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CURSO DE INTRODUÇÃO AO CANDOMBLÉ

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  • CURSO DE

    INTRODUO AO

    CANDOMBL

  • IL AX OXOSSI E OXAL JULHO DE 1994

    DEDICATRIA Esta modesta contribuio ao nosso amado Candombl eu dedico queles que a prestigiarem

    com sua leitura e crticas construtiva e a todos queles que tornaram possvel sua realizao. Em especial: Meu Pai, AGUINALDO DE OXOSSI, Minha Me, IZETE DE OXUM, Meus Pais de Santo, JOO BOSCO e LURDES DE OBALAUA, Meu Babakeker, ALEF, Ao meu amor, WALKINHO

  • Aos amigos que me inspiraram, como professores e mestres, meu agradecimento especial

    FERNANDES PORTUGAL e FTIMA.

  • Agradecimentos Aos meus irmos: Alexandre, Richard e Renato. querida Hellen e a Janana. Aos amigos queridos: Walker Branca Walma Nina Ana Nascimento Ada de Xang Yundia ( Regina ) Maria Gorda Ana de Oxal Bombox Biau e Cleunice Glio e famlia Nevinha Neuzi e sua amiga Dani Joel e esposa Dona Maria E aos demais Irmos e crianas do Il Ax Oxossi e Oxal

  • MDULO I I Cargos no Barraco II Termos e nomes no rito III A dana dos Orixs IV Tipos de Ej que existem V Tipos de mediunidade VI Comportamento do Filho-de-santo VII Elek VIII Lorogun IX Termos e palavras em Yorub

  • HISTRICO O Candombl uma religio originria da frica, trazida ao Brasil pelos negros escravizados na poca da colonizao brasileira. A presena das religies africanas uma conseqncia imprevista do trfico dos escravos, que determinou a afluncia de cativos Gegs e Nags (Daomeanos e Yorubs), trazidos da Costa dita dos Escravos e desembarcados, principalmente, na Bahia e em Pernambuco. A extraordinria resistncia oposta pelas religies africanas s formas de alienao e de extermnio haveria de surpreender. A religio foi tolerada porque os senhores julgavam as danas e os batuques simples divertimentos de negros nostlgicos, teis para que eles guardassem a lembrana de suas origens diversas e de seus sentimentos de averso recproca. O Candombl se difundiu no Brasil no sculo passado, com a migrao de africanos como escravos para os senhores de terra. A populao escrava no Brasil consistia quase totalmente de negros de Angola. No momento da chegada dos nags, um sculo e meio de escravido havia passado, distribalizando o negro e apagando seus costumes, crenas e sua lngua nacional. Mas o elemento africano, resistiu e criou uma forma de cultuar seus deuses atravs do sincretismo com os santos catlicos. Mesmo levando em conta a presso social e religiosa, era relativamente fcil para os escravos, na sonolncia geral, reinstalar na Bahia as crenas e prticas religiosas que trouxera da frica, pois, a igreja catlica estava cansada do esforo despendido na criao de irmandades de negros como tentativa de anular toda sua cultura, mas todos os meses novas levas de escravos, adeptos ao culto aos Orixs, desembarcavam na Bahia. Por volta de 1830 trs negras conseguiram fundar o primeiro templo de sua religio na Bahia, conhecida como Yl Y Nass, casa da me Nass. (Nass seria o ttulo de princesa de uma cidade natal da costa da frica). Esta seria a primeira a resistir s opresses catlicas, desta casa se originam mais trs que sobrevivem at hoje e que fazem parte do grande Candombl da Bahia, sendo elas: O Engenho velho ou Casa Branca, Gantis, cuja ilustre dirigente foi me menininha do gantis (falecida em 1986) e do Alaketu. Os Candombls se diversificaram desde 1830, a medida que a religio dos nags se firmava, primeiro entre os escravos e for fim, no seio do povo. Hoje h quatro tipos de Candombl ou Candombl de quatro naes: Ktu (povo nag), Jje (povo nag, mas obedientes a uma outra cultura), Angola-congo (povo bantu, este culto mais abrasileirado) e de caboclo (cultuam mais os caboclos, mistura-se com a Umbanda). O Candombl baseia-se no culto aos Orixs, deuses oriundas das quatro foras da natureza: Terra, Fogo, gua e Ar. Os Orixs so, portanto, foras energticas, desprovidas de um corpo material. Sua manifestao bsica para os seres humanos se d por meio da incorporao. O ser escolhido pelo orix, um dos seus descendentes, chamado de elegum, aquele que tem o privilgio de ser montado por ele. Torna-se o veculo que permite ao orix voltar Terra para saudar e receber as provas de respeito de seus descendentes que o evocaram. Cada orix tem as suas cores, que vibram em seu elemento visto que so energias da natureza, seus animais, suas comidas, seus toques (cnticos), suas saudaes, suas insgnias, as suas preferncias e suas antipatias, e a daquele que devendo obedincia os irrita. A sntese de todo o processo seria a busca de um equilbrio energtico entre os seres materiais habitantes da Terra e a energia dos seres que habitam o orum, o suprareal (que tanto poderia localizar-se no cu - como na tradio crist - como no interior da Terra, ou ainda numa dimenso estranha a essas duas, de acordo com diferentes vises apresentadas por naes e tribos diferentes). Cada ser humano teria um orix protetor, ao entrar em contato com ele por intermdio dos rituais, estaria cumprindo uma srie de obrigaes. Em troca, obteria um maior poder sobre suas prprias reservas energticas, dessa forma teria mais equilbrio. Cada pessoa tem dois Orixs. Um deles mantm o status de principal, chamado de orix de cabea, que faz seu filho revelar suas prprias caractersticas de maneira marcada. O segundo orix, ou ajunt, apesar de distino hierrquica, tem uma revelao de poder muito forte e marca seu filho, mas de maneira mais sutil. Um seria a personalidade mais visvel exteriormente, assim como o corpo de cada pessoa, enquanto o outro seria a face oculta de sua personalidade, menos visvel aos que conhecem a pessoa superficialmente, e s potencialidades fsicas menos aparentes. Como qualquer outra religio do mundo, o Candombl possui cerimoniais especficos para seus adeptos porm, esses ritos mostram singularidades especialssimas, como a leitura de bzios (um primeiro e ocular contato com os Orixs), a preparao e entrega de alimentos para cada uma das entidades ou as complexas e prolongadas iniciaes dos filhos-de-santo. Atravs da observncia desses procedimentos que o Candombl religa os humanos aos seres astrais, proporcionando queles o equilbrio desejado na existncia.

  • O CANDOMBL a uma estrutura de culto s foras da natureza, a um hino vida como Eterno Movimento, que se manifesta nas danas, nas cores dos ORIXS, nos alimentos sacramentais. Ritual comunitrio de cantos, danas e alimentos sagrados na sua forma pblica, o Candombl sacramentado pelo Pai ou Me de Santo, pelos Filhos de Santo, pelos tocadores de atabaque (OGAN), que entoam os cantos sagrados possibilitando a vinda do ORIX, com a participao da comunidade dos mais velhos s criancinhas. Todos cantam e sadam os ORIXS, executam a dana sagrada, num hino Alegria, Amor e Partilha.

    O CANDOMBL se expressa nos terreiros ou roas, onde se cultuam os ORIXS e os ancestrais ilustres. O terreiro contm dois espaos, com caractersticas e funes diferentes: (a) um espao urbano, construdo, onde se d a dana; (b) um espao virgem (rvores e uma fonte, equivalentes floresta africana), que considerado sagrado.

    O chefe supremo do terreiro o BABALORIXI ou IYALORIX (pai ou me que possuem o ORIX). Eles so detentores de um poder sobrenatural - o AX, a fora propulsora de todo Universo. O AX impulsiona a prtica sagrada que, por sua vez, realimenta o AX, pondo todo sistema em movimento. O AX sendo principio e fora neutro. Transmite-se, aplica-se e combina-se aos elementos naturais, que contam e expressam o AX do terreiro, que pode ser: (a) o AX de cada ORIX, realimentado atravs das oferendas e da ao ritual; (b) o AX de cada membro do terreiro, somado ao do seu ORIX, recebido na iniciao, mais o AX do seu destino individual (ODU) e o herdado dos prprios ancestrais; (c) o AX dos antepassados ilustres.

    O AX como fora pode diminuir ou aumentar dependendo da prtica litrgica e rigorosa observncia dos deveres e obrigaes. A fora do AX contida e transmitida atravs de elementos representativos do reino vegetal, animal e mineral (oferendas) e podem ser agrupados em trs categorias: (a) sangue vermelho do reino animal (sangue), vegetal (azeite de dend) e mineral (cobre); (b) sangue branco do reino animal (smen, a saliva), vegetal (seiva), mineral (giz); (c) sangue preto do reino animal (cinzas de animais), vegetal (sumo escuro de certos vegetais) e mineral (carvo, ferro). Estes trs tipos de sangue, por onde veicula o AX, com sua colorao, vai determinar a fundamental importncia da cor no culto. Resumindo: o AX , portanto, um poder que se recebe, partilha-se e distribu-se atravs da prtica ritual, da experincia mstica e inicitica, conceitos e elementos simblicos servindo de veculo. a fora do AX que permite que o ORIX venha e realize-se.

    A existncia transcorre em dois planos: o AIYE (mundo, habitao do homem) e o ORUN (alm, habitao dos ORIXS, mundo paralelo ao mundo real, que coexiste com todos os contedos deste). Cada indivduo, rvore, animal, cidade etc, possui um duplo espiritual e abstrato no ORUN. Os mitos revelam que, em pocas remotas, o AIY e o ORUN estavam ligados, e os homens podiam ir e vir livremente de um local a outro. Houve, porm, a violao de uma interdio e a conseqente separao e o desdobramento da existncia. Um mito da criao nos conta que nos primrdios, nada existia alm do ar. Quando OLORUN comeou a respirar, uma parte do ar transformou-se em massa de gua, originando ORIXAL - o grande ORIX FUNFUN do branco. O ar e as guas moveram-se conjuntamente e uma parte deles transformou-se em bolha ou montculo uma matria dotada de forma - um rochedo avermelhado e lamacento. OLORUN soprou vida sobre ele e com seu hlito deu a vida a EXU, o primeiro nascido, o procriado, o primognito do Universo.

    OLORUN abrange todo espao e detm trs poderes que regulam e mantm ativos a existncia e o Universo: IW, que permite ao Universo genrico o ar, a respirao; AX, que permite a existncia advir dinmica; AB, que outorga propsito e d direo. Ou como diz o poeta Moraes Moreira em "Pensamento Ioruba": Para tudo ser tem que ter IWA. Para vir a ser tem que ter AX. Para o sempre ser tem que ter AB

    Ao combinar esses trs poderes de forma especfica, OLORUN transmite-os aos IRUNMAL, entidades divinas que remontam aos primrdios de universo, encarregados de mant-las nas diferentes esferas de seu domnio. Os IRUNMAL seriam em nmero de seiscentos, quatrocentos da direita (os ORIXS, detentores dos poderes masculinos) e duzentos da esquerda (os EBORAS, detentores dos poderes femininos). Os ORIXS so massas de movimentos lentos, serenos, de idade imemorial. Esto dotados de um grande equilbrio que controlam as relaes do que nasce, do que morre, do que dado, do que deve ser resolvido. So associados Justia e ao equilbrio, principio regulador dos fenmenos csmicos, sociais e individuais.

    Vimos que quando OLORUN comeou a respirar, gerou ORIXAL e EXU, o procriado. Na qualidade de procriado, EXU no pode ser isolado nem classificado em qualquer categoria. Minha homenagem ao meu BARA! Nestes escritos sobre os ORIXS, EXU com seu perfil psicolgico e o tipo determinante dos seus filhos, abriro os caminhos sendo o primeiro a ser evocado.

  • I CARGOS NO BARRACO O candombl uma seita de origem africana na qual se presta culto aos Orixs. Chegou ao

    Brasil atravs dos negros africanos, que para c vieram como escravos, mas trouxeram consigo o AX dos ORIXS e a forma de cultu-los, o que foi o princpio do que at hoje praticado.

    A hierarquia no Egb (barraco) fundamentada no tempo de iniciao no culto, obrigaes

    realizadas (tempo de santo), qualidade do Orix, sexo do filho-de-santo e, especialmente, pela indicao do Babalorix, que o far segundo a determinao dos Orixs.

