009/2013 obras do sistema elÉtrico da coelce · em reserva de capacidade no sistema de...

25
DIRETORIA TÉCNICA PLANEJAMENTO E ENGENHARIA DA REDE NORMA TÉCNICA NT-009/2013 R-03 ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA COELCE 009/2013 009/2013

Upload: vuongthien

Post on 18-Jan-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

DIRETORIA TÉCNICA PLANEJAMENTO E ENGENHARIA DA REDE

NORMA TÉCNICA NT-009/2013 R-03 ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA COELCE

009/

2013

00

9/20

13

FOLHA DE CONTROLE

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

I

03

OUT/2013

APRESENTAÇÃO

Esta Norma Técnica NT-009, estabelece critérios para determinação da responsabilidade

financeira dos encargos das obras no sistema elétrico da Coelce, conforme estabelece a Resolução Normativa Nº 414, de 09 de setembro de 2010, da ANEEL.

Os projetistas e os profissionais da Área de Serviço ao Cliente da Coelce ou das empresas parceiras e demais leitores deste documento encontrarão informações sobre as obras de responsabilidade financeira da Coelce, do interessado e com participação de ambos, bem como a definição da metodologia de cálculo para determinação das deduções obrigatórias.

A presente Norma, não invalida qualquer legislação sobre o assunto que estiver em vigor ou for criada pela ANEEL. No entanto, em qualquer ponto onde, porventura, surgirem divergências entre esta Norma e a legislação do órgão supracitado, prevalece às exigências mínimas aqui contidas, até a sua modificação, se for o caso.

Esta Norma Técnica NT-009 R-03, substitui a Norma Técnica NT-009 R-02.

Elaboração: Antônio Ribamar Melo Filgueira Keyla Sampaio Câmara Normas de Distribuição

Revisão: Francisco Ernaldo da Silva Normas de Distribuição

Equipe de Consenso: Antonio Ronaldo Soares Freire Relacionamento com Grandes Clientes Fábio da Rocha Ribeiro Construção de Obras de Rede MT e BT Fortaleza-Metropolitana José Caminha Araripe Junior Ouvidoria José Ocelo Maciel Pinho Qualidade Comercial Jose Sérgio de Aguiar Junior Regulação Coelce Paulo Petrônio Gomes L. F. Veras Planejamento da Rede AT e MT Raimundo Carlos Monteiro Filho Planejamento da Rede AT e MT Ranier de Souza Lima Faturamento Renata Araujo Lima Saunders Regulação Coelce Renato Sampaio Holanda de Oliveira Regulação Coelce Rizonaldo Alves Paes Resposta ao Cliente Roberto Gentil Porto Filho Planejamento e Engenharia de Rede Rômulo Thardelly Alves M. Sales Normas de Distribuição

Apoio: Sandra Lúcia Alenquer da Silva Normas de Distribuição

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

II

03

OUT/2013

S U M Á R I O

1  OBJETIVO ........................................................................................................................................1 

2  REFERÊNCIAS NORMATIVAS..........................................................................................................1 

2.1  LEGISLAÇÃO .......................................................................................................................................1 

2.2  DOCUMENTOS TÉCNICOS DA COELCE .....................................................................................................2 

3  CAMPO DE APLICAÇÃO ..................................................................................................................2 

3.1  OBRAS ...............................................................................................................................................2 

3.2  PESSOAL ............................................................................................................................................2 

4  TERMINOLOGIA ...............................................................................................................................2 

5  CONSIDERAÇÕES SOBRE RESPONSABILIDADE FINANCEIRA DAS OBRAS .................................6 

5.1  OBRAS DE RESPONSABILIDADE FINANCEIRA EXCLUSIVA DA COELCE.............................................................6 

5.2  OBRAS COM PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA DA COELCE E DO INTERESSADO......................................................8 

5.3  OBRAS DE RESPONSABILIDADE FINANCEIRA EXCLUSIVA DO INTERESSADO .................................................. 10 

6  CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE ORÇAMENTOS E OBRAS ...................................................... 12 

6.1  NECESSIDADE DE OBRAS .................................................................................................................... 12 

6.2  ORÇAMENTO ..................................................................................................................................... 13 

6.3  PRAZOS DE ORÇAMENTO .................................................................................................................... 14 

6.4  PRAZO DE EXECUÇÃO DE OBRA ........................................................................................................... 15 

6.5  SUSPENSÃO DO PRAZO DE OBRA ......................................................................................................... 15 

6.6  PRAZO DE VIGÊNCIA DO CÁLCULO DO ERD E ERC ................................................................................. 15 

6.7  EXECUÇÃO DA OBRA PELA COELCE ...................................................................................................... 16 

6.8  EXECUÇÃO DIRETA DA OBRA PELO INTERESSADO ................................................................................... 16 

6.9  RESPONSABILIDADES DA COELCE ......................................................................................................... 16 

7  METODOLOGIA DE CÁLCULO DO ERC, ERD E MÍNIMO CUSTO GLOBAL .................................... 17 

7.1  GERAL ........................................................................................................................................... 17 

7.2  CUSTO TOTAL DA OBRA ...................................................................................................................... 17 

7.3  CÁLCULO DO ERC ............................................................................................................................. 17 

7.4  CÁLCULO DO ERD ............................................................................................................................. 17 

7.5  MÍNIMO CUSTO GLOBAL ...................................................................................................................... 18 

7.6  CÁLCULO DO VALOR A PAGAR PELO INTERESSADO .................................................................................. 19 

8  ANEXOS ......................................................................................................................................... 19 

DESENHO 009.01 - INFRAESTRUTURA, OBRA INTERNA E DE CONEXÃO............................................................... 19

DESENHO 009.02 – INFRAESTRUTURA BÁSICA DOS EMPREENDIMENTOS ............................................................ 19

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

1/21

03

OUT/2013

1 OBJETIVO Estabelecer regras e recomendações quanto à definição da responsabilidade dos encargos da Coelce e a participação financeira do interessado nas obras do sistema elétrico da Coelce, conforme estabelece a Resolução Normativa da ANEEL Nº 414, de 09 de setembro de 2010.

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

2.1 Legislação PRODIST, Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional; Resolução Normativa ANEEL Nº 414 de 09/09/2010, estabelece as condições gerais de fornecimento de energia elétrica de forma atualizada e consolidada; Resolução Normativa ANEEL Nº 444 de 26/10/2001, institui o Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica - MCSPE, englobando o Plano de Contas revisado, com instruções contábeis e roteiro para elaboração e divulgação de informações econômicas e financeiras a ser utilizado obrigatoriamente pelas concessionárias e permissionárias do serviço público de energia elétrica e produtores independentes e autorizados; Resolução Normativa ANEEL Nº 479 de 03/04/2012, altera a Resolução Normativa N° 414 de 09/09/2010; Resolução Normativa ANEEL Nº 488 de 15/05/2012, estabelece as condições para revisão dos planos de universalização dos serviços de distribuição de energia elétrica na área rural; Resolução Normativa ANEEL Nº 493 de 05/06/2012, estabelece os procedimentos e as condições de fornecimento por meio de Microssistema Isolado de Geração e Distribuição de Energia Elétrica – MIGDI ou Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente – SIGFI; Resolução Homologatória Nº 1.301 de 26/06/2012, homologa as Tarifas de Uso do Sistema de Distribuição – TUSDs, as Tarifas de Energia – TEs referentes à Companhia Energética do Ceará – COELCE, e dá outras providências; Resolução Nº 068 de 08/06/2004, estabelece os procedimentos para acesso e implementação de reforços nas demais instalações de transmissão, não integrantes da rede básica, e para a expansão das instalações de transmissão de âmbito próprio, de interesse sistêmico, das concessionárias ou permissionárias de distribuição e dá outras providências; Resolução Nº 223 de 29/04/2003, estabelece as condições gerais para elaboração dos Planos de Universalização de Energia Elétrica, regulamentando o disposto nos arts. 14 e 15 da Lei 10.438 de 26/04/2002;

