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Caderno de Respostas Marcha das Margaridas 2015 AS VOZES DAS MARGARIDAS DE TODAS AS REGIÕES DO PAÍS MARGARIDAS DO NORTE ----- DEMANDA 1 ----- Digital: 0003058 Destino: SGPR - Departamento de Diálogos Sociais - SGPR/SNAS-SGPR/NI Solicitação 1) Criar mesa de diálogo permanente, com o objetivo de discutir diretamente entre governo e sociedade civil os impactos gerados pela implementação dos grandes projetos do PAC na Amazônia, onde possam ser apresentadas as demandas da sociedade civil definindo as soluções para as mesmas, tendo em vista que não é possível deixar que as populações impactadas fiquem reféns dos consórcios responsáveis pela execução das obras; Resposta: O Governo Federal tem realizado diversas ações sistemáticas de diálogos com as populações afetadas pelos empreendimentos do PAC na Amazônia. Os principais exemplos são: a realização de diversas audiências públicas antes do início dos empreendimentos, o estabelecimento de mesas setoriais de diálogos com os movimentos sociais nacionais que tem atuação nessa região, e a Casa do Governo Federal em Altamira, que garante o diálogo sistemático e diário com os diferentes atores sociais da região de influência da UHE Belo Monte. Entretanto, cabe destacar que o Governo Federal está trabalhado para aperfeiçoar seu diálogo social com as comunidades afetadas pelos empreendimentos do PAC na Amazônia, discutindo o aperfeiçoamento das metodologias e instrumentos já existentes de diálogo social. ----- DEMANDA 2 ----- Digital: 0003059 Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE Solicitação: 1

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Page 1:  · Web viewO objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral

Caderno de Respostas

Marcha das Margaridas 2015

AS VOZES DAS MARGARIDAS DE TODAS AS REGIÕES DO PAÍS

MARGARIDAS DO NORTE

----- DEMANDA 1 -----

Digital: 0003058

Destino: SGPR - Departamento de Diálogos Sociais - SGPR/SNAS-SGPR/NI

Solicitação

1) Criar mesa de diálogo permanente, com o objetivo de discutir diretamente entre governo e sociedade civil os impactos gerados pela implementação dos grandes projetos do PAC na Amazônia, onde possam ser apresentadas as demandas da sociedade civil definindo as soluções para as mesmas, tendo em vista que não é possível deixar que as populações impactadas fiquem reféns dos consórcios responsáveis pela execução das obras;

Resposta: O Governo Federal tem realizado diversas ações sistemáticas de diálogos com as populações afetadas pelos empreendimentos do PAC na Amazônia. Os principais exemplos são: a realização de diversas audiências públicas antes do início dos empreendimentos, o estabelecimento de mesas setoriais de diálogos com os movimentos sociais nacionais que tem atuação nessa região, e a Casa do Governo Federal em Altamira, que garante o diálogo sistemático e diário com os diferentes atores sociais da região de influência da UHE Belo Monte.

Entretanto, cabe destacar que o Governo Federal está trabalhado para aperfeiçoar seu diálogo social com as comunidades afetadas pelos empreendimentos do PAC na Amazônia, discutindo o aperfeiçoamento das metodologias e instrumentos já existentes de diálogo social.

----- DEMANDA 2 -----

Digital: 0003059

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

2) Fazer o recorte diferenciado nas políticas de financiamento para a execução de políticas públicas frente aos custos amazônicos;

Resposta: Nas ações do MDA sempre são considerados custos diferenciados para ações realizadas no norte. Exemplos: No INCRA os projetos do Terra Forte contam com Contrapartida diferenciada (10% para norte e nordeste; 20% para as demais. Na regiões). Todas as chamadas de ATER da SAF e da Reforma agrária contam com um valor diferenciado quando são para região Amazônica.

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----- DEMANDA 3 -----

Digital: 0003060

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

3) Fazer uma educação contextualizada na força da realidade da amazônica.

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 4 -----

Digital: 0003061

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

4) Desenvolver programas e projetos de enfrentamento à violência contra as mulheres, à exploração sexual infantil e contra o tráfico de mulheres nas fronteiras na região Amazônica;

Resposta: No MJ, a Senasp participa, acompanha e tem assento na Coordenação Tripartite de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da SNJ/MJ, e é responsável pelo desenvolvimento de diversas metas no II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

Além da capacitação dos profissionais da segurança pública, em especial os de fronteira, para atuarem na temática e das pesquisas realizadas, a SENASP participa e acompanha a agenda da Comissão Tripartite de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e do Grupo Interministerial de Monitoramento e Acompanhamento do II Plano de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

Ainda no campo da capacitação, conteúdos sobre tráfico de pessoas foram identificados e inseridos, de forma transversal, na matriz curricular nacional de formação dos profissionais da segurança pública. O Curso EAD “Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas” foi reformulado e disponibilizado no âmbito da Rede da Senasp.

Foram realizadas 5 oficinas nas Fronteiras, com membros dos Gabinetes de Gestão Integrada de Fronteira, nas quais pautamos a temática com os interlocutores da Estratégia Nacional de Fronteiras – Enafron, dos estados de fronteira e integrantes das PM´s, PC´s, Bombeiros e Pericias do Arco Central e Arco Norte - do MTS ao AM. As oficinas foram realizadas em Cáceres, Oiapóque, Brasileia, Pacaraima e Tabatinga. Em todas esses interlocutores foram induzidos a criar ações, operações e projetos para o enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

Sistematização: Encontros Técnicos da ENAFRON em que houve debate sobre a Temática Tráfico de Pessoas:

ESTADO MUNICÍPIO ENCONTRO TÉCNICO DATA VALOR

MT Cáceres VI Encontro Técnico da ENAFRON 15 a 19/abril de 2013 R$ 124.250,00

AP Oiapoque VIII Encontro Técnico da ENAFRON 11 a 16 de agosto/2013R$ 124.250,00

AC Brasileia X Encontro Técnico da ENAFRON 05 a 09 de maio/2014 R$ 162.790,00

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RR* Pacaraima XI Encontro Técnico da ENAFRON 17 a 22 agosto/2014 R$ 162.790,00

AM* Tabatinga XII Encontro Técnico da ENAFRON nov/14 R$ 213.167,00

* Previsão

REUNIÕES GGIF NOS 11 ESTADOS FRONTEIRIÇOS entre 2012 e 2014:

UF Nº REUNIÕES GGIF/CT-FRON - 2013 Nº REUNIÕES GGIF/CT-FRON - 2012-2014

SC 58 9

MS 53 69

AC 19 9

RR 18 10

RS 12 3

AM 11 14

RO 6 8

PR 6 7

AP 5 6

PA 5 5

MT 4 6

Total 197 146

2012 82

Total 279

No âmbito do Edital nº 09/2013, voltado para ações de prevenção à violência a serem desenvolvidas pelos estados, lançamos uma linha de financiamento que previa apoio a projetos voltados ao enfrentamento ao tráfico de pessoas. Foram apresentadas 03 propostas, sendo possível a aprovação de apenas uma, no valor de R$ 823.857,52.

