de um corporativismo mesquinho, contrria aexplcitas manifestaes de presidentes do Conselho Federal4, mancha aatuao da seccional da OAB em Santa Catarina e incompatvel com agrandeza dos posicionamentos que, ao longo da histria, essa instituioassumiu.

    Essa conduta vai de encontro postura de vrias entidades com aquais a OAB, em regra, anda de braos dados na defesa das boas causas,pois a sociedade catarinense se organizou e apresentou na AssembleiaLegislativa um projeto de lei de iniciativa popular, com 48 mil assinaturas,para criao da Defensoria Pblica.

    Alm disso, tramitam no Supremo Tribunal Federal duas Aes Diretasde Inconstitucionalidade que tm por objeto o sistema de defensoria dativaadotado em Santa Catarina, sendo que na de nmero 3892 o ProcuradorGeral da Repblica apresentou parecer no qual afirma que:

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    Art. 11. Os rgos e entidades do Poder Executivo Federal queprestam servios diretamente ao cidado devero elaborar e divulgar Cartade Servios ao Cidado, no mbito de sua esfera de competncia.

    1o A Carta de Servios ao Cidado tem por objetivo informar ocidado dos servios prestados pelo rgo ou entidade, das formas deacesso a esses servios e dos respectivos compromissos e padres dequalidade de atendimento ao pblico.

    2o A Carta de Servios ao Cidado dever trazer informaesclaras e precisas em relao a cada um dos servios prestados, em espe-

    cial as relacionadas com:I - o servio oferecido;II - os requisitos, documentos e informaes necessrios para a-

    cessar o servio;III - as principais etapas para processamento do servio;IV - o prazo mximo para a prestao do servio;V - a forma de prestao do servio;VI - a forma de comunicao com o solicitante do servio; eVII - os locais e formas de acessar o servio. 3o Alm das informaes descritas no 2o, a Carta de Servios

    ao Cidado dever detalhar os padres de qualidade do atendimentorelativos aos seguintes aspectos:

    I - prioridades de atendimento;II - tempo de espera para atendimento;III - prazos para a realizao dos servios;IV - mecanismos de comunicao com os usurios;V - procedimentos para receber, atender, gerir e responder s su-

    gestes e reclamaes;VI - fornecimento de informaes acerca das etapas, presentes e

    futuras, esperadas para a realizao dos servios, inclusive estimativas deprazos;

    Art. 15. O Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto pode-r dispor sobre a implementao do disposto neste Decreto, inclusive sobremecanismos de acompanhamento, avaliao e incentivo.

    Art. 16. O servidor civil ou militar que descumprir as normas conti-das neste Decreto estar sujeito s penalidades previstas, respectivamen-te, na Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e na Lei no 6.880, de 9 dedezembro de 1980.

    Pargrafo nico. O cidado que tiver os direitos garantidos nesteDecreto desrespeitados poder fazer representao junto Controladoria-

    Geral da Unio.Art. 17. Cabe Controladoria-Geral da Unio e aos rgos inte-grantes do sistema de controle interno do Poder Executivo Federal zelarpelo cumprimento do disposto neste Decreto, bem como adotar as provi-dncias para a responsabilizao dos dirigentes e dos servidores quepraticarem atos em desacordo com as disposies aqui estabelecidas.

    Art. 18. Os rgos e entidades do Poder Executivo Federal teroprazo de cento e oitenta dias, aps a publicao deste Decreto, para cum-prir o disposto no art. 4o.

    Art. 19. Este Decreto entra em vigor:I - trezentos e sessenta dias aps a data de sua publicao, em re-

    lao ao art. 3o; eII - na data de sua publicao, em relao aos demaisdispositi-

    vos.Art. 20. Ficam revogados os Decretos nos 63.166, de 26 de agosto

    de 1968, 64.024-A, de 27 de janeiro de 1969, e 3.507, de 13 de junho de2000.

    Braslia, 11 de agosto de 2009; 188o da Independncia e 121o daRepblica.

    VII - mecanismos de consulta, por parte dos usurios, acerca dasetapas, cumpridas e pendentes, para a realizao do servio solicitado;

    VIII - tratamento a ser dispensado aos usurios quando do atendi-mento;

    IX - requisitos bsicos para o sistema de sinalizao visual das u-nidades de atendimento;

    X - condies mnimas a serem observadas pelasunidades de a-tendimento, em especial no que se refere a acessibilidade, limpeza e con-

    forto;

    LEI N 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011.Regula o acesso a informaes previsto no inciso XXXIII do art.5o, no inciso II do 3o do art. 37 e no 2o do art. 216 da Consti-

    tuio Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositi-vos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e d outras provi-

    dncias.

    XI - procedimentos alternativos para atendimento quando o siste-ma informatizado se encontrar indisponvel; e

    XII - outras informaes julgadas de interesse dosusurios. 4o A Carta de Servios ao Cidado ser objeto de permanente

    divulgao por meio de afixao em local de fcil acesso ao pblico, nosrespectivos locais de atendimento, e mediante publicao em stio eletrni-co do rgo ou entidade na rede mundial de computadores.

    Art. 12. Os rgos e entidades do Poder Executivo Federal deve-ro aplicar periodicamente pesquisa de satisfao junto aos usurios deseus servios e utilizar os resultados como subsdio relevante para reorien-tar e ajustar os servios prestados, em especial no que se refere ao cum-primento dos compromissos e dos padres de qualidade de atendimentodivulgados na Carta de Servios ao Cidado.

    1o

    A pesquisa de satisfao objetiva assegurar a efetiva partici-pao do cidado na avaliao dos servios prestados, possibilitar a identi-ficao de lacunas e deficincias na prestao dos servios e identificar onvel de satisfao dos usurios com relao aos servios prestados.

    2o Os rgos e as entidades do Poder Executivo Federal deve-ro divulgar, anualmente, preferencialmente na rede mundial de computa-dores, os resultados da avaliao de seu desempenho na prestao deservios ao cidado, especialmente em relao aos padres de qualidadedo atendimento fixados na Carta de Servios ao Cidado.

    Art. 13. O Programa Nacional da Gesto Pblica e Desburocrati-zao - GESPBLICA, institudo pelo Decreto no 5.378, de 23 de fevereirode 2005, colocar disposio dos rgos e entidades do Poder ExecutivoFederal interessados, gratuitamente, metodologia para elaborao da Carta deServio ao Cidado e instrumento padro de pesquisa de satisfao.

    Art. 14. Os rgos e entidades do Poder Executivo Federal que

    prestam servios diretamente aos cidados devero envidar esforos paramanter esses servios disponveis s Centrais de Atendimento ao Cidadoestaduais, municipais e do Distrito Federal.

    A PRESIDENTA DA REPBLICA Fao saber que o CongressoNacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    CAPTULO IDISPOSIES GERAIS

    Art. 1o Esta Lei dispe sobre os procedimentos a serem observa-dos pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, com o fim de garan-tir o acesso a informaes previsto no inciso XXXIII do art. 5o, noincisoIIdo 3 do art. 37 e no 2 do art. 216 da Constituio Federal.

    Pargrafo nico. Subordinam-se ao regime desta Lei:I - os rgos pblicos integrantes da administrao direta dos Po-

    deres Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judicirio edo Ministrio Pblico;

    II - as autarquias, as fundaes pblicas, as empresas pblicas, as

    sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ouindiretamente pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios.

    Art. 2o Aplicam-se as disposies desta Lei, no que couber, s en-tidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realizao de aesde interesse pblico, recursos pblicos diretamente do oramento ou medi-ante subvenes sociais, contrato de gesto, termo de parceria, convnios,acordo, ajustes ou outros instrumentos congneres.

    Pargrafo nico. A publicidade a que esto submetidas as entida-des citadas no caput refere-se parcela dos recursos pblicos recebidos e sua destinao, sem prejuzo das prestaes de contas a que estejamlegalmente obrigadas.

