03_-_outras_religioes_afro-brasileiras

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    Sociedade Espiritualista Mata Virgem

    Curso de UmbandaOUTRAS RELIGIES AFRO-BRASILEIRAS

    TOR

    O Tor uma dana que inclui tambmprticas religiosas secretas, s quais s os ndios tmacesso. O objetivo ritual do tor a comunicaocom os encantos ou encantados, que vivem no reinoda jurema ou jurem, referncia bebida feita com acasca da raiz da juremeira. Quanto danapropriamente dita, ela assume caractersticas

    diferentes em cada comunidade. Eles danam emcrculos, em sentido anti-horrio, fazendo edesfazendo sucessivas espirais. O grupo dana

    formando quatro filas, que fazem variadas coreografias, criando movimentos de rara beleza. Oritual, que comea por volta das 21h e vai at as 3h da manh, uma dana coletiva acompanhadapor cnticos e pelo som de chocalhos feitos de cabaas. O que mais impressiona no Tor a foracom que todos pisam o cho, de forma ritmada, juntos, como se fossem uma s pessoa.

    PAJELANA

    Durante o ritual teraputico, o paj reza e fuma ao mesmo tempo, baforando a fumaa dotabaco sobre o corpo do doente. Enquanto isto sustenta em uma das mos o marac, cujo rudoassinala a aproximao do esprito. O paj pode alcanar o transe fumando e hiperventilandocontinuamente, o que lhe provoca vises que lhe direcionam para compreender os atos estranhosque se sucedem na aldeia, ou para predizer sucessos e insucessos.

    A pajelana um ato-ritual de cura, levada cabo por vrios pajs. Nestas ocasies eles serenem para fins curativos ou cuidar da realizao de um feitio que beneficie todas ascomunidades participantes do evento.

    A crena da pajelana assentada na figura do encantamento, ou seja, um culto

    encantaria. Encantados so os seres invisveis que habitam as florestas, o mundo subterrneo eaqutico, regies conhecidas como "encantes". Os pajs servem de instrumentos para a ao dosencantados. Para tornar-se paj, o indivduo precisar ter um dom de nascena ou "de agrado"(adquirido).

    O CATIMB

    A Jurema uma rvore que floresce no agreste e na caatinga nordestina; da casca de seutronco e de suas razes se faz uma bebida mgico-sagrada que alimenta e d fora aos encantados

    do outro-mundo. tambm essa bebida que permite aos homens entrar em contato com omundo espiritual e os seres que l residem.

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    O Catimb, envolve como padro a ingesto da bebida feita com partes da Jurema, o usoritual do tabaco, o transe de possesso por seres encantados, alm da crena em um mundoespiritual onde as entidades residem.

    Para seus adeptos, o mundo espiritual tem o nome de Jurem e composto por reinados,cidades e aldeias. Nestes Reinos e Cidades residem os encantados: os Mestres e os Caboclos.

    Cada aldeia tem trs mestres. Doze aldeias fazem um Reino com 36 mestres. No reino hcidades, serras, florestas, rios. Quanto so os Reinos? Sete, segundo uns. Vajuc, Tigre,Candind, Urub, Juremal, Fundo do Mar, e Josaf. Ou cinco, ensinam outros. Vajuc, Juremal,Tanema, Urub e Josaf.

    Troncos da planta so assentados em recipientes de barro e simbolizam as cidades dosprincipais mestres das casas. Estes troncos, juntamente com as princesas e prncipes, com imagensde santos catlicos e de espritos afro-amerndios, maracas e cachimbos, constituiro as Mesas deJurema. Chama-se Mesa o altar junto ao qual so consultados os espritos e onde so oferecidas asobrigaes que a eles se deva.

    As princesas so vasilhas redondas de vidro ou de loua dentro das quais so preparadas abebida sagrada e, em ocasies especiais, onde so oferecidos alimentos ou bebidas aosencantados. Os prncipes so taas ou copos, que normalmente esto cheios com gua eeventualmente com alguma bebida do agrado da entidade.

    Os Habitantes do Jurem

    Duas categorias de entidades espirituais tem seus assentamentos nas mesas de Jurema, osCaboclos e os Mestres.