    A seguir relacionam-se alguns cargos no culto: AT-AXOGUN: Sacrificador de animais de dois ps. AXOGUN: Sacrificador de todo tipo de animais. ABAX: Pessoa que ajuda na cozinha, ou cuida das crianas enquanto as mes esto

    ocupadas. IY-BASSU: Pessoa responsvel pela cozinha. EBMI ou EBMI: Aps sete anos como Ia, ofertadas as obrigaes devidas, o iniciado

    levantado EBMI. A situao do Ia que passa ebmi modificada, pois ao receber o DEK (cuia do ax), poder iniciar outras pessoas, assumindo a direo de outro barraco. Caso no assuma tais responsabilidades e continue na mesma casa, assumir funes especficas como Me-Pequena ou Pai-Pequeno, organizador de rituais, etc...

    IY-KEKER: Substituta da YALORIX, tambm conhecida como Me-Pequena EKEDE: Cuida dos assentamentos e quartinhas do Bab, ajuda a Me-Criadeira, transmite

    ensinamentos soa Abis e zela pelos Orixs durante os rituais. DAG e OSSIDAG: Despacham o pad e determinadas oferendas a Exu. IY-TEBEX: Dirige o canto, obedecendo s normas do ritual. MO-DE-OF: Conhece e colhe as ervas do culto aos Orixs. IAB (IYB): Cozinheira do culto aos Orixs. TIBON: Fiscal das cerimnias. OG: Significa padrinho. ALAB: Tocador de atabaques. OGNIL: Chefe dos alabs, os quais dirige sob ordem direta do Babalorix. TTA: Quando o Babalorix atinge 21 anos de atividade no seu Egb proclamado TTA

    (Grande Pai). Nesse caso, ele pode escolher um filho para substitu-lo, este passar ser Babalorix, dando ao Tta oportunidade de elevar-se.

    VODUNCES: Poucos conseguem atingir esse grau, devido s exigncias, especialmente de

    tempo que de 50 anos de culto ou Chefia. DENOMINAES DE ZELADORES: BABALAW: Pai de Segredo

  • BABALORIX: Pai de Orix BABALAX: Pai da Fora BABALAD: Pai da Coroa BABAOX: Pai do Ax BABAEW: Pai da Folha BABAOD: Pai da Navalha BABAKEKER: Pai Pequeno BABAEFUM: Pai da Pintura do Ia. II TERMOS E NOMES NO RITO Conforme dissemos, o candombl no Brasil tem origem africana, sendo assim, utiliza termos

    e nomes cuja tradio, mantm em uso corrente no culto. A seguir, citamos alguns termos e nomes de uso freqente: ATABAQUES: RUM: o maior deles, pertence ao Orix dono do IL. RUMPI: Menor que o Rum, seria o de tamanho mdio. L: o menor entre os trs. IL: Pequeno atabaque usado na nao IJEX. AKIDAV ( AGHIDAV): o nome dado s varas com que se toca os atabaques. AX: Princpio e poder de realizao. Fora que d o movimento, sem ele tudo estaria

    paralisado. a fonte que torna possvel a renovao da vida. Pode ser transmitido atravs de comidas e bebidas ou pelo contato, j que pode ser transmitido a objetos e seres humanos.

    Para que o Agb possa atender sua funo de v ter AX. Para isso o plantamos, ou seja, fazemos smbolos que representam pontos de culto do ax. Uma vez plantado, se fortifica combinando todas as formas nele existentes:

    (a) O Ax de cada Orix, obtido atravs de oferendas, bori e iniciao. (b) O Ax de cada membro do terreiro (Egb), somado com os de seu Orix, atravs de um

    elo de ligao entre o filho-de-santo e o Orix (Cuidado com os assentamentos e zelo pelas coisas do Orix, alm de respeito pelos irmos e Babalorix.

    (c) O Ax dos antepassados do Egb, seus ilustres mortos, cujo poder acumulado e

    mantido ritualmente nos assentamentos do IL-IB OKU.

    EW: So cuidados com oque o filho-de-santo come e faz, afim de no agredir ao Orix ( o mesmo que quizila). Quem desobedece pode ter as mais variadas reaes, tais como: enjos, problemas materiais, espirituais, etc...

    ADXU: Nome dado s pessoas iniciadas no culto aos Orixs (Ox). Pequeno cone feito de

    ervas e outros axs, colocados no alto do Ori do Ia. ATAKN: Pano que envolve o peito da filha-de-santo quando est incorporada pelo Orix.

  • AGOG: instrumento de ferro com dois sinos, badalo, superpostos, um menor que o outro,

    donde se tira som batendo-se com um pedao de ferro. ADJ: Sinos de metal, usados pelos zeladores para chamar os orixs. ABI: So filhos ou filhas-de-santo que ainda no se iniciaram, ou seja, no nasceram. AJUNT ou JUNT: o segundo Orix que comanda a pessoa junto com o seu Orix

    assentado no Ori no dia de sua feitura. ABASS: Salo onde se realizam as cerimnias pblicas do candombl. AY: Terra (planeta). ORUN: Alm do cu. IL: Terra (cho). IL: Pombo. Exemplos: IL-AX: Casa privada destinada ao recolhimento do Ia. IL-IB OKU: Casa onde so adorados os mortos e onde se encontram

    seus assentamentos. O local deve ser guardado por sacerdotes preparados para este mistrio. separado do resto do terreiro (Egb), sendo conhecida tambm como IL ISINMI.

    EGB: Nvel, perto, roa-de-santo, terreiro. EJ: Sangue. ILARE: brado de guerra do Orix, erradamente chamado il. IL: Quiabo. ADOBALE: Bater cabea ao Orix. DID: Levantar. Exemplo: Did Orix! JOK: Sentar. ADUP ou DUP: Obrigado. Exemplo: Adup low Olorum (obrigado Olorum, agradeo

    Olorum) DIJINA ou DJINA: Nome da iniciada ou iniciado. IRUNMAL ou IRUNMOL: So aqueles que habitam o Orum, tambm chamados

    Irunmols e ARA_ORUM. Usa-se essa terminologia durante as invocaes, no comeo dos rituais, como por exemplo: Awom irinw Irunmol oj kofun (Os quatrocentos Irunmols do lado direito e os duzentos do lado esquerdo).

    OSIWAJU: O primeiro cargo, primeiro Orix para os Yorubs (Oduduwa e Oxal). Na Bahia

    Ogum, Exu, e Oxossi. OSI: Lado esquerdo. OTUM: Lado Direito. ORI: Cabea. PARTES EM QUE SE DIVIDE O ORI:

  • ORI: Centro da cabea. JU-ORI: Parte da frente. IKKO ORI: Parte de trs. OP OTUM: Lado direito. OP OSI: Lado esquerdo. IBORI ou BORI: a cerimnia realizada dentro do culto para adorao cabea (ori). So

    oferecidos sacrifcios ao ORI-INU e ao IGB-ORI da pessoa. Durante este ritual, quaisquer que sejam as oferendas devem ser dadas cabea. Todos devero comer obi.

    O OBI E SUA IMPORTNCIA: O Obi um fruto africano, produtor da noz de cola. utilizado em quase todas as oferendas

    (cerimnias). o primeiro oferecimento que se faz cabea antes de qualquer obrigao. Pode ser oferecido inteiro ou triturado pelos dentes. A massa mastigada oferecida aos quatro lados da cabea e ao centro.

    SAUDAO AO ORI: Ori pele atete miran atete gbeni ks ko ssa tu danil gb lyin ori eni ori pl ori aloiye eni oriba gboboo re re yo sebe k y ss OJ-ORUN: O cu. ORUPIN: Cargo de todos os axs das obrigaes do Ia. OT: Pedra do Santo. Cuidados com o Ot: - No lav-lo com sabo, esponja e similares; - No mudar sua posio; - Limp-lo com farinha de aca; - Pode-se colocar o sumo das ervas do Ax do Orix;

    - Recomenda-se rezar para o Orix durante o oss;

    - Colocar somente o necessrio, sem exageros;

    - Transmita a ele somente energias positivas;

    - Evite que outras pessoas zelem por ele, a obrigao sua.

    PA: Bater de palmas ritmado e especfico, para demonstrar respeito, reverncia e submisso. Representa o ato de despertar os Orixs, usado antes e depois das incorporaes, oferendas, etc... IPAD ou PAD: Significa ato de reunir. Trata-se de cerimnia pblica realizada no incio de qualquer festividade (de sada de Ia ao Axex).

  • No Ipad oferecido a Exu:

    OMI (gua): que a oferenda por excelncia I EFUN (farinha): caracteriza abundncia EP (dend): poder de gestao, ao OT (cachaa): bebida destilada de sua preferncia OYIN (mel): beleza, energia AKAA: pasta feita com milho branco, enrolado na folha de bananeira (alternativo),

    feito ao por do sol. Observao: Tipos de toques executados nas cerimnias ALUJ: Toque predileto do Orix XANG. OPANIJ: Toque especfico de OBALUA. AGUER: Toque cadenciado com duas em duas variaes, uma para OXOSSI e outra

    para OY, mais conhecido como Quebra-pratos. ADARRUM: Toque muito rpido e contnuo, usado para chamar os Orixs s cabeas dos

    filhos. BOLON: Toque para bolar. III A DANA DOS ORIXS As chamadas danas ritualsticas so em forma de crculo ou semicrculo (metade de um

    crculo), ao redor de algum smbolo, acompanhada de sons que representam a natureza viva (ar, fogo, animais, vento, chuva tempestade, etc...), havendo uma harmonia entre o componente da roda e a natureza, junto aos astros.

    O CRCULO simboliza o movimento dos astros, o poder de renovao junto fora

    espiritual. As CANTIGAS encantam os Orixs que esto relacionados aos astros. Os PASSOS E GESTOS representam as caractersticas do Orix. Exemplo: A dana de OGUM simboliza a luta, desbravamento de caminho; A dana de NAN representa o embalo de uma criana; A de OXOSSI figura a caa; A de LOGUN mudana; A dana de BESSM representa o arco-ris, cu e terra, a serpente (AID); INHAS representa em sua dana os movimentos de despachar Egum, domin-los,

    espalhar o vento;

  • OPAR o ato ou ao de por fogo no mato; XANGO figura a corte, o bater do pilo e OXAL os movimentos do pombo. IV TIPOS DE EJ QUE EXISTEM IV . 1 SANGUE VERMELHO: REINO ANIMAL: Corrimento menstrual, sangue humano e sangue de animais. REINO MINERAL: Cobre, bronze, etc... IV . 2 SANGUE BRANCO: REINO VEGETAL: Seiva, sumo, lcool e as bebidas brancas extradas das palmeiras e

    alguns vegetais. IYROSUN p branco extrado do IRSUN. ORI MANTEIGA VEGETAL. REINO MINERAL: Sais, giz, prata, chumbo, platina, etc... IV . 3 SANGUE PRETO: REINO ANIMAL:Cinza de animais, fsseis, petrleo REINO VEGETAL: Sumo escuro de certos vegetais como o IL NDICO, extrado de

    diferentes tipos de rvores. V OS TIPOS DE MEDIUNIDADE: MDIUM CONSCINTE: aquele em que a manifestao no toma por completo seus

    sentidos, independentemente do tipo de entidade que esteja se manifestando (Preto-Velho, Caboclo, Orix). Ele escuta, enxerga, mas no tem controle sobre seus sentidos.

    MDIUM CONSCINTE DE FORMA PARCIAL: Parte dos acontecimentos ficam

    registrados outros no, a entidade se encarrega de limpar sua memria. A maior parte dos mdiuns est neste nvel. MDIUM INCONSCIENTE: Acontece de forma mais limitada, so raros os casos, pois

    envolve todo um aspecto fsico, emocional e significa que este conseguiu um controle do seu interior, entrando em transe completo.

    VI COMPORTAMENTO DO FILHO-DE-SANTO, REGRAS BSICAS: Ao entrar no porto saudar Exu: Laroi Exu ! Peo licena ! Ogum: Ogum Patacory ! Ogum Jacy Jacy !

    Ir at a rvore de Bar

    Cumprimentar Ossanhe

    Cumprimentar Tempo

  • Cumprimentar Oxossi

    Cumprimentar o seu Orix

    Reverenciar o assentamento de seu Egb

    Pedir a Beno do seu Bab e da sua Yi

    Cumprimentar seus irmos

    Nunca chegar da rua dando notcias boas ou ruins, sem aguardar uma oportunidade conveniente

    No fumar durante as obrigaes nem perto das oferendas

    No entrar na cozinha onde se prepara as oferendas para os Orixs, sem tomar

    banho e descansar da rua

    Evitar certos tipos de assuntos

    Quando duas ou mais pessoas com tempo de santo estiverem conversando, no entrar sem ser chamado nem cortar o assunto, ou mesmo passar sem pedir licena

    Durante as rezas ficar deitado de cabea baixa.

    Com essas medidas simples estars honrando teu Orix, a casa onde ele est assentado, o

    teu Bab, a tua Tia, alm de estar ensinando aos mais novos que respeito o primeiro sinal de amor e de fora espiritual.

