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N o 140 Ano 14 Janeiro/2009 JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO PRODERJ – ASCPDERJ http://ascpderj.sites.uol.com.br E m 2008, os servidores públicos estaduais realizaram intensas mobilizações para pressionar o governo do Rio de Janeiro a aca- bar com anos de congelamento nos salários do funcionalismo. Embora, o Sejam bem-vindos! Já estão lotados no Proderj nove servido- res aprovados no Concurso de 2002. A chegada desses novos servidores é uma conquista de todos os trabalhadores, que lutaram durante anos pela homologação do Concurso e pela efetivação desses companheiros na Autarquia. Embora esse número seja inteiramente insuficiente para as reais necessidades do Proderj, pois a carência de técnicos é muito gran- de, possibilita que os demais aprovados sejam efetivados nos próximos meses. Mais detalhes na pág 4 Salários pela hora da morte governo tenha tratado com descaso as reivindicações e se negado a negociar, os servidores públicos saíram fortalecidos por uma unidade que abarcou todas as categorias da administração pública. Em 2009, a luta vai continuar! Pág 5

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No 140 Ano 14 Janeiro/2009JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO PRODERJ – ASCPDERJhttp://ascpderj.sites.uol.com.br

E m 2008, os servidores públicosestaduais realizaram intensasmobilizações para pressionar ogoverno do Rio de Janeiro a aca-

bar com anos de congelamento nossalários do funcionalismo. Embora, o

Sejam bem-vindos!Já estão lotados no Proderj nove servido-res aprovados no Concurso de 2002. Achegada desses novos servidores é umaconquista de todos os trabalhadores, quelutaram durante anos pela homologaçãodo Concurso e pela efetivação dessescompanheiros na Autarquia. Embora essenúmero seja inteiramente insuficientepara as reais necessidades do Proderj,pois a carência de técnicos é muito gran-de, possibilita que os demais aprovadossejam efetivados nos próximos meses.Mais detalhes na pág 4

Salários pela hora da morte

governo tenha tratado com descaso asreivindicações e se negado a negociar, osservidores públicos saíram fortalecidospor uma unidade que abarcou todas ascategorias da administração pública. Em2009, a luta vai continuar! Pág 5

2 ••••• Janeiro/2009 ••••• J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J

Trabalhadores lutam contra crise capitalista edesempregoJornal da ASCPDERJ

Associação dos Servidoresdo Centro de Processamento

de Dados do Estado doRio de Janeiro

R. São Francisco Xavier, 524/ 2ºand. Maracanã – CEP 20.550-013Tel: 2569-5480/2568-0341

[email protected]

[email protected]

Presidente:

LEILA DOS SANTOS

1º Vice-presidente:

JOSÉ JOAQUIM P. DE C. A. NETO

2º Vice-presidente:

JÚLIO CÉSAR FAUSTINO

1º Secretário:

ELIZABETH SILVA MARTINS

2º Secretário:

ULYSSES DE MELLO FILHO

1º Tesoureiro:

MARCOS VILLELA DE CASTRO

Responsável pela Sede Praiana(Saquarema):

JOSÉ JOAQUIM PIRES NETO (KIKO)

Redação e Edição:

FERNANDO ALVES

DENISE MAIA

Diagramação

ESTOPIM COMUNICAÇÃO E EVENTOS

2518-7715

Ilustração:

LATUFF

Fotolitos & Impressão:

GRAFNEWS

3852-7166

Na Internet

http://ascpderj.sites.uol.com.br/

ENTIDADE DE UTILIDADE

PÚBLICA ESTADUAL

Edição fechada em:12/02/2009

Editorial

Expediente

A grave crise do capitalismo que se aprofundou a partirde 2008 deve continuar em ritmo devastador. Enquanto as instituições financeiras e as grandes corporações

e monopólios econômicos são beneficiados com polpudasverbas estatais, o mesmo não se pode falar da situação dostrabalhadores, que vêem seus direitos ameaçados e os pa-trões exigirem a redução de salários.Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a

estimativa é de que as demissões em massa aumentem,principalmente, nos Estados Unidos, Europa e Japão, deven-do ultrapassar a marcade 200 milhões de tra-balhadores desempre-gados, e poderá atingircerca de 210 milhõesde pessoas. Os Esta-dos Unidos, maior emais importante econo-mia capitalista do mun-do, fechou 598 mil pos-tos de trabalho somen-te no mês de janeirodeste ano. Desde de-zembro de 2007, inícioda recessão econômi-ca norte-americana, odesemprego já atingiu3,6 milhões nos EUA.Com isso, aumentará

enormemente o índicede pobreza em todos ospaíses. O segmento dapopulação que recebeaté US$ 1 ao dia deverá subir de 480 milhões para 520milhões de pessoas. Para os que ganham até US$ 2 ao dia,o índice deverá ser superior à 100 milhões de pessoas. Oquadro deverá colocar 1,4 bilhão de pessoas abaixo dessalinha de renda, sendo de 6 milhões a população mundial.Diante dessa realidade, o diretor-geral da OIT sentencia:

