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 Curso de Telefonia – Rede Telefônica Interna Professor João Ba tista José Per ei ra 30 Capítulo 3: Rede Telefônica Interna Até recentemente o Sistema Telebrás através de suas Empresas Regionais elaboravam Normas Técnicas de redes telefônicas interna. De posse destas normas os projetistas elaboravam seus projetos e os submetiam à aprovação destas Empresas que aprovavam e fiscalizavam a execução destes projetos. Com o advento da  privatização dos Sistema s de Telecomunicações no Brasil a tarefa de normatizaç ão passou para a ABNT. 3.1. Acessórios para Rede Telefônica Interna 3.1.1. Caix a de Di stribuição São fixadas nas paredes embutidas ou externamente e possuem suas dimensões conforme a quantidade de  pares de cabos terminados nestas. Elas podem ser do t ipo DG (Distribui dor Geral) que são utilizadas para chegada de cabos da Prestadora de Serviços Públicos de Telefonia, ou para chegada de cabos de todos os andares ou edificações de uma localidade, ou para chegada de cabos com linhas tronco e saída de cabos com ramais de uma CPCT (Central Privada de Comutação Telefônica), ou do tipo CDS (Caixa de Distribuição Secundária) utilizada  para c hega da dos c abos provenie ntes d os DG s e saída d os cab os par a as toma das te lefô nica s. 3.1.2. Bloco BLI-10 São blocos de terminação de cabo multipares com 10 ou seus múltiplos de pares telefônicos. São instalado s nos interiores de DGs ou CDSs.

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Curso de Telefonia – Rede Telefônica Interna

Professor João Batista José Pereira 30

Capítulo 3: Rede Telefônica Interna

Até recentemente o Sistema Telebrás através de suas Empresas Regionais elaboravam Normas Técnicas deredes telefônicas interna. De posse destas normas os projetistas elaboravam seus projetos e os submetiam àaprovação destas Empresas que aprovavam e fiscalizavam a execução destes projetos. Com o advento daprivatização dos Sistemas de Telecomunicações no Brasil a tarefa de normatização passou para a ABNT.

3.1. Acessórios para Rede Telefônica Interna

3.1.1. Caixa de Distribuição

São fixadas nas paredes embutidas ou externamente e possuem suas dimensões conforme a quantidade depares de cabos terminados nestas. Elas podem ser do tipo DG (Distribuidor Geral) que são utilizadas para chegadade cabos da Prestadora de Serviços Públicos de Telefonia, ou para chegada de cabos de todos os andares ouedificações de uma localidade, ou para chegada de cabos com linhas tronco e saída de cabos com ramais de umaCPCT (Central Privada de Comutação Telefônica), ou do tipo CDS (Caixa de Distribuição Secundária) utilizadapara chegada dos cabos provenientes dos DGs e saída dos cabos para as tomadas telefônicas.

3.1.2. Bloco BLI-10

São blocos de terminação de cabo multipares com 10 ou seus múltiplos de pares telefônicos. São instaladosnos interiores de DGs ou CDSs.

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3.1.3. Bloco BLP

São semelhantes aos BLI, entretanto possuem suporte (soquete) para instalação de módulos protetores queligados à Terra de Proteção oferecem segurança à Rede Telefônica Interna. Possuem de 2 a 100 pares telefônicos esão geralmente instalados dentro de DGs.

3.1.4. Módulo Protetor

Existem vários modelos e fabricantes de módulos de proteção. Entretanto geralmente consistem de umdispositivo de proteção paralela (sobretensão) denominado Centelh ador Tripolar a Gás e um dispositivo de proteçãosérie (sobrecorrente) que pode ser uma bobina ou um transzorb. O módulo de proteção MP-6 é do tipo parasobretensão e está preparada para atuar a 400V. São utilizados nas caixas terminais com blocos protegidos ou nosarmários. Eles protegem os pares contra sobretensões que possam vir a ocorrer.

3.1.5. Anel Guia

É um componente metálico circular com uma base do tipo paralelogramo onde se fixa no fundo dos DGs ouCDSs para fornecer caminho para os fios jumper.

3.1.6. Fio Jumper

É um par de fios trançado de 24AWG, cada condutor de uma cor, são fabricados em diferentescombinações de cores e são utilizados para interligar circuitos presentes em pares e blocos distintos.

3.1.7. Cabo CCI

É um cabo de um ou mais pares recobertos por uma capa protetora, possui 0,40 ou 0,50mm de diâmetro docondutor, e é utilizado para interligar as tomadas telefônicas as CDSs (rede telefônica horizontal).

3.1.8. Cabo CI

É um cabo de dez ou mais pares recobertos por uma capa protetora e blindagem de alumínio, possui 0,40ou 0,50mm de diâmetro do condutor, e é utilizado para interligar as CDSs aos DGs, ou o DG da CPCT aos DGs doprédio e da Prestadora de Serviços Públicos de Telefonia (rede telefônica vertical).

3.1.9. Tomada Padrão Telebrás

Tomada fêmea composta de quatro contatos metálicos onde se encaixa o pino de ligação do aparelho

telefônico. Apesar de possuir quatro contatos apenas dois são utilizados (L1 e L2).

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3.2. Cabeamento Estruturado

Há algum tempo atrás, os fabricantes e projetistas de sistemas de comunicação, desenvolviam produtos sempadrão em comum, ou seja, cada fabricante tinha seu próprio sistema de cabeamento. Durante esse período, qualquernova geração de computador, precisava de um sistema específico e especializado de cabos para a conexão aosusuários. Quando um sistema tornava-se absoleto, era substituído por outro mais moderno que necessitava decabeamento diferente e, em muitos casos, os cabos velhos eram abandonados ou retirados. Na década de 80, com aintrodução de padrões internacionais para redes de computadores, os fabricantes de sistemas de cabeamentopassaram a produzi-los sob normas internacionais definidas. Mesmo assim havia a exigência de mão-de-obraespecializada para sua instalação e manutenção. Em 1988 os primeiros sistemas de cabeamento integrando sistemasde voz, vídeo e dados foram lançados no mercado, nascendo o conceito de "Sistema de Cabeamento Estruturado".

A definição de Rede Estruturada baseia-se na disposição de uma rede de cabos, multimídia, que facilmentepode ser redirecionada no sentido de prover um caminho de transmissão entre quaisquer pontos desta rede. Numarede projetada seguindo este conceito, as necessidades de todos os usuários podem ser atendidas com facilidade eflexibilidade. Uma Rede Estruturada deve fornecer um nível garantido de performance para o sistema; permitirampliações ou alterações sem perda de flexibilidade e mudanças rápidas dos serviços para cada usuário (voz, fax,vídeo ou dados).

