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1 Boletim CONT-TRIB-JUR em 04.agosto.2014. "A educação visa a melhorar a natureza do homem, e isto nem sempre é aceito pelo interessado." Carlos Drummond de Andrade Publicação da versão 3.1.5 do programa validador e assinador (PVA) do Sped Contábil agosto 1, 2014 em Geral , Sped Contábil , Tributário por Paloma Dias Foi publicada a versão 3.1.5 do PVA do Sped Contábil, com as seguintes alterações: 1 – Permissão de mais de 9 assinaturas no registro J930. 2 – Correção do problema em relação ao parâmetro de finalidade da escrituração, que estava sendo passado de forma errada para o PVA. 3 – Correção do pesquisa do registro I050 (os critérios de seleção não estavam aparecendo). 4 – Correção do problema da substituição da escrituração com troca de NIRE. 5 – Correção da visualização do histórico padrão no razão. Fonte: http://www1.receita.fazenda.gov.br/sped/ Minuta do Manual de Orientação do Leiaute da ECF (Escrituração Contábil Fiscal) IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Page 1:  · Web viewO SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil,

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Boletim CONT-TRIB-JUR em 04.agosto.2014.

"A educação visa a melhorar a natureza do homem, e isto nem sempre é aceito pelo interessado."Carlos Drummond de Andrade

Publicação da versão 3.1.5 do programa validador e assinador (PVA) do Sped Contábilagosto 1, 2014 em Geral, Sped Contábil, Tributário por Paloma Dias

Foi publicada a versão 3.1.5 do PVA do Sped Contábil, com as seguintes alterações:

1 – Permissão de mais de 9 assinaturas no registro J930.2 – Correção do problema em relação ao parâmetro de finalidade da escrituração, que estava sendo passado de forma errada para o PVA.3 – Correção do pesquisa do registro I050 (os critérios de seleção não estavam aparecendo).4 – Correção do problema da substituição da escrituração com troca de NIRE.5 – Correção da visualização do histórico padrão no razão.

 Fonte: http://www1.receita.fazenda.gov.br/sped/

Minuta do Manual de Orientação do Leiaute da ECF (Escrituração Contábil Fiscal)julho 31, 2014 em Geral por Paloma Dias

Está disponibilizada a Minuta do Manual de Orientação do Leiaute da ECF atualizada em julho de 2014, revisada e com a inclusão das tabelas dinâmicas dos blocos L (Lucro Líquido), M (e-Lalur e e-Lacs), N (Apuração do IPRJ e da CSLL), P (Lucro Presumido), T (Lucro Arbitrado) e U (Imunes e Isentas).

As tabelas dinâmicas dos blocos X (Informações Econômicas) e Y (Informações Gerais) serão divulgadas até o final de agosto de 2014.

Minuta do Manual de Orientação do Leiaute da ECF (Escrituração Contábil Fiscal

http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/ecf/legislacao.htm

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Esclarecimentos sobre DCTFPublicado em 31 de julho de 2014 por Gabriel Peixoto

Considerando as duvidas em relação à entrega da Declaração de Débito e Créditos Tributários Federais (DCTF) a Fenacon esclarece:

- O prazo de entrega da DCTF referente aos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2014 vai até esta quinta-feira, dia 31 de julho.

- O prazo da entrega da DCTF de maio de 2014 encerra-se no dia 8 de agosto.

- Aplica-se o disposto no art. 3º da IN 1.478/2014 da Receita Federal do Brasil, ou seja, as pessoas jurídicas e os consórcios de que tratam os incisos I, II e II do art 2º. Da Instrução Normativa no. 1.110, que não tenham débitos a declarar a partir dos meses de janeiro, fevereiro, março ou abril de 2014, deverão apresentar a DCTF relativa ao 1º. (primeiro) mês em que não tiveram débitos a declarar até o dia 31 de julho de 2014.

Fonte: FENACON

DCTF - Receita Federal divulga novas orientações sobre a apresentação da declaração

Postado por José Adriano em 1 agosto 2014 às 12:21 Exibir blog

A norma em referência alterou a Instrução Normativa RFB nº 1.110/2010, que dispõe sobre a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) e aprova o programa gerador e as instruções para preenchimento da DCTF na versão "DCTF Mensal 1.8"; a Instrução Normativa RFB nº 1.469/2014, que disciplina a aplicação das disposições referentes à opção pelos efeitos no ano-calendário de 2014, previstas na Lei nº 12.973/2014; e a Instrução Normativa RFB nº 1.478/2014.

Em decorrência dessas alterações:

a) as pessoas jurídicas inativas, enquanto se mantiverem nessa condição, estarão dispensadas da apresentação da DCTF (na redação anterior, a dispensa aplicava-se somente no caso de a pessoa jurídica permanecer inativa durante todo o ano-calendário);b) a multa mínima aplicável no caso de entrega da DCTF em atraso ou com incorreções passa a ser de R$

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500,00, ficando extinta a penalidade mínima de R$ 200,00, aplicável às pessoas jurídicas inativas;c) as opções pela adoção, no ano-calendário de 2014, das disposições constantes dos arts. 1º, 2º e 4º a 70, ou pelas regras previstas nos arts. 76 a 92 da Lei nº 12.973/2014 deverão ser manifestadas na DCTF referente aos fatos geradores ocorridos no mês de agosto/2014, e não na declaração relativa aos fatos geradores ocorridos no mês de maio/2014, conforme previsto anteriormente;d) as opções referidas na letra "c" deverão ser formalizadas na DCTF referente ao mês de agosto/2014, inclusive pelas pessoas jurídicas que iniciarem suas atividades nos meses de janeiro a julho de 2014, bem como àquelas surgidas em razão de fusão ou cisão ocorridas no mesmo período;e) as pessoas jurídicas e os consórcios de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 2º da Instrução Normativa nº 1.110/2010, que não tenham débitos a declarar a partir dos meses de janeiro, fevereiro, março ou abril de 2014, deverão apresentar a DCTF relativa ao 1º mês em que não tiveram débitos a declarar até o dia 08.08.2014 (anteriormente, esse prazo seria encerrado em 31.07.2014).

(Instrução Normativa RFB nº 1.484/2014 - DOU 1 de 1º.08.2014)

Fonte: Editorial IOB

Novo ambiente para emissão de Notas FiscaisPublicado em 30 de julho de 2014 por Igor Ferreira

Empresas já podem utilizar um novo ambiente de contingência para a emissão da NF-e, quando o Sefaz de origem estiver indisponível: o Sefaz Virtual de Contingência (SVC). Entre as principais vantagens do novo ambiente de contingência está a redução de custos e facilidade da operação.

…emissão de nota fiscal

O DANFE pode ser impresso em formulário A4, dispensando a aquisição do formulário de segurança. O ambiente anterior, Sistema de Contingência do Ambiente Nacional, foi desativado em 30 de junho. A desenvolvedora de tecnologia Dataplace adaptou seu sistema de gestão empresarial para emissão pela contingência SVC.

Fonte: DCI SP

Via: Sescon

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Aplicativo para adesão ao Refis da Crise já está disponível na internet A Receita Federal informa que já está disponível no eCac, no sítio http://www.receita.fazenda.gov.br, o aplicativo para adesão ao Refis da Crise, cujo prazo para pagamento à vista ou parcelamento de débitos foi reaberto por meio da Lei n° 12.996, publicada em 20 de junho de 2014. A Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 13, de 30 de julho de 2014, publicada hoje (1/8) no Diário Oficial, regulamentou a lei.  De acordo com a regulamentação, até o dia 25 de agosto de 2014 os contribuintes poderão pagar ou pedir parcelamento em até 180 meses dos débitos junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) vencidos até 31/12/2013, com descontos e prazos especiais, previstos no art. 1º da Lei n° 11.941, de 2009, que são:

Forma de pagamento

ReduçõesMulta de mora

e de ofícioMulta isolada

Juros Encargos

À vista 100% 40% 45% 100%Em até 30 prestações 90% 35% 40% 100%Em até 60 prestações 80% 30% 35% 100%Em até 120 prestações 70% 25% 30% 100%Em até 180 prestações 60% 20% 25% 100%

Mas nessa nova versão do parcelamento, a adesão está condicionada ao pagamento de antecipação equivalente à: I – 5% se o valor total da dívida a ser parcelada for menor ou igual a R$ 1.000.000,00; II – 10% se o valor total da dívida a ser parcelada for maior que R$ 1.000.000,00 e menor ou igual a R$ 10.000.000,00; III – 15% se o valor total da dívida a ser parcelada for maior que R$ 10.000.000,00 e menor ou igual a R$ 20.000.000,00; e IV – 20% se o valor total da dívida a ser parcelada for maior que R$ 20.000.000,00. O valor dessa antecipação poderá ser pago em até cinco prestações, sendo que a 1ª vencerá no 25 de agosto de 2014, que é o prazo final de opção. Até mesmo os débitos já parcelados de acordo com a versão original da Lei nº 11.941, de 2009, poderão ser reparcelados nesse novo regime. A adesão ao parcelamento (ou ao pagamento à vista com utilização de prejuízo fiscal ou base de cálculo negativa da CSLL) deverá ser feita exclusivamente nos sítios da Receita ou da PGFN, pela rede mundial de computadores e, enquanto não consolidada a dívida pela Receita e pela Procuradoria, cabe ao próprio contribuinte calcular e recolher o valor das parcelas da antecipação e das parcelas seguintes, que somente vencerão após o pagamento das cinco parcelas da antecipação.

Na reta final, Refis da Copa travaPublicado em 31 de julho de 2014 por Marina Antunes

A menos de um mês do prazo final de adesão, o chamado Refis da Copa está fechado pois a Receita Federal não liberou o link para os contribuintes oficializarem o pedido de enquadramento. O atraso preocupa contadores e advogados por que, dessa vez, a adesão exige um planejamento maior das empresas interessadas. O mais novo programa de parcelamento de débitos tributários federais – baixado pouco antes

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da Copa do Mundo – engloba dívidas contraídas até dezembro de 2013 e o prazo de adesão vence em 25 de agosto. O Refis da Crise (Lei 11.941/09), que foi reaberto pela MP 627, é outro programa de anistia de tributos federais em andamento, mas só para débitos até outubro de 2008. Neste último, o prazo de adesão vence hoje e é possível incluir dívidas das empresas do Simples.

“A demora na disponibilização do link da Copa é perigosa porque o sistema da Receita já está lento. Caso seja liberado na última hora, os contribuintes poderão ter problemas, como aconteceu em 2009, quando houve prorrogação”, lembra o advogado Francisco Arrighi, diretor da Fradema Consultores Tributários. Segundo ele, é grande o interesse dos clientes pelo programa, pois há quem acredite que um programa de parcelamento nos mesmos moldes possa ser o último por se tratar de ano eleitoral. Além disso, há benefícios interessantes para o contribuinte que deseja acertar as contas com o fisco, como a possibilidade de usar os prejuízos fiscais acumulados no abatimento da dívida. “Esse parcelamento tem nova roupagem, pois permite o aproveitamento de prejuízos antigos e não há decadência para a utilização” diz ele.

Outra peculiaridade do Refis da Copa é a cobrança de uma “entrada” da dívida, que pode ser parcelada em até cinco vezes ou paga à vista. Os percentuais são de 5%, 10%, 15% ou 20%, dependendo do montante do débito. Vale lembrar que na versão anterior do programa, modificada para aumentar as adesões, o pagamento de entrada deveria corresponder a 10% para dívidas de até R$ 1 milhão e a 20% para dívidas que ultrapassassem este valor. O advogado ressalta que essa antecipação é calculada sobre o valor bruto da dívida na data do pedido de parcelamento, sem as reduções das multas e dos juros. A conta a se fazer é a seguinte: apura-se o montante global para chegar ao percentual da entrada. Depois, aplicam-se os redutores dos juros e da multa, que dependem do número de parcelas escolhidas, até 180 meses.

A assessora do Grupo King de Contabilidade, Elvira de Carvalho, também reclama do atraso da Receita na liberação do link para a formalização do parcelamento. “Por conta da cobrança da antecipação do montante do débito, as empresas precisam realizar um planejamento financeiro e simulações dos valores e isso leva tempo”, explica.

Ela diz que o Refis da Copa tem atraído mais os contribuintes do que o Refis da Crise, embora este último aceite débitos das empresas do Simples Nacional. Outro benefício incluído de última hora no Refis da Copa é que não serão cobrados honorários advocatícios provenientes de ações judiciais que vierem a ser extintas em decorrência do parcelamento. O governo espera arrecadar R$ 18 bilhões com o Refis da Copa.

‘Refis paulista’ já recuperou R$ 72 mi

Vence no dia 29 de agosto o prazo para as adesões ao Programa de Parcelamento de Débitos (PPD) do governo paulista. Neste, os contribuintes podem incluir débitos do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCMD), além de taxas e multas.

Segundo  balanço da Secretaria da Fazenda (Sefaz-SP) e da Procuradoria Geral do Estado (PGE), desde a abertura do programa, em 19 de maio, foram registradas mais de 57 mil adesões, que somam R$ 150,4 milhões em débitos. Deste total, R$ 72,5 milhões já entraram nos cofres estaduais. As adesões podem ser feitas no www.ppd2014.sp.gov.br.

O contribuinte pode recolher os débitos com redução de 75% no valor das multas e de 60% nos juros para pagamento à vista. Se optar pelo parcelamento, o débito tributário pode ser pago em até 24 parcelas, com acréscimo de 0,64% ao mês. No caso do pagamento parcelado, o programa prevê diminuição de 50% nas multas e 40% nos juros. O valor de cada cota não deverá ser inferior a R$ 200 para pessoas físicas e R$ 500 para pessoas  jurídicas.

Diário do Comércio – SP   Sílvia Pimentel IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Refis da Copa: Disciplinado o parcelamento de débitos da Lei 12.9961 ago 2014 - ICMS, IPI, ISS e Outros

A Portaria Conjunta 13 PGFN-RFB, publicada no Diário Oficial desta sexta-feira, 1-8, estabelece os procedimentos para o pagamento e parcelamento de débitos vencidos até 31-12-2013, junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e à Secretaria da Receita Federal do Brasil, de que tratam o artigo 2º da Lei 12.996/2014, e os artigos 34 e 40 da Medida Provisória 651/2014.

Fonte: IR-LegisWeb

IRF - DISPENSA DE RETENÇÃO DE VALOR IGUAL OU INFERIOR A R$ 10,00

Equipe Portal Tributário

Fica dispensada a retenção de Imposto de Renda Retido na Fonte de valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais).

Entretanto, este assunto gera polêmicas, pois muitos confundem com outro assunto parecido que é o impedimento de se recolher DARF inferior a R$ 10,00.

No caso do IRF, efetivamente é dispensada a retenção de valor igual ou inferior a R$ 10,00, nos seguintes casos:

a) Imposto incidente na fonte sobre rendimentos pagos a pessoa física, que integram a base de cálculo do Imposto devido na Declaração de Ajuste Anual, tais como:

- Salários;

- Férias;

- Pró-labore;

- Aluguéis e

- Rendimentos do trabalho sem vínculo empregatício.

Nota: a dispensa de retenção não abrange os rendimentos sujeitos a tributação exclusivamente na fonte, como é o caso do 13º salário.

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b) Imposto incidente na fonte sobre rendimentos pagos ou creditados a pessoa jurídica, desde que o rendimento integre a base de cálculo do imposto devido pela beneficiária com base no Lucro Real, Presumido ou Arbitrado, tais como:

- remuneração pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional e pela prestação de serviço de limpeza e conservação de bens imóveis, segurança, vigilância e locação de mão-de-obra e;

- comissões e corretagens. 

Portanto, nos casos em referência não deve ser feita a retenção.

Observe-se, ainda, que a dispensa de retenção de imposto de renda na fonte pelo valor mínimo aplica-se a cada pagamento ou crédito realizado pela pessoa jurídica a outra pessoa jurídica, levando-se em consideração o total pago ou creditado nessa ocasião, ainda que se refira a mais de um documento fiscal.

RECOLHIMENTO DE VALOR INFERIOR A R$ 10,00

Há outra previsão fiscal que se refere à impossibilidade de recolher DARF de valor inferior a R$ 10,00, mas este é outro assunto e aplica-se, basicamente, aos tributos próprios.

Por exemplo: a pessoa jurídica apurou R$ 9,00 de PIS no mês de junho, neste caso deve acumular com o recolhimento dos meses subsequentes (julho em diante), para atingir um mínimo de R$ 10,00 acumulados, para fins de efetivo recolhimento.

Indenização por Dano Moral não é Tributável pelo Imposto de Renda Pessoa Física23/07/2014 Deixe um comentário

Em razão do acolhimento, pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Jurisprudência pacífica do Eg. Superior Tribunal de Justiça sobre a espécie, formada nos moldes do art. 543-C do Código de Processo Civil, segue-se que a verba percebida por pessoa física, a título de dano moral de qualquer natureza, não está sujeita a retenção do Imposto sobre a Renda na fonte, tampouco a tributação na Declaração de Ajuste Anual.

(Solução de Consulta DISIT/SRRF 4.013/2014)

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SPED: Bloco K: Controle da produção Postado por José Adriano em 29 julho 2014 às 11:31 Exibir blog

por Fabio Theodoro Ary

Com o Bloco K do Sped Fiscal, a Receita conhecerá todas as informações do processo produtivo e da movimentação dos estoques. Será preciso mencionar, por ordem de produção, todos os itens fabricados e os itens consumidos, com as respectivas quantidades e datas.

Nos últimos anos, o governo começou a controlar de forma mais intensa o dia a dia das empresas brasileiras. De maneira geral, o objetivo com as novas exigências fiscais é diminuir a sonegação. Como ponto positivo, as empresas passaram a ter mais conhecimento do seu negócio; e implantaram sistemas que ajudam no gerenciamento de forma mais eficaz, com planejamento certo e adequado. Uma organização que só ajuda a empresa a crescer.

Uma das mais recentes obrigatoriedades é a entrega do Livro de Registro de Controle da Produção e dos Estoques da Escrituração Fiscal Digital, conhecido como Bloco K doSped Fiscal. Inicialmente prevista para iniciar em 1 de janeiro de 2015, a data foi adiada em um ano (1 de janeiro de 2016) para a maioria das empresas. O motivo? Grande parte dos empresários não percebeu que deveria realizar um controle efetivo da produção e, por isso, não conseguirá enviar as informações solicitadas. Ganham então mais um ano para se adequar as empresas que não estão relacionadas em protocolo ICMS celebrado entre as Secretarias de Fazenda Estaduais e a Receita Federal (Ajuste Sinief n° 10). Importante salientar que a obrigatoriedade valerá também para as indústrias que declaram pelo Lucro Presumido.

De qualquer forma, não há tempo a perder. É necessário implantar um controle de produção confiável desde já para ser possível cumprir o novo prazo oferecido pelo governo.

Com o Bloco K do Sped Fiscal, a Receita conhecerá todas as informações do processo produtivo e da movimentação dos estoques. Será preciso mencionar, por ordem de produção, todos os itens fabricados e os itens consumidos, com as respectivas quantidades e datas. A Receita fará um cruzamento desses dados com os saldos apurados do inventário e, assim, conseguirá identificar possíveis sonegações.

O empresário deve ficar atento e informar o consumo específico, perdas normais do processo produtivo e substituição de insumos para todos os produtos fabricados e também de terceiros envolvidos na produção.

Como já citei, esse tipo de obrigatoriedade traz muitos benefícios para quem quer crescer de forma estruturada. Um bom sistema de gestão certamente ajudará a fazer esse controle e as empresas terão informações mais precisas sobre a sua produção e saberão, de fato, os custos do seu processo produtivo. Dados essenciais para um bom planejamento e visão de futuro.

Fonte: DCI – SP

http://www.robertodiasduarte.com.br/index.php/sped-bloco-k-controle...

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ECF - IN 1484/14 - Mudança no Prazo para Opção aos Ajustes da Lei 12.973/14

Postado por José Adriano em 1 agosto 2014 às 8:21 Exibir blog

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.484, DE 31 DE JULHO DE 2014

Altera a Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 24 de dezembro de 2010, que dispõe sobre a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) e aprova o Programa Gerador e as instruções para preenchimento da DCTF na versão "DCTF Mensal 1.8", a Instrução Normativa RFB nº 1.469, de 28 de maio de 2014, que disciplina a aplicação das disposições referentes à opção pelos efeitos em 2014, previstas na Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, e a Instrução Normativa RFB nº 1.478, de 7 de julho de 2014.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no art. 5º do Decreto-Lei nº 2.124, de 13 de junho de 1984, no art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, no art. 18 da Medida Provisória nº 2.189-49, de 23 de agosto de 2001, no art. 90 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, no art. 7º da Lei nº 10.426, de 24 de abril de 2002, no art. 18 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, nos arts. 23, 24, 25 e 26 da Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010, no art. 1º da Lei nº 12.402, de 2 de maio de 2011, e no art. 13 da Lei nº 12.844, de 19 de julho de 2013, resolve: Art. 1º Os arts. 3º e 7º da Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 24 de dezembro de 2010, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 3º .................................................................................... ...................................................................................................

II - as pessoas jurídicas enquanto se mantiverem inativas, observado o disposto no inciso II do § 2º deste artigo; ........................................................................................" (NR)

"Art. 7º .................................................................................... ...................................................................................................

§ 3º A multa mínima a ser aplicada será de R$ 500,00 (quinhentos reais). ........................................................................................" (NR)

Art. 2º O art. 2º da Instrução Normativa RFB nº 1.469, de 28 de maio de 2014, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 2º .................................................................................... ...................................................................................................

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§ 1º As opções de que trata o caput são independentes e deverão ser manifestadas na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) referente aos fatos geradores ocorridos no mês de agosto de 2014. ...................................................................................................

§ 3º O disposto no § 2º não se aplica na hipótese de o 1º (primeiro) mês de início de atividade ou de surgimento de nova pessoa jurídica em razão de fusão ou cisão ocorrer no período de janeiro a julho de 2014, devendo, nesse caso, as opções serem exercidas na DCTF referente aos fatos geradores ocorridos no mês de agosto de 2014. ........................................................................................" (NR)

Art. 3º

O art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.478, de 7 de julho de 2014, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 3º Observado o disposto no inciso VI do art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 2010, as pessoas jurídicas e os consórcios de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 2º da mesma Instrução Normativa que não tenham débitos a declarar a partir dos meses de janeiro, fevereiro, março ou abril de 2014, deverão apresentar a DCTF relativa ao 1º (primeiro) mês em que não tiveram débitos a declarar até o dia 8 de agosto de 2014.

" (NR) Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.

Art. 5º Ficam revogados a alínea "e" do inciso IV do § 2º e o § 4º do art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 24 de dezembro de 2010.

CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO

só para lembrar o que tínhamos na IN 1469:

Art. 2º A pessoa jurídica poderá optar pela aplicação para o ano-calendário de 2014 das disposições contidas:

I - nos arts. 1º e 2º e 4º a 70 da Lei nº 12.973, de 2014; e

II - nos arts. 76 a 92 da Lei nº 12.973, de 2014.

