artigo simpÓsio constelaÇÃo crianÇas 2012

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I SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CONSTELAÇÃO SISTÊMICA Setembro de 2012 Constelação Familiar com Crianças Ana Lucia de A. Braga Introdução Este texto se propõe a contar um pouco de minha experiência com constelação sistêmica com crianças. Trabalho com crianças desde minha adolescência. Fui professora em todos os níveis de ensino, tendo iniciado minha vida profissional como professora de educação infantil, numa escola popular experimental em uma favela do Rio de Janeiro, em 1978. Meu trabalho como psicopedagoga clínica ajudou muito nessa nova interação entre constelação familiar e crianças. Antes mesmo de conhecer o trabalho de Bert Hellinger, já tinha o olhar voltado às questões familiares, relacionando-as às dificuldades de aprendizagem e às inúmeras dificuldades emocionais que apareciam em meu consultório. Os primeiros adultos com quem trabalhei em terapia foram os pais de meus clientes, inclusive em grupos de pais. Atender grupos de crianças não é fácil. O constelador que se propõe a essa tarefa deve preencher alguns pré-requisitos, como, por exemplo, ser paciente e tolerante, conseguir focar independentemente do nível de ruído no ambiente, além de ter que lidar com a enorme possibilidade de dispersão dos clientes. Deve também conseguir conectar a “leitura do campo” - daquilo que acontece dentro da constelação - com informações

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  • I SIMPSIO BRASILEIRO DE CONSTELAO SISTMICA

    Setembro de 2012

    Constelao Familiar com Crianas

    Ana Lucia de A. Braga

    Introduo

    Este texto se prope a contar um pouco de minha experincia com

    constelao sistmica com crianas.

    Trabalho com crianas desde minha adolescncia. Fui professora em

    todos os nveis de ensino, tendo iniciado minha vida profissional como

    professora de educao infantil, numa escola popular experimental em

    uma favela do Rio de Janeiro, em 1978.

    Meu trabalho como psicopedagoga clnica ajudou muito nessa nova

    interao entre constelao familiar e crianas. Antes mesmo de

    conhecer o trabalho de Bert Hellinger, j tinha o olhar voltado s

    questes familiares, relacionando-as s dificuldades de aprendizagem e

    s inmeras dificuldades emocionais que apareciam em meu consultrio.

    Os primeiros adultos com quem trabalhei em terapia foram os pais de

    meus clientes, inclusive em grupos de pais.

    Atender grupos de crianas no fcil. O constelador que se prope a

    essa tarefa deve preencher alguns pr-requisitos, como, por exemplo,

    ser paciente e tolerante, conseguir focar independentemente do nvel de

    rudo no ambiente, alm de ter que lidar com a enorme possibilidade de

    disperso dos clientes. Deve tambm conseguir conectar a leitura do

    campo - daquilo que acontece dentro da constelao - com informaes

  • mais simblicas, mais caractersticas da linguagem infantil.

    O constelador no deve julgar ou sentir d. Como diz Bert Hellinger,

    fazem parte da postura bsica do terapeuta sistmico: sem medo, sem

    julgamento, sem inteno, sem pena. Deve ter coragem para mostrar o

    que o campo realmente pede que seja mostrado. Gunthard Weber nos

    aponta: Esse o melhor sentido do nosso trabalho - a constelao

    consiste sempre num acontecimento coletivo e criador, e numa

    constante entrega a um processo que no pode ser determinado de

    antemo. O constelador infantil no deve ter pressa, mas tambm no

    pode fazer uma sesso muito longa. As crianas no aguentam muito

    tempo. Por exemplo, se uma constelao de adultos tem a durao

    mdia de 60 a 90 minutos, a infantil no pode passar de 60 minutos.

    Grupos infantis

    Realizo constelaes de crianas tanto em meus Workshops como em

    grupos semanais, aos quais denomino Grupos de Desenvolvimento

    Pessoal e Constelao. Nos Workshops, os pais podem constelar pelos

    filhos, quando esses ltimos tm at 14 anos. Os Grupos de

    Desenvolvimento ocorrem durante 8 semanas, com sesses de duas

    horas, aproximadamente. So 8 crianas com mes e pais, quando

    esses ltimos participam. Cada semana destinada constelao de

    uma criana. Nesses grupos tambm possvel que os pais constelem

    pela criana, mas prefervel que a criana participe.

    Inicio o trabalho com a explicao do que constelao familiar,

    mostrando o mbile, o sino do vento, dando outros exemplos de

    sistema, de conexo, alm do coletivo de estrelas e de famlia, em

    linguagem simplificada, mais acessvel compreenso da criana.

    Essas, independentemente de sua idade, fazem algumas perguntas,

    participam, quando solicitada sua participao e, outras vezes,

  • entrando nas constelaes mesmo quando no so chamadas; ou

    perguntam, antes, se podem entrar (deitar, sentar, etc., no meio dos

    outros representantes).

    A sesso ocorre do seguinte modo: uma rodada, uma constelao

    imaginria e uma constelao a cada semana; em algumas sesses

    realizamos, ainda, pequenos movimentos com todos os participantes.

