03 cbaer

OBJETIVOOBJETIVOOBJETIVOOBJETIVO

• Reconhecer o CBAer como o documento básico da Aviação Civil no Brasil;

• Identificar os tópicos básicos do CBAer.

CBAeCBAerr

O Direito Aeronáutico é regulado pelos Tratados, Convenções e Atos Internacionais de que o Brasil seja parte, por este Código e pela legislação complementar.

Autoridade Aeronáutica

Para os efeitos deste Código consideram-se autoridades aeronáuticas competentes as do Ministério (Comando) da Aeronáutica.

ÂMBITO

Este Código se aplica a nacionais e estrangeiros, em todo o território nacional, assim como, no exterior, até onde for admitida a sua extraterritorialidade.

Este Código se aplica a nacionais e estrangeiros, em todo o território nacional, assim como, no exterior, até onde for admitida a sua extraterritorialidade.

DIREITO INTERNACIONAL

PRIVADO

Consideram-se situadas no território do Estado de sua nacionalidade:I – as aeronaves militares, bem como as civis de propriedade ou a serviço do Estado, por este diretamente utilizadas;

Cl assi fi caçãoCl assi fi cação

Direito PúblicoDireito Público

Direito PrivadoDireito Privado

Direito MistoDireito Misto

Direito ConstitucionalDireito Constitucional

Direito TributárioDireito Tributário

Direito PenalDireito Penal

Direito CivilDireito Civil

Direito ComercialDireito Comercial

Direito do TrabalhoDireito do Trabalho

Direito AeronáuticoDireito Aeronáutico

DIREITO INTERNACIONAL

PRIVADO

II - as aeronaves de outra espécie, quando em alto mar ou região que não pertença a qualquer Estado.Não prevalece a extraterritorialidade em relação à aeronave privada, que se considera sujeita à lei do Estado onde se encontre.

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

Não terão eficácia no Brasil quaisquer disposições de direito estrangeiro, cláusulas constantes de contrato, bilhete de passagem, conhecimento e outros documentos que:I -excluam a competência de foro do lugar de destino;II -visem à exoneração de responsabilidade do transportador, quando este Código não a admite;III -estabeleçam limites de responsabilidades inferiores aos estabelecidos neste Código.

ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO

O Brasil exerce completa e exclusiva soberania sobre o espaço aéreo acima de seu território e mar territorial.

O Brasil exerce completa e exclusiva soberania sobre o espaço aéreo acima de seu território e mar territorial.


Submetem-se às normas, orientação, coordenação, controle e fiscalização do Ministério da Aeronáutica:I -a navegação aérea;II -o tráfego aéreo;III -a infra-estrutura aeronáutica;IV -a aeronave;V -a tripulação;VI -os serviços, direta ou indiretamente relacionados ao vôo.


Poderá a autoridade aeronáutica deter a aeronave em vôo no espaço aéreo ou em pouso no território brasileiro, quando, em caso de flagrante desrespeito às normas de direito aeronáutico, de tráfego aéreo, ou às condições estabelecidas nas respectivas autorizações, coloque em risco a segurança da navegação aérea ou de tráfego aéreo, a ordem pública, a paz interna ou externa.

TRÁFEGO AÉREO

Nenhuma aeronave militar ou civil a serviço Nenhuma aeronave militar ou civil a serviço de Estado estrangeiro e por este de Estado estrangeiro e por este diretamente utilizada poderá, sem diretamente utilizada poderá, sem autorização, voar no espaço aéreo autorização, voar no espaço aéreo brasileiro ou aterrissar no território brasileiro ou aterrissar no território subjacente.subjacente.

É livre o tráfego de aeronave dedicada a É livre o tráfego de aeronave dedicada a serviços aéreos privados, mediante serviços aéreos privados, mediante informações prévias sobre o vôo planejado.informações prévias sobre o vôo planejado.

A entrada e o tráfego, no espaço aéreo A entrada e o tráfego, no espaço aéreo brasileiro, de aeronave dedicada a serviços brasileiro, de aeronave dedicada a serviços aéreos públicos, dependem de autorização, aéreos públicos, dependem de autorização, ainda que previstos em acordo bilateral .ainda que previstos em acordo bilateral .

TRÁFEGO AÉREO

A prática de esportes aéreos, tais como, balonismo, volovelismo, asas voadoras e similares, assim como os vôos de treinamento, far-se-ão em áreas delimitadas pela autoridade aeronáutica.