§ 1º As opções de que trata o caput são independentes e deverão ser manifestadas na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) referente aos fatos geradores ocorridos no mês de maio de 2014.

IN1484.pdf

http://www.spedbrasil.net/forum/topics/in-1484-novidades-mudanca-no...

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Simples Nacional deve ser sancionada sem vetos nos pontos essenciaisO projeto de lei que universaliza o Simples Nacional deve ser sancionado sem vetos nos pontos essenciais, afirmou nesta quarta-feira o ministro Guilherme Afif Domingos, da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência.

postado 31/07/2014 15:19 - 2121 acessos

 O projeto de lei que universaliza o Simples Nacional deve ser sancionado sem vetos nos pontos essenciais, afirmou nesta quarta-feira o ministro Guilherme Afif Domingos, da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência. “Pode ter algum veto de aspecto técnico, como um artigo que já está presente em outra lei e que está mais claro. Mas não acredito em nenhum veto nos pontos principais”, disse.

A sanção do projeto, aprovado pelo Senado Federal há duas semanas, ocorrerá no dia 7 de agosto, em cerimônia no Palácio do Planalto. Um dos pontos centrais é a proibição de que os governos estaduais usem a substituição tributária (modelo de cobrança diferenciado de impostos) sobre 80% das micro e pequenas empresas.

O projeto também praticamente universaliza o acesso ao Simples, ao permitir que o regime seja usado por mais 140 atividades econômicas. Apenas as indústrias de tabaco, armas e bebidas alcoólicas ficarão de fora. O Sebrae estima que isso permitirá a entrada de cerca de 400 mil micro e pequenas empresas no programa.

Afif afirmou ainda que não espera veto sobre a inclusão dos serviços advocatícios, de fisioterapia e de corretagem de imóveis e seguros no Simples. O governo aceitou a entrada de mais 140 atividades econômicas no programa desde que não houvesse, neste momento, redução nos tributos pagos, mas estas quatro categorias fizeram lobby junto aos deputados e conseguiram aprovar a diminuição de seus impostos.

“Não acredito em veto porque vou assinar, no dia da sanção, convênio com universidades para fazer um estudo para acabar com o efeito morte súbita de quem ultrapassa o faturamento de R$ 3,6 milhões e tem que deixar o Simples e pagar os impostos cheios”, afirmou. “O estudo será entregue em 90 dias.”

Afif acompanhou a presidente Dilma Rousseff em sabatina na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, nesta quarta-feira. Os outros dois principais presidenciáveis – o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) – também participaram do evento.

(Raphael Di Cunto | Valor)

Fonte: VALOR ECONOMICO

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Esclarecimentos sobre o cálculo do IRPJ e da CSL pelo lucro presumido das administradoras de cartões de crédito 30 de julho de 2014 09:04 Dentre outras disposições, a norma em referência esclareceu que as receitas auferidas pelas administradoras de cartões de crédito, quando decorrentes de encargos de financiamento, taxas e tarifas, sujeitam-se ao coeficiente de presunção de 32%, para fins de apuração da base de cálculo do IRPJ e da CSL pelo lucro presumido, visto que estes, por decorrerem intrinsecamente dos serviços prestados, enquadram-se perfeitamente no conceito de receita bruta.

(Solução de Consulta Cosit nº 208/2014 – DOU 1 de 30.07.2014)

via:: NETIOB ::.

Solução de Consulta COSIT Nº 180 DE 25/06/2014Publicado no DO em 29 jul 2014

ASSUNTO: Obrigações Acessórias

EMENTA: DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE (DIRF). OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO. Ficam obrigadas à apresentação da Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) todas as pessoas físicas e jurídicas que tenham pago ou creditado rendimentos que sofreram retenção do imposto de renda na fonte ou contribuições, ainda que em um único mês do ano-calendário a que se referir a declaração.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Código Tributário Nacional (Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966), art. 45; Decreto-Lei n° 1.968, de 23 de novembro de 1982, art.11, com redação dada pelo art. 10 do Decreto-Lei n° 2.065, de 26 de outubro de 1983; Instrução Normativa RFB.

FERNANDO MOMBELLICoordenador-Geral

Solução de Consulta COSIT Nº 210 DE 11/07/2014Publicado no DO em 29 jul 2014

ASSUNTO: Simples Nacional

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EMENTA: CNAE 6619-3/02. CORRESPONDENTE DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. RECEBIMENTOS E PAGAMENTOS. OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL. CÓDIGO AMBÍGUO. ATIVIDADE PERMITIDA. A atividade de correspondente no País, classificada no código CNAE 6619-3/02 - voltada a recebimentos e pagamentos de quaisquer natureza, realizados mediante contratos e convênios de prestação de serviços mantidos por instituição financeira com terceiros, na forma regulamentada pelo Banco Central do Brasil -, é compatível com a opção pelo Simples Nacional. Para que possa optar pelo Simples Nacional, a empresa que atua como correspondente bancário deverá prestar declaração de que somente exerce atividade permitida nesse regime de tributação simplificada, conforme prevê o inciso II do § 3° do art. 8° da Resolução CGSN n° 94, de 2011

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei Complementar n° 123, de 2006, art. 17, inc. XI; Resolução CGSN n° 94, de 2011, art. 8°, §§ 2° e 3°, e Anexo VII; e Resolução Bacen n° 3.954, de 2011, arts 1°, 2°, 8°, inc. III, e 10, inc. III.

FERNANDO MOMBELLICoordenador-Geral

Solução de Consulta COSIT Nº 179 DE 25/06/2014Publicado no DO em 29 jul 2014

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: CONSTRUÇÃO CIVIL.GRUPOS 412, 432, 433 E 439 DA CNAE 2.0. MATRÍCULA CEI ANTERIOR A 31/03/2013.BASE DE CÁLCULO.

A empresa de construção civil, cuja atividade principal acha-se inserida num dos grupos 412, 432, 433 e 439 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0, prevista no inciso IV do art. 7° da Lei n° 12.546, de 2011, que possui Matrículas CEIs anteriores a 31/03/2013, deverá recolher as contribuições previdenciárias, obrigatoriamente, na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei n° 8.212, de 1991, com base na folha total de pagamento, com relação aos segurados vinculados a essas obras.

A contribuição patronal relativa aos segurados administrativos dessas empresas seguirá a mesma sistemática estabelecida para o recolhimento da contribuição previdenciária efetuada no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

Estando a empresa desonerada, a contribuição patronal, relativa aos segurados vinculados à administração, incidirá sobre a receita bruta, devendo ser observado o cálculo previsto no § 1° do art. 13 da Instrução Normativa RFB n° 1.436, de 2013.

Nas competências em que a receita bruta decorrer somente de obras tributadas pela folha de pagamento, a empresa construtora não estará obrigada a recolher as contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei n° 8.212, de 1991, com relação aos segurados vinculados à administração.

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DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei n° 8.212, de 1991, art. 22, I e III; Lei n° 12.546, de 2011, art. 7°, com alterações posteriores (Leis n° s 12.715, de 2012, e 12.844, de 2013); Instrução Normativa RFB n° 1.436, de 2013, arts. 13 e 14.

ASSUNTO: Normas Gerais de Direito Tributário EMENTA: PROCESSO DE CONSULTA. INEFICÁCIA PARCIAL .

O processo de consulta destina-se a dirimir dúvidas do sujeito passivo acerca da interpretação de dispositivos da legislação tributária, não se prestando a fornecer orientações procedimentais ou a solucionar questão definida em disposição literal de lei.

DISPOSITIVOS LEGAIS: IN RFB n° 1.396, de 2013, art. 1° e art. 18, incisos IX e XIV.

FERNANDO MOMBELLICoordenador-Geral

DECRETO Nº 46.563, DE 23 DE JULHO DE 2014 (MG de 24/07/2014) Altera o Regulamento do Processo e dos Procedimentos Tributários Administrativos (RPTA), aprovado pelo Decreto nº 44.747, de 3 de março de 2008, e dá outras providências.

ORIGEM: Superintendência de Tributação - SUTRI EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS:

A presente minuta alterar o Decreto nº 44.747, de 3 de março de 2008, que estabelece o Regulamento do Processo e dos Procedimentos Tributários Administrativos (RPTA), nos seguintes termos:1. no art. 59, estabelecer que o prazo de eficácia do regime especial será o fixado em seu ato de concessão, que pode inclusive ser indeterminado, e não o previamente estabelecido de 1 ano, tal como previsto na redação atual, a fim de conferir praticidade e racionalização ao processo de concessão de regime especial; ao mesmo tempo ressalva a faculdade da autoridade concedente em estabelecer prazo determinado para o regime especial concedido por tempo indeterminado.2. no art. 60, adaptar a atual redação do dispositivo à proposta de alteração do art. 59 do RPTA, que prevê a possibilidade de concessão de regime especial por prazo indeterminado, estabelecendo que apenas aqueles concedidos por prazo determinado poderão ser prorrogados.A presente minuta objetiva, ainda, estipular prazo indeterminado para os regimes especiais, inclusive os regimes especiais de tributação, nas hipóteses que especifica, a fim de adequá-los à nova redação do art.59 do RPTA.Excetuam-se da prorrogação o prazo específico definido na legislação ou em protocolo de intenções que estabeleça tratamento tributário diferenciado; e o prazo estabelecido em regime especial concedido com base no art. 2º e nos §§ 2º e 3º do artigo 46 da Parte 1 do Anexo XV do RICMS há menos de um ano.DECRETO Nº 46.563, DE 23 DE JULHO DE 2014 (MG de 24/07/2014) Altera o Regulamento do Processo e dos Procedimentos Tributários Administrativos (RPTA), aprovado pelo Decreto nº 44.747, de 3 de março de 2008, e dá outras providências.O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90 da Constituição do Estado e tendo em vista o disposto na Lei nº 6.763, de 26 de dezembro de 1975, DECRETA :

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Art. 1º Os arts. 59 e 60 do Regulamento do Processo e dos Procedimentos Tributários Administrativos (RPTA), aprovado pelo Decreto nº 44.747, de3 de março de 2008, passam a vigorar com as seguintes alterações:"Art. 59. O regime especial terá eficácia pelo prazo fixado em seu ato de concessão ou alteração, que poderá ser, inclusive, indeterminado.Parágrafo único. Fica ressalvada à autoridade concedente a faculdade de delimitar o prazo de regime especial concedido por prazo de vigência indeterminado, quando ocorrerem situações que a justifiquem, visando à preservação dos interesses da Fazenda Pública.Art. 60. O regime especial concedido por prazo de vigência determinado poderá ser prorrogado, a critério da autoridade competente, desde que o requerimento de prorrogação seja protocolizado na vigência do regime......................................................................................................................................." (nr) Art. 2º Fica prorrogado por tempo indeterminado o prazo de vigência dos regimes especiais em vigor na data de publicação deste Decreto, concedidos pela Superintendência de Tributação, Superintendência de Fiscalização, Superintendência Regional da Fazenda Estadual ou Delegacia Fiscal da Secretaria de Fazenda de Minas Gerais.§ 1º A prorrogação de que trata o caput alcança, também, os regimes especiais de tributação concedidos com fundamento no art. 225 da Lei nº 6 763, de 26 de dezembro de 1975.§ 2º A prorrogação de que trata o caput não alcança:I - o prazo específico definido na legislação ou em protocolo de intenções que estabeleça tratamento tributário diferenciado; II - o prazo estabelecido em regime especial concedido com base no art. 2º e nos §§ 2º e 3º do artigo46 da Parte 1 do Anexo XV do RICMS há menos de um ano.Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, aos 23 de julho de 2014; 226º da Inconfidência Mineira e 193º da Independência do Brasil.ALBERTO PINTO COELHOMárcio Eli Almeida LeandroMaria Coeli Simões PiresRenata Maria Paes de VilhenaLeonardo Maurício Colombini LimaTelefones Central de Atendimento:155 para região metropolitana de Belo Horizonte e interior de Minas Gerais;(31) 3303.7995 para outros Estados ou Países e uso em celular.Horário de atendimento: de 07h00 Ã s 19h30, de segunda a sexta-feira (exceto feriados).Correio Eletrô[email protected] Fale conosco: http://www4.fazenda.mg.gov.br/faleconoscoservico/

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A ausência da prática de escrituração contábilWalter Roosevelt Coutinho*

Ainda hoje, constata-se e a existência de profissionais da Contabilidade que limitam seu trabalho ao cálculo de tributos e confecção de guias para seu recolhimento. É um problema sistêmico nosso, que não se observa em outros lugares como Europa, Estados Unidos, Canadá, etc.

As causas desse procedimento podem ser creditadas à complexidade do nosso sistema tributário, à profusão de obrigações acessórias e, ainda, à pouca utilidade da informação contábil frente à sonegação fiscal. Efetivamente, os dois primeiros fatores absorvem enorme tempo do profissional. Mas a causa central está no desconhecimento ou falta de preparo de um grande número de profissionais na aplicação da teoria da contabilidade no dia a dia do trabalho profissional.

Até muito pouco tempo atrás, as instituições de ensino, os estágios e o sistema tributário brasileiro induziam o profissional a se dedicar somente ao atendimento das obrigações fiscais, em detrimento da produção de informações financeiras úteis e de interesse do empresário.

É sabido por todos que o volume de operações realizadas com sonegação de tributos (que não eram contabilizadas) era tão alto que os resultados apontados pela contabilidade, ao não refletirem a realidade da empresa, tornavam-se inócuos, sem importância ou relevância para o empresário e demais usuários da informação contábil, sendo, portanto, dispensável a elaboração de uma contabilidade lastreada em sólidos padrões técnicos e científicos. Bastava apenas cumprir a legislação fiscal. As instituições financeiras brasileiras, inclusive as governamentais, solicitavam do empresário, em seus formulários de cadastro, o faturamento “real” e não o “faturamento contábil”. Prova cabal do que estamos afirmando.

Hoje, três fatores estão mudando radicalmente esta situação: o alinhamento do Brasil aos padrões internacionais de contabilidade; o aprimoramento da fiscalização tributária com a implantação de modernos sistemas eletrônicos e o trabalho incessante da Fiscalização do CRCMG no sentido de cobrar do profissional contábil a elaboração da escrita contábil. Esses eventos obrigaram o profissional contábil a atuar em novo patamar.

Antes, era possível a Fiscalização do CRCMG encontrar organizações contábeis onde 100% dos clientes atendidos por elas não tinham escrita contábil regular. Hoje, em decorrência tanto da presença física do fiscal “in loco” quanto da presença do fiscal via fiscalização eletrônica, os profissionais estão mudando o procedimento e passando a, de fato, exercer sua atividade de técnico em contabilidade ou de contador. Assiste-se, agora, a uma maior conscientização do profissional.

Uma moderna fiscalização tem sido adotada pelo CRCMG, somada à metodologia de controle fiscal implantada no Brasil, com a chegada da nota fiscal eletrônica, SPED, eSocial, etc., tudo para inibir, de forma contundente, as brechas na sonegação fiscal, o que levou os profissionais a exigirem amplo conhecimento de todas as operações da entidade e a registrá-las na contabilidade, tornando as informações financeiras mais próximas da realidade, motivando todos a praticar a ciência contábil.

Um aspecto novo que também se observa como fator de motivação tanto aos jovens contadores que chegam ao mercado de trabalho quanto aos que atuam há mais tempo é que, pelas novas normas contábeis, os contadores deixaram de simplesmente debitar e creditar, e passaram a ter a responsabilidade de “reconhecer” (juízo de valor) se um fenômeno patrimonial se constituiu em ativo, passivo, despesa ou receita. A responsabilidade adicional

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atribuída ao contador de “reconhecer” o efeito patrimonial de uma operação, tendo como norte a primazia da essência sobre a forma e, para ativos, a necessidade de geração de benefícios econômicos futuros, passou a exigir desse profissional um cuidado maior com o conhecimento teórico e o afastamento das fórmulas prontas da legislação fiscal.

A forma de se apurar depreciações, amortizações, exaustão com base na efetiva vida útil, passivos circulantes e ativos circulantes com base no valor presente, e a forma de se “reconhecer” um ativo, com base em teste de impairment ou da capacidade de geração de fluxo de caixa futuro para a empresa, obrigam os profissionais a manterem seus conhecimentos teóricos muito atualizados para aplicação no dia a dia do trabalho.

O empresário de hoje sabe que não lhe é possível ocultar operações com facilidade, que não pode correr riscos com operações mal sucedidas ou mal planejadas, coisas que, antes, ele podia camuflar tanto perante o fisco quanto perante outros interessados nas in formações financeiras da empresa.

Hoje, nos principais negócios em que pretende se envolver, o gestor requer a presença de um contador que possa antever, com razoável grau de segurança, os efeitos patrimoniais e colaterais das operações que pretende realizar. Ele exige desse profissional sólido conhecimento teórico em complemento à prática, para melhor assessoramento nessas transações. Por isso, podemos dizer que o profissional moderno deve conhecer a teoria na prática e a prática na teoria, se quiser sobreviver no mercado de trabalho.

*Mestre em Contabilidade, Bacharel em Contabilidade, Economia e Administração. Perito Judicial. Vice-Presidente de Fiscalização do CRCMG.

Fonte: Informativo do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais Ano XVIII • nº 168 • Jul/Ago 2014

Especial IPECONT: 4 textos sobre os esforços para acabar com a Guerra Fiscal do ICMS:

Incentivos fiscais são um dos principais pontos de divergências entre os estadosPublicado em 1 de agosto de 2014 por Igor Ferreira

Na votação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 99/2013, que altera as regras de indexação das dívidas dos estados e municípios, a Câmara dos Deputados excluiu a parte que previa a convalidação dos incentivos fiscais concedidos pelos estados para atrair investidores privados sem a aprovação por unanimidade pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), colegiado que reúne os 27 secretários estaduais de Fazenda do país.

Esses incentivos foram considerados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal e há a possibilidade de a Corte editar uma súmula vinculante consolidando o entendimento quanto à inconstitucionalidade dos instrumentos da guerra fiscal. Proposta nesse sentido já foi feita pelo ministro Gilmar Mendes.

A previsão é que a crise dos estados se agrave com uma eventual declaração de inconstitucionalidade de todas as leis estaduais que amparam a guerra fiscal, o que aconteceria com a súmula vinculante. Diante do

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clima de insegurança jurídica, empresas estariam cancelando investimentos programados nesses estados, como relatou o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Lindbergh Farias (PT-RJ).

Tais riscos poderiam conduzir a um entendimento em torno da questão que divide os estados. É que a aprovação da convalidação dos incentivos fiscais foi condicionada pelo governo federal a uma reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O objetivo é reduzir, nos estados, a margem para a prática da guerra fiscal, com a unificação das alíquotas interestaduais. A proposta do governo (PRS 1/2013) foi encaminhada ao Congresso Nacional no início de 2013. O projeto foi aprovado pela CAE e ainda não foi incluído na ordem do dia do Plenário em razão da resistência de parte dos estados a um novo arranjo das alíquotas interestaduais, medida acolhida pela comissão como alternativa à simples unificação.

Atualmente, as alíquotas interestaduais são de 7% nas Regiões Sul e Sudeste e de 12% nas demais. A reforma inicialmente proposta busca a unificação gradual, com a redução de um ponto por ano, até chegar a 4%, com exceção dos produtos da Zona Franca de Manaus e do gás natural, que continuariam em 12%.

Entretanto, o substitutivo aprovado pela CAE modificou o projeto original do Executivo, instituindo na prática três alíquotas. São elas: 12% para gás proveniente das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e produtos da Zona Franca e de áreas de livre comércio; 4% para mercadorias que saem do Sul e Sudeste com destino a outras regiões (a partir de 2016); e 7% para produtos das demais regiões quando destinadas ao Sul e Sudeste (a partir de 2018).

Nas transações entre estados de uma mesma região, conforme o substitutivo da CAE, vale a regra geral que unifica as alíquotas interestaduais em 4% a partir de 1º de janeiro de 2021. Mas todas as reduções de alíquotas seriam feitas de maneira gradual, de um ponto percentual por ano.

Compensação

As perdas de arrecadação que os estados viessem a ter em decorrência da redução das alíquotas prevista no PRS 1/2013 deveriam ser compensadas com a criação do Fundo de Desenvolvimento Regional e do Fundo de Compensação de Receitas, estipulada na Medida Provisória 599/2012. Na época da edição da MP, houve muitas críticas de parlamentares quanto ao uso de um instrumento provisório para disciplinar um assunto com impacto pelos próximos 20 anos, tempo estimado para os reflexos da reforma do ICMS prevista no PRS 1/2013. Devido às divergências, a medida provisória não foi votada e perdeu eficácia no primeiro semestre de 2013.

O senador Paulo Bauer (PSDB-SC) apresentou então um projeto (PLS 106/2013 — Complementar) que reproduz os termos da MP 599/2013. A proposta foi aprovada no fim de 2013 pela CAE por um placar apertado — 12 votos contra 8 — e gerou polêmica quanto à sua constitucionalidade, uma vez que a competência para criação de fundos é do Poder Executivo. Os questionamentos sobre os aspectos constitucionais também despertaram o temor de que a proposta causasse a mesma insegurança jurídica produzida pela Lei Kandir.

Até 2003 a Lei Kandir garantiu aos estados o repasse de valores para compensar as perdas decorrentes da isenção de ICMS. Mas, a partir de 2004, a Lei Complementar 115 alterou essa legislação e manteve o direito de repasse, embora não fixasse o valor. Com isso, os governadores precisam negociar a cada ano com o Executivo o montante a ser repassado, mediante recursos alocados no Orçamento da União.

Convalidação

Quanto à convalidação dos incentivos fiscais, os senadores continuam procurando um entendimento, desta vez em torno da discussão de projeto de lei complementar (PLS 130/2014) de autoria da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO).  O risco de o STF aprovar uma súmula vinculante declarando inconstitucionais todos

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os incentivos fiscais concedidos sem aval do Confaz é cada vez mais iminente. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já se manifestou a favor da proposta de súmula vinculante apresentada pelo ministro Gilmar Mendes e relatada pelo então presidente do STF, Joaquim Barbosa. O próprio Janot esclarece a consequência prática da aprovação dessa súmula: os estados eventualmente prejudicados na guerra fiscal poderão reclamar diretamente no Supremo, alegando o descumprimento do enunciado, o que será “um caminho célere” para derrubar o incentivo inconstitucionalmente concedido.

O senador Luiz Henrique (PMDB-SC) apresentou em 14 de julho substitutivo ao PLS 130/2014 com o objetivo de afastar o risco de inconstitucionalidade da proposta original. A fórmula encontrada pelo relator da proposta de Lúcia Vânia transfere a decisão para os estados e reduz o quórum para deliberação do Confaz, hoje dependente da unanimidade dos 27 secretários estaduais de Fazenda. O convênio para a convalidação, de acordo com o texto, pode ser assinado com votos favoráveis de dois terços das unidades federadas e um representante do Sul, outro do Sudeste e um do Centro-Oeste, mais dois do Norte e três do Nordeste. A redução vale apenas para a convalidação de incentivos fiscais, a remissão (perdão) dos créditos tributários decorrentes da “guerra” entre os estados e a eventual reinstituição dos benefícios.