    Por exemplo, trabalhamos com desenhos, com l, com pedras, com

    colagem. Focamos o medo, entre outros temas, aquilo que o filho

    carrega pelos pais.

    Participam do grupo crianas a partir de 3 anos e meio, adolescentes e

    seus pais. Tive oportunidade de reunir crianas pequenas e adolescentes

    de at 18 anos, em um mesmo grupo, de modo harmonioso.

    Aps o contrato, geralmente fazemos uma rodada de nomes, idades e

    problemas; se quiserem, podem falar alm dos problemas, de algo mais.

    Em geral, todos ouvem com ateno e perguntam o que no entendem.

    A partir da terceira sesso, o grupo parece j ter entendido como se d

    o trabalho, sendo possvel uma maior concentrao por parte das

    crianas, e um maior interesse tambm. Querem ouvir histrias, tanto

    as que o constelador conta quanto as que os outros participantes

    contam: o que sentem dentro do campo, como representantes dos

    membros da famlia dos outros, as hipteses da terapeuta em relao

    ao que acontece na constelao. E parecem gostar muito da pergunta:

    Voc se sente melhor ou pior? Em geral respondem com propriedade e

    o mais interessante que muitas das que esto sentadas, fora da

    constelao, respondem tambm.

    Como o trabalho fenomenolgico em essncia, dificilmente planejo

    uma sesso. Sinto o campo, sinto o grupo, e s a que resolvo que

    tcnica utilizar, que brincadeira usar antes ou aps a constelao.

  • De onde vem o emaranhamento: l, desenhos, pedras nas mos

    Venho utilizando tcnicas variadas para explicar as leis sistmicas, o que

    e de onde vem o emaranhamento. Por exemplo, utilizo ls coloridas

    para que se diagnostique de que lado da famlia vem o emaranhamento

    da questo que se quer trabalhar. Cada criana, aps pensar sua

    questo, recebe dois novelos de l, um de cada vez. O primeiro refere-

    se famlia do pai, mas no h necessidade de dizer isso, para que no

    haja influncias indesejveis. A criana vai desenrolando o novelo at

    onde quiser. Quando resolve parar, ela prpria arrebenta a l (ou recebe

    ajuda quando no consegue sozinha). Pensando, ainda, na mesma

    questo, recebe o outro novelo de l, de outra cor, e desenrola at onde

    desejar. Aps arrebentar a l do segundo novelo, mede-se o tamanho

    dos dois. O primeiro o do pai, o segundo o da me. O que

    impressionante que, muitas vezes, o tamanho das duas ls

    praticamente o mesmo. No entanto, muitas vezes, o tamanho fica bem

    diferente. A l mais comprida indica o lado do emaranhamento.

    Outra tcnica para diagnosticar o lado principal do emaranhamento

    estender as duas mos para frente, colocar uma pedra em cada mo,

    mais ou menos do mesmo peso (claro) ou almofadas, e deixar abaixar

    a mo que pesar mais. A mo direita representa o pai e a mo

    esquerda, a me. Esta tcnica foi demonstrada por Sophie Hellinger em

    um dos seminrios de Bert Hellinger no Brasil.

    O desenho uma tcnica fenomenal em muitos sentidos, utilizado desde

    sempre pela humanidade para representar situaes, e tambm pela

    psicologia, h incontvel tempo. Utilizo o desenho s vezes em dois

    momentos do grupo: para trabalhar a hierarquia e a pertinncia. Aps

    uma constelao interna, com o posicionamento dos pais e filhos,

    podemos fazer com as crianas e pais a leitura da hierarquia, dos tipos

    de famlia presentes. s vezes nos deparamos com famlias do tipo

    mosaico ou mistas, ou monoparentais, ou mesmo homo afetivas, alm

  • daquelas que chamamos tipo nuclear1.

    Para a lei da pertinncia, utilizo a anamnese ou questionrio sistmico,

    que preenchida como ficha de inscrio no momento que a criana

    ingressa no grupo. Fazemos a leitura do questionrio, perguntando

    sobre aquilo que se reconhece existir em sua famlia. Depois, falo um

    pouco sobre a importncia dos excludos na famlia, aps perguntar

    quem sabe desses excludos, quem os reconhece.

    Demonstramos, atravs de uma representao, como acontece este

    amor s vezes secreto pelos excludos: Em duplas, um representa a si

    prprio e o outro, um excludo da famlia. Peo que percebam como se

    olha para o representante do excludo, como ele olha o cliente. No final

    da experincia, sugiro que se reverencie e se diga: eu amo voc e o seu

    destino. Por favor, me olhe com carinho, me olhe com bons olhos.

    Depois, peo que se desenhe a criana, a famlia do pai e a famlia da

    me, e os excludos de ambas as famlias.

    Fazemos sempre a apresentao dos desenhos pelas crianas e a leitura

    sistmica dos mesmos.

