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PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA JUVENTUDE:ESCOLAS PÚBLICAS E ESCOLAS PRIVADAS
Vitor Duarte Moron de Andrade (Pontifícia Universidade Católica de Campinas)
José Gonzaga Teixeira de Camargo (Pontifícia Universidade Católica de Campinas)
Marcos Pereira de Santana Santos (Pontifícia Universidade Católica de Campinas)
Simone Alves da Silva (Pontifícia Universidade Católica de Campinas)
Ariane Caetano Hardy (Pontifícia Universidade Católica de Campinas)
Joaquim Simões Neto (Pontifícia Universidade Católica de Campinas)
Resumo: Os acidentes de trânsito constituem uma urgente questão de Saúde Pública atual. O número
de pessoas que morrem a cada ano vítimas de acidentes de trânsito, segundo a OMS, é
estimado em cerca de 1,2 milhões. A faixa etária mais acometida nesse tipo de acidente é a
dos jovens e a principal causa é o consumo excessivo de álcool. Nesse contexto, a falta de
informação e de conscientização sobre o risco de acidente pode estar relacionada à atual
desigualdade educacional presente no Brasil. Desse modo, faz-se necessária a avaliação,
confirmação e quantificação dessas diferenças a fim de, no futuro, com o auxílio do governo,
decidir pela melhor abordagem de intervenção frente a essas questões no Brasil.
Introdução
Trauma é uma lesão causada por agente externo. É um acontecimento não previsto
e indesejável, de forma violenta em menor ou maior intensidade, que produz dano ou lesão
nas pessoas. As causas dos traumas são diversas e as principais são: acidentes com
veículos automotores, agressões, quedas, armas de fogos e queimaduras.
Segundo pesquisas, cerca de 90% dos casos de traumas podem ser evitados, por
meio de escolhas seguras, evitando fatores de riscos, como abuso de álcool, drogas,
excesso de velocidade, desatenção (como o uso de telefones celulares ao volante),
inexperiência e a não utilização de equipamentos de proteção, como o cinto de segurança.
Assim, é preciso sensibilizar os jovens, fazendo com que reflitam antes de tomar
decisões arriscadas, como dirigir embriagados.
A mortalidade de jovens atualmente ocorre em números alarmantes. A cada ano
morrem 1,2 milhão de adolescentes dentre 10 e 19 anos por causas evitáveis, e mais de
dois terços das mortes acontecem nos países em desenvolvimento, especialmente no
continente africano e no sudeste asiático, segundo um relatório publicado pela Organização
Mundial da Saúde (OMS). As causas são diversas, mas em grande número evitáveis, tais
como os acidentes de trânsito (115.302), infecções respiratórias (72.655), suicídios (67.149),
doenças diarreicas (63.575) e afogamentos (57.125) foram as principais causas de morte
entre os adolescentes em 2015, de acordo com a OMS.
Ferimentos são a maior causa de morbimortalidade entre crianças e adolescentes de
idades inferiores a 18 anos. São estimadas 875.000 mortes por ano, e afetam 30milhões de
pessoas por conta de ferimentos, incapacidades e desordens psicológicas.
NoBrasil, em 2010, mortes relacionadas e causadas por acidentes e violência nre
crianças e adolescentes na idade compreendida entre 10 – 19 anos ocorram em 16.232
mortes (47,5 por 100.000).
Pickett et al descreveram uma complexa interação entre questões sociais, elementos
culturais e ambientais . Segundo o autor há associação entre fatores de risco como
preditores de lesões e ferimentos. Alguns como sexo masculino, negros ou mulatos, baixo
nível social, e morar em ambientes violentos ou inseguros. Outros elementos individuais
como o não uso de cinto de segurança, capacete e o uso de álcool e drogas, aumentam a
ocorrência de acidentes elesões.
Os dados divulgados pela OMS apresentam diferenças consideráveis entre os
adolescentes por sexo e faixa etária. Os acidentes de trânsito são a causa mais comum de
morte entre adolescentes e também no caso dos homens, enquanto que o principal motivo
de mortalidade feminina são as infecções respiratórias pulmonares.
