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GIBR, Edgar. A geografia namorada da matemtica estava enamorada do design, que quis namorar a educao: o Projeto Local - Greenwich Mean Time. In: SINAIS - Revista Eletrnica - Cincias
Sociais. Vitria: CCHN, UFES, Edio n.03, v.1, Junho. 2008. pp. 96-133
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A geografia namorada da matemtica estava enamorada do design, que quis namorar a educao: o
projeto Local - Greenwich Mean Time
Edgar Gibr1 Resumo: O projeto Local - Greenwich Mean Time (GMT) uma pesquisa que tem como particularidade o seu mtodo, que se funda num rigor flexvel, dando lugar intuio e
sensibilidade. No obstante, lana mo de procedimentos metodolgicos como a semitica e a
anlise do discurso, e alia-se lgica da interseco das relaes inter e transdisciplinares.
O objetivo principal apresentar o raciocnio abdutivo e dedutivo que estaria em torno: 1) da
descoberta de uma Frmula Matemtica de clculo de fuso horrio; 2) de um projeto de design
que visa: a) um meio de divulgar tal equao; b) uma forma de torn-la apresentvel, em
termos pedaggicos e visuais, no s para a sua aplicabilidade entre estudantes do ensino
fundamental e mdio, mas tambm para a sua receptividade. O resultado tece-se a partir da
sugesto de embalagem do contedo intelectual.
Introduo
O projeto Local - Greenwich Mean Time (GMT) o resultado de um estudo que
lana mo da conciliao terica e metodolgica e da sensibilidade esttica
expressiva. No cerne da nossa discusso est o carter pluridisciplinar do
Desenho Industrial: Trata-se de uma atividade contempornea e, como tal,
nasceu da necessidade de se estabelecer uma relao entre diferentes
saberes. Nasceu, portanto, naturalmente interdisciplinar (Magalhes, 1998:
11-2).
1 Edgar Gibr formando em Desenho Industrial pela Ufes, no ltimo perodo. artista tecnolgico; procura a expresso da arte (sem medo de errar) e tende a conjug-la com o ponto de vista pragmtico do design. Tem bel-prazer pela inter e transdisciplinaridade, pois cr que as artes e por que no as cincias? se comunicam e passam a reagir entre si atravs da montagem e da combinao, e que isso deveria ser treinado na escola, conforme declarou em seu Experimento de Arte e Design na Odontologia, exposio de 2006. Realiza estudos no domnio do design de interfaces digitais e da Arte e Tecnologia. H algum tempo vem utilizando como tema de pesquisa a Web como interface de software. E-mail: [email protected].
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GIBR, Edgar. A geografia namorada da matemtica estava enamorada do design, que quis namorar a educao: o Projeto Local - Greenwich Mean Time. In: SINAIS - Revista Eletrnica - Cincias
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Composto de quatro captulos escritos entre 2004 e 2008, este ensaio foi
estruturado de modo a abordar as etapas do projeto Local - GMT numa ordem
progressiva. Contudo, o seu predicado pluridisciplinar tambm permite que os
captulos sejam lidos em qualquer ordem e como trabalhos independentes. O
formato unidirecional se desdobra em dois elos, cujo primeiro indica, segundo a
fora que est na observao do pormenor revelador, uma necessidade
urgente de se reformular o mtodo de ensino de fuso horrio, destinado
educao bsica, nos nveis fundamental e mdio (por isso o nome Local -
GMT). A soluo proposta uma frmula matemtica que ser apresentada
no captulo 2. O segundo elo diz respeito a um projeto de design que prev que
a frmula seja concedida como bnus ao pblico consumidor, dentro de um
produto industrializado. Esta proposta encontrou cho na declarao do
professor da Universidade Catlica do Paran Fernando Antnio Fontoura Bini,
acerca do trabalho de graduao dos cursos de Desenho Industrial e
Comunicao Visual da UFPR - Universidade Federal do Paran, apresentado
em julho de 1980, por Luiz Carlos de Camargo Gonalves: Este trabalho,
tenho certeza, o Produto que ele veio projetar desde o inicio e agora o v no
mercado, industrializado.2 A afirmao do professor Bini abre uma
jurisprudncia proposta do projeto Local - GMT/2 de embalar um contedo
intelectual, a frmula a qual deduzimos para resolver exerccios de fuso
horrio.3
Foram colaboradores nos respectivos temas: Claudio Marcio Coelho
(Indiciarismo), Gisele Girardi (Cartografia bsica), Srgio Robert de SantAnna
(Marketing em design) e Telma Elita Juliano Valente (Semitica da imagem).
Meus agradecimentos a Deus que nos encheu do esprito da cincia, para
manipular o ouro, a prata e o bronze, e assim, inventar obras artsticas e aos
2 BINI. Prefcio. In: GONALVES, Luis Carlos de C. Desenho Industrial brasileiro? Crtica ao espao e forma de atuao. Curitiba: Ed. da UFPR, 1981. p.9. 3 A Frmula produto do esforo de pesquisa que realizei no segundo semestre de 2004. O objetivo deste ensaio apresentar comunidade cientfica a referida Frmula e ratificar minha autoria da mesma.
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GIBR, Edgar. A geografia namorada da matemtica estava enamorada do design, que quis namorar a educao: o Projeto Local - Greenwich Mean Time. In: SINAIS - Revista Eletrnica - Cincias
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amigos, com carinhosa saudao a Anderson Naitzel, Marisa Terezinha R.
Valladares, e a Claudio Marcio Coelho, pela dedicada colaborao e incentivo.
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Captulo 1
Decifrar o desempenho no tema fuso horrio
Exames padronizados como a Prova Brasil e o Saeb so feitos para
diagnstico em larga escala e construdos metodologicamente pelo Inep/MEC
para avaliar sistemas de ensino. Neles, os estudantes respondem a questes
de lngua portuguesa, com foco em leitura, e matemtica, com foco na
resoluo de problemas. Logo aps a realizao dos testes, h um
questionrio scio-econmico que coleta informaes sobre fatores contextuais
que podem explicar o desempenho nos exames.
Porm, no existe um instrumento de pesquisa capaz de avaliar o desempenho
em questes especficas como um problema de multiplicao de monmios ou
uma questo sobre preposies e locues prepositivas. Exemplificando: o
tema da questo pode ter sido sonegado em sala-de-aula ou no instigar o
interesse do aluno; o mtodo de ensino pode estar preparando alunos que
apenas decoram a matria e no se preocupam em aprend-la realmente.