    Art. 3o Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a asse-gurar o direito fundamental de acesso informao e devem ser executa-dos em conformidade com os princpios bsicos da administrao pblica e

    com as seguintes diretrizes:I - observncia da publicidade como preceito geral e do sigilo comoexceo;

    II - divulgao de informaes de interesse pblico, independen-temente de solicitaes;

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    III - utilizao de meios de comunicao viabilizados pela tecnolo-gia da informao;

    IV - fomento ao desenvolvimento da cultura detransparncia naadministrao pblica;

    V - desenvolvimento do controle social da administrao pblica.Art. 4o Para os efeitos desta Lei, considera-se:I - informao: dados, processados ou no, que podem ser utiliza-

    dos para produo e transmisso de conhecimento, contidos em qualquermeio, suporte ou formato;

    II - documento: unidade de registro de informaes, qualquer queseja o suporte ou formato;III - informao sigilosa: aquela submetida temporariamente res-

    trio de acesso pblico em razo de sua imprescindibilidade para a segu-rana da sociedade e do Estado;

    IV - informao pessoal: aquela relacionada pessoa natural iden-tificada ou identificvel;

    V - tratamento da informao: conjunto de aes referentes pro-duo, recepo, classificao, utilizao, acesso, reproduo, transporte,transmisso, distribuio, arquivamento, armazenamento, eliminao,avaliao, destinao ou controle da informao;

    VI - disponibilidade: qualidade da informao que pode ser conhe-cida e utilizada por indivduos, equipamentos ou sistemas autorizados;

    VII - autenticidade: qualidade da informao que tenha sido produ-zida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivduo, equipa-mento ou sistema;

    VIII - integridade: qualidade da informao no modificada, inclusi-ve quanto origem, trnsito e destino;

    IX - primariedade: qualidade da informao coletada na fonte, como mximo de detalhamento possvel, sem modificaes.

    Art. 5o dever do Estado garantir o direito de acesso informa-o, que ser franqueada, mediante procedimentos objetivos e geis, deforma transparente, clara e em linguagem de fcil compreenso.

    CAPTULO IIDO ACESSO A INFORMAES E DA SUA DIVULGAOArt. 6o Cabe aos rgos e entidades do poder pblico, observadas

    as normas e procedimentos especficos aplicveis, assegurar a:I - gesto transparente da informao, propiciando amploacesso a

    ela e sua divulgao;

    II - proteo da informao, garantindo-se sua disponibilidade, au-tenticidade e integridade; e

    III - proteo da informao sigilosa e da informao pessoal, ob-servada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restri-o de acesso.

    Art. 7o O acesso informao de que trata esta Lei compreende,entre outros, os direitos de obter:

    I - orientao sobre os procedimentos para a consecuo de aces-so, bem como sobre o local onde poder ser encontrada ou obtida a infor-mao almejada;

    II - informao contida em registros ou documentos, produzidos ouacumulados por seus rgos ou entidades, recolhidos ou no a arquivospblicos;

    III - informao produzida ou custodiada por pessoa fsica ou enti-

    dade privada decorrente de qualquer vnculo com seus rgos ou entida-des, mesmo que esse vnculo j tenha cessado;IV - informao primria, ntegra, autntica e atualizada;V - informao sobre atividades exercidas pelos rgos e entida-

    des, inclusive as relativas sua poltica, organizao e servios; VI - informao pertinente administrao do patrimnio pblico,

    utilizao de recursos pblicos, licitao, contratos administrativos; eVII - informao relativa:a) implementao, acompanhamento e resultados dos progra-

    mas, projetos e aes dos rgos e entidades pblicas, bem como metas eindicadores propostos;

    b) ao resultado de inspees, auditorias, prestaes e tomadas decontas realizadas pelos rgos de controle interno e externo, incluindoprestaes de contas relativas a exerccios anteriores.

    1o O acesso informao previsto no caput no compreende as

    informaes referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento cientfi-cos ou tecnolgicos cujo sigilo seja imprescindvel segurana da socieda-de e do Estado.

    2o Quando no for autorizado acesso integral informao porser ela parcialmente sigilosa, assegurado o acesso parte no sigilosapor meio de certido, extrato ou cpia com ocultao da parte sob sigilo.

    3o O direito de acesso aos documentos ou s informaes nelescontidas utilizados como fundamento da tomada de deciso e do ato admi-nistrativo ser assegurado com a edio do ato decisrio respectivo.

    4o A negativa de acesso s informaes objeto de pedido formu-lado aos rgos e entidades referidas no art. 1o, quando no fundamenta-da, sujeitar o responsvel a medidas disciplinares, nos termos do art. 32

    desta Lei. 5o Informado do extravio da informao solicitada, poder o inte-ressado requerer autoridade competente a imediata abertura de sindicn-cia para apurar o desaparecimento da respectiva documentao.

    6o Verificada a hiptese prevista no 5o deste artigo, o respon-svel pela guarda da informao extraviada dever, no prazo de 10 (dez)dias, justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegao.

    Art. 8o dever dos rgos e entidades pblicas promover, inde-pendentemente de requerimentos, a divulgao em local de fcil acesso, nombito de suas competncias, de informaes de interesse coletivo ougeral por eles produzidas ou custodiadas.

    1o Na divulgao das informaes a que se refere o caput, de-vero constar, no mnimo:

    I - registro das competncias e estrutura organizacional, endereose telefones das respectivas unidades e horrios de atendimento ao pblico;

    II - registros de quaisquer repasses ou transferncias de recursosfinanceiros;

    III - registros das despesas;IV - informaes concernentes a procedimentos licitatrios, inclusi-

    ve os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratoscelebrados;

    V - dados gerais para o acompanhamento de programas, aes,projetos e obras de rgos e entidades; e

    VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. 2o Para cumprimento do disposto no caput, os rgos e entida-

    des pblicas devero utilizar todos os meios e instrumentos legtimos deque dispuserem, sendo obrigatria a divulgao em stios oficiais da redemundial de computadores (internet).

    3o Os stios de que trata o 2o devero, na forma de regulamen-

    to, atender, entre outros, aos seguintes requisitos:I - conter ferramenta de pesquisa de contedo que permita o aces-

    so informao de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem defcil compreenso;

    II - possibilitar a gravao de relatrios em diversos formatos ele-trnicos, inclusive abertos e no proprietrios, tais como planilhas e texto,de modo a facilitar a anlise das informaes;

    III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos emformatos abertos, estruturados e legveis por mquina;

    IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturaoda informao;

    V - garantir a autenticidade e a integridade das informaes dispo-nveis para acesso;

    VI - manter atualizadas as informaes disponveis para acesso;

    VII - indicar local e instrues que permitam ao interessado comu-

    nicar-se, por via eletrnica ou telefnica, com o rgo ou entidade detento- ra do stio; e

    VIII - adotar as medidas necessrias para garantir a acessibilidadede contedo para pessoas com deficincia, nos termos do art.17daLeino 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9o da Conveno sobre osDireitosdasPessoascom Deficincia,aprovadapelo DecretoLegislativono 186, de 9 de julho de 2008.

    4o Os Municpios com populao de at 10.000 (dez mil) habi-tantes ficam dispensados da divulgao obrigatria na internet a que serefere o 2o, mantida a obrigatoriedade de divulgao, em tempo real, deinformaes relativas execuo oramentria e financeira, nos critrios eprazos previstos no art. 73-B da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

    Art. 9o O acesso a informaes pblicas ser assegurado median-

    te:I - criao de servio de informaes ao cidado, nos rgos e en-

    tidades do poder pblico, em local com condies apropriadas para:a) atender e orientar o pblico quanto ao acesso a informaes;

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    b) informar sobre a tramitao de documentos nas suas respecti-vas unidades;

    c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso ainforma-es; e

    II - realizao de audincias ou consultas pblicas, incentivo par-ticipao popular ou a outras formas de divulgao.

    CAPTULO IIIDO PROCEDIMENTO DE ACESSO INFORMAO

    Seo I

    Do Pedido de AcessoArt. 10. Qualquer interessado poder apresentar pedido de acessoa informaes aos rgos e entidades referidos no art. 1o desta Lei, porqualquer meio legtimo, devendo o pedido conter a identificao do reque-rente e a especificao da informao requerida.

    1o Para o acesso a informaes de interesse pblico, a identifi-cao do requerente no pode conter exigncias que inviabilizem a solicita-o.

    2o Os rgos e entidades do poder pblico devem viabilizar al-ternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus stiosoficiais na internet.

    3o So vedadas quaisquer exigncias relativas aos motivos de-terminantes da solicitao de informaes de interesse pblico.

    Art. 11. O rgo ou entidade pblica dever autorizar ou concedero acesso imediato informao disponvel.

    1o No sendo possvel conceder o acesso imediato, na formadisposta no caput, o rgo ou entidade que receber o pedido dever, emprazo no superior a 20 (vinte) dias:

    I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efe-tuar a reproduo ou obter a certido;

    II - indicar as razes de fato ou de direito da recusa, total ou parci-al, do acesso pretendido; ou

    III - comunicar que no possui a informao, indicar, se for do seuconhecimento, o rgo ou a entidade que a detm, ou, ainda, remeter orequerimento a esse rgo ou entidade, cientificando o interessado daremessa de seu pedido de informao.