3.2.1. Metodologia de Projeto de Cabeamento Estruturado

O conceito de Sistema de Cabeação Estruturada baseia-se na disposição de uma rede de cabos, comintegração de serviços de dados e voz, que facilmente pode ser redirecionada por caminhos diferentes, no mesmocomplexo de cabeação, para prover um caminho de transmissão entre pontos da rede distintos. Um Sistema deCabeação Estruturada EIA/TIA 568A é formado por seis subsistemas conforme ilustrado e descritos a seguir:

Legenda:1-Entrada do Edifício2-Sala de Equipamentos3-Cabeação Backbone4-Armário de Telecomunicações5-Cabeação Horizontal6- Área de Trabalho

3.2.1.1. Entrada no Edifício

As instalações de entrada no edifício fornecem o ponto no qual é feita a interface entre a cabeação externa ea cabeação intra-edifício e consistem de cabos, equipamentos de conexão, dispositivos de proteção, equipamentos detransição e outros equipamentos necessários para conectar as instalações externas ao sistema de cabos local.

A norma associada EIA/TIA 569 define a interface entre a cabeação externa e a cabeação interna do prédio.

3.2.1.2. Sala de Equipamentos

É o local propício para abrigar equipamentos de telecomunicações, de conexão e instalações de aterramentoe de proteção. Ela também contém a conexão cruzada principal ou a conexão secundária, usada conforme ahierarquia do sistema de Cabeação Backbone.

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A Sala de Equipamentos é considerada distinta do Armário de Telecomunicações devido à natureza oucomplexidade dos equipamentos que elas contém. Qualquer uma ou todas as funções de um Armário deTelecomunicações podem ser atendidas por uma Sala de Equipamentos.

A norma associada EIA/TIA-569 define, também, o projeto da Sala de Equipamentos.

3.2.1.3. Cabeação Backbone

Consiste nos meios de transmissão (cabos e fios), conectores de cruzamento (cross-connects) principal eintermediários, terminadores mecânicos, utilizados para interligar os Armários de Telecomunicações, Sala deEquipamentos e instalações de entrada.

Os cabos homologados na norma EIA/TIA 568A para utilização como Backbone são:- Cabo UTP de 100Ω (22 ou 24AWG): 800m para voz (20 a 300MHz); 90m para dados (Cat. 3, 4 e 5).- Cabo STP (par trançado blindado) de 150Ω : 90m para dados.- Fibra óptica multimodo de 62,5/125µm: 2.000m para dados.- Fibra óptica monomodo de 8,5/125µm: 3.000m para dados.Para os cabos UTP de 100Ω e STP de 150Ω, o alcance da cabeação depende da aplicação. A distância de

90m para dados em STP é aplicada para largura de banda de 20 a 300MHz. Por outro lado, na transmissão de dadosnuma largura de banda de 5 a 16MHz, o cabo UTP, categoria 3, tem sua distância reduzida de 800 para 90m. Adistância de 90m é aplicada, também, para as categorias 4 e 5 em larguras de banda de 10 a 20MHz e 20 a 100MHz,respectivamente.

O subsistema de Cabeação Backbone define, também, outros requisitos de projeto, tais como:- Topologia em estrela;- Não possuir mais de dois níveis hierárquicos de conectores de cruzamento (cross-connect);- Os cabos que ligam os cross-connect não podem ultrapassar 20m;- Evitar instalações em áreas onde existam interferências eletromagnéticas e rádio freqüência;- As instalações devem ser aterradas seguindo a norma EIA/TIA 607.

Estrutura Geral:

Configurações Limites:

A Figura acima ilustra a estrutura geral e as configurações limites para o subsistema de CabeaçãoBackbone.

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3.2.1.4. Armário de Telecomunicações

É o local, dentro de um prédio, onde são alojados os elementos de cabeação. Dentro do Armário deTelecomunicações são encontrados terminadores mecânicos, conectores de cruzamento (cross-connects),terminadores para os sistemas de Cabeação Horizontal e Vertical (patch panel).

3.2.1.5.Cabeação Horizontal

Compreende os cabos que vão desde a Tomada de Telecomunicações da Área de Trabalho até o Armáriode Telecomunicações. O subsistema de Cabeação Horizontal possui os seguintes elementos:

- Cabeação Horizontal;- Tomada de Telecomunicações;- Terminações de Cabo;- Cross-Connections.

Distâncias Limites:

O comprimento máximo para a Cabeação Horizontal, definido na norma EIA/TIA 568A, é de 90m,independente do meio de transmissão utilizado. A norma EIA/TIA 568A prevê, hoje, quatro tipos de cabos parainstalação na Cabeação Horizontal:

- Cabo com quatro pares de fios UTP de 100Ω;- Cabo com dois pares de fios STP de 150Ω ;- Cabo coaxial de 50Ω ;- Cabo com duas fibras ópticas multimodo 62,5/125µm.Embora o cabo coaxial de 50Ω seja especificado na norma EIA/TIA-568A, existe uma tendência para que

ele seja suprimido da próxima revisão. É aconselhável, hoje, que este tipo de cabo seja substituído em antigasinstalações e não seja recomendado para instalações novas.

A norma prevê 100m total para a Cabeação Horizontal: 90m entre o Armário de Telecomunicações e asTomadas de Telecomunicações (conectores de parede); 10m para cabos entre uma estação de trabalho e o conectorde parede, (em geral, 3m) mais as conexões internas do Armário de Telecomunicações e entre este e osequipamentos ativos (7m restantes).

3.2.1.6. Área de Trabalho

A norma EIA/TIA 568A estabelece que os componentes de cabeação entrem a Tomada deTelecomunicações e a Estação de Trabalho devem ser simples, baratos e permitam flexibilidade de deslocamento,sem comprometer a conexão física. Os componentes da Área de Trabalho são:

- Equipamento da estação: computadores, terminais de dados, telefone, etc;- Cabos de ligação, cabos de adaptação, jumpers de fibra;- Adaptadores .

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3.2.2. Normas para Cabeamento Estruturado

- EIA/TIA-568 Commercial Building Telecommunication Cabling Standard;- EIA/TIA-569 Commercial Building Standards for Telecommunication Tathway and Spaces (1.990);- EIA/TIA-606 The Administration for the Telecommunication Infraestructure of Commercial Building

(02/1993);- EIA - Electronic Industry Association);- TIA - Telecommunication Industry Association;- ANSI - American National Standards Institute;- ABNT – NBR 14565 - Associação Brasileira de Normas Técnicas

3.3. Cabo Par Trançado – UTP (Unshilded Twisted Pair)

Suas características elétricas estão diretamente relacionadas com a performance do Sistema de CabeamentoEstruturado.

