· web viewtratamento msr (g) crp (cm) % deformaÇÃo nr 1 tubete convencional 0,29 b 13,05 a...

45
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CCAAB – CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL DESENVOLVIMENTO DE RECIPIENTE BIODEGRADÁVEL PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE EUCALYPTUS LUCAS GONÇALVES RIBEIRO

Upload: trancong

Post on 25-Dec-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CCAAB – CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

DESENVOLVIMENTO DE RECIPIENTE BIODEGRADÁVEL PARA PRODUÇÃO

DE MUDAS DE EUCALYPTUS

LUCAS GONÇALVES RIBEIRO

CRUZ DAS ALMAS - BA

ABRIL DE 2015

Page 2:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

LUCAS GONÇALVES RIBEIRO

DESENVOLVIMENTO DE RECIPIENTE BIODEGRADÁVEL PARA PRODUÇÃO

DE MUDAS DE EUCALYPTUS

Monografia apresentada ao Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, como requisito para a obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Florestal.

CRUZ DAS ALMAS – BA

ABRIL – 2015

Page 3:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

LUCAS GONÇALVES RIBEIRO

DESENVOLVIMENTO DE RECIPIENTE BIODEGRADÁVEL PARA PRODUÇÃO

DE MUDAS DE EUCALYPTUS

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________

Profª. Drª. Andrea Vita Reis Mendonça– UFRB (Orientadora)

_____________________________________________

Profª. Drª. Teresa Aparecida Soares de Freitas- UFRB(Co-orientadora)

_____________________________________________

Prof. Fábio Botelho (Mestre em Extensão Rural) – UFRB

Page 4:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

Ao meu pai Romário Nunes Ribeiro e a minha avó

Aurelina Nunes Ribeiro.

Dedico

Page 5:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

AGRADECIMENTOS

Sempre, ao criador e razão do meu existir, sem Deus não poderia chegar a lugar algum.

À Universidade Federal do Recôncavo da Bahia pela oportunidade e conhecimento adquirido

até aqui.

À Romário Nunes Ribeiro, principal incentivador, que em muitos momentos acreditou mais

na minha vitória, que eu mesmo. Reconheço o seu amor incondicional.

Á Aurelina Nunes Ribeiro, minha avó-mãe que nunca esqueceu deste filho que Deus lhe

concedeu. Em todas as conversas, sempre uma palavra motivadora, renovando minhas

energias e trazendo-me confiança.

Á Eliza Frigeri, companheira nos melhores e piores momentos, sempre incentivando e

demonstrando seu amor por mim. Nós dois sabemos quão longa esta caminhada foi.

Á família, base e referência de qualquer ser.

À Prof. Andrea Vita Reis Mendonça, minha orientadora, pela atenção e cuidado, quando

necessitados. Nosso trabalhos foram importantes, agregando conhecimento e contribuindo

para minha formação acadêmica.

Ao Prof. Josival, pelas oportunidades cedidas, as orientações, os trabalhos realizados e a

amizade compartilhada. Sua presença foi motivadora no decorrer destes cinco anos de

formação acadêmica.

À Prof. Teresa Aparecida Soares de Freitas, pelas orientações e trabalhos realizados.

Aos amigos de Cruz das Almas, Douglas Crisley, Ricardo Rizzi, Eduardo Rizzi, Carlos

Manoel e Armando Neto que fizeram com que a adaptação a esta cidade fosse mais prazerosa.

Aos Amigos Elayne Kátia, Lucas Barbosa e Bruno Meira, passando de colegas para

cúmplices que toda graduação bem aproveitada, carece. Vocês são amigos verdadeiros,

aqueles que levo para vida toda.

Aos colegas que viraram amigos, Joaquim Custódio, Preta Pretinha, Poli Pereira, Thaison

Monteiro, Arthur Felipe, Jocy Sousa e Wendell Souza (Del). Cada um de vocês têm um

contribuição na minha graduação como Engenheiro Florestal.

Ao meu amigo JammeBagano, sempre alegre e atencioso, demonstrando que tenho um amigo

para todas as horas.

Á Mariana Duarte, Iracema Gomes, Jamille Sampaio, Sandra Selma, Valdomiro Victor e José

Neto pelo auxilio e companheirismo nos trabalhos realizados.

Agradecimento especial ao artesão José Roque Azevedo, que prestou valiosa e preciosa

contribuição na confecção dos tubetes.

Page 6:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

RESUMO

RIBEIRO, Lucas Gonçalves. TCC; Universidade Federal do Recôncavo da Bahia; abril, 2015;

Título: Desenvolvimento de recipiente biodegradável para produção de mudas de

eucalyptus. Orientadora: Andrea Vita Reis Mendonça. Coorientadora: Teresa Aparecida

Soares de Freitas.

Este trabalho teve como objetivo a elaboração de tubetes biodegradáveis provenientes de

resíduos de fibras de piaçava, para produção de mudas de espécies florestais que pudessem ser

plantadas junto ao tubete. O experimento foi uma parceria entre a Universidade Federal do

Recôncavo da Bahia – UFRB, e a Casa familiar Agroflorestal – CFAF, sendo elaborado em

três etapas. A confecção dos tubetes de fibra de piaçava, primeira etapa, e a produção de

mudas, segunda etapa, foram realizadas na casa familiar. A espécie utilizada foi Eucalyptus

camaldulensis, em Delineamento Inteiramente Casualizado – DIC com 2 tratamentos (T1 =

tubete polietileno e T2 = biodegradável) e 10 repetições com 64 mudas por repetição, usando

substrato comercial para espécies florestais e adubo de liberação lenta (osmocote). O ciclo de

produção, gerou dados referentes à altura, diâmetro, massa seca da parte aérea e de raiz, área

foliar (software ImageJ), comprimento raiz principal, % deformação e número de raiz, relação

massa seca de raiz/parte aérea, porcentagem de raiz, relação altura da parte aérea/diâmetro do

coleto e razão do comprimento de raiz/comprimento da parte aérea. A simulação de campo,

última etapa, foi conduzida no campus da UFRB de Cruz das Almas, utilizando sacos

plásticos de 11 L preenchidos com subsolo adubado, em DIC. Foram 3 tratamentos (T1 =

muda proveniente do tubete de polietileno, T2 = muda plantada com tubete orgânico e T3 =

muda plantada sem tubete orgânico) com 10 repetições cada, avaliando altura e diâmetro

durante os quatro meses de plantio, e % de deformações radiculares, comprimento total de

raízes finas e área superficial de raízes, após o término da simulação.Os recipientes fabricados

a partir de resíduos de Piaçava são viáveis para produção de mudas de Eucalyptus

camaldulensis, uma vez que resistem, sem deformações, por pelo menos um ciclo de

produção de mudas, além de produzirem mudas de qualidade, aptas para plantio no campo. O

plantio da muda sem a remoção do recipiente biodegradável de Piaçava não interfere no

estabelecimento e crescimento inicial da planta no campo.