    2o O prazo referido no 1o poder ser prorrogado por mais 10(dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual ser cientificado orequerente.

    3o Sem prejuzo da segurana e da proteo das informaes edo cumprimento da legislao aplicvel, o rgo ou entidade poder ofere-cer meios para que o prprio requerente possa pesquisar a informao deque necessitar.

    4o Quando no for autorizado o acesso por se tratar de informa-o total ou parcialmente sigilosa, o requerente dever ser informado sobrea possibilidade de recurso, prazos e condies para sua interposio,devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreci-ao.

    5o A informao armazenada em formato digital ser fornecidanesse formato, caso haja anuncia do requerente.

    6o Caso a informao solicitada esteja disponvel ao pblico emformato impresso, eletrnico ou em qualquer outro meio de acesso univer-sal, sero informados ao requerente, por escrito, o lugar e a forma pela qual

    se poder consultar, obter ou reproduzir a referida informao, procedimen-to esse que desonerar o rgo ou entidade pblica da obrigao de seufornecimento direto, salvo se o requerente declarar no dispor de meiospara realizar por si mesmo tais procedimentos.

    Art. 12. O servio de busca e fornecimento da informao gratui-to, salvo nas hipteses de reproduo de documentos pelo rgo ou enti-dade pblica consultada, situao em que poder ser cobrado exclusiva-mente o valor necessrio ao ressarcimento do custo dos servios e dosmateriais utilizados.

    Pargrafo nico. Estar isento de ressarcir os custos previstosno caput todo aquele cuja situao econmica no lhe permita faz-lo semprejuzo do sustento prprio ou da famlia, declarada nos termos da Lei no 7.115, de 29 de agosto de 1983.

    Art. 13. Quando se tratar de acesso informao contida em do-cumento cuja manipulao possa prejudicar sua integridade, dever ser

    oferecida a consulta de cpia, com certificao de que esta confere com ooriginal.

    Pargrafo nico. Na impossibilidade de obteno de cpias, o in-teressado poder solicitar que, a suas expensas e sob superviso de

    servidor pblico, a reproduo seja feita por outro meio que no ponha emrisco a conservao do documento original.

    Art. 14. direito do requerente obter o inteiro teor de deciso denegativa de acesso, por certido ou cpia.

    Seo IIDos Recursos

    Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informaes ou srazes da negativa do acesso, poder o interessado interpor recurso contraa deciso no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua cincia.

    Pargrafo nico. O recurso ser dirigido autoridade hierarquica-mente superior que exarou a deciso impugnada, que dever se manifes-tar no prazo de 5 (cinco) dias.

    Art. 16. Negado o acesso a informao pelos rgos ou entidadesdo Poder Executivo Federal, o requerente poder recorrer Controladoria-Geral da Unio, que deliberar no prazo de 5 (cinco) dias se:

    I - o acesso informao no classificada como sigilosa for nega-do;

    II - a deciso de negativa de acesso informao total ou parcial-mente classificada como sigilosa no indicar a autoridade classificadora oua hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido pedido de acesso oudesclassificao;

    III - os procedimentos de classificao de informao sigilosa esta-belecidos nesta Lei no tiverem sido observados; e

    IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedimen-tos previstos nesta Lei.

    1o O recurso previsto neste artigo somente poder ser dirigido Controladoria-Geral da Unio depois de submetido apreciao de pelomenos uma autoridade hierarquicamente superior quela que exarou adeciso impugnada, que deliberar no prazo de 5 (cinco) dias.

    2o Verificada a procedncia das razes do recurso, a Controla-doria-Geral da Unio determinar ao rgo ou entidade que adote asprovidncias necessrias para dar cumprimento ao disposto nesta Lei.

    3o Negado o acesso informao pela Controladoria-Geral daUnio, poder ser interposto recurso Comisso Mista de Reavaliao deInformaes, a que se refere o art. 35.

    Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de desclassificaode informao protocolado em rgo da administrao pblica federal,poder o requerente recorrer ao Ministro de Estado da rea, sem prejuzo

    das competncias da Comisso Mista de Reavaliao de Informaes,previstas no art. 35, e do disposto no art. 16.

    1o O recurso previsto neste artigo somente poder ser dirigidos autoridades mencionadas depois de submetido apreciao de pelomenos uma autoridade hierarquicamente superior autoridade que exaroua deciso impugnada e, no caso das Foras Armadas, ao respectivo Co-mando.

    2o Indeferido o recurso previsto no caput que tenha como objetoa desclassificao de informao secreta ou ultrassecreta, caber recurso Comisso Mista de Reavaliao de Informaes prevista no art. 35.

    Art. 18. Os procedimentos de reviso de decises denegatriasproferidas no recurso previsto no art. 15 e de reviso de classificao dedocumentos sigilosos sero objeto de regulamentao prpria dos PoderesLegislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico, em seus respectivos mbi-

    tos, assegurado ao solicitante, em qualquer caso, o direito de ser informadosobre o andamento de seu pedido.Art. 19. (VETADO). 1o (VETADO). 2o Os rgos do Poder Judicirio e do Ministrio Pblico infor-

    maro ao Conselho Nacional de Justia e ao Conselho Nacional do Minist-rio Pblico, respectivamente, as decises que, em grau de recurso, nega-rem acesso a informaes de interesse pblico.

    Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que couber, a Lei no 9.784,de29dejaneirode1999, ao procedimento de que trata este Captulo.

    CAPTULO IVDAS RESTRIES DE ACESSO INFORMAO

    Seo IDisposies Gerais

    Art. 21. No poder ser negado acesso informao necessria

    tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais.Pargrafo nico. As informaes ou documentos que versem so-

    bre condutas que impliquem violao dos direitos humanos praticada poragentes pblicos ou a mando de autoridades pblicas no podero serobjeto de restrio de acesso.

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    Art. 22. O disposto nesta Lei no exclui as demais hipteses le-gais de sigilo e de segredo de justia nem as hipteses de segredo indus-trial decorrentes da explorao direta de atividade econmica pelo Estadoou por pessoa fsica ou entidade privada que tenha qualquer vnculo com opoder pblico.

    Seo IIDa Classificao da Informao quanto ao Grau e Prazos de Sigilo

    Art. 23. So consideradas imprescindveis segurana da socie-dade ou do Estado e, portanto, passveis de classificao as informaes

    cuja divulgao ou acesso irrestrito possam:I - pr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridadedo territrio nacional;

    II - prejudicar ou pr em risco a conduo de negociaes ou asrelaes internacionais do Pas, ou as que tenham sido fornecidas emcarter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;

    III - pr em risco a vida, a segurana ou a sade dapopulao;IV - oferecer elevado risco estabilidade financeira, econmica ou

    monetria do Pas;V - prejudicar ou causar risco a planos ou operaes estratgicos

    das Foras Armadas;VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvol-

    vimento cientfico ou tecnolgico, assim como a sistemas, bens, instalaesou reas de interesse estratgico nacional;

    VII - pr em risco a segurana de instituies ou de altas autorida-des nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou

    VIII - comprometer atividades de inteligncia, bem como de inves-tigao ou fiscalizao em andamento, relacionadas com a preveno ourepresso de infraes.

    Art. 24. A informao em poder dos rgos e entidades pblicas,observado o seu teor e em razo de sua imprescindibilidade seguranada sociedade ou do Estado, poder ser classificada como ultrassecreta,secreta ou reservada.

    1o Os prazos mximos de restrio de acesso informao,conforme a classificao prevista no caput, vigoram a partir da data de suaproduo e so os seguintes:

    I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;II - secreta: 15 (quinze) anos; eIII - reservada: 5 (cinco) anos.

    2o As informaes que puderem colocar em risco a seguranado Presidente e Vice-Presidente da Repblica e respectivos cnjuges efilhos(as) sero classificadas como reservadas e ficaro sob sigilo at otrmino do mandato em exerccio ou do ltimo mandato, em caso de reelei-o.

    3o Alternativamente aos prazos previstos no 1o, poder ser es-tabelecida como termo final de restrio de acesso a ocorrncia de deter-minado evento, desde que este ocorra antes do transcurso do prazo mxi-mo de classificao.

    4o Transcorrido o prazo de classificao ou consumado o eventoque defina o seu termo final, a informao tornar-se-, automaticamente, deacesso pblico.

    5o Para a classificao da informao em determinado grau desigilo, dever ser observado o interesse pblico da informao e utilizado o

    critrio menos restritivo possvel, considerados:

    I - a gravidade do risco ou dano segurana da sociedadee doEstado; e

    II - o prazo mximo de restrio de acesso ou o evento que definaseu termo final.