Na maioria de ocasiões, os menores mortos nas estradas são usuários vulneráveis:
pedestres, ciclistas ou motociclistas. Quase 88.590 em relação às vítimas do sexo feminino
da mesma idade (26.712) morreram por ferimentos ocasionados por conta de acidentes na
via pública.
O suicídio e autoflagelo constituem a segunda causa de mortes entre as
adolescentes do sexo feminino de todo o mundo (32.194) e a quinta entre os rapazes
(34.650). Além disso, os garotos adolescentes têm mais probabilidades de perder a vida em
brigas e confrontos violentos (42.277) e afogamento (40.847), enquanto que as garotas
falecem mais por causa de doenças diarreicas (32.194).
Para as mulheres com idade entre 15 e 19 anos - a primeira causa de morte são as
complicações no parto ou aborto, um problema que acaba com a vida de 28.886 das
adolescentes a cada ano.
De acordo com as conclusões do relatório, as mortes de adolescentes, em sua
maioria, poderiam ser prevenidas com a melhoria dos sistemas de saúde e na educação
pública, além de campanhas de conscientização.
Há várias hipóteses para explicar porque a relação entre juventude e o trânsito é tão
perigosa. O grande número de acidentes tem um impacto na economia, termina com a vida
de uma pessoa ativa, causa enorme sofrimento e transtorno às suas famílias e, além disso,
as estatísticas fazem com que os seguros de automóvel fiquem mais caros para todas as
famílias que possuem um jovem condutor.
A cidade de São Paulo é um exemplo notável desse problema. Foram adotadas
várias políticas de segurança no trânsito em 2016, com resultados favoráveis em todas as
faixas etárias, menos entre a população de 18 a 24 anos. É essa a idade em que são
registradas as ocorrências fatais dos acidentes de trânsito. A cidade conseguiu reduzir em
15% os acidentes fatais, entre 2015 e 2016, mas o número de mortes entre os jovens
permaneceu o mesmo, isto é, 173 em 2016, comparado a 172 em 2015. É o que foi
constatado pelo Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de
São Paulo (Infosiga-SP), órgão do governo do estado de São Paulo, que analisou os
acidentes de trânsito de 2015 e 2016.
No estado de São Paulo, no ano de 2016, 27% dos acidentes fatais no trânsito
ocorreram entre jovens de 18 a 29 anos, sendo que 78% eram do sexo masculino. A maior
parte dos acidentados estava em motocicletas (29%).
Segundo o Infosiga-SP, nos 645 municípios do estado, 713 pessoas morreram no
trânsito em 2016. Os jovens entre 18 e 24 anos de idade foram 111. Em segundo lugar
foram os idosos, acima de 60 anos, com 104 vítimas fatais. As motocicletas foram os veículo
nos quais omaior número de acidentes fatais ocorre, vitimando 231 pessoas, incluindo,
nessa casuística, também pedestres.
Com a redução do limite de velocidade nas avenidas e marginais da cidade de São
Paulo, conseguiu-se uma redução de 15% do número de acidentes enquanto que a queda
no número de acidentes no restante do estado foi bem menor, de 5,6%. A faixa etária dos
jovens força para baixo a média de redução de acidentes, sendo que os resultados positivos
poderiam ser mais expressivos se os cálculos não considerassem a faixa etária dos jovens.
Até mesmo as seguradoras, que trabalham com estatísticas, passam a cobrar mais
caro de todas as famílias que possuem um condutor com esse perfil, o que onera a
sociedade como um todo.
São várias as hipóteses para o que leva os jovens a um tão alto índice de acidentes
fatais no trânsito. Alguns especialistas argumentam que seria a falta de habilidade na
condução do veículo, o excesso de autoconfiança e o comportamento desafiar e compulsivo
dos jovens. Outros explicam que é preciso aumentar a fiscalização nas ruas das cidades.
