02 - teologia da evangelização - considerações gramáticais

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Teologia da Teologia da Evangelização Evangelização Considerações Gramaticais Na Literatura Clássica No Antigo Testamento Unidade no AT e NT Sua Convergência A Novidade do Evangelho O Evangelho Singular Evangelho: História e Teologia

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Na Literatura ClássicaNo Antigo TestamentoUnidade no AT e NTSua ConvergênciaA Novidade do EvangelhoO Evangelho SingularEvangelho: História e Teologia

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Teologia da Teologia da EvangelizaçãoEvangelização

ConsideraçõesGramaticais

Na Literatura Clássica

No Antigo Testamento

Unidade no AT e NT•Sua Convergência

•A Novidade do Evangelho

•O Evangelho Singular

•Evangelho: História e Teologia

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Na Literatura ClássicaNa Literatura Clássica:: A palavra “evangelizar” provém do grego, e o uso é bem

antigo na língua grega, antecedendo em muito ao Novo Testamento, remontando aos escritos de Homero (IX séc. a.C.).

Existem ainda outras expressões que são derivadas destas, e todas basicamente com o mesmo sentido.

Este termo, ao longo dos anos, foi se transformando, acompanhando a transformação natural da língua grega, e já possuiu três significados básicos.

Teologia da Evangelização

Considerações Gramaticais

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A recompensa dada ao mensageiro por sua mensagem (Homero e Plutarco).

As ofertas de ações de graça aos deuses por uma boa nova recebida.

O conteúdo da mensagem: as próprias boas novas (1Sm 31.9).Após uma campanha vitoriosa, os arautos percorriam o país

anunciando o evangelho, ou seja, as novas de vitória. Como no Império Romano o imperador tipificava uma espécie de deus e salvador, tendo poder sobre todas as coisas, os acontecimentos de sua vida se constituíam num “evangelho”.

Por isso ele era cultuado. Assim, desde o seu nascimento, maioridade, sua ascensão ao trono, discursos, decretos ou mesmo a sua visita à determinada cidade, era anunciado como uma boa nova de alegria, felicidade e paz: era o evangelho.

Teologia da Evangelização

Considerações Gramaticais

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No Antigo TestamentoNo Antigo Testamento:: A para no AT é besorah. Ela tem um emprego militar,

estando a sua raiz associada ao trazer boas notícias, ainda que não necessariamente.

Ou seja: A boa nova nem sempre é entendida assim por quem a recebe (1Sm 4.16-17; 2Sm 18.19-20; Jr 20.15).

Num contexto de expectativa, a sentinela aguarda com ansiedade o mensageiro para saber das novas (2Sm 18.24-27; Is 52.7).

De forma teológica a palavra indica uma mensagem que inicialmente somente Israel possui a respeito do reinado de Deus com a conseqüente paz, justiça e salvação (Sl 40.9; 96.1-13; Is 40.9; 41.27; 52.7; 95.1); contudo, no futuro, a mensagem se plenificará no Messias e todas as nações se regozijarão na plenitude dessas bênçãos (Is 61.1-3; Lc 4.16-21; 1Co 15.54-56; Cl 1.5-6; 2.13-15; Is 60.6).

Teologia da Evangelização

Considerações Gramaticais

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Podemos falar sobre elementos pertencentes ao Evangelho, no Antigo Testamento com basicamente três significados:

Proclamar a Glória de Deus, manifesta em Sua justiça, fidelidade, salvação, graça e verdade (Sl 40.9; Sl 96.2).

Proclamar as boas novas referentes ao Ungido de Deus (Is 40.9; 52.7).

As boas novas proclamadas pelo Ungido de Deus (Is 61.1).

Teologia da Evangelização

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A Unidade do Evangelho no AT e no NTA Unidade do Evangelho no AT e no NT:: O Evangelho é a boa mensagem de Deus, declarando que em

Jesus Cristo temos o cumprimento das promessas a Israel.

O Evangelho não deve ser colocado em contraposição ao Antigo Testamento, como se o Deus do Antigo Testamento tivesse alterado Sua maneira de tratar com o homem, mas antes, é o cumprimento da Sua promessa (Mt 11.2-5).

O fato mais importante concernente à adoração no Novo Testamento é a centralidade de Jesus Cristo, Aquele que é o cumprimento das promessas e profecias do AT, sendo o Senhor e Mediador único e definitivo da Aliança selada entre Deus e o Seu Povo. A visão desta Aliança é a chave que abre as portas para a compreensão de toda teologia bíblica. A Pessoa de Cristo é o elo que une os dois Testamentos.

Teologia da Evangelização

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A Novidade do EvangelhoA Novidade do Evangelho:: A novidade da Boa Mensagem não está, como se tem pretendido, em

alguns dos seus conceitos, tais como: a Paternidade de Deus, o Deus de amor, perdão e misericórdia; pois nada disto falta ao Antigo Testamento.

Aquilo que é prometido no Antigo Testamento atingiu o seu clímax: o prometido se cumpriu.