Palavras-chave:Tubetes biodegradáveis, Piaçava.

Page 7:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

ABSTRACT

RIBEIRO, Lucas Gonçalves. TCC; Universidade Federal do Recôncavo da Bahia; april, 2015;

Title:Developmentbiodegradable container for seedlingsofeucalyptus. Advisor: Andrea

Vita Reis Mendonça. Co-advisor: Teresa Aparecida Soares de Freitas.

This study aimed to the preparation of biodegradable tubets from waste palm fibers for the

production of seedlings of forest species that could be planted together with the tubets. The

experiment was a partnership between the Federal University of Bahia Reconcavo - UFRB,

and the family house Agroforestry - CFAF, being developed in three stages. The making of

palm fibertubets,the first stage, and the production of seedlings, second stage, were held at the

family home. The species used was Eucalyptus camaldulensis in completely randomized

design - DIC with two treatments (T1 tubets polyethylene = T2 = biodegradable) and 10

repetitions with 64 seedlings per repetitions, using commercial substrate for forest species and

slow release fertilizer (osmocote). The cycle of production, generated data on height,

diameter, dry weight of shoot and root, leaf area (ImageJ software), main root length,%

deformation and root number, root dry weight / shoot, percentage root, relative height of the

part / stem diameter and ratio of root/ shoot length. The simulation field, the last stage was

conducted on the campus of UFRB in Cruz das Almas city, using plastic bags of 11 L filled

with underground fertilized, in completely randomized design. There was three treatments (T1

= seedlings from the polyethylene plastic tubet, T2 = seedlings planted with

biodegradabletubet and T3 = seedlings planted without biodegradabletubet) with 10

repetitions each, evaluating height and diameter during the four months of planting, and root

deformation% , total length of fine roots and surface area of roots, after the end of the

simulation. Containers manufactured from Piassava residues are feasible for the production of

Eucalyptus camaldulensis seedlings, since resisted without deformation, at least one seedling

production cycle, and produced quality seedlings, suitable for planting in the field. The

planting of changes without removing the biodegradable container of the Piaçava not interfere

in the establishment and initial growth of the plant in the field

Keywords: biodegradabletubets, Piaçava.

Page 8:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................9

2. OBJETIVOS........................................................................................................................11

2.1 Objetivo geral................................................................................................................11

2.2 Objetivos específicos.....................................................................................................11

3. REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................................12

3.1 Eucalyptus camaldulensis Dehnh..................................................................................12

3.2 Recipientes para produção de mudas..........................................................................13

3.3 Attalea funifera Martius (Piaçava)...............................................................................14

4. MATERIAIS E MÉTODOS..............................................................................................16

4.1 Desenvolvimento do tubete biodegradável..................................................................16

4.2 Desenvolvimento das mudas no viveiro.......................................................................16

4.3 Simulação de campo......................................................................................................18

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................................20

5.1 Confecção do tubete biodegradável.............................................................................20

5.2 Casa de vegetação..........................................................................................................22

5.3 Simulação de campo......................................................................................................25

6. CONCLUSÕES...................................................................................................................26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................27

Page 9:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

9

1. INTRODUÇÃO

A produção de mudas, principalmente de espécies perenes, tem sido realizada com a

utilização de tubetes de polietileno, introduzidos no Brasil na década de 80. Esses recipientes

comparados com os sacos plásticos apresentam vantagens como menor gasto com substratos

em função de apresentar menor volume, reduzindo a área de preparo de mudas,possibilitando

a mecanização de boa parte do processo de produção. Segundo Campinhos Jr. e Ikemori

(1983) e Zani Filho (1998), além desses benefícios, há melhoria no aspecto ergonômico de

produção, por permitir que os operários trabalhem em pé, manuseando recipientes mais leves.

Os custos relativos aos tubetes plásticos são responsáveis por 30% do investimento

nas instalações de viveiro em uma empresa florestal (ZANI FILHO, 1998). A utilizaçãodeste

tipo de recipiente implica na necessidade de remoção no ato do plantio e retorno para

higienização, sendo posteriormente descartados depois de algum tempo, gerando resíduos.

Contudo, nas últimas décadas se tem buscado desenvolver tubetes com materiais

orgânicos no intuito de não necessitar retira-los no momento do plantio, devido a sua

capacidade de degradação, minimizando, assim, a geração de resíduos. Tendo como

exemplos, os trabalhos de Moreira et al (2011) que utilizaram tubetes biodegradáveis na

produção de mudas de espécies florestais nativa. Silva et al (2014) queproduziram plântulas

de Ingá (Inga veraWilld) cultivadas em tubetes biodegradáveis e, Ferraz (2006) que avaliou

tubetes biodegradáveis para a produção de petúnia-comum.

Entretanto, a dificuldade no desenvolvimento de tubetes orgânicos é que os mesmos

não podem degradar durante o ciclo de produção das mudas no viveiro. Estes recipientes

devem ser resistentes o suficiente para manter a integridade durante a produção das mudas,

mas ao mesmo tempo, após o plantio no campo, não podem impor resistência ao

desenvolvimento das raízes.

Conti et al (2012), ao analisarem o desenvolvimento e a viabilidade econômica do

plantio de mudas de árvores em tubetes biodegradáveis, notaram que a resistência mecânica

dos recipientes de fibra de coco e bagaço de cana foi comprometidaapós 45 dias de

desenvolvimento das mudas, ou seja os recipientes se desintegraram.

AAttaleafuniferaMartius é uma espécie endêmica do litoral do estado da Bahia de

grande importância extrativista, há relatos da época do descobrimento, da utilização desta

espécie pelos índios como alimento e cobertura de ocas (SILVA, 2003).Atualmente, a

importância econômica desta palmeira está na extração de fibras industriais para diferentes

fins, destacando-se: a fabricação de vassouras, enchimento nos assentos de carros, cordoaria e

Page 10:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

10

escovões(SILVA, 2003).A atividade de produção de vassoura de piaçava gera grande

quantidade de resíduo, tornando-se um problema ambiental.

Neste contexto foi firmada uma parceria entre a Universidade Federal do recôncavo da

Bahia – UFRB, campus de Cruz das Almas, Bahia e a Casa Familiar Agroflorestal – CFAF da

cidade de Nilo Peçanha, Bahia, com odesafio de transformar o problema em solução,

destinando o resíduo indesejável, cascas e fibras finas e curtas da Piaçava, em recipientede

produção de mudas.

