013 - apostila ramatis - 13 - responsabilidade e riscos da mediunidade

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    PREPARANDO-SE PARA O III MIL NIO 11. Responsabilidade e riscos damediunidade

    FRATERNIDADE RAMATS DE CURITIBA

    CURSO "PREPARANDO-SE PARA O TERCEIRO MILNIO"1 mdulo: Introduo ao estudo das obras de Ramats

    RESPONSABILIDADE E RISCOS DA MEDIUNIDADE

    Todos os homens so mdiuns, diferindo somente quanto maior ou menorsensibilidadena escala medinica. Entretanto, aqueles que j manifestam sua faculdade medinica demodo ostensivo, nos quais se percebe a ocorrncia de um "fenmeno incomum", ou algoestranho que lhes domina a mente, a vontade, ou produz a perturbao psquica, socriaturas necessitadas de um desenvolvimento medinico disciplinado e sob o controle depessoas mais experimentadas.

    Sem dvida, trata-se de espritos que j se reencarnaram comprometidos com a"mediunidade de prova", e onerados por severas obrigaes crmicas decorrentes desuas iniqidades do passado. Esses espritos so agraciados pela bondade dos Mestresdo Alto atravs da hipersensibilidade do seu perisprito, decorrente da interveno dostcnicos siderais, e assim reencarnam-se com a "graa prematura" de participarem de umservio extra e obrigatrio no mundo fsico, que lhes desperte a sensibilidade para osobjetivos espirituais.

    A verdade que tanto os homens cultos ou ignorantes, ricos ou pobres, desde que sofram

    a insidiosa perturbao que lhes afeta o psiquismo e destrambelha os nervos, nopassam de criaturas necessitadas de urgente socorro dos trabalhos espritas, parase ajustarem novamente ao seu comando psquico e se harmonizarem com seus velhosadversrios do pretrito.

    Alguns encarnados, cuja mediunidade s vezes reponta de sbito, com sintomasobsessivos, requerendo os cuidados urgentes de outros mdiuns mais desenvolvidos,podem ter reencarnado com a obrigao crmica de abalar as convices infantis ouatestas de sua prpria famlia carnal.

    Desde que so responsveis, no passado, por acontecimentos morais que levaram

    algumas criaturas ao desespero, loucura ou at ao suicdio, eles se obrigam a suportara "prova da obsesso"e lograr a sua cura posterior, com o fito de abalar as convices desua parentela carnal, que comumente so suas prprias vtimas de ontem.

    Embora todos os homens sejam realmente mais ou menos influenciados pela atuao dosespritos desencarnados, no se deve esquecer que tambm existem os espritos bons,em tarefa benfeitora para com aqueles que na vida fsica buscam a sua reabilitaoespiritual. Mas necessrio ao homem renovar-se incessantemente na composio dosseus pensamentos e manifestaes dos seus sentimentos, adestrando-se tanto quantopossvel no curso superior da vida espiritual.

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    Aqueles que desejarem se livrar da companhia das entidades dassombras no podem descurar do seu apuro moral, do estudo superior edo seu controle emocional e mental sobre os desejos inferiores e aspaixes violentas.

    O mdium no pode ser considerado uma criatura anormal, mas se trata, sem dvida, deum indivduo incomum, criatura inquieta, receptiva e algo aflita, que vive, por antecipao,certos acontecimentos. A hipersensibilidade perispiritual do mdium atua comveemncia na fisiologia do seu sistema nervoso e endcrino.

    O mdium, portanto, em face de sua sensibilidade psquica aguada, enfrenta umaexistncia mais gravosa do que o homem comum, cumprindo-lhe desde cuidar daalimentao, at suportar mais intensamente os dissabores e as preocupaes da vida

    humana, sofrer mais facilmente os efeitos das alteraes climticas e as preocupaes davida humana, pois o seu psiquismo demasiadamente excitvel.

    Alguns mdiuns, entretanto, so, por natureza, pacatos e sem qualquer caractersticaexcepcional, pois sua mediunidade, neste caso, menos sensvel no campo psquico;enquadram-se nesta situao os mdiuns sonmbulos ou de efeitos fsicos, cujafaculdade de carter fenomnico, s identificada e manifestada durante o transe.

    A luta do mdium para sobreviver no mundo fsico bem mais intensa do quea existncia do homem comum.

    1. OBSTCULOS E VICISSITUDES NO SERVIO MEDINICO

    Geralmente, o mdium um esprito em dbito com seu passado, e a faculdademedinica ajuda-o a redimir-se, o mais cedo possvel, no servio espiritual em favordo prximo, lembrando uma pessoa que, depois de arrependida de seus desatinos,passa a empreender atividades benfeitoras, a fim de compensar o seu passadoturbulento.

    Ento, alm de suas obrigaes cotidianas, sacrifica o seu repouso habitual e cooperanas iniciativas filantrpicas e nos movimentos fraternos, atende parentela pobre, aosamigos em dificuldades, aos presidirios e aos deserdados da sorte, funda instituiessocorristas, participa de agremiaes educativas e auxilia sociedades de proteo aosanimais.

    obvio que, apesar dessas atividades filantrpicas, os mdiuns no se livram dosimperativos biolgicos do seu corpo fsico e a sua faculdade medinica, longe deconstituir-se privilgio, no os isenta das vicissitudes e das exigncias educativas davida humana, pois a sade ou a doena no dependem especificamente do fato de ohomem ser ou no mdium de prova.

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    Malgrado o esforo socorrista elogivel e as atividades religiosas oucaritativas de muitos mdiuns, eles tambm esto submetidos ao trabalhocomum e sujeitos igualmente ao instinto animal e s tendncias ancestrais dafamlia terrena.

    O esprito que j renasce na Terra comprometido com o servio medinico, que o ajudara reduzir o fardo crmico do seu passado delituoso, deve cumprir o programa que elemesmo aceitou no Espao! Alis, quando o mdium retorna ao Alm, ele j se d pormuito satisfeito caso tenha desempenhado um mnimo de dez por cento do programa aque se comprometeu e foi elaborado pelos seus mentores siderais.