3.3.1. Categoria de Cabos Lógicos :

EIA/TIA CaracterísticasCategoria 1 UTP 24AWG, 1Mbps, Impedância Variável.

Categoria 2 UTP 24AWG, 1Mbps, Impedância VariávelCategoria 3 UTP 24AWG, 10Mbps, 100Ω Categoria 4 UTP 24AWG, 20Mbps, 100Ω Categoria 5 UTP 24AWG, 100Mbps, 100Ω, 4 pares

Desempenho de Atenuação x Freqüência para Cabos UTP Horizontal e Backbone.

3.3.2. Características Básicas do Cabo UTP Categoria 5

Impedância: é a soma de todas as resistências, indutâncias e capacitâncias inerentes nos cabos. Para cabosUTP, o valor da impedância característica esta em torno de 100Ω +/- 15% (de 64KHz a 100MHz).

Atenuação: é a diferença da potência de entrada no cabo e a potência de saída, isto é, significa a perda dosinal no interior do cabo. A atenuação é medida em decibéis (dB) e quanto menor melhor será a performance docabo.

Paradiafonia (NEXT): é o parâmetro que mede o nível de interferência entre os pares de condutores deum mesmo cabo e, é medida em decibéis (dB).

3.4. Cabo Par Trançado – STP (Shilded Twisted Pair)

Possui uma blindagem interna envolvendo cada par trançado componente do cabo, cujo objetivo é reduzir a

diafonia. Um cabo STP geralmente possui 2 pares trançados blindados, uma impedância característica de 150Ω epode alcançar uma largura de banda de 300MHz em 100m de cabo. Sua principal vantagem é uma alta taxa desinalização, com poucas chances de distorção do sinal, tendo em vista que a blindagem de 150Ω não faz parte docominho percorrido pelo sinal, mas é aterrado nas sua duas extremidades. A desvantagem é que a blindagem causa

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uma perda de sinal que aumenta a necessidade de um espaçamento maior entre os pares de fio e a blindagem,portanto, um maior volume de blindagem e isolamento aumenta consideravelmente o tamanho, o peso e o custo docabo.

Atenuação X Freqüência em Cabos STP:

3.4. Cabeamento Versus Taxa de Transmissão

10Base-T 100Base-T 1000Base-XTaxa de TX 10Mbps 100Mbps 1GbpsF.O. Multimodo 2Km 412m (HD) / 2Km (FD) 500mF.O. Monomodo 25Km 20Km 3KmSTP/Coaxial 500m 100m 25mUTP Categoria 5 100m 100m 100m

3.5. Acessórios para Cabeamento Estruturados

Para a instalação de uma rede local, além dos cabos, são necessários os acessórios que complementam ainstalação. Estes acessórios podem abranger uma vasta lista de materiais. Em uma rede de cabeamento estruturado énecessário que a mesma apresente características flexíveis, principalmente no que diz respeito às mudanças diversasque ocorrem freqüentemente com qualquer rede local e também suporte às inovações tecnológicas à que as redeslocais estão sujeitas. Em relação à categoria da rede, para que a mesma atenda às exigências das normas EIA/TIAcategoria 5, não só os cabos, mas todos os acessórios deverão ser categoria 5.

3.5.1. Conector RJ-45 (Plug)

A norma EIA/TIA padronizou o este conector para a conectorização de cabos UTP. São conectores queapresentam facilidade, confiabilidade e tempo reduzido na conectorização. O conector RJ-45 possui um padrãoúnico no que diz respeito ao tamanho e formato. Para a conectorização do cabo UTP, a norma EIA/TIA 568 A/Bdetermina a pinagem e configuração. Esta norma é necessária para que haja uma padronização no mercado. OsConectores RJ-45 (Plugs) faz conexão com as tomadas RJ-45 (keystone) através de contato elétrico e travamentomecânico (trava do conector), possui 8 contatos metálicos revestidos com uma camada de 50µpolegadas de ourodepositado.Para instalação do Conector RJ-45 (Plug) decapar a capa externa do cabo cerca de 3cm; posicionar ospares de condutores lado a lado, com o cuidado de não misturar os fios entre si; destorcer os pares expostos eposicionar os condutores, conforme a ordem EIA/TIA-568A ou B; cortar as pontas dos condutores expostos deforma que os condutores fiquem paralelos entre si; inserir o cabo no conector com a trava voltada para baixo;certificar-se que os condutores estão nas posições corretas e totalmente inseridos no conector nas respectivascavidades, capa externa do cabo deve ser inserida até a entrada dos condutores nas cavidades dos contatos; inserir oconector no alicate de crimpar mantendo-o devidamente posicionado e "crimpar" firmemente; cuidado, o conectorsó pode ser crimpado uma vez, não permitindo uma segunda tentativa.

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Ligação de conector para os padrões abaixo:

Pino 568A 568B1 branco/verde branco/laranja2 verde laranja3 branco/laranja branco/verde4 azul azul5 branco/azul branco/azul6 laranja verde7 branco/marrom branco/marrom8 marrom marrom

3.5.2. Tomada RJ-45 (keystone)

Conecta as terminações de cabos UTP. Possui 8 contatos metálicos banhados com uma fina camada emouro e terminal de contatos para os cabos UTP do tipo 110 IDC. Para instalação da Tomada RJ-45 (keystone)decapar a capa externa cerca de 5cm não danificando os condutores; observar a posição final do keystone noespelho; posicionar os condutores nos terminais ordenadamente segundo a correspondência de cores; inserir oscondutores com a ferramenta "110 Puch Down Tool” perpendicular ao conector apoiando-o contra uma base firme,com o uso desta ferramenta as sobras dos fios são automaticamente cortadas; encaixar as travas de segurança sobreos terminais ; cuidado, o raio de curvatura do cabo não deve ser inferior a 2,12cm, e não permita que paresdestorcidos ultrapasse a 1,3cm. As figuras abaixo mostram tomadas RJ-45 Categoria 5e Norma 568-A

3.5.3. Patch Panel

São painéis de conexão utilizados para a manobra de interligação entre os pontos da rede e os equipamentosconcentradores da rede. É constituído, de um painel frontal onde estão localizados os keystone RJ-45 e de uma

parte traseira onde estão localizados os conectores IDC 110, os cabos de par trançado que chegam dos pontos derede são conectorizados nesses conectores e, nos keystone RJ-45 são ligados os Patch Cables. Os patch cables fazema ligação entre o concentrador e o Patch Panel. Este tem a função de uma interface flexível, ou seja, através dele épossível alterar-se o lay out lógico dos pontos da rede.

Conector RJ-45

Para conectorizar o RJ-45,descasque apenas o necessário (3cm)e não destrance mais ue 1 3cm.