A utilização de veículos aéreos desportivos para fins econômicos, tais como a publicidade, submetem-se às normas dos serviços aéreos públicos especializados.

O lançamento de coisas, de O lançamento de coisas, de bordo de aeronave, bordo de aeronave, dependerá de permissão dependerá de permissão prévia de autoridade prévia de autoridade aeronáutica, salvo caso de aeronáutica, salvo caso de emergência. emergência.

O prejuízo decorrente do O prejuízo decorrente do sobrevôo, do pouso de sobrevôo, do pouso de emergência, de lançamento emergência, de lançamento de objetos ou alijamento de objetos ou alijamento poderá ensejar poderá ensejar responsabilidade.responsabilidade.

TRÁFEGO AÉREO

Vôo de AcrobaciaVôo de Acrobacia

É proibido efetuar vôos de É proibido efetuar vôos de acrobacia ou evolução que acrobacia ou evolução que possam constituir perigo possam constituir perigo para os ocupantes do para os ocupantes do aparelho, para o tráfego aparelho, para o tráfego aéreo, para instalações ou aéreo, para instalações ou pessoas na superfície.pessoas na superfície.

Excetuam-se da proibição, os Excetuam-se da proibição, os vôos de prova, produção e vôos de prova, produção e demonstração quando demonstração quando realizados pelo fabricante realizados pelo fabricante ou por unidades especiais.ou por unidades especiais.

TRÁFEGO AÉREO

O Comandante de aeronave que receber O Comandante de aeronave que receber de órgão controlador de vôo ordem de órgão controlador de vôo ordem para pousar deverá dirigir-se, para pousar deverá dirigir-se, imediatamente, para o aeródromo que imediatamente, para o aeródromo que lhe for indicado e nele efetuar o pouso.lhe for indicado e nele efetuar o pouso.

Se razões técnicas, a critério do Se razões técnicas, a critério do Comandante, impedirem de fazê-lo no Comandante, impedirem de fazê-lo no aeródromo indicado, deverá ser aeródromo indicado, deverá ser solicitada ao órgão controlador a solicitada ao órgão controlador a determinações de aeródromo determinações de aeródromo alternativo que ofereça melhores alternativo que ofereça melhores condições de segurança.condições de segurança.

No caso de manifesta inobservância da No caso de manifesta inobservância da ordem recebida, a autoridade ordem recebida, a autoridade aeronáutica poderá requisitar os meios aeronáutica poderá requisitar os meios necessários para interceptar ou deter a necessários para interceptar ou deter a aeronave.aeronave.

O Comandante de aeronave que receber O Comandante de aeronave que receber de órgão controlador de vôo ordem de órgão controlador de vôo ordem para pousar deverá dirigir-se, para pousar deverá dirigir-se, imediatamente, para o aeródromo que imediatamente, para o aeródromo que lhe for indicado e nele efetuar o pouso.lhe for indicado e nele efetuar o pouso.

Se razões técnicas, a critério do Se razões técnicas, a critério do Comandante, impedirem de fazê-lo no Comandante, impedirem de fazê-lo no aeródromo indicado, deverá ser aeródromo indicado, deverá ser solicitada ao órgão controlador a solicitada ao órgão controlador a determinações de aeródromo determinações de aeródromo alternativo que ofereça melhores alternativo que ofereça melhores condições de segurança.condições de segurança.

No caso de manifesta inobservância da No caso de manifesta inobservância da ordem recebida, a autoridade ordem recebida, a autoridade aeronáutica poderá requisitar os meios aeronáutica poderá requisitar os meios necessários para interceptar ou deter a necessários para interceptar ou deter a aeronave.aeronave.

Salvo com permissão especial, nenhuma aeronave Salvo com permissão especial, nenhuma aeronave poderá voar no espaço aéreo brasileiro, aterrissar no poderá voar no espaço aéreo brasileiro, aterrissar no território subjacente ou dele decolar, a não ser que território subjacente ou dele decolar, a não ser que tenha:tenha:II -marcas de nacionalidade e matrícula, e esteja -marcas de nacionalidade e matrícula, e esteja munida dos respectivos certificados de matrícula e munida dos respectivos certificados de matrícula e aeronavegabilidade;aeronavegabilidade;IIII -equipamentos de navegação, de comunicações -equipamentos de navegação, de comunicações e de salvamento, instrumentos, cartas e manuais e de salvamento, instrumentos, cartas e manuais necessários à segurança do vôo, pouso e decolagem;necessários à segurança do vôo, pouso e decolagem;IIIIII -tripulação habilitada, licenciada e portadora -tripulação habilitada, licenciada e portadora dos respectivos certificados, do Diário de bordo da dos respectivos certificados, do Diário de bordo da lista de passageiros, manifesto de carga ou relação lista de passageiros, manifesto de carga ou relação de mala postal que, eventualmente, transportar.de mala postal que, eventualmente, transportar.