    Deste modo, o esprito que em vida anterior zelou pelo seu corpo fsico e viveu existnciasadia, sem vcios e paixes deprimentes, obviamente h de merecer na vida atual um

    organismo sadio e de boa estirpe biolgica hereditria, que lhe permite gozar boa sade;mas aquele que no passado esfrangalhou o seu equipo carnal e o massacrou naturbulncia viciosa, gastando-o na consecuo dos apetites inferiores, ter um corpofsico dotado de funes orgnicas precrias.

    A mediunidade de prova um ensejo, espcie de "aval" concedido pelo Alto ao homemdemasiadamente comprometido em suas existncias anteriores, mas do seu devercumprir a tarefa medinica de modo honesto, sublime e caritativo, cabendo-lhe aresponsabilidade moral na boa ou m aplicao dos bens cedidos pela magnanimidadedos seus guias.

    O mdium no um missionrio, na acepo exata da palavra, pois, salvo rarasexcees, um esprito devedor, comprometido com o seu passado, e a sua faculdademedinica um ensejo de reabilitao concedido pelo Alto, no sentido de acelerar a suaevoluo espiritual.

    Portanto, alm de dar cumprimento aos deveres inerentes faculdade medinica, ter elede enfrentar tambm as contingncias que a vida impe a todos, pois os problemas quelhe dizem respeito s podem ser solucionados e vencidos mediante a luta, e no pelaindiferena ou preguia, e nem pela ajuda dos seus guias, pois estes somente ajudam ospupilos que fazem jus, pelo esforo prprio empreendido.Quando o mdium se empenha em dar fiel cumprimento sua tarefa medinica e

    enfrenta as adversidades da vida com estoicismo e resignao, sempre assessorado noAstral por uma equipe de espritos benemritos, que o amparam a fim de tornar-lhe maisfcil vencer os obstculos da sua jornada.

    grande a responsabilidade do mdium na funo de "ponte viva" entre osetor invisvel e o mundo fsico, pois, alm de tratar-se de um encargo que elemesmo aceitou antes de reencarnar, a mediunidade um ministrio oucontribuio de esclarecimento destinada a despertar e esclarecer asconscincias, sendo pois um servio em favor da prpria humanidade.

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    PREPARANDO-SE PARA O III MIL NIO 11. Responsabilidade e riscos damediunidadeA funo do mdium assemelha-se do carteiro que, embora seja a pea de menordestaque na correspondncia entre os homens, caso se recuse a cumprir a funo deentregar as mensagens aos destinatrios, semelhante negligncia constitui uma faltabastante grave.

    Em tais condies, desde que se rebele contra a sua obrigao ou se escravize a vcios epaixes que prejudiquem e inutilizem a sua tarefa medinica, ento ser vtima dosespritos das sombras e, por sua culpa, enfraquecer o servio libertador do Cristo.

    O aguamento imaturo da mediunidade de prova muitas vezes leva o esprito adesenganos, malogros e rebeldias, tal qual o jogador de xadrez que, aps muitos lancesfrustrados, vacila em mover no tabuleiro a pea de menor importncia.

    No entanto, o mdium laborioso e desinteressado, disposto a vencer todos os obstculos,conseguir transpor todos os empecilhos do mundo, e at os que esto em si prprio,

    pois h casos em que o mdium, apesar de alijado e quase paraltico, mesmo assim eleconsegue reunir em volta do seu leito uma turma de irmos dispostos a ouvirem a suapalavra fraterna e instrutiva, ligando todos faixa vibratria sublime da VidaAnglica. Em suma, embora ele esteja impossibilitado de dar passes, participar detrabalhos de incorporao ou passar receiturio, mesmo assim d cabaldesempenho misso a que se obrigou.

    semelhana da bolota que se desenvolve no solo, sujeita a crescer naturalmente porefeito da sua dinmica gentica, o mdium de prova sabe que se cultivar cuidadosamentea sua faculdade medinica, ento tambm conseguir tornar-se uma espcie de carvalhogeneroso, cuja sombra amiga beneficiar muitos viajantes necessitados de repouso.

    Assim como o modesto veio d'gua, nascido e vertido da encosta de uma cordilheira,depois de sulcar prodigamente extenso solo ressequido por onde passa, e contornarobstculos imensos, se transforma em caudaloso e imenso rio, o mdium tambm precisatranspor e vencer as pedras que surgem no caminho do seu aprendizado eaperfeioamento medinico.

    No entanto, se quiser vencer mais facilmente as decepes e os desnimos na suacaminhada evolutiva sobre a face do planeta, o talism milagroso para conseguir esseobjetivo integrar-se, de alma e corao, no roteiro luminoso do Evangelho deJesus!

    2. A FUNO REDENTORA DA MEDIUNIDADE E O XITO NO SERVIO MEDINICO

    No aprimoramento medinico esto em jogo os elevados ensinamentos da vidaevanglica, e a sua finalidade a de proporcionar ao homem a sua mais brevelibertao espiritual. Entretanto, o xito depende muitssimo das condies morais edos conhecimentos do mdium, que deve se afastar de tudo aquilo que possa despertaro ridculo, a censura ou o sarcasmo sobre a doutrina esprita. O mdium desenvolvido, naacepo da palavra, fruto de longas experimentaes em favor do prximo!

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    S o servio desinteressado, a imaginao disciplinada e o equilbrio moral-emotivo que podero garantir ao mdium o sucesso nas suascomunicaes com o Alto!

    So dignos de censura os mdiuns preguiosos, que sentem estranho prazer em seconservar na mesma ignorncia de quando iniciaram o seu desenvolvimento medinico.

    O xito do mandato medinico e a sua transparncia espiritual exigem que osseus intrpretes, alm do seu apuro moral, tambm despertem o seucomando mental e melhorem o seu intelecto.

