04 constelaÇÃo familiar sistÊmica ana lucia braga

14
TEXTOS - CONSTELAÇÃO FAMILIAR SISTÊMICA Ana Lucia Braga Constelação Sistêmica é uma abordagem terapêutica através da qual torna- se possível identificar e solucionar problemas e conflitos de pessoas, empresas e organizações. Vem da compreensão Sistêmica Fenomenológica, que preconiza que todo indivíduo é integrante de um sistema, e como tal, sofre influências de outros membros do sistema. Nos sistemas familiares, questões vivenciadas por gerações anteriores, como por exemplo, injustiças cometidas, mortes precoces, suicídios, podem inconscientemente afetar a vida de seus familiares com enfermidades inexplicáveis, depressões, novos suicídios, relações de conflito, transtornos físicos e psíquicos, dificuldade de estabelecer relações duradouras com parceiros, comportamentos conflitantes entre familiares, etc. Bert Hellinger, filósofo e psicoterapeuta alemão, descobriu que por amor, lealdade e fidelidade à família, quando algum ancestral deixa situações por resolver, pessoas de gerações seguintes trarão o sentimento e o comportamento, a ação para a resolução dessas situações, “emaranhando-se” e permanecendo, assim, prisioneiros a fatos e eventos pelos quais não são responsáveis e muitas vezes sequer têm conhecimento. Esta é a herança afetiva, uma transmissão transgeracional de problemas familiares, que acaba criando uma seqüência de destinos trágicos. Nas Constelações Sistêmicas, configurando a família através de representantes, é possível que se restabeleçam as “Ordens do Amor”, trazendo solução às dinâmicas familiares. Do mesmo modo ocorre nas Constelações que envolvem empresas e organizações. Esta abordagem traz vantagens especiais quando comparada com outras formas de terapia, como a rapidez, a profundidade e a simplicidade com que se processa. É um trabalho desenvolvido em grupo, onde o processo de aprendizado acontece simultaneamente com o cliente, com os representantes e com quem está apenas assistindo. Na maioria das vezes, são necessárias uma ou duas sessões de intervenção. CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS - O Casal Todo relacionamento de casal é um relacionamento entre sistemas. O reconhecimento da necessidade um do outro e de que o homem e mulher são diferentes, porém equivalentes está na base de todo relacionamento; este tem sucesso quando há equilíbrio entre dar e receber; Ordem e Amor se completam: a Ordem vem primeiro e o amor está a serviço de uma ordem maior. Essas são algumas afirmações de Bert Hellinger sobre casais. Nas Constelações Sistêmicas, muitas vezes quando se configura o casal, os representantes apontam uma indisponibilidade mútua, inconsciente e perceptível apenas nos atos. Às vezes até desejam estar juntos, mas algo os impossibilita. Em geral, as dificuldades entre um casal estão ligadas

Upload: api-26189480

Post on 07-Jun-2015

1.468 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 04 ConstelaÇÃo Familiar SistÊmica Ana Lucia Braga

TEXTOS - CONSTELAÇÃO FAMILIAR SISTÊMICA Ana Lucia Braga

Constelação Sistêmica é uma abordagem terapêutica através da qual torna-se possível identificar e solucionar problemas e conflitos de pessoas, empresas e organizações. Vem da compreensão Sistêmica Fenomenológica, que preconiza que todo indivíduo é integrante de um sistema, e como tal, sofre influências de outros membros do sistema.  Nos sistemas familiares, questões vivenciadas por gerações anteriores, como por exemplo, injustiças cometidas, mortes precoces, suicídios, podem inconscientemente afetar a vida de seus familiares com enfermidades inexplicáveis, depressões, novos suicídios, relações de conflito, transtornos físicos e psíquicos, dificuldade de estabelecer relações duradouras com parceiros, comportamentos conflitantes entre familiares, etc. Bert Hellinger, filósofo e psicoterapeuta alemão, descobriu que por amor, lealdade e fidelidade à família, quando algum ancestral deixa situações por resolver, pessoas de gerações seguintes trarão o sentimento e o comportamento, a ação para a resolução dessas situações, “emaranhando-se” e permanecendo, assim, prisioneiros a fatos e eventos pelos quais não são responsáveis e muitas vezes sequer têm conhecimento. Esta é a herança afetiva, uma transmissão transgeracional de problemas familiares, que acaba criando uma seqüência de destinos trágicos.  Nas Constelações Sistêmicas, configurando a família através de representantes, é possível que se restabeleçam as “Ordens do Amor”, trazendo solução às dinâmicas familiares. Do mesmo modo ocorre nas Constelações que envolvem empresas e organizações.Esta abordagem traz vantagens especiais quando comparada com outras formas de terapia, como a rapidez, a profundidade e a simplicidade com que se processa.  É um trabalho desenvolvido em grupo, onde o processo de aprendizado acontece simultaneamente com o cliente, com os representantes e com quem está apenas assistindo.  Na maioria das vezes, são necessárias uma ou duas sessões de intervenção.   