Page 11:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

11

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Avaliar a viabilidade técnica do uso de tubetes biodegradáveis, constituídos de resíduo de

fibra de Piaçava, na produção de mudas de Eucalyptus camaldulensis.

2.2 Objetivos específicos

-Desenvolver a técnica de confecção artesanal de tubetes utilizandoresíduo de fibra de

piaçava;

- Verificar a integridade dos tubetes durante o ciclo de produção das mudas;

- Avaliar a qualidade de mudas de Eucalyptus camaldulensis produzidas em tubetes de

piaçava;

- Avaliar o comportamento das mudas plantadas com os tubetes orgânicos em simulação de

campo.

Page 12:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

12

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Eucalyptus camaldulensisDehnh

Originado da Austrália e pertencente à família Myrtaceae, o gênero Eucalyptus tem

grande variedade de espécies, clones e híbridos. São os mais utilizados em plantios florestais

brasileiros em vista do seu rápido crescimento, múltiplas utilidades e alta capacidade de

adaptação. De acordo com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), em 2013 a área de florestas

plantadas com Eucalyptus foi de 5.473.176 hectares, visando atender as fábricas e industriais

dos segmentos florestais, como carvão, celulose e papel (SFB, 2015).

Os plantios de eucaliptos no Brasil estão entre os mais produtivos do mundo, com

produção média de 300 metros cúbicos por hectare em seis anos, ou seja, um rendimento

médio anual de 50m³/ha/ano (PEPINO, 2013). Esses valores são consequência dos fatores

ambientais favoráveis do país, do progresso de técnicas silviculturais e do melhoramento

genético dos gêneros, fazendo com que maiores investimentos financeiros de empresas

florestais sejam empregados em programas de melhoramento genético. Com as pressões

exercidas pelas restrições ambientais sobre o uso de madeiras nativas, a madeira de eucalipto

advinda de reflorestamentos é uma substituição promissora que apresenta grande versatilidade

e tem obtido crescente espaço no mercado mundial (FONSECA, 2012).

Entre as espécies do gênero Eucalyptus o E. camaldulensis se adapta a variadas

condições edafoclimáticas, além de possuir elevado número de procedências disponíveis

(COSTA et al., 2012). Segundo Ferreira (1979) o E. camaldulensisocorre em todos os estados

da Austrália, exceto na Tasmânia, pode atingir 30 metros de altura e 210 centímetros de

diâmetro, classificado como umas das mais adequadas espécies para zonas críticas de

reflorestamento onde a deficiência hídrica e problemas ligados a fertilidade do solo, sejam

fatores limitantes para outras culturas. Este autor também salienta que alguns fatores como

boa adaptação a condições adversas e facilidade de regeneração através das brotações de

cepas, somaram para expansão aqui no Brasil do Eucalyptus camaldulensis.

Segundo Mora e Garcia (2000), no Brasil, esta espécie tem potencial para plantios do

Rio Grande do Sul ao nordeste, sendo sua madeira avermelhada, de densidade média a

elevada, podendo ser utilizada para serraria, postes, dormentes, lenha e carvão.

Page 13:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

13

3.2 Recipientes para produção de mudas

Identifica-se dois sistemas de produção de mudas em viveiros florestais, mudas de raiz

nua, onde as mudas são desprotegidas, e mudas produzidas em recipientes, onde seus sistemas

radiculares são protegidos. As Mudas em recipientes apresentam menores problemas,como

baixa incidência de fungos e ergonomia no preparo. Características que contribuem para

adoção deste sistema, por grande parte das empresas florestais(WALKER et al., 2011).

O tipos de recipientes usados para produção de mudas do setor florestal vem passando

por constantes substituições, do torrão paulista, confeccionado a partir de mistura de solo

argiloso, solo arenoso e esterco curtido, ao de taquara ou tubo de bambu que muitas vezes

apodrecem, não resistindo ao ciclo de produção (WALKER et al., 2011).Além desses menos

utilizados tem-se os sacos plásticos e os tubetes rígidos de polietileno.

Grande parte das empresas do setor florestal, que produzem grandes quantidades de

mudas, adotaram o sistema de produção em tubetes para mudas de eucaliptos e pinus

(FONSECA, 2012). Elesapresentam maiores benefícios, já que o peso e ocupação da área no

viveiro é menor, possibilitando a mecanização da produção e redução dos custos, quando

comparados a mudas de sacolas (WENDLING et al., 2002).

Com a crescente demanda pela produção de mudas, os viveiros florestais vêm

buscando desenvolver técnicas que favoreçam a obtenção de mudas com características

morfofisiológicas e sanitárias apropriadas (FONSECA, 2012). Visando redução de custos e

tendo em vista as questões de sustentabilidade, pesquisadores e empresas estão apostando em

tubetes biodegradáveis, que dispensam a remoção deste no momento do plantio. O grande

desafio está ligado justamente a durabilidade da embalagem, já que esta não pode se

desintegrar durante o período de produção das mudas nem demorar muito tempo para se

decompor no campo (GOMES; PAIVA, 2004). Estas pesquisas com recipientes para

produção de mudas têm sido dinâmicas e sempre acatando o princípio de que o sistema

radicular é importante, devendo apresentar boa arquitetura. No ato do plantio as raízes

deverão sofrer o mínimo de distúrbios, o que permitirá que a muda seja plantada como um

torrão sólido e bem agregado a todo o sistema radicular, favorecendo a sobrevivência e o

crescimento inicial no campo (FERRAZ, 2006).

Estudar embalagens alternativas na produção de mudas pode contribuir com a

melhoria do meio ambiente e diminuir etapas no processo de produção de mudas, gerando

Page 14:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

14

maior economia para o setor. Conhecer o comportamento destas embalagens diretamente no

solo é um outro fator importante para avaliar o comportamento das plantas nestas embalagens.

Iatauro (2004) avaliando tubetes biodegradáveis na produção de mudas de aroeira, concluiu

que o uso destes tubetes foi eficaz na produção desta espécie florestal, com grande capacidade

de substituir os tubetes de plástico. Ferraz (2006) também avaliou tubetes biodegradáveis para

a produção de petúnia e concluiu que o processo em sacos plásticos foi mais trabalhoso

emrelação a tubetes biodegradáveis, principalmente em função da mão de obra. Outro

resultado favorável ao uso desta tecnologia, foi encontrado em Pereira et al. (2007)

avaliandotubetes biodegradáveis produzidos com cera de abelha, concluíram que mudas de

cafeeiro produzidas em tubetes de cera de abelha, apresentam desenvolvimento semelhante

àquelas produzidas em tubetes de polietileno.