    OBSERVAES:

    1 Quando falamos de cumprimentar os Orixs ou saud-los, falamos em pedir licena para que atravs das saudaes, do pa, Exu nos olhe com bons olhos e transmita ao Orix que chegamos. Assim, parte das energias negativas que adquirimos no dia-a-dia seja encaminhada pelos coordenadores das energias negativas. Esta regra se aplica tambm, antes de entrarmos na casa de Exu, Orix, Ronco, Il Ib Oku. Deve-se bater na porta 3 vezes a dar pa. Tal atitude faz com que evitemos tomar sustos ou vermos coisas indesejveis, uma vez que estamos desrespeitando o Il do Orix. Pa significa despertar o Orix, para que ele venha ao nosso encontro e receba nossa homenagem. No momento em que estamos emitindo sons, estamos fazendo um elo de ligao entre ns e o Orix. 2 Para colher essabas, deve-se proceder da seguinte forma:

    Saudar Ossanhe Saudar Omul, senhor da terra

    Bater pa

    Pedir ago ao orix

    Agradecer

    Nunca retirar essabas aps as 18: h, fazendo-o somente em casos de extrema

    necessidade, principalmente se voc no estiver preparado.

    VII ELK

  • Elks so fio de conta diferentes do Delogun, usados por aqueles que j possuem determinado tempo de iniciao. Cabe destacar que delogun usado pelos iniciados recentes.

    O elek indica a hierarquia no culto e fornece uma identificao com o Orix. A tradio

    exige adorao e respeito por estes elementos que no so bijuterias ou adornos, mas possuem para ns a mesma importncia que tero na Santa Igreja Catlica.

    Suas cores podem variar de acordo com a nao, o tipo e a qualidade do orix, cuja

    representao dada a seguir: EX: preto, vermelho e todas as demais cores em pequena proporo. OGUN: Azul-marinho, verde e branco. OXOSSI: Azul claro, verde e branco. OSSANHE: Verde musgo, branco e amarelo. OMOL: Preto, branco, marrom, vinho e coral. OXUM: Amarelo, salmo, rosa, azul, branco, dourado. OY: Vermelho, branco, rosa e cobre. YEMONJ: Azul em todas as tonalidades, branco e prateado. BESSM: Amarelo, verde e as cores do arco-ris. NAN: Branco, lils e rosa. OXAL: Branco. IBEJI: Todas as cores, menos preto. Existem cerimnias que so de grande importncia para a consagrao do elek, como

    por exemplo a LAVAGEM, que consiste em retirar as impurezas fsicas e astrais. No ritual da lavagem utilizam-se efuso de ervas (quinadas), que devem ser preparadas

    por sete moas virgens, de preferncia crianas. Enquanto as moas quinam as ervas em uma grande bacia, os filhos da casa formam uma roda ao redor delas, rezam e batem pa.

    Para esta cerimnia solene, todos devem estar de corpo limpo e respeitosamente lavar

    seu elek, sacando-o em seguida com uma pequena toalha branca. Devem ser acendidas velas para todos os Orixs.

    O perodo mais propcio para esta cerimnia o das guas de Oxal ou final de ano. VIII LOROGUN O Lorogun uma cerimnia fechada, ou seja, somente participam os filhos da casa.

    Consiste no fechamento do Egb durante a Quaresma. Este ritual evita que foras negativas atinjam o Egb e os filhos-de-santo, que devero permanecer resguardados durante este perodo.

    Para que se realize o Lorogun so necessrios os seguintes procedimentos:

    - Todos devem chegar cedo ao Egb e tomar o banho de costume; - indispensvel a participao de todos os filhos-de-santo;

    - Preparar um grande Eb com todos os tipos de comida;

  • - Agradar Exu e Egun;

    - Todos devero agradecer seus Orixs e;

    - Todos os Orixs devero permanecer acesos durante a quaresma.

    evidente que todo Egb possui seu ritual prprio e isto de ser respeitado. A realizao do Lorogun indispensvel em um Egb,pois o Ax a fonte da realizao

    e do poder e uma vez abalado todos sero atingidos e responsveis. Se o indivduo se diz filho-de-santo, s vezes com orgulho exagerado, deve saber que possui direitos e OBRIGAES.

    O final desta cerimnia marcado pela manifestao de todos os Orixs nos filhos-de-

    santo, que so a seguir recolhidos ao Ronc, de onde sairo com as respectivas folhas de cada Orix incorporado na palma da mo e comidas cruas dentro de uma sacola branca de murim.

    Na sada dos Orixs canta-se: O Lorogun eu O lorogun j j Acaj loni ago man sn O lorogun j j. (Bis) Os Orixs fazem um sacudimento em todos os presentes e distribuem as comidas. Os

    Ogs e todas as demais pessoas que no esto incorporadas retiram os enfeites do Barraco e colocam em um cesto junto com as folhas que foram usadas no sacudimento. Tudo ser despachado em lugar determinado pelo Bab.

    Todos devero levar flores para ofertar aos Orixs aps a realizao do sacudimento. IX TERMOS E PALAVRAS EM YORUB

    NMERAO EM YORUB

    1 : ni, kan 2 : ji 3 : Et 4 : Erin 5 : run 6 : f 7 : j

    8 : Ej 9 : san 10 : w 11 : kanl 12 : jil 13 : tal

    14 : rinl 15 : dogun 16 : rindi lgun 17 : tadilogun 18 : Egidilogun 19 : kandilogun 20 : gun

    Goma : d Azeite : ep

    Anil : Il Milho : agbd-k

    Pimenta : at Pimenta da costa : atar

  • NOME DE ANIMAIS:

    Boi ou varo : ml, ak Ovelha : agutan, ab-agutan guia : idi Cabra : agbrigb, ewr Avestruz : gng Carne de vaca : eranl Jibia : r Gato : logb, if, olofu Jacar : ni kad Pato : ppeiy, pekei, apepei Cachorro : aja, aja, adiaia Porco : eled, aled, led Galo : akuk, akokor, uabaodi Cupim : ikan Sapo : pol, xenimi, xenifidam

    Veado : agburim Elefante : erim, adjiniju,zamba Caracol : igbin Coelho : ehrr Coruja : owiwi Abelha : agbn Andorinha : olopandd Leo : kiniu, koji Mosca : xinxin Camaleo : agem Bode : lub, uko Peru : toltol, taleu-taleu Esquilo : kr Formiga : krik, r Gavio : audi Cavalo : exin, exie-atabexi Borboleta : lablab

    Galinha : adi, uabaodi Pombo : eiyle Rabo de cavalo : ru exin Abutre : gunungun Cordeiro : od agutan Caramujo : okot gua : ab axin Gaivota : adie d Carneiro : ab, oubik, eran Galinha dangola : coquem, sacu Vaca : aban-malu Burro : patap Cgado : ajap, logoz Rabo grande : ou-y Periquito : alod Macaco : oh, dud Peixe : oguri

    FRUTAS:

    Fruta : obi Abacaxi: Abocat Banana : gd

    Limo : rmb w Manga : mangr

    Laranja : osan ib Cco : fiju, ibp

    LEGUMES

    Cebola: alubsa Abbora : u r awunj Feijo : u r aunj Ervilha : orub

    Inhame : icu Quiabo : il Mandioca : gbgub

    Azedinhas : amukan Batatas : kukundukun Cana : irk Cera : id

    UTENCLIOS:

  • Prato : aw Garrafa : ig Faca : ob Colher : xibi Colher pequena : xibi kkr Colher de pau : xibi igi Garfo : agunj Toalha de mesa : ax tabil Prato de pimenta : aw atar Toalha de prato : ax aw Aucareiro : aw ij ib Xcara : ago sikara Fsforo : ixn Vassoura : igbal Cadeira : aga-ijk, idiu

    Navalha : abe Cama : ibusun akt, cumba Esteira : ni, jaj Travesseiro : irri Pilo : d Pedra de ralar : l Panela : otun, ikk Balde, pote : akruba Saco grande : ap k Casa : il Mesa : ajak, tapac, taingum Carvo : egui Teto : nl

    Rede : anda Lmpada, luz, claro : tnta-lai Quarto : jar Banco : aputi Cozinha : il-ageun Fogo : ajek-neulune Candieiro de querosene : teu Panela grande : odu-ikek Travessa, tijela de loua vidrada : ita Faca tridente ou garfo tridente ou lana tridente : ob-far Alguidar : ober Faca de ponta : ob-nuxo-inx

    PARENTESCO :

    Parentes : ar-ibatan Av : bab agb Av patriarca : bab-nla Av : iy agb, ya-nla Me : iy, y Pai : bab Filho : m-kurin, omam omoborim Filha : m-birin, exi omobirim Irm : arbiri Irmo mais velho : gbon kurin

    Irmo mais moo : abur kurin Tio : arkurin bab, aua-mete Tia : arbirin yi Primo : omkurin, arakurin, tta-mete Prima : ombirin, arabirin Marido : ok Senhora : ay Moa : omd birin Rapaz : omd kurin

    Irmo gmeo : babass Esposo, marido : okorim Esposa, mulher : obirim Mulher favorita : y-l Minha mulher : m-obirim, obirim-mim Viva : bi-egun, muturi Noivo : okebi Solteiro : ikobassu Homem : oko-okorim Menino : -mad Casado : okuamuri

    SENTIMENTOS :

    Inveja : ilr

    Raiva : binu

    Duvidar : x iymeji si

  • Escutar : desiti Bater, sacudir : j, baj Fome : ebi np Odiar, aborrecer : karij Ignorar : km Praguejar : ro

    Mentir : ro m Desprezar : gan Falar : soro Piedade : fun Chamar : fun p dio : fagurmo

    Tocar : gg Sofrer : ran Sono : orun nkun Amor : if Querer, amar : f Ignorante, ignorncia: aim

    MEDIDAS DE TEMPO: Os meses do ano : awn ox

    Janeiro : ox kini ti dun Fevereiro : ox kji ti dun Maro : ox kt ti dun Abril : ox kerin ti dun

    Maio : ox krun ti dun Junho : ox kef ti dun Julho : ox kj ti dun Agosto : ox kej ti dun

    Setembro : ox kesan ti dun Outubro : ox kw ti dun Novembro : ox kkanla ti dun Dezembro : ox kjil ti dun

    dun kan : um ano dun tkj : o ano passado dun to mb : prximo ano j-kan : um dia Wakati : uma hora Ab wakati : meia hora Wakati kan plu b : uma hora e meia

    Ixj kan : um minuto san : aurora run a : tarde ganj : meia noite Lonim : hoje Lanan : ontem Nijt : antes de ontem

    Ll : amanh Ltunl : depois de amanh Ibr : princpio Ari i san : meio Nijelo : passado Opin : fim

    VESTURIO:

    Ax : roupa Ubat : sapato Abata e Bata >: sapatos

    Fila : gorro, capuz de Obaluay Akt : chapu Oj : fita, faixa

    Pek-p` : chapu de sol Ax-dudu : roupa suja Abade : toalha

  • CORES:

    Dudu : preto Fin-fun, mandul : embolo e puti-branco

    Obdo : verde Elvikei : vermelho Okm : azul

    Mucumbe : roxo Kiobambo : amarelo

    BEBIDAS :

    Omim : gua Otin-nib : cerveja Otin-dudu : vinho tinto Otin-fum-fum : aguardente

    Oin : mel Alu : Brasil, refresco feito de rapadura com casca de abacaxi ou tamarindo

    Xeket : milho e gengobre Emelum : feito com ep Fur : feito com diversas frutas

    CORPO HUMANO :

    Ar : corpo Ory : cabea Ipak : nuca Etu : orelha Imum : nariz Iban : queixo Irun : cabelo Irun-ban : barba, bigode Efin : dente Eet : lbios Ap : brao Qu : mo Esse e Aless : p Itank : coxas Idi-cu : nus Kitaba e ebeu : vagina ep : testculo Ogungum : osso

    Enum : boca Era e Anc : carne Ej : sangue Eu e oju : olhos Okan : corao Elgik : ombros Ob : ndegas Ak : macho Abam : fmea Mulembu : dedo Rivenum : barriga