 

CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS - O CasalTodo relacionamento de casal é um relacionamento entre sistemas. O reconhecimento da necessidade um do outro e de que o homem e mulher são diferentes, porém equivalentes está na base de todo relacionamento; este tem sucesso quando há equilíbrio entre dar e receber; Ordem e Amor se completam: a Ordem vem primeiro e o amor está a serviço de uma ordem maior.  Essas são algumas afirmações de Bert Hellinger sobre casais.  Nas Constelações Sistêmicas, muitas vezes quando se configura o casal, os representantes apontam uma indisponibilidade mútua, inconsciente e perceptível apenas nos atos.  Às vezes até desejam estar juntos, mas algo os impossibilita.  Em geral, as dificuldades entre um casal estão ligadas à possibilidade de haver questões anteriores não solucionadas.  Questões que nos remetem aos pais, à família de origem. 

Page 2: 04 ConstelaÇÃo Familiar SistÊmica Ana Lucia Braga

Para que um casal possa permanecer junto é necessária a separação da família de origem e a libertação dos emaranhamentos nos destinos desta família.As ordens na família envolvem o direito à pertinência, ou seja, todos têm o direito de pertencer.  Há uma hierarquia que deve ser respeitada, e deve haver equilíbrio entre o dar e o tomar em todas as relações dentro do sistema familiar.O amor da criança pelos pais e dos pais pela criança também faz parte da base de todo relacionamento.  Quando um dos parceiros não toma seus pais, também não pode tomar o outro no casamento.Outras questões percebidas nas Constelações Sistêmicas: o relacionamento do casal tem precedência com relação à paternidade ou maternidade; a hierarquia é fundamental nas famílias mistas - quando há mais de um casamento.  Em um casamento com filhos, os parceiros anteriores sempre precisam ser respeitados para que uma próxima relação dê certo, não importando os motivos da separação.E quando isso não acontece, os parceiros anteriores são representados no casamento pelos filhos.  O relacionamento entre um homem e uma mulher está inserido num contexto maior.  Pela sua natureza está direcionado aos filhos, à formação de uma família, à continuação da vida. 

Ana Lucia Braga

Terapeuta de Constelações Sistêmicas

Terapeuta Corporal Neo Reichiana

Psicopedagoga

 

CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS O sistema familiar pode ser descrito como um conjunto de pessoas que permanecem unidas ou vinculadas em função de um interesse comum ou de forças que as permeiam, independente de que tenham consciência. Nossa consciência individual atua para nos manter vinculados. Ela manifesta-se quase como uma voz. Essa consciência pessoal é limitada tanto na sua percepção quanto na sua dimensão. Ela se coloca moralmente acima. A Razão está na consciência individual. Nas Constelações Sistêmicas é preciso deixar de lado a consciência pessoal. A solução é abandonar a consciência individual e ir além, além inclusive do bem e do mal. O trabalho sistêmico fenomenológico possibilita uma nova percepção, que às vezes nos chega através dos sentidos e não necessariamente através da compreensão e da razão. Ele nos faz olhar para algo, nos permitindo ser tocados por aquilo, mesmo que nossa mente não entenda. A Consciência do grupo é mais ampla e está ligada a necessidades do grupo. A pessoa é impulsionada pelas forças do grupo. Essa consciência tem como objetivo manter o grupo. Para se ter acesso a esta consciência é necessário que se olhe para todo o grupo.  Na verdade, não se tem acesso à consciência do grupo, só é possível observar e perceber o efeito através de seus resultados. Existem forças que atuam sobre a consciência de grupo, sobre o que Bert Hellinger chama de alma. Essas forças são: pertinência, ordem ou hierarquia e equilíbrio. Quando estas forças não são respeitadas são criados os emaranhamentos. As conseqüências do desrespeito às ordens, os efeitos desse desrespeito são o

Page 3: 04 ConstelaÇÃo Familiar SistÊmica Ana Lucia Braga

surgimento de doenças, conflitos, sentimentos de infelicidade.  As gerações seguintes passarão a reproduzir esses efeitos de forma inconsciente.O trabalho com Constelações Sistêmicas nos permite acessar algo que está presente no sistema.  Para sair da consciência pessoal e ir para a consciência grupal é preciso deixar de lado crenças, conceitos, verdades e até mesmo a consciência pessoal. Para que a solução aconteça, vários passos devem ser dados. Nas Constelações o primeiro passo é a revelação da dinâmica, e isso, na maioria das vezes basta. “Final feliz” não é importante. O que importa é o reconhecimento de uma nova ordem. E o reconhecimento de que a Constelação é só o primeiro passo.  Os outros, a alma saberá dar.

