02-projetista de tubulação_ ii-materiais_b
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Prof. Luis Dantas
II-MATERIAISII.2. Fatores de influência na seleção de materiais para confecção de tubosII.3. Especificação de material para tubos de aço II.3.1. Aços Carbono II.3.2. Aços Ligados II.3.3. Aços de alta resistência e baixa liga (ARBL)II.4. Principais propriedades dos materiais para os tubos II.4.1. Tubos fabricados em Aço carbono II.4.2. Tubos fabricados em aço inoxidável II.4.3. Tubos fabricados em ferro fundidoII.5. Recomendações e normas aplicadas a tubos de aço em geral II.5.1.Recomendações para os tubos fabricados em aço- liga sem costura II.5.2.Recomendações para os tubos mecânicos - sem costura II.5.3.Recomendações para os tubos de aço - carbono tipo com costura, preto e galvanizados II.5.4.Recomendações para os tubos eletrodutos tipo galvanizadosII.6. Principais normas de aplicação de tubos existentes no mercado II.6.1. Normas utilizadas para fabricação de tubos para troca térmicaII.7. Exercícios
FATORES DE INFLUÊNCIA NA SELEÇÃO DE MATERIAIS PARA CONFECÇÃO DE
TUBOSTipo de fluido -> É um dos fatores decisivos e de grande importância por ser o elemento que, diretamente, agredirá o material.
Resistência ao escoamento do fluido -> É também um fator de relevância, por se tratar de uma variável que proporcionará à tubulação um incremento de carga extra, no que se refere à variável pressão.
Fator Estrutural -> Estruturalmente, a tubulação deverá ser suficientemente resistente para suportar o peso do fluido. Assim sendo, não basta simplesmente o tubo estar dimensionado à carga do fluido, mas, também às cargas externas e aleatórias.
Custo e facilidade para instalação -> São fatores de grande significado, tecnicamente decisivos em um projeto.
Durabilidade -> Garante longo tempo de vida útil de uma tubulação.
Disponibilidade do material -> A disponibilidade do material garante a viabilidade do projeto.
Condições de temperatura e de pressão -> A temperatura de operação é
também fator decisivo para definição do tipo de material que será utilizado na
fabricação de tubo. Efeitos provenientes da temperatura de operação podem ser:
Fluência (deformação lenta e progressiva ao longo do tempo quando
submetido ao esforço de tração sob alta temperatura) ocorre em função da
temperatura.
Alteração do módulo de elasticidade (Módulo de Young), diminui com o
aumento da temperatura. Essa diminuição é pouco acentuada no intervalo de
0 a 250 C e mais acentuada para temperaturas superiores a 250 C.
Diminuição do limite de resistência. O limite de resistência diminui com o
aumento da temperatura de um modo geral (para T > 200 C). O limite de
resistência deverá ser tomado na curva característica (temperatura x
resistência) de cada material.
FATORES DE INFLUÊNCIA NA SELEÇÃO DE MATERIAIS PARA CONFECÇÃO DE TUBOS
(cont.)
LIMITE DE RESISTÊNCIA X TEMPERATURA
Resistência à corrosão -> Define-se como corrosão a deterioração quimica ou eletroquímica sofrida por um material em consequência da ação química ou eletroquímica do meio.
A corrosão eletroquímica caracterizada pelo transporte de cargas elétricas por meio de um eletrólito em um meio favorável.
A corrosão química é devida ao ataque de produtos químicos sobre os materiais metálicos, provocando a sua oxidação.
Para que se inicie o processo da corrosão, é necessário que o sistema seja constituído dos três componentes listados a seguir. A falta de pelo menos um dos componentes impede o processo de corrosão.
Anodo-catodo: o componente anodo-catodo é constituído de duas peças metálicas de materiais diferentes, do mesmo material, ou ainda, duas regiões distintas da mesma peça metálica.
Eletrólito: qualquer condutor elétrico tal como umidade, soluções aquosas ácidas ou alcalinas.
Circuito metálico: é a união do anodo ao catodo. A diferença de potencial entre o anodo e o catodo pode se originar de inúmeras causas, tais como: metais diferentes, ligas metálicas diferentes, diferenças entre partes deformadas a frio, diferença entre estados de tensões, diferenças de tratamento térmico, irregularidades microscópicas e pode disparar o processo de oxidação do material.
FATORES DE INFLUÊNCIA NA SELEÇÃO DE MATERIAIS PARA CONFECÇÃO DE TUBOS
(cont.)
ESQUEMAS DE UMA PILHA GALVÂNICA
CATODO ANODO
COBRE
ZINCO
Cu2+ + 2e- --> Cu0 Zn0 --> Zn2+ + 2e-
__________________
Zn0 + Cu2+ --> Zn2+ + Cu0
ELETRODO E0 (VOLTS)
Mg / Mg++ + 2,37
Al / Al+3 + 1,66
Zn / Zn++ + 0,76
Fe / Fe++ + 0,44
Sn / Sn++ + 0,14
Pb /Pb++ + 0,13
H / H+ ZERO
Cu / Cu+ - 0,34
O2 / 2OH- - 0,40
Ag / Ag+ - 0,80
Cl2 / 2Cl- - 1,36
Série eletroquímica quantitativa
Uma série eletroquímica pode ser utilizada para prever se uma reação redox terá ou não lugar.
Assim:• Um agente oxidante pode oxidar um redutor situado
abaixo dele na série eletroquímica, transformando-se cada um no respectivo par conjugado.
• Um agente redutor reduz um agente oxidante situado acima dele na série eletroquímica, transformando-se cada um no respectivo par conjugado.
• Um oxidante não tem ação sobre um redutor colocado acima dele e um redutor não tem ação sobre um oxidante colocado abaixo dele na série eletroquímica.
Previsão das reações REDOX
EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA TABELA DE
POTENCIAIS NA CORROSÃO
Depois de construir um esquema que represente
a pilha
Fe /Fe++ // Zn / Zn++, responda as seguintes
questões:
a) Indique no esquema construído a movimentação
de cargas na pilha.
b) Quais serão as reações da pilha?
c) Qual o potencial da pilha?
RESOLUÇÃO: Esquema da pilha
Fe++
Fe++
Fe++
Fe++
Fe++
Fe
Zn++
Zn++
Zn++
Zn++
Zn++
Zn
Fe / Fe++ // Zn / Zn++
i
ee
e
ponte salina
Eo Zn = - 0,76 V
ÂNODOEo Fe = - 0,44 V
CÁTODO
Reações:
Reação Anódica: Zn Zn++ + 2e
Reação Catódica: Fe++ + 2e Fe
Potencial da pilha:
EPILHA = ECATODO - EANODO
EPILHA = Eo Fe - Eo Zn
EPILHA = ( -0,44) - ( -0,76) = 0,32 V.
Sér
ie g
alvâ
nic
a d
e d
iver
sos
met
ais
e su
as li
gas
(+ ANÓDICA) LIGAS DE MAGNÉSIO
ZINCO
ALUMÍNIO
CÁDMIO
AÇO-CARBONO
FERRO FUNDIDO
AÇO-CROMO (ATIVA)
AÇO-NÍQUEL
AÇO-NÍQUEL-CROMO (ATIVA)
SOLDA ESTANHO-CHUMBO
CHUMBO
ESTANHO
NÍQUEL
LATÕES
COBRE
BRONZES
NÍQUEL-PRATA
COBRE-NÍQUEL
NÍQUEL-CROMO (PASSIVA)
AÇO-CROMO (PASSIVA)
AÇO-NÍQUEL-CROMO (PASSIVA)
PRATA
(+ CÁTODICA) Grafita
FORMAS MAIS COMUNS DE CORROSÃO
VISÃO GERAL DE COMO A CORROSÃO SE APRESENTA
Corrosão por Par Galvânico em
Feixe - Espelho de Permutador de
Calor
Um ambiente muito mais agressivo pode se
desenvolver e causar a corrosão localizada no
interior de uma fresta.
Frestas acontecem, por exemplo, em
parafusos, pontos de solda descontínua e
rebites, mas também podem ser criadas por
depósitos de sujeira, produtos de corrosão,
riscos em pintura, etc.
Corrosão por Fresta em Parafuso-Porca
Uniforme: a corrosão se processa
em toda a extensão da superfície,
ocorrendo perda uniforme de
espessura. É chamadapor alguns, de
corrosão
generalizada.