A Senasp participou ainda de um esforço junto à PF e MD relacionado a elaboração de um mapa dos atores a serem envolvidos no ETP, para o qual foram realizadas reuniões para coordenar a implementação da Meta no âmbito do Ministério da Defesa, com a participação de representantes da Chefia de Operações Conjuntas/MD, dos Comandos da Marinha, Exército e Aeronáutica, da Secretaria Nacional de Segurança Pública e do Departamento de Polícia Federal, quando foi firmado o entendimento de que já existem mecanismos para integrar a atuação dos órgãos de segurança pública e das Forças Armadas (FA) contra crimes transfronteiriços nas áreas de fronteira, que poderão incluir o enfrentamento ao tráfico de pessoas, além de terem sido mapeadas as ações interagências que já vem ocorrendo nas fronteiras, nas quais poderiam ser abordadas as questões de tráfico de pessoas de foram transversal. São elas: Participação das FA no combate aos crimes praticados na faixa de fronteira por meio das seguintes operações interagências: Operações Ágata - sob a égide do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), conduzidas pelo MD, com apoio dos ministérios da Justiça (MJ) e da Fazenda (MF); Operações Sentinela – sob a égide do PEF, a cargo do MJ, com participação do MD e MF; Operações Fronteira Blindada – sob a égide do PEF, a cargo do MF, com apoio do MD e MJ; Operação Porteira Fechada – conduzida pela Polícia

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Federal em parceria com a Receita Federal, apoiada pela Força Aérea Brasileira, focando o combate aos delitos transfronteiriços realizados em aviões de pequeno porte que sobrevoam clandestinamente o espaço aéreo brasileiro. Operações interagências a cargo do Comando do Exército: Curare, Candiota, Fronteira Sul, Jacuí, Charrua, Fronteira Unida, Fênix, Cadeado, Aruanã, Tapajós, Sucuri, Marajá e outras. Operações rotineiras a cargo da Marinha, destacando-se as patrulhas fluviais; e Operações Épsilon, a cargo da Força Aérea Brasileira).

Em 2014, no Edital nº 05/2014, para apoio a ações de prevenção à violência, municipais, a Senasp inseriu uma linha de financiamento que continha o apoio a projetos de enfrentamento ao tráfico de pessoas.

----- DEMANDA 5 -----

Digital: 0003062

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Solicitação:

5) Tomar como prioridade, a partir do Programa Água para Todos, o apoio para ampliação do acesso a água potável na Amazônia, valorizando as tecnologias sociais já reconhecidas na região, a exemplo do Projeto Sanear Amazônia, já iniciado com o MDS em parceria com o CNS).

Resposta: O projeto “Sanear Amazônia – Mobilização social por acesso à água às famílias extrativistas na Amazônia” é fruto de termo de parceria firmado em dezembro de 2014 (e publicado no Diário Oficial da União em 27 de janeiro de 2015) entre MDS e o Memorial Chico Mendes. O objetivo do projeto é a promoção do acesso à água para consumo humano em comunidades extrativistas da Amazônia, por meio das tecnologias sociais adaptadas à realidade local: Sistema de acesso à água pluvial multiuso comunitário e Sistema de acesso à água pluvial multiuso autônomo. Serão atendidas, até o final de 2016, 2.800 famílias residentes em 8 reservas extrativistas, localizadas em 14 municípios dos estados do Acre, Amapá, Amazonas e Pará.

Digital: 0003063

Destino: MI - Secretaria-Executiva - MI/SECEX

Resposta: O programa Água Para Todos já tem atuação na Amazônia por meio da ação de alguns parceiros executores (MDS, MI). No caso do MI, existem Termos de Convênio e Termos de Compromissos celebrados com o Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins para implantação de cisternas (AM e TO), e sistemas simplificados (AM, PA, RO e TO).

----- DEMANDA 6 -----

Digital: 0003064

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

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6) Garantir a segurança de lideranças que fazem a luta pela terra na Amazônia e das suas famílias em situação de risco pela luta na defesa dos territórios e da reforma agrária, e pela regularização das terras publicas.

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 7 -----

Digital: 0003065

Destino: MP - Secretaria-Executiva - MP/SE

Solicitação:

7) Rever instalações de grandes obras, como as hidrelétricas, avaliando com as comunidades locais e tradicionais os impactos ambientais e sociais;

Resposta: Todas as grandes obras de infraestrutura são analisadas do ponto de vista dos impactos ambientais e sociais através dos processos de licenciamento socioambiental.

Os processos de licenciamento ambiental prevem as medidas de compensação e mitigação de impactos das obras observando as particularidades das comunidades locais e tradicionais.

O governo federal também acompanha os processos de instalação das grandes obras de infraestrutura e do seu licenciamento ambiental visando garantir o respeito aos direitos de comunidades afetadas e o rigoroso cumprimento dos processos de licenciamento ambiental.

Digital: 0003066

Destino: MME - Secretaria-Executiva - MME/SE

Resposta: Durante o inventário de bacias hidrográficas, é realizada a Avaliação Ambiental Integrada, por meio da qual são priorizados os aproveitamentos hidrelétricos que aliem uma maior produção de energia com o menor impacto socioambiental possível. Além disso, durante o licenciamento ambiental, há a avaliação da viabilidade socioambiental pelo órgão ambiental competente, que busca informações com a sociedade, incluindo comunidades locais e tradicionais, através de reuniões e audiências públicas, necessárias para a definição de medidas mitigadoras e compensatórias, caso o empreendimento seja viável.

----- DEMANDA 8 -----

Digital: 0003067

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

8) Fomentar a produção agroecológica com a disponibilidade de recursos para as ações de conservação e preservação, garantir fiscalização e combate ao desmatamento de modo a produzir resultados práticos e visíveis com ampliação das bases de fiscalização;

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Resposta: A Política Nacional de Agroecologia e Produção orgânica (PNAPO), por meio do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PLANAPO), tem como objetivo articular e integrar diversa políticas públicas de fomento a produção agroecológica e orgânica, com ações de conservação e preservação ambiental e de recursos genéticos. No âmbito do MDA já existe programa projetos e ações em andamento, como é o caso da chamadas de ATER especifica para transição agroecológica, como políticas de incentivo a produção de alimentos saudáveis. Estamos no processo de ampliação da base do CAR.

No que se refere a fiscalização e combate ao desmatamento é são do MMA.

----- DEMANDA 9 -----

Digital: 0003068

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

9) Incentivar os potenciais produtivos da cultura amazônica, com beneficiamento e comercialização de nossa produção como: açaí, castanha, cupuaçu, cajú, acerola, graviola, bacaba, pupunha, babaçu, buriti, murici, pesca artesanal, artesanato, entre outros.

Resposta: O incentivo aos potencias produtivos já estão em andamento por meio do PRONAF, PGPM-BIO e PLANAPO e a Política Nacional de Extrativismo e Sociobiodieversidade. O INCRA por meio de sua Superintendências Regionais e mediante processos de capacitação realizados para os agentes de ATER contratados por Chamadas Públicas, tem orientado no sentido de que seja observado o potencial produtivo das famílias assentadas e que as ações (técnicas de produção, beneficiamento, acesso ao crédito e comercialização) sejam direcionadas para o fortalecimento das cadeias produtivas locais.

MARGARIDAS DO CENTRO OESTE

----- DEMANDA 10 -----

Digital: 0003069

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

1) Criar campanhas de enfrentamento e proibição do uso de agrotóxicos, através do MDA e INCRA, estipulados cobrança de impostos das empresas que fabricam e comercializam agrotóxicos;

Resposta: A proposta de campanha está sendo produzida pela Ascom e será apresentada a à SECOM ainda este mês. O objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral e a valorização da diversidade da agricultura familiar, a partir de suas características locais e regionais. O PRONARA prevê, entre suas ações, a conscientização sobre o risco de uso e consumo de produtos com agrotóxicos.

----- DEMANDA 11 -----

Digital: 0003070 e 0003071

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Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Solicitação:

2) Proibir a pulverização aérea de agrotóxicos levando em consideração os desastres humanos e naturais que comprovadamente essa prática tem causado. E que seja punido como tentativa de homicídio, aqueles que não acatarem a lei.