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3.5.4. Bloco de Conexão Rápida

Tipo IDC (sem necessidade de decapar os pares), permite a conexão dos cabos troncos ou dorsais com oscabos de distribuição. Utilizado com cabos telefônicos ou cabos de rede de dados. Apresenta melhor performance emais economia que o uso de Patch Panel. Conexão rápida e confiável de cabos em pares. Permite obter instalaçõesmuito compactas.

A interligação entre Patch Panel e Concentrador deve ser feita por cabos conhecidos como Patch Cords e ainterligação entre as tomadas RJ-45 e os PCs por Line Cords.

3.5.5. Gabinetes Padrão 19”

São utilizados para acondicionamento de equipamentos e acessórios em áreas de usuários ou outros locaisonde os equipamentos de rede precisem ficar protegidos. Estes gabinetes são totalmente fechados, possuindofechaduras com chave na porta frontal, laterais e tampa traseira, permitindo o acesso ao seu interior somente depessoas autorizadas. É fornecido com dois planos de fixação com furos rosqueados. Tanto a porta frontal, quanto aslaterais e fundo são totalmente removíveis, facilitando a instalação e manutenção dos equipamentos em seu interior.São fornecidos nos modelos de “Piso” ou de “Parede”.

3.5.6. Guia de Cabos

Acessório padrão 19” utilizado para organizar cabos em racks e gabinetes, mantendo os cabos de formaorganizada, especialmente em instalações de maior porte e facilitando a operação e manutenção.

3.5.7. Régua com Tomadas

Acessório padrão 19”. Placa frontal com 1U, 4 a 8 tomadas 2P + T, 250V, 16A . Com ou sem disjuntosunipolar.

3.6. Infraestrutura para Cabeamento Estruturado

Para cabeação de backbone, usando dutos de perfil retangular, por exemplo, utilizar uma densidade deocupação máxima em torno de 30 à 40% da seção.

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Exemplo 1:Seção do cabo UTP Ø 5,6mm = 24,63mm²;Seção da eletrocalha (50 * 100) = 5000mm²;Portanto n° de cabos = (5.000 x 0,30) / 24,63 = 61 cabos UTP Categoria 5.Exemplo 2:Seção do cabo UTP Ø 5,6mm = 24,63mm²;Seção do duto de 1”(d = 25mm) = 490,87mm²;Portanto n° de cabos = (490,87 x 0,30) / 24,63 = 6 cabos UTP Categoria 5

3.6.1. Capacidade dos eletrodutos para suportar cabos

Duto Número de Cabos3,3mm 4,6mm 5,6mm 6,1mm 7,9mm 9,4mm 15,8mm 17,8mm

½” 1 1 0 0 0 0 0 0¾” 6 5 4 3 2 1 0 01” 8 8 7 6 3 2 0 01 ¼” 16 14 12 10 4 3 1 11 ½’ 20 18 16 15 6 4 1 12” 30 26 22 20 11 7 3 2

2 ½’ 45 40 36 30 14 12 3 33” 70 60 50 40 20 17 6 6

3.6.2. Separação entre dutos de telecomunicações e de alimentação elétrica

Condição Distância Mínima de Separação<2KVA 2 a 5KVA >5KVA

- Cabos elétricos e de telecomunicaçõesem dutos de não metálicos (PVC) 12,7cm 30,5cm 61,0cm- Cabos elétricos em dutos não metálicose cabos de telecomunicações em dutosmetálicos e aterrados 6,4cm 15,2cm 30,5cm- Cabos elétricos e de telecomunicaçõesem dutos metálicos fechados e aterrados 0 cm 7,6cm 15,2cm

3.7. Lançamento de Cabo Par Trançado

Tão importante como os materiais Categoria 5 é a própria instalação. A instalação necessita ser realizadacom cuidado, evitando-se lançar o cabeamento por locais sujeitos a ruídos. As curvas dos cabos têm que ser suavessem formar ângulos retos (1”de raio). A amarração dos cabos deve ser feita com material macio (velcro), sem quehaja esmagamento dos cabos.

3.7.1. Cuidados com Cabeação UTP

Faça raio de curvatura mínimo de quatro vezes o diâmetro do cabo (cabo 4 pares); nunca exceda curvaturade 90°. Aplique abraçadeiras sem apertar, de forma a não deformar a capa dos cabos, e em intervalos variados;nunca aperte demais as abraçadeiras que prendem os cabos; use métodos apropriados para proteger e fixar os cabo,ou seja, abraçadeiras, painéis organizadores de cabos e tiras de Velcro, nunca grampos, pregos para fixar ouposicionar os cabos. Minimizar torções no cabo; nunca torça demais os cabos, isso pode romper a capa. Não estiquedemasiadamente o cabo; nunca exceda 11Kg de tração aplicada ao cabo.

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Curvatura Permitida Curvatura Não Permitida

Abraçamento Permitido Abraçamento Não Permitido

Torção Permitida Torção Não Permitida

Tração Máxima Permitida (11Kg)

3.8. Testes e Certificação de Cabeamento Estruturado

A instalação de uma rede local envolve várias etapas, e tão importante quanto à instalação de uma rede, sãoos testes de certificação. Esta certificação do cabeamento deve ser realizada antes da rede ser ativada. Após acertificação, a hipótese da causa de um eventual defeito na rede estar no cabeamento é bastante reduzida. Acertificação de uma rede envolve uma série de testes que avaliam os parâmetros inerentes ao cabeamento da rede.Na prática, estes parâmetros demonstram a qualidade geral do cabeamento de uma rede local. Existem equipamentosespecializados em certificar e detectar falhas no cabeamento. Estes equipamentos de teste podem testar diversostipos de cabeamento, oferecendo diversas funções para cada tipo de cabeamento.

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Um dos recursos interessantes destes equipamentos é o de armazenar e emitir relatórios de testes, contendoo resultado dos testes e dos parâmetros avaliados.

Estes relatórios são úteis para anexar à documentação que deve acompanhar o projeto da instalação (AsBuilt), além disso, poderá servir para uma posterior verificação dos testes realizados. A precisão possui umatolerância de aproximadamente 15%, o suficiente para assegurar que a rede possa ser certificada.

3.8.1. Testador de Cabos (PENTASCANNER)

Equipamentos são dotados de recurso TDR (Time Domain Reflectometer) que proporciona condições paraque o equipamento possa realizar uma análise ao longo de toda a extensão do cabo UTP que esteja sendo analisado.

3.8.2. Taxa de Colisão na Rede

Que indica a taxa de colisão ocorrida durante um certo período em uma rede de dados, fornecendo umaidéia da ocupação da rede.