Ana Lucia Braga

Terapeuta de Constelações Sistêmicas

Terapeuta Corporal Neo Reichiana

Psicopedagoga

Consultório: Rua Abrão Caixe, 566 - Jd. Irajá - Ribeirão Preto - SP– Tel. 30215490 - 99947224

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Constelação Sistêmica é uma abordagem terapêutica através da qual torna-se possível identificar e solucionar problemas e conflitos de pessoas, empresas e organizações. Vem da compreensão Sistêmica Fenomenológica, que preconiza que todo indivíduo é integrante de um sistema, e como tal, sofre influências de outros membros do sistema. O sistema é um conjunto de pessoas que permanecem unidas ou vinculadas em função de um interesse comum ou forças que as permeiam, independente de que tenham consciência. Quando pensamos em sistema familiar, podemos dizer que é um grupo de pessoas que se mantém unido por uma força invisível que é o Amor. Fazendo uma analogia com o corpo humano, o individuo está para a família assim como um órgão está para o corpo. Quando um órgão não funciona adequadamente, o corpo humano tende a entrar em sofrimento; assim como, quando uma pessoa da família não está bem, a família tende a entrar em desequilíbrio. O desequilíbrio sistêmico é um desrespeito às Ordens, o que causa emaranhamentos. As conseqüências ou os efeitos deste desrespeito é o surgimento de doenças, conflitos, sentimentos de infelicidade. As gerações seguintes passarão a reproduzir esses efeitos de forma inconsciente. O Trabalho de Constelações possibilita um novo olhar para o sistema. No sentido terapêutico, a revelação da dinâmica do sistema é a própria intervenção.

Page 4: 04 ConstelaÇÃo Familiar SistÊmica Ana Lucia Braga

Quando a pessoa configura sua Constelação, ela entra em contato com uma imagem que em parte é fruto de sua consciência individual e outra é fruto de uma consciência maior que ela não conhece, mas que se manifesta na configuração. A partir dos movimentos que acontecem na Constelação, a pessoa pode criar uma nova imagem e essa nova imagem é que atua dentro do sistema. A imagem inicial é limitada e a imagem final é ampliada. Quando uma dinâmica é revelada, algo vem à tona. É o ponto mais importante do trabalho. Às vezes é possível dar mais alguns passos e às vezes não. No trabalho Sistêmico de Constelações não se trata de alterar ou mudar algo, se trata do terapeuta encontrar a força que permeia aquela dinâmica, e encontrar posicionamentos dentro do sistema, ou completar frases que de alguma forma não têm sido permitidos. Para que uma cura aconteça, vários passos devem ser dados até que se restabeleça a cura final. Nosso primeiro passo é a revelação da dinâmica, e muitas vezes isso basta. O importante é o reconhecimento de uma nova ordem. E, se aquele que assiste chega a uma nova imagem para seu sistema, significa que ele expandiu algo em seu sistema. Ele acompanhou os passos e chegou a uma nova imagem, a alma dele encontrou uma solução e podemos perceber os efeitos que isto causa na pessoa. Quando, em uma Constelação , se acompanha a dinâmica dos fatos e se está em sintonia, isso é o suficiente, e em geral não depende de uma compreensão racional.Ana Lucia BragaTerapeuta de Constelações SistêmicasTerapeuta Corporal Neo ReichianaPsicopedagogaConsultório: Rua Abrão Caixe, 566 - Jd. Irajá - Ribeirão Preto - SP – Tel. 30215490 - 99947224

 

 

CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS COM BONECOS As pessoas procuram um terapeuta em função de suas dificuldades pessoais.  O trabalho Sistêmico de Constelações também é procurado pelos mesmos motivos.  A diferença é que se olha para o todo, com uma visão sistêmico-fenomenológica, para a consciência do grupo, da família, e não para a consciência individual, como nas terapias convencionais. E o trabalho de Constelações pode ser desenvolvido tanto em grupo como individualmente. Muitas pessoas que procuram um terapeuta não desejam um trabalho em grupo. Por este motivo, a Constelação com bonecos (ou figuras, ou objetos) é uma possibilidade para o trabalho sistêmico individualmente, no consultório. Os bonecos são colocados sobre a mesa e representam as relações estabelecidas entre as pessoas da família ou as pessoas importantes de um sistema. A orientação fenomenológica não permite que o terapeuta seja levado por associações e caracterizações, ou por semelhanças com membros do sistema, como em muitas abordagens terapêuticas, especialmente as que trabalham com o psicológico.  No trabalho sistêmico o importante é olhar os acontecimentos essenciais, os fatos, os destinos e dinâmicas de relacionamentos.  E levar em consideração as “Ordens do Amor”, sistematizadas pelo terapeuta alemão