“Ninguém estará imune ao problema”.É um recado direto ao governo brasileiro, que no início da cri-

se, disse que aqui ela seria uma marola. O resultado da marolaé que desde os últimos meses do ano, o comportamento do

empresariado têm sido o de dar férias coletivas ou a saída maisadequada à lógica patronal, que é o desemprego para os traba-lhadores a fim de garantir seus insaciáveis lucros.De forma oportunista, os donos de bancos, industriais e mega-

empresários começam a exigir modificações nas leis traba-lhistas, buscando flexibilizá-las, no intuito de lucrar ainda maisà custa do sacrifício de milhões de trabalhadores, cujo salárionão passa de míseros tostões. (veja matéria na página 7)A reação da classe trabalhadora já começa a acontecer em

todo o mundo. Na Europa, milhões de trabalhadores estãopromovendo uma ondade manifestações e gre-ves para barrar a amea-ça de desemprego e deredução dos salárioscomo ocorreu na França,recentemente.

No Brasil, os trabalha-dores seguem a mesmadireção. É o que vemocorrendo no ABC pau-lista e na cidade de SãoPaulo. No último dia 9de fevereiro, milharesde bancários saíram àsruas da capital paulistaexigindo a reintegraçãode 400 bancários, queforam demitidos peloBanco Real, de proprie-dade da rede espanho-la de bancos Santander.O mesmo acontece em

São Bernardo do Campo, onde o Sindicato dos Metalúrgicosrealiza manifestações com o slogan “Querem lucrar com acrise” em protesto contra a onda de desemprego, principal-mente, por parte das montadoras.A mesma política está sendo adotada pelos governos para

não negociar aumento dos salários dos servidores públicos.Nesse quadro de ameaças, a principal forma dos trabalha-

dores responderem aos ataques a seus direitos é a luta,aumentando sua organização, sua mobilização e a solidarie-dade de classe.

J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J ••••• Janeiro/2009 • • • • • 3

PRODERJ

Um quebra-cabeça de possibilidadesFOTO: SAMUEL TOSTA

A política do governo Sérgio CabralFilho em relação ao Proderj nãomodificou, se comparada a que

vem sendo adotada desde o governoMarcelo Alencar. Com pequenas dife-renças entre um governo e outro, nofundamental, ela mantém o mesmoprincípio, que é sucatear a área de Tec-nologia da Informação (TI). Quem saiganhando com isso são sempre asempresas privadas que atuam no se-tor, que vão fazendo a festa nos CPDsespalhados pelas secretarias e órgãospúblicos, longe das vistas dos profis-sionais de informática do Estado.A dipersão dos sistemas, a ausência

de um trabalho contínuo que garanta ocontrole público sobre os dados e in-formações estratégicas do Estado, étônica que se repete há uma década emeia. Os prejuízos, não apenas finan-ceiros, mas tecnológicos, são profun-dos.Nesse período, o Proderj foi retalia-

do, dividido, subutilizado, abandonadopelas autoridades governamentais doRio de Janeiro, e conseguiu sobreviveraté o momento à privatização e àextinção.Apesar do sucateamento e da falta de

investimentos numa área importantepara qualquer setor da sociedade, aAutarquia vem resistindo graças aoempenho e dedicação de profissionaiscomprometidos com a populaçãofluminense, e realiza um trabalho dequalidade, reunindo competência e res-ponsabilidade.

Mudança para o BanerjãoA divisão tem sido, sem dúvida ne-

nhuma, um dos principais problemas.A recente retirada injustificada do com-putador central de dentro do Proderj foium golpe duro. Já quase 1 ano que umapequena parte de técnicos foi trabalharno Hor to, mas a mudança para oBanerjão não se efetivou. Até mesmo“aquela pressa” toda da UERJ em ocu-par o pequeno espaço do Proderj pare-ce que não existe mais.A fatídica mudança física da área de

produção da Unidade UERJ para oBanerjão não se consuma. Uma nove-la que se arrasta há mais de 16 me-ses, desde o incêndio que atingiu umaparte da Universidade e do Proderj, emoutubro de 2007. Já fizeram muitaspromessas, até mesmo de uma sedeprópria, mas de concreto, até agora,

nada! Nos bastidores, especula-se queaté a metade desse ano conseguirãoum local no Banerjão para amontoarequipamentos e pessoas num localapertado e insalubre. É aguardar pra ver.

