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200
Erechim RS 2013 Adriana Troczinski Storti Elisabete Maria Zanin Helena Confortin Neila Tonin Agranionih Sônia Balvedi Zakrzevski Trabalhos Acadêmicos da concepção à apresentação 3. edição Revisada e Atualizada

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Erechim RS2013

Adriana Troczinski StortiElisabete Maria Zanin

Helena ConfortinNeila Tonin Agranionih

Sônia Balvedi Zakrzevski

TrabalhosAcadêmicosda concepção à apresentação

3. ediçãoRevisada e Atualizada

T758 Trabalhos acadêmicos: da concepção à apresentação / HelenaConfortin... [et al.]. 3. edição revisada e atualizada. -

Erechim, RS : EdiFAPES, 2013.

200p.: il.; 21 cm. - (Série didáticos; 5)

ISBN 85-88565-71-4

1. Metodologia científica. 2. Referências bibliográficasI. Confortin, Helena. II. Storti, Adriana Troczinski. III. Zanin,Elisabete Maria. IV. Agranionih, Neila Tonin. V. Zakrzevski,Sônia Balvedi.VI. Título.

CDU: 001.8

Todos os direitos reservados pela .Proibida a reprodução total ou parcial, de qualquerforma e por qualquer meio mecânico ou eletrônico,inclusive através de fotocópias e de gravações,sem a expressa permissão das autoras.

Digitação:Cleusa Boeira

Editoração e composição eletrônica:Darcy Rudimar Varella

Revisão Final: As autoras

Conselho Editorial:Elisabete Maria ZaninPresidente

- Livraria e EditoraAv. 7 de Setembro, 162199700-000 Erechim - RSFone: (54) [email protected]

IMPRESSO NO BRASILPRINTED IN BRAZIL

Catalogação na fonte: bibliotecária Sandra Milbrath CRB 10/1278

APRESENTAÇÃO

A busca constante do saber novo exige, de cada aprendiz,ações intrínsecas e reflexivas, amparadas num pensamento críticoe sistêmico. Não se gerenciam empresas, não se governam nações,não se sobrevive na sociedade atual, se o ser humano não está aptoa pensar e a ter atitudes de investigação diante do desconhecido edos limites por este impostos.

A Universidade cumpre seu papel oferecendo instrumentose conhecimentos para que o aluno tenha uma formação educativa,fundada no esforço de elaboração própria, através do qual constróium projeto emancipatório.

Ser universitário, no atual contexto histórico, é, necessaria-mente, adquirir disciplina intelectual e ter disposição para apren-der a aprender. Assim, a qualificação do ensino universitário passapela formação e desenvolvimento de pessoas críticas e criativas quedominem e apliquem os processos de estudo, de reflexão e de pes-quisa.

Nesta perspectiva, a Universidade deve incentivar os alu-nos para que, desde a graduação, produzam conhecimento, isto é,desenvolvam a pesquisa, busquem resultados, construam o seu pró-prio saber, aprendam a fazer, fazendo.

Esta criação intelectual, configurada como trabalho acadê-mico, requer, além de criatividade, rigor e disciplina. Todo traba-lho deve ser pensado, planejado, escrito e, posteriormente, revisado.Na sua redação, são requisitos a clareza, a completude, a acuidadee a simplicidade.

O livro Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresen-tação, trata da redação de trabalhos didáticos e científicos, trazendoindicações orientadoras para que os escritos acadêmicos sejam ela-

4 Apresentação

borados de forma clara, comuniquem de modo eficiente os resulta-dos e sejam apresentados de forma correta, isto é, de acordo comos padrões e normas estabelecidos.

O livro é um convite ao trabalho acadêmico e busca apre-sentar sugestões de como conduzir a busca, a apreensão e a divul-gação do conhecimento. Objetiva contribuir na compreensão, desen-volvimento e apresentação de novos saberes, procurando respeitaras especificidades de cada produção, considerando sempre que omelhor saber é aquele que sabe superar-se.

É um trabalho em permanente (re)construção; por isso aber-to a sugestões e contribuições para que cumpra o seu objetivo: asempre crescente qualidade do aprender/fazer universitário.

A terceira edição, além de agregar sugestões e contribuiçõesde docentes, pesquisadores, acadêmicos e de profissionais que se va-lem das orentações apresentadas no livro, atualiza normas emanadasda ABNT e do Conselho Nacional de Saúde publicados a partir de2007.

As alterações efetuadas não alteram a estrutura da obra; so-mente a atualizam.

As autoras

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Elementos estruturais de uma ficha bibliográfica. ...... 15Figura 2 – Modelo de ficha de indicação bibliográfica. .............. 16Figura 3 – Modelo de ficha de transcrição .................................. 18Figura 4 – Modelo de ficha de resumo ........................................ 18Figura 5 – Estrutura de trabalhos acadêmicos ............................. 48Figura 6 – Estrutura de trabalhos acadêmicos solicitados por

disciplinas de graduação e pós-graduação .................... 49Figura 7 – Estrutura de trabalhos monográficos de conclusão de

cursos de graduação e especialização ........................... 50Figura 8 – Estrutura de dissertações e teses .................................. 51Figura 9 – Estrutura de relatório técnico-científico ...................... 52Figura 10 – Estrutura de relatório de estágio ................................ 53Figura 11 – Modelo de capa de trabalho monográfico ................. 55Figura 12 – Modelo de lombada de trabalho monográfico ........... 56Figura 13 – Modelo de folha de rosto de trabalhos acadêmicos ... 58Figura 14 – Modelo de errata ....................................................... 61Figura 15 – Modelo de termo de aprovação ................................. 62Figura 16 – Modelo de resumo em língua vernácula ......................... 6 5Figura 17 – Modelo de resumo em língua estrangeira ....................... 6 5Figura 18 – Modelo de lista de figuras ............................................... 6 6Figura 19 – Modelo de lista de siglas ................................................. 6 7Figura 20 – Modelo de lista de abreviaturas ...................................... 6 8Figura 21 – Modelo de sumário ......................................................... 7 0Figura 22 – Modelo de apêndice ........................................................ 7 5Figura 23 – Modelo de margens e alinhamentos ................................ 8 0Figura 24 – Modelo de espacejamento ............................................... 8 2Figura 25 – Modelo de numeração das páginas e espacejamento ...... 8 3Figura 26 – Modelo de disposição gráfica das alíneas e subalíneas .. 8 6Figura 27 – Modelo de ilustração ....................................................... 8 9Figura 28 – Modelo de ilustração ....................................................... 8 9Figura 29 – Modelo de quadro ........................................................... 9 0Figura 30 – Modelo de tabela............................................................. 9 2

SUMÁRIO

1 TRABALHOS ACADÊMICOS............................................ 11

1.1 TRABALHOS DIDÁTICOS ................................................ 131.1.1 Fichamentos. .................................................................... 141.1.2 Resumo de textos ............................................................. 191.1.3 Resenha ............................................................................. 211.1.3.1 Resenha descritiva .......................................................... 211.1.3.2 Resenha crítica ............................................................... 231.1.4 Relatórios.......................................................................... 241.1.4.1 Relatório de estágio . ...................................................... 241.1.4.2 Relatório de viagem e/ou visita técnica .......................... 25

1.2 TRABALHOS CIENTÍFICOS ............................................. 261.2.1 Relatório técnico-científico ............................................. 261.2.2 Trabalho monográfico ..................................................... 271.2.2.1 Tipos de trabalhos monográficos .................................... 291.2.2.2. Planejamento do trabalho monográfico: projeto de pesquisa ....................................................... 311.2.2.3 Redação do trabalho monográfico. ................................. 351.2.2.4 Elementos textuais do trabalho monográfico. ................ 371.2.3 Publicações científicas ..................................................... 371.2.3.1 Artigo científico .............................................................. 371.2.3.2 Comunicação científica .................................................. 401.2.3.3 Ensaio (Paper) ................................................................ 411.2.3.4 Resenha crítica. .............................................................. 421.2.3.5 Resumo técnico de trabalho científico. .......................... 43

2 ESTRUTURA E CARACTERIZAÇÃO DAS PARTES DO TRABALHO ACADÊMICO ................................................. 45

2.1 ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADÊMICOS............. 472.1.1 Trabalhos acadêmicos solicitados por disciplinas de graduação e pós-graduação ...................................... 492.1.2 Monografias de conclusão de cursos de graduação e cursos de especialização ........................... 502.1.3 Dissertações e teses .......................................................... 51

2.1.4 Relatório técnico-científico ............................................. 522.1.5 Relatório de estágio ......................................................... 53

2.2 CARACTERIZAÇÃO DAS PARTES DO TRABALHO ACADÊMICO ..................................................................... 542.2.1 Elementos pré-textuais .................................................... 542.2.1.1 Capa. ............................................................................... 542.2.1.2 Lombada ......................................................................... 562.2.1.3 Folha de rosto. ................................................................ 572.2.1.4 Errata. ............................................................................. 602.2.1.5 Termo de aprovação ........................................................ 612.2.1.6 Dedicatória. .................................................................... 622.2.1.7 Agradecimentos. ............................................................. 632.2.1.8 Epígrafe .......................................................................... 632.2.1.9 Resumo em língua vernácula .......................................... 632.2.1.10 Resumo em língua estrangeira ...................................... 652.2.1.11 Listas ............................................................................. 662.2.1.12 Sumário ......................................................................... 682.2.2 Elementos textuais. .......................................................... 712.2.2.1 Introdução ....................................................................... 712.2.2.2 Desenvolvimento ............................................................ 722.2.2.3 Conclusão ....................................................................... 732.2.3 Elementos pós-textuais .................................................... 742.2.3.1 Referências ..................................................................... 742.2.3.2 Glossário ......................................................................... 742.2.3.3 Apêndice ......................................................................... 742.2.3.4 Anexos ............................................................................ 752.2.3.5 Índices ............................................................................. 76

3 APRESENTAÇÃO GRÁFICA DO TRABALHO ACADÊMICO ........................................................................ 773.1 ORIENTAÇÕES PARA A APRESENTAÇÃO GRÁFICA .. 793.1.1 Papel .................................................................................. 793.1.2 Tamanho e formato da letra ........................................... 793.1.3 Margens e alinhamentos ................................................ 793.1.4 Espacejamento ................................................................. 813.1.5 Paginação.......................................................................... 823.1.6 Digitação e encadernação................................................ 843.1.7 Numeração das seções ..................................................... 843.1.8 Uso de negrito, grifo ou itálico ....................................... 863.1.9 Uso de aspas ..................................................................... 87

3.2 ILUSTRAÇÕES. .................................................................. 87

3.3 TABELAS ............................................................................ 90

4 NOTAS E CITAÇÕES .......................................................... 93

4.1 NOTAS DE RODAPÉ . ........................................................ 954.1.1 Normas para apresentação de notas de rodapé . .......... 954.1.2 Notas explicativas ............................................................ 964.1.3 Notas de referência .......................................................... 96

4.2 CITAÇÕES ........................................................................... 994.2.1 Indicação das fontes citadas no texto ............................. 994.2.1.1 Autor pessoal .................................................................. 1004.2.1.2 Autor entidade ................................................................ 1014.2.1.3 Dois autores com o mesmo sobrenome .......................... 1024.2.1.4 Vários documentos do mesmo autor .............................. 1024.2.1.5 Vários autores com uma mesma ideia ou argumento ....................................................................... 1034.2.2 Apresentação de citações diretas, indiretas e citação de citação ............................................................. 1034.2.2.1 Citações diretas ............................................................... 1034.2.2.2 Citações indiretas ........................................................... 1044.2.2.3 Citação de citação ........................................................... 1054.2.3 Regras gerais .................................................................... 106

5 ELABORAÇÃO DAS REFERÊNCIAS .............................. 109

5.1 REGRAS DE APRESENTAÇÃO E DE ORDENAÇÃO .... 112

5.2 MODELOS DE REFERÊNCIA ........................................... 1135.2.1 Monografias ..................................................................... 1145.2.1.1 Monografias impressas consideradas no todo ................ 1145.2.1.2 Monografias em meio eletrônico consideradas no todo ...................................................... 1165.2.1.3 Parte de monografia impressa ........................................ 1165.2.2 Publicação periódica ....................................................... 1185.2.2.1 Publicação periódica como um todo............................... 1185.2.2.2 Partes de revista, boletim................................................ 1185.2.2.3 Artigo e/ou matéria de revista, boletim .......................... 1195.2.2.4 Artigo e/ou matéria de jornal .......................................... 1205.2.3 Publicações de eventos .................................................... 1215.2.3.1 Evento como um todo, impresso .................................... 1215.2.3.2 Evento com um todo em meio eletrônico ....................... 1225.2.3.3 Trabalho apresentado em evento .................................... 122

5.2.4 Documentos jurídicos ...................................................... 1235.2.4.1 Legislação ....................................................................... 1235.2.4.2 Jurisprudência ................................................................. 1255.2.4.3 Doutrina .......................................................................... 1275.2.4.4 Documento jurídico em meio eletrônico ........................ 1275.2.5 Imagem em movimento ................................................... 1285.2.6 Documento iconográfico ................................................. 1295.2.7 Documento cartográfico.................................................. 1305.2.8 Documento tridimensional .............................................. 1315.2.9 Patente .............................................................................. 1325.2.10 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico ........................................................................ 1335.2.11 Documento sonoro ......................................................... 1345.2.11.1 Documento sonoro considerado no todo ...................... 1345.2.11.2 Documento sonoro em parte ......................................... 1355.2.12 Partitura ......................................................................... 1365.2.13 Outros materiais ............................................................ 136

5.3 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS PARA REFERENCIAR OBRAS ...................................................... 1395.3.1 Autoria .............................................................................. 1395.3.1.1 Autor pessoal .................................................................. 1395.3.1.2 Pseudônimo .................................................................... 1405.3.1.3 Outros tipos de responsabilidade .................................... 1415.3.1.4 Autor entidade ................................................................ 1415.3.1.5 Autoria desconhecida ..................................................... 1425.3.2 Título e subtítulo .............................................................. 1425.3.3 Edição ............................................................................... 1445.3.4 Local .................................................................................. 1445.3.5 Editora .............................................................................. 1465.3.6 Data ................................................................................... 1475.3.7 Descrição física ................................................................ 1495.3.8 Ilustrações ........................................................................ 1505.3.9 Dimensões ......................................................................... 1515.3.10 Séries e coleções ............................................................. 1515.3.11 Notas ................................................................................ 151

REFERÊNCIAS........................................................................ 155

ANEXOS ................................................................................... 159

TRABALHOSACADÊMICOS1

Entende-se por trabalhos acadêmicos os trabalhos didáti-cos e científicos que, conforme Severino (2002, p. 129), são “[...]exigidos dos alunos durante os Cursos de Graduação e, mesmo dePós-Graduação, como parte das atividades do processo didático,integrantes do processo de escolaridade.”

É a estes trabalhos que devem ser aplicadas as diretrizestécnicas e metodológicas apresentadas nesta obra.

São descritos, a seguir, os principais tipos de trabalhos aca-dêmicos e suas formas de apresentação. Apresenta-se a definição eo esquema sintético de sua elaboração, seguindo orientações daAssociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e de autoresvariados.

1.1 TRABALHOS DIDÁTICOS

São trabalhos exigidos, sobretudo nos cursos de graduação,como tarefas da própria escolaridade. São relatórios dos estudosrealizados pelos alunos. Severino (2002, p.130) diz que estes

[...] trabalhos fazem parte intrínseca da formação técnica oucientífica do estudante, já que levam os alunos a buscar, nasdevidas fontes, elementos complementares àqueles adquiridosno próprio curso. [...] É através deste tipo de trabalho que oestudante, além de ampliar seus conhecimentos, se iniciará nométodo da pesquisa e da reflexão.

14 Trabalhos Acadêmicos

Os trabalhos acadêmicos são, geralmente, recapitulativos, apre-sentando sínteses de ideias expostas por um ou diversos autores eexigem do aluno revisão e retenção de conteúdos, sínteses de informa-ções sobre determinados temas, resumos de textos, fichamentos, rese-nhas, dentre outros. O mesmo autor (2002, p.130) destaca que o que“[...] qualifica este tipo de trabalho é o uso correto do materialpreexistente, a maneira adequada de tratá-lo para que traga algumacontribuição inteligente à aprendizagem.”

Dentre os trabalhos didáticos mais solicitados nos cursos degraduação e pós-graduação, destacam-se os fichamentos, os resumosde textos, as resenhas/recensões e os relatórios (de estágios, de visitatécnica e/ou viagem), descritos a seguir.

1.1.1 Fichamentos

O fichamento constitui um acervo de informações sobre li-vros, artigos e outras fontes de acesso que, quando feito sistemati-camente, proporciona ao estudante informações ricas para seus estudos.Consiste numa prática de documentação pessoal extremamente útil,uma vez que possibilita o acesso rápido a apontamentos realizados emaulas, palestras e em leituras de livros e demais publicações científi-cas.

Salomon (2001) observa que a organização cuidadosa de umfichário bibliográfico possibilita maior rapidez e segurança na monta-gem de referências bibliográficas de trabalhos, dispensando o retornoao lugar onde se localizam os documentos utilizados.

O fichário bibliográfico pode ser feito através de fichas de car-tolina, de papel ofício ou no computador. Medeiros (2003) consideraque as fichas constituem um valioso recurso de estudo, muito emborahaja obstáculos a vencer no início de sua utilização devido ao dispêndioinicial de tempo e da metodologia de transcrição de texto. O autorobserva, no entanto, que, vencida a resistência inicial, a prática contí-nua implicará em ganho de tempo.

15Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

As fichas podem ser de diferentes tamanhos: pequena (7,5 x12 cm), média (10,5 x 15,5 cm) ou grande (12,5 x 20,5 cm), ou simples-mente do tamanho de uma folha de papel ofício A4 dobrada ao meio. Éfundamental que contenham um cabeçalho, onde estará indicado oassunto e o número da ficha, a referência bibliográfica da obra queestá sendo fichada, o texto propriamente dito, que consiste no corpo daficha, e, o local onde se encontra a obra. Segue um exemplo dos elemen-tos estruturais de uma ficha (Figura 1).

Figura 1 - Elementos estruturais de uma ficha bibliográfica

As fichas podem ser manuscritas e os dois lados da mesmapodem ser utilizados. O verso da ficha deve ser indicado pela numera-ção da ficha seguida da letra B.

Há diferentes tipos de fichamentos de leituras. Andrade (2003)afirma que no que se refere ao conteúdo, as fichas se prestam a váriostipos de anotações, podendo constituir-se em fichas de indicação bibli-ográfica (autor, obra e assunto), de transcrições para citações, de apre-ciação, de esquemas, de resumo e de ideias sugeridas pelas leituras.

Título Geral Título EspecíficoNº daFicha

Lado da

Ficha

Referência Bibliográfica

Corpo ou texto da ficha

Local onde se encontra a obra

16 Trabalhos Acadêmicos

Medeiros (2003) distingue as fichas de utilização própria debibliotecas: ficha de indicação bibliográfica, ficha de assunto e ficha detítulos de obras, e as fichas próprias à prática de redação de trabalhoscientíficos: ficha de transcrição, ficha de resumo e ficha de comentá-rio. Considera importante que, sempre que for solicitado um fichamento,seja indicada a modalidade desejada.

Apresentam-se, a seguir, exemplos das fichas mais utilizadasnos meios acadêmicos:

1.1.1.1 Fichas de indicações bibliográficas

São muito utilizadas em bibliotecas, mas podem ser úteisao acadêmico quando está procedendo a um levantamento biblio-gráfico de um assunto. Devem conter a referência bibliográfica dasobras localizadas, ou seja, autor, título, número da edição, local depublicação, editora, data de publicação (Figura 2).

Figura 2 - Modelo de ficha de indicação bibliográfica

Pesquisa Científica Nº 01 A

MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos e

resenhas. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2003.

Biblioteca da URI-Campus de Erechim

17Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

1.1.1.2 Fichas de transcrição

São elaboradas ao longo da leitura e análise de fontes biblio-gráficas e consistem na seleção de trechos que poderão ser usadosem citações. Podem, também, destacar ideias importantes dos autoresconsultados. Os trechos transcritos devem estar entre aspas, e a pági-na do livro de onde foi transcrito deve ser indicada (Figura 3).

Figura 3 - Modelo de ficha de transcrição

Fichamento Nº 01 A

p. 61

p. 65

Biblioteca da URI-Campus de Erechim

1.1.1.3 Fichas de resumos

Podem conter resumos descritivos ou informativos. Con-forme Medeiros (2003), a ficha de resumo ou de conteúdo apre-senta uma síntese das ideias do autor e não é um sumário ou índice.

Também não envolve citações (Figura 4).

18 Trabalhos Acadêmicos

Figura 4 - Modelo de ficha de resumo

Nº 01 A

Biblioteca da URI-Campus de Erechim

O livro trata de uma metodologia de análise das empresas do setor ervateiro do norte do

RS, buscando inseri-los no mercado internacional.

O foco principal está voltado para o estudo individual com base nas teorias de Porter, e

uma proposição de modelo de aliança estratégica, baseado nos autores Yoshino e Rangon.

Discorre sobre diversas formas de inserção internacional, enfatizando sobre alianças

estratégicas.

Indicado para empresas, principalmente pequenas e médias que querem se inserir em

mercados internacionais.

Erechim/RS: Edifapes, 2003.

1.1.1.4 Fichas de apreciação ou comentários

Consistem em anotações de críticas, comentários e opiniõessobre a obra lida.

1.1.1.5 Fichas de esquemas

Referem-se a esquemas de resumos feitos a partir das lei-turas.

1.1.1.6 Fichas de ideias sugeridas pelas leituras

Contêm anotações das relações estabelecidas que serãofundamentais, posteriormente, para a elaboração do trabalho. Tra-ta-se das ideias que ocorrem ao leitor durante a leitura que, se nãoanotadas, passam rapidamente pela mente.

19Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Estes últimos tipos de fichas possuem os mesmos elementosestruturais das anteriores, sofrendo alterações apenas no corpo da fi-cha.

É importante lembrar que é possível fichar livros, capítulos delivros, artigos de periódicos, entre outros. Nestes casos é preciso pro-ceder corretamente à referência conforme as normas estabelecidasneste trabalho.

É importante também organizar as fichas em arquivos própri-os, em ordem alfabética de autores ou assuntos, ou também pela nu-meração das mesmas, a partir de critérios que permitam o acesso fácile rápido às informações no momento em que se fazem necessárias.

Na realidade, não existem normas ou modelos rígidos quantoàs fichas e às formas de organização dos fichários. Vale a criatividadedo leitor e os seus processos de organização pessoal. Mas, é importan-te salientar que as informações nelas contidas devem ser autênticas econfiáveis.

1.1.2 Resumo de textos

Autores variados dão definições diversas sobre resumo. Resu-mo é:

a) “[...] a apresentação sintética e seletiva das ideias de umtexto, ressaltando a progressão e a articulação delas.”(MEDEIROS, 2003, p.142);

b) “[...] a condensação fiel das idéias ou dos fatos de um tex-to.” (PLATÃO e FIORIN, 1990, p.420);

c) a redução do texto original, procurando captar suas ideiasprincipais, na progressão e no encadeamento em que apare-cem no texto;

d) a redução do texto ao seu esqueleto essencial, observandocada uma das partes essenciais e a progressão em que elasse sucedem;

20 Trabalhos Acadêmicos

e) a correlação que o texto estabelece entre cada uma daspartes.

Para elaborar um bom resumo é importante que o leitor, alémde apresentar competência na leitura, isto é, compreensão do con-teúdo global do texto, identifique e supere dificuldades relaciona-das ao vocabulário, estruturação sintático-semântica, relações lógicas,tipo de assunto. Deve, também, apresentar um certo grau de amadure-cimento intelectual, um bom repertório de informações sobre o temaque será estudado e dominar um procedimento apropriado para a ela-boração do resumo.

Para a realização de um bom resumo recomendam-se os se-guintes procedimentos:

a) ler o texto ininterruptamente, do começo ao fim, para ternoção do conjunto e para descobrir o plano da obra. Res-ponder, genericamente, à pergunta: do que trata o texto?;

b) reler o texto, com interrupções, para compreender me-lhor o significado de palavras difíceis e para captar o sen-tido de frases mais complexas e longas. Ter a preocupaçãode compreender bem o sentido das palavras relacionais,responsáveis pelo estabelecimento das conexões (assim,isto, isso, aquilo, aqui, lá, daí, mas, embora, ainda que,sua, seu...);

c) segmentar o texto em blocos de ideias que tenham unidadede significação / ideias afins / ideias principais e sua articu-lação (divisão em parágrafos, em unidades de significação,em oposições entre personagens, oposições de espaço, detempo e outras);

d) agrupar ou resumir as ideias afins ou as ideias centrais decada fragmento, utilizando palavras abstratas e maisabrangentes (palavras-chaves);

e) dar redação final, com palavras próprias, procurandocondensar os segmentos, encadeá-los na progressão em

21Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

que se sucedem no texto e estabelecer as relações entreeles, construindo frases que incluam várias ideias expostasno texto, fazendo-o de forma sintética.

O resumo deverá ter os seguintes elementos essenciais:

a) referência do texto (conforme orientações constantes noseção 5 deste trabalho);

b) elementos do conteúdo: assunto do texto; objetivo; apre-sentação das ideias principais do texto e apresentação dasconclusões do autor da obra resumida.

1.1.3 Resenha

Resenha é o termo utilizado para designar os trabalhos queapresentam, descrevem, avaliam e recomendam um texto ou obracompleta. Podem-se resenhar, também, filmes, obras de arte, obrasmusicais e outras.

Consideram-se, aqui, dois tipos de resenha: resenha descri-tiva e resenha crítica ou científica.

1.1.3.1 Resenha descritiva

Consiste na exposição em síntese do assunto tratado em umaobra (completa ou parte).

Estruturalmente, a resenha descritiva:a) descreve as propriedades da obra - descrição física da

obra;

b) relata as credenciais do autor;

c) resume a obra (ideias);

d) apresenta as conclusões e metodologia empregadas;

e) expõe o quadro de referências em que o autor se apoiou.

22 Trabalhos Acadêmicos

Quanto à linguagem, deve ser escrita em terceira pessoa, im-plicando neutralidade.

Apresenta-se, a seguir, uma sugestão de roteiro para elabo-ração de uma resenha descritiva:

a) referência bibliográfica.

b) credenciais do autor: quem fez o estudo? por quê?quando?

c) descrição sumária das partes:

- de quantas partes/capítulos é constituída a obra? quais?

- que assuntos são abordados em cada parte/capítulo?

d) resumo da obra:

- de que trata o texto? quais os objetivos do autor ?

- que ideias fundamentam a hipótese do autor?

- que ideias servem de base ao objetivo?

- qual o ponto de vista que o autor da obra defende?

- quais as ideias principais da obra? que conceitos-chavesão abordados no texto?

e) conclusões da autoria:

- quais as conclusões a que o autor chegou?

f) outras informações (opcionais):

- apresenta exercícios? são desafiadores ou triviais?

- há índices de assunto, de autores? tabelas? ilustrações?gráficos?

- a bibliografia é atualizada? cita obras mais recentes?

- há citações ou notas? elas colaboram para a compreen-são do texto?

- há citações de revistas especializadas, nacionais e in-ternacionais?

- quais os autores mais citados?

- há utilização de termos técnicos? eles contribuem oudificultam a compreensão?

23Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

1.1.3.2 Resenha crítica

Consiste na leitura, resumo e crítica do conteúdo de umaobra, devendo, o resenhista, avaliar e formular um conceito sobrea obra.

Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas(2003), NBR 6028, resenha é um resumo crítico. “Seu objetivo éoferecer informações para que o leitor possa decidir quanto à con-sulta ou não do original.” (MEDEIROS, 2003, p. 159).

Quanto à estrutura, além dos elementos citados na estrutu-ra da resenha descritiva, acrescenta-se a avaliação da obra, a defe-sa de um ponto de vista e a sua recomendação ou não. Neste tipode resenha, o leitor espera um posicionamento do resenhista; este,por sua vez, deve ter presente que os juízos avaliativos precisamapoiar-se em fatos, em provas e em argumentos consistentes. Deveficar claro para o leitor se o resenhista adota como positivos ounegativos os posicionamentos, os conceitos e as ideias da obraresenhada.

Com base em Medeiros (2003) e Marconi e Lakatos (2002),apresenta-se, a seguir, uma sugestão de roteiro de resenha críticaque complementa os elementos da resenha descritiva:

g) quadro de referência teórico-metodológico:

- que teoria serve de apoio ao estudo apresentado?

- que métodos utilizou? (dedutivo, indutivo, histórico,comparativo, estatístico?)

- que técnicas utilizou? (entrevista, questionário).

h) apreciação crítica:

- a conceituação e terminologia são precisas?

- a bibliografia é bem utilizada? é atualizada e usa obrasclássicas?

- qual a contribuição da obra?

- as ideias são originais?

24 Trabalhos Acadêmicos

- as conclusões são convincentes, fortes?

- quais os pontos fortes e fracos na argumentação do au-tor?

- como é o estilo do autor: conciso, objetivo, simples? qual ograu de inteligibilidade do texto?

- a organização da obra é clara, lógica, consistente?

i) indicações da obra:

- a quem é dirigida a obra? quem será beneficiado com aleitura do texto? por quê?

- a obra pode ser adotada por algum curso, alguns pro-fissionais? quem? por quê?

Exemplos de resenhas críticas podem ser encontrados emperiódicos científicos, nos acervos das bibliotecas, sobretudo uni-versitárias.

1.1.4 Relatórios

Relatórios são documentos elaborados com a finalidade deapresentar e descrever informações relativas a fatos vivenciados,ouvidos ou observados, ou historiar a execução de serviços e expe-riências.