Resposta: A pulverização aérea de agrotóxicos deve ser executada segundo os padrões de segurança estabelecidos para a sua execução.

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Resposta: A competência de proibição da pulverização aérea não é do Ministério da Saúde. De qualquer maneira, o Ministério da Saúde reconhece a importância de se regulamentar e fiscalizar esse procedimento, uma vez que ele causa impactos à saúde humana. Ressaltamos que existem iniciativas no PRONARA sobre esta questão.

----- DEMANDA 12 -----

Digital: 0003072 e 0003073

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

3) Aplicar a fiscalização e punição a todas as indústrias, comércio e usuários, que não cumprirem com a legislação vigente com relação ao uso de agrotóxicos, exigindo que as indústrias se responsabilizem com o tratamento de trabalhadoras e trabalhadores contaminados pelos agrotóxicos utilizados;

Resposta: Além das ações rotineiras desenvolvidas pelos Cerest que estão previstas no PLANATRE - Plano Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados, a realização de ações conjuntas com o Ministério do Trabalho e Emprego pelos Cerest no país/Secretarias Estaduais/Municipais para o combate ao uso irregular de agrotóxicos no meio rural.

Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Resposta: O MAPA já atua sobre toda e qualquer irregularidade identificada na indústria de agrotóxicos, com os encaminhamentos administrativos e judiciais. À fiscalização do comércio e uso de agrotóxicos são competências dos Estados e Municípios de acordo com a legislação federal (Lei 7.802/89 e Decreto 4074/2002).

----- DEMANDA 13 -----

Digital: 0003074 e 0003075

Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Solicitação:

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4) Aprofundar as pesquisas que apontem o grau de contaminação do solo e dos lençóis freáticos, para a abolição do uso de agrotóxicos, denunciando as irregularidades existentes, se encaminhando para um processo evolutivo da proibição do uso de qualquer tipo de agrotóxicos no país.

Resposta: Considerando a programação de PD&I da Embrapa o tema agrotóxicos é enfatizado na perspectiva de seu manejo racional para uma agricultura sustentável, utilizando-se de quatro vertentes: Racionalização de uso; Mitigação e remediação; Dinâmica Ambiental e Políticas públicas e desenvolvimento Institucional. Destaques para projetos nas linhas de pesquisa: Manejo Integrado de Pragas; Manejo Integrado de culturas; Pragas emergentes e quarentenárias; Resistência de pragas a agrotóxicos; Impactos econômicos e sociais; Tecnologia de aplicação; Novos ativos; Sistemas de conversação do solo e água; Vulnerabilidade ambiental; Remediação de solo e água; Redução da exposição de não-alvo; Áreas de risco (ARA e ARP); Monitoramento ambiental; Ecotoxologia e avaliação de impactos ambientais e sócio-econômicos. Projetos sobre o tema controle biológico desenvolvidos na programação são também alternativas ao uso de agrotóxicos.

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Resposta: O monitoramento de resíduos de agrotóxicos em água para consumo humano é realizado pelos serviços de vigilância em saúde dos municípios e estados brasileiros, de acordo com o preconizado pela PORTARIA 2914/2011. O Ministério da Saúde coordena essas ações e divulga anualmente os dados por meio de Boletim Epidemiológico, disponível na página da Secretaria de Vigilância em Saúde (www.saude.gov.br/svs).

----- DEMANDA 14 -----

Digital: 0003077

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

5) Demarcar as terras indígenas e políticas públicas para os povos originários com educação e saúde respeitando suas culturas;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 15 -----

Digital: 0003078

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

6) Fortalecer as políticas públicas de enfrentamento à violência nas regiões de fronteira, visando combater o tráfico de mulheres e a prostituição de menores;

Resposta: No MJ, a SENASP participa, acompanha e tem assento na Coordenação Tripartite de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da SNJ/MJ, e é responsável pelo desenvolvimento de diversas metas no II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

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Além da capacitação dos profissionais da segurança pública, em especial os de fronteira, para atuarem na temática e das pesquisas realizadas, a SENASP participa e acompanha a agenda da Comissão Tripartite de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e do Grupo Interministerial de Monitoramento e Acompanhamento do II Plano de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

Ainda no campo da capacitação conteúdos sobre tráfico de pessoas foram identificados e inseridos na matriz curricular nacional de formação dos profissionais da segurança pública de forma transversal. O Curso EAD “Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas” foi reformulado e disponibilizado no âmbito da Rede da Senasp.

Foram realizadas 5 oficinas nas Fronteiras, com membros dos Gabinetes de Gestão Integrada de Fronteira e na qual pautamos a temática com os interlocutores da Estratégia Nacional de Fronteiras – Enafron, dos estados de fronteira e integrantes das PM´s, PC´s, Bombeiros e Pericias do Arco Central e Arco Norte - do MTS ao AM. As oficinas foram realizadas em Carcere, Oiapóque, Brasileia, Pacaraima e Tabatinga. Em todas esses interlocutores foram induzidos a criar ações, operações e projetos para o enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

Sistematização Encontros Técnico da ENAFRON em que houve debate sobre a Temática Tráfico de Pessoas:

ESTADO MUNICÍPIO ENCONTRO TÉCNICO DATA VALOR

MT Cáceres VI Encontro Técnico da ENAFRON 15 a 19/abril de 2013 R$ 124.250,00

AP Oiapoque VIII Encontro Técnico da ENAFRON 11 a 16 de agosto/2013R$ 124.250,00

AC Brasileia X Encontro Técnico da ENAFRON 05 a 09 de maio/2014 R$ 162.790,00

RR* Pacaraima XI Encontro Técnico da ENAFRON 17 a 22 agosto/2014 R$ 162.790,00

AM* Tabatinga XII Encontro Técnico da ENAFRON nov/14 R$ 213.167,00

* Previsão

REUNIÕES GGIF NOS 11 ESTADOS FRONTEIRIÇOS entre 2012 e 2014:

UF Nº REUNIÕES GGIF/CT-FRON - 2013 Nº REUNIÕES GGIF/CT-FRON - 2012-2014

SC 58 9

MS 53 69

AC 19 9

RR 18 10

RS 12 3

AM 11 14

RO 6 8

PR 6 7

AP 5 6

PA 5 5

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MT 4 6

Total 197 146

2012 82

Total 279

No âmbito do Edital nº 09/2013, voltado para ações de prevenção à violência a serem desenvolvidas pelos estados, lançamos uma linha de financiamento que previa apoio a projetos voltados ao enfrentamento ao tráfico de pessoas. Foram apresentadas 03 propostas, sendo possível a aprovação de apenas uma, no valor de R$ 823.857,52.