3.8.3. Analisador de Rede

Estes equipamentos informam dados estatísticos relacionados com a taxa de utilização, colisão, erros, alémde analisar protocolos de comunicação (TCP/IP, etc). Vale observar que os testes deverão ser executados somente

após o término completo da instalação do cabeamento da rede.

Na prática, os equipamentos de teste fazem uma simulação de transmissão dos dados em diversasfreqüências, estabelecidas pela norma EIA/TIA 568. Portanto, a certificação, através destes equipamentos, é agarantia de que a hipótese de acorrer algum problema na rede, cuja causa seja o cabeamento, será remota.

1 – Teclas de Função: São quatro as teclas básicas de funções. Cada função depende da tela que está sendomostrada;

2 – Escape: Sai da tela corrente ou função;3 – Autotestes: Permite usuário fazer diariamente acima de 500 testes;4 – Teclas Alfanuméricas: Tem-se acesso a letras e números a serem mostradas no display;

5 - ON/OFF: Liga e desliga o Penta Scanner;6 – Conector dB-9: Permite conexão de cabo de comunicação serial para impressão ou atualização dosoftware de Penta Scanner;

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7 - Plug AC: Para uso de um adaptador AC ou recarga da bateria;8 – Help: Contexto sensível ajuda aprover informações adicionais na corrente tela quando passado durante uma função;

9 – Funções Extras: Customiza preferências do usuário, autotestes e calibragem;10 - Analisar Trafego da LAN: Monitora o tráfego da rede;11 - Medir Performance do Cabo: Realiza testes individuais;12 - Encontrar Falhas no Cabo: Localiza cabos abertos, curtos, invertidos e perdidos;13 – Setas de Navegação: Permite navegação pelo display;14 – Backlight: Pressione e segure para mostrar versão e número serial; Pressione e solte para luz de fundo;15 – Display Gráfico;16 – Conector de Teste RJ-45;17 – Conector de Teste BNC.O Penta Scanner 350 certifica as ligações da categoria 5 / Class D. O Penta

Scanner 350 avalia a qualidade da rede física.Estando o Penta Scanner ligado, ajusta-se o dia e a hora. Em seguida, seleciona-se o tipo de cabo através da

tecla F1. Com o F4 seleciona o tipo de conector.O equipamento possibilita o teste individual através da tecla Mensure Cable Performance (Medidor da

Performance do Cabo), permitindo a escolha de teste desejado. Ou o teste geral, através da tecla Autoteste. Quepossibilita ao término, através das teclas.

F1 – ver os testes;F2 – salvar em HD, utilizando saída serial, que pode ser ligado em PC;F3 – imprimir os resultados;

F4 – mostra os resultados individualmente.3.8.4. Detectando Defeitos em Cabos

Em um Penta Scanner temos um aplicativo que se chama Find Cable Faults (Encontrando Defeitos nosCabos) , com ele podemos localizar e verificar defeitos intermitentes em cabos. Ele é provido do Time Domain Reflectometry que pode encontrar defeitos em cabos.

Wire Map (Mapa de Ligações): determina como os cabos e conectores estão conectados ponta a ponta.Ele geralmente é executado antes de qualquer outra medida, para identificar problemas nos cabos tais como: aberto,curto, pares cruzados, etc.

FCF (Find Cable Faults): desenha um gráfico de representação do cabo, mostrando abertos, curtos e fioscruzados. Quando o wire map é executado, o FCF repete continuamente os testes até que o operador possaidentificar e localizar os defeitos intermitentes.

WIRE MAP (Mapa de Ligações): a tela de Wire Map é mostrada quando se pressiona a tecla Find CableFaults. Há quatro coisas que podem acontecer de errado com um cabo ou conector que este teste mostra:- Um curto entre fios;- Um aberto em um único fio;- Um aberto em todos os fios (break);- Uma impedância cruzada.Se um curto existir no cabo, isole o segmento suspeito conecte o Penta Scanner para executar o teste

Length, pressionando a tecla Measure Cable Performance (Medindo a Performance de Cabos); depois pressione atecla Length.Um cruzamento de impedância é causado por irregularidades no cabo e pode se mostrar como umaberto ou um curto de inesperado tamanho.

Measure Cable Performance (Medindo a Performance do Cabo): com este procedimento podemosrealizar testes individuais, tais como: Paradiafonia (NEXT), atenuação, comprimento/atraso, impedância, resistênciade loop, capacitância, ruído impulsivo e ruído pico a pico.

Para mostrar a lista de testes a serem feitos pressione a tecla Measure Cable Performance e depois as setasde navegação para destacar o teste que deseja executar. Pressione ESCAPE para voltar a tela de leitura.NEXT (Paradiafonia): para selecionar esta tela pressione a tecla Mensure Cable Performance e selecione

NEXT. Esta tela mostra a freqüência de varredura e o pior caso de NEXT para cada par.Dentro desta tela podemos ainda verificar o gráfico de paradiafonia, que mostra o pior caso de NEXT e a

freqüência em que ocorreram os piores casos, e a varredura de paradiafonia, que mostra o sweep range e o métodopara a detecção de NEXT.

Next é a interferência sobre o mesmo par, ou seja, a introdução de correntes elétricas num par de fios peloscircuitos elétricos através da indução (diafonia). Este teste exibe o alcance de varredura de freqüência além do piorcaso de Next para cada par. O Next mede a interferência que um par exerce sobre o outro no cabo.

ACR (Diafonia entre pares distintos): mede a interferência que existe entre cada par do cabo. ACR é aatenuação de isolamento referente à interferência entre pares diferentes.

ATTENUATION (Atenuação): para mostrar esta tela pressione a tecla Mensure Cable Performance e

selecione Attenuation. Este modo permite mais três modos: Modo gráfico, resultados de atenuação em diferentesfreqüências e avaliação de combinação de pares. Para mostrar a tela do gráfico de atenuação, pressione a tecla Mensure Cable Performance, depois selecione atenuação e gráfico.

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Atenuação é a diferença entre a potência de entrada no cabo e a potência de saída, isto é, a perda emdecibéis (dB). Quanto menor for o valor da atenuação, melhor será a performance do cabo.

Lenght / Delay: medem o comprimento dos pares e o atraso de propagação que estes fornecem. Onde adistância máxima permitida é de 915m para par trançado e 1200m para cabo coaxial. São mostrados oscomprimentos e a demora de propagação em nano segundos (ns).

Return Loss (Perda de Retorno): mede a perda de retorno, para a gama de freqüência de 1 a 100MHz. E afaixa de medida é de 0dB a 20dB.