Comércio eletrônico

No âmbito das discussões sobre a reforma do ICMS, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) defendeu a inclusão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 197/2012. O texto já foi aprovado pelo Senado e tramita na Câmara dos Deputados. A PEC determina mudança no sistema de cobrança do imposto sobre operações de comércio eletrônico. A ideia é que o ICMS incidente sobre comércio eletrônico seja distribuído entre o estado remetente e o de destino das mercadorias, independentemente de o comprador ser ou não pessoa física.

Atualmente, de acordo com a Constituição, caso o comprador de mercadorias pelo comércio a distância seja pessoa física (não contribuinte do ICMS), toda a arrecadação permanece no estado de origem da transação. A repartição ocorre somente quando o destinatário dos produtos contribui com o ICMS, ou seja, é pessoa jurídica.

Em março, o ministro do STF Luiz Fux concedeu liminar determinando que a arrecadação do imposto deve ficar com o estado de origem da mercadoria, inclusive no chamado comércio não presencial, que inclui as transações feitas pela internet. Fux afirma que os estados não podem, diante de um cenário que lhes seja desfavorável, simplesmente instituir novas regras de cobrança de ICMS, desconsiderando a repartição estabelecida pelo texto constitucional.

Fonte: Agência Senado

Confaz propõe anistia a incentivos irregularesProtocolo sugere remissão e anistia de créditos tributários relativos a incentivos

31/07/2014 09:50 - Kleber Nunes, da Folha de Pernambuco

Dois dias depois que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ajuizou 10 Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) contra leis que concedem benefícios fiscais, uma delas vigente em Pernambuco, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) divulgou o Protocolo ICMS 70. O texto publicado no Diário Oficial da União na quarta-feira (30) sugere a remissão e anistia de créditos tributários relativos a incentivos/benefícios fiscais e financeiros, vinculados ao Imposto sobre Circulação

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de Mercadorias e Serviços (ICMS), concedidos pelos estados e o Distrito Federal sema autorização do Confaz.

O diretor da Comissão Técnica Permanente do ICMS, vinculada à Secretária da Fazenda de Pernambuco (Sefaz-PE), José da Cruz Lima, explicou que protocolo não é de caráter definitivo, apenas programático, ou seja não tem efeito imediato. No entanto, a normativa representa um passo importante para o fim da guerra fiscal, tão prejudicial ao equilíbrio econômico do País. O ICMS 70 detalha, ainda a unificação gradativa da alíquota do ICMS em operações interestaduais partindo do Norte, Nordeste e Centro Oeste e o estado do Espírito Santo, de 10% a partir de 2015 até chegar a 4% em 2021.

Nas operações e prestações interestaduais realizadas nas regiões Sul e Sudeste, exceto no Espírito Santo, destinadas ao Norte, Nordeste e Centro-Oeste deverá cair de 5% para 4% do ano que vem até 2016. “A intenção do Confaz é mostrar ao Congresso Nacional que as Fazendas, pelo menos a maioria delas, estão interessadas em acabar com a guerra fiscal, mas com a obrigatoriedade da unanimidade isso não vai acontecer. Eles precisam aprovar o projeto de lei que reduz para 2/3 o quórum do Confaz”, afirmou José da Cruz Lima.

Outro ponto, fruto de muitos debates no Confaz, é a criação de dois fundos um de Compensação às regiões mais ricas, e o de Desenvolvimento Regional, aos mais pobres como o Nordeste. Esse último deverá ter recursos na ordem de R$ 260 bilhões. A proposta é de que o fundo seja atualizado anualmente com base na variação nominal média do Produto Interno Bruto (PIB). No caso da ajuda aos estados do Sudeste e Sul a União deverá arcar com a responsabilidade.

Para o consultor jurídico da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Humberto Vieira o Protocolo ICMS 70 do Confaz, além de buscar resolver a unificação do imposto, traz também uma segurança jurídica já que os benefícios podemser declarados inconstitucionais a qualquer momento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Para as empresas essa atitude do Confaz é muito positiva, contudo sabemos que será muito difícil o Senado aprova o projeto de lei para fazer valer essas medidas em ano eleitoral. Se isso acontecer no ano que vem, só entra em vigor em 2016”, ponderou.

Incentivos serão retirados até dezembro de 2029 31 de julho de 2014 08:29

Por Laura Ignacio

Se o convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para acabar com a guerra fiscal, assinado por 21 Estados, for aprovado sem unanimidade – o que depende do Projeto de Lei nº 130, em andamento do Senado -, seus efeitos podem entrar em vigor ainda neste ano. O que traz segurança ao mercado é que deverá ser cumprida uma espécie de “fase de transição”, que estabelece até quando determinados benefícios, hoje em vigor, poderão ser concedidos pelos signatários do convênio.

Considerando que o convênio entre em vigor neste ano, o advogado Marcelo Jabour, presidente da Lex Legis Consultoria Tributária, calcula que poderão ser mantidos até 31 de dezembro de 2029 benefícios relacionados ao fomento das atividades agropecuária, industrial e agroindustrial, investimento em infraestrutura rodoviária, aquaviária, ferroviária, portuária, aeroportuária e de transporte urbano.

Já benefícios aos importadores relacionados à manutenção ou ao incremento das atividades portuária e aeroportuária, vinculadas ao comércio internacional, poderão permanecer até o fim de 2022. Se

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relacionados às operações e prestações interestaduais com produtos agropecuário e extrativo vegetal “in natura”, até 2017. Para os demais, o prazo encerraria-se no fim de 2015.

Se no fim do prazo o Estado não revogar o ato que concedeu o benefício, os outros podem propor ação direta de inconstitucionalidade (Adin).

Por outro lado, as condições impostas para aplicação do convênio também resultam em impacto financeiro. A alíquota interestadual do ICMS seria de 11% até 31 de dezembro e seria reduzida a cada ano. Ela chegaria a 4% a partir de 1º de janeiro de 2021.

viaIncentivos serão retirados até dezembro de 2029 | Valor Econômico.

01/08/2014

Fim de penalizações para contribuintesAndréa Rocha

Chagas alerta para falta de unanimidade entre os estados/Laura Fonseca / Divulgação

Especialistas acreditam que o convênio firmado entre 20 estados e o Distrito Federal, propondo novas regras e alíquotas interestaduais para pôr fim à guerra fiscal, trará como importantes benefícios o fim das penalizações aos contribuintes que fazem uso dos benefícios concedidos sem aprovação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O entendimento é de que o acordo, do qual Minas Gerais faz parte, vai gerar segurança jurídica, permitindo aos estados melhores condições para planejar suas receitas e gastos.

"Os estados vão perdoar a diferença de crédito do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) daqui para trás. E daqui para frente, novos convênios firmados pelo Estado devem ser regrados pelo Confaz", informa o tributarista Fábio Zanin Rodrigues, da Advocacia Lunardelli, referindo-se às autuações impostas pelos estados que se sentem prejudicados.

No entanto, a publicação do convênio é apenas o começo. Para que seja efetivado, os estados terão prazo de 90 dias para o envio de todas as legislações estaduais e convênios firmados. "Além da isenção dos passivos, ficou acertado que os benefícios em vigor terão vigência de até 15 anos, que pode ser prorrogada", informou. "Eles querem harmonizar os benefícios fiscais para que fiquem mais regrados e mais baixos", observou Zanin.

Embora seja considerada uma carta de boas intenções, Zanin ressalta que ainda há algumas dúvidas e indefinições. A começar pela constituição de um fundo, que deve ser criado para compensar perdas de receita decorrentes do acordo. "Não se sabe qual será a participação dos estados na constituição deste fundo, ou se será de responsabilidade da União", avalia, ressaltando ainda que não se sabe também qual será o "quinhão" de cada um.

Outra questão é quanto à recusa de seis estados de participarem do acordo, temerosos com a perda de receita. São eles Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Norte e Santa Catarina, alguns conhecidos do mercado pela agressividade de sua política fiscal.

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Revisão - Para o advogado da Coimbra & Chaves Maurício Saraiva de Abreu Chagas, a falta de unanimidade entre os estados "é um problema". E a própria legislação do Confaz exige que a aprovação seja unânime. " uma dificuldade, muitas vezes inviabilizando benefícios e impelindo à criação de normas �sem o conhecimento do Confaz", destaca. Para ele, esse acordo é um indicativo de que "a legislação atual precisa ser revista em outro pacto federativo".

No entanto. embora a proposta seja incompleta, "a intenção é boa, ao se buscar uma solução para este grande problema da guerra fiscal, que acaba prejudicando os contribuintes, que têm passivos significativos", avalia Chagas. Em sua opinião, o convênio é uma "tentativa" de garantir segurança jurídica, inclusive porque, nos últimos dias, São Paulo apresentou dez ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando alguns estados, incluindo Minas Gerais, quanto a benefícios não autorizados pelo Confaz.

De certo modo, observa Chagas, o convênio tenta compensar a dificuldade do Legislativo em enfrentar essa matéria e evitar que o Judiciário interfira nas operações entre os estados, gerando mais insegurança jurídica.

Governo gaúcho reduz base de cálculo para saídas de arroz do Estado 1 de agosto de 2014 09:08

A Secretaria Estadual da Fazenda elaborou nova tributação nas operações de saídas interestaduais de arroz. O objetivo da medida é facilitar o acesso aos benefícios da redução da carga tributária dessas operações para o setor orizícola.

Após várias reuniões com representantes do setor, ficou definido que haverá Redução da Base de Cálculo (RBC) para 7%, quando a alíquota for de 12% (regiões Sul e Sudeste) e RBC para 4%, quando alíquota for de 7% (Norte, Nordeste, Centro-Oeste e ao Espírito Santo), sobre operações de saídas interestaduais de arroz beneficiado de produção própria.

“Trata-se de uma reação à perda de competitividade decorrente de ações fiscais e de política tributária de outros Estados” explica o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira.

O benefício é válido para o período de 1º de agosto a 31 de outubro de 2014. A renovação está condicionada à manutenção ou ampliação da arrecadação das indústrias beneficiadoras do setor: durante estes três meses, o total arrecadado deve ser, no mínimo, igual ao valor verificado no mesmo período de 2013.

Durante o período de vigência, a Receita Estadual, juntamente com o setor, acompanhará a evolução da medida, comprometendo-se com correções e ajustes que venham a ser necessários para que se alcancem os objetivos de fortalecimento do setor, diminuição da concorrência desleal e aumento da arrecadação estadual.

As condicionantes para receber o benefício seguem as mesmas vigentes no atual dispositivo. Ou seja, a empresas devem promover saídas interestaduais de arroz beneficiado com valor da operação igual ou

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superior ao preço de referência (art. 22, parágrafo único), além de adquirir, pelo menos, 90% de arroz em casca produzido por produtores ou cooperativa de produtores do Rio Grande do Sul. Além disso, a empresa não pode ter débitos de ICMS inscritos em dívida ativa nos últimos cinco anos e nem realizar operações de bonificações.

viaSefaz RS – Notícias da Secretaria da Fazenda.

ICMS-MG: Tratamento tributário aplicável às operações com arroz.1 ago 2014 - ICMS, IPI, ISS e Outros

Orientação Tributária DOLT/SUTRI nº 001/2014

Assunto: Tratamento tributário aplicável às operações com arroz.

Base legal:

- Art. 6º, § 5º, e art. 225 da Lei nº 6.763/75.- Capítulo III da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02, com redação dada pelos Decretos n os 46.517, de 28/05/2014, e 46.538, de 11/06/2014.

Apresentação

Com base no  § 5º do art. 6º da Lei nº 6.763/75 foi editado o Decreto nº 46.517, de 28/05/2014, para instituir neste Estado, a partir de 1º/06/2014, o regime especial de tributação aplicável às operações de aquisição ou recebimento de arroz classificado nas subposições 1006.20, 1006.30 e 1006.40 da NBM/SH, em operação interestadual ou decorrente de importação do exterior.

O referido Decreto acrescentou à Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02 o Capítulo III, no qual estão estabelecidas as regras aplicáveis às operações com arroz.

Perguntas e Respostas:

I - Aspectos Gerais: 1 a 6II - Cálculo do Imposto: 7 a 13III - Crédito do Imposto: 14 a 20IV - Emissão e Escrituração do Documento Fiscal: 21 a 25EXEMPLOS PRÁTICOS: 1 a 5

I - Aspectos Gerais:

1 - Em qual situação deverá ser feita a antecipação a que se refere o art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02?

R: Na entrada no estabelecimento de contribuinte do ICMS, inclusive de microempresa e de empresa de pequeno porte, que adquirir ou receber arroz classificado nas subposições 1006.20, 1006.30 e 1006.40 da NBM/SH, em operação interestadual ou decorrente de importação do exterior.

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2 - Quem está obrigado a efetuar essa antecipação?

R:  Contribuintes do ICMS, inclusive microempresa e empresa de pequeno porte.

3 - Em quais situações a antecipação não se aplica?

R: O tratamento especial instituído:

· restringe-se ao pagamento antecipado do imposto a ser promovido pelo destinatário mineiro relativamente à operação subsequente;

· não implica em apuração e recolhimento da antecipação do ICMS relativo às mercadorias existentes em estoque no estabelecimento do destinatário em 30/05/2014;

· não se aplica à aquisição ou recebimento de mercadoria em operação alcançada pelo diferimento;

· não dispensa o recolhimento, pelo destinatário, do imposto devido por ocasião da saída da mesma mercadoria ou do produto resultante de sua industrialização;

· não se aplica à entrada decorrente de retorno de mercadoria remetida para industrialização por encomenda de contribuinte signatário de Protocolo firmado com o Estado, mediante regime especial concedido pelo Superintendente de Tributação.

4 - A antecipação é uma hipótese de substituição tributária?

R: A antecipação não é hipótese de substituição tributária, uma vez que não alcança as demais operações subsequentes com a mercadoria ou outras dela resultantes.

5 - A antecipação realizada por contribuinte do Simples Nacional é uma hipótese de substituição tributária?

R: Não. Trata-se do regime de antecipação do recolhimento do imposto, com encerramento da tributação, previsto no item 1 da alínea “g” do inciso XIII do art. 13 da Lei Complementar nº 123/06.

6 - Está dispensado da antecipação do imposto o contribuinte mineiro que adquirir arroz com casca classificado no código 1006.10?

R: Sim, tendo em vista que o art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI não menciona a NBM/SH 1006.10.

II - Cálculo do Imposto:

7 - Qual é a alíquota aplicável no cálculo do imposto devido pela operação subsequente?

R: A alíquota aplicável será aquela prevista no inciso I do art. 42 do RICMS/02 para o mesmo tipo de operação.

8 - Qual é a base de cálculo da antecipação?

R: A base de cálculo para efeito de antecipação do imposto é obtida por meio da soma das seguintes parcelas:

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I - o valor da operação;

II - montante dos valores de seguro, frete, embalagem ou acondicionamento, tributos, custo de financiamento e outros encargos cobrados ou transferíveis ao adquirente da mercadoria;

III - resultado da aplicação do percentual abaixo indicado sobre o somatório dos valores mencionados nos incisos I e II, quando se tratar de:

a) arroz integral: 44,3 % (quarenta e quatro inteiros e três décimos por cento);

b) demais tipos de arroz: 26,4% (vinte e seis inteiros e quatro décimos por cento).

9 - Como se dá o cálculo do imposto a ser recolhido por antecipação?

R: O imposto será calculado mediante aplicação da alíquota interna da mercadoria sobre a base de cálculo a que se refere o questionamento anterior, observada a redução de base de cálculo prevista no item 19 da Parte 1 do Anexo IV do RICMS/02, deduzindo-se do valor apurado o imposto destacado na nota fiscal relativa à entrada da mercadoria, observado o disposto no subitem 19.4 da Parte 1 do Anexo IV e no § 3º do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI, todos do RICMS/02.

10 - O contribuinte que adquirir arroz em operação interestadual deverá observar se a operação está alcançada por benefício fiscal concedido fora do âmbito do CONFAZ?

R: Sim. Na hipótese de operação interestadual alcançada por benefício fiscal concedido sem a observância do disposto na Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, a dedução a que se refere o § 2º do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI da RICMS/02 corresponderá ao imposto cobrado na operação, observado o disposto no art. 62 do RICMS/02 e os termos da Resolução nº 3.166/2001.

11 - No cálculo do imposto cabe a aplicação de redução de base de cálculo do item 19 da Parte 1 do Anexo IV do RICMS/02?

R: Sim, desde que atendidas as condições previstas na legislação para a fruição do benefício.

Vale ressaltar que o estabelecimento que der saída de arroz em operação interna beneficiada com a redução da base de cálculo prevista no item 19 da Parte 1 do Anexo IV do RICMS/02 deverá efetuar a anulação do crédito de forma que a sua parte utilizável não exceda a 7% (sete por cento) do valor da base de cálculo do imposto considerado na aquisição da mercadoria, na hipótese de aquisição de arroz com carga tributária superior a 7% (sete por cento), conforme previsto no subitem 19.4 do mesmo Anexo IV.

12 - Tratando-se de saída promovida por estabelecimento industrial, ainda assim se aplica a redução de base de cálculo prevista no item 19 da Parte 1 do Anexo IV do RICMS/02?

R: A redução de base de cálculo de que trata o item 19 da Parte 1 do Anexo IV do RICMS/02 não se aplica nas saídas promovidas por estabelecimento industrial, conforme dispõe o subitem 19.7 da Parte 1 do Anexo IV do RICMS/02.

Desse modo, a anulação do crédito de que trata o subitem 19.4 da Parte 1 do referido anexo também não será aplicável para fins do cálculo do imposto a ser antecipado pelo estabelecimento industrial.

13 - No caso de o remetente na operação interestadual for contribuinte enquadrado no Simples Nacional, mesmo não havendo indicação de base de cálculo e destaque do imposto na nota fiscal de entrada da

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mercadoria, deverá ser calculada a antecipação do imposto nos termos do art. 4º do Anexo XVI do RICMS/02 considerando a alíquota interestadual?

R: Sim, em se tratando de remetente optante pelo Simples Nacional, o valor a ser utilizado como dedução no cálculo da antecipação do imposto será o resultante da aplicação da alíquota interestadual sobre o valor da operação.

III - Crédito do Imposto:

14 - Como o adquirente do arroz deverá proceder para fins de creditamento do imposto pago antecipadamente?

R: Conforme previsto no § 4º do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02, o adquirente, para fins de creditamento do imposto pago antecipadamente, deverá emitir nota fiscal específica, modelo 1 ou 1-A, ou NF-e, com a observação, no campo “Informações Complementares”: “Nota Fiscal emitida nos termos do art. 4º do Anexo XVI do RICMS”, com indicação do número e data da nota fiscal relativa à entrada da mercadoria. Essa nota fiscal deverá ser lançada no livro Registro de Entradas, após o recolhimento do imposto a que se refere o caput, com a informação na coluna “Observações” do seguinte: “ICMS recolhido na forma do art. 4º do Anexo XVI do RICMS”.

15 - O imposto corretamente destacado na nota fiscal relativa à entrada da mercadoria constitui crédito para o adquirente?

R: Sim, nos termos do inciso I do § 6º do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02, exceto para o estabelecimento de contribuinte optante pelo Simples Nacional e de industrial optante pelo crédito presumido previsto no inciso XXIII do art. 75 do RICMS/02, que o utilizarão apenas como dedução no cálculo do imposto a ser recolhido antecipadamente, conforme previsto no § 2º do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02.

16 - O imposto pago antecipadamente na forma do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02 constitui crédito para o adquirente?

R: Sim. Nos termos do inciso II do § 6º do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02, o imposto pago antecipadamente constitui crédito para o adquirente, salvo no caso de contribuinte optante pelo Simples Nacional e estabelecimento industrial optante pelo crédito presumido previsto no inciso XXIII do art. 75 do RICMS/02.

17 - Por que o estabelecimento industrial que optar pelo crédito presumido previsto no inciso XXIII do art. 75 do RICMS/02 não poderá apropriar o valor recolhido antecipadamente e aquele corretamente destacado na nota fiscal relativa à entrada da mercadoria como crédito, nos termos do § 6º do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02?

R: Devido à vedação de aproveitamento de outros créditos relacionados com a operação prevista no inciso XXIII do art. 75 do RICMS/02.

18 - Por que o contribuinte optante pelo Simples Nacional não poderá apropriar o valor recolhido antecipadamente e aquele corretamente destacado na nota fiscal relativa à entrada da mercadoria como crédito, nos termos do § 6º do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02?

R: De acordo com o caput do art. 23 da Lei Complementar nº 123/06, as microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.

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19 - Quando deverá ser realizado o recolhimento do imposto antecipado?

R: O imposto devido a título de antecipação deverá ser recolhido pelo destinatário em DAE distinto, que deverá acompanhar a nota fiscal que acobertar a operação, até o momento da entrada da mercadoria no território mineiro.

Ressalte-se, ainda, que o adquirente deverá consignar no documento de arrecadação utilizado para o recolhimento do imposto o número e data de emissão da nota fiscal que acobertar a operação.

20 - Qual o código de receita a ser utilizado no documento de arrecadação do imposto antecipado?

R: O contribuinte deverá utilizar o código de ICMS antecipado: 326-9 (comércio) ou 327-7 (indústria).

IV - Emissão e Escrituração do Documento Fiscal:

21 - Como o contribuinte deverá preencher a Nota Fiscal Eletrônica a que se refere o § 4º do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02?

R: Em atendimento ao disposto no § 4º do art. 4º do Anexo XVI, o contribuinte emitirá a NF-e no montante equivalente ao valor do imposto recolhido antecipadamente pela operação subsequente com o arroz.

1.2          A Nota Fiscal Eletrônica, modelo 55, será emitida com a finalidade da emissão “3 - NF-e de ajuste”, fazendo constar:

1.2.1       o nome do próprio contribuinte, o endereço e os números de inscrição estadual e no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);

1.2.2       No quadro “Dados Adicionais”, no campo “Informações Complementares” a observação: “Antecipação do imposto, nos termos do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS”.

1.2.3       No campo “Natureza da operação” a expressão “Antecipação do ICMS - ARROZ”.

1.2.4       No quadro “Dados do Produto”:

1.2.4.1   COD. PROD.:

1.2.4.2   Descrição do Produto: "Antecipação do ICMS - Aquisição/Recebimento de Arroz"

1.2.4.3   NCM/SH: 00

1.2.4.4   CST: 090

1.2.4.5   CFOP: 1.949

1.2.4.6   Quantidade : 1

1.2.4.7   V. Unitário: O valor do crédito a ser apropriado conforme respectivo recolhimento efetuado até o momento da entrada do produto em território mineiro;

1.2.4.8   V. Total: repetir o valor.

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1.3          Promover o seguinte ajuste relativo ao documento emitido na Escrituração Fiscal Digital (EFD):

1.3.1       Criar o registro 0460

1.3.1.1   Campo 01 - [0460]

1.3.1.2   Campo 02 - A_ARROZ;

1.3.1.3   Campo 03 - “Outros Créditos - Antecipação Arroz”

1.3.2       REGISTRO C195

1.3.2.1   Campo 01 - [C195]

1.3.2.2   Campo 02 - [A_ARROZ]

1.3.2.3   Campo 03 - Dispensado

1.3.3       REGISTRO C197

1.3.3.1   Campo 01 - [C197]

1.3.3.2   Campo 02 - [MG10000004], referente a “Outros créditos; Antecipação Tributária”.

1.3.3.3   Campo 04 - Código do item do documento fiscal

1.3.3.4   Campo 07 - Valor do imposto informado no item da nota fiscal para esse fim. 

1.3.4       REGISTRO E110

Campo 7: Valor do ICMS informado no campo 07 do REGISTRO C197 que deverá ser somado aos demais “outros créditos-ajuste” porventura existentes.