    Os Caboclos so identificados como entidades indgenas que trabalham principalmentecom a cura atravs do conhecimento das ervas, do passes e realizam benzeduras com ervas efolhagens. So associados s correntes espirituais mais elevadas, as que trabalham para o bem,mas que tambm podem ser perigosas quando usados contra algum. Por isso so muito temidos.

    Uma outra categoria de entidades que recebem culto na Jurema a dos Mestres. Osmestres so descritos como espritos curadores de descendncia escrava ou mestia. Pessoas que,quando em vida, possuam conhecimento de ervas e plantas curativas. Por outro lado, algotrgico teria acontecido e eles teriam morrido, se encantando, podendo assim voltar paraacudir os que ficaram neste vale de lgrimas. Alguns deles se iniciaram nos mistrios e

    cincia da Jurema antes de morrer. Outros adquiriram esse conhecimento no momento damorte, pelo fato desta ter acontecido prximo a um espcime da rvore sagrada.

    O smbolo dos mestres o cachimbo ou marca, cujo poder est na fumaa que tanto matacomo cura, dependendo se a fumaada s esquerdas ou s direitas. Essa relao com amagia da fumaa expressa nos assentamentos dos mestres, onde sempre se encontra presenterodias de fumo de rolo, nos cachimbos e nas toadas.

    As marcas so gravadas nos cachimbos, e indicam as vitrias alcanadas pelo mestre que ousa. Quando em terra, os mestres j chegam embriagados e falando embolado. So brincalhes,falam palavres, mas so respeitados por todos. Danam tendo como base o ritmo dos Ilus e aletra das toadas. Como oferendas, recebem a cachaa, o fumo, alimentos preparados com

    crustceos e moluscos diversos. Com essas iguarias, agrada-se e fortifica-se os mestres. A bebidafeita com a entrecasca do caule ou raiz da Jurema e outras ervas de cincia (Juna, Angico,

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    Juc, entre outras) acrescidas aguardente, , entretanto, a maior fonte de fora e cincia, paraestas entidades.

    Tambm trabalham no Catimb as Mestras. Tais mestras so peritas nos "assuntos docorao", so elas que do conselhos as moas e rapazes que queiram casar-se, que realizam asamarraes amorosas, que fazem e desfazem casamentos.

    Juremao

    Muitos juremeiros dizem que um bom mestre j nasce feito; contudo alguns ritos soutilizados para fortificar as correntes e dar mais conhecimento mgico-espiritual aos discpulos.O ritual mais simples, porem de muita cincia o conhecido como juremao, implantaoda semente, ou Cincia da Jurema. Este ritual consiste em plantar no corpo do discpulo, porbaixo de sua pele, uma semente da rvore sagrada. Existem trs procedimentos para isso. Em umprimeiro, o prprio mestre promete ao discpulo e aps algum tempo, misteriosamente, surge asemente em uma parte qualquer do corpo. Um segundo procedimento aquele em que o lderreligioso realiza um ritual especial, onde d a seus afilhados a semente e o vinho de Jurema para

    beber. Aps este rito, o iniciante deve abster-se de relaes sexuais por sete dias consecutivos,perodo em que todas as noites ele dever ser levado em sonhos, por seus guias espirituais, paraconhecer as cidades e aldeias onde aqueles residem. Ao final deste perodo, a semente ingeridadever reaparecer em baixo de sua pele. Num terceiro procedimento, o juremeiro implanta asemente da Jurema, atravs de um corte realizado na pele do brao.

    Reunies e Festas

    Uma Mesa pode ser aberta pelas direitas ou pelas esquerdas. Nas abertas pelasdireitas, s as entidades mais elevadas devem se fazer presentes. Incorporadas elas do passes,

    receitam banhos de ervas e defumaes.

    Quando se abre uma mesa pelas esquerdas qualquer tipo de entidade espiritual pode vir.Os trabalhos no precisam, necessariamente, visar o mal de algum, contudo, aberto os trabalhospor este lado da cincia, j possvel devolver aos inmeros inimigos, que esto sempre aespreita, os males que estes possam estar fazendo.