Começa a migração dos sistemasMas, enquanto a caravana passa,

muitas coisas importantes vão aconte-cendo. Uma delas é a migração dos sis-temas para mais nova máquina Z, daIBM, que se encontra no Serpro, masque pertence ao Proderj. A migração éuma medida que correponde a um avan-ço importante, já que vai possibilitar oProderj ficar mais próximo de acompa-nhar a rapidez com que se desenvolvea tecnologia e suas linguagens paragrande porte. Apesar do governo e dadireção não garantir ao pessoal da áreade produção o suporte necessário emtermos de treinamento, o conhecimen-to prático por parte dos servdiores ga-rantirá o pleno êxito da tarefa.Para que a migração ocorra e seja bem

sucedida, vai ser necessário algum ní-

A migração dos sistemaspara a nova máquina Z,da IBM, é um avanço

importante para oProderj. Uma

oportunidade para aincorporação de novas

tecnologias que vaigerar, necessariamente,

novos investimentosno setor.

R$ 100 milhõespara a Oi e nadapara professoresFoi publicado no dia 9 de feve-

reiro, no jornal O Dia, matéria so-bre projeto para implementaçãode presença nas escolas esta-duais por meio eletrônico. Qua-se tudo é possível em Tecnolo-gia da Informação (TI). O proble-ma reside no uso político da TI,como em qualquer outra ação degoverno.Nesta matéria, a secretária Te-

reza Porto fala das vantagens docontrole da freqüência, das re-feições e do transpor te dos alu-nos da rede estadual. O que aex-presidente do Proderj esque-ceu de dizer é que os professo-res e profissionais de apoio daSecretaria de Educação estãocom péssimos salários e, pior,sem concurso para reposiçãodestes profissionais, valendo-seo governo do condenável contra-to temporário. Mais, com a par-ticipação de empresas privadasfornecendo serviços. Só a ope-radora OI vai receber mais de R$100 milhões para formar a redede comunicações, cerca de qua-tro vezes o orçamento anual doProderj. Do lado do Proderj, so-mente agora os concursadoschegaram, após sua gestão àfrente da Autarquia, demonstran-do sua aversão ao servidor pú-blico e compromisso inquestio-nável com a privatização do Es-tado.

vel de investimento, de treinamento ede domínio de novos sistemas e tecno-logias, que a direção do Proderj nãopoderá negar. Isso, obrigatoriamente,seja pela necessidade ou pela vonta-de, vai fazer com que novos avanços enovos conhecimentos aconteçam. Acompetente equipe de técnicos, respon-sável pela migração, já está trabalhan-do, pesquisando e se especializandopara executar um trabalho de qualida-de. Esta parte não será o problema.O que se espera é que após os técni-

cos da área de produção resolveremmais essa fatura, não venha o governocom suas medidas, entregar de mãobeijada todos os sistemas armazena-dos e os novos equipamentos a algu-ma empresa privada do setor, ou mes-mo, retirar o controle público realizadopelo Proderj.

Com boa estrutura, servidores do Proderj se adptaram bem ao Serpro

Grande porte do Proderj

Equipamentos do Proderj instalados e em pleno funcionamento

J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O PSERVIDORES PÚBLICOS

Enfim, cara nova no ProderjMais uma conquista do corpo funcional para manter viva a informática pública

FOTOS: SAMUEL TOSTA

Nove servidores aprovados noconcurso de 2002 já estão

lotados no Proderj. Uma esperade sete anos desde a

realização do Concurso, ahomologação e a efetivaçãodos primeiros concursados.

Vale lembrar que foramaprovadas 174 pessoas, na

época. Pessoas que seprepararam para ingresar no

serviço público, na área de TI,e que amargaram um longo

tempo para uma soluçãoconcreta de sua efetivação.

O Concurso Público do Proderj foiuma conquista dos trabalhadores da Autarquia, e veio com aaprovação do Plano de Cargos,

Carreiras e Salários (PCCS) na Assem-bléia Legislativa. Nesse período entre arealização do concurso e sua homologa-ção, uma verdadeira batalha se travou,em todos os sentidos, para que fossegarantida a efetivação desses trabalha-dores. Por outro lado, é necessário sabercomo foi conviver com as incertezas, asfrustrações e a ansiedade de ser aprova-do num Concurso Público e continuar nafila do desemprego.O jornal Divulgando vem acompanhan-

do durante todos esses anos a situação,e os relatos sempre mostraram que paraesses trabalhadores foi um período demuita angústia e expectativa. A maioriafez investimentos, como pagar cursospreparatórios, estudar bastante, dedicarmuito tempo de suas vidas para tentarassegurar as vagas e ingressar numainstituição como Proderj. Principalmente,por que a perspectiva salarial que se apre-sentava era outra. Mas a realidade foimais dura e a maioria, sem nenhuma pos-sibilidade de sobrevivência nessa etapa,foi lutar pelo seu ganha pão trabalhandoem empresas prestadoras de serviços,realizando outros concursos ou mesmoingressando em empresas para exerce-rem atividades diferentes da área de Tec-nologia da Informação.Um dos maiories receios que tomou