3.3AttaleafuniferaMartius (Piaçava) 

AttaleafuniferaMartius, conhecida como Piaçava ou Piaçaba, pertence à família

Arecaceae, que compreende 189 gêneros e mais de 2.000 espécies distribuídas em todo

mundo(GUIMARÃES; SILVA, 2012). Esta espécie apresenta raiz de cor branca e amarela,

com coifa bastante diferenciada. Seu caule possuiu estirpe ereta e cor predominante cinza

escuro. Folha completa com coloração verde-escuro, com fruto simples, pluricarpelare

plurilocular (BARRETO, 2009).

De ocorrência natural no Sul da Bahia, a piaçava adapta-se bem em clima quente e

úmido. Na região litorânea pode ser encontrada em solos arenosos e associada à vegetação

secundária sob mata (BARRETO, 2009). Caracterizada como planta de fácil adaptação, é

possível encontra-la em solos de baixa fertilidade, impróprios para outras culturas. Os

municípios de Cairú, Ilhéus, Nilo Peçanha, Ituberá, Taperoá, Canavieiras, Belmonte e

Valença são tidos como principais cultivadores de piaçava (AVELAR, 2008).

De acordo com Avelar (2008), constituída de fibra longa, flexível, lisa, resistente e de

textura impermeável, a piaçava pode produzir de 8-10 kg de fibras, com média de 1,1

milímetros de largura e até 4 metros de comprimento, colhidas, somente, uma vez por ano.

Esta espécie é uma atraente opção agrícola quando plantada de forma correta, pois começa a

produzir, economicamente, aos sete anos e não necessita de grandes técnicas de manutenção e

exploração (AVELAR, 2008). As fibras de piaçava são empregadas na fabricação de

vassouras, escovas, cordas para navios, cestos, capachos e coberturas (AQUINO et al, 2002).

Page 15:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

15

O bulbo da piaçava nova é um tipo de palmito muito saboroso, e o seu fruto (coco) possui

amêndoa, muito utilizada para fabricação de farinha, canjica e mingau. Além disso, o coco

serve para produzir novas mudas, botões, piteiras, punhos de bengalas e boquilhas de

cachimbos, como também, constitui propriedades energéticas, sendo utilizado como carvão ou

na queima direta em fornos industriais (AVELAR, 2008).

De acordo com Agrela et al. (2009) na região norte e nordeste existem comunidades que

tem a extração de fibras naturais como fonte de renda, e que as fibras de piaçava possuem alto

teor de lignina, aproximadamente 45% e densidade de 1,12 g ml-1, sendo a densidade da borra

(resíduo) igual a 1,1 g ml-1.

De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre os produtos da

exploração extrativista não madeireira que se destacaram em 2013 está a Piaçava,

contribuindo com R$ 82,9 milhões da produção nacional, registrando neste ano uma produção

de 44 617 toneladas (IBGE, 2015).

A exploração da Piaçava para os seus diversos fins gera grande quantidade de resíduo,

também conhecido por borra, constituído por cascas e fibras finas, que embora seja

empregado em outros usos, tais como isolante térmico e cobertura de quiosques, ainda não é

suficiente para evitar o descarte, o que gera um problema ambiental (AVELAR,2008). De

acordo com Silva (2004) as perdas de piaçava nas indústrias de vassouras, rodos e escovas

ficam em torno de 10% a 20%, devido a aquisição de fardos desta fibra com presença de

material molhado e com diâmetro inferior ao utilizado na indústria.

Page 16:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

16

4. MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento iniciou em 2012 sendo dividido em três etapas:1.confecção dos tubetes

orgânicos, 2.produção demudas e 3.simulação de campo.

A primeira e segunda etapaforam realizadasna Casa Familiar Agroflorestal – CFAF,

município de Nilo Peçanha – Bahia, cidade pertencente a região da Costa do Dendê com

clima Tropical Chuvoso, precipitação média de 1500 mm e coordenadas geográficas -

13°30’00’’ a -13°50’00’’ de Latitude Sul, e - 39°00’00’’ a -39°30’00’’ de Longitude

Oeste(AVELINO, 2010).

A terceira etapa, denominada simulação de campo, foi realizada no viveiro da

Engenharia Florestal da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, campus Cruz das

Almas,situado a 12°40’12” de Latitude Sul e 39°06’07” de Longitude Oeste, clima Tropical

quente e úmido, com pluviosidade média anual de 1200 mm. (SUPERINTENDÊNCIA DE

ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA, 2010).

4.1 Desenvolvimento do tubete biodegradável

A matéria prima para fabricação dos tubetes, foi fornecida pela Cooperativa das

Produtoras e Produtos Rurais da APA (Área de Preservação Ambiental) de Pratigi –

COOPRAP, que atua em parceria com a CFAF. Se trata de um tipo de resíduo ou

bagaço,compostos porcascas de fibras, e algumas fibras consideradas curtas e finas para

produção de vassouras.

A fabricação foi realizada de forma artesanal, na qual o resíduo foi misturado a água e

fécula de mandioca em aquecimento de até 100° C, o composto resultante foi moldado em

formas de cimento e posteriormente secos a sombra.

4.2 Desenvolvimento das mudas no viveiro

Para avaliar a viabilidade técnica do uso de tubetes biodegradáveis de piaçava na

produção de mudas de eucalipto foi realizado um experimento no viveiro de produção de

Page 17:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

17

mudas da CFAF, em delineamento inteiramente casualizado, com dois tratamentos, T1

(tubetes de polietileno de 55 cm3 e T2 (tubetes biodegradáveis de resíduos de piaçava, com 55

cm³)com dez repetições de 64 mudas cada. Para fixar os tubetes biodegradáveis nas bandejas

plásticas desenvolvidas para os tubetes de polietileno, foi necessário adaptar um suporte

confeccionado com material proveniente de garrafa de refrigerante (PET)(Figura 1).

Figura 1: tubete biodegradável com suporte de garrafa pet

As bandejas com os tubetes foram alocadas em bancadas suspensas, em casa de

vegetação a 30% de sombreamento.

A espécie utilizada foioEucalyptus camaldulensis,devido ao amplo conhecimento

sobre produção de mudas de espécies deste gênero, e as sementes doadas pelo Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais – IPEF, safra 2007.

Os tubetes foram preenchidos com substrato comercial para espécies

florestais,adubado com Osmocote (19-6-10) na dose de 1,5 kg m-3 de substrato.O semeio e

raleio foram realizados de forma manual e a irrigação realizada duas vezes ao dia (manhã e

tarde). O raleio ocorreu quando as plântulas apresentaram um par de folhas, deixandoapenas a

muda mais vigorosa e central.