    O xito no servio medinico depende muito mais da renncia, desinteresse,humildade e ternura dos seus medianeiros, do que mesmo de qualquer manifestaofenomnica espetacular, que empolga os sentidos fsicos, mas no converte o esprito aoBem.

    A faculdade medinica, destinada a objetivos sublimes, bem mais importante e complexado que o desempenho das profisses comuns do mundo, igualmente exige, na suapreparao, um roteiro inteligente, sensato e criterioso, sob o mais devotado carinho edesprendimento de seus cultores.

    3. AS VICISSITUDES NO DESPERTAMENTO DA MEDIUNIDADE

    S a mediunidade saudvel e natural, decorrente da evoluo humana e fruto do maiorapuro espiritual da alma, revela-se de modo sereno em sua espontaneidade e semanifesta de modo pacfico, como dom inato e sem produzir quaisquer sensaesdesagradveis no ser.

    Entretanto, no caso da mediunidade de prova, isto , de uma "concesso" provisria, feitapela Administrao Sideral, como decorrncia de uma hipersensibilidade prematura,despertada excepcionalmente pelos tcnicos do mundo astral com o fito de favorecer aosespritos muito endividados, o seu despertamento , em geral, sujeito a vrias

    circunstncias desagradveis.

    Durante o perodo de florescimento da mediunidade, a maior ou menor perturbaopsquica ou orgnica do mdium tambm depende muitssimo do tipo de suas amizadesespirituais e do seu modo de vida no mundo material. As alegrias, os sofrimentos ouas tristezas que o tomam de sbito tambm decorrem do tipo das aproximaes doinvisvel, que se sintonizam perfeitamente aos seus pensamentos e sentimentosmanifestos.

    A tarefa medinica no compreende somente a funo mecnica de o mdium transmitiras comunicaes dos espritos desencarnados para o cenrio terrcola, atendendo prosaica funo de "ponte viva" entre o mundo material e o Alm.

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    O compromisso da mediunidade requer, sobretudo, que os seus medianeirosvivam existncia digna e operosa na carne, a fim de lograrem sintonia comespritos sublimes e responsveis pela redeno do homem.

    Toda imprudncia, desleixo, rebeldia, m vontade ou paixo viciosa por parte dosmdiuns em prova no mundo fsico, geram toda sorte de distrbios psquicos e mesmosofrimentos fsicos incontrolveis que, por essa razo, tornam o desenvolvimentomedinico um processo torturante.

    muito comum maioria dos mdiuns iniciarem o seu despertamento medinico sob aatuao dos espritos sofredores, imperfeitos ou obsessores que, aproveitando-se da"porta medinica" aberta para a fenomenologia do mundo fsico, atiram-se satisfaodos seus objetivos impuros e cruis.

    Desde que o mdium invigilante e desregrado ainda esteja comprometido pordificultoso resgate crmico, ele ento se converte em instrumento favorvelpara o vampirismo dos desencarnados, que se debruam avidamente sobre omundo material.

    A mediunidade, num sentido geral, s desperta nos homens pela ao do sofrimento, quelhes afeta a carne e o psiquismo, para depois amainar sob um desenvolvimento ordeironos ambientes evanglicos, dirigidos por elementos experimentados.

    S ento que o mdium nefito e perturbado, pouco a pouco, se ajusta tarefaincomum e assume o controle psquico de seu corpo, enquanto procura sintonizar-sevibratoriamente com o esprito guia e benfeitor, que dever proteg-lo na sua tarefa deintercmbio com o mundo invisvel.

    A mediunidade um meio para encarnados e desencarnados atingiremobjetivos excelsos e, por isso, no dispensa a educao, o afinamentomoral, a cultura do seu prprio intrprete, e tambm o seu despertamentoespiritual.

    mais importante para o bom "guia" o progresso intelectivo, o desembarao e aintegrao evanglica do seu mdium, do que mesmo o xito brilhante de suamanifestao medinica.

    O mentor espiritual, sbio e sensato, muitas vezes protela as revelaes extemporneasdo Alm pelo seu pupilo ansioso do seu prprio destaque pessoal, para que este emprimeiro lugar se revele pela modstia sensata do homem evangelizado.

    O mdium, como uma criatura de responsabilidade pessoal para com a famlia e asociedade, acima de tudo dever aprender a caminhar pelos prprios ps, no tocante aoentendimento da vida imortal, e procurar ser til ao prximo.

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    4. CONSUMO ENERGTICO E O EXCESSO DE TRABALHO MEDINICO

    O excesso de trabalho medinico, na forma de um labor prolongado, pode resultar emfadiga, que varia de indivduo para indivduo, conforme a maior ou menor capacidadefsica de sua resistncia.

    O mdium, mesmo nos seus momentos de pura inspirao, consome certa quantidadede energias neurocerebrais, porque a mais sutil mensagem inspirada pelos espritosexige uma srie de operaes intermedirias algo fatigantes, a fim de atingir aconscincia fsica e depois se manifestar, por exemplo, na forma de palavra falada ouescrita.

    Alis, o prprio pensamento, para se manifestar a contento, depende do consumo de

    certas energias que o ajudam a atingir o crebro material:O INTERCMBIO MEDINICO PELO PENSAMENTO COM OS DESENCARNADOS:consome diversas substncias energticas da massa enceflica;

    produz certa desmineralizao do sangue;

    reduz as cotas vitais magnticas da rede nervosa;

    mobiliza os hormnios necessrios para ativar as glndulas do sistema endcrino emovimentar as cordas vocais (no caso da psicofonia) ou o brao do mdium (no caso da

    psicografia).

    Mesmo a mais singela meditao do homem eleva e excita sua tenso psquica,mobilizando os elementos magnticos do seu maquinismo carnal; isto acontece ainda queele no sinta qualquer fadiga corporal.