    __________________________________________________________

    1. TIPOS DE FAMLIA: MATRIMONIAL aquela onde h um casamento de papel passado, legal. UNIO ESTVEL casais que vivem juntos, sem assinar o papel, provavelmente no pretendem se casar. CONCUBINRIA casais que, provavelmente, pretendem se casar. MONOPARENTAL pai ou me criam o filho sozinho. INTERSEXUAL composta por transexuais. HOMOAFETIVA composta por casais do mesmo sexo. UNILINEAR mulheres que tiveram filhos por inseminao artificial, sem saber, muitas vezes,

    quem o pai. MOSAICO ou MISTA composta por casais separados, que vivem juntos com filhos de relacionamentos anteriores. (Excerto de texto de

    Ana Lucia Braga, publicado na Revista UNISAUDE, de Ribeiro Preto SP, em dezembro de 2011).

  • Pular carnia e os pesos que se carrega pela famlia

    Outra brincadeira utilizada em meus grupos infantis pula carnia (ou

    sela, ou mula), como chamada popularmente, dependendo da

    regio do Brasil. Utilizo esta tcnica para mostrar como fcil pagar os

    preos, ser leal e fiel a famlia de origem. E tambm para mostrar qual

    lado da famlia pesa mais, qual mais fcil de se aguentar.

    Carnia ou a mula so denominaes populares interessantes para o

    repertrio infantil, pois ningum quer ser esse negcio fedido ou uma

    mula, que no sentido pejorativo quer dizer burro, sem inteligncia.

    Ningum, com a conscincia individual, de fato, quer se manter no

    sofrimento, emaranhado. Porm, a conscincia sistmica nos imobiliza,

    nos aponta, como uma bssola insistente, para o local do sofrimento,

    para a repetio dos padres familiares.

    A postura da brincadeira a mesma do pular carnia. A criana que

    fica na posio de quatro apoios, no cho o cliente, a carnia. So

    escolhidos representantes para o pai (e seus problemas), a me (e seus

    problemas) e os problemas da prpria criana. Esses, sem que o cliente

    saiba, decidem o que vo representar. Deitam nas costas da carnia,

    permanecendo o tempo que for confortvel, suficiente. Depois que todos

    se deitam nas costas do cliente, o grupinho compartilha.

    A partir da fica bem mais fcil falar sobre emaranhamentos e explicar

    sobre as conscincias, segundo Bert Hellinger.

    O tapete colorido e as geraes

    No espao onde realizo os atendimentos, em Sertozinho cidade

    prxima a Ribeiro Preto, trabalhamos sobre um tapete colorido de

    E.V.A. Utilizo o tapete de modo a contar quantas geraes precisam ser

    representadas, de acordo com os passos que o cliente, bem

  • concentrado, d para trs, em cada quadrado do tapete. Ele descreve a

    sensao e eu, como terapeuta, o acompanho na experincia. Essa

    tambm uma forma ldica de trabalhar com as constelaes infantis,

    explicando que, muitas vezes, nossos problemas esto conectados a

    situaes do passado remoto, chegando a nossos bisavs, qui nossos

    tataravs, sem se fazer importante que os tenhamos conhecido ou no.

    O genograma

    Esta tcnica facilita a compreenso do genograma pelas crianas, que

    em um outro momento do grupo, tambm colocamos no papel com uma

    colagem, com a ajuda dos pais. Bonequinhos j cortados, coloridos,

    (meninos e meninas de um furador especial de papel) so dados s

    crianas, que montam sua famlia de origem em pelo menos trs

    geraes.

    O interessante dessa tcnica que, mesmo tendo sido falado pela

    terapeuta e pelas prprias crianas quem parte de sua famlia, muitas

    vezes vrias outras pessoas so representadas. Algumas com nomes

    conhecidos por elas, outras no. Algumas sequer percebem que colam

    outros membros, alm daqueles conhecidos e planejados por elas.

    Uma criana de sete anos, em um grupo, aps colar sua famlia: a me,

    ele, o pai, duas pessoas presas em uma gaiola entre o cu e a terra, fez

    o cu cheio de figuras masculinas. Em sua colagem a nica figura

    feminina era a da me. E, ao ser interpelado sobre aquelas outras l em

    cima do papel, respondeu que era o cu, com todas as crianas mortas,

    com muita naturalidade. Aps a colagem, a me relatou que as bisavs

    materna e paterna eram parteiras.

  • As histrias

    Outra tcnica que utilizo com as crianas e tambm com adultos a das

    histrias. Algumas vezes, dependendo do que acontece no campo,

    especialmente quando percebo o campo muito confuso, carregado, com

    eventos diversos, sugiro que trabalhemos com ncoras de cho, papis

    posicionados no cho pelo cliente, numerados de 1 a 3, 1 a 4, de acordo

    com a necessidade percebida em cada constelao. Aps o

    posicionamento, coloco representantes (crianas ou adultos) sobre cada

    um dos papis e peo que, com sua mente expandida, se permita entrar

    no campo de memria do sistema do cliente e, com sua imaginao, crie

    uma cena, uma histria para o lugar onde est posicionado. Em seguida,

    a constelao continua, de acordo com as minhas percepes,

    realizando o necessrio para restabelecer o fluxo amoroso dentro do

    campo trabalhado. A imaginao possibilita a entrada no campo

    perceptivo. Segundo Milton Erickson, A mente inconsciente muito

    mais sbia do que a mente consciente.