O ataque uniformemente distribuído por
grandes regiões da superfície metálica
é certamente a forma mais comum
de corrosão. Ela se distribui, em geral,
por grandes áreas da superfície
metálica e a velocidade com que
progride, por ser uniforme, pode ser
estimada.
Corrosão Generalizada em Rotor de Bomba
Submersa
Por placas: a corrosão se
localiza em regiões da superfície
metálica e não em toda sua
extensão,formando
placas com
escavaçõe
s.
Corrosão por placas em aço carbono de costado de tanque
Alveolar: a corrosão se processa na
superfície metálica produzindo sulcos ou
escavações semelhantes a alvéolos
apresentando fundo arredondado e
profundidade geralmente menor
que o seu
diâmetro.
Corrosão Alveolar
Generalizada
Puntiforme: a corrosão se processa em
pontos ou em pequenas áreas
localizadas na superfície metálica
produzindo pites, que são cavidades que
apresentam o fundo em forma angulosa
e profundidade geralmente maior que o
seu diâmetro. É chamada também
corrosão por pite.
Corrosão por Pite em Aço
Inox
Corrosão por Pite
Intergranular: a corrosão se processa
entre os grãos da rede cristalina do
material metálico, o qual perde suas
propriedades mecânicas e pode
fraturar quando solicitado por esforços
mecânicos, tendo-se então a
corrosão sob
tensão fraturante.
Corrosão intergranular ou intercristalina
Intragranular: a corrosão se
processa nos grãos da rede cristalina
do material metálico, o qual,
perdendo suas propriedades
mecânicas, poderá fraturar à menor
solicitação mecânica, tendo-se também
a corrosão sob
tensão
fraturante.
Corrosão intragranular ou transcristalinaem aço sob cloreto e temperatura alta
Filiforme: a corrosão se processa sob a forma de finos filamentos, que se propagam em diferentes direções. Ocorre geralmente em superfícies metálicas revestidas com tintas ou com metais, ocasionando o deslocamento do revestimento. Ocorre mais freqüentemente quando a umidade relativa do ar é maior que85% e em revestimentos mais permeáveis à penetração de oxigênio e água ou apresentando falhas.
Esfoliação: a corrosão se processa em
diferentes camadas e o produto de
corrosão, formado entre a estrutura de
grãos alongados, separa as camadas
ocasionando o inchamento do material
metálico. Esta forma de corrosão tem sido
observada em ligas de alumínio das
séries: 2.000 (Al, Cu, Mg),
5.000 (Al, Mg) e
7.000 (Al, Zn, Cu, Mg).
Liga de alumínio com esfoliação em área de fresta sujeita a estagnação em solução de NaCl
Corrosão grafítica: a corrosão se
processa no ferro fundido cinzento em
temperatura ambiente e o ferro
metálico é convertido em produtos de
corrosão, restando a grafite intacta.
Observa-se que a área corroída fica com
aspecto escuro, característico da
grafite, e esta pode ser facilmente
retirada com espátula. Atritando-se esta
região com papel branco, observa-se o
risco preto devido à grafite.
Corrosão grafítica do ferro fundido, notando-se o aspecto escuro da área corroída.
Dezincificação: é a corrosão que ocorre
em ligas de cobre-zinco, observando-se o
aparecimento de regiões com coloração
avermelhada contrastando com a
característica coloração amarela dos
latões. A dezincificação ocorre em regiões
com depósito de gordura e absorção de
sal, NaCl.
A dezincificação e a corrosão
grafítica são exemplos de corrosão
seletiva, pois tem-se a corrosão
preferencial de zinco e ferro,
respectivamente.
Dezincificacão
Empolamento pelo hidrogênio: o
hidrogênio atômico, como tem
pequeno volume atômico, penetra nos
metais e difunde-se rapidamente;
em regiões com descontinuidades,
como inclusões e vazios, ele se
transforma emhidrogênio molecular, H2, exercendo pressão e originando a formação de bolhas.
Tubulação com empolamento pelo hidrogênio,ocasionado por H2S e água.
Fissuramento pelo Hidrogênio
Em torno da solda: forma de corrosão
que se observa em torno de cordão de
solda. Ocorre em aços inoxidáveis não-
estabilizados ou com teores de carbono
maiores que 0,03%, e a
corrosão se processa
intergranularmente.
Corrosão em Solda em Tubo de Aço Inox
A especificação um material de fabricação de um tubo é
tarefa fundamental.
O projetista não é responsável direto, mas é importante para
ele deter conhecimento de fatores e procedimentos.
Isto certamente agregará ao seu saber condições que o
destacará dentro da sua função de projetista de tubulação.
É importante, portanto, estar familiarizado com as diferentes
características e propriedades estruturais dos materiais,
bem como com as técnicas de processamento dos
materiais, maior será a sua habilidade e confiança para fazer a
seleção mais sensata desses critérios.
ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAL PARA TUBOS DE AÇO
A maior quantidade de aço consumida pertence à categoria dos aços-carbono. Isto se deve ao baixo custo, em relação aos aços ligados e à ampla gama de propriedades.
Pode-se estabelecer a seguinte subdivisão dos aços-carbono para fins de sua aplicação:
a) Baixo carbono (abaixo de 0,3%) - Aplicado em situações que exigem ductilidade elevada, por exemplo, chapas para estampagem, tubos, fios para arames lisos e farpados, ou telas. Neste caso, o estado de fornecimento pode ser laminado a quente, recozido ou normalizado. Pode ser aplicado em situações que envolvem exigências quanto à soldabilidade, pois o baixo carbono é necessário paraevitar formação de martensita que ocorre no resfriamento subsequente à soldagem.
Os aços de baixo carbono, quando combinados com elementos de liga e cementados, são aplicados quando se necessita combinar resistência ao desgaste (dureza superficial) com tenacidade (no núcleo), tais como eixos, engrenagens, pinos, ferramentas de impacto. Ex.: AÇOS 8620, 4320.
AÇOS CARBONO
b) Aços de médio carbono (entre 0,3 e 0,5%C) - São aplicados em
produtos forjados, pois possuem ductilidade a quente (para
forjamento), associado à média resistência a frio no estado forjado
(ferrítico-perlítico). Quando combinados com elementos de liga, são
utilizados em situações que exijam alta resistência (obtida
mediante têmpera) mantendo ainda alguma ductilidade. A
temperabilidade é obtida mediante emprego de elementos de liga. Ex:
eixos e engrenagens de caminhão. Aço 4340, 8640.
AÇOS CARBONO
c) Aços de alto teor de C(acima de 0,5% C) - São utilizados nos
casos em que se exigem elevados limites de escoamento, tais como
molas e vergalhões de concreto. O alto limite de escoamento é obtido
mediante encruamento ou, se na presença de elementos de liga,
mediante têmpera. Quando combinados com elementos de liga,
também são utilizados para fins de obtenção de dureza elevada, através
de carbetos primários (VC, Mo2C, WC) como no caso de aços
ferramentas.
AÇOS CARBONO
O uso de elementos de liga geralmente é feito com as seguintes
finalidades:
Aumentar a profundidade de tempera (temperabilidade);
Aumentar a resistência ao revenido (isto é, evitar o amolecimento
entre 300°C e 550°C);
Introduzir propriedades especiais tais como:
Resistência à corrosão; são os aços inoxidáveis.
Resistência ao desgaste; são os aços Hadfield.
Resistência a quente; são os aços-ferramenta (rápidos).
AÇOS LIGADOS
Os aços ligados são classificados em três categorias:
Aços de baixa liga -> São aços cuja soma dos elementos de liga é
inferior a 5% e têm a finalidade de aumentar a temperabilidade e a
resistência ao revenido. Os elementos típicos são: Cr, Mo, Ni, Mn e Si.
São aplicados para os seguintes fins:
Aumentar muito a temperabilidade: aplicado em peças grandes que
devem ter alta resistência no núcleo.
Facilitar a transição (atenuar a queda de dureza) entre o núcleo e a
superfície e aço cementado, visando evitar descascamento.
Elevar a dureza de camadas nitretadas pela formação de nitretos de
alumínio ou cromo.
