050hidrodinamica_bernoulli
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5. HIDRODINÂMICA
5.1. PRINCÍPIO DE CONSERVAÇÃO DE
ENERGIA
Unidade Curricular: HidráulicaDocente: Prof. Dr. H. Mata‐Lima, PhD
(1(1ºº dia)dia)
Universidade da Madeira, 2010
2010 Copyright © by H. Mata‐Lima, PhDUniv. Madeira – http://dme.uma.pt/hlima
5‐2
5.1. Princípio de conservação da Energia: Teorema deBernoulli
• A velocidade de um fluído, geralmente, varia de ponto para ponto;
• A variação da velocidade duma porção da matéria está associada à acção deuma força (leis de Newton);
• A pressão no interior de um fluído em escoamento varia de ponto para ponto.As forças resultam essencialmente de diferenças de pressão;
• Para deduzir o teorema de Bernoulli (líquidos perfeitos): aplica‐se a 2ª lei deNewton a uma porção elementar de fluído (volume de controle) que ocupaparte de um tubo de corrente, no instante t .
amF er
v
= As forças exteriores que actuam sobre o volume de controle:
•Força da gravidade ou peso – G
•Forças que resultam da acção da pressão sobre a superfície de contornodo volume de controle (i.e forças normais e tangenciais)
Lei fundamental da dinâmica
5. Hidrodinâmica (Estudo de fluidos em movimento)
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5‐3
5.1. Teorema de Bernoulli: continuação
• Forças normais ‐
• Forças tangenciais ‐ τ (são nulas por se tratar de um fluído perfeito, i.e líquidoideal de compressibilidade e viscosidade nula)
Logo
amGr
rr
=+Π
As forças exteriores que actuam sobre o volume de controle:
•Força da gravidade ou peso – G
•Forças que resultam da acção da pressão sobre asuperfície de contorno do volume de controle (i.eforças normais e tangeciais)
•A força total sobre o volume de controle (porção dofluído) segundo a direcção do escoamento é:
Π
r
amF er
v
=
madAdss
p p pdAcosG =⎟
⎠
⎞⎜⎝
⎛ ∂∂
+−+− θ
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5.1. Teorema de Bernoulli: continuação
dt
dV mdAds
s
p p pdAcosdAds =⎟
⎠
⎞⎜⎝
⎛ ∂∂
+−+− θ γ
dAdsm ρ =Substituindo o m e dividindo a equaçã o por dAdsγ −
dt
dV
s
pcos
γ
ρ
γ θ −=
∂∂
+1
Sabe‐se também que:
ds
dzdzcosds =⇔= θ θ cos
⎟⎟ ⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛
∂∂
+∂∂
=∂∂
+∂∂
=2
2V
st
V V
s
V
t
V
dt
dV g
1=
γ
ρ
aceleração
Sendo ρ = m/ ∀ , então
Obtém‐se
dss
V dt
t
V dV
∂∂
+∂∂
=dt
dsV =
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5.1. Teorema de Bernoulli: continuação
Sabe‐se ainda que: constantessãogeγ
s
V
gdt
dV
gs
p
ds
dz
∂⎟⎟ ⎠
⎞
⎜⎜⎝
⎛
∂−−=
∂∂
+2111
2
γ
dt
dV
gs
g
V
s
p
ds
dz 12
2
−=∂
⎟⎟ ⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ ∂
+∂
⎟⎟ ⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ ∂
+γ
dt dV
ggV z p
s1
2
2
−=⎟⎟ ⎠ ⎞⎜⎜
⎝ ⎛ ++
∂∂
γ
Eq. Bernoulli
para líquidos perfeitos e
movimentos variáveis
é nulo para
regime permanente
Efectuando as substituições obtém‐se:
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5.1. Teo. Bernoulli: Regime Permanente
Os termos da equação têm o seguinte significado:
z – cota geométrica (vertical) acima de um plano horizontal de referência (m). O z é aenergia de posição por unidade de peso do líquido.
– altura piezométrica (m). É a energia de pressão por unidade de peso do líquido.
– cota ou carga piezométrica (m).
– altura cinética (m). É a energia cinética por unidade de peso.
02
2
=⎟⎟ ⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ ++
∂∂
g
V z
p
s γ
Para líquidos perfeitos e movimentos permanentes a energia mecânica total por unidade de peso do líquido (H ) é constante ao longo da cada trajectória. H é também designado por carga total.
⎟⎟ ⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ ++=
g
V z
p H
2
2
γ
⎟⎟ ⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ + z p
γ
⎟⎟ ⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛
g
V
2
2
⎟⎟ ⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛
γ
p
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5.1.1. Linha piezométrica e Linha de energia (ou cargatotal): líquidos perfeitos
Nota:
Os líquidos perfeitos têmviscosidade nula. Logo, nãoexistindo atrito entre o líquido e afronteira sólida, a energia (ou cargatotal) mantém‐se constante.