Page 5: 04 ConstelaÇÃo Familiar SistÊmica Ana Lucia Braga

Bert Hellinger, que implicam um olhar para as forças que atuam dentro dos sistemas, como as leis da Pertinência, da Hierarquia e do Equilíbrio.Os bonecos funcionam como os representantes no grupo e são posicionados pelo cliente do mesmo modo como é feito nas Constelações em Grupo. Vivencia-se no consultório, entre terapeuta, cliente e bonecos, o mesmo tipo de percepções, incluindo todos os canais do sentido, como a visão, a audição e outras sensações experimentadas pelos representantes no grupo, com a diferença de que o terapeuta acaba sendo o maior foco das percepções e tem maior responsabilidade no explicitar dessas percepções, já que o campo morfogenético, responsável pelos efeitos que se observa em uma Constelação , também está presente no trabalho individual. Como nas Constelações em Grupo, no trabalho com os bonecos o cliente pode olhar junto com o terapeuta para suas questões, e ter uma imagem inicial, a partir do modo como posiciona os bonecos e, a partir dela, possivelmente poderão ser percebidos os profundos processos anímicos do seu sistema. Será olhado o contexto amplo do vínculo e da solução para os seus relacionamentos. Muitas vezes, em uma única sessão, pode-se ver com profundidade as dificuldades de uma pessoa e de seu sistema, tendo em vista o princípio “tão breve quanto possível e tão efetivo quanto necessário, como um ponto de partida que auxilia um forte processo de ajuda”, como diz Jakob Schineider.Ao olhar calmamente para os bonecos posicionados, cliente e terapeuta podem “ver” o que acontece, sentir, perceber.  E o terapeuta comunica ao cliente aquilo que “vê”. A partir daí, os bonecos vão sendo posicionados de outros modos, com a percepção e o acompanhamento do cliente, até uma imagem final.  Frases de solução são sugeridas pelo terapeuta durante o trabalho, que são verbalizadas pelo cliente, parecendo mesmo uma “brincadeira com bonecos”, como fazem as crianças, mas que trazem solução e alívio, muitas vezes vivenciados corporalmente pelo cliente, podendo este sentir os movimentos da alma. São frases de solução que explicitam a verdade anímica, que evidenciam o amor sistêmico, que liberam e reconciliam. Neste trabalho lidamos com pontes visuais e com a reordenação dentro do sistema da pessoa.  No entanto, as Constelações vão além, como afirma Schineider: elas atuam em um campo onde há espaço para imagens anímicas e energias ou forças que conduzem a dimensões difíceis de serem descritas, para vivências de fenômenos de campos anímicos que estão além da mera observação. Ana Lucia Braga

Terapeuta de Constelações Sistêmicas

Terapeuta Corporal Neo Reichiana

Psicopedagoga

Consultório: Rua Abrão Caixe, 566 - Jd. Irajá - Ribeirão Preto - SP– Tel. 30215490 – 99947224

 

 

“CONSTELAÇÃO SISTÊMICA”“Constelação Sistêmica” é um trabalho que busca na família a origem de dificuldades, bloqueios, padrões comportamentais que trazem sofrimentos desenvolvidos pelas pessoas ao longo da vida.  Destina-se a todas as pessoas que desejam trabalhar suas relações familiares e amorosas, separações, desequilíbrios emocionais, problemas de saúde, comportamentos destrutivos, envolvimento com drogas, perdas e/ou luto, dificuldades financeiras, dificuldades nos relacionamentos, entre outras dificuldades.

Page 6: 04 ConstelaÇÃo Familiar SistÊmica Ana Lucia Braga

É uma abordagem terapêutica através da qual torna-se possível identificar as “Ordens do Amor” dentro da estrutura familiar, trazendo à luz os profundos vínculos – conscientes ou inconscientes - que as pessoas têm com sua família.  Vem da compreensão Sistêmica Fenomenológica, que preconiza que todo indivíduo é integrante de um sistema, e como tal, sofre influências de outros membros do sistema.  Questões vivenciadas por gerações anteriores, como por exemplo, injustiças cometidas, mortes precoces, suicídios, podem inconscientemente afetar a vida de seus familiares com enfermidades inexplicáveis, depressões, novos suicídios, relações de conflito, transtornos físicos e psíquicos, dificuldade de estabelecer relações duradouras com parceiros, comportamentos conflitantes entre familiares, etc. E, muitas vezes, por terem essas questões implicações sistêmicas, não mostram melhoras com as terapias tradicionais.Bert Hellinger descobriu que muitos dos problemas vivenciados pelas pessoas têm uma origem sistêmica, ou seja, vêm do seio da família, muitas vezes de outras gerações.  Por amor, lealdade e fidelidade à família, quando algum antepassado deixa situações por resolver, pessoas de gerações seguintes trarão o sentimento e o comportamento, a ação para a resolução dessas situações, “emaranhando-se” e permanecendo, assim, prisioneiros a fatos e eventos pelos quais não são responsáveis e muitas vezes sequer têm conhecimento.  Esta é a herança afetiva, uma transmissão transgeracional de problemas familiares, que acaba criando uma seqüência de destinos trágicos. Ele diz que há Ordens dentro do sistema familiar e chamou a essas de “Ordens do Amor”.  Dentro deste amor, há o amor cego, infantil, que determina os emaranhamentos, que são as origens dos conflitos e das grandes dificuldades de uma pessoa; é o emaranhamento que mantém determinadas dinâmicas de sofrimento dentro do sistema.  O envolvimento sistêmico sempre se dá pela conturbação das Ordens, das regras do sistema. Este amor cego, que cria sofrimento na tentativa de trazer solução às dinâmicas familiares, também contém a sabedoria e a solução.  E foi através desta sabedoria que Hellinger descobriu, nas “Constelações Sistêmicas”, a possibilidade de restabelecimento da Ordem e do fluxo do amor.  Esta abordagem traz vantagens especiais quando comparada com outras formas de terapia, como a rapidez, a profundidade e a simplicidade com que se processa.  É um trabalho desenvolvido em grupo, onde o terapeuta, a partir de um problema trazido pelo cliente, configura o seu sistema, representando os familiares com as pessoas do grupo.O processo de aprendizado acontece simultaneamente com o cliente, com os representantes e com quem está apenas assistindo.  Na maioria das vezes, são necessárias uma ou duas sessões de intervenção.As Constelações Sistêmicas Empresariais são configuradas do mesmo modo, mudando-se apenas do enfoque familiar para o organizacional. Ana Lucia BragaTerapeuta de Constelações SistêmicasTerapeuta Corporal Neo ReichianaPsicopedagogaConsultório: Rua Abrão Caixe, 566 - Jd. Irajá - Ribeirão Preto - SP  – Tel. 30215490 – 99947224 