Nosso estudo busca experincias no Paradigma Indicirio, visando analisar o
desempenho de estudantes com relao ao tema fuso horrio, do contedo
escolar. O mtodo indicirio constitui-se no uso do indiciarismo como
ferramenta de pesquisa, que uma forma de interpretao da realidade
construda a partir da investigao e anlise dos detalhes, encarados como
indcios, pistas, sinais ou sintomas.4
De incio, fizemos a anlise indiciria em conjunto com a anlise compreensiva
do discurso do professor de geografia Marcelo (que no quis revelar seu
sobrenome), a partir de uma entrevista concedida por ele via Internet em
janeiro de 2005 (ver anlise da entrevista no Anexo 1).
4 Cf. COELHO, Claudio M. Razes do paradigma indicirio. In: RODRIGUES, Mrcia B. F. (org). Ensaios de Indiciarismo. Vitria: Ufes, PPGHIS, 2006. (Rumos da Histria).
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Para darmos completude e consistncia de dados estatsticos anlise do
discurso, lanaremos mo do quantitativo dos candidatos que marcaram a
alternativa correta das questes de clculo sobre cartografia, das provas de
primeira etapa do processo seletivo da Ufes nos anos de 2001, 2002, 2003 e
2005.5
Abaixo, classificamos os problemas de fuso horrio em dois segmentos: o das
questes que podem ser calculadas com o mtodo dos pauzinhos6 e o das
que devem ser resolvidas atravs do mtodo padro de clculo.
Fuso Horrio Mtodo dos pauzinhos Mtodo padro
Questo/Ano Acertos Nulos Questo/Ano Acertos Nulos
40/2003 50% 5% 39/2002 28% 12%
54/2005 35% ?
Mdia 32%
Vejamos agora como foi o desempenho dos vestibulandos referente
aplicao de operaes matemticas em questes de escala.
Escala Questo/Ano Acertos Nulos
46/2001 53% 5%
39/2003 41% 5%
Mdia 47%
Na prova de 2003, a mdia de acertos da questo 40 (de fuso horrio) esteve
22% acima da mdia registrada no ano de 2002 e 15% acima da mdia de
2005. Conforme mostra a primeira tabela, as porcentagens de acertos relativos
a 2002 e 2005 referem-se s questes de fuso horrio (39 e 54,
respectivamente) que deveriam ser resolvidas aplicando-se o mtodo padro
de clculo. Estas foram as questes que tiveram o menor ndice de acerto. J 5 Fonte: Comisso Coordenadora do Vestibular (CCV). Dados cedidos em dezembro de 2004. 6 Explicao do mtodo dos pauzinhos na pgina 128.
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em relao s questes 46, de 2001, 39 e 40, de 2003, que envolviam apenas
aplicaes matemticas (no requeriam a aplicao de algum mtodo
complexo), o desempenho dos estudantes foi maior (comparar com as
questes 39 e 54 da primeira tabela).
As dificuldades que os estudantes enfrentam nos exerccios de fusos horrios
revelam que o nvel de proficincia alcanado atravs do mtodo de ensino
baixo. Em termos gerais, os estudantes no compreendem a coerncia entre a
teoria e a tcnica de clculo utilizada, pois no h cumplicidade entre a teoria e
a prtica. Alm disso, as dificuldades enfrentadas na aplicao do mtodo
padro de clculo atestam sua fragilidade. Os desafios enfrentados por alunos
e professores com as operaes de multiplicao, diviso, adio e subtrao
constituem um problema da matemtica que a geografia no tem como
resolver. Esse debate permite que se avente outro questionamento: o docente
de geografia est capacitado para ensinar operaes matemticas? Caso a
resposta seja negativa, o tema fuso horrio deveria migrar para a matemtica?
A concluso conjetural e a causa evidenciada pelo efeito. Este modo de
pesquisar conduz ao eixo narrativo da metonmia: a parte pelo todo, a causa
pelo efeito (Ginzburg, 1989:152); o que nos leva a uma probabilidade que no
nem a verdade dos positivistas, nem a impossibilidade da verdade dos
cticos, nem o relativismo exacerbado dos ps-modernos. O que ento daria
consistncia afirmao da verdade? O indcio, a espinha dorsal de ... um
mtodo interpretativo [o indiciarismo] centrado sobre os resduos, sobre os
dados marginais, considerados reveladores... (Ginzburg, 1989:150). Esse
mtodo consiste em passar de fatos aparentemente insignificantes (pistas,
indcios) para a realidade complexa, no observvel diretamente.7
Se nosso raciocnio ao avesso nos levou proposio de que a causa
tangvel do devido problema remete inoperncia do mtodo padro de
clculo, nos compete apontar uma soluo. O captulo Uma frmula para
7 RODRIGUES, 2005: 213-21.
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descomplicar o tema fuso horrio dedica-se apresentao de uma frmula
matemtica alternativa (uma expresso algbrica) que tem a vantagem de:
Eliminar as etapas do mtodo padro descritas pelo professor Marcelo (v. Anexo 1);
Ser de fcil deduo (existe cumplicidade entre a teoria e a prtica); Facilitar a memorizao (possui variveis repetidas e tem sonoridade8); Indicar se h mudana de data.
8 A sonoridade da frmula assunto do terceiro captulo.
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Captulo 2
Uma frmula para descomplicar o tema fuso horrio9
O sistema de fusos horrios foi estabelecido pelo Decreto n 2.784, de 18 de
junho de 1913, que determina a hora legal no estrangeiro e no Brasil, conforme
as convenes astronmicas internacionais dos fusos horrios. Esta a hora
que marca o relgio comum. J a hora local o instante, na escala de tempo,
referente longitude de um dado local.
Como o crculo terrestre tem 360 e o movimento de rotao exercido em 24
horas, temos 360 24 = 15, o que significa que cada hora do Globo se acha
situada numa faixa de 15 de longitude.
preciso que se saiba que cada fuso uma delimitao terica, dentro da qual
a hora (legal) hipottica. Na realidade, muitos pases adotam limites
prticos com o fim de obterem maior uniformizao dos horrios (i. ., trocam
por suas fronteiras os meridianos prescritos, conforme seus interesses e
peculiaridades do local). Quando isso acontece, dizemos que o fuso horrio
prtico. J outros pases estabelecem horas legais prprias, diferentes dos
fusos horrios padres.
Hora de B, a partir de A
Longitude astronmica e hora local so valores iguais, expressos em
grandezas diferentes, pois a grandeza hora representa intervalo de tempo,
enquanto longitude dada em ngulo. Ento: a diferena de horas locais de
dois pontos o mesmo que a diferena de longitude entre esses pontos.10
9 Existem outras frmulas relativas ao tempo em astronomia de posio. Obviamente, elas no figuram nas literaturas da educao bsica. 10 Determinao da longitude pelo mtodo de Mayer.
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Matematicamente temos:
HB = HA + FB - FA
Regra de Sinais
As longitudes a oeste (W) so convencionadas como negativas, enquanto que
os graus a leste (E) de Greenwich (GMT) so positivos:
Exerccios
1. Numa cidade A a 48W so 11 horas. Ento, que horas sero numa cidade B a
59E?