Consulte também a explicação que consta de Massey (2002:178‐179).
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5.1.2. Aplicações Simples da Equação de Bernoulli
(continuação)
TUBO DE PITOT
O tubo d e p ito p od e ser usad o
pa ra m edir a velocidade emcanais naturais (rios) ouartific iais.
A velocidad e do esco ame nto
é obt ida a través da eq uaçã o:
g
V
gV
g
ph
22
122
=== ρ
ρ
ρ
ΔghV 2=
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5.1.2. Aplicações Simples da Equação de Bernoulli(continuação)
MEDIDOR DE VENTURIPermite a medição de caudal do escoamentode fluídos.
É um dispositivo constituído por uma porçãode tubagem convergente, seguida de umasecção (AB) curta de diâmetro constante(garganta) a qual se segue uma porção detubagem divergente (ver Figura).
2
2
2
2
22 B
B B
A
A A
gA
Q
z
p
gA
Q
z
p
++=++ γ γ
( ) 1
22 −
= B A
Aideal A / A
hg AQ
Δ
g
U z
p
g
U z
p B B
B A A
A
22
22
++=++γ γ
B B A A AU AU Q ==
( )( )hg
A A
A AC Q
B A
B Ad real Δ2
22=
C d – coeficiente de descarga (≈ 0,98).
A variação da cota piezométrica entre os pontos A e Bpode ser obtida directamente através do manómetrodiferencial e é igual a Δh (é o valor registado no
medidor e não deve ser confundido com a diferençade cotas no manómetro). A equação que usa adiferença de cota no manómetro é dada porQUINTELA (2005: 95).
B A H H =
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5.1.2. Aplicações Simples da Equação de Bernoulli(continuação)
ESCOAMENTO ATRAVÉS DE ORIFÍCIO DE BORDO AGUÇADO
Reservatório de grandes dimensõescom escoamento através de umorifício lateral.
Qual será a velocidade doescoamento através do orifício?
O que poderá o teorema deBernoulli para escoamento
permanente de líquidos perfeitosfazer por nós nessa situação?
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5.1.2. Aplicações Simples da Equação de Bernoulli(continuação)
ESCOAMENTO ATRAVÉS DE ORIFÍCIO DE BORDO AGUÇADO: dedução da
velocidade no ponto 2 a partir da Equação de Bernoulli
21 H H =
gH V ideal 2=
g
V z
p
g
V z
p
22
2
22
2
2
11
1 ++=++γ γ
Hipóteses simplificativas:
•admitindo pressões relativas: p1 e p2 sãonulas
•reservatório de grandes dimensões, logo V 1é nula.
g
V z z
2
2
221 =−
21 z z H −=Nota:
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5.1.2. Aplicações Simples da Equação de Bernoulli
(continuação)
ESCOAMENTO ATRAVÉS DE ORIFÍCIO DE BORDO AGUÇADO: dedução
da velocidade no ponto 2 a partir da Equação de Bernoulli
O tempo de esvaziamento do reservatório(t ER) de secção constante.
Obtenha a expressão da velocidade àsaída do orifício considerando o ponto
1 no interior do líquido do reservatório.
H g AC
St od
R ER
22=
Legenda:
S R – área da superfície livre da água [m2]
Ao – área do orifício [m2]
H – carga hidráulica ou altura da água acima doorifício [m].
C d – coeficiente de descarga [ ‐ ]
SR
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5.1.2. Aplicações Simples da Equação de Bernoulli(continuação)
ESCOAMENTO ATRAVÉS DE ORIFÍCIO DE BORDO AGUÇADO: dedução da velocidade no ponto 2 a partir da Equação de Bernoulli
21 H H =
gH V ideal 2=
g
V z
p
g
V z
p
22
2
22
2
2
11
1 ++=++γ γ
Hipóteses Simplificativas:
• z 2 coincide com o plano de referência ( z 2 = 0)
• pressões relativas: p2 é nula
•reservatório de grandes dimensões e ponto 1 afastado do orifício, logo V 1 é desprezável.
g
V z
p
2
2
21
1 =+γ
( )11 z H p −= γ Fórmula de Torricelli
= H
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5.1.2. Aplicações Simples da Equação de Bernoulli (continuação)
ESCOAMENTO ATRAVÉS DE ORIFÍCIO DE BORDO AGUÇADO: cálculo da velocidade à saída do orifício
NOTAS IMPORTANTES:
• a análise anteriormente efectuada despreza os efeitosda viscosidade (atrito) e de tensão superficial;
• a equação da velocidade deduzida {V = (2gH )0.5}corresponde à velocidade ideal;
• A velocidade real observada na secção de saída éligeiramente inferior e deverá ser expressa pelaequação:
gH AC Q od 2=o
real A
QV =
Q – caudal ou Vazão, descarga total ou ainda o débito (m3/s); C d – coeficiente dedescarga (varia de 0 a 1); Ao – área do orifício (m2).