TRÁFEGO AÉREO


Toda aeronave proveniente do exterior fará, respectivamente, o primeiro pouso ou a última decolagem em aeroporto internacional.

A lista de aeroportos internacionais será publicada pela autoridade aeronáutica.

Os aeródromos civis são classificados em públicos e privados.

Nenhum aeródromo civil poderá ser utilizado sem estar devidamente cadastrado.

Os aeródromos públicos e privados serão abertos ao tráfego através de processo, respectivamente, de homologação e registro.

Os aeródromos privados só poderão ser utilizados com permissão de seu proprietário, vedada a exploração comercial.

COORDENAÇÃO DE BUSCA, ASSISTÊNCIA E SALVAMENTO

O Comandante da aeronave é obrigado a prestar assistência a quem se encontrar em perigo de vida no mar, no ar ou em terra, desde que o possa fazer sem perigo para a aeronave, sua tripulação, seus passageiros ou outras pessoas.

Todo Comandante de navio, no mar, e qualquer pessoa em terra, são obrigados, desde que o possam fazer sem risco para si ou outras pessoas, a prestar assistência a quem estiver em perigo de vida, em conseqüência de queda ou avaria de aeronave.

A assistência poderá consistir em simples informação.A obrigação de prestar socorro, sempre que possível,

recai sobre aeronave em vôo ou pronta para partir.

AERONAVES

As aeronaves classificam-se em civis e militares.

Consideram-se militares as integrantes das Forças Armadas, inclusive as requisitadas na forma da lei, para missões militares.

As aeronaves civis compreendem as aeronaves públicas e as aeronaves privadas.

As aeronaves públicas são as destinadas ao serviço do poder público, inclusive as requisitadas na forma da lei; todas as demais são aeronaves privadas.

CONTRATOS SOBRE CONTRATOS SOBRE AERONAVEAERONAVE

..... quando uma das ..... quando uma das partes se obriga a partes se obriga a ceder à outra, por ceder à outra, por tempo determinado, tempo determinado, o uso ou gozo de o uso ou gozo de aeronave ou de seus aeronave ou de seus motores, mediante motores, mediante certa retribuiçãocerta retribuição

ARRENDAMENTOARRENDAMENTO

..... quando uma das ..... quando uma das partes obriga-se partes obriga-se para com a outra, para com a outra, mediante mediante pagamento, do frete, pagamento, do frete, a realizar uma ou a realizar uma ou mais viagens ..., mais viagens ..., reservando-se ao reservando-se ao fretador o controle fretador o controle sobre a tripulação e sobre a tripulação e a condução técnica a condução técnica sobre a aeronave.sobre a aeronave.

FRETAMENTOFRETAMENTO

Comandante da Aeronave

O comandante é responsável pela operação e O comandante é responsável pela operação e segurança da aeronave.segurança da aeronave.

O comandante será também responsável pela O comandante será também responsável pela guarda de valores, mercadorias, bagagens guarda de valores, mercadorias, bagagens despachadas e mala postal, desde que lhe despachadas e mala postal, desde que lhe sejam asseguradas, pelo proprietário ou sejam asseguradas, pelo proprietário ou explorador, condições de verificar a explorador, condições de verificar a quantidade e estado das mesmas.quantidade e estado das mesmas.

Os demais membros da tripulação ficam Os demais membros da tripulação ficam subordinados, técnica e disciplinarmente, ao subordinados, técnica e disciplinarmente, ao comandante da aeronave.comandante da aeronave.

Durante a viagem, o comandante é o Durante a viagem, o comandante é o responsável, no que se refere à responsável, no que se refere à tripulação, pelo cumprimento da tripulação, pelo cumprimento da regulamentação profissional no tocante regulamentação profissional no tocante a:a:

II -- limites da jornada de limites da jornada de trabalho;trabalho;

IIII -- limites de vôo;limites de vôo;

IIIIII -- intervalos de repouso;intervalos de repouso;

IVIV -- fornecimento de alimentos.fornecimento de alimentos.