Os relatórios, atendendo aos seus objetivos específicos, sub-dividem-se em: relatório de estágio, relatório de visita técnica e/ouviagem e relatório técnico-científico.

1.1.4.1 Relatório de estágio

Documento que fornece informações relativas às experiên-cias que o estagiário adquiriu durante um período determinado.Informa sobre o local onde foi realizado o estágio, o período deduração e as atividades desenvolvidas.

25Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

O texto do relatório de estágio deve conter:a) descrição geral do local do estágio;

b) descrição das atividades desenvolvidas;

c) descrição dos processos e técnicas ou de outras particu-laridades técnicas observadas;

d) conclusão, incluindo referência ao aproveitamento do es-tágio.

As orientações detalhadas sobre a elaboração do relatóriode estágio são dadas em disciplinas específicas do curso e, geral-mente, seguem instruções dos Departamentos e Cursos de Gradua-ção.

1.1.4.2 Relatório de viagem e/ou visita técnica

Documento que apresenta experiências e registros técnicosadquiridos como resultados de uma visita técnica. Informa sobre olocal onde foi realizada a visita, o período de duração e as observa-ções feitas pelo visitante.

O texto do relatório de viagem deve conter:

a) introdução – inclui a data, o destino, o período de dura-ção e os objetivos da viagem;

b) desenvolvimento – são relacionados os participantes eas funções ou atividades desempenhadas;

c) conclusão – consiste na avaliação crítica da viagem.

O texto do relatório de visita técnica deve conter:a) descrição física do local visitado;

b) data da visita;

c) objetivos da visita;

d) observações feitas pelo visitante;

e) conclusões resultantes da observação do visitante.

26 Trabalhos Acadêmicos

Quanto à sua estrutura, o relatório varia de acordo com seutipo, finalidade e distribuição. Os elementos essenciais na apresenta-ção de um relatório são descritos nos itens 2.1.4 e 2.1.5 deste traba-lho.

1.2 TRABALHOS CIENTÍFICOS

Lakatos e Marconi (1996, p. 128) definem trabalhos científi-cos como:

Trabalhos inéditos ou originais que contribuem, não só para aampliação de conhecimentos ou a compreensão de certos pro-blemas, mas também servem de modelos ou oferecem subsídi-os para outros trabalhos. Podem ser realizados com base emfontes de informações primárias ou secundárias e elaboradosde várias formas, de acordo com a metodologia e o objetivopropostos.

Consideram-se, para o objetivo desta publicação, como traba-lhos científicos, os relatórios técnico-científicos e os trabalhosmonográficos (monografias de conclusão de curso de graduação e depós-graduação, dissertações e teses).

1.2.1 Relatório técnico-científico

Segundo a ABNT (2011, p. 3), NBR 10719, o relatório técnico-científico é um “[...] documento que descreve formalmente o progres-so e resultados de pesquisa científica e/ou técnica.” Ele deve conterinformações suficientes sobre a investigação, traçar conclusões e fa-zer recomendações. Deve ser encaminhado a um organismo e/ou àpessoa a quem será submetido.

O texto do relatório técnico-científico contém as seguintes se-ções fundamentais:

27Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

a) introdução – define, brevemente, os objetivos do trabalho eas razões de sua elaboração, bem como as relações existen-tes com outros trabalhos. Apresenta, sucintamente e semdetalhes, o assunto como um todo;

b) desenvolvimento – deve ser dividido em tantas seções esubseções quantas forem necessárias para o detalhamentoda pesquisa ou estudo realizado - descrições de métodos,teorias, procedimentos experimentais, discussão de resul-tados, entre outros elementos. As descrições apresenta-das devem ser suficientes para permitir a compreensãodas etapas da pesquisa. Nessa parte do relatório são in-cluídas as ilustrações essenciais à compreensão do texto;

c) resultados, conclusões e/ou recomendações – nessa se-ção são apresentadas, de forma clara e ordenada, as de-duções tiradas dos resultados do trabalho ou levantadasao longo da discussão do assunto. Os dados quantitati-vos não devem aparecer nas conclusões e as recomenda-ções são declarações concisas de ações julgadas neces-sárias a partir das conclusões.

A estrutura e a forma de apresentação do texto do relatóriotécnico-científico constam do item 2.1.4 – Estrutura do relatóriotécnico-científico.

1.2.2 Trabalho monográfico

Muitas são as conceituações sobre monografia. Devido aessa diversidade de conceitos, apresentam-se, a seguir, algumasdefinições consideradas mais significativas e que melhor caracte-rizam a realidade dos trabalhos desenvolvidos nas universidades.

Trabalho monográfico é um trabalho investigativo de cará-ter científico, sistemático e completo. É um estudo minucioso so-bre um tema particular.

28 Trabalhos Acadêmicos

Segundo Medeiros (2003, p. 248), a monografia “[...] estudaum assunto com originalidade e profundidade, considerando todosos ângulos e aspectos.” Para Salomon (2001, p. 254), “[...] é todotrabalho científico, de primeira mão, que resulte de pesquisa.”

O trabalho monográfico deve abordar, com clareza e enca-deamento lógico, um tema de relevância social, isto é, que contri-bua para o avanço da ciência. Também deve ter valor representativo,obedecendo à rigorosa metodologia. Em razão disso, as ideias preci-sam estar bem fundamentadas em um referencial teórico ou empírico,em estudos e/ou pesquisas anteriores ou nas observações e pesquisasque o autor realizou. Faz-se necessária uma visão relativa dos fenô-menos e não absoluta, estabelecendo, assim, relações entre eles. Issogarante ao pesquisador a certeza de que suas conclusões não são ab-solutamente verdadeiras ou falsas, com graus variados dessa probabi-lidade.

A característica essencial do trabalho monográfico não é aextensão, mas o caráter do trabalho, ou seja, o tratamento de umtema delimitado e a qualidade do mesmo. Deve ter sistematicidade,completude e unidade temática.

Lakatos e Marconi (1996, p. 205) elencam como principaiscaracterísticas de um trabalho monográfico:

a) é um texto escrito, sistemático e completo; b) aborda um temaespecífico ou particular de uma ciência ou parte dela; c) tratade um assunto de forma profunda e apresenta um estudo deta-lhado e exaustivo, que aborda vários aspectos e ângulos do caso;d) ao ser exposto, segue metodologia específica; e) deve cons-tituir-se em contribuição importante, original e pessoal para aciência.

1.2.2.1 Tipos de trabalhos monográficos

Os autores citados classificam o trabalho monográfico emtrês tipos: monografia, dissertação e tese, correspondendo, res-pectivamente, aos trabalhos de Conclusão de Cursos de Gradua-

29Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

ção e de Pós-Graduação lato sensu – Especialização, de Pós-Gradu-ação stricto sensu - Mestrado e Doutorado e que obedecem a estaordem, em relação à originalidade, à profundidade e à extensão. Tra-balhos desta natureza devem ser feitos sob a coordenação de um pro-fessor orientador (LAKATOS e MARCONI, 1996).

1.2.2.1.1 Monografias de Conclusão de Cursos de Graduação e Cur-sos de Pós-Graduação (lato sensu) - Especialização

As monografias de final de cursos de graduação, são as cha-madas escolares e são exigências parciais para a obtenção de títulode graduado. Nelas o trabalho monográfico é mais simples, sendosuficiente o estudo bibliográfico, pois se trata de um trabalho deassimilação de conteúdos estudados. Podem, também, caracterizar-se como um trabalho de iniciação científica, implicando na elabo-ração de um projeto, cujo alcance tem que ser bem maior que asimples consulta de informações já elaboradas. O pesquisador deveconhecer a literatura que o orienta e o método de pesquisa que oleva à descoberta científica.

As monografias para obtenção do título de especialista (Pós-Graduação lato sensu) exigem do pesquisador, além de umconhecimento teórico, uma tomada de posição a partir do relacio-namento entre as ideias, isto é, resultam de uma confrontação entreteoria e realidade, sempre levando em conta métodos de pesquisa ci-entífica e possíveis contribuições à ciência.

1.2.2.1.2 Dissertação

Trabalho monográfico, de cunho científico, apresentado no fi-nal do Curso de Pós-Graduação stricto sensu (Mestrado), visandoobter o título de Mestre. Segundo Salvador (1980, p. 35 apudLAKATOS e MARCONI, 1996, p. 208), “[...] a dissertação é umestudo teórico, de natureza reflexiva, que consiste na ordenação deideias sobre um determinado tema”, ou “[...] a aplicação de uma teoriajá existente, para analisar determinado problema.” Tem caráter didáti-

30 Trabalhos Acadêmicos

co- científico pois, além de um conhecimento bibliográfico e certa ori-ginalidade, na sua execução há a necessidade de conhecer o métododa pesquisa e refletir sobre uma determinada realidade.

Os autores citados dizem, ainda, que “[...] como estudo teó-rico, de natureza reflexiva, requer sistematização, ordenação e in-terpretação de dados. Por ser estudo formal, exige metodologiaprópria de trabalho científico.” (LAKATOS e MARCONI, 1996,p. 208).

Considerando-se ser um trabalho de cunho científico, a dis-sertação deve, obrigatoriamente, comunicar os resultados de umapesquisa sobre um tema único e delimitado. Tem caráter demons-trativo, apresentando uma proposição e não apenas uma explana-ção sobre o assunto.

1.2.2.1.3 Tese

Trabalho monográfico de conclusão de curso de doutora-do. Para Lakatos e Marconi (1996, p.209), “[...] tese significa proposi-ção sobre determinado aspecto de qualquer ciência, devendo serapresentada e defendida publicamente.”

A ABNT (2002, p. 2), NBR 14724, define tese como:

Documento que representa o resultado de um trabalho experi-mental ou exposição de um estudo científico de tema único ebem delimitado. Deve ser elaborado com base em investiga-ção original, constituindo-se em real contribuição para a espe-cialidade em questão. É feita sob a coordenação de umorientador (doutor) e visa à obtenção do título de doutor, ousimilar.

Deve, obrigatoriamente:a) ser original a respeito do tema pesquisado;

b) apresentar elevado grau de profundidade das ideias e ques-tões teóricas tratadas cientificamente;

c) apresentar rigor metodológico na argumentação;

31Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

d) configurar-se como um avanço nos estudos na área, contri-buindo, deste modo, para o progresso e crescimento da ci-ência.

1.2.2.2 Planejamento do trabalho monográfico: projeto de pesquisa

O planejamento de um trabalho monográfico segue etapas,independentes e relacionadas entre si. Para Salomon (2001), ao seleci-onar o tema sobre o qual se vai trabalhar, devem-se considerar aspróprias inclinações, interesses e possibilidades e, além disso, identifi-car um problema relevante, que mereça ser investigado cientificamen-te e tenha condições de ser formulado e delimitado tecnicamente emfunção da pesquisa.

Devem, também, ser levados em conta a disponibilidade dematerial bibliográfico e as possibilidades de contato com especia-listas no assunto, bem como o acesso às fontes de consulta e a ou-tros subsídios.

Um trabalho monográfico resulta de uma pesquisa e estarequer um planejamento minucioso e detalhado, feito através deum projeto de pesquisa.

Severino (2002) salienta que um projeto de pesquisa bemelaborado define e planeja para o próprio pesquisador o caminho aser seguido no desenvolvimento do trabalho, uma vez que explicitaas etapas a serem alcançadas, os instrumentos e as estratégias aserem usadas, impondo uma disciplina de trabalho, tanto na ordemdos procedimentos lógicos quanto em termos de organização dotempo, sequência de roteiros e cumprimento de prazos.

A elaboração do projeto de pesquisa possibilita, também, defi-nir claramente o problema, os objetivos, a metodologia de trabalho e asetapas de execução, sem perder de vista o caráter inter-relacional eintegrador entre todos estes elementos e o referencial teórico que fun-damenta a problemática a ser estudada. Sugere-se que o projeto depesquisa contemple os seguintes tópicos:

32 Trabalhos Acadêmicos

1.2.2.2.1 Tema e problema de pesquisa

É importante que a temática a ser pesquisada seja consequênciade reflexões teóricas e de questionamentos relativos a assuntos dointeresse do pesquisador. O tema integra, assim, fatores que garantemo envolvimento e o engajamento do pesquisador com o trabalho a serrealizado. O tema ou assunto é, nas palavras de Salomon (2001, p.216), “mais genérico que o tópico, e este se converte em problemaquando atinge o máximo da delimitação teórica e operacional possívelao pesquisador”. Assim, por exemplo, o tema ou assunto: “A saúde naprimeira infância” pode ser transformado no tópico: “imunidade in-fantil para doenças ocasionadas por fatores ambientais” e se conver-ter no problema: “quais componentes orgânicos caracterizam criançasimunes às doenças respiratórias causadas por fatores ambientais?”.

A escolha do assunto ou tema que será pesquisado deve viracompanhada de um levantamento bibliográfico, o que forneceráum entendimento inicial da abrangência do mesmo e viabilizará odesenvolvimento do trabalho monográfico.

Definir o problema com clareza é fundamental para o de-senvolvimento de uma pesquisa e requer decompor o tema edelimitá-lo com precisão. Exige reflexão crítica por parte do pes-quisador. O problema é uma preocupação sobre algo significativoao pesquisador no sentido de exigir uma solução, seja ela uma ques-tão teórica ou prática. Um problema pode ter várias origens: deestudos e pesquisas anteriores, da prática do pesquisador, de leitu-ras, de reflexões pessoais e da atividade profissional do pesquisa-dor.

1.2.2.2.2 Hipóteses

Pode-se considerar hipótese uma resposta provisória ao pro-blema, que deve ser submetida a um processo de verificação, ouseja, comprovada pela pesquisa. Severino (2002) recomenda quenão se deve confundir hipótese com pressuposto, com evidênciaprévia, com o que já se tem como evidente no âmbito do referencial

33Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

teórico ou na metodologia adotados, pois assim não haverá mais nadaa demonstrar com o trabalho. Dependendo do caráter da pesquisa ashipóteses estão implícitas não necessitando, obrigatoriamente, ser ele-mento do projeto de pesquisa.

1.2.2.2.3 Justificativa

É o momento em que se apresenta a importância e a relevân-cia social e científica da pesquisa proposta, as contribuições que pode-rá trazer e os aspectos inovadores do trabalho. Para Salomon (2001, p.221), a justificação é “Um elemento que não pode deixar de aparecerna redação de um projeto de pesquisa [...]”. Explicita as razões, sobre-tudo teóricas, que legitimam o projeto como trabalho científico. Con-forme o autor, consiste na defesa do projeto, cujo referencial deveráser a relevância teórica, humana, operacional e contemporânea do pro-blema.

1.2.2.2.4 Objetivos

Os objetivos definem os fins teóricos e práticos que se propõealcançar com a pesquisa (SALOMON, 2001). O objetivo central detodo projeto é a resolução do problema de pesquisa, mas, para tal, énecessário determinar um elenco de objetivos norteadores da investi-gação, definidos como objetivos específicos.

1.2.2.2.5 Marco teórico de referência

Definido o problema, a atenção volta-se para a busca do co-nhecimento já existente sobre o tema ou assunto, bem como àsmetodologias de aplicações semelhantes ao seu estudo. A revisãoteórica tem como objetivo verificar a existência ou não de traba-lhos similares ao que se pretende realizar e também a abordagemdada a estes trabalhos. Trata-se de um levantamento preliminar daliteratura existente sobre o assunto, que será revisado constantemente

34 Trabalhos Acadêmicos

ao longo do desenvolvimento do trabalho. Mesmo assim, requer con-sistência e coerência teórica, bem como compatibilidade com o proble-ma. Também tem como objetivo oportunizar uma visão global e críticaa respeito do problema a ser investigado e, identificar referenciais quepermitirão a continuidade do trabalho.

1.2.2.2.6 Metodologia

É a parte do projeto de pesquisa que objetiva clarificar os pro-cedimentos a serem realizados na operacionalização e execu-ção do projeto, ou, em outras palavras, que define como se pretendechegar à solução do problema de pesquisa proposto. É necessárioexplicitar: a natureza da pesquisa, o método que a caracteriza, astécnicas e os procedimentos a serem adotados. Define-se, também,a população-alvo, a amostra, os instrumentos de coleta de dados(questionários, entrevistas, escalas de mensuração, etc.), as fasesda pesquisa e os planos de coleta e de análise de dados. Quanto aométodo de amostragem adotado, convém explanar sua descrição ejustificativa de escolha. Na análise dos dados é fundamental apon-tar o tipo de análise: qualitativa ou quantitativa. Quando se tratarde pesquisa bibliográfica, é importante apresentar um sumário ouplano provisório, tendo como parâmetros os objetivos já definidos.

1.2.2.2.7 Cronograma

É o espaço reservado para apresentar os elementos consti-tutivos da pesquisa, tomando como referência o tempo (início,duração e término) e a natureza das atividades. Em outras pala-vras, trata-se da distribuição das fases da pesquisa no tempo(SALOMON, 2001). O cronograma orienta as atividades do pes-quisador, permite a avaliação sistemática das atividades realizadase o auxilia a manter uma disciplina de trabalho. Pode ser apresen-tado na forma de um quadro ou tabela, onde as atividades devemestar listadas e organizadas em função do tempo disponível.

35Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

1.2.2.2.8 Orçamento

Apresenta os custos previstos para a pesquisa com recursoshumanos e materiais.

1.2.2.2.9 Referências

Consiste na listagem das referências consultadas para a ela-boração do projeto.

Importante:

Para pesquisas que tenham como objeto de estudo seres vivos –seres humanos ou animais - o planejamento deve prever, também, umitem que contemple o solicitado pela Resolução 196/96 do ConselhoNacional de Saúde, que trata do Código de Ética para pesquisa em sereshumanos, a Lei 6.638 de 08 de maio de 1979 – Normas para a PráticaDidático-científica da Vivissecção de animais e os Princípios Éticos emexperimentação animal elaborados pelo COBEA, em 1991.

No Anexo A – Documentos legais: aspectos éticos da pesquisaenvolvendo seres humanos e animais - são apresentados os documentosanteriormente referidos e o Anexo B - Encaminhamento de Projetos dePesquisa ao Comitê de Ética em Pesquisa - fornece informações sobre oencaminhamento de projetos de pesquisa que envolvem seres humanos eanimais.

1.2.2.3 Redação do trabalho monográfico

Merece destaque o exercício de redação do trabalho mono-gráfico, pois monografia é, essencialmente, um trabalho escrito.Configura-se como uma das tarefas mais difíceis para o pesquisa-dor, uma vez que exige atendimento a certas normas de documen-tação, requisitos de comunicação, de lógica, e de estilo. Salomon (2001)propõe cinco itens que resumem os recursos facilitadores de elabora-ção do trabalho monográfico escrito:

36 Trabalhos Acadêmicos

a) redação provisória – redação como rascunho, esboço, pla-nejamento. Nela o autor experimenta a expressão, acoordenação lógica, a sintaxe adequada e a disposiçãodo conteúdo;

b) redação definitiva – redação resultante das correções eemendas do trabalho esboçado, buscando uma linguagemobjetiva, clara e um texto científico que vai constar dastrês partes de que se ocupou a construção: introdução,desenvolvimento e conclusão. Merecem atenção aspec-tos como a construção do parágrafo e a estruturação frasal;

c) estrutura material da monografia – é a transformação dotexto em documento de circulação. O autor deverá estaratento ao possível leitor do trabalho e normalização desua redação e estrutura. Deverá seguir as orientaçõesemanadas da Universidade onde deve apresentar/defen-der o texto e as normas emanadas da Associação Brasi-leira de Normas Técnicas;

d) linguagem científica – em relação à linguagem, como setrata de um trabalho científico, o texto final deverá levarem conta: correção gramatical; exposição clara, concisa,objetiva, condizente com a redação científica; evitar pe-ríodos extensos; estilo simples, objetivo, evitando tomfamiliar, ironia e recursos retóricos; linguagem direta;precisão e rigor com o vocabulário técnico;

e) detalhes importantes – consideram-se detalhes que me-recem atenção na elaboração do texto final da monografia:as referências, as citações, as notas de rodapé, a apresen-tação de tabelas, gráficos, índice, sumário e outros ele-mentos pós-textuais.

A apresentação final da monografia, resultado do desenvol-vimento do projeto, deve obedecer, quanto à apresentação gráficae à estruturação, as orientações descritas nas seções 2, 3, 4 e 5 destelivro.

37Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

1.2.2.4 Elementos textuais do trabalho monográfico

Quanto aos aspectos estruturais, o trabalho monográfico apre-senta os mesmos elementos textuais dos demais trabalhos científicos:introdução, desenvolvimento e conclusão. Os elementos obrigatórios eopcionais da estrutura da monografia, conforme orientações da ABNT(2002), NBR 14724, e de acordo com o nível do trabalho, estãoelencados na seção 2 deste trabalho.

1.2.3 Publicações científicas

O resultado de todo trabalho científico só terá reconheci-mento à medida que for tornado público e propiciar ampliação deconhecimentos à comunidade, seja ela científica ou não. Por isso,o pesquisador, para transmitir os resultados de suas pesquisas edescobertas, transforma a pesquisa em texto escrito, chamado depublicação científica que pode ser: artigo científico, comunicaçãocientífica, ensaio (paper), informe científico, resenha crítica e oresumo técnico de trabalho científico, itens abordados a seguir.

1.2.3.1 Artigo científico

O artigo científico é um texto que, embora de extensão re-lativamente pequena, trata de problemas científicos e apresenta oresultado de estudos e pesquisas. Sua característica é permitir queas experiências relatadas possam ser repetidas. Lakatos e Marconi(1996) dizem que são pequenos estudos que tratam de uma ques-tão verdadeiramente científica, mas não chegam a constituir-se emmatéria de um livro.

Quanto ao conteúdo, o artigo científico deve abordar temasatuais, novos, que versem sobre um estudo pessoal ou uma desco-berta.

Em geral o artigo científico é escrito para ser publicado emrevistas, jornais ou periódicos especializados, por isso seu estilodeve ser claro, conciso, objetivo; a linguagem deve ser correta, for-

38 Trabalhos Acadêmicos

mal, precisa, coerente, simples e geralmente, em terceira pessoa (im-pessoal), evitando adjetivos inúteis, repetições e explicações desne-cessárias. O título deve corresponder ao conteúdo desenvolvido. Deve,também, ser levado em consideração a quem se destina o artigo.

Estruturalmente, o artigo científico constitui-se de: título do tra-balho, autor, credenciais do autor, local das atividades, resumo (sinop-se) em português e em outra língua (geralmente inglês, dependendodas orientações editoriais do órgão onde será publicado); corpo do ar-tigo, referências, apêndices, notas, anexos, listas, agradecimentos eoutros.

O título de um artigo deve conter o número de palavras neces-sárias para descrever, com precisão, o conteúdo do texto. A escolha depalavras deve levar em consideração que serão utilizadas por sistemaseletrônicos de indexação, usadas por leitores interessados no tema deestudo.

As palavras-chave são aquelas que aparecem repetidamenteao longo do texto por serem centrais ao trabalho. O número exigidopode variar de acordo com as normas do periódico em que será publi-cado.

O resumo consiste em uma das partes mais lidas do artigo, jáque, segundo Spector (2001), é através do resumo que os leitores deci-dem se irão ou não ler o artigo na íntegra. Portanto, deve ser redigidocom clareza e objetividade. Deve apresentar o trabalho, os objetivos, ametodologia utilizada e os resultados mais relevantes. É possível co-mentar os resultados expressando valores. Sua extensão varia de acordocom as orientações do periódico, ficando numa média de 250-300 pa-lavras.

O desenvolvimento ou corpo do artigo deve ser organizado deforma a introduzir o assunto, revisar a literatura, descrever ametodologia, apresentar e analisar os dados obtidos, com clareza eobjetividade.

Na introdução o autor deve contextualizar o tema do traba-lho, apresentar seus objetivos, indicar a relevância do tema, apre-sentar estudos prévios sobre o assunto e indicar a estrutura do artigo.

39Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Na revisão da literatura é fundamental o autor situar seu traba-lho dentro da grande área de pesquisa da qual faz parte,contextualizando-o; reportar e avaliar o conhecimento produzidoem pesquisas prévias; discutir questões relacionadas ao desenvol-vimento das pesquisas na área.

Na metodologia é importante apresentar os sujeitos, materiaise categorias, ações ou procedimentos empregados na pesquisa (paraobtenção e análise dos dados), seguindo uma ordem cronológica dosfatos.

Na apresentação e discussão dos dados, os mesmos devemser apresentados, comentados, interpretados e discutidos em rela-ção ao que se avançou no conhecimento do problema.

Em pesquisas com delineamentos quantitativos, os dadosnuméricos devem ser organizados em tabelas que indiquem valo-res das médias e proporções. A variação dos dados deve ser ex-pressa através de desvio-padrão das médias ou intervalos. Os achadosmais relevantes do trabalho merecem destaque, podendo utilizar gráfi-cos para esta apresentação. As tabelas e figuras devem ser auto-explicativas, permitindo compreender o conteúdo sem recorrer ao texto,evitando o uso de cores, salvo quando for absolutamente necessário.

A conclusão pode aparecer como uma subparte da discussãodos resultados, sem uma sinalização formal no texto ou uma seçãoindependente.

Quando se tratar de uma subparte, na discussão/conclusão oautor deve resumir e interpretar os resultados obtidos no trabalho,compará-los com pesquisas prévias, apresentar possíveis aplicações erecomendar futuros aprofundamentos no tema.

Quando se tratar de uma seção independente, são retomadas(resumidas) as principais ideias do texto e, depois, discutidas as impli-cações para as subsequentes pesquisas sobre o assunto.

40 Trabalhos Acadêmicos

1.2.3.2 Comunicação científica

Definida como a informação resultante de estudos científicosque se apresenta em eventos (congressos, seminários, fóruns, simpósios,reuniões de sociedades científicas), este tipo de comunicação tem comoobjetivo tornar conhecidas descobertas ou resultados decorrentes depesquisa realizada ou em realização, ou seja, propagar informaçõescientíficas, geralmente novas, originais, criativas.

A comunicação científica é limitada em sua extensão: quandoapresentada oralmente, deve limitar-se a um tempo médio de 15 a 30minutos; quando escrita, pode aparecer na forma de resumo científicoou na íntegra. Quando apresentada na forma de artigo científico, nãodeve ultrapassar 15 laudas.

Para a divulgação científica, o pesquisador deve ter conheci-mento do que comunica, precisão na terminologia utilizada, linguagemacessível e adaptada à audiência. A linguagem deverá ser técnica, comvocabulário rigoroso, claro, sem ambigüidades.

Consideram-se os tipos mais comuns de comunicação científi-ca os estudos breves sobre aspectos científicos pesquisados, as suges-tões de problemas, a apreciação ou interpretação de obras e a recensãode um texto científico.

Quanto à estrutura da comunicação, consideram-se elementosimportantes:

a) identificação: nome do evento, local, data, patrocinador, títu-lo do trabalho, nome do(s) autor(es), credenciais do(s)autor(es), filiação institucional do(s) autor(es), órgãofinanciador, se houver;

b) sinopse: síntese do trabalho (pode aparecer no início ouno final do texto), escrita em português, inglês ou outralíngua solicitada pelo evento;

c) conteúdo: Medeiros (2003) considera elementos neces-sários a uma boa estrutura da comunicação científica:

41Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

- introdução: formulação do tema, justificativa, objetivos,metodologia, delimitação do problema, abordagem e ex-posição exata da ideia central;

- desenvolvimento: exposição detalhada do que foi abordadona introdução e fundamentação lógica das ideias apresen-tadas;

- conclusão: síntese dos resultados da pesquisa.

d) referências.

Recomenda-se, ainda:a) para a determinação do tema (título do trabalho), não usar

oração completa mas adjuntos adnominais e/ou adver-biais;

b) preparação do autor que deverá estar apto a responder àsquestões que lhe forem formuladas após a exposição;

c) rigorismo na linguagem quanto ao texto escrito;

d) uso de linguagem formal (padrão) na apresentação oral,estilo impessoal.

1.2.3.3 Ensaio (Paper)

Ensaio, para alguns, Paper é uma síntese original, de pen-samentos aplicados a um tema específico. É o desenvolvimento deum ponto de vista sobre um tema, uma tomada de posição e ex-pressão de pensamentos de forma original.

Não há consenso entre os pesquisadores quanto à sua defi-nição, por isso apresentam-se algumas que possam dar o verdadei-ro sentido do termo.

Para Andrade (1995, p. 68 apud MEDEIROS, 2003, p. 254)“[...] é o texto escrito de uma comunicação oral. Pode apresentar oresumo ou o conteúdo integral da comunicação e tem por objetivosua publicação nas atas ou anais do evento em que foi apresentada.”

42 Trabalhos Acadêmicos

Para Roth (1994, p. 3 apud MEDEIROS, 2003, p. 254),

O paper é: (a) uma síntese de suas descobertas sobre um temae seu julgamento, avaliação, interpretação sobre essas desco-bertas; (b) um trabalho que deve apresentar originalidade quantoàs ideias; (c) um trabalho que deve reconhecer as fontes queforam utilizadas; (d) um trabalho que mostra que o pesquisa-dor é parte da comunidade acadêmica.

Para a redação de um ensaio (paper), Medeiros (2003) re-comenda:

a) escolher um assunto, delimitá-lo e definir a perspectivada abordagem;

b) apresentar o problema e construir uma hipótese de tra-balho;

c) definir o objetivo;

d) desenvolver as ideias, apoiando-as em fontes fidedignas;

e) defender o ponto de vista proposto, demonstrando-o e apre-sentando provas;

f) concluir de forma segura e objetiva;

g) enumerar as referências bibliográficas utilizadas.

Quanto à estrutura, o paper segue à da comunicação científi-ca; seu tamanho ou extensão depende da complexidade do tema e damotivação do pesquisador. Quanto ao estilo, deve ser impessoal, isto é,escrito em terceira pessoa.