A Senasp participou ainda de um esforço junto à PF e MD relacionado a elaboração de um mapa dos atores a serem envolvidos no ETP, para o qual foram realizadas reuniões para coordenar a implementação da Meta no âmbito do Ministério da Defesa, com a participação de representantes da Chefia de Operações Conjuntas/MD, dos Comandos da Marinha, Exército e Aeronáutica, da Secretaria Nacional de Segurança Pública e do Departamento de Polícia Federal, quando foi firmado o entendimento de que já existem mecanismos para integrar a atuação dos órgãos de segurança pública e das Forças Armadas (FA) contra crimes transfronteiriços nas áreas de fronteira, que poderão incluir o enfrentamento ao tráfico de pessoas, além de terem sido mapeadas as ações interagências que já vem ocorrendo nas fronteiras, nas quais poderiam ser abordadas as questões de tráfico de pessoas de foram transversal. São elas: Participação das FA no combate aos crimes praticados na faixa de fronteira por meio das seguintes operações interagências: Operações Ágata - sob a égide do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), conduzidas pelo MD, com apoio dos ministérios da Justiça (MJ) e da Fazenda (MF); Operações Sentinela – sob a égide do PEF, a cargo do MJ, com participação do MD e MF; Operações Fronteira Blindada – sob a égide do PEF, a cargo do MF, com apoio do MD e MJ; Operação Porteira Fechada – conduzida pela Polícia Federal em parceria com a Receita Federal, apoiada pela Força Aérea Brasileira, focando o combate aos delitos transfronteiriços realizados em aviões de pequeno porte que sobrevoam clandestinamente o espaço aéreo brasileiro. Operações interagências a cargo do Comando do Exército: Curare, Candiota, Fronteira Sul, Jacuí, Charrua, Fronteira Unida, Fênix, Cadeado, Aruanã, Tapajós, Sucuri, Marajá e outras. Operações rotineiras a cargo da Marinha, destacando-se as patrulhas fluviais; e Operações Épsilon, a cargo da Força Aérea Brasileira).

Em 2014, no Edital nº 05/2014, para apoio a ações de prevenção à violência, municipais, a Senasp inseriu uma linha de financiamento que continha o apoio a projetos de enfrentamento ao tráfico de pessoas.

----- DEMANDA 16 -----

Digital: 0003079

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

7) Expandir e fortalecer a Política Nacional de Agroecologia na região Pantaneira e no Cerrado, visando combater o modelo de produção da monocultura e consumo de veneno;

Resposta: A PNAPO é uma política de abrangência nacional. A CIAPO ouvindo a sociedade civil organizada através da CNAPO iniciará a elaboração do II Planapo ainda neste semestre e ações especificas nas regiões precisam ser levadas para CNAPO.

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----- DEMANDA 17 -----

Digital: 0003080

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

8) Política de estado de valorização e incentivo à economia solidária, buscando o fortalecimento da agricultura familiar de acordo com a defesa da 5ª Plenária de Economia Solidária/2012;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 18 -----

Digital: 0003081

Destino: MTE - Secretaria-Executiva - MTE/SE

Solicitação:

9) Aprovar o PL 4685/2012 que dispõe sobre a Política Nacional de Economia Solidária;

Resposta: Por se tratar de um Projeto de Lei, essa demanda não pertence ao MTE e sim ao Poder Legislativo.

----- DEMANDA 19 -----

Digital: 0003082

Destino: MTE - Secretaria-Executiva - MTE/SE

Solicitação:

10) Combater a informalidade no trabalho nas grandes propriedades agropecuárias, valorizando com remuneração digna o trabalho realizado pela mulher na propriedade;

Resposta: O trabalho rural no Brasil é regido pela lei 5889, de 8 de junho de 1973, e subsidiariamente, pela Consolidação das Leis do Trabalho. Ressalta-se que os direitos do trabalhador rural não podem se mostrar reduzidos em relação ao trabalhador urbano, uma vez que a Constituição da República Federativa do Brasil, em seus artigos 5º e 7º, estabeleceu igualdade entre ambos.

Ainda de acordo com a Carta Magna, art. 21, XXIV, a Inspeção do Trabalho compete à União, que a exerce nacionalmente por meio do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE. Somando-se a isso o fato de ser a legislação trabalhista atribuição privativa da União, tem-se que todos os trabalhadores e trabalhadoras do país são igualmente alcançados pelos dispositivos de proteção do trabalho.

A Inspeção do Trabalho no Brasil possui, como um dos focos principais de atuação, a fiscalização em áreas rurais, dada a inerente vulnerabilidade comumente relacionada a localizações ermas, rusticidade de condições de trabalho, baixos níveis de escolaridade e acesso à informação, e altos níveis de informalidade no trabalho.

No intuito de adotar uma estratégia que representasse uma abordagem efetiva da questão da informalidade no Brasil, o MTE lançou, em maio de 2014, o Plano Nacional de Combate à Informalidade

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dos Trabalhadores Empregados – PLANCITE. Pressupondo uma maior integração política com outras áreas de governo e da sociedade como um todo, o plano objetiva promover a proteção dos direitos trabalhistas e previdenciários dos mais de 16 milhões de trabalhadores informais do Brasil.

No meio rural a estratégia de atuação do Ministério do Trabalho e Emprego é conduzida com base no Plano Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PLANATRE, existente no âmbito da Política Nacional para os Trabalhadores Rurais Empregados – PNATRE.

O PLANATRE representa um esforço conjunto da Secretaria-Geral da Presidência da República e do Ministério do Trabalho e Emprego, com o objetivo de fortalecer os direitos sociais dos trabalhadores rurais empregados, dentre os quais se destaca a formalização das relações de emprego como requisito essencial para o acesso à proteção social do trabalhador.

É desse modo que, considerando tanto o advento do PLANATRE, quanto do PLANCITE, a Inspeção do Trabalho tem realizado inúmeras ações fiscais no meio de trabalho rural, durante as quais, a situação questionada de falta de cobertura social para trabalhadoras empregadas é verificada.

Nesse contexto, sendo constatada pela autoridade competente a existência de qualquer trabalhador ou trabalhadora que exerça atividades laborativas no estabelecimento rural com subordinação, pessoalidade, onerosidade e não eventualidade, sem a devida formalização do vínculo empregatício, o empregador infrator será sujeito à autuação trabalhista e notificação para regularização da situação ilegal.

Apenas em 2015, foram alcançados um total de 374.123 trabalhadores rurais, sendo destes, 32.239 mulheres. A quantidade de trabalhadoras que teve sua proteção social garantida pelo registro de empregados, em decorrência de ações fiscais chegou a 266, enquanto que o número masculino atinge 1.800. Os dados se referem a ações de fiscalização ocorridas em todos os estados da federação e no distrito federal, contemplando um total de 1.212 municípios brasileiros.

Importa destacar que a disparidade entre os números de homens e mulheres se refere à maior presença masculina no mercado de trabalho como um todo. De acordo os dados de 2013 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o Brasil conta com cerca de 57 milhões de trabalhadores com vínculo de emprego, sendo que, do total, 42 % se refere à força de trabalho feminina.

Com relação à remuneração, observa-se também um diferencial entre homens e mulheres do meio rural da ordem de 15 %. Isso é o que informam os dados do Cadastro Geral de empregados e Desempregados – CAGED, de janeiro a junho de 2015. Das atividades tipicamente rurais, a que apresenta a maior disparidade é a mecanização agropecuária e florestal, na qual as mulheres possuem salário médio 27 % menor do que os homens.

A diferença salarial é atributo comumente verificado pela fiscalização do Trabalho, conforme disposto nos artigos 5º, 373-A, III, e 461, da CLT, que vedam, expressamente, qualquer distinção salarial baseada no sexo do trabalhador

----- DEMANDA 20 -----

Digital: 0003083

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

12

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11) Implantar uma política de Reforma Agrária que assegure o direito à terra às mulheres acampadas e suas famílias; Regularize os assentamentos já existentes com documentação da terra e políticas públicas que garantam qualidade de vida para as famílias na região.

Resposta: No aspecto do direito à terra às mulheres destacamos que desde o ano 2003, com a Portaria Nº 981, a titulação conjunta da terra para áreas constituídas por um casal passa a ser obrigatória. Essa titulação já estava prevista na Constituição de 1988, mas até então não contava com instrumentos legais que a tornassem obrigatória. Porém sabemos que somente a titulação não basta, embora seja um importante passo no âmbito do direito.