O comandante exerce autoridade sobre as O comandante exerce autoridade sobre as pessoas e coisas que se encontram a pessoas e coisas que se encontram a bordo da aeronave e poderá:bordo da aeronave e poderá:II - desembarcar quaisquer delas, - desembarcar quaisquer delas, desde que comprometa a boa ordem, a desde que comprometa a boa ordem, a disciplina, ponha em risco a segurança da disciplina, ponha em risco a segurança da aeronave ou das pessoas e bens a bordo;aeronave ou das pessoas e bens a bordo;IIII - tomar as medidas necessárias à - tomar as medidas necessárias à proteção da aeronave e das pessoas ou proteção da aeronave e das pessoas ou bens transportados;bens transportados;IIIIII - alijar a carga ou parte dela, quando - alijar a carga ou parte dela, quando indispensável à segurança de vôo.indispensável à segurança de vôo.


Serviços Aéreos Serviços Aéreos

Compreendem os serviços aéreos privados e os serviços aéreos públicos.

Os serviços aéreos públicos abrangem os serviços aéreos especializados públicos e os serviços de transporte aéreo público de passageiro, carga ou mala postal, regular ou não regular, doméstico ou internacional.


Os serviços aéreos privados são os realizados sem remuneração, em benefício do próprio operador, compreendendo as atividades aéreas:

•Recreio ou desportivas;•Transporte reservado ao proprietário; e•S.A.E em benefício exclusivo do

proprietário;


A exploração de serviços aéreos públicos dependerá da prévia concessão (transporte aéreo regular) ou de autorização (transporte aéreo não regular / SAE).


A concessão somente será dada à pessoa jurídica brasileira que tiver:

• Sede no Brasil;• Pelo menos 4/5 do capital com direito a voto,

pertencente a brasileiros; e • Direção confiada exclusivamente a brasileiros.

TRANSPORTE AÉREO REGULARTRANSPORTE AÉREO REGULAR INTERNACIONALINTERNACIONAL

TRANSPORTE AÉREO REGULARTRANSPORTE AÉREO REGULAR INTERNACIONALINTERNACIONAL

Os serviços de transporte público internacional podem ser realizados por empresas nacionais ou estrangeiras.

A exploração desses serviços sujeitar-se-á:

às disposições dos tratados ou acordos bilaterais vigentes com os respectivos Estados e o Brasil;

• Validade de 1 ano;• Direito a reembolso se o transportador cancelar a

viagem;• Em caso de atraso por mais de 4 horas, deverá

oferecer serviço equivalente ou reembolso do valor pago;

• Em caso de interrupção por mais de 4 horas, o pax poderá optar pelo endosso ou pelo reembolso.

CONTRATO DE TRANSPORTE AÉREO

CONTRATO DE TRANSPORTE AÉREO

INFRAÇÕES AO CBAerNa infração aos preceitos deste Código, a Na infração aos preceitos deste Código, a

autoridade aeronáutica poderá tomar as autoridade aeronáutica poderá tomar as seguintes providências administrativas:seguintes providências administrativas:

II - multa;- multa;

IIII - suspensão de certificados, licenças, - suspensão de certificados, licenças, concessões ou autorizações;concessões ou autorizações;

IIIIII - cassação de certificados, licenças, - cassação de certificados, licenças, concessões ou autorizações;concessões ou autorizações;

IVIV - detenção, interdição ou apreensão - detenção, interdição ou apreensão de aeronave, ou do material transportado;de aeronave, ou do material transportado;

VV - intervenção nas empresas - intervenção nas empresas concessionárias ou autorizadas.concessionárias ou autorizadas.

INFRAÇÕES AO CBAer

• Multa – até 1000 valores de referência;Multa – até 1000 valores de referência;• Suspensão – até 180 dias prorrogáveis;Suspensão – até 180 dias prorrogáveis;• Cassação – dependerá de inquérito Cassação – dependerá de inquérito

administrativo;administrativo;• Detenção – por Autoridades Aeronáuticas, Detenção – por Autoridades Aeronáuticas,

Fazendárias ou da Polícia Federal;Fazendárias ou da Polícia Federal;• Interdição – até sanar as discrepâncias Interdição – até sanar as discrepâncias • Apreensão de aeronave ou do material Apreensão de aeronave ou do material

transportado – em cumprimento a ordem judicial;transportado – em cumprimento a ordem judicial;• intervenção nas empresas concessionárias ou intervenção nas empresas concessionárias ou

autorizadas.autorizadas.

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