conta dos trabalhadores aprovados no

Concurso de 2002 foi de que o Proderjviesse a ser extinto. Um medo criadopela realidade imposta pelos governosneoliberais que têm assumido o esta-do e que assombrou a todos, gerandomuita incerteza e insegurança.Contudo, não ficaram de braços cruza-

dos. Se juntaram ao Sindpd, ao traba-lho e mobilização da ASCPDERJ, promo-veram reuniões, pressionaram a área deRecursos Humanos do Proderj, para quetivessem sua situação resolvida, poisacreditavam numa resposta afirmativaem relação à homologação. Sempre des-tacavam a atuação de alguns diretoresda Associação, como a presidente daentidade Leila dos Santos, incansávelna luta pela homologação do concurso,evidenciando a importância de oxigenara Autarquia. Também eram destacadasas importantes atuações de MarcosVillela, Júlio Faustino e Kiko nessa luta,mas que a vitória viria por causa da uni-dade dos servidores por uma causa co-mum: o Proderj. O que se confirmou!

Outro aspecto constantemente ressal-tado era o pouco espaço para a solu-ção do problema durante a gestão deTereza Porto no Proderj. E vários dosefetivados e dos não efetivados avali-am como positivo o fato do atual presi-dente do Proderj, Paulo Coelho, ser daárea de Informática, o que facilitou bas-tante a compreeensão de que era ne-cessário garantir o ingresso desses tra-balhadores no Proderj. A maioria já davacomo certo que a convocação ocorres-se somente após o carnaval. Mas, parasurpresa geral, ela veio antes.Após tomarem posse e serem lotados,

os mais novos servidores do Proderjdeclararam ao Divulgando que ficarambastante felizes com a receptividade deseus colegas de trabalho e enfatizamque todos estão sendo muito presta-tivos, acolhedores e companheiros -“como já trabalham a muitos anos jun-tos, tornaram-se uma família, deixan-do-os muito à vontade, seguros, comose estivessem em casa”, afirmaram.

Salários defasados: um problemaNão resta a menor dúvida de que as

condições salariais dos servidores pú-blicos do Estado são das mais graves.Nunca se viveu um período tão grandede congelamento salarial como o queestá ocorrendo agora.Esse fato tem ligação direta com a che-

gada dos trabalhadores aprovados noConcurso de 2002. Dos já citados 174aprovados, somente 21 analistas aceita-ram ingressar no Proderj até agora. Na filade espera de sete anos e com o salárioda Autarquia totalmente defasado frenteà realidade do mercado de TI, muitos con-seguiram aprovação em outros concursos,ingressaram em empresas da área de TIe recebem salários muito melhores do queos praticados pelo Proderj, atualmente.A chegada desses novos sevidores foi

uma grande vitória para todos doProderj. Foi fruto das mobilizações.Mobilizar, portanto, continua sendo

uma necessidade real para a luta detodos os trabalhadores.

Em fase de estágio probatório, servidores aprovados no concurso de 2002 chegam para renovar o quadro técnico do PRODERJ

O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J • • • • • Janeiro/2009

A luta devecontinuar, sempre!

O ano de 2008 começou ainda sob oimpacto da Lei da Mordaça, uma tenta-tiva frustrada da direção do Proderj derestringir a ação e o trabalho da direto-ria da ASCPDERJ, e censurar os bole-tins, panfletos e o jornal Divulgando daAssociação.Em seguida, a surpresa da saída de

Tereza Porto da presidência do Proderj,sendo esta assumida por seu Vice, Pau-lo Coelho. O que não deixou de ser uma“boa notícia”, pois Te-reza sempre jogou con-tra o avanço do Pro-derj, desqualificandoseus profissionais, fa-zendo da autarquia umtrampolim para outrosinteresses estranhosaos do Estado e da po-pulação fluminense.O “novo presidente”

criava uma grande ex-pectativa de diálogo,mas foi um balão deensaio, já que o mes-mo alegava não ter autonomia paradecidir sobre a política da autarquia.“Isso é uma decisão de governo!”. Fo-ram as palavras muito ouvidas dentrodo Proderj naqueles dias, como formade justificar a paralisia, a falta de inici-ativa, a omissão (ou concordância!) da“nova direção” em relação às medidasrelativas ao Proderj.Paulo Coelho tratou de se reunir com

o corpo funcional e com a sua repre-sentação, a ASCPDERJ, e até concedeu

uma entrevista ao Divulgando para de-monstrar mudança no trato com essessetores. Mas a expectativa de diálogologo se transformaria em frustração,pois as principais reivindicações dostrabalhadores do Proderj continuariamsendo ignoradas.Outro grave problema que preocupou

bastante os trabalhadores foi a trans-ferência do computador central para adependências do Serpro. Um processo

marcado pela obscuri-dade, que até hoje ne-nhuma explicação plau-sível foi dada. AASCPDERJ constatouque houve um gastoacima de R$ 1 milhãocom a transferência docomputador central eque se tratava de umacordo desconhecidopara os trabalhadores.A transferência foi con-sumada e mais umavez quem perdeu foi a