    Oraes e saudaes feitas, canta-se para abrir a "mesa" e chamar os guias. Em algumascasas estes do sua presena, afirmando que protegero seus discpulos durante a realizao dostrabalhos. Subindo o ltimo ndio ou Caboclo, o momento de todos, exceto o juremeiro-mor, se

    prostrarem de joelhos no cho e pedir ao Jurem licena para entrar em seus domnios; que osSenhores Mestres j vem chegando...

    Os discpulos pedem beno aos Juremeiros mais velhos na casa. Sadam com benzenesa Mesa da Jurema e os artefatos dos Mestres. A Jurema dita aberta. Os Senhores Mestrescomeam a chegar.

    o momento das consultas que sempre tm clientela certa. Momento onde coisas sriasso tratadas com irreverncia, sem que no entanto percam a gravidade e o apresso dos mestres emestras, sempre prontos a ajudar a seus afilhados. Nos casos mais graves, entretanto, o mestrelogo marca um dia mais conveniente, onde poder realizar "trabalhos em particular". assim que

    o mestre, traz os recursos financeiros necessrios para a manuteno da casa de culto e do seudiscpulo. Quando os Mestres se vo, chegam as Mestras.

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    O CANDOMBLO Candombl uma religio de origem africana, com seus rituais e (em algumas casas)

    sacrifcios; atravs dos rituais que se cultuam os Orixs.O Candombl dividido em naes, que vieram para o Brasil na poca da escravido.So duas naes com suas respectivas ramificaes:

    Nao Sudanesa: Ijex, Ketu, Gge, Mina-gge, Fom e NagNao Bantu: Congo, Angola-congo, Angola.

    Desde muito cedo, ainda no sculo XVI, constata-se na Bahia a presena de negros bantu,que deixaram a sua influncia no vocabulrio brasileiro (acaraj, caruru, amal, etc.). Em seguidaverifica-se a chegada de numeroso contingente de africanos, provenientes de regies habitadaspelos daomeanos (gges) e pelos iorubs (nags), cujos rituais de adorao aos deuses parecemter servido de modelo s etnias j instaladas na Bahia.

    Os navios negreiros transportaram atravs do Atlntico, durante mais de 350 anos, noapenas mo-de-obra destinada aos trabalhos de mineirao, dos canaviais e plantaes de fumo,

    como tambm sua personalidade, sua maneira de ser e suas crenas.As convices religiosas dos escravos eram entretanto, colocadas s duras penas quando

    aqui chegavam, onde eram batizados obrigatoriamente para salvao de sus almas e deviamcurvar-se s doutrinas religiosas de seus donos.

    Primeiros Terreiros de Candombl

    A instituio de confrarias religiosas, sob a ordem da Igreja Catlica, separava as etniasafricanas. Os negros de Angola formavam a Venervel Ordem Terceira do Carmo, fundada naigreja de Nossa Senhora do Rosrio do Pelourinho. Os daomeanos reuniam-se sob a devoo de

    Nosso Senhor Bom Jesus das Necessidades e Redeno dos Homens Pretos, na Capela do CorpoSanto, na Cidade Baixa. Os nags, cuja maioria pertencia a nao Ketu, formavam duasirmandades: uma de mulheres, a de Nossa Senhora da Boa Morte, outra reservada aos homens, ade Nosso Senhor dos Martrios.

    Atravs dessas irmandades (ou confrarias), os escravos ainda que de naes diferentes,podiam praticar juntos novamente, em locais situados fora das igrejas, o culto aos Orixs.

    Vrias mulheres enrgicas e voluntariosas, originrias de Ketu, antigas escravas libertas,pertencentes Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte da Igreja da Barroquinha, teriamtomado a iniciativa de criar um terreiro de candombl chamado Iy Omi As Air Intil, numacasa situada na ladeira do Berquo, hoje visconde de itaparica.

    As verses sobre o assunto so controversas, assim como o nome das fundadoras: IyalussDanadana e Iyanasso Akal segundo uns e Iyanass Ok, segundo outros.