Nota:
•Orifícios de bordoaguçado – C d varia de0,97 a 0,99;
•Orifício sem bordoaguçado – C d ≈ 0,62
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5.1.2. Aplicações Simples da Equação de Bernoulli(continuação)
ESCOAMENTO ATRAVÉS DE ORIFÍCIO SUBMERSO: dedução da velocidade a partir da Equação de Bernoulli
Questões:
1)Qual será a velocidade do escoamentoatravés do orifício submerso?
2) Em que medida a Equação de Bernoullipoderá nos acudir? ☺
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5.1.2. Aplicações Simples da Equação de Bernoulli(continuação)
ESCOAMENTO ATRAVÉS DE ORIFÍCIO SUBMERSO: dedução da velocidade a partir da Equação de Bernoulli
21H H =
( )212 hhgV −=
g
V z
p
g
V z
p
22
2
22
2
2
11
1 ++=++γ γ
Simplificativas:
• z 2 coincide com o plano de referência ( z 2 = 0)
•as pressões: p1 e p2 correspondem à γ h
•reservatório de grandes dimensões e ponto 1afastado do orifício, logo V 1 é desprezável.
gV hh2
2
221 +=
11
1 z p
h +=γ
Nota:
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5‐17
5.1.3. Aplicações da Equação de Bernoulli ao Casode Líquidos Reais
Líquido Real: consideram-se os efeitos da viscosidade (atrito). A
viscosidade não é desprezada como no caso de líquidos perfeitos.
Quando se tratam de FLUFLUÍÍDOS REAISDOS REAIS o trabalho realizado pelas forças resistentes no sentido do movimento causa a diminuição da carga totalH (energia mecânica) ao longo da trajectória.
A equação que representa o teorema de Bernoulli para líquidos reais emEscoamento Permanente será:
J g
V z
p
s−=⎟⎟
⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ ++
∂∂
2
2
γ
Tradução da equação:
A variação da carga H (linha de energia) por unidade de percurso é igual ao
trabalho realizado pelas forças resistentes por unidade de peso do líquido e
por unidade de percurso ( J ).
O sinal negativo servepara elucidar que a carga(H) diminui ao longo dopercurso (i.e. H diminuiquando o s aumenta).
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5‐18
5.1.3. Aplicações da Equação de Bernoulli ao
Caso de Líquidos
Reais
J g
V z
p
s−=⎟⎟
⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ ++
∂∂
2
2
γ
Observações relevantes:
• J é a perda de carga por unidade de percurso (sobejamente conhecidacomo a perda de carga unitária) e é adimensional;
• No caso de líquidos reais o H 1 ≠H 2 (devido ao efeito da viscosidade) –
Válida apenas para
Escoamento permanente
∫=−2
121 Jds H H
Importa alertar para o facto de que, em regime variável, a Eq. Bernoulli para líquidos reais é:
J dt
dV
gg
V z
p
s−−=⎟⎟
⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ ++
∂∂ 1
2
2
γ
Não é nuloem regime Permanente erepresenta a variação naunidade de tempo daquantidade de movimentopor unidade de peso delíquido.
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5.1.3. Aplicações da Equação de Bernoulli
J g
V z
p
s−=⎟⎟
⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ ++
∂∂
2
2
γ
LÍQUIDOS PERFEITOS
02
2
=⎟⎟ ⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ ++
∂∂
g
V z
p
s γ
21 H H = 21 H H ≠
LÍQUIDOS REAIS
H21 Δ+= H H
constante decrescente
Consulte também a explicação que consta de Massey (2002:178‐179).
5. HIDRODINÂMICA
5.1. PRINCÍPIO DE CONSERVAÇÃO DE
ENERGIA
Unidade Curricular: HidráulicaDocente: Prof. Dr. H. Mata‐Lima, PhD
(2(2ºº dia dia -- continuacontinuaçção)ão)
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5.1.4. Generalização do Teorema de Bernoulli paratubos de fluxo
Num tudo de fluxo em movimento uniforme, como ilustra a figura:
AU
dAV A
3
3∫
=α
Há que definir uma única linha de energia que corresponda ao escoamento na
secção completa do tubo de fluxo. Para tal é necessário:
a)Definir o coeficiente de energia cinética (ou de Coriolis) α como a relação entre aspotências cinéticas referentes ao escoamento real e ao escoamento fictício
1. Em escoamento permanente as trajectórias daslinhas de corrente são paralelas entre si;
2. Há uma linha piezométrica comum às diferenteslinhas de corrente em cada secção transversal;
3. A linha de energia (LE), também designada porlinha de carga, é diferente para cada trajectória(1, 2, …, 5) visto possuírem velocidadesdiferentes.