Outros ainda apontam a falta de educação como principal razão do comportamento de risco.
A OMS recomenda que a segurança deve aumentar, para diminuir a morte entre os
jovens, com limites legais cada vez mais rigorosos quanto a ingestão de álcool por
motoristas, redução dos limites de velocidade de carros, aumento da fiscalização,
obrigatoriedade do uso de capacetes e cintos de segurança.
Campinas é a terceira cidade mais populosa do Estado de São Paulo, e a 14a do
Brasil, com mais de 1,1 milhão de habitantes. A cidade de Campinas possui um veículo para
cada 1,31 habitantes, é uma das cidades com mais alta taxa de motorização do Brasil.
Dados da Empresa Municipal de Desenvolvimento (Emdec) de Campinas (SP) mostram que
48,8% das mortes registradas em acidentes de trânsito na cidade em 2014 tiveram relação
com o consumo de álcool. Depois das quedas, os acidentes de transporte são as maiores
causas de atendimento nos serviços de Urgência e Emergência do município. Sobre a
natureza dos acidentes fatais, o atropelamento com 35%, seguido de choque com 23% e
depois abalroamento com 18%estão entre as causas principais. O sexo das vítimas dos
acidentes fatais se dividem em 89% do sexo masculino. Em relação aos que estavam
ocupando veículos, 94% eram do sexo masculino e quanto aos pedestres, 78% eram
homens.
No caso dos motociclistas, muitas vezes pensamos que os acidentes ocorrem
porque há um abuso no memento em que estão trabalhando, porém esses mesmos dados
de 2014 mostram que os acidentes fatais ocorreram no momento de lazer em 44%, seguido
de trabalho com 24% e em ida/volta do trabalho em 12%. As faixas etárias mais acometidas
nesses casos de óbito foram mais altas dos 18 – 23 anos (23%), seguida de 30 – 35 anos
(20,5%). No caso dos motociclistas, todos eram do sexo masculino.
O uso do celular enviando mensagens aumenta em 400% o risco de acidentes.
Cinquenta e um por cento dos acidentes co ferimentos são causados pelo uso de celulares *
Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos 2014, Organização das nações
Unidas 2010.
Em Campinas, segundo dados de 2014, os dias da semana em que isso mais ocorre
sã na terça e no sábado.
Quanto a dosagem alcoólica no sangue, 48,9% das pessoas que faleceram nos
acidentes com veículos apresentavam dosagem proibitiva de álcool no sangue. Dos
condutores de motocicletas, 48% a apresentava, assim como 70% dos que conduziam
outros veículos. Já os pedestres somavam 30%.
A maioria dos traumas poderiam ser evitados por meio de escolhas conscientes, e
muitas vezes as escolhas influenciam a vida de muitas outras pessoas – do pedestre, dos
outros motoristas, e dos seus familiares e pessoas que o amam. Assim, este projeto
pretende conscientizar os professores, pais e alunos adolescentes que as ocorrências de
trânsito não são “acidentes” ou coisas que acontecem ao acaso e sim, eventos cuja
ocorrência está sob o nosso controle, sendo previsíveis e evitáveis.
Trauma é uma lesão causada por agente externo. É um acontecimento não previsto
e indesejável, de forma violenta em menor ou maior intensidade, que produz dano ou lesão
nas pessoas. As causas dos traumas são diversas e as principais são: acidentes com
veículos automotores, agressões, quedas, armas de fogos e queimaduras.
Segundo pesquisas, cerca de 90% dos casos de traumas podem ser evitados, por
meio de escolhas seguras, evitando fatores de riscos, como abuso de álcool, drogas,
excesso de velocidade, desatenção (como o uso de telefones celulares ao volante),
inexperiência e a não utilização de equipamentos de proteção, como o cinto de segurança.
Assim, é preciso sensibilizar os jovens, fazendo com que reflitam antes de tomar decisões
arriscadas, como dirigir embriagados.