população que ficou sem o controle di-reto das informações estratégicas doEstado e o Proderj passou por mais umadivisão física: agora, a separação en-tre a área de produção e o computadorcentral do Estado, que foi parar numórgão federal.Alguns técnicos foram operar o com-

putador no Serpro, ficando na UnidadeUERJ a maioria, sem que as inúmerasdatas de transferência para o Banerjãofossem até hoje cumpridas. Até uma

sede própria foi demagogicamente tra-tada pela direção, sem que haja atéagora, nada de concreto.Somado a isso, 2008 foi um ano de

muitas lutas dos trabalhadores, não sódo Proderj, mas, principalmente, da iné-dita unidade dos servidores públicos doEstado, através do MUSPE (MovimentoUnificado dos Servidores Públicos Esta-duais), que empreendeu uma onda demanifestações de rua para pressionar ogovernador Sérgio Cabral Filho a reajus-tar os salários do funcionalismo públicoestadual, cancelar as PPP’s, realizar con-cursos, dar fim às terceirizações e ga-rantir seus direitos e suas conquistas.Mas o MUSPE não se resumiu ape-

nas à lutar por melhorias salariais. Suapauta foi mais ampla, lutando tambémem defesa dos serviços públicos e pelasua qualidade. Isto garantiu a partici-pação dos diversos segmentos do fun-cionalismo do Estado, como o pessoal

da Saúde, da Educação, do IASERJ, daCiência e Tecnologia, da UERJ, daFaetec, dos Fazendários, que somadosa outras dezenas de categorias, conse-guiram realizar importantes manifesta-ções.Por isso, a campanha salarial dos tra-

balhadores do Proderj se concentrou nasmobilizações conjuntas dos servidorespúblicos e na busca pelas negociaçõesespecíficas. Como de hábito, mais umavez o governo estadual manteve as por-tas fechadas, não dialogando com acategoria e não cumprindo a aplicaçãointegral do Plano de Cargos.Em 2009, os trabalhadores devem dar

continuidade a essas mobilizações, prin-cipalmente, porque agora os governosvão querer utilizar a desculpa da crisepara atacar ainda mais os direitos dostrabalhadores, especialmente, os dosservidores públicos. Arregaçar as man-gas e ir à luta está na ordem do dia!

Reajustar ossalários, cancelar

as PPP’s,realizar concursose acabar com asterceirizações,

figuram na pautado MUSPE

FOTOS: SAMUEL TOSTA

Durante as mobilizações, servidores do Proderj, participaram ativamente Organizados no MUSPE, várias categorias levaram suas reivindicações às ruas

Forte aparato policial foi utilizado para intimidar a manifestação dos servidores públicos

6 ••••• Janeiro/2009 ••••• J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J

Geral

Adicionais deConhecimento

e de Titularidade

No dia 3 de fevereiro, terça-feira, foi re-alizada reunião de associados, com apresença do dr. Alexandre Barenco, advo-gado da ASCPDERJ, para informes sobreo andamento dos processos relativos aosAdicionais de Conhecimento e de Titu-laridade. Dr. Barenco informou que até omomento não houve negativa do direitoao recebimento, estando por aguardar osprimeiros resultados para o final destesemestre. Alguns servidores tiveramseus processos retardados, na análisedo mérito, devido ao pedido de gratuidadedas custas judiciais feita ao Tribunal deJustiça. É sempre bom lembrar que, mes-mo sendo justo o pedido de gratuidade,a análise do juiz pode apontar para outradireção, ou seja, não há consenso sobreesta concessão. Estes processos sãoindividuais, em nome do próprio interes-sado, e distribuídos pelas diversas Va-ras, o que certamente resultará em solu-ções em períodos diferentes.A PGE questionou o documento de re-

conhecimento de dívida expedido peloProderj, sendo exigida cópia do proces-so de concessão do adicional; entretan-to, alguns juízes consideram que o do-cumento é válido, pois foi expedido pelopróprio Proderj baseado no processo decada servidor.

DisponibilidadeFoi requerido pelo dr. Marcellino Tos-

tes Picanço a reunião de documentos

Informe JurídicoUnimed 1 – Contrato 3056 (antigoUnimed 1 – Contrato 3056 (antigoUnimed 1 – Contrato 3056 (antigoUnimed 1 – Contrato 3056 (antigoUnimed 1 – Contrato 3056 (antigo0752)0752)0752)0752)0752)

Reajuste previstopara marçoEm ofício enviado pela Unimed a

ASCPDERJ no dia 12 de fevereiro, foiinformado pela operadora que o novoíndice de reajuste do contrato, quetem março como mês de referência,é de 8,14%,. Esse percentual de re-ajuste é contratual e tem como baseo IGPM (Índice Geral de Preços doMercado) acumulado dos últimos 12meses ou de acordo com o cálculobaseado no índice da sinistralidade(arrecadação/utilização). Dia 12/02haverá reunião entre a operadora e aASCPDERJ, onde serão dados osesclarecimentos sobre o índice prati-cado. A sinistralidade está controla-da depois da campanha de oxige-nação promovida pela entidade e coma entrada de usuários abaixo de 43anos. Mas, é preciso mais, pois con-tinuamos com um grande número deusuários acima de 45 anos.