Lei N° 6.766 de 19/12/1979, dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências; Lei Nº 9.074 de 07/07/1995, estabelece normas para outorga e prorrogações das concessões e permissões de serviços públicos e dá outras providências; Lei Nº 9.427 de 26/12/1996, institui a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, disciplina o regime das concessões de serviços públicos de energia elétrica e dá outras providências; Lei Nº 9.648 de 27/05/1998, altera dispositivos das Leis: Nº 3.890-A de 25/04/1961, Nº 8.666 de 21/06/1993, Nº 8.987 de 13/02/1995, Nº 9.074 de 07/07/1995, Nº 9.427 de 26/12/1996, autoriza o Poder Executivo a promover a reestruturação da ELETROBRÁS - Centrais Elétricas Brasileiras S.A., e de suas subsidiárias e dá outras providências; Lei N.º 10.438 de 26/04/2002, dispõe sobre a universalização do serviço público de energia elétrica, e dá outras providências; Lei N.º 10.762 de 11/11/2003, altera a Lei 10.438 de 26/04/2002, e dá outras providências.

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

2/21

03

OUT/2013

2.2 Documentos Técnicos da Coelce CP-001, Rede de Distribuição Aérea de Média e de Baixa Tensão; DT-042, Utilização de Materiais em Linhas de Distribuição Aéreas de MT e BT; DT-044, Projeto e Construção de Extensão de Rede de Distribuição Aérea de Baixa e Média Tensão Executada por Terceiro; DT-128, Metodologia de Cálculo do Encargo Financeiro de Responsabilidade da Coelce e do Interessado; DT-138, Empreendimentos Habitacionais para Fins Urbanos Destinados às Famílias de Baixa Renda; PE-031, Rede Primária de Distribuição Aérea de Energia Elétrica Urbana e Rural; PE-038, Rede Secundária de Distribuição Aérea 380/220V; PTO-011, Critérios para Utilização de Serviço de Linha Viva em Obras de Investimento.

3 CAMPO DE APLICAÇÃO

3.1 Obras Esta Norma abrange as obras novas, de reforma ou reforço em alta, média e baixa tensão do sistema elétrico da Coelce, sejam estas construídas com recursos da mesma, do interessado ou com participação financeira de ambos.

3.2 Pessoal Deve ser do conhecimento e cumprimento obrigatório por todos os profissionais das Áreas de Planejamento, Projetos e Obras de AT, MT e BT, e Serviços ao Cliente da Coelce ou empresas parceiras, quando aplicável.

4 TERMINOLOGIA

4.1 Carga Instalada Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kW).

4.2 Contrato de Obra É o documento firmado entre a Coelce e o solicitante chancelado pela Área Jurídica da Coelce, seguindo o disposto na regulamentação vigente, definindo as obrigações de ambas as partes.

4.3 Comissionamento Ato de submeter equipamentos, instalações e sistemas a testes e ensaios especificados, antes de sua entrada em operação.

4.4 Demanda Média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado, expressa em quilowatts (kW) e quilovolt-ampère-reativo (kVAr), respectivamente.

4.5 Demanda Contratada Demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela distribuidora, no ponto de entrega, conforme valor e período de vigência fixados em contrato, e que deve ser integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

3/21

03

OUT/2013

4.6 Desmembramento Subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique a abertura de novas vias e logradouros públicos, nem prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

4.7 Empreendimentos Habitacionais para Fins Urbanos Loteamentos, desmembramentos, condomínios e outros tipos estabelecidos na forma da legislação em vigor, localizados em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal.

4.8 Empreendimentos Habitacionais para Fins Urbanos de Interesse Social Empreendimentos habitacionais, destinados predominantemente às famílias de baixa renda, estabelecidos na modalidade do item 4.7, em uma das seguintes situações: a) implantados em zona habitacional declarada por lei como de interesse social; ou b) promovidos pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios ou suas entidades delegadas, estas

autorizadas por lei a implantar projetos de habitação, na forma da legislação em vigor; ou c) construídos no âmbito de programas habitacionais de interesse social implantados pelo poder

público.

4.9 Empreendimentos Habitacionais Integrados à Edificação Empreendimento em que a construção das edificações nos lotes ou unidades autônomas é feita pelo responsável pela implantação do empreendimento, concomitantemente à implantação das obras de infraestrutura / urbanização.

4.10 Encargo de Responsabilidade da Distribuidora – ERD Corresponde à participação da Coelce no custo da obra, quando aplicável, para o atendimento a solicitação do interessado.

4.11 Encargo de Reserva de Capacidade – ERC É a participação financeira da Coelce, sobre o valor dos equipamentos e condutores que implicam em reserva de capacidade no sistema de distribuição, calculada a partir da proporção entre o Montante de Uso do Sistema de Distribuição - MUSD a ser atendido ou acrescido pelo interessado em relação à demanda disponibilizada pelo item do orçamento da alternativa de menor custo.

4.12 Energia Elétrica Ativa Aquela que pode ser convertida em outra forma de energia, expressa em quilowatts-hora (kWh).

4.13 Energia Elétrica Reativa Aquela que circula entre os diversos campos elétricos e magnéticos de um sistema de corrente alternada, sem produzir trabalho, expressa em quilovolt-ampère-reativo-hora (kVArh).

4.14 Fator de Carga Razão entre a demanda média e a demanda máxima, da unidade consumidora, ocorrida no mesmo intervalo de tempo especificado.

4.15 Fator de Demanda Razão entre a demanda máxima num intervalo de tempo especificado e a carga instalada na unidade consumidora.

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

4/21

03

OUT/2013

4.16 Fator de Potência Razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias elétricas, ativa e reativa, consumidas num mesmo período especificado.

4.17 Infraestrutura Básica A infraestrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação.

4.18 Interessado Pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, legalmente representada, que solicite o fornecimento de energia ou o uso do sistema elétrico à distribuidora, assumindo as obrigações decorrentes deste atendimento à sua unidade consumidora, segundo disposto nas normas e nos contratos.

4.19 Ligação Provisória Ligação de caráter não permanente, localizada dentro da área de concessão da Coelce, mesmo que esta ligação tenha a duração de mais de um ano, tais como canteiros de obra, circos, parques de diversão, exposições, etc. As ligações de caráter não permanentes se caracterizam por obras que sejam demolidas ou desmontadas após o encerramento das suas atividades.

4.20 Lote Terreno servido de infraestrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe.

4.21 Loteamento Subdivisão de gleba de terreno em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes, cujo projeto do loteamento tenha sido devidamente aprovado pela respectiva Prefeitura Municipal. Este tipo de loteamento se caracterize também por comercialização dos lotes. Em ambos os casos o investidor é responsável pelos investimentos da infraestrutura de energia elétrica.