No meio acadêmico (universitário), o paper refere-se, geral-mente, à comunicação científica ou a um texto que possa ser apresen-tado em simpósio, mesa-redonda ou artigo científico.

1.2.3.4 Resenha crítica (descrita no item 1.1.3.2)

43Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

1.2.3.5 Resumo técnico de trabalho científico

O resumo técnico de trabalho científico consiste na apresenta-ção concisa do conteúdo de um trabalho de pesquisa científica e tem afinalidade específica de passar ao leitor uma ideia completa do teor dotrabalho.

Quanto à estrutura, o resumo deve informar o tema do traba-lho, os objetivos visados, as referências teóricas de apoio, os procedi-mentos metodológicos adotados e as conclusões/resultados.

O texto do resumo deve ser composto de um único parágrafo,com uma extensão que varia de 200 a 400 palavras (de acordo com asnormas técnicas propostas pelo evento em que será apresentado).

ESTRUTURA ECARACTERIZAÇÃO DASPARTES DO TRABALHOACADÊMICO

2

2.1 ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADÊMICOS

A estrutura do trabalho acadêmico compreende os elementospré-textuais, textuais e pós-textuais.

Os elementos pré-textuais são apresentados antes da Introdu-ção e, no seu conjunto, ajudam na identificação e utilização do traba-lho. Os elementos textuais apresentam os resultados da investigaçãoem três partes logicamente relacionadas: Introdução, Desenvolvimen-to e Conclusão. Os elementos pós-textuais apresentam informaçõesque complementam o trabalho. A apresentação, ou não, dos itens cons-tantes nos elementos pré e pós-textuais é determinada pela naturezado trabalho e de seu conteúdo específico.

A ordem dos elementos aqui apresentada reproduz o que de-termina a ABNT (2011), NBR 14724.

Quadro 1 – Estrutura de trabalhos acadêmicos

Estrutura Elemento

Pré-textuais

CapaLombadaFolha de rosto (obrigatório)Errata (opcional)Folha de aprovação (obrigatório)Dedicatória(s) (opcional)Agradecimento(s) (opcional)Epígrafe (opcional)Resumo em língua vernácula (obrigatório)Resumo em língua estrangeira (obrigatório)Lista de ilustrações (opcional)Lista de tabelas (opcional)Lista de abreviaturas e siglas (opcional)Lista de símbolos (opcional)Sumário (obrigatório)

Textuais IntroduçãoDesenvolvimentoConclusão

Pós-Textuais Referências (obrigatório)Glossário (opcional)Apêndice (opcional)Anexo (opcional)Índice (opcional)

Fonte: NBR 14724 (ABNT)

48 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

A Figura 5 esquematiza a sequência dos elementos de um tra-balho acadêmico completo.

Figura 5 - Estrutura de trabalhos acadêmicos

Indice

Anexo

Apêndice

Glossário

Texto

Sumário

Lista de Símbolos

Lista de Tabelas

Lista de Ilustrações

Epígrafe

Agradecimentos

Dedicatória

Errata

Folha de Rosto

Folha de Aprovação

Capa

Referências

Elementos pós-textuais

Elementos textuais

Elementos pré-textuais

****

****

****

****

****

***

**

*

* - Elemento opcional

** - Elemento condicionado à necessidade

*

Nota:

Considerando-se os tipos de trabalhos acadêmicos e o nível deaprofundamento que cada um requer, sugerem-se as estruturas apre-sentadas a seguir.

49Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

2.1.1 Trabalhos acadêmicos solicitados por disciplinas degraduação e pós-graduação

Além dos trabalhos didáticos citados no item 1.1 (fichamen-tos, resumo, resenha e relatório) podem ser solicitados pelas discipli-nas, trabalhos de pesquisa bibliográfica, relatos de experiência e outros.Os elementos estruturais para tais trabalhos são os constantes na Fi-gura 6.

Figura 6 - Estrutura de trabalhos acadêmicos solicitados por disciplinas degraduação e pós-graduação

Capa *Anexos

Referências

Glossário

Conclusão

Introdução

Sumário

Desenvolvimento

Folha de Rosto

**

**Elementos pós-textuais

Elementos textuais

Elementos pré-textuais

Capa *

* - Elemento opcional

** - Elemento condicionado à necessidade

Nota:

50 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

2.1.2 Monografias de conclusão de cursos de graduação ecursos de especialização

Figura 7 - Estrutura de trabalhos monográficos de conclusão de cursos de graduaçãoe especialização

AnexosAnexos

Introdução

Sumário

Listas

Resumo

Epígrafe

Dedicatória

Folha de Rosto

Agradecimentos

Capa

Elementos pós-textuais

Elementos textuais

Elementos pré-textuais

* - Elemento opcional

** - Elemento condicionado à necessidade

**

*

**

**

Desenvolvimento

Conclusão

Referências

Apêndices

Glossário **

Capa

**

Nota:

51Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

2.1.3 Dissertações e teses

Figura 8 - Estrutura de dissertações e teses

Capa

Índice (s)

Anexos

Apêndices

Referências

Conclusão

Desenvolvimento

Introdução

Sumário

Listas

Epígrafe

Agradecimentos

Dedicatória

Errata

Folha de Rosto

Termo de Aprovação

Capa

Glossário

Elementos pós-textuais

Elementos textuais

Elementos pré-textuais

* - Elemento opcional

** - Elemento condicionado à necessidade

**

*

****

**

****

****

Nota:

52 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

2.1.4 Relatório técnico-científico

Figura 9 - Estrutura de relatório técnico-científico

Lista de destinatários

Ficha de Identificação

Glossário

Agradecimentos

Apêndices

Anexos

Referências

Conclusão e/ourecomendações

Desenvolvimento

Introdução

Sumário

Lista de ilustrações

Lista de símbolos,abreviaturas ouconvenções

Apresentação

Folha de Rosto

Resumo

Capa

Índice

*

*

****

**

Elementos pós-textuais

Elementos textuais

Elementos pré-textuais

**

* - Elemento opcional

** - Elemento condicionado à necessidade

Nota:

53Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

2.1.5 Relatório de estágio

Figura 10 - Estrutura de relatório de estágio

Anexos

Referências

Conclusão e/ourecomendações

Desenvolvimento

Introdução

Sumário

Folha de Rosto

Lista de anexos,figuras, tabelas

Capa

**

**

Elementos pós-textuais

Elementos textuais

Elementos pré-textuais

**

* - Elemento opcional

** - Elemento condicionado à necessidade

Nota:

Apêndices

54 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

2.2 CARACTERIZAÇÃO DAS PARTES DO TRABALHOACADÊMICO

2.2.1 Elementos pré-textuais

2.2.1.1 Capa

Deve conter dados que permitam a correta identificação dotrabalho. Os elementos devem estar todos centralizados e em letramaiúscula, respeitando um padrão estético (Figura 11).

A capa é uma proteção externa do trabalho e pode ser feita naforma de brochura, capa-dura, capa plástica transparente (tambémchamada de capa térmica e dispensa a gravação dos dados). Adiagramação e tipo de capa podem variar de acordo com as normas decada instituição.

De acordo com a ABNT (2011) NBR 14724, a capa dos traba-lhos acadêmicos deve conter as seguintes informações, na ordem:

a) nome da instituição;

b) nome do autor;

c) título;

d) subtítulo (se houver);

e) número de volumes (se houver mais de um, especificar onúmero de volumes em cada capa);

f) local (cidade da instituição onde deve ser apresentado);

g) ano da entrega.

55Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Nota: * Deve-se observar que assim como na capa, todas as seções primárias deverãorespeitar o posicionamento dos títulos em 5 cm.

Os relatórios, por suas especificidades, podem exigir outroselementos na capa, além dos referidos acima. Sugere-se:

a) nome e endereço do organismo responsável (autoria);

b) número do relatório (no caso dos que serão publicados);

c) título e subtítulo;

d) data (mês e ano).

Trabalhos pouco extensos dispensam a capa.

NOME DA INSTITUIÇÃO

AUTOR

TÍTULO

SUBTÍTULO (se houver)

CIDADEANO

5 cm *

3 cm 2 cm

2 cm

Figura 11 - Modelo de capa de trabalho monográfico

56 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

2.2.1.2 Lombada

Elemento opcional, a lombada deve conter as seguintes infor-mações impressas, conforme ABNT (2004) NBR 12225:

a) nome do autor, com impressão longitudinal e legível, quedeve ser lido do alto para o pé da lombada, permitindo aleitura estando o livro no sentido horizontal, com a face paracima;

b) título do trabalho - impresso da mesma forma;

c) elemento de identificação do volume, se houver.

Figura 12 - Modelo de lombada de trabalho monográfico

Autor Título Vol. x

57Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

2.2.1.3 Folha de rosto

É a principal identificação do trabalho, por isso é essencial aqualquer documento e deve ser sua fonte básica de identificação.

a) Folha de rosto de trabalhos acadêmicos

Conforme a ABNT (2011) NBR 14724, os elementos dafolha de rosto dos trabalhos acadêmicos (trabalhos de disci-plinas, monografias, dissertações, teses) devem aparecer naseguinte ordem:

- nome do autor (responsável intelectual pelo trabalho);

- título;

- subtítulo (se houver);

- número do volume (havendo mais de um, deve constar emcada folha de rosto a especificação do respectivo volume);

- natureza (trabalho, monografia, dissertação, tese) e objeti-vo (aprovação em disciplina, grau pretendido), nome dainstituição a que se está submetendo, área de concentra-ção;

- nome do orientador e do co-orientador (se houver);

- local (cidade em que deve ser apresentado);

- ano de entrega.

No verso da folha de rosto, pode constar a ficha catalo-gráfica, preparada com auxílio de bibliotecário habilita-do (Figura 13).

58 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

Figura 13 - Modelo de folha de rosto de trabalhos acadêmicos

5 cm

3 cm 2 cm

2 cm

AUTOR

LOCAL (cidade)ANO

TÍTULOSUBTÍTULO

Nº VOLUME (se houver)

trabalho

Espaçosimples

59Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

A seguir apresentam-se vários exemplos de notas de trabalhosacadêmicos que podem ser utilizadas, dependendo da natureza e ob-jetivos do trabalho e do grau pretendido.

Monografia apresentada para obtenção do título de Especialista em CiênciasAmbientais, no Curso de Pós-Graduação em Ciências: Área de Concentra-ção – Ciências Ambientais, Departamento de Ciências Biológicas da Uni-versidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus deErechim.

Orientador: Prof. Xxxxxx Yyyyyyyyyy

Dissertação apresentada como quesito parcial à obtenção do grau de Mestre,pelo Curso de Pós-Graduação em Ciências: Área de Concentração – CiênciasAmbientais, Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Regio-nal Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus de Erechim.

Orientador: Prof. Xxxxxx Yyyyyyyyyy

Trabalho da disciplina Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa, Cur-so de Letras, Departamento de Linguística, Letras e Artes da UniversidadeRegional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus de Erechim.

Prof. Xxxxxx Yyyyyyyyyy

Trabalho de conclusão da disciplina Metodologia da Pesquisa em Psicolo-gia, Curso de Psicologia, Departamento de Ciências Humanas da Universi-dade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus de Erechim.

Profª. Xxxxxx Yyyyyyyyyy

Trabalho de conclusão de curso, apresentado ao Curso de Direito, Departa-mento de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Regional Integrada doAlto Uruguai e das Missões – Campus de Erechim.

Prof. Xxxxxx Yyyyyyyyyy

60 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

b) Folha de rosto de relatórios

A folha de rosto de relatórios, por sua especificidade, deveconter, no mínimo, as seguintes informações:

- nome do órgão responsável (autor coletivo);

- divisão do órgão responsável;

- número do relatório;

- título e subtítulo (se houver);

- nome(s) dos(s) responsável(is) pela elaboração do relató-rio;

- número do volume e respectivo título (caso o trabalhoapresente mais do que um volume);

- número da edição, a partir da segunda;

- local;

- data da publicação.

Ainda em relação à folha de rosto dos relatórios, merecemdestaque:

- a folha de rosto pode ser usada como capa em relatóriospouco extensos;

- caso o relatório seja dividido em partes, cada parte deveconter sua própria folha de rosto;

- no verso da folha de rosto dos trabalhos publicados, de-vem aparecer informações complementares a respeito dosdireitos autorais e autorização para reprodução, de associ-ações do trabalho com outros, vínculos com outros proje-tos, contratos, etc.

2.2.1.4 Errata

A errata, elemento condicionado à necessidade, é um re-curso previsto na ABNT (2011) NBR 14724. Consiste numa lista deerros, indicando folhas e linhas seguidas das correções. Se necessárioutilizar a errata, deve ser inserida logo após a folha de rosto (Figura14).

61Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Figura 14 - Modelo de errata

ERRATA

Folha Linha Onde se lê Leia-se

19 21 telhado teclado

2.2.1.5 Termo de aprovação

De acordo com a ABNT (2002) NBR 14724, o termo ou folhade aprovação é elemento obrigatório em todos os trabalhos científicosdefendidos perante banca.

Deve conter:

a) nome do autor;

b) título e subtítulo (se houver);

c) natureza e objetivo visado pelo trabalho;

d) nome da instituição a que é submetido;

e) área de concentração;

f) data de aprovação;

g) nome, titulação, instituição de origem e assinatura dos mem-bros da banca.

A obrigatoriedade da apresentação do termo de aprovação deveser uma decisão das coordenações dos respectivos cursos (de gradu-ação e pós-graduação lato sensu), tornando-se obrigatório para oscursos de pós-graduação stricto sensu (Figura 15).

As instituições e coordenações dos cursos têm liberdade deredigir este termo da maneira que lhes convier, desde que façamconstar os itens exigidos pela norma.

62 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

2.2.1.6 Dedicatória

Elemento opcional, é apresentada caso o autor deseje dedicarseu trabalho a alguém, por motivos seus. Também é usada para ex-pressar uma homenagem a um grupo de pessoas. Não é apresentadaem trabalhos solicitados por disciplinas.

A elaboração e diagramação da página fica a critério do autordo trabalho.

5 cm

3 cm 2 cm

2 cm

NOME COMPLETO

TÍTULOSUBTÍTULO

(se houver o segundo)

.............................................. (nome dainstituição) como requisito parcial para

em ....................(área de concentração)

Aprovado em ............ de ..............................de ....... .

BANCA EXAMINADORA

______________________________________Prof. xxxxxInstituição local

______________________________________Prof. xxxxxxInstituição local

______________________________________Prof. xxxxxInstituição local

Figura 15 - Modelo de termo de aprovação

63Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

2.2.1.7 Agradecimentos

Elemento opcional, colocado após a dedicatória, os agradeci-mentos são o espaço em que o autor agradece àqueles que realmentecontribuíram, de maneira relevante, na realização do trabalho, restrin-gido-se ao mínimo necessário, como instituições (CNPq, CAPES,FAPERGS, FINEP...) ou pessoas (profissionais, pesquisadores,orientadores, bolsistas, etc). É importante que os agradecimentos se-jam breves, sinceros, indicando o motivo e sejam colocados em ordemhierárquica de importância. Para trabalhos financiados com recursosde instituições de pesquisa, os agradecimentos são obrigatórios.

Não é apresentado em trabalhos solicitados por disciplinas.

A elaboração e diagramação da página fica a critério do autordo trabalho.

2.2.1.8 Epígrafe

Elemento opcional, colocado logo após os agradecimentos,a epígrafe é uma folha onde o autor apresenta uma citação, umafrase, um pensamento, um poema , etc., (seguida de indicação deautoria), relacionada com a matéria tratada no corpo do trabalho. Po-dem-se, também, adotar epígrafes nas folhas de abertura das seçõesprimárias.

As epígrafes devem ter um valor simbólico e representativoem relação ao assunto.

Não devem ser apresentadas em trabalhos solicitados por dis-ciplinas.

2.2.1.9 Resumo em língua vernácula

Conforme a ABNT(2011) NBR 14724, resumo é a parte dotrabalho onde são apresentados, de forma concisa, os pontos mais rele-vantes do texto, permitindo ao leitor saber da conveniência ou não da

64 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

sua leitura na íntegra. Deve indicar os pontos principais do texto, res-saltar os objetivos, a metodologia, os resultados e as conclusões ABNT(2003) NBR 6028.

O resumo deve ser colocado em folha à parte, precedido dapalavra Resumo.

O resumo deve:a) ser redigido na língua do texto (em relatórios técnicos,

teses e dissertações é necessário apresentar versão em lín-gua estrangeira na página seguinte);

b) ser apresentado em um único parágrafo, com espaço en-tre linhas simples;

c) ser composto de uma sequência corrente de frases comple-tas, concisas e não por numeração de tópicos;

d) evitar o uso de frases negativas, símbolos e termos que nãosejam de uso corrente;

e) dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular e doverbo na voz ativa;

f) limitar-se à extensão de, no máximo, 100 palavras para no-tas e comunicações breves; 250 palavras para monografiase artigos, e, até 500 palavras para relatórios, dissertações eteses;

g) vir seguido das palavras-chave, isto é, palavras que repre-sentem o conteúdo do trabalho. As palavras-chaves devemfigurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressãoPalavras-chave:, separadas entre si por ponto e finalizadastambém por ponto. (NBR 6028 / 2003).

Se o resumo do trabalho for encaminhado para publicação emcadernos de resumo ou anais de evento científico pode variar em ex-tensão, de acordo com as normas estabelecidas pelas comissões cien-tíficas dos eventos.

65Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Figura 16 - Modelo de resumo em língua vernácula

RESUMO

Ao resgatar a história da educação no meio rural, percebemos a negligênciacom a educação nesse meio e a carência de pesquisas e intervenções em Edu-cação Ambiental (EA) voltadas á população do campo, uma população mar-ginalizada e esquecida, que vem sofrendo os impactos do modelo dedesenvolvimento rural brasileiro, gerador de inúmeros problemas econômi-cos, sociais e ecológicos. Neste artigo, procuramos, a partir de experiênciasrealizadas no Rio Grande do Sul e Mato Grosso, locus de nossas vivências,experiências e paixões pela EA, refletir sobre os desafios da EA nas escolasdo meio rural.

Palavras-chave: Educação rural. Pesquisa. Desafios.

2.2.1.10 Resumo em língua estrangeira

Elemento obrigatório para dissertações, teses. Consiste na ver-são do resumo feito em português para uma outra língua de veiculaçãointernacional (NBR 14724 / 2011), como o inglês (Abstract), o francês(Résumé), espanhol (Resumen), etc. Também deve ser seguido daspalavras-chave na língua em que foi versado.

A opção pelo idioma deve levar em consideração a proximida-de com a área de investigação.

Figura 17 - Modelo de resumo em língua estrangeria

ABSTRACT

Ransomning the history of educaton in rural schools, we can see the negligencywith education and the lack of researches and interventions in EnvironmentalEducation (AE) for rural population, marginalized and abandoned, that hás beensuffering with thee impacts of Brazilian model of rural development, whichprovokes a lot of economic, social and environmental problems. In this paper,using the experiences we have in the states of Rio Grande do Sul and Mato Gros-so, lócus of our vivencies, experiencies and passion with EA, we reflect about thechallanges of environmental education in rural schools.

Key-words: Rural education. Research. Challenges.

66 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

2.2.1.11 Listas

Conforme a ABNT (2011) NBR 14724, as listas constituem-senum elemento condicionado à necessidade do trabalho. Trata-se doconjunto de elementos ilustrativos ou explicativos necessários paraexplicitar ou complementar visualmente o texto.

As listas podem ser de ilustrações, de tabelas, de abreviaturas,de siglas e de símbolos.

a) Lista de ilustrações: constituem ilustrações os desenhos, es-quemas, fluxogramas, figuras, fotografias, gráficos, mapas,organogramas, diagramas, lâminas, plantas, quadros, retra-tos e outros.

Quando houver mais de cinco itens para cada ilustração,recomenda-se criar uma lista própria do item respectivo(lista de mapas, lista de figuras, lista de desenhos, etc...)

Figura 18 - Modelo de lista de figuras

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Elementos estruturais de uma ficha bibliográfica ............ 04

Figura 2 – Modelo de ficha de indicação bibliográfica ...................... 06

Figura 3 – Modelo de ficha de transcrição ......................................... 10

Figura 4 – Modelo de ficha de resumo ................................................ 18

Figura 5 – Estrutura do trabalho acadêmico ....................................... 32

Figura 6 – Estrutura de trabalho solicitado por disciplina ................ 40

Figura 7 – Estrutura de trabalho de conclusão de curso .................... 44

Figura 8 – Estrutura de dissertação e tese ........................................... 48

Figura 9 – Estrutura de relatório técnico científico .......................... 54

Figura 10 – Estrutura de relatório de estágio .......................................... 60

b) Lista de tabelas: elemento condicionado à necessidade dotrabalho, a tabela é um dado demonstrativo de síntese queapresenta informações com tratamento estatístico.

Sua elaboração é semelhante à lista de ilustrações.

67Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

c) Listas de abreviaturas, siglas e símbolos: consiste na relaçãoalfabética das abreviaturas, siglas e símbolos utilizados notexto.

Por sigla entende-se a reunião de letras iniciais dos vocábu-los fundamentais de uma denominação ou título. Por símbo-lo, o sinal que substitui o nome de uma coisa ou de umaação. (ABNT, 2002, NBR 14724).

Na elaboração das listas de abreviaturas, siglas e símbolos,recomenda-se:a) elaborar lista própria para cada tipo;

b) elaborar lista, quando houver mais de cinco abreviaturas,siglas ou símbolos. No caso de número inferior a cincoocorrências, explicitar seu significado, somente na primeiravez em que aparecer, no corpo do texto ou em nota derodapé;

c) a elaboração segue padrão da lista de tabelas ou ilustra-ções;

d) havendo necessidade, as abreviaturas, siglas e símbolosdevem ser ordenados alfabeticamente.

Figura 19 - Modelo de lista de siglas

LISTA DE SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

FAPERGS – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul

FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos

FuRI – Fundação Regional Integrada

NBR – Normas Brasileiras

68 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

Figura 20 - Modelo de lista de abreviaturas

LISTA DE ABREVIATURAS

art Artigo

A., AA Autor(es)

bibliogr. Bibliografia

cat. Catálogo

cap. Capítulo

dic. Dicionário

fasc. Fascículo

fig. Figura(s)

il. Ilustração

índ. Índice

2.2.1.12 Sumário

A ABNT (2012, p. 1), NBR 6027, define sumário como “[...] aenumeração das divisões, seções e outras partes de um documento, namesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede.”

O sumário deve ser localizado como último elemento pré-tex-tual. Quando o trabalho constituir-se de mais de um volume, o sumáriode toda a obra deve ser incluído em todos os volumes, para que sepermita o conhecimento e a localização de todos os itens abordadosno trabalho.

As regras gerais de apresentação do sumário são as seguintes:a) a palavra sumário deve ser centralizada e com a mesma

tipologia da fonte utilizada para as seções primárias;

b) a subordinação dos itens do sumário deve ser destacadapela apresentação tipográfica utilizada no texto. Deveindicar, para cada artigo, divisão, seção, etc.:

- número ou grupo numérico anteposto a cada seção, quepermite a sua localização imediata;

69Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

- título e subtítulo;

- paginação: número da página inicial do capítulo ou seção,ligado ao título por linha pontilhada;

c) os elementos pré-textuais não devem constar no sumário;

d) os indicativos das seções que compõem o sumário devemser alinhados à esquerda; a reentrada para cada sub-item éopcional;

e) os títulos e subtítulos sucedem os indicativos das seções;

f) se o documento for apresentado em mais de um idioma, parao mesmo texto, recomenda-se um sumário separado paracada idioma, inclusive a palavra sumário, em páginas distin-tas;

g) se houver um único sumário, podem ser colocadas tradu-ções dos títulos após os títulos originais, separados por barraoblíqua ou travessão;

h) o espacejamento entre as linhas do sumário pode ser o sim-ples (espaço 1). Entre uma seção primária e outra, pode-seusar um espaço maior (1,5 ou duplo);

i) em publicações periódicas, o sumário:

- deve ser colocado na mesma posição em todos os fascí-culos, em todos os volumes;

- pode estar no anverso da folha de rosto e, se necessário,concluído no verso;

- pode estar na primeira capa e, se necessário, concluídona quarta capa;

- pode estar na quarta capa e, se necessário, concluído naterceira capa.

A NBR 6027 permite que a paginação do sumário seja apre-sentada sob uma das formas abaixo:

- número da primeira página (Ex.: 30);

- números das páginas inicial e final, separadas por hífen(Ex.: 31-90);

70 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

- números das páginas em que se distribui o texto (Ex.: 25, 40,57, 65, 92).

Para trabalhos acadêmicos, recomenda-se o uso da primeiraopção.

Figura 21 - Modelo de sumário

5 cm

3 cm 2 cm

2 cm

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................

2 REVISÃO LITERÁRIA ......................................................................................................

3 MATERIAL E MÉTODOS ......... ..........................................................................................

3.1 ÁREA DE ESTUDO .............................................................................................................

3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...........................................................................

3.2.1 Cartas Planialtimétricas, Aerofotogramétricas e Foto Aérea ................... ....................

3.2.2 Elaboração das Cartas Temáticas .. ............................................................................

3.2.3 Índice de Áreas Verdes (IAV), Percentual de Áreas Verdes (PAV) e Densidade

Populacional (DP) ......... ..................................................................................................

3.2.4 Zoneamento e Plano de Manejo .......................................................................................

3. 2.5 Equipamentos e Aplicativos .............................................................................................

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................................

4.1 ÁREA URBANA ...................................................................................................................

4.1.1 Histórico do Processo de Ocupação do Solo da Área Urbana de Erechim

4.1.2 Caracterização e Diagnóstico Ambiental da Área Urbana de Erechim

4.1.3 Percentual e Índice de Áreas Verdes (PAV e IAV) ..........................................................

4.2 PARQUE MUNICIPAL LONGINES MALINOWSK I .........................................................

4.2.2 Caracterização Ambiental do PMLM ..................................................................................

4.2.3 Zoneamento Ambiental ....................................................................................................

4.2.4 Plano de Manejo Conceitual para o Parque Municipal Longines Malinowski ...............

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................

4.2.1 Histórico do Processo de Ocupação do Solo da àrea Urbana de Erechim .................

REFERÊNCIAS .............................. .........................................................................................

ANEXOS ........................................... .........................................................................................

19

28

29

29

30

30

31

31

32

32

32

42

61

73

73

91

92

94

95

116

155

93

158

165

71Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

2.2.2 Elementos textuais

O texto é a parte do documento em que o autor apresenta edesenvolve o conteúdo. Por se tratar de trabalho científico/acadê-mico, a redação deve ser em linguagem impessoal, na terceira pes-soa e ser inteiramente consistente (coerente), ou seja, manter amesma convenção ou critério em todo o texto. Além disso, o textodeve primar pela concisão e clareza, itens que devem ser observa-dos pelo orientador.

O texto, parte principal do trabalho, geralmente abrange aintrodução, o desenvolvimento (corpo), e a conclusão e/ou consi-derações finais. Conforme a metodologia adotada, o texto pode serestruturado de maneira distinta.

2.2.2.1 Introdução

Introdução é a parte do documento que permite ao leitorsituar-se em relação ao conteúdo do trabalho. Nela, o autor deve:

a) apresentar o assunto de forma clara e sintética;

b) justificar e definir o problema da pesquisa, expor os ob-jetivos do trabalho, apresentar as razões para sua elabo-ração;

c) apresentar os tópicos principais do texto, o roteiro e aordem de exposição.

De acordo com o tipo de trabalho na introdução, é possívelapresentar também a metodologia utilizada na pesquisa. Pode-se,ainda, fazer uma rápida referência a trabalhos já realizados sobre omesmo assunto, bem como apresentar as partes que compõem otexto.

Salomon (2001) diz que, embora a introdução seja a pri-meira a aparecer no trabalho monográfico, deve ser a última a serredigida. Justifica tal prática afirmando que, para redigi-la, o autordeverá ter condições de cumprir aquilo que a caracteriza.

72 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

2.2.2.2 Desenvolvimento

O desenvolvimento é a parte principal e mais extensa do traba-lho. Envolve a descrição detalhada da pesquisa e/ou estudo realizado.Deve ser dividido em tantas seções e subseções quantas forem neces-sárias, intituladas e numeradas, e conter ilustrações, citações e notasde rodapé essenciais à compreensão das ideias expostas.

Exige-se, na sua elaboração, que sejam observadas as carac-terísticas básicas do trabalho científico: a objetividade, a clareza e asimplicidade. O principal objetivo do desenvolvimento é o de comuni-car os resultados da pesquisa mediante a exposição e a fundamenta-ção lógica do tema. Para Salomon (2001, p. 338) é o

[...] momento em que, usando todo seu poder de raciocínio, oautor consegue transformar-se de pesquisador em expositor, de-senvolvendo a passagem da lógica usada no contexto da inves-tigação para a lógica da demonstração: é a reconstrução racionalque tem por objetivo explicar, discutir, demonstrar.

Convém ressaltar que:

a) não existe um modelo único para o desenvolvimento dostrabalhos, pois o mesmo depende do tipo do estudo e dalógica do mesmo;

b) a palavra desenvolvimento não deve ser usada como títulode parte de uma seção;

c) podem-se apresentar diversas divisões ao texto, chamadasde seções, com títulos elaborados pelo próprio autor. As prin-cipais são chamadas de seções primárias e as divisões dasmesmas de seções secundárias, terciárias, quaternárias,quinárias;

Normalmente o desenvolvimento de monografias, teses e dis-sertações é estruturado em três partes principais:

a) revisão da literatura: item que apresenta a literatura básicasobre o assunto, resumindo os resultados de estudos feitospor outros autores. Recomenda-se que a literatura citada

73Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

seja apresentada, preferencialmente, em ordem cronológi-ca, mostrando a evolução do tema em desenvolvimento. Tododocumento citado e analisado deve constar na relação dereferências no final do trabalho. Dependendo da naturezado trabalho ou se a revisão for breve, é possível incluí-la naintrodução ou em outras seções;

b) metodologia: deve descrever os materiais, métodos, popula-ção envolvida e procedimentos de coleta e análise de dadosutilizados na realização do estudo;

c) apresentação, análise e discussão dos resultados: nesta par-te são apresentados, de forma clara e precisa, os dados ob-tidos na pesquisa.