Unimed 2Unimed 2Unimed 2Unimed 2Unimed 2

Reajuste doContrato Nº 3054(remanescentes daAliança)A Unimed aplicou de uma só vez o

reajuste de 12,23% de acordo como IGPM, neste contrato cujo aniver-sário foi dezembro de 2008 comomês de referência. Em ofício envia-do à operadora a ASCPDERJ enten-

deu que o percentual a ser aplicadoinicialmente deveria ser o arbitradopela ANS (Agência Nacional de Saú-de) aos contratos individuais, cujo ín-dice foi de 5,48% em dezembro e adiferença negociada em reunião soli-citada no mesmo ofício.A ASCPDERJ contestou o valor do re-

ajuste porque este contrato estásuperavitário, ou seja, com umasinistralidade muito abaixo do limitede 70% da sua utilização. A operado-ra não se dispôs a negociar, aplican-do o índice unilateralmente. Infelizmen-te, nestes casos, a ANS que determi-na que os contratos coletivos sejamnegociados entre as partes nada podefazer. As Agências Reguladoras cria-das na época de FFHH regula aquiloque não é cumprido e lava as mãos.

Unimed 3Unimed 3Unimed 3Unimed 3Unimed 3

Exclusão do planoA ASCPDERJ informa aos usuários

interessados em cancelar seu plano,que os mesmos devem se programarpara fazer o pedido de desligamentocumprindo os prazos estabelecidospela operadora, que deve ser feito atéo dia 10 de cada mês. Se o usuárionão oficializar seu desligamento e forcancelado por inadimplência, quemvai arcar com os prejuízos serão osdemais usuários, pois a utilização doplano já acorreu e a conta ficará paraos demais cobrirem o prejuízo.Caso o usuário queira sair do pla-

no, deve procurar a secretaria da As-sociação e fazer sua solicitação den-tro do prazo afim de que outros usu-ários não sejam penalizado e o pla-no não tenha uma sinistralidade aci-ma das expectativas.

dos interessados no processo 1996.004.00048, relativo à disponibilidadeimposta no Governo Marcello Alencar(gestão Frederico Novaes), para enca-minhar o processo de volta para o TJ.Treze longos anos se passaram desdeentão e a ASCPDERJ não obteve a loca-lização de alguns dos interessados. Al-guns faleceram, outros exoneraram-sepelo Programa de Exoneração Incenti-vada (PEI).Caso haja contato com as pessoas

citadas abaixo ou seus beneficiários,a ASCPDERJ solicita que entrem emcontato pelos telefones 2569-5480e 2568-0341. Os documentos reque-ridos são o de identidade e o CPF.Para as pensionistas, identidade,CPF, documento de comprovação depensão e cer tidão de casamento.Para os demais beneficiários, identi-dade, CPF e documento sobre inven-tário, se houver. Em todos os casos,fornecer endereço atualizado. O pro-cesso ainda retornará ao Proderj paranova análise de valores antes de serencaminhado definitivamente para oTJ e na geração de número deprecatório.O advogado solicita ainda que os in-

teressados assinem o documento re-lativo aos honorários advocatícios,acertado em assembléia realizada nodia 11 de junho de 2005, no percen-tual de 5% para os interessados quesão associados e de 10% para os nãoassociados. Há ainda a possibilidadede desmembramento deste preca-tório, beneficiando diretamente e in-dividualmente os interessados, permi-tindo, se assim acontecer, que valo-res menores possam ser pagos mais

cedo. O TJ dispõe de um instrumentodenominado de Requisitório de Peque-no Valor (RPV) que paga valores até40 salários mínimos pela cotaçãonacional (atualmente fixados em R$16 mil). Para aqueles que receberãomais, vale o pagamento via RPV, des-de que renunciem por escrito ao ex-cedente. Todos os descontos legaise o pagamento de honorários incidirãosobre o valor efetivamente pago.