AÇOS LIGADOS
AÇOS LIGADOS
Aços de média liga -> São aqueles em que o somatório dos elementos de
liga esteja entre 5% e 10%. São aplicados em situações que envolvem elevada
resistência mecânica em temperaturas elevadas, em torno de 500°C. Tais como
os aços para trabalho a quente (matrizes). Exemplo deste tipo de aço é:
Aços tipo H. São aços com a seguinte composição química: (0,3%C;
5%Cr; 1,5%Mo; 1%Si). Há ainda casos onde se exige resistência ao
impacto associada com elevada dureza, são os aços ferramentas para
trabalho a frio temperáveis ao ar. Dessa forma, tais aços possuem elevada
temperabilidade sendo aplicáveis em:
Matrizes de recorte
Estampagem;
Lâminas de tesouras.
Aços de alta liga -> São aqueles em que o somatório dos elementos
de liga seja > 10%. São aços que podem ser aplicados para diversas
finalidades, em que haja:
Elevada resistência à oxidação (aços inoxidáveis, %Cr>12%).
Elevada resistência mecânica e ao desgaste (aços D6: 2%C;
0,3%Mn; 0,85%Si; 12%Cr; 0,75%W) sendo aplicáveis em matrizes
para forjamento e estampagem.
AÇOS LIGADOS
São identificados como aços cujas normas AISI-SAE não os classificam
como aços ligados. Alguns desses aços são:
•Aço 4340; Aço 8620 e Aço 4320.
Apesar de conterem elementos de liga adicionados para fins de obtenção de
resistência mecânica e resistência à corrosão atmosférica, superiores aos aços
de baixo carbono, os aços ARBL apresentam resistência entre 300 e 700 Mpa,
tendo sido desenvolvidos para elevar a relação entre resistência e peso,
visando à aplicação em estruturas móveis. A soma de elementos de liga
geralmente não ultrapassa o percentual de 2%, e o teor de carbono situa-se
abaixo de 0,3%.
AÇOS DE ALTA RESISTÊNCIA E BAIXA LIGA (ARBL)
A escolha de um material para determinada aplicação deve-se
às propriedades que ele possui. Por exemplo: os aços-carbono
possuem baixo custo e elevada resistência mecânica, embora
sejam vulneráveis à corrosão.
Já os materiais plásticos, devidamente selecionados, possuem
elevada resistência química a determinadas substâncias, mas sua
resistência mecânica é inferior ao aço carbono.
Além da propriedade mencionada, podemos ainda listar diversas
outras propriedades qualitativas e quantitativas, que devem ser
levadas em conta para selecionarmos corretamente um ou mais
materiais a serem utilizados.
PRINCIPAIS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS PARA OS TUBOS
PRINCIPAIS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
Propriedades Definição
Resistência mecânicaPropriedade que permite que o material seja capaz de resistir à ação de determinados tipos de esforços, como tração e a compressão.
ElasticidadeCapacidade de o material se deformar quando submetido a um esforço, e voltar à forma original em se retirando este esforço.
PlasticidadeCapacidade de o material se deformar quando submetido a um esforço, e manter uma parcela da deformação quando retirado o esforço.
Ductilidade Capacidade de o material se deformar plasticamente sem romper-se
Tenacidade Quantidade de energia necessária para romper um material.
Dureza Resistência do material à penetração, à deformação plástica e ao desgaste.
Fragilidade Baixa resistência aos choques.
Densidade Quantidade de matéria alocada dentro de um volume específico.
Ponto de fusão Temperatura na qual o material passa do estado sólido para o estado líquido.
Ponto de ebulição Temperatura na qual o material passa do estado líquido para o estado gasoso
Dilatação térmica Variação dimensional de um material devido a uma variação de temperatura.
Condutibilidade térmica Capacidade de o material conduzir calor.
Condutibilidade elétrica Capacidade de o material conduzir a eletricidade.
Resistividade Resistência do material à passagem de corrente elétrica
Resistência à corrosão Capacidade de o material resistir à deformação causada pelo meio no qual está inserido
DUREZA MATERIAIS
BRINELL METAIS
ROCKWELL METAIS
VICKERS METAIS, CERÂMICAS
MEYER METAIS
KNOOP METAIS, CERÂMICAS
SHORE POLÍMEROS, ELASTÔMEROS, BORRACHAS
BARCOL ALUMÍNIO, BORRACHAS, COURO, RESINAS
IRHD BORRACHAS
MEDIDAS DE DUREZA
ENSAIO ROCKWELLPASSOS
ENSAIO ROCKWELLLEITURA FINAL
HR = Valor da dureza ROCKWELL
E = constante que depende do formato do endentador:
• 100 (diamante)• 130 (esfera de aço)
e = Aumento permanente da profundidade de penetração devido à carga maior F1 medido
em unidades de 0,002 mm.
F0 = pré-carga em kgf, F1 = carga em kgf, F = carga total em kgf
Cone de diamante ou esfera de aço endurecido. O endentador é pressionado contra a superfície do corpo de prova com uma pré-carga F0 , usualmente de 10kgf. Quando o
equilíbrio é atingido, um dispositivo segue os movimentos do endentador que responde às variações da profundidade de penetração, é ajustado para a posição zero.
Com a pré-carga sempre mantida, uma segunda carga é introduzida, aumentando a penetração. Atingido novamente o equilíbrio a carga é removida. A remoção da carga provoca uma recuperação parcial, reduzindo a profundidade da penetração..
Fo : 10 kgf
Vantagens e Desvantagens
As Vantagens do teste Rockwell incluem a medida direta do valor
da dureza e a rapidez do teste. Além disto o teste é não
destrutivo, isto é, em geral a peça pode ser utilizada depois da
medida.
Entre as desvantagens estão a multiplicidade de escalas não
relacionadas e os possíveis efeitos da mesa usada para suporte do
corpo de prova (experimente colocar uma folha de papel fino sob um
bloco de teste e observe o efeito na medição da dureza). Os testes
de Vickers e Brinell não são sensíveis a este efeito.
Cuidados especiais
As peças do material testado devem estar limpas e a área da região
do ponto de medida deve ser lisa.
ENSAIO ROCKWELLVantagens e Desvantagens
ABNTNBRNM146-1 (1998) Materiais metálicos - Dureza Rockwell -Medição da dureza Rockwell (escalas A, B, C, D, E, F, G, H e K) e Rockwell superfícial (escalas 15N, 30N, 45N, 15T, 30 T e 45 T) e calibração de equipamento.ASTME18-05e1 Standard Test Methods for Rockwell Hardness and Rockwell Superficial Hardness of Metallic Materials.ISOISO 6508-1:1999 Metallic materials - Rockwell hardness test - Part 1: Test method (scales A, B, C, D, E, F, G, H, K, N, T). ISO 6508-2:1999 Metallic materials - Rockwell hardness test - Part 2: Verification and calibration of testing machines (scales A, B, C, D, E, F, G, H, K, N, T). ISO 6508-3:1999 Metallic materials - Rockwell hardness test - Part 3: Calibration of reference blocks (scales A, B, C, D, E, F, G, H, K, N, T) ISO 3738-1and 2:1982 Hardmetals - Rockwell hardness test (scale A) - Part 1: Test method Preparation and calibration of standard test blocks ; Part2 -Preparation and calibration of standard test blocks.
PRINCIPAIS NORMAS PARA O ENSAIO ROCKWELL
ENSAIO VICKERSPASSOS
ENSAIO VICKERSLEITURA FINAL
•F= Carga em kgf•d = Média aritmética entre as duas diagonais, d1 e d2 em mm
•HV = DUREZA VICKERS
Endentador de diamante, na forma de uma pirâmide reta de base quadrada e um ângulo de 1360 entre as faces opostas , utilizando uma carga de 1 a 100 kgf.
A carga plena é aplicada entre10 e 15s. As duas, d1 e
d2 são medidas usando-se um microscópio. A seguir
calcula-se a área da superfície inclinada da endentação. A dureza Vickers é o quociente da carga pela área.
2
1362
2
Sen
dA
PRINCIPAIS NORMAS PARA O ENSAIO VICKERS
ABNT
NBRNM188-(05/1999) Materiais metálicos - Dureza Vickers - Parte 1:
Medição da dureza Vickers - Parte 2: Calibração de máquinas de medir
dureza Vickers - Parte 3: Calibração de blocos padrão a serem usados
na calibração de máquinas de medir dureza Vickers.
ASTM
C1327-03 Standard Test Method for Vickers Indentation Hardness of
Advanced Ceramics E92-82(2003)e2 Standard Test Method for Vickers
Hardness of Metallic Materials. revisão da E92-82(2003)e2 : WK7683
Standard Test Method for Vickers Hardness of Metallic Materials.