4.22 MIGDI Sistema isolado de geração e distribuição de energia elétrica, observado o disposto em resolução específica.

4.23 Obra de Conexão É o trecho da linha de distribuição urbana ou rural, construído a partir do ponto de conexão com o sistema existente, até o limite do empreendimento, conforme desenhos 009.01 e 009.02, visando possibilitar o fornecimento de energia elétrica ao empreendimento. Também estão incluídas nas obras de conexão todas as obras de reforço e suporte necessárias para conexão do empreendimento.

4.24 Obra Interna São as obras de infraestrutura localizadas dentro dos limites do empreendimento de responsabilidade financeira exclusiva do empreendedor.

4.25 Obra de Reforço Obra que modifica as características elétricas de um determinado trecho de rede urbana ou rural existente, aumentando a capacidade do sistema elétrico, visando possibilitar o atendimento a pedidos de aumento de carga ou novas ligações de unidades consumidoras.

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

5/21

03

OUT/2013

4.26 Obra de Melhoria Obra destinada a melhorar e/ou restabelecer as características elétricas de um determinado trecho de rede, visando o fornecimento de energia em nível adequado de qualidade e continuidade regulamentados.

4.27 Obra de Reforma Obra destinada a melhorar e/ou restabelecer as características físicas e mecânicas de um determinado trecho de rede, visando garantir aspectos de segurança, estética e padronização.

4.28 Obra Rentável Obra em que o custo total a ser investido para o atendimento do interessado é igual ou inferior ao encargo de responsabilidade da distribuidora, calculado conforme disposições das Condições Gerais de Fornecimento.

4.29 Participação Financeira do Interessado Corresponde à participação do consumidor no custo da obra, quando aplicável, para atendimento a sua solicitação.

4.30 Ponto de Entrega Conexão do sistema elétrico da Coelce com a unidade consumidora e situa-se no limite da via pública com a propriedade onde esteja localizada a unidade consumidora.

4.31 Ponto de Entrega de Condomínio Horizontal

4.31.1 Rede elétrica interna pertencente ao condomínio Situa-se no limite da via pública com o condomínio horizontal, neste caso a rede elétrica interna não é de propriedade da Coelce.

4.31.2 Rede elétrica interna ao condomínio pertencente à Coelce Situa-se no limite da via interna com a propriedade de cada unidade consumidora, neste caso a rede elétrica interna pertença ao ativo imobilizado em serviço da Coelce.

4.32 Ponto de Entrega de Condomínio Vertical ou Prédio de Múltipla Unidade Consumidora (PMUC)

4.32.1 Condomínio com subestação interna em MT O ponto de entrega situa-se na entrada do barramento geral de baixa tensão quando os equipamentos de transformação estiverem instalados no interior da propriedade.

4.32.2 Condomínio atendido em BT No caso dos condomínios verticais, atendidos em BT, o ponto de entrega situa-se no limite da via pública com a propriedade onde esteja localizado o PMUC.

4.33 Ponto de Entrega em Zona Rural

4.33.1 Atendido em baixa tensão O ponto de entrega em área rural deve se localizar no local de consumo ainda que dentro da propriedade do Cliente, respeitando os padrões de medição definidos na NT-001.

4.33.2 Atendido em média tensão com rede interna a propriedade Quando a unidade consumidora for atendida por rede de MT, interna a propriedade, o ponto de entrega fica definido como a primeira estrutura derivada desta rede.

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

6/21

03

OUT/2013

4.33.3 Atendido em média tensão com rede externa a propriedade Quando a unidade consumidora for atendida por rede de MT, externa a propriedade, o ponto de entrega deve estar localizado no limite da propriedade com a via pública.

4.34 Ramal de Ligação Conjunto de condutores e acessórios (alças preformadas) instalados pela Coelce no vão, entre o ponto de derivação da rede da Coelce e o ponto de entrega. Os acessórios do lado da rede não fazem parte do ramal.

4.35 Regularização Fundiária de Interesse Social Regularização fundiária de ocupações inseridas em parcelamentos informais ou irregulares, localizadas em áreas urbanas públicas ou privadas, utilizadas predominantemente para fins de moradia por população de baixa renda, na forma da legislação em vigor.

4.36 SIGFI Sistema de geração de energia elétrica, utilizado para o atendimento de uma única unidade consumidora, cujo fornecimento se dê exclusivamente por meio de fonte de energia intermitente.

4.37 Unidade Consumidora - UC Conjunto composto por instalações, ramal de entrada, equipamentos elétricos, condutores e acessórios, incluída a subestação, quando do fornecimento em tensão primária, caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em apenas um ponto de entrega, com medição individualizada, correspondente a um único consumidor e localizado em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas.

5 CONSIDERAÇÕES SOBRE RESPONSABILIDADE FINANCEIRA DAS OBRAS Neste item foram classificados os tipos de obras em função da sua responsabilidade financeira: – obras de responsabilidade financeira exclusiva da Coelce; – obras com participação financeira da Coelce e do Interessado; – obras de responsabilidade financeira exclusiva do Interessado. Estas obras podem ser projetadas ou executadas pela Coelce ou pelo interessado. Quando os projetos e as obras forem executados por terceiro estes devem seguir o que prescreve a DT-044, em sua última revisão.

5.1 Obras de Responsabilidade Financeira exclusiva da Coelce

5.1.1 Ligação Nova do Grupo B 5.1.1.1 A Coelce tem a responsabilidade financeira para atender a solicitação de fornecimento a unidade consumidora do Grupo B, na área urbana, com carga instalada de até 50kW, localizada em propriedade ainda não atendida, observando as prescrições a seguir: a) quando se tratar de extensão de rede de BT, inclusive instalação ou substituição de

transformador de distribuição, ainda que seja necessário realizar reforço ou melhoramento na rede de MT e AT;

b) atender o interessado em BT, ainda que seja necessária a extensão de rede de MT e AT. 5.1.1.2 A Coelce tem a responsabilidade financeira para atender a solicitação de fornecimento à unidade consumidora do Grupo B, na área rural, com potência mínima capaz de atender as necessidades básicas dos domicílios, tais como iluminação, comunicação, observando as prescrições a seguir:

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

7/21

03

OUT/2013

a) atender por meio de extensão de rede convencional quando a obra for rentável ou a unidade consumidora estiver localizada até cinco quilômetros da rede de distribuição mais próxima, exceto nas seguintes situações: – seja necessário a utilização de cabos subaquáticos ou isolados; – existam limitações técnicas ou ambientais; ou – seja necessária a complementação de fases de MT na rede existente.

5.1.1.3 Para os caso não enquadrados no item 5.1.1.2 a obra a ser executada para o atendimento deve ser escolhida considerando o menor custo entre o atendimento através de extensão de rede ou através de sistemas do tipo SIGFI ou MIGDI.

5.1.2 Aumento de Carga do Grupo B sem Acréscimo de Fase na MT A Coelce deve atender à solicitação de aumento de carga de unidade consumidora do grupo B, desde que a carga instalada após o aumento não ultrapasse 50kW e não seja necessário realizar acréscimo de fases da rede de MT.

