05 ppp iii historia

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    PESQUISAE

    PRTICAPEDAGGICA III

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    SumrioSumrioSumrioSumrioSumrio

    HISTRIAE CIDADANIA

    O CURRCULOE PLANEJAMENTODE ENSINO

    PESQUISAE PRTICA PEDAGGICA

    Prtica Pedaggica na Formao do EducadorInstrumentos de PesquisaHistria e CidadaniaAtividades ComplementaresAtividade Orientada

    GlossrioReferncias Bibliogrficas

    Parmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental (3 e 4 ciclos)Atividades Complementares

    Currculo e os Processos de Ensino e AprendizagemEtapas de Planejamento Curricular

    0 70 70 70 70 7

    0 70 70 70 70 7

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    Pedaggica III

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    Apresentao da Disciplina

    Caro(a) educando(a),

    Estamos iniciando os nossos estudos de Currculo ePlanejamento de Ensino que tem como objetivo geral analisar odesenvolvimento do processo de transformao e renovao docurrculo e planejamento, num contexto crtico e reflexivo.Evidenciaremos o percurso scio-histrico, do auge daindustrializao, no incio do sculo XX at a ps-modernidade.Abordaremos tambm o estudo do desenvolvimento educacional dos

    processos ensino e aprendizagem, prticas educativas, principaistericos, etapas do planejamento curricular e os fundamentos dosParmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental II (3e 4 ciclos).

    Essa disciplina possui 36 horas e encontra-se dividida em doisblocos temticos, sendo que cada bloco trabalhado em quatrosemanas.

    O primeiro bloco temtico intitula-se Currculo e Planejamentode Ensino e ser desenvolvido a partir dos temas O currculo e osprocessos de ensino e aprendizagem, As etapas do planejamentocurricular e Fundamentos dos Parmetros Curriculares Nacionaisdo Ensino Fundamental (3 e 4 ciclos).

    No segundo bloco temtico enfocaremos A pesquisa e aprtica pedaggica estudando os seguintes temas: A prticaPedaggica na Formao do Educador e Os Instrumentos dePesquisa.

    Todo material didtico dessa disciplina foi organizado com afinalidade de assegurar a potencializao da sua aprendizagem. Porisso, leia, atentamente, todos os textos e realize as atividadespropostas, a fim de obter aproveitamento excelente nesse mdulodisciplinar.

    A vida nos proporciona desafios para enfrentarmos evencermos os obstculos e, assim, conquistarmos o sucesso.

    Para tanto, por maior que sejam os desafios: no desista dosseus objetivos.

    Desejamos muita compreenso, persistncia e realizao nacontinuidade dos seus estudos!

    Prof. Nildete Costa da Mata dos Reis

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    HISTRIAE CIDADANIA

    Currculo e os Processos de Ensino e Aprendizagem

    O CURRCULOEO PLANEJAMENTODE ENSINO

    Neste tema abordaremos o currculo, dando nfase importncia do mesmo noplanejamento dos processos ensino e aprendizagem.

    Assim, o termo currculo surge no mbito da literatura educacional no incio do sculoXX, no auge da industrializao. Na atualidade ele vem assumindo lugar de destaque noconhecimento pedaggico, pois est sendo instrumento para o desenvolvimento do processode permanncia, transformao e renovao dos conhecimentos historicamente acumuladose para socializar crianas, jovens e adultos dentro de um contexto que engloba os valores

    tidos como desejveis.

    Introduo:

    ENTOENTOENTOENTOENTO, EM QUE V, EM QUE V, EM QUE V, EM QUE V, EM QUE VALALALALALORES EDUCAR?ORES EDUCAR?ORES EDUCAR?ORES EDUCAR?ORES EDUCAR?

    Muitos acreditam que o que se deve fazer transmitir

    habilidades tcnicas para que o indivduo possa se defender na vida,e a estas poderamos acrescentar algumas habilidades sociais quepermitam adquirir boas relaes e contactos rentveis. Esse tipode habilidades bastaria para alcanar, em ltima instncia, o bem-

    possivel uma educao em valores? possivel uma educao em valores? possivel uma educao em valores? possivel uma educao em valores? possivel uma educao em valores?PPPPPode-se educar em funo do corode-se educar em funo do corode-se educar em funo do corode-se educar em funo do corode-se educar em funo do corrrrrretoetoetoetoeto, do tr, do tr, do tr, do tr, do traaaaabalhobalhobalhobalhobalho

    honestohonestohonestohonestohonesto, do bem, daquilo que se de, do bem, daquilo que se de, do bem, daquilo que se de, do bem, daquilo que se de, do bem, daquilo que se devvvvve fe fe fe fe fazazazazazererererer.....

    Quem pode ou deve educar em valores?Quem pode ou deve educar em valores?Quem pode ou deve educar em valores?Quem pode ou deve educar em valores?Quem pode ou deve educar em valores?

    O educador tem, nesse sentido, um papel irrenuncivel. Papel que no se deveconfundir com o pessoal e prximo dos pais, ou o teraputico do psiclogo, mas que deveficar no terreno da reflexo crtica que busca o nvel da universalizao, dos princpios, dojuzo moral e da autonomia.

    Sem dvida, muitos mbitos da sociedadetm essa possibilidade, a comear pelos grandesmeios de comunicao, capazes de criar modas emodos de vida e pensamento. Mas, possivelmente,a obrigao estrita (no diluda no que chamamossociedade e socializao) seja dos pais eeducadores (os professores-educadores, paradistingui-los de outros que tambm possam

    desempenhar esse papel, em seus diferentesmbitos).

    tica

    tica

    tica

    tica

    tica

    CidadaniaCidadaniaCidadaniaCidadaniaCidadania

    Respeito Respeito Respeito Respeito RespeitoSoli

    darie

    da

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    Honestidade

    Honestidade

    Honestidade

    Honestidade

    Honestidade

    Mora

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    Mora

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    estar, o fim mais elevado que se persegue nas sociedades atuais. Por isso,estabelecer em que valores se deve educar exige um esforo deresponsabilidade, posto que leva pais e educadores a se perguntarem seno ser mais rentvel educar seus filhos e alunos nos valores especficosdas habilidades mencionadas e no em valores morais.

    Diz Lipman que:

    Todas as teorias ticas tm seu lugar, cada uma deu mais relevncia a um aspectoou outro do moral. Algumas do prioridade ao conceito chave de felicidade, outras ao dedever, etc. Ns, - segundo Adela Cortina em tica aplicada y democracia radical, cap.13- ,ao falarmos de educao moral, lanaremos mo de quatro perspectivas diferentes quetm algo a dizer a respeito e que convm t-las em conta:

    a) moral capacidade para enfrentar a vida diante da desmoralizao (tradiode Ortega e Aranguren). Entende-se o moral neste nvel como a formao do carter individual,que leva os indivduos a adotar perante a vida um elevado estado de nimo.

    Assim, caro(a) educando(a), pode-se concluir que ...

    NO DEVEMOS IGNORAR AS RECOMENDAES DOSAUTORES TRADICIONAIS EM TICA QUANDO BUSCAMOSMODOS DE MELHORAR A EDUCAO EM VALORES NA ESCOLA(FILOSOFIA EM EL AULA: 311).

    Nesse nvel, tudo o que se faa no terreno da auto-estima pouco, sem esquecerque o estmulo da auto-estima acompanhado pela hetero-estima. importante no esquecerque entre um altrusmo mal entendido, que exige do indivduo o esquecimento de si mesmo,e um egosmo exacerbado, que leva ao desprezo dos demais, encontra-se o saudvel meiotermo de uma auto-estima em que o indivduo se sente de moral elevado.

    A TAREFA EDUCATIVA CONSTITUI A PEDRA DE TOQUE DA ALTURAMORAL DE UMA SOCIEDADE.

    educao moral significa, neste primeiro sentido, ajudar amodelar o carter, de modo a que a pessoa se sinta em forma,afeioada a seus projetos de auto-realizao, capaz de lev-los acabo, consciente de que para isso precisa contar com outros

    igualmente estimveis e acalentados.

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    O sistema educacional deve oferecer aos estudantes razespara esperar. E isso se consegue em parte permitindo que tenhama experincia do em que consiste viver num contexto de respeitomtuo, de dilogo disciplinado, de indagao cooperativa, livre dearbitrariedades e manipulaes. No nos esqueamos de que omoral requer como o esporte, treinamento, porque o estar em forma

    no se improvisa;

    b) moral busca da felicidade, ponderao prudente do queconvm a uma pessoa, no apenas num dado momento de sua biografia, mas no conjuntode sua vida. (Viso aristotlica, utilitanista da moral. Moral como dimenso dos projetos devida boa). Entende-se por moral aquele mbito humano que nos conduz felicidade.

    O problema de fundo que palpita nessa perspectiva que, ainda que todos os homensbusquem a felicidade, nem todos a entendem da mesma maneira.

    Aqui se estabelece uma distino entre felicidade e dever, uma distino que temrevelado histria diferente para cada um desses conceitos, porque o dever exige quequalquer um o cumpra; tem exigncia de universalidade, enquanto a felicidade o modopeculiar de auto-realizao de cada pessoa, que depende de sua constituio natural, desua biografia e de seu contexto social, fato pelo qual no nos atreveramos a universaliz-la.O que me faz feliz no tem por que fazer feliz a todos; o dever moral , pelo contrrio, o quetodos deveramos cumprir.

    Por isso, ter em conta na educao moral o desejode felicidade dos homens imprescindvel, mas tudo claroque o educador no tem direito de inculcar como

    universalizvel seu modo de ser feliz. Aqui no cabe maisdo que o convite e o conselho: comunicar as prpriasexperincias e narrar experincias alheias e, sobretudo,ensinar a deliberar bem, isto , trata-se de oferecer as basespara que cada pessoa desenvolva sua capacidade deeleio entre os diversos modelos de auto-realizao que v conhecendo e, a partir da,construa o seu prprio modelo.

    A intuio-chave que as ticas da felicidade incorporam educao moral queno se buscam as normas por si mesmas, mas porque elas fazem sentido na busca do bemdos seres humanos;

    c) moral como conjunto de valores prprios de uma comunidade. Hoje ocomunitarismo nos recorda que num tempo a moral consistiu no desenvolvimento decapacidades em uma comunidade em que os indivduos constroem sua identidade edesenvolvem um senso de pertena como um tipo de hbito que se pode chamar virtudes,e que a perda de dimenso comunitria engendra apenas indivduos sem razes. hora,pois, acreditem, de reconstruir comunidades em que os homens aprendam a ser morais.

    No campo da educao moral mister acolher a voz da comunidade e lembrar quens nos socializamos e aprendemos a viver valores no mbito de uma comunidade, que se

    nutre culturalmente no entrelaamento de tradies e se constitui por meio de costumes,normas legais e instituies, que compem seu ethos. A educao exige valorizar a dimensocomunitria e enraizar as crianas no hmus das tradies de sua comunidade concreta;

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    d) moral como capacidade de universalizao. Uma sociedadedemocrtica, que no se contenta com uma solidariedade comunitria, masque avana para a solidariedade universalista daqueles que, na hora de decidirsobre normas comuns, so capazes de se pr no lugar de qualquer outro,precisa de uma educao que, alm de ter em conta a dimenso comunitriadas pessoas e de seu projeto pessoal, tenha tambm em conta a capacidade

    de universalizao.