    Evidentemente, o intercmbio medinico mais complexo exige maior consumo deenergias do homem para o xito dessa operao psicofsica, de alta intensidade e sob ocomando do mundo oculto. No entanto, a intensidade do cansao ou fadiga, no homem,tambm se manifesta de acordo com a resistncia biolgica e o controle emotivo da suatenso mental.

    Em conseqncia, o mdium que se entrega atividade medinica com sua mentedescontrolada, embora permanea sob a proteo dos espritos amigos e benfeitores,nem por isso se livra da contingncia das leis fsicas que lhe disciplinam as atividadesbiolgicas. O Alto no exige do ser humano a carga de um "fardo" maior do que suascostas!

    A faculdade medinica no uma proposio atrabiliria, mas a oportunidadecompensativa para o esprito endividado quitar-se consigo mesmo..

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    O mdium desleixado, negligente, rebelde, ou que se exceda nos seus laboresmedinicos, agrava os seus equvocos de vidas anteriores!

    5. OS EXCESSOS MEDINICOS, AS DOENAS E A LOUCURA

    Sem dvida, a luta do mdium para sobreviver no mundo fsico bem mais intensa esacrificial do que a existncia do homem comum, que apenas atende s contingnciasinstintivas de cuidar da prole, que fruto do cumprimento da lei do "crescei e multiplicai-vos".

    Como o esprito reencarnado na Terra no pode isolar-se completamente dascontingncias inerentes ao prprio meio em que o indivduo, na sua vida de relao, estsujeito a hostilidades e emoes que lhe afetam o equilbrio psquico, obvio que oexerccio da mediunidade poder causar-lhe at mesmo a loucura, desde que ele a

    exera de modo insensato e ultrapasse o limite fixado no programa elaborado antes desua encarnao.

    O mdium precisa agir com muita prudncia na vida fsica, a fim de noconfundir sua responsabilidade medinica com os

    acontecimentos naturais da vida material.

    Embora ele seja protegido pelos amigos desencarnados, que lhe endossaram a tarefamedinica na Terra, eles no podem impedi-lo de modificar sua vida, quer tomando rumos

    inesperados perniciosos, quer tomando decises insensatas, que podem lev-lo loucura, por ultrapassar o limite de sua segurana espiritual.

    Sabe-se que os ascendentes biolgicos hereditrios da carne conservam, em suaintimidade, em estado latente, os germens de taras, vcios, estigmas e enfermidades,como a sfilis, morfia ou tuberculose, inclusive os reflexos das alienaes mentaissofridas pela gerao ancestral.

    No prprio contedo sanguneo do homem permanecem os vrus morbgenos de sualinhagem hereditria que, quando se apresentam as condies favorveis, acabam porproliferar alm da sua quota normal ou inofensiva, podendo ferir o sistema neurocerebral.

    Durante os estados de debilidade orgnica muito acentuada, agravados ainda pelobombardeio incessante das paixes violentas, como o dio, cime, inveja, raiva,perversidade e outras emoes indisciplinadas, o homem desenvolve em si um clima"psicofsico" negativo, que facilita o desenvolvimento de certas coletividades microbianaspatognicas, j existentes na sua intimidade sangunea.

    Assim, a loucura, nesse caso, no propriamente fruto do exerccio da faculdademedinica, mas sim uma conseqncia da predisposio mrbida do tipo orgnico doprprio homem. Quer ele seja mdium ou no, poder enlouquecer desde que ultrapasseo limite de sua resistncia biolgica, quaisquer que sejam as causas.

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    PREPARANDO-SE PARA O III MIL NIO 11. Responsabilidade e riscos damediunidadeSeja ele um compositor, matemtico, pintor, filsofo, escritor ou lder religioso, pode vir ase tornar um alienado mental desde que atue alm do limite de sua resistncia psicofsica,findando sua existncia transformado em paranico, esquizofrnico e at psicopatafurioso.

    No entanto, isso pode acontecer sem que ele seja um mdium esprita, mas sim porexercer atividades tensas e de emotividade contnua, as quais, superexcitando-lhe ontimo da alma, terminam por afetar-lhe o equilbrio dos rgos cerebrais.

    Em todas as pessoas que se desgovernam pelo excesso de elucubraes mentais quantoaos problemas complexos da cincia ou da arte superior, que lhes empolgava o esprito, aagudeza, a vivacidade que os dominava para expressar as suas emoes, terminarampor lhes destruir a sade e prejudicar o intercmbio pacfico com o mundo oculto.

    Contudo, evidente que, nesses casos, o gnio no se lhes extinguiu na alma imortal,cuja centelha divina, aps a morte fsica, retorna ao seu equilbrio, pois os conhecimentosadquiridos, com vistas a um ideal superior, jamais se perdem, pois so um patrimnio do

    prprio esprito.

    6. O EXERCCIO DA MEDIUNIDADE PELO MDIUM ADOENTADO

    Quanto ao mdium doente ou perturbado, a sua cura positiva ou o exerccio medinicosadio depende mais dos recursos sublimes da orao, da boa leitura espiritualista, assimcomo da freqncia a reunies de carter evanglico. Caso ele, aflito e enfraquecido

    fsica e psiquicamente, tente os trabalhos medinicos, h de sentir-se ainda maisagravado pela sua excitao medinica; da a necessidade de reconfortar-se noorvalho sedativo do Evangelho do Cristo!

    Em tais condies, ele deve atender sua sade fsica, abstendo-se de bebidasalcolicas, condimentos excitantes, entorpecentes e de sedativos, geralmente ingeridos agranel para anestesiar a dor mais nfima; caso contrrio, ser criatura assediada pelosespritos glutes, gozadores e fesceninos, uma vez que o mdium porta aberta, empermanente contato com o Invisvel. Por isso, deve cultuar vida saudvel e correta, quelhe preserve o corpo fsico dos excessos esportivos violentos, cujas emoes do motivoa desperdcio do seu magnetismo teraputico.