    Algumas histrias vm com um tom de realidade bastante forte. E em

    muitas situaes os representantes trazem emoes tambm fortes

    desses lugares.

    Em um grupo de adolescentes, trabalhei desta forma com um

    adolescente de 13 anos, onde seis papis foram posicionados por ele de

    modo aleatrio pelo cho. Em cada um deles havia uma histria

    diferente, com fortes emoes manifestadas pelos representantes dos

    lugares. Em um, especialmente, o adolescente representante ficou

    sem respirar, teve uma crise de tosse e ficou bem assustado com o

    modo como foi tomado pelo campo. A histria era sobre um homem que

    havia morrido afogado e no conseguia respirar. O representante dizia

    conseguir visualizar o afogamento e depois o barco vazio. Mas tinha a

    sensao de que ali, o homem tinha sido empurrado do barco (houvera

    um assassinato). A me do cliente, aps a constelao, relatou que este,

  • quando tinha 6 anos, havia tido alguns episdios de graves doenas

    pulmonares, correndo risco de morte. E que ele no aprendera a nadar,

    pois tinha pavor de gua.

    Em outras ocasies, pude vivenciar com as crianas, em um grupo onde

    todos os clientes eram do sexo masculino, crianas de 4 a 8 anos,

    histrias trazidas em linguagem mais simblica, como por exemplo, uma

    disputa entre Corinthians e Palmeiras, e depois do jogo houve muita

    briga, porque o Corinthians ganhou e o Palmeiras perdeu e no aceitou

    perder. A configurao familiar do cliente, segundo a me, se

    caracterizava por perdas em muitas geraes. Perdas materiais e perdas

    de filhos homens; muitos meninos morriam em tenra juventude por

    brigas e acidentes, entre outros tipos de morte.

    Em constelaes como essa, podemos observar o amor secreto da

    criana, a partir do que se manifesta trazendo sempre muita aflio,

    como afirma Hellinger em muitos de seus textos. Muitas vezes algo

    necessrio ao sistema e que recusado por muitos. A criana assume

    isso em lugar dos outros. Ela olha com amor para os excludos. Por trs

    de todo esse comportamento atua um amor secreto. (Revista

    Eletrnica) O constelador precisa olhar para onde a criana olha.

    A doena dos pais

    Como tenho trabalhado com vrios grupos de crianas e adolescentes,

    ao longo dos ltimos 5 anos, pude observar o comportamento de alguns

    pais, obtendo, inclusive, o relato oral de alguns, e de outros, por escrito,

    com relao a mudanas em seus sistemas familiares, em seus filhos e

    neles prprios. Uma situao que considero curiosa a que envolve o

    adoecimento dos pais (da me, do pai ou de ambos) logo aps a

    constelao do filho.

    A partir do momento que iniciei os grupos infantis de 8 semanas, passei

  • a ter mais contato com os pais, alm de alguns clientes de consultrio

    que levaram seus filhos para a constelao, que me traziam seus relatos

    nas sesses individuais, semanalmente. Notei, ento, que aps a

    constelao, um dos pais adoecia. Eram doenas que vinham do nada,

    como uma forte gripe, uma febre sem explicao. E outras, como

    coceiras com leses na pele, infeco com fortes dores de ouvido, uma

    depresso to forte que ele ficou jogado na cama por uma semana,

    como informou uma me; diarreia. Observei que estava diante de uma

    regularidade e passei a prestar mais ateno, registrando os casos que

    me eram informados.

    No caso que relato a seguir, a criana, de 7 anos, constelou h 3 anos

    atrs. O tema constelado foi uma dor com encurtamento de uma perna.

    A criana sentia dor, mas nenhum mdico descobria a origem.

    Os pais so separados e a criana no conhecia a famlia do pai, at a

    ocasio. Na constelao, observou-se a preponderncia da famlia

    materna sobre a criana e o quanto esta a mantinha sob sua zona de

    influncia. Observou-se ainda, o distanciamento do pai e,

    especialmente, o quanto aquela criana carregava as dores da av

    materna.

    Na poca, a av apresentava-se saudvel, mas com grandes conflitos

    com o marido (av) alcolatra.

    Pouco tempo aps a constelao, foram diagnosticadas depresso e

    diabetes da av e posteriores problemas de tero, que levaram

    suspeita de cncer e a uma interveno cirrgica.

    A criana passou a ter maior contato com o pai e conheceu os avs

    paternos. Foi descoberto o motivo do encurtamento (havia uma

    quebradura de osso que os exames no detectaram antes nem raio x)

    e a criana ficou bem com os novos tratamentos. Curou-se.