    Seo IIIDa Proteo e do Controle de Informaes Sigilosas

    Art. 25. dever do Estado controlar o acesso e a divulgao deinformaes sigilosas produzidas por seus rgos e entidades, asseguran-do a sua proteo.(Regulamento)

    1o O acesso, a divulgao e o tratamento de informao classifi-cada como sigilosa ficaro restritos a pessoas que tenham necessidade deconhec-la e que sejam devidamente credenciadas na forma do regula-mento, sem prejuzo das atribuies dos agentes pblicos autorizados porlei.

    2o O acesso informao classificada como sigilosa cria a obri-gao para aquele que a obteve de resguardar o sigilo.

    3o Regulamento dispor sobre procedimentos e medidas a se-rem adotados para o tratamento de informao sigilosa, de modo a prote-

    g-la contra perda, alterao indevida, acesso, transmisso e divulgaono autorizados.

    Art. 26. As autoridades pblicas adotaro as providncias neces-srias para que o pessoal a elas subordinado hierarquicamente conhea asnormas e observe as medidas e procedimentos de segurana para trata-mento de informaes sigilosas.

    Pargrafo nico. A pessoa fsica ou entidade privada que, em ra-zo de qualquer vnculo com o poder pblico, executar atividades de trata-mento de informaes sigilosas adotar as providncias necessrias para

    que seus empregados, prepostos ou representantes observem as medidase procedimentos de segurana das informaes resultantes da aplicaodesta Lei.

    Seo IVDos Procedimentos de Classificao, Reclassificao e Desclassificao

    Art. 27. A classificao do sigilo de informaes no mbito da ad-ministrao pblica federal de competncia: (Regulamento)

    I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades: a) Presidente da Repblica;b) Vice-Presidente da Repblica;c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogati-

    vas;d) Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica;ee) Chefes de Misses Diplomticas e Consulares permanentes no

    exterior;II - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I, dos ti-

    tulares de autarquias, fundaes ou empresas pblicas e sociedades deeconomia mista; e

    III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos incisos I eII e das que exeram funes de direo, comando ou chefia, nvel DAS101.5, ou superior, do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores, ou dehierarquia equivalente, de acordo com regulamentao especfica de cadargo ou entidade, observado o disposto nesta Lei.

    1o A competncia prevista nos incisos I e II, no que se refere classificao como ultrassecreta e secreta, poder ser delegada pelaautoridade responsvel a agente pblico, inclusive em misso no exterior,vedada a subdelegao.

    2o A classificao de informao no grau de sigilo ultrassecretopelas autoridades previstas nas alneas d e e do inciso I dever ser

    ratificada pelos respectivos Ministros de Estado, no prazo previsto emregulamento.

    3o A autoridade ou outro agente pblico que classificar informa-o como ultrassecreta dever encaminhar a deciso de que trata o art. 28 Comisso Mista de Reavaliao de Informaes, a que se refere o art.35, no prazo previsto em regulamento.

    Art. 28. A classificao de informao em qualquer grau de sigilodever ser formalizada em deciso que conter, no mnimo, os seguinteselementos:

    I - assunto sobre o qual versa a informao;II - fundamento da classificao, observados os critrios estabele-

    cidos no art. 24;III - indicao do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias,

    ou do evento que defina o seu termo final, conforme limites previstos no art.

    24; e

    IV - identificao da autoridade que a classificou.Pargrafo nico. A deciso referida no caput ser mantida no

    mesmo grau de sigilo da informao classificada.Art. 29. A classificao das informaes ser reavaliada pela auto-

    ridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente superior, medianteprovocao ou de ofcio, nos termos e prazos previstos em regulamento,com vistas sua desclassificao ou reduo do prazo de sigilo, obser-vado o disposto no art. 24. (Regulamento)

    1o O regulamento a que se refere o caput dever considerar aspeculiaridades das informaes produzidas no exterior por autoridades ouagentes pblicos.

    2o Na reavaliao a que se refere o caput, devero ser exami-nadas a permanncia dos motivos do sigilo e a possibilidade de danosdecorrentes do acesso ou da divulgao da informao.

    3o Na hiptese de reduo do prazo de sigilo da informao, onovo prazo de restrio manter como termo inicial a data da sua produ-o.

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    Art. 30. A autoridade mxima de cada rgo ou entidade publica-r, anualmente, em stio disposio na internet e destinado veiculaode dados e informaes administrativas, nos termos de regulamento:

    I - rol das informaes que tenham sido desclassificadas nos lti-mos 12 (doze) meses;

    II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, comidentificao para referncia futura;

    III - relatrio estatstico contendo a quantidade de pedidos de in-formao recebidos, atendidos e indeferidos, bem como informaes gen-

    ricas sobre os solicitantes. 1o Os rgos e entidades devero manter exemplar da publica-o prevista no caput para consulta pblica em suas sedes.

    2o Os rgos e entidades mantero extrato com a lista de infor-maes classificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo e dosfundamentos da classificao.

    Seo VDas Informaes Pessoais

    Art. 31. O tratamento das informaes pessoais deve ser feito deforma transparente e com respeito intimidade, vida privada, honra eimagem das pessoas, bem como s liberdades e garantias individuais.

    1o As informaes pessoais, a que se refere este artigo, relativas intimidade, vida privada, honra e imagem:

    I - tero seu acesso restrito, independentemente de classificaode sigilo e pelo prazo mximo de 100 (cem) anos a contar da sua data deproduo, a agentes pblicos legalmente autorizados e pessoa a que elasse referirem; e

    II - podero ter autorizada sua divulgao ou acesso por terceirosdiante de previso legal ou consentimento expresso da pessoa a que elasse referirem.

    2o Aquele que obtiver acesso s informaes de que trata esteartigo ser responsabilizado por seu uso indevido.

    3o O consentimento referido no inciso II do 1o no ser exigidoquando as informaes forem necessrias:

    I - preveno e diagnstico mdico, quando a pessoa estiver fsi-ca ou legalmente incapaz, e para utilizao nica e exclusivamente para otratamento mdico;

    II - realizao de estatsticas e pesquisas cientficas deevidenteinteresse pblico ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificao

    da pessoa a que as informaes se referirem;III - ao cumprimento de ordem judicial;IV - defesa de direitos humanos; ouV - proteo do interesse pblico e geral preponderante. 4o A restrio de acesso informao relativa vida privada,

    honra e imagem de pessoa no poder ser invocada com o intuito deprejudicar processo de apurao de irregularidades em que o titular dasinformaes estiver envolvido, bem como em aes voltadas para a recupe-rao de fatos histricos de maior relevncia.

    5o Regulamento dispor sobre os procedimentos para tratamen-to de informao pessoal.

    CAPTULO VDAS RESPONSABILIDADES

    Art. 32. Constituem condutas ilcitas que ensejam responsabilida-

    de do agente pblico ou militar:

    I - recusar-se a fornecer informao requerida nos termosdestaLei, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornec-la intencio-nalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;

    II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar,desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informao que seencontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento emrazo do exerccio das atribuies de cargo, emprego ou funo pblica;

    III - agir com dolo ou m-f na anlise das solicitaes de acesso informao;

    IV - divulgar ou permitir a divulgao ou acessar ou permitir acessoindevido informao sigilosa ou informao pessoal;

    V - impor sigilo informao para obter proveito pessoal ou de ter-ceiro, ou para fins de ocultao de ato ilegal cometido por si ou por outrem;

    VI - ocultar da reviso de autoridade superior competente informa-

    o sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuzo de terceiros; eVII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concer-

    nentes a possveis violaes de direitos humanos por parte de agentes do Estado.

    1o Atendido o princpio do contraditrio, da ampla defesa e dodevido processo legal, as condutas descritas no caput sero considera-das:

    I - para fins dos regulamentos disciplinares das Foras Armadas,transgresses militares mdias ou graves, segundo os critrios neles esta-belecidos, desde que no tipificadas em lei como crime ou contravenopenal; ou

    II - para fins do disposto na Lei no 8.112, de 11 de dezembro de1990, e suas alteraes, infraes administrativas, que devero ser apena-

    das, no mnimo, com suspenso, segundo os critrios nela estabelecidos. 2o Pelas condutas descritas no caput, poder o militar ou agentepblico responder, tambm, por improbidade administrativa, conforme odisposto nas Leis nos 1.079, de 10 de abril de 1950, e 8.429,de2dejunhode 1992.