  • VOCABULRIO YORUB: A A dp - agradecemos a voc b - metade fin - Palcio, residncia de um rei (Oba) J Sineta de metal composta de uma, duas ou mais campainhas utilizadas por pais-de-santo (vd.) para incentivar o transe. Tambm chamado Adjarin. k machado Aar Raio Aar run - Relmpago r - doena, fadiga, cansao y - vida Aba - escada de mo Abad - Bluso usado pelos homens africanos. Abad - Milho torrado Abnigbro - conselheiro, aquele que aconselha, um sbio mais velho Abanij - difamador Abassa - Salo onde se realizam as cerimnias pblicas do candombl, barraco. Abaya - rainha me Abeb - Leque. Abl vela ABI Posio inferior da escala hierrquica dos candombls ocupada pelo candidato antes do seu noviciado; em yorb significa "aquele que vai nascer". Abomal - aquele que cultua os ancestrais (egngn) Abris - aquele que cultua/adora os orixs ABOR Denominao genrica dos rs (vd.) masculinos, por oposio as iabs, que so as divindades femininas. Aboyn - mulher grvida Abuku - desgraa br - Irm mais nova ADAHUN Tipo de ritmo acelerado e contnuo executado nos atabaques (vd.) e agogs (vd.). empregado sobretudo nos ritos de possesso como que para invocar os rs (vd.). Ad - Coroa. ADE Termo com que se designam (nos candombls) em especial os efeminados e, genericamente, os homossexuais masculinos. Adbo - pessoa que prepara a comida com os animais oferecidos em sacrifcio de acordo com as regras religiosas Adie - Galinha. Adit surdo ADSU Diz-se daquele que teve o osu (vd.) assentado sobre a cabea. 0 mesmo que ia. ADUFE Pequeno tambor. Instrumento de percusso de uso mais frequente nos xangs (vd.) no Nordeste Adup = Dup - Obrigado. Adr - Orao Afar - oyin - fovo de mel

    Aff - Vento fin Palcio AFIN 0 mesmo que ifin. Designa a noz-de-cola branca, na lngua yorb; por extenso a cor branca (vd. efun). Afju - Cego fom - doena infecciosa, trazida pelo Orix das doenas infecciosas (Babaluaiy; Xapan) Afonj - uma qualidade de Xang. ga - Cadeira gn - mulher estril Agbd - vestes sacerdotais gbdo - milho, sagrado para o Orix s (Bar) gbaiy - o mundo inteiro Agbra - Poder Agbd estmago GBO Infuso proveniente do maceramento das folhas sagradas as quais se vem juntar o sangue dos animais utilizados no sacrifcio e substancias minerais como o sal. Esse Iquido, acondicionado em grandes vasilhames de barro (porres), empregado ao longo do processo de iniciao e para fins medicinais sob a forma de banhos e beberagens. Agb - Carneiro. gbon coco AG Instrumento musical constitudo por uma cabaa envolta numa malha de fios de contas, de sementes ou bzios (vd.). Agemo Camaleo AGERE Ritmo dedicado a ssi executado aos atabaques (vd.). AGOGO Instrumento musical composto de uma ou mais campnulas, geralmente de ferro, percutido por uma haste de metal go Lnan - Com licena AGONJ Um dos doze nomes de Sng (vd.) conhecidos no Brasil gtn - Ovelha Aguntam - Ovelha. Ahn - Lingua ike - machado sn - doena iya - Peito iy Mundo; Palavra de origem yorb que designa o mundo, a terra, o tempo de vida e, mais amplamente, a dimenso cosmolgica da existncia individualizada por oposio a run (vd.), dimenso da existncia genrica e mundo habitado pelos ris (vd.), povoado, ainda, pelos espritos dos fiis e seus ancestrais ilustres. Aj Co JL vd. sl AJALAMO vd. sl jap - Tartaruga j - Bruxa Ajeum - Comida. AJOGN Palavra de origem yorb que designa os infortnios, como a morte, a doena, a dor intolervel e a sujeio

  • kr J Acaraj KSA Bolinhos de massa fina de milho ou farinha de arroz cozidos em ponto de gelatina e envoltos, ainda quentes, em pedacinhos de folha de bananeira. (Aca) AKIDAVIS Nome dado nos candombls Ktu e Jeje (vd. Nao) as baquetas feitas de pedaos de galhos de goiabeiras ou araazeiros, que servem para percutir os atabaques (vd.). kko Galo L Pano branco usado ritualmente como plio para dignificar os rs (vd.) primordiais. Geralmente feito de morim Alfin - ttulo tradicional para o rei de Oy Alab - Ttulo do sacerdote supremo no culto aos eguns. ALAB Ttulo que designa o chefe da orquestra dos atabaques (vd.) encarregado de entoar os cnticos das distintas divindades Alagba Senhor ALAMORERE vd. sl Alaru - Briga. Aly - Explicao Aled - Porco. ALKESSI Planta dedicada a ssi (vd.). Tambm conhecida como So Gonalinho Casaina silvestre, SW. F LACOURTIACEAE ALISE vd. runko Alubaa - Cebola. lubs Cebola AMACIS (ou AMASSIS) Ablues rituais ou banhos purificatrios feitos com o lquido resultante da macerao de folhas frescas. Entram geralmente em sua composio as folhas votivas do rs do chefe-de-terreiro do iniciando, e as assim chamadas '"folhas de nao" (vd.). ANIL vd. Wj. ANGOLA vd. Nao. ANGOMBAS vd. Atabaques Ap - Brao Apeja - Pescador Apre - exemplo Arail - Parentes rw Norte ARREBATE Abertura rtmica das cerimonias publicas dos candombls. 0 modo vibrante de tocar os atabaques (vd.); eqivale a uma convocao SE Termo de mltiplas acepes no universo dos cultos: designa principalmente o poder e a fora vital. Alm disso, refere-se ao local sagrado da fundao do terreiro, tanto quanto a determinadas pores dos animais sacrificiais, bem como ao lugar de recolhimento dos nefitos (vd. Runko). usado ainda para designar na sua totalidade a casa-de-santo e a sua linhagem. ASSENTAMENTO Objetos ou elementos da natureza (pedra, rvore, etc.) cuja substncia e configurao abrigam a fora dinmica de uma divindade. Consagrados, so depositados em

    recintos apropriados de uma casa-de-santo. A centralidade do conjunto dada por um ta, pedra-fetiche do ris (vd.) so - Roupa Ata Pimenta ATABAQUES Trio de instrumentos de percusso semelhantes a tambores que orquestram os ritos de candombl. Apresentam-se em registro grave, mdio e agudo, sendo chamados respectivamente Rum, Rumpi e L (ou Runl). Nos candombls angola so chamados de Angombas. Sua utilizao no mbito das cerimonias, cabe a especialistas rituais (vd. Alab e Og) Atgn - Brisa wa - Ns w - Cor wo Ew - Verde wo Oj run - Azul wo Pako - Marrom wodi - Gavio won - Eles (as) Ax - Assim seja Ax - Roupa. Axogum - Auxiliar do terreiro, geralmente importante na hierarquia da casa, encarregado de sacrificar os animais que fazem parte das oferendas aos orixs. - Importante especialista ritual encarregado de sacrificar, segundo regras precisas, animais destinados ao consumo votivo ya - Esposa B Bl - chefe de um povoado, com menos status que um Oba Bb - milho da Guin Bb - Pai. Bb nl Vov BABAUS vd. Candombls Babagba - homem velho, geralmente o av BBLWO Sacerdote encarregado dos procedimentos divinatrios mediante o pl de If, ou rosrio-de-If Bblrs - Pai de Santo BABALORIX Sacerdote chefe de uma casa-de-santo. Grau hierrquico mais elevado do corpo sacerdotal, a quem cabe a distribuio de todas as funes especializadas do culto. o mediador por excelncia entre os homens e os rs. 0 equivalente feminino denominado ialorix. Na linguagem popular, so consagrados os termos pai e me-de-santo. Nos candombls jeje dot e vodun; e nos angola tata de inkice BABALOSSAIN vd. Olossain Babaoj - Sacerdote do culto dos eguns; Oj o nome de todos iniciados no culto aos eguns. Babass - Irmo gmeo. Bde - caar em grupo Bj - lutar, brigar Blag - entrar na maturidade

  • Bal - Casa dos mortos.Bal - Chefe de comunidade. Balgun - chefe da sociedade dos guerreiros Balw Banheiro BANHA-DE-ORI Espcie de gordura vegetal obtida pelo processamento das amndoas do fruto de uma rvore africana que vendida nos mercados brasileiros para uso ritual nas casas-de-santo. Diz-se tambm "banha-de-Oxal" e "limo-da-costa". A mesma denominao dada a gordura de origem animal extrada do carneiro BANHOS vd. gbo. vd. Amacis. BARCO Termo que designa o grupo dos que se iniciam em conjunto. Suas dimenses so variveis. H barcos de mais de vinte nefitos e "barcos-de-um-s". Atravs do barco se consegue a primeira hierarquizao dos seus membros na carreira inicitica. Como unidade de iniciao gera obrigaes e precedncias imperativas entre os irmos-de-barco ou irmos-de-esteira Barapetu - grande, uma pessoa de distino BARRACO vd. Casa-de-santo. BATUCAJ Com este termo costumava designar-se a percusso que acompanha as

    danas nos terreiros; por extenso designa tambm as danas. BATUQUES vd. Batucaj. vd. Candombls Bni - Sim Beji - Orix dos gmeos. Ber - Perguntar Br - Comear Bru - Medo Bi - Nascer Biyi - Nasceu aqui, agora. B - Adorar. BOMBOJIRA vd. s. BOR Ritual que, juntamente com a lavagem-de-contas, abre o ciclo inicitico. Fora deste ciclo, rito teraputico. Em ambos os casos, consiste em "dar de comer e beber a cabea" Bubur - Maldoso Bur - ruim, negativo, destrutivo Buruku Mau BZIOS Tipos de conchas de uso recorrente na vida cerimonial dos candombls. Especialmente servem s prticas do dilogun sistema divinatrio onde so empregados geralmente dezesseis bzios

    C Cabaa Fruto do cabaceiro (Cucurbita lagenaria L., ou Lagenaria vulgaris cucurbitcea, e outras espcies). Sua carcaa freqentemente utilizada nos cultos afro-brasileiros como utenslio, instrumento musical" insgnia de ris ou mesmo para representar a unio de Obtl e Odduw (o Cu e a Terra). CABOCLOS Espritos ancestrais cultuados nos candombls-de-angola, de caboclos e na umbanda. So representados, geralmente, como ndios do Brasil ou de terreiros da frica mtica. Cafofo - Tmulo. Camba - Cama. CAMARINHA vd. Runko. CANDOMBLS Designao genrica dos cultos afro-brasileiros. Costumam, no entanto, distinguir-se pelas suas designaes regionais: candombls (leste-setentrional, especialmente Bahia), xangs (nordeste-oriental, especialmente Pernambuco), tambores (nordeste ocidental, especialmente So Lus do Maranho), candombls-de-caboclo (faixa litornea, da Bahia ao Maranho), catimbs (Nordeste), batuques ou pars (regio meridional, Rio Grande do Sul,,Santa Catarina e Paran), batuques e babaus (regio setentrional, Amazonas, Par e Maranho), macumba (Rio de Janeiro e So Paulo). CANDOMBLS-DE-CABOCLO vd. Caboclo. vd. Candombls Ca - um tipo de Xang.

    CASA-DE-SANTO Designao do espao circunscrito que constitui a sede de um grupo de culto. Costuma chamar-se tambm de il (ktu), roga e terreiro (angola) e, em alguns casos, barraco. Este ultimo termo serve tambm para designar o recinto onde ocorrem as festas pblicas. CATIMBO vd. Candombls Catular - Cortar o cabelo com tesoura, preparando para o ritual de raspagem para iniciao no Candombl. CAURIS vd. Bzios. CAXIXI Chocalho de cabaa e de vime tranado, contendo sementes ou seixos. Em alguns casos, vasilhames rituais em miniatura. CESTO-DA-CRlAO 0 saco-de-existncia (p aiy), que, na cosmologia do povo-de-santo, Oldmar deu a Obtl para que criasse o mundo a flor das guas primordiais. Foi, no entanto, Odduw quem verteu o seu contedo sobre a superfcie das guas CONGO vd. Nao Congum - Galinha da Angola. CONTRA-EGUN Trana de palha-da-costa que os nefitos trazem amarrada nos dois braos, logo abaixo do ombro, com a finalidade de afastar os espritos dos mortos Cutilagem - o corte que se faz na cabea do iniciado; realizado para abrir o canal energtico principal que o ser humano tem no corpo, exatamente no topo da cabea, (no Ori), por onde vibra o ax dos Orixs para o interior de uma pessoa.