ISO
ISO 6507 (1997) Metallic materials - Vickers hardness test - Part 1:
Test method - Part 2: Verification of testing machines - Part 3:
Calibration of reference blocks.
Diferentes ajustes de cargas resultam praticamente no mesmo valor
de dureza para materiais uniformes. Isto é muito conveniente pois
evita a mudança arbitrária de escala com outros métodos de medição
de dureza.
Leituras extremamente precisas podem ser obtidas no teste
Vickers, além da vantagem de utilizar apenas um tipo de endentador
para todos os tipos de metais e superfícies. O teste é aplicável a uma
grande gama de materiais, dos mais moles aos mais duros, com
ampla faixa de ajuste de cargas.
A única desvantagem do teste é a máquina de medição, que
é de maior porte e mais cara que as correspondentes para
os teste Brinell e Rockwell.
ENSAIO VICKERSVantagens e Desvantagens
ENSAIO BRINELLPASSOS
ENSAIO BRINELLLEITURA FINAL
D = diâmetro da esfera e Di é o
diâmetro da impressão.
O uso de uma tabela de Número de Dureza Brinell (HBN) pode simplificar a determinação da dureza.
Ex.: "75 HB 10/500/30", significa que o valor 75 foi obtido para a dureza (HB= Hardness Brinell) = 75, usando uma esfera de aço de 10mm de diâmetro, com um carga de 500 kgf, aplicados durante 30 segundos.
Em testes com metais muito duros, a esfera de aço é substituída por uma esfera de carboneto de tungstênio.
(O diâmetro da impressão é a média de duas leituras tomadas em ângulo reto.)
PRINCIPAIS NORMAS PARA O ENSAIO BRINELL
ABNT
NBRNM187 (05/1999) Materiais metálicos - Dureza Brinell - Parte
1: Medição da dureza Brinell - Parte 2: Calibração de máquinas de
medir dureza Brinell - Parte 3: Calibração de blocos padrão a serem
usados na calibração de máquinas de medir dureza Brinell
ASTM
E10-01e1 Standard Test Method for Brinell Hardness of Metallic
Materials
WK3044 Standard Test Method for Brinell Hardness of Metallic
Materials
ISO
ISO 6506:1999 Metallic materials - Brinell hardness test - Part 1:
Test method -Part 2: Verification and calibration of testing
machines- Part 3: Calibration of reference blocks
Comparada a outros métodos, a esfera do teste Brinell
provoca a endentação mais profunda e mais larga . Com
isto a dureza medida no teste abrange uma porção maior de
material, resultando numa média de medição mais precisa,
tendo em conta possíveis estruturas policristalinas e
heterogeneidades do material.
Este método é o melhor para a medição da dureza
macrodureza de um material, especialmente para materiais
com estruturas heterogêneas.
ENSAIO BRINELLVantagens e Desvantagens
São tubos fabricados com liga ferro-carbono que pode conter de 0,008% até
cerca de 2,0% de carbono (C), além de certos elementos residuais, como o
manganês (Mn), o silício (Si), o fósforo (P) e o enxofre (S) resultantes dos
processos de fabricação. As principais características do aço carbono são eles:
Baixo custo;
Excelentes qualidades mecânicas;
Facilidade de soldar e de conformar.
TUBOS FABRICADOS EM AÇO CARBONO
Norma Graus
DiâmetrosProcesso de fabricação Direção
da solda Aplicações
Min. MaX.Com
costuraSem
costura
API5L A; B e A25. 1/8" 64" SIM SIM LongOleodutos, gasodutos e
outras aplicações industriais.
API 5LX
X42; X40 e X52. X55; X60; X65;
X70.2" 64" SIM SIM Long
Tubos de alta resistência para oleodutos, gasodutos,
minerodutos, processos.
API 5LS
A; B; X42; X46; X52; X56; X60;
5" 80" SIM NAO Helic.Oleodutos, gasodutos e
outras aplicações industriais.
API5A J55; K55. 5" 20" SIM SIM Long.Tubos para revestimento
de poços de petróleo
ASTM A106
A; B e C 1/8" 24" NAO SIM
Tubos de alta qualidade para aplicações gerais e
serviços de alta temperatura
ASTM A120
1/8" 16" SIM SIM Long.Tubos de baixa qualidade para
aplicações gerais.
ASTM A134
ASTM A283 A, B, C, D ASTM A285
A, B, C16" SIM NAO
Long. e Helic
Aplicações gerais em água, óleo e gás.
CARACTERÍSTICAS DOS TUBOS DE AÇO CARBONO
Os tubos fabricados em aço inoxidável são os produtos de fabricação
mecânica, denominados "tubos de aço inoxidável".
São utilizados em praticamente todas as indústrias de processo, tais
quais os tubos de aço-carbono, além de terem alto emprego na
fabricação de componentes de veículos e aplicações estruturais
diversas.
Os tubos de aço inox, como são mais conhecidos, podem se
apresentar ao mercado consumidor de duas formas:
COM COSTURA E SEM COSTURA.
TUBOS FABRICADOS EM AÇO INOXIDÁVEL
•O termo "com costura" faz referência ao produto tubular obtido a partir
da aplicação de um processo de soldagem para a união de duas bordas.
No caso dos tubos com costura, as matérias-primas básicas são
tiras inoxidáveis, provenientes de bobinas de lâminas soldadas a frio
ou a quente. Aplicadas na largura adequada ao diâmetro final do tubo.
Essas tiras são então encaminhadas para uma máquina formadora e
passarão pelas etapas produtivas de formação, que são as seguintes:
•Soldagem;
•Acabamento;
•Calibração;
•Corte.
COM COSTURA
A soldagem para tubos com costura, em aços inoxidáveis, ocorre
principalmente por processo TIG sem metal de adição, podendo se
aplicar também o processo ERW (Eletric Resistance Welding), plasma
ou laser.
Após as etapas descritas, a maioria das normas aplicadas exige um
tratamento térmico de solubilização, o qual pode ser realizado na
própria máquina formadora ou em forno contínuo fora da linha de
formação e, a seguir, o tubo passará pela etapa de decapagem e
passivação.
SOLDAGEM PARA TUBOS COM COSTURA
Os testes realizados durante a fabricação de tubos inoxidáveis com
costura, os quais variam de acordo com as exigências de normas.
Destacam-se os seguintes:
Ensaio de Eddy Current;
Ensaio hidrostático;
Ensaio pneumático;
Ensaios mecânicos;
Ensaios de corrosão.
TESTES SÃO REALIZADOS DURANTE A FABRICAÇÃO DE TUBOS
Embora por algumas décadas, objeções técnicas tenham sido
colocadas devido à presença de um cordão de solda longitudinal ao
tubo, hoje em dia, devido aos avanços tecnológicos observados nos
processos de fabricação, os tubos com costura representam a grande
maioria do consumo mundial de tubos inoxidáveis. Dentre as
vantagens apresentadas pelos tubos com costura, destacam-se:
Menores custos
Maior disponibilidade de produto no mercado
Menor tempo de manufatura do produto
Maior variedade de diâmetros e espessuras de parede
disponíveis
Tolerâncias dimensionais mais estreitas
Obtenção de tubos com diâmetros elevados
Melhor acabamento superficial do tubo, portanto maior
facilidade em se obter assepsia.
VANTAGENS APRESENTADAS PELOS TUBOS COM COSTURA
Norma Graus Diâmetros
Processo de Fabricação
DireçãoAplicações
daMin. Max. Com solda
costura ASTM TP304; TP304L; Tubos para caldeiras,
A 249 TP304H; TP310S; 3/4" 6" Sim Long. sobre-aquecedores,
TP316; TP316L; trocadores de calor e
P317L;TP321;TP347 condensadores.
ASTM TP304; TP304L; Long. Tubos para aplicações
A 270 TP316; TP316L 1" 4" Sim em indústrias
alimentícias e
farmacêuticas
CARACTERÍSTICAS DOS AÇOS INOX ASTM SÉRIES A 249; A 269; A 270 E A 312
Tubos de aço inoxidável “sem costura”, são obtidos a
partir de uma barra maciça, conhecida como tarugo, que será
submetido a um processo de extrusão a quente, e, por meio
de processo de redução a frio, denominado "pilgering",
seguido de trefilação a frio, o tubo alcança as suas dimensões
finais.
TUBOS DE AÇO INOXIDÁVEL SEM COSTURA
Os tubos fabricados em ferro fundido são passam por processos de
fundição e centrifugação. São pouco resistentes, mas seu custo é baixo.