As mudas foram avaliadas quanto ao diâmetro do coleto (D) e altura da parte aérea (H)

aos 66, 80 e 93 dias após a semeadura, com auxílio de paquímetro (mm) e régua (cm),

respectivamente.

Aos 93 dias, considerou-se encerrada a fase de produção das mudas, eduas mudas de

cada repetição foram selecionadas aleatoriamente e avaliadas quantoas variáveis:comprimento

de raiz principal e da parte aérea, utilizando régua; diâmetro do coleto, por paquímetro; área

foliar (AF), as folhas foram destacadas, dispostas sem sobreposição em aparelho scanner,

obteve-se a imagem digitalizada e a área foliar foi contabilizada no software ImageJ.Massa

Page 18:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

18

seca da parte área (MSPA) e do sistema radicular (MSSR) e sua porcentagem (%

MSR),secagem em estufa a 70°C por 48 horas e pesagem em balança de precisão; número de

raízes (secundárias e terciárias) quantificação manual; número de deformações das raízes,

calculado através da quantidade de danos (dobramento, enovelamento ou estrangulamento)

que as raízes secundárias e terciárias podem sofrer por conta dos recipientes ou substratos,

obtendo o percentual de deformações de raízes, conforme Freitas, (2007). Calculou-se,

também variáveis como: razão do comprimento da parte aérea pelo comprimento raiz

principal, razão massa seca de raiz pela massa seca da parte aérea, porcentagem de massa seca

de raízes, razão altura da parte aérea pelo diâmetro do coleto, e Índice de Qualidade Dickson

(CARNEIRO, 1995), um método científico, muito utilizado na determinação da qualidade de

mudas, já que considera a interação entre vários parâmetros que refletem as condições de

desenvolvimento da planta, como a altura da parte aérea (H), o diâmetro do colo-coleto (D),

fitomassa seca total (PMST) que é dada pela soma da fitomassa seca da parte aérea (PMSPA)

e a fitomassa seca das raízes (PMSR) (RUDEK, 2013).

Durante o ciclo de produção das mudas os tubetes biodegradáveis foram diariamente

avaliados quanto a integridade, sendo classificados de acordo com as seguintes categorias:

sem deformações, parcialmente deformados e totalmente deformados.

Os dados foramtestados quanto a normalidade dos resíduos (Teste de Shapiro-Wilk) e

submetidos a análises de variância (α= 0.05), Programa R version 3.1.3 (R DEVELOPMENT

CORE TEAM, 2015).

4.3 Simulação de campo

O experimento de simulação de campo foi desenvolvido em ambiente aberto no

viveiro florestal da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, no período de Dezembro de

2012 a Março de 2013.O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com três

tratamentos: T1 (mudas produzidas em tubetes de polietileno) T2 (mudas produzidas em

tubetes de piaçava, sem remoção dos tubetes no plantio) e T3 (mudas produzidas em tubetes

de piaçava, com remoção dos tubetes no plantio) e dez repetições, com uma muda por

repetição.

Transplantou as mudas para sacolas, para simular uma situação de campo. As sacolas

de 11 litros foram preenchido com terra de subsolo adubada com N-P-K(04-14-08) na

proporção de 3 Kg de adubo para cada 500 L de solo.As plantas foram irrigadas duas vezes ao

dia, e avaliadasquantoà altura (régua, cm) e diâmetro (paquímetro, mm) ao nível do soloaos

Page 19:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

19

30, 60, 90 e 120 dias após o plantio.

Aos 120 dias foi retirada uma amostra de solo, a 5 cm da planta, utilizando um cilindro

de (5 cm de diâmetro e de altura). Estas amostras foram congeladas para posterior análise de

raízes, sendo o solo lavado em peneiras de malhas finas, as raízes separadas, montadas em

scanner, obtendo imagem digitalizada para posterior mensuração de comprimento total de

raízes finas e área superficial de raízes por meio do software Safira, desenvolvido pela

Embrapa.

Aos 120 dias as plantas, também, foram avaliadas quanto ao número de raízes

(secundarias e terciárias) e % de deformação de raízes, conforme Freitas (2007).

Os dados foram testados quanto a normalidade dos resíduos (Teste de Shapiro-Wilk) e

submetidos a análises de variância e teste de médias Scott-Knott(α= 0.05), Programa R

version 3.1.3 (R DEVELOPMENT CORE TEAM, 2015).

Page 20:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

20

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Confecção do tubete biodegradável

A primeira fase do trabalho foi a confecção dos tubetes que deveriam apresentar

volume e forma semelhante aos tubetes de polietileno de 55cm³, usados como testemunhas.

Assim, inicialmente foram confeccionadas formas de cimento para moldar os tubetes. Foram

utilizados os tubetes convencionais de polietileno (55 cm³) para con6fecção das formas

(Figura 2).

Figura 2: Confecção das formas para moldar tubetes biodegradáveis de Piaçava

Na sequência preparou-se uma massa, por meio de cozimento, contendo resíduo de

piaçava, fécula de mandioca e água (figura 3).

Figura 3: Cozimento dos ingredientes para confecção dos tubetes biodegradáveis

Page 21:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

21

Para definir a proporção da mistura, tempo de cozimento, rendimento na fase de

moldagem e tempo de secagem ao ar livre dos tubetes confeccionados, foram realizadas 13

linhas de produção, conforme Tabela 1.

Tabela 1 – Variáveis relacionadas a quantidade de materiais, tempo e pessoas necessárias para fabricação dos moldes de cimento, para confecção dos tubete biodegradáveis

Número tubetes

Quantidade resíduo (g)

Quantidade fécula (g)

Quantidade água (ml)

Tempo cozimento (minutos)

Tempo moldar (minutos)

Número de pessoas

Tempo secar (dias)

100 2000,0 1100,0 6800,0 40,0 300,0 3 4,0

100 3000,0 1650,0 10200,0 60,0 390,0 3 4,0

100 3000,0 1650,0 10200,0 60,0 390,0 4 5,0

71 2816,9 1549,3 9577,5 15,0 360,0 3 4,0

50 2000,0 1100,0 6800,0 20,0 360,0 4 4,0

42 2381,0 1309,5 8095,2 20,0 360,0 4 4,0

50 2000,0 1100,0 6800,0 20,0 360,0 4 4,0

100 2000,0 1100,0 6800,0 40,0 300,0 6 4,0

150 2000,0 1100,0 6800,0 60,0 240,0 6 4,0

150 2000,0 1100,0 6800,0 60,0 300,0 4 4,0

100 2000,0 1100,0 6800,0 40,0 360,0 2 4,0

100 2000,0 1100,0 6800,0 40,0 300,0 2 4,0

150 2000,0 1100,0 6800,0 60,0 300,0 5 4,0

Para confecção de 100 tubetes utilizam-se, em média, 2,3 kg de resíduo de piaçava, 1,3

kg de fécula de mandioca, 7,7 litros de água, sendo o tempo médio de cozimento da massa de

40 minutos.