    Art. 33. A pessoa fsica ou entidade privada que detiver informa-es em virtude de vnculo de qualquer natureza com o poder pblico edeixar de observar o disposto nesta Lei estar sujeita s seguintes san-es:

    I - advertncia;II - multa;III - resciso do vnculo com o poder pblico;IV - suspenso temporria de participar em licitao e impedimento

    de contratar com a administrao pblica por prazo no superior a 2 (dois)anos; e

    V - declarao de inidoneidade para licitar ou contratar com a ad-ministrao pblica, at que seja promovida a reabilitao perante a prpriaautoridade que aplicou a penalidade.

    1o As sanes previstas nos incisos I, III e IV podero ser apli-cadas juntamente com a do inciso II, assegurado o direito de defesa dointeressado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias.

    2o A reabilitao referida no inciso V ser autorizada somentequando o interessado efetivar o ressarcimento ao rgo ou entidade dosprejuzos resultantes e aps decorrido o prazo da sano aplicada combase no inciso IV.

    3o A aplicao da sano prevista no inciso V de competnciaexclusiva da autoridade mxima do rgo ou entidade pblica, facultada adefesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista.

    Art. 34. Os rgos e entidades pblicas respondem diretamentepelos danos causados em decorrncia da divulgao no autorizada ouutilizao indevida de informaes sigilosas ou informaes pessoais,cabendo a apurao de responsabilidade funcional nos casos de dolo ouculpa, assegurado o respectivo direito de regresso.

    Pargrafo nico. O disposto neste artigo aplica-se pessoa fsicaou entidade privada que, em virtude de vnculo de qualquer natureza comrgos ou entidades, tenha acesso a informao sigilosa ou pessoal e asubmeta a tratamento indevido.

    CAPTULO VIDISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS

    Art. 35. (VETADO). 1o instituda a Comisso Mista de Reavaliao de Informa-

    es, que decidir, no mbito da administrao pblica federal, sobre o

    tratamento e a classificao de informaes sigilosas e ter competnciapara:I - requisitar da autoridade que classificar informao como ultras-

    secreta e secreta esclarecimento ou contedo, parcial ou integral da infor-mao;

    II - rever a classificao de informaes ultrassecretas ou secretas,de ofcio ou mediante provocao de pessoa interessada, observado odisposto no art. 7o e demais dispositivos desta Lei; e

    III - prorrogar o prazo de sigilo de informao classificada como ul-trassecreta, sempre por prazo determinado, enquanto o seu acesso oudivulgao puder ocasionar ameaa externa soberania nacional ou integridade do territrio nacional ou grave risco s relaes internacionaisdo Pas, observado o prazo previsto no 1o do art. 24.

    2o O prazo referido no inciso III limitado a uma nica renova-o.

    3o A reviso de ofcio a que se refere o inciso II do 1o deverocorrer, no mximo, a cada 4 (quatro) anos, aps a reavaliao prevista noart. 39, quando se tratar de documentos ultrassecretos ou secretos.

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    4o A no deliberao sobre a reviso pela Comisso Mista deReavaliao de Informaes nos prazos previstos no 3o implicar adesclassificao automtica das informaes.

    5o Regulamento dispor sobre a composio, organizao efuncionamento da Comisso Mista de Reavaliao de Informaes, obser-vado o mandato de 2 (dois) anos para seus integrantes e demais disposi-es desta Lei. (Regulamento)

    Art. 36. O tratamento de informao sigilosa resultante de trata-dos, acordos ou atos internacionais atender s normas e recomendaes

    constantes desses instrumentos.Art. 37. institudo, no mbito do Gabinete de Segurana Institu-cional da Presidncia da Repblica, o Ncleo de Segurana e Credencia-mento (NSC), que tem por objetivos: (Regulamento)

    I - promover e propor a regulamentao do credenciamento de se-gurana de pessoas fsicas, empresas, rgos e entidades para tratamentode informaes sigilosas; e

    II - garantir a segurana de informaes sigilosas, inclusive aque-las provenientes de pases ou organizaes internacionais com os quais aRepblica Federativa do Brasil tenha firmado tratado, acordo, contrato ouqualquer outro ato internacional, sem prejuzo das atribuies do Ministriodas Relaes Exteriores e dos demais rgos competentes.

    Pargrafo nico. Regulamento dispor sobre a composio, orga-nizao e funcionamento do NSC.

    Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei no 9.507, de 12 de novem-brode1997, em relao informao de pessoa, fsica ou jurdica, cons-tante de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou decarter pblico.

    Art. 39. Os rgos e entidades pblicas devero proceder reava-liao das informaes classificadas como ultrassecretas e secretas noprazo mximo de 2 (dois) anos, contado do termo inicial de vigncia destaLei.

    1o A restrio de acesso a informaes, em razo da reavalia-o prevista no caput, dever observar os prazos e condies previstosnesta Lei.

    2o No mbito da administrao pblica federal, a reavaliaoprevista no caput poder ser revista, a qualquer tempo, pela ComissoMista de Reavaliao de Informaes, observados os termos desta Lei.

    3o Enquanto no transcorrido o prazo de reavaliao previsto

    no caput, ser mantida a classificao da informao nos termos da legis-lao precedente.

    4o As informaes classificadas como secretas e ultrassecretasno reavaliadas no prazo previsto no caput sero consideradas, automati-camente, de acesso pblico.

    Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da vigncia destaLei, o dirigente mximo de cada rgo ou entidade da administrao pbli-ca federal direta e indireta designar autoridade que lhe seja diretamentesubordinada para, no mbito do respectivo rgo ou entidade, exercer asseguintes atribuies:

    I - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso a in-formao, de forma eficiente e adequada aos objetivos desta Lei;

    II - monitorar a implementao do disposto nesta Lei e apresentarrelatrios peridicos sobre o seu cumprimento;

    III - recomendar as medidas indispensveis implementao e aoaperfeioamento das normas e procedimentos necessrios ao corretocumprimento do disposto nesta Lei; e

    IV - orientar as respectivas unidades no que se refere ao cumpri-mento do disposto nesta Lei e seus regulamentos.

    Art. 41. O Poder Executivo Federal designar rgo da adminis-trao pblica federal responsvel:

    I - pela promoo de campanha de abrangncia nacional de fo-mento cultura da transparncia na administrao pblica e conscientiza-o do direito fundamental de acesso informao;

    II - pelo treinamento de agentes pblicos no que se refere ao de-senvolvimento de prticas relacionadas transparncia na administraopblica;

    III - pelo monitoramento da aplicao da lei no mbito da adminis-trao pblica federal, concentrando e consolidando a publicao de infor-

    maes estatsticas relacionadas no art. 30;IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacional de relatrio a-

    nual com informaes atinentes implementao desta Lei.Art. 42. O Poder Executivo regulamentar o disposto nesta Lei no

    prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de sua publicao.

    Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei no 8.112, de 11 de dezembrode 1990, passa a vigorar com a seguinte redao:

    Art. 116. ...................................................................VI - levar as irregularidades de que tiver cincia em razo do cargo aoconhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita deenvolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competentepara apurao;

    Art. 44. O Captulo IV do Ttulo IV da Lei no 8.112, de 1990,passa a vigorar acrescido do seguinte art. 126-A:

    Art.126-A. Nenhum servidor poder ser responsabilizado civil, penalou administrativamente por dar cincia autoridade superior ou, quan-do houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade compe-tente para apurao de informao concernente prtica de crimes ouimprobidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrncia doexerccio de cargo, emprego ou funo pblica.

    Art. 45. Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios,em legislao prpria, obedecidas as normas gerais estabelecidas nestaLei, definir regras especficas, especialmente quanto ao disposto no art.9o e na Seo II do Captulo III.

    Art. 46. Revogam-se:I - a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005; eII - os arts. 22 a 24 da Lei n o 8.159, de 8 de janeiro de 1991.Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias aps a

    data de sua publicao.Braslia, 18 de novembro de 2011; 190o da Independncia e

    123o da Repblica.

    APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTOS ORGANIZA-

    CIONAIS

    COMPORTAMENTOS ORGANIZACIONAIS Amanda C. Ribeiro e MarianaCadore COMPORTAMENTOS ORGANIZACIONAIS Formalismo: atua naspessoas de forma padronizada e comportamento estabelecido por outros,sendo este um superior;

    Impessoalidade: no so as pessoas que se relacionam entre si, mas sim

    os cargos e funes que se comunicam;

    Profissionalismo: as pessoas tm que ser especializadas em determinadascarreiras; Modelos organizacionais: Organizaes contemporneas:As organizaes esto cada vez mais motivando seus colaboradores.Os resultados empresariais mostram que com isso h mais satisfao emseus clientes.