São usados para água, gás, água salgada e esgoto, em serviços de
baixa pressão, e temperatura ambiente e sem grandes esforços mecânicos.
Apresentam ótima resistência à corrosão do solo.
São padronizados pelo diâmetro externo de 2" a 48" com as
extremidades lisas, flange integral ou ponta e bolsa. Seguem as normas EB-43
e P-EB-137 DA ABNT e são testados para pressões de até 3 Mpa. A adição de
Si, Cr ou Ni ao ferro fundido nodular aumenta a resistência mecânica.
TUBOS FABRICADOS EM FERRO FUNDIDO
Tubos de aço carbono com costura, pretos e galvanizados são produzidos segundo as normas pertinentes ao trabalho a que se propõem a executar. São as seguintes as normas:ASTM-A-120: - para condução de fluidos diversos e outros fins. São tubos com costura fabricados de aço de baixo carbono, sem especificação de análise. Estado de fornecimento: pretos ou galvanizados, com extremidades lisas, biseladas ou roscadas com ou sem luva, em comprimentos de 4 a 8 metros.ASTM-A-53: - esta norma é similar a NBR5590. Para condução de fluidos com exigências especiais. São tubos produzidos com e sem costura em aço: grau A ou B. Estado de fornecimento: idem ao ASTM-A-120, fornecido com certificado de qualidade.ASTM-A-106: - para emprego em alta temperatura. Aço grau A, B ou C. Estado de fornecimento: idem ao ASTM-A-120, fornecido com certificado de qualidade.ASTM-A-179: - para tubos de aço baixo carbono, sem costura, trefilados a frio, para permutadores de calor ou condensadores.ASTM-A-192: - para tubos de aço carbono, sem costura para caldeiras de alta pressão.ASTM-A-210: - para tubos de aço carbono, sem costura, para caldeiras e superaquecedores.ASTM-A-333: - para tubos de aço para serviços em baixa temperatura. API-5L: Tubos de aço carbono para condução de produtos petrolíferos e outros fins, fornecidos com certificado de qualidade. Aço: Grau A ou B. Estado de fornecimento: pretos ou galvanizados, com extremidades biseladas ou roscadas com ou sem luva, em comprimentos de fabricação. Peso do revestimento de zinco: Norma ASTM > de 550 g/m2 e no mínimo 490 g/m2 em qualquer extremidade do tubo.Tolerâncias: parede: máximo de 12,5% abaixo da parede nominal especificada. Diâmetro: até 1 1/2"+ 0,4 mm, - 0,8 mm; maior 1 1/2" ± 1% Peso do revestimento de zinco: - 10%.
RECOMENDAÇÕES E NORMAS APLICADAS A TUBOS DE AÇO EM GERAL
Os tubos produzidos aço liga são fabricados pelo processo de extrusão,
perfuração ou mandrilagem, a partir de tarugos de aço, podendo atingir diâmetros
de até 660 mm. Estes tubos fabricados em aço liga sem costura seguem as
normas de aplicação, que são as seguintes:
ASTM-A-199 - tubos de aço-liga, sem costura trefilados a frio, para permutadores
de calor e condensadores.
ASTM-A-200 - tubos de aço-liga, sem costura, para emprego em refinarias, nas
instalações de "Craking".
ASTM-A-213 - tubos de aço-liga ferrítico, sem costura, para caldeiras,
superaquecedores e permutadores de calor.
ASTM-A-334 - tubos de aço carbono ou liga para emprego em baixa temperatura.
ASTM-A-335 - tubos de aço-liga ferrítico, sem costura, para empregos em alta
temperatura.
RECOMENDAÇÕES PARA OS TUBOS FABRICADOS EM AÇO - LIGA SEM COSTURA
RECOMENDAÇÕES PARA OS TUBOS MECÂNICOS - SEM COSTURA
Os tubos do tipo mecânico sem costura são aplicáveis em conjuntos estruturais
mecânicos, máquinas, sistemas fluidodinâmicos e em operações onde são
exigidos alto grau de precisão e boa qualidade de superfície. Todo produto que
serve de matéria-prima para outro tem normas a serem seguidas, já que a
qualidade passa ser um fator importante. São as seguintes normas e as
aplicações devidas:
ST-52->tubos trefilados e laminados, mecânicos sem costura para serviços
gerais. Estado de fornecimento: pretos, com extremidades lisas, em
comprimento de fabricação ou cortados em medidas exatas, de acordo com
sua especificação.
NBR6591 -ASTMA513(TIPO1)
DIN 2394-NBR 5599 NBR 8621
RECOMENDAÇÕES PARA OS TUBOS DE AÇO - CARBONO TIPO COM COSTURA, PRETO E GALVANIZADOS
Estes tubos são produzidos com vários diâmetros e são encontrados no comércio com as seguintes características:Com diâmetros de 1/4" até 6": com solda longitudinal, soldadas por resistência elétrica à alta freqüência produzidos pelo processo "THERMATOOL" sem o elemento de adição;Com diâmetro entre 8" até 16": com solda Longitudinal, soldadas por resistência elétrica à alta freqüência (E.R.W.) produzidos pelo processo de formação contínua, com inspeção por ultra-som;Com diâmetros nominais de 18" até 24": com solda Longitudinal por arco submerso, produzidos pelo processo de formação em calandra ou prensa.Os tubos de aço-carbono, com costura, do tipo preto, ou do tipo galvanizado são produzidos de acordo com as seguintes normas:DIN-2440 (ABNT-NBR-5580)->Tubos de aço carbono para condução de fluidos. Estado de fornecimento: pretos ou galvanizados, com extremidades lisas, biseladas ou roscadas, com ou sem luva, em comprimentos mínimos de 6 metros.DIN 2458 - Tubos de aço carbono fabricados para uso geral, tal como evaporadores, secadores, serpentinas, cozedores e câmaras de vácuo de usinas de açúcar. Estado de fornecimento: pretos, recozidos extremidades lisas, comprimentos de 6 metros, ou fixos, múltiplos, ou aproximados, sob consulta prévia. Ensaio hidrostático: 40 kg/cm2 (570 PSI).ASTM-A-178 -Tubos de aço carbono, soldados por resistência elétrica, para caldeiras. Aço: grau A. Estado de fornecimento: idem ao DIN-2458 com certificado de qualidade.ASTM-A-214->tubos de aço carbono, soldados por resistência elétrica, para permutadores de calor. Estado de fornecimento: idem ao DIN-2458 com certificado de qualidade.ASTM-A-226 - Tubos de aço carbono, soldados por resistência elétrica, para caldeiras e superaquecedores de alta pressão. Estado de fornecimento: idem ao DIN-2458 com certificado de qualidade.ASTM-A-134/139 ->Tubos para condução de fluidos, gás ou vapor. Estado de fornecimento: pretos, com extremidades biseladas em comprimentos de fabricação.API-5L -»tubos de aço carbono para condução de produtos petrolíferos e outros fins, fornecidos com certificado de qualidade. Aço: grau A ou B. Estado de fornecimento: pretos ou galvanizados, com extremidades biseladas ou roscadas com ou sem luva, em comprimentos de fabricação.
São fabricados especialmente para instalações elétricas que requerem alto grau
de segurança, os conhecidos eletrodutos são fornecidos com rebarba interna
totalmente removida ao longo do seu comprimento, propiciando assim,
acabamento esmerado e ainda, afastando os riscos de avarias na capa protetora
dos condutores. Estes tubos são produzidos segundo as seguintes normas:
ABNT-EB 341 (NBR 5597) E ANSI C.80.1 com rosca: padrão "americana" - ANSI
B.2.1 = NPT com Tolerâncias: até - 12,5%; peso dos eletrodutos: ± 10% espessura
da parede: diâmetro: ±1,1 mm para diâmetros maiores, descendo a ±, 6 mm para
diâmetros menores.
ABNT-EB 342 (NBR 5598) com rosca/padrão "inglesa" - BS 2.1 = BSP
tolerâncias: espessura da parede: até - 10%; Peso dos eletrodutos: ± 10%
Diâmetro: ± 0,6 mm para diâmetros maiores, descendo a ± 0,2 mm para diâmetros
menores.
RECOMENDAÇÕES PARA OS TUBOS ELETRODUTOS TIPO GALVANIZADOS
NOTA IMPORTANTE!Uma norma técnica é um documento de uso comum e repetitivo; estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido que fornece regras, diretrizes ou características para atividades ou para seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. Esta é a definição internacional de norma.