    O terreiro situado, quando de sua fundao, por trs da Barroquinha, instalou-se sob onome de Il Iyanass na Avenida Vasco da Gama, onde ainda hoje se encontra, sendofamiliarmente chamado de Casa Branca de Engenho Velho, e no qual Marcelina da Silva (no sesabe se filha carnal ou espiritual de Iyanass) tornou-se a me-de-santo aps a morte deIyanass.

    O primeiro toque deste candombl foi realizado num dia de Corpus Christi e o Orixreverenciado foi Oxossi.

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    CANDOMBLDE CABOCLO

    O Candombl, ao desembarcar no Pas com os escravos, encontrou aqui um outro culto denatureza medinica, chamado "Pajelana", praticado pelos ndios nativos em variadas formas. Emambos os cultos havia a comunicao de Espritos.

    Com o tempo, alguns terreiros comearam a misturar os rituais do Candombl com os da

    Pajelana, dando origem a um outro culto chamado "Candombl de Caboclo". Naturalmente, osEspritos que se manifestavam eram os de ndios e negros, que o faziam com finalidades diversas.

    A exemplo de toda nossa cultura, o candombl de caboclo um a miscigenao deeuropeus, africanos e amerndios, uma verdadeira mistura de crenas e costumes que suasentidades trazem em suas passagens pela terra conforme suas falanges ou linhas que se dividemem Caboclos de Pena, a linha s h ndios brasileiros, Caboclo de couro que pertence a linha doshomens que lidavam com gado, marujos que so aqueles que viviam no mar e outras como osfamosos baianos que a linha que representa o trabalhador nordestino que padeceu nos sertesbrasileiros, assim como falange de Z Pilintra que a histria conta que foi um "malandro"injustiado que se tornou encantado. Estes ltimos so mais comuns nos cultos de umbanda da a

    regio sudeste do pas.

    Influncias Ketu, Gge, Catolicismo, AmerndiaUsam dentro da ritualstica o gong ou peiji (palavra de origem indgena qu quer dizer

    altar), onde misturam imagens de todos os tipos: santos da Igreja Catlica, pretos-velhos,crianas, ndios, sereias, etc.

    Trazem do Candombl as festividades que louvam os Orixs e utilizam os atabaques (ilus);no lugar das sesses realizam as giras. A vestimenta igual do Candombl; usam ronc,camarinha, feitura e na sada ocorre a personificao do Orix (o mdium sai com a vestimenta doOrix); utilizam sacrifcio (matana) de animais.

    Nas sesses normais os caboclos utilizam cocares, arcos, flechas e no que se refere aostrabalhos, o nome dado Mandinga.

    Utilizam o ipad ou pad, exigncia dos Exs; os cntigos so denominados orikis emisturam cntigos em portugus e em iorub.

    OMOLOC

    Influncias: Angola, Congo, Ketu, Gge, Catolicismo, Amerndia.Tambm denominado de Umbanda Mista, Umbanda Cruzada, Umbanda Traada.

    o mais prximo da Umbanda do Caboclo das Sete Encruzilhadas; segundopesquisadores, este Candombl estaria em transio para a Umbanda.

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    QUIMBANDA

    A lei de Quimbanda tem um chefe supremo, a quem chamam de Maioral da Lei deQuimbanda, entidade esta que se entende diretamente com os chefes das Sete Linhas da Lei deUmbanda, aos quais presta obedincia, recebendo e acatando ordens de So Miguel Arcanjo, porintermdio deles.

    Divide-se a Lei de Quiumbanda da mesma forma que a Lei de Umbanda, isto em SeteLinhas e as subdivises tambm so feitas de modo igual outra. E desta forma temos:

    Linha das Almas Chefe Omulum povo dos cemitrios.Linha dos Caveiras Chefe Joo CaveiraLinha de Nag Chefe Gerer povo de Ganga (Encruzilhadas)Linha de Malei Chefe Ex Rei povo de Ex (Encruzilhadas)Linha de Mossurubi Chefe Caminalo Selvagens africanos (zuls, cafes)Linha de CaboclosQuimbandeiros

    Chefe Pantera Negra Selvagens Americanos

    Linha Mista Chefe Ex da Campina ouEx dos Rios Composta de espritos de vrias raas

    Os espritos desta ultima linha (Mista), se comprazem na prtica do mal, como todos oscomponentes das outras linhas, porm, agem indiretamente, isto , arregimentam espritossofredores, desconhecedores do estado espiritual em que se encontram, para coloc-los junto dapessoa ou grupo de pessoas a quem desejam fazer o mal, provocando assim, no indivduo,molstias diversas, pelo contato fludico desses espritos com o perisprito da vtima. Geralmente,verifica-se que o esprito atuante transmite s vtimas as molstias de que era portador, quandoainda preso a matria, na Terra.