    A globalizao da economia imps modelos na gesto das organizaesque traz maior participao e autonomia dos colaboradores.

    Atualmente as empresas dependem da inovao para prosseguir no mer-cado, sendo esta uma contribuio humana. Para isso, o processo educa-cional tem que, no s compreender o desenvolvimento humano mas sim

    entender suas habilidades, para assim entender a organizao como umsistema aberto. APRENDIZAGEM Segundo Mednick (1973) Aprendizadono ambiente familiar: De acordo com Lenhard (1985), a famlia monopolizaas possibilidades de experincia da criana, que varia conforme os costu-mes onde ela vive.

    O desempenho escolar depende do nvel de conhecimentos que ela traz dolar. O que a criana quer depende do que v os outros quererem; a suavontade organiza-se em funo dos padres mentais da famlia. Podem-seobservar certas caractersticas: A aprendizagem decorre da pratica; Amudana produzida quase permanente; O processo resulta em mudanade comportamento; O processo de aprendizagem no diretamente obser-vvel; A aprendizagem no diretamente observvel: S possvel com-provar o sucesso da aprendizagem quando o indivduo exerce a atividade

    para a qual foi treinado. A prtica: Permanncia do comportamento adquiri-do: Mudana de comportamento: S se aprende aquilo que se praticourepetidamente at alcanar

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    o nvel desejado de percia. A permanncia de um novo comportamentoest diretamente relacionada permanncia da recompensa da decorren-te. A aprendizagem apenas uma das variveis que influenciam o desempenho.Nem toda a alterao de comportamento corresponde a umaaprendizagem. Ao contrrio, a aprendizagem que ser observada pormeio da mudana de comportamento. Aprendizado no ambiente escolar:Segundo Enguita (1989), a escola realiza um tipo de preparao para otrabalho que a famlia no capaz de fazer. Atualmente experimentam-semudanas nas formas de legitimar o poder e de controlar equipes, tornan-

    do-as mais participativas.

    O modelo educacional da Revoluo Industrial est ultrapassado, visto quese baseia na obedincia cega e na padronizao em oposio criativida-de. Esforo nesse sentido foi feito por Carl Rogers, defensor de uma a-prendizagem centrada na pessoa. Para ele, a boa aprendizagem ocorrequando esto presentes as seguintes condies: Autenticidade do profes-sor: deve ser uma pessoa coerente e transparente; Aceitao e compreen-so: aceitar os alunos como so, e no como gostaria que fossem; Recur-sos disponveis: deve expor seu conhecimento e experincia da disciplina;Motivo fundamental: o bom aprendizado ocorrer quando o professordesenvolver uma relao que permita aos alunos tomarem conhecimentodos reais problemas de suas vidas. A socializao dos indivduos:

    Geralmente tem incio no seio da famlia, na escola e instituies sociaismuito presentes na vida das pessoas. Por isso fundamental entendercomo elas intervm no processo de aprendizagem comportamental. Com-portamento InovadorO ambiente organizacional tem que ser favorvel para possvel inovao,importncia da atitude de aprendizado, liderana, trabalho em equipe,comunicao participativa e prazer em realizar o trabalho. Obstculos aocomportamento inovador As pessoas que no tm domnio de conhecimen-tos relacionados ao seu trabalho, dificilmente ter comportamento inovador.So pessoas que no cultivam o habito de pensar e preferem soluesprontas, ou que sofrem de bloqueio mental diante da opinio o lder. Arealizao de um trabalho estrutura alienada um fator essencial na forma-o de comportamentos motivados exclusivamente por ganhos financeiros.

    Uma educao voltada para especializao tecnolgica produz profissio-nais alienados em relao ao todo da organizacional. Alienao e compor-tamento organizacional: O lder como educador As empresas esto inves-tindo cada vez mais em capital intelectual, para com isso atrair e preservaro conhecimento, assim adquirindo novas inovaes por meio da criativida-de.

    Ensinar promover condies para que os conhecimentos sejam constru-dos pelo aprendiz. O lder promove a construo do conhecimento e propedesafios, acompanha a realizao das tarefas, avalia criticamente.

    Para ensinar, o lder deve pensar certo, respeitando os saberes do lideradoe sua conscincia crtica, ao ensinar o lder dever partir do nvel de conhe-cimento em que se encontra o liderado.

    IMPORTNCIA DA COMUNICAO EFICAZ NO SCULO XXIFonoaudiloga Roberta,

    A comunicao, desde os primrdios, um instrumento de integrao,instruo, troca mtua e desenvolvimento entre as pessoas em quaisqueratividades realizadas. Com o passar dos tempos, este novo milnio vemexigindo cada vez mais das peculiaridades e capacitaes do ser humano,sendo a forma como nos comunicamos a ferramenta mais importante noprocesso de expanso das organizaes em todo o mundo.

    A partir da primeira metade dos anos 90 o contexto social mercadolgico

    passou por incrveis mutaes, em decorrncia das mudanas sociais,polticas e econmicas. A globalizao, essa transformao social maciana realidade capitalista, acirrou a competitividade entre as corporaes, etambm entre as pessoas, procura de estabilidade financeira e mercantil.

    Neste sentido, a sociedade globalizada atual demanda que o profissional

    atue cada vez mais em equipe e transparea naturalidade, segurana,persuaso, credibilidade e fidedignidade, levando as empresas a oferecermais transparncia na prestao de servio.

    Um outro efeito deste processo macroeconmico a necessidade desegurana na transmisso de informaes a clientes e parceiros, dado ainsegurana geral em que vivemos. Para tanto, a contratao de profissio-nais exige que estes sejam cada vez mais especializados em comunicao,capaz de realizar mediaes entre diferentes pblicos internos e externos

    respondendo as expectativas da assistncia, de uma forma objetiva ecoerente.

    A pluralidade mercadolgica, a competitividade social, a busca acirradapelo desenvolvimento de produtos e marcas com qualidade e funcionalida-de respondendo as expectativas de consumo, necessita de profissionaiscapacitados com um bom exerccio da comunicao, sendo este profissio-nal capaz de oferecer informaes reais que atendam as solicitaes doconsumidor o deixando altamente seguro do produto que adquiriu.

    Para tanto preciso investir em atualizao, ps-graduao, redefinirpolticas, estratgias e metas por parte da empresa, bem como recorrer aassessorias e consultorias por profissionais capacitados a diagnosticarfalhas, a gerenciar conflitos e a propor solues.

    Neste sentido, por meio de consultorias. assessoria e treinamentos, porexemplo, podemos conhecer o perfil comunicativo de determinada empresae traar um planejamento para desenvolver ou simplesmente lapidar ashabilidades comunicativas dos colaboradores em prol da credibilidade eefetividade nas relaes e negociaes da corporao.

    Por meio de consultorias, internas ou externas, levanta-se o perfil do contri-buinte, e as competncias que deveria possuir na rea de comunicao.Aps o diagnstico, trabalham-se os pontos falhos e potencializam-se ashabilidades comunicativas existentes em cada indivduo, que muitas vezesno so valorizadas no cotidiano sistmico em que este est inserido. Mas ser que atualmente este cuidado com as informaes e meios comu-nicativos de multimdia de grande massa realizado? Vejamos, quandovoc liga na central de atendimento ao consumidor daquele carto de

    crdito que adquiriu. Atende uma gravao, normalmente com uma vozfeminina, que oferece um menu de opes, no entanto, algumas vezes asopes no correspondem ao seu desejo, ento voc aguarda at a opofale com um dos nossos atendentes.

    Coloca-se em prtica um exerccio de pacincia e educao, afinal decontas, o consumidor deseja que todas as suas dvidas sejam sanadas pormeio de respostas rpidas. Mas no acaba por a, voc obrigado a escu-tar uma musiquinha e ficar com o telefone ocupado por alguns, quando nomuitos, minutos.

    Aps um tempo, o atendente informa o seu nome, menciona que a grava-o est sendo registrada e voc j prestes a explodir por ficar ao telefonecom pendncias outras a resolver, verbaliza sua insatisfao por algum

    servio prestado, ento o atendente diz que no pode resolver, que acentral no a responsvel por aquele tipo de informao e sugere queligue novamente e digite a tecla x. Neste momento sua pacincia foi parao espao! Voc j pagou por um produto, e sabe que ao invs de resolverseu problema a preocupao do atendente cumprir uma meta de ligaesque pouco tem haver com sua satisfao. No adianta nem explodir com oatendente, que em ltima anlise, menos que um parafuso nesta mquinade moer gente.