Entendemos que precisamos avançar nas políticas que garantem qualidade de vida para as mulheres no que diz respeito a sua autonomia. Por isso as cobranças dos movimentos se faz importante em todo o processo.

MARGARIDAS DO NORDESTE

----- DEMANDA 21 -----

Digital: 0003084 e 0003085

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

1) Aprovar e implementar a Política Nacional de Convivência com o Semiárido discutida e apresentada pelos movimentos que compõe a ASA – Articulação do Semiárido, apresentada no documento “Diretrizes de convivência com o Semiárido”;

Resposta: É uma ação em construção na Secretaria da Agricultura Familiar e que conta com a participação de vários ministérios e instituições. Em particular o MDA apresenta um conjunto de ações para o Plano Safra especificamente voltado para a região.

Assinar acordo de cooperação técnica com INSA " Plano de Convivência com o Semiárido".

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Resposta: O MDS executa um conjunto de ações voltadas para a convivência com o semiárido. O Programa Cisternas, com as ações de acesso à água para consumo humano (1ª água), acesso à água para produção de alimentos (2ª água) e, mais recentemente, com as cisternas nas escolas, possui atuação prioritariamente na região do semiárido brasileiro. O Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais também possui atuação majoritariamente no semiárido, tendo em vista que é nesta região onde se concentra a população pobre do meio rural. Mais recentemente, o MDS firmou termo de parceria para a estruturação de 640 bancos comunitários de sementes nos estados que compõem o semiárido. Esforços vêm sendo direcionados atualmente para se avançar na convergência dessas ações e programas, a fim de se efetivar uma estratégia de inclusão produtiva no meio rural, de forma que a família tenha acesso a um conjunto de programas sociais que permitam ampliar as oportunidades e suas capacidades para mais bem conviver com o semiárido.

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----- DEMANDA 22 -----

Digital: 0003086

Destino: MME - Secretaria-Executiva - MME/SE

Solicitação:

2) Estimular e apoiar através de programas e projetos de produção de energia solar, aproveitando o potencial da região, possibilitando a popularização do acesso a essas tecnologias;

Resposta: Na hipótese de existir interesse da entidade em desenvolver projeto para promoção de atendimento energético distribuído, por meio de energia solar ou outro energético renovável, o primeiro passo seria a elaboração de uma proposta de projeto contendo, dentre outros, a descrição e objetivo do projeto, resultados esperados, recursos financeiros necessários e equipe técnica envolvida.

Tendo o projeto a missão de promover pesquisa, desenvolvimento e inovação, a organização poderá buscar apoio com algumas instituições, além deste Ministério. Assim, uma sugestão inicial seria o envolvimento de pesquisadores, ou outros Centros de Pesquisa, para nivelamento de informações técnicas e para busca de apoio no desenvolvimento de sua proposta.

O Ministério de Minas e Energia promove o apoio a instituições e centros de pesquisa sem fins lucrativos por meio de convênios de cooperação técnica e financeira, que estão condicionados à disponibilidade de recursos orçamentários, estabelecida por meio da Lei de Orçamento Anual – LOA. A apresentação de uma proposta de convênio de cooperação técnica deve obedecer ao Art. 13 do Decreto n.º 6.170/2007, no qual a celebração, a liberação de recursos, o acompanhamento da execução e a prestação de contas deverão ser registrados no SICONV, via Internet, por meio de página específica denominada Portal dos Convênios (https://www.convenios.gov.br/portal/). Esta proposta deve estar necessariamente vinculada a um dos programas de governo, de responsabilidade do MME, que estejam disponibilizados na rede. Há duas condicionantes fundamentais: (1) o objeto do convênio deve ser aderente ao objetivo do programa; e (2) o convenente deve se enquadrar nos critérios de seleção estabelecidos.

A Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica –, por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento, estabelece e coordena que: “as concessionárias de serviços públicos de distribuição, transmissão ou geração de energia elétrica, as permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica e as autorizadas à produção independente de energia elétrica, devem aplicar, anualmente, um percentual mínimo de sua receita operacional líquida em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica”. Estes projetos são enviados pelas concessionárias, permissionárias e autorizadas e são validados pela Aneel. Assim, recomenda-se o contato com sua Concessionária local que é responsável por investimentos na área de Pesquisa em novos projetos com eficiência energética.

Cabe ao Ministério de Minas e Energia a formulação de políticas públicas que visem à diversificação da matriz elétrica. Dessa forma, o desenvolvimento das fontes alternativas renováveis vem sendo planejado respeitando o seu potencial econômico, bem como sua distribuição geográfica de acordo com os recursos naturais de cada região do país.

A utilização da energia solar, para geração distribuída, deve ser adotada se essa for a opção mais apropriada. Incorreto seria considerá-la como única fonte de reduzido impacto ambiental disponível. O elevado potencial técnico brasileiro, para o aproveitamento solar fotovoltaico, contrasta com os custos médios de geração, apresentados por essa tecnologia, superiores aos das demais fontes que compõem o parque gerador nacional.

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Para incentivar a utilização da energia solar fotovoltaica, o setor elétrico tem utilizado de alguns mecanismos, dos quais podemos destacar o apoio à utilização de geração distribuída por meio de painéis solares, regulamentado pela Resolução Normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL nº 482, de 17/04/2012 (vide: http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2012482.pdf).

Essa Resolução estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração (potência instalada menor ou igual a 100 kW) e minigeração (potência instalada superior a 100 kW e menor ou igual a 1 MW) distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica. Este acesso propõe sistema de compensação de energia elétrica, no qual a energia gerada pela unidade consumidora compense o consumo de energia elétrica ativa proveniente da rede. As fontes beneficiadas para esse sistema são a energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL.

Os equipamentos fotovoltaicos, destinados à geração distribuída, apresentarão evolução decrescente em seus custos devido ao aumento de sistemas de geração centralizada em operação no país, promovido pela contratação em leilões de compra e venda de energia. O ineditismo na contratação de energia solar no Leilão de Reserva, realizado em 31 de outubro de 2014, foi alcançado dado que as negociações foram distintas por fonte de geração. A previsão de continuidade dessas contratações, certamente, fortalecerá o parque industrial fotovoltaico no Brasil, resultando, consequentemente, em benefícios diversos para a geração solar distribuída.

Acrescenta-se, ainda, o desenvolvimento do Plano Brasil Maior que versa sobre a política industrial, tecnológica e de comércio exterior do atual governo federal, capitaneado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Este Plano tem como foco ações de apoio à indústria para fortalecer a competitividade, acelerar ganhos de produtividade, promover o adensamento produtivo e tecnológico das cadeias de valor. Assim, especificamente no contexto da energia solar, um dos objetivos é fomentar o desenvolvimento dos diferentes elos da cadeia produtiva nacional, além da desoneração da produção. Mais informações estão disponíveis no seguinte sítio: http://www.brasilmaior.mdic.gov.br/images/data/201204/c29cf558d29f0293eae88bbb2a21fd16.pdf

----- DEMANDA 23 -----

Digital: 0003087

Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Solicitação:

3) Apoiar estudos e pesquisas de formas alternativas de tecnologias sociais de geração de energia, a exemplo dos biodigestores e das placas solares.