Resoluo: Convertendo graus em horas:
48W = -03h12
59E = +03h56
360 24h = 15/h; 1/4min
Por regra de trs: 48 15 = 3h e 3
3 4min = 12min, logo 48 = 03h12 Como 48 pertence ao hemisfrio oeste do meridiano internacional de origem
(Greenwich), a hora negativa: -03h12.
W E
- +
GMT
Em que:
HB a hora referente ao ponto B HA a hora referente ao ponto A FB a longitude de B em horas FA a longitude de A em horas
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Separando os valores:
HB = ?
HA = 11h
FB = +03h56
FA = -03h12
Aplicando a frmula:
HB = HA + FB - FA (ou simplesmente HA - FA = HB - FB, que muito mnemnico) HB = 11 + 3:56 - (-3:12)
HB = 11 + 6:68
HB = 17:68
Reduzindo: 17h68 = 17h + 60min + 8min = 18h8
HB = 18h8
A hora legal a mesma em todo o territrio do fuso horrio, tendo sido
inventada para evitar que a hora varie por pouco que se desloque em
longitude. Apenas para esclarecer: hora legal em um ponto a hora que os
relgios situados no meridiano central do fuso a que pertence o ponto marcam,
uma hora no-astronmica, imposta por lei. Como 48 pertence ao fuso horrio
cujo meridiano central o de 45 e 59 pertence ao fuso cujo meridiano central
o de 60 (v. meridianos limites em um mapa de fusos horrios), convertendo
de graus para horas temos 45W igual a -3h e 60E igual a +4h. Logo: HB = HA + FB - FA
HB = 11 + 4 - (-3)
HB = 11 + 7
HB = 18
HLB = 18h legais
Nota: HLB a hora legal no ponto B.
2. Um avio sai de Tquio, que est situado no fuso de 135E, s 14h20 do dia 1
de janeiro de 2000, com destino a So Paulo. A viagem tem durao de 20
horas. Qual o horrio, o dia e o ano que o avio chegar a seu destino?
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Resoluo: Saindo de Tquio s 14h20, se a viagem durar 20 horas, ento:
14h20 + 20h = 34h20
Reduzindo: 34h20 = 24h (um dia) + 10h20
Logo, o avio chegar a So Paulo s 10h20 do dia seguinte, 2 de janeiro, no
horrio de Tquio.
Passo a passo:
135E = +9h
Fuso de So Paulo (na escala internacional de tempo) = -3h
HSP = ?
HTquio = 10h20
FSP = -3h
FTquio = + 9h
Aplicando a frmula:
HSP = HTquio + FSP - FTquio
HSP = 10:20 + (-3) - (+9)
HSP = 10:20 - 3 - 9
HSP = -2h20
Formato de hora negativa (h-)
No caso do resultado ser um valor de hora negativa, aplica-se a frmula:
24 + (h-)
24 + (-2:20) = 21h40, do dia 1 de janeiro; pois o sinal de subtrao indica que
houve alterao de data para o dia anterior data atual.
Nota: Por uma estratgia metdica, aconselha-se adotar zero hora ao invs da hora vinte e quatro.
Resposta: O avio chegar a So Paulo s 21h40 do dia 1 de janeiro de 2000.
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Mudana de data
O meridiano de 180 considerado a Linha Internacional de Data, pois nele se
d a mudana de um dia para outro. Ao ultrapassar essa linha no sentido
oeste-leste, deve-se acrescentar um dia (24 horas) data atual, e no sentido
leste-oeste, deve-se subtrair um dia.
H mudana de data quando:
0>H>24
Nota: Se H for um valor de hora negativa (h-), subtrai-se um dia (24 horas) da data atual. Se H>24 a mudana de data ocorre na ordem crescente.
Horrio de vero
Entendamos horrio de vero como fuso horrio de vero. Quando entra o
horrio de vero, a regio afetada muda de fuso horrio e,
conseqentemente, os relgios precisam ser alterados. No caso do Brasil, os
estados que adotam o horrio de vero esto normalmente em UTC-3. No
horrio de vero, passam para UTC-2 (-3h + 1h = -2h, o fuso horrio anterior
ao de -3h). A hora de referncia, UTC (origem), sempre a mesma. O que
varia o fator de correo em relao ao Tempo Universal.
Se a questo informar, por exemplo, que numa cidade A a 45W so 13 horas
no horrio de vero, ento se deve usar a hora do relgio indicada e fazer a
correo no F:
HA = 13h e FA = -2h (no horrio normal teramos HA = 12h e FA = -3h).
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Captulo 3
11
A partir de agora, daremos incio ao segundo elo do Projeto Local - Greenwich
Mean Time numa perspectiva orientada para o marketing e o design.
Comearemos pelas trs perguntas bsicas de um planejamento eficaz. Onde
estamos? (situao atual); onde queremos chegar? (objetivos); como
chegaremos l? (estratgias). A primeira pergunta relaciona-se anlise do
problema: conforme demonstramos no captulo 1, a maioria dos estudantes
enfrenta dificuldades para resolver questes de fuso horrio nas provas de
geografia, bem como compreender, lembrar, aplicar e ensinar o mtodo padro
de clculo. Chegamos a uma frmula alternativa que oferece vantagens
pedaggicas e de recursos em relao ao mtodo padro, como, por exemplo,
a indicao de mudana de data. Porm perguntamos: o que fazer com essa
descoberta? Nosso objetivo principal criar um projeto de design que vise
educao escolar, funcionando como um material de divulgao da frmula
para estudantes do ensino fundamental e mdio. A terceira pergunta refere-se
ao posicionamento estratgico que adotaremos inicialmente a partir da anlise
de experincias alheias.
Matemtica com msica
O projeto Matemusic: matemtica com todas as notas, do professor Giovani
Ferraro12, rene regras matemticas em mais de 92 msicas explicativas. O
objetivo do projeto promover a fixao da matria por meios mnemnicos, a
saber, os estudantes cantam a msica da matria que acabaram de estudar, a
11 Metfora visual do ttulo: Bolo da lua. H oitocentos anos os chineses colocaram os planos do ataque fatal contra os dominadores mongis dentro desses bolos (cujo sabor era detestado pelo povo mongol) e enviaram-nos a todos os generais das foras chinesas. O bolo da lua o ancestral do biscoito da sorte, aqueles imprevisveis biscoitos contendo dentro uma frase de sabedoria ou profecia vaga, que podem ser encontrados em restaurantes de comida chinesa e at em verso pessimista. 12 Cf. http://prof.giovani.sites.uol.com.br - Acesso em 29 fev. 2008.