Page 7: 04 ConstelaÇÃo Familiar SistÊmica Ana Lucia Braga

 TEXTO PARA O PEREGRINO 

Constelação Sistêmica é uma abordagem terapêutica através da qual torna-se possível identificar e solucionar

problemas e conflitos de pessoas, empresas e organizações. Vem da compreensão Sistêmica Fenomenológica,

que preconiza que todo indivíduo é integrante de um sistema, e como tal, sofre influências de outros membros

do sistema. 

Nos sistemas familiares, questões vivenciadas por gerações anteriores, como por exemplo, injustiças

cometidas, mortes precoces, suicídios, podem inconscientemente afetar a vida de seus familiares com

enfermidades inexplicáveis, depressões, novos suicídios, relações de conflito, transtornos físicos e psíquicos,

dificuldade de estabelecer relações duradouras com parceiros, comportamentos conflitantes entre familiares,

etc.

Bert Hellinger, filósofo e psicoterapeuta alemão, descobriu que por amor, lealdade e fidelidade à família,

quando algum ancestral deixa situações por resolver, pessoas de gerações seguintes trarão o sentimento e o

comportamento, a ação para a resolução dessas situações, “emaranhando-se” e permanecendo, assim,

prisioneiros a fatos e eventos pelos quais não são responsáveis e muitas vezes sequer têm conhecimento. Esta

é a herança afetiva, uma transmissão transgeracional de problemas familiares, que acaba criando uma

seqüência de destinos trágicos. 

Nas Constelações Sistêmicas, configurando a família através de representantes, é possível que se restabeleçam

as “Ordens do Amor”, trazendo solução às dinâmicas familiares. Do mesmo modo ocorre nas Constelações

que envolvem empresas e organizações.

A constelação Sistêmica Familiar possibilita a conscientização do papel e da forma que as pessoas estão

enredadas dentro do sistema familiar,  atuando  nos  processos  de  desemaranhamento  e harmonização de

vínculos  em  famílias  que   possuem  casos  de ressentimentos, co-dependência, relacionamentos destrutivos,

doenças psicossomáticas, alcoolismo, abortos, incesto, suicídio, mortes precoces, pessoas excluídas, conflitos

inexplicáveis etc.

O trabalho sistêmico empresarial permite uma visão clara e objetiva dos emaranhados dentro de empresas,

organizações, comércios, consultórios, departamentos etc. No campo sistêmico é possível verificar as origens

dos conflitos e experienciar  novas soluções, possibilitando uma melhor dinâmica de funcionamento para a

empresa.

Nas Constelações de Casais, as dificuldades pessoais, assim como problemas de relacionamentos são

possíveis de serem configurados através de representantes, observados os inúmeros emaranhamentos que

afetam o casal e encontrar soluções adequadas para a relação.

Esta abordagem traz vantagens especiais quando comparada com outras formas de terapia, como a rapidez, a

profundidade e a simplicidade com que se processa.  É um trabalho desenvolvido em grupo, onde o processo

de aprendizado acontece simultaneamente com o cliente, com os representantes e com quem está apenas

assistindo.  Na maioria das vezes, são necessárias uma ou duas sessões de intervenção.

 

Ana Lucia Braga

Terapeuta de Constelações Sistêmicas

Terapeuta Corporal Neo Reichiana

Psicopedagoga

Consultório: Rua Abrão Caixe, 566 - Jd. Irajá - Ribeirão Preto - SP – Tel. 30215490 - 99947224

 

A PERTINÊNCIA NOS SISTEMAS FAMILIARES Sistematizadas por Bert Hellinger, terapeuta alemão, as Constelações Sistêmicas Familiares e Organizacionais cada vez alcançam maior espaço no campo das terapias.