    Em outro caso, a criana tinha um grave problema de ouvido, desde o

  • nascimento. Ela constelou a primeira vez h dois anos,

    aproximadamente, ocasio em que o pai adoeceu, logo aps a

    constelao. Este ano, ao constelar novamente, dois dias aps a

    constelao, a me adoeceu com grave dor de ouvido, ficando de cama,

    junto com a criana que tambm foi acometida pelas dores e infeco do

    ouvido na mesma data, tendo sido ambos, submetidos a tratamento

    com antibiticos. A constelao mostrou que a criana estava

    emaranhada com a me e que esta olhava apenas para o cho e para os

    pais dela. A criana, em uma tentativa v de salvar a me, adoece,

    dizendo a ela: antes eu do que voc, querida mame. Neste sentido, a

    criana comete um crime sistmico, tentando ajudar, dar aquilo que no

    tem. E, pelo amor cego, para, como diz Hellinger, essa outra

    conscincia, a conscincia secreta, vale ainda outra lei, que tambm traz

    problemas para as crianas. Essa lei exige que os mais antigos na

    famlia tenham precedncia sobre aqueles que vieram depois. Existe,

    portanto, uma hierarquia entre os membros mais antigos e os mais

    novos da famlia. Essa hierarquia precisa ser respeitada. Mas, se

    arrogando o direito de assumir algo pelos pais, paga caro esta criana,

    vivendo dinmicas que trazem sofrimentos, como Eu fico doente por

    voc, Vou morrer em seu lugar.

    Mas apenas quando no olhamos para as crianas, mas sim, com elas,

    para onde elas so atradas e para o que elas querem fazer em lugar

    dos adultos. Ento as crianas ficam aliviadas. Quem precisa mudar so

    os pais e os outros envolvidos. Eles precisam encarar aquilo que no

    encararam. Com isso comea uma evoluo, um processo de

    crescimento, primeiramente nos pais. S ento as crianas ficam livres

    (Bert Hellinger).

    O que dizem algumas mes

    Seguem alguns depoimentos de mes, aps a constelao de crianas:

    Me de criana de 7 anos que participou de 2 grupos de constelaes

  • para crianas e adolescentes em 2009 e final de 2011:

    A questo da doena de meu filho melhorou de 80 a 90%. Eu fiquei

    mais tranquila, no tenho mais tanto medo de perder meu filho e

    consigo deix-lo mais livre. Hoje o vejo muito mais feliz e saudvel.

    Meu filho ficou tranquilo, acabou toda agitao e ansiedade em que se

    encontrava, comeou a aceitar as regras, limites. Hoje sinto que meu

    filho muito mais feliz e agora ele consegue tambm se expressar, se

    colocar sem agressividade. Ele carinhoso e calmo. Quanto a mim, hoje

    consigo ver meu filho, enxerg-lo como ele , e respeit-lo.

    Esta me refere que ocorreram mudanas relacionadas s questes

    trabalhadas na constelao, a sentimentos, a pensamentos e a

    comportamentos e atitudes da criana. Tambm refere mudanas

    relacionadas a comportamentos e atitudes de outras pessoas

    relacionadas criana, como na escola e em sua famlia de origem.

    Refere-se, ainda, a mudanas ocorridas com os pais, especialmente ao

    modo como hoje olham para a criana, sua tranquilidade com relao

    a ela.

    Outra me:

    B., 7 anos, constelou h mais ou menos 1 ano.

    A me refere que o que a levou a procurar a abordagem Constelao

    Sistmica foram alguns comportamentos da criana que no a

    permitiam sair sozinha para eventos, esportes e trabalho. A criana

    chorava muito quando estava longe da me, tinha dificuldades em ficar

    sozinha com o pai. No dormia na casa dos avs, tios e muito menos

    amigos.

    A me diz que percebia na criana grandes sofrimentos (ele tinha

    vontade de dormir, mas no conseguia), mesmo em casa para dormir

    era somente com ela.

    B. constelou o medo de ficar sozinho, dormir sozinho, ficar longe de me

    e pai. E diz que a criana mudou muito aps a constelao. Que no

  • incio, logo depois da constelao ficou muito insegura quando ele se

    sentiu livre.

    Hoje brinco: Ele est to seguro de si e confiante, que tenho vontade

    de desconstelar o B. Depois acrescenta: Atualmente estou muito feliz

    e quero que ele continue assim: sem sofrimentos por causa do medo. J

    na primeira semana (4 dias aps a constelao) ele foi viajar com a

    madrinha e seus primos para um stio e ele estava muito feliz. Hoje ele

    dorme nos amiguinhos, nos avs e sozinho.

    Uma sesso de grupo infantil

    Relato uma sesso e uma constelao em um grupo infantil, do qual

    participaram 8 clientes:

    1. Fe. sexo feminino, 16 anos

    2. Fl. sexo masculino, 17 anos

    3. M., sexo feminino, 19 anos

    4. M.V., sexo feminino 6 anos

    5. M.C., sexo feminino, 11 anos

    6. F., sexo masculino, 7 anos

    7. J., sexo masculino, 10 anos

    8. JG, sexo masculino, 10 anos

    As mes que participaram durante os dois meses de atendimento foram:

    R., C., Ca., Cl., V. e MC. Duas mes tinham dois filhos no grupo e uma

    adolescente no permitiu a presena dos pais. Dois pais frequentaram o

    grupo, porm de modo espordico.