  • D D - Orix das correntes oriundas do Daom. Dd - bom ou bonito Dabb - proteger, fornecer proteo Dda - Beleza Dgalgb - tornar-se um homem adulto Dgb - envelhecer, ficar velho, crescer Dag - D licena. Dhn - Responder Dal - quebrar uma promessa DAN Serpente sagrada (Daom Benin) representando a eternidade e a mobilidade sob a figura de uma cobra que engole a prpria cauda. Genericamente designa os filhos-de-santo da nao jeje; encontrando-se sincretizada com smr e Besen. DANDALUNDA vd. Yemoja Dara - Bom, agradvel. Dra - bom, ser bom Dradra - muito bom, tudo certo D - Chegar. DEFUMADOR Composto de essncias aromticas, folhas e cascas, usado ritualmente em fumigaes propiciatrias e teraputicas Dlade - coroar um rei Dele - chegar em casa DEND Palmeira africana aclimatada no Brasil (Elaeis guineensis; Jacq.) de ampla utilizao na liturgia dos candombls. 0 leo obtido dos seus frutos (azeite-de-dend)

    considerado indispensvel para a elaborao de grande parte das comidas-de-santo. Suas folhas servem para guarnecer entradas e sadas das casas-de-santo (vd. mrw) DESPACHO Tipo de oferenda dedicada a s, quer no incio das crimnias (vd.Pd), quer nas encruzilhadas, nos matos, rios e cemitrios. DIA-DO-NOME vd. Orko Dd - ara - boa sade Dide - Levantar. Dg espelho DIJINA Nome inicitico dos filhos-de-santo dos candombls de nao angola DILOGUN (rn dnlgun) Nome dado adivinhao com bzios que podem ser de 4 a 36 (mais comumente 16). Nesse jogo de If as respostas ao orculo so dadas por s Dn Fritar DBL Cumprimento prescrito aos iniciados de rs femininos diante dos lugares consagrados ao culto, pai ou me-de-santo, rs e graus hierrquicos elevados. 0 termo ik designa o seu correspondente para o caso de filhos-de-santo de brisa masculinos Dbl deitar Dudu - Preto. Dp - Agradecer Dro - De p

    E E Kr - Bom-dia E Ksn - Boa-tarde E Kle - Boa-noite Eb - Famlia Ebi Fome EBO Termo que designa, genericamente, oferendas e sacrifcios, Usa-se tambm trabalho, despacho e, as vezes, feitio. EBMIN Pessoa veterana no culto; ttulo adquirido aps a obrigao de sete anos. Ope-se a ia, sendo equivalente a vodunci dn r - pedra de raio, sagrada para o Orix Sng d - Fgado Edu - Carvo. Edn - machado d - encanto, feitio gun - ossos, ossos humanos W vd. Quizila Efi - fumar Ef - vegetais verdes fri - dor de cabea EFUN Nome dado a argila branca com que so pintados os nefitos. Essa pintura corresponde ao que se chama de "mo-de-

    efun" (vd. 18-Efun). Como sinnimo de efun ocorre, tambm, afin gb - comunidade de pessoas com o mesmo propsito gb - amuleto de proteo para o Orix (gn) Egb - chaga, ferida gbn - Irmo mais velho g - Aipim Egun - Alma, esprito. Nome genrico dos espritos dos mortos gn - esprito dos ancestrais Egngn - Espritos dos ancestrais, cultuados especialmente em terreiros situados na Ilha de Itaparica, na Bahia hin - Costas Ehn - Dente Eiye - pssaro Eiyel - Pombo Eja - Peixa j - Sangue Eji - chuva jk - Ombro Ej - cobra Ej - Cobra. kn - Unha

  • k - pessoa mentirosa, falsa, fraudulenta k - rato Eleb - Aquele que est de obrigao. Aquele em nome do qual se faz o sacrifcio ou oferenda ld - Criador Eled - Orix guia. Elgbgi - curandeiro que usa ervas Els - pessoa que adora o mensageiro s Elkan - Ningum Elu - estranho mi - Eu m - respirao, tambm se refere a alma humana Emi Vida ENI Nome dado a esteira de palha utilizada pelos nefitos, sobretudo durante o perodo de recluso. empregada como "mesa", "cama" e "tapete" em distintos ritos. No candombl usual a expresso "irmos-de-esteira" para designar o conjunto de nefitos reclusos ao mesmo tempo, e que eventualmente tenham partiIhado esse artefato simblico na liturgia da iniciao nia - Ser humano Enn - inimigo Enini - orvalho da manh Enu - Boca Enyin - voc Ep - Azeite, leo Ep-pupa - Azeite de dend Equ - Mentira. EQUDE Cargo honorfico circunscrito s mulheres que servem os rs sem, entretanto, serem por eles possudos. o equivalente feminino de og Eran - Carne Eranko Animal ER Termo que caracteriza um estgio de transe atribudo a um esprito-criana re - Esttua Er - Lama

    Erin - Elefante Erink - milho na espiga Er Segredo Er - carregamento, fardo Er - Carrego; carga. Er - Cinza Er - Escravo rbo - compromisso de fazer uma oferenda aos Orixs Erupe - sujo Esan - Vingana. sin Religio ESSA Espritos de ancestrais ilustres do candombl s Primognito da criao. Tambm conhecido como Elgbra (jeje) popularmente referido como compadre ou homem-da-rua. Suscetvel, irritadio, violento, malicioso, vaidoso e grosseiro. Dizem que provoca as calamidades publicas e privadas, os desentendimentos e as brigas. Mensageiro dos' rs e portador das oferendas. Guardio dos mercados, templos, casas e cidades. Ensinou aos homens a arte divinatria. Costuma-se sincretiz-lo com o diabo. Ocorre tanto em representaes masculinas como femininas. Nas casas angola Bombogira; nas casas angola-congo (Exlon). Na umbanda tem mltiplas personagens, entre elas, Pomba-gira. Suas cores so o vermelho e o preto. Saudao "Lar y!" ESTEIRA vd. Eni Eti - Ouvido w - Feijo Ew - folha de planta wn corrente Ew - cabelo grisalho, sinal de dignidade Ewu - perigo wre - cabra Eya - tribo Eyin - Ovo Eyin - Vs

    F F - Raspar Fadaka - Prata Faiya - encantar, seduzir FAMLIA-DE-SANTO Termo de referencia que designa os laos de parentesco mstico nos quais incorre o filho-de-santo em virtude da iniciao Fri - cortar o cabelo com lmina (raspar) Far - Raspar cabea F - amar Fe - h muito tempo FEITO 0 mesmo que adsu e ia. FEITURA Processo de iniciao que implica em recluso, catulagem, raspagem, pintura, instruo esotrica, imposio do osu (vd.) e apresentao publica (vd.) orko Fniyawo - casar

    Fenuk - Beijar Fran - Gostar Fr - flauta Ferese - janela Fijb - respeitar Fil - Gorro, chapu FILHO-PEQUENO Termo de parentesco mstico que se refere a um lao interposto pela iniciao entre um novio e seu padrinho, gerando obrigaes e deveres semelhantes aos do compadrio (vd. Me-pequena). FILHO-DE-SANTO Diz-se de todo aquele que afiliado ao candombl. (vd.Povo-de-santo). FIRMA Fecho de colar de forma cilndrica. Suas cores indicam a vinculao de seu portador a um determinado rs F - Lavar

  • F - Quebrar Fiya - estar com medo, amedrontado FN vd. Jeje. vd. Nao Fowlrn - agir com pacincia Fn - Dar Funfun - branco

    Funfun - Branco Fnlflorun - dar liberdade, agir de maneira certa Fnwiniwini - garoar F - o som feito pelo vento

    G Ga - Alta, grande Gri - refeio feita de farinha de mandioca Gala - veado, alce GANZ Instrumento musical de percusso, semelhante a um chocalho, geralmente de folha-de-flandres e forma cilndrica, contendo em seu interior pedaosde chumbo ou seixos Gari - Farinha GB Gbabe - esquecer Gbada - faca com lmina grande Gbdr - rezar Gbagbo - acreditar Gbaguda - farinha de mandioca Gbajumo - cavalheiro; homem gentil Gb - levantar Gbd - agir de maneira inteligente Gbr - cumprimentos Gbese - dvida Gbyw - casar

    Gbn - Plantar Gb - Ouvir Gbogbo - Todos Gbju - bravo Gbrn - grande Gbr ouvir G - Cortar G Irun - Cortar o cabelo Gld - sociedade dedicada a homenagear os ancestrais Gnd - homem forte Gib - Jogar Gmb - cicatriz; marca no rosto que indica linhagem Gl - ouro Gn - pessoa alta Gun - subir Gunnugun - abutre, urubu Grr Pipoca

    H H - expresso de prazer Hal - amedrontar, ameaar, intimidar HAMUNYIA Cadencia executada pelos atabaques e agogs que capitula a estrutura dos diferentes toques que marcam o sir (vd.). Mais conhecida por Avamunha

    He - pegar, apanhar H - ferver Hun - tecer, tranar Hw - comportar-se

    I Ia - Me Ia ia Av IAB vd. Abor. IBASS Especialista ritual encarregada do preparo das comidas votivas dos rs. I-EFUN Especialista ritual encarregada das pinturas corporais durante o perodo de iniciao. Embora esse ttulo honorfico signifique literalmente "me-do-efun", o ofcio litrgico no se limita s pinturas com o pigmento branco (efun). So tambm empregados: wj e osn, respectivamente as cores azul e vermelho ILAX Titulo honorifico geralmente ostentado pela prpria me-de-santo, significando "me-do-ax" ou "zeladora-do-ax" Ialorix - Me de santo (sacerdote de orix) IA Termo que designa o novio aps a fase ritual da recluso iniciatria. Em yorb significa "esposa mais jovem"

    Ib - Colar, cheio de objetos ritualstico b - homenagem em respeito aos Orixs Ib pjpj - febre muito alta bamol - foras espirituais que so merecedoras de respeito Iban - Queixo banj - Tristeza Ibj - Gmeos bere - Origem b - Nascimento bnu - Raiva Ib - Lugar de adorao Ib - Mato Ibji - sombra Ibl - run - leito de doena Ibl - ik - leito de morte Ibsn k - cemitrio Id - Espada Ida-oba - Espada do Rei dw - consulente de adivinhao Ide - Pulseira

  • Ideruba - Fantasma Id - nus, ndega dd - Umbigo Idunnu Felicidade IF Deus dos orculos e da adivinhao. Senhor do destino. H quem afirme ser sua representao a cabaa envolvida por uma trama de fios de bzios. Sua cor o branco. Seu dia a quinta-feira. Conhecido tambm como rnml, "somente-o-cu-sabe-quem-ser-salvo". Saudao "Epbb/" If - Adivinhao Ifiyable - viso mstica feseji - perdo fun - Intestino Iga - quintal de um ancio gb - histria Igbado - milho gbl cemitrio IGB OD Expresso yorub que designa a cabaa ou o artefato litrgico que contm no seu interior os elementos simblicos e as substancias que tornam possfvel a existncia individualizada. IGB-OR Expresso yorb que designa, no rito do bor, o recipiente em que vo sendo depositadas as substancias constitutivas e reveladoras da identidade do sacrificante. Literalmente significa "cabaa-da-cabea". Na liturgia dos candombls freqentemente utilizada a forma ib, com o mesmo sentido Igbe Grito GBN Cadncia rtmica lenta executada pela orquestra cerimonial em louvor a sl. 0 termo designa tambm o molusco gasterpode terrestre, com concha univalva, corpo prolongado e tentculos na cabea. E o caracol tambm conhecido como "o boi de sl" e sua oferenda predileta. Na linguagem corrente dos candombls usual a forma ib gbn - lesma, caracol Igb - floresta Igbd rs - local sagrado para iniciar uma pessoa nos mistrios dos Orixs gboro - rua, estrada Igi - rvore Igi - pe - palmeira Ih - buraco Ija - luta, briga jb - Acidente jta - Anteontem Ijex - Nome de uma regio da Nigria e de um toque para os Orixs Oxum, Ogum e Oxal. Iji - rvore Ijo - Dana ka Dedo IK vd. Dbl kdde Pena vermelha do papagaio-da-costa (Psittacus eritacus, sp.). Simboliza o

    nascimento do novo filho-de-santo e, de um modo geral, a fecundidade k - Morte Ikn - estmago Il - marcas faciais Il - Quiabo l rn - Leste Il Casa - vd. Casa-de-santo Il - Terra Il Ok Cemitrio IL-RS Expresso yorb que designa a dependncia de uma casa-de-santo onde se encontram depositadas as diferentes insgnias e objetos que compem a representao emblemtica de cada um dos rs. tambm conhecida a forma "quarto-de-santo" ou "casa-do-santo" l - Cidade l - tambor male - respeito ao ancestral mw - ara - encarnao, estado de reencarnao Imo - ope - folhas de palmeira ml - foras da natureza (rs) Imonamona - raio Im - Nariz In - fogo In Fogo INKICE vd. rs Inn - Fogo pd - encontro Ipad - Reunio pel - pequena cicatriz facial que indica a linhagem familiar Ipin - guardio pitan - tradio oral rw - estrelas rmj - cnticos do funeral dos caadores rpo - Harmonia rs - arroz Irin - ferro, sagrado para o Orix gn IRMO-DE-AX Termo de referncia que designa a relao de parentesco mstico entre os membros de uma mesma casa-de-santo. Diz-se, tambm, irmo-de-santo. IRMO-DE-BARCO vd. Barco. IRMO-DE-ESTEIRA vd. Eni Ir - Mentira Irun - cabelo Irnmle - foras da natureza (rs) sl - rgos reprodutores Ise - trabalho sgn - reverncia aos antepassados Isink - funeral, enterro tan - towodowo - lenda tradicional, histria sobre os orixs tan - histria, lenda, mitologia tef - iniciado nos fundamentos de If Ito - urina w - gba - carter de um ancio w - d - natureza w - Respeito