Resposta: Existem vários projetos na programação da Empresa que visam desenvolver formas alternativas de geração de energia , com destaque para: (a) Avaliação do impacto ambiental da manipueira: proposta de tratamento e reuso para o Vale do São Francisco : Possibilidade de tratamento e aproveitamento da manipueira benefícios para o meio ambiente e para a saúde dos moradores locais, como ganhos ambientais mediante a redução dos gases do efeito estufa; sócio econômicos, por meio da produção de energia e biofertilizantes, além da possibilidade da venda de créditos de carbono; (b) Produção de biocombustíveis a partir de ilhas flutuantes de biomassa em planícies de inundação do Brasil: estudo de caso no Pantanal; (c) Produção de energia elétrica a partir de biogás gerado por dejetos da pecuária leiteira. Neste sentido, o aproveitamento de dejetos da bovinocultura leiteira para a geração de biogás se apresenta como uma alternativa potencial; (d) Utilização de microalgas cultivadas em meio suplementado

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com vinhaça e gás carbônico para produção de biocombustíveis e coprodutos; (e) Aprimoramento de um sistema biodigestor, tendo como objetivo geral o desenvolvimento de biodigestores com performances melhoradas visando correto tratamento de resíduos oriundos da atividade agropecuária, gerando energia limpa e renovável, bem como fertilizante de baixo custo e devidamente desinfetado; (f) viabilidade técnica e econômica da utilização do bagaço do caju como biomassa para produção de biogás e energia; (g) avaliar processos de tratamento de dejetos suínos, ( biodigestor seguido de um sistema de lagoas e uma estação de tratamento de dejetos), levando-se em conta parâmetros fisico-químicos e microbiológicos das águas residuárias da suinocultura pré e pós tratadas.

----- DEMANDA 24 -----

Digital: 0003088 e 0003089

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

4) Fortalecer e ampliar a política de quintais produtivos através de fomento, protagonizados pelas mulheres, com ênfase com reuso de água, horticultura, fruticultura, plantas medicinais e criação de pequenos animais.

Resposta: Será instituída uma ação governamental articulada entre Ministérios (MDA/Incra, MDS, CIDADES e PESCA), visando incidir na implementação e ampliação de quintais produtivos para mulheres rurais.

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Resposta: As tecnologias de captação de água da chuva para produção do Programa Cisternas do MDS, especialmente a cisterna calçadão, incluem um componente produtivo, destinado a formar um quintal produtivo ou alguma área de produção de alimentos e/ou criação de pequenos animais.

O atendimento do Programa Cisternas é fortemente direcionado às mulheres. No caso das tecnologias de água para produção do Programa Cisternas, 60% dos/as beneficiários/as titulares são mulheres. Há ainda mulheres que foram capacitadas como pedreiras e participam ativamente da construção das cisternas. Em grande parte dos casos, são as mulheres as principais responsáveis pelo manejo da cisterna de produção na manutenção do quintal produtivo. O quintal produtivo pode ser criado ou reforçado pelas famílias beneficiárias a partir do “caráter produtivo” que acompanha a tecnologia de segunda água, objetivando garantir a cada uma dessas famílias uma estrutura produtiva mínima, de modo que a vocação produtiva da família seja valorizada e potencializada.

Já o Programa de Fomento, cujo marco legal autoriza o repasse de recursos financeiros não reembolsáveis a agricultores/as em condição de extrema pobreza desde que de forma articulada a Ater, apoia melhorias na produção, no patrimônio, na renda e na alimentação das famílias beneficiárias. O Programa de Fomento também promove o protagonismo das mulheres rurais, considerando que o investimento dos recursos pode se dar em uma atividade produtiva que a mulher já desenvolve (dando maior escala a ela) ou para a estruturação de uma atividade nova (com base na decisão da mulher). Do total de beneficiários/as do Programa de Fomento, 67,5% são mulheres rurais (ref. mai/2015). As mulheres que se beneficiaram dos investimentos do Programa de Fomento tiveram o apoio da Ater para desenvolver atividades agrícolas, como quintais produtivos e a criação de pequenos animais, e atividades não

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agrícolas, como artesanato, salão de beleza, lanchonete, padaria, mercadinho, fábrica de churros, fábrica de blocos de cimento, entre outros.

No novo ciclo das ações de combate à pobreza, a partir de 2015, o Governo Federal empreende esforços ainda mais amplos para promover a convergência de políticas e ações destinadas à inclusão produtiva de famílias pobres no meio rural, integrando as ações de assistência técnica e extensão rural, Fomento, Segunda Água, Microcrédito e Compras Públicas para assegurar um atendimento mais adequado das famílias e para ampliar suas capacidades produtivas. A conformação de uma estratégia de atuação com tais característica e envergadura se justifica pelas características da pobreza no meio rural e pelas dificuldades de supera-la, exigindo um esforço coordenado e contínuo, especialmente nas regiões norte e nordeste.

A convergência de políticas, programas e ações foi, desde o lançamento do Plano Brasil Sem Miséria, elemento aglutinador da atuação dos Ministérios e órgãos governamentais. Entretanto, há que se construir mais referências para operar desse modo.

----- DEMANDA 25 -----

Digital: 0003090

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Solicitação:

5) Aumentar a implementação do Programa P1 +2 (Uma terra, duas águas) como forma de potencializar a autonomia econômica das mulheres.

Resposta: "Em dezembro de 2013, foi firmado Termo de Parceria com a AP1MC/Rede ASA (responsável pelo Programa P1 + 2), com o objetivo de implementar, em 9 estados da região do semiárido, as seguintes tecnologias sociais de acesso à água para produção de alimentos: barreiro trincheira, cisterna calçadão, cisterna enxurrada e barragem subterrânea. O valor global do investimento foi de R$ 242.575.121,85, para atendimento a 20.000 famílias. Tal processo está em fase de aditivação, com aporte de recursos no valor de R$ 60.499.401,64, para atendimento a mais 4.600 famílias na região.

Além da parceria com a AP1MC/ASA, há ainda outras parcerias do MDS firmadas com os estados e com consórcios de municípios na região do semiárido para a implementação de tecnologias sociais de acesso à água para a produção de alimentos. Somente em 2015, já foram entregues mais de 15 mil tecnologias sociais de acesso à água para produção na região, no âmbito do Programa Água Para Todos."

----- DEMANDA 26 -----

Digital: 0003091

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Solicitação:

6) Ampliar o Programa de Sementes executado pela ASA, priorizando o protagonismo de grupo de mulheres guardiãs de sementes.

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Resposta: O Projeto Sementes do Semiárido, executado pela AP1MC com recursos do MDS e MDA, tem como meta promover o atendimento de 6.000 famílias chefiadas por mulheres (50% dos beneficiários previstos) até o primeiro semestre de 2016, por meio da implantação de bancos comunitários de sementes. Não há perspectiva de ampliação do Projeto Sementes do Semiárido no exercício de 2015, tendo em vista indisponibilidade orçamentária.

MARGARIDAS DO SUDESTE

----- DEMANDA 27 -----

Digital: 0003092

Destino: MME - Secretaria-Executiva - MME/SE

Solicitação:

1) Restringir o uso de água potável para a mineração, estabelecendo metas de redução do consumo de água nas grandes indústrias, assim como, desenvolver técnicas de reutilização;

Resposta: A gestão da água não é exclusiva do Poder Executivo Federal. Sua gestão é principalmente exercida pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH, com composição de representantes da União, dos Estados, dos municípios e da sociedade civil organizada, conforme legislação ambiental. Sabe-se que a indústria mineral não é a maior consumidora de água do País e o setor mineral vem investindo em tecnologias para o reuso da água e para a redução do seu consumo. No entanto, entendemos que mais políticas públicas podem estimular a indústria na redução do uso da água e do aumento do reuso. Assim, o Ministério de Minas e Energia – MME - tem buscado parcerias junto ao Ministério de Meio Ambiente – MMA, dentre outros, para construir essas políticas dentro do CNRH.