    Este o quarto nvel da educao moral, que supe que a educao deve se preocuparem capacitar as crianas para distinguir entre normas comunitrias, convencionais, eprincpios universalistas, que nos permitem criticar at mesmo as normas comunitrias,porque se trata de princpios que se referem a todo ser humano enquanto tal.

    Assim, nosso legado moral supe que o reconhecimento de que todos os homensso igualmente valiosos, no pode se perder, como seres humanos, da mesma maneiraque somos obrigados a transmitir os avanos tcnico-cientficos, tambm somos obrigados

    a deixar em herana, por meio da educao, pelo menos trs legados:

    Assumir o dilogo tem srias implicaes para a moral em geral,e muito concretamente para a educao moral.

    Supe que os sujeitos assumam o que Adela Cortina chamou de

    ethos dialgico (Cortina: 220-221), que se poderia caracterizar comoa atitude de quem:

    - Sabe que para chegar a se pronunciar sobre o correto necessitater conhecimento das necessidades, interesses e argumentaes dosdemais afetados por uma norma, fato pelo qual est aberto ao dilogointersubjetivo e ao intra-subjetivo;

    - Est consciente de que deve obter a mxima informao possvel, no apenas pormeio do dilogo, mas tambm pelo estudo e pela investigao;

    - Est disposto a informar sobre suas necessidades e interesses aos demaisinteressados e a respaldar suas propostas com argumentos;

    O PROFUNDO RESPEITO PELO MNIMO DE JUSTIA E PELOSVALORES QUE A FAZEM NECESSRIA;

    O AF DE DESENVOLVER E EXERCITAR A AUTONOMIA PESSOAL;

    E O DESEJO DE AUTO-REALIZAO PESSOAL

    (CORTINA: 218)

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    - Pensa tomar sua deciso com boa vontade, isto , com a vontade de satisfazerinteresses universalizveis e s se deixar convencer pela fora do melhor argumento;

    - Est decidido a tomar responsavelmente a deciso, porque sabe que s ele podedecidir sobre o que considera moralmente correto.

    O dilogo transparente permite descobrir os interesses universalizveis, que so ofundamento do mundo moral. Esse dilogo incorpora necessariamente alguns valores semos quais seria impossvel descobrir tais interesses universalizveis que nos permitem decidirsobre o que justo ou injusto. Valores so condies de possibilidade de um dilogoconstrutivo, pilares capazes de sustentar o edifcio de uma sociedade autenticamentedemocrtica.

    ATENO! GUARDE ESSE CONCEITO

    CURRCULO: DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE PERMANNCIA,

    TRANSFORMAO E RENOVAO DOS CONHECIMENTOSHISTORICAMENTE ACUMULADOS.

    Enquanto que na ps-modernidade ele est centrado na lgica, ou seja, prescrevendoou antecipando os resultados de ensino. O currculo no fornece receitas prontas ou meios(atividades, matrias ou contedos) que devem ser utilizadas, mas sinalizam asnecessidades dos novos tempos, trazendo a variedade de opes a heterogeneidade deabordagens e o predomnio de atividades sobre o discurso eloqente.

    Numa perspectiva histrica, no final da segunda guerra e no incio dos anos cinqenta

    surge as preocupaes ps-modernas quanto ao currculo. Este perodo marcado portrs fatos histricos:

    Incio da crise do capitalismo e do socialismo;

    Transformaes polticas, sociais, econmicas e culturais;

    Expanso das tecnologias informacionais.

    No campo epistemolgico, o ps-modernismo nasce ligado s seguintes questes:

    - Questionamento dos principais e pressupostos do pensamento social e poltico,estabelecidos e desenvolvidos a partir do iluminismo;- Desconfiana das certezas e afirmaes categricas;- Desconfiana das pretenses totalizantes do saber do pensamento moderno;- Crticas s categorias gerais e meta-narrativas (explicaes nicas e abrangentes);- Valorizao do particular e da diferena;- Crtica s noes de razo e nacionalidade de que se instituram em sistemas queo primem e exploram;

    - Questionamento dos valores universais em detrimento dos valores construdos hist-

    rica e socialmente;- Desconfiana do poder emancipatrio da cincia;- Abalo das certezas do mtodo racional;

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    - Rejeio de uma conscincia unitria, homognea, centrada;- Adoo de uma conscincia parcial, fragmentada e incompleta.

    No mbito da ps-modernidade, com relao perspectiva deorganizao de uma nova cincia, traz a necessidade de que seja:

    - No-determinista;- No-cartesiana;- Transformativa;- Aberta;- Integrao entre cincia e humanismo;- Considerao do particular, do local, do contingente, da incerteza, da dvida;- Dissoluo da rgida diviso categrica ou classificao em categorias que hierar-quizam e subordinam;

    - O atual movimento deve ser visto como lenta transformao cultural; como uma mu-

    tao nas informaes e prticas distintas da modernidade.A ps-modernidade tem aceitao para com o efmero, o temporal, o descontnuo,

    e revelam a impossibilidade de se trabalhar os problemas atuais s com a racionalidade.No h metateorias/metanarrativas que lhe dem um referencial legitimador.

    O currculo escolar tem ao direta ou indireta na formao e desenvolvimento doaluno. Assim, fcil perceber que a ideologia, cultura e poder nele configuradas sodeterminantes no resultado educacional que se produzir.

    A elaborao de um currculo um processo social, no qual convivem lado a lado osfatores lgicos, epistemolgicos, intelectuais e determinantes sociais como poder,interesses, conflitos simblicos e culturais, propsitos de dominao dirigidos por fatoresligados classe, raa, etnia e gnero.

    Vale destacar que o currculo constitui o elemento central do projeto poltico-pedaggico, pois ele viabiliza o processo de ensino e aprendizagem. Contribuindo comesta anlise Sacristn(1999,p.61) afirma que:

    A PS-MODERNIDADE DESENVOLVE UM PAPEL POSITIVO AO:

    Permitir ao outra voz prpria;Atribuir direito do ser diferente;No se submeter lgica geral que elimina a particularidade;Concordar com a crtica aos desvios da modernidade;Permitir a diversidade qualitativa;Revelar uma natureza mltipla, complexa e instvel;Definir a cincia como obra de indivduos inseridos no mundo;Reconhecer o abalo das certezas;Permitir mltiplas interpretaes.

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    O currculo a ligao entre a cultura e a sociedadeexterior escola e educao; entre o conhecimento ecultura herdados e a aprendizagem dos alunos; entre ateoria (idias, suposies e aspiraes) e a prticapossvel, dadas determinadas condies.

    Alguns estudos realizados sobre currculo a partir das dcadas 1960 a 1970 destacama existncia de vrios nveis de currculo: formal, real, oculto. Esses nveis servem para fazera distino de quanto o aluno aprendeu ou deixou de aprender, suas caractersticas vm aseguir:

    CURRCULO FORMAL

    Refere-se ao currculo estabelecido pelos sistemas deensino, expresso em diretrizes curriculares, objetivos econtedos das reas ou disciplina de estudo. Este o que trazprescritos institucionalmente os conjuntos de diretrizes como osParmetros Curriculares Nacionais.

    CURRCULO REAL

    o currculo que se materializa dentro da sala de aula comprofessores e alunos a cada dia em decorrncia de um projetopedaggico e dos planos de ensino.

    CURRCULO OCULTO

    o termo usado para denominar as influncias que afetam aaprendizagem dos alunos e o trabalho dos educadores. O currculo ocultorepresenta tudo o que os educandos aprendem diariamente em meios vrias prticas, atitude, componentes, gestos, percepes, quevigoram no meio social e escolar. O currculo est oculto porque ele noaparece no planejamento do professor.

    diretrizes, objetivos econtedos das reas

    acontece dentro da salade aula com educadores

    e educandos

    prticas, atitudes,comportamentos,

    gestos, percepes

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    Portanto, o currculo no um elemento neutro de transmisso doconhecimento social. Ele est imbricado em relaes de poder e expressode equilbrio de interesses e foras que atuam no sistema educativo em umdado momento, tendo em seu contedo e formas, a opo historicamenteconfigurada de um determinado meio cultural, social, poltico e econmico.Segundo Moreira e Silva (1997), a origem do pensamento curricular no Brasil

    iniciou-se a partir dos anos 20 e 30 do sculo XX,

    relevante destacar que os contedos escolares no Brasil, at ento, tinham umaforte ligao com a concepo jesutica do perodo colonial em relao educao, ouseja, reinava absolutamente o currculo tradicional na primeira metade do sculo XX.

    Contudo, as idias sociolgicas de Comte e Durkheim colaboraram para acentuar ocarter enciclopdico do currculo brasileiro, uma vez que este se tornou mais extenso narea da Geometria, Matemtica e Portugus nas primeiras sries e enfatizava, ainda mais,a Educao Moral e Cvica, aliada indispensvel para o caminho do progresso com ordem,prprio do positivismo da poca.

    Tendo como parmetros diferentes teorias,principalmente a dos Estados Unidos, sob a influnciadas idias de: john dewey e kilpatrick. estes criticavamo currculo tradicional, elitista, e defendiam idiasprogressistas.

    A partir da Primeira Guerra Mundial e das grandescrises econmicas no comeo do sculo XX, que abalaramsignificativamente a sociedade ocidental moderna aeducao passa a ser proposta como o mais poderosoinstrumento de reconstruo social e bem-estar coletivo.

    Nesse sentido, o indivduo passa a ser visto como

    resultante de mltiplas influncias do ambiente social.Questiona-se a possibilidade do ensino realizar-se somente na sala de aula, uma vez que oindivduo formado semelhana de seus contemporneos, e, consequentemente, aamplitude de desenvolvimento possvel do indivduo s pode ser dada pela sociedade.

    Os avanos e estudos das Histria Humanas, principalmente em relao aodesenvolvimento psicobiolgico, descrevem a criana como um ser em constante interaosocial. A escola enfatizada como parte fundamental da comunidade e a comunidade emsi, assim como a sociedade, que deve ser o ambiente privilegiado e o campo de trabalhoda escola.

    Todavia, a corrente europia norte-americana propunha que a escola primria no

    tivesse como objetivo primordial as matrias de ensino, mas os processos dedesenvolvimento das crianas que deveriam ser estimuladas da melhor maneira possvel. Aescola deveria ser viva e ativa, ou seja, rica em atividades comuns vida das crianas erealizadas em grupo, de forma socializada.

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    No entanto, os europeus foram mais formalistas e menos radicais: por eles, a escolapermaneceu um local separado da comunidade. Nela, organizaram os Centros deInteresses, isto , escolhiam assuntos considerados de interesse da criana, para os quaiseram propostos mtodos e materiais de ensino especializado visando transformar a escolanum local belo e atraente. Buscavam tambm aguar os sentidos das crianas com exercciosadequados e planejados previamente.