Lakatos e Marconi (1996) referem que são elementos do de-senvolvimento a explicação (exposição dos fundamentos lógicos), dis-cussão (desenvolvimento do raciocínio e enunciação de proposições) edemonstração (apresentação de provas, argumentação), operaçõesintimamente vinculadas entre si, indissociáveis ao longo do corpo dotrabalho.

2.2.2.3 Conclusão

Conclusão ou considerações finais é a apresentação, demodo claro e ordenado, das deduções tiradas dos resultados do tra-balho. A conclusão deve conseguir tornar evidente o que foi pro-posto nos objetivos da pesquisa, por isso ela é o retorno à introdução eao desenvolvimento. Nela podem, também, ser apresentadas recomen-dações de ações julgadas necessárias, obtidas a partir das conclusões,a serem usadas no futuro e os limites da pesquisa (por falta de materi-al, instrumentos ou outra razão). Deve evidenciar que as ideias apre-sentadas no trabalho são relevantes e sugerir novos rumos aos futurospesquisadores do assunto.

74 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

2.2.3 Elementos pós-textuais

2.2.3.1 Referências

A sua elaboração deve seguir as normas propostas pela ABNT– Elaboração das Referências (seção 5 deste livro).

2.2.3.2 Glossário

É um elemento condicionado à necessidade, uma espéciede vocabulário onde são apresentados os significados de palavrasou expressões referentes a determinada especialidade técnica, ci-entífica, etc., ou ainda expressões pouco usadas, expressões de sen-tido obscuro ou palavras de uso regional, que são apresentadas notexto.

2.2.3.3 Apêndice

Conforme a ABNT (2011) NBR 14724, o apêndice é um ele-mento opcional do trabalho monográfico. Consiste num texto ou docu-mento elaborado pelo autor do trabalho, que complementa a suaargumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho.

No trabalho os apêndices são indicados por letras maiúsculasconsecutivas, travessão e respectivos títulos. Se esgotadas as 23 letrasdo alfabeto, usam-se letras maiúsculas dobradas (Figura 22).

75Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

2.2.3.4 Anexos

Os anexos, documentos não elaboradas pelo autor do trabalho,podem ser considerados partes extensivas do texto, mas destacadospara que a leitura não seja interrompida constantemente.

Normalmente são apresentados em anexo:a) ilustrações que não são diretamente citadas no texto;

5 cm

3 cm 2 cm

2 cm

APÊNDICE A - Ficha de entrevista

Figura 22 - Modelo de apêndice

76 Estrutura e caracterização das partes do trabalho acadêmico

b) documentos, leis, estatísticas, modelos de formulários, ques-tionários, etc. citados no texto;

c) materiais que, por sua dimensão ou forma de apresentação,não podem ser incluídos no texto.

Segundo a ABNT (2011), NBR 14724, algumas regras devemser seguidas para a apresentação dos anexos:

a) os anexos são identificados por letras maiúsculas consecuti-vas e pelos seus respectivos títulos;

Exemplo:

ANEXO A – Política Nacional de Educação Ambiental

ANEXO B – Listagem das escolas envolvidas no projeto X

b) as folhas dos anexos devem ser numeradas de maneira con-tínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto princi-pal;

c) as ilustrações dos anexos devem apresentar numeração in-dependente das ilustrações do texto, sendo que estas devemser precedidas da letra maiúscula correspondente ao anexo.

Exemplo:

Tabela A.1 - Média dos alunos aprovados no ENEM 2004, por região

Figura B.3 – Planta baixa da Escola X

2.2.3.5 Índices

São listas de palavras ou frases ordenadas de acordo com de-terminado critério que localiza e remete para as informações contidasno texto, auxiliando na localização das mesmas (ABNT 2012, NBR6027, p.1). É diferente de sumário e conforme a ABNT (2011) NBR14724, é considerado um elemento condicionado à necessidade nostrabalhos monográficos.

APRESENTAÇÃOGRÁFICA DOTRABALHOACADÊMICO

3

3.1 ORIENTAÇÕES PARA A APRESENTAÇÃO GRÁFICA

3.1.1 Papel

Para o original e cópias dos trabalhos acadêmicos e cientí-ficos utilizar papel de boa qualidade, no formato A4 (21 cm x 29,7cm). O papel deve assegurar a estabilidade da impressão, sem pre-juízos de detalhes.

3.1.2 Tamanho e formato da letra

O texto deve ser editado utilizando-se somente um lado dafolha, obedecendo às seguintes especificações:

a) fonte: Times New Roman ou Arial;

b) tamanho da fonte do texto: 12;

c) tamanho da fonte do título da seção: 12 ou 14;

d) tamanho da fonte do título das subseções: 12;

e) tamanho da fonte do título da capa e folha de rosto: 14 a18;

f) tamanho da fonte das notas de rodapé: 10;

g) tamanho da fonte utilizada em título e fonte bibliográfi-ca de ilustrações: 10;

h) tamanho da fonte para citações diretas longas: 10.

3.1.3 Margens e alinhamentos

Visando a uma boa organização do texto na folha, definem-se as seguintes margens:

a) superior: 3,5 cm;

80 Apresentação gráfica do trabalho acadêmico

b) inferior:2,0 cm;

c) esquerda:3,0 cm;

d) direita:2,0 cm;

e) recuo de parágrafo para citação direta longa: 4 cm;

f) espaço superior de início de seção primária: 5 cm;

g) alinhamento do texto: justificado;

h) alinhamento das referências: esquerda;

i) alinhamento de título de seções: esquerda;

Figura 23 - Modelo de margens e alinhamentos

3,5 cm

3 cm 2 cm

2 cm

81Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

j) alinhamento de títulos sem indicação numérica (Resumo,Abstract, Listas, Sumário, Referências, Anexos, Apêndices):centralizado (Figura 23);

k) os títulos, introdução e conclusão podem ou não ser nume-rados.

3.1.4 Espaçamento

Embora a ABNT (2011), NBR 14724, recomende que “todotexto seja digitado ou datilografado, com espaço duplo”, a URI, nointuito de uniformizar a apresentação dos trabalhos e, visando eco-nomia de papel, define as seguintes regras:

a) espaçamento padrão entre linhas: 1,5;

b) notas de rodapé, citações longas, resumo, abstract, notas denatureza do trabalho em folha de rosto e referências: espa-ço simples;

c) início dos parágrafos: seis toques da margem;

d) espaçamento entre o título da seção primária e o texto que osucede: dois espaços de 1,5;

e) títulos de subseções: alinhados junto à margem esquerdacom espaçamento de dois espaços de 1,5 antes e um es-paço de 1,5 depois;

f) quando uma subseção terminar próxima ao fim da uma pági-na, colocar o título da próxima subseção na página seguinte;

g) referências: espaço simples e, entre autores, duplo;

h) citações de mais de três linhas: recuo de 4 cm da margemesquerda, separadas por dois espaços de 1,5 entre o textoposterior e anterior. (Figura 24)

82 Apresentação gráfica do trabalho acadêmico

3.1.5 Paginação

De acordo com a ABNT (2011), NBR 14724, todas as folhasdos trabalhos, a partir da folha de rosto, devem ser contadassequencialmente.

A numeração é colocada a partir da primeira folha da partetextual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha,a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm daborda direita da folha (Figura 25)

5 cm

3 cm 2 cm

2 cm

4 cm

1 TÍTULO DA SEÇÃO PRIMÁRIA

2 espaços de 1,5

6 toques

2 espaços de 1,5

texto texto texto texto texto texto texto texto texto textotexto texto texto texto texto texto texto texto texto textotexto texto texto texto texto texto texto texto texto textotexto texto texto texto texto texto texto texto texto textotexto texto texto texto texto texto texto texto texto textotexto texto texto texto texto texto texto texto texto texto

2 espaços de 1,5

________________1

espaço simples

Figura 24 - Modelo de espacejamento

83Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

No caso de o trabalho ser constituído de mais de um volume,deve ser mantida uma única sequência de numeração das folhas, doprimeiro ao último volume. Quando a obra for em dois ou mais volu-mes, a folha de rosto deve ser anexada, também, ao segundo e terceirovolumes, destacando a indicação Volume I, Volume II, ... logo abai-xo do título.

Havendo apêndice e anexos, as suas folhas devem ser nume-radas de maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à dotexto principal.

3,5 cm

3 cm 2 cm

2 cm

1.1 TÍTULO DA SEÇÃO SECUNDÁRIA

2 espaços de 1,5

2 espaços de 1,5

1 espaço de 1,5

T

1.1.1 Título da seção terciária

1 espaço de 1,5T

2 cm

Figura 25 - Modelo de numeração das páginas e espacejamento

84 Apresentação gráfica do trabalho acadêmico

3.1.6 Digitação e encadernação

Para a digitação e encadernação de trabalhos, é importanteobservar as seguintes recomendações:

a) preferencialmente o uso de tinta preta;

b) onde são usadas tintas coloridas, deve ser dada atençãoespecial à seleção entre tintas e cor do papel, para nãoafetar a reprodução;

c) as capas dos trabalhos monográficos poderão seguir ummodelo padrão estabelecido pelos Departamentos e/ouCursos, podendo ser adquiridas quando da entrega dascópias definitivas dos trabalhos;

d) o sistema de encadernação deve possibilitar uma fixaçãoresistente e durável, firmando o lado esquerdo do traba-lho, de tal forma que o mesmo fique aberto horizontal-mente para sua leitura, sem afetar a lombada.

3.1.7 Numeração das seções

Seções são partes em que é dividido o texto de um docu-mento. Apresentam as matérias consideradas afins na exposiçãoordenada do assunto.

Os capítulos são denominados, pela ABNT (2012) NBR 6024,de seções primárias. Os mesmos podem ser subdivididos em seçõessecundárias, terciárias, quaternárias e quinárias.

Na numeração de uma seção devem ser empregados algaris-mos arábicos. O indicativo de uma seção deve preceder o título, sepa-rado por um espaço.

O indicativo das seções primárias deve seguir a sequência dosnúmeros inteiros (1, 2, 3...) e o indicativo de uma seção secundáriadeve ser constituído pelo indicativo da seção primária ao qual perten-ce, seguido do número que lhe foi atribuído na sequência do assunto eseparado por ponto. Deve-se remeter ao mesmo processo em relaçãoàs demais seções.

85Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Exemplo:

Seção Primária 1 2 3

Seção Secundária 1.1 2.1 3.1

Seção Terciária 1.1.1 2.1.1 3.1.1

Os títulos das seções devem ser destacados graficamente(negrito, grifo, caixa alta), conforme modelo sugerido:

1 TÍTULO PRINCIPAL – em maiúsculo e negrito (caixa alta);

1.1 TÍTULO SECUNDÁRIO – em maiúsculo e não negrito;

1.1.1 Título terciário – somente o início com letra maiúscula;o restante em minúsculo e em negrito;

1.1.1.1 Título quaternário - somente inicia com letra maiúscu-la; o restante em minúsculo e não negrito;

1.1.1.1.1 Título quinário – somente inicia com letra maiúscu-la; o restante em minúsculo e não negrito.

Quando for necessário itemizar os assuntos de uma seção, estapode ser subdividida em alíneas.

A disposição gráfica das alíneas deve seguir as regras e apre-sentações a seguir:

a) o trecho do texto anterior às alíneas deve terminar pordois pontos;

b) devem ser ordenadas alfabeticamente por letras minús-culas seguidas de parênteses;

c) a matéria da alínea deve iniciar com letra minúscula eterminar por ponto-e-vírgula, sendo que a última termi-na por ponto;

d) devem ser reentradas em relação à margem esquerda.

Dependendo da necessidade de exposição da ideia, as alíneaspodem ser divididas em subalíneas. Estas devem começar por um hí-

86 Apresentação gráfica do trabalho acadêmico

fen colocado sob a primeira letra da alínea. A segunda linha e as de-mais da subalínea devem começar sob a primeira letra do texto daprópria subalínea (Figura 26).

Figura 26 - Modelo de disposição gráfica das alíneas e subalíneas

3.1.8 Uso de negrito, grifo ou itálico

Devem ser empregados em:a) termos ou frases escritas em língua estrangeira;

b) título principal de livros e de periódicos, em lista de refe-rências;

3,5 cm

3 cm 2 cm

2 cm

87Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

c) expressões de referência: ver, vide;

d) nomes científicos (nesse caso deve ser usado itálico);

e) títulos de capítulos (nesse caso não deve ser usado itá-lico);

f) palavras ou frases que merecem destaque ou ênfase notexto.

É importante padronizar o uso do negrito, grifo e itálico.Por exemplo, se o itálico é utilizado para destacar nomes científi-cos, ele não poderá ser utilizado para outras formas de destaque,com exceção às expressões de referência.

3.1.9 Uso de aspas

Aspas duplas devem ser usadas no início e final de umacitação textual que não ultrapasse a três linhas. Lembrar que emcitações com mais de três linhas as aspas não devem ser usadas,pois o destaque é por meio do recuo no parágrafo.

Aspas simples devem ser usadas para indicar citação no in-terior de citação.

3.2 ILUSTRAÇÕES

Constituem ilustrações as figuras, desenhos, esquemas, flu-xogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, diagramas,lâminas, plantas, quadros, retratos e outros.

De acordo com a ABNT (2011) NBR 14724, a identificaçãodas ilustrações deve ser feita na parte superior, precedida da palavradesignativa (desenho, figura, foto, etc.) seguida do seu número de or-dem no texto, em algarismos arábicos, do título ou legenda respectiva eda fonte, quando necessário (Figuras 27, 28 e 29).

88 Apresentação gráfica do trabalho acadêmico

Elas devem:a) ser inseridas no texto, se possível o mais perto do trecho a

que se referem;

b) a chamada da ilustração, no texto, será feita pela indicaçãoda palavra correspondente ao tipo de ilustração (Figura, Qua-dro, Fotografia, Mapa, etc.), seguida do respectivo númeroe separada da legenda por travessão. As expressões devemestar negritadas, assim como a palavra fonte;

c) ter numeração arábica sequencial ao longo do texto;

d) ter um título ou legenda explicativa de forma breve e clara.As legendas devem ser digitadas em fonte menor (fonte10);

e) ser separadas do texto por dois espaços de 1,5;

f) após a ilustração, o texto deve iniciar a dois espaços de1,5 abaixo da legenda.

Se o espaço da página não permitir, a ilustração deve apa-recer na página seguinte, mas o texto prossegue, normalmente, norestante da página anterior.

Não devem ser incluídas ilustrações que não sejam citadasno texto. Quando muito numerosas, é recomendável apresentar asilustrações em anexo, para não sobrecarregarem o texto.

89Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Figura 27 - Modelo de ilustração elaborada pelo autor

6 -

Fonte: Zakrzevski (2002, p. 54)

Figura 28 - Modelo de ilustração adaptado de autor

Saberes de

CONDUTA

PROFIS-

SIONAL

Transmissão/apropriaçãodo conhecimento disciplinar

Operacio-nalização

SABER

FAZERAssimilação/aplicação

Saberes das

Ciências da

Educação

Figura 3

Fonte:

- Tendência tecnicista

Adaptado de Porlán e Rivero (1998)

Fonte: Zakrzevski (2002, p. 36)

90 Apresentação gráfica do trabalho acadêmico

Fonte: Zakrzevski (2002, p. 98)

3.3 TABELAS

A tabela é a forma não discursiva de apresentar informa-ções, das quais o dado numérico se destaca como informação cen-tral (IBGE, 1993). As tabelas devem estar localizadas o mais próximopossível do texto a que se referem.

A elaboração de tabelas deve seguir algumas regras:

a) o título da tabela: deve indicar a natureza e a abrangênciageográfica e temporal dos dados. É colocado na partesuperior, precedido da palavra Tabela e de seu númerode ordem seguido de travessão. O tamanho da fonte dotítulo é 12;

Exemplo:

Tabela 1 – Produção acumulada de erva-mate na região Alto Uruguai/RS, no período de 1998-2004

b) as tabelas são numeradas consecutivamente e independen-temente das ilustrações, em algarismos arábicos. A numera-

Positivista Interpretativa Crítica

Propostas para a EA Conhecimento “sobre” oambiente

Atividades “no” ambiente Ações “para” o ambiente

Proposta educacional Vocacional Liberal/progressiva Socialmente crítica

Teoria de aprendizagem Behaviorista Construtivista Reconstrutivista

Conhecimento Pré determinado,sistematizado e objetivo

Intuitivo, semi-estruturado,subjetivo e derivado de

experiências

Generativo, emergente,colaborativo e dialético

Papel do professor Autoridade e detentor doconhecimento

Organizador deexperiências no ambiente

Colaborador/ participante

Papel do estudante Receptor passivo doconhecimento disciplinar

Aprendizagem ativa atravésde experiências ambientais

Gerador ativo de novosconhecimentos

Organização dosprincípios

Disciplinas Experiência pessoal Questões ambientais

Relações de poder Reforça o poder Ambivalência na relação depoder

Desafia o poder

Quadro 1- Três Imagens de Educação Ambiental

Fonte: Simplificado e traduzido de Robottom e Hart (1993)

Figura 29 - Modelo de quadro adaptado e traduzido

91Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

ção pode ser subordinada ou não a capítulos ou seções deum documento;

Exemplos:

Tabela 1 - Produção acumulada de erva-mate na região Alto Uruguai/RS, no período de 1998-2004

(identifica a primeira tabela de um documento)

Tabela 3.4 - Produção de erva-mate no município de Erechim/ RS, no período de 1998-2004

(identifica a quarta tabela do terceiro capítulo de um documento)

c) a estrutura da tabela é constituída de por no mínimo trêstraços horizontais paralelos e delimitada por linhas. Nãose deve delimitar (ou fechar) por traços verticais os ex-tremos da tabela, à direita e à esquerda. Deve-se separaro cabeçalho do conteúdo por linhas simples. Os traçosverticais serão usados quando houver dificuldade na lei-tura de muitos dados. O tamanho da fonte dos dados nu-méricos da tabela é 10;

d) as tabelas que não couberem em uma página, devem con-tinuar na seguinte. Nesta situação a tabela não é delimi-tada por traço horizontal na parte inferior (1ª página) edeve ser inserida a expressão “continua” ou “continua-ção”. O cabeçalho é repetido na página seguinte;

e) a Fonte da tabela deve ser citada após o fio ou linha defechamento da mesma. Recomenda-se que tabelas comdados numéricos extraídos de um documento, a identifi-cação da fonte indique a referência bibliográfica do do-cumento. Quando os dados apresentados na tabela foramlevantados pelo autor do trabalho por meio de uma pesquisa

92 Apresentação gráfica do trabalho acadêmico

Unidade Coletada TEP% do Global

Regional1.DERIV.DE PETRÓL.

1.1 - Diesel 36.211 m3 30.706,9 20,641.2 - Ól. Combust. 710 m3

671,6 0,451.3 - Gasolina 20.910 m3 16.121,6 10,831.4 - GLP 4.500 t 4.896,0 3,29

SUB-TOTAL 52.396,1

2. ELETRICIDADE 154.561 MWh 12.364,8 8,40

3. BIOMASSA3.1 - Lenha 696.383 st 77.298,5 51,953.2 - Álcool 13.604,7 m3

6.747,9 4,53SUB-TOTAL 84.046,4

TOTAL 148.807,3 100

Tabela 1 - Balanço energético da Região Alto Uruguai, 1992

Fonte: o autor (1994)

de campo (por meio da aplicação de questionários, formulá-rios), pode-se utilizar como fonte as expressões o autor oupesquisa de campo;

Figura 30 - Modelo de tabela

Fonte: Zakrzevski (1998)

f) as tabelas devem estar centralizadas em relação às margensesquerda e direita;

g) quando as dimensões da tabela forem maiores do que afolha A4, a impressão poderá ser feita em folha A3, paraser dobrada posteriormente, ou reduzida mediante foto-cópia.

NOTAS E CITAÇÕES4

4.1 NOTAS DE RODAPÉ

Notas de rodapé são notas feitas pelo autor ou pelo editorque servem para fazer indicações, observações ou aditamentos quenão devem ser colocados ao longo do texto para não sobrecarregá-lo. São colocadas ao pé da página e podem ser explicativas e dereferências.

4.1.1 Normas para apresentação de notas de rodapé

Quando necessário utilizar notas de rodapé, deve-se obser-var o seguinte:

a) a numeração é feita em algarismos arábicos, devendo ternumeração única e consecutiva para cada seção ou partedo documento;

b) o texto deve ser separado das notas de rodapé por doisespaços de 1,5;

c) as notas devem ser separadas do texto por uma linha de3cm da largura útil da página, a partir da margem esquerda;

d) as notas de rodapé devem ser datilografadas ou digitadasem espaço simples, com fonte de letra menor (10) ;

e) entre uma nota e outra deve existir um espaço de 1,5;

f) a primeira linha da nota é iniciada na margem do pará-grafo, antecedida pelo indicativo numérico (número danota). As demais linhas da nota iniciam na margem dotexto;

g) o indicativo numérico é separado do texto da nota porum espaço;

96 Notas e citações

h) no corpo do texto, a numeração das notas deve ser emordem crescente, em números arábicos, colocados entreparênteses, colchetes ou acima da linha do texto;

i) alíneas e incisos em notas de rodapé devem ser coloca-dos em sequência, separados por ponto e vírgula.

4.1.2 Notas explicativas

As notas explicativas são utilizadas com a finalidade deprestar esclarecimentos, comprovar uma afirmação ou justificar umainformação que não deve ser incluída no texto, limitando-se aomínimo necessário.

Exemplo:

No texto extraído da obra Pedagogia do Oprimido de Freire (1988) encontramos um

exemplo de nota explicativa:

Talvez se pense que, ao fazermos a defesa deste encontro dos homens no mundo para

transformá-lo, que é o diálogo1, estejamos caindo numa ingênua atitude, num idealismo

subjetivista.

No rodapé:

_________________

1 Sublinhemos mais uma vez que este encontro dialógico não se pode verificar entre antagônicos.

4.1.3 Notas de referência

As notas de referência são utilizadas para indicar a fonteconsultada ou remeter a outras partes da obra onde o assunto foiabordado.

Preferencialmente as referências aos autores consultadosdevem ser feitas pelo sistema autor-data. Em caso de opção por

97Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

fazê-las em notas de rodapé, seguem as seguintes normas, conforme aABNT (2002) NBR 10520:

a) a primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deveter sua referência completa conforme orientações cons-tantes na seção 5 deste livro;

b) as subsequentes citações da mesma obra podem serreferenciadas de forma abreviada, utilizando-se as seguin-tes expressões, abreviadas quando for o caso:

- Idem - mesmo autor - Id.;

Exemplo:______________

8 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1989, p. 9.9 Id. 2000, p.19.

- Ibidem - mesma obra - Ibid.;

Exemplo:______________

3 DURKHEIM, 1925, p. 176.4 Ibid., p. 190.

- Opus citatum, opere citato - obra citada - op. cit.;

Exemplo:______________

8 ADORNO, 1996, p. 38.9 GARLAND, 1990, p. 42-43.10 ADORNO, op.cit., p. 40.

- Passim - aqui e ali, em diversas passagens - passim;

Exemplo:______________5 RIBEIRO, 1997, passim.

98 Notas e citações

- Loco citato - no lugar citado - loc. cit.;

Exemplo:_________________4 TOMASELLI; PORTER, 1992, p. 33-46.

5 TOMASELLI; PORTER, loc. cit.

- Confira, confronte - Cf .;

Exemplo:

_______________

3 Cf. CALDEIRA, 1992.

- Sequentia - seguinte ou que segue - et. seq.;

Exemplo:

________________

7 FOUCAULT, 1994, p. 17 et seq.

99Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

4.2 CITAÇÕES

Segundo a ABNT (2002) NBR 10520, citações são men-ções, no texto ou em nota de rodapé, de uma informação extraídade outras fontes.

As citações podem ser de três tipos:

a) citação direta: transcrição literal do texto, de parte da obra,do autor consultado;

b) citação indireta: resumo ou síntese elaborada, baseadona obra do autor consultado;

c) citação de citação: citação direta ou indireta de um textoem que não se teve acesso ao original, mas do qual setomou conhecimento por meio da citação em outro tra-balho.

As citações devem ser indicadas no texto por um sistemade chamada que pode ser numérico ou autor-data. No sistema nu-mérico, a indicação da fonte é feita por uma numeração única econsecutiva, em algarismos arábicos, remetendo a uma lista de re-ferências ao final do trabalho, do capítulo ou da parte. No sistemaautor-data, a indicação é feita pelo sobrenome de cada autor ou pelonome da entidade responsável, seguido(s) do ano de publicação dodocumento e da(s) página(s) (no caso de citação direta), separadospor vírgula e entre parênteses (ABNT, 2002).

Recomenda-se que os trabalhos realizados na URI tenhamcomo referência o sistema autor-data.

4.2.1 Indicação das fontes citadas no texto

As regras gerais para a indicação das fontes citadas no textosão apresentadas a seguir.

100 Notas e citações

4.2.1.1 Autor pessoal

a) um autor: o sobrenome do autor deve ser escrito com letras minús-culas no texto e entre parênteses com maiúsculas, seguido pela indi-cação do ano e da(s) página(s).

Exemplos:

b) até três autores: havendo até três autores no texto citado, os nomesdevem ser separados por ponto e vírgula, seguidos do ano e da(s)página(s). Com dois autores pode-se também utilizar o conectivo“e”.

Exemplos:

c) mais de três autores: havendo mais de três autores, deve-se indicá-los pelo sobrenome do primeiro, seguido da expressão et al., do anoe página(s).

profissional se quer formar.”

p. 13).

.”

101Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

4.2.1.2 Autor entidade

No caso de autor entidade, pode-se apresentá-lo:

a) pelo nome da entidade escrito por extenso, com letras maiúsculas:

Exemplo:

b) pela sigla (caso esta seja consagrada), com letras maiúsculas:

Exemplo:

c) pela jurisdição, quando se tratar de órgão do poder público federal,estadual ou municipal:

Exemplos:

URUGUAI E DAS MISSÕES, 1992, p. 10).

a

O Conselho Universitário reúne-se ordinariamente, no mínimo duas vezes por ano,

requerimento de pelo menos 1/3 de seus membros (URI, 1992, p. 10).

Exemplos:

102 Notas e citações

4.2.1.3 Dois autores com o mesmo sobrenome

Havendo dois autores com o mesmo sobrenome e mesma datade publicação, acrescentam-se as iniciais de seus prenomes. Se hou-ver coincidência de iniciais de prenomes, colocam-se os prenomes porextenso.

Exemplos:

4.2.1.4 Vários documentos do mesmo autor

As citações de diversos documentos de um mesmo autor, pu-blicados no mesmo ano, são distinguidas pelo acréscimo de le-tras minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem espacejamento,conforme a lista de referências.

Exemplo:

No texto:

Borba (1999b) afirma que a disponibilidade das novas mídias na sala de aula pode

reorganizar o pensamento matemático.

Na lista de referências:

BORBA, M.C. . Rio de Janeiro:Art. Bureau, 1999a, v.6.

BORBA, M.C. Lo que debemos llevar para el siglo XXI: el caso de las funciones.Uno –Revista de Didáctica de las Matemáticas. Espanha, n.22, p. 45-54, 1999b.

103Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

4.2.1.5 Vários autores com uma mesma ideia ou argumento

Citações indiretas de diversos autores e diversas fontes, de-vem ser mencionadas simultaneamente, separadas por ponto e vírgulae em ordem alfabética.

Exemplos:

4.2.2 Apresentação de citações diretas, indiretas e citação decitação

4.2.2.1 Citações diretas

a) A indicação da fonte citada é feita entre parênteses, pela indica-ção do sobrenome do autor ou do nome da instituição responsá-vel, seguida do ano da publicação do documento e página, separadospor vírgulas.

Exemplo:

b) Quando o(s) nome(s) do(s) autor(es), instituição(ões) respon-sável(eis) estiver(em) incluído(s) na sentença, indica-se o anode publicação, entre parênteses, acrescida da(s) página(s).

104 Notas e citações

Exemplo:

c) As citações diretas com menos de três linhas deverão ser escritasnormalmente dentro do texto, entre aspas e com a indicação dafonte que deverá aparecer no texto.

Exemplos:

d) As citações diretas com mais de três linhas deverão ser digitadasem fonte 10, com recuo a 4 cm da margem esquerda, espaçamentosimples, sem aspas, com indicação da fonte junto ou próximo aotexto.

Exemplo:

diversidade de idéias. O respeito à diversidade significa que a democracia não

(MORIN, 2000, p. 108).

4.2.2.2 Citações indiretas

a) As citações indiretas aparecem em forma textual, porém a fonte deonde foi retirada a informação deverá ser indicada.

105Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Exemplo:

É importante que no ensino, em todos os níveis, seja compreendido o caráter

percebendo qualquer ciência como construção (BORGES, 2003).

b) Quando o(s) nome(s) do(s) autor(es), instituição(ões) respon-sável(eis) estiver(em) incluído(s) na sentença, indica-se o anode publicação entre parênteses.

Exemplo:

4.2.2.3 Citação de citação

a) Nas citações de citação, a indicação da fonte deve ser feita pormeio da apresentação do autor do trabalho, seguido da expres-são apud e do sobrenome do autor da obra consultada. Nas refe-rências bibliográficas somente se menciona o nome do autor daobra consultada.