5.1.3 Empreendimentos Habitacionais Urbanos e Regularização Fundiária de Interesse Social Os empreendimentos habitacionais urbanos de interesse social e na regularização fundiária de interesse social, que estejam em conformidade com a legislação aplicável, conforme prescrições a seguir: a) a Coelce é responsável pelos investimentos das obras necessárias, em quaisquer níveis de

tensão, para a conexão à rede de propriedade da Coelce; b) para empreendimentos habitacionais inclusive os condomínios horizontais ou verticais, a Coelce

é responsável pelos investimentos das obras de distribuição até o ponto de entrega, conforme definido nos itens 4.30 e 4.31;

c) além das informações acima devem ser seguidas as orientações da DT-138.

5.1.4 Obras de Melhoria e Qualidade dos Serviços Obras de melhoria de redes para atendimento aos níveis de continuidade e qualidade dos serviços estabelecidos pela ANEEL.

5.1.5 Adequação aos Padrões Obras de reforma de rede para restabelecimento das condições físicas e mecânicas, bem como adequações aos padrões da Coelce.

5.1.6 Ramal de Ligação de BT e MT Os custos referentes ao ramal de ligação de BT e MT para nova ligação ou religação de unidade consumidora do Grupo A, bem como aos equipamentos de medição, inclusive os acessórios e a mão de obra necessária às suas instalações, não devem ser considerados no orçamento para o consumidor.

5.1.7 Poços Atendimento a poços artesianos e sistemas de irrigação, quando caracterizados como primeira ligação na propriedade e se enquadrar nos limites do item 5.1.1.

5.1.8 Obras de Suporte para Conexão de Unidade Geradora As obras de suporte externas a subestação acessada, para viabilizar a conexão da unidade geradora, não referenciadas no item 5.3.9 devem ser de responsabilidade da Coelce. O interessado pode antecipar a conclusão da obra realizando em parte ou na sua totalidade as obras de suporte, cujo custo deve ser ressarcido em conformidade com a regulamentação.

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

8/21

03

OUT/2013

5.1.9 Rede Subterrânea Existente Quando se tratar de rede subterrânea existente e sob a responsabilidade de operação e manutenção da Coelce os encargos referente a novas ligações de clientes, enquadrados na universalização, é da Coelce.

5.1.10 Obras contempladas pelo Programa Anual de Investimento Especial É o conjunto de obras indicadas pelo Governo do Estado do Ceará para serem executadas integralmente com recursos da Coelce, conforme estabelecido no contrato de compra e venda da Coelce – 039/98 SEFAZ.

5.2 Obras com Participação Financeira da Coelce e do Interessado

5.2.1 Grupo B - Com Aumento de Carga Aumento de carga para unidade consumidora do Grupo B, desde que a carga instalada após o aumento ultrapasse 50kW.

5.2.2 Grupo B - Com Acréscimo de Fase Aumento de carga para unidade consumidora do Grupo B, que seja necessário realizar acréscimo de fases na rede MT.

5.2.3 Grupo B - Ligação Nova Ligação nova de unidade consumidora do Grupo B, com carga instalada superior a 50kW.

5.2.4 Grupo A Ligação nova ou aumento de carga para unidade consumidora do Grupo A (MT e AT), Cativos ou Livres.

5.2.5 Melhoria de Qualidade ou Continuidade do Fornecimento Caso a Coelce ou o interessado opte por realizar obras com dimensões diferenciadas dos padrões Coelce para o atendimento da demanda da carga a ser conectada ou acrescida na rede, ou que garantam níveis de qualidade de fornecimento de energia em níveis superiores aos fixados pela regulamentação, o custo adicional deve ser de responsabilidade integral do optante, devendo ser discriminados e justificados os custos adicionais no orçamento emitido. Neste caso, devem ser apresentados os 2 (dois) orçamentos, referentes ao sistema convencional e ao alternativo com a melhor proposta correspondente, para apuração dos valores devidos pelas partes.

5.2.6 Rede Subterrânea Existente Novas ligações ou aumento de carga de unidades consumidoras não incluídas no item 5.1.2 e 5.1.3 e conectadas à rede subterrânea pertence ao ativo imobilizado em serviço da Coelce

5.2.7 Obra de Conexão para Empreendimentos de Múltiplas Unidades Consumidoras sem Interesse Social 5.2.7.1 São de responsabilidade do Empreendedor os investimentos necessários para construção das obras de conexão do empreendimento ao sistema de distribuição de energia existente da Coelce. 5.2.7.2 A obra de conexão citada no item 5.2.7.1 é o trecho da linha de distribuição urbana ou rural, construído a partir do ponto de conexão com o sistema existente, até o limite do empreendimento, conforme desenhos 009.01 e 009.02, visando possibilitar o fornecimento de energia elétrica ao empreendimento. Também estão incluídas nas obras de conexão todas as obras de reforço e suporte necessárias para conexão do empreendimento.

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

9/21

03

OUT/2013

5.2.7.3 Nos casos de empreendimento integrado à edificação, a Coelce deve proporcionalizar todos os itens do orçamento da obra de conexão que implique em reserva de capacidade para o sistema, considerando para o MUSD o somatório das demandas previstas em todas as unidades projetadas. 5.2.7.4 O orçamento da obra de conexão do item 5.2.7.3 deve ser aquele que apresente o menor custo, mesmo que a obra de conexão realizada apresente características superiores exigidas por um dos interessados. 5.2.7.5 Nos casos de empreendimentos integrados à edificação, o custo a ser imputado ao responsável pela implantação do empreendimento é a diferença positiva entre o orçamento da obra de conexão proporcionalizado, conforme item 5.2.7.3, e o encargo de responsabilidade da distribuidora, utilizando para o MUSD o somatório das demandas previstas em todas as unidades projetadas. 5.2.7.6 Estão enquadrados como empreendimentos integrados à edificação os condomínios horizontais e verticais, PMUC, loteamentos e desmembramentos cuja construção das edificações nos lotes ou unidades autônomas seja feita pelo responsável pela implantação do empreendimento, concomitantemente à implantação das obras de infraestrutura/urbanização e que esta informação esteja adicionada no projeto apresentado à Coelce. 5.2.7.7 Nos casos de empreendimentos não integrados à edificação, o custo a ser imputado ao responsável pela implantação do empreendimento é a diferença positiva entre o orçamento da obra de conexão sem proporcionalização e o encargo de responsabilidade da distribuidora, utilizando para o MUSD o somatório das demandas das unidades já edificadas e com condições de apresentarem o pedido de ligação quando da realização do orçamento por parte da Coelce. 5.2.7.8 Estão enquadrados como empreendimentos não integrados à edificação os condomínios horizontais, loteamentos, desmembramentos, parcelamentos de terra destinado a irrigação e outros tipos de empreendimentos onde não ocorra construção de edificações nos lotes ou unidades autônomas por parte do responsável pela implantação do empreendimento, concomitantemente à implantação das obras de infraestrutura/urbanização. 5.2.7.9 Para mais informações sobre a obra de conexão, ver desenhos 009.01 e 009.02. 5.2.7.10 Na Tabela 1 é apresentado um resumo sobre a participação financeira da obra de conexão.