PRINCIPAIS NORMAS DE APLICAÇÃO DE TUBOS EXISTENTES NO MERCADO
Deve ser realçado o aspecto de que as normas técnicas são estabelecidas por consenso entre os interessados e aprovadas por um organismo reconhecido. Acrescente-se ainda que são desenvolvidas para o benefício e com a cooperação de todos os interessados, e, em particular, para a promoção de maior economia global, levando-se em conta as condições funcionais e os requisitos de segurança. As normas técnicas são aplicáveis a produtos, serviços, processos, sistemas de gestão, pessoal, enfim, aos mais diversos campos. Usualmente são estabelecidas explicitamente pelo cliente. Ou são, simplesmente, seguidas as normas em vigor no mercado. Elas podem estabelecer requisitos de qualidade, de desempenho, de segurança (seja no fornecimento de algo, no seu uso ou mesmo na sua destinação final), mas também podem estabelecer procedimentos, padronizar formas, dimensões, tipos, usos, fixar classificações ou terminologias e glossários, definir a maneira de medir ou determinar as características, como os métodos de ensaio. A tabela abaixo mostra algumas normas, as quais são utilizadas comercialmente para especificação de tubos conforme as suas várias aplicações.
NORMA APLICAÇÃO COMERCIAL DO AÇO
ANSIC-80.1Eletrodutos de aço
API 5 A Tubos de perfuração, revestimento e bombeamento para poços petrolíferos com exigência especiais.
API 5 AXTubos de perfuração, revestimento e bombeamento para poços petrolíferos com exigências especiais.
API5BEspecificação de roscas, calibres e inspeção de roscas para casing, tubing e line-pipe.
API 5LXTubos para condução de produtos petrolíferos com exigências especiais
ASTM A-106Tubos de aço carbono, sem costura para emprego a altas temperaturas.
ASTM A-120 Tubos de aço pretos ou galvanizados para condução de fluidos e outros fins
BS-1139 Tubos de aço para andaimes e fins estruturais
BS-1387 Tubos com costura - água, gás - aptos para dobras a frio. Teste hidrostático até 50 kg
BS-6363 Tubos de aço para fins estruturais
DIN1629 Tubos de aço carbono sem costura para tubulações, aparelhos e reservatórios.
DIN 2441 Tubos com costura. Dobra a frio. Pressão 50 kg
EB-383 Tubos de aço ferrítico, sem costura, para condução, utilizados em altas temperaturas em torno de 750°C.
EB-639 Tubos de aço carbono, para fins estruturais.
NBR-5580 Tubos de aço carbono, para condução de fluídos.
NBR-5585 Tubos de aço carbono, soldados por resistência elétrica, para permutadores de calor.
NORMAS DE AÇO COMERCIAL
Em função da sua aplicabilidade na indústria, os tubos, seguem
normas específicas, o que gera a necessidade de consultar as normas
próprias para cada aplicação.
Na fabricação de tubos para troca térmica é necessário que o
material utilizado possua resistência a temperaturas e, sendo assim, o
material aplicado na fabricação destes tubos deve seguir às normas
correlatas. A tabela 2.9, abaixo, relaciona algumas destas normas
utilizadas na fabricação de tubos de troca térmica.
NORMAS UTILIZADAS PARA FABRICAÇÃO DE TUBOS PARA TROCA TÉRMICA
NORMAS APLICAÇÕES
ASTM - A 178 Caldeiras
ASTM A 226 Caldeira de alta pressão e superaquecedor
NBR 5585 Trocadores e condensadores
NBR 5596 Super aquecedores
DIN2458/DIN 1628 Para alta performance
DIN2458/DIN 1615 Sem requisitos especiais
ASTM A 106 Sem costura para altas temperaturas
EB 334 Altas temperaturas
EB 338 Caldeiras e superaquecedores
ASTM A 179 Sem costura, trocadores.
ASTM A 192 Sem costura alta pressão
ASTM A 199 Sem costura permutadores e condensadores
ASTM A 209 Sem costura caldeira
UTILIZAÇÃO DOS AÇOS
ATENÇÃO! Para a solução do problema da escolha dos materiais, a experiência é indispensável e insubstituível. Exemplo: o material, para ser reconhecido como bom para a fabricação de uma tubulação de gás, é aquele que já foi usado por alguém nas mesmas condições de trabalho. Seguir a experiência é a solução mais segura, embora nem sempre conduza à solução mais econômica. Resumindo, pode-se indicar a seguinte rotina para seleção de materiais:
Conhecer os materiais disponíveis na prática e suas limitações físicas e de fabricação;
Selecionar o grupo mais adequado para o caso tendo em vista as condições de trabalho, corrosão, nível de tensão etc;
Comparar economicamente os diversos materiais selecionados, levando em conta todos os fatores de custo.
Quanto ao custo de uma tubulação, deve ser considerada a relação custo / resistência mecânica. Na análise de custos dos materiais devem ainda ser levados em consideração os seguintes pontos:
Resistência à corrosão (sobre espessura de sacrifício); Maior ou menor dificuldade de solda; Maior ou menor facilidade de conformação e de trabalho; Necessidade ou não de alívio de tensões.
Alloy name
Balance metal
Cr Al Ti C Cu Mn Co Ni Si Mo
020 Fe
(~40%)20 n/p n/p <0.07 3.5 <2.0 n/p 35 <1.0 2.5
DSFe
(~40%)18 n/p 0.2 0.1 0.5 0.8-1.5
18 (Co+Ni
38)
18 (Co+Ni 38)
2.3
MA956Fe
(~75%)20 4.75 0.4 <0.1 <0.15 <0.3 <0.3 <0.5 n/p
Incoloy refers to a range of superalloys produced by the Special Metals Corporation group of companies. They are mostly nickel-based, and designed for excellent corrosion resistance as well as strength at high temperatures; there are specific alloys for resistance to particular chemical attacks (e.g. alloy 020 is designed to be resistance to sulphuric acid, DS to be used in heat-treating furnaces with reactive atmospheres and many heat cycles)Incoloy MA956 is made by a mechanical alloying rather than a bulk-melting process; it was studied for space reactor components in the JIMO project. It is difficult to weld and needs to be heated to 200C for cold-forming processes.[1]
INCOLOY
Marca registada da Haynes International. É usada
como prefixo de 22 ligas metálicas altamente resistentes
à corrosão incluídas no que na indústria metalúrgica se
designa por superligas ou ligas de alto
desempenho.
O seu principal ingrediente é o níquel. Outros
ingredientes são adicionados ao níquel em cada uma das
subcategorias desta designação registrada e incluem
percentagens variáveis dos elementos molibdênio,
cromo, cobalto, ferro, cobre,manganês,
titânio, zircônio, alumínio, carbono e
tungstênio.
HASTELLOY
LIGAS DE NÍQUEL
B
Recozimento pleno ou total;
Recozimento para alívio de tensões;
Esferoidização.
RECOZIMENTO: (ANNEALING)
Há três tipos de recozimento utilizados para os aços:
Zona crítica no aço é considerada a zona abaixo da linha GSE e
acima da linha PSK. Esta região corresponde a solidificação do
aço e cristalização secundária, é dita zona crítica, por ser região
de grandes transformações.
Assim temos:
Ttt = ToA3 + 50 oC ( para aços hipoeutetóides )
Ttt = ToA1 + 50 oC ( para aços hipereutetódes )
Onde To = temperatura para recozimento pleno.
Acima da linha
GSE (endurecimento
total; acima da linha
PSK (endurecimento
localizado.
B
É o aquecimento do aço acima da zona crítica, com permanência
nesta temperatura o tempo necessário para completa
homogenização da Austenita, e seguido de um resfriamento fora do
forno (ar parado).
A diferença entre normalização e recozimento pleno está na
velocidade de resfriamento, onde na normalização o resfriamento é
maios rápido, gerando assim uma estrutura mais fina.
Portanto, com uma granulação mais fina, a dureza, resistência à
tração, resistência à compressão, limite de escoamento são um
pouco mais elevados do que no estado plenamente recozido,
enquanto que o alongamento, resistência ao choque, ductilidade
sofrem ligeira diminuição.
Nesse caso, a velocidade de resfriamento já é um pouco elevada ,
mas ainda, podemos usar com certa cautela o Diagrama de Equilíbrio
Fe – C, para obtermos as estrutura (só que elas serão bem refinadas).