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5.1.4. Generalização do Teorema de Bernoulli paratubos de fluxo (cont.)
g
U
Q
dAg
V
A
2
22
3
α γ
γ
=∫
b) Ter em atenção que a energia cinética por unidade de peso de líquido(i.e. altura cinética) que atravessa uma dada secção corresponde aoquociente entre a potência cinética e o peso do líquido que na unidade detempo atravessa a secção
J g
V z
p
s−=⎟⎟
⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ ++
∂∂
2
2
γ
Portanto para obter o teorema de Bernoulli generalizado para um tubo de fluxo, na
equação
o termo ⎟⎟ ⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛
g
V
2
2
é substituído porg
U
2
2
α vindo:
J g
U z
p
s−=⎟⎟
⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ ++
∂∂
2
2
α γ
Teorema de Bernoulli generalizado para um tubo de fluxo.
U – é a velocidade média em cada secção.
Se pretender aprofundar esseassunto deverá consultar, porexemplo, QUINTELA (2005: 92‐93).
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5‐23
5.1.4. Teorema de Bernoulli Generalizado
J – perda de carga unitária [m/m];
U – velocidade média do escoamento [m/s];α – coeficiente de Coriolis (ou coeficiente
de energia cinética) [ ‐ ].
J g
U z p
s−=⎟⎟
⎠ ⎞⎜⎜
⎝ ⎛ ++
∂∂
2
2
α γ
Notas importantes sobre o coeficiente de Coriolis (α):
O α é igual a unidade (α = 1,0) quando o regime do escoamento é uniforme
O α é igual a dois (α = 2,0) quando o regime do escoamento é laminar. Porquê?
O α é próximo de unidade (α = 1,1) quando o regime do escoamento é turbulento.
Nota Final:
Para condições frequentes de escoamentos em condutos, o valor de α é próximo deunidade (α ≅ 1);
Nas aplicações de hidráulica iremos considerar sempre que o α = 1,0 salvo indicação
em contrário. O valor 1,0 significa que se considera existir uma U única na secção i.e.ignora‐se o diagrama de variação das velocidades admitindo uma U média para todaa secção.
Regime Permanente
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5‐24
5.1.4. Teor. Bernoulli Generalizado (cont.)
J g
U z
p
s−=⎟⎟
⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ ++
∂∂
2
2
α γ
onde: o J representa a perda de carga unitária (por unidade de percurso) [m/m] e variade acordo com o material do conduto.
Para obter a perda de carga total (ΔH ) do escoamento ao longo de um condutohomogéneo e de diâmetro uniforme bastará multiplicar o J pelo comprimento (L) totaldo conduto: ΔH = J.L
⎟⎟ ⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ ++=
g
U z
p H
2
2
α γ
Líquido em repouso Conduto com escoamento na secção de saída
A perda de carga que vimos até ao momento corresponde a Perda de Carga Contínua ( J.L)
H 1
H 2m/m00 , J =
⎟ ⎠
⎞⎜⎝
⎛ −=
L
H H J 21
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5‐25
5.1.4. Teor. Bernoulli Generalizado (cont.)
Sem escoamento Conduto com escoamento na secção de saída
A perda de carga que vimos até ao momento corresponde a Perda de Carga Contínua ( J.L)
⎟ ⎠
⎞⎜⎝
⎛ −=
L
H H J 21
H2
H1
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5‐26
5.1.5. Notas sobre Regime Permanente
Escoamentos em Regime Permanente (sob pressão ou com superfície livre):
o caudal é constante na secção considerada;
considera‐se que o escoamento ao longo de troços cilíndricos (sem consumo oucontribuição no percurso) é uniforme e o J é constante;
as perdas de cargas em regime permanente nas instalações hidráulicas podem sercontínuas (resultam do atrito entre o fluído e o material do conduto) e localizadas
(em geral, resulta da existência de singularidades, tais como transições de uma secçãode escoamento para outra, curvas, cotovelos, válvulas, derivações, etc.);
o Reg. Permanente em instalações sob pressão inclui:
i) escoamento uniforme – ao longo de troços cilíndricos de secção constante semperda ou ganho de caudal. A linha de energia é rectilínea e paralela à linha
piezométrica o que implica U 2/2 g constante;
ii) esoamento gradualmente variado – nos troços de conduto com variação gradualde secção ou com trocas de caudal com o exterior;
iii) escoamento rapidamento variado – ocorre junto de singularidades onde severificam curvaturas acentuadas das linhas de corrente.
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4‐27
REFERÊNCIAS
Massey, B. (2002). Mecânica dos Fluídos, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Quintela, A. (2005). Hidráulica, 9ª Edição, Fundação Calouste Gulbenkian,Lisboa.