1.4          Informar no campo 71 do quadro “Outros Créditos/Débitos” da DAPI modelo 1 o valor total do crédito apropriado, lançado no campo 07 do REGISTRO C197  da EFD.

22 - Qual a natureza da operação e o CFOP deverão ser consignados na nota fiscal de que trata o § 4º do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02, utilizada para fins de creditamento do imposto pago por antecipação?

R: Na nota fiscal deverá constar, como natureza da operação, “Antecipação do ICMS - ARROZ” e o CFOP 1.949.

23 - Qual CST deverá ser consignado na nota fiscal?

R: Na nota fiscal emitida para fins de creditamento do imposto recolhido antecipadamente de que trata o § 4º do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02 deverá ser consignado o CST 090.

24 - Como deverão ser efetuados a escrituração e o lançamento do imposto recolhido antecipadamente?

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R: O imposto recolhido antecipadamente será lançado no campo 109 da DAPI, modelo 1, referente ao período em que ocorrer a entrada da mercadoria no estabelecimento mineiro.

Para fins de compensação com as demais obrigações, o valor do imposto apurado e efetivamente recolhido a título de antecipação, quando permitido, poderá ser apropriado sob a forma de crédito, devendo ser lançado no campo 71, "Outros Créditos", da DAPI, modelo 1, do período a que se refere.

25 - Como o contribuinte optante pelo Simples Nacional deverá efetuar o lançamento do imposto recolhido antecipadamente no Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional - Declaratório (PGDAS-D)?

R: O contribuinte optante pelo Simples Nacional deverá observar a segregação de receitas prevista no art. 25 da Resolução CGSN nº 94/2011.

Assim, o contribuinte do Simples Nacional deverá informar no Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional - Declaratório (PGDAS-D), para cada período de apuração, as receitas brutas obtidas em cada atividade exercida, revenda de mercadorias de terceiros ou venda de mercadorias por ela industrializadas, conforme o caso, bem como possíveis imunidades, isenções, reduções, substituição tributária, tributações monofásicas, antecipações com encerramento de tributação, exigibilidades suspensas e receitas decorrentes de lançamento de ofício.

Ao final desta apuração, o programa irá calcular o valor devido, permitir a geração do DAS para pagamento e apresentar o perfil com as informações de distribuição dos tributos incluídos no Simples Nacional.

EXEMPLOS PRÁTICOS:

1 - Arroz de origem nacional, classificado na subposição 1006.30 da NBM/SH, adquirido de fornecedor do Estado do Mato Grosso do Sul, com previsão de redução de base de cálculo na operação interna subsequente, conforme item 19 da Parte 1 do Anexo IV do RICMS/02:

Valor da mercadoria: R$ 49.583,38;

Alíquota interestadual de 12%;

Valor do frete: 0

Destaque ICMS: R$ 5.950,01;

Crédito admitido: 8,16% (oito inteiros e dezesseis centésimos por cento), conforme item 9.9 do Anexo Único da Resolução nº 3.166/2001: R$ 4.046,00;

Parte utilizável do crédito (sete por cento) a que se refere o subitem 19.4 da Parte 1 do Anexo IV do RICMS/02: R$ 3.470,84;

Calculo de ICMS pago Antecipado:

R$ 49.583,38 x 1,2640% = R$ 62.673,40

Redução de base de cálculo (multiplicador opcional de 0,07): R$ 62.673,40 x 0,07 = R$ 4.387,14;

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ICMS pago antecipadamente: = R$ 4.387,14 - R$ 3.470,84 = R$ 916,30.

2 - Arroz de origem nacional, classificado na subposição 1006.30 da NBM/SH, adquirido de fornecedor do Estado do Rio Grande do Sul, com previsão de redução de base de cálculo na operação interna subsequente, conforme item 19 da Parte 1 do Anexo IV do RICMS/02:

Valor da mercadoria: R$ 45.000,00

Alíquota interestadual: 12% (doze por cento);

Valor do frete: R$ 100,00;

Destaque ICMS: R$ 5.412,00;

Crédito admitido: item 13.17 do Anexo Único da Resolução nº 3.166/2001 - 5% (cinco por cento) R$ 2.255,00;

Calculo de ICMS relativo à antecipação:

Multiplicador referente à redução de base de cálculo do item 19 da Parte 1 do Anexo IV do RICMS/02: 0,07;

R$ 45.100,00 x 1,2640% = R$ 57.006,40;

R$ 57.006,40 x 0,07 = R$ 3.990,45;

ICMS pago antecipado R$ 3.990,45 - R$ 2.255,00 = R$ 1.735,45;

3 - Arroz importado do exterior, classificado na subposição 1006.30, com conteúdo de importação superior a 40% (quarenta por cento), adquirido de fornecedor do Estado do Rio Grande do Sul, com previsão de redução de base de cálculo na operação interna subsequente, conforme item 19 da Parte 1 do Anexo IV do RICMS/02:

Valor da mercadoria: R$ 45.000,00

Alíquota interestadual: 4% (quatro por cento);

Valor do frete: R$ 100,00;

Destaque ICMS: R$ 1.804,00;

Calculo de ICMS relativo à antecipação:

Multiplicador referente à redução de base de cálculo do item 19 da Parte 1 do Anexo IV do RICMS/02: 0,07;

R$ 45.100,00 x 1,2640% = R$ 57.006,40;

R$ 57.006,40 x 0,07 = R$ 3.990,45;

ICMS pago antecipado: R$ 3.990,45 - R$ 1.804,00 = R$ 2.186,45;

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4 - Arroz nacional, classificado na subposição 1006.30 da NBM/SH, adquirido em operação interestadual por estabelecimento industrial mineiro, optante pelo crédito presumido previsto no inciso XXIII do art. 75 do RICMS/02:

Valor da mercadoria: R$ 45.000,00

Alíquota interestadual: 12% (doze por cento);

Valor do frete: R$ 100,00;

Destaque ICMS: R$ 45.100,00 x 12% (doze por cento): R$ 5.412,00;

Vedação ao aproveitamento de crédito e à aplicação de redução de base de cálculo, conforme inciso XXIII do art. 75 e subitem 19.7 da Parte 1 do Anexo IV, todos do RICMS/02.

Calculo de ICMS relativo à antecipação:

R$ 45.100,00 x 1,2640% = R$ 57.006,40;

Alíquota interna: 12% (doze por cento, conforme subalínea “b.1” do inciso I do art. 42 do RICMS/02);

R$ 57.006,40 x 12% (doze por cento) = R$ 6.840,77.

ICMS pago antecipadamente: R$ 6.840,77 - R$ 5.412,00 = R$ 1.428,77

5 - Arroz nacional, classificado na subposição 1006.30 da NBM/SH, adquirido por estabelecimento comercial optante pelo Simples Nacional adquirido de fornecedor do Estado do Rio Grande do Sul:

Valor da mercadoria: R$ 45.000,00

Alíquota interestadual: 12% (doze por cento);

Valor do frete: R$ 100,00;

Destaque ICMS: R$ 45.100,00 x 12% (doze por cento): R$ 5.412,00;

Crédito admitido: item 13.17 do Anexo Único da Resolução nº 3.166/2001 - 5% (cinco por cento) R$ 2.255,00;

Calculo de ICMS relativo à antecipação:

R$ 45.100,00 x 1,2640% = R$ 57.006,40;

Redução de base de cálculo (multiplicador opcional de 0,07): R$ 57.006,40 x 0,07 = R$ 3.990,45;

ICMS recolhido antecipadamente com encerramento da tributação: R$ 3.990,45 - R$ 2.255,00 = R$ 1.735,45.

Belo Horizonte, 16 de julho de 2014.

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Diretoria de Orientação e Legislação Tributária/DOLTSuperintendência de Tributação/SUTRISubsecretaria da Receita Estadual/SRE

Fonte: ICMS- LegisWeb

SCP - RFB: Sociedades em Conta de Participação na mira do Fisco

Postado por José Adriano em 1 agosto 2014 às 10:00 Exibir blog

A Sociedade em Contas de Participação (SCP) é uma forma corporativa não personificada, amparada pelos artigos 991 a 996 do Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002), cuja composição consiste compulsoriamente por um sócio que será o responsável perante terceiros, chamado de "sócio ostensivo", e outros "sócios participantes", também chamados de "sócios ocultos".A SCP é um instrumento bastante versátil e de muita utilidade para realização de projetos específicos, em razão da agilidade e simplicidade para sua constituição e operação, uma vez que não é exigido registro dos seus atos constitutivo, alterador ou dissolutivo em Junta Comercial ou Registro de Títulos e Documentos, bem como inscrição, alteração ou baixa no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).Essa forma de organização é muito apreciada pelos sócios participantes (pessoas físicas ou jurídicas) interessados em empreender e investir em um determinado negócio, pois estes são desobrigados de constituir ou ingressar numa sociedade personificada, desonerando-os do ônus pelas formalidades societárias normais ou responsabilidades perante terceiros.De outro lado, é uma forma simples e ágil do sócio ostensivo da SCP angariar capital eknow-howpara alavancar umnovo projeto, proporcionando a si próprio e aos sócios participantes plena isenção de Imposto de Renda sobre os valores distribuídos a título de lucros.Contudo, recai sobre o sócio ostensivo da SCP todas as responsabilidades perante terceiros, e aí se incluem, entre outras, todas obrigações contábeis, tributárias, trabalhistas e previdenciárias exigidas pelos órgãos da administraçãopública de âmbito municipal, estadual ou federal.

Obrigações ContábeisCabe ao sócio ostensivo da SCP manter a escrituração contábil segregada das demais operações que não estão relacionadas ao projeto objeto da SCP, de modo que os resultados sejam apurados separadamente e devidamente identificados na contabilidade. A observância desse procedimento é pré-requisito fundamental para a apuração dos resultados específicos do empreendimento e, consequentemente, fundamentar a distribuição dos lucros aos seus sócios participantes desse projeto.

Obrigações TributáriasTodas as obrigações tributárias acessórias e principais de uma SCP devem ser cumpridas exclusivamente pelo seu sócio ostensivo. Assim, obrigações como a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), Declaração de Contribuições e Tributos Federais (DCTF), Escrituração Fiscal Digital das Contribuições (EFD-Contribuições), Escrituração Fiscal Digital do ICMS/IPI (EFD-ICMS/IPI), Escrituração Contábil Fiscal (ECF), PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, entre outras devem estar vinculadas ao CNPJ do sócio ostensivo da SCP.

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O sócio ostensivo da SCP deve preparar a sua DIPJ e DCTF com máxima atenção, pois há campos próprios para informar os dados relativos às operações da SCP de forma segregada, o que exigirá a manutenção de controles internos a fim de fundamentar os dados informados.Porém, desde janeiro deste ano uma cautela especial deve ser dispensada à elaboração da EFD-Contribuições, uma vez que a IN RFB nº 1.252 trouxe uma inovação em matéria de obrigação acessória, determinando que a sócia ostensiva entregue de forma individualizada a EFD-Contribuições do seu estabelecimento e também de cada uma das SCPs que estão sob sua gestão, mesmo que estas não possuam CNPJ.Na mesma linha rígida de controle tributário, a partir de 2015 deverá ser entregue a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) referente ao ano-calendário 2014. Esta nova obrigação substituirá a DIPJ e o LALUR, e, a exemplo da EFD-Contribuições, a sócia ostensiva de SCP deverá entregar distintivamente a sua ECF e ainda de todas as SCPs que estão vinculadas ao seu CNPJ. No entanto, a ECF ainda veio com uma novidade que possibilitará ao fisco um controle ainda maior sobre os contribuintes, pois os valores de vários campos serão extraídos dos saldos das contas contábeis contidos numa outra obrigação acessória, a Escrituração Contábil Digital (ECD/SPED Contábil), ou seja, estabelece-se uma conexão digital direta entre a área tributária e a contabilidade. Assim, as boas práticas contábeis deverão ser seguidas à risca, de modo que haja uma segregação das operações da SCP em contas e centros de resultado adequados para que estes sejam transportados corretamente para as respectivas ECFs de forma consistente.Para fechar o cerco, recentemente o severo controle tributário estabelecido pela RFB também chegou à Declaração de Contribuições e Tributos Federais (DCTF), que trouxe na sua última versão "campos" para informar o CNPJ das SCPs no qual o contribuinte seja o sócio ostensivo. Tal medida surpreendeu os contribuintes, pois tais campos são obrigatórios, e a imensa maioria das SCPs não possui o CNPJ por força da IN nº 179 de 30/12/1987 que até então dispensava as SCPs desse cadastro. No entanto, com a publicação na IN nº 1.470, de 30/05/2014, essa desobrigação foi revogada, numa clara demonstração que a RFB quer monitorar de perto todos os ato praticados pelas SCPs.

Conclusão e considerações finaisEssas recentes inovações na EFD-Contribuição, ECF e DCTF praticamente imputam às SCPs obrigações tributárias próprias, dando vida fiscal formal a esse tipo de sociedade não personificada, tratando-a como se fosse um estabelecimento independente afiançado pelo seu sócio ostensivo.A exigência do CNPJ às SCPs trará à Secretaria da Receita Federal do Brasil um controle tributário ainda mais assertivo, que proporcionará um monitoramento fiscal sobre as operações realizadas por essas sociedades.Portanto, aquelas empresas que estão na condição de sócias ostensivas de Sociedades em Conta de Participação precisam ter ciência dos cuidados redobrados que deverão ter para cumprirem as atuais normas tributárias. Por outro lado, os sócios participantes das SPCs deverão acompanhar se todas as obrigações devidas por este tipo de sociedade estão sendo cumpridas adequadamente pelo seu sócio ostensivo. A inobservância das regras contábeis e tributárias poderá comprometer toda a versatilidade, agilidade, e agora também a aparente simplicidade que as SCPs sempre proporcionaram aos empreendimentos que se valeram dessa forma de sociedade não personificada.

Wilson Gimenez JuniorPós-graduado em Controladoria. Fundador e sócio-diretor executivo da Datamétodo Gestão Contábil S/S Ltda. Contador. Administrador de empresas. Articulista e palestrante.Fonte: FISCOSOFT, via Fenaconhttp://tadeucardoso.blogspot.com.br/2014/07/rfb-sociedades-em-conta...

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Grupo de 21 Estados fecha acordo para acabar com a guerra fiscalPublicado em 31 de julho de 2014 por Marina Antunes

Um grupo de 21 Estados decidiu elaborar uma proposta para acabar com a chamada guerra fiscal. Por meio do Convênio ICMS nº 70, firmado perante o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), comprometem-se em retirar os benefícios fiscais concedidos sem aprovação do órgão, assim como conceder uma anistia fiscal a todos os contribuintes que foram autuados por terem utilizado esses incentivos.

O convênio é importante por sinalizar quais Estados pretendem acabar com a guerra fiscal e que eles não vão, de uma hora para outra, retirar os incentivos fiscais já existentes, ainda que inconstitucionais. Com essas informações, os contribuintes podem estudar, por exemplo, o local onde ainda valeria a pena manter uma filial.

As determinações do convênio publicado ontem, porém, dependem do cumprimento de condições que incluem a redução gradual das alíquotas interestaduais do ICMS, a aplicação da repartição do imposto do comércio eletrônico e a criação de um fundo de compensação para os Estados que registrarem grandes perdas na arrecadação. Todas essas medidas são discutidas no Congresso Nacional.

Além disso, para ter efetividade seria necessário uma mudança na lei que rege o Confaz. A Lei Complementar nº 24, de 1975, prevê a obrigatoriedade de aprovação de todos os Estados para a instituição de benefícios relativos ao ICMS. O ideal, segundo representantes dos Estados, seria a aprovação do Projeto de Lei nº 130, de autoria da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), que muda o sistema de votação no órgão e estipula um quórum de três quintos dos Estados, sendo que um terço dos Estados de cada uma das cinco regiões do país teria que ser favorável. O PL está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O convênio foi assinado pelos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.

Segundo Luciano Garcia Miguel, diretor da Consultoria Tributária da Secretaria da Fazenda de São Paulo, somados os autos de infração lavrados em decorrência da guerra fiscal, o valor originário da dívida gira em torno de R$ 24 bilhões. “Esse é o convênio que acabará com a guerra fiscal, se as condições dele forem cumpridas”, diz. “O convênio é um recado dos secretários de Fazenda, para empresários e políticos, de que quando for possível assinar uma norma que põe fim à guerra fiscal serão observadas essas condições.”

Para o subsecretário de Receita do Rio de Janeiro, George André Palermo Santoro, ficará claro para os contribuintes quais Estados concordam em dar essa anistia e quais são as condições para acabar com a guerra fiscal. “O PL 130 tenta acabar com a exigência da unanimidade para que esse convênio seja aprovado”, afirma.

O governo paulista já entrou com mais de dez ações diretas de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra normas de outros Estados que concedem benesses sem autorização do Confaz. “Estudamos propor Adins, mas aguardamos a discussão sobre esse convênio”, diz o subsecretário do Rio.

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Não assinaram o convênio Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. “Vamos perder receita e não temos garantia de compensação”, disse Elineide Marques Malini, subsecretária da Receita do Espírito Santo. Além da redução gradual das alíquotas nas operações interestaduais, Elineide questiona a criação de fundos de compensação. “Para nós não está claro como o fundo vai funcionar, quanto vai para cada Estado. Não podemos arriscar perder mais receita”, afirma.

Goiás e Santa Catarina discordam das alíquotas interestaduais de ICMS propostas. O governo goiano defende que não sejam feitas alterações. Carlos Roberto Molim, diretor de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda de Santa Catarina, discorda da alíquota para a entrada de grãos e gás natural no Estado. “O impacto não é só financeiro, mas na própria cadeia produtiva, o que pode nos colocar em situação na qual as empresas reavaliariam seus investimentos aqui”, diz.

O advogado Marcelo Jabour, presidente da Lex Legis Consultoria Tributária, destaca que o convênio é importante porque se a Proposta de Súmula Vinculante nº 69, sobre a guerra fiscal, não for modulada, os Estados terão a obrigação de cobrar as benesses fiscais concedidas sem autorização do Confaz dos últimos cinco anos. “O impacto financeiro para os Estados pode ser grande”, diz.

Para Fábio Zanin Rodrigues, da Advocacia Lunardelli, os Estados signatários do convênio deixam claro que não vão arcar sozinhos com os custos da solução adotada, repassando ônus à União como garantidora financeira de uma eventual queda de receita dos Estados decorrente da medida.

Fonte: Valor Econômico   Laura Ignacio e Beatriz Olivon

Via:   Notícias Fiscais

Simples Nacional deve ser sancionada sem vetos nos pontos essenciaisPublicado em 31 de julho de 2014 por Humberto Junior

O projeto de lei que universaliza o Simples Nacional deve ser sancionado sem vetos nos pontos essenciais, afirmou nesta quarta-feira o ministro Guilherme Afif Domingos, da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência. “Pode ter algum veto de aspecto técnico, como um artigo que já está presente em outra lei e que está mais claro. Mas não acredito em nenhum veto nos pontos principais”, disse.

A sanção do projeto, aprovado pelo Senado Federal há duas semanas, ocorrerá no dia 7 de agosto, em cerimônia no Palácio do Planalto. Um dos pontos centrais é a proibição de que os governos estaduais usem a substituição tributária (modelo de cobrança diferenciado de impostos) sobre 80% das micro e pequenas empresas.

O projeto também praticamente universaliza o acesso ao Simples, ao permitir que o regime seja usado por mais 140 atividades econômicas. Apenas as indústrias de tabaco, armas e bebidas alcoólicas ficarão de fora. O Sebrae estima que isso permitirá a entrada de cerca de 400 mil micro e pequenas empresas no programa.

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Afif afirmou ainda que não espera veto sobre a inclusão dos serviços advocatícios, de fisioterapia e de corretagem de imóveis e seguros no Simples. O governo aceitou a entrada de mais 140 atividades econômicas no programa desde que não houvesse, neste momento, redução nos tributos pagos, mas estas quatro categorias fizeram lobby junto aos deputados e conseguiram aprovar a diminuição de seus impostos.

“Não acredito em veto porque vou assinar, no dia da sanção, convênio com universidades para fazer um estudo para acabar com o efeito morte súbita de quem ultrapassa o faturamento de R$ 3,6 milhões e tem que deixar o Simples e pagar os impostos cheios”, afirmou. “O estudo será entregue em 90 dias.”

Afif acompanhou a presidente Dilma Rousseff em sabatina na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, nesta quarta-feira. Os outros dois principais presidenciáveis – o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) – também participaram do evento.

Fonte: Valor Econômico

Turismo 30/07/2014 - 11h38

Veja o que trazer do exterior sem pagar impostosLivros, folhetos, periódicos e bagagem de uso pessoal estão isentos notícia 0 comentários

Você sabia que toda bagagem que entra no Brasil deve ser declarada? Na chegada ao País, todo viajante maior de 16 anos de idade é obrigado a apresentar sua própria declaração de bagagem acompanhada (DBA), devidamente assinada, para a devida tributação, se for o caso.

 Porém, é permitida a entrada sem pagamentos de tributos em bagagem acompanhada de livros, folhetos e periódicos, bens de uso ou consumo pessoal do viajante, bens nacionais ou nacionalizados que estejam retornando ao país e outros bens adquiridos no exterior, observando o limite de valor global, de US$ 500,00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos), e do limite quantitativo.

Conheça as regras:

Como procedo em relação a bens que comprei no exterior?

 Na chegada ao Brasil, todo viajante maior de 16 anos de idade é obrigado a apresentar sua própria declaração de bagagem acompanhada (DBA), devidamente assinada. Os formulários são fornecidos gratuitamente pelas empresas de transporte internacional de passageiros e nas repartições aduaneiras. As instruções de preenchimento constam no próprio formulário. Em caso de preenchimento incompleto ou inexato da DBA ou escolha indevida do canal “nada a declarar”, além da cobrança do imposto devido, será aplicada multa de 50% sobre o valor excedente ao limite de isenção, sem prejuízo de outras sanções, inclusive penais, quando for o caso.

O que eu posso trazer do exterior sem pagar tributos?

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 Em bagagem acompanhada, é permitida a entrada, sem pagamentos de tributos, de livros, folhetos e periódicos, bens de uso ou consumo pessoal do viajante, bens nacionais ou nacionalizados que, comprovadamente, estejam retornando ao país, e outros bens adquiridos no exterior, observando o limite de valor global e o limite quantitativo.