Tabela 1: Resumo dos Encargos nas Obras de Conexão de Condomínios, Loteamentos e Desmembramentos

Tipo de Empreendimento Com Edificação Integrada

Obra de Conexão com Participação Financeira

ERD ERC

Condomínios Horizontais Sim Sim Sim Não Ver NOTA Não

Condomínios Verticais Sim Sim Sim

PMUC Sim Sim Sim

Loteamentos Sim Sim Sim Não Ver NOTA Não

Desmembramentos Sim Sim Sim Não Ver NOTA Não

NOTA: Para o cálculo do ERD deve ser considerado como MUSD o somatório das demandas das unidades já edificadas e com condições de apresentarem o pedido de ligação quando da realização do orçamento por parte da Coelce

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

10/21

03

OUT/2013

5.3 Obras de Responsabilidade Financeira exclusiva do Interessado

5.3.1 Condições Técnicas O atendimento, pela Coelce, dos pedidos nas condições previstas nos itens 5.3.2 a 5.3.14, depende da conveniência técnica para sua efetivação. As obras necessárias ao atendimento do pedido, citadas nos itens a seguir, quando houver custos referentes à ampliação de capacidade ou reforma de subestações, alimentadores e linhas de distribuição de AT, MT ou BT já existentes bem como a extensão de rede, são de responsabilidade financeira do interessado.

5.3.2 Fornecimento Provisório 5.3.2.1 A Coelce pode atender, em caráter provisório, unidades consumidoras de caráter não permanente localizadas em sua área de concessão, sendo o atendimento condicionado à solicitação expressa do interessado e à disponibilidade de energia e potência. 5.3.2.2 Para fornecimento provisório destinado ao atendimento de eventos temporários, tais como festividades, circos, parques de diversões, exposições, obras ou similares são de responsabilidade do solicitante os custos com instalação e retirada de redes e ramais de caráter provisório, assim como os serviços de ligação e desligamento. 5.3.2.3 Devem ser considerados como despesa os custos dos materiais aplicados e não reaproveitáveis, bem assim os demais custos, tais como: mão-de-obra para instalação, retirada, ligação e transporte. 5.3.2.4 A Coelce pode exigir, a título de garantia, o pagamento antecipado desses serviços e do consumo de energia elétrica ou da demanda de potência prevista, em até 3 (três) ciclos completos de faturamento, devendo realizar a cobrança ou a devolução de eventuais diferenças sempre que instalar os equipamentos de medição na unidade consumidora; 5.3.2.5 Os consumidores atendidos em caráter provisório devem ser previamente notificados, de forma escrita, sendo-lhes prestadas todas as orientações técnicas e comerciais e as informações atinentes ao caráter provisório do atendimento.

5.3.3 Melhoria de Aspectos Estéticos O interessado é responsável por todo o investimento necessário para obras que tenham como finalidade a melhoria de aspecto estético. Como exemplo: mudança de trajeto, afastamento superior aos exigidos nas normas técnicas, deslocamento de postes, redes de padrão não convencional tipo subterrânea e compacta, etc).

5.3.4 Obras de Infraestrutura dos Empreendimentos de Múltiplas Unidades Consumidoras sem Interesse Social 5.3.4.1 O empreendedor é responsável pelos investimentos necessários para a construção das obras de infraestrutura básica das redes de distribuição de energia elétrica destinadas à regularização fundiária de interesse específico e ao atendimento dos empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras não enquadrados no item 5.1.4. 5.3.4.2 As obras de infraestrutura básica citados no item 5.3.4.1 são constituídas por todas as obras de rede de distribuição de energia elétrica, sejam aquelas construídas dentro dos limites do empreendimento bem como as necessárias para conectar o empreendimento à rede de distribuição de energia elétrica existente da Coelce. Também estão incluídas nestas obras, aquelas de reforço e suporte necessárias no sistema de distribuição da Coelce para conexão do empreendimento. 5.3.4.3 A responsabilidade financeira pela implantação das obras de que trata o item 5.3.4.1 é do responsável pela implantação do empreendimento ou da regularização fundiária e inclui os custos:

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

11/21

03

OUT/2013

a) das obras do sistema de iluminação pública ou de iluminação das vias internas, conforme o caso, observando-se a legislação específica;

b) das obras necessárias, em quaisquer níveis de tensão, para a conexão à rede de propriedade da Coelce, observadas as condições estabelecidas no item 5.2.7;

c) dos transformadores de distribuição necessários para o atendimento, seja aqueles instalados na parte interna ou externa aos limites do empreendimento.

5.3.4.4 O custo a ser imputado ao responsável pela implantação do empreendimento é a diferença positiva entre o orçamento da obra de conexão e o encargo de responsabilidade da distribuidora adicionado ao custo dos transformadores de distribuição necessários para o atendimento. 5.3.4.5 Quando o empreendimento ou a regularização fundiária forem implantados em etapas sucessivas, a responsabilidade pela infraestrutura para viabilizar o atendimento das solicitações de ligação de energia elétrica nas etapas ainda não concluídas é do empreendedor. 5.3.4.6 O empreendedor é responsável pela execução das obras de infraestrutura das redes de distribuição de energia elétrica realizadas dentro dos limites do empreendimento, seguindo as prescrições da DT-044. 5.3.4.7 A Coelce pode ser contratada pelo responsável pela implantação do empreendimento ou da regularização fundiária para executar as obras de infraestrutura básica das redes de distribuição de energia elétrica, cabendo ao empreendedor consultar a Coelce sobre sua disponibilidade em executar esta obra. 5.3.4.8 Estão enquadrados como empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras sem interesse social os: condomínios horizontais e verticais, PMUC, loteamento, desmembramentos, parcelamentos de terra destinado a irrigação e outros tipos de empreendimentos não enquadrados no item 5.1.4.

5.3.5 Extensão de Linha Reserva Quando a solicitação da obra se referir a uma extensão de linha reserva ou duplicação de circuito por interesse do interessado.

5.3.6 Iluminação Pública O custo de obras para elaboração do projeto, implantação, expansão, operação e manutenção das instalações de iluminação pública em vias públicas não é passível de encargo de responsabilidade da Coelce, e nem da proporcionalização do orçamento da obra de conexão, sendo esta de responsabilidade da Prefeitura ou a quem esta delegar. Em vias internas de condomínios o custo é de responsabilidade do empreendimento.

5.3.7 Obras para Atendimento á Unidade Consumidoras Classificadas como Especiais As solicitações de atendimento às unidades consumidoras classificadas como especiais, tais como semáforos, placas e painéis publicitários, radares, lombadas eletrônicas, relógios digitais urbanos, portais de acesso aos municípios, captadores de energia, estações de rádio base para operadoras de telefonia, abrigo para ponto de ônibus, táxi e outros similares não serão passiveis de enquadramento na universalização, devendo ser custeados integralmente pelo interessado.

5.3.8 Obras para Solução de Distúrbios causados na Rede Nos casos de distúrbios na rede de distribuição existente, causados por aparelhos de consumidores como aparelhos de raios X, fornos de indução e ou similares, deve ser exigido do interessado a instalação de equipamentos corretivos na unidade consumidora ou o pagamento do custo total da obra necessária no sistema de distribuição de energia elétrica da Coelce, para eliminação dos efeitos desses distúrbios.

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

12/21

03

OUT/2013

5.3.9 Obras para Conexão de Unidades Geradoras As obras de uso exclusivo, e a construção e reforma no sistema de distribuição da Coelce, necessárias à conexão de unidades geradoras, tais como adequação do barramento, entradas e extensões, telecomunicação e telecomando, proteção, comando e controle, seccionamento, terminais de linha e nível de curto-circuito, são de responsabilidade exclusiva da geradora solicitante, atendendo as prescrições da Resolução Nº 068 ou outra que a substitua.