  • Iwj or - Testa w rohin - Notcia do jornal wo - Chifre wo - Tu w rn - Oeste Iwr - ouro y - gan - mulher mais velha, (anci), dentro da sociedade dos mdiuns ancestrais y - me y nl - Vov ygb - avylwo - divindade de if feminina, significa: " me dos mistrios ". Iyabas Cozinheira IY EGB Titulo honorfico importante na hierarquia dos terreiros que distingue sua portadora como "me-da-comunidade" ylwo - divindade feminina, me dos mistrios

    Iyalax - Me do ax do terreiro yl - esposa mais velha em uma famlia polgama. Ylors - mulher iniciada nos mistrios das foras da natureza (rs), me de santo. YSAN Divindade das tempestades e do Rio Niger, mulher de gn, e, depois, de Sng. Relacionada com os vendavais, os raios e os troves. Sincretizada com Santa Brbara. Seu dia da semana a quarta-feira. Suas insgnias so a espada e o espanta-moscas de crinas de cavalo. Suas cores so o vermelho escuro e o marrom. Considerada a me dos egn, que a nica a dominar. Saudao "Eparrei !" Iyekan - ancestrais do pai Iyo Sal

    J Jde - Sair Jdeogun - preparar o combate Jdi - atacar Jagunjagun - Guerreiro, Soldado Jaj - Esteira Jal - Roubar J - acordar Je - comer Je ewo - m sorte que vem como o resultado de uma violao de tabu/regra Jj - rogar uma praga JEJE vd. Nao. vd. Fn. JEL Um dos nomes pelos quais conhecido s jel ou Ijel Jeun - Comer

    Jw - confessar Ji - Acordar, roubar Jigi - espelho Jije - comer Jikelewi - borrifar Jimi - Acorda-me J - Danar Jko - sentar Jn - estar em chamas J - desculpar, perdoar Jowo - grande favor Jb - Respeitar Juba - rezas, pedido Juw Acenar

    K K - Ler, contar Kbiys - cumprimento de respeito a um rei (oba) Kbysl - expresso de respeito a um chefe ou mais velho Kdr - destino K'g - pedir permisso para entrar em uma casa Kal - sentar Kan - Azedo Kan - estar em chamas Kr - bom dia Krn - ficar doente Kw - ler Kw - saudao, aclamao K - cortar Kedere - clarear, esclarecer Khnd - o segundo gmeo a nascer Keker - Pequeno Kker - pequeno Kr - ser pequeno KTU vd. Nao

    Kkn - mortal Kiniun - leo K - Aprender Ko Dara - Ruim K Tp - De nada Kkr - chave; sagrado para o mensageiro Exu (s) Kla - noz de cola amarga. Sagrada para a maioria dos Orixs Korin - cantar Krira - odiar Kor - Fel, amargo Kosi Nada Kt - Buraco Ku - morrer Ku - Morrer Kunle - ajoelhar no cho como um gesto de respeito, tanto para um local sagrado como para uma pessoa mais velha Kunrin - cantar Kuru - Longe Kurumu redondo

  • L L - Abrir L - sonhar Labalb - Borboleta Lbel - secretamente L - l - o comeo (considerar tempo) L - l - para sempre Lik - imortal Lailai - Para sempre Lla - Sonhar Ll - De noite Llju - esclarecer, iluminar Ln - Ontem Larin Moderado LAVAGENS Termo genrico pelo qual so designados os ritos Iustrais dos candombls. Esses ritos purificatrios podem ser exercitados sobre os colares cerimoniais, as pedras (t) consagradas aos rs, e nos templos. A mais tradicional manifestao publica dessa cerimnia realizada na Igreja de N. S. do Bonfim, na Bahia. LAVAGEM-DE-CONTAS Rito de agregao que consiste em lustrar os colares sagrados. Esse ritual marca o aparecimento do postulante como abi, vinculando-o a estrutura hierrquica de uma casa-de-santo L - Forte Ltl't - segmentos de um ritual

    Lw - ser bonito Lile - Feroz, violento Lil - Partir L - Ir Ld - do lado de fora Lod - Lado de fora, l fora Lod oni - no presente Lodo - No rio LGN EDE Divindade yorb considerada no Brasil filho de Ibualama ou Inle (ss) e sun Yyponda. Homem durante seis meses, jovem e caador. Nos outros seis, mulher, bela ninfa que s come peixes. Suas insgnias so o of (vd.) e o leque dourado (abebe) de sun. Suas cores so o azul e o amarelo-ouro translcido. Seu dia da semana quinta-feira. Saudao "Lgn!" Lkan - bravo Lkun - forte Lla - Amanh Lona - No caminho Lni - hoje Lsn - De tarde Lowo - Rico Lw - ser rico, ter abundncia Lu - Furar Lukoun pnis

    M Ma - de fato, realmente MACUMBAS vd. Candombls. ME-CRIADEIRA Termo de referncia que designa a ebmin encarregada de atender o novio durante o seu perodo de recluso. a responsvel pelo preparo e administrao dos alimentos; higiene pessoal; guarda-roupa e instruo do nefito nos mistrios do culto. Por isso, diz-se que "cria" aquele que est sendo iniciado. ME-DE-SANTO vd. Babalorix. ME-PEQUENA Ttulo honorfico feminino que corresponde segunda pessoa na ordem hierrquica de uma casa-de-santo. Tambm ocorre a forma ia-keker. Seu equivalente masculino pai-pequeno. Diz-se, tambm, me ou pai-pequeno daquele que, ao lado da me ou pai-de-santo, encarrega-se da formao do ia (vd. Filho-pequeno) Maga - sacerdote chefe do Orix Xang (Sng) Maleme - Pedido de perdo Mal - Vaca Malu - Boi Mal Ako - Boi Ml - boi Mandinga - Feitio Mrw - folhas de palmeira - As folhas desfiadas do dendezeiro (Elaeis guyneensis, A.

    Cheval, PALMAE) que guarnecem as entradas de uma casa-de-santo contra os egn, os espritos dos mortos MATAMBA vd. ysan. MAWU vd. sl Meje - Sete Mejeji - Duas vezes Mj - dois Mrin - quatro Mrndlgn - dezesseis (16), tambm usado para referir a um sistema de adivinhao usado pelos iniciados de Orixs que est baseado nos primeiros dezesseis versos da divindade If (Od) Meta - trs Mw - dez Mi - engolir, respirar M - Viver Mi-amiami - Farofa oferecida para exu Mmo - sagrado, divino Mrn - outro M - Conhecer Mo - Eu Mod Cheguei Moj - saber, conhecer Mojub - Apresentando meu humilde respeito. Louvao endereada aos ancestrais ilustres, foras da natureza e aos prprios rs, durante os ofcios litrgicos

  • Moru - tempo quente M - Pegar Mu beber Mul - Levar embora Mun Beber

    MUZENZA Diz-se dos filhos-de-santo nos candombls de "nao" angola. 0 mesmo que ia. Por extenso, designa a primeira sada pblica do nefito no rito angola. Significa, literalmente, "estranho ser animado", na etimologia da lngua kikongo.

    N N - Bater N - Gastar N - primeiro de todos NAO Designa, no Brasil, os grupos que cultuam divindades provenientes da mesma etnia africana, ou do mesmo subgrupo tnico. Mo exemplos do primeiro caso as "naes" congo, angola, jeje, ao passo que o segundo caso ilustrado por ktu, ijes e y,correspondentes aos subgrupos da etnia nag. Trata-se, na verdade, de categorias abrangentes as quais se reduziram as mltiplas etnias que o trfico negreiro fez representadas no Pais. 0 termo tem servido para circunscrever os traos diacrticos atravs dos quais se revela um mundo caracterizado por um notvel conjunto de elementos comuns. Tem servido, alm disso, paia hierarquizar esse universo em termos da maior ou menor "pureza" atribuda a cada "nao" em virtude de uma suposta fidelidade e autenticidade litrgicas. Naj - Prato feito com argila NN Divindade das guas primordiais, dos pntanos e brejos. Da associada quer ao limo fertilizante e a vida, quer a putrefao e a morte. Considerada me de Omol sincretizada com Sant'Ana. Suas cores so o vermelho, o branco e o azul que exibe em seus colares. Sua insgnia o Ibiri artefato confeccionado com a nervura central das folhas do dendezeiro, de pice recurvo como um bculo. Seu dia sbado. Saudao "Slba" Nba - juntar-se Nfe - amar Ni - dizer, ser, algum, aquele, depende do contexto N - Ter Ni r - De manh Nbi - No lugar Ngbt - quando Nikan - sozinho Nle - em casa Nn - dentro Nipa - Sobre Nipon - Grosso. Ntor - Por que Ntorp - Porque Nje - bem Njo - danar Nko - no Nl - grande

    Nlo - indo Nmu bebendo NOZ-DE-COLA vd. Ob Nrin - caminhando Nro - pensando Nu - Sumir Nyn voc

  • O O - ele, ela, isto Ob Rei OB Terceira mulher de Sng, Ob a deusa nigeriana do rio do mesmo nome. Muitas vezes se confunde com ysan, pois, alm de casada com Sng, usa tambm espada de cobre. Na outra mo leva, seja um escudo, seja um leque com o qual esconde uma de suas orelhas em lembrana do episdio mtico que deu margem sua rivalidade com sun. No Brasil sincretizada com Santa Catarina e Santa Joana d'Arc. Seu dia quarta-feira. Seus colares so de contas alternadamente amarelas e vermelhas de tonalidades leitosas. E saudada como "Obxire!" OBALWIY a "forma" jovem de Spnnn, do qual Omolu a "forma" velha. Divindade da varfvola e das molstias infecto-contagiosas e epidmicas, consta como filho de Nn, criado por Yemoja, e, portanto, irmo de smr Veste-se todo de palha, com o que cobre as suas ulceraes. Sua saudao "Atot!" significa "Calma!", exigida a um deus to poderoso e temvel. Sua insgnia o ssra feixe de nervuras das folhas do dendezeiro, amarrado com tiras de couro, em vermelho e preto (ou branco e preto), incrustradas de bzios. sincretizado, no Brasil, com So Roque, as vezes, com So Lzaro e ainda com So Sebastio, em Recife Oba obnrin - Rainha me OBTL vd.sl Ob - Termo que designa a faca usada nos sacrifcios, por extenso qualquer faca no jargo do candombl Ob fari - Navalha Ober - Alguidar Ob - noz de cola, usado num sistema simplificado de adivinhao. Fruto de uma palmeira africana (Cola acuminata, Schott. & Endl. STER-CULIACEAE) aclimatada no Brasil. Indispensvel no candombl, onde serve de oferenda para os rs e usado nas prticas divinatrias simples, cortado em pedaos Ob - sexo feminino Obinrin - Mulher Obirim - Mulher, feminino bo - Macaco bo vagina OBRIGAO vd. Ebo. OBRIGAO DE SETE ANOS E uma das obrigaes mais importantes da carreira inicitica. Equivale a um autentico rito de investidura, a partir do qual, tornando-se ebmin, o filho-de-santo pode proceder a iniciao de outros buk - bode Od - Caador

    de - do lado de fora Od - Fora, rua de ay - o mundo todo Odide - papagaio Od - Rio dodo - justia Od Destino OD Pronunciamento oracular resultante da prtica divinatria com o pl (vd.), com os cocos de dend (vd.) ou com os bzios (vd.). H 16 od primrios ou maiores. Suas combinaes com os 16 secundrios resultam em 256, cujos desdobramentos chegam a 4.096. Cada od nominado e pertence a uma divindade ODDUW Divindade yorub, ora apresentada, nos mitos, como masculino e irmo de Obtl (vd.) (vd. tambm Cesto-da-criao), ora como feminino e, no caso, esposa deste ultimo. Odduw significa "a cabaa de onde jorrou a vida". evocada, no Brasil, em alguns terreiros (vd.) e, tambm, no candombl-dos-eguns de Itaparica (vd. Egngn). ODUNDUN A folha-da-costa ou saio africano (Kalanchoe brasiliensis, Comb. CRASSULACEAE). Uma das folhas rituais mais importantes dos candombls Odukun - batata doce Odn - Ano dndn - erva medicinal OF Designa o instrumento simblico de ssi, consistindo num arco e flecha unidos em metal branco ou bronze Of - Arco e flecha Of - flecha fin - lei, direito Of - feitiaria furuf - Respirar, ar, espao OG Ttulo honorfico conferido, seja pelo chefe do terreiro, seja por um rs incorporado, aos benemritos da casa-de-santo, que contribuam com sua riqueza, prestgio e poder, para a proteo e o brilho do se (vd.). Esse tipo de titulatura admite uma srie de especificaes que abrangem, desde cargos administrativos, at funes .rituais. A iniciao dos ogs mais breve e se distingue daquela dos ias (vd.), por excluir a catulagem, a raspagem e alguns outros rituais. Tal como as equdes (vd.) os ogs no so passveis de transe. g - Chefe Ogbe - crista de galo Ogbo ato - ficar velho, vida longa Ogboni - sociedade de homens ancies que adoram o Orix Onile gd - Banana gd - encanto, feitiaria Ognrin mulher