    Os espritos das outras Linhas da Lei de Quimbanda so astutos, egostas, sagazes,persistentes, interesseiros, vingativos, etc.; porm, agem diretamente e se orgulham dasvitriasobtidas. Muitas vezes praticam o bem e o mal, a troco de presentes nas encruzilhadas,nos cemitrios, nas matas, no mar, nos rios, nas pedreiras e nas campinas.

    Os mdiuns de Magia Negra so tambm interesseiros e s trabalham a troco de dinheiroou de presentes de algum valor.

    Entre todos os espritos Quimbandeiros, os mais conhecidos, so os Exs, porque osexrcitos deles so enormes e poderosos. Agem em todos os setores da vida na Terra e, dessaforma, so conhecidos os nomes de muitos chefes de Falanges e Legies.

    Ex: Ex Veludo, Ex Tiriri, Ex Mirim, Ex da Campina, Pombo-Gira, etc.

    Todos os espritos da lei de Quimbanda possuem luz vermelha sendo que o chamadoMaioral, possui uma irradiao de luz vermelha to forte que nenhum de ns suportaria suaaproximao.

    Existe a necessidade da existncia desses espritos quimbandeiros. atravs deles quepagamos nossas faltas, sofrendo a conseqncia de nossas maldades e erros. So eles portanto, osagentes incumbidos de concorrer para as nossas provaes, consoante as faltas do passado, oumesmo do presente. So os Senhores do Carma.

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    UMBANDA (RAMIFICAES)

    Hoje, temos varias ramificaes da Umbanda que guardam razes muito fortes das basesiniciais, e outras, que se absorveram caractersticas de outras religies, mas que mantm a mesmaessncia nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e f.

    Alguns exemplos dessas ramificaes so:

    "Umbanda tradicional" - Oriunda de Zlio Fernandino de Moraes";"Umbanda Popular" - Que era praticada antes de Zlio e conhecida como Macumbas ou

    Candombls de Caboclos; onde podemos encontrar um forte sincretismo - Santos Catlicosassociados aos Orixas Africanos";

    "Umbanda Branca e/ou de Mesa" - Com um cunho esprita - "kardecista" - muitoexpressivo. Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, no encontramos elementos Africanos -Orixs -, nem o trabalho dos Exus e Pomba-giras, ou a utilizao de elementos como atabaques,fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinaria se prende mais ao trabalho de guias comocaboclos, pretos-velhos e crianas. Tambm podemos encontrar a utilizao de livros espritas -"kardecistas - como fonte doutrinria;

    "Umbanda Esotrica" - diferenciada entre alguns segmentos oriundos de OliveiraMagno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbandacomo a Aumbhandan: "conjunto de leis divinas";

    "Umbanda Inicitica" - derivada da Umbanda Esotrica e foi fundamentada pelo MestreRivas Neto (Escola de Sntese conduzida por Yamunisiddha Arhapiagha), onde h a busca de umaconvergncia doutrinria (sete ritos), e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergncia eSntese. Existe uma grande influncia Oriental, principalmente em termos de mantras indianos eutilizao do sanscrito;

    Outras formas existem, mas no tm uma denominao apropriada. Se diferenciam dasoutras formas de Umbanda por diversos aspectos peculiares, mas que ainda no foram

    classificadas com um adjetivo apropriado para ser colocado depois da palavra Umbanda.

    Voc Aprendeu:

    O que Tor, Pagelana, Catimb, Candombl, Candombl de Caboclo, Omoloko, Quimbanda; A reconhecer, atravs do ritual emas casas que voc eventualmente visitar; As ramificaes da Umbanda.

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