NORMALIZAÇÃO (NORMALIZING)
B
B
Essencialmente, o processo de cementação consiste na carbonização das partes superficiais do aço. Com este processo, um aço maleável fica muito resistente na superfície.O processo de cementação do aço é também chamado de processo de conversão. A peça é aquecida em forno abaixo do ponto de fusão do aço e então recebe carbono, o qual se difunde na superfície fazendo uma ligação com o ferro. A cementação ocorre em uma faixa de temperatura e a fonte de carbono é variável. No caso da Metal Härte, o carbono vem do gás propano.A cementação comporta muitas variações conforme o objetivo ou o trabalho que a peça vai desempenhar. As variações são de temperatura, profundidade de carbonização, tempo do processo, e controle da atmosfera. O tempo do processo vai depender da profundidade da cementação desejada - quanto mais tempo durar a cementação, mais profundamente teremos a presença do carbono difundido. A este processo segue-se a têmpera.As peças assim tratadas por cementação seguida de têmpera, apresentam elevada dureza na superfície e grande maleabilidade no núcleo (dependendo do tipo de aço). Estas características tornam o processo recomendado a certas peças que requerem muito esforço superficial, como é o caso das engrenagens, de roletes, buchas metálicas, e assim por diante.
PROCESSO TÉRMICO DE CEMENTAÇÃO
B
B
Têmpera aumenta a dureza e consequente resistência dos aços.
O processo da têmpera consiste em duas etapas: aquecimento e esfriamento rápido.
O aquecimento visa obter a organização dos cristais do metal, numa fase chamada austenitização.
O esfriamento brusco visa obter a estrutura martensita (supersaturada em carbono).
Na têmpera o aquecimento é superior à temperatura crítica, que é de 727ºC. O objetivo é conduzir o metal a uma fase, na qual se obtém o melhor arranjo possível dos cristais do metal, e portanto, da futura dureza.
A partir dessa fase o aço pode ser conduzido para outras fases, dependendo das necessidades em jogo. A temperatura dessa fase chama-se temperatura de austenização.
Como cada aço tem composição própria, a temperatura de austenização varia de aço para aço. Consequentemente, a têmpera é obtida em temperaturas diferentes, dependendo da composição do aço da peça e dos seus objetivos.
O próprio tempo de exposição da peça na temperatura de austenização é considerado quando se faz a sua têmpera. Cada aço tem uma temperatura de austenização, e que é aquela que proporciona o máximo de dureza. Essa temperatura é obtida dentro de fornos, os quais podem ser por chama ou por indução elétrica. Dependendo das exigências do cliente, a austenização, e conseqüentemente a têmpera, vai ocorrer apenas na superfície da peça ou em toda ela.
A segunda etapa da têmpera é o resfriamento, o qual deve ser brusco, em óleo ou água. A rapidez do resfriamento é importante para impedir que o aço mude para fase diferente daquela que se obteve na temperatura de austenização (obter estrutura martensítica). Quase sempre, após a têmpera, a peça é submetida ao revenimento.
TÊMPERA
B
A classificação dos aços segundo as normas da SAE
(Society of Automotive Engineers - EUA) é a mais utilizada
em todo o mundo para aços-carbono (aços sem adição de
elementos de liga, além dos que permanecem em sua
composição no processo de fabricação) e aços de baixa
liga (aços com baixas porcentagens de elementos de liga).
A classificação SAE é baseada na composição química do
aço. A cada composição normalizada pela SAE corresponde
a uma numeração com 4 ou 5 dígitos.
A mesma classificação também é adotada pela AISI
(American Iron and Steel Institute-EUA)
CLASSIFICAÇÃO SAE
B
A têmpera tende a tornar o aço excessivamente rígido (pouca
elasticidade) e frágil (pouca resistência ao choque) e a criar tensões
internas, o que é corrigido pelo revenido, que consiste em reaquecer a
peça temperada a uma temperatura muito inferior à da têmpera (zona
crítica-fase austenítica).
A temperatura de revenido e o tempo de manutenção desta
temperatura influem decisivamente nas propriedades finais obtidas
no aço: quanto mais tempo e/ou maior temperatura, mais dúctil se torna
o aço. Os elementos de liga contidos no aço também influem no
revenido, mudando o comportamento do aço no processo
(endurecimento secundário).
A temperatura de revenido normalmente situa-se entre 150°C e 600°C,
e o tempo de duração entre 1h e 3h. Todavia, quanto maior a
temperatura empregada, mais o revenido tende a reduzir a dureza
originalmente obtida na têmpera.
O revenido aumenta a ductilidade e a elasticidade do aço, e é usado
especialmente na fabricação de molas.
PROCESSO DE REVENIMENTO
B
AÇOS PARA TRABALHO A QUENTE, IDENTIFICADOS PELA LETRA HEstes aços foram desenvolvidos para suportar condições
combinadas de calor, pressão e abrasão associadas com
puncionamento, cisalhamento ou conformação de metais em
alta temperatura. Os aços do grupo H têm usualmente médios
teores de carbono , entre 0,35 e 0,45%, e teores combinados
de cromo, tungstênio, molibdênio e vanádio entre 6 e 25%. O
grupo é dividido em aços ao cromo, ao tungstênio e ao
molibdênio.
A tabela abaixo mostra a composição química dos aços para
trabalho a quente.
B
B
B
PILGERING
B
FASES DAS LIGAS À BASE DE FERRO
Austenita (ferro-γ rígido)BainitaMartensitaCementita (carbeto de ferro; Fe3C)Ledeburita (austenita + cementita (eutética); 4,3% de carbono)Ferrita (Ferro-α, Ferro-δ; brando)Perlita (88% ferrita, 12% cementita)Esferoidita
Tipos de aço
Ferro-carbono (menos de 2,1% de carbono)Aço inoxidável (liga com crômio)Aço ARBL (Alta Resistência e Baixa Liga)Aço rápido (muito rídigo; tratado no calor)
Outros materiais à base de ferro
Ferro fundido (>2,1% de carbono)Ferro forjado (quase sem presença de carbono)Ferro dúctil
A boa soldabilidade de um aço é associada à pouca transformação da estrutura cristalina na execução
da solda. Em geral como regra básica pode-se que o aumento do teor de carbono reduz a soldabilidade.
Altos teores de enxofre também são prejudiciais à soldagem.
A tabela ao lado classifica o aço em três grupos de acordo com a soldabilidade e o teor de carbono. Os
aços para construção civil estão predominantemente na classe I. Exceções são os aços para armadura de
concreto, como CA-50 e CA-60 (NBR 7480/96) que são difíceis de soldar e requerem operações de pré-
aquecimento e alívio de tensões.
Nota: O desenvolvimento de tecnologias de produção de vergalhões soldáveis e armaduras soldadas
tem facilitado a aplicação, pela redução de operações de soldagem no canteiro de obras.
SOLDABILIDADE DO AÇO
O ferro fundido é uma liga de ferro em mistura eutética com
elementos à base de carbono e silício. Forma uma liga metálica
de ferro, carbono (entre 2,11 e 6,67%), silício (entre 1 e 3%),
podendo conter outros elementos químicos. Sua diferença para
o aço é que este também é uma liga metálica formada
essencialmente por ferro e carbono, mas com percentagens
entre 0,008 e 2,11%.
Os ferros fundidos dividem-se em três tipos principais: branco,
cinzento e nodular.
FERRO FUNDIDO
Ferro fundido cinzento
Entre os ferros fundidos, o cinzento é o mais comum, devido às suas
características como baixo custo (em geral é fabricado a partir de sucata);
elevada usinabilidade, devida à presença de grafite livre em sua
microestrutura; Alta fluidez na fundição, permitindo a fundição de peças com
paredes finas e complexas; e facilidade de fabricação, já que não exige
equipamentos complexos para controle de fusão e solidificação.
Este tipo de material é utilizado em larga escala pela indústria de máquinas e
equipamentos, indústria automobilística, ferroviária, naval e outras. A
presença de veios de grafite em sua microestrutura proporciona diversas
características que tornam do ferro fundido cinzento quase que insubstituível na
fabricação de carcaças de motores e bases de equipamentos. A grafite,
entrecortando a matriz metálica, absorve vibrações e confere ao ferro
fundido uma melhor estabilidade dimensional.