Exemplos:

concepção pode ser considerada, pois, como uma estrutura utilizável num determinado

implicado.”

(GIORDAN; VECCHI, 1996, p. 156 apud BORGES, 2003, p. 221).

científico não é evidente, não se impõe por observações e experimentos.

106 Notas e citações

4.2.3 Regras Gerais

a) nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela insti-tuição responsável ou título devem ser em letras minúsculas,quando inseridas no texto e, quando estiverem entre parênteses,devem ser em letras maiúsculas.

Exemplos:

b) as supressões em citações podem ocorrer no início, no meio ouno fim do texto e devem ser indicadas através do uso de reticên-cias, entre colchetes [...].

Exemplos:

c) a interpolação, acréscimos ou comentários em citações devemser inseridos entre colchetes [ ].

107Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Exemplo:

d) a ABNT (2002) permite o uso de grifo ou negrito ou itálico emcitações. Para enfatizar trechos da citação, recomenda-se o usode negrito e a indicação da alteração por meio do uso da expres-são grifo nosso entre parênteses, após a chamada da citação. Casoo destaque já faça parte da obra consultada, deve ser indicadopor meio do uso da expressão grifo do autor.

Exemplos:

e) nas citações de informações verbais (palestras, debates, comu-nicações, etc.) deve ser indicada, entre parênteses, a expressãoinformação verbal, mencionando-se os dados disponíveis, emnota de rodapé.

Exemplo:

No texto:

sustentável (informação verbal) .

No rodapé da página:_______________1 Informação veiculada por Michèle Sato durante o III Simpósio Gaúcho de Educação Ambiental, realizado

em Erechim, no período de 4 a 7 de outubro de 2004.

1

108 Notas e citações

f) Quando a citação incluir texto traduzido pelo autor, deve ser incluída,após a chamada da citação, entre parênteses, a expressão traduçãodo autor.

Exemplo:

g) A citação de poemas e textos teatrais, independente do seu ta-manho, segue as mesmas orientações para a apresentação da ci-tação com mais de três linhas, ou seja, deverá ser digitadas emfonte 10, com recuo a 4 cm da margem esquerda, espaçamentosimples, sem aspas, com indicação da fonte junto ao texto. Nacitação de um poema inteiro o espaço entre uma estrofe e outraé maior. Se uma linha ultrapassar a margem direita, o excedentedeve vir recuado em relação à margem esquerda e alinhado àdireita.

Exemplo:

1998, p. 188)

ELABORAÇÃO DASREFERÊNCIAS5

Dmitruk (2012), conceitua referência como um conjunto pa-dronizado de elementos descritivos de documentos impressos ouregistrados em diversos tipos de suportes (CD-ROM, Internet, entreoutros) permitindo sua identificação no todo ou em parte.

Para uma correta elaboração e apresentação de trabalhos ci-entíficos, há que se indicar todas as fontes utilizadas e consultadas,respeitando normas para ordenação dos elementos das mesmas, sen-do fiel às informações contidas nos documentos e/ou outras fontes.

As informações dispostas a seguir estão baseadas na ABNT(2002) NBR 6023, responsável pela normalização técnica no país.Considerando sua amplitude e especificidade, estão sendo apresen-tados os casos mais comuns utilizados em trabalhos científicos. Parasituações particulares, aconselha-se pesquisa na própria norma.

Quanto à localização, as referências podem aparecer:a) em nota de rodapé;

b) no fim de texto ou de capítulo;

c) em lista de referência no final do trabalho;

d) antecedendo resumos, fichamentos, resenhas e recensões.

Para a elaboração de uma referência os elementos devemser retirados, sempre que possível, da ficha catolográfica ou ou-tras partes da obra.

Visando facilitar o entendimento e aplicação das regras re-ferentes a este assunto, apresenta-se esta seção dividida em trêspartes: a) explanação das principais regras de apresentação e orde-nação das referências; b) apresentação de modelos de referência,objetivando contribuir na compreensão da divisão e aplicação dostipos de referência; c) transcrição dos elementos necessários parareferenciar as obras consultadas.

112 Elaboração das referências

5.1 REGRAS DE APRESENTAÇÃO E DE ORDENAÇÃO

A apresentação e ordenação das referências pressupõem al-gumas regras básicas:

a) para cada definição ou segmentação de referência, haveráelementos essenciais que não podem deixar de aparecer e,elementos complementares, que o autor pode optar porapresentá-los, porém mantendo um padrão para todas asque serão apresentadas. Segundo a ABNT (2002) NBR 6023,elementos essenciais são informações necessárias paraidentificar um documento: autor(es), título, edição, imprenta(local e editora) e data de publicação; elementos comple-mentares, como sugere o nome, complementam a identi-ficação dos documentos: descrição física, ilustrações,dimensões e notas. Nesta obra, estão sendo apresentadosos elementos essenciais. Para detalhes de apresentação doselementos complementares, consultar a NBR 6023/2002,lembrando que, ao se optar pela utilização de elementoscomplementares, todas as referências da lista deverão contê-los;

b) as referências são alinhadas somente à margem esquerda ede forma a identificar, individualmente, cada documento, emespaço simples e separadas entre si por espaço duplo. Quan-do aparecerem em notas de rodapé, serão alinhadas, a partirda segunda linha da mesma referência, abaixo da primeiraletra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente esem espaço entre elas;

c) a pontuação segue padrões internacionais e deve ser unifor-me em todas as partes (NBR 10522/1988);

d) o recurso tipográfico (negrito ou grifo ou itálico) utilizadopara destacar o elemento título deve ser uniforme em todasas referências de um mesmo documento;

113Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

e) a ordenação da lista de referências bibliográficas pode seralfabética (ordem alfabética de entrada) ou numérica (or-dem de citação no texto);

f) se for utilizado o sistema alfabético, as referências devemser reunidas no final do trabalho, do artigo ou do capítulo, emuma única ordem alfabética. Já no caso de utilizar o sistemanumérico, a lista de referências deve seguir a mesma ordemnumérica crescente. Deve-se evitar o uso deste sistemaconcomitantemente para notas de referência e notasexplicativas;

g) quando várias obras, de um mesmo autor, são referenciadassucessivamente, o nome do mesmo pode ser substituído, nasreferências seguintes, por um traço sublinear (equivalente aseis espaços) e ponto final. Exemplo:

DEMO, Pedro. Pesquisa: princípio científico e educativo. SãoPaulo: Cortez, 1990.

______. Pobreza Política. São Paulo: Cortez, 1991.

h) a NBR 6023/2002 apresenta um anexo muito útil para aelaboração e apresentação de referências, onde constam asabreviaturas padrões para os meses, nas línguas português,espanhol, italiano, francês, inglês e alemão. O mesmo en-contra-se reproduzido como Anexo C deste trabalho.

5.2 MODELOS DE REFERÊNCIA

O autor do trabalho científico deve, primeiramente, saberclassificar as obras consultadas. A fim de padronizar as referênciasdos trabalhos científicos, a ABNT editou normas classificando asreferências por especificidade e orientando sobre a apresentaçãode cada uma delas.

114 Elaboração das referências

5.2.1 Monografias

A ABNT (2002) NBR 6023, inclui nessa categoria: livro e/oufolheto, manual, guia, catálogo, enciclopédia, dicionário, trabalhos aca-dêmicos (teses, dissertações, monografias e outros). Enfim, conside-ra-se monografia o que não constitui periodicidade ou completude porsequência.

5.2.1.1 Monografias impressas consideradas no todo

Os elementos essenciais são: AUTOR(es). Título. Edição. Lo-cal: editora, data de publicação.

a) livros

Exemplos:

GOMES, L. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998.

CARRAHER, Terezinha Nunes. O método clínico: usando os examesde Piaget. 5.ed. São Paulo: Cortez, 1998.

b) teses, dissertações, trabalhos de conclusão de curso

Exemplo:

ALVES, Anamaria Feijó. Docentes da PUCRS e suas concepçõessobre universidade: um diálogo necessário. 1995. 118 f. Dissertação(Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, PUCRS, PortoAlegre, 1995.

c) folheto

Exemplo:

SILVA, Flávio. Lista de aves: Rio Grande do Sul. Porto Alegre:

PUCRS, 1992. 27 p.

115Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

d) dicionário

Exemplos:

HOUAISS, A. (Ed.). Novo dicionário Folha Webster’s: inglês/português, português/inglês. Co-editor Ismael Cardim. São Paulo:Folha da Manhã, 1996.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI:o dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,

1999c. 2128p.

e) guia

Exemplo:

RIO GRANDE DO SUL. Secretaria de Estado do Turismo. Guia turismodo Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Pallotti, 1997. 432p.

f) manual

Exemplo:

SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoriade Planejamento Ambiental. Estudo de impacto ambiental – EIA,Relatório de impacto ambiental – RIMA: manual de orientação. São

Paulo, 1989. 48p. (Série Manuais).

g) catálogo

Exemplo:

MUSEU DA IMIGRAÇÃO (São Paulo, SP). Museu da Imigração – S.Paulo: catálogo. São Paulo, 1997. 16p.

h) almanaque

Exemplo:

ALMANAQUE Brasil: 1995 – 1996. Rio de Janeiro: Terceiro Mundo,

1995. 395. 361p.

116 Elaboração das referências

5.2.1.2 Monografias em meio eletrônico consideradas no todo

Inclui os mesmos elementos do item anterior, em meio eletrôni-co (disquetes, CD-ROM, on-line, etc). Para estes casos, as referênci-as devem obedecer aos padrões de elementos essenciais apresentadosanteriormente, acrescidas das informações relativas à descrição físicado meio eletrônico.

Exemplo:

GOMES, L. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998.

CD-ROM.

No caso de obras consultadas on-line, acrescentam-se in-formações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais< >, precedido da expressão “Disponível em:” e a data de acessoao documento, precedida da expressão “Acesso em:”, opcional-mente acrescida dos dados referentes à hora, minutos e segundos.

Exemplo:

GOMES, L. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998.Disponível em: <http://www.terra.com.br>. Acesso em: 10 jan. 2002.

5.2.1.3 Parte de monografia impressa

Inclui capítulos, volume, fragmento e outras partes de umaobra, classificadas anteriormente no item monografia. Para estescasos, os elementos essenciais são:

AUTOR (es) da parte. Título da parte. In: referência completada monografia no todo. Página inicial-final.

117Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

a) capítulo de Livro

Exemplos:

ROMANO, G. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.;SCHIMIDT, J. (Org.). História dos jovens 2. São Paulo: Companhia dasLetras, 1996. p. 7-16.

BORSOI, Izabel Cristina Ferreira. A saúde da mulher trabalhadora. In:CODO, Wanderley; SAMPAIO, José Jackson Coelho (Org.). Sofrimentopsíquico nas organizações. Rio de Janeiro: Vozes, 1995. p. 115-126.

SANTOS, F.R. dos. A colonização da terra dos Tucujús. In: ____ .História do Amapá, 1° grau. 2. ed. Macapá: Valcan, 1994. cap. 3, p. 15-23.

b) parte de monografia em meio eletrônico

Para partes de monografia retiradas de meio eletrônico,cabem as mesmas regras recém citadas, acrescidas das informa-ções relativas à descrição física do meio eletrônico. Quando setratar de obras consultadas on-line, obedecer aos mesmos crité-rios descritos no item 5.2.1.2.

c) enciclopédia

Exemplo:

MORFOLOFIA dos artrópodes. In: ENCICLOPÉDIA multimídia dosseres vivos. [S.I.]: Planeta de Agostini, c 1998. CD-ROM 9.

d) capítulo de livro em meio eletrônico

Exemplo:

MACEDO, Ana Vera Lopes da Silva. Estratégias pedagógicas: a temáticaindígena e o trabalho em sala de aula. In: SILVA, Aracy Lopes da;GRUPIONI, Luis Donisete Benzi (Org.). A temática indígena na escola:novos subsídios para professores de 1 e 2 graus. 1998. Disponível em:<http://www.bibvirt.futuro.usp.br/acervo/paradidat/tematica/cap20.html>. Acesso em: 24 jun.1999.

118 Elaboração das referências

e) verbete de dicionário

Exemplo:

POLÍTICA. In: DICIONÁRIO da língua portuguesa. Lisboa: PriberamInfomática, 1998. Disponível em: < http://www.priberam.pt/dIDLPO>.Acesso em: 8 mar. 1999.

5.2.2 Publicação periódica

Inclui a coleção como um todo, fascículo ou número de re-vista, número de jornal, caderno, etc. na íntegra, e a matéria exis-tente em um número, volume ou fascículo de periódico (artigoscientíficos de revistas, editoriais, matérias jornalísticas, seções,reportagens, etc.).

5.2.2.1 Publicação periódica como um todo

Para estes casos, os elementos essenciais são:

TÍTULO. Local da publicação: editora, datas de início e deencerramento da publicação, se houver.

Exemplos:

REVISTA PERSPECTIVA. Erechim: EdiFapes, 1975.

BOLETIM GEOGRÁFICO. Rio de Janeiro: IBGE, 1943-1978.Trimestral.

5.2.2.2 Partes de revista, boletim

Inclui volume, fascículo, números especiais e suplementos,entre outros, sem título próprio. Os elementos essenciais são:

TÍTULO DA PUBLICAÇÃO. Local da publicação: Edito-ra, numeração do ano e/ou volume, numeração do fascículo, in-formações de períodos e datas de sua publicação.

119Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Exemplos:

BOLEMA. Boletim de Educação Matemática. Rio Claro: UNESP, n.14, 2000.

DINHEIRO: revista semanal de negócios. São Paulo: Ed. Três. n. 148,28 jun. 2000.

5.2.2.3 Artigo e/ou matéria de revista, boletim

Inclui partes de publicações periódicas, volumes, fascícu-los, números especiais e suplementos, com título próprio. Para es-tes casos, os elementos essenciais são:

AUTOR (es). Título da parte, artigo ou matéria. Título dapublicação, local da publicação, numeração correspondente ao vo-lume e/ou ano, fascículo ou número, paginação inicial e final quandose tratar de artigo ou matéria, data ou intervalo de publicação, par-ticularidades que identificam a parte (se houver).

Exemplos:

AGRANIONIH, N. T. A teoria da transposição didática e o processo dedidatização dos conteúdos matemáticos. Educere, Toledo, PR, v.1, n.1,p. 3-22, jan./jun.2001.

ODISSÉIA ecológica. Nova escola, São Paulo, v.10, n. 83, p. 28-29,

abr. 1995.

5.2.2.3.1 Artigo e/ou matéria de revista, boletim, etc. em meioeletrônico

Nestes casos, as referências devem obedecer aos padrõesindicados no item 5.2.2.3, acrescidas das informações relativas àdescrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, on-line,etc.). Quando se tratar de obras consultadas on-line, proceder comono item 5.2.1.2.

120 Elaboração das referências

Exemplo:

VIEIRA, C. L; LOPES, M. A queda do cometa. Neo Interativa, Rio deJaneiro, n.2, inverno 1994. CD-ROM.

SILVA, M. Crimes da era digital. Net, Rio de Janeiro, nov. 1998.Disponível em: <http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.

htm>. Acesso em: 28 nov. 1998.

5.2.2.4 Artigo e/ou matéria de jornal

Inclui comunicações, editorial, entrevistas, recensões, re-portagens, resenhas e outros. Os elementos essenciais são:AUTOR(ES) (se houver). Título.Título do jornal, local da publi-cação, data de publicação. Seção, caderno ou parte do jornal, e pa-ginação correspondente.

Exemplos:

BARELLI, Suzana. Alimento sobe e pressiona a inflação. Folha deSão Paulo, São Paulo, 5 jul. 1995. Segundo caderno, p. 6.

PREÇO da carne cai 205 na região oeste. Diário Catarinense,

Florianópolis, 5 jul. 1995. Economia, p. 15.

5.2.2.4.1 Artigo e/ou matéria de jornal em meio eletrônico

As referências devem obedecer aos padrões indicados paraartigo e/ou matéria de jornal, acrescidas das informações relativas àdescrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, on-line etc.)

Quando se tratar de obras consultadas on-line, também sãoessenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentadoentre os sinais < >, precedido da expressão Disponível em: a datade acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em:,opcionalmente acrescida dos dados referentes à hora, minutos esegundos.

121Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Exemplos:

SILVA, Inês Ganda da. Pena de morte para o nascituro. O Estado deS.Paulo, São Paulo, 19 set. 1998. Disponível em: <http:www.providafamilia.org/pena_morte_nascituro.htm>. Acesso em: 19set.1998.

ARRANJO tributário. Diário do Nordeste Online, Fortaleza, 27nov.1998. Disponível em:<http//www.diariodonordeste.com.br>.Acesso em: 28 nov.1998.

5.2.3 Publicações de eventos

5.2.3.1 Evento como um todo, impresso

Inclui o conjunto de documentos reunidos em um produtofinal do próprio evento (atas, anais, resultados, etc.). Para estes casosos elementos essenciais são:

NOME DO EVENTO, numeração (se houver), ano e local(cidade) de realização. Título do documento, dados do local depublicação, editora e data de publicação.

a) anais de congresso

Exemplos:

CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL,3., 1998, Paraná. Anais...Paraná: Unesco, 1998. 4v.

CONGRESSO BRASILEIRO DE PSICOPEDAGOGIA, 6.,CONGRESSO LATINO AMERICANO DE PSICOPEDAGOGIA, 2.,ENCONTRO BRASILEIRO DE PSICOPEDAGOGOS, 10., 2003, SãoPaulo. Anais... São Paulo: Associação Brasileira de Psicopedagogia,

2003.

b) resumos de encontros

Exemplo:

CONGRESSO BRASILEIRO DE QUÍMICA, 39., 1999, Goiânia. Livrode resumos. Goiânia: Assoc. Bras. de Química, 1999.

122 Elaboração das referências

c) proceedings de encontro

Exemplo:

WORKSHOP ON VIRTUAL REALITY, 3., 2000, Gramado.Proceedings…Porto Alegre: SBC, 2000.

5.2.3.2 Evento como um todo em meio eletrônico

Segue o padrão anterior, acrescido das informações relati-vas à descrição física do meio eletrônico (CD-ROM, via internet,etc.)

Exemplos:

SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS,12., 2002, Recife. Anais eletrônicos...Recife: UFPE, 2002. 1 CD-ROM.

CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA EDOCUMENTAÇÃO, 19., 2000, Porto Alegre. Anais eletrônicos...Porto Alegre: ARB, 2000. Disponível em: <http://embauba.ibitct.br/cbbd2000/>. Acesso em: 9 out. 2002.

5.2.3.3 Trabalho apresentado em evento

Inclui trabalhos apresentados em evento (parte do evento).Elementos essenciais:

AUTOR (es). Título do trabalho apresentado. In: NOMEDO EVENTO, numeração do evento (se houver), ano e local (ci-dade) de realização. Título do documento, local, editora, data depublicação, página inicial e final da parte referenciada.

Exemplo:

BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo emSGBD orientado a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCODE DADOS, 9., 1994, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 1994. p.16-29.

123Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Para trabalhos apresentados em evento em meio eletrôni-co, seguem os mesmos padrões, acrescidos das informações relati-vas à descrição física do meio eletrônico.

Exemplos:

GUNCHO, M.R.A. A educação à distância e a biblioteca universitá-ria. In: SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10.,1998, Fortaleza. Anais... Fortaleza: TecTreina, 1998. 1 CD-ROM.

MONTEIRO, Luís. Do papel ao monitor: possibilidades e limitaçõesdo meio eletrônico. In: CONGRESSO BRASILEIRO DECOMUNICAÇÃO, 24., Campo Grande. Anais eletrônicos... CampoGrande: Intercom, 2001. Disponível em: <http://www.interrcom.org.br/papers/xxiv-ci/pp04/NP4MONTEIRO.pdf>.Acesso em: 31 out. 2001.

5.2.4 Documentos jurídicos

Incluem legislação, jurisprudência (decisões ou sentençasjudiciais: acórdão, apelação, hábeas-corpus, súmula e outros) e dou-trina (interpretação dos textos legais).

5.2.4.1 Legislação

Compreende: a Constituição, as ementas constitucionais eos textos legais infraconstitucionais (lei complementar e ordinária,medida provisória, decreto em todas as suas formas, resolução doSenado Federal) e normas emanadas das entidades públicas eprivadas (ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, ins-trução normativa, comunicado, aviso, circular, decisão administra-tiva, entre outros).

- Elementos essenciais: jurisdição (ou cabeçalho da enti-dade no caso de se tratar de normas), título, numeração,data e dados da publicação. Para Constituições e suasemendas inserir a palavra Constituição, entre o nome da

124 Elaboração das referências

jurisdição e o título, seguida do ano de promulgação, entreparênteses.

- De acordo com a necessidade, pode-se acrescentar ementa(resumo constante nos documentos jurídicos). Pode-seacrescentar, ao final da referência, notas relativas a ou-tros dados necessários para identificar o documento.

a) constituição Federal

JURISDIÇÃO. Constituição (ano da promulgação). Título. Lo-cal de publicação: Editora, ano.

Exemplo:

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativado Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

b) emenda Constitucional

Exemplo:

BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº. 25, de 14 defevereiro de 2000. Altera o inciso VI do art. 29 e acrescenta o art. 29-Aà Constituição Federal, que dispõem sobre limites de despesas com oPoder Legislativo Municipal. Lex: coletânea de legislação e jurispru-dência: legislação federal e marginalia, São Paulo, v. 64, n. 2, p. 836-

838, fev.2000.

c) medida Provisória

JURISDIÇÃO. Medida provisória número, dia, mês e ano. Emen-ta. Dados da publicação conforme o tipo de documento.

Exemplo:

BRASIL. Medida provisória nº. 1925-14, de 16 de novembro de 2000.Dispõe sobre a cédula de crédito bancário. Diário Oficial [da]República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 17

nov. 2000. Seção 1, p. 1.

125Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

d) decreto

Exemplo:

BRASIL. Decreto nº. 3.624, de 5 de outubro de 2000. Dispõe sobre aregulamentação do Fundo de Universalização dos Serviços deTelecomunicações – Fust, e dá outras providências. Lex: coletânea delegislação e jurisprudência: legislação federal e marginalia, São Paulo,

v. 64, n. 10, p. 4470-4474, out. 2000.

e) resolução do Senado

Exemplo:

BRASIL. Congresso. Senado. Resolução nº. 63, de 2000. DiárioOficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 13 nov.

2000. Seção 1, p.1.

f) consolidação de Leis

Exemplo:

BRASIL. Consolidação das Leis da Previdência Social: decreto nº

77.077, de 24 de janeiro de 1976. 17 ed. São Paulo: Atlas, 1976. 656 p.

g) código

Exemplo:

BRASIL. Código de processo penal interpretado: referências,doutrinas, indicações legais, resenha jurisprudencial. 9 ed. Atual. São

Paulo: Atlas, 2002. 1896 p. ISBN 8522430063.

5.2.4.2 Jurisprudência (decisões judiciais)

Compreende: súmulas, enunciados, acórdãos, sentenças edemais decisões judiciais.

- Elementos essenciais: jurisdição e órgão judiciário com-petente, título (natureza da decisão ou ementa) e número,

126 Elaboração das referências

partes envolvidas (se houver), relator, local, data e dados dapublicação.

- Quando necessário, pode-se acrescentar à referência, infor-mações complementares.

a) apelação Civil

Exemplo:

FAXINAL DO SOTURNO. Câmara Cível, 1. Ação Pública e matériatributária. Legitimidade do Ministério Público. Reajuste do IPTU.Índice inflacionário de 1994 pelo IGP-M. Taxas de iluminação pública,de coleta de lixo, de limpeza e de conservação de vias e logradourospúblicos. Apelação Cível nº. 197121817. Apelante: Município deFaxinal do Suturno. Apelado: Ministério Público. Relator: IrineuMariani. Porto Alegre, 23 de setembro de 1998. Revista dos Tribunaisdo Rio Grande do Sul, Porto Alegre, v. 35, n. 198, p. 247-258, fev.2000.

b) Hábeas-Corpus

Exemplo:

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Hábeas corpus nº 13338 da 6ªCâmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grade do Sul, Brasília,DF, 10 de outubro de 2000. Diário da Justiça, Brasília, DF, 20 nov.2000, p. 318.

c) súmula

Exemplo:

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 200. O juízo federalcompete para processar e julgar acusado de crime de uso de passaportefalso e do lugar onde o delito se consumou. In: Revista do Tribunalde Justiça, Brasília, DF, v. 10, n. 101, p. 497, 1998. Julgamento 22 deoutubro de 1997.

127Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

5.2.4.3 Doutrina

Inclui toda e qualquer discussão técnica sobre questões legais(monografias, artigos de periódicos, papers, etc.), referenciadas con-forme o tipo de publicação.

Exemplo:

BARROS, Raimundo Gomes de Ministério Público: sua legitimaçãofrente ao Código do Consumidor. Revista Trimestral de Jurisprudên-cia dos Estados. São Paulo, v. 19, n.139, p. 53-72, ago. 1995.

5.2.4.4 Documento jurídico em meio eletrônico

As referências devem obedecer aos padrões indicados paradocumento jurídico, acrescidas das informações relativas à descri-ção física do meio eletrônico. Documento jurídico acessado naInternet deve apresentar os dados: Disponível em: <endereço ele-trônico>. Acesso em: data de acesso, conforme já referido no item5.2.1.2.

a) legislação

Exemplo:

BRASIL. Lei nº 9.994, de 24 de julho de 2000. Institui o Programa dedesenvolvimento Científico e Tecnológico do Setor Espacial, e dáoutras providências. Diário Oficial [da] República Federativa doBrasil, Brasília, DF, 25 jul. 2000. Disponível em: <http://www.in.gov.br/mp-leis/leis_texto.asp?id=9994>. Acesso em: 8 jan. 2001.

b) súmula em homepage

Exemplo:

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n° 236. Não competeao Supremo Tribunal de Justiça dirimir conflitos de competência entrejuízes trabalhistas vinculados a Tribunais do Trabalho diversos.Disponível em: <http://www,stj.gov.br/netahtml/indexsumu.html>.Acesso em: 29 jan. 2001.

128 Elaboração das referências

c) súmula de revista eletrônica

Exemplo:

BRASIL. Supremo Tribunal de Justiça. Súmula nº 194. Precreve emvinte anos a ação para obter, do construtor, indenização por defeitos daobra. Julgamento: 24 de setembro de 1997. RSTJv. 1001 PG00305.Jurinforma: jurisprudência on-line. Disponível em: <http://www.jurinforma.com.br/sumulas.html>. Acesso em: 28 nov. 2000.

d) documento jurídico em outro meio eletrônico

Exemplo:

BRASIL. Regulamento dos benefícios da previdência social. In:SISLEX: Sistema de Legislação, Jurisprudência e Pareceres daPrevidência e Assistência Social. [S.I.]: DATAPREV, 1999. 1 CD-ROM.

5.2.5 Imagem em movimento

Inclui filmes, videocassetes, DVD, entre outros. Elemen-tos essenciais:

TÍTULO. Diretor. Produtor. Local: produtora, data. Especifi-cação do suporte em unidades físicas.

a) videocassete

Exemplo:

A ECONOMIA BRASILEIRA. Direção: Fernando Lima. Produção:José da Silva. São Paulo: BURAVANI, 2002. 1 videocassete.

b) filme de longa metragem em DVD

Exemplo:

COLOR Purple. Direção e Produção: Steven Spielberg.Los Angeles:Warner Brothers, 1999. 1 DVD.

129Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

5.2.6 Documento iconográfico

Inclui pintura, gravura, ilustração, fotografia, desenho técnico,transparência, diapositivo, diafilme, material esterográfico, cartaz, en-tre outros. Elementos essenciais:

AUTOR. Título. Data. Especificação de suporte.

Quando não existir título deve-se atribuir uma denominação ouindicação: [Sem título].

a) fotografia em papel

Exemplo:

KOBAYASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia.

b) conjunto de transparências

Exemplo:

BERG, Linda R. Introductory botany: plants, people and enviroment.Philadelphia: Harcourt, 1997. Transparências.

c) desenho técnico

Exemplo:

DUFFLOTH, L. F. Prédio do centro de visitantes do ParqueMunicipal Longines Malinowski. nov. 2001. 1 planta em 6 fls.

d) fotografia publicada em jornal

Exemplo:

FRANCIOSI, Adriana. [Sem título]. Zero Hora, Porto Alegre, p. 4, 28nov. 2000. 1 fotografia.

130 Elaboração das referências

e) documento iconográfico em meio eletrônico:

As referências devem obedecer aos padrões indicados anteriormente,acrescidas das informações relativas à descrição física do meio ele-trônico.

Exemplo:

GEDDES, Anne. GEDDES 135. jpg. 2000. 1 disquete.

5.2.7 Documento cartográfico

Inclui atlas, mapas, globo, cartas temáticas, ortofotocartas,cartas aerofotogramétricas, fotografia aérea, imagens de satélite, entreoutros. As referências devem obedecer aos padrões indicados paraoutros tipos de documentos, quando necessário. Elementos essenciais:

AUTOR (es). Título. Local: editora, data de publicação.Designação específica. Escala.

a) atlas

Exemplo:

SANTOS, E. Atlas geográfico do Rio Grande do Sul. Porto Alegre:Sulina, 2000. 1 atlas. Escalas variam.

b) cartas temáticas

Exemplo:

DSG (DIRETORIA DO SERVIÇO GEOGRÁFICO DO EXÉRCITOBRASILEIRO). Cartas topográficas. Porto Alegre: DSG, 1979.Folhas: Erechim MI-2902/4 e Gaurama MI-2902/2. Escala 1:50.000.

c) fotografia aérea

Exemplo:

AGRITEC (Curitiba). Plano Diretor do Município de Erechim. Erechim,1989. 1 fotografia aérea. Escala 1: 10.000.

131Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

d) mapas

Exemplo:

SANTA CATARINA. Departamento de Geografia e Estatística. Estadode Santa Catarina. [Florianópolis]: Departamento de Geografia e

Estatística, 1972. 1 mapa. Escala 1:2.000.000.

Para os documentos cartográficos em meio eletrônico, asreferências devem obedecer aos padrões indicados anteriormente,acrescidas das informações relativas à descrição física do meio ele-trônico.

Exemplo:

ESTADOS UNIDOS. National Oceanic and AtmosphericAdministration. GOES-08: VIS. 06 dez. 2000, 10:39Z. São Paulo:Laboratório de Meteorologia Aplicada a Sistemas de Tempo Regionaisdo Departamento de Ciências Atmosféricas do Instituto Astronômico eGeofísico da Universidade de São Paulo. 1 imagem de satélite.Disponível em: <http://orion.cpa.unicamp.br.> Acesso em: 6 dez. 2000.

5.2.8 Documento tridimensional

Inclui esculturas, maquetes, objetos e suas representações(fósseis, esqueletos, objetos de museu, animais taxidermizados,exsicatas, monumentos, entre outros). Elementos essenciais:

AUTOR (es). Título. Data. Especificação do objeto.

Referenciar autor (es), quando for possível identificar o cria-dor artístico do objeto. Quando o título não existir, deve-se atribuira denominação, ou a indicação [Sem título]

a) Escultura

Exemplo:

DUCHAMP, Marcel. Escultura para viajar. 1918. 1 escultura variável.

132 Elaboração das referências

b) maquete

Exemplo:

ZANIN, Nauira. Parque Municipal Longines Malinowski. 2003. 1maquete.

5.2.9 Patente

a) registro de patente

AUTOR. Título da invenção. Número da patente, data.

Exemplo:

HOFFMAMM, K.; HERBST, H.; PFAENDNER, R. Processo paraestabilização de pead. BR n. 9507145-8A, 2 set. 1997.

b) patente publicada em periódico

ENTIDADE. Autor.Título da invenção. Número da patente,Data. Indicação da publicação onde foi publicada a patente.

Exemplo:

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Cheu-Shang Chang.Implemento de múltiplo uso para preparo do solo. BR n. PI 8905034,29 set. 1989. Revista da Propriedade Industrial, Brasília, DF, v. 18,n. 1033, p. 1, 18 set. 1990.

c) patente em meio eletrônico

AUTOR. Título da invenção. Número da patente. Data. Dispo-nível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: data.

Exemplo:

SWAN, Paul; DANDO, Kyle F.; IRVINE, Brian; ETCHISON,Stephen. Barcode module for an automated data storage library. US6085975, 11 jul. 2000. Disponível em:<http://12.espacenet.com/dips/bnsviewer?CY=es&LG=es&DB=EPD&PN=US6085975&ID=US+++6085975A1+I+>.Acesso em: 7 mar.2001.

133Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

5.2.10 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico

Inclui base de dados, listas de discussões, BBS (Site), arquivosem disco rígido, programas, conjuntos de programas e mensagens ele-trônicas, entre outros. Elementos essenciais:

AUTOR (es). Título do serviço ou produto. Versão (se hou-ver). Descrição física do meio eletrônico.

No caso de arquivos eletrônicos, acrescentar a respectivaextensão à denominação atribuída ao arquivo.

a) banco de dados

Exemplo:

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Basede dados da pesquisa agropecuária. Campinas: EMBRAPA, 1997. 1CD-ROM.

b) softwares (programas eletrônicos)

Exemplo:

CLARK UNIVERSITY LABS. IDRISI 32. Worcester, USA, 1999. 1CD-ROM.

c) lista de discussão

Exemplo:

BIB_VIRTUAL. GT Biblioteca Virtual do IBICT. Disponível em:<[email protected]>. Acesso em: 27 maio 1998.

d) home page institucional

Exemplo:

URI. Home page <http://www.uri.com.br> Acesso em: 20 jun. 2005.

134 Elaboração das referências

e) e-mail

Exemplo:

ALMEIDA, M. P. S. Fichas para MARC [mensagem pessoal].Mensagem recebida por <[email protected]> em 12 jan. 2002.

Obs: Cabe uma nota importante para estes casos, conforme a ABNT: men-sagens que circulam por correio eletrônico devem ser referenciadassomente quando não se dispuser de nenhuma outra fonte para abor-dar o assunto em discussão. Estas mensagens têm caráter informal,interpessoal e efêmero, desaparecendo rapidamente, não sendo, por-tanto, recomendável seu uso como fonte científica.

5.2.11 Documento sonoro

Inclui disco, CD (compact disc), fita cassete, fita magnéti-ca de rolo, entre outros.

5.2.11.1 Documento sonoro considerado no todo

Elementos essenciais: COMPOSITORES ou INTÉRPRE-TES. Título. Local: Gravadora, data e especificação do suporte emcaracterísticas físicas.

a) CD (vários compositores e intérpretes)

Exemplo:

FESTIVAL clássico. Madrid: Ediciones Del Prado, c1994. 1 CD (63 min).

b) long play (um intérprete e vários compositores)

Exemplo:

NUNES, Clara. Sucessos de ouro. São Bernardo do Campo: EMIOdeon, p1977. 1 disco sonoro (37min), 33 1/3 rpm, estéreo, 12 pol.

135Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

c) CD (um intérprete e vários compositores)

Exemplo:

LISBOA, Nei. Hi-fi. São Paulo: Paradoxx Music, 1998. 1 CD (45 min).Gravado ao vivo no Theatro São Pedro em Porto Alegre, em 28-29 abr.

e 20-21 jun. 1998.

d) fita cassete

Exemplo:

PINK FLOYD. The final cut. Rio de Janeiro: CBS, 1983. 1 fitacassete (60 min), 3 ¾ pps., estéreo.

e) entrevista gravada

Exemplo:

RAUCH, Norberto Francisco. Depoimento do Magnífico Reitor daPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul [27dez.2000]. Entrevistadora: Magda Achutti. Porto Alegre: PUCRS,2000. 1 fita cassete sonora (45 min), 3 ¾ pps., estéreo. Entrevistaconcedida ao PUCRS Informação.

5.2.11.2 Documento sonoro em parte

Inclui partes e faixas de documentos sonoros.

Elementos essenciais: COMPOSITORES ou INTÉRPRE-TES DA PARTE OU FAIXA DE GRAVAÇÃO. Título, seguidosda expressão In: e da referência do documento sonoro no todo. Nofinal da referência, deve-se informar a faixa ou outra forma de in-dividualizar a parte referenciada.

a) Faixa de long play

Exemplo:

KLEITON; KLEIDIR, Lagoa dos Patos. In: ________. Kleiton & Kleidirao vivo. Direção artística. Mazola. São Paulo: Ariola, p1982. 1 disco sonoro(36 min), 33 1/3 rpm, estéreo., 12 pol. Lado 1, faixa 2 (3 min 20s).

136 Elaboração das referências

b) faixa em CD

Exemplo:

GERS, I.; HARRIS, S. Dream of mirros. Intérprete: Iron Maiden. In:IRON MAIDEN. Brave new world. [S.1]: Zomba Music, p2000. 1CD (66 min 57 s). Faixa 6 (9 min 21 s).

5.2.12 Partitura

Descrição gráfica de todas as partes vocais e instrumentaisde uma composição.

Elementos essenciais: AUTOR(ES). Título. Local: Edito-ra. Data e designação específica e instrumento a que se destina.

Exemplo:

GALLET, Luciano (ORG.) Canções populares brasileiras. Rio deJaneiro: Carlos Wehns, 1851. 1 partitura (23p.) Piano.

5.2.13 Outros materiais

a) bula

Exemplo:

EFORTIL: gotas. Responsável técnico Laura M. S. Ramos. Itapeciricada Serra, SP: Boehringer Ingelhein do Brasil, 2003. Bula de remédio.

b) cartão postal

Exemplo

MARAVILHA cidade das crianças. Chapecó: Grafisel, {19—}. 1cartão postal, color., 10 cm x 15 cm.

137Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

c) folder

Exemplo:

CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA, 54., 2005, Curitiba.[Programa]. Curitiba: SBB, 2005. 1 folder.

d) entrevistas

Entrevistas não publicadas

Exemplo:

CAMPOS, R. Entrevista concedida a Wilmar D’Angelis. Porto alegre,13 jul. 1987.

Nota: no título omite-se o nome do entrevistador, quando ele é o autor dotrabalho. Quando a entrevista é concedida em função do cargo ocupa-do pelo entrevistado, acrescenta-se o cargo, a instituição.

Entrevistas publicadas

Exemplo:

PICHON RIVIÉRE, Joaquim. Psicólogos sociais na Argentina. Grifos,Chapecó, n. 2, ago. 1995. Entrevista.

Nota: Se o entrevistador for importante para o trabalho, pode-se indicar o seunome após a nota de entrevista. Se a palavra entrevista figurar no títu-lo, deve-se omitir a nota de entrevista.

e) convênios

A entrada é pelo nome da Instituição que figura em primeirolugar no documento. O Local é designativo da cidade onde estásendo executado o convênio.

Exemplo:

FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL. Convênio de cooperaçãofinanceira que, entre si, celebra a Fundação Banco do Brasil e aUniversidade do Oeste de Santa Catarina. Joaçaba, 2 set. 1991.

138 Elaboração das referências

f)atas de reuniões

Exemplo:

UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAIE DAS MISSÕES. Colegiado do Departamento de Ciências Biológi-cas, Erechim. Ata da sessão realizada no dia 15 de dezembro de2004. Livro 1, p. 68-69.

g) documentos de arquivos

Exemplo:

FIGUEIREDO, Luiz Pinto de. Notícia do Continente deMoçambique e abreviada do seu comércio. Lisboa, 1 dez. 1773.Arquivo Nacional da Torre do Tombo, março, 604.

h) palestras, notas de aula, cartas e outros

Seguir as normas para monografias. Indicar em nota a origemdo documento

Exemplos:

SANTOS, José Eduardo. O papel do biólogo na conservação dabiodiversidade. Palestra proferida na aula inaugural do Curso deCiências biológicas da URI, Erechim, 28 set. 2004.

CAVALHEIRO, Felisberto. Áreas verdes urbanas. Notas de aula, dadisciplina de Planejamento Físico do Meio Ambinete, Erechim, 26 jun.1999.

i) normas técnicas

Exemplo:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR6023: Informação e documentação: referências: elaboração. Rio deJaneiro, 2000.

j) bíblia

Exemplo:

BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Trad. Centro Bíblico Católico. 34ed. Ver. São Paulo: Ave Maria, 1982.

139Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

5.3 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS PARAREFERENCIAR OBRAS

5.3.1 Autoria

5.3.1.1 Autor pessoal

Para a transcrição da forma correta de entradas de nomespessoais e/ou entidades, nomes compostos, estrangeiros, etc.; de-vem ser utilizadas as fontes adequadas: Código de CatalogaçãoAnglo-Americano vigente, catálogos de bibliotecas, obras de refe-rência, etc.

a) quando a obra tem um autor, a entrada é feita pelo sobrenomeseguido do(s) prenome(s) escrito(s) por extenso ou apenas as ini-ciais.

Exemplos:

ALVES, Roque de Brito. Ciências criminal. Rio de Janeiro: Forense,1995.

PRADO JÚNIOR, C. Evolução política do Brasil: Colônia e Império.13. ed. São Paulo: Brasiliense, 1983.

b) quando a obra tem até três autores, os três são mencionados naentrada, na ordem em que aparecem na publicação, separadospor ponto-e-vírgula, seguido de espaço.

Exemplos:

PASSOS, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber:matemática. São Paulo: Scipione, 1995.

TUGENDHAT, E.; WOLF, U. Propedêutica lógico-semântica.Petrópolis: Vozes, 1997.

140 Elaboração das referências

c) quando há mais de três autores, indica-se o primeiro seguido daexpressão et al.

Exemplos:

URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidadesocial para o Brasil. Brasília, DF: IPEA, 1994.

FAVERO, Hamilton Luiz et al. Contabilidade: teoria e prática. SãoPaulo: Atlas, 1997. v.2.

Em casos específicos (projetos de pesquisa científica, indi-cação da produção científica em relatórios para órgãos de finan-ciamento, etc.), nos quais a menção dos nomes for indispensávelpara certificar a autoria, é facultado indicar todos os nomes.

d) quando há indicação explícita de responsabilidade pelo conjun-to da obra, em coletâneas de vários autores, a entrada deve serfeita pelo nome do responsável, seguida da abreviação, no sin-gular, do tipo de participação (organizador, compilador, editor,coordenador, etc.), entre parênteses.

Exemplo:

FERREIRA, L.P. (Org.). O fonoaudiólogo e a escola. São Paulo:Summus, 1991.

MARCONDES, E.; LIMA, I.N. de (Coord.) Dietas em pediatriaclínica. 4. ed. São Paulo: Sarvier, 1960.

5.3.1.2 Pseudônimo

No caso de obra publicada sob pseudônimo, este deve seradotado na referência, desde que seja usado pelo autor.

Exemplo:

TAHAN, Malba. O homem que calculava. 28. ed. Rio de Janeiro:Record, 1984. 218p.

141Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

5.3.1.3 Outros tipos de responsabilidade (tradutor, revisor, ilustradorentre outros)

Nestes casos podem ser acrescentados após o título, confor-me aparecem no documento. Para obras com mais de três nomes exer-cendo o mesmo tipo de responsabilidade, indicar somente o primeiroseguido da expressão et al.

Exemplo:

DANTE ALIGHIERI. A divina comédia. Tradução, prefácio e notas:Hernani Donato. São Paulo: Círculo do Livro, [1983]. 344p.

CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos.Tradução Vera da Costa e Silva et al. 3. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro:J. Olympio, 1990.

MOUSSALLE, Sérgio et al. Guia prático de otorrinolaringologia:anatomia, fisiologia e semiologia. Ilustrações de Antônio Manuel deBorba Júnior. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1997. 165p., il.

5.3.1.4 Autor entidade

a) As obras de responsabilidade de entidade (órgãos governamen-tais, instituições, organizações, empresas, congressos, etc.) têmentrada pelo seu próprio nome, por extenso.

Exemplo:

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Catálogo de Teses daUniversidade de São Paulo, 1992. São Paulo, 1993.

b) Quando a entidade for coletiva e possuir uma denominação ge-nérica, seu nome é precedido pelo nome do órgão superior oupelo nome da jurisdição geográfica à qual pertence.

Exemplo:

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais.Brasília, 1997.

142 Elaboração das referências

c) Quando a entidade for coletiva e possuir uma denominação especí-fica que a identifica, a entrada é feita diretamente pelo seu nome.Em caso de duplicidade de nomes, deve-se acrescentar no final aunidade geográfica que identifica a jurisdição, entre parênteses.

Exemplo:

FUNDAÇÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Carvões mineraisdo Brasil. Porto Alegre, 1980.

5.3.1.5 Autoria desconhecida

No caso de autoria desconhecida a entrada é feita pelo título.O termo anônimo não deve ser usado em substituição ao nome doautor desconhecido.

Exemplo:

DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro. São Paulo: CâmaraBrasileira do Livro, 1993. 64 p.

5.3.2 Título e subtítulo

a) O título e o subtítulo (se for usado) devem ser reproduzidos comofiguram no documento, separados por dois pontos.

Exemplo:

ZAKRZEVSKI, Sônia B. (Org.) A Educação Ambiental na escola:abordagens conceituais. Erechim: Edifapes, 2003.

b) Em títulos e subtítulos demasiadamente longos, podem ser su-primidas as últimas palavras, desde que não seja alterado o sen-tido. A supressão deve ser indicada por reticências.

143Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Exemplo:

GONSALVES, Paulo Eiró (Org.). A criança: perguntas e respostas:médicos, psicólogos, professores ... Prefácio do Prof. Dr. Carlos daSilva Lacaz. São Paulo: Cultrix, Ed. da USP, 1971.

c) Quando o título estiver em mais de uma língua, registra-se o pri-meiro. Opcionalmente, registra-se o segundo ou o que estiverem destaque, separando-o do primeiro pelo sinal de igualdade.

Exemplo:

REVISTA BRASILEIRA DE ENGENHARIA BIOMÉDICA =BRAZILIAN OF BIOMEDICAL ENGINERING. Rio de Janeiro:SBEB, 1999-. Quadrimestral.

d) Quando se referenciam periódicos no todo (toda coleção), ouquando se referencia integralmente um número ou fascículo, otítulo deve ser o primeiro elemento da referência e transcrito emletras maiúsculas.

Exemplo:

GEOGRÁFICA UNIVERSAL. Rio de Janeiro: Block, 1974 – 1999.

e) No caso de periódico com título genérico, incorpora-se o nomeda entidade, autora, ou editora, que se vincula ao título por umapreposição entre colchetes.

Exemplo:

BOLETIM GEOGRÁFICO [do] IBGE. Rio de Janeiro, 1943 – 1978.

f) Caso haja necessidade de abreviar os títulos de um periódico,esta deve ser feita conforme a NBR 6032 (1989).

Exemplo:

CUENCA, Ângela Maria Belloni. Capacitação no uso das basesMedline e Lilacs: avaliação de conteúdo, estrutura e metodologia. Ci.Inf., Brasília, DF, v. 28, n. 3, p. 338-344, set./dez. 1999.

144 Elaboração das referências

g) Na ausência de título deve-se acrescentar uma palavra ou frase queidentifique o conteúdo do documento entre colchetes.

Exemplo:

SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AQUICULTURA, 1., 1978, Recife.[Trabalhos apresentados]. Rio de Janeiro: Academia Brasileira deCiências, 1980.

5.3.3 Edição

a) Quando houver uma indicação de edição, esta deve ser transcri-ta, utilizando-se abreviaturas dos numerais ordinais e da palavraedição, ambas na forma adotada na língua do documento. Sehouver emendas e acréscimos à edição, devem ser indicados deforma abreviada.

Exemplos:

PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. 6. ed. Rio de Janeiro: L.Cristiano, 1995.

DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil. 6. ed. aum. e atual. SãoPaulo: Saraiva, 1991.

b) Em documentos eletrônicos (CD-ROM, disquete, on-line e ou-tros), considerar a versão como edição e transcrevê-la como tal.

Exemplo:

ASTROLOGY source. Version 1.0 A Seattle. Multicom Publishing,c1994. 1 CD-ROM.

5.3.4 Local

a) O nome do local (cidade) de publicação deve ser indicado talcomo figura no documento.

145Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Exemplo:

ZANI, R. Beleza, saúde e bem estar. São Paulo: Saraiva, 1995.

b) No caso de homônimos de cidades, acrescenta-se o nome doEstado, do país, etc.

Exemplo:

Viçosa, AL

Viçosa, MG

Viçosa, RJ

c) Quando houver mais de um local para uma só editora, indica-seo primeiro ou o mais destacado.

Exemplos:

CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração. 2. ed. SãoPaulo: McGraw-Hill, 1976.

Na obra: São Paulo, Rio de Janeiro, Lisboa, Porto,Bogotá, BuenosAires, Guatemala, Madrid, México, New York, Panamá, San Juan,Santiago.

d) Quando a cidade não aparece no documento, mas pode seridentificada, indica-se entre colchetes.

Exemplo:

LAZZARINI NETO, Sylvio. Cria e recria. [São Paulo]: SDFEditores, 1994.

e) Não sendo possível determinar o local, utiliza-se a expressãosine loco, abreviada, entre colchetes [S.I.]

Exemplo:

OS GRANDES clássicos das poesias líricas. [S.I.]: Ex Libris, 1981.

146 Elaboração das referências

5.3.5 Editora

a) O nome da editora deve ser indicado como figura no documento,abreviando-se os prenomes e suprimindo-se as palavras que desig-nam a natureza jurídica ou comercial.

Exemplo:

SATO, Michèle; SANTOS, José Eduardo (Org.) A contribuição daEducação Ambiental à Esperança de Pandora. São Carlos: Rima, 2001.

b) Quando houver duas editoras, indicam-se ambas, com seus res-pectivos locais (cidades). Se as editoras forem três ou mais, in-dica-se a primeira ou a que estiver em destaque.

Exemplo:

ALFONSO-GOLFARB, Ana Maria; MAIA, Carlos A. (Coord.).História da ciência. O mapa do conhecimento. Rio de Janeiro:Expressão e Cultura; São Paulo: EDUSP, 1995.

c) Quando a editora não puder ser identificada, deve-se indicar aexpressão sine nomine, abreviada, entre colchetes [s.n.].

Exemplo:

FRANCO, I. Discursos: de outubro de 1992 a agosto de 1993.Brasília, DF: [s.n.], 1993.

d) Quando o local e o editor não puderem ser identificados na pu-blicação, utilizam-se as expressões, abreviadas e entre colche-tes [S.I.: s.n.].

Exemplo:

GONÇALVES, F. B. A história do Mirador. [S.I.: s.n.], 1993.

147Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

e) Quando a editora é a mesma instituição ou pessoa responsável pelaautoria e já tiver sido mencionada, não é indicada.

Exemplo:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Catálogo de graduação,1994 - 1995. Viçosa, MG, 1994.

5.3.6 Data

a) A data da publicação deve ser indicada em algarismos arábicos

Exemplo:

LEITE, C. B. O século do desempenho. São Paulo: Ltr, 1994.

b) Se nenhuma data de publicação, distribuição, impressão, puderser determinada, registra-se uma data aproximada entre colche-tes, conforme indicado.

Exemplo:

[1971 ou 1972] um ano ou outro[1969?] data provável[1973] data certa não indicada no item[entre 1906 e 1912][ca. 1960] data aproximada[197-] década certa

[197?] década provável

Exemplo:

FLORENZANO, Everton. Dicionário de idéias semelhantes. Rio deJaneiro: Ediouro, [1993].

c) Nas referências de vários volumes de um documento, produzi-dos em um período, indicam-se as datas mais antiga e mais re-cente da publicação, separadas por hífen.

148 Elaboração das referências

Exemplo:

RUCH, Gastão. História geral da civilização: da Antiguidade ao XXséculo. Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1926-1940. 4 v.

d) Em listas e catálogos, para as coleções de periódicos em cursode publicação, indica-se apenas a data inicial seguida de hífen eum espaço.

Exemplo:

GLOBO RURAL. São Paulo: Rio Gráfica, 1985. Mensal.

e) Em caso de publicação periódica, indicam-se as datas inicial efinal do período de edição, quando se tratar de publicação en-cerrada.

Exemplo:

DESENVOLVIMENTO & CONJUNTURA. Rio de Janeiro:Confederação Nacional da Indústria, 1957-1968. Mensal.

f) Os meses devem ser indicados de forma abreviada, no idiomaoriginal da publicação, conforme apresentados no Anexo A.

Exemplo:

ALCARDE, J. C.; RODELLA, A. A. O equivalente em carbonato decálcio dos corretivos da acidez dos solos. Scientia Agrícola.Piracicaba, v. 53, n. 2/3, p. 204-210, maio/dez. 1996.

g) Caso a publicação indicar, em lugar de meses, as estações doano ou as divisões do ano em trimestres, semestres, etc., trans-crevem-se os primeiros tais como figuram no documento e abre-viam-se os últimos.

Exemplo:

BAUMANN-HÖLZE, Ruth. Sou contra. Beija Flor, São Paulo, ano15, n.50, p. 10, 3. trim. 2001.

149Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

5.3.7 Descrição física

Pode-se registrar o número da última página, folha ou colunade cada sequência, respeitando-se a forma encontrada (letras, algaris-mos romanos e arábicos).

Exemplo:

JAKUBOVIO, J.; LELLIS, M. Matemática na medida certa, 8.série: livro do professor. 2. ed. São Paulo: Scipione, 1994. 208, xxi p.

a) Quando o documento for constituído de apenas uma unidade física,ou seja, um volume, pode-se indicar o número total de páginas oufolhas, seguido da abreviatura p. ou f.

Exemplo:

PIAGET, Jean. Para onde vai a educação. 7. ed. Rio de Janeiro: J.Olympio, 1980. 500 p.

b) Quando o documento for publicado em mais de uma unidadefísica, ou seja, mais de um volume, pode-se indicar a quantida-de de volumes, seguida da abreviatura v.

Exemplo:

TOURINHO FILHO, F. C. Processo penal. 16 ed. Rev e atual. SãoPaulo: Saraiva. 1994. 4 v.

c) Quando o número de volumes bibliográficos diferir do númerode volumes físicos, indica-se primeiro o número de volumes bi-bliográficos, seguido do número de volumes físicos.

Exemplo:

CHEVALIER, Jacques. Leçons de philosophie. Paris: Arthaud, 1946.2 v. em 1.

150 Elaboração das referências

d) Quando se referenciam partes de publicações, mencionam-se osnúmeros das folhas ou páginas inicial e final, precedidos da abre-viatura f. ou p., ou indica-se o número do volume, precedido daabreviatura v., ou outra forma de individualizar a parte refe-renciada.

Exemplos:

AGRAMONTE, Roberto. El hombre y la sociedad. In:______.Sociologia. 5. ed. La Habana: Cultural, 1949. p. 21-39.

MALCON, César et al. Exame da cabeça e do pescoço. In: BARROS,Elvino et al. Exame clínico: consulta rápida. Porto Alegre: ArtesMédicas, 1999. p. 59-71.

e) Quando a publicação não for paginada ou a numeração de pági-nas for irregular, indica-se esta característica usando-se as se-guintes expressões: não paginado, paginação irregular, ou váriaspaginações.

Exemplo:

SISTEMA de ensino Tamandaré: sargentos do Exército e daAeronáutica. [Rio de Janeiro]: Colégio Curso Tamandaré, 1993. Nãopaginado.

5.3.8 Ilustrações

a) Podem-se indicar ilustrações de qualquer natureza pela abrevia-tura il.; para ilustrações coloridas, usar il. color.

Exemplos:

BATISTA, Z.; BATISTA, N. O foguete do Guido. Ilustrações deMarilda Castanha. São Paulo: Ed. do Brasil, 1992. 15p.,principalmente il. color.

CESAR, A. M. A bala e a mitra. Recife: Bagaço, 1994. 267 p. il.

151Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

5.3.9 Dimensões

a) Em listas de referências, pode-se indicar a altura do documentoem centímetros e, em caso de formatos excepcionais, também alargura. Quando houver frações, a medida deve ser arredondadapara mais,com exceção de documentos tridimensionais, cujasmedidas são dadas com exatidão.

Exemplo:

DUPRÉ, Judith. Skyscrapers. New York, NY: Black Dog Leventhal,1996. 127p. il., 46 cm x 20 cm.

5.3.10 Séries e coleções

a) Após todas as indicações sobre os aspectos físicos, podem serincluídas as notas relativas a séries e/ou coleções. Indicam-seentre parênteses, os títulos das séries e coleções, separados, porvírgula, da numeração, em algarismos arábicos, se houver.

Exemplos:

CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. São Paulo:Ática, 1994. 95 p. (Princípios, 243).

SARTORI, Giana Lisa Zanardo. Direito e bioética: o desafio dainterdisciplinaridade. Erechim/RS: EdiFAPES, 2001. 136 p.

5.3.11 Notas

a) Sempre que necessário à identificação da obra, devem ser incluí-das notas com informações complementares, ao final da refe-rência, sem destaque tipográfico.

152 Elaboração das referências

Exemplo:

MALAGRINO, W. et. al. Estudos preliminares sobre os efeitos debaixas concentrações de detergentes amiônicos na formação dobisso em Brachidontas solisianus. 1985. Trabalho apresentado ao 13ºCongresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Maceió,1985.

b) Em documentos traduzidos, pode-se indicar a fonte da tradu-ção, quando mencionada.

Exemplo:

SAINT-Exupéry, Antoine de. O pequeno príncipe. Tradução MarcosBarbosa. 48 ed. rev. Rio de Janeiro: Agir,2000. 95 p., il. Títulooriginal: Le petit prince.

c) No caso de tradução feita com base em outra tradução, indica-se, além da língua do texto traduzido, a do texto original.

Exemplo:

SAADI. O jardim das rosas... Tradução de Aurélio Buarque deHolanda. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1944. 124 p., il. (ColeçãoRubaiyat). Versão francesa de Franz Toussaint do original árabe.

d) As separatas devem ser transcritas como figuram na publicação

Exemplo:

MAKAV, A. B. Esperança de la educación hoy. Lisboa: J. Piaget, 1962.Separata de: MOORE, W. (Ed.). Construtivismo del movimientoeducacional: soluciones. Córdoba. AR: [s.n.], 1960. p. 309-340.

e) Nas teses, dissertações ou outros trabalhos acadêmicos devemser indicados em nota o tipo de documento (tese, dissertação,trabalho de conclusão de curso), o grau, a vinculação acadêmi-ca, o local e a data de defesa, mencionada na folha de aprovação(se houver).

153Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Exemplo:

PAGLIOSA, E. L. B. O traço nada inocente da charge: um estudosociocognitivo do texto de humor. 2004. 204 p. Trabalho de Conclusãode Curso (Doutorado)- Faculdade de Letras, Pontifícia UniversidadeCatólica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5862:Normas para datar. Rio de Janeiro, 1989.

________. NBR 6021: Periódicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

________. NBR 6022: Artigo em publicação periódica científica impres-sa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

________. NBR 6023: Referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

________. NBR 6024: Numeração progressiva das seções de um docu-mento. Rio de Janeiro, 2012.

________. NBR 6027: Sumário: apresentação. Rio de Janeiro, 2012.

________. NBR 6028: Resumos: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

________. NBR 6034: Preparação de índice de publicação. Rio de Janeiro,2005.

________. NBR 10520: Citações em documentos: apresentação. Rio deJaneiro, 2002.

________. NBR 10719: Apresentação de relatórios técnico-científicos.Rio de Janeiro, 2011.

________. NBR 14724: Trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Ja-neiro, 2011.

________. NBR 12225: Títulos de lombada: apresentação. Rio de Janeiro,2004.

158 Lista de referências

ANDRADE, M. A. Introdução à metodologia do trabalho científico.6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

DMITRUK, H.B. Cadernos metodológicos: diretrizes do trabalho cien-tífico. 8. ed. Chapecó: Argos, 2012.