    Entretanto, o Manifesto dos Pioneiros de 1932 representa um marco essencial naHistria da Educao, vez que, por intermdio dele, abriu-se uma possibilidade de se discutira educao numa perspectiva de Escola Pblica, Gratuita e de Boa Qualidade, bem comoa promoo de reformas educacionais.

    Em 1920, Antonio de Sampaio Dria tentou acabar como analfabetismo de So Paulo. Na Bahia, estudavam-se novasperspectivas em relao ao currculo, promovidas por AnsioTeixeira, ou seja, pela primeira vez, disciplinas escolares foramconsideradas instrumentos de determinados fins. Assim, o

    currculo foi entendido como o intermdio entre a escola e asociedade.

    A reforma de Ansio Teixeira, na Bahia, representou algumas dasinovaes que iriam mais tarde caracterizar a abordagem escolanovistado currculo e do ensino. Segundo Moreira (1990, p.68) Ansio Teixeiradefende o currculo centrado na criana e v a educao comocrescimento e, conseqentemente, educao como vida.

    Como Dewey, Teixeira define currculo como um conjunto deatividades em que as crianas se engajaro em sua vida escolar. Propetambm que o planejamento curricular deve centrar-se em atividadesenvolvendo projetos e problemas.

    A reforma de Minas Gerais, organizada por Francisco Campo eMaria Casassanta, redefiniu o papel da escola elementar. Enfatizou-se que as crianas noeram adultos em miniatura, isto , tinham seus prprios interesses e precisavam serrespeitadas e estimuladas.

    Partindo destes pressupostos o currculo na perspectiva do Manifesto dos Pioneirostem como finalidade desenvolver na criana as habilidades de observar, pensar, julgar, criar,decidir e agir.

    Na reforma do Distrito Federal, a interao entre escola e sociedade foi mais bem

    explorada do que nas reformas anteriores, ou seja, a escola primria, nessa reforma, erapermanente para fins sociais, em contato com a comunidade.As trs reformas apresentadas trouxeram um importante rompimento com a escola

    tradicional.

    Ansio TAnsio TAnsio TAnsio TAnsio Tei xei xei xei xei xei rei rei rei rei raaaaa

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    Assim, caro educando a nossa inteno mostrar para voc anecessidade de estar lendo, refletindo e buscando sedimentar conhecimentosque devem permear a sua ao de educador critico e reflexivo.

    VISO CRTICA DO CURRCULO

    Nos anos 70, os brasileiros foram influenciados por vrios tipos de abordagenstericas, s vezes at contraditrias. De um lado, chegam at ns tanto as correntespsicolgicas, de cunho behaviorista, como a teoria do capital humano, de cunhofuncionalista, proposta pelo economista T. W. Schultz, de Chicago que vinha ao encontroda preocupao, nos pases desenvolvidos, com o gigantismo dos sistemas educacionaisno ps-guerra, que oneravam cada vez mais os cofres pblicos.

    De outro lado, apareceram na mesma poca estudos crticos norte-americanose europeus sobre o problema da desigualdade de oportunidades entre os indivduosprovenientes de diferentes classes sociais, ou seja, com distribuio desigual do

    conhecimento e com o controle social da transmisso cultural.A superao do carter tcnico-prescritivo s ocorreu no fim da dcada de 60 eincio dos anos 70, com uma abordagem mais critica das questes curriculares, denominadaLibertadora, cujo precursor era Paulo Freire.

    Para Paulo Freire, citado por Moreira(1990) , a educaodeveria conscientizar os oprimidos acerca da realidadesocial, capacitando-os a refletir sobre sua vida, suasresponsabilidades e o papel que desempenham diante dasinjustias sociais. Para que isso ocorra, prope superar ocurrculo tradicional, abstrato, terico e dissociado docotidiano.

    A partir da dcada de 80, abordagens etnogrficas, sociointeracionistas,interpretativas, que professam grande desconfiana, e at certo desprezo pelas anlisesmacrossociolgicas, fazem-se cada vez mais presentes, estimulando o aparecimento devrios estudos sobre o contedo escolar e o funcionamento interno das escolas,proporcionando, assim, uma leitura crtica e transformadora do currculo.

    Como podemos perceber, o discurso e a construo curricular no Brasil no se deu

    sob uma nica ideologia, mas com influncia de tendncias, objetivos e interesses diferentes.Com esse resumo histrico, pode-se perceber a importncia de no se desvincular o currculoda constituio histrica e social. Um currculo no surge do nada, mas de uma necessidadesocial e principalmente econmica.

    Para entendermos melhor as ideologias e concepes em relao ao currculo,recorremos ao texto de McNeil (2001 a,b.c.d). Nesse texto o autor classifica o currculo emquatro abordagens distintas, que foram sendo construdas ao longo do tempo, tendo comoparmetro todos os aspectos j citados.

    Paulo Freire (1921-1997)Paulo Freire (1921-1997)Paulo Freire (1921-1997)Paulo Freire (1921-1997)Paulo Freire (1921-1997)

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    ABORDAGENS CURRICULARES

    Currculo Acadmico

    Dentre as vrias orientaes curriculares, a que possui maior tradio histrica.

    Para adeptos dessa tendncia, o ncleo da educao o currculo, cujo elemento irredutvel o conhecimento. Nas disciplinas acadmicas de natureza intelectual - como Lngua eLiteratura, Matemtica, Histria Naturais, Histria Sociais e Belas-Artes - encontra-se oncleo do conhecimento, o contedo principal ou a ,matria de ensino.

    Sua abordagem baseia-se, principalmente, na estrutura do conhecimento, comopatrimnio cultural, transmitindo s novas geraes. As disciplinas clssicas, verdadesconsagradas pela cincia, representam idias e valores que resistiram ao tempo e smudanas socioculturais. Portanto, so fundamentais construo do conhecimento.

    Segundo McNeil (2001 c), a finalidade da educao, segundo o currculo acadmico, transmisso dos conhecimentos vistos pela humanidade como algo inquestionvel e

    principalmente como uma verdade absoluta. escola cabe desenvolver o raciocnio dosalunos para o uso das idias e processos mais proveitosos ao seu progresso.

    Currculo Humanstico

    Na nfase humanista, segundo McNeil (2001 b) a ateno do contedo disciplinar sedesloca para o indivduo. O aluno visto como um ser individual dotado de uma identidadepessoal que precisa ser descoberta, construda e ensinada; e o currculo tem a funo depropiciar experincias gratificantes, de modo a desenvolver sua conscincia para alibertao e auto-realizao. A educao um meio de liberao, cujos processos,conduzidos pelos prprios alunos, esto relacionados aos ideais de crescimento, integridadee autonomia.

    A auto-realizao constitui o cerne do currculo humanstico. Para consegui-la, oeducando dever vivenciar situaes que lhe possibilitem descobrir e realizar suaindividualidade, agindo, experimentando, errando, avaliando, reordenando e expressando.Tais situaes ajudam os educandos a integrar emoes, pensamentos e aes.

    Currculo Tecnolgico

    Sob a perspectiva tecnolgica, ainda segundo McNeil (2001 d), a educao consistena transmisso de conhecimentos, comportamentos ticos, prticas sociais e habilidades

    que propiciem o controle social.O comportamento e o aprendizado so moldados pelo externo.Ou seja, ao professor,

    detentor do conhecimento, cabe planejar, programar e controlar o processo educativo; aoaluno, agente passivo, compete absorver a eficincia tcnica, atingindo os objetivospropostos.

    O currculo tecnolgico, concebido fundamentalmente no mtodo, tem, como funo,identificar meios eficientes, programas e materiais com a finalidade de alcanar resultadospredeterminados.

    expresso de variadas formas: levantamento de necessidades, plano escolar sob oenfoque sistmico, instruo programada, seqncias instrucionais, ensino prescritivo

    individualmente e avaliao por desempenho.O desenvolvimento do sistema ensino-aprendizagem, segundo hierarquia de tarefas,constitui o eixo do planejamento do ensino, proposto em termos de uma linguagem objetiva,esquematizadora e concisa.

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    Currculo Reconstrucionista Social

    Conforme McNeil (2001 a) o reconstrucionismo social concebe ohomem e o mundo de forma interativa. A sociedade injusta e alienada podeser transformada medida que o homem _ inserido em um contexto, social,

    econmico, poltico e histrico _ adquire , por meio da reflexo, conscinciacrtica par assumir-se sujeito de seu prprio destino.

    Por esse prisma, a educao um agente social que promove a mudana. AA visosocial de educao e currculo consiste em provocar no indivduo atitudes de reflexo sobresi e sobre o contexto social em que est inserido. um processo de promoo que objetivaa interveno consciente e libertadora sobre si e a realidade, de modo a alterar a ordemsocial. Na perspectiva de reconstruo social, agrupam-se as posies que consideram oensino uma atividade crtica, cujo processo de ensino-aprendizagem deva se constituir emuma prtica social de posturas e opes de carter tico que levem emancipao docidado e transformao da sociedade.

    Sob o norte de emancipao do indivduo, o currculo deve confrontar e desafiar oeducando perante os temas sociais e situaes-problema vividos pela comunidade. Porconseguinte, no possui objetivos e contedos universais, sua preocupao no reside nainformao, e sim na formao de sujeitos histricos, cujo conhecimento produzido pelaarticulao da reflexo e prtica no processo de apreenso da realidade. Enfatizando asrelaes sociais, amplia seu mbito de ao para alm dos limites da sala de aula,introduzindo o educando em atividades na comunidade, incentivando a participao ecooperao.

    O reconstrucionista acredita na capacidade do homem de conduzir seu prprio destinona direo desejada e na formao de uma sociedade mais justa e equnime. Essecompromisso com ideais de libertao e transformao social lhe atribui certas dificuldadesem uma sociedade hegemnica e dominadora.

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    Por sua vez, o planejamento ajuda a alcanar a eficincia do currculo. Isto , elaboram-se planos, implanta-se um processo de planejamento a fim de que seja bem feito aquilo quese faz dentro dos limites previstos para aquela execuo.

    O planejamento visa tambm eficcia. Neste sentido, o planejamento deve alcanarno s que se faam bem s coisas que realmente importa fazer, porque so socialmentedesejveis (chamamos isso de eficcia). A eficcia atingida quando se escolhem entremuitas aes possveis aquelas que, executadas, levam consecuo de um fim previamenteestabelecido e condizente com aquilo que se cr.

    Alm destas finalidades do planejamento, podemos ressaltar uma das grandes funesque d ao planejamento um status obrigatrio em todas as atividades humanas: acompreenso do processo de planejamento como um processo educativo.

    evidente que esta finalidade s alcanada quando o processo de planejamento concebido como uma prtica que sublinhe a participao, a democracia, a libertao. Ento,o planejamento uma tarefa vital, unio entre vida e tcnica para o bem estar do homem eda sociedade.