Impedance (Impedância): Mede a impedância dos pares.Loop Resistance (Resistência de Loop): Testa a resistência em ciclo, que o par testado oferece à

passagem do sinal.A resistência ôhmica é uma das principais causas da perda de energia em cabos, o termo resistência

significa resistência efetiva. Capacitance (Capacitância): mede a capacitância entre os pares. A capacitância de uma linha resulta da

diferença de potencial entre os condutores, ela faz com que estes se tornem carregados de modo semelhante asplacas de um capacitor entre as quais exista uma diferença de potencial. A capacitância entre condutores em paralelodepende do diâmetro dos condutores, material isolante e afastamento entre os condutores.

Impulse Noise (Ruído Impulsivo): detecta impulsos de ruído no sinal, mostrando instantaneamente 200pulsos de ruído por segundo.

Peak-Peak Noise (Ruído Pico a Pico): são medidos ruídos detectados de cume a cume de voltagem paraum estado fixo.

Ao término de todos os testes, se o cabo estiver dentro dos padrões estabelecidos pela TIA/ISO, oequipamento mostrará a mensagem PASS.Análise de Trafego de LAN (Analyze LAN Traffic): é um monitor que mostra o nível de atividade atual

da LAN e monitora o trafego da network por mais de oito horas com intervalos ajustáveis de 5 minutos (usando umadaptador AC como fonte de energia).

O Analyze LAN Traffic é muito utilizado para detectar defeitos intermitentes. Ele pode ajudar a decidir se arede necessita de uma ponte ou um roteador por causa do excessivo trafego de informações. É provido de umagrande flexibilidade na localização de problemas.

Outros Recursos: o Penta Scanner também pode mostrar, limites de atenuação, length/delay, impedância,resistência de loop, capacitância, ruído, impulso de ruído e ruído pico a pico.

Exemplo de Resultado de teste com Penta Scanner:Impedance: 0VR. Só mede com cabos acima de 12m.

PINOS CAPACITANCE

1-2 85pF 3-6 74pF 4-5 80pF 7-8 73Pf

PINOS RESISTANCE

1-2 0.8Ω 3-6 1.1Ω 4-5 0.4Ω 7-8 0.5Ω

PINOS RETURN LOSS 1-2 17.6dB 100MHz 3-6 16.1dB 72MHz 4-5 0VR 95MHz 7-8 18.2dB 62MHz

PINOS ACR 1-2 37.5dB 90MHz 3-6 32.6dB 96MHz 4-5 33.6dB 93MHz 7-8 39.5dB 85MHz

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Wire Map:

PINOS ATENUATION

1-2 0.3dB 47 MHz

3-6 0.4dB 69 MHz

4-5 0.2dB 41 MHz

7-8 0.3dB 44 MHz

PINOS NEXT 1-2 37.6dB 89.9MHz

3-6 32.8dB 93.5MHz 4-5 33.2dB 92.9MHz

7-8 39.6dB 83.3MHz PINOS Lenght/Delay 1-2 1.7m / 8ns 3-6 1.8m / 8ns 4-5 1.6m / 7ns 7-8 1.6m / 7ns

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Short at the Injector End

Short on the Link Short at the Scanner End

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3.9. Cabo de Fibra Óptica

Apesar de existirem diversos tipos de cabos e acessórios ópticos, a norma EIA/TIA-568-A recomenda autilização de determinados cabos ópticos, além de especificar os valores dos principais parâmetros que envolvem oscabos e acessórios ópticos.

Podem ser do tipo multimodo – índice gradual - (62,5/125µm) e monomodo (8/125µm), obedecendo-se asespecificações das tabelas abaixo:

Comprimento de Onda Máxima Atenuação Largura de Banda850nm 3,75dB/Km 160MHz.Km1300nm 1,5dB/Km 500MHz.KmValores dos Parâmetros do Cabo Monomodo.Comprimento de Onda Máxima Atenuação (cabo externo)1310nm 0,5dB/Km1550nm 0,5dB/KmComprimento de Onda Máxima Atenuação (cabo interno)1310nm 1dB/Km1550nm 1dB/Km

3.9.1. Fibras Multimodo

São fibras em que os raios de luz podem percorrer o interior da fibra óptica por diversos caminhos. Asfibras multimodo de índice degrau possui restrições quanto à distância e capacidade de transmissão. As dimensõessão de 62,5µm (núcleo) e 125µm (casca). As fibras multimodo com índice gradual são fibras bem mais utilizadasque, porém de fabricação mais complexa. Este índice gradual faz com que os raios da luz percorram caminhosdiferentes, mas em velocidades diferenciadas, fazendo com que os raios de luz cheguem a outra extremidade dafibra quase ao mesmo tempo fazendo com que a banda passante aumente, aumentando a capacidade de transmissãoda fibra óptica. Quanto às dimensões, valem as mesmas para a anterior.

3.9.2. Fibras Monomodo

São fibras em que os raios de luz percorrem o interior da fibra óptica por um só caminho. Possuem bandapassante mais larga o que aumenta a capacidade de transmissão e atenuações mais baixas aumentando a distânciadas transmissões sem uso repetidores (podem ultrapassar 50Km). A desvantagem desta fibra está relacionada ao

manuseio que é bem mais complexo, exigindo cuidados maiores. Possuem dimensões de 8µm à 10µm (núcleo) e de125µm (casca). As fibras monomodo do tipo dispersão deslocada (dispersion shifted) são fibras de concepção maismoderna que às anteriores e suas aplicações ficam restritas aos sistemas de telecomunicações a longas distâncias.

3.10. Acessórios para Rede de Fibra Óptica

3.10.1. Conectores Ópticos

A norma recomenda o uso de conectores do tipo ST, sendo que a atenuação por inserção deve ser inferior a0,75dB por conector e a perda por retorno deve ser acima de 20dB para fibras multimodo e 26dB para fibrasmonomodo. Os conectores devem ter uma vida útil de 1000 operações no mínimo, sem alterar suas características deperformance.

3.10.2. Tipos de Conectores

Existem vários tipos de conectores ópticos no mercado, cada um voltando a uma aplicação. Os tiposexistentes de conectores variam nos formatos e na forma de fixação (encaixe, rosca). Os conectores são todos

machos, ou seja, os ferrolhos são estruturas cilíndricas ou cônicas, dependo do tipo de conector, que são conectadosno interior de adaptadores ópticos ou orifícios dos detectores dos equipamentos.

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Aplicações: são utilizados na conexão das fibras ópticas através de Extensões Ópticas ou Pig-tail: oconector é aplicado em uma das extremidades da fibra óptica e a outra extremidade será utilizada para emenda dapor fusão ou emenda mecânica; Cordão Óptico: o conector é aplicado nas duas extremidades da fibra óptica.