Após preparada a massa, esta foi moldada nas formas de cimento (Figura 1). Para

facilitar a remoção dos tubetes aderidos aos moldes, os mesmos foram envoltos por sacos

plásticos e cobertos com resíduo de óleo de cozinha. Após aderir a massa ao molde a mesma

foi envolvida por palha-da-costa para melhor fixação. O tempo médio para confecção do

molde de cada tubete foi de 1’6”, assim considerando dia de trabalho de 8 horas (com duas

horas de descanso), espera-se que uma pessoa confeccione em média 327 tubetes dia-1. Os

tubetes após moldados foram secos ao ar livre, por um período de quatro a cinco dias

(Figura3).

Page 22:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

22

Figura 3: Tubetes biodegradáveis secando ainda na forma de cimento

Após secagem, a palha da costa foi removida e os tubetes estavam prontos para

utilização (Figura 4).

Figura 4: Tubetes biodegradáveis sem a palha da costa e a forma de cimento, prontos para utilização

5.2 Casa de vegetação

A avaliação da integridade dos tubetes biodegradáveis de resíduo de Piaçava permitiu

concluir que 100% dos recipientes utilizados se mantiveram sem deformações durante todo o

ciclo de produção das mudas de eucalipto, que correspondeu a 93 dias. O mesmo não ocorreu

no trabalho de Conti et al. (2012) já que aos 45 dias de desenvolvimento das mudas, a

resistência mecânica dos tubetes biodegradáveis de fibra de coco e bagaço de cana foi

comprometida devido à alta capacidade de absorção de água que prejudicou a aderência de

suas fibras e o aparecimento de fungos, junto com os deslocamentos das fibras que também

acelerou a decomposição e o rompimento dos tubetes biodegradáveis.

Desta forma, os recipientes biodegradáveis produzidos a partir de resíduos de Piaçava

são promissores, considerando que um dos desafios da utilização deste tipo de material é a

Page 23:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

23

manutenção da integridade durante todo o ciclo de produção das mudas. Entretanto, além da

manutenção da estrutura, o recipiente deve permitir o desenvolvimento adequado das mudas.

Mudas produzidas em tubetes convencionais apresentaram maiores valores em altura e

diâmetro (Tabela 2).Uma possível explicação para estes resultados é a porosidade do tubete

biodegradável, que favorece maior velocidade de evaporação da água proveniente da

irrigação. Conti et al. (2012) observaram em estudos de produção de mudas em tubetes

biodegradáveis de fibra de coco e bagaço de cana, que o substrato contido nestes recipientes

secava rapidamente, pois a água evaporava através de suas paredes, fazendo com que as

mudas sofressem estresse hídrico.

Tabela 2 -Médias de altura (H), diâmetro (D), área foliar (AF), massa seca da parte aérea (MSPA) de mudas de Eucalyptus camaldulensis, aos 90 dias após a semeadura produzidas em dois tipos de tubetes

TRAT ALTURA (cm)

DIÂMENTRO (mm)

AF (mm2) MSPA (g)

1 Tubete convencional 29,05 a 2,11 a 108,18 a 0,94 a2 Tubete orgânico 22,87 b 1,92 b 95,11 a 0,83 aMédias seguidas por letras iguais minúsculas nas linhas não diferem estatisticamente pelo teste F/ANOVA a 5% de probabilidade

As características morfológicas das mudas, tais como altura e diâmetro do colo, são

indicadores de qualidade de muda. Para muda de Eucaliptos sp atender aos padrões de

qualidade, a altura deve estar entre 15 a 35cm e o diâmetro do colo acima de 2,0 mm

(GOMES; PAIVA, 2011).Sendo assim, as mudas produzidas nos tubetes orgânicos de resíduo

de piaçava atendem, dentro do ciclo de produção de 90 dias, o padrão relativo à altura, mas o

diâmetro está abaixo (1,92 cm) do mínimo estabelecido (Tabela 2). A área foliar e a massa

seca da parte aérea não foram influenciadas pelo tipo de tubete (Tabela 2).

Com relação as variáveis relativas ao sistema radicular (Tabela 3), observa-se que as

mudas produzidas em tubetes biodegradáveis apresentaram maior quantidade de massa seca

de raíz, bem como menor percentual de deformações nas raízes.

Tabela 3-Médias de massa seca de raiz (MSR), comprimento de raiz principal (CRP), deformação de raiz (%Deformações) e número de raízes (NR) de mudas de Eucalyptus camaldulensis, aos 90 dias após a semeadura produzidas em dois tipos de tubetes

TRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR

1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a

Page 24:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

24

2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a

Segundo Binotto (2007) a massa seca do sistema radicular está relacionada a

capacidade da muda em captar nutrientes do substrato. Assim, maior massa seca de raízes

pode indicar maior área de captura de nutrientes e melhor desempenho da muda no campo.

O percentual médio de deformação das raízes das mudas provenientes de tubetes

convencionais foi duas vezes maior do que as produzidas nos tubetes biodegradáveis. De

acordo com Freitas (2007) a produção de mudas em recipientes de paredes rígidas pode

resultar em deformações do sistema radicular em função do reduzido volume e manejo

inadequado da produção. Sendo assim, os recipientes produzidos a partir de resíduos de fibra

de piaçava, por não serem de paredes rígidas, provavelmente, minimizaram as deformações

no sistema radicular.

Os recipientes biodegradáveis favoreceram a razão massa seca de raiz/massa seca da

parte aérea (Tabela 4). Binotto (2007) considera esta variável como eficiente para análise de

qualidade de muda. Maior razão MSR/MSPA, bem como o maior percentual de massa seca de

raiz, sugerem maior capacidade do sistema radicular em fornecer nutrientes para parte aérea.

