02.fevereiro tempos liturcos e ciclo pascal

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ENCONTRO DE FORMAÇÃO PARA LEITORES Paróquia de Nossa Senhora da Conceição Ceará-Mirim Pastoral Paroquial de Liturgia

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Page 1: 02.fevereiro   tempos liturcos e ciclo pascal

ENCONTRO DE FORMAÇÃO

PARA LEITORES

Paróquia de Nossa Senhora da Conceição

Ceará-Mirim

Pastoral Paroquial de Liturgia

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O TEMPO LITÚRGICO

• CELEBRAR NO TEMPO (TEMPO LITÚRGICO)

• EM MEMÓRIA DE MIM... (SENTIDO DA PRESENÇA DO “HOJE”)

• NO RITMO DOS TEMPOS... (COMO SE DIVIDE O TEMPO LITÚRGICO)

• CICLO PASCAL (I) (QUARESMA E PÁSCOA)

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CELEBRAR

NO TEMPO

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A “Liturgia é a celebração do Mistério Pascal de Cristo, em volta deste núcleo

fundamental da nossa fé, celebramos no ANO LITÚRGICO, a memória do

Ressuscitado na vida de cada pessoa e de cada comunidade. (Diretório de Liturgia da Igreja

no Brasil: O Ano Litúrgico).

O Ano Litúrgico, nos propõe dessa forma um caminho espiritual,

a “vivência da graça própria de cada aspecto do mistério de Cristo, presente e operante

nas diversas festas e nos diversos tempos litúrgicos”, e assim, todos os que celebram

podem fazer “a experiência de se configurar ao seu Senhor e dele aprenderem a viver os

seus sentimentos” como nos diz o Apóstolo Paulo “Tende entre vós o mesmo

sentimento que existe em Cristo Jesus” (Fl 2,5).

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O Ano Litúrgico não tem por finalidade recordar lembranças de fatos passados de Jesus

Cristo, mas o ano litúrgico “goza de força sacramental e especial eficácia para alimentar

a vida cristã... pois, para usarmos as palavras do Concílio Ecumênico Vaticano II,

celebrando os mistérios da Redenção, a Igreja abre aos fiéis as riquezas do poder e dos

méritos de seu Senhor; de tal modo que os fiéis entram em contato com estes mistérios,

tornados de certa forma presentes em todo o tempo e lugar”.

(Paulo VI, Carta Apostólica Mysterii Paschalis).

Os judeus também tinham as festa durante o ano, onde celebravam os benefícios de

Deus em favor do povo escolhido, sobretudo na comemoração da libertação do Egito

(Ex 13,16), a caminhada pelo deserto (Ex 31,18). Assim também a consciência cristã foi

assumindo as festas principais da nossa fé, para podermos experimentar as ações

salvíficas de Cristo.

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EM MEMÓRIA

DE MIM...

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Como celebramos os mistérios de ontem no hoje?

Na Liturgia, especificamente nos Tempos Litúrgicos, celebramos os mistérios da vida de

Cristo que se resumem e se fazem presentes em todo o Ano Litúrgico.

Mas em que sentido? Ouçamos o que diz o Departamento de Celebrações do Papa.

Se Cristo é contemporâneo a todos os homens em cada época, as suas ações, como

Filho de Deus, não são fatos do passado, mas atos sempre presentes em todos os

tempos, com todos os seus méritos, que por isso trazem salvação a todos os que fazem

memória (CIC, 1163).

As ações de Jesus Cristo são eternas como as suas palavras: elas comunicam e explicam

a vida; por isso não passam, começando pelo ato supremo do seu sacrifício na cruz;

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... E nós fazemos memória obedecendo ao chamado d'Ele: „Fazei isto em memória de

mim‟... isso não significa a memória do passado, mas a capacidade do homem, dada por

Deus, para entender, em união com o hoje, o passado e o futuro. Na verdade, o homem

que perde a memória, não só esquece o passado, mas não compreende que ele está no

presente, e muito menos pode projetar-se no futuro.

O mistério de Cristo, atravessando o tempo, faz novas todas as coisas. Por isso,

toda vez que fazemos festa, recebemos a graça que nos renova e nos transforma

(CIC, 1164).

Na linguagem da teologia litúrgica há um advérbio temporal que junta bem o tempo

litúrgico: „hoje‟, em latim “hodie”, em grego “kairós”. A liturgia, especialmente nas

grandes festas, afirma que Cristo hoje nasceu, hoje ressuscitou, hoje ascendeu ao

céu.

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Jesus mesmo dizia: “hoje entrou a salvação nessa casa...”, “hoje estarás comigo no

paraíso”. Com Jesus, Filho de Deus, o tempo do homem é “hoje”, é presente.

É o Espírito Santo que faz isso, com a sua entrada no tempo e no espaço.

Na Terra Santa, a liturgia acrescenta também o advérbio de lugar: “aqui”, “hic”. O

Espírito de Jesus ressuscitado faz que o homem entre no “agora” de Deus que veio em

Cristo e que atravessa o cosmos e a história”.

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NO RITMO

DOS TEMPOS

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Na Liturgia e através dela, a Igreja impregna o tempo do

homem com o tempo de Deus, para que o mesmo homem,

limitado e temporal, possa entrar em contato com o eterno de

seu Senhor.

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Na Liturgia, o tempo de Deus é inserido num tríplice ritmo do tempo humano:

Semanal

Anual

Diário

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O Ritmo Semanal:

A liturgia evoca os sinais do dia e da noite,

como luz e trevas.