Documentação pendenteBernhard Josef BlattlerCarlos Felipe dos S. BarrosoEduardo Waack ChevrandEliana Von Sydow Lins

Fernando Alberto A. da SilvaHenrique do N. RochaJorge César da Silva SeabraJosé Paulo Telles P. de FariaMilton Eulálio PerpétuoRicardo Pires GameleiroTeresinha de Jesus OlindaVera Lucia M. A. de Souza

Não localizadosLea Por to do Rego Barros - matr.292677-2 (saiu no Pei)

Nelice Almeida Cavalcanti - matr.292012-2 (saiu no Pei)

Vamilton de Castro Moura - matr.292134-4 (falecido)

Reunião avalia o andamento dos processos com a presença do advogado Alexandre Barenco

FOTO: VANOR CORREIA

J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J ••••• Janeiro/2009 • • • • • 7

Especial

Sede Praiana deSaquarema fechadapara manutenção

Há cinco anos a sede praiana dos servidores doProderj necessita de reformas e a hora é essa, pois oGoverno acertou o atraso do repasse às entidades declasse em dezembro de 2008.Após o feriadão do Carnaval de 2009, a partir de

março, a Ascpderj usará 30% do total da verba pararesolver o que for emergencial nas instalações. As-sim que tivermos o levantamento das necessidades,será apresentada aos associados a lista elaboradade prioridades.Já temos uma fresca novidade disponível no Parque

Aquático: o guarda-sol e as espreguiçadeiras em nos-sa piscina. Os sortudos do Carnaval poderão conferire desfrutar das sombras e brisas daquele paraíso dolitoral Fluminense.Quem não conhece não perca tempo. Vá passar um

final de semana ou o dia com a taxa de utilização queé cobrada para a manutenção da piscina (confira atabela no site da ASCPDERJ).Após as reformas serão revistos os valores das diá-

rias, que serão discutidos em assembléia, além daadministração, do demonstrativo financeiro e outrostemas relativos à nossa Sede Praiana.

FSM reúne mais de 100 mil pessoasO FSM conteceu de 27 de

janeiro à 01 de fevereirona cidade de Belém, noPará. O evento contou com133 mil participantes ins-critos, representando 142países e 5.808 organiza-ções políticas, culturais,sociais, religiosas, entreoutras.O FSM teve início com

uma grande passeata quepercorreu as principaisruas da cidade. Os protes-tos foram variados, mas foimarcado principalmentepela luta contra o capita-lismo e a crise econômicavivida pelos grandes mo-nopólios econômicos e ins-tituições financeiras, que estão utilizando a crise comoforma de obter ainda mais lucros e aumentar a explo-ração sobre os trabalhadores, as populações pobrese seus países. Também, estiveram presentes emBelém, os presidentes da Venezuela, Hugo Chavez,da Bolívia, Evo Morales, do Paraguai, Fernando Lugoe do Equador, Rafael Correa.Outra situação que gerou muitos protestos foram os

ataques de Israel à Palestina, na Faixa de Gaza. Osparticipantes do Fórum criticaram a postura da ONU e

Trabalhadores vãoàs ruas do Brasil

Dia nacional de lutas pelagarantia dos direitos e conquistas

O dia 11 de fevereiro foi marcado como um dianacional de lutas contra o desemprego e de ga-rantias dos direitos e das conquistas históricasdos trabalhadores. Manifestações ocorreram emtodo o Brasil denunciando o oportunismo de vá-rios setores patronais e empresarias de obteruma taxa de lucratividade ainda maior.Para isso, bancos e empresas estão utilizando

o mesmo expediente. Com desculpa da crise,não aumentam os salários dos trabalhadores,promovem o desemprego em massa e, agora,querem a retirada dos direitos e a flexibilizaçãodas leis trabalhistas. Com isso, querem que ostrabalhadores sejam demitidos sem direito àaviso prévio, FGTS, multa rescisória, o fim dodireito à maternidade, das 8 horas de trabalho eda redução de salários.Uma das principais empresas, que vem sus-

tentando a proposta do empresariado é a Valedo Rio Doce, além, é claro, da Federação dasIndústrias de São Paulo (FIESP). Por isso, os pro-testos se concentraram em frente a sede daVale, no Centro do Rio de Janeiro. O protestodos trabalhadores durou toda a tarde do dia 11.a Vale têm sido o símbolo das demissões noBrasil. Maior mineradora do mundo, já demitiumilhares de trabalhadores, especialmente, noestado de Minas Gerais.Manifestações, também, aconteceram com

força em São Paulo e, principalmente, em SãoBernardo do Campo, no ABC, onde milhares demetalúrgicos lutam pela garantia dos empregose dos salários. Em todo o país a cena se repe-tiu. Agora, com a crise cada vez mais grave, ostrabalhadores não aceitam nenhuma perda dedireitos e que os problrmas causados por ela,sejam jogados em suas costas. Novas jornadasde lutas estão sendo preparadas e devem cami-nhar para preparação de uma greve nacional detodos os trabalhadores.

dos países ricos de total omissão diante dos ataquesaos palestinos e da utilização de armas pesadas deguerra, como mísseis e armas químicas, que agrava-ram ainda mais as condições vividas pelo povo pales-tino na região.Outros eventos, como encontros paralelos, bilateriais

e assembléias populares, ocorreram durante o FSM,mas não deixou de haver críticas ao encontro, quenão deliberou propostas para a luta dos trabalhado-res e dos povos no mundo.