Quais são os bens de consumo pessoal?

 São apenas os artigos de vestuário, higiene e demais bens de caráter manifestamente pessoal, de natureza e em quantidade compatíveis com as circunstâncias da viagem.

 Exemplos: roupas, calçados, óculos, um relógio usado, uma máquina fotográfica usada, um telefone celular usado. Notebooks e filmadoras não são isentos.

Como eu posso comprovar que eu não comprei um bem durante a viagem?

 A comprovação de que um bem não foi adquirido durante a viagem pode ser feita utilizando qualquer meio idôneo.

 Exemplos: nota fiscal emitida por estabelecimento domiciliado no Brasil, apresentação de DBA, devidamente desembaraçada, contendo a descrição detalhada de bens adquiridos no exterior em outra viagem etc. A Receita Federal do Brasil não emite documentos para comprovação da saída ao exterior de bens constantes da bagagem do viajante.

Eu posso somar o meu limite de isenção tributária ao de outra pessoa que esteja comigo?

 Não. O limite de isenção tributária é pessoal, intransferível e só pode ser utilizado uma vez a cada intervalo de um mês. Não é possível somar os limites de isenção de um casal, por exemplo, para trazer bens de valor superior ao limite individual, sem o pagamento de tributos.

Preciso declarar valores em dinheiro?

 Na chegada ou saída do Brasil, o viajante que estiver portando valores em espécie (dinheiro) superiores a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou o equivalente em outra moeda deverá apresentar declaração de porte de valores (e-DPV), via internet, no site da Receita Federal. A fiscalização aduaneira verificará a exatidão da declaração e exigirá documentos específicos que comprovem a aquisição lícita dos valores.

E as compras que realizei no free shop?

 Compras realizadas a bordo, em free shop, no exterior ou na saída do Brasil são consideradas bens adquiridos no exterior. Não são computadas no limite de isenção tributária de US$ 500,00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos) compras no free shop de chegada ao Brasil.

 

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COMODATO: ASPECTOS LEGAIS – COMERCIAIS – PROCEDIMENTO

Resumo: Este procedimento trata dos aspectos legais a serem observados na elaboração do contrato de comodato, inclusive com modelo prático.

Sumário1. Introdução2. Prazo, efetivação do contrato e partes3. Obrigações e responsabilidades do comodatário4. Mora do comodatário5. Despesas com o uso do bem6. Forma do contrato e registro7. Retomada do bem imotivadamente8. Comodato por meio de documento fiscal9. As normas sobre comodato do novo Código Civil10. Modelo de contrato

1. IntroduçãoComodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis, que se perfaz com a tradição do objeto.Deve-se entender por empréstimo a cessão de um bem que o proprietário faz a alguém para que este o utilize, com a obrigação de restituí-lo na data marcada no contrato de empréstimo.São coisas não fungíveis aquelas insubstituíveis por outras, ou seja, os bens que possuem características próprias e específicas.Sublinhe-se que o empréstimo deverá revestir-se, efetivamente, de gratuidade, pois, se assim não for, não se terá a operação de comodato, mas sim a de locação de bens móveis.O comodato é bastante adotado na prática entre empresas. Como exemplo, cite-se a cessão em comodato de bens do Ativo Imobilizado feita por fabricantes de bebidas ou sorvetes e por distribuidores de derivados de petróleo aos comerciantes que revendem seus produtos.

NotaOs administradores de bens alheios não podem dar em comodato, sem autorização especial, os bens confiados à sua guarda. Esta regra consta do Código Civil de 1916, art. 1.249 e é repetida pelo CCB, art. 580, nos seguintes termos: "os tutores, curadores e em geral todos os administradores de bens alheios não poderão dar em comodato, sem autorização especial, os bens confiados à sua guarda".

2. Prazo, efetivação do contrato e partesParticipam do contrato de comodato, de um lado, o emprestador do bem (o comodante) e, de outro, o tomador do bem em empréstimo (o comodatário).A efetivação do contrato tem como condição única a ocorrência da tradição do bem, ou seja, a entrega da coisa emprestada ao comodatário.O prazo de permanência do bem em poder do comodatário é convencionado, habitualmente, por meio de contrato. Na ausência de convenção específica, há presunção de que o ajuste foi feito pelo prazo necessário ao uso do bem emprestado, o que, obviamente, dependerá da natureza da coisa emprestada.Durante a vigência do comodato, o comodante não pode suspender o uso e o gozo da coisa emprestada, exceto no caso de necessidade imprevista e urgente do comodante, reconhecida

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pelo judiciário, hipótese em que pode ocorrer a interrupção do uso do bem, com sua retomada pelo comodante.Assim, é importante que o contrato de comodato fixe o prazo de sua vigência para afastar eventuais dúvidas quanto ao prazo em que a coisa permanecerá em poder do comodatário.

3. Obrigações e responsabilidades do comodatárioAo comodatário incumbe zelar pelo bem emprestado como se fosse seu, cuidando dele com a diligência que teria com suas coisas e utilizando-o de maneira a conservá-lo.A medida da diligência que se espera do comodatário é o zelo e o cuidado que a pessoa de bem costuma dedicar às coisas que lhe pertencem. Além disso, o comodatário deve utilizar a coisa emprestada nas condições estabelecidas no contrato, ou de acordo com a natureza do bem.Se o comodatário não observar essas condições, responderá por perdas e danos resultantes de seu ato e deverá reembolsar o comodante pelos prejuízos sofridos.Assim, é conveniente que o contrato especifique as condições gerais de uso da coisa emprestada, como forma de assegurar o direito do comodante de pleitear do comodatário o ressarcimento de perdas e danos resultantes do uso inadequado do bem.No tocante à responsabilidade do comodatário, o Código Civil de 1916, art. 1.253, bem como o CCB, art. 583 (veja subtópico adiante), trataram especificamente da hipótese de risco da coisa emprestada.Se estiverem sob risco, simultaneamente, os bens do comodatário e a coisa emprestada e ele defender e salvar, em primeiro lugar, os seus bens, abandonando o do comodante, responderá pelo dano causado, ainda que se possa atribuir a ocorrência a caso fortuito ou a força maior.Caso fortuito é a ocorrência imprevisível e força maior, a ocorrência irresistível, capaz de forçar uma conseqüência, de forma incontrolável.Note-se, ainda, que, se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatárias de um bem, ficarão solidariamente responsáveis para com o comodante.

4. Mora do comodatárioO Código Civil de 1916, art. 1.252, bem como o CCB, art. 582, dispõem que o comodatário constituído em mora, além de responder por ela, deverá pagar o aluguel do bem durante o tempo do atraso em restituí-lo.Voltamos a mencionar, então, a importância da fixação do prazo para o término do comodato, visto que, se o comodatário deixar de restituir o bem emprestado no prazo marcado, o comodante poderá demonstrar, facilmente, a mora do comodatário.Admitindo-se a hipótese de mora do comodatário e sendo o contrato omisso no tocante ao valor do aluguel devido, surge questão de solução nem sempre fácil.É natural que se cobre do comodatário aluguel equivalente ao praticado pelo mercado, em condições normais de locação, considerando-se a natureza do bem emprestado. Todavia, isso nem sempre é viável, visto que nem todos os bens dados em comodato têm curso normal de locação.Por essa razão, convém que o contrato de comodato contemple expressamente a hipótese e fixe o valor do aluguel que será cobrado do comodatário, assim como as condições de seu pagamento, de modo geral.

5. Despesas com o uso do bemConforme preceituam o Código Civil de 1916, art. 1.254, e o CCB, art. 584, em nenhuma hipótese o comodatário poderá recobrar do comodante as despesas relativas ao uso e gozo da coisa emprestada (por exemplo: gastos com a adequação de instalações para possibilitar o uso do bem).Toda e qualquer despesa necessária ao uso do bem emprestado correrá por conta exclusiva do comodatário, sem ensejar-lhe direito a reembolso. Portanto, também a manutenção porventura

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necessária à conservação e ao funcionamento do bem deverá ser realizada pelo comodatário, às suas expensas.Na prática, muitas vezes, o próprio comodante faz a manutenção. Se ele cobrar as despesas correspondentes do comodatário, tal procedimento não descaracterizará o comodato, uma vez que não se configurará cobrança pelo uso do bem - esta desvirtua o comodato e caracteriza a locação, como já consignamos.

6. Forma do contrato e registroA legislação civil não determina forma específica para o contrato de comodato. Assim, ele pode ser celebrado por instrumento público ou particular, ou mesmo verbalmente.Naturalmente, a exemplo do que ocorre com os demais contratos, a forma verbal de ajuste é a menos recomendável, pela dificuldade probante que apresenta.Não há imposição da legislação quanto ao registro do contrato de comodato, não obstante seja recomendável fazê-lo perante o Cartório de Registro de Títulos e Documentos, como medida de cautela e de conservação do contrato.

7. Retomada do bem imotivadamenteÉ obrigação do comodante garantir o uso, pelo comodatário, do bem emprestado, pelo prazo convencionado ou por aquele que seja peculiar à espécie de coisa emprestada.Por essa razão, não pode haver retomada imotivada do bem emprestado durante a vigência do contrato, salvo na hipótese de falência do comodatário, caso em que o comodante deverá valer-se do disposto no Decreto-lei nº 7.661/1945, art. 76, para requerer a restituição do bem emprestado que houver sido arrecadado pelo síndico da falência.Se ocorrer encerramento de atividades do comodatário, o comodante tem o direito de reaver o bem, uma vez que o comodato perderá sua razão de ser, pela falta de utilização do bem pelo comodatário, que abandonou sua atividade.O eventual encerramento de atividades do comodatário deve estar disciplinado no contrato de comodato, de modo a deixar claro que a devolução do bem, em tal hipótese, deverá ocorrer de forma imediata.

8. Comodato por meio de documento fiscalA prática mercantil tornou muito informal o contrato de comodato, transformando-o em mero ato de emissão de documento fiscal para atendimento da legislação tributária.Isso, muitas vezes, leva ambos - comodante e comodatário - a não se acercar das garantias que lhes são outorgadas por lei. Na maioria das vezes, o documento fiscal que regulariza a operação de comodato do ponto de vista da legislação tributária não traz em seu contexto qualquer cláusula ou condição capaz, ao menos, de induzir à existência de um contrato.Portanto, é de todo recomendável para as partes elaborar documento próprio, consubstanciado no contrato de comodato, independentemente do documento fiscal emitido, a fim de regular as relações entre comodatário e comodante.

9. As normas sobre comodato do novo Código CivilDe acordo com o CCB, arts. 579, 580, 581, 582, 583, 584, 585:

a) comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto;

b) os tutores, curadores e em geral todos os administradores de bens alheios não poderão dar em comodato, sem autorização especial, os bens confiados à sua guarda;

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c) se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o necessário para o uso concedido, não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado;

d) o comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fosse, a coisa emprestada, não podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante;

e) se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário, antepuser este a salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito ou força maior;

f) o comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas com uso e gozo da coisa emprestada;

g) se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatárias de uma coisa, ficarão solidariamente responsáveis para com o comodante.

10. Modelo de contratoPara ilustrar, segue modelo simplificado de contrato de comodato.

CONTRATO DE COMODATOPelo presente instrumento particular, de um lado EMPRESA "X" Ltda., sediada nesta Capital, na Rua Alfa, 111, Bairro do Retiro, inscrita no CNPJ sob o nº 11.111.111/0001-11, neste ato representada por seu sócio-gerente Sr. João da Silva, brasileiro, solteiro, maior, comerciante, portador da Cédula de Identidade RG nº 111.111, inscrito no CPF sob o nº 111.111.111-11, doravante denominada simplesmente COMODANTE, e, de outro lado, EMPRESA "Y" Ltda., sediada nesta Capital, na Rua Gama, 222, Centro, inscrita no CNPJ sob o nº 22.222.222/0001-22, neste ato representada por seu sócio-gerente Sr. Marcelo de Souza, brasileiro, casado, comerciante, portador da Cédula de Identidade RG nº 222.222, inscrito no CPF sob o nº 222.222.222-22, doravante denominada simplesmente COMODATÁRIA, têm entre si justo e contratado o que segue:1ª) A Comodante entrega à Comodatária, neste ato, a título de empréstimo gratuito, uma geladeira expositora marca ABC, modelo Delta 152389-09, de cor predominante branca, para uso, pela Comodatária, em sua sede, com a finalidade exclusiva de armazenamento de refrigerantes fabricados pela Comodante.2ª) O comodato terá a duração de 24 (vinte e quatro) meses, iniciando-se nesta data e encerrando-se em ...................3ª) No término do contrato, a Comodatária se compromete a devolver o bem objeto deste contrato à Comodante, ressalvada a hipótese de prorrogação do empréstimo ajustada em novo instrumento contratual. 4ª) A não-devolução do bem ao término deste contrato constituirá em mora a Comodatária e implicará o pagamento, à Comodante, de aluguel mensal equivalente a R$ 100,00 (cem reais). O aluguel será devido a partir do primeiro dia útil subseqüente ao do término do contrato, fixado na Cláusula 2ª, ou de sua prorrogação, e até a data em que o bem for restituído à Comodante. O aluguel deverá ser pago com tolerância máxima de 10 (dez) dias subseqüentes ao mês vencido.5ª) A manutenção do bem objeto deste contrato, exclusivamente no que se refere ao uso em condições normais, será de responsabilidade da Comodante, que arcará com os gastos correspondentes, sendo certo que, nos termos da legislação de regência, em nenhuma

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hipótese a Comodatária poderá cobrar da Comodante quaisquer despesas relativas ao uso e gozo do bem, nem relativas ao reparo de avarias de qualquer espécie causadas por falta de zelo ou por uso do bem em condições anormais ou inadequadas.6ª) O encerramento de atividades da Comodatária implicará a resolução deste contrato e a imediata devolução do bem à Comodante.7ª) Fica eleito o foro da Comarca da Capital para dirimir quaisquer dúvidas que venham a surgir em decorrência deste contrato, com renúncia expressa a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.E, por estarem as partes de acordo com todas as disposições aqui consignadas, assinam este instrumento, na presença de duas testemunhas, em duas vias de igual teor, uma para cada parte.São Paulo, .............................................______________________ __________________Comodante ComodatáriaTestemunha:____________________________NomeRG____________________________Nome:RG

Legislação ReferenciadaDecreto-lei nº 7.661/1945CCB

FONTE: IOB

Incentivos Fiscais para exportaçãoPublicado em 31 de julho de 2014 por Marina Freitas

As exportações de produtos não sofrem a incidência de impostos internos, respeitando-se os princípios e as regras internacionais. Com isso, os tributos que normalmente incidem sobre os bens comercializados no mercado interno, como o ICMS, IPI, PIS/PASEP e a COFINS, não entram no cálculo do preço de exportação

Os chamados de Incentivos Fiscais, que contribuem para uma diminuição dos tributos devidos nas operações no mercado interno, são benefícios destinados a eliminar os tributos incidentes sobre os produtos nas operações normais de mercado interno. Quando se trata de uma exportação, é importante que o produto possa alcançar o mercado internacional em condições de competir em preço e, por isso, ela pode compensar o recolhimento dos impostos internos

Abaixo fica demonstrado algumas isenções vigentes em lei:

1.1 ICMS

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A exportação de produtos industrializados é imune ao ICMS (CF/88, art. 155, § 2º, X, a).A partir da Lei Complementar 87/96 (art. 3), apesar de não imune, a exportação de produtos primários e semi-elaborados constituirá hipótese de não-incidência. Em virtude da edição da LC 87/96, as leis ordinárias estaduais que previam a sua tributação deixam de ser aplicáveis.Em suma, não são tributáveis as operações, de que decorra a exportação de produtos:

(a) industrializados, em virtude de imunidade;(b) semi-elaborados, em virtude de não-incidência; e(c) primários, em virtude de não-incidência.

Além disso, o exportador pode creditar-se do ICMS pago na aquisição dos insumos destinados à industrialização ou mercadorias adquiridas para revenda, bem como da energia elétrica (na proporção da exportação sobre as saídas ou prestações totais ou integralmente quando consumida no processo de industrialização) e serviços de comunicação (na proporção da exportação sobre as saídas ou prestações totais).

1.2 IPI

São imunes da incidência do imposto, os produtos industrializados destinados ao exterior (Constituição, art. 153, § 3º, inciso III), contemplando todos os produtos, de origem nacional ou estrangeira.

Além disso, o estabelecimento exportador pode creditar-se do IPI pago na aquisição dos insumos que industrializou.

A empresa produtora e exportadora de mercadorias nacionais fará jus a crédito presumido do imposto, como ressarcimento do PIS e COFINS, incidentes sobre as respectivas aquisições, no mercado interno, de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem, para utilização no processo produtivo (artigo 1 da Lei 9.363/96). O crédito presumido aplica-se, inclusive, nos casos de venda a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação.

Fará jus ao crédito presumido a pessoa jurídica produtora e exportadora de produtos industrializados nacionais.

O direito ao crédito presumido aplica-se inclusive:

I – a produto industrializado sujeito a alíquota zero;II – nas vendas a empresa comercial exportadora, com o fim específico de exportação.A partir de 01.02.2004, por força da Lei 10.833/2003, artigo 14, o direito de ressarcimento do PIS e da COFINS não mais se aplicará ás empresas sujeitas ao PIS e COFINS não cumulativo.

1.3 PIS

As exportações são isentas do PIS, de acordo com o artigo 14, § 1º, da MP 2.158-35/2001.Com relação ao PIS não cumulativo, instituído pela Lei 10.637/2002, o artigo 5 da mesma estipula a não incidência sobre as receitas decorrentes das operações de exportação de mercadorias para o exterior.

Observe-se que, para os contribuintes que apuram o PIS pelo sistema não cumulativo (Lei 10.637/2002), existe o direito ao crédito, nas condições fixadas pela Lei.

1.4 COFINS

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O art. 7o da Lei Complementar 70/91 concedeu isenção de COFINS sobre as receitas oriundas da exportação de mercadorias, mesmo quando realizadas através de cooperativas, consórcios ou entidades semelhantes, bem como as empresas comerciais exportadoras, nos termos do Decreto-Lei 1248/72, desde que destinadas ao fim específico de exportação.

Com relação a COFINS não cumulativa, instituída pela Lei 10.833/2003, o artigo 6 da mesma estipula a não incidência sobre as receitas decorrentes das exportações de mercadorias ou serviços, admitido, ainda, o crédito das referidas aquisições.

1.5 ISS

O ISS não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País (art. 2, I, da Lei Complementar 116/2003).

São tributáveis os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.

1.6 DRAWBACK

O regime aduaneiro especial de drawback consiste na suspensão ou eliminação de tributos incidentes sobre insumos importados para utilização em produto exportado.

Como não há incidência do ICMS sobre a exportação, não deverá o seu valor ser destacado na respectiva nota fiscal de exportação ou em nota fiscal de operação, no mercado interno, com o fim específico de exportação, conforme lei Complementar nº 87, de 13/09/96. Já a não incidência do IPI sobre produtos industrializados destinados a exportação, está respaldada pelo art.18 do RIPI, Decreto nº 2.637, de 25/06/98, devendo também ser destacada na respectiva nota fiscal.

Fonte: Administradores  

DISO: DECLARAÇÃO E INFORMAÇÃO SOBRE OBRA – DISPÕE SOBRE O PREENCHIMENTO – ADE CODAC. Nº 25, DE 25/07/2014

Dispõe sobre o preenchimento da Declaração e Informação sobre Obra (DISO) disponível no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, quanto à prestação de informações relativas a notas fiscais de empreiteiros e a obras do tipo 13 (treze), mista.

O COORDENADOR-GERAL DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 312 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no art. 339 da Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009,Declara:Art. 1ºO proprietário do imóvel, o dono da obra, o incorporador pessoa jurídica ou pessoa física, ou a empresa construtora contratada para executar obra mediante empreitada total deverá preencher a Declaração e Informação sobre Obra (DISO), disponível no sítio da Secretaria da

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Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, quanto à prestação de informações relativas a notas fiscais de empreiteiros e a obras do tipo 13 (treze), mista, observando-se as regras previstas neste Ato Declaratório Executivo.Art. 2ºNa existência de decisão judicial que vede a aplicação da retenção prevista no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, ou na situação prevista no art. 1º do Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 8, de 30 de dezembro de 2013, o proprietário do imóvel, o dono da obra, o incorporador pessoa jurídica ou a construtora que tenha contratado prestador de serviços deverá preencher na ficha "Notas Fiscais de prestadores de serviço de construção civil (Empreiteira/Subempreiteira)":I - os campos "Valor da Retenção" e "Valor Autenticado" com 999,99;II - os campos "Banco" e "Agência" com o código 999;III - o campo "Competência de Recolhimento referente à Retenção" com a competência (mês e ano) da nota fiscal informada; eIV - o campo "Data de Autenticação" com a data de emissão da nota fiscal informada.Parágrafo único. A RFB poderá exigir a qualquer tempo a comprovação das situações que originaram o procedimento descrito no caput.Art. 3ºNa hipótese de emissão de 1 (uma) nota fiscal referente a mais de 1 (uma) competência deverá ser preenchida somente 1 (uma) ficha "Notas Fiscais de prestadores de serviço de construção civil (Empreiteira/Subempreiteira)" atinente à competência de emissão da nota fiscal do prestador.§ 1º Na situação prevista no caput, o campo "Remuneração Constante na GFIP do Prestador" deverá ser preenchido com a soma das remunerações constantes nas Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP) referentes às competências abrangidas pela nota fiscal.§ 2º As informações mensais declaradas na GFIP do prestador de serviços com vinculação inequívoca à obra serão utilizadas desde que constantes nos sistemas da RFB.§ 3º Na situação prevista no caput, a RFB poderá exigir a qualquer tempo a comprovação das situações que originaram a emissão de GFIP sem a correspondente emissão de nota fiscal.Art. 4ºNa existência de mais de 1 (uma) nota fiscal para a mesma competência, deverá ser preenchida 1 (uma) ficha "Notas Fiscais de prestadores de serviço de construção civil (Empreiteira/Subempreiteira)" para cada nota fiscal emitida, com suas correspondentes informações.§ 1º Na situação prevista no caput, o campo "Remuneração Constante na GFIP do Prestador" deverá ser preenchido com a informação da remuneração contida na GFIP da competência a que se refiram as notas fiscais e será a mesma para todas as notas fiscais.§ 2º Na existência de 1 (uma) Guia da Previdência social (GPS) referente ao recolhimento de retenção relativa à totalidade das notas fiscais emitidas, os campos "Banco", "Agência", "Data de Autenticação" e "Valor Autenticado" deverão ser preenchidos com as informações constantes na GPS e serão as mesmas para todas as notas fiscais.§ 3º Na existência de 1 (uma) GPS referente ao recolhimento de retenção relativa a cada nota fiscal emitida, os campos "Banco", "Agência", "Data de Autenticação" e "Valor Autenticado" atinente a cada nota fiscal deverão ser preenchidos com as informações constantes na GPS vinculada a sua respectiva nota fiscal.Art. 5ºObservado o disposto no § 3º do art. 349 da Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, enquanto vigorar este artigo, para as obras que se enquadrem no tipo 13 (treze), mista, e que tenham como comprovação do enquadramento documento que não seja nota fiscal da aquisição da madeira, da estrutura de metal ou da estrutura pré-fabricada ou pré-moldada, deverá ser selecionada na ficha "Dados da Obra: Informações de enquadramento", campo "Trata-se de Obra", a opção "Madeira".§ 1º No documento comprobatório a ser apresentado deverá constar obrigatoriamente a informação do tipo 13 (treze), mista.