Assim, este projeto pretende conscientizar alunos adolescentes que as ocorrências
de trânsito não são “acidentes”, e que a violência tanto contra os outro ou contra si mesmo
podem ser evitadas, e que não acontecem ao acaso e sim eventos cuja ocorrência está sob
o nosso controle, sendo previsíveis e evitáveis.
Objetivos:
O objetivo desse projeto foi avaliar e confirmar a disparidade e a vulnerabilidade social à
qual os alunos do ensino público são submetidos frente aos alunos do ensino privado,
realizando uma análise comparativa de dados que avalia os conhecimentos obtidos durante
as atividades socioeducativas entre alunos e professores da região metropolitana de
Campinas - SP desenvolvidas pelo Programa P.A.R.T.Y. (Prevenção do Risco de Trauma
Relacionado ao Uso de Álcool na Juventude).
Metodologia: A metodologia desenvolvida foi dividida em duas partes as quais foram repetidas
anualmente nos anos de 2015 a 2017:
A primeira parte do projeto consistiu em:
- Visitação a escolas públicas e privadas da região metropolitana de Campinas – SP, em
conjunto com o docente, para contato e explicação da importância da adesão ao projeto;
- Levantamento bibliográfico e elaboração de material didático com foco na prevenção
de acidentes e hábitos saudáveis, que consiste em uma cartilha de orientação aos pais,
alunos e professores, escrita em conjunto com o docente e traduzida para uma
linguagem inteligível ao público alvo de forma que haja um desenvolvimento de
autonomia do mesmo;
- Realização de visitas às enfermarias de Cirurgia de Urgência, Trauma e Ortopedia do
Hospital e Maternidade Celso Pierro, previamente ao dia das visitas dos alunos, pais e
docentes, para contato com pacientes vítimas de acidentes automobilísticos que possam
compartilhar suas experiências com relação ao trauma vivido.
A segunda parte do projeto consistiu em:
- Visitas dos alunos, pais e docentes à instituição PUC-Campinas para participação do
programa de palestras ministradas por profissionais do atendimento pré-hospitalar
(SAMU, EMDEC, Bombeiros e Polícia Militar), em relação aos principais fatores de risco
relacionados ao trauma e ao trânsito. Sensibilização através de relatos, vídeos e dados
do município;
- Visitas Hospitalares às enfermarias de Cirurgia de Urgência, Trauma e Ortopedia, para
contato com o ambiente hospitalar, com pacientes vítimas de trauma e com seus
familiares, selecionados previamente, de forma a compreender um pouco sobre os
impactos físicos, financeiros e psicossociais enfrentados;
- Sistematização dos dados por meio da aplicação de pré-testes e pós-testes, antes e
depois das atividades realizadas, contendo perguntas acerca dos temas abordados nas
palestras e da visita ao hospital.
Desenvolvimento:
Muitas faculdades, serviços e ligas acadêmicas no Brasil abordam o trauma em seus
projetos de ensino e pesquisa. Por meio destes trabalhos científicos é possível promover o
desenvolvimento e o progresso do conhecimento, propondo mudança nas formas de
abordagem e intervenção às vítimas de traumas. A importância da pesquisa científica é um
fato notadamente reconhecido e, no Brasil, a sua produção cresceu significativamente nos
últimos anos, o que é confirmado pelo aumento do número de artigos de autores brasileiros
publicados em periódicos qualificados pela indexação no Institute for Science Information.
Apesar da taxa crescente de produção e conhecimento científico acerca do trauma no
Brasil, os dados coletados pela Organização Mundial da Saúde mostram que as já altas
estatísticas no que concerne o trauma ligado a acidentes automobilísticos no país são piores
do que se imagina:
A fim de avaliar, discutir e melhorar a situação do trânsito em Campinas, foi
implementado na cidade o programa de atividades socioeducativas P.A.R.T.Y. (Prevenção
do Risco de Trauma Relacionado ao Uso de Álcool na Juventude) com o foco nos jovens
como veículos de mudança para a prevenção de traumas automobilísticos no futuro.