Tabela 4 –Médias de razão massa seca raiz/massa seca parte aérea (MSR/MSPA), porcentagem de massa seca de raiz (%MSR), razão altura da parte aérea/diâmetro do coleto, razão do comprimento da raiz pelo comprimento da parte aérea e Índice de Qualidade Dickson (IQD) de mudas de Eucalyptus camaldulensis, aos 90 dias após a semeadura produzidas em dois tipos de tubetes

Tratamentos MSR/MSPA %MSR LN(H/D) 1/(RAIZ/PA)* IQD

Tubete convencional 0,31 b 23,60 b 2,58(13,22) a 2,59(0,39) a 0,08 aTubete orgânico 0,46 a 31,33 a 2,34(10,44) b 1,87(0,55) a 0,10 a

*Razão do comprimento da raiz pelo comprimento da parte aérea ( )Valores entre parêntese não transformados

A razão entre altura da parte aérea e diâmetro de colo, também denominado quociente

de robustez, foi superior nas mudas dos tubetes plásticos. Esta relação exprime o equilíbrio de

desenvolvimento das mudas no viveiro(CARNEIRO, 1995). De acordo com Gomes e Paiva

(2004) menor quociente de robustez favorece a sobrevivência e o estabelecimento das mudas

no campo. Ao avaliar relação entre variáveis de crescimento e o Índice de qualidade de

Dickson em mudas de eucaliptos e pinus, Binotto (2007) concluiu que as mudas com maior

relação H/D obtiveram os piores indicadores de qualidade.

Estatisticamente, não foram verificadas diferenças entre os dois tipos de recipientes

para as variáveis: área foliar e a massa seca da parte aérea (Tabela 2), comprimento das ráizes

Page 25:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

25

principais e número de raízes secundárias e terciárias (Tabela 3), razão do comprimento da

raiz/comprimento da parte aérea e Índice de Qualidade Dickson - IQD (Tabela 4). Por outro

lado apenas duas características morfológicas apontam para superioridade dos tubetes

plásticos, a altura e diâmetro das mudas, enquanto cinco variáveis avaliadas sinalizam

superioridade dos tubetes biodegradáveis, sendo elas: massa seca raiz, % de deformações de

raízes, razão MSR/MSPA, percentual de massa seca de raiz e razão altura da parte

aérea/diâmetro do coleto. Estes resultados evidenciam superioridade das mudas produzidas no

recipiente biodegradável a base de resíduos de Piaçava.

5.3 Simulação de campo

A simulação de campo busca simular o desempenho das mudas na fase de crescimento

inicial no campo. Nesta fase de avaliação da viabilidade dos tubetes biodegradáveisa questão

de maior relevância a ser investigada é se o plantio da muda sem a retirada do tubete

biodegradável interfere no estabelecimento e crescimento da muda no campo. Neste sentido

foi constatado que o plantio da muda sem a retirada do tubete não interfere no

estabelecimento e crescimento das plantas, já que nenhuma das vaiáveis avaliadas nesta fase

do trabalho diferenciaram entre os tratamentos testados (Tabela 5).Assim, não é necessária a

retirada do tubete orgânico no momento do plantio, pois além de servir como recipiente para

germinação, ele pode ser plantado junto com a muda, gerando economia e reduzindo resíduos.

Além disto, elimina-se etapas no processo de produção de mudas em relação ao processo

convencional, tais como recolhimento e higienização dos recipientes.

Tabela 5 -Médias de altura (H), diâmetro (D), comprimento total de raízes finas (CTRF), % Deformação, Número de raízes (NR), área superficial de raízes (ASR) de mudas de Eucalyptus camaldulensis, aos 120 dias após o plantio em simulação de campo realizada em três tipos de tratamentos

TRAT H (cm) D (mm) CTRF (cm)

% Deformação

NR ASR (cm²)

Muda tubete polietileno

144,4 a 17,22 a 47,00 (3,70) a 169,76 a 25,1 a 38,02 a

Muda com tubete orgânico

155,8 a 17,67 a 53,70 (3,06) a 144,16 a 25,2 a 35,15 a

Muda sem tubete orgânico

149,3 a 17,72 a 56,11 (2,95) a 146,17 a 26,8 a 36,17 a

Page 26:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

26

Em casa de vegetação, os valores de altura e diâmetro foram superiores para as mudas

provenientes de tubetes convencionais, porém, em simulação de campo estas variáveis não se

diferenciaram estatisticamente.

O comprimento total e a área superficial de raízes finas, também são variáveis que não

diferiram entre os tratamentos avaliados, enfatizando que o tubete de piaçava pode ser

plantado junto com a muda.Na fase de produção das mudas a porosidade e flexibilidade do

tubete orgânico,provavelmente, favoreceramo desenvolvimento das raízes e minimizaram as

deformações neste órgão.

6. CONCLUSÕES

Os recipientes fabricados a partir de resíduos de Piaçava são viáveis para produção de

mudas de Eucalyptus camaldulensis, uma vez que resistem, sem deformações, por pelo menos

um ciclo de produção de mudas, além de produzirem mudas de qualidade, aptas para plantio

no campo.

O plantio da muda sem a remoção do recipiente biodegradável de Piaçava não

interfere no estabelecimento e crescimento inicial da planta no campo.

Page 27:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGRELA, S. P.; GUIMARÃES, D. H.; CARVALHO, G. G. P.; CARVALHO, R. F.; JOSÉ,

N. M. Preparação e caracterização de compósitos de polietileno de alta densidade com

resíduos de fibras de piaçava da espécie Attaleafunifera Mart. In: Anais do 10o Congresso

Brasileiro de Polímeros – Foz do Iguaçu, PR –2009.

AQUINO, R. C. M. P.; d´ALMEIDA, J. R. M.;MONTEIRO, S. N. Desenvolvimento de

compósitos de matriz polimérica e piaçava, como substitutivo de produtos de madeira .

Vértices ano 4 n 1. 2002.

AVELAR, F. F. Utilização de fibras de piaçava (Attaleafunifera) na preparação de

carvões ativados. 2008. 72p.Monografia (Graduação) – Universidade Federal de Lavras –

UFLA : il. Disponível em: <http://repositorio.ufla.br/handle/1/1953>. Acesso em: 15 abril

2015.

AVELINO, E.; PROST, C. Análise sócio-ambiental da faixa leste dos municípios de

Igrapiúna, Ituberá, Nilo Peçanha e Taperoá. XXIV Congresso Brasileiro de Cartografia -

Aracaju - SE - Brasil, 2010. Disponível em:

<https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/7634/1/Avelino_Prost_Cgresso_Carto_2010.pdf>.

Acesso em: 17 abril 2015.

BARRETO, R. O. Técnicas de manejo e sustentabilidade da palmeira AttaleafuniferaMartius–

piaçava da Bahia: estudo de caso em Massarandupió, litoral norte – Bahia. Candombá –

Revista Virtual, v. 5, n. 2, p. 80-97. 2009.

BINOTTO, A. F. Relação em variáveis de crescimento e o Índice de Qualidade Dickson

em mudas de Eucalyptus grandis W. Hill exMaid e Pinus elliottiivar. elliottii –

Engelm..Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências

Rurais – Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal.Santa Maria-RS, 54p.2007.

Disponível em: <http://cascavel.cpd.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1019>.

Acesso em: 10 de abril 2015.