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§ 2º O procedimento previsto no caput não acarretará mudança no cálculo da Remuneração da Mão de Obra Total (RMT).Art. 6ºEste Ato Declaratório Executivo entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.

JOÃO PAULO R. F. MARTINS DA SILVA

FONTE: Diário Oficial da União - 29/07/2014

Simples Nacional – Cuidados com a distribuição de lucrosPublicado em 30 de julho de 2014 por Humberto Junior

É expediente comum em Microempresas e Empresas de Pequeno Porte a retirada de lucros por parte dos sócios, pois estas, em regra, são beneficiadas com a isenção do imposto de renda e não sofrem a incidência de contribuição previdenciária, ao contrário do pró-labore.

A medida é salutar, porém alguma atenção precisa ser dispensada quanto aos limites de isenção dos lucros distribuídos. Isto é importante para que o contribuinte não seja pego de surpresa em eventual fiscalização.

Lucros Distribuídos

A empresa poderá distribuir lucro sem incidência de Imposto de Renda na Fonte, devendo, porém, registrar o pagamento como saída de caixa sob a rubrica de “lucros distribuídos”.

Na declaração de rendimentos da Pessoa Física beneficiária estes lucros também serão considerados isentos.

Pessoas Jurídicas sem Contabilidade

A isenção fica limitada ao valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata o artigo 15 da Lei 9.249/1995, sobre a receita bruta mensal, no caso de antecipação de fonte, ou da receita bruta total anual, tratando-se de declaração de ajuste, subtraído do valor devido na forma do Simples Nacional no período, relativo ao IRPJ.

Os percentuais em referências são aqueles que seriam utilizados para calcular o imposto de renda com base no Lucro Presumido.

Exemplo:

Uma empresa comercial, optante pelo Simples Nacional, com receita bruta em determinado mês de R$ 30.000,00, pretende distribuir lucros do referido mês.

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Passo 1: Aplica-se o percentual de presunção de lucro que no caso hipotético seria de 8%, sobre o valor da receita do mês, obtendo um lucro presumido de R$ 2.400,00 (R$ 30.000,00 x 8%).

Passo 2: Do valor apurado no passo “1”, será subtraído o valor devido ao Simples Nacional, relativo ao IRPJ. Digamos que seja R$ 81,00.

Passo 3. Subtrai-se (1 – 2) e teremos o valor do lucro que pode ser distribuído com isenção neste mês: R$ 2.400,00 – R$ 81,00 = R$ 2.319,00.

Pessoas Jurídicas com Contabilidade

Conforme disposto no § 2º do artigo 14 da Lei Complementar 123/2006, a mencionada limitação não se aplica na hipótese de a pessoa jurídica manter escrituração contábil e evidenciar lucro superior ao limite.

Assim, se no mês a empresa tivesse apurado e evidenciado contabilmente um lucro de R$ 10.000,00 este valor poderia ser distribuído normalmente, sem qualquer incidência de imposto de renda.

Na prática, no entanto, muitas vezes a distribuição de lucros acaba sendo realizada “no escuro”, sem a certeza de que os limites de isenção estão sendo respeitados. Isto, futuramente, pode provocar contratempos fiscais.

A vantagem de utilizar a contabilidade pode ser grande, porém muitos contratos de prestação de serviços não contemplam a escrituração contábil completa, com a entrega periódica de balancetes e dos demais livros contábeis usuais.

É importante que os contribuintes conversem com seus contadores sobre a prática que está sendo adotada para a distribuição de lucros. Conforme o caso pode ser interessante, inclusive, realinhar o contrato de prestação de serviços, pois isto poderá resultar em uma economia tributária compensatória.

Fonte: Portal Tributário

Impugnações Periciais Contábeis de Ordem Geral Postado por Ronilson Duarte em 31 julho 2014 às 7:00 Exibir blog

Apresentamos uma brevíssima exposição sobre o conceito das impugnações de perícias de ordem genérica, buscando com isto contribuir com a formação de um pensar contemporâneo lastreado na equidade. Nomeadamente na busca por meio de um raciocínio lógico, as explicações e interpretações dos fenômenos vinculados com as inspeções. A justificativa didática deste tema decorre da necessidade da educação permanente dos peritos e da necessidade de se desenvolver um percurso de aprendizagem em torno do tema: inspeção pericial.

O objetivo didático do tema deste artigo é desenvolver um pensar pela via da educação permanente dos peritos em torno do tema, e para tal, apresentados a seguinte contribuição:

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O fato de um laudo pericial contábil, ou parecer juntado na inicial ou na contestação por força do CPC, art. 427, ser impugnado por razão de ordem genérica, não deve ser fator preocupante. Faz parte do contraditório, é uma manifestação contrária, pela parte quese considerou prejudicada, que invoca o “direito de espernear”, jus sperneandi, que, às vezes, além de ser usado, é também abusado, quando há falta de lógica para argumentações científicas.E nesta ambiência, avulta a filosofia. A filosofia surge com a curiosidade e intenção de ampliar incessantemente a compreensão da realidade e desenvolve-se com o espanto do ser humano em suas descobertas que o levam à investigação e a procura da sabedoria pura. Sendo que a sabedoria contábil legítima está abrigada na teoria pura da contabilidade.

As “argumentações genéricas” são as alegações com falta de quaisquer elementos concretos mínimos de fundamentação, pois um simples inconformismo ou reprodução das expressões ou dos termos legais expostos em normas legais, divorciada dos fatos concretos ou baseada em meras suposições, não é suficiente para fazer uma contraprova, tendo em vista que o dispositivo legal do contraditório e da ampla defesa, não admite conjecturas. É indispensável que um litigante, quando da prolação de seu inconformismo ou de sua denúncia faça referência aos requisitos probantes de seu convencimento, como também fundamente a sua opinião em elementos concretos constante dos autos. Como sabido, em juízo e em especial na perícia contábil, a verdade deve ser demonstrada e provada, por se tratar de uma lógica que exige prova pré-constituída da alegação, não sendo suficiente, para tanto, a simples alegação genérica para justificar um inconformismo. Em síntese as argumentações genéricas são as que a parte deixa de aportar aos autos elementos de convicção sobre possível inexistência ou existência de um fato, pois não bastam meras alegações genéricas, imprecisas e infundadas para o acolhimento de petição ou manifestação.

Em uma impugnação verdadeira, a qualidade da fundamentação e o detalhamento do parecer do perito assistente fazem diferença quando estão em foco a segurança, a clareza e a fidelidade da prova. A fundamentação não quer dizer quantidade de laudas, pois, uma grande quantidade de páginas, não significa valor científico.

E por derradeiro, uma coisa é uma argumentação científica para efeitos de produção de prova contábil e outra, são as argumentações de ordens genéricas feitas por sofistas contábeis1

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1 SOFISTA CONTÁBIL – é aquele profissional que usa de sofismas em suas argumentações, que vertem de uma provável sensação imaginária, percebida pelo sofista, sem que tenha havido estímulo científico externo comprovado, por repetidas experiências, e, além disto, o sofista usa e abusa da retórica, da eloquência e da gramática nas suas afirmações. Tergiversar é comum ao sofista. O sofista é a pessoa que domina a arte de apresentar o erro com cara de fato correto; a mentira com a cara de verdade.

Wilson Alberto Zappa Hoog, www.zappahoog.com.br,

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O Que Pode Ser Considerado Como “Documentação Hábil” Para a Escrituração Contábil?

Postado por José Adriano em 31 julho 2014 às 8:00 Exibir blog

Por Marlon Luiz de Freitas Silva

Sabemos que todos os fatos e ocorrências que afetam o patrimônio de uma empresa devem ser corretamente escriturados pelacontabilidade desta e também temos o entendimento de que cada lançamento efetuado deve ser comprovado pela devida documentação hábil relacionada àquele fato.

Em termos conceituais, a expressão “documentação hábil” é definida pela NBC ITG 2000 – Escrituração Contábil, como sendo:

[...]

1. 1.              Documentação contábil é aquela que comprova os fatos que originam lançamentos na escrituração da entidade e compreende todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, de origem interna ou externa, que apoiam ou componham a escrituração.

 2.              A documentação contábil é hábil quando revestida das características intrínsecas ou extrínsecas essenciais, definidas na legislação, na técnica-contábil ou aceitas pelos “usos e costumes”.

 3.              Os documentos em papel podem ser digitalizados e armazenados em meio magnético, desde que assinados pelo responsável pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado, devendo ser submetidos ao registro público competente.

[...]

 Esta parte teórica e conceitual acerca da definição de documento hábil e seu significado já é de conhecimento dos profissionais envolvidos com a área contábil e a legislação existente sobre o assunto é vasta e completa.

Mas existe uma lacuna para os contadores, auditores e demais profissionais envolvidos, que sentem grande necessidade de informaçõespráticas acerca da documentação base para o registro dos fatos contábeis.

Afinal, o que pode e o que não pode ser considerado documento comprobatório para o lançamento/escrituração contábil?

Qual documento deve ser apresentado à contabilidade referente à despesa incorrida?

Tais preocupações são pertinentes porque a responsabilidade de um contador sobre os lançamentos efetuados é de nível elevado. A situação se agrava quando percebemos que a mesma importância dada pelos contadores e auditores sobre esta documentação não é dada por outros agentes do negócio como administradores, proprietários, funcionários, etc., e perde-se muito tempo em função disto.

A contabilidade acaba se sujeitando a contornar situações impostas pelo simples fato de existir seguidas negligências relacionadas à apresentação de uma documentação idônea.

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Segundo uma compilação feita da legislação contábil acerca do tema documentação contábil, podemos citar como hábeis os seguintes documentos:

- Notas Fiscais de Vendas de Mercadorias e Serviços (SINIEF);

-  NFe  - Nota Fiscal Eletrônica e outros registros eletrônicos e documentos. (Contabilidade Digital);

- Documentos expedidos por tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício (inciso I do art. 197 do CTN);

- Documentos fornecidos por bancos, casas bancárias, caixas econômicas e demais instituições financeiras (inciso II do art. 197 do CTN);

- Documentos fornecidos por empresas de administração de bens (inciso III do art. 197 do CTN);

- Documentos fornecidos por corretores, leiloeiros e despachantes oficiais (inciso IV do art. 197 do CTN);

- Documentos fornecidos inventariantes (inciso V do art. 197 do CTN);

- Documentos fornecidos síndicos, comissários e liquidatários (inciso VI do art. 197 do CTN);

- Documentos fornecidos por quaisquer outras entidades ou pessoas que a Lei designe (inscritas no CNPJ e CPF), em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade, ou profissão (inciso VII do art. 197 do CTN);

- Documentos fornecidos por peritos em avaliação de bens ou por empresas especializadas (artigo 8º da Lei 6.404/76);

- Documentos fornecidos por empresas comerciais, industriais ou prestadoras de serviços caracterizados como orçamento a preço de mercado (procedimentos semelhantes às licitações públicas – Lei 8.666/1993);

- Documentos fornecidos com base em arbitragem procedida nos termos da Lei 9.307/1996;

- Documentos de comércio exterior – Importação e Exportação – Legislação sobre preço de transferência – Valoração Aduaneira – Regulamento Aduaneiro;

- Documentação de operações cambiais realizadas em conformidade com o disposto no RMCCI – Regulamento do mercado de câmbio e capitais internacionais;

- Documentação relativa à operações com Ouro (instrução normativa SRF 049/2001);

- Documentos fornecidos com base em decisão judicial.

 *Fonte: COSIFe

Notamos aqui que a relação é vasta e abrange o tipo e natureza das operações envolvidas. Não é nosso intuito detalhar o aspecto de cada documento hábil citado (que pode ser pesquisado separadamente em cada base legal citada), mas queríamos apenas evidenciar a natureza de cada documentação.

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Utilizando essa listagem apresentada e as referidas bases legais detalhadas e analisadas caso a caso, é possível ter um entendimento suficiente acerca da documentação hábil para a correta escrituração contábil.

http://www.contabeis.com.br/artigos/1910/o-que-pode-ser-considerado...

Um Estudo Sobre As Dificuldades Na Implantação Digital (SPED) das Micro e Pequenas EmpresasCom o avanço tecnológico, os profissionais da área contábil estão se adaptando a transformações que acontecem devido à nova era da informação. Diante deste progresso, a contabilidade como uma ciência não poderia ficar alheia a essas mudanças.

postado 31/07/2014 11:58 - 1444 acessos

INTRODUÇÃO

No Brasil, a maioria dos negócios em funcionamento são constituídos de Micro e Pequenas Empresas que são de grande importância para a economia do país. Com as mudanças sociais, políticas e econômicas geradas pela globalização, principalmente na área contábil, surgiram novos desafios a essas empresas.

Para as Micro Empresas (ME) e para a as Empresas de Pequeno Porte (EPP), essas mudanças, geralmente vêm agregadas a custos, sejam elas por alterações legislativas ou até mesmo pela busca de novas tecnologias e aprimoramentos.

O SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) surgiu para facilitar a vida dos contribuintes, em cumprir com suas obrigações tributárias. Mesmo as Micro e Pequenas empresas tendo uma legislação tributária diferenciada e simplificada, encontram dificuldades em cumprir com as suas obrigações, tornando-se necessário um sistema de gestão eficaz que as ajudasse em suas atividades financeiras.

Desta maneira o projeto SPED, gerou custos, através da aquisição de equipamentos eletrônicos e programas a ser utilizado na implantação do sistema. Mas o mesmo traz benefícios como, clareza e objetividade nas informações, substituição de emissão de livros e documentos fiscais em papel por documentos eletrônicos, tornando mas eficaz o trabalho realizado pelas empresas.

Esse tema é relevante porque apresenta mudanças que ocorreram na contabilidade e que faz parte do dia-a-dia dos profissionais dessa área, bem como das empresas brasileiras e do governo, proporcionando um melhor entendimento desse tema.

O trabalho constitui-se de um embasamento bibliográfico, onde se encontra parte da teoria do tema em estudo, e a confirmação das informações através de pesquisa a campo, onde entrevistas realizadas fornecem dados que esclarecem as hipóteses propostas.

O objetivo proposto nessa pesquisa é o de verificar os impactos sofridos pelas Micro e Pequenas empresas com a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) , no qual pretendeu-se alcançar resultados que proporcionem esclarecimento do tema.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 CONTABILIDADE: CONCEITOS, OBJETIVOS E USUÁRIOS

A contabilidade surgiu para auxiliar as empresas, oferecendo informações detalhadas de suas atividades financeiras, fazendo com que as mesmas tomassem decisão com mais propiedade da situação.

Marion (1998), define a contabilidade como “instrumento que fornece o máximo de informações úteis para tomada de decisões dentro e fora da empresa”.

 A Contabilidade tem o patrimônio das empresas como seu objeto de estudo e o seu objetivo é revelar como se encontra e quais os fatores que proporcionaram mutações ao mesmo, fornecendo assim, informações úteis à tomada de decisões.

Ribeiro (1999), identifica “o objeto da contabilidade como sendo de permitir o estudo e o controle dos fatos decorrentes da gestão do patrimônio das entidades econômico-administrativas”.

Os usuários da Contabilidade são pessoas físicas ou jurídicas que tenham interesse na avaliação da situação patrimonial e que buscam na Contabilidade suas respostas.

Segundo Ribeiro (2001), a aplicação da Contabilidade abrange todas as entidades econômico-administrativas, até mesmo as pessoas de direito público, como União, os Estados, os Municípios, as Autarquias etc.

Desta maneira, visando atender a todos, a contabilidade se inserido nas entidades auxiliando a gestao no momento da tomada de decisões e fornecendo informações  precisas de natureza patrimonial e econômica para as entidades.

2.2 DEFINIÇÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

As Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte recebem tratamento jurídico diferente de outras empresas. Para que elas realizem suas atividades o governo as incentiva com redução de suas obrigações, administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou até mesmo pela eliminação destas.

Segundo Fazzio, Júnior (2010), as ME e EPP são obrigatoriamente registradas, sendo diferenciadas com base na receita bruta anual.

Considera-se ME, para efeito do Simples Nacional, a sociedade empresária,a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário que aufiram, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais).

Considera-se EPP, para efeito do Simples Nacional, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário que aufiram, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).

A partir de 2012 haverá um limite extra para exportação de mercadorias no valor de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). Dessa forma, a EPP poderá auferir receita bruta até R$ 7.200.000,00 (sete milhões e duzentos mil reais), desde que não extrapole, no mercado interno ou em exportação de mercadorias, o limite de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). (RECEITA FEDERAL, 2013). (ACESSADO EM 11/05/2014 as 23:23).

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As Micro e Pequenas Empresas, devem sempre observar algumas exigências, para permanecer nesse enquadramento. Um dos fatores essenciais está ligado diretamente à receita bruta acumulada que não pode ultrapassar de R$ 3.600.000,00.

Percebe-se, pela definição de ME e EPP, que elas deverão adequar-se a algum Regime Tributário e que este será diferenciado.

A Pessoa Jurídica enquadrada como ME e EPP poderá optar pelo Simples Nacional (Regime Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME e EPP). Isso implica o pagamento mensal unificado do IRPJ, do PIS/PASEP, do Confis, do IPI, CSLL, da CSS, do IOF, do ICMS e do ISS. (FAZZIO JÚNIOR, 2010, p. 32).

Segundo Pegas (2004), estes dispositivo, regulamentado na Instrução Normativa 391/2004, tem o objetivo de não permitir que estas empresas realizassem outras atividades (serviços de lanchonete, venda de material, atividades para a comunidade, dentre outras) sem tributação.

A denominação ME ou EPP não determina se a empresa é ou não do simples Nacional, o que possibilita a empresa optar por esse sistema é o faturamento e também a verificações de possíveis CNAE (Código Nacional de Atividade Econômica), vedados, impedindo assim a empresa de estar nesse regime. 

2.3 NOTA FISCAL ELETRÔNICA

Com a implantação do modelo nacional do documento fiscal eletrônico houve substituição da emissão do documento em papel por arquivo digital, permitindo, em tempo real, o controle das operações comerciais pelo fisco.

A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) pode ser conceituada como sendo um documento de existência exclusivamente digital, emitindo e armazenando eletronicamente, com o intuito de documentar uma operação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e a Autorização de uso fornecida pela administração tributária do domicilio do contribuinte (AZEVEDO; MARIANO, 2011, p. 51).

Durante muito tempo foi utilizada a Nota Fiscal em papel, as mesmas deviam ser guardadas e conservadas em bom estado para disposição da fiscalização, agora com a implantação do modelo digital, substitui o documento em papel por arquivo digital com extensão XLM, e tudo armazenado eletronicamente.

Segundo Azevedo; Mariano (2011), o projeto foi implantado em 2006, mas foi a partir de 2008 que iniciou a fase de obrigatoriedade.

O credenciamento pode ser voluntário quando requerido pelo contribuinte ou de ofício feito pela Sefaz, sem a manifestação do contribuinte.

2.4 SPED- SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL

A Implantação definitiva do SPED se fez necessária diante da dificuldade dos contribuintes, em cumprir com as obrigações acessórias e do Estado em processar essas informações de maneira clara e objetiva, tendo em vista que os papéis não serão mais armazenados e sim digitalizados eletronicamente.

O projeto SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) altera a forma de cumprimento das obrigações acessórias realizadas pelos contribuintes, substituindo a emissão de livros e documentos contábeis e fiscais em papel por documentos eletrônicos, cuja autoria, integridade e validade jurídica é reconhecida pelo uso da certificação digital. (AZEVEDO; MARIANO, 2011, p. 51)

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O Sistema de Escrituração Fiscal Digital (EFD), possibilita ao contribuinte apresentar de forma mais detalhada ao fisco, a escrituração nos livros evitando assim conflito de dados, agilizando os processos em que há a participação entre união, estado e município.

Segundo IOB (2009), “A Escrituração Fiscal Digital, ajudando na fiscalização e controle da arrecadação tributária, ajudará no combate à sonegação, reduzindo a concorrência desleal. Isso tudo possibilita ao Fisco um aumento da base de tributação, crescendo a arrecadação do Estado”.

As obrigações acessórias tais como; registro de entradas, registro de saídas, registro de apuração de ICMS, registro de apuração de IPI, registro de Inventário, GIA, GIAST, emissões de Notas Fiscais, comprovação de exportação, foram substituídas pela Escrituração Fiscal Digital.

Segundo Azevedo; Mariano (2011), as obrigações acessórias, geralmente em forma de declarações podem ser obrigações Federais, Estaduais, Municipais ou do Distrito Federal, porém é, antes de tudo, o instrumento de comprovação da obrigação tributária.

3. MATERIAL E MÉTODOS

Esta pesquisa foi fundamentado com base nos métodos para obtenção das devidas informações, tendo como tipologia a Pesquisa Exploratória, onde o assunto é buscado com maior profundidade, para se tornar mais claro, Bibliográfica que foi desenvolvida com base em livros, artigos, revistas, páginas da Internet, que tratam do assunto em questão, a pesquisa é caracterizada qualitativa, pois analisa e compreendas as informações sobre o tema proposto.

 

Quanto à pesquisa desenvolvida, procedeu-se a uma pesquisa de campo, que se utilizou de entrevistas, contendo perguntas relacionadas à implantação do SPED nas ME e EPP. Essas entrevistas foram aplicadas em uma empresa, do Setor Comercial e uma do Setor Industrial da cidade de Sinop-MT.

A população deste estudo foi duas empresas, uma ME (Micro Empresa) sendo ela do ramo de Comercio Varejista de Roupas e uma empresa EPP (Empresas de Pequeno Porte) sendo ela Indústria Madeireira. A amostra foi realizada através de entrevistas com funcionários da área administrativa de cada empresa, de maneira que abordasse o novo Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) .

A coleta de dados ocorreu de duas maneiras: primárias e secundárias. Os dados primários referem-se ao primeiro contato com o tema, realizado através de entrevistas com funcionários de empresas ME e EPP, sendo eles contadores e administradores que auxiliaram no processo de implantação do SPED (Sistema de Escrituração Digital) nas respectivas  empresas. E de dados secundários, que foram obtidos através de leituras de livros, sites e estudos sobre o tema, ou seja, pesquisa bibliografica. 