    No primeiro encontro, todos falaram seus nomes e disseram alguns dos

    motivos que os levaram l, como por exemplo, agressividade, doenas,

    problemas de concentrao na escola, ansiedade e medo excessivo em

    relao s provas escolares. Na vez de M.V., ela se encolheu, enrolou

    um pouquinho e acabou falando seu nome e sua idade. O pequeno de 7

    anos falou que tem problemas com os amigos na escola, e com a

  • agressividade. Os outros no falaram sobre isso. O filho de R., de 10

    anos, J.G., disse que a me havia falado muito sobre constelao, ento

    ele queria conhecer para tambm se beneficiar, e acreditava no que a

    me dissera. O de 16 disse que j havia assistido uma constelao e

    achara interessante. O de 10, filho de C., concordava com o que a me

    achava, e ela dissera que era bom, por isso ele estava ali. M. no disse

    nada, s seu nome e sua idade.

    Pedi que fechassem os olhos para eliminarmos os estmulos externos, e

    que faramos um exerccio de imaginao. Como um tanto difcil para

    a criana pequena permanecer de olhos fechados, sugeri tambm, que

    olhassem para o teto, fixando um ponto l em cima. Pedi que se

    imaginassem diante de seus pais, que percebessem qual o lado que o

    pai estava em relao me, se eles se sentiam grandes, pequenos ou

    do mesmo tamanho quando olhavam para eles. Depois, que

    imaginassem os pais do pai atrs dele e os pais da me atrs dela. Que

    sentissem como era olhar para eles, como eles os olhavam, e que

    pensassem em seu problema, enquanto olhavam para os pais e avs; e

    que, finalmente, abrissem os olhos.

    Fiz nova rodada, para saber das informaes sobre a constelao

    imaginria. A maioria disse que viu a me do lado direito do pai e que se

    sentia pequeno em relao a eles. Trs crianas disseram que viam o

    pai comeando a constelao.

    No final, perguntei quem gostaria de constelar. F. levantou muito

    modestamente o dedo, e M.V. levantou de verdade. Perguntei

    novamente quem gostaria, e ela disse que ela gostaria. pergunta qual

    a sua questo, o seu maior sofrimento, o seu problema, ela

    respondeu que brigava muito com os pais, principalmente com a me.

    Pedi que colocasse suas duas mos estendidas, com os olhos fechados,

    e que percebesse qual a mo mais pesada. Ela o fez e, aps um

    tempinho, a mo que mais pesou foi a esquerda. Ela abriu os olhos e

  • concordou quando eu disse que parecia que a mo da mame pesava

    mais.

    Expliquei a lei da hierarquia para todos, mostrando, no sentido horrio,

    que a famlia comea com o pai e contanto em nmeros, um, dois,

    primeiro e segundo, para que eles pudessem acompanhar a explicao.

    Pedi que M.V. escolhesse pessoas para representar seu pai, sua me e

    ela. Ela escolheu M. para representar sua me, J.G. para seu pai e a

    uma me, C., para represent-la. Posicionou da seguinte forma: a me,

    o pai e ela antes da me. Perguntei por quem comeava sua constelao

    familiar, ela tentou negar, dizendo o tempo todo que era pela me, mas

    pedi aps algumas tentativas de mostrar que no era pela me - que

    ela contasse, e visse quem realmente era o primeiro ali. Ela, meio

    contrariada, acabou concordando que a constelao comeava com ela.

    A me olhava para o cho. O pai ficou profundamente emocionado,

    chorou bastante e disse ficar triste por ser o ltimo, e porque elas duas

    no olhavam para ele.

    A me tambm chorou, disse estar muito triste.

    Pedi que os pais se olhassem. Eles olharam-se com um distanciamento,

    sem respeito e com tristeza. Logo desviaram os olhos um do outro e

    olharam para o vazio.

    A menina tambm se mostrava triste, e ficou de olhos fechados durante

    muito tempo.

    Pedi que F. entrasse onde quisesse, ele entrou atrs da menina, e

    permaneceu l at o final da constelao, mesmo quando em alguns

    momentos mudava a configurao, ele dava um jeitinho de ir atrs dela.

    Coloquei a famlia do pai, que foi direto atrs dele, e depois a famlia da

    me, que se colocou mais ou menos do mesmo modo, atrs dela. Eram

    crianas que nunca haviam visto constelao, nunca antes haviam

  • participado.

    O procedimento foi o mesmo que utilizo com os adultos, sem dizer onde

    eles - como representantes - deveriam ir, mas sentir o campo e seguir

    seu corao. surpreendente como os representantes, sendo pequenos

    ou grandes em idade, tendo ou no uma experincia anterior com o

    trabalho, posicionam-se onde realmente necessrio para cada

    constelao. E interessante, tambm, de ver que em muitas famlias, a

    representao da hierarquia com equilbrio a mesma: primeiro os

    avs, depois os pais, depois os filhos.