Page 28:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

28

BRASIL, Serviço florestal brasileiro. Sistema Nacional de Informações Florestais.Recursos

florestais: as florestas plantadas. Brasília: SNIF, 2015.

CAMPINHOS JR., E.; IKEMORI, Y. K.Nova técnica para a produção de mudas de

essências florestais. IPEF, Piracicaba, 23: 47-52. (1983).

CARNEIRO, J. G. A. Produção e controle de qualidade de mudas florestais. Curitiba:

UFPR/FUPEF, 1995. 451 p.

CONTI, A. C.; REIS, R. C. S.dos; CONTI, C. de; NETO, R. F. D. N.; ARANTES, A. K.

Análise do desenvolvimento e da viabilidade econômica do plantio de mudas de árvores em

tubetes biodegradáveis. RETEC, Ourinhos, v. 05, n. 01, p. 113-121, 2012.

COSTA, R. B.; AZEVEDO, L. P. A.; MARTINEZ, D. T.; TSUKAMOTO FILHO, A. A.;

DAYANE ÁVILA FERNANDES, D. A.; OLIVEIRA, O. E.; RESENDE, M. D. V. Avaliação

genética de Eucalyptus camaldulensis no Estado de Mato Grosso. Pesquisa Florestal

Brasileira, Colombo, v. 32, n. 70, p. 165-173. 2012.

FERRAZ, M. V. Avaliação de tubetes biodegradáveis para a produção de petúnia-comum

(Petúnia xhybrida). Revista Energia na Agricultura, Botucatu, vol. 24, n 4, 2009, p.65-76:

il.

FERREIRA, M. Escolha de Espécies de Eucalipto. Circular Técnica, IPEF, v.47, p.1-30,

1979.

FONSECA, M. D. S. Influência do tamanho do recipiente na qualidade de mudas de três

espécies de eucalipto. 2012. 48f.. Monografia (Graduação) – Universidade Federal do

Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas. il.

FREITAS, T. A. S. Produção de mudas de eucalipto em recipiente aberto e fechado. 91p.

Tese (Doutorado). Universidade Estadual Do Norte Fluminense – Rio de Janeiro, Outubro

2007.

GOMES, J. M.; PAIVA, H. N. Viveiros florestais: propagação sexuada. 3 ed., UFV, Viçosa,

MG, 2004.

Page 29:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

29

GOMES, J. M.; PAIVA, H. N. Viveiros florestais: propagação sexuada. 3 ed., UFV, Viçosa,

MG, 2011.

GUIMARÃES, C. A. L.; SILVA, L. A. M. Piaçava da Bahia (AttaleafuniferaMartius) : do

extrativismo a cultura agrícola. Ilhéus – BA :Editus, 2012. 262p. : II.

IATAURO, A. R. Avaliação energética e econômica da substituição de tubetes de plástico

por tubetes biodegradáveis na produção de mudas de aroeira-

SchinusterebinthifoliusRaddi. 2004. 59p. Dissertação (Mestrado). Universidade Estadual

Paulista, Botucatu, 2004.

MORA, A. L.; GARCIA, C. H. A cultura do eucalipto no Brasil. São Paulo, 2000.

MOREIRA, E. J. C.; MAYRINCK, R. C.; MELO, L. A.; TEIXEIRA, L.A.F.; DAVIDE, A.C.

Desenvolvimento de mudas de angico vermelho no campo produzidas em tubetes

biodegradáveis. X Congresso de Ecologia do Brasil, 16 a 22 de Setembro de 2011, São

Lourenço – MG.

PEPINO, A. (Secretária do Estado do Desenvolvimento Econômico e Social). Especialista

fala sobre potencial da indústria de reflorestamento. Porto Velho – RO. Julho/2013.

PEREIRA, C. S.; SILVA, A. A.; CARVALHO, S. J.; GUIMARÃES, R. J.; POZZA, E. A.

Tubetes biodegradáveis produzidos com cera de abelha. Simpósio de Pesquisa dos Cafés

do Brasil (5. : 2007 : Águas de Lindóia, SP). Anais. Brasília, D. F. : Embrapa Café, 2007.

R Development Core Team. R: R version 3.1.3 (2015-03-09) -- "Smooth Sidewalk" Copyright

(C) 2015 The R Foundation for Statistical Computing Platform: x86_64-w64-mingw32/x64

(64-bit).Disponívelem: <http://www.rproject.org>. Acessoem: março2015.

RUDEK, A.; GARCIA, F. A. de O.; PERES, F. S. B. Avalição da qualidade de mudas de

eucalipto pela mensuração da área foliar com o uso de imagens digitais. Enciclopédia

Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, n.17; p. 3787, 2013.

Page 30:  · Web viewTRATAMENTO MSR (g) CRP (cm) % DEFORMAÇÃO NR 1 Tubete convencional 0,29 b 13,05 a 57,59 a 8,25 a 2 Tubete orgânico 0,38 a 13,99 a 25,12 b 9,25 a Segundo Binotto (2007)

30

SILVA, D. B.; RIBEIRO, N. P.; LEITE, E. M.; BRITO, T. R.; GUILHERME, D.; CEREDA,

M. P. Produção de plântulas de Ingá (Inga vera Willd) cultivadas em tubetes biodegradáveis.

Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande, MS. Cadernos de Agroecologia – ISSN

2236-7934 – v. 9, n. 4; 6p. 2014.

SILVA, J. S. Aproveitamento dos resíduos sólidos industriais na região metropolitana de

João Pessoa-PB. Dissertação de mestrado apresentada a Universidade Federal da Paraíba.

UFPB, 111p. 2004.

SILVA, L. A. M. Piaçava – 500 anos de extrativismo. In: SIMÕES, L. L.; LINO, C. F.

(Orgs.). Sustentável Mata Atlântica: A Exploração de seus Recursos Florestais. 2ª ed. 2003.

216p.

SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA.

Estatística dos municípios baianos, v. 13. Salvador: SEI, 2010. 382 p.

WALKER, C.; ARAÚJO, M. M.; MACIEL, C. G.; MARCUZZO, S. B. Viveiro florestal:

evolução tecnológica e legalização. Revista Verde (Mossoró – RN – Brasil). Edição especial.

v.6, n.5, 8p;2011.

WENDLING, I.; FERRARI, M. P.; GROSSI, F. Curso intensivo de viveiros e produção de

mudas. Colombo: Embrapa Florestas, 2002. 48p. (Embrapa Florestas. Documentos, 79).

ZANI FILHO, J. (1998).Fundamentos para estruturação de um viveiro florestal. Curso

de produção de mudas de espécies florestais exóticas e nativas. Piracicaba: IPEF/ESALQ-

USP.12p.