Page 8: 04 ConstelaÇÃo Familiar SistÊmica Ana Lucia Braga

São utilizadas no trabalho individual, no consultório, a partir da aplicação da técnica com figuras ou bonecos, e especialmente em intervenções grupais, em workshops com duração de um ou mais dias consecutivos, nos quais são atendidos alguns clientes. Hellinger descobriu as Ordens Sistêmicas dentro da família e de outros sistemas. Quando uma das Ordens ou Leis Sistêmicas é desrespeitada, há emaranhamentos, ou seja, alguém de uma geração seguinte pode envolver-se com essa desordem e entrar em sofrimento (inconscientemente), conhecendo ou não a desordem, numa tentativa de trazer novamente o equilíbrio, a ordem para seu sistema. Essas Ordens envolvem a Pertinência, a Hierarquia e o Equilíbrio. Nos próximos números serão abordadas as Leis da Hierarquia e do Equilíbrio.  Aqui será abordada a Lei da Pertinência, que quer dizer que ninguém pode ficar fora, que todos os membros do sistema têm direito a pertencer. E quando algum dos elementos fica de fora, é excluído, gerações seguintes emaranham-se com este membro, identificando-se com ele, tentando, de algum modo reintegrá-lo ao sistema. É uma tentativa vã, já que o que move este elemento que veio depois é o amor cego e infantil.Fatos como mortes precoces, mortes ocorridas com menos de vinte e cinco anos, morte do pai ou da mãe, deixando filhos com idade inferior a vinte e cinco anos, abortos espontâneos ou provocados, mortes durante o parto, suicídios ou tentativas, assim como crimes onde se exclui intencionalmente ou não a vítima ou o agressor, são essencialmente importantes no trabalho de Constelações. São ainda importantes os assassinatos, as crianças abandonadas, os que utilizam drogas, prostitutas, deficiências, entre outros fatos que possam estar ligados a pessoas excluídas. Devolver a Ordem, trazer o equilíbrio, restabelecer o fluxo energético, assim como a reconciliação e o restabelecimento do fluxo amoroso é o objetivo do trabalho com as Constelações Sistêmicas.Ana Lucia BragaTerapeuta de Constelações SistêmicasTerapeuta Corporal Neo ReichianaPsicopedagogaConsultório: Rua Abrão Caixe, 566 - Jd. Irajá - Ribeirão Preto - SP – Tel. 30215490 - 99947224

 

 

 

A HIERARQUIA NOS SISTEMAS FAMILIARES

 

A Hierarquia é uma Força, uma Lei que atua em todos os sistemas. Ela tem a ver com a ordem nas posições,

com o lugar que cada um ocupa dentro do sistema. Nas organizações ou empresas também esta Força atua. E

quando não é respeitada, criam-se emaranhamentos.  A consciência coletiva, aquela que serve como “vigia”

dentro dos sistemas, diz que o todo é mais importante que a soma de suas partes, e pede por “restauração” das

infrações desta Lei – Hierarquia -, assim como das outras Leis Sistêmicas: Pertinência e Equilíbrio. Neste

sentido, quando as pessoas estão fora de seus lugares dentro de um sistema, pode-se olhar para possíveis

emaranhamentos, que têm como efeito o sofrimento vivenciado pelas pessoas, tanto na família como nas

organizações.

Nas Constelações Sistêmicas (Familiares ou Organizacionais) pode-se ver a tentativa de restauração da

consciência coletiva. As gerações seguintes, inconscientemente, colocam-se a serviço do que aconteceu

Page 9: 04 ConstelaÇÃo Familiar SistÊmica Ana Lucia Braga

anteriormente, tentando, por exemplo, corrigir injustiças ou reinserir aqueles que foram excluídos. Quem vem

depois acaba pagando a conta.

Cito como exemplos de situações que envolvem a Hierarquia o filho que se sente mais sábio e mais

importante que os pais. Para ele os pais têm muito o que aprender... O que este filho não sabe é que comete

uma infração contra seu sistema familiar, que possivelmente será cometida também por seus filhos, estes

últimos em defesa de seus avós. Sentir-se grande diante dos pais traz, além desta, outras confusões, conflitos,

perdas e sofrimentos na vida. Pode-se ver os efeitos disto na vida das pessoas, quando estão emaranhadas com

a Força da Hierarquia. 

A precedência é clara: quem vem primeiro tem o lugar especial de primeiro. E os demais, aconteça o que

acontecer, devem respeitar o lugar desta pessoa. Muitas vezes um filho caçula deseja assumir as

responsabilidades do mais velho e paga um preço alto por isto. Muitos casais não respeitam o primeiro

parceiro. Às vezes até o chamam de “falecido”. Isso traz profunda confusão sistêmica. Quando o segundo

parceiro quer assumir o lugar do primeiro, em geral este relacionamento também não dá certo. As famílias

mistas atualmente sofrem em profundidade com esta questão, sofrimento este que é estendido também aos

filhos. A prevalência quer dizer que o que é atual prevalece sobre o que é anterior, ainda que o que veio antes

não possa perder seu lugar. Por isso, o relacionamento atual prevalece sobre os anteriores. 