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A dificuldade encontrada pelos proprietários de microempresas e empresas de pequeno porte na implantação do SPED é a de identificar entre tantos sistemas, um que forneça suporte e que corresponda

às expectativas das mesmas. Além disso, as empresas tiveram que preparar a sua infra-estrutura de telecomunicações para garantir um ambiente adequado ao volume de informações que são transmitidas e

recebidas na comunicação com os fiscos, como a aquisição de novos computadores e servidores com maior capacidade de processamento e armazenamento, não necessariamente modificando suas estruturas físicas. Em relação aos colaboradores, houve dificuldade no treinamento dos mesmos para se adequarem

ao novo sistema, porque, como tudo era novo, não havia no mercado de trabalho muitos profissionais com experiência nessa área, sendo diretamente impactados pelas mudanças do SPED, levando, assim, as

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empresas a investirem em treinamento para os mesmos adquirirem entendimento e desenvolverem a atividade adequadamente.

Teve que haver uma interação entre empresas, colaboradores e contadores, cada um realizando suas determinadas atividades, desenvolvidas assim: o arquivo eletrônico nasce dentro da empresa com o trabalho desenvolvido pelos colaboradores e é finalizado pelos contadores com o processamento desses dados em transmissão.

As ME e EPP não estavam preparadas economicamente para adquirirem sistemas para geração do SPED Fiscal, por causa dos altos gastos com a compra e a mensalidade do sistema, sendo que a ME viabilizou recursos junto a instituições financeiras para a aquisição dos equipamentos necessários e a EPP utilizou recursos próprios.

A mudança na rotina das empresas deu-se inicialmente, com muita dificuldade nas gerações de determinados arquivos, haja vista que aconteciam divergências entre o sistema da empresa e o sistema do governo para transmissão dos respectivos arquivos, mas com as repetições dos processos, os profissionais foram se adaptando e atualmente há mais agilidade no processo.

A responsabilidade das empresas pesquisadas, em relação às obrigações acessórias, tornou-se, mas eficaz com a implantação do SPED, porque, agora com o sistema de forma on line reduzem-se essas obrigações, fazendo com que as informações cheguem ao fisco com mais precisão em tempo real. Segundo Azevedo; Mariano (2011), as obrigações acessórias, geralmente em forma de declarações podem ser obrigações Federais, Estaduais, Municipais ou do Distrito Federal, porém é, antes de tudo, o instrumento de comprovação da obrigação tributaria.

A implantação do SPED garantiu maior confiabilidade nas informações contábeis das ME e EPP, porque o fisco tem a possibilidade de fazer o cruzamento das informações em tempo real, não havendo mais necessidade de o fiscal se dirigir às empresas para que as mesmas sejam fiscalizadas, porque os dados se encontram eletronicamente na base de dados de todas as Secretarias de Fazenda.

Percebe-se, portanto, que o SPED é uma ferramenta importante para garantir transparência à movimentação financeira das empresas, minimizando uma série de transtornos que antes ocorriam.

5. CONCLUSÃO

Ao término do estudo, conclui-se que atualmente as empresas pesquisadas usam o SPED, que resultou na implantação de sistemas gerenciais nas empresas, para informatização dos dados e transmissão dos mesmos aos órgãos fiscalizadores, pode-se perceber QUE as informações contábeis da ME e EPP, tornaram-se mais confiáveis, através da estrutura que o sistema do SPED proporciona a estas.

Assim, foi possível alcançar o resultado de que, uma vez que se demonstra que inicialmente não havia colaboradores capacitados, houve necessidade investimento em tecnologia, mas também apresentando vantagens, como a redução de impostos para quem o adota.

 O Sistema Público de Escrituração Digital é um projeto que foi apresentado pelo Governo Federal, com o objetivo de combater a sonegação fiscal, diminuir as obrigações acessórias e reduzir a utilização de papel.

Desta maneira, foi identificado, no estudo sobre as dificuldades da implantação digital (SPED) na gestão das micro e pequenas empresas, através dos objetivos específicos que as ME e EPP, recebem incentivo do governo em forma de redução de impostos, aumentando, assim, o número dessas empresas, que colaboram para o crescimento das mesmas no cenário econômico nacional.  O sistema tributário utilizado nessas

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empresas é o Simples Nacional, que é um regime unificado de arrecadação de tributos e contribuições, cujo percentual aplicado é definido pelo faturamento da empresa.

O estudo ainda indica que com a implantação do SPED, as ME e EPP encontraram dificuldades em relação aos recursos financeiros, pois os gastos com a aquisição de computadores e sistemas para geração do SPED foram altos, já que essas empresas não possuíam sistemas de contabilidade compatíveis com o Sistema Público de Escrituração Digital, tendo então de adquirir equipamentos necessários, gerando custos às mesmas.

A interação entre fisco, contadores e empresas, foi extremamente necessária para que o projeto do SPED atingisse os objetivos esperados pelo governo. O SPED veio para eliminar crimes de ordem tributária, diminuir inconsistências de informações transmitidas ao Município, Estado e União, eliminando retrabalhos e proporcionando aos profissionais da área contábil maior agilidade para auxiliar os empresários.

Em relação às limitações para a realização do estudo, destaca-se que houve dificuldades em encontrar livros que tratam do assunto em questão.

Por se tratar de tema relevante no universo contábil, sugere-se, para fins de conhecimento da temática, e ênfase à importância do SPED, um estudo sobre as vantagens obtidas pelas empresas com a redução dos tributos, com a implantação do sistema.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, Osmar Reis; MARIANO, Paulo Antonio. SPED: Sistema Público de Escrituração Digital. 3a. ed. São Paulo: IOB, 2011.

FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Manual de Direito Comercial. 11a. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

IOB, Instituto de Informação Gerando Solução. SPED Sistema Público de Escrituração Digital. 1a. ed. São Paulo: IOB, 2009.

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 8ª. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

PEGAS, Paulo Henrique. Manual de Contabilidade Tributária. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2004.

RECEITA FEDERAL, Brasil, 2013. Disponível em: <www.receita.fazenda.gov.br/previdencia/contribuicoes-pj.htm>. Acesso em: 11 maio 2014. As: 23:23h.

RECEITA FEDERAL, Brasil, 2013. Disponível em: <http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Perguntas/Perguntas.aspx>. Acesso em: 11 maio 2014. As: 23:23h.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Geral. 23ª. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Comercial. 17a. Ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

 

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Responsabilidade tributária dos grupos econômicos: aumento de arrecadação em detrimento da

legalidade?1 - Introdução

Diante da tendência global de as empresas se unirem para incremento da produtividade e do lucro, não se pode mais negar a grande importância que o reconhecimento de grupos econômicos, e o redirecionamento da cobrança da dívida fiscal, assumiram. Seja pela constância com que tais pleitos são formulados e deferidos, seja pela ausência de autorização normativa para a grande parte das inclusões atualmente autorizadas - que desconsideram que o direito de se auto-organizar não pode resultar na perda de autonomia jurídica e econômica - esse é um assunto que merece nossa reflexão.

Nosso entendimento é o de que, salvo na prática comum do fato gerador e na fraude devidamente comprovada, o redirecionamento é ilegal.

A constatação de que a atribuição da responsabilidade tributária, para os administradores pessoas físicas, mostrou-se ineficaz do ponto de vista arrecadatório, somada à criação deholdings, esvaziamentos patrimoniais e interpostas pessoas, pretendem justificar os excessos presentes nos pedidos de redirecionamento da cobrança da dívida, e nas decisões judiciais que deferem tais pleitos, em especial pelo falacioso e generalista entendimento de que o contribuinte é sonegador. Pautando-se numa interpretação finalística, o Judiciário não raramente desconsidera os limites normativos da lei, em prol do redirecionamento do passivo fiscal para empresas que, alegadamente, compõem um grupo econômico.

Assim, ao mesmo tempo em que prejuízos e créditos fiscais não podem ser compartilhados pelo grupo, a dívida deve ser solidariamente suportada por todos aqueles que não participaram do fato gerador, não praticaram qualquer ato fraudulento e não participaram da administração da sociedade originalmente devedora.

O objetivo é responsabilizar o grupo econômico.

Exemplo atual é o noticiado em 16/7/14 pelo jornal Valor Econômico, que informa que "a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo (PGE-SP) pretende expandir, a partir de setembro, um bem-sucedido programa-piloto de recuperação fiscal iniciado no ano passado na região de Paulínia e que resultou no parcelamento e no pagamento de R$ 380 milhões. O projeto envolveu a investigação de grandes devedores - pertencentes a grupos econômicos - e a obtenção na Justiça da indisponibilidade de bens de holdings e sócios dessas empresas, a partir do que se chama juridicamente de desconsideração da personalidade jurídica."

Trata-se de ótimo planejamento estratégico, mas que se não for executado de forma cuidadosa irá certamente violar a lei e a segurança jurídica dos responsabilizados: a certeza de que cada um responde por seus débitos já não vale mais. Posso ser responsabilizado por deter uma pequena participação social em empresa devedora, por contratar executivo que no passado trabalhou em contribuinte hoje detentor de elevado passivo fiscal, por atuar em ramo de negócio comum a vários devedores.

Feitas essas considerações iniciais, imperioso esclarecer que não defendermos a impossibilidade da aplicação das normas de responsabilidade tributária e da desconsideração da personalidade jurídica para situações de dilapidação patrimonial e organizações societárias criadas com o intuito de lesar os cofres públicos e fraudes. Apenas rejeitamos veementemente a dimensão que está sendo dada.

Passemos agora a delimitar os dois grandes pontos que envolvem os grupos econômicos. O primeiro é probatório. Deve ser comprovada tanto a existência do grupo econômico (prova essa que não raramente é produzida de forma superficial, pautando-se em fracas e inconsistentes presunções), quanto as condições que justificam o redirecionamento, uma vez que compor o grupo é fato insuficiente para responder de forma solidária pela dívida fiscal. Em outras palavras, é preciso produzir provas de interesse comum no fato gerador ou no ato fraudulento que fundamenta a obrigação de responder solidariamente pelo passivo fiscal.

Já o segundo ponto diz respeito ao fundamento legal. Solidariedade é comunhão de interesses, fato gerador praticado em conjunto. Mas, na grande maioria das vezes, essa condição não se mostra presente, o que nos leva a

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afastar oart. 124 do CTNcomo fundamento de validade do redirecionamento.

Seria, então, oart. 135 do CTN? Acreditamos que também ele não seja aplicável, por dispor sobre a responsabilidade da pessoa física, e aqui tratamos de redirecionamento de grupo econômico, pessoas jurídicas.

E oart. 30 da Lei nº 8.212/91? Se considerarmos que ele cria nova hipótese de responsabilidade tributária, conforme será demonstrado abaixo, a inarredável conclusão é a que o enunciado é inconstitucional, posto que seu conteúdo não foi introduzido por meio de lei complementar, nos termos doart. 146, III, b, da Constituição.

Resta-nos, então, oart. 50 do Código Civil, que requer autorização judicial prévia e a demonstração de abuso da personalidade jurídica (desvio de finalidade ou confusão patrimonial). Nessas situações o redirecionamento é possível, mas normalmente o desvio de finalidade ou confusão patrimonial não são provadas, como se toda alegação pudesse ser enquadrada da acepção "abuso de personalidade". O limite semântico da lei é violentamente desconsiderado, com o firme propósito de se responsabilizar toda e qualquer empresa do grupo.

Portanto, se o redirecionamento é legítimo nas hipóteses legalmente previstas, o credor deve provar a adequação do caso concreto à autorização legal. Dissolução irregular de sociedade não é fato autorizador, assim como não o é ausência de bens suficientes para suportar o passivo fiscal, a execução de atividades similares ou complementares e a localização comum.

2 - Da configuração de grupo econômico

O direito positivo brasileiro prevê duas espécies de grupo empresarial: o de direito, disciplinado pelosart. 265 a 278 da Lei nº 6.404/76, e o de fato, regulado pela legislação trabalhista (Decreto-lei nº 5.452/43), previdenciária (IN RBF nº 971/09) e tributária (IN RBF nº 971/09). Todavia, independentemente da espécie, as sociedades que integram o grupo mantêm autonomia jurídica e econômica, vale dizer, ainda que componham uma unidade empresarial, com objetivos e metas comuns, mantêm íntegras suas personalidades jurídicas, com patrimônios individualizados, nos termos dosarts. 266e278, § 1º, da Lei nº 6.404/76.

Tal é a independência das sociedades que compõe o grupo econômico que aLei das Sociedades por Açõesfoi expressa ao prescrever que não haverá presunção de responsabilidade solidária entre elas, devendo cada uma responder por suas obrigações, exceto nas hipóteses expressamente previstas na legislação (art. 278, § 1º).

Portanto, a existência de grupo econômico não compromete ou desnatura a identidade das empresas associadas, que permanecem como pessoas jurídicas distintas e autônomas, respondendo cada qual pelo pagamento das dívidas contraídas de forma isolada, exceto quando houver disposição legal em sentido contrário conforme adiante se verá.

2.1 - Grupo econômico "de direito"

O grupo econômico "de direito" encontra-se regulado nosart. 265 a 278 da Lei nº 6.404/76. Por ora interessa-nos oart. 265e parágrafos,in verbis:

Art. 265. A sociedade controladora e suas controladas podem constituir, nos termos deste Capítulo, grupo de sociedades, mediante convenção pela qual se obriguem a combinar recursos ou esforços para a realização dos respectivos objetos, ou a participar de atividades ou empreendimentos comuns.§ 1º A sociedade controladora, ou de comando do grupo, deve ser brasileira, e exercer, direta ou indiretamente, e de modo permanente, o controle das sociedades filiadas, como titular de direitos de sócio ou acionista, ou mediante acordo com outros sócios ou acionistas.§ 2º A participação recíproca das sociedades do grupo obedecerá ao disposto no artigo 244.

Ao analisarmos a legislação societária, temos que se considera como controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe asseguram, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores (§2º,art. 243 da Lei nº 6.404/76).

Tratando-se de grupo de direito, entretanto, é necessário que as sociedades empresárias combinem expressamente recursos e esforços para a consecução de objetivos e atividades comuns, mediante convenção ou

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consórcio.

Outrossim, de acordo comartigos 121e129 da Lei nº 6.404/76, compete à Assembleia Geral da sociedade, por maioria absoluta de votos, tomar as decisões relativas ao seu objeto. Dessa maneira, para que uma pessoa tenha preponderância nas deliberações sociais esse deverá possuir ao menos 50% + 1 das ações da empresa.

2.2 - Grupo econômico "de fato"

A legislação societária não regulamenta o grupo econômico "de fato" (01). Podemos encontrar na legislação trabalhista, previdenciária e tributária definições acerca desta forma de organização, lembrando que, nesses dois últimos casos, trata-se de regulamentação infralegal (instruções normativas). Vejamos:

- Legislação Trabalhista -Decreto-lei nº 5.452/43, artigo 2º§2º:

§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.

- Legislação Previdenciária -Instrução Normativa RFB nº 971/2009:

Art. 494. Caracteriza-se grupo econômico quando 2 (duas) ou mais empresas estiverem sob a direção, o controle ou a administração de uma delas, compondo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica.

- Legislação tributária -Instrução Normativa RFB nº 971/2009:

Art. 494. Caracteriza-se grupo econômico quando 2 (duas) ou mais empresas estiverem sob a direção, o controle ou a administração de uma delas, compondo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica.

De acordo com as normas acima citadas, há grupo econômico quando existir controle, administração ou direção entre as sociedades envolvidas. E não há quando esses requisitos não se revelarem presentes.

Fábio Ulhôa Coelho (02), ao explicar o que são grupos de sociedade, ensina:

Os grupos de fato se estabelecem entre sociedades coligadas ou entre controladora e controlada. Coligadas são aqueles em que uma tem influência significativa sobre a outra, sem, contudo, controlá-la. Já controladora é aquela que detém o poder de controle de outra companhia.

Seguindo a mesma linha, confira-se a posição de José Edwaldo Tavares Borba (03):

Quando, consideradas duas sociedades, uma detenha dez por cento ou mais do capital da outra, essas companhias serão consideradas coligadas. A coligação corresponde, portanto, a um nível de participação igual ou superior a dez por cento, desde que incapaz de conduzir o controle, haja vista a possibilidade de controlar-se uma companhia (controle minoritário) com dez por cento do capital, ou até com uma participação inferior.

Do exposto, podemos afirmar que para a configuração do grupo "de fato" é necessário que (i) uma das sociedades tenha influência significativa na outra, sem controlá-la (coligada), ou (ii) uma das empresas seja titular de direitos de sócio sobre as outras que lhe assegure, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais, em especial o de eleger a maioria dos administradores (art. 116, 'a'), hipótese em que será considerada sociedade controladora.

De acordo com oartigo 1.097 do Código Civil, consideram-se coligadas as sociedades que, em suas relações de capital, são controladas, filiadas ou de simples participação, na forma dosartigos 1.098 a 1.101do mesmo diploma legal.

E para serem consideradas controladas, filiadas ou de simples participação, as empresas deverão possuir:

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1) Maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores;

2) O poder perante outra sociedade mediante ações ou quotas possuídas por sociedade já controlada;

3) Dez por cento ou mais do capital da outra empresa sem controlá-la;

4) Menos do que dez por cento do capital de outra com direito a voto.

Em não sendo constatada qualquer uma das hipóteses acima, não há como admitir que duas empresas sejam coligadas.

No que diz respeito às sociedades controladoras e controladas, temos que tal organização societária se dá quando uma das empresas for titular de direitos de sócio sobre as outras, direitos esses que lhe assegure, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais, em especial o de eleger a maioria dos administradores (art. 116, 'a').

Nesse ponto, passa a ser relevante tratar das situações em que, formalmente, as sociedades não são coligadas e tampouco controladas, mas que, em função dos indícios identificados, conclui-se pela formação de grupo econômico "de fato" e autoriza-se, normalmente com fulcro noart. 50 do CC, o redirecionamento da cobrança da dívida.

Tais indícios consistem, precipuamente, na identificação das seguintes situações:

- Independência meramente formal de pessoas jurídicas (que, na realidade, submetem-se a uma mesma unidade gerencial, laboral e patrimonial)

- Identidade de administradores e contadores

- Formação de quadro societário pelos mesmos indivíduos ou seus parentes

- Estrutura administrativa compartilhada

- Atuação idêntica, similar ou complementar

Obviamente que, de forma isolada, tais indícios são irrelevantes para a comprovação da existência de grupo econômico. E a ausência de alguns deles é igualmente irrelevante. O controle é o dado decisivo, mas os fatos acima descritos colaboram para o convencimento de que havia controle entre as pessoas jurídicas envolvidas.

3 - A controvertida questão do fundamento legal que autorizaria o redirecionamento

Vislumbramos como sendo 4 (quatro) as possibilidades legais que, em tese, autorizariam o redirecionamento. São as seguintes:

-Art. 124 do CTN- para situações de interesse comum, que não envolvam fraude e dolo.

-Art. 50 do Código Civil- para os casos de abuso de personalidade jurídica.

-Art. 30 da Lei nº 8.212/91- para situações que não envolvam fraude e dolo, e aplicáveis apenas às contribuições previdenciárias.

-Art. 135 do CTN- para pessoas físicas que agiram contrariamente à lei, contrato social e estatuto, com fraude ou simulação.

a - Art. 124, I, do CTN

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Oart. 124, I e II, do CTNé o mais utilizado para fundamentar as decisões que autorizam o redirecionamento da cobrança do crédito tributário, para empresas que compõe um grupo econômico, em especial os de fato.

Referido artigo adota dois critérios para estabelecer o vínculo de solidariedade passiva entre os devedores: (i) interesse comum na situação que constitua o fato jurídico tributário e (ii) designação expressa em lei.

Iniciemos com o interesse comum. Muito embora o direito positivo não tenha elucidado o conteúdo semântico desse critério, entendemos como sendo a ausência de interesses jurídicos opostos na situação que constitua o fato jurídico tributário, somada ao proveito conjunto dessa situação.

Assim, são exemplos de interesse comum a solidariedade no pagamento do IPTU por todos os proprietários de um mesmo imóvel e do ITBI pelas transmissões imobiliárias de interesse de mais de um comprador.

Normalmente considera-se que há interesse comum quando as empresas possuem o mesmo corpo diretivo, ou quando há confusão patrimonial entre duas ou mais empresas ou, ainda, quando ocultam ou simulam negócios jurídicos internos visando dificultar ou impedir que a execução fiscal proposta em face de uma delas alcance o patrimônio respectivo. Esse entendimento é excessivamente abrangente e vago, e não guarda fundamento em qualquer dispositivo legal. Não corresponde ao que a jurisprudência e a doutrina entendem sobre o tema. Interesse comum passa a significar controle na condução dos negócios, confusão patrimonial e fraude, o que é um erro.

Além disso, o mero interesse social, moral ou econômico nas consequências advindas da realização do fato gerador não autoriza a aplicação doart. 124, I, do CTN. Deve haver interesse jurídico comum, que surge a partir da existência de direitos e deveres idênticos, entre pessoas situadas no mesmo polo da relação jurídica de direito privado, tomada pelo legislador como suporte factual da incidência do tributo. Em outras palavras, há interesse jurídico quando as pessoas realizam conjuntamente o fato gerador.

O interesse comum não pode ser confundido com interesse econômico, pois somente o primeiro diz respeito às consequências advindas da realização do fato gerador. Somente o interesse jurídico interessa, e ele ocorre tão somente quando as pessoas realizam conjuntamente o fato gerador.