    Neste cenrio corriqueiro brasileiro, as empresas ainda pecam no atendi-mento, principalmente na ps-venda, esquecendo que o termo comunica-o significa colocar em comum, compartilhar informaes e ideias. Etodos aqueles valores, competncias, know how empresarial mencionado,alis, compartilhado, no momento do atendimento para a venda, no exis-tem mais. Sendo substitudos por insatisfao, falta de credibilidade e

    respeito.

    Por meio de estratgias comunicativas elaboradas conjuntamente por umaequipe transdisciplinar de profissionais da comunicao, pode-se propiciara integrao e motivao de todas as equipes; capacitar os participantes a

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    realizar boas apresentaes, de forma a elaborar e organizar o discurso deforma objetiva, com incio, meio e fim; fazendo uso da palavra de formalcita a identidade da empresa. Afinal de contas, saber O QUE falar toimportante como saber COMO falar.

    FIGURA 1 O processo da motivao.Motivo Comportament

    o(tenso)

    Necessidadehumana

    importante conscientizar as empresas sobre a importncia da comunica-o emptica e natural, seja atravs das palavras, seja atravs do corpo;demonstrar posturas, formas de apresentao e vestimentas adequadas a

    por exemplo,desejo deprosperar

    (atividade)estudar,

    aprender

    (reduo datenso)

    auto-realizao

    cada contexto, desta forma, se obtm o equilbrio entre pensamento, fisio-

    logia corporal e coerncia ao contexto situacional. Afinal de contas, todosos funcionrios so a imagem de uma empresa, mesmo aqueles que norealizam o atendimento direto ao cliente.

    A comunicao empresarial advm com mltiplas estratgias comunicati-vas, com viso e ao transdisciplinar, a qual objetiva a maximizao dainformao, sendo esta congruente com os valores, viso e misso daempresa, bem como com as estratgias, planejamentos e aes daquelesque compe a corporao. Neste sentido h a ecloso da comunicaoeficaz, principal ferramenta inter-relacional entre funcionrios, clientes,fornecedores e parceiros nos processos de negociao.

    A comunicao no sculo XXI deve ser concebida de forma holstica, sendouma ferramenta estratgica de suporte administrativo para quaisquer seto-res da empresa. esta comunicao a maior aliada ausncia de erros econflitos empresariais considerada em extino. A responsabilidade poroferecer uma boa informao e instruo de ao deve ser incorporada ehomognea, por todos os funcionrios de uma organizao, instituio oucorporao. Afinal de contas ficar horas ao telefone esperando por respos-tas medocres e insatisfatrias no o que voc deseja, no mesmo?

    MOTIVAO: TEORIA E PRTICAPatrick J Montna

    Hierarquia das necessidades: Os cinco nveis diferentes de necessida-des individuais identificados por Abraham H. Maslow em sua teoria damotivao so: fisiolgico, de segurana, social, de estima (ou do ego) eauto-realizao.

    Motivao: Processo de estimular um indivduo a empreender ao querealizar uma meta desejada.

    Teoria das expectativas: Teoria da motivao desenvolvida por VictorVroom que tenta explicar o comportamento em termos dos objetivos doindivduo ou de suas expectativas de realiz-los.

    Teoria dos dois fatores ou de Teoria da motivao formulada por Fre-derick Herzberg motivao e higiene e que afirma que todos os fatoresrelacionados ao trabalho podem ser agrupados em uma dentre duas cate-gorias: os fatores higinicos, que no produzem motivao, mas podemimpedi-la, e os fatores de motivao, que podem estimular a motivao.

    Satisfao no cargo: Atitude e impresso geral de um indivduo sobreseu trabalho.

    A teoria e a prtica da motivao h muito fazem parte de nossa vida.Indivduos altamente motivados podem resultar em aumentos substanciaisna produtividade e na satisfao no trabalho, alm de considervel reduono absentesmo, nos atrasos, queixas e assim por diante. Por isso, importante que compreendamos algumas teorias bsicas da motivao eque, ao mesmo tempo, sejamos capazes de aplicar algumas.

    No processo de motivao, as necessidades no satisfeitas geramtenso, que produz estmulos que provocam comportamento ou atividadevoltada a satisfazer a necessidade humana de reduzir a tenso. Esseprocesso ilustrado na Figura 1. A motivao pode ser descrita como oprocesso de estimular um indivduo para empreender ao que conduza satisfao de uma necessidade ou realizao de uma meta desejada.

    No curso dos anos surgiram muitas teorias da motivao. A teoria tra-

    dicional da motivao, que evoluiu a partir do movimento da AdministraoCientfica na virada do sculo XIX para o sculo XX, baseia-se na premissade que o dinheiro o principal motivador. Se a recompensa financeira forsuficientemente grande, os trabalhadores produziro mais. Desse modo, asrecompensas financeiras devem estar diretamente relacionadas ao desem-penho.

    Para comear, gostaramos que voc fizesse o exerccio apresentado aseguir, chamado Fatores que me motivam. Assinale os seis itens da listaque voc acredita serem OS mais importantes em sua motivao para vocrealizar melhor o seu trabalho. Isso deve lhe tomar aproximadamente cincominutos.

    FATORES QUE ME MOTIVAM

    Assinale com um X os seis itens da lista abaixo que voc considera osmais importantes para motiv-lo a realizar melhor seu trabalho.

    1. Estabilidade no emprego2. Respeito por mim como pessoa3. Perodos adequados de descanso ou pausas para caf4. timo salrio5. Boas condies fsicas de trabalho6. Oportunidade de realizar trabalho de qualidade

    7. Bom relacionamento com os colegas de trabalho8. Ter um jornal local dos funcionrios9. Oportunidade de promoo10. Oportunidade de fazer um trabalho interessante11. Aposentadoria e outros benefcios12. No ter de trabalhar demais13. Saber o que est acontecendo na organizao14. Sentir que meu trabalho importante15. Ter um conselho de funcionrios16. Ter uma descrio do cargo por escrito17. Meu chefe me dizer quando fao um bom trabalho18. Receber uma avaliao de desempenho19. Participar de reunies de assessoria20. Concordar com os objetivos da organizao21. Oportunidade de autodesenvolvimento e crescimento22. Planos justos de frias23. Saber que serei orientado se fizer um trabalho ruim24. Trabalhar sob estreita superviso25. Grande autonomia no trabalho (chance de trabalhar sem

    superviso direta)

    Um entendimento bsico das teorias da motivao pode ser til aosgerentes em sua tentativa de motivar as pessoas em suas organizaes.Consequentemente, apresentaremos detalhadamente vrias teorias quepossuem relevncia e aplicao para o cargo de gerente e resumiremosalgumas das mais populares dos ltimos anos.

    Lembre-se

    Motivao um processo de estimular um indivduo a empreender

    ao que realize um objetivo desejado. Existiram muitas teorias damotivao, e uma das mais antigas a teoria tradicional baseada napremissa de que o dinheiro o principal motivador.

    TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW

    Provavelmente o modelo de motivao mais difundido seja o estudo deAbraham H. Maslow. De acordo com Maslow, apenas as necessidadesinsatisfeitas so fontes primordiais de motivao. Isso quer dizer queapenas quando voc sentir fome voc ir comprar, cultivar ou dependendo do tamanho ou durao de sua fome at roubar comidapara satisfazer a necessidade fisiolgica primitiva de sobreviver. Da mesmamaneira, apenas quando tiver um desejo intenso de prosperar vocestudar e aprender o mximo possvel para satisfazer essa ambio.

    Maslow sugeria existir cinco sistemas de necessidade responsveis

    pela maior parte de nosso comportamento. Ele colocou esses sistemas emuma hierarquia que ia das mais primitivas e imaturas em termos docomportamento que promovem at as mais civilizadas e maduras. AFigura 1 retrata a hierarquia de Maslow com os cinco nveis de

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    necessidades: sobrevivncia; proteo ou segurana; ato de pertencer;estima e, finalmente, auto-realizao.