    7. O DESENVOLVIMENTO PREMATURO DA MEDIUNIDADE NA CRIANA

    Quando a mediunidade prematuramente desenvolvida na criana, sob estmuloscatalisadores ou exerccios medianmicos de contatos insistentes com os desencarnados,isso acaba por superexcitar a sua sensibilidade psquica e causar-lhe distrbiosorgnicos.

    Considere-se ainda que muitos fenmenos medinicos assemelham-se a acontecimentosda fisiologia humana, tais como a esquizofrenia, a parania, a histeria e a certoscomplexos freudianos, no que se pode erroneamente julgar tratar-se de um mdium em

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    PREPARANDO-SE PARA O III MIL NIO 11. Responsabilidade e riscos damediunidadepotencial. Por isso, de todo imprudente provocar-se o desenvolvimento medinico dacriana, mesmo quando julgado tratar-se de um mdium em potencial.

    A mediunidade como a flor; deve desabrochar no momento prprio e noem estufa!

    O organismo infantil delicado e bastante influenciado pelo fervilhamento dasforas biolgicas que ainda lhe consolidam o maquinrio neurocerebral. As suturas, oscontornos da carne de criana para a formao de sua figura humana, ainda dependemfundamentalmente das trocas simpticas entre tomos, molculas, clulas e fibras, cujoritmo s se estabiliza depois da puberdade, quando o menino ou a menina se tornahomem ou mulher.

    A excitao psquica inoportuna, as impresses mentais dramticas, oschoques emotivos ou as comoes imprevistas, tendem a alterar a segurananervosa das crianas e podem causar-lhes desarmonias orgnicas, cujosreflexos prejudiciais afetaro a estrutura ntima do perisprito, aindaparcialmente afastado do corpo fsico.

    A mediunidade, portanto, como a flor, que exige o cultivo somente no momento prpriodo seu desabrochar.

    bvio, entretanto, que a criana, que j portadora de fenmenos incomuns, devido faculdade medinica espontnea, ela os exerce como um fato inerente sua prpriapessoa, sem sofrer angstias ou aflies, produzindo-os sem esforos ou espanto, talcomo ri, canta ou salta, o que para ela manifestao natural de sua prpria constituioancestral. acontecimento que ela no discute, nem guarda prevenes, por consider-los prprios da criatura humana.

    Muitas crianas narram acontecimentos miraculosos sem demonstrar espanto ou receio,considerando como um fato natural sua existncia fsica, at mesmo as visespsquicas que elas identificam; em conseqncia, depois de adultas, terminam por

    relacionar os fenmenos medinicos que viveram espontaneamente na infncia, ligando-os ento aos postulados doutrinrios do Espiritismo, mas sem consider-los indesejveisou fruto de distrbio mental.

    Como o intercmbio medinico servio de grave responsabilidade espiritual, resulta,sem dvida, de pouco sucesso quando entregue ao menino ou menina, ainda sem oscompromissos prprios do adulto.

    8. RISCOS DECORRENTES DA INATIVIDADE MEDINICA

    O mdium de prova um esprito que, antes de descer carne, recebe um "impulso" deacelerao perispiritual mais violento do que o metabolismo do homem comum, a fim de

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    PREPARANDO-SE PARA O III MIL NIO 11. Responsabilidade e riscos damediunidadese tornar um intermedirio entre os "vivos" e os "mortos". Assim, criatura cujahipersensibilidade, oriunda da dinmica acelerada do seu perisprito, o faz sentir, comantecedncia, os acontecimentos que os demais homens recepcionam de modo natural.

    Esse o motivo porque o desenvolvimento medinico disciplinado e o servio caritativoao prximo proporcionam certo alvio psquico ao mdium e o harmonizam com o meioonde habita.

    Tal qual um acumulador vivo, ele se sobrecarrega de energias do mundo oculto e depoisnecessita descarreg-las num labor metdico e ativo, que o ajuda a manter suaestabilidade psicofsica. A descarga dessa energia excessiva, acumulada pela estagnaodo trabalho medinico, no s melhora a receptividade psquica, como ainda eleva agraduao vibratria do ser.

    O fluido magntico acumulado pela inatividade no servio medinicotransforma-se em txico pesado na vestimenta perispiritual e causadesarmonia no metabolismo neuro-orgnico.

    O sistema nervoso, como principal agente ou elo de conexo da fenomenologiamedinica para o mundo fsico, superexcita-se pela contnua interferncia do perisprito,hipersensibilizado pelos tcnicos do Espao, e deixa o mdium tenso e aguado narecepo dos mnimos fenmenos da vida oculta. Deste modo, o trabalho ou intercmbiomedinico significa para o mdium o recurso valioso que o ajuda a manter sua harmoniapsicofsica.

    9. ABDICAO DO EXERCCIO DA MEDIUNIDADE

    As criaturas que so mdiuns e desistem de exercer a mediunidade devido insuficinciade suas condies fsicas, emotivas, financeiras e at morais, demonstram que no estocnscias de sua responsabilidade espiritual.

    Os mdiuns nascem comprometidos para um servio excepcional a favor do prximo,alm de sua prpria redeno, e isso escolha feita livremente antes deles ingressaremna carne. Imprudentemente, muitos esquecem esse compromisso severo e se entregam a

    todos os caprichos e vcios prprios do homem comum; deste modo, atravessam aexistncia terrena na figura do caador de emoes e aventuras censurveis, enquantosubestimam a mediunidade, que lhes pesa conta de um fardo insuportvel.

    Embora sejam portadores de mensagem incomum, vivem presos aos preconceitos e sconvenes tolas da sociedade terrena, pois transitam pelo mundo material, escravos dasmincias e das futilidades mais tolas.

    Esquecendo a responsabilidade da faculdade medinica, eles vivem inconscientes do seuprprio destino espiritual elevado; em tais condies, negligenciam o seu labor medinicoe desperdiam tempo precioso entre companhias censurveis e nos ambientes viciados.Qual antenas vivas de maus fluidos, terminam saturados pelo desnimo, pessimismo edesconfiana, completamente derrotados diante das vicissitudes humanas.