    Tanto os representantes da famlia da me quanto da do pai disseram

    sentir tristeza. E o da famlia do pai, ao olhar para a representante de

    M.V., chorava e dizia que era muito pesado... o representante do pai

    tambm, alm de dizer que doa o corao (apontando o peito), e

    algumas vezes que doa a barriga. Pedi que F. deitasse, como o excludo

    da famlia do pai, sem dizer que era uma criana abortada. Ele disse

    sentir tristeza neste local. O representante da famlia do pai olhou e

    chorou um pouco mais; mas no fez nenhum movimento diferente. Pedi

    que se aproximasse, ele no o fez. No insisti. O pai ficou mais triste

    ainda; e quando pedi que F. deitasse bem nos ps do pai, este disse ter

    passado a tristeza.

    Pedi ao pai que olhasse para sua famlia de origem. Este no olhava com

    respeito. Ao final de um tempo, percebendo que o pai no abaixaria

    para sua famlia, sugeri que o representante repetisse, de p: pago o

    preo, olhando para a famlia. Ele disse que estava timo assim. Ali, em

    minha percepo, no havia outra soluo.

    Na famlia da me deu-se mais ou menos o mesmo: coloquei o pequeno

    de sete anos deitado, como o excludo da famlia da me, sem dizer que

    era uma criana abortada. Ele disse que estava igual ao outro jeito, no

    p do outro, alis, disse que estava um pouco melhor l com o outro.

    Mas no foi nada de especial, ainda que ele tenha se colocado em

  • postura de deitado na praia, olhando com maior interesse e mais

    descontrado ao que ocorria ali. Quando sugeri que deitasse no p da

    famlia da me, ele no quis ficar l. Falou que no era bom e se

    afastou.

    O representante da famlia da me olhou e no demonstrou nenhum

    sentimento. No fez tambm nenhum movimento diferente. Pedi me

    que se aproximasse, mas para ela tambm aquilo nada representava. O

    representante da criana abortada ficou ali at o final da constelao, e

    disse no final, que estava bom ali.

    A me, em alguns momentos da constelao, disse que se preocupava

    com a filha, olhava para ela que seguia o movimento de ir para trs das

    duas famlias, disse que no queria que ela sofresse tanto. Mas, ao

    mesmo tempo, no conseguia sair dali, de perto da sua prpria famlia e

    do marido.

    Coloquei a me para olhar para a pessoa l de trs de sua famlia,

    representada por F. Este disse que s tinha interesse pela representante

    da cliente M.V., e que quando olhava para a me, tinha vontade de rir,

    de debochar; mas que tambm no sentia nada de especial pela M.V.;

    s queria ficar ali atrs. A me tambm no queria olhar, no

    demonstrava respeito por aquela pessoa, nem por sua famlia. Pedi

    tambm que repetisse que pagava o preo. Ela repetiu e disse se sentir

    melhor.

    Pedi que os pais se olhassem. Eles se olharam com carinho,

    emocionados. A me disse gostar muito dele; e o pai disse tambm

    gostar dela. Ambos disseram que era muito diferente se olhar agora, de

    como fora no incio da constelao. Agora ela at gostava de olhar para

    ele. Antes ela no conseguia de verdade, segundo a representante.

    Sugeri que a representante da cliente voltasse para o incio da

    constelao, pois ela estava bem l atrs.

  • Ela olhou para a me e disse sentir raiva da me. Que nem dava para

    olhar para a representante da me. A me, por sua vez, disse que

    gostava de olhar para ela, que no sabia por que ela a olhava com tanta

    raiva. A me dizia que sentia muita tristeza e dor de cabea. Tambm

    sentia a regio do estomago.

    Solicitei que as duas se olhassem e que repetissem eu sou a me, a

    grande. E para a outra: eu sou a filha, a pequena. Aqui eu sou a

    ltima, s a pequena. Ambas repetiram sem dificuldades e olharam-se

    com carinho durante um tempo.

    Pedi que a me fosse ao lado do pai, ela espontaneamente foi para o

    lado esquerdo do marido e ambos olharam para a filha, que se colocava

    sentada no cho, pequena. A filha olhou para os pais com carinho e os

    abraou. Repetiu SIM para ambos e para a famlia de ambos,

    inicialmente com alguma dificuldade, posteriormente sem dificuldades.

    Tambm pedi que repetisse para cada um dos pais: voc me deu a

    vida, isso tudo. Alm da vida, me d muito mais, OBRIGADA. Ela

    tambm o fez sem dificuldades.

    Coloquei a representante ajoelhada, com uma almofada nas mos, e a

    representada tambm. M.V. foi sem dificuldades. E pedi que

    devolvessem aos pais os pesos que estava carregando por eles. Elas o

    fizeram sem dificuldades. E os pais imediatamente abaixaram para

    pegar esses pesos.

    Coloquei M.V. para olhar para sua representante e a tirei do papel,

    deixando s a representada.

    Coloquei uma me, C., para representar a vida da menina, sem dizer

    quem era. Pedi que a cliente se escorasse em seus pais, eles a pegaram

    no colo. Ela adorou a brincadeira. Depois que eles a colocaram no cho,

    pedi que olhasse para a outra representante (C.). Ela olhou, e disse que

    era bonita, grande, legal. A vida tambm se sentia muito bem olhando

  • para a menina. Elas se olharam e se abraaram. Perguntei ao

    representante l de trs da famlia da me como era olhar para esta

    cena, ele disse que indiferente. A famlia do pai disse que era bom ver a

    menina assim. E a da me disse ser indiferente. Todos os

    representantes estavam se sentindo bem.