    ENTO, MOS A OBRA!VAMOS CONTINUAR O ESTUDO

    REFLETINDO SOBRE CURRCULO E PLANEJAMENTO.

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    A pedagogia, o conhecimento e o currculo so assentados na lgica e no modoanaltico e, para o ensino, so necessrias explicaes claras. A forma de ensino dialgicae prtica, requer educadores reflexivos aos valores do intelecto e instigadores da capacidadecrtica dos jovens, homens e mulheres leves, com uma dedicao especial. O educadorfertiliza idias que se desenvolvem internamente no processo reflexivo, utiliza-se da narraopara estimular o educando a explorar as diversas possibilidades na experincia do dia-a-

    dia.O material didtico estruturado para encorajar a reflexo. O conhecimento

    produzido continuamente por meio de aes reflexivas.O educador que tem o seu trabalho planejado em funo de objetivos bem definidos

    deve lanar mo de recursos que, aguando o interesse do educando, ajudem-no a formarconceitos sobre situaes de vida, muitas vezes complexas ou distintas, no tempo e noespao.

    O material didtico concretiza idias abstratas, completa a aprendizagem, de formaduradoura e com maior rendimento.

    O material variado serve ao educador e ao educando, um poderoso auxiliar no

    processo educativo. preciso, entretanto, que o seu uso, hoje supervalorizado, estejaadequado a quem aprende, ao que se ensina e a quem se ensina; no deve, nunca, serconsiderado um fim em si mesmo, por sua beleza ou pela novidade que apresenta.

    O educando participante no processo de criao, planejamento, execuo eavaliao do conhecimento de forma investigativa.

    A avaliao um recurso com funo de assegurar a reflexo crtica, essencial paraa transformao contnua da experincia. No baseada em notas, mas em metas, tem umpapel construtivo. mais uma etapa do dilogo da integrao que desenvolve saberesintelectuais e sociais.

    O currculo ps-moderno est fundamentado em uma nova relao da teoria e daprtica. So reflexes articuladas num momento histrico, nas variveis, nosquestionamentos e no nas explicaes gerais, uniformes. No mais a afirmao do que, mas a considerao do que pode ser. O alvo a construo de um mundo provvel.

    Nesse novo paradigma tudo relacional. O currculo enfatiza e desenvolve oquestionamento de um indivduo nico e privilegiado da histria: homem, branco, europeu,adulto, cristo, ocidental.

    O homem ps-moderno resultante das mltiplas culturas, por isso multicultural. Ohomem cria cultura medida que reflete seu contexto de vida e d respostas aos desafiosdo mundo atual, cultivando e criando-a no ato de se relacionar, de criticar e de traduzir suasaes criadoras. nesse movimento que encontramos a chave para a produo deconhecimento e da educao, pois o indivduo se torna promovido e no ajustado

    sociedade, passando a ser atrado por um mundo real onde ele co-responsvel e co-participante em forma de co-administrao.

    A EDUCAO PROVOCADA A UMA ATITUDE DE REFLEXO COMPROMETIDACOM A AO. AO ESSA QUE SUPE DOMNIO EM

    RELAO S CATEGORIAS DE:

    - Autoconhecimento;- Aprendizagem de habilidades bsicas;

    - Bom nvel de relacionamento interpessoal;- Competncia para solucionar problemas;- Viso de contexto;- Ao inteligente.

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    A premissa fundamental dessa ao transformadora a consideraodo homem em sua totalidade, possibilitando-lhe a liberdade de desenvolversua prpria personalidade tanto no campo intelectual como no emocional. Talposicionamento tem influenciado as formas de currculo, levando conscientizao de novas prticas escolares que do importncia evoluopessoal, pois, o humanismo, que neste novo milnio retorna com fora total,

    requer este homem dando nfase s habilidades e competncias necessriaspara a realizao de sua cultura, como fora integradora no amadurecimento de crenas eatitudes em torno de uma forma democrtica de vida.

    SEGUNDO CALFEE (apud COLL, 2002):

    Uma pessoa educada a que assimilou, que interiorizou, em suma,que aprendeu o conjunto de conceitos, explicaes, habilidades, prticase valores que caracterizem uma cultura determinada, sendo capaz de

    interagir de modo adaptado com o ambiente fsico e social.

    A importncia do desenvolvimento educacional est nas aes pedaggicasdiferentes que se modelam no currculo.

    Assim, um currculo adaptado ao homem ps-moderno contempla:

    O currculo, educadores e educandos se mantm abertos ao mundo/sociedade aqual esto inseridos.

    O planejamento consiste numa atividade de previso da ao a ser realizada,implicando definio de necessidades a atender, objetivos a atingir dentro daspossibilidades, procedimentos e recursos a serem empregados, tempo de execuo eformas de avaliao.

    O processo e o exerccio de planejar referem-se a uma antecipao da prtica, demodo a prever e programar as aes e os resultados desejados, constituindo-se numaatividade necessria tomada de decises.

    As instituies e organizaes sociais precisam formular objetivos, ter um plano deao, meios de sua execuo e critrios de avaliao da qualidade do trabalho que realizam.Sem planejamento, a gesto corre ao sabor das circunstncias, as aes so improvisadas,os resultados no so avaliados.

    O planejamento se concretiza em planos projetos, tanto da escola e do currculo quantodo ensino. Um plano ou um projeto um esboo, num esquema que representa uma idia,um objetivo, uma meta, uma seqncia de aes que iro orientar a prtica.

    Variedade de opes Aprender a escolher

    Heterogeneidade de abordagens Lidar com as diferenasPredomnio das atividades Aprender ativamente

    Etapas do Planejamento Curricular

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    A ao de planejar subordina-se natureza da atividade realizada. No planejamentoescolar, o que se planeja so as atividades de ensino e de aprendizagem, fortementedeterminadas por uma intencionalidade educativa envolvendo objetivos, valores, atitudes,contedos, modos de agir dos educadores que atuam na escola. Um planejamento eficaz,ele precisa ser coletivo, ou seja, incluir a participao de todos os envolvidos dentro desuas funes e atribuies.

    Uma importante caracterstica do planejamento o carter processual. O ato deplanejar no se reduz elaborao dos planos de trabalho, mas a uma atividade permanentede reflexo e ao.

    O planejamento um processo contnuo de conhecimento e anlise da realidadeescolar em suas condies concretas, de busca de alternativas para a soluo de problemase de tomada de decises, possibilitando a reviso.

    Faz-se necessrio ressaltar que o planejamento educacional pode ser caracterizadocomo:

    O carter de processo indica que um plano prvio um roteiro para a prtica, eleantecipa mentalmente a prtica, prev os passos a seguir, mas no pode determinarrigidamente os resultados, pois estes vo se delineando no desenvolvimento do trabalho,implicando em permanente ao, reflexo e deliberao dos educadores sobre a prticaem curso. Planejando e registrando o trabalho, os educadores podem curar uma memriaque contribua no s para a sua prtica em particular, mas para a possibilidade de troca deexperincias com outros parceiros que tambm se encontram em sala de aula.

    A partir do registro do planejamento das aes futuras e de seus resultados quepoderemos criar a possibilidade de troca e de dilogo com outras experincias. Ao planejarno s antecipamos as aes, mas tambm criamos permanncia para a nossa prtica/palavra como educadores/autores. Apropriando-se do hbito de registro e sistematizaode seu trabalho, o educador pode sair do anonimato e colocar a sua experincia acumulada

    a servio da construo de uma pedagogia partilhada por um grupo maior de pessoas.Esse registro/memria de nossas aes uma das formas do nosso trabalho.

    No decorrer da Histria, podemos constatar que o homem, atravs do seupensamento (reflexo), desenvolve nveis cada vez mais aprimorados de discernimento,compreenso e julgamento da realidade, o que lhe favorece uma conduta comprometidacom novas situaes de vida. Sendo assim, pelo planejamento, o homem organiza edisciplina a ao, tornando-a mais responsvel, partindo sempre por aes mais complexas,produtivas e eficazes.

    Dessa forma, o objetivo deste texto explicitar o significado do planejamento emrelao s implicaes no contexto de sala de aula, pois as idias que envolvem o

    planejamento so amplamente discutidas nos dias atuais, mas um dos complicadores parao exerccio da prtica de planejar parece ser a compreenso de conceitos e o uso coerentedeles. Para tanto, segue uma seqncia de definies.

    Processo contnuo que se preocupa com o para onde ir e quaisas maneiras adequadas para chegar l, tendo em vista a situaopresente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento daeducao atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as doindivduo. (PARRA apud SANTANNA et al, 1995, p.14).

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    Nesta perspectiva, analisando as vrias definies abordadas anteriormente sobreo conceito de planejamento, podemos constatar algumas pontuaes comuns, entre eles:

    Todo o planejamento possui teoria e prtica, e este no neutro, pois h um objetivoa alcanar e uma realidade a transformar. Assim, o ato de planejar exige uma tomadade deciso.

    O planejamento um processo a ser construdo, e esta caracterstica parecer ser amais importante, pois planejar no algo estanque, mas uma ao contnua eglobalizante.

    Para Padilha (2000, p.30), o ato de planejar sempre um processo de reflexo, detomada de deciso sobre a ao; processo de previso de necessidades e racionalizaode emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponveis, visando concretizao

    de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados dasavaliaes.

    - Planejar transformar a realidade numa direo escolhida;- Planejar organizar a prpria ao (de grupo, sobretudo);- Planejar implantar um processo de interveno na realidade;- Planejar agir racionalmente;- Planejar dar clareza e preciso prpria ao (de grupo, sobretudo);- Planejar explicitar os fundamentos de ao do grupo;- Planejar pr em ao um conjunto de tcnicas para racionalizar a ao;

    - Planejar realizar um conjunto de aes, propostas para aproximar uma realidadede um ideal;

    - Planejar realizar o que importante (essencial) e, alm disso, sobreviver [...].

    SEGUNDO GANDIN (1993, p.18-19),

    **

    PODE-SE REAFIRMAR TAMBM QUE PLANEJAR, EM SENTIDO AMPLO:

    UM PROCESSO QUE VISA DAR RESPOSTAS A UM PROBLEMA,ESTABELECENDO FINS E MEIOS QUE APONTEM PARA SUA SUPERAO, DEMODO A ATINGIR OBJETIVOS ANTES PREVISTOS, PENSANDO E PREVENDONECESSARIAMENTE O FUTURO, MAS CONSIDERANDO AS CONDIES DOPRESENTE, AS EXPERINCIAS DO PASSADO, OS ASPECTOS CONTEXTUAIS EOS PRESSUPOSTOS FILOSFICO, CULTURAL, ECONMICO E POLTICO DEQUEM PLANEJA E COM QUEM SE PLANEJA (PADILHA, 1998, p.63).

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    Portanto, planejar uma atividade que est dentro da educao, visto que esta temcomo caractersticas bsicas: evitar a improvisao, prever o futuro, estabelecer caminhosque possam nortear mais apropriadamente a execuo daao educativa, prever o acompanhamento e a avaliaoda prpria ao, pois planejar e avaliar andam juntas.