  • GN Divindade da forja e dos usurios do ferro; por extenso, da guerra e da agricultura e, tambm, da caa ou de todas as demais atividades que envolvem a manipulao de instrumentos de ferro. rei de Ir e por isso chamado, no Brasil, Onr. Costuma ser representado por um semicrculo soldado a base por uma haste, no qual se encontram, pendurados no arco do semicrculo, todo o tipo de instrumentos, que, como o conjunto inteiro, so de ferro. E filho de Yemoja e irmo de s e ss. Por isso, tem a ver com os caminhos, a caa e a pesca. Pertence-Ihe a faca sacrificial o be (vd.). Os colares so de contas verdes ou azul-escuro (em angola). Seu dia a tera-feira. Saudao "gn y!" Ogun - Guerra gn - Orix da Guerra e Metais Ohn - Voz jiji - Sombra Ojise - mensageiros j - chuva Oj bmta - Sbado Oj ik - Domingo Oj Aj - Segunda-feira Oj B - Quinta-feira Oj Et - Sexta-feira Oj sgn - Tera-feira Oj R - Quarta-feira jl - jibia Oj - olho ou face, dependendo do contexto Oj - ri - sepultura, tmulo Oj se - fora nos olhos Oj n - caminho, estrada Oju ona - Olho da rua, ( caminho ) Oj run - Cu Ojubona - professor Ojugbede - sacerdote chefe do Orix do ferro gn em Il If Oka - cobra Okan - Corao k - Montanha Oko - Esposo Ok - Pnis Okn - corao k - cadver, defunto kun - o oceano, mar Okunlin - Homem kta - Pedra Ol - ladro Olod - Senhor da rua Oldmar - Supremo vd. Olrun Olona - nome em louvor ao Orix Ogun que significa: "proprietrio da estrada" OLJ Expresso yorub que na lngua ordinria significa seja o vendedor, seja o dono do mercado. Na cosmologia do povo-de-santo, a locuo dono-do-mercado equivale a um dos ttulos de s OLR Termo que designa o "dono da cabea", isto , o rs pessoal de cada iniciado (vd. Or).

    OLRUN Divindade suprema yorub, criador do cu e da terra. Deus do firmamento. o Eleda, "senhor-das-criaturas-vivas"; o elm "dono-da-vida"; que criou o homem e a mulher a partir do barro, encarregando seu filho, Obtl, de mold-los e anim-los com o sopro vivificante. De carter inamovvel, o numinoso que permanece fora do alcance dos homens que no Ihe podem render culto. No tem insgnias. Sua cor o branco absoluto. tambm chamado de Old-mar Olr - chefe Olrum - Deus Olosa - Orix da laguna OLOSSAIN Sacerdote encarregado da coleta e da preparao ritual das ervas sagradas na liturgia dos candombls. 0 mesmo que babalossain Olw - sbio mais velho Olk - Professor Oluwo - chefe adivinhador de If do conselho masculino dos ancios Omi - gua Omi ay - as guas da terra Omi Dd - Caf preto Omira - sangue menstrual Omi-tt - gua fria Omo - filho, criana. Omod - criana jovem n - estrada, caminho Ong Comida Onbr - cliente Onbode - porteiro Onl - guarda da casa Oni're - nome em louvor para o Orix do ferro Ogun, que significa "chefe da cidade de Ire" Ons - trabalhador Onje - omida Onje r - Caf da manh Onje Al - Jantar Onje sn - Almoo ni - O Rei da nao Yorub Orn - Sol s - o mesmo que Orix SL Este o nome pelo qual se conhece, no Brasil, Obtl (o Senhor do Pano Branco) e significa "o grande ris". Filho de Olrun (vd.) foi encarregado por este de criar o mundo e os homens. Nesta ultima condio portador dos ttulos de jl, jlm e Al-morer. Apresenta-se ora como um jovem guerreiro, simbolizado pelo arrebol sgnyn, ora como um velho, curvado ao peso dos anos, simbolizado pelo sol poente slfn. Suas insgnias, em prata lavrada, so, em conseqncia, ora a espada e o pilo, ora o psor um basto com aros superpostos, adornados de pingentes, encimados por um passado (em geral uma pomba) smbolo do poder. Costuma-se sincretiz-lo com Nosso Senhor do Bonfim.

  • Sua cor herldica o branco e seu dia a sexta-feira. A ele se dedica a grande festa popular da "lavagem do Bonfim" (vd. Lavagem). Saudao "Ep bb! Ep !" soko - Orix da fazenda p palmeira PL Colar aberto no qual se encadeiam oito metades de coquinhos de dende, mediante um fio tranado de palha-da-costa. o instrumento divinatrio privativo dos autnticos sacerdotes de If (vd. Os bblwo (vd.). Opl - corrente usada pela divindade If, significa: " enigma da palmeira " pin sn - o fim do ritual polo - Sapo pp - rua pr - mentiroso r - Amigo (a) Or - Termo que designa a cabea na vida litrgica dos candombls. , alm disso, uma divindade domstica yorub guardi do destino e cultuada por adeptos de ambos os sexos. Tambm se diz que a alma orgnica.perecvel, cuja sede a cabea inteligncia, sensibilidade, etc. ORK Conjunto de narrativas da saga mstica dos rs que proclamam seus feitos. Ocorre tambm sob a forma de pequenos enigmas endereados a uma pessoa como voto de bons augrios Orl - nome de uma nao Orin Cantiga RS Qualquer divindade yorub com exceo de Olrun (vd.). Seus equivalentes fn (vd.) so voduns. A designao das divindades do culto angola-congo que Ihe correspondem inkice. Essas equivalncias so imperfeitas, pois, ao passo que uns so foras da natureza, outros so espritos que retornam sob a representao de animais, enquanto outros ainda so espritos ancestrais ris bi - esposa de Orungan RSNL um ttulo de Obtl, a partir do qual se formou, no Brasil, o nome Oxal ORGB Fava de uma planta africana adaptada no Brasil (Garcinia Kola, Hae-ckel, GUTTIFERAE). Orko - Expresso yorub, empregada na liturgia dos candombls, que significa "qual o teu nome?". Ocorre na mais expressiva cerimonia publica do candombl, conhecida como sada-de-santo, dia-do-nome, sada-de-ia e muzenza rn - Pescoo Orun Cu RUN vd. Aiy Ornkn Joelho RNML vd. If sa - Lagoa Osn - Laranja

    Osn - fruta snyn - Orix das ervas e dos medicamentos s - Sabo s - semana ritual de quatro dias s - Esquerda Os Bruxo SNYNN rs das folhas litrgicas e medicinais, imprescindveis para a realizao do culto. Na frica considerado companheiro de If e tambm adivinho. Seu emblema so sete hastes de ferro pontiagudas, das quais a haste central encimada por um pssaro. As sete hastes esto soldadas pela base, formando, no seu pice, um crculo em torno da haste com o pssaro. As cores das contas de seus colares so o verde (ou azul) e o vermelho leitoso. Seu dia , para alguns, a seguinda, e para outros, a quinta-feira. Sua saudao "Ew !" ss - orix da caa - Filho de Yemoja, irmo de gn (vd.), companheiro de s e snyn, este rs, considerado rei de Ktu, tem o ttulo de ode (o Caador). No Brasil sincretizado, seja com So Jorge (na Bahia), seja com So Sebastio (no Rio de Janeiro e Porto Alegre). Seu smbolo o of (vd.). 0 cotar votivo de contas azul-de-viena (azul esverdeado). Saudao "k r" Os Ms SMR Costuma ser identificado com o arco-ris e com a serpente. Representa a continuidade, o movimento e a eternidade. No Brasil considerado irmo de Obalwiy (vd.) e filho de Nn (vd.), possivelmente em virtude de sua origem daomeana. Dele se diz que o Rei de Jeje. Seu smbolo so as duas cobras que leva nas mos quando dana, sendo uma masculina e outra feminina, aluso ao seu carter duplo de macho e fmea. Dia consagrado: tera-feira. Colares de contas verdes e amarelas listradas. Saudao "Arb bo y!" Sincretizado com So Bartolomeu. SN Divindade das guas, em particular no Rio sn, na Nigria. E a segunda esposa de Sng, mas foi casada tambm com gn e ss. Deste ultimo casamento nasceu Lgn-ede (vd.). Seus smbolos so o leque dourado e a espada. pois uma iab que se caracteriza pela coqueteria, gostando de enfeites e jias de ouro (ou cobre amarelo). Tem o ttulo de Ialod chefe das mulheres do mercado, sendo sincretizada no Brasil com diversas Nossas Senhoras (da GIria, da Conceio, do Carmo, das Candeias, da Candelria) e com Santa Luzia. Alm disso, a Rainha de sogbo e y. Seus colares so de contas amarelo-douradas translcidas. Saudao "Rora yy o!" Seu dia o sbado. sup Lua

  • OSU Artefato cnico, confeccionado a partir de substncias sagradas de origem animal, vegetal e mineral, imposto a cabea do novio aps as incises rituaisfeitas sobre o alto do crnio (vd. Adsu). Ota e Okuta - Pedra Ot - lcool Ot B - Cerveja Otin Dudu - Vinho tinto Otin fum-fum - Aguardente

    Otin nib - Cerveja tit - verdade Otu - sacerdote que faz oferendas em nome do Rei (Oba) tn - Direita un - Ele (a) Owo - No Ow - Dinheiro Oyin Mel

    P P Matar Pada Voltar PD Rito que desempenhado no incio das cerimnias do candombl em homenagem a s, considerado necessrio como rito propiciatrio, pois as primcias sacrificiais devem caber aquele que , alm de primognito da criao, o portador titular de qualquer oferenda. 0 seu no cumprimento visto como implicando em perturbao de toda a ordem ritual Pad - Encontrar Pd - encontrar Paeja Pescar PAI-DE-SANTO vd. Babalorix. PAI-PEQUENO vd. Me-pequena Pk - farinha de mandioca, mandioca Paki - Sala Pkr - ritual noturno nos funerais PALHA-DA-COSTA Tipo de palha proveniente da Costa da frica, com que se designa a regio sudanesa da frica Ocidental (Golfo da Guin). Usa-se tranada em diferentes artefatos litrgicos. Pam - Esconder Par - desaparecer, ser destrudo Pari - completar Pariw - gritar, barulho Patap Burro PATW ou PATW Palmas em cad0ncia sincopada empregadas como saudao aos rs, bem como em circunstncias que impem o silencio, como no caso do recolhimento, para indicar uma necessidade a ser atendida. Diz-se pa.

    PARS vd. Candombls P - Chamar Peji - Espcie de altar onde se encontram dispostos os diversos tipos de insgnias da divindade, como as pedras votivas (ta), armas e demais objetos simblicos, e onde esto dispostos os recipientes contendo as comidas ofertadas aos rs PEMBAS Espcie de giz de diferentes cores que usado para traar desenhos mgico-religiosos e de carter invocatrio. E mais freqentemente empregado nos ritos de umbanda. Pl - marcas na face. Caracteriza as famlias Pelebi - Pato Peleke - aumentar Ppiye - Pato Pepel Banco Pn - dividir, repartir Pitan - contar historias POMBA-GIRA vd. s Pk - copo feito de uma casca de coco POVO-DE-SANTO Designao coletiva que abrange o conjunto dos filhos-de-santo de todos os candombls PRETOS-VELHOS Termo que designa um tipo de entidade caracterstica dos cultos de umbanda. Representam os espritos de negros escravos que se notabilizaram por sua humildade, sabedoria e magia. So conhecidos como Vov/Vov, Tio/Tia e Pai/Me. Pupa - Vermelho Pp - Muito Putu bom

    Q QUEBRA-DE-QUIZILA vd. Quizila. QUITANDA-DE-IA Rito do ciclo inicitico em que so rompidos alguns dos tabus que cercam o novio. Consiste no desempenho dramtico de funes e atividades evocativas de situaq5es do quotidiano. 0 termo alude, ainda, a venda que o ia efetua de produtos variados (frutas, doces, etc.) expostos sobre tabuleiros,como nas feiras e mercados. A origem do termo quitanda

    kimbundo e significa expor, e, por extenso, feira ou mercado. QUIZILA Interdito ritual; o mesmo que w. Na liturgia dos candombls h um ciclo cerimonial, onde se realiza o rompimento dos tabus que circundam o novio durante a iniciao, conhecido como quebra-de-quizila. Dele fazem parte o pann e a quitanda-de-ia.