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    PREPARANDO-SE PARA O III MIL NIO 11. Responsabilidade e riscos damediunidade

    So mdiuns que encerram sua existncia na condio de elementos improdutivos,gastos e desesperanados; excessivamente onerosos para o Alto, mesmo quandoatendem ao mais singelo servio medinico, eles exigem junto de si, a todo o momento, apresena de espritos tcnicos e cooperadores, que lhes devem cuidar da sadepericlitante, afast-los dos lugares perniciosos e gui-los s boas aes. Em verdade, atpara fazerem o Bem, falta-lhes o senso e a iniciativa prpria!

    No entanto, assim que se sentem higienizados pelos bons fluidos do Alm, e assistidospelos seus guias, eis que novamente relaxam sua vigilncia e defesa psquica, pararetornarem s mesmas condies perniciosas anteriores.

    Em conseqncia, o recurso mais prudente a ser providenciado pelo Alto o de afast-los definitivamente do servio medinico ativo, pois, em caso contrrio, sero vtimasda superexcitao nervosa que lhes causar ainda coisa pior.

    10. FRACASSOS E ABUSOS NO EXERCCIO MEDINICO

    Ainda grande a porcentagem dos mdiuns que fracassam no exerccio da mediunidade,aps terem gozado o prestgio de faculdade medinica incomum. No propriamente aposse antecipada da faculdade medinica o motivo responsvel pelo fracasso muitocomum de alguns mdiuns em prova na matria; isso mais conseqente de suaimperfeio ou contradio espiritual.

    O mdium, em geral, esprito que decaiu das suas posies privilegiadas dopassado, sendo ainda muito apegado sua personalidade humana transitria;deste modo, ele subestima a transcendncia dos fenmenos que seprocessam por seu intermdio e os considera, erroneamente, mais comoproduto exclusivo de sua vontade e capacidade mental.

    Embora muitos mdiuns sejam inteligentes e mentalmente desenvolvidos, o orgulho, avaidade, a ambio, a prepotncia, a cupidez ou a leviandade ainda os fazem tombar deseus pedestais frgeis, porque falsamente se crem magos excepcionais ou indivduosde poderes extraordinrios para a produo de fenmenos extemporneos ou

    revelaes incomuns.

    A Terra ainda prdiga de magos de feira, curandeiros mercenrios ou iniciadossentenciosos que, atravs de rituais extravagantes, atraem e exploram as multidesignorantes. So verdadeiros "camels" da espiritualidade que, beneficiados pela graamedinica concedida pelos espritos benfeitores, exploram-na sob o disfarce da magia oudospoderes esotricos, mas sempre evitando a disciplina esprita que, sem dvida, lhesexigiria conduta ilibada e o absoluto desinteresse pecunirio no trato das coisasespirituais.

    Entretanto, chega o momento em que eles so atingidos em cheio pela Lei Sideral, quelhes estanca a explorao do veio aurfero da mediunidade a servio do comrcio indigno

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    PREPARANDO-SE PARA O III MIL NIO 11. Responsabilidade e riscos damediunidadee dos interesses pessoais, e assim terminam os seus dias sob terrvel humilhaoespiritual, sofrendo as agruras do mau emprego dos favores concedidos pelo Alto.

    Muitas lendas terrenas so verdadeiros simbolismos e aluses ao mau uso dos donsmedinicos, quando certos mdiuns traem a confiana dos seus mentores siderais. Atradio lendria narra o caso de criaturas que, depois de favorecidas com poderesexcepcionais concedidos por anjos, fadas ou gnios benfazejos, terminam perdendo-oslastimavelmente pela avareza, cupidez, vaidade, desleixo ou interesse mercenrio.

    Sem dvida, tais narrativas no passam de lendas e contos fantsticos, mas em suaprofundidade permanece o ensinamento espiritual do fracasso daqueles que fazem mauuso dos talentos que os gnios do Bem concedem aos espritos endividados, e quenecessitam urgentemente de sua prpria reabilitao espiritual.

    No entanto, a faculdade medinica pode desaparecer a qualquer momento, desde

    que o seu portador a comprometa na Terra, para satisfazer sua vaidade ou obter proveitosilcitos.

    A nenhum mdium facultado servir-se da mediunidade para o seu usoexclusivo ou aproveitamento excntrico, nem exp-la em pblico na forma detbua de negcios, pois tambm um dos talentos concedidos por Deus aseus filhos, tal como ensinou Jesus em suas parbolas.

    As foras psquicas tanto se degradam na manifestao espetacular, que s exalta a

    personalidade humana transitria, como se deturpam quando so transformadas emmercadoria destinada a criar todas as facilidades ou atender aos caprichos da vida fsica.

    Os valores legtimos da faculdade medinica, quando so desenvolvidos e praticadoscom o Cristo, no produzem quedas e as humilhaes que abalam a vida tumultuosa dosmdiuns imprudentes.

    O mdium, como instrumento fiel da vontade do Senhor, revelada no mundo das formas,elabora um dos piores destinos para o futuro quando, pela sua negligncia ou m f,subverte o programa espiritual que prometeu divulgar superfcie da Terra.

    H sempre atenuante para aquele que peca por ignorncia, mas indigno datolerncia quem o faz deliberadamente, depois de haver-se comprometidopara a efetivao de um servio que diz respeito ao bem de muitas criaturas.

    Os mentores siderais s concedem a faculdade medinica para os espritos que seprontificam a cumprir leal e corretamente, na Terra, todos os preceitos e normasnecessrias para um aproveitamento espiritual em seu favor e em favor da humanidade.

    Os espritos endividados rogam aos tcnicos siderais a sua hipersensibilizaoperispiritual, para ento desempenharem um servio medinico que promova oressarcimento de seus dbitos clamorosos do passado.

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    No entanto, estes no podem prever antecipadamente a ganncia, a vaidade, asubverso ou a desonestidade dos seus pupilos quando, depois de encarnados, sedeixam fascinar pelas tentaes, vcios e convites pecaminosos que os fazem fracassarna prova da mediunidade.