    Terminei assim a constelao.

    A representante da me chorou muito a constelao inteira. Aps a

    constelao, quando perguntei se algum queria comentar, compartilhar

    ou tirar dvidas, ento a representante da me, M., disse continuar com

    muita dor de cabea. Coloquei a cliente na frente e sua me, M.C. atrs

    dela e pedi que M. se curvasse diante delas devolvendo aquilo que

    estava ainda carregando por elas.

    Expliquei sobre as caronas nas constelaes, que muitas vezes

    constelamos na constelao do outro, aquilo que tambm acontece em

    nossa famlia, mas que naquele momento era necessrio devolver para

    elas os papis. Ela o fez e disse que a dor de cabea havia passado.

    Concluindo

    Como j dito, por conta do grupo continuar, possvel acompanhar

    possveis mudanas no comportamento das crianas que constelam,

    especialmente das primeiras, assim como na atitude e comportamento

    dos pais. Quanto constelao de M.V., nas sesses seguintes, a me

    relatou algumas mudanas: a criana passou a dormir melhor, pois a

    mesma tinha muita dificuldade para dormir; os medos ficaram mais

    controlados, e, especialmente, estava uma seda, as brigas deram uma

    trgua. A paz podia reinar entre elas.

    Stephan Hausner diz que o terapeuta um catalisador da mudana

    curativa do paciente. No ele que cura, mas ele cria condies para

  • que algum se cure. A constelao converge principalmente para o

    paciente e para sua atitude, bem como para as possibilidades de

    mudana. O trabalho da constelao com cliente tambm se caracteriza

    pela tomada de contato de cada um com suas prprias foras e

    possibilidades, assumindo responsabilidade por si mesmo, crescer na

    autonomia de um adulto. No caso da criana, no considero desta

    forma, pois o amor cego ainda predomina. Na verdade, ela est na fase

    do amor cego, infantil, do pensamento mgico, que acredita que pode

    salvar os pais, que pode resolver os problemas da famlia.

    No entanto, como as mes esto presentes nas constelaes das

    crianas, elas tambm recebem a constelao como delas prprias,

    tomando contato com suas prprias foras e possibilidades, assumindo

    responsabilidades por si mesmas, sendo possvel crescer na autonomia

    de um adulto. Quanto s crianas, parece que, alm do prprio

    movimento do campo, so autorizadas pelos pais a, com a m

    conscincia, quebrarem a lealdade e fidelidade sistmicas, a crescerem

    com mais liberdade.

    __________________________________________________________

    Ana Lucia de A. Braga

    Mini curriculum:

    Terapeuta de Constelaes Sistmicas

    Terapeuta Corporal Neo Reichiana

    Psicopedagoga Clnica e Institucional

    Constelaes Sistmicas em So Paulo, na primeira turma do mdico e terapeuta

    Renato Shaan Bertate, realizando seminrios com os terapeutas alemes: Mimansa

    Erica Farny, Mariane Franke e Hady Leitner.

    Participou de seminrio com o terapeuta alemo Jacob Schineider em 2001 E dos

    seminrios de Bert Hellinger no Brasil, em 2005, 2006 e 2007, Belo Horizonte, Goinia

    e Braslia, respectivamente. Participou dos I, II e III Treinamentos Avanados em

    Constelaes Familiares, conduzidos por Bert Hellinger e Sophie Hellinger, em guas

    de Lindia - SP, em 2008 e 2009 e no Mxico em 2011. Participou das Jornadas

    Internacionais de Pedagogia Sistmica com enfoque em Bert Hellinger, promovidas

    pelo CUDEC, no Mxico em 2012. membro da Escola de Hellinger: Hellinger Science, na Alemanha.

    Terapia Corporal Neo Reichiana pelo Instituto Lmen de Ribeiro Preto.

    Psicopedagogia pelo Hospital das Clinicas USP Ribeiro Preto. Mestrado pela Faculdade de Educao da UNICAMP, departamento de Psicologia.

    Graduao pela Faculdade de Educao da UFRJ, Universidade Federal do Rio de

    Janeiro.

    Atuou como docente em todos os nveis de ensino (educao infantil, ensino

  • fundamental, ensino mdio e ensino superior). Atuou como coordenadora pedaggica

    em Educao infantil, no ensino fundamental e em educao especial.

    Atua como terapeuta e facilitadora de grupos (teraputicos, de estudos, de pais),

    desde 1988, e como consteladora sistmica desde 2004.

    Realiza atendimentos individuais e grupais no consultrio desde 1988, como

    psicopedagoga e terapeuta de adultos.

    CONTATO:

    SITE:

    www.analuciabragaconstelacao.com.br

    BLOG:

    www.analuciabragaconstelacao.com.br/blog/

    E-MAIL:

    [email protected]

    Consultrio: Rua Abro Caixe 566, Jd. Iraj Ribeiro Preto SP CEP 14020-630

    Telefones: 16-30215490 ou 16-99947224