    Em se tratando de planejamento, no podemos nosesquecer do planejamento curricular, pois atravs dele quereiniciamos o processo de tomada de decises, sobre adinmica da ao escolar. E a previso sistemtica eordenada de toda a vida escolar do aluno (VASCONCELOS, 1995, p.56). Portanto, essamodalidade de planejar constitui um instrumento que orienta a ao educativa na escola,pois a preocupao com a proposta geral das experincias de aprendizagem que a escoladeve oferecer ao estudante, atravs dos diversos componentes curriculares.

    Sendo assim, o planejamento de ensino o processo de deciso sobre atuaoconcreta dos educadores, no cotidiano de seu trabalho pedaggico, envolvendo as aese situaes, em constantes interaes entre educador e educando e entre os prprios

    estudantes (PADILHA, 2000, p.33). Na opinio de SantAnna et al (1995, p.19), esse nvelde planejamento trata do processo de tomada de decises bem informadas que visem racionalizao das atividades do professor e do aluno, na situao de aprendizagem.

    Contribuindo com a reflexo Libnio (1991, p.221) afirma que:

    Para refletir...

    Todo planejamento tem que ter um carter poltico-social, isto , necessita sepreocupar em responder s questes o que, quem, quando, onde, para que,para quem, como, e tambm quanto planejar dessa forma; segundo Gandin (1993,p.55), a preocupao central do planejamento definir fins, buscar, conhecer vises

    globalizantes e de eficcia.Assim, tendo como parmetro s reflexes anteriores, ao elaborarmos um

    planejamento temos que levar em considerao os seguintes aspectos: poltico-social-econmico-cultural educacional. Enfocando como base esses aspectos destacados, o

    Para refletir, registre nas linhas a seguirsuas reflexes acerca desteposicionamento.

    [...] o planejamento escolar oplanejamento global da escola,envolvendo o processo de reflexo, dedecises sobre a organizao, ofuncionamento e a proposta pedaggicada instituio. um processo deracionalizao, organizao ecoordenao da ao docente,articulando a atividade escolar e aproblemtica do contexto social.

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    prximo passo a organizao dos elementos constitutivos do planejamentode ensino, so eles do planejamento de ensino, so eles:

    Atualmente, pesquisadores e profissionais da educao discutem a importncia e apertinncia de se trabalhar o planejamento escolar pautado na Pedagogia de Projetos,pois atravs deste, poderemos construir projetos significativos para a sociedade, bem comoformaremos sujeitos autnomos, criativos, transformadores e principalmente crticos, tendoassim uma viso contextualizada do conhecimento apreendido.

    Neste sentido, tendo como parmetro a concepo da escola pautada na viso dapedagogia de projetos, continuaria a existir um currculo, porm este no seria uma matrizde disciplinas a serem ministradas nas diferentes sries, cujo objetivo meramentedisseminar informao, mas temas contextualizados, que os educandos deveriamdesenvolver ao longo do seu tempo de escolaridade, e que iriam sendo desenvolvidas medida que eles fossem participando de diversos projetos de aprendizagem de seuinteresse.

    PROBLEMAS COMUNS NA IMPLEMENTAO DE PROJETOS

    Nenhuma abordagem, por mais sofisticada, assegura o xito de um projeto. Muitasvezes, um detalhe pe tudo a perder. H problemas que devem ser evitados.

    1. Objetivo(s) confuso(s) - um projeto com objetivos confusos tem altaprobabilidade de fracasso. No sabendo onde se deve chegar, no se chega a lugar algum.O objetivo confuso pode ter vrias origens: a) o problema no foi estudado e entendidocorretamente. Houve pressa em iniciar, sem clareza do problema. B) Coordenador e equipe

    Objetivos (o que pretendemos alcanar)Contedo (rea do conhecimento)Metodologia (o que faremos para alcanar os objetivos propostos)

    Avaliao (momento de reflexo de todo o processo)Recursos (materiais fsicos e humanos dos quais vamos precisar)

    SEGUNDO AURLIO (1987),

    O TERMO PROJETO UMA IDIA QUE SE FORMA DEEXECUTAR OU REALIZAR ALGO, NO FUTURO: PLANO,

    INTENTO, DESGNIO. NESSE CONTEXTO, PODEMOS AFIRMAR QUEO OBJETIVO DE TODO E QUER PROJETO EXECUTAR OUREALIZAR ALGO, NO FUTURO. CONTUDO, PARA QUE POSSAMOSEXECUTAR OU REALIZAR ESSE ALGO, EM GERAL FORMULRIOS,PRIMEIRO, UMA IDIA OU UM PLANO QUE EXPRIME O NOSSOINTENTO OU DESGNIO.

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    no entendem o problema e fazem suposies incorretas sobre o resultado a ser alcanado,no soluciona o problema.

    2.Execuo confusa as condies de execuo tornam-se confusa nas situaesa seguir: a) As regras de deciso so imprecisas; No h polticas nem procedimentospara resolver problemas e conflitos. B) Autoridade e responsabilidade esto indefinidas; c)

    As atividades no so coerentes com o objetivo; isso pode ocorrer mesmo quando oproblema e o objetivo so coerentes. D) A previso de recursos incoerente com asatividades. Podem ter sido subestimado ou superestimados. e) A atividade avana muitosem que pelo menos as intenes bsicas do projeto estejam bem definidas.

    3. Falhas na execuo O fato de ser muito bem planejado e organizado aindano garantia do sucesso de um projeto. Podem ocorrer falhas na execuo. Uma dasmais comuns a seguinte: um detalhe vital no funciona e pe tudo a perder, simplesmenteporque todo mundo achou que era importante demais, e que outra pessoa iria cuidar daquilo.

    CONDIES PARA XITO

    A experincia mostra que as seguintes condies afetam positivamente aprobabilidade de sucesso do projeto:

    1. Definio do problema e/ou das intenes educativas Projetos bemsucedidos, de forma geral, so definidos a partir do problema a ser resolvido e da clarezacom que se define a soluo do problema. O mais importante definir com clareza o objetivodo projeto Uma vez decidida a realizao de um projeto, deve-se discutir exaustivamente

    como o problema pode ser resolvido e as caractersticas do resultado final que definem oobjetivo, ou objetivos, do projeto, Quanto mais se postergam essas discusses e definies,mais difcil se torna a implementao do projeto.

    2. Envolvimento da equipe Quanto mais o projeto representa um desafio para aequipe envolvida, sejam as equipes de alunos, ou mesmo de educadores responsveispelo seu desenvolvimento, maior a probabilidade de que venha a ter sucesso. Projetosbem-sucedidos criam nas equipes e nas pessoas participantes uma sensao depropriedade: Este nosso projeto, o problema que temos de resolver.

    3. Planejamento Projetos bemsucedidos so muito bem planejados. Uma vezque estabelecidos os planos, no entanto, a equipe tem grande liberdade para execut-los.A probabilidade de o projeto ter sucesso aumenta se, durante sua implementao, houverum cronograma bem elaborado de providncias e resultados, a partir do qual os participantespossam controlar o bom andamento dos trabalhos em direo ao objetivo estabelecido.

    Outro fator que contribui para o sucesso de um projeto procurar prever futurosproblemas em sua implantao e se preparar com antecedncia para resolv-los, casoeles realmente aconteam. Alguns projetos necessitam de recursos financeiros para suaimplementao: nesse caso, preciso haver um bom planejamento de custos, levando em

    conta quanto vai gastar e de onde sara o dinheiro. A existncia de um coordenador tambmuma providncia necessria para que um projeto seja bem implementado e atinja o objetivodefinido.

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    Pedaggica III

    So inmeras as atividades humanas nas quais, atualmente, a idiade projeto est colocada como uma nova forma de organizar e realizar asatividades profissionais. Profissionais dotados de maior autonomia para tomardecises, valorizao do trabalho em grupo, desenvolvimento de vnculos desolidariedade e aprendizado constante so algumas das caractersticasincentivadas pela realizao de projetos de trabalho. Em equipe que trabalha

    com vista a realizar um projeto, so importantes a solidariedade e o cuidadocom a contribuio de cada um. A questo no quem manda em quem, mas se o projetoest se tornando realidade.

    Portanto, Projeto uma atividade organizada, que tem por objetivo resolver umproblema, ou resolver uma seqncia de aes articuladas e com o propsito de atingiralguns objetivos bem definidos. Vejamos, ento, a forma da elaborao de projeto detrabalho, destacando os seguintes procedimentos, apresentados abaixo.

    CONTEDOS

    Tudo aquilo que o professor considerou necessrio trabalhar com seus alunos paraalcanar o objetivo previsto, deve atender s necessidades atuais de nossa sociedadecom a finalidade de informar e desenvolver capacidades que possam transformar-se eadaptar-se s novas realidades deve est adequado ao nvel de desenvolvimento do aluno,deve levar em conta os aspectos epistemolgicos da disciplina, a possibilidade de

    articulao entre os contedos, evitando sobreposio e rupturas nele est contido no sos conceitos e fatos, mas tambm valores, normas, atitudes e procedimentos.

    O contedo dever ser dividido em:

    PrPrPrPrProjeto de Tojeto de Tojeto de Tojeto de Tojeto de Trrrrraaaaabalhobalhobalhobalhobalho

    REA__________________________________(objeto de conhecimento, exemplo LNGUA)

    TURMA_________________________________

    ANO___________________________________

    PROFESSOR( A)_________________________

    OBJETIVO GERAL________________________

    _______________________________________

    _______________________________________

    OBJETIVO(S) ESPECFICO(S) _______________

    _______________________________________

    _______________________________________

    (da proposta da escola para o segmento de ensino)

    xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

    xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

    xxxx

    xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

    xxxxxxxxxxxxxxxx

    xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

    xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

    xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

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    Fatos informaes necessrias para a construo de um conceito sobre o tema aser estudado.

    Conceitos tudo aquilo que nos permite organizar a realidade, envolvendo a constru-o ativa das capacidades para operar com smbolos, idias, imagens e representa-es, pressupe o conhecimento dos fatos que esto envolvidos na construo doconceito, a aprendizagem do conceito ocorre por nveis de compreenso, o que sed de forma gradual, necessitando de diferentes situaes de aprendizagem que a-bordem um mesmo conceito, graas diversidade das atividades realizadas queos alunos notam as regularidades e produzem generalizaes.

    Exemplo:para compreender o que vem a ser um texto narrativo necessrio que oaluno tenha contato com esse texto, use-o para contar o que desejar, conhea seu vocabulrio,seus recursos lingsticos, sua estrutura textual, sua funo social. Esse processo se d pormeio de aproximaes cada vez mais abrangentes, at chegar aos conceitos mais gerais.Aqueles que esto por trs dos conceitos especficos do o nome de princpios. Emmatemtica temos o princpio de igualdade, em Histria o da reproduo.

    Aprender fatos, conceitos e princpios eqivale a entender seus significados erelacion-los.