FOTOS: ACERVO ASCPDERJ

Visão geral da piscina, com guarda-sol e esproguiçadeira Em março, uma pausa para as melhorias

Obras vão valorizar ainda mais o patrimônio dos associados

8 ••••• Janeiro/2009 ••••• J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J

IMPRESSO

Cultura

O jornal Divulgando ouviu overeador Eliomar Coelho, umentusiasta das festas popularesna cidade do Rio de Janeiro.Legítimo representante daesquerda na Câmara Municipal,Eliomar não poupa críticas aomodelo conservador e anti-popular que vem marcando aadministração municipal nasúltimas décadas.

D - Como você avalia a situação deinvestimentos da Cultura na cidade doRio de Janeiro durante a prefeitura deCésar Maia e quais as perspectivaspara a atual?Eliomar Coelho - Infelizmente esses

governantes que seguem a linha neoli-beral se preocupam exclusivamente compolíticas de natureza econômica, ou ondeos investimentos são maiores, como nocaso da Secretaria de Obras; quandoparte para o lado das políticas sociais,da saúde, da educação, da política cultu-ral que é importantíssima, acabam sen-do tratadas como coisas secundárias. Apolítica de cultura sempre é implementadacom ressalvas por determinados chefesde Estado. Isso não acontece por nada,pois a cultura é o instrumento deconscientização, a cultura internaliza emvocê o sentimento de pertencimento,como por exemplo, a cidade, o estado, oBrasil é meu ninguém pode fazer com ele

Apesar da Prefeitura, o carnaval popular aumenta em número, qualidade e animação

o que quiser, a cultura é esse elementode formação política. É por isso que sedestina a menor parcela de recursos aesse tipo de política.O César Maia alinhado ao modelo

neoliberal não poderia fugir a regra.D - O Carnaval de rua teve uma reto-

mada que passou por fora dos progra-mas da prefeitura. Esse fato, em suaopinião, ocorreu devido a quê?E. C. - De repente começou a existir

um Carnaval no Rio de Janeiro, noSambódromo, para quem tinha dinheiropara pagar as arquibancadas e os ca-marotes, e passou a ser a passarela doespetáculo não só do Carnaval, mas tam-bém das empresas. Todo o apoio oficialficou voltado para esse espetáculo. En-tão as pessoas que gostavam de carna-val começaram a resgatar essa mani-festação popular. Hoje são mais de 500blocos na cidade do Rio de Janeiro. Osblocos resgataram também a participa-ção das famílias, das crianças, como

também de todas as classes sociais.D - O que você acha que deve ser fei-

to para apoiar as agremiações e blo-cos de rua?E.C. - Essa manifestação cultural é de

uma riqueza extraordinária; ela mereceser olhada pelo poder pú-blico com mais carinho,com mais atenção. Dizemque o Rio é uma cidade vi-olenta, mas, no entanto,no Reveillon desse ano,estiveram presentes maisde dois milhões de pesso-as e não ocorreu nenhumcaso sério de violência, omesmo acontece no Car-naval.O carnaval de rua é uma festa demo-

crática, por isso o poder público deveinvestir mais. Um apoio por parte da pre-feitura em relação ao trânsito para quehaja uma afluência da melhor maneirapossível. Fazer todo um planejamentopara que o poder público possa garantirà população um Carnaval mais

Eliomar cai na folia dos blocos

Foliões fazem a festa nas ruas do RioFoliões fazem a festa nas ruas do Rioprazeroso.D - Seu mandato publica anualmente

um roteiro sobre os principais eventosde samba e do Carnaval carioca. Comoe qual é a sua relação com os blocos eos sambistas?E.C. - Esse ano foi o 10º ano que publi-

camos o roteiro sobre os principais even-tos de samba e do Carnaval carioca. Apro-veitamos para fazer uma homenagem àCarmem Miranda, pois se estivesse vivaestaria fazendo 100 anos; como homena-geamos também o Cordão da Bola Preta,que esta fazendo 90 anos. A produçãodesse guia dos blocos quem deveria fazerera o poder público, mas como a prefeitu-ra nunca se preocupou em realizar, nósabraçamos essa idéia. Esse ano fizemos30 mil exemplares que ainda não chega.Existe um reconhecimento por parte dosblocos e do público.Diante da importância do significado do

Carnaval para a vida da cidade do Rio deJaneiro, o poder público deviria ter maiscompromisso com essa festa popular edar mais atenção e esses eventos. Mes-mo depois do Carnaval, o Rio de Janeiro éuma cidade que tem a sua pulsaçãomarcada pelo ritmo do samba, conhecidae reconhecida no Brasil e no mundo.

Onde encontrar oOnde encontrar oOnde encontrar oOnde encontrar oOnde encontrar oGuia dos BlocosGuia dos BlocosGuia dos BlocosGuia dos BlocosGuia dos Blocos

Visite o site do Eliomar,www.eliomarcoelho.com.br,

e baixe o pdf ou apanhe o seunos ensaios dos blocos