5.3.10 Deslocamento de Estrutura em Redes de Distribuição As obras de deslocamento de estruturas da rede de distribuição em frente de garagens, prédio, estradas e vias, etc, são de responsabilidade do interessado.

5.3.11 Danos Físicos e Elétricos causados a Rede de Distribuição Os danos físicos são os causados por terceiros na rede elétrica, como por exemplo: por abalroamento. Os danos elétricos são os danos causados ao sistema elétrico por problema oriundo das instalações internas do Cliente. Ambos são de responsabilidade financeira do causador.

5.3.12 Compartilhamento de Estruturas ou Uso Mútuo de Postes Os pedidos de ampliação, reforço ou reforma na rede de distribuição para a instalação de condutores ou equipamentos de terceiros no que se refere ao compartilhamento de estruturas.

5.3.13 Pedidos de Interesse exclusivo do Consumidor Os pedidos de solicitação de mudança de tensão contratada sem aumento de carga, mudança de localização do padrão de medição, cobertura de rede.

5.3.14 Mudança de Tensão Quando o Cliente solicitar mudança de tensão para nível superior ou inferior, sem que haja alteração de carga, esta mudança deve ser considerada como alteração de contrato e/ou modalidade tarifaria, não podendo, por isto, ser enquadrado como um novo cliente e nem gozar dos descontos obrigatórios.

6 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE ORÇAMENTOS E OBRAS

6.1 Necessidade de Obras Quando da emissão do orçamento de obra, a Coelce deve encaminhar uma carta para o interessado, contendo as seguintes informações ou necessidades técnicas: a) construção ou extensão da rede de distribuição que possibilite o pronto atendimento da unidade

consumidora; b) reforma ou reforço da rede de distribuição; c) construção de ramal subterrâneo, quando cabível; d) quando houver necessidade de Atestado de Viabilidade Técnica - AVT ou Parecer de Acesso,

informar a relação das obras necessárias, no sistema de distribuição; e) prazo de início e conclusão das obras observados as prescrições do item 6.4; f) informar as características do sistema de distribuição acessado e do ponto de entrega, incluindo

requisitos técnicos, como tensão nominal de fornecimento, conforme a seguir: – AT: 69kV; – MT: 13,8kV; – BT: 380V (trifásica);

220V (monofásica). g) informações a cerca da opção da execução da obra pelo interessado quando cabível; h) forma de restituição das obras executadas pelo interessado quando cabível.

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

13/21

03

OUT/2013

6.2 Orçamento

6.2.1 Geral 6.2.1.1 A Coelce deve enviar, junto com a carta, o orçamento resumo da obra correspondente, contendo a memória de cálculo dos custos orçados, e quando cabível, o descritivo do Encargo de Responsabilidade da Coelce (ERD), o descritivo do Encargo de Reserva de Capacidade (ERC) e a participação financeira do consumidor. 6.2.1.2 O orçamento deve apresentar todos os custos que se fizerem necessários, em qualquer nível de tensão, observada a proporção entre a demanda a ser atendida ou acrescida, no caso de aumento de carga, e a demanda a ser oferecida pelas obras de extensão, reforço ou melhoria na rede, de acordo com as normas e padrões técnicos da Coelce, que conterá no mínimo os seguintes elementos: a) memória de cálculo dos custos dos orçamentos; b) cronograma físico-financeiro para execução das obras (deve constar no contrato celebrado entre

o solicitante e a Coelce, chancelado pela Área Jurídica); c) memória de cálculo de encargo de responsabilidade da Coelce, ERD e ERC; d) cálculo da participação financeira do consumidor, quando for ocaso; e) informar a atividade econômica do cliente; f) o fator de demanda utilizado. Deve-se acrescentar a atividade do consumidor. 6.2.1.3 Quando houver mais de uma alternativa de projeto para atendimento à unidade consumidora, deve ser repassado ao interessado o orçamento da alternativa de menor valor, desde que respeitados os padrões técnicos e de segurança, mesmo que a Coelce opte, na execução, por alternativa mais onerosa. 6.2.1.4 Quando for necessária a obra de conexão, deve ser calculado o ERD, considerando como o MUSD o somatório das demandas previstas em todas as unidades projetadas para unidades consumidoras com faturamento pelo Grupo B e a demanda contratada para unidade consumidora com faturamento pelo Grupo A. Para maiores detalhes ver item 7. 6.2.1.5 A forma de conexão dos empreendimentos habitacionais à rede de distribuição da Coelce, seja em baixa ou média tensão, deve ser definida com base nos critérios de mínimo dimensionamento técnico e no menor custo global, desde que garanta os padrões de qualidade da prestação de serviço e de investimento prudente definidos pela ANEEL. 6.2.1.6 Para análise do menor custo global, deve ser elaborado o orçamento da obra entre o ponto de conexão da rede de distribuição de energia existente da Coelce até o ponto de entrega, nos casos de unidades consumidoras, ou até o ponto de conexão com o limite do empreendimento. 6.2.1.7 A elaboração do orçamento da obra de conexão deve ser realizada com base nos documentos padronizados pela Coelce, descritos no item 2.2: CP-001, DT-042, DT-128, PE-038 e PE-031. 6.2.1.8 Na elaboração do orçamento ao consumidor devem ser incluídos os códigos de atividades de serviços de linha viva conforme PTO-011 e de desligamento em domingo ou feriado, os quais devem ser complementados, quando necessário, para emissão da Ordem em Curso. O orçamento será composto das seguintes rubricas: – (+) material aplicado; – (+) mão de obra de terceiros, conforme definida nos baremos; – (+) mão de obra própria; – (+) remoção (desmontagem); – (+) transporte; – (-) material salvado (retirados da rede existente, limitado ao valor do material aplicado).

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

14/21

03

OUT/2013

6.2.1.9 A carta-orçamento a ser enviada ao interessado deve apresentar a seguinte composição, conforme sua aplicação a cada caso: – CTO - Custo total da obra; – ERD - Encargo de Responsabilidade da Distribuidora; – ERC - Encargo de Reserva de Capacidade no sistema de distribuição; – CTR - Custo do Transformador quando se tratar de empreendimentos específicos; – MCG - Mínimo Custo Global, quando houver opção por obra diferente do mínimo

dimensionamento técnico e mínimo custo global; – VP - Participação Financeira do Interessado.

6.2.2 Orçamento sem Ônus para o Interessado Quando não houver valor a pagar pelo interessado no orçamento, deve ser enviado carta e o orçamento resumo da obra correspondente para o interessado.

6.2.3 Orçamento com Participação Financeira do Interessado Quando houver valor a pagar pelo interessado no orçamento deve ser enviada carta, orçamento resumo da obra correspondente e descritivos do ERD e ERC, quando cabíveis, para o interessado. 6.2.3.1 Descritivo do ERD Quando houver incidência do ERD no orçamento, deve ser adicionado um descritivo contendo as seguintes informações: a) memória de cálculo do ERD, descriminando o valor da tarifa classificada e o desconto concedido; b) discriminar o valor da tarifa TUSD Fio BFP (ver item 7.4.1) de acordo com a classe e o respectivo

desconto concedido, quando aplicável; c) fator de demanda típico (Grupo B), conforme tabela de atividades econômicas, constante no

CP-001, em sua última revisão; 6.2.3.2 Descritivo do ERC Quando houver incidência do ERC no orçamento, adicionar um descritivo contendo as seguintes informações: a) memória de cálculo do ERC; b) discriminar o valor da reserva de capacidade com a relação dos equipamentos e condutores que

incidem; c) informar a demanda considerada no cálculo ou o fator de demanda conforme CP-001, em sua

última revisão.