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cuja melodia associada uma letra didtica. Isto os ajuda a recordar o que
viram em sala-de-aula.
O criador do Matemusic apresentou a seguinte chamada na Internet:
Problemas com matemtica? Aprenda matemtica cantando e elimine seus
traumas!. O sucesso do marketing presente no apelo do professor, talvez,
resulte das dificuldades e medos que o aluno enfrenta no aprendizado da
matemtica, em virtude da compartimentao do saber na sociedade moderna.
Em meio a isso, confundem a matemtica com reas estanques e restritas
rdua e baldada prtica da memorizao de contedos. Viso paradoxal que
se converte em averso as cincias exatas, geralmente por parte dos
alumnus13. Assim, surgem opinies como: Para que serve a matemtica?
Para nada!. E j que para ser decorada, que se faa de uma forma mais
palatvel, como por meio do recurso mnemnico da msica.
A frmula de clculo de fuso horrio, apresentada no captulo anterior,
musical. Dela pode-se obter o som das slabas H! F! He! F!, sendo
que H e F so abreviaturas de Hora e Fuso, enquanto que a e e so
variveis14. Tem-se, ento, uma tendncia musical que vai ao encontro da
proposta do professor Giovani e que nos interessaria acaso o lanamento da
frmula em CD (ou outro suporte documental) fosse uma possibilidade de baixo
preo.
Brincadeira para trabalhar as operaes
Criativo tambm foi o artifcio utilizado por uma professora da segunda srie,
logo aps ter trabalhado as quatro operaes elementares com sua classe. Ela
percebeu que a brincadeira do lbum de figurinhas seria um timo exerccio
para as crianas, a partir do qual lanaria vrios problemas envolvendo
quantidades de figurinhas em mos, comparadas com a capacidade do lbum.
13 Alumnus [latim] s.m. 1. Criana de peito, menino; aluno, discpulo. 2. Sem luz. 14 No captulo sobre a frmula usamos b no lugar de e.
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Segundo comentrio dessa professora, os baixinhos se interessam muito por
lbuns e figurinhas.
Figurinhas de bala
So inmeras as sries promocionais de figurinhas de bala e chiclete que
circulam no mercado, geralmente com temticas sobre frivolidades e recados
romnticos.
Uma vez que pouqussimos foram os que procuram estudar as reais necessidades de
um mercado brasileiro na produo de objetos, tendo em vista os problemas culturais,
sociais, econmicos e ecolgicos; Luiz Carlos de Camargo Gonalves buscou o
contrrio: chegar a um produto que tivesse verdadeira importncia, opondo-se
bacanal do desperdcio e ao modismo.15
Essa crtica lrica ao modo de produo industrial inspiradora... Que tal
trocarem as curiosidades inteis, que vem de brinde com as balas e chicletes,
por contedos escolares como a frmula de fuso horrio que elaboramos?
Desta forma, poderemos acondicionar o contedo didtico tratado no primeiro
elo do projeto.
Outra soluo seria o uso de objetos de consumo do cotidiano do estudante
para veiculao da frmula, mas que fossem economicamente viveis. O uso
do material escolar foi descartado porque o preo vinha crescendo em ritmo
acelerado, conforme expressam as noticias de jornal a seguir:
... artigos de papelaria para o ano letivo de 2005 esto em mdia 17% mais caros que
em 2004.16
Nas papelarias e livrarias, os preos dos produtos esto at 50% mais altos do que no
ano de 2003.17 15 BINI. Prefcio. In: GONALVES, Luis Carlos de C. Desenho Industrial brasileiro? Crtica ao espao e forma de atuao. Curitiba: Ed. da UFPR, 1981. p.8. 16 LIMA, Ana Paula. Material escolar chega 17% mais caro. Mercado Mineiro, Minas Gerais, 5 jan. 2005. Disponvel em: . Acesso em: 7 fev. 2005.
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Segundo a Brasil Escolar, rede nacional de papelarias, a volta s aulas em 2003
custar de 12% a 30% mais que nos anos anteriores.18
Diante do cenrio exposto acima, optamos por adequar a bala (i. ., um
produto alimentcio barato e com embalagem) para o acondicionamento e
transporte da frmula. O prximo passo foi realizar uma pesquisa quantitativa
para confirmar (ou descartar) nossa hiptese de que a figurinha de bala seria o
melhor meio para a divulgao da frmula.
Pesquisa quantitativa
Realizada no perodo de 7 a 18 de fevereiro de 2005, teve como objetivos
dimensionar o mercado potencial de consumo no segmento de balas; medir o
comportamento com relao ao uso de embalagens primrias de bala (papel
de bala); conhecer as tcnicas de memorizao mais utilizadas pelos
estudantes.
A pesquisa foi aplicada via Internet, por meio de questionrio semi-estruturado
(v. o desenho da pesquisa no Anexo 4). O preenchimento do questionrio foi
assistido por um sistema automtico de validaes que reduziu a zero o
percentual de respostas em branco ou nulas. S foi possvel participar uma vez
utilizando o mesmo computador.
Foram enviados convites com o endereo da pesquisa a um grupo de pessoas,
por correio eletrnico, e a duas escolas particulares de ensino fundamental e
mdio. Foram realizadas 612 enquetes a partir do site da Universidade Federal
do Esprito Santo (v. banner em rich media no Anexo 3), com os seguintes
resultados:
17 CHOUCAIR, Gergea. Material escolar mais caro. Mercado Mineiro, Minas Gerais, 27 dez. 2004. Disponvel em: . Acesso em: 7 fev. 2005. 18 LOETZ, Cludio. Material escolar mais caro. A Notcia, Santa Catarina, 22 out. 2002. Disponvel em: . Acesso em: 7 fev. 2005.
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GIBR, Edgar. A geografia namorada da matemtica estava enamorada do design, que quis namorar a educao: o Projeto Local - Greenwich Mean Time. In: SINAIS - Revista Eletrnica - Cincias
Sociais. Vitria: CCHN, UFES, Edio n.03, v.1, Junho. 2008. pp. 96-133
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Amostra: 328 pessoas do sexo masculino; destas 40% consomem diariamente algum tipo de
bala, 10% consomem mais de um tipo.
36% Bala comum (gelada, mastigvel, recheada).
33% Bala forte
16% Caramelo
30% Chiclete
21% No lem as figurinhas
16% Guardam as figurinhas interessantes
Amostra: 284 pessoas do sexo feminino; destas 55% consomem diariamente algum tipo de
bala, 12% consomem mais de um tipo.
44% Bala comum (gelada, mastigvel, recheada).
27% Bala forte
12% Caramelo
34% Chiclete
12% No lem as figurinhas
34% Guardam as figurinhas interessantes
No total das amostras, das 612 pessoas, 84% em mdia dos homens e mulheres disseram que lem as figurinhas de bala. Isto significa que a maioria veria a frmula se estivesse impressa na
figurinha.