    PROCEDIMENTOS

    So contedos destinados ao desenvolvimento de capacidades que expressam umsaber, fazer, sendo necessrio tomar decises e realizar uma srie de aes de formaordenada e no arbitrria:

    Saber escrever da direita para esquerda, de cima para baixo,Saber das espaos entre as palavras,Saber armar uma conta, fazer um resumo, um seminrio, um cartaz, etc.

    Os procedimentos se referem atuao dos alunos, no devem ser confundidoscom estratgias elaboradas pelos professores para que os alunos aprendam:

    Na conta, para saber arm-la necessrio colocar um nmero sobre o outro respei-tando o alinhamento das ordens, passar um trao abaixo dos nmeros separando asparcelas do resultado para ento iniciar a operao, a soma dever ser iniciada pe-las unidades.

    Um procedimento envolve aes e decises que se sucedem no tempo e emdeterminada ordem e envolvem o conhecimento do conceito. O procedimento no deve serconfundido com os contedos conceituais. Muitas vezes o aluno sabe armar uma conta desubtrao, efetuar o clculo mas no sabe em que situaes ela deve ser usada.

    Valores, normas e atitudes atitudes envolvem comportamentos e princpios devalor como compartilhar informaes, cooperar, respeitar e preservar o outro e anatureza, interessar-se pelo que est acontecendo a sua volta.

    SITUAO COMUNICATIVA

    Situao onde aquilo que foi apreendido vai ser mostrado sociedade.Como quem para quem quando o qu.

    **

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    Pedaggica III

    RECURSOS

    Todo material (aula prtica/livros/atividades) previsto pelo professor quevai ser usado durante o projeto.

    AVALIAO

    Avaliao do alunoAvaliao do projeto

    APOIO PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

    Bloco de intervenesCanteiro (quando necessrio)

    ASPECTOS DIDTICOS DO DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO DE TRABALHO

    CATEGORIA EDUCADOR EDUCANDO

    1.ESCOLHA DO TEMA

    Participa nas discusses. Sugere perguntas. Expe argumentos. Explica opinies.

    Pensa respostas. Analisa alternativas. Coloca interesses pessoais. Toma decises sobre suasnecessidades e interessessobre os temas/contedos.

    2.ELABORAO DOROTEIRO

    Compartilham, discutem e combinam:O que ensinar e aprender: contedos de aprendizagem.Como faz-lo: meios, mtodos, materiais, tcnicas, etc.Quando faz-lo: organizao e planejamento da tarefa noperodo.

    Elaborao individual e coletiva do roteiro.

    3.DESENVOLVIMENTO,REALIZAO E AVALIAODE ATIVIDADES

    PLANEJA a estrutura doprojeto: relao com oscontedos curriculares,reas; recomendaesespecficas, objetivos ecritrios de avaliao, etc. Prope e ORGANIZArecursos, meios einstrumentos. Canaliza ascontribuies e idias dos

    alunos. Decide a ajudapedaggica necessria emcada caso. D explicaes,informaes, formula

    Realiza as atividades. Traz os materiais. Busca informaes. Tratamento das informaes. Exposies orais. Socializao da informao. Observao da realidade. Pede informao a adultosespecialistas no tema, a outrosalunos.

    Manejo de textos e meios deinformao diversos:audiovisuais, grficos,plsticos, etc.

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    O papel dos educadores, nesse contexto da pedagogia de projetos, acompanhar aelaborao e a implementao dos projetos, procurando verificar, em cada um, quaiscompetncias e habilidades importantes o educando apresenta, ou poderia apresentar,desenvolvendo ao longo da elaborao, da implementao e da avaliao dos projetos deaprendizagem em que se envolvem.

    questes, propealternativas e procedimentosde trabalho.Promovesituaes de conflitocognitivo. Facilita a

    elaborao de hiptesespessoais e/ou coletivas.Promove atitudes positivas.Escreve, l, dita, expe,resume, etc. AVALIA: o processo, oresultado, o planejamento;decide a ajuda que se requer,revisa a situao e corrige onecessrio, etc.

    Escrita e leitura de textospara informar-se, divertir-se,localizar dados, classificar eenumerar, estudar, aprender afazer, etc.

    Auto-avaliao individual ecoletiva sobre os contedosque se vo aprendendo e suarelao com os objetivosiniciais; sobre o processo dedesenvolvimento da atividade;sobre os resultadosalcanados, em relao aoscritrios previamentecombinados, etc.

    4. SNTESE DO PROJETO

    Recapitulaes parciais e progressivas. Resumo de atividades e contedos estudados. Elaborao de snteses pessoais e coletivas. Elaborao de documento, dossi, arquivo, etc. sobre o tema. Formulao de questes pendentes, propostas de novos

    temas, etc.

    ASSIM, CABE AOS PESQUISADORES/EDUCADORES:

    1- A FUNO DE AJUDAR OS EDUCANDOS A ENCONTRAR AS INFORMAESNECESSRIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE SEUS PROJETOS;

    2- OS ANTIGOS CONTEDOS DISCIPLINARES ENTRAM EM CENA, MEDIDA QUESE MOSTREM TEIS OU RELEVANTES PARA O DESENVOLVIMENTO DO PRO-JETO;

    3-SEU APRENDIZADO, ASSIM, NO SE TORNA ALGO DESVINCULADO DA REALI-DADE, QUE TEM QUE SER FEITO MESMO SEM SABER O PORQU, MASPASSA A SER ALGO QUE SERVE A UM PROPSITO CLARO E DEFINIDO.

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    Pedaggica III

    PROCESSOS EDUCATIVOS E DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO

    CATEGORIAS PROCESSOS ENVOLVIDOS NA SITUAODE ENSINO E APRENDIZAGEM

    1. ESCOLHA DO TEMA

    2. ELABORAO DOROTEIRO

    3.DESENVOLVIMENTO,REALIZAO E AVALIAODE ATIVIDADES

    4. SNTESE DO PROJETO

    Explicitao de desejos e necessidades de conheci-mento.

    Formulao de interesses, perguntas e intenes. Identificao de temas de aprendizagem. Ativao de conhecimentos, experincias e desejos

    prvios. Tomada de decises em relao a prpria aprendiza-

    gem.

    Organizao dos contedos. Hierarquizao das necessidades e questes propos-

    tas.

    Planejamento do trabalho. Criao de um contexto favorvel para o desenvolvi-

    mento da atividade posterior: motivao e envolvimen-to dos alunos.

    Estabelecimento de informaes entre os conhecimen-tos prvios e os novos.

    Identificao de necessidades. Limitaes e definiode ajuda necessria.

    Localizao, organizao e classificao informao,

    conhecimentos, materiais, etc. em diferentes suportesespecficos: murais e cartazes; cantos da sala e ofici-nas; lbuns; fichrios e pastas pessoais, etc.

    Construo de esquemas de conhecimento por meioda interao e do trabalho cooperativo.

    Avaliao individual e coletiva do processo de apren-dizagem e dos contedos aprendidos.

    Conscientizao do trabalho realizado: inteno inicial,grau de adequao do trabalho realizado, objetivos

    atingidos, aprendizagens efetivas, dvidas e limitaes,etc. Reorganizao e explicitao das noes, relaes,procedimentos e atitudes.

    O ser humano , naturalmente, um ser da invenono mundo razo de que faz a Histria. Nela, por issomesmo, deve deixar suas marcas de sujeito nopegadas de objeto.

    Paulo Freire, 1997, p.119.

    Para refletir...

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    Nesta perspectiva, um dos objetivos de pedagogia de projetos permitir que aaprendizagem dos alunos tenha um ponto de ancoragem firme nos interesses e nasnecessidades dos alunos, ou seja, na vida dele.

    As etapas de elaborao e aplicao de projeto podem ser concebidas a partir daproposta metodolgica da problematizao, segundo Berbel (1998, p.133).

    Portanto, ao trabalhar com a metodologia da problematizao, estamos de modoconsciente, desenvolvendo no educando o senso crtico de autonomia, responsabilidade eprincipalmente a percepo de se trabalhar de maneira conjunta teoria e a prtica.

    Por sua vez, ao planejarmos os procedimentos da pedagogia de projetos, devemoster como parmetros as seguintes etapas:

    Observao da realidade realiza-se a observao do que ocorre na realidade,e com isso possibilita-se perceber os aspectos significativos dos problemas que estopresentes na parte selecionada para o estudo. Tomemos como exemplo a seguinte situao:vamos imaginar que ao observar a realidade de sala de aula, constatamos a existncia de

    uma indisciplina incontrolvel dos alunos.

    Pontos-chave a etapa marcada pelo levantamento dos pontos-chaves,antecipados pela anlise dos possveis fatores associados ao problema selecionado etambm de seus determinantes maiores, quais sejam:

    Fatores associados ao problema muitas so as causas que podem estar associa-dos indisciplina em sala de aula. Assim, cabe ao educador, aps fazer uma refle-xo crtica e contextualizada de sua sala de aula, realizar um levantamento de algunsfatores que poderiam interferir no problema diagnosticado, tais como: a falta de es-trutura familiar, a falta de limites, mtodo inadequado do educador, dentre outros.

    Determinantes contextuais do problema-a concluso de que a indisciplina em salade aula pode ser um reflexo do descontentamento do educando, pois ele quer mostrarque no est gostando de algo. E essa situao ocorre muitas vezes por falta deuma poltica educacional mais sria que possa vir ao encontro de uma formaocontinuada dos educadores. Partindo dessa reflexo, elegemos os seguintes pontos-chave para o estudo:

    - A indisciplina da relao famliaescolaalunoprofessorcomunidade.- Polticas educacionais e formao do professor.- O repensar da prtica pedaggica.

    Aps elencarmos os pontos-chave teremos como meta obter subsdios para auxiliaro educador na compreenso e encaminhamento imediato de possveis solues para osproblemas apresentados.

    A metodologia da problematizao permite provocar nosalunos, alm da aquisio de conhecimentos, as associaesdestes com outros aspectos da vida em sociedade que interferemdiretamente nas relaes de trabalho, na produo utilizao edisseminao dos conhecimentos tericos e prticos econsequentemente na vida da populao como um todo.

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    Pesquisae Prtica

    Pedaggica III

    Teorizao busca-se sistematizar as informaes tcnicas,cientficas, empricas, oficiais e/ou outros, conforme natureza do problema.Trata-se, analisa-se e avalia-se as informaes coletadas, buscandocontribuies para uma possvel resoluo. Neste momento, o educadorbuscar bibliografias referentes aos pontos-chave levantados, para umamelhor compreenso da prtica analisada.

    Hipteses de soluo consiste na apresentao de propostas para a soluodo problema, de maneira a alterar o quadro existente. Todas as alternativas possveis deveroser explicitadas. Tomamos como exemplo o estar diante de uma problemtica pensarmosem algumas hipteses de soluo:

    - realizar palestras para toda a comunidade escolar a respeito da indisciplina e suasconseqncias.