Fundação IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janei-ro, 1994.

LAKATOS, E.M.; MARCONI, M. de A . Metodologia científica: ciênciae conhecimento científico, métodos científicos; teorias, hipóteses e va-riáveis. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996.

MARCONI, M. de A .; LAKATOS, E.M. Técnicas de pesquisa: planeja-mento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa,elaboração, análise e interpretação de dados. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

MEDEIROS, J. B. Redação científica: a prática de fichamentos, resu-mos, resenhas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

PLATÃO, F. S. e FIORIN, J.L. Para entender o texto: leitura e reda-ção. 2. ed. São Paulo: Ática, 1991.

SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia. 10. ed. São Paulo:Martins Fontes, 2001.

SEVERINO, A . J. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. eampl. de acordo com a ABNT. São Paulo: Cortez, 2002.

SIQUEIRA, J.H S. de.. O texto: movimentos de leitura, táticas de produ-ção, critérios de avaliação. São Paulo: Selinunte, 1990.

SPECTOR, N. Manual para a redação de teses, projetos de pesquisae artigos científicos. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

UFPR – UNIVERSIDADE FERDERAL DO PARANÁ. Sistema de Bi-bliotecas. Normas de apresentação de trabalhos. 7. ed. Curitiba: UFPR,2002.

ANEXOS

ANEXO A - ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA

ENVOLVENDO SERES HUMANOS E ANIMAIS

Estudos realizados com seres humanos devem estar de

acordo com os padrões éticos constantes na Resolução 196/96, do

Conselho Nacional de Saúde, que trata do “Código de Ética para

Pesquisas em Seres Humanos”.

163Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE

RESOLUÇÃO Nº 196, de 10 de outubro de 1996 *

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua Quinquagésima NonaReunião Ordinária, realizada nos dias 09 e 10 de outubro de 1996, no uso de suascompetências regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19 desetembro de 1990, e pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, RESOLVE:

Aprovar as seguintes diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisasenvolvendo seres humanos:

I - PREÂMBULOA presente Resolução fundamenta-se nos principais documentos inter-

nacionais que emanaram declarações e diretrizes sobre pesquisas que envol-vem seres humanos: o Código de Nuremberg (1947), a Declaração dos Direitosdo Homem (1948), a Declaração de Helsinque (1964 e suas versões posterioresde 1975, 1983 e 1989), o Acordo Internacional sobre Direitos Civis e Políticos(ONU, 1966, aprovado pelo Congresso Nacional Brasileiro em 1992), asPropostas de Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas BiomédicasEnvolvendo Seres Humanos (CIOMS/OMS 1982 e 1993) e as DiretrizesInternacionais para Revisão Ética de Estudos Epidemiológicos (CIOMS, 1991).Cumpre as disposições da Constituição da República Federativa do Brasil de1988 e da legislação brasileira correlata: Código de Direitos do Consumidor,Código Civil e Código Penal, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Orgânicada Saúde 8.080, de 19/09/90 (dispõe sobre as condições de atenção à saúde, aorganização e o funcionamento dos serviços correspondentes), Lei 8.142, de 28/12/90 (participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde), Decreto99.438, de 07/08/90 (organização e atribuições do Conselho Nacional de Saúde),Decreto 98.830, de 15/01/90 (coleta por estrangeiros de dados e materiaiscientíficos no Brasil), Lei 8.489, de 18/11/92, e Decreto 879, de 22/07/93 (dispõemsobre retirada de tecidos, órgãos e outras partes do corpo humano com finshumanitários e científicos), Lei 8.501, de 30/11/92 (utilização de cadáver), Lei8.974, de 05/01/95 (uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meioambiente de organismos geneticamente modificados), Lei 9.279, de 14/05/96(regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial), e outras.

Esta Resolução incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, osquatro referenciais básicos da bioética: autonomia, não maleficência, beneficênciae justiça, entre outros, e visa assegurar os direitos e deveres que dizem respeito àcomunidade científica, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado.

* As diretrizes e normas regulamentando a pesquisa com humanos pode sofrer alterações pelo ConselhoNacional de Saúde. Portanto, a Resolução nº 196/96 pode ser alterada.

Conferir no site: www.conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/index.html

164 Anexos

O caráter contextual das considerações aqui desenvolvidas implica emrevisões periódicas desta Resolução, conforme necessidades nas áreas tecnocientí-fica e ética.

Ressalta-se, ainda, que cada área temática de investigação e cadamodalidade de pesquisa, além de respeitar os princípios emanados deste texto,deve cumprir com as exigências setoriais e regulamentações específicas.

II - TERMOS E DEFINIÇÕESA presente Resolução, adota no seu âmbito as seguintes definições:II.1 - Pesquisa - classe de atividades cujo objetivo é desenvolver ou contribuir

para o conhecimento generalizável. O conhecimento generalizável consiste emteorias, relações ou princípios ou no acúmulo de informações sobre as quais estãobaseados, que possam ser corroborados por métodos científicos aceitos deobservação e inferência.

II.2 - Pesquisa envolvendo seres humanos - pesquisa que, individual oucoletivamente, envolva o ser humano, de forma direta ou indireta, em sua totalidadeou partes dele, incluindo o manejo de informações ou materiais.

II.3 - Protocolo de Pesquisa - Documento contemplando a descrição dapesquisa em seus aspectos fundamentais, informações relativas ao sujeito dapesquisa, à qualificação dos pesquisadores e à todas as instâncias responsáveis.

II.4 - Pesquisador responsável - pessoa responsável pela coordenação erealização da pesquisa e pela integridade e bem-estar dos sujeitos da pesquisa.

II.5 - Instituição de pesquisa - organização, pública ou privada, legi-timamente constituída e habilitada na qual são realizadas investigaçõescientíficas.

II.6 - Promotor - indivíduo ou instituição, responsável pela promoção dapesquisa.

II.7 - Patrocinador - pessoa física ou jurídica que apoia financeiramente apesquisa.

II.8 - Risco da pesquisa - possibilidade de danos à dimensão física, psíquica,moral, intelectual, social, cultural ou espiritual do ser humano, em qualquer fasede uma pesquisa e dela decorrente.

II.9 - Dano associado ou decorrente da pesquisa - agravo imediato outardio, ao indivíduo ou à coletividade, com nexo causal comprovado, direto ouindireto, decorrente do estudo científico.

II.10 - Sujeito da pesquisa - é o(a) participante pesquisado(a), individualou coletivamente, de caráter voluntário, vedada qualquer forma de remuneração.

II.11 - Consentimento livre e esclarecido - anuência do sujeito da pesquisae/ou de seu representante legal, livre de vícios (simulação, fraude ou erro),dependência, subordinação ou intimidação, após explicação completa epormenorizada sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos, benefíciosprevistos, potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar, formulada em

165Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

um termo de consentimento, autorizando sua participação voluntária na pes-quisa.

II.12 - Indenização - cobertura material, em reparação a dano imediato outardio, causado pela pesquisa ao ser humano a ela submetida.

II.13 - Ressarcimento - cobertura, em compensação, exclusiva dedespesas decorrentes da participação do sujeito na pesquisa.

II.14 - Comitês de Ética em Pesquisa-CEP - colegiados interdisciplinarese independentes, com “munus público”, de caráter consultivo, deliberativo eeducativo, criados para defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em suaintegridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentrode padrões éticos.

II.15 - Vulnerabilidade - refere-se a estado de pessoas ou grupos que, porquaisquer razões ou motivos, tenham a sua capacidade de autodeterminaçãoreduzida, sobretudo no que se refere ao consentimento livre e esclarecido.

II.16 - Incapacidade - Refere-se ao possível sujeito da pesquisa que nãotenha capacidade civil para dar o seu consentimento livre e esclarecido, devendoser assistido ou representado, de acordo com a legislação brasileira vigente.

III - ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA ENVOLVENDO SERESHUMANOS

As pesquisas envolvendo seres humanos devem atender às exigências éticase científicas fundamentais.

III.1 - A eticidade da pesquisa implica em:a) consentimento livre e esclarecido dos indivíduos-alvo e a proteção a grupos

vulneráveis e aos legalmente incapazes (autonomia). Neste sentido, a pesquisaenvolvendo seres humanos deverá sempre tratá-los em sua dignidade, respeitá-los em sua autonomia e defendê-los em sua vulnerabilidade;

b) ponderação entre riscos e benefícios, tanto atuais como potenciais,individuais ou coletivos (beneficência), comprometendo-se com o máximo debenefícios e o mínimo de danos e riscos;

c) garantia de que danos previsíveis serão evitados (não maleficência);d) relevância social da pesquisa com vantagens significativas para os sujeitos

da pesquisa e minimização do ônus para os sujeitos vulneráveis, o que garante aigual consideração dos interesses envolvidos, não perdendo o sentido de suadestinação sócio-humanitária (justiça e equidade).

III.2- Todo procedimento de qualquer natureza envolvendo o ser humano,cuja aceitação não esteja ainda consagrada na literatura científica, será consideradocomo pesquisa e, portanto, deverá obedecer às diretrizes da presente Resolução.Os procedimentos referidos incluem entre outros, os de natureza instrumental,ambiental, nutricional, educacional, sociológica, econômica, física, psíquica oubiológica, sejam eles farmacológicos, clínicos ou cirúrgicos e de finalidadepreventiva, diagnóstica ou terapêutica.

III.3 - A pesquisa em qualquer área do conhecimento, envolvendo sereshumanos deverá observar as seguintes exigências:

166 Anexos

a) ser adequada aos princípios científicos que a justifiquem e compossibilidades concretas de responder a incertezas;

b) estar fundamentada na experimentação prévia realizada em laboratórios,animais ou em outros fatos científicos;

c) ser realizada somente quando o conhecimento que se pretende obternão possa ser obtido por outro meio;

d) prevalecer sempre as probabilidades dos benefícios esperados sobreos riscos previsíveis;

e) obedecer a metodologia adequada. Se houver necessidade de distribuiçãoaleatória dos sujeitos da pesquisa em grupos experimentais e de controle, assegurarque, a priori, não seja possível estabelecer as vantagens de um procedimentosobre outro através de revisão de literatura, métodos observacionais ou métodosque não envolvam seres humanos;

f) ter plenamente justificada, quando for o caso, a utilização de placebo, emtermos de não maleficência e de necessidade metodológica;

g) contar com o consentimento livre e esclarecido do sujeito da pesquisa e/ou seu representante legal;

h) contar com os recursos humanos e materiais necessários que garantam obem-estar do sujeito da pesquisa, devendo ainda haver adequação entre acompetência do pesquisador e o projeto proposto;

i) prever procedimentos que assegurem a confidencialidade e a privacidade,a proteção da imagem e a não estigmatização, garantindo a não utilização dasinformações em prejuízo das pessoas e/ou das comunidades, inclusive em termosde auto-estima, de prestígio e/ou econômico - financeiro;

j) ser desenvolvida preferencialmente em indivíduos com autonomia plena.Indivíduos ou grupos vulneráveis não devem ser sujeitos de pesquisa quando ainformação desejada possa ser obtida através de sujeitos com plena autonomia, amenos que a investigação possa trazer benefícios diretos aos vulneráveis. Nestescasos, o direito dos indivíduos ou grupos que queiram participar da pesquisadeve ser assegurado, desde que seja garantida a proteção à sua vulnerabilidade eincapacidade legalmente definida;

l) respeitar sempre os valores culturais, sociais, morais, religiosos e éticos,bem como os hábitos e costumes quando as pesquisas envolverem comunidades;

m) garantir que as pesquisas em comunidades, sempre que possível, traduzir-se-ão em benefícios cujos efeitos continuem a se fazer sentir após sua conclusão.O projeto deve analisar as necessidades de cada um dos membros da comunidadee analisar as diferenças presentes entre eles, explicitando como será assegurado orespeito às mesmas;

n) garantir o retorno dos benefícios obtidos através das pesquisas para aspessoas e as comunidades onde as mesmas forem realizadas. Quando, no interesseda comunidade, houver benefício real em incentivar ou estimular mudanças decostumes ou comportamentos, o protocolo de pesquisa deve incluir, sempre quepossível, disposições para comunicar tal benefício às pessoas e/ou comunidades;

o) comunicar às autoridades sanitárias os resultados da pesquisa, sempre

167Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

que os mesmos puderem contribuir para a melhoria das condições de saúde dacoletividade, preservando, porém, a imagem e assegurando que os sujeitos dapesquisa não sejam estigmatizados ou percam a auto-estima;

p) assegurar aos sujeitos da pesquisa os benefícios resultantes do projeto,seja em termos de retorno social, acesso aos procedimentos, produtos ouagentes da pesquisa;

q)assegurar aos sujeitos da pesquisa as condições de acompanhamento,tratamento ou de orientação, conforme o caso, nas pesquisas de rastreamento;demonstrar a preponderância de benefícios sobre riscos e custos;

r) assegurar a inexistência de conflito de interesses entre o pesquisador e ossujeitos da pesquisa ou patrocinador do projeto;

s) comprovar, nas pesquisas conduzidas do exterior ou com cooperaçãoestrangeira, os compromissos e as vantagens, para os sujeitos das pesquisas epara o Brasil, decorrentes de sua realização. Nestes casos deve ser identificado opesquisador e a instituição nacionais co-responsáveis pela pesquisa. O protocolodeverá observar as exigências da Declaração de Helsinque e incluir documentode aprovação, no país de origem, entre os apresentados para avaliação do Comitêde Ética em Pesquisa da instituição brasileira, que exigirá o cumprimento de seuspróprios referenciais éticos. Os estudos patrocinados do exterior também devemresponder às necessidades de treinamento de pessoal no Brasil, para que o paíspossa desenvolver projetos similares de forma independente;

t) utilizar o material biológico e os dados obtidos na pesquisa exclusivamentepara a finalidade prevista no seu protocolo;

u) levar em conta, nas pesquisas realizadas em mulheres em idade fértil ouem mulheres grávidas, a avaliação de riscos e benefícios e as eventuaisinterferências sobre a fertilidade, a gravidez, o embrião ou o feto, o trabalho departo, o puerpério, a lactação e o recém-nascido;

v) considerar que as pesquisas em mulheres grávidas devem, ser precedidasde pesquisas em mulheres fora do período gestacional, exceto quando a gravidezfor o objetivo fundamental da pesquisa;

x) propiciar, nos estudos multicêntricos, a participação dos pesquisadoresque desenvolverão a pesquisa na elaboração do delineamento geral do projeto; e

z) descontinuar o estudo somente após análise das razões da descontinuidadepelo CEP que a aprovou.

IV - CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDOO respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe

após consentimento livre e esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grupos quepor si e/ou por seus representantes legais manifestem a sua anuência à participaçãona pesquisa.

IV.1 - Exige-se que o esclarecimento dos sujeitos se faça em linguagemacessível e que inclua necessariamente os seguintes aspectos:

a) a justificativa, os objetivos e os procedimentos que serão utilizados napesquisa;

b) os desconfortos e riscos possíveis e os benefícios esperados;c) os métodos alternativos existentes;

168 Anexos

d) a forma de acompanhamento e assistência, assim como seusresponsáveis;

e) a garantia de esclarecimentos, antes e durante o curso da pesquisa,sobre a metodologia, informando a possibilidade de inclusão em grupo controleou placebo;

f) a liberdade do sujeito se recusar a participar ou retirar seuconsentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e semprejuízo ao seu cuidado;

g) a garantia do sigilo que assegure a privacidade dos sujeitos quantoaos dados confidenciais envolvidos na pesquisa;

h) as formas de ressarcimento das despesas decorrentes da participação napesquisa; e

i) as formas de indenização diante de eventuais danos decorrentes dapesquisa.

IV.2 - O termo de consentimento livre e esclarecido obedecerá aos seguintesrequisitos:

a) ser elaborado pelo pesquisador responsável, expressando o cumprimentode cada uma das exigências acima;

b) ser aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa que referenda ainvestigação;

c) ser assinado ou identificado por impressão dactiloscópica, por todos ecada um dos sujeitos da pesquisa ou por seus representantes legais; e

d) ser elaborado em duas vias, sendo uma retida pelo sujeito da pesquisa oupor seu representante legal e uma arquivada pelo pesquisador.

IV.3 - Nos casos em que haja qualquer restrição à liberdade ou aoesclarecimento necessários para o adequado consentimento, deve-se aindaobservar:

a) em pesquisas envolvendo crianças e adolescentes, portadores deperturbação ou doença mental e sujeitos em situação de substancial diminuiçãoem suas capacidades de consentimento, deverá haver justificação clara da escolhados sujeitos da pesquisa, especificada no protocolo, aprovada pelo Comitê deÉtica em Pesquisa, e cumprir as exigências do consentimento livre e esclarecido,através dos representantes legais dos referidos sujeitos, sem suspensão do direitode informação do indivíduo, no limite de sua capacidade;

b) a liberdade do consentimento deverá ser particularmente garantida paraaqueles sujeitos que, embora adultos e capazes, estejam expostos a condicio-namentos específicos ou à influência de autoridade, especialmente estudantes,militares, empregados, presidiários, internos em centros de readaptação, casas-abrigo, asilos, associações religiosas e semelhantes, assegurando-lhes a inteiraliberdade de participar ou não da pesquisa, sem quaisquer represálias;

c) nos casos em que seja impossível registrar o consentimento livre eesclarecido, tal fato deve ser devidamente documentado, com explicação das causasda impossibilidade, e parecer do Comitê de Ética em Pesquisa;

d) as pesquisas em pessoas com o diagnóstico de morte encefálica só podemser realizadas desde que estejam preenchidas as seguintes condições:

169Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

- documento comprobatório da morte encefálica (atestado de óbito);- consentimento explícito dos familiares e/ou do responsável legal, ou

manifestação prévia da vontade da pessoa;- respeito total à dignidade do ser humano sem mutilação ou violação do

corpo;- sem ônus econômico financeiro adicional à família;- sem prejuízo para outros pacientes aguardando internação ou

tratamento;- possibilidade de obter conhecimento científico relevante, novo e que

não possa ser obtido de outra maneira;e) em comunidades culturalmente diferenciadas, inclusive indígenas, deve-

se contar com a anuência antecipada da comunidade através dos seus próprioslíderes, não se dispensando, porém, esforços no sentido de obtenção doconsentimento individual;

f) quando o mérito da pesquisa depender de alguma restrição de informaçõesaos sujeitos, tal fato deve ser devidamente explicitado e justificado pelopesquisador e submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados obtidos apartir dos sujeitos da pesquisa não poderão ser usados para outros fins que os nãoprevistos no protocolo e/ou no consentimento.

V - RISCOS E BENEFÍCIOSConsidera-se que toda pesquisa envolvendo seres humanos envolve risco.

O dano eventual poderá ser imediato ou tardio, comprometendo o indivíduo ou acoletividade.

V.1 - Não obstante os riscos potenciais, as pesquisas envolvendo sereshumanos serão admissíveis quando:

a) oferecerem elevada possibilidade de gerar conhecimento para entender,prevenir ou aliviar um problema que afete o bem-estar dos sujeitos da pesquisa ede outros indivíduos;

b) o risco se justifique pela importância do benefício esperado;c) o benefício seja maior, ou no mínimo igual, a outras alternativas já

estabelecidas para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento.V.2 - As pesquisas sem benefício direto ao indivíduo, devem prever condições

de serem bem suportadas pelos sujeitos da pesquisa, considerando sua situaçãofísica, psicológica, social e educacional.

V.3 - O pesquisador responsável é obrigado a suspender a pesquisaimediatamente ao perceber algum risco ou dano à saúde do sujeito participanteda pesquisa, consequente à mesma, não previsto no termo de consentimento.Do mesmo modo, tão logo constatada a superioridade de um método em estudosobre outro, o projeto deverá ser suspenso, oferecendo-se a todos os sujeitosos benefícios do melhor regime.

V.4 - O Comitê de Ética em Pesquisa da instituição deverá ser informado detodos os efeitos adversos ou fatos relevantes que alterem o curso normal do estudo.

V.5 - O pesquisador, o patrocinador e a instituição devem assumir aresponsabilidade de dar assistência integral às complicações e danos decorrentesdos riscos previstos.

170 Anexos

V.6 - Os sujeitos da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de danoprevisto ou não no termo de consentimento e resultante de sua participação, alémdo direito à assistência integral, têm direito à indenização.

V.7 - Jamais poderá ser exigido do sujeito da pesquisa, sob qualquerargumento, renúncia ao direito à indenização por dano. O formulário do consen-timento livre e esclarecido não deve conter nenhuma ressalva que afaste essaresponsabilidade ou que implique ao sujeito da pesquisa abrir mão de seusdireitos legais, incluindo o direito de procurar obter indenização por danoseventuais.

VI - PROTOCOLO DE PESQUISAO protocolo a ser submetido à revisão ética somente poderá ser apreciado se

estiver instruído com os seguintes documentos, em português:VI.1 - folha de rosto: título do projeto, nome, número da carteira de

identidade, CPF, telefone e endereço para correspondência do pesquisadorresponsável e do patrocinador, nome e assinaturas dos dirigentes da instituição e/ou organização;

VI.2 - descrição da pesquisa, compreendendo os seguintes itens:a) descrição dos propósitos e das hipóteses a serem testadas;b) antecedentes científicos e dados que justifiquem a pesquisa. Se o propósito

for testar um novo produto ou dispositivo para a saúde, de procedência estrangeiraou não, deverá ser indicada a situação atual de registro junto a agências regulatóriasdo país de origem;

c) descrição detalhada e ordenada do projeto de pesquisa (material e métodos,casuística, resultados esperados e bibliografia);

d) análise crítica de riscos e benefícios;e) duração total da pesquisa, a partir da aprovação;f) explicitação das responsabilidades do pesquisador, da instituição, do

promotor e do patrocinador;g) explicitação de critérios para suspender ou encerrar a pesquisa;h) local da pesquisa: detalhar as instalações dos serviços, centros,

comunidades e instituições nas quais se processarão as várias etapas da pesquisa;i) demonstrativo da existência de infra-estrutura necessária ao desenvol-

vimento da pesquisa e para atender eventuais problemas dela resultantes, com aconcordância documentada da instituição;

j) orçamento financeiro detalhado da pesquisa: recursos, fontes e destinação,bem como a forma e o valor da remuneração do pesquisador;

l) explicitação de acordo preexistente quanto à propriedade das informaçõesgeradas, demonstrando a inexistência de qualquer cláusula restritiva quanto àdivulgação pública dos resultados, a menos que se trate de caso de obtenção depatenteamento; neste caso, os resultados devem se tornar públicos, tão logo seencerre a etapa de patenteamento;

m) declaração de que os resultados da pesquisa serão tornados públicos,sejam eles favoráveis ou não; e

n) declaração sobre o uso e destinação do material e/ou dados coletados.VI.3 - informações relativas ao sujeito da pesquisa:

171Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

a) descrever as características da população a estudar: tamanho, faixaetária, sexo, cor (classificação do IBGE), estado geral de saúde, classes egrupos sociais, etc. Expor as razões para a utilização de grupos vulneráveis;

b) descrever os métodos que afetem diretamente os sujeitos da pesquisa;c) identificar as fontes de material de pesquisa, tais como espécimens,

registros e dados a serem obtidos de seres humanos. Indicar se esse material seráobtido especificamente para os propósitos da pesquisa ou se será usado para outrosfins;

d) descrever os planos para o recrutamento de indivíduos e osprocedimentos a serem seguidos. Fornecer critérios de inclusão e exclusão;

e) apresentar o formulário ou termo de consentimento, específico para apesquisa, para a apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa, incluindo informaçõessobre as circunstâncias sob as quais o consentimento será obtido, quem irá tratarde obtê-lo e a natureza da informação a ser fornecida aos sujeitos da pesquisa;

f) descrever qualquer risco, avaliando sua possibilidade e gravidade;g) descrever as medidas para proteção ou minimização de qualquer risco

eventual. Quando apropriado, descrever as medidas para assegurar os necessárioscuidados à saúde, no caso de anos aos indivíduos. Descrever também osprocedimentos para monitoramento da coleta de dados para prover a segurançados indivíduos, incluindo as medidas de proteção à confidencialidade; e

h) apresentar previsão de ressarcimento de gastos aos sujeitos da pesquisa.A importância referente não poderá ser de tal monta que possa interferir naautonomia da decisão do indivíduo ou responsável de participar ou não da pesquisa.

VI.4 - qualificação dos pesquisadores: “Curriculum vitae” do pesquisadorresponsável e dos demais participantes.

VI.5 - termo de compromisso do pesquisador responsável e da instituiçãode cumprir os termos desta Resolução.

VII - COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA-CEPToda pesquisa envolvendo seres humanos deverá ser submetida à apreciação

de um Comitê de Ética em Pesquisa.VII.1 - As instituições nas quais se realizem pesquisas envolvendo seres

humanos deverão constituir um ou mais de um Comitê de Ética em Pesquisa-CEP, conforme suas necessidades.

VII.2 - Na impossibilidade de se constituir CEP, a instituição ou o pesquisadorresponsável deverá submeter o projeto à apreciação do CEP de outra instituição,preferencialmente dentre os indicados pela Comissão Nacional de Ética emPesquisa (CONEP/MS).

VII.3 - Organização - A organização e criação do CEP será da competênciada instituição, respeitadas as normas desta Resolução, assim como o provimentode condições adequadas para o seu funcionamento.

VII.4 - Composição - O CEP deverá ser constituído por colegiado comnúmero não inferior a 7 (sete) membros. Sua constituição deverá incluir aparticipação de profissionais da área de saúde, das ciências exatas, sociais ehumanas, incluindo, por exemplo, juristas, teólogos, sociólogos, filósofos,

172 Anexos

bioeticistas e, pelo menos, um membro da sociedade representando os usuáriosda instituição. Poderá variar na sua composição, dependendo dasespecificidades da instituição e das linhas de pesquisa a serem analisadas.

VII.5 - Terá sempre caráter multi e transdisciplinar, não devendo havermais que metade de seus membros pertencentes à mesma categoria profissional,participando pessoas dos dois sexos. Poderá ainda contar com consultores“ad hoc”, pessoas pertencentes ou não à instituição, com a finalidade defornecer subsídios técnicos.

VII.6 - No caso de pesquisas em grupos vulneráveis, comunidades ecoletividades, deverá ser convidado um representante, como membro “adhoc” do CEP, para participar da análise do projeto específico.

VII.7 - Nas pesquisas em população indígena deverá participar umconsultor familiarizado com os costumes e tradições da comunidade.

VII.8 - Os membros do CEP deverão se isentar de tomada de decisão,quando diretamente envolvidos na pesquisa em análise.

VII.9 - Mandato e escolha dos membros - A composição de cada CEPdeverá ser definida a critério da instituição, sendo pelo menos metade dosmembros com experiência em pesquisa, eleitos pelos seus pares. A escolha dacoordenação de cada Comitê deverá ser feita pelos membros que compõem ocolegiado, durante a primeira reunião de trabalho. Será de três anos a duraçãodo mandato, sendo permitida recondução.

VII.10 - Remuneração - Os membros do CEP não poderão ser remuneradosno desempenho desta tarefa, sendo recomendável, porém, que sejamdispensados nos horários de trabalho do Comitê das outras obrigações nasinstituições às quais prestam serviço, podendo receber ressarcimento dedespesas efetuadas com transporte, hospedagem e alimentação.

VII.11 - Arquivo - O CEP deverá manter em arquivo o projeto, o protocoloe os relatórios correspondentes, por 5 (cinco) anos após o encerramento doestudo.

VII.12 - Liberdade de trabalho - Os membros dos CEPs deverão ter totalindependência na tomada das decisões no exercício das suas funções,mantendo sob caráter confidencial as informações recebidas. Deste modo,não podem sofrer qualquer tipo de pressão por parte de superiores hierárquicosou pelos interessados em determinada pesquisa, devem isentar-se deenvolvimento financeiro e não devem estar submetidos a conflito de interesse.

VII.13 - Atribuições do CEP:a) revisar todos os protocolos de pesquisa envolvendo seres humanos,

inclusive os multicêntricos, cabendo-lhe a responsabilidade primária pelasdecisões sobre a ética da pesquisa a ser desenvolvida na instituição, de modoa garantir e resguardar a integridade e os direitos dos voluntários participantesnas referidas pesquisas;

b) emitir parecer consubstanciado por escrito, no prazo máximo de 30(trinta) dias, identificando com clareza o ensaio, documentos estudados e

173Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

data de revisão. A revisão de cada protocolo culminará com seu enquadramentoem uma das seguintes categorias:

· aprovado;· com pendência: quando o Comitê considera o protocolo como aceitável,

porém identifica determinados problemas no protocolo, no formulário doconsentimento ou em ambos, e recomenda uma revisão específica ou solicitauma modificação ou informação relevante, que deverá ser atendida em 60(sessenta) dias pelos pesquisadores;· retirado: quando, transcorrido o prazo, oprotocolo permanece pendente; · não aprovado; e· aprovado e encaminhado, como devido parecer, para apreciação pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa-CONEP/MS, nos casos previstos no capítulo VIII, item 4.c.

c) manter a guarda confidencial de todos os dados obtidos na execução desua tarefa e arquivamento do protocolo completo, que ficará à disposição dasautoridades sanitárias;

d) acompanhar o desenvolvimento dos projetos através de relatórios anuaisdos pesquisadores;

e) desempenhar papel consultivo e educativo, fomentando a reflexão emtorno da ética na ciência;

f) receber dos sujeitos da pesquisa ou de qualquer outra parte denúncias deabusos ou notificação sobre fatos adversos que possam alterar o curso normal doestudo, decidindo pela continuidade, modificação ou suspensão da pesquisa,devendo, se necessário, adequar o termo de consentimento. Considera-se comoanti-ética a pesquisa descontinuada sem justificativa aceita pelo CEP que aaprovou;

g) requerer instauração de sindicância à direção da instituição em caso dedenúncias de irregularidades de natureza ética nas pesquisas e, em havendocomprovação, comunicar à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa-CONEP/MS e, no que couber, a outras instâncias; e

h) manter comunicação regular e permanente com a CONEP/MS.VII.14 - Atuação do CEP:a) A revisão ética de toda e qualquer proposta de pesquisa envolvendo seres

humanos não poderá ser dissociada da sua análise científica. Pesquisa que não sefaça acompanhar do respectivo protocolo não deve ser analisada pelo Comitê.

b) Cada CEP deverá elaborar suas normas de funcionamento, contendometodologia de trabalho, a exemplo de: elaboração das atas; planejamento anualde suas atividades; periodicidade de reuniões; número mínimo de presentes parainício das reuniões; prazos para emissão de pareceres; critérios para solicitaçãode consultas de experts na área em que se desejam informações técnicas; modelode tomada de decisão, etc.