----- DEMANDA 28 -----

Digital: 0003093

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Solicitação:

2) Implementar com urgência na região programas de captação e armazenamento de água que deem respostas à realidade de escassez vivenciada, tomando como exemplos programas como P1+2 e P1MC, já executados na região Nordeste;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 29 -----

Digital: 0003094

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

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3) Realizar campanhas na região sobre consumo consciente da água e formas de reuso e armazenamento de água;

Resposta: Os aspectos relacionados ao consumo e reuso de água tratada são da competência das companhias de saneamento. A ANA pode cooperar e tem cooperado com campanhas públicas relativas ao tema, dispondo de material didático para educação ambiental, especialmente em relação ao uso racional da água (ver, também, a resposta à demanda “Realizar campanhas de conscientização da população para o uso sustentável da água”).

----- DEMANDA 30-----

Digital: 0003095

Destino: MME - Secretaria-Executiva - MME/SE

Solicitação:

4) Cancelar licença da Carpathian Gold e pelo não licenciamento para SAM - Sul Americana de Metais SA (minereodutos), em decorrência dos impactos ambientais e sociais que têm causado nas regiões onde estão instaladas;

Resposta: Com relação aos impactos ambientais e sociais causados pelas atividades nas regiões onde estão instaladas, as condicionantes relativas a tais impactos devem ser consideradas no âmbito do licenciamento ambiental.

----- DEMANDA 31 -----

Digital: 0003096

Destino: MME - Secretaria-Executiva - MME/SE

Solicitação:

5) Interrupção das atividades da TKCSA, realizadas de forma ilegal, sem licença de operação definitiva, assim como do Porto do Açu e do projeto de barragem do Guapiaçu, realizando consultas públicas nas comunidades locais, para avaliar os impactos na região e o interesse coletivo na implementação da obra.

Resposta: Com relação aos impactos ambientais e sociais causados pelas atividades nas regiões onde estão instaladas, as condicionantes relativas a tais impactos devem ser consideradas no âmbito do licenciamento ambiental.

Na questão da consulta pública nas comunidades locais, entende-se que o licenciamento ambiental é o instrumento adequado, pois prevê as audiências públicas.

MARGARIDAS DO SUL

---- DEMANDA 32 -----

Digital: 0003097

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

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Solicitação:

1) Criar políticas públicas, com recursos não reembolsáveis como fomento às atividades das mulheres no desenvolvimento de projetos de conservação e preservação do meio ambiente através de práticas agroecológicas. Que essas políticas possam propiciar o incentivo à diversificação de culturas na agricultura familiar, com foco na agroecologia, visando o processo de sustentabilidade;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 33 -----

Digital: 0003098

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

2) Atualizar as normas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, adequando-o as diversas realidades das trabalhadoras rurais do sul tenham maior acesso ao crédito do PRONAF MULHER;

Resposta: Acatamos as sugestões e realizaremos novas cirandas do PRONAF.

----- DEMANDA 34 -----

Digital: 0003099

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

3) Criar bancos de sementes “crioulas”, em nível local, com políticas públicas específicas e profissionais capacitados, a partir das associações e grupos já existentes, para distribuição gratuita aos/as agricultores/as familiares, com objetivo de preservar a nossa biodiversidade;

Resposta: As ações poderão ser atendidas através do Programa Nacional de Sementes e Mudas a partir do seu lançamento, previsto para o segundo semestre de 2015, até fevereiro de 2016, serão construídos 600 bancos comunitários de sementes crioulas no Semiárido com o objetivo de beneficiar pelo menos 12 mil famílias de agricultores que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Na ação, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, vai investir quase R$ 21 milhões. Esta ação será ampliada através do Programa Nacional de Sementes e Mudas para a Agricultura Familiar. Projetos e parcerias avançadas com os Governos estaduais da PB, RN, BA e IAC/SP. Na modalidade de PAA sementes será investido mais de R$ 20 mi em aquisição de sementes da agricultura familiar. Em todas estas iniciativas e projetos os grupos de mulheres tem prioridade de envolvimento.

----- DEMANDA 35 -----

Digital: 0003100 e 0003101

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

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Solicitação:

4) Criar zonas livres de agrotóxico e transgênicos, assegurando a manutenção da obrigatoriedade da rotulação dos produtos transgênicos de forma nítida, com compromisso de vetar qualquer alteração legislativa aprovado pelo Congresso Nacional que suprima a obrigação de rotulação.

Resposta: O atual quadro legal já estabelece que as terras indígenas são áreas livres da influência de transgênicos, não impondo, no entanto, quaisquer restrições à utilização de agrotóxicos. Nesse sentido, dada a enorme diversidade de formas de inserção dos povos indígenas na sociedade envolvente, é necessária uma ampla participação dos movimentos representativos dos povos e comunidades tradicionais a fim de se apropriem dos conceitos que permeiam a implantação de tais áreas. Para os demais espaços rurais, é necessário um Projeto de Lei e outros instrumentos legais que estabeleça critérios e procedimentos para a implantação de áreas de uso restrito e zonas livres da influência de agrotóxicos e transgênicos.

Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Resposta: Estas propostas são reivindicações históricas dos movimentos sociais do campo. No caso da proposta de criação de áreas livres de agrotóxicos e transgênicos é proposta presente também no PRONARA já citado no item 3519. Para o setor orgânico a criação dessas áreas livres pode ser a melhor solução para viabilizar a continuidade da produção orgânica de espécies como o milho, onde a polinização por plantas transgênicas tem contaminado e inviabilizado a certificação orgânica de milho.

----- DEMANDA 36 -----

Digital: 0003102

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

5) Desestimular o uso de agrotóxicos por meio da realização de campanhas na mídia, programas específicos do MDA e INCRA, sobre o tema, divulgando as pesquisas que mostram a relação direta entre o consumo de alimentos produzidos com os agrotóxicos e o aumento/aparecimento de muitas doenças, inclusive do grande percentual de mulheres na Região Sul com câncer de mama, bem como de outros tipos de cânceres;

Resposta: A Ascom do MDA está elaborando proposta de campanha com o objetivo de divulgar o Selo da Agricultura Familiar e de incentivar o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral, bem como objetiva a valorização da diversidade da agricultura familiar, a partir de suas características locais e regionais. As proposta de campanha estão sendo produzida pela Ascom do MDA e serão levada à SECOM.

Em relação as ações e programas do MDA está em discussão no âmbito da Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica o Programa Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos - PRONARA, que também contribuirá com desestimulo ao uso de agrotóxicos.

AS VOZES DAS MARGARIDAS DE TODAS AS IDADES

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AS VOZES DAS JOVENS MARGARIDAS

----- DEMANDA 37 -----

Digital: 0003103

Destino: SGPR - Secretaria Nacional de Juventude - SGPR/SNJ

Solicitação:

1) Regulamentar e implementar o Sistema Nacional de Juventude (SINAJUVE), promovendo a criação de Secretarias e Conselhos Municipais e Estaduais, no âmbito do território nacional, que executem políticas públicas capazes de promover autonomia e emancipação juvenil, considerando as desigualdades de gênero que impactam as vidas das jovens mulheres do campo e da cidade;

Resposta: A proposta foi elaborada e pactuada pelo COIJUV e está em análise na Casa Civil.

----- DEMANDA 38 -----

Digital: 0003534

Destino: SGPR - Secretaria Nacional de Juventude - SGPR/SNJ

Solicitação:

2) Garantir e apoiar a participação das jovens mulheres nos espaços de participação social e política, com o estabelecimento de 20% de cotas em todas as conferências, conselhos, fóruns.