    - reivindicar aos governantes a elaborao de poltica educacional essa relao formao continuada dos educadores.

    - realizar mudanas na metodologia utilizada pelo educador, destacando a importncia

    de se trabalhar com pedagogia de projetos.

    Aplicao da realidade a aplicao das alternativas de interveno na realidade,possibilita-nos assumir o compromisso de realizar determinadas aes concretas. Em vistadisso, o prximo passo a ser concretizado refere-se aplicabilidade das hipteses desoluo na sala investigada.

    Assim, ao refletirmos sobre os passos da metodologia da problematizao, podemosentender que, antes de elaborarmos um projeto, necessria a observao da realidade.Aps os educandos terem escolhido com o educador o problema em questo, verificaro

    quais so os pontos-chave do problema, questionando e refletindo sobre os aspectos a elerelacionados.Logo aps, vem etapa da teorizao, sistematizao das informaes tcnicas,

    cientficas, mediante o uso de instrumentos de pesquisa. Em seguida, sero elaboradas ashipteses de soluo, quando sero registradas e analisadas todas as alternativas possveisum novo momento de reflexo definir esta ltima etapa, inclui novas aes dos estudantese professores, agora sobre a realidade (BERBEL, 1998, p.8).

    Neste contexto, para que todo o processo de elaborao do projeto possa atingirdeterminado objetivo, imprescindvel pensar e repensar na avaliao, pois a avaliao parte essencial na composio do planejamento. Se o educador no tiver claro como iravaliar seu educando, acabar fazendo apenas a verificao de contedos apreendidos,

    ou da sua aprendizagem.Nesta perspectiva, vale destacar decises relativas ao planejamento de atividades,

    partindo do modelo curricular - construtivista e aberto-que proposto na atual reforma doSistema Educativo. Este deixa ao educador a liberdade, o privilgio e a responsabilidadede planejar as atividades concretas que propor a seus alunos. Ento, naturalmente, noseremos ns que roubaremos seu profissionalismo.

    Para isso, voc deve tomar uma srie de decises, como, por exemplo:

    Decises relativas ao plano de atividades

    1) A escolha do tema de trabalho;2) A escolha do tipo de texto;3) A escolha da atividade concreta;

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    4) A deciso sobre a forma de agrupar os alunos na atividade;5) A deciso sobre os procedimentos para ativar conhecimentos prvios;6) A deciso sobre o processo de realizao da atividade, os materiais, as

    intervenes do professor e os procedimentos de correo e aperfeioamento/aprofundamento dos contedos que se fizerem necessrios.

    Essas decises voc toma a partir de critrios diversos.

    Critrios para tomar decises:

    As caractersticas concretas do grupo de alunos; Os objetivos educativos do professor em relao aos alunos; O nvel de conhecimentos prvios dos alunos em relao aos contedos/temas

    propostos; As necessidades comunicativas que surgem na rotina cotidiana da aula, nos te-

    mas de estudos propostos, nas notcias da atualidade, nos interesses dos alunos,etc;

    O nvel de conhecimento prvio requerido a cada tipo de tema/contedo; As caractersticas concretas do tema/contedo a ser trabalhado; As caractersticas concretas do tipo de atividade.

    Alguns conselhos para serem considerados na escolha das atividades:

    1. Se for possvel, escolha uma atividade que permita aos alunos trabalhar com mate-riais reais: jornais, revistas, livros, cartazes, etc;

    2. Escolha a atividade que oportunize o aluno a refletir mais. Lembre-se que o quemotiva mais os estudantes resolver um problema/desafio;

    3. Escolha a atividade que seja mais aberta, que permita que cada um responda deforma diferente, conforme suas possibilidades;

    4. Escolha a atividade mais complexa e no a mais simples. No subestime as possi-bilidades de seus estudantes;

    5. Escolha a atividade que possam ser feitas entre dois ou trs alunos. Lembre-seque o trabalho conjunto ajuda na aprendizagem;

    6. Escolha a atividade que tenha sentido e projeo fora da aula: que trabalhem paraalgum do exterior e para algo til fora da aula.

    Conseqentemente, aps a reflexo da importncia do planejamento no cotidiano,percebemos que impossvel realizarmos algo sem antes planejar, pois o planejamentoconsiste em pensar, refletir, criar estratgias para que possamos intervir na realidade demaneira consistente e transformadora.

    Sendo assim, o planejamento pode ser estruturado da seguinte forma:

    1) Plano de Curso;2) Plano de Unidade;3) Plano de Aula.

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    Pedaggica III

    As primeiras atividades de cada dia de aula so constitudas pelas rotinas de classe,palestra inicial/introduo e planejamento cooperativo de trabalho a ser desenvolvido comos educandos.

    As rotinas envolvem: a freqncia e a avaliao da freqncia da turma com oseducandos; organizao da sala, criando um ambiente adequado ao trabalho do dia.

    A palestra inicial/introduo importante, para dar aos educandos a oportunidade

    de se expressar livremente e dirigir seus interesses para as atividades previstas peloprofessor, sentindo a necessidade de desenvolv-las. Atravs desse momento, o educadorfez coincidir os objetivos dos educandos com seus prprios objetivos.

    1) PLANO DE CURSO a distribuio dos assuntos a serem estudados edos objetivos a serem gradativamente alcanados em determinados perodos: anuais,semestrais, mensais e semanais. Organizado pelo educador, possibilita umadistribuio racional e equilibrada do trabalho por todo ano letivo. de muita utilidade,desde que o educador compreenda que o plano uma diretriz, um roteiro flexvel, queprecisa ser revisto periodicamente, para ajustamentos s possibilidades de realizao.

    2) PLANO DE UNIDADE um plano includo no plano de curso; oplanejamento para um determinado perodo letivo: um a mais meses. Quando asatividades previstas para esse perodo esto relacionadas entre si e contribuem paraque seja atingido um objetivo final determinado pelos educandos, sendo assuntos aestudar organizados por um tema geral, tem-se uma unidade de trabalho ou projeto.

    3) PLANO DE AULA desenvolvido em cada dia de aula, planejando-sedetalhadamente as atividades previstas. O plano dirio a seqncia do planejamento

    de todas as atividades de dia letivo.

    O PLANEJAMENTO COOPERATIVO CONSISTE EM:

    LEVAR OS EDUCANDOS A ESTABELECER AS ATIVIDADES QUE SERODESENVOLVIDAS NO DIA, DE ACORDO COM O QUE FORA PREVISTO PELOEDUCADOR. PLANEJAR COM OS ALUNOS CONTRIBUI PARA A FORMAO DEATITUDES, COMO RESPONSABILIDADE, PERSISTNCIA, ORGANIZAO,

    DESENVOLVENDO O COMPORTAMENTO DEMOCRTICO. FAZ, TAMBM, COM QUEA TURMA FIQUE MAIS INTERESSADA NO TRABALHO QUE AJUDOU A PLANEJAR,CONHECENDO OS OBJETIVOS A ATINGIR, TENDO PROPSITOS DEFINIDOS.

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    O nmero de atividades dirias e a durao das mesmas variam de acordo aspossibilidades da turma e do horrio escolar.

    Ao fim de cada dia letivo, leva-se a turma a avaliar os resultados obtidos em relaoas que fora previsto, verificando-se, ento, se todos os objetivos forem atingidos, de modogeral, e se o trabalho levou cada educando a desenvolver-se quanto aq1uisio de

    conhecimentos e habilidades e formao de atitudes. Essa avaliao poder ser feitaatravs de discusso ou debate, de questionrios orais ou escritos, fazendo-se com que oeducando preencha fichas ou grfico, individuais ou da turma.

    EXEMPLO DE ESQUEMAS DE FORMULRIOS E PLANEJAMENTOPLANO DE CURSO / PLANO DE UNIDADE / PLANO DE AULA

    PLANO DE CURSO 6 SRIE ENSINO FUNDAMENTALCOLGIODISCIPLINA: HISTRIAPROFESSOR(A):

    Querido (a) aluno (a),

    Aprender uma das grandes mgicas reservadas com exclusividade para a espciehumana no reino animal. Aprendemos a cada dia que passa, a cada momento das nossasvidas.

    Espero que o curso de 6 srie seja para vocs todos o momento de novasaprendizagens e viagens, que possamos juntos aprofundar nossos conhecimentos ealcanarmos aquele que o objetivo da Histria: a compreenso do mundo que nos cercaem sua complexidade humana.

    Seja bem vindo e conte comigo nesta viagem!

    Ao final do curso, o aluno dever demonstrar as seguintes competncias ehabilidades:

    Reconhecer no processo de desenvolvimento histrico das sociedades grega, roma-na, bizantina, islmica, medieval e europia de incios da modernidade a particularida-des sociais, econmicas, polticas e culturais decorrentes da ao do ser humanosobre o espao por ele ocupado e explorado, as conseqncias da decorrentes eseus reflexos na formao do mundo contemporneo, bem como, a presena histricadestes elementos nas sociedades atuais;

    Perceber as relaes sociais, polticas e econmicas do passado em diferentescontextos histricos e seus reflexos no mundo contemporneo;

    Identificar as caractersticas culturais dos povos do passado e sua herana nas so-

    ciedades contemporneas, principalmente a brasileira;Analisar, atravs do estudo da Histria, o conceito de cultura, buscando valorizar apluralidade cultural de diferentes povos e do Brasil, posicionando-se contra qualquer

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    Pesquisae Prtica

    Pedaggica III

    discriminao baseada em diferenas culturais, religiosas, de classesocial, sexo, raa e outras caractersticas individuais e sociais;

    Compreender a cidadania como um conjunto de direitos e deveres po-lticos, civis e sociais, adotando no dia-a-dia atitudes de participao,solidariedade, cooperao;

    Posicionar-se de maneira crtica, responsvel e construtiva nas diferentes situaessociais, respeitando a opinio e o conhecimento produzido pelo outro, utilizando odilogo como forma de resolver conflitos e de tomar decises coletivas;

    Identificar-se como construtor da histria;

    Demonstrar desenvolvimento da capacidade de expresso escrita e oral atravs dacorrelao de contedos e de uma anlise da influncia do passado histrico nomundo contemporneo;

    Demonstrar as habilidades de ordenar, citar, seriar, identificar, comparar, transcrever

    dentro de um contexto histrico;Ter adquirido o hbito da leitura.