    Em geral, depois de encarnados, deixam-se influenciar pelas vozes melfluas doshabitantes das Trevas e passam a comerciar com a mediunidade guisa de mercadoriade fcil colocao. Sem dvida, quando percebem sua situao catica espiritual, j lhesfalta a condio moral e o potencial de vontade para o seu reerguimento ante o abismoperigoso.

    Nenhum esprito encarna-se na Terra com a tarefa obrigatria de ser mdium psicgrafo,mecnico, incorporativo ou de efeitos fsicos, pois, na verdade, cada um o faz por sualivre e espontnea vontade, pois solicitou previamente do Alto o ensejo abenoado

    para redimir-se espiritualmente num servio de benefcio ao prximo, uma vez que nopretrito tambm usou e abusou dos seus poderes intelectuais ou aptides psquicas emdetrimento alheio.

    Mesmo na Terra, as tarefas mais perigosas devem ser aceitas de modo espontneo, paraque o seu responsvel no venha a fugir posteriormente de cumpri-la por desistnciapessoal, e, sem dvida, a escolha do servio perigoso sempre recai sobre o homem maisapto e capacitado para o bom xito.

    Em especial, a mediunidade de fenmenos fsicos um servio incomum,

    difcil e perigoso, cujos bices vultosos e surpresas exigem o mximo deprudncia, humildade, e segurana moral.

    O mdium, antes de encarnar-se, sabe disso e se depois vem a comerciar com os bensespirituais e fracassar no desempenho contraditrio de sua funo elevada, tal fato nopode ser creditado ao Alto, que s lhe proporcionou o ensejo redentor.

    A culpa, evidentemente, cabe ao prprio fracassado ante a sua imprudncia em aceitartarefas medinicas acima de sua capacidade normal de resistncia espiritual.

    As oportunidades medinicas redentoras so concedidas aos espritosfaltosos, mas quanto responsabilidade do xito ou fracasso, somente a elesdeve ser atribuda, pois o mdium quem produz as prprias condiesgravosas ou ditosas no desempenho de sua tarefa medinica.

    A mediunidade de prova no se refere propriamente concesso de faculdadesmedinicas prematuras ou poderes concedidos extemporaneamente, pelos mentores daTerra, aos homens imaturos ou que ainda no se encontram espiritualmente seguros decumpri-las.

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    PREPARANDO-SE PARA O III MIL NIO 11. Responsabilidade e riscos damediunidades vezes, estes no passam de antigos magos que dominavam facilmente as forasocultas, exerciam o fascnio sobre os elementais e usavam de hipnose para finsinteresseiros, tal como no caso de Rasputin, que se aproveitou dos seus objetivos torpes,como instrumento vil das trevas.

    Quando tais espritos retornam carne para tentar a sua renovao espiritual manejandoos mesmos poderes que desvirtuaram no passado, mas sob a promessa de s osempregar a favor do Bem, nem sempre logram sustentar por muito tempo o tomespiritual elevado que lhes requerido pelos mentores siderais.

    O corao atrofiado e a mente aguada pela vontade poderosa, que exercitada emvidas anteriores, traem esses espritos no trabalho medinico do Bem, caso no securvem humildes e desde o princpio de sua tarefa sob os postulados redentores doCristo.

    Quando os responsveis pelo progresso do orbe verificam a inutilidade de conserv-losno servio ativo da seara, vem-se obrigados a alij-los de qualquer modo, a fim deque cessem os graves prejuzos decorrentes de sua atividade descontrolada.

    Mas Deus sempre concede a oportunidade de renovao moral e do trabalho digno atodos os seus filhos, e a prova mais evidente disso que aqueles que presentemente jesposam princpios espirituais dignos e superiores devem isso bondade divina, quetolerou as suas iniqidades do pretrito, concedendo-lhes tambm a graa do servioredentor tantas vezes quantas foram os seus equvocos.

    Em verdade, os pecadores so justamente aqueles que mais precisam de Amor, tanto

    quanto os enfermos necessitam do mdico.

    Desde que do lodo pode surgir o lrio imaculado, bvio que dos lbios dos homensimpuros tambm possvel nascerem a esperana e o roteiro para os seres desarvoradosna estrada da vida humana. E se Deus, o Criador do Universo, que deveria exigir dohomem o mximo de submisso e acatamento aos objetivos sublimes de Sua Obra,multiplica os ensejos de sua mais breve redeno espiritual, sem dvida, a sua criaturano tem o direito de odiar, maltratar, roubar, e execrar o seu prprio irmo de destinosideral.

    Eis porque motivo o grande sucesso de todo mdium, fenomnico ou intuitivo, ainda se

    fundamenta num nico compromisso incondicional: cultuar sua mediunidade com oCristo e tornar-se um trabalhador ativo na seara do Mestre.

    No basta ver, ouvir e sentir espritos em seu plano invisvel. O mdium, em qualquerhiptese, deve ser o homem que, alm de contribuir para a divulgao da imortalidade doesprito na Terra, cidado comprometido pelos deveres comuns junto sua coletividadeencarnada, onde s a bondade, o amor, o afeto, a renncia e o perdo incessante podemlivr-lo das algemas do astral inferior.

    Considerando que a faculdade medinica de "prova" ou de "obrigao" sempre oacrscimo que o Alto concede ao esprito endividado para conseguir a sua reabilitaoespiritual, sob hiptese alguma deve ela ser negociada ou vilipendiada.

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    PREPARANDO-SE PARA O III MIL NIO 11. Responsabilidade e riscos damediunidade o servio de confiana que o mdium exerce em favor alheio, sem deixar de cumprirtodas as suas obrigaes para com a famlia, a sociedade e os poderes pblicos. Osmentores siderais no lhe exigem o sacrifcio econmico da famlia, a neglignciaeducativa da prole, o descuido com as necessidades justas da parentela, para s atenderindiscriminadamente ao exerccio da sua faculdade.