Resposta: O Regimento da 3ª Conferência Nacional de Juventude determina que a eleição de delegados/as nas etapas presenciais e na etapa digital deve aplicar critérios que garantam a representação da diversidade que caracteriza a juventude brasileira. Esses critérios são os seguintes:

a) paridade entre as identidades de gênero masculino e feminino;

b) no mínimo 50% da delegação deve ter entre 15 e 29 anos e;

c) proporcionalidade étnico-racial.

As etapas territoriais tem como eixo orientador uma identidade territorial relacionada aos Territórios da Cidadania e de Identidade.

----- DEMANDA 39 -----

Digital: 0003535

Destino: SGPR - Secretaria Nacional de Juventude - SGPR/SNJ

Solicitação:

3) Implementar a cota de 30% de jovens nas eleições partidárias;

Resposta: A SNJ tem apoiado movimentos juvenis de participação social a concretizar o "Direito à Cidadania, à Participação Social e Política e à Representação Juvenil" previsto no Estatuto da Juventude. A implementação de cotas para jovens em eleições partidárias pode ser um dos instrumentos que auxiliar neste processo. No entanto, a atuação isolada do Poder Executivo não garante a execução desta medida,

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visto que é necessária aprovação parlamentar para que esta tome efeito. Desse modo, a Secretaria Nacional de Juventude apoia a medida, porém não dispõe de governabilidade para garantir sua implementação.

----- DEMANDA 40 -----

Digital: 0003106

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

4) Promover processos formativos voltados às equipes técnicas de ATER, com foco nas relações de gênero e seu impacto sobre as dinâmicas familiares, produtivas e sucessórias;

Resposta: No MDA, a DPMRQ tem promovido processos formativos voltados às equipes técnicas de ATER Mulheres, com foco nas relações de gênero. No intuito de expandir essa atuação para as equipes de ATER Agroecologia a Diretoria tem feito parcerias com as Instituições Federais de Ensino - (IFE) focando em gênero e agroecologia. Além disso, SAF e INCRA estão comprometidos com as diretrizes da PNATER de inclusão da temática de gênero nas formações de agentes de ATER.

----- DEMANDA 41 -----

Digital: 0003107

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

5) Estabelecer cota, de no mínimo, 30% de jovens para a constituição de assentamentos da reforma agrária;

Resposta: A cota de 30% para jovens foi incluída pelo INCRA no plano plurianual 2016/2019. Assim destacamos do texto: "Garantir a destinação de 30% dos novos lotes para o público da juventude rural". Há de se destacar que a portaria do MDA n° 6/2013 estabelece que nos projetos de assentamentos com capacidade maior que 20 famílias, 5% das vagas devem ser destinadas a candidatos jovens solteiros ou jovens solteiras, até 29 anos (art. 7°, § 3°). Logo no artigo 8° há as disposições que priorizam jovens oriundos/as de famílias beneficiárias da Reforma Agrária. Contudo informamos que de acordo com nossas séries históricas já superamos estas metas, constatando que de 2010 a 2014 obtivemos a média de 39,8% de jovens assentados (as).

----- DEMANDA 42 -----

Digital: 0003108

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

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6) Revisar as condições de acesso das mulheres e da juventude às políticas de crédito visando garantir seu acesso, de forma autônoma, independente das dívidas contraídas por seus maridos e pais ou por demais parentes;

Resposta: Realizaremos novas cirandas do PRONAF e esse tema poderá ser debatido.

----- DEMANDA 43 -----

Digital: 0003109 e 0003530

Destino: Destino: SGPR - Secretaria Nacional de Juventude - SGPR/SNJ

Solicitação:

7) Garantir a inserção dos temas educação não sexista, sexo e sexualidade no campo, relações étnicos – raciais, diversidade sexual no âmbito das conferências de Educação, de Saúde, de Mulheres e de Juventude;

Resposta: O objetivo da 3ª Conferência Nacional de Juventude é atualizar a agenda da juventude para o desenvolvimento do Brasil, reconhecendo e potencializando as múltiplas formas de expressão juvenil, além de fortalecer o combate a todas as formas de preconceito. As propostas e resoluções da etapa nacional servirão de subsídio para a elaboração do Plano Nacional de Juventude.

Destino: SEPPIR - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

Resposta: A SEPPIR, por meio da Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais, tem atuado para assegurar a inserção do recorte de gênero no Sistema de Monitoramento de Políticas de igualdade Racial, bem como tem monitorado o acesso das mulheres quilombolas e de matriz africana, vítimas de violência, às unidades moveis da Rede de Enfrentamento à Violência contra mulher – SPM.

----- DEMANDA 44 -----

Digital: 0003110 e 0003111

Destino: MinC - Secretaria-Executiva - MinC/SEX

Solicitação:

8) Criar programas que incentivem atividades de lazer, cultura e interação sociocultural para crianças e jovens rurais;

Resposta: A atual gestão do Ministério da Cultura tem como eixo central e estratégico de sua atuação e posicionamento político o diálogo aberto, permanente e em fluxo contínuo com a sociedade civil e os movimentos sociais, alargando os espaços de participação social e compreendendo a cultura como elemento estruturante de um processo de ampliação da democracia no Brasil.

Cultura vem de cultivo, cultivar, e a relação entre terra e cultura é ao mesmo tempo simbólica e concreta. O Ministério da Cultura deverá trazer em seu amplo escopo de atuação um olhar atento e dedicado às questões que envolvem a população rural do Brasil, os agricultores familiares, dos assentados aos pequenos proprietários, em estreita relação com os movimentos sociais que atuam junto a estes

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segmentos. Neste sentido, o MST desponta como um parceiro fundamental para a construção de políticas públicas de cultura para a população que vive e trabalha no campo, compreendendo que a expressão simbólica, artística e cultural do Brasil rural é elemento estruturante e constitutivo da identidade e diversidade do povo brasileiro.

A Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, ao longo dos 10 anos de implementação do Programa Cultura Viva e dos Pontos de Cultura, estabeleceu em diversos momentos uma relação construtiva e de parceria com o MST, relação esta que sofreu também com descontinuidade, retração e problemas administrativos. A proposta da gestão atual é retomar com força esta parceria, estabelecendo uma nova e estruturante agenda de parceria e trabalho conjunto com este movimento a partir dos novos instrumentos e políticas da atual gestão à luz da nova Política Nacional de Cultura Viva.

Rede Cultura da Terra:

O Projeto Rede Cultural da Terra foi lançado em 2004, com o objetivo de capacitar cerca de 200 agentes culturais, realizando oficinas de formação e fazendo um mapeamento da memória cultural dos resultados originados pelo programa e da diversidade já existente. O primeiro parceiro estabelecido pelo projeto foi o MST, por conta da estrutura que a organização social possuía. A esta Ação se somou uma rede de Pontos de Cultura, selecionada por meio dos primeiros editais do Programa Cultura Viva em 2005 e 2007,

Porém, a Rede Cultura da Terra não teve longevidade por conta de questões burocráticas e pendências das entidades nas prestações de contas devido ao instrumento inadequado de convênios. Ainda assim, muitas organizações culturais em territórios rurais continuaram atuando no sentido de buscar uma ação cultural específica para estes segmentos, como é o caso do Ponto de Cultura Rural, situado no município de Bom Jardim, região Serrana do Rio de Janeiro. Esta organização tem procurado atualmente estabelecer pontes e diálogos com o MST, CONTAG, FETRAF, entre outras organizações, no sentido da rearticulação de uma rede de pontos de cultura rurais, ou