Tipos de Polimento: PC: face do ferrolho é convexa para permitir contato entre as fibras ópticas; SPC: face convexa, porém com menor raio de curvatura; APC: face convexa, porém com um certo ângulo em relação aoeixo do ferrolho; Plano: polimento plano de ferrolho. A durabilidade mínima para estes conectores é de no mínimo1000 inserções.

Aplicações: interconexões de sistemas ópticos para telecomunicações; interconexões de sistemas ópticospara redes locais; e, equipamentos ópticos de medição para CATV.

3.10.2. Terminações Ópticas

As terminações ópticas são constituídas de conectores ópticos que irão realizar a conexão do cabo óptico aoterminal do equipamento.

3.10.3. Distribuidor Interno Óptico

Tipo gaveta, padrão 19”, altura de 1U a 3U, dividido internamente em módulos para armazenamento dasemendas ópticas e dos adaptadores para distribuição das fibras respectivamente, sendo este painel de distribuiçãototalmente interno. Cada módulo possui capacidade de até 12 fibras.

3.10.4. Derivador Óptico

Acessório utilizado para terminação óptica, sem a necessidade de emendas por fusão, fazendo a transiçãoentre o cabo e a extensão óptica, através de cordão falso para até 8 fibras. Fixado em parede.

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3.10.5. Terminador Óptico

Acessório utilizado para terminação óptica, fazendo a transição entre o cabo e a extensão óptica, através deemenda por fusão. Fixado em parede com capacidade para até 12 fibras.

3.10.6. Transmissores Ópticos

São responsáveis por converter sinais elétricos em sinais óticos que irão trafegar na fibra. A fonte ótica émodulada pela sua intensidade, através da variação da corrente elétrica injetada no gerador ótico. A fonte ótica é umsemicondutor, e pode ser de dois tipos:

- LED (Light-Emitting Diode) utiliza o processo de fotogeração por recombinação espontânea. São

utilizados em sistemas de comunicação que exijam taxas de transferência menores do que 100 a 200Mbps.- LASER (Light Amplification by Simulated Emission of Radiation) utiliza o processo de geraçãoestimulada de luz.

Diferenças Funcionais entre LEDs e LASERs

CARACTERÍSTICAS LASER LEDPotência ótica alta baixaCusto alta baixaUtilização complexa simplesLargura do espectro estreita largaTempo de vida menor maiorVelocidade rápido lento

Divergência na emissão menor maiorAcoplamento na fibra monomodal melhor piorSensibilidade a temperatura maior menor

3.10.7. Receptores Ópticos

Também chamados de fotodetectores, são responsáveis pela conversão dos sinais óticos recebidos da fibraem sinais elétricos. Devem operar com sucesso nos menores níveis de potência óticas possíveis, convertendo o sinalcom um mínimo de distorção e ruído, a fim de garantir o maior alcance possível. Os fotodetectores mais utilizadossão os fotodiodos, e os mais comuns são PIN e APD (Avalanche PhotoDiode).

Diferenças Funcionais entre Fotodiodos PIN e APD

CARACTERÍSTICAS PIN APDSensibilidade menor muito maiorLinearidade maior menorRelação sinal/ruído pior melhorCusto baixo altoVida útil maior menorTempo de resposta maior menorVariação das características conforme a variação da temperatura menor maiorCircuito de polarização simples complexo

3.11. Emendas e Conectorização de Fibra Óptica

As emendas surgem da necessidade de dar continuidade a um lance de cabo óptico que esteja sendoinstalado ou unir esse cabo a uma extensão óptica dotada de um conector e um rabicho de cabo óptico. A normaespecifica a atenuação máxima de emendas por fusão ou mecânica que não pode exceder o valor de 0,3dB. Asemendas ópticas não são simples. Os processos existentes exigem preparos e cuidados para sua realização. Após o

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revestimento do cabo ser convenientemente retirado, restando somente as fibras ópticas, os resíduos provenientes dointerior do cabo óptico como a geléia de petróleo deverão ser removidos utilizando-se gaze embebidos em álcoolisopropílico ou anidro. Em seguida as extremidades das fibras ópticas deverão ser submetidas ao processo dedecapagem do seu revestimento externo (acrilato) e novamente limpas. A limpeza deve ser refeita várias vezes atéque a fibra esteja perfeitamente limpa. A etapa seguinte consiste na clivagem da fibra óptica, ou seja, o corte da fibrasob um ângulo de 90º.

A necessidade de o ângulo ser 90º consiste no fato de que desta forma, as extremidades das fibras ópticasestarão paralelas o máximo possível no momento da emenda, propiciando assim, uma emenda de boa qualidade, ouseja, com baixos níveis de atenuação.

Este processo de clivagem é realizado através de ferramentas especialmente projetadas para esta função.Agora as fibras ópticas estão prontas para serem emendadas. Existem dois processos de emendas de fibras ópticas:

3.11.1. Processo Mecânico

Que pode ser implementado de duas formas distintas; a primeira consiste na utilização de alinhadores deprecisão para fibras ópticas, e a segunda forma consiste no alinhamento de conectores ópticos através deadaptadores. Veja abaixo o procedimento de conectorização de fibra óptica:

1º Passo: Inserir a borracha protetora e o anel no cabo para posterior fixação.

2º Passo: Decapar o cordão com o cortador de tubo na dimensão correspondente ao conector.

3º Passo: Com o alicate decapador retirar o isolamento da fibra óptica para posterior inserção do conector.

4º Passo: Usando uma seringa, inserir a agulha dentro do conector e injetar a resina até que uma pequena

quantidade apareça na ponta do ferrolho.

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5º Passo: Retirar a agulha de dentro do conector e completar parcialmente o interior do conector comresina.

6º Passo: Limpar e inserir a fibra até que a capa protetora da mesma encoste no limite do canal do conector,evitando que a cola excedente da base do conector encoste no kevlar.

7º Passo: Montagem do conector. Primeiro cortar a sobra do kevlar deixando aproximadamente 8mm.Posicionar o anel metálico cobrindo o kevlar, junto ao conector. Crimpar o anel metálico junto ao cabo e o conectorr cobrir com a borracha de proteção.

8º Passo: O cordão deve ir ao forninho por aproximadamente 8 minutos, após o forno aquecido, apara

acelerar a cura da resina.

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9º Passo: Após a cura da resina, clivar a fibra excedente com a ferramenta adequada.

10º Passo: Utilizando-se a base de polimento, iniciar o processo de polimento na seguinte seqüência:primeiro com a lixa “azul” até eliminar toda a resina; segundo com a lixa “rosa” de 10 a 15s; e, terceiro com a lixa“branca” de 10 a 15s. O polimento deve ser feito com movimentos circulares em oito.

11º Passo: Feito o polimento, deve-se verificar a condição da fibra e, se for o caso, retorná-la ao polimento.Caso contrário, faz-se a montagem terminal.