A Hierarquia é clara: o último vem depois dos primeiros. E o primeiro é realmente o primeiro. Quando há

uma inversão na ordem (filhos agindo como pais, por exemplo), há sofrimento sistêmico.

 

Ana Lucia BragaTerapeuta de Constelações SistêmicasTerapeuta Corporal Neo ReichianaPsicopedagogaConsultório: Rua Abrão Caixe, 566 - Jd. Irajá - Ribeirão Preto - SP – Tel. 30215490 – 99947224        A LEI DO EQUILÍBRIO NOS SISTEMAS FAMILIARES

O Equilíbrio é uma Força, uma Lei presente em todos os sistemas.  Dentro dos sistemas há uma necessidade de compensação entre perdas e ganhos, dar e receber, e como uma Lei Sistêmica, ela atua em todos os níveis. Consciente ou inconscientemente tem-se a necessidade de compensação, e às vezes isso ocorre fazendo com que se perca algo, com que se vivencie algo de ruim, mesmo sem a aparente necessidade ou sem se perceber de onde isto vem. É como se houvesse um sentido de equilíbrio. Ele diz se há crédito ou débito com alguém. É quase matemático: se você deu algo, então você espera receber algo também (ainda que não seja na mesma moeda). O outro, por sua vez, sente uma pressão para retribuir, dar também. Se deve algo, há uma pressão para pagar, para devolver, para quitar. Se esta troca for efetiva, produtiva, positiva, a relação será fértil e rica. E isto ocorre tanto no positivo quanto no negativo. A troca equilibra as relações, tornando possível uma convivência longa e saudável. Se, em uma negociação há equilíbrio, então há também liberdade, alegria e portas abertas para próximas negociações. Os dois lados ficam satisfeitos.

Page 10: 04 ConstelaÇÃo Familiar SistÊmica Ana Lucia Braga

Caso contrário, uma das partes não se sente bem. E quando há dívida, uma das partes fica presa. A dívida funciona como uma necessidade de pagar algo para que o equilíbrio retorne. Ela muitas vezes atua como um fantasma, retorna, assombra, pode ser transformada em sentimentos de culpa, atuando secundariamente, sem que se perceba sua origem. Os que recebem pouco – injustiçados -, muitas vezes também ficam presos nesse sentimento, que se secundariza, fazendo com que a pessoa se sinta uma vítima eterna, transforma sua vida em verdadeira pobreza.

No negativo, quando há necessidade de troca, então é necessário que se retribua com menor intensidade: um pouco menos. Isso traz possibilidades para um novo equilíbrio na relação. Se há revide na mesma intensidade, ou em maior escala, então esta relação permanece equilibrada no negativo, o que significa conflito e sofrimento.

Nos sistemas familiares é comum a observação de sentimentos de vazio ligados a não tomar os pais, o que significa que os filhos querem receber apenas o que é bom dos pais, e rejeitar o que não é bom. Para tomar os pais é necessário receber tudo o que eles têm de bom e de ruim. Não é possível selecionar, separar. Muitas vezes os pais estão disponíveis – prontos para se relacionar com o filho apenas como são, com o que têm (não é possível dar aquilo que não se tem). E o filho critica, julga, condena, nega, reclama e simplesmente não recebe, não toma seus pais. Muitas depressões têm origem nesta dinâmica. O filho acaba sentindo-se vazio, só. Esta é uma dinâmica relacionada à Lei do Equilíbrio e que cria outros emaranhamentos.

O que traz solução é o bem, o respeito e o amor. Outros tipos de compensação que na maioria das vezes estão vinculados ao sofrimento das pessoas, não trazem solução, apenas causam mais desequilíbrios sistêmicos. Ana Lucia BragaTerapeuta de Constelações SistêmicasTerapeuta Corporal Neo ReichianaPsicopedagogaConsultório: Rua Abrão Caixe 566 -  JD IRAJÁ - RIBEIRÃO PRETO – Tel. 30215490 – 99947224

 

 

        

CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS E OS CAMPOS MÓRFICOS I

Constelação sistêmica familiar é um trabalho que busca na família a origem de dificuldades,

bloqueios, padrões comportamentais que trazem sofrimentos desenvolvidos pelas pessoas ao

longo da vida. Destina-se a todas as pessoas que desejam trabalhar suas relações familiares e

amorosas, separações, desequilíbrios emocionais, problemas de saúde, comportamentos

destrutivos, envolvimento com drogas, perdas e/ou luto, dificuldades financeiras, dificuldades

nos relacionamentos, entre outras dificuldades. Atende, ainda, às organizações de todos os tipos,

Page 11: 04 ConstelaÇÃo Familiar SistÊmica Ana Lucia Braga

empresas, escolas etc. que desejam diagnosticar e/ou resolver problemas organizacionais. É um

trabalho realizado em grupo ou individualmente. No grupo há a participação das pessoas como

representantes da família (isto é, do sistema familiar) do cliente. Individualmente, realiza-se a

intervenção com o auxílio de figuras ou bonecos.