    OBJETIVOS ESPECFICOS CONTEDO PROGRAMTICO

    1.0 - Localizar geograficamente e caracterizar o meioambiente da Grcia e da Roma Antigasestabelecendo relao entre espao geogrfico e odesenvolvimento histrico, poltico e econmicodesses povos;

    1.1- Conceituar democracia na Grcia Antigarelacionando-a com a democracia brasileira;

    1.1- Estabelecer semelhanas e diferenas entredemocracia na Grcia Antiga e no Brasil de hoje;

    1.1- Identificar critrios de considerao da cidadaniana Grcia Antiga e o uso deste conceito no mundomoderno;

    1.1- Caracterizar as formas de produo nasociedade grega e as relaes sociais decorrentesdessas relaes, e os reflexos histricos destarealidade na formao das sociedades atuais;

    1.1- Destacar e conceituar os principais aspectosda vida poltica da Roma Antiga e seus reflexoshistricos na formao do mundo contemporneo;

    1.1- Conceituar e diferenciar Monarquia, Repblicae Imprio no contexto histrico da Roma Antiga e apermanncia destas formas de organizao polticano mundo contemporneo;

    1.2- Analisar o papel da escravido no mundo gregoe sua permanncia nas relaes de trabalho nomundo moderno;

    1.2- Analisar o papel da escravido no mundoromano e sua permanncia nas relaestrabalhistas no mundo moderno e no Brasil atual;

    1.3- Identificar o papel do mito na Antigidade e nasociedade atual;

    1.0 - Panorama histrico e cultural das sociedadesgrega e romana na Antigidade.

    1.1 - Organizao poltica e social da Grcia e daRoma Antigas.

    1.2 - Escravismo antigo na Grcia e em Roma.

    1.3 - Religio e mitologia grega e romana.

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    1.3 - Identificar o papel do mito na Antigidade e nasociedade atual;

    1.3- Analisar o papel poltico do cristianismo nomundo romano da Antigidade e seu papel narealidade social brasileira;

    1.3 - Relacionar o papel religioso desempenhado pelo

    cristianismo no Mundo Antigo e o papel das religiesnas sociedades atuais, particularmente na brasileira;

    1.4- Pontuar elementos de permanncia histricado povo grego da Antigidade no contexto cultural ehistrico do mundo ocidental moderno;

    1.4- Ressaltar os aspectos mais importantes dasrealizaes artsticas, filosficas, cientficas daGrcia Antiga para as sociedades ocidentais atuais,destacando a Democracia e Cidadania;

    1.4 - Apontar elementos de permanncia histricado povo romano da Antigidade no contexto cultural

    e histrico do mundo ocidental moderno eparticularmente no Brasil;

    2.0 - Relacionar os efeitos das migraes brbarasno contexto histrico da Roma Antiga e no processode formao do feudalismo, com a realidade dosmovimentos populacionais nas sociedadescontemporneas e suas conseqncias histricas;

    2.0 - Evidenciar os aspectos romanos e germnicosque estruturaram a sociedade feudal e a permannciadestes elementos nas relaes sociais do Brasilatual, particularmente no universo das comunidadesrurais;

    2.1 - Diferenciar as classes dentro da sociedadefeudal, analisando o fenmeno da diferena declasses no feudalismo e na sociedade brasileiraatual;

    2.1- Diferenciar caractersticas relacionadas ao usoe posse da terra na sociedade medieval e nacontempornea;

    2.1- Identificar e diferenciar elementos de statussocial na sociedade medieval e na brasileira atual;

    2.2- Caracterizar a estrutura ideolgica desustentao da sociedade feudal e relacionando-as

    com as de sustentao da sociedade brasileira;2.2- Analisar o universo religioso na sociedademedieval e no Brasil atual;

    2.2 - Destacar a cultura erudita e popular no perodomedieval e na sociedade brasileira atual;

    3.0 - Estabelecer relao entre a realidade geogrficada Pennsula Arbica e o desenvolvimento poltico,econmico e cultural do povo rabe;

    3.0 - Analisar a realidade histrica da expansoterritorial do povo rabe na frica e na Europa e arealidade do mundo rabe na atualidade;

    3.0 - Identificar na cultura brasileira atual elementosde permanncia e de influencia da civilizao rabe;

    4.0 - Localizar e caracterizar geograficamente o meioambiente onde es desenvolveu a Civilizao Bizantina

    1.4 - A presena cultural greco-romana no nossotempo.

    2.0 - Formao do Feudalismo

    2.1 - Sociedade Medieval.

    2.2 - A Igreja e a cultura medieval.

    3.0 - Civilizao rabe.

    4.0 - Civilizao Bizantina.

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    Pesquisae Prtica

    Pedaggica III

    estabelecendo relao entre espao geogrfico e seudesenvolvimento histrico, poltico e econmico;

    4.0 - Relacionar a religiosidade do povo bizantinocom a das classes populares no Brasil de hoje;

    5.0 - Evidenciar as transformaes ocorridas naEuropa Ocidental, destacando as novas relaes detrabalho, o aumento populacional e os efeitos destefenmeno social nas sociedades medievais e atuais;

    5.1- Estabelecer relao entre o crescimentodemogrfico e os interesses da Igreja no contexto

    da Europa da transio da Idade Mdia para aModerna e este fenmeno histrico na sociedadebrasileira atual;

    5.1- Destacar as revoltas sociais e seu papel nomundo medieval e atual;

    5.1 - Identif icar os principais elementoscaracterizadores do processo de transio culturalda Idade Mdia para Moderna, observando naContemporaneidade suas rupturas e continuidades;

    5.1- Reconhecer no Renascimento fatores detransformao da mentalidade e suas implicaespolticas, econmicas e religiosas;

    5.1- Relacionar o processo de formao do EstadoModerno europeu com as transformaes culturaise scio-polt icas da transio feudalismo/modernidade;

    5.1- Analisar causas e conseqncias da ReformaReligiosa na Europa Moderna e seusdesdobramentos histricos no universo religioso dassociedades atuais;

    5.2- Destacar o papel do Estado Moderno noprocesso de expanso ultramarina, e seusdesdobramentos na sociedade da poca e na

    atualidade;5.2 - Conceituar mercantilismo observando suaimportncia como poltica econmica no contextoda administrao colonial;

    5.2- Identificar como as diferentes prticasmercanti l istas na Europa aceleraram odesenvolvimento da economia de mercado,incentivando a acumulao capitalista na Europa;

    5.2 - Diferenciar os tipos de colonizao adotadospelos Estados europeus e suas conseqnciashistricas na estruturao das sociedades atuais;

    6.0 - Identificar na sociedade brasileira o alcancehistrico das transformaes polticas, econmicase sociais da Europa Moderna.

    5.0 - Contradies e crise do sistema feudal deproduo.

    5.1- Transformaes culturais e polticas na formaodo mundo moderno.

    Renascimento Cultural e Urbano e Absolutismo.Reforma Protestante e reao catlica.

    5.2 - A nova ordem poltica e suas implicaeseconmicas:

    A Expanso Martima.O Mercantilismo.

    O Sistema Colonial.

    6.0 - As transformaes polticas, econmicas,

    sociais e culturais no contexto histrico do Brasil.

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    PROCEDIMENTOS DIDTICOS METODOLGICOS:

    Nas aulas, a partir da exposio participada, a anlise dos fatos referentes ao con-tedo histrico sero relacionadas aos depoimentos e experincias prprias do aluno,levando-os a identificarem-se como elementos construtores da Histria.

    Realizao de estudos dirigidos de textos de extrapolao do material didtico comoforma de enriquecimento do conhecimento construdo pelo aluno.

    Trabalhos em duplas e grupos objetivando o desenvolvimento da construo coletivado conhecimento e da socializao do saber e das responsabilidades coletivas.

    Projeo de vdeos e posterior discusso dos temas buscando desenvolver a orga-nizao da oralidade do aluno atravs da anlise do material projetado.

    Leitura de textos, paradidticos, matrias de jornais e de outras fontes como estmulo

    ao estudo e ao hbito de pesquisa para desenvolvimento e ampliao do conhecimen-to histrico.

    RECURSOS MATERIAIS DIDTICOS:

    Coleo Histria Sociedade & Cidadania (Nova Verso) 6 srie.Autor: Alfredo Boulos JniorEditora FTD

    Atlas Histrico Bsico.Autor: Jos Jobson de A. ArrudaEditora tica

    Como seria sua vida no Antigo Egito?Autora: Jacqueline MorleyEditora Scipione

    Um caderno de desenho no tamanho A4 para confeco do lbum de Histria.

    Mdulo de Textos e Atividades.

    PROCESSOS AVALIATIVOS:

    Avaliaes com questes discursivas.

    Avaliaes com questes objetivas.

    Confeco de Textos descritivos e comparativos.

    Organizao de painis temticos.

    Trabalhos individuais, em duplas ou grupos que sero executados de acordo comnecessidades surgidas durante as unidades do curso.

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    Pesquisae Prtica

    Pedaggica III

    Plano de UnidadeI Unidade

    ColgioSrie 6 Ensino FundamentalProfessorDisciplina Histria

    Querido (a) aluno (a),

    A caminhada em busca do conhecimento longa, mas cercada de prazer e depossibilidades. Caminharemos juntos esse ano, trocando informaes e experincias,buscando conhecer o mundo que nos cerca para nos situarmos como sujeitos histricos,vivos e atuantes.

    A Histria jamais deve ser vista como carroa abandonada beira do caminho, poisela est viva e transborda em variadas cores e formas, em infinitas possibilidades. issoque faz a sua riqueza e importncia.

    Estaremos juntos nesta caminhada. Sejam bem vindos!

    I Contedos:

    Como se organizou a Repblica Romana?

    Como Roma chegou ao apogeu?Como foi o fim do Imprio Romano?O que herdamos do mundo romano?

    II Objetivos:

    Entender o processo de povoamento da pennsula itlica e as determinantes histricasque levaram cada um dos povos formadores da Roma Antiga a se fixarem nestaregio.

    Analisar as transformaes decorrentes do processo de expanso territorial do povoromano na pennsula itlica.

    Relacionar a importncia poltica do patriciado posse das terras e ao controle dosescravos.Identificar as principais caractersticas da sociedade romana do perodo republicanode governo, entendendo o papel social e poltico de cada grupo da sociedade.

    Entender o papel e a importncia do escravo na economia, na sociedade e na histriapoltica da Roma Antiga.

    Analisar o papel poltico dos plebeus na fase republicana e as transformaes sociais

    e polticas decorrentes das lutas entre plebeus e patrcios.Identificar e listar as principais transformaes sociais e econmicas decorrentes daexpanso territorial na fase republicana.

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    Caracterizar social, poltica e economicamente a Roma Antiga poca do ImprioRomano.

    Entender os conceitos de provncia e cidadania no perodo imperial romano esuas implicaes poltica, sociais e econmicas.

    Caracterizar o cristianismo no contexto histrico, poltico e social da Roma imperial.

    Analisar o papel da crise do sculo III na decadncia do Imprio Romano.Identificar o papel dos povos brbaros no processo de desagregao imperial emRoma e quais as transformaes decorrentes da fuso cultural entre brbaros eromanos.

    III Metodologia:

    Aulas expositivas com leitura, anlise e discusso de textos do livro didtico.

    Resoluo de exerccios do livro didtico.

    Confeco do Painel de Atualidades Histricas. (grupos)Confeco de textos analticos e comparativos das realidades histricas da GrciaAntiga e das sociedades contemporneas.

    IV Avaliaes:

    Tarefas e atividades da Unidade

    Elaborao da capa do lbum de Histria.

    A herana romana na sociedade brasileira atual Atividade realizada no lbum dehistria.