VIII - COMISSÃO NACIONAL DE ÉTICA EM PESQUISA (CONEP/MS)

A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP/MS é uma instânciacolegiada, de natureza consultiva, deliberativa, normativa, educativa, inde-pendente, vinculada ao Conselho Nacional de Saúde.

174 Anexos

O Ministério da Saúde adotará as medidas necessárias para o funcio-namento pleno da Comissão e de sua Secretaria Executiva.

VIII.1 - Composição: A CONEP terá composição multi e transdiciplinar,com pessoas de ambos os sexos e deverá ser composta por 13 (treze) membrostitulares e seus respectivos suplentes, sendo 05 (cinco) deles personalidadesdestacadas no campo da ética na pesquisa e na saúde e 08 (oito) personalidadescom destacada atuação nos campos teológico, jurídico e outros, assegurando-se que pelo menos um seja da área de gestão da saúde. Os membros serãoselecionados, a partir de listas indicativas elaboradas pelas instituições quepossuem CEP registrados na CONEP, sendo que 07 (sete) serão escolhidospelo Conselho Nacional de Saúde e 06 (seis) serão definidos por sorteio.Poderá contar também com consultores e membros “ad hoc”, assegurada arepresentação dos usuários.

VIII.2 - Cada CEP poderá indicar duas personalidades.VIII.3 - O mandato dos membros da CONEP será de quatro anos com

renovação alternada a cada dois anos, de sete ou seis de seus membros.VIII.4 - Atribuições da CONEP - Compete à CONEP o exame dos aspectos

éticos da pesquisa envolvendo seres humanos, bem como a adequação eatualização das normas atinentes. A CONEP consultará a sociedade sempreque julgar necessário, cabendo-lhe, entre outras, as seguintes atribuições:

a) estimular a criação de CEPs institucionais e de outras instâncias;b) registrar os CEPs institucionais e de outras instâncias;c) aprovar, no prazo de 60 dias, e acompanhar os protocolos de pesquisa

em áreas temáticas especiais tais como:1- genética humana;2- reprodução humana;3- farmácos, medicamentos, vacinas e testes diagnósticos novos (fases

I, II e III) ou não registrados no país (ainda que fase IV), ou quando a pesquisafor referente a seu uso com modalidades, indicações, doses ou vias deadministração diferentes daquelas estabelecidas, incluindo seu emprego emcombinações;

4- equipamentos, insumos e dispositivos para a saúde novos, ou nãoregistrados no país;

5- novos procedimentos ainda não consagrados na literatura;6- populações indígenas;7- projetos que envolvam aspectos de biossegurança;8- pesquisas coordenadas do exterior ou com participação estrangeira e

pesquisas que envolvam remessa de material biológico para o exterior; e9- projetos que, a critério do CEP, devidamente justificado, sejam julgados

merecedores de análise pela CONEP;d) prover normas específicas no campo da ética em pesquisa, inclusive

nas áreas temáticas especiais, bem como recomendações para aplicação dasmesmas;

e) funcionar como instância final de recursos, a partir de informaçõesfornecidas sistematicamente, em caráter ex-ofício ou a partir de denúncias ou

175Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

de solicitação de partes interessadas, devendo manifestar-se em um prazo nãosuperior a 60 (sessenta) dias;

f) rever responsabilidades, proibir ou interromper pesquisas, definitivaou temporariamente, podendo requisitar protocolos para revisão ética inclusive,os já aprovados pelo CEP;

g) constituir um sistema de informação e acompanhamento dos aspectoséticos das pesquisas envolvendo seres humanos em todo o território nacional,mantendo atualizados os bancos de dados;

h) informar e assessorar o MS, o CNS e outras instâncias do SUS, bemcomo do governo e da sociedade, sobre questões éticas relativas à pesquisaem seres humanos;

i) divulgar esta e outras normas relativas à ética em pesquisa envolvendoseres humanos;

j) a CONEP juntamente com outros setores do Ministério da Saúde,estabelecerá normas e critérios para o credenciamento de Centros de Pesquisa.Este credenciamento deverá ser proposto pelos setores do Ministério da Saúde,de acordo com suas necessidades, e aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde;e

l) estabelecer suas próprias normas de funcionamento.VIII.5 - A CONEP submeterá ao CNS para sua deliberação:a) propostas de normas gerais a serem aplicadas às pesquisas envolvendo

seres humanos, inclusive modificações desta norma;b) plano de trabalho anual;c) relatório anual de suas atividades, incluindo sumário dos CEP estabelecidos

e dos projetos analisados.IX - OPERACIONALIZAÇÃOIX.1 - Todo e qualquer projeto de pesquisa envolvendo seres humanos deverá

obedecer às recomendações desta Resolução e dos documentos endossados emseu preâmbulo. A responsabilidade do pesquisador é indelegável, indeclinável ecompreende os aspectos éticos e leagis.

IX.2 - Ao pesquisador cabe:a) apresentar o protocolo, devidamente instruido ao CEP, aguardando o

pronunciamento deste, antes de iniciar a pesquisa;b) desenvolver o projeto conforme delineado;c) elaborar e apresentar os relatórios parciais e final;d) apresentar dados solicitados pelo CEP, a qualquer momento;e) manter em arquivo, sob sua guarda, por 5 anos, os dados da pesquisa,

contendo fichas individuais e todos os demais documentos recomendados peloCEP;

f) encaminhar os resultados para publicação, com os devidos créditos aospesquisadores associados e ao pessoal técnico participante do projeto;

g) justificar, perante o CEP, interrupção do projeto ou a não publicação dosresultados.

176 Anexos

IX.3 - O Comitê de Ética em Pesquisa institucional deverá estar registradojunto à CONEP/MS.

IX.4 - Uma vez aprovado o projeto, o CEP passa a ser co-responsável noque se refere aos aspectos éticos da pesquisa.

IX.5 - Consideram-se autorizados para execução, os projetos aprovados peloCEP, exceto os que se enquadrarem nas áreas temáticas especiais, os quais, apósaprovação pelo CEP institucional deverão ser enviados à CONEP/MS, que dará odevido encaminhamento.

IX.6 - Pesquisas com novos medicamentos, vacinas, testes diagnósticos,equipamentos e dispositivos para a saúde deverão ser encaminhados do CEPà CONEP/MS e desta, após parecer, à Secretaria de Vigilância Sanitária.

IX.7 - As agências de fomento à pesquisa e o corpo editorial das revistascientíficas deverão exigir documentação comprobatória de aprovação do projetopelo CEP e/ou CONEP, quando for o caso.

IX.8 - Os CEP institucionais deverão encaminhar trimestralmente à CONEP/MS a relação dos projetos de pesquisa analisados, aprovados e concluídos, bemcomo dos projetos em andamento e, imediatamente, aqueles suspensos.

X. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIASX.1 - O Grupo Executivo de Trabalho-GET, constituido através da Resolução

CNS 170/95, assumirá as atribuições da CONEP até a sua constituição,responsabilizando-se por:

a) tomar as medidas necessárias ao processo de criação da CONEP/MS;b) estabelecer normas para registro dos CEP institucionais;X.2 - O GET terá 180 dias para finalizar as suas tarefas.X.3 - Os CEP das instituições devem proceder, no prazo de 90 (noventa)

dias, ao levantamento e análise, se for o caso, dos projetos de pesquisa em sereshumanos já em andamento, devendo encaminhar à CONEP/MS, a relação dosmesmos.

X4 - Fica revogada a Resolução 01/88.

ADIB D. JATENEPresidente do Conselho Nacional de Saúde

Homologo a Resolução CNS nº 196, de 10 de outubro de 1996, nostermos do Decreto de Delegação de Competência de 12 de novembro de 1991.

ADIB D. JATENEMinistro de Estado da Saúde

177Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Para os experimentos em animais, deve ser considerada aLei 11.794 de 08 de outubro de 2008 e os Princípios Éticos em Expe-rimentação Animal elaborados pelo Colégio Brasileiro de Experimen-tação Animal – COBEA, em 1991.

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 4, DE 18 DE ABRIL DE 2012

Dispõe sobre a utilização do formulário unificado parasolicitação de autorização para uso de animais em ensinoe/ou pesquisa pelas Comissões de Ética no Uso deAnimais - CEUAs e dá outras providências.

O CONSELHO NACIONAL DE CONTROLE DE EXPERIMEN-TAÇÃO ANIMAL - CONCEA, no uso das atribuições que lhe confere o art.5º da Lei nº 11.794, de 8 de outubro de 2008; Considerando que os projetos deensino e/ou pesquisa envolvendo animais mostram distintas finalidades,relevâncias e metodologias, ensejando a adoção de controles específicosdessas atividades;

Considerando que a matéria foi submetida à apreciação do CONCEA,que a aprovou em sua 15ª Reunião Ordinária, realizada em 28 de fevereiro de2012, resolve:

Art. 1º Fica aprovado o “formulário unificado para solicitação deautorização para uso de animais em ensino e/ou pesquisa”, na forma doAnexo I desta Resolução Normativa.

Art. 2º As Comissões de Ética no Uso de Animais – CEUAs deverãodisponibilizar o formulário constante do Anexo I, o qual servirá de modelopara envio de informações mínimas pelos responsáveis por projetos de ensinoe/ou pesquisa que envolvam animais.

§ 1º O formulário servirá como modelo em todo o território nacional,podendo, a critério de cada CEUA, ser ampliado.

§ 2º Após o preenchimento do formulário, o responsável deveráencaminhá-lo à CEUA, para exame e deliberação, conforme o disposto no art.6° da Resolução Normativa nº 1, de 09 de julho de 2010.

§ 3º O uso de animais em ensino e/ou pesquisa implica na ausênciametodologia alternativa validada (in vitro ou ex vivo) para substituição domodelo animal.

Art. 3º O conteúdo do formulário unificado para solicitação deautorização para uso de animais em ensino e/ou pesquisa servirá de basepara a elaboração dos relatórios de atividades desenvolvidas nas CEUAS,

178 Anexos

os quais deverão ser encaminhados anualmente ao CONCEA por meio doCIUCA, mediante a observância do roteiro definido no Anexo II dessaResolução Normativa.

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor 15 (quinze) dias após a data desua publicação.

(*) O anexo desta portaria estará disponível no site do Ministério daCiência, Tecnologia e Inovação. Site: http://www.mct.gov.br/index.php/

content/view/313154/Portarias.html

MARCO ANTONIO RAUPP Ministro da Ciência e Tecnologia

ANEXO B - ENCAMINHAMENTO DE PROJETOS DEPESQUISA AO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA

181Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Orientações da Universidade Regional Integrada do AltoUruguai e das Missões para encaminhamento de projetos de

pesquisa envolvendo seres humanos e animais

Todos os pesquisadores, cujas pesquisas envolvam seres hu-manos e animais, devem seguir protocolos específicos.

a) Projetos de Pesquisa envolvendo Seres Humanos

- Inicialmente o pesquisador deve fazer cadastro no site da Plata-forma Brasil, atrelada à Comissão Nacional de Ética na Pesquisa(CONEP/CNS/MS) (http://aplicacao.saude.gov.br/plataformabrasil/login.jsf).

- Na sequência, no mesmo site acima indicado, o pesquisador devecadastrar o projeto (maiores informações em: http://www.uricer.edu.br/cep/).

- A Plataforma Brasil(PB), assim que todos os campos foram devi-damente preenchidos, documentos obrigatórios colocados em ane-xo ou em apêndice, gera a folha de rosto que deve ser encaminhadapara a direção assinar. Quando assinada, deve ser digitalizada einserida na Plataforma Brasil, em campo próprio.

- Ao finalizar o protocolo na PB, o pesquisador envia todas asinformações referentes ao projeto para a avaliação do Comitê deÉtica da Instituição Proponente, onde a documentação é analisa-da e encaminhada para o(s) relator(es).

- Todo pesquisador e quando for o caso, o aluno pesquisador orien-tado, deve ter seu Curriculum Lattes devidamente preenchido eatualizado (faz parte da análise do Comitê de Ética a formaçãodo pesquisador).

- Para sanar dúvidas em relação ao trâmite do projeto na Platafor-ma Brasil e no CEP, existe uma secretaria específica, cujo e_mailé [email protected].

182 Anexos

b) Projetos de Pesquisa envolvendo Animais

De acordo com a Resolução Normativa nº 4 (Concea), de 18de abril de 2012, todo pesquisador que desenvolva projeto que envolvauso de animais deve preencher o formulário unificado para solicitaçãode autorização para uso de animais em ensino e/ou pesquisa às Comis-sões de Ética no Uso de Animais - CEUAs. Conferir no site: http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/313178/Resolucoes_Normativas.html.

No âmbito da URI-Erechim, o formulário deve ser entregue nasecretaria do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Odocumento será encaminhado em seguida para exame e deliberação,da CEUA, conforme o disposto no art. 6° da Resolução Normativa nº1, de 09 de julho de 2010.

Importante:Os artigos que decorrem de pesquisas envolvendo seres

humanos, para serem submetidos à publicação, devem incluiro Parecer de Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa,emitido pela Universidade Proponente, Hospital ou Instituiçãode Ensino ou de Pesquisa indicada pela CONEP.

O mesmo ocorre com os artigos decorrentes de pesqui-sas com animais, cujo Parecer de Aprovação está atrelado àsNormas da CEUA.

O comitê a que foi submetida a pesquisa deve estar devi-damente habilitado na CONEP.

As revistas reservam-se o direito de não publicar traba-lhos que não obedeçam a essas normas legais e éticas parapesquisas envolvendo seres humanos e animais.

Informações complementares poderão ser obtidas no endereço:http://www.uricer.edu.br/cep/

183Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

ANEXO C

ABREVIATURA DOS MESES

Português Espanhol Italiano

janeirofevereiromarçoabrilmaiojunhojulhoagostosetembrooutubronovembrodezembro

jan.fev.mar.abr.maiojun.jul.ago.set.out.nov.dez.

enerofebreromarzoabrilmayojuniojulioagostoseptiembreoctubrenoviembrediciembre

enerofeb.marzoabr.mayojun.jul.agostosept.oct.nov.dic.

gennaiofebbraiomarzoaprilemaggiogiugnoluglioagostosettembreottobrenovembredicembre

genn.febbr.mar.apr.magg.giugnoluglioag.sett.ott.nov.dic.

Francês Inglês Alemão

janvierfévriermarsavrilmaijuinjuilletaoûtseptembreoctobrenovembredécembre

janv.févr.marsavrilmaijuinjuil.aoûtsept.oct.nov.déc.

JanuaryFebruaryMarchAprilMayJuneJulyAugustSeptemberOctoberNovemberDecember

Jan.Feb.Mar.Apr.MayJuneJulyAug.Sept.Oct.Nov.Dec.

JanuarFebruarMärzAprilMaiJuniJuliAugustSeptemberOktoberNovemberDezember

Jan.Feb.MärzApr.MaiJuniJuliAug.Sept.Okt.Nov.Dez.

ANEXO D – EXEMPLOS DE ELEMENTOSPRÉ-TEXTUAIS E PÓS-TEXTUAIS

187Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Exemplo de capa

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

ELISABETE MARIA ZANIN

CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA PAISAGEM URBANADE ERECHIM E DO PARQUE MUNICIPAL LONGINES

MALINOWSKI. ERECHIM - RS

SÃO CARLOS

2002

188 Anexos

Exemplo de folha de Rosto

ELISABETE MARIA ZANIN

CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA PAISAGEM URBANADE ERECHIM E DO PARQUE MUNICIPAL LONGINES

MALINOWSKI. ERECHIM - RS

SÃO CARLOS

2002

e da Saúde da Universidade Federal de São

obtenção do título de Doutor em Ciências,

Recursos Naturais.

189Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Exemplo de Ficha Catalográfica

Z31 Zanin, Elisabete Maria

Caracterização ambiental da paisagem urbana de Erechim e do ParqueMunicipal Longines Malinowski – Erechim – RS / Elisabete Maria Zanin -São Carlos, SP, 2002. 163 p.

Tese (Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais) – Universidade Federal deSão Carlos, SP, 2002.

1. Planejamento Urbano. 2. Ecologia urbana. 3. Parque urbano. 4.Zoneamento. 5. Plano de manejo.

I.Autor. II. Título. CDU - 574:711.4

Catalogação na publicação - Elionara Giovana Rech – CRB10- 50/2001

190 Anexos

Exemplo de Epígrafe

191Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Exemplo de Folha de Aprovação

ELISABETE MARIA ZANIN

CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA PAISAGEM URBANADE ERECHIM E DO PARQUE MUNICIPAL LONGINES

MALINOWSKI. ERECHIM - RS.

e da Saúde da Universidade Federal de São

obtenção do título de Doutor em Ciências,

Recursos Naturais.

BANCA EXAMINADORA:

____________________________________________Orientador: Prof. Dr. José Eduardo dos Santos - UFSCar

____________________________________________Prof. Dr. Felisberto Cavalheiro – USP - examinador

____________________________________________Prof. Dr. João Carlos Nucci – UFPR - examinador

____________________________________________Profª. Drª. Maria Inez Pagani– UNESP - examinador

____________________________________________Prof. Dr. Carlos Henke de Oliveira – SEMA – São Carlos - examinador

Aprovado em 26 de outubro de 2002.

192 Anexos

Exemplo de Dedicatória

À minha família (Maria Úrsula in memoriam, João, Ione e Teresinha),

cujo amor me honra e me enriquece.

Ao meu orientador (José Eduardo), cuja amizade é um privilégio.

193Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Exemplo de Agradecimentos

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. José Eduardo dos Santos, pela oportunidade da orientação o que possibilitou compartilhar

momentos importantes da vida, pela disponibilidade de tempo para longas conversas, muitas delas on line,

que tornaram um convívio especial em amizade, pelo profissionalismo exemplar e empenho em sempre

transmitir apoio e estímulo, pela orientação crítica e direcionamento, pelas exigências, correções, sugestões e

paciência; enfim, pela gratificante convivência com sua mente brilhante.

Ao Prof. Dr. Carlos Henke de Oliveira, pela competente co-orientação e presença nos momentos

fundamentais da produção do conhecimento, pela simplicidade e disponibilidade que o tornaram um amigo

especial.

Ao Bel. Luis Fernando Cantele, por ter acreditado na idéia de um Laboratório de Planejamento Ambiental e

não ter medido esforços para instalá-lo e equipá-lo.

Aos docentes do Programa de Pós–Graduação em Ecologia e Recursos Naturais, em especial aos Prof. Dr.

Felisberto Cavalheiro, Dr. José Salatiel Rodrigues Pires e Dr. Luiz Carlos Marangon, pelas sugestões iniciais

ao trabalho de pesquisa.

À Zeldite Burin, pela valiosa contribuição bibliográfica enviada do Departamento Técnico Administrativo

del Medio Ambiente (DAMA) de Santa Fé de Bogotá, Colômbia.

Aos membros da banca examinadora, Prof. Dr. José Eduardo dos Santos, Prof. Dr. Felisberto Cavalheiro,

Prof. Dr. Carlos Henke de Oliveira, Prof. Dr. João Carlos Nucci e Profa. Dra. Maria Inez Pagani pela

disponibilidade da participação e pelas contribuições.

Às acadêmicas do Curso de Ciências Biológicas da URI – Campus de Erechim, Franciele Rosset e Cátia

Regina Scariot , pela valiosa presença e colaboração imprescindível.

Aos colegas do Laboratório de Planejamento Ambiental da URI – Campus de Erechim, em especial ao

Leandro Paulo Bogoni, pela ajuda e aprendizado mútuo.

À minha família, pelo estímulo e confiança e por terem imprimido em mim valores como a justiça e o amor,

inclusive por árvores e áreas verdes. Foi passeando e contemplando, durante a infância, uma dessas áreas em

especial, que aprendi as lições mais importantes da vida.

Devo tudo a todos.

194 Anexos

Exemplo de Sumário

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................

2 REVISÃO LITERÁRIA ......................................................................................................

3 MATERIAL E MÉTODOS ......... ..........................................................................................

3.1 ÁREA DE ESTUDO .............................................................................................................

3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...........................................................................

3.2.1 Cartas Planialtimétricas, Aerofotogramétricas e Foto Aérea .......................................

3.2.2 Elaboração das Cartas Temáticas .. ............................................................................

3.2.3 Índice de Áreas Verdes (IAV), Percentual de Áreas Verdes (PAV) e Densidade

Populacional (DP) ......... ..................................................................................................

3.2.4 Zoneamento e Plano de Manejo .......................................................................................

3. 2.5 Equipamentos e Aplicativos .............................................................................................

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................................

4.1 ÁREA URBANA ...................................................................................................................

4.1.1 Histórico do Processo de Ocupação do Solo da Área Urbana de Erechim

4.1.2 Caracterização e Diagnóstico Ambiental da Área Urbana de Erechim

4.1.3 Percentual e Índice de Áreas Verdes (PAV e IAV) ..........................................................

4.2 PARQUE MUNICIPAL LONGINES MALINOWSK I .........................................................

4.2.2 Caracterização Ambiental do PMLM ..................................................................................

4.2.3 Zoneamento Ambiental ....................................................................................................

19

28

29

29

30

30

31

31

32

32

32

42

61

73

73

91

92

94

95

4.2.4 Plano de Manejo Conceitual para o Parque Municipal Longines Malinowski ...............

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................

116

155

4.2.1 Histórico do Processo de Ocupação do Solo da àrea Urbana de Erechim ................. 93

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 158

ANEXOS .................................................................................................................................... 165

195Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Exemplo de Lista de Figuras

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Características dos elementos urbanos e efeitos da urbanizaçãosobre a biosfera nas cidades. Desenho: DUFLOTH, L.F.Organização: ZANIN, E.M. (2002) .............................................. 06

Figura 2 - Forma de Gestão Urbana com ênfase na arborização.Organização:ZANIN, E.M. (2002), modificado de OLIVEIRA(1996) ............................................................................................ 15

Figura 3 - Localização geográfica da área urbana de Erechim, RS e doParque Municipal Longines Malinowski. Foto: A) Zardo (2000);B) AGRITEC (1989) .................................................................... 22

Figura 4 - Localização geográfica da cidade de Erechim, RS ....................... 23

Figura 5 - Vista aérea do Parque Municipal Longines Malinowski (PMLM)e entorno imediato, Erechim, RS. Foto: Zardo (1999) ................ 25

Figura 6 - Procedimentos metodológicos delineados para odesenvolvimento da análise ambiental da área de estudo (cidadede Erechim e PMLM). Os itens sombreados e preenchidos deazul são restritos ao âmbito desta pesquisa. Organização:ZANIN, E.M. (2002) .................................................................... 26

Figura 7 - Marco Zero da cidade de Paiol Grande (Erechim) apresentandoa primeira casa de madeira e a Estação Ferroviária (1912). Foto:Arquivo Histórico Municipal de Erechim .................................... 33

Figura 8 - A) Plano Viário de Paiol Grande (Erechim) organizado porCarlos Torres Gonçalves (1914). B) Vista Aérea de Erechim(Década de 30), indicando a localização do Parque MunicipalLongines Malinowski. Foto: Arquivo Histórico Municipal deErechim ......................................................................................... 34

Figura 9 - Vista aérea do núcleo original (centro atual de Erechim, RS).Foto: A) Hachmann (1998); B) Arquivo Histórico Municipal deErechim ......................................................................................... 35

Figura 10 - 37

Figura 11 -38

196 Anexos

Exemplo de lista de tabelas

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Princípios para a Conservação da Biodiversidade em ÁreasUrbanas ......................................................................................... 05

Tabela 2 - Critérios para categorização de parques para grandes cidades ..... 16

Tabela 3 - Área das bacias hidrográficas (km²) na área urbana de Erechim –RS .................................................................................................. 45

Tabela 4 - Áreas (km 2) das cotas hipsométricas encontradas para a áreaurbana de Erechim e seus respectivos valores percentuais ........... 49

Tabela 5 - Áreas (km2) das classes clinográficas encontradas para a área deestudo e seus respectivos valores percentuais ............................... 51

Tabela 6 - Áreas protegidas pela legislação ambiental .................................. 53

Tabela 7 - Categorias de áreas verdes presentes em Erechim, apresentandoFreqüência Absoluta, Freqüência Percentual, Área Total e ÁreaMédia ............................................................................................ 59

Tabela 8 - Valores de IAV (Índice de Áreas Verdes) e IAL (Índice deÁreas Livres) para algumas cidades brasileiras ............................ 64

Tabela 9 - Macrozoneamento da Área Urbana de Erechim - Zona deUrbanização Restrita ..................................................................... 70

197Trabalhos Acadêmicos: da concepção à apresentação

Foram realizadas a análise e a caracterização ambiental da área urbana como subsídioà revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do município de Erechim,associado a uma proposta conjunta do zoneamento ambiental e do plano de manejoconceitual do Parque Municipal Longines Malinowski (PMLM), um dos elementos“estruturais-naturais” da paisagem urbana, direcionando o desenvolvimento de açõesrelacionadas ao uso e conservação deste Parque Urbano, na perspectiva de assegurara qualidade ambiental e de vida da cidade de Erechim. O PMLM compreende umfragmento de floresta ombrófila mista, totalmente limitado por entorno urbano. Aanálise ambiental foi efetuada com o uso do SIG-IDRISI com os elementos estruturaisda paisagem urbana e do PMLM, resultando nas cartas temáticas de hipsometria,clinografia, hidrografia e uso e ocupação do solo. A variação altimétrica foi de 45 m dealtitude para o PMLM e de 210m, para a área urbana. A cidade de Erechim apresentaum IAV de 3,72 m2/habitantes, sendo o PMLM responsável por um percentual de46,50% do mesmo. Foram identificados 14 tipos de uso e ocupação do solo para oPMLM, com predominância da floresta ombrófila onde são encontradas Araucariaangustifólia (Bert.) Kuntze, Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiis. e Ilex dumosa Reiis.relacionadas na lista de espécies ameaçadas de extinção. Com base nas cartas temáticase na lei de criação foi efetuada uma proposta de zoneamento ambiental e entornoimediato do PMLM, além de um plano de manejo conceitual com 7 Programas e 18Subprogramas. O PMLM apresenta uma grande potencialidade para a prática daconservação da biodiversidade no âmbito local. A tomada de decisão com relação aouso e ocupação do seu espaço físico, na perspectiva da conservação e continuidadedo mesmo na paisagem urbana, envolve a consideração do zoneamento ambiental eda dinâmica do uso e ocupação do Parque e do entorno do mesmo. Qualquer iniciativapara a melhoria da qualidade ambiental do PMLM dependerá necessariamente doenvolvimento e participação da comunidade.

Palavras-chave: Análise ambiental. Parque urbano. Paisagem urbana.

Exemplo de Resumo

RESUMO

198 Anexos

Exemplo de Abstract

ABSTRACT

It was carried out the analysis and the environmental characterization of the urbanarea as a subsidy to the review of the Urban Development Directive Plan of themunicipality of Erechim (Rio Grande do Sul, Brazil), associated with a combinedproposal of the environmental zoning and the conceptual management plan of ParqueMunicipal Longines Malinowski (PMLM), one of the “structural-natural” elementsin the urban landscape, directing the development of actions related to the use andmaintenance of this Urban Park, in the perspective to ensure the environmental andlife quality of the city of Erechim. PMLM comprises a fragment of mixed ombrophilicforest, totally limited by an urban contour. The environmental analysis was madewith the use of SIG-IDRISI with structural elements of the urban landscape and ofPMLM, resulting in hypsometric, clinographic, hydrographic and soil use andoccupation thematic maps. The altimetry variation was of 45 m of altitude forPMLM and of 210 m for the urban area. The city of Erechim presented an green arearatio (IAV) of 3.72 m2/inhabitant, being PMLM responsible for 46.50% of that.Fourteen types of soil use and occupation of for PMLM were identified, with thepredominance of the ombrophilic forest in which Araucaria angustifola (Bert.)Kuntze, Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiis. and llex dumosa Reiis. are found and aredescribed in the list of endangered species. Based on the thematic maps and thecreation law, a proposal for the environmental zoning and immediate contour ofPMLM were made, as well as a conceptual management plan with 7 programs and 18subprograms. PMLM presents a great potential for the practice of local biodiversityconservation. The decision-making concerning the use and occupation of its space,in the perspective of its conservation and continuity in the urban landscape, involvesthe consideration of the environmental zoning and the dynamics of the Park and itssurroundin use and occupation of the. Any initiative to improve the environmentalquality of PMLM will depend necessarily on the involvement and participation ofthe community.

Key-words: Environmental analysus. Urban landscape. Urban park.