Existem diversas classes de ferro fundido cinzento, com diferentes tipos,
tamanhos e quantidades de grafite e diferentes tipos de matriz metálica
(variações nos teores de perlita e cementita). Podem ser submetidos a
tratamentos térmicos para endurecimento localizado, porém, em geral, são
utilizados principalmente no estado bruto de fundição, podendo ainda ser
normalizado ou recozido, por tratamento térmico.
Ferro fundido
Ferro fundido nodular
É uma classe de ferro fundido onde o carbono (grafite) permanece
livre na matriz metálica, porém em forma esferoidal. Este
formato da grafite faz com que a ductilidade seja superior,
conferindo ao material características que o aproximam do aço. A presença
das esferas ou nódulos de grafite mantém as características de boa
usinabilidade e razoável estabilidade dimensional. Seu custo é ligeiramente
maior quando comparado ao ferro fundido cinzento, devido às estreitas
faixas de composição químicas utilizadas para este material.
O ferro fundido nodular é utilizado na indústria para a confecção de peças
que necessitem de maior resistência a impacto em relação aos ferros
fundidos cinzentos, além de maior resistência à tração e resistência ao
escoamento, característica que os ferros fundidos cinzentos comuns não
possuem à temperatura ambiente.
Propriedades mecânicas dos nodulares: boa resistência mecânica à
tracção, boa ductilidade e resiliência, boa resistência à compressão.
Ferro fundido
Ferro fundido branco
Menos comum que o ferro fundido cinzento, o branco é utilizado em
peças em que se necessite elevada resistência à abrasão.
Este tipo de ferro fundido não possui grafita livre em sua
microestrutura. Neste caso o carbono encontra-se combinado
com o ferro, resultando em elevada dureza e elevada
resistência a abrasão. Praticamente não pode ser usinado. A peça
deve ser fundida diretamente em suas formas finais ou muito
próximo delas, a fim de que possa ser usinada por processos de
abrasão com pouca remoção de material. É utilizado na
fabricação de equipamentos para a moagem de minérios,
pás de escavadeiras e outros componentes similares.
Ferro fundido
Ferro fundido maleável
A propriedade fundamental que distingue esta liga de ferro fundido cinzento
comum é sua ductilidade, a qual, expressa em alongamento, pode ultrapassar
10%. Por essa razão, é comum dizer-se que o ferro maleável é liga
intermediária entre o aço e o ferro fundido cinzento.
Propriedades mecânicas: alta resistência mecânica, baixa ductilidade e
resiliência, boa resistência à compressão, fluidez no estado liquido o que
permite a produção de peças complexas e finas.
A obtenção é feita a partir do ferro fundido branco e um tratamento
térmico chamado maleabilização, a peça do fofo branco fica submetido a uma
temperatura de 900° a 1000° durante 30h.
Aplicações: conexão para tubulações, sapatas de freios, caixas de engrenagens,
cubos de rodas, bielas,alças de caixões etc.
Ferro fundido austemperado
Propriedades mecânicas dos austemperados: alta tenacidade e resistência
mecânica à tração duas vezes superior ao nodular, e ductilidade igual aos
nodulares.
Ferro fundido
Os maleáveis de núcleo branco e de núcleo preto são, em princípio, maleáveis
ferríticos. A rigor, o de núcleo preto é o que apresenta maior importância tecnológica.
O maleável de núcleo branco, especificado pelas normas alemãs (DIN-1692),
apresenta, dependendo dos diâmetros dos corpos de prova ensaiados (portanto das
secções das peças fundidas), valores de limite de escoamento que devem ser
superiores a 20 kgf/mm2 (200 MPa), de limite de resistência à tração mínima de 34
a35 kgf/mm2 (330 a 340 MPa), com alongamentos medidos em 3d que variam de 3
a10%.
As aplicações típicas dessas classes são as seguintes:
ASTM A 147 – serviços gerais para boa usinabilidade e resistência ao choque;
flanges, tubos, peças de válvulas e acessórios diversos para equipamento
ferroviário, equipamento naval e outros serviços pesados até temperaturas
de 345°C;
ASTM A 197 – acessórios de tubos e peças de válvulas para serviços de pressão;
ASTM A 220 – aplicações gerais a temperaturas normais e elevadas;
ASTM A 602 e SAE 5158 – peças de automóveis e compressores, como
alojamentos de mecanismos de direção, virabrequins, bielas, certas engrenagens,
tampas de mancais, componentes de transmissão automática, cubos de rodas
etc..
Ferro fundido maleável
Ferro fundido austemperado
É uma família de ferro fundido nodular tratado termicamente estabelecido
nas Normas ASTM 897M e EN1564.
Austêmpera é um tratamento isotérmico aplicado a materiais ferrosos que
requer um estrito e preciso controle de tempo e temperatura, produzindo
uma microestrutura resultante de alta ductilidade, tenacidade, com uma
resistência à tração, abrasão e fadiga duas vezes maior que com um
tratamento tradicional de têmpera.
Esse tratamento transforma o ferro fundido nodular dúctil outorgando
excelentes qualidades de resistência à ruptura, à fadiga, ao desgaste, e um
alongamento especifico muito elevado. Propriedades mecânicas dos
austemperados: alta tenacidade e resistência mecânica à tração duas vezes
superior ao nodular, e ductilidade igual aos nodulares.
Ferro fundido
O módulo de Young ou módulo de elasticidade é um parâmetro mecânico que proporciona uma medida da rigidez de um material sólido. É um parâmetro fundamental para a engenharia e aplicação de materiais pois está associado com a descrição de várias outras propriedades mecânicas, como por exemplo, a tensão de escoamento, a tensão de ruptura, a variação de temperatura crítica para a propagação de trincas sob a ação de choque térmico, etc.É uma propriedade intrínseca dos materiais, dependente da composição química, microestrutura e defeitos (poros e trincas), que pode ser obtida da razão entre a tensão exercida e a deformação sofrida pelo material. Tensão corresponde a uma força ou carga, por unidade de área, aplicada sobre um material, e deformação é a mudança nas dimensões, por unidade da dimensão original. Assim, o módulo de Young é dado por:[1]
em que:E é o módulo de elasticidade ou módulo de young, medido em pascal,σ é tensão aplicada, medida em pascal,ε é a deformação elástica longitudinal do corpo de prova (adimensional).ou = ondeF é a força, medida em newton.A é a área da secção através da qual é exercida a tensão, e mede-se em metros quadrados.Δl é a variação do comprimento, medido em metros.l0 é o comprimento inicial, medido em metros.
Para a maioria dos metais, este módulo varia entre 45 GPa, para o magnésio, até 400 GPa, para o tungstênio. Os polímeros geralmente possuem módulo de elasticidade bem mais baixos, variando entre 0,002 e 4,8 GPa. [1]
A diferença na magnitude do módulo de elasticidade dos metais, cerâmicas e polímeros é consequência dos diferentes tipos de ligação atômica existentes neste três tipos de materiais. Além disso, com o aumento da temperatura, o módulo de elasticidade diminui para praticamente todos os materiais, com exceção de alguns elastômeros.Os valores dos módulos de elasticidade de diferentes classes de materiais podem ser encontrados em livros e sites que abordam o assunto (Ver item Ligações externas).Outras propriedades elásticas importantes são: módulo de cisalhamento (G), módulo volumétrico (K) e coeficiente de Poisson (μ). Os métodos de caracterização podem ser por meio de ensaio destrutivo (em que o corpo de prova fica inutilizado após a realização) ou ensaio não destrutivo (sem qualquer dano, podendo o material ser reutilizado normalmente).Nos ensaios destrutivos, também chamados de quase-estáticos, a carga, que pode ser estática ou se alterar lentamente ao longo do tempo, é aplicada uniformemente sobre uma secção reta ou superfície de um corpo, e a deformação é medida e relacionada ao módulo elástico que pode ser o módulo de Young ou o módulo de cisalhamento, dependendo do tipo de ensaio. Há três maneiras principais segundo as quais uma carga pode ser aplicada: tração e compressão para a determinação do módulo de Young e cisalhamento ou torcional para o módulo de cisalhamento; sendo que os ensaios de tração são os mais comuns.Já nos ensaios não destrutivos, dinâmicos ou por ultra-som, os módulos elásticos são determinados a partir da frequência de vibração natural (ressonância) do corpo de prova com amplitudes de vibração (deformação) mínimas.
MÓDULO DE YOUNG OU MÓDULO DE ELASTICIDADE