    Segundo Maslow, existe uma tendncia natural na qual os indivduosse tornam conscientes de cada uma dessas necessidades, sendomotivados por elas em ordem ascendente. A elevao na hierarquia deMaslow pode ser comparada a subir uma escada um degrau de cada vez; apercepo do degrau seguinte pressupe a superao bem-sucedida dodegrau anterior. O nvel mais baixo, que consiste nas necessidadesfisiolgicas, reflete a preocupao do indivduo com a sobrevivncia. Emseguida, passamos para o degrau da segurana, que reflete nossapreocupao com a segurana e em evitar ferimentos. O terceiro degraurepresenta as necessidades de pertencer, o desejo normal do ser humanode ser aceito e considerado pelos outros. O quarto o nvel dasnecessidades de estima que motiva a pessoa a contribuir ao mximo comos esforos do grupo em troca das muitas formas de recompensa que oreconhecimento pode assumir. O degrau mais alto na escada o dasnecessidades de auto-realizao, que so satisfeitas quando o indivduoconsegue experimentar uma sensao de crescimento e realizaopessoal, de satisfao e conquista por meio da ao.

    Figura 2 Necessidades e estmulos. A seo A mostra a teoria dahierarquia das necessidades de Maslow. A B mostra a relao entre ateoria de Maslow e a de Herzberg, que se concentrava nos estmulos em

    termos de sua relao com o local de trabalho. Como se pode ver,Herzberg achava que as necessidades de nvel superior identificadas porMaslow serviam para motivar o desempenho no trabalho; que asnecessidades de nvel inferior, ou bsicas, agiam como fatores higinicos,talvez de insatisfao; e que a necessidade de pertencer ora podiafuncionar como um fator motivador, ora como um fator de insatisfao.

    Maslow no queria dizer que toda necessidade sempre recebe

    satisfao completa. Ao contrrio, ele acreditava que preciso algum graumnimo de satisfao antes que a necessidade deixe de preocupar oindivduo excluso de necessidades mais elevadas. Uma vez alcanadoesse ponto, a pessoa ficar livre para sentir as tenses associadas ao nvel

    seguinte na hierarquia e experimentar um novo conjunto decomportamentos destinados a satisfazer a nova necessidade.

    Lembre -se

    A teoria da hierarquia das necessidades de Maslow sugere queexistem cinco sistemas de necessidades responsveis pela maior parte denosso comportamento. Ele dispunha esses sistemas em uma hierarquiaque ia do mais primitivo e inovador em termos do comportamento quepromovem at o mais amadurecido. Esses sistemas de necessidades

    partem dos fatores fisiolgicos ou mais primitivos para as necessidades desegurana, ato de pertencer, estima e auto-realizao, nessa ordem.

    A TEORIA DOS DOIS FATORES OU DA MOTIVAO-HIGIENEFrederick I. Herzberg adotou uma abordagem um pouco diferente para

    a motivao. Maslow se preocupava com as fontes de motivao no senti-do da vida em geral, enquanto Herzberg se concentrava nas fontes demotivao que pareciam pertinentes ao trabalho e realizao no trabalho.Mesmo assim, as investigaes de Herzberg o levaram a concluir quenecessidades muito similares s sugeridas por Maslow estavam operandono contexto do trabalho.

    Herzberg basicamente descobriu que apenas os sistemas denecessidades que correspondem aos nveis de estima e auto-realizao deMaslow funcionam como fontes diretas de motivao para se trabalhar com

    eficcia. As necessidades de pertencer, segundo ele, so de certa formaligadas motivao para o trabalho, particularmente na rea das relaesentre supervisor e subordinado, e as questes extratrabalho relacionadascom as satisfaes pessoais. Essas necessidades de nvel superior nahierarquia de Maslow foram chamadas por Herzherg de motivadores.

    Os sistemas das necessidades inferiores, particularmente as que dizemrespeito s necessidades bsicas, fisiolgicas e de segurana, foramchamados por Herzberg de frustradores, em vez de fontes de motivaopara o trabalho. Ele acreditava que as necessidades de amor ficavam nainterseo entre ambos os grupos (veja a Figura 13.2B).

    Herzherg achava que os fatores de motivao do nvel superiorlevavam a comportamentos diretamente relevantes ao trabalho a serrealizado, enquanto os fatores de frustrao dos nveis inferiorespromoviam comportamentos voltados a questes perifricas ao trabalho emsi. Alm disso, Herzberg concluiu que, mesmo quando as necessidadesdos nveis inferiores so satisfeitas e, desse modo, de acordo comMaslow, deixassem de ser fontes de comportamento voltado para objetivos ainda assim no h razo para se esperar que as pessoas terodesempenho mais eficaz no trabalho. Por qu? Porque as necessidadesdos nveis inferiores frustradores funcionam principalmente comofatores higinicos, as necessidades que as pessoas supem que, em suamaior parte, sero atendidas. Um bom chefe e boas condies de trabalhoso exemplos de tais necessidades. Poucos gerentes e profissionaiscitariam essas condies como fatores que mais as motivam em umtrabalho. Mesmo assim, no momento em que o chefe ou as condies detrabalho se tornam uma preocupao principal, fatores como trabalhointeressante e oportunidade de promoo perdem seu poder de motivao,e o empregador se v em dificuldades. Em suma, o desempenho eficaz no

    trabalho depende da adequao tanto das necessidades motivadorasquanto das de higiene.

    Lembre-se

    A teoria dos dois fatores ou da motivao-higiene de Herzberg afirmavaque as necessidades bsicas que correspondem s necessidades desobrevivncia e segurana de Maslow funcionavam como frustradores, oufatores higinicos, no local de trabalho, enquanto as necessidades do nvelsuperior, de estima e auto-realizao eram fatores motivadores.

    FATORES DE MOTIVAO E DE DESESTIMULO NA SITUAO DETRABALHO (SEGUNDO HERZBERG)

    MOTIVADORES (DE SATISFAO)

    Trabalho em siResponsabilidade

    Realizao

    Reconhecimento

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    Promoo

    Crescimento

    FATORES HIGINICOS (DE INSATISFAO)

    Poltica e Administrao da Organizao

    Condies de Trabalho

    Relaes Interpessoais (com superiores, subordinados e colegas)

    Salrio

    Status

    Segurana no emprego

    Vida pessoal

    FATORES DE MOTIVAO: IGUAIS E DIFERENTES

    Por que entramos em tantos detalhes para explicar a teoria? Porqueisso ser importante quando voc pensar sobre as respostas que deu noexerccio chamado Fatores que me motivam. Quais os fatores querealmente o motivam? Voc deve lembrar-se de que fatores diferentespodem ter pesos diferentes conforme as vrias etapas de sua vida. Vamosdizer, por exemplo), que voc seja jovem, casado e tenha dois filhospequenos. Um bom salrio ser, sem sombra de dvida, uma consideraofundamental, mas a oportunidade de promoo pode ser ainda maisdecisiva se voc estiver pensando no futuro. Agora, suponhamos que aempresa para a qual voc trabalha foi fundida com outra e voc, um altoexecutivo de 56 anos de idade, tenha sido demitido. Voc ter de assumirum novo emprego. Certamente voc ter de sustentar a si e sua famlia,mas se olhar as coisas de modo realista perceber que provavelmente noconseguir igualar seu antigo status e seu salrio. Desse modo, possvelque, como alternativa, um trabalho interessante ou a autonomia no trabalhose tornem os principais motivadores para voc.

    Alm disso, quer se trate da realizao de metas pessoais ou de metasde carreira, a motivao auxiliada ou obstada pelas condies existentes,

    pelo ambiente no qual operamos. Por isso, no faria mais sentido procurarcondies, criar um ambiente no qual sejam dominantes os fatores que nosmotivam a realizar, em lugar dos fatores higinicos que mencionamos?

    Voc pode estar interessado em comparar o modo como classificou osfatores naquele exerccio com a classificao de outras pessoas. Comoficamos em relao norma, por assim dizer? Sabemos que no existeuma coisa do tipo um homem ou uma mulher medianos, mas s vezes ascomparaes so divertidas e esclarecedoras.

    Gordon Lippitt, que tem feito considerveis estudos nessa rea, pediu a6 mil gerentes que respondessem esse mesmo exerccio. E quais foram osresultados? Os gerentes assinalaram os seis itens seguintes da listaFatores que me motivam como os mais importantes em sua motivaopara realizar um trabalho melhor.

    2. Respeito por mim como pessoa4. timo salrio

    6. Oportunidade de realizar trabalho de qualidade

    14. Sentir que meu trabalho importante

    21. Oportunidade de autodesenvolvimento e crescimento

    25. Grande autonomia no trabalho

    Apresentamos a seguir um outro conjunto de resultados. Pedimos a500 executivos de nvel superior de diferentes empresas e agnciasgovernamentais, todos eles participantes de um programa universitrio dedesenvolvimento de executivos, para que respondessem o exerccio. Osresultados foram os seguintes:

    2. Respeito por mim como pessoa

    4.