10-15 anos 16-18 anos 19-25 anos + 26 anos Total
Bala comum Caramelo Chiclete Bala forte
10-15 anos 16-18 anos 19-25 anos + 26 anos Total
Bala comum Caramelo ChicleteBala forte
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GIBR, Edgar. A geografia namorada da matemtica estava enamorada do design, que quis namorar a educao: o Projeto Local - Greenwich Mean Time. In: SINAIS - Revista Eletrnica - Cincias
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Dos 525 estudantes, 48% disseram que colariam (para si) a figurinha se viesse com uma frmula didtica-escolar.
Pesquisa complementar
Fernandes Campanharo, representante comercial (no Esprito Santo) de uma
grande empresa nacional no segmento de balas, revelou que, geralmente, os
pais ou responsveis preferem comprar balas mastigveis para as crianas.
Devemos considerar a hiptese de que, no processo de compra, os pais
decidam sobre o tipo de bala que seus filhos devem consumir, ou pode ser que
eles comprem determinado tipo de bala porque sabem que os filhos gostam.
De acordo com RUMMEL, HOWARD, SWINTON et al. (2000), at os dez anos
de idade, as crianas costumam seguir as preferncias dos pais quanto aos
produtos que devem consumir. Depois dessa idade, este comportamento
comea a mudar e culmina na adolescncia.19
Em algumas escolas, produtos como figurinhas adesivas e chicletes so
proibidos. Mas a venda fora do colgio acontece livre e independentemente do
regime das escolas e vontade dos pais. Nesse caso, outros critrios como
diverso, sabor e um determinado fator de diferenciao na embalagem
justificam a compra.
A Riclan, empresa de balas, revelou que o sucesso de vendas das balas
Freegells Love Cats se deve mistura de dois ingredientes bsicos: sabor mais
recados romnticos. O pblico-alvo o AB de 8 a 13 anos, tem acesso ao
preo e gosta da brincadeira da paquera. Assim, a cada ano, as balas ganham
uma nova coleo de figurinhas. A moda o motor da produo, afirmou a
empresa. Tentar agir sobre o indivduo com a lgica da novidade resgatada
19 Sugesto: v. novamente os grficos das preferncias de consumo, nos quais os usurios so classificados por idade.
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um dos motivos para a fbrica mudar periodicamente a natureza das figurinhas
(adesivas ou no-adesivas).
Os pacotes das balas Freegells chegavam s lojas especializadas com reajuste
de 30%, no primeiro semestre de 2005, e a unidade podia ser encontrada no
mercado paralelo pelo triplo do valor do pacote dividido pelo contedo unitrio.
De qualquer maneira o preo relativamente muito barato e acessvel para o
pblico C. Para se ter uma idia, no se fala em custo de produo de uma
unidade de bala, pois o valor irrisrio.
Estratgia adotada
As figurinhas com contedo escolar poderiam ter edio limitada para a volta
s aulas e incio da temporada de vestibulares. Essa sazonalidade influenciaria
positivamente na deciso de consumo, seja por parte dos pais e filhos ou dos
pr-vestibulandos.
Mas para que apelar para a sazonalidade se efmero o saber e infinito o
aprender? Sempre necessitamos de conhecimento, no s na temporada de
provas escolares. Vislumbra-se, por este ponto de vista, uma nova proposta
que est para alm da divulgao da frmula de fuso horrio:
Antes de qualquer coisa, no pretendemos refutar as teorias chamadas
tradicionais, nem partimos em defesa de uma teoria crtica ou ps-crtica de
currculo da educao. Desejamos somente, por mais pretensioso que possa
parecer, evitar a alienao do estudante.
No sculo XIX, Marx demonstrou que o processo de industrializao e de
urbanizao gerou transformaes na vida humana em todos os setores da
sociedade capitalista: o homem tornou-se inevitavelmente alienado. Hoje, a
indstria pode contribuir para a (des)alienao na educao atravs de um
produto ou meio alternativo de acesso ao contedo escolar, preparando
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estudantes para inter-relaes mais dinmicas no ambiente de escolarizao.
A par da existncia desse contedo, os estudantes podero cobr-lo dos
professores, caso no seja aplicado.
Caberia indstria a responsabilidade pela natureza e fidelidade dos
contedos escolares divulgados junto com seus produtos20, e ficaria sob a
competncia fiscalizadora do Poder Pblico21.
20 Existe uma patente requerida para Embalagens de alimento com contedo escolar, sob o protocolo n.001854. Negociaes: [email protected]. 21 O Ministrio da Educao, por meio da Secretaria de Educao a Distncia, o rgo responsvel pela avaliao dos contedos do ensino a distancia.
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Captulo 4
Aula de clculo em figuras de bala: uma anlise semitica corroborativa
Este captulo uma anlise semitica de trs figurinhas de bala que servem
como modelo para um objeto de aprendizagem (learning object), direcionado
ao ensino a distncia do novo mtodo para calcular a diferena de horrios
entre duas localidades da Terra (v. captulo Uma frmula para descomplicar o
tema fuso horrio). A aula de clculo vem de brinde com a bala. a idia
final do projeto Local - GMT/2.
Essa anlise semitica tem a funo suplementar de revelar o potencial
comunicativo dos envoltrios em apreciao, a partir dos signos escolhidos
intuitivamente22 para compor as figurinhas.
A Marca da srie de figurinhas
A imagem da marca se fundamenta na sua forma, que deve ser distintiva e
clara. Tem por finalidade causar um impacto e fazer memorizar um nome,
impulsionando o consumidor a ficar fiel a esta marca (FARINA, 1990: 191-2).
No contexto de figurinhas com frmulas matemticas, os quatro operadores
bsicos identificam com clareza essa srie de figurinhas, a que demos o nome
de aula de clculo. A marca, que reduzida elementaridade, e cuja
influncia do racionalismo modernista notria, usa os sinais em negativo, isto
, espao vazio circundado por espao ocupado. Se o tamanho da marca no
fosse to reduzido, ao focar detidamente nos quatro operadores aritmticos e,
em seguida, olhar para outro local, poder-se-ia ver com nitidez uma imagem da
marca em positivo. Pois ... as ps-imagens negativas sero sempre
22 O projeto das figurinhas de maro de 2005 e foi feito sem um estudo semitico prvio.
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complementares da cor que o indivduo tenha fixado23 (p. ex., do branco para
o preto, do amarelo do sol para o azul do cu).
Diante desse efeito, quanto ela valeria se fosse anunciada uma marca que
pudesse literalmente ter a sua visibilidade prolongada no olho do observador?