    Cada mdium, como esprito em evoluo, conduz o seu prprio fardo crmico gerado nopretrito delituoso, o que tambm lhe determina as obrigaes em comum no lar, ondevtimas e algozes, amigos e adversrios de ontem empreendem o curso de aproximaoespiritual definitiva.

    Assim que, em ltima hiptese, deve prevalecer sobre o servio medinico ocumprimento exato das determinaes crmicas que lhe deram origem existncia namatria.

    Considerando-se que o mundo de Csar o reino transitrio dos interessesda vida material para a educao do esprito imperfeito, o dom medinico addiva espiritual do reino do Cristo, e no mercadoria de especulaomundana.

    11. CONSEQUNCIAS DO MAU USO DA MEDIUNIDADE

    H mdiuns poderosos, que produzem fenmenos incomuns e curas extraordinrias e

    que, no entanto, mercadejam com sua faculdade medinica, enquanto h outros que soescravos dos vcios mais comuns.

    Quantas vezes as autoridades pblicas do mundo material tambm credenciamdeterminados indivduos para desempenharem servios de importncia em favor do povo,porque os julgam homens de bons propsitos, honestos e leais?

    No entanto, comumente eles enodoam o seu trabalho e traem a confiana dos seussuperiores, deixando-se tentar pela cobia, avareza ou fortuna fcil, terminando porcumprir desonestamente aquilo que lhes fora solicitado para o bem comum!

    O mandato medinico, que autoriza o seu outorgado a prestar um servio til coletividade encarnada, tambm lhe beneficia o esprito imperfeito, por cujo motivo compromisso que deve ser executado com toda a dignidade e elevao moral.

    Aceitando a tarefa medinica de suma importncia para si e para o prximo, evidente que o mdium fica responsvel por qualquer desvio ou perturbaoque venha a produzir durante o exerccio de sua tarefa no mundo profano.

    Mas evidente que os anjos do Senhor, por serem almas repletas de ternura e amor,sempre guardam suas esperanas na corrigenda ou renovao dos espritos que, embora

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    PREPARANDO-SE PARA O III MIL NIO 11. Responsabilidade e riscos damediunidadesendo imperfeitos e culposos, so convocados ao servio espiritual superior damediunidade no mundo fsico.

    Assim, eles no os privam subitamente da faculdade que os pem em contato com omundo espiritual; multiplicam-lhes as oportunidades de recuperao das novas faltas e osajudam a sanar os deslizes cometidos no seio da doutrina que os apia na carne.

    Paradoxalmente, quais rvores nutridas de seiva arruinada, esses mdiuns aindacontinuam a dar bons frutos, mas ignoram que o generoso "toque" anglico, que tudohigieniza e sublima, o que realmente promove as curas e garante as revelaes sadias.

    Cegos pela vaidade de se julgarem auto-suficientes, capazes de tudo realizar na supostaindependncia de qualquer comando invisvel, abdicam da vigilncia e do bom senso,imunizam-se vibrao anglica e tombam fragorosamente no lodo de suas prpriasimprudncias.

    Infelizes e orgulhosos, no conseguem perceber quando tambm "muda" a presenaoculta que os protegia; quando se retira o anjo e em seu lugar surge a figura maquiavlicae astuta do gnio das sombras!

    Dali por diante, h um "dono"e no um "guia"; em lugar do orientador terno e tolerante,que a todos os equvocos e interesses inconfessveis do mdium apunha o selo da suaresponsabilidade espiritual, surge a alma cruel, daninha, orgulhosa e viciosa, que exige,domina e castiga!

    Desaparece o anjo amoroso, que conduz as almas para o reino da Luz, e semanifesta o senhor de escravos, que depois arrasta do tmulo o espritoimprevidente para as regies das trevas!

    Esse o fim dos mdiuns que, depois de agraciados por destacados poderesespirituais no trato do mundo fsico, para o bem de si e da coletividadeencarnada, terminam enodoando sua tarefa com a vileza da negociata impurae carregando a desconfiana e a hostilidade para o servio medinico.

    O sofrimento dos mdiuns que no cumprem o seu mandato espiritual

    dignamente na Terra, e que eles mesmos requereram para a sua prpriaredeno, bem antes de se reencarnarem, negligenciando seus compromissosespirituais, no imposto pelo Alto, semelhana dos julgamentos da justiahumana.

    Embora no lhes seja aplicado deliberadamente nenhum castigo determinadopelas autoridades sidreas, as suas condies vibratrias demasiadamenteconfrangedoras e o remorso cruciante, devido ao desrespeito confianaanglica, so suficientes para vergastar-lhe a conscincia e maltratar-lhe aalma angustiada.

    Depois que despertam no Alm e reconhecem, luz meridiana de suaconscincia espiritual, os enormes prejuzos que causaram na consecuo do

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    elevado programa organizado pelos espritos benfeitores, os mdiunsdelinqentes se tornam ainda mais infelizes, verificando a necessidade derecomear novamente a mesma tarefa na Terra, no s em piores condies,como ainda deserdados do endosso anglico de que abusaramnegligentemente.

    E como ainda extensa a fila dos espritos desencarnados aguardando novoscorpos fsicos para uma reabilitao espiritual que lhes amaine as doresperispirituais e lhes olvide o remorso das vidas pregressas mal vividas, essesmdiuns perdulrios e faltosos tero de permanecer muitos anos no mundoastral, a meditar nas suas desditas e sofrer o efeito de suas mazelas ntimas.

    Fontes bibliogrficas:

    1. Mediunismo- Maes, Herclio. Obra medinica ditada pelo esprito Ramats. 5ed. Rio de Janeiro, RJ. Ed. Freitas Bastos, 1987, 244p.

    2. Elucidaes do Alm - Maes, Herclio. Obra medinica ditada pelo espritoRamats. 6 ed. Rio de Janeiro, RJ. Ed. Freitas Bastos, 1991.

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