3.11.2. Processo por Fusão de Fibras Ópticas

Que se caracteriza por "fundir" as extremidades das fibras ópticas através de arcos voltaicos gerados pordois eletrodos. Este processo faz com que a emenda seja quase imperceptível aos olhos e apresenta os menoresníveis de atenuação de emendas.

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Este processo também exige muito cuidado para ser implementado, pois qualquer irregularidade poderáprejudicar a qualidade de emenda, elevando o nível de atenuação.A perda de inserção (atenuação) consiste na perdade potência luminosa que ocorre na passagem da luz entre as conexões sua principal causa está relacionada comirregularidades no alinhamento dos conectores. Na prática, é a perda de inserção que contribui para a soma total daatenuação ou perda de potência óptica de todo o lance de cabos. A perda de retorno (reflectância) consiste naquantidade de potência óptica refletida na conexão, sendo que esta luz refletida retorna até a fonte luminosa. A causaprincipal está na face dos ferrolhos dos conectores, que refletem parte da luz que não penetra no interior da fibraóptica do conector do lado oposto. Esta perda não influi diretamente na atenuação total, contudo, o retorno da luz àfonte pode degradar o funcionamento da fonte luminosa e prejudicar a comunicação óptica.

3.12. Testes e Certificação de Redes de Fibra Óptica

3.12.1. Técnicas de Medição de Fibras Ópticas

Considerando-se que uma rede óptica esteja instalada, desde os cabos e todos os acessórios, o passoseguinte consiste no teste do cabeamento óptico da rede. O teste da rede irá demonstrar se a rede está disponívelpara o uso e, se não estiver, irá apontar as falhas que devam ser corrigidas. Os testes de certificação devem ser feitossempre depois que toda a instalação foi completada e sempre antes da rede ser disponibilizada para o uso. Poisdefeitos de software e de hardware costumam ser confundidos com defeitos de cabeamento.

3.12.2. Tipos de TestesDispersão cromática; Largura de banda; Comprimento de onda de corte; Diâmetro do campo modal;

Características geométricas; e, Atenuação espectral.Testes de Atenuação Absoluta: medidas de atenuação nos links ópticos em determinados comprimentos

de onda, 850nm para fibras multimodo e 1310 e 1550nm para fibras monomodo, cujo objetivo é determinar quantode potência óptica é perdida em um determinado link. São executados através de equipamentos denominadosMedidores de Potência Óptica (Power Meter). Um sistema de comunicação que utiliza fibras ópticas é compostobasicamente por conversores e fibras ópticas. O conversor possui a função de transformar o sinal elétrico em óptico(controle de polarização elétrica, emissão da potência óptica e emissão do sinal óptico). O receptor possui a funçãoinversa do transmissor, ou seja, detectar o sinal óptico e convertê-lo em sinal elétrico. O meio físico, composto pelasfibras ópticas, é um guia, na qual a luz trafega em seu interior, desde a extremidade emissora até a extremidadereceptora. As fibras ópticas são utilizadas para comunicações entre locais remotos de forma eficiente e segura,

devido à sua imunidade à interferências eletromagnéticas. Os fatores atenuadores também existem nos cabosópticos, sendo que, sendo utilizados repetidores para a função de regenerar e/ou amplificar os sinais ópticos. Asaplicações das fibras ópticas têm se ampliado bastante e, atualmente, muitas das comunicações de longas distânciasestão sendo feitas por fibras ópticas. As redes de dados utilizam os recursos que as fibras ópticas proporcionam. Asfibras ópticas são constituídas, basicamente, de materiais dielétricos possuindo uma estrutura cilíndrica, composta deuma região central, denominada núcleo, pôr onde trafega a luz, e uma região periférica, denominada casca queenvolve completamente o núcleo. As dimensões variam conforme os tipos de fibras ópticas onde o núcleo podevariar de 8µm até 200µm e a casca de 125µm até 240µm, contudo, dentre as fibras ópticas mais utilizadas nomercado atualmente, as dimensões mais utilizadas são de 8 e 62,5µm para o núcleo e 125µm para a casca.

Testes Analíticos: são executados através de equipamentos denominados reflectômetros ópticos nodomínio do tempo (OTDR), cujo funcionamento baseia-se na emissão de pulsos de luz de curta duração comcomprimentos de onda determinados. Estes pulsos de luz são gerados e controlados, e o sinal refletido é captadopara a sua análise. O sinal refletido fornece várias informações à respeito do estado do link óptico além do seu

comprimento.O OTDR proporciona uma curva Atenuação x Comprimento do link óptico, tornando possível uma análisemais apurada do link óptico e condições para diagnosticar eventuais defeitos localizados, tais como, atenuação docabo óptico, conectores com defeito ou com elevada atenuação e ruptura de cabos.

3.12.3. Medição de Fibra Óptica com Power Meter

1º Passo: Ligar o Medidor de Luz e selecionar o comprimento de onda correto;2º Passo: Ligar a Fonte de Luz e aguardar de 1 a 2 minutos para que se estabilize;3º Passo: Conectar o cordão de emissão na Fonte de Luz e o cordão recepção no Medidor de Luz;4º Passo: Alinhar as pontas dos cordões e conectá-las;5º Passo: Fazer a medida de intensidade da luz, deve-se medir entre – 19,5 e – 21,5dBm para fibra

multimodo e entre – 40,0 e – 42dBm para fibra monomodo;

6º Passo: Desconectar os cordões de teste e conectá-los a cada terminação do lance de fibra óptica a sertestada, acrescentando-se um acoplador;

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7º Passo: A diferença obtida entre a primeira e a segunda medição será a perda (atenuação) dada em dBneste lance de fibra. A atenuação máxima permitida por conector é 0,75dB A atenuação máxima permitida poremenda é 0,3dB. A atenuação média da fibra óptica 62,5/125µm por Km é 3,0dB.

3.12.4. Medição de Fibra Óptica com Reflectômetro Óptico (OTDR):

As principais aplicações do OTDR são a localização de falhas, quebras ou emendas em fibras ópticas,

assim como a determinação de atenuações em cabos em emendas. Sua principal vantagem é necessitar de uma únicaponta de fibra para a realização destas medidas. Dado o fato de que os modernos OTDR são capazes de analisarlongos trechos de fibras, suas aplicações não se limitam somente às tarefas de instalações e manutenção de sistemasde comunicações ópticas, mas também à fabricação, inspeção e desenvolvimento de fibras e cabos ópticos. O OTDRnos fornece um diagnóstico preciso sobre a fibra, bem como um gráfico em que podemos identificar a situação dafibra óptica em teste.

Desempenho da Cabeação com Fibra Óptica: Comprimento de Onda x Atenuação