O STJ não destoa desse entendimento, sendo inúmeras as decisões preferidas nesse sentido, conforme a seguir:

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ISS. EXECUÇÃO FISCAL. LEGITIMIDADE PASSIVA. EMPRESAS PERTENCENTES AO MESMO CONGLOMERADO FINANCEIRO. SOLIDARIEDADE. INEXISTÊNCIA. VIOLAÇÃO DO ART. 124, I, DO CTN. NÃO-OCORRÊNCIA. DESPROVIMENTO.(....)2. Para se caracterizar responsabilidade solidária em matéria tributária entre duas empresas pertencentes ao mesmo conglomerado financeiro, é imprescindível que ambas realizem conjuntamente a situação configuradora do fato gerador, sendo irrelevante a mera participação no resultado dos eventuais lucros auferidos pela outra empresa coligada ou do mesmo grupo econômico.3. Recurso especial desprovido. (REsp 834.044/RS, Rel. Min. Denise Arruda, Primeira Turma, 11/11/2008, DJe 15/12/2008)PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. ISS. EXECUÇÃO FISCAL. PESSOAS JURÍDICAS QUE PERTENCEM AO MESMO GRUPO ECONÔMICO. CIRCUNSTÂNCIA QUE, POR SI SÓ, NÃO ENSEJA SOLIDARIEDADE PASSIVA.1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso especial interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul que decidiu pela incidência do ISS no arrendamento mercantil e pela ilegitimidade do Banco Mercantil do Brasil S/A para figurar no polo passivo da demanda.2. A Primeira Seção/STJ pacificou entendimento no sentido de que o fato de haver pessoas jurídicas que pertençam ao mesmo grupo econômico, por si só, não enseja a responsabilidade solidária, na forma prevista no art. 124 do CTN. Precedentes: EREsp 859616/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/02/2011, DJe 18/02/2011; EREsp 834044/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/09/2010, DJe 29/09/2010).3. O que a recorrente pretende com a tese de ofensa ao art. 124 do CTN - legitimidade do Banco para integrar a lide -, é, na verdade, rever a premissa fixada pelo Tribunal de origem, soberano na avaliação do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que é vedado ao Superior Tribunal de Justiça por sua Súmula 7/STJ.4. Agravo regimental não provido. AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.392.703 - RS (2011/0040251-7

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Do voto dessa decisão, podemos depreender o seguinte:

6. Deveras, o instituto da solidariedade vem previsto no art. 124 do CTN, verbis: (...) Nesse diapasão, tem-se que o interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal implica que as pessoas solidariamente obrigadas sejam sujeitos da relação jurídica que deu azo à ocorrência do fato imponível. Isto porque feriria a lógica jurídico-tributária a integração, no polo passivo da relação jurídica, de alguém que não tenha tido qualquer participação na ocorrência do fato gerador da obrigação. (...) 9. Destarte, a situação que evidencia a solidariedade, quanto ao ISS, é a existência de duas ou mais pessoas na condição de prestadoras de apenas um único serviço para o mesmo tomador, integrando, desse modo, o polo passivo da relação. Forçoso concluir, portanto, que o interesse qualificado pela lei não há de ser o interesse econômico no resultado ou no proveito da situação que constitui o fato gerador da obrigação principal, mas o interesse jurídico, vinculado à atuação comum ou conjunta da situação que constitui o fato imponível.10. In casu, verifica-se que o Banco Alfa S/A não integra o polo passivo da execução, tão-somente pela presunção de solidariedade decorrente do fato de pertencer ao mesmo grupo econômico da empresa Alfa Arrendamento Mercantil S/A. Há que se considerar, necessariamente, que são pessoas jurídicas distintas e que referido banco não ostenta a condição de contribuinte, uma vez que a prestação de serviço decorrente de operações de leasing deu-se entre o tomador e a empresa arrendadora. (...)Ademais, inexiste solidariedade entre a instituição bancária e a empresa arrendadora, uma vez que realizam operações distintas, não tendo a instituição bancária gerência nas operações de leasing. Dessa forma, com essas considerações, o que a recorrente pretende com a tese de ofensa ao art. 124 do CTN - legitimidade do Banco para integrar a lide - é, na verdade, rever a premissa fixada pelo Tribunal de origem, soberano na avaliação do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que é vedado ao Superior Tribunal de Justiça por sua Súmula n.7. Assim sendo, CONHEÇO do agravo de instrumento para NÃO CONHECER do recurso especial. (destacamos)

Note-se a relevância dos termos fixados nessa decisão, de fundamental avaliação para que não se extrapole a possibilidade legal do redirecionamento de que tratamos, em flagrante violação aos direitos constitucionalmente assegurados aos contribuintes que cumprem com suas obrigações fiscais e não participam, direta ou indiretamente, de fraudes. Vejamos:

1 - O interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal implica que as pessoas solidariamente vinculadas sejam sujeitos da relação jurídica que deu azo à ocorrência do fato imponível. Isto porque feriria a lógica jurídico-tributária a integração, no polo passivo da relação jurídica, de alguém que não tenha tido qualquer participação na ocorrência do fato gerador da obrigação.

2 - Se não houver gerência de uma empresa sobre outra pertencente ao mesmo grupo, a solidariedade também não é cabível.

Já o inciso II doartigo 124 do CTNprescreve que serão solidárias as pessoas expressamente designadas por lei. A regra não apresenta qualquer novidade, pois, em função do princípio da estrita legalidade, somente essa poderia ser a prescrição (não só para a solidariedade, mas para qualquer espécie de sujeição passiva).

Qual a diferença, então, entre os incisos I e II doartigo 124? Entendemos que, no inciso II, as pessoas solidariamente obrigadas são as referidas nosartigos 134,135e137 do CTN. Lei, aqui, deve ser entendida como o próprioCTN, que contempla diversas situações em que a solidariedade de dois ou mais sujeitos é possível. Essa conclusão não muda o fato de que nos artigos ora referidos a modalidade de responsabilidade prevalece sendo a subsidiariedade no primeiro caso (art. 134) e pessoalidade nos demais (arts. 135 e 137).

Por fim, não poderíamos deixar de assinalar que se a solidariedade tributária não se presume, deriva sempre de lei, e se não há lei complementar (art. 146, III, da Constituição) vigente dispondo que a simples circunstância de empresas estarem reunidas por vínculos de participação social implica solidariedade entre elas, a conclusão é imediata: o Fisco não está autorizado a exigir o pagamento da dívida de empresas associadas que não contribuíram para a realização do fato jurídico tributário.

b - Art. 50 do Código Civil

A legislação prevê e a jurisprudência acata que a obrigação de empresa do mesmo grupo econômico responder por débitos tributários das outras, ainda que contraídas exclusivamente no interesse de uma delas, é a comprovação do abuso de personalidade jurídica, desviando as sociedades dos fins estabelecidos nos seus atos

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constitutivos, para mascarar a realização do fato tributário ou impossibilitar o adimplemento da obrigação tributária.

Configurado o ilícito, surgiria a permissão para a autoridade fiscal desconsiderar os contornos dos atos jurídicos praticados, atingindo-se indistintamente os bens particulares das empresas que compõem o grupo. Ignoraria-se a separação societária meramente formal, tratando seus patrimônios como uma unidade para fins de satisfazer as obrigações contraídas.

Nesse contexto, o que implicaria o dever de empresas coligadas ou unidas por controle responderem por débitos tributários umas das outras, sem qualquer divisão ou ordem de preferência não é a circunstância de formar um grupo econômico, mas sim a dissimulação, a confusão patrimonial ou o desvio de finalidade com o intuito de fraudar credores.

Firmada tal premissa, tecnicamente sequer podemos falar em solidariedade nesses casos, já que a solidariedade pressupõe a prática conjunta do fato gerador, sendo irrelevante se os envolvidos participam ou não de um mesmo grupo. Haveria, por outro lado, extensão dos efeitos de certas e determinadas relações jurídicas aos bens das demais sociedades, em razão de abuso da personalidade jurídica.

Alguns são os precedentes jurisprudenciais nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU FALTA DE MOTIVAÇÃO NO ACÓRDÃO A QUO. EXECUÇÃO FISCAL. ALIENAÇÃO DE IMÓVEL. DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA. GRUPO DE SOCIEDADES COM ESTRUTURA MERAMENTE FORMAL. PRECEDENTE.(...) 3. A desconsideração da pessoa jurídica, mesmo no caso de grupos econômicos, deve ser reconhecida em situações excepcionais, onde se visualiza a confusão de patrimônio, fraudes, abuso de direito e má-fé com prejuízo a credores. No caso sub judice, impedir a desconsideração da personalidade jurídica da agravante implicaria em possível fraude aos credores. Separação societária, de índole apenas formal, legitima a irradiação dos efeitos ao patrimônio da agravante com vistas a garantir a execução fiscal da empresa que se encontra sob o controle de mesmo grupo econômico (Acórdão a quo). 4. Pertencendo a falida a grupo de sociedades sob o mesmo controle e com estrutura meramente formal, o que ocorre quando diversas pessoas jurídicas do grupo exercem suas atividades sob unidade gerencial, laboral, e patrimonial, é legítima a desconsideração da personalidade jurídica da falida para que os efeitos do decreto falencial alcancem as demais sociedades do grupo. Impedir a desconsideração da personalidade jurídica n esta hipótese implicarei prestigiar a fraude à lei ou contra credores. A aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica dispensa a propositura de ação autônoma para tal. Verificados os pressupostos de sua incidência, poderá o Juiz, incidentemente no próprio processo de execução (singular ou coletiva), levantar o véu da personalidade jurídica para que o ato de expropriação atinja terceiros envolvidos, de forma a impedir a concretização de fraude à lei ou contra terceiros. (REsp 767021, Rel. Min. José Delgado)

Oart. 50 do Código Civilnão pode ser utilizado da forma indiscriminada, como vem socorrendo ultimamente na jurisprudência. A menos que interpretemos em detrimento da legalidade - já que referida norma contém limites precisos - oart. 50não é um salvaguarda para fundamentar todo e qualquer pedido de redirecionamento. Deve-se urgentemente rechaçar toda tentativa de se optar pelo caminho mais fácil para a arrecadação, ao envolver várias pessoas no polo passivo de um auto de infração ou de uma execução fiscal, pouco importando o direito da pessoa jurídica que não realizou o fato gerador de só ser demandada a responder patrimonialmente nos estritos termos da lei.

É cediço que o reconhecimento da personalidade jurídica veio criar a distinção entre as duas espécies de sujeitos de direito, quais sejam, a sociedade e as pessoas que a integram. Mas diante da possibilidade de os sócios e acionistas utilizarem-se da sociedade para a prática de atos ilegais, em benefício próprio ou de terceiros, e contrários aos interesses da sociedade e de pessoas de boa-fé, essa distinção não deve ser tomada de forma absoluta.

Pela desconsideração da personalidade jurídica, atingem-se os bens dos sócios e dos acionistas que tenham praticado atos fraudulentos, não bastando a inexistência de bens sociais e a comprovação de prejuízo ao Fisco.

A obrigação de pagar tributos é da sociedade. A inadimplência, quando não dolosa, provoca apenas a obrigação da pessoa jurídica de quitar a dívida, acrescida das penalidades moratórias, mas não a responsabilidade de

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empresas integrantes de um grupo econômico.

Todo esse entendimento encontra-se confirmado peloartigo 50 do Código Civil, de forma que a desconsideração da personalidade jurídica somente pode ser aplicada se houver abuso da personalidade, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial. Vejamos o que prescreve referido artigo, in verbis:

Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento das partes, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios das pessoas jurídicas.

Portanto, a lei prevê duas causas para a desconsideração: desvio de finalidade e confusão patrimonial. A primeira refere-se a ocorrências lesivas a terceiros, mediante a utilização da pessoa jurídica para fins diversos dos previstos no ato constitutivo, e dos quais se infira a deliberada aplicação da sociedade em finalidade irregular e danosa. Já a segunda hipótese consiste na impossibilidade de fixação do limite entre os patrimônios da pessoa jurídica e o dos sócios e acionistas, tamanha a mistura (confusão) que se estabelece entre ambos.

Por fim, a desconsideração é aplicável tão somente por ordem judicial. Não implica afronta ao princípio da autonomia patrimonial da sociedade, e nem anulação ou extinção definitiva da personalidade jurídica, já que seus efeitos atingem apenas o ato abusivo. Preserva-se a personalidade em detrimento do sócio ou acionista que praticou o ato. A pessoa jurídica permanecerá existindo, com todas as suas prerrogativas legais e responsabilidades pelos demais atos, que não o abusivo.

Por fim, não podemos deixar de mencionar o entendimento segundo o qual oart. 50 do CCé lei ordinária, ao passo que oart. 146, III, da Constituição, prescreve a necessidade de lei complementar para a criação de novas hipóteses de responsabilidade tributária.

Não concordamos com isso. Oart. 50 do CCnão cria hipótese de responsabilidade tributária não contemplada noCTN, mas tão somente desconstitui a personalidade jurídica de uma sociedade, de forma que, no desvio de finalidade ou na confusão patrimonial, a sociedade responsável por tais ilícitos passa a responder pelo passivo fiscal tendo em vista que a devedora originária teve sua personalidade desconstituída, nos termos acima identificados. Suficiente, pois, a introdução da norma por lei ordinária.

c - Art. 30 da Lei n. 8.212/91

Tratemos agora doart. 30, IX, da Lei nº 8.212/91, que estabelece expressamente a responsabilidade solidária das empresas que integram um mesmo grupo econômico no que diz respeito ao pagamento das contribuições discriminadas em referida lei, in verbis:

Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas:(...) IX - as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem entre si, solidariamente, pelas obrigações decorrentes desta Lei.

Pois bem. Para as situações em que a fraude não esteja presente, como é o caso do enunciado acima transcrito, a responsabilidade das empresas encontra-se contemplada noart. 124, I ou II do CTN. O inciso I pressupõe interesse comum, e já foi analisado e afastado. Resta-nos agora verificar a compatibilidade doart. 30 da Lei nº 8.212/91com o inciso II doart. 124.

Se considerarmos que oart. 30cria nova hipótese de responsabilidade tributária, a inarredável conclusão é a que o enunciado é inconstitucional, posto que seu conteúdo não foi introduzido por meio de lei complementar, nos termos doart. 146, III, b, da Constituição.

Se é assim, a única alternativa para "salvar" a regra de responsabilidade prevista no caput doart. 30, da Lei nº 8.212/91, seria interpretá-lo em conformidade com as disposições doCTN, ou seja, não teria havido criação de nova modalidade de sujeição passiva, restringindo-se o enunciado a estabelecer vínculo de solidariedade entre sujeitos passivos já existentes.

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Com efeito, o campo de eleição dos sujeitos passivos tributários em geral e, não diferentemente, dos solidários está adstrito aos contornos objetivos ou subjetivos do suporte fático da tributação.

Entretanto, também nesses casos o inciso II doart. 124não pode ser utilizado para validar oart. 30que ora tratamos, pois ele não guarda referência com qualquer outro artigo doCTN, sendo absolutamente inovador em nossa ordem jurídica. A lei referida no inciso II, não percamos de vista, não é qualquer lei ordinária, mas sim o próprioCTN.

Sobre esse aspecto o STJ já se pronunciou definitivamente no caso doart. 13 da Lei nº 8.620/93, ao afastar a responsabilidade solidária quando não estão presentes os requisitos dosarts. 134e135 do CTN, utilizando-se de interpretação também aplicável ao caso concreto. Vejamos:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA DO SÓCIO QUOTISTA. SOCIEDADE POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA. DÉBITOS RELATIVOS À SEGURIDADE SOCIAL. LEI 8.620/93, ART. 13. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA PELA PRIMEIRA SEÇÃO DO STJ.(...) 3. A solidariedade prevista no art. 124, II, do CTN, é denominada de direito. Ela só tem validade e eficácia quando a lei que a estabelece for interpretada de acordo com os propósitos da Constituição Federal e do próprio Código Tributário Nacional.4. Inteiramente desprovidas de validade são as disposições da Lei nº 8.620/93, ou de qualquer outra lei ordinária, que indevidamente pretenderam alargar a responsabilidade dos sócios e dirigentes das pessoas jurídicas. O art. 146, inciso III, b, da Constituição Federal, estabelece que as normas sobre responsabilidade tributária deverão se revestir obrigatoriamente de lei complementar.5. O CTN, art. 135, III, estabelece que os sócios só respondem por dívidas tributárias quando exercerem gerência da sociedade ou qualquer outro ato de gestão vinculado ao fato gerador. O art. 13 da Lei nº 8.620/93, portanto, só pode ser aplicado quando presentes as condições do art. 135, III, do CTN, não podendo ser interpretado, exclusivamente, em combinação com o art. 124, II, do CTN. (REsp nº 717.717/SP, da relatoria do e. Ministro José Delgado, julgado em 28.09.2005).

Portanto, oart. 30foi introduzido por lei ordinária e não complementar, e não tem força vinculante suficiente para alterar as disposições doCTN, seja para revoga-las, seja para conviver como norma especial (aplicável apenas às contribuições destinadas à Seguridade Social).

Por fim, no que diz respeito a um segundo enfoque da questão, relativo à necessidade de confusão patrimonial com intuito de fraude - característica que no nosso entender é ausente na lei, mas que vem sendo enfrentada pela jurisprudência - é ele igualmente improcedente.

Tanto o STJ quanto o TRF da Terceira Região já se posicionaram no sentido de que o objetivo de fraudar o Fisco autoriza o redirecionamento. Vejamos:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE NO ACÓRDÃO RECORRIDO. INDEFERIMENTO DE PROVA PERICIAL E TESTEMUNHAL. CERCEAMENTO DE DEFESA. INEXISTÊNCIA. REVISÃO. SÚMULA N. 7 DO STJ. GRUPO ECONÔMICO. COMANDO ÚNICO. EXISTÊNCIA DE FATO. SOLIDARIEDADE. ART. 124, INC. II, DO CTN C/C ART. 30, INC. IX, DA LEI N. 8.212/91. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TERMO INICIAL. ARTIGO 173, I,DO CTN. AJUDA DE CUSTO. DIÁRIAS. DESCARACTERIZAÇÃO. NATUREZA SALARIAL CONFIGURADA. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. COMPENSAÇÃO. POSSIBILIDADE.SÚMULA N. 306 DO STJ.1. Não havendo no acórdão omissão, contradição ou obscuridade capaz de ensejar o acolhimento da medida integrativa, tal não é servil para forçar a reforma do julgado nesta instância extraordinária. Com efeito, afigura-se despicienda, nos termos da jurisprudência deste Tribunal, a refutação da totalidade dos argumentos trazidos pela parte, com a citação explícita de todos os dispositivos infraconstitucionais que aquela entender pertinentes ao desate da lide.2. A jurisprudência desta Corte firmou o entendimento de que não constitui cerceamento de defesa o indeferimento da produção de prova testemunhal e pericial quando o magistrado julgar suficientemente instruída a demanda, esbarrando no óbice da Súmula n. 7 do STJ a revisão do contexto fático-probatórios dos autos para aferir se o acervo probatório é ou não satisfatório. Precedentes.3. O Tribunal de origem declarou que "é fato incontroverso nos autos que as três embargantes compartilham

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instalações, funcionários e veículos . Além disso, a fiscalização previdenciária relatou diversos negócios entre as empresas como empréstimos sem o pagamento de juros e cessão gratuita de bens, que denota m que elas fazem parte de um mesmo grupo econômico. O sócio-gerente da Simóveis, Sr. Écio Sebastião Back tem um procuração que o autoriza a praticar atos de gerência em relação às outras empresas , sendo irmão do sócio-gerente delas. Ou seja, no plano fático não há separação entre as empresas , o que comprova a existência de um grupo econômico e justifica o reconhecimento da solidariedade entre as executadas/embargantes" (grifei).4. Incide a regra do art. 124, inc. II, do CTN c/c art. 30, inc. IX, da Lei n. 8.212/91, nos casos em que configurada, no plano fático, a existência de grupo econômico entre empresas formalmente distintas mas que atuam sob comando único e compartilhando funcionários, justificando a responsabilidade solidária das recorrentes pelo pagamento das contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores a serviço de todas elas indistintamente.(...)Solidariedade. Empresas do mesmo grupo econômico. A Lei n. 8.212/91, art. 30, IX, estabelece que as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem entre si, solidariamente, pelas obrigações tributárias. Por outro lado, o art. 50 do Novo Código Civil reza que, em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações estejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. Esses dispositivos, com efeito, fornecem fundamentação para a desconsideração da personalidade jurídica de empresas integrantes do mesmo grupo econômico no que se refere à responsabilidade pelas obrigações tributárias instituídas pela Lei n. 8.212/91. Não obstante, todos eles sujeitam-se igualmente às regras gerais veiculadas pelo Código Tributário Nacional, em especial o seu art. 124, que cuida da responsabilidade tributária: (...)Em que pese ser admissível a desconsideração da personalidade jurídica em função da solidariedade quanto à obrigação tributária, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça tende a preservar a distinção entre pessoas jurídicas integrantes do mesmo grupo econômico quando só por essa circunstância se divisa a solidariedade:TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL - EMPRESAS DO MESMO GRUPO ECONÔMICO - SOLIDARIEDADE PASSIVA - INEXISTÊNCIA - PRECEDENTES.1. É tranqüilo nesta Corte o entendimento segundo o qual não caracteriza a solidariedade passiva em execução fiscal o simples fato de duas empresas pertencerem ao mesmo grupo econômico. 2. Recurso especial não provido.(STJ, REsp n. 1079203, Rel. Min. Eliana Calmon, j. 03.03.09)(...) Mas isso não significa que a desconsideração da personalidade jurídica resta inadmissível. Ao contrário: havendo elementos no sentido da confusão patrimonial ou do abuso da personalidade jurídica, nada impede que seja admita a desconsideração. (...)III - Em casos de abuso da personalidade jurídica decorrente de desvio de finalidade ou confusão patrimonial, o juiz, a requerimento da parte ou do Ministério Público, pode estender a responsabilidade de certas e determinadas obrigações sobre os bens de administradores ou sócios (Código Civil, art. 50 - Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica), o que se aplica inclusive quando este abuso envolve diversas empresas. IV - Pelos documentos dos autos, as empresas executada e embargante apresentam identidade ou grande semelhança de ramo de atividade, local de sede e quadro societário, sendo ambas representadas na execução e nestes embargos por um mesmo sócio, circunstâncias estas não infirmadas pela embargante-apelante, tudo revelando tratar-se de uma única empresa, senão até uma possível fraude, aplicando-se a teoria da desconsideração da personalidade jurídica das empresas (Código Civil, art. 50), sendo a embargante a responsável pelo crédito em execução, por ele respondendo com seu patrimônio. V - A situação descrita assemelha-se à de uma fusão de empresas prevista no artigo 132 do CTN, embora na realidade se trate de uma única empresa que abusa da personalidade jurídica como se houvesse duas empresas distintas, conduta que o direito coíbe e a justiça rejeita, sob pena de burla a direito de terceiros. VI - Apelação desprovida. (TRF da 3ª Região, AC n. 90030190143, Rel. Juiz Fed. Conv. Souza Ribeiro, j. 26.04.07)Em resumo, a desconsideração da personalidade jurídica não decorre pela isolada circunstância de diversas empresas pertencerem a um mesmo grupo econômico, pois tal fato não é fundamento suficiente para tanto. Não obstante, caso a caso, cumpre verificar se há ou não abuso da personalidade jurídica, hipótese que se admite a desconsideração da personalidade jurídica. (TRF3 - APELAÇÃO CÍVEL Nº 0086028-64.1996.4.03.9999/SP)

d - Art. 135 do CTN

Finalmente, tratemos doart. 135 do CTN. Este enunciado, segundo nosso entendimento, não pode servir de fundamento de validade para o redirecionamento, tendo em vista contemplar, apenas e tão somente, a responsabilidade de pessoas físicas que tenham agido com excesso de poderes, infração de lei ou contrato social. No caso, trata-se de redirecionamento para pessoa jurídica pretensamente participante de grupo econômico.

Notas

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(01) Registre-se que mesmo o grupo econômico "de fato" é de direito, uma vez que, para ser tido como grupo, deve, necessariamente, ter sido reconhecido juridicamente como tal.

(02) COELHO, Fábio Ulhôa. Manual do Direito Comercial - Direito da empresa,. 23ª ed. São Paulo. Saraiva. 2011, p. 256.

(03) BORBA, José Edwaldo Tavares. Direito societário. 10. ed. rev., aum. e atual. Rio de Janeiro. Renovar, 2007, p. 522/523.

Maria Rita Ferragut

Advogada. Mestre e doutora em direito tributário pela PUC/SP. Livre-docente pela USP. Autora e co-autora de diversos livros, dentre os quais Responsabilidade tributária e o Código Civil de 2002.

Fonte: FISCOSOFT

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