  • R R - Apodrecer R - Comprar R - engatinhar Rr - No Rri - rapar a cabea, o primeiro degrau da iniciao Re - Ir Rin - rir Rr - coisas boas, boa fortuna Rere - Muito bem Rrn - Rir R - Ver Rn - Andar Rn - Trabalhar

    Riri - tremer de medo R - Pensar Roboto Redondo ROA vd. Casa-de-santo Rjo - chover Ronu - Pensar Rbo Sacrifcio RUM, RUMPI, RUNL vd. Atabaques Run - perecer, sucumbir RUNKO Termo pelo qual se designa o aposento destinado a recluso dos nefitos durante o processo de iniciao. f conhecido tambm como alase, camarinha ou ainda se Rsrs Amarelo

    S S - estao, determinado espao de tempo SADA-DE-SANTO vd. Orko Saju Antes SAKPAT vd. Obalwiy Sn - estar bem Snku - morte prematura Snm - cu Sanra - estar gordo Sanro Gordo SANTO vd. rs Sarapeb - Mensageiro Sr - Rpido, correr SAWORO Artefato de palha tranada e que tem como fecho um guizo. 0 novio deve t-lo atado ao tornozelo, e port5-lo durante um largo perodo ap6s a sua recluso. Um dos smbolos cerimoniais da sujeio do ia numa casa-de-santo S - cozinhar Sr - chocalho, sagrado para o Orix Sng Sgg - tirar a sorte, fundio de certas formas de adivinhao Sk - mentir Si Ori - Abrir a Cabea Simi - Descansar Sinsin - descansar Snun - Dentro Sir Diverso

    SIRI Conjunto de danas cerimoniais onde ocorrem distintos ritmos, cnticos e estilos coreogrficos caractersticos do desempenho de cada rs Sise - Trabalho So - amarrar Sd - fora Skoto calas SNPNNN vd. Obalwiy. SNG Divindade iorubana do raio e do trovo. Descendente do fundador mtico da cidade de y e seu 4. rei. Seu smbolo o machado duplo, notabilizando-se ainda como o dono da pedra-do-raio, indispensvel aos seus assentamentos. E viril, como atestam suas vrias esposas (sun, Oba, Oya), violento e guerreiro, distinguindo-se, sobretudo, pelo seu senso de justia, aspecto mais desenvolvido da sua representao no Brasil, e que o liga a So Jernimo, com quem sincretizado. Suas cores so o vermelho e o branco. Seu dia quarta-feira. Saudao "K wo, k biy s!" Sr - falar Sr - Falar Stito - ter f Sn - Dormir Sunkun - chorar Sr Pacincia

    T T - vender Tb - Tabaco, fumo Two - o primeiro gmeo a nascer Tlk - pessoa pobre TAMBORES-DE-MINA vd. Candombls Tan - Vela, lmpada Tann - acender a luz Tara - pequena pedra Tata Gafanhoto TATA-DE-INKICE vd. Babalorix Taya - Esposa

    T - espalhar Te - estabelecer T - pressionar Tf - iniciao If Tel - seguir Tmi - Meu, minha TEMPO um ndice. Corresponde ao rok nag. Muitas vezes seus assentamentos (vd.) se encontram ao ar livre, isto , "no tempo". Dele se diz que o dono da bandeira branca que distingue as casas-de-santo (vd.). Seu

  • smbolo uma grelha de ferro com trs pontas-de-lana. sincretizado com So Loureno, santo catlico que sofreu o martrio sobre uma grelha. TERREIROS vd. Candombls Tete Aplicado TETEREGUN Planta da famlia das ZINGlBERACEAE (Costus spicatus, SW.). conhecida, ainda, como sangolov e cana-de-macaco. Na classificao das folhas liturgias considerada de agitao

    Tmtm - pequeno Tntn - sincero Titi - at Titun - Novo T - Urinar Tbi - Grande, maior Tbi ode - caar Toto - Ateno Tn - Retorno Tnd - renascer Tutu - Frio, gelado

    W Wa - Nosso W - ser Wdi - fazer perguntas WJ Nome litrgico do anil ou ndigo, a cor azul-escura Wakati - Hora Wr Leite W - Banho Wejeweje - coisas boas Were - jovem Wr - Louco Wp - dizer algo W - Vestir

    W - o qual Wo - relaxar Wodi investigar Wo'gun mrin - os quatro cantos do mundo, as quatro direes Wol - entrar Wolwd - entrar e sair Won - ento Wran - assistir Wu - Desenterrar Wun ni - Gostar Wr Ouro

    Y Y - inundar Y - virar para o lado Yg - Licena Yalayala - gavio, rpido, veloz Yama - Oeste Yn - escolher Yan - Torrar Yanran - bom Yara - quatro Yra - ser rpido Yara-ypejo Sala Yaro - Ficar aleijado Yesi quem YEW rs feminino do rio e da lagoa Yew, na Nigria. Uma das iabs, considerada ora

    irm de iysan, ora esposa de smr. Seu nome significa beleza e graa. As cores de seus colares so o vermelho e o amarelo. Usa como insgnias o arpo, a ncora e a espada. Ha um vodun daomeano com o mesmo nome, cultuado em So Lus do Maranho. Saudao "Rir!" Yewere - sem valor, indigno Yy - bobagem Yeye - me Yi - isto Yibi - grandeza Yio - desejo Yiyan - Assado Yo - aparecer Yonrin Areia

    S Corresponde a letraX Saju - Antes Sir Diverso XANGS vd. Candombls Xaor - Tornozeleira de palha da costa usada durante o recolhimento para o processo de iniciao.

    Xarar - Instrumento simblico do Orix Obaluaiy X - Fazer Xir - Festa, brincadeira

    V VODUN vd. rs. l/ODUNCI vd. Ebmin

  • MDULO II

    OS ORIXS:

    - ORIXS POUCO CULTUADOS - EXU ELEGBAR

    - OGUM

    - OSSANHE

    - OXOSSI

    - LOGUN-ED

    - OXUM

    - EW

    - OY

    - OB

    - YEMONJ

    - OXUMAR

    - XANG

    - NAN

    - OBALUA / OMUL

    - IRKO

    - OXAL

    OS ORIXS So massas de movimentos lentos, serenos e de idade imemorial. So dotados de um grande equilbrio, necessrio para manter a relao entre os que nascem e os que morrem, entre o que dado e o que devolvido. Por isso, esto associados justia e ao equilbrio. So as entidades mais afastadas dos seres humanos e as mais perigosas. Incorrer no desagrado ou na irritao desses Orixs-funfun fatal. Tal situao, est associada ao sentimento que aterroriza alguns iniciados, ao aniquilamento total, a de ser completamente reabsorvido pela massa e no renascer nunca mais. Funfun aqui utilizado com duplo sentido: do branco,de tudo que branco, os objetos e as substncias brancas; e a do incolor, anti-substncia, o nada. O QUE SO ORIXS ?

    Muita gente acredita que os orixs so seres inferiores, perversos e de pouca luz. Ou, ento, chegam a defini-los como criaturas demonacas, com grande poder de destruio, usados somente para o mal. Mas, ento, o que realmente so os orixs?

  • Para ns, os orixs so seres divinos criados por Olorun, nosso Deus nico, que o auxiliaram na criao do universo e de todos os seus componentes. A partir da, eles ganharam a funo de intermedirios entre o criador e a criatura. atravs deles que podemos tentar chegar um pouco mais perto de Deus, se isso no for muita pretenso para ns, meros mortais.

    Segundo os yorubs, os orixs so os donos da nossa cabea, ou "ori", e nossos protetores individuais. Eles esto sempre tentando nos transmitir seus conhecimentos, que, muitas vezes, passam desapercebidos pela nossa razo, mas no pelos nossos sentidos. Infelizmente, no damos a devida importncia a esse fato, achando que so "coisas da nossa imaginao". Segundo acreditamos, houve uma grande ruptura entre os seres humanos e os orixs, que antes viviam lado a lado, cada um podendo visitar o mundo um do outro; ou seja, a Terra (iy) e o cu (orun), estavam ligados entre si, no existindo barreiras. Algumas lendas do Candombl contam que tudo corria muito bem, at um ser humano desrespeitar a ordem estabelecida por Olorun. Seu erro foi adentrar em um local proibido, maculando-o com a sujeira da Terra. Isso no foi perdoado, e a separao tornou-se inevitvel. Assim, Oxal soprou o seu hlito divino sobre a Terra, criando o ar atmosfrico, que seria, da em diante, a barreira entre esses dois mundos. Desde ento, os seres humanos vivem tentando alcanar o cu e seus seres encantados, sem obter resultado.

    Ns, atravs do Candombl, conseguimos restabelecer essa ligao com o orun, e temos o poder de presenciar claramente a manifestao da centelha divina em nosso interior, que a experincia mais maravilhosa que algum pode experimentar. A esse conjunto de mecanismos criados pelos seres humanos para tentar chegar mais perto do criador e reatar, assim, a comunicao interrompida no passado, a melhor definio para a palavra religio. H varias formas de um mesmo orix, isto , existem vrios tipos diferentes provenientes de uma mesma origem divina. A esse fenmeno damos o nome de qualidades. Tomemos o exemplo do orix Oxun, que reina nas guas doces. Ele ir subdividir-se em vrias formas ou qualidades, como: Pond, Opar, Kare, Top, etc. Todas essas qualidades tm a mesma essncia, mas diferem entre si em muitas coisas, inclusive no que diz respeito a seus fundamentos e rituais. Esse tema muito complexo, gerando dvidas at mesmo entre os babalorixs.

    Por isso, para podermos detectar o orix de uma pessoa, assim como sua forma ou qualidade, preciso consultar o orculo de If, ou jogo de bzios. No existe outro meio mais seguro e eficaz.

    Atravs dos bzios, um bom sacerdote ser capaz de identificar, o orix ao qual a pessoa pertence, e tambm verificar se h, realmente, a necessidade de se fazer a iniciao. Caso isso seja inevitvel, a pessoa em questo dever passar por vrios preceitos de confirmao at o dia da feitura. fundamental que no haja erros de espcie alguma, pois com a vida de um ser humano que estamos lidando.

    Quando o babalorix identifica o orix de algum, ter, necessariamente de levantar todos os detalhes que esto ligados a ele, como a famlia ao qual pertence, as oferendas de que gosta, o tipo de comida que mais lhe agrada, seus lugares de ebs, rezas, cantigas, etc. , tambm, muito importante saber sobre o elemento da natureza que ele habita e domina, bem como a funo que desempenha dentro do universo.

    Os orixs podem ser evocados atravs de rezas (aduras), cantigas especiais (orikis), ou pelo seu nome dentro do plantel dos orixs (morunko). Cada um deles tem suas cores predominantes, que derivam das trs cores bsicas do universo, que, segundo os yorubs, so o vermelho, o preto e o branco. As roupas rituais de cada orix, alm de todos os adereos e ferramentas que lhe so peculiares, tambm exibiro essas cores. As comidas tambm so indispensveis nas oferendas, variando muito de orix para orix. ORIXS Os negros africanos, ao chegarem ao Brasil, trouxeram um culto primitivo, oriundo de sua ptria, conhecido como Candombl. Aparentemente de maneira infantil, cultuavam alguns deuses chamados por eles de "orixs". Essas divindades seriam, por um lado, ligadas natureza e por outro aos homens. Praticantes seculares do mediunismo, os negros adeptos do Candombl, no aceitavam e no aceitam at hoje, a "incorporao" em seus mdiuns de Espritos de "mortos". No Candombl um Esprito errante chamado de "egum". As definies a seu respeito e as lendas africanas a respeito de onde eles se originaram so vrias, mas coincidem em alguns pontos bsicos: Orixs so divindades intermedirias entre o Deus Supremo e o mundo terrestre, encarregados de administrar a criao e se comunicar com os homens atravs de vistosos e complexos rituais. As estrias sobre eles falam-nos de seres profundamente humanos em seu comportamento - arqutipos que encontram correspondncia com vrias mitologias, entre elas a greco-romana. Existem duas correntes bsicas que tentam explicar o aparecimento d