Foram coletados pré-testes e pós-testes de 398 alunos, dos quais 327 alunos eram
de escolas públicas (coletados em 2016 e 2017) enquanto 71 alunos pertenciam a escolas
privadas (2015). Dos 71 alunos participantes de escolas privadas, 37 (52.11%) já haviam
dirigido veículo automotor, sendo que desses 71, 70 (98.5%) eram menores de idade.
Enquanto isso, dos 327 alunos participantes de escolas públicas, 148 (45.25%)
haviam dirigido veículo automotor, e desses 327, 267 (81.65%) eram menores de idade.
Isso demonstra que, além de os jovens de Campinas estarem sendo introduzidos a
experiências automobilísticas antes do previsto, mais da metade dos estudantes de escolas
privadas menores de idade já dirigiram (52.11%) enquanto esse mesmo número quando
comparado com estudantes de escolas públicas é menos da metade (45.25%).
Dos 71 alunos de escolas privadas, 64 (90.14%) sempre usam cinto no banco da
frente e 34 (47.88%) usam no banco de trás, enquanto dos 209 alunos entrevistados de
escolas públicas, apenas 118 (56.5%) usam cinto no banco da frente e 44 (21.5%) o usam
no banco de trás. Isso mostra a ausência de instrução recebida pelos alunos que
frequentam o sistema público de ensino quando comparado com os alunos do sistema
privado.
Apesar de os dados coletados relacionados ao número de jovens que consumiu
bebidas alcoólicas no último mês e ao fato de terem andado de carro com motorista
alcoolizado nos últimos dois meses não apresentarem grandes diferenças entre alunos de
escolas públicas e privadas, nota-se que mais da metade dos jovens consumiu álcool no
último mês (51.4%) e mais de um terço andou de carro com motorista alcoolizado (34.6%).
Isso mostra que a presença das bebidas alcóolicas em vias públicas ainda é um risco
constante para motoristas, pilotos e pedestres. Ainda também, esses dados mostram que as
atuais estratégias educacionais e de controle quanto à venda e disponibilidade de bebidas
alcóolicas para menores de 18 anos são ineficazes já que mais da metade desses jovens já
as consumiu ou consome.
Ainda durante as questões iniciais, dos 398 jovens entrevistados apenas 264
(66.33%) atribuem impacto significativo à prevenção em diminuir a ocorrência de acidentes
no trânsito, 67 (94.35%) dos 71 alunos de escola privada e 197 (60.24%) dos 327 alunos de
escola pública.
Foi percebida melhora nos resultados entre pré-testes e pós-testes no que diz
respeito às áreas de conhecimento acerca dos efeitos do álcool no organismo,
conhecimento de situações de risco ao trauma e conhecimento do que pode acontecer se
beberem e dirigirem. No entanto, o maior alteração ocorreu na área relacionada a quem
chamar e como agir em caso de acidentes, subindo de 258 (64.82%) nos pré-testes para
326 (81.91%) nos pós-testes.
Ainda com relação aos testes, percebe-se que os alunos das escolas privadas
obtiveram melhores resultados em todos os testes com exceção do teste sobre
conhecimento do que pode acontecer se beber e dirigir no qual os alunos das escolas
públicas se saíram melhor.
Conclusões: É alto o número de jovens menores de idade que consomem álcool;
Cerca de um terço dos jovens que se arrisca a trafegar em vias públicas junto de
motoristas alcoolizados;
Quase metade dos jovens que ainda frequentam as escolas já dirigiram automóveis
ou pilotaram motocicletas;
Os alunos da escola particular obtiveram melhores resultados em relação aos alunos
da escola pública sobre conhecimento do risco de trauma relacionado ao consumo
excessivo de álcool, confirmando, portanto, a disparidade e a vulnerabilidade social a
qual os alunos do ensino público são submetidos frente aos alunos do ensino
privado.
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