O Novo Testamento não diz algo novo a respeito de Deus; ele apenas mostra que Deus cumpriu as Suas promessas (Mt 1.21-23; 8.17; Mc 15.28; At 2.16-36; 13.32-35; 1Co 15.3-4; 1Pe 1.10-12).

Os apóstolos atribuíram ao Antigo Testamento a mesma relevância que fora conferida por Jesus Cristo em Sua vida e ensinamentos (Mc 8.31; Lc 4.21; 24.27,32,44; Jo 5.39; 10.35,36; 13.18; 17.12; 18.9; At 2.17-36; 3.11-26; 4.4; 5.42; 9.22; 13.22-42,44; 17.11; 18.28; 23.23-31, etc).

Conforme interpreta Calvino (1509-1564):

“.... no que tange à substância da Escritura, nada se acrescentou. Os escritos dos apóstolos nada contêm além de simples e natural explicação da lei e dos profetas juntamente com uma clara descrição das coisas expressas neles.”

Teologia da Evangelização

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O Evangelho SingularO Evangelho Singular:: A Boa Nova de Deus recebe, entre outras, as seguintes

designações no Novo Testamento: "Evangelho de Deus" (Rm 1.1; 1Ts 2.9); "Evangelho de Cristo" (Mc 1.1; Rm 15.19; 1Co 9.12; 2Co 2.12;

Gl 1.7); "Evangelho da Promessa" (At 13.32); "Evangelho da graça de Deus" (At 20.24); "Evangelho da glória de Cristo" (2Co 4.4); "Evangelho da glória de Deus" (1Tm 1.11); "Evangelho da vossa salvação" (Ef 1.13); "Evangelho da paz" (Ef 6.15); “Evangelho eterno” (Ap 14.6).

Teologia da Evangelização

Considerações Gramaticais

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Contudo, o Novo Testamento fala freqüentemente no Evangelho, sem o definir (Cf. Mc 1.15; 8.35; 14.9; 16.15; At 15.7;81 Rm 11.28; 2Co 8.18): O Evangelho é a Boa Nova procedente de Deus.

É o “Poder de Deus” (Rm 1.16) através do qual somos gerados em Cristo (1Co 4.15).

Jesus Cristo é o próprio Evangelho; Ele é a encarnação da Boa Nova de salvação concedida por Deus ao Seu povo.

O Evangelho, antes de ser uma mensagem, é uma Pessoa: Jesus Cristo, o Deus encarnado: verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Não existe Evangelho sem Jesus Cristo; portanto, não há mensagem a ser anunciada sem a Sua encarnação, morte e ressurreição. Por isso, pregar o Evangelho significa pregar Jesus Cristo:

Quando falamos de “Evangelhos”, no plural, estamos nos referindo não à mensagem, que é uma só, mas às narrativas inspiradas feitas pelos Evangelistas. Há um só Evangelho com quatro registros redigidos por Mateus, Marcos, Lucas e João.

Teologia da Evangelização

Considerações Gramaticais

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História e TeologiaHistória e Teologia : :

Paulo emprega a palavra Evangelho de duas formas que, na realidade, se completam:

a) Ele se refere ao Evangelho como os fatos que envolveram a morte substitutiva e ressurreição de Cristo conforme as Escrituras: perspectiva histórica (1Co 15.1-4);

b) A interpretação dos acontecimentos narrados: perspectiva teológica (Rm 2.16; Gl 1.7,11; 2.2). Contudo, não devemos levar esta distinção tão longe. A perspectiva teológica só adquire relevância enquanto fundamentada na veracidade destes fatos: a historicidade da encarnação, vida, morte e ressurreição de Cristo, ou seja: no Evangelho. Em 1Co 15, Paulo revela este ponto de forma contundente.

A morte vicária entra necessariamente na narrativa. A história de Cristo é também a história de nossos pecados e do

amor e da justiça de Deus.

Teologia da Evangelização

Considerações Gramaticais

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Do que valeu a aula de hoje?

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A palavra "evangelho" não é de origem bíblica, e é justamente isso que ajudou todos os ouvintes de sua época a entenderem exatamente do que se tratava, principalmente quando aplicada a Cristo.

Antigo e Novo Testamentos formam uma só revelação que aponta para Cristo, o próprio Evangelho.

O Evangelho é novidade, pois vem trazer exatamente o que o homem precisa para viver reconciliado com seu Criador.

O Evangelho é singular, pois procede de Deus e não do homem.

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E agora?

Que eu devo fazer?

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Proclamemos a mensagem em sua fidelidade.

Que não usemos a fidelidade à Bíblia, como um pretexto para dizer que o Evangelho é difícil de ser pregado.

Mostremos ao mundo, com propriedade, que a Bíblia é a Palavra de Deus, que apresenta o Evangelho: AT e NT, juntos.

Falemos de Cristo, ele é o Salvador.

Não falemos de homens e de seus negócios, mas sim, das coisas celestiais.