Isto seria poluente na prtica, mas no mnimo seria arrojado e inovador. O
contraste entre preto e branco, por causa de seus opostos valores de
luminosidade, compe um conjunto harmonioso e agradvel vista, com um
forte poder de impacto que supre a falta de cores, derrubando certos
significados simblicos preconceituosos (como obscurantismo, dificuldade,
sujeira e pessimismo) que a acromtica preta e a expresso imagem negativa
podem representar.
Os temas escolhidos
Ligao DDI24
As evocaes interpretativas dessa figurinha revelam-se satisfatoriamente com
grande sabor local (de Portugal e do Brasil); quer evocando a lenda do galo de
Barcelos (um smbolo de Portugal), quer trazendo memria o bumba-meu-boi
(herana do Brasil Colonial). Ergueu-se na mesa o galo de Barcelos e cantou
quando um peregrino do caminho de Santiago de Compostela, natural da
Galiza, estava para ser enforcado, suspeito de ter cometido um crime. Num
apelo final, pediu um encontro com o juiz, que se preparava para comer o galo
assado, e ento exclamou: to certo eu ser inocente, como certo esse galo
cantar quando me enforcarem!. Diante do episdio, o galego acabou solto e
seguiu em paz. O que o galo e o boi tm de smil so as cores e os motivos
decorativos do corpo de cada um. Esses traos de identidade cultural podem
ser confundidos, dando ao elemento da cultura portuguesa um ar de
brasilidade, que tambm eficaz porque o galo de Barcelos (na figurinha 01)
causa certa impresso de familiaridade nos brasileiros. 23 FARINA, 1990: 97. 24 Ilustrao do designer Ismar Coelho.
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Capoeira em Portugal
Esse tema se inspira no grupo Capoeira Brasil. Este grupo est presente em
mais de quinze pases e encontra-se em Portugal desde outubro de 2004. A
capoeira se espalhou pelo nosso pas, tendo muitos adeptos, como tantos
outros simpatizantes. Menina tambm joga, mas capoeira coisa de homem.
Ela vem sendo incentivada por programas sociais como um esporte que
encerra s doutrina, isto , possui um substrato filosfico que importante na
formao integral dos jovens. A capoeira ou arte-luta brasileira no est
presente s na periferia, mas em muitas academias, atingindo o ptio escolar,
o ambiente universitrio e a educao fsica. Isso depois de vrias investidas
na valorizao das razes histrico-scio-culturais prprias do nosso povo.
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Bate-papo na Internet
A coroa de flores na cabea da menina no to eficiente como signo indicial
do Hava quanto seria o lei (aqueles colares de flores cheios de significados
simblicos, e que ficaram famosos nas pginas sobre o Hava dos cadernos de
turismo). Um valor que marca essa figurinha a graciosidade do rosto meigo
de menina da personagem e seus traos multitnicos. Ela no est trajada de
danarina de hula. Na verdade, ela no havaiana.
As cores e imagens
A cor d ao produto um valor (destaque) muito mais intenso do que o preto, o
branco e o cinza. Portanto, para a cor dos elementos de maior importncia da
composio que se devem dirigir os primeiros cuidados, principalmente se
levarmos em conta o grande poder sugestivo e persuasivo da cor e as suas
ligaes emotivas.
A frmula deve ser entendida como o elemento principal do conjunto, enquanto
que os personagens tm por funo deslocar o olhar do espectador para a
frmula. A ilustrao pode variar de acordo com as referncias (ao tema e aos
locais) dadas pela questo. Assim, o papel indicativo da imagem muito
marcante.
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O amarelo, o laranja, o vermelho e o verde so cores consideradas visveis
numa embalagem, logo so as que mais foram exploradas. Alm disso,
segundo testes de memorizao, a memria indicava mais a forma para
objetos azuis e verdes, enquanto que para os amarelos, vermelhos e
alaranjados ela indicava a cor propriamente dita. Esta informao s um
referencial terico para a escolha do amarelo ou laranja para as caixas de
legenda, contrastando com o azul violetado da frmula, e do vermelho para
destacar as variveis subscritas a e b.
Na figurinha 03 ocorre a troca de cor do balo com as variveis. Nas figurinhas
01 e 02, as cores de plano de fundo se associam qualitativamente ao clima e
horrio locais das questes: em 01, estabelecemos relao do verde com o
frescor matinal, o bem-estar e o frio europeu. O valor do verde, neste caso,
tambm anula qualquer tendncia masculina ou feminina. Em 02, o laranja
sugere o calor brasileiro intenso da tarde (horrio da resposta da questo da
figurinha) e o energtico esprito adolescente-jovem.
A figurinha 03 (se considerarmos suas codificaes genricas fortssimas no
tocante ao simbolismo das cores e estilo do desenho) estabelece um paralelo
entre o carter estrategicamente delicado dos elementos visuais e o pblico
feminino, especialmente o infantil. A idia de feminilidade associada menina
reforada pelo fundo cor-de-rosa.
Tipografia
O texto aparece contra o fundo colorido, em fonte Comic Sans MS, normal,
apenas com o ttulo em negrito. A frmula destaca-se com outra tipografia, a
Staccato 222 BT, que bastante informal e desimpedida, e muito eficaz, pois
sugere o ldico em contraposio idia de que matemtica maante.
Curioso que a famosa Comic Sans, utilizada em materiais grficos (de
circulares a caixas de remdio), no foi desenhada para ser disponibilizada
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GIBR, Edgar. A geografia namorada da matemtica estava enamorada do design, que quis namorar a educao: o Projeto Local - Greenwich Mean Time. In: SINAIS - Revista Eletrnica - Cincias
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como fonte, mas como soluo para um problema de design de um software
cmico, o MS Bob. Bob tinha um cachorro chamado Rover e um balo de
informaes usando Times New Roman. Segundo Vincent Connare, o criador
de Comic Sans, sua inspirao veio do choque de ver Times New Roman (uma
Romana Clssica) ser usada de modo inapropriado, em uma interface grfica
ldica para crianas.
Outra tipografia bastante popular a que usamos25 na explicao da frmula
no verso das figurinhas: a Helvetica ou Sua, de Max Miedinger. Esta uma
fonte desenhada aspirando mxima legibilidade, no tem serifas e bastante
limpa.
A distribuio dos elementos no espao
H uma separao entre a parte superior e inferior do espao pictrico que se
d na passagem da imagem para o verbal. O imagtico est concentrado na
faixa de cima e o verbal na parte de baixo. Essa separao pe em destaque o
personagem e o balo de pensamento contendo a frmula. A marca aparece
isolada abaixo da rea de maior grafismo e centralizada com ela. Em meio a
esse isolamento, a aplicao da marca em preto se destaca pela limpeza e
contraste com o fundo marginal branco.