6.2.4 Orçamento de Responsabilidade Financeira exclusiva do Interessado Quando houver valor a pagar pelo interessado no orçamento, ou seja, a obra for de responsabilidade financeira exclusiva do solicitante, deve ser enviada carta e o orçamento resumo da obra correspondente para o interessado.

6.3 Prazos de Orçamento 6.3.1 A Coelce tem o prazo de 30 (trinta) dias, contado da data da solicitação de fornecimento, de aumento de carga ou de alteração da tensão de fornecimento, para elaborar os estudos, emitir o AVT ou Parecer de Acesso, elaborar projetos e orçamentos. 6.3.2 O interessado tem o prazo máximo de 30 (trinta) dias, após a data do recebimento das informações de que trata o item 6.3.1, para manifestar, por escrito, à Coelce sua opção por: a) aceitar os prazos e condições, estipulados pela Coelce; b) solicitar antecipação no atendimento mediante aporte de recursos;

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

15/21

03

OUT/2013

c) informar a opção de executar a obra pela Coelce ou através de terceiro, legalmente habilitado. d) apresentar o orçamento e cronograma de execução da obra, quando cabível.

6.4 Prazo de Execução de Obra 6.4.1 Prazo de início de execução das obras de 45 (quarenta e cinco) dias contados a partir da: a) data de entrega do orçamento, quando for sem ônus para o interessado; b) data de pagamento do orçamento, quando houver valor a pagar pelo interessado e sem

participação financeira da Coelce; c) data da formalização do contrato de obra que se dá através do pagamento do orçamento e

assinatura do contrato, quando houver valor a pagar pelo interessado e com participação financeira da Coelce.

6.4.2 Prazo de conclusão das obras, conforme estabelecido no cronograma de execução, pactuado entre o interessado e as respectivas áreas de obras da Coelce, citado no item 6.3.2. 6.4.3 Findo o prazo estabelecido no item 6.3.2, sem que haja comunicação do solicitante sobre a sua opção pela forma de execução da obra, o orçamento apresentado pela Coelce perderá a validade, sendo neste caso necessário ingressar pedido para sua atualização. 6.4.4 Havendo necessidade de execução de estudos, obras de reforço ou ampliação na Rede Básica ou instalações de outros agentes, devem ser observados os prazos estabelecidos pelo PRODIST. 6.4.5 No caso do atendimento sem ônus para o interessado que trata o item 5.1, a não manifestação do interessado no prazo estabelecido no item 6.3.2 caracteriza sua concordância com relação a prazos e condições informados pela Coelce. 6.4.6 O pagamento da participação financeira do consumidor caracteriza a opção pela execução da obra, de acordo com o orçamento e cronograma apresentados pela Coelce. 6.4.7 Os prazos para início e conclusão das obras para fornecimento de energia, em tensão primária de distribuição igual ou superior a 69kV deve ser de comum acordo entre Coelce e o interessado.

6.5 Suspensão do Prazo de Obra Os prazos estabelecidos ou pactuados para início e conclusão das obras a cargo da Coelce devem ser suspensos quando: a) o interessado não apresentar as informações sob sua responsabilidade; b) cumpridas todas as exigências legais, não for obtida licença, autorização ou aprovação de

autoridade competente; c) não for obtida a servidão de passagem ou via de acesso necessária à execução dos trabalhos; d) casos fortuitos ou de força maior; e) os prazos continuam a fluir depois de sanado o motivo da suspensão.

6.6 Prazo de Vigência do Cálculo do ERD e ERC 6.6.1 Quando o interessado solicitar o desligamento da unidade consumidora ou redução da demanda contratada em prazo inferior a 12 (doze) meses, contados a partir da data da ligação da UC, deve ser recalculado o valor de Encargo da Coelce e a conseqüente Participação Financeira do Interessado, tomando-se por referência os valores e orçamentos vigentes na época do cálculo de sua participação financeira. 6.6.2 Havendo a redução da demanda especificada no item 6.6.1, a Coelce deve ser ressarcida, proporcionalmente, aos encargos de sua responsabilidade pelos investimentos realizados e não amortizados. 6.6.3 De forma a garantir os ressarcimentos do item 6.6.2 a Coelce deve incluir no contrato as condições e formas que assegurem o ressarcimento dos investimentos realizados e não amortizados relativos ao cálculo do encargo de responsabilidade da distribuidora, a cada redução

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

16/21

03

OUT/2013

dos montantes contratados e ao término do contrato, considerando-se os componentes homologados em vigor.

6.7 Execução da Obra pela Coelce 6.7.1 A execução da obra pela Coelce deve ser precedida da assinatura de contrato específico com o solicitante, em que devem ser discriminadas as etapas e o prazo de implementação das obras, as condições de pagamento da participação financeira do consumidor, além de outras condições vinculadas ao atendimento. 6.7.2 É assegurada ao solicitante a opção pelo pagamento parcelado da participação financeira de sua responsabilidade, de acordo com as etapas e o prazo de implementação da obra, observado o respectivo cronograma físico-financeiro. 6.7.3 No caso de solicitações de atendimento para unidades consumidoras com tensão maior que 2,3kV, a execução da obra pela Coelce deve ser precedida da assinatura, pelo consumidor e pela Coelce, conforme o caso, do Contrato de Fornecimento ou do Contrato de Conexão de Distribuição - CCD e do Contrato de Uso do Sistema de Distribuição - CUSD, que devem vigorar a partir da energização das instalações da unidade consumidora. 6.7.4 Os valores decorrentes dos contratos celebrados devem ser contabilizados de acordo com o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, instituído pela Resolução Normativa da ANEEL N° 444, de 26 de outubro de 2001. 6.7.5 O interessado pode solicitar a antecipação da obra, mediante acordo com a Coelce, desde que o mesmo pague a totalidade dos recursos necessários à realização desta. As parcelas do investimento de responsabilidade da Coelce antecipadas pelo interessado devem ser atualizadas pelo IGP-M, acrescidas de juros à razão de 0,5% (meio por cento) ao mês Pro-Rata Die e restituídas, no prazo de até 3 (três) meses após a energização da obra, por meio de depósito em conta-corrente, cheque nominal, ordem de pagamento ou crédito na fatura de energia elétrica, conforme opção do consumidor. 6.7.6 Para as obras de Responsabilidade da Coelce o cálculo da restituição a Coelce deve ser o menor valor entre: a) custo da obra comprovado pelo interessado; b) orçamento entregue pela distribuidora; c) encargo de responsabilidade da distribuidora, nos casos de obras com participação financeira

(inclui-se nestes encargos o ERD e o ERC) 6.7.7 Para as solicitações de atendimento de unidades consumidoras em tensão inferior a 2,3kV, o pagamento da participação financeira do consumidor, calculada nos termos desta NT, caracteriza a opção pela execução da obra por meio da Coelce, de acordo com o orçamento e cronograma apresentados, devendo ser formalizada através de contrato.