“Acompanhando o caminho do sol,

que é símbolo de Cristo, o povo de Deus

faz memória de Jesus Cristo, nas horas do dia...,

o sol poente evoca o mistério da morte,

na esperança da ressurreição...,

o sol nascente evoca o mistério da ressurreição,

novo dia para humanidade.

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O Ritmo Semanal:

Enquanto o homem vai alternando trabalho

e descanso, ação e celebração, a liturgia

é ritmada e marcada pelo DOMINGO,

que de certa forma se prolonga por

todos os dias da mesma semana,

onde cada fiel, pela liturgia desejaram por

suas preces “alcançar o perdão de suas faltas,

a segurança em suas vidas

e a salvação que esperam”.

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O Domingo

O domingo, “de fato, recorda, no ritmo semanal do tempo, o dia da

ressurreição de Cristo. É a Páscoa da semana, na qual se celebra

a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, o cumprimento n'Ele da

primeira criação e o início da „nova criação‟ (2Cor 5,17).

É o dia da evocação adorante e grata do primeiro dia do mundo

e, ao mesmo tempo, da prefiguração, vivida na esperança,

do „último dia‟, quando Cristo vier na glória (At 1,11)

e renovar todas as coisas (Ap 21,5)”.

(João Paulo II. Carta Apostólica Dies Domini, n.1-2)

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O Domingo

“Todos os que tiveram a graça

de crer no Senhor

ressuscitado não podem deixar de

acolher o significado

deste dia semanal, com o grande entusiasmo

que fazia S. Jerónimo dizer:

„O domingo é o dia da ressurreição,

é o dia dos cristãos, é o nosso dia‟.

De facto, ele é para os cristãos

o „principal dia de festa‟, estabelecido não só para dividir a sucessão do tempo,

mas para revelar o seu sentido profundo”.

(João Paulo II. Carta Apostólica Dies Domini, n.1-2)

.

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O Ritmo Anual:

Ao passo que se vai alternando

o ciclo das estações e a sucessão dos anos,

a liturgia compreende anualmente dois tempos fortes.

São eles: o CICLO PASCAL e o CICLO DO NATAL.

Chama-se de ciclo, não em sentido literal de repetição, mas sim, no sentido

de processo “memorial” ascético.

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Tempo da Quaresma

TRÍDUO

PASCAL

Tempo da Páscoa

Preparação Celebração Vivência ou Prolongamento

Tempo do Advento

NATAL DO

SENHOR

Tempo do Natal até a Festa do

Batismo do Senhor

Preparação Celebração Vivência ou Prolongamento

Prolongamento

CICLO DO NATAL

CICLO PASCAL

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Além destes dois Ciclos, que contêm os tempos do ADVENTO, NATAL, QUARESMA e

PÁSCOA, temos ainda 5º tempo litúrgico:

o TEMPO COMUM, em latim, “Per Annum” (Durante o Ano).

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CICLO PASCAL

(I)

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O Ciclo da Páscoa, principal ciclo, de onde emana, como de uma fonte, todas as outras

festas e celebrações do Ano Litúrgico.

O Ciclo da Páscoa, como já vimos, é constituído de 03 etapas:

PREPARAÇÃO

Esse tempo é chamado de QUARESMA.

Que se inicia na Quarta-feira de Cinzas, percorrendo todo um período de 40 dias,

até o Domingo de Ramos.

Também são considerados da Quaresma, os três primeiros dias da Semana Santa:

Segunda-feira, Terça-feira e Quarta-feira Santas, que prolongam de alguma forma a

espiritualidade do Domingo de Ramos e a Quinta-feira Santa até antes da Missa

Vespertina.

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“É o tempo para preparar a celebração da Páscoa..., principalmente pela lembrança ou

preparação do Batismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais

frequência a palavra de Deus e entregarem-se à oração...”. (Diretório de Liturgia da

Igreja no Brasil: O Ano Litúrgico).

CELEBRAÇÃO

São os dias centrais, chamados de TRÍDUO PASCAL, onde celebramos a Paixão,

Morte e Ressurreição do Senhor Jesus.

O Tríduo pascal se inicia na Missa Vespertina da Ceia do Senhor e termina com as

vésperas do Domingo. O centro destes dias é a Vigília Pascal.

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Vigília Pascal

“É que hoje é a nossa maior Vigília e ninguém

Pensa noutra celebração de aniversário quando,

com impaciência, perguntamos dizendo:

„Quando é a Vigília?‟

„Daqui a quantos dias é a Vigília?‟

Como se, em comparação com esta,

as outras não merecessem tal nome.[…]

Mas a Vigília desta noite é tão grande

que poderia reivindicar para si só, como próprio,

o nome comum de todas as outras”.

(Santo Agostinho, Sermão Guelf. V, 2).

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VIVÊNCIA OU PROLONGAMENTO

É o tempo, dentro da dinâmica do Ciclo Pascal que chamamos de TEMPO

PASCAL.

O Domingo da Ressurreição é também o 1º Domingo

desse Tempo, que se estende por 50 dias até a Solenidade de Pentecostes.

“É o tempo da alegria e da exultação, um só dia de festa,

„um grande Domingo‟. São dias de Páscoa e não após a Páscoa.

„Os oito primeiros dias do tempo pascal formam a OITAVA DA PÁSCOA e são

celebrados como solenidades do Senhor‟.

A festa da Ascensão é celebrada no Brasil no 7º Domingo da Páscoa. A semana

seguinte, até Pentecostes, caracteriza-se pela preparação da vinda do Espírito Santo”.

(Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil)

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A Pastoral agradece

a presença

de todos!