A dupla-face
A face mais importante da figurinha, sem dvida, a que contm a explicao
da frmula. Entretanto, no devemos privilegiar uma face de ser colada, pois
isto poderia frustrar quem porventura quisesse colar a outra face, ou as duas.
Portanto, as figurinhas so adesivas26 dupla-face. As duas faces so de
polipropileno, impressas em policromia pelo processo de impresso
flexogrfico com precauo quanto toxidade das tintas.
25 As figurinhas usadas neste trabalho esto em fonte Tahoma. 26 A praticidade do sistema de colagem da figurinha auto-adesiva convida o consumir a ficar com ela.
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GIBR, Edgar. A geografia namorada da matemtica estava enamorada do design, que quis namorar a educao: o Projeto Local - Greenwich Mean Time. In: SINAIS - Revista Eletrnica - Cincias
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Consideraes Finais
A programao visual das figurinhas , antes de tudo, didtica, j que se
dispe ao ensino a distncia. O texto o elemento informativo fundamental e a
ilustrao um coadjuvante no ensino da frmula. Entretanto, a ilustrao
carrega valores simblicos de significncia cultural e de segmentao por sexo,
por meio dos quais a imagem tem peso na determinao do que o consumidor
vai fazer com a figurinha (ficar com ela, jogar fora, dar para algum).
Semioticamente, as trs opes possuem caractersticas que as classificam
dentro do nvel de secundidade, em termos de dominncia das categorias
fenomenolgicas de Peirce. Os smbolos trazem embutidos em si carteres
icnicos e de referncia muito fortes. Os signos dominantes so quali-signos (a
cor e suas simples qualidades de sensao e sugesto) e hipocones (os
personagens e seus acessrios, uma vez que se parecem com o que
representam). As significaes abstratas ou simblicas (muitas delas) no so
explcitas para ns: reconhecemos uma dessas coisas havaianas de flores
quando vemos uma, e at a achamos bonita, mas no conhecemos a idia ou
sentimento que est embutida nessa coisa. Qualquer havaiano genuno,
porm, deveras entenderia qual objeto essa coisa representa, por pacto
coletivo no qual no temos parte. Podemos dizer o mesmo de quem vive em
Portugal (em relao ao galo) e na Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco (onde
a capoeira se tornou mais popular). Na figurinha 03, a funo referencial da
coroa de flores fundamental para haver coerncia com o Hava.
O presente estudo corroborou a eficcia da intuio, da razo e da
sensibilidade como um processo mental que precede o mtodo cientfico.27 Na
realidade, propomos um esforo conciliatrio entre os argumentos elaborados
atravs do exerccio semitico e os resultados da prtica intuitiva, que culminou
nos trs modelos de figurinhas. De fato, este esforo teve um papel importante
em todas as etapas do projeto Local - Greenwich Mean Time. No entanto,
27 RODRIGUES, 2005 e MAGALHES, 1998.
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GIBR, Edgar. A geografia namorada da matemtica estava enamorada do design, que quis namorar a educao: o Projeto Local - Greenwich Mean Time. In: SINAIS - Revista Eletrnica - Cincias
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disse-se conciliatrio porque a inteno no sobreestimar a sensibilidade em
detrimento do mtodo cientfico, mas enriquec-lo e potencializ-lo.
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Anexo 1
Entrevista realizadas por e-mail com o Prof. Marcelo (1/1/2005, 3/1/2005, 4/1/2005 e 5/1/2005)
Nota: Para no usarmos um discurso logogrfico (em internets) e com leves incorrees ortogrficas e gramaticais, as citaes sero indiretas, mas conservaro aspas, palavras iniciadas em maisculas e pormenores reveladores.
Marcelo: No s me preocupa a assimilao por parte dos alunos (geralmente apresentam muita dificuldade nas operaes matemticas), mas os mtodos
equivocados de ensino por parte do corpo docente que, em geral, busca
facilitar os clculos com jeitinhos no eficazes.
Anlise: O motivo pelo qual o professor Marcelo se preocupa que muitos dos seus alunos tm problemas com operaes aritmticas envolvendo valores
numricos temporais e com a regra de multiplicao dos sinais (+ (-1) = -1; - (-
1) = +1...). Ele alega que os estudantes vo para a aula sem saber conceitos
bsicos da matemtica, e que alunos e professores preferem processos
simples para resoluo das questes, como, por exemplo, olhar a hora
correspondente a cada mltiplo de 15 (graus) na carta (mapa) de fusos
horrios, ao invs de fazer a converso de graus para horas matematicamente.
Esses mtodos ou jeitinhos, porm, levam ao equvoco os desavisados e nem
sempre funcionam. O motivo para se procurarem formas alternativas que
facilitem o processo de ensino-aprendizagem do tema fuso horrio se deve
dificuldade que discente e docente tm para assimilar o mtodo padro de
ensino, o mesmo que o professor Marcelo utiliza.
Marcelo: O clculo realmente simples, porm, se voc acompanhar os resultados de pesquisas feitas no Brasil, nos ltimos anos, chegar
concluso de que a grande maioria dos estudantes que terminam o ensino
mdio apresenta algum tipo de deficincia na execuo das operaes
matemticas mais elementares, dificultando e muito o ensino de fuso horrio. O
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problema tem-se apresentado em todas as sries em que esse contedo
ensinado. Claro que medida que vai ocorrendo o amadurecimento do aluno,
vai ficando mais fcil absorver os clculos.
Anlise: O professor Marcelo considera fcil a forma que ele utiliza para converter o horrio de uma cidade para outra. Mas, a partir das prprias
experincias vividas em sala-de-aula (em turmas de 5 e 8 srie; no ensino
mdio e no pr-vestibular), ele considera dificultoso o processo de ensino-
aprendizagem do clculo de fuso horrio, uma vez que a mdia geral dos
estudantes apresenta baixo desempenho em matemtica. O professor refere-
se apenas a erros operacionais cometidos pelos alunos, sem levar em
considerao outras instncias do letramento em matemtica: ler, entender o
problema e saber resolv-lo em diversas situaes. De acordo com os
resultados do Pisa 2006, somente 13% dos estudantes atingiram os nveis
mais altos (nveis 5 e 6) de proficincia em matemtica. Isto , 13% tm
habilidades de leitura, interpretao e raciocnio diante de problemas pouco
comuns. Por sua vez, mais de trs quartos dos estudantes dos pases da
OCDE (78,7%) chegaram ao nvel 2, que considerado o nvel bsico do
letramento em matemtica.28
Marcelo: De uma forma geral, o percentual de acertos das questes de fuso horrio se encontra na casa dos 40%.
Anlise: Essa mdia menos da metade foi verificada em turmas do pr-vestibular de uma conceituada instituio de ensino privado, em Vitria-ES. Isto
significa que a influncia dos contextos scio-econmicos sobre a educao
no pode ser considerada um indicador do fraco desempenho.