6.8 Execução Direta da Obra pelo Interessado O interessado pode optar pela execução direta da obra e neste caso deve obrigatoriamente seguir os critérios estabelecidos na DT-044 Projeto e Construção de Extensão de Rede de Distribuição Aérea de Baixa e Média Tensão Executada por Terceiro. Caso haja participação financeira da Coelce deve ser feito o cálculo do ERD e do ERC para ressarcimento, conforme DT-128.

6.9 Responsabilidades da Coelce 6.9.1 A elaboração do orçamento é de responsabilidade das áreas de projetos e obras, utilizando o Sistema de Gestão de Obras e Manutenção – GOM. 6.9.2 A Área Comercial é responsável pelo envio de carta ao cliente, elaboração e assinatura do contrato e envio para execução da obra.

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

17/21

03

OUT/2013

7 METODOLOGIA DE CÁLCULO DO ERC, ERD E MÍNIMO CUSTO GLOBAL

7.1 GERAL Devem ser calculados o ERC e o ERD, para definir a eventual participação financeira do interessado, para atender obras descritas no item 5.2, conforme descrito nos itens 7.2 a 7.6.

7.2 Custo Total da Obra O custo total da obra corresponde: extensão de rede, reforço de rede, obras de suporte, instalação de equipamento em qualquer nível de tensão, e quaisquer outras obras e serviços necessários para o atendimento ao interessado, observando os critérios de mínimo dimensionamento técnico possível e menor custo global, seguindo as prescrições das normas e padrões da Coelce. Neste custo total não incide as deduções obrigatórias do ERC e ERD, incide somente as deduções dos materiais salvados.

7.3 Cálculo do ERC 7.3.1 O cálculo do ERC, baseado na proporcionalidade, deve considerar os critérios de mínimo dimensionamento técnico possível e menor custo global. Esta proporcionalidade deve incidir individualmente, desde que implique em reserva de capacidade no sistema, sobre os seguintes itens do orçamento: condutores, transformadores de força, transformadores de distribuição, reguladores de tensão, bancos de capacitores, reatores, religadores e disjuntores, considerando a relação entre o MUSD a ser atendido ou acrescido e a demanda disponibilizada pelo item do orçamento. 7.3.2 O cálculo da proporção não se aplica a mão-de-obra, estruturas, postes, materiais, instalações, relacionados na obra. 7.3.3 Para o cálculo da proporcionalidade nos equipamentos utilizados deve ser levada em consideração a capacidade nominal destes, proporcional a demanda requerida pelo solicitante, conforme DT-128. 7.3.4 Para o cálculo da proporcionalidade nos condutores utilizados deve ser levada em consideração a capacidade nominal destes, em função das condições do projeto definido nos padrões, proporcional a demanda requerida pelo solicitante, conforme DT-128. 7.3.5 O ERC deve ser calculado sempre que a obra de conexão tiver capacidade superior ao requisitado pelo empreendimento. Neste caso, considerar o MUSD indicado nos itens 7.4.2 a 7.4.4, conforme o caso.

7.4 Cálculo do ERD 7.4.1 O Encargo de Responsabilidade da Distribuidora (Coelce), denominado “ERD”, é determinado pela seguinte equação: ERD = MUSDERD x K Onde: - MUSDERD = montante de uso do sistema de distribuição a ser atendido ou acrescido para o cálculo

do ERD, em quilowatt (kW); - K = fator de cálculo do ERD, calculado pela seguinte equação:

O valor de K é definido levando em consideração a tarifa correspondente a classe e modalidade tarifária da unidade consumidora, conforme valores homologados pela ANEEL. Onde: - TUSD Fio BFP = a parcela da TUSD no posto tarifário fora de ponta, composta pelos custos

regulatórios decorrentes do uso dos ativos de propriedade da Coelce, que

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

18/21

03

OUT/2013

remunera o custo de operação e manutenção, a remuneração do investimento e a depreciação dos ativos, em Reais por quilowatt (R$/kW);

- α = relação entre os custos de operação e manutenção, vinculados diretamente à prestação do serviço de distribuição de energia elétrica, como pessoal, material, serviços de terceiros e outras despesas, e os custos gerenciáveis totais da distribuidora – Parcela B, definidos na última revisão tarifária; e

- FRC = o fator de recuperação do capital que traz o valor presente a receita uniforme prevista, sendo obtido pela equação:

( )( ) ⎥

⎤⎢⎣

−+×+

=11

1n

n

iiiFRC

Onde: - i = a taxa de retorno adequada de investimentos, definida pelo Custo Médio

Ponderado do Capital (WACC), definido na última revisão tarifária, acrescido da carga tributária, de acordo com a DT-128, deve ser atualizada após cada revisão tarifária, sendo obtido pela equação:

i = WACC / (1 – carga tributária) - n = o período de vida útil, em anos, associado à taxa de depreciação percentual

anual “d” definida na última revisão tarifária, sendo obtido pela equação:

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛=

dn 100

7.4.2 Para o cálculo do ERD devem ser observadas as seguintes prescrições: a) para unidade consumidora com faturamento pelo Grupo A, o MUSDERD é a demanda contratada,

se enquadrada na modalidade tarifária convencional binômia ou horária verde, a demanda contratada no posto tarifário fora de ponta, se enquadrada na modalidade tarifária horária azul ou o valor do uso contratado para seguimento fora de ponta, devendo ser feita a média ponderada caso tenham sido contratados valores mensais diferenciados.

b) para unidade consumidora com faturamento pelo Grupo B, o MUSDERD é a demanda obtida por meio da aplicação, sobre a carga instalada prevista, do fator de demanda da correspondente atividade dentro da sua classe principal, conforme o fator de demanda típico estabelecido no CP-001, para unidades consumidoras de BT;

c) todos os componentes necessários para o cálculo do ERD devem ser estabelecidos pela ANEEL, quando da publicação da Resolução Homologatória referente a cada revisão ou reajuste tarifário da Coelce;

d) os valores da TUSD Fio BFP referidos devem receber os descontos previstos na regulamentação, aplicáveis a cada classe ou subclasse de unidade consumidora.

7.4.3 No orçamento da obra de conexão de empreendimentos integrados à edificação, para o cálculo do ERD deve ser considerado o somatório das demandas previstas de todas as unidades projetadas. 7.4.4 Quando nos empreendimentos habitacionais de múltipla unidade de consumo as demandas das unidades já edificadas não forem informadas, utilizar para o cálculo do ERD a demanda diversificada conforme CP-001.

7.5 Mínimo Custo Global 7.5.1 A Coelce deve elaborar projeto que considere os critérios de mínimo dimensionamento técnico possível e menor custo global, conforme as normas e padrões disponibilizados pela Coelce.

Código

Página

Revisão

Emissão

NORMA TÉCNICA

ENCARGOS E PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA EM OBRAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA

COELCE

NT-009

19/21

03

OUT/2013

7.5.2 Quando o interessado optar por realizar obras com dimensões maiores do que as necessárias para o atendimento ou que garantam níveis de qualidade de fornecimento superiores aos especificados na respectiva regulamentação, o optante deve arcar integralmente com o custo adicional. 7.5.3 No projeto indicado no item 7.5.2 não deve ser considerado os encargos de ERD e ERC como dedução no orçamento da obra.

7.6 Cálculo do Valor a Pagar pelo Interessado Para o cálculo da participação financeira do consumidor seguir as prescrições da DT-128.

8 ANEXOS Desenho 009.01 - Infraestrutura, Obra Interna e de Conexão; Desenho 009.02 – Infraestrutura Básica dos Empreendimentos