A representação é parte do fenômeno que ocorre neste tipo de trabalho, onde o terapeuta e os

participantes disponibilizam suas percepções para "ver" o que acontece na dinâmica do sistema

do cliente. Este "ver" dá-se de diversos modos: as pessoas têm sensações físicas como tremores,

arrepios, dores, calor, frio, suores; sentimentos diversos como alegria, raiva, tristeza,

desconfiança, entre tantos outros. E há, na maioria das vezes, o reconhecimento pelo cliente do

comportamento, dos sentimentos, do modo como a pessoa representada é ou foi na realidade,

por vezes com a detecção de sintomas físicos, mesmo não tendo o representante dado nenhuma

informação sobre o que ocorre em seu sistema e sobre as pessoas representadas.

A representação ocorre não em nível psíquico, mas em um nível que a ciência ainda não

consegue explicar.

O terapeuta, então, faz a sua leitura do que está física e espacialmente colocado no campo da

representação do sistema familiar do cliente e dá o direcionamento que julga adequado ou

necessário, buscando não a expressão de sentimentos e sim a ordem sistêmica, segundo as leis

sistematizadas pelo terapeuta e filósofo alemão Bert Hellinger, visando a reconciliação e o

restabelecimento do fluxo amoroso no sistema. A percepção dos representantes, utilizando a

mente expandida, é a mesma que o terapeuta utiliza dentro deste campo energético que se abre

ao se configurar um sistema, seja ele familiar ou empresarial. É a partir dele que se abre

também a possibilidade de movimentos e do restabelecimento da ordem e do equilíbrio, o que

significa possivelmente a eliminação do sofrimento da pessoa e também de outros elementos do

sistema.

(continua no próximo número)

 

 

 

 

 

CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS E OS CAMPOS MÓRFICOS II

Constelação Sistêmica Familiar é um trabalho que busca na família a origem de dificuldades,

bloqueios, padrões comportamentais que trazem sofrimentos desenvolvidos pelas pessoas ao

longo da vida.

No número anterior falamos sobre a representação e concluímos dizendo que a mente

expandida é que possibilita o fenômeno da percepção dos representantes e do terapeuta dentro

do campo energético que se abre ao se configurar um sistema, seja ele familiar ou empresarial.

Abre-se também a possibilidade de movimentos e do restabelecimento da ordem e do equilíbrio,

o que significa possivelmente a eliminação do sofrimento da pessoa e também de outros

elementos do sistema, mesmo que esses elementos não estejam presentes no momento da

constelação, é o que tem sido observado em depoimentos de inúmeras pessoas que

constelaram. Este fenômeno ocorre em função dos “campos”, dos quais fazemos parte.

O biólogo Rupert Sheldrake propõe a idéia dos campos morfogenéticos, que nos auxiliam na

compreensão de como os sistemas adotam suas formas e comportamentos característicos, no

caso das famílias, padrões de sofrimento que muitas vezes se repetem geração após geração. “O

campos morfogenéticos são campos de forma; campos padrões ou estruturas de ordem. São

campos que levam informações, não energia, e são utilizáveis através do espaço e do tempo

sem perda alguma de intensidade depois de terem sido criados. Eles são campos não físicos que

Page 12: 04 ConstelaÇÃo Familiar SistÊmica Ana Lucia Braga

exercem influência sobre sistemas que apresentam algum tipo de organização inerente.” Estes

campos organizam não só os campos de organismos vivos mas também de cristais e moléculas,

instinto ou padrão de comportamento. (...). Estes campos são os que ordenam a natureza. Há

muitos tipos de campos porque há muitos tipos de coisas e padrões dentro da natureza...",

afirma Sheldrake. Isso também significa que em cada nível, o total de energia é mais que a soma

das partes, o que ainda necessita de muitos estudos a serem realizados pela ciência.

Por este motivo – a existência dos campos morfogenéticos – é que, nas Constelações Familiares,

podemos conceber as repetições de padrões de sofrimento, pois o modo como foram

organizados no passado influencia taxativamente o modo como as pessoas no seio da família

funcionam hoje. Há uma espécie de memória integrada nos campos mórficos. E os fatos, os

eventos ocorridos na família, por exemplo, podem tornar-se regularidades, “hábitos”.

Na intervenção Sistêmica Fenomenológica de Constelações, há a possibilidade de uma interação

inteligente, do acesso em outros níveis energéticos, da consciência e da mudança no sistema,

pois o campo mórfico é uma estrutura alterável, a partir do que Sheldrake chama de ressonância

mórfica e, neste sentido, não apenas o cliente que constela beneficia-se, mas todo o sistema

pode beneficiar-se das Constelações Sistêmicas.

Ana Lucia Braga

Terapeuta de Constelações Sistêmicas

Terapeuta Corporal Neo Reichiana

Psicopedagoga

Consultório: Tel. 30215490 – 99947224