28 Pisa - Programa Internacional de Avaliao de Alunos e OCDE - Organizao para Cooperao e Desenvolvimento Econmico. O Pisa uma pesquisa trienal de conhecimentos e competncias de estudantes na faixa dos 15 anos de idade, realizada nos pases da OCDE (pases da Europa, EUA, Canad, Mxico, Coria, Japo, Austrlia e Nova Zelndia) e em pases convidados. O Brasil participou do Pisa 2006 como convidado.
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Marcelo: Um dado importante (que inclusive acontece muito em minhas aulas) quando eu falo para meus alunos no fazerem fuso horrio em pauzinhos;
muitos at ignoram a minha fala, pois se sentem muito sabidos porque assim
aprenderam com outros professores, o que fatalmente os leva ao erro
grotesco.
Analise: Marcelo desqualifica o professor que ensina fuso horrio em pauzinhos e confirma que alguns alunos rejeitam o mtodo padro de calculo
por terem aprendido o simples, porm ineficaz, mtodo dos pauzinhos.
Marcelo: Adotou-se um fuso de referncia, o de Greenwich (localidade situada nos arredores de Londres, na Inglaterra), para indicar a hora oficial mundial.
Esse fuso formado pela soma de 7,5 a leste e 7,5 a oeste do meridiano de
0 ou de Greenwich (obs.: aqui que a maioria dos alunos e professores
desavisados se equivoca).
Anlise: Pelo mtodo dos pauzinhos o aluno s precisa olhar ao mapa quantos fusos horrios h de diferena entre duas localidades, e assim fazer o
clculo. Leva-se em conta a simples informao de que a cada 15 temos 1
hora ou 1 pauzinho, ignorando-se o fato de que o fuso zero (origem)
compreende 75'E e 75'W, sendo a contagem em direo a Linha
Internacional de Data; o segundo fuso, a leste, se d a 225' e no a 30.
Marcelo: 1) Se os dados (graus) estiverem em hemisfrios diferentes, some-os para
achar a diferena de fuso horrio entre eles;
2) Dividir por 15, para encontrar a diferena em horas entre os pontos;
3) Se o destino for a leste da origem, somar o resultado hora de partida
(assim voc descobre que horas eram na cidade de destino no momento exato
de sua partida; como se na hora do embarque voc ajustasse seu relgio
hora da cidade de destino; claro que se o destino for a oeste s subtrair);
4) Se houver horas de vo, escalas, etc., basta somar no final.
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GIBR, Edgar. A geografia namorada da matemtica estava enamorada do design, que quis namorar a educao: o Projeto Local - Greenwich Mean Time. In: SINAIS - Revista Eletrnica - Cincias
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Sendo assim, no haver equvocos.
Veja o exemplo da questo da Ufes-2005:
Origem: Grcia = 20E = 14h
Destino: Brasil = 60W = ?h
Seguindo o script acima:
1) 20 + 40 = 80
2) 80/15 = 5h20
3) 14h - 5h20 = 8h40
4) No precisa, pois no viagem.
O problema no complexo, se no for aprendido/ensinado errado.
Anlise: Marcelo explicou o mtodo padro de clculo de fuso horrio. Diante da falha que o professor cometeu ao escrever 20 + 40 = 80, podemos dizer que
ele fez o clculo mental de 20 + 60 = 80 automaticamente, mas errou ao
transcrever o seu raciocnio durante a resoluo da questo. A capacidade de
raciocnio automtico de Marcelo evidencia por que ele considera o mtodo
padro simples; e isto o faz discordar da hiptese de que alunos e professores
prefiram outra forma de clculo porque acham o mtodo padro complexo. Na
ltima linha o professor refora sua opinio de que os alunos no aprendem
porque os professores no ensinam bem.
Marcelo: Como o aluno vai confundir? S se no souber ler ou no souber o que so hemisfrios.
Anlise: O professor Marcelo considera bvias as regras do mtodo padro de clculo e, portanto, pouco provveis de serem confundidas. Est expresso na
fala acima que o motivo que, porventura, um aluno possa confundir as regras
ele ser incapaz de interpret-las ou de entender a sua lgica, que pautada na
teoria dos fusos horrios.
O trecho abaixo foi extrado de uma apostila de cursinho:
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GIBR, Edgar. A geografia namorada da matemtica estava enamorada do design, que quis namorar a educao: o Projeto Local - Greenwich Mean Time. In: SINAIS - Revista Eletrnica - Cincias
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Fonte: Apostila 2002. Material didtico para o Vest/Ufes-2002. Geografia 1. Universidade para Todos, Ufes. p.84.
No lugar de iguais deveria aparecer diferentes. Ao contrrio do que o professor
Marcelo expressa logo acima, confuses como esta acontecem, at mesmo por
parte do corpo docente, como demonstra o erro na apostila.
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GIBR, Edgar. A geografia namorada da matemtica estava enamorada do design, que quis namorar a educao: o Projeto Local - Greenwich Mean Time. In: SINAIS - Revista Eletrnica - Cincias
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Anexo 2
Marca do projeto Local - Greenwich Mean Time
EDGAR GIBR. Relgio da hora local (2005). Computao grfica. O globo gira em torno do eixo, que est preso ao ponteiro; este indica em que parte do mundo so 12 horas. Com um pedestal preso pelo eixo e numerado como um mostrador de relgio seria possvel ver a hora de cada localidade.
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Anexo 3
Banner em rich media
Sem precisar sair da pgina inicial da Ufes, o internauta podia navegar por todas as telas do questionrio da pesquisa. As questes apareciam uma de cada vez dentro do banner.
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Ensino SuperiorPr-Vestibular
Ensino FundamentalEnsino Mdio
No sou estudante/Outro
Voc est cursando o:
Pgina 3
Memorizar frmulas
Memorizar mtodos*
Marque 2 p/ mx, 1 p/ md e 0 p/ nula
*Conj. de procedimentos
Por ordem de dificuldade:
Pgina 4
Associa a situaes de humor Expe em local de constante visualizao Transforma em msicaOutro
Como faz p/ memorizar uma frmula?
Pgina 5
Figurinhas e adesivos
Se a frmula viesse como adesivo de bala:
Colaria no(a)No colaria
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Bala comumBala forteCarameloChicleteNo consumo
Diariamente voc consome:
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L e joga foraJoga fora sem ler D para um amigo Guarda se interessar
As figurinhas e adesivos de bala voc:
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Aprecia seus adesivos?
Raramente Com freqncia
Pgina 9
Pgina 2
Sexo/Idade
Masculino Feminino
10-15 16-18 19-25 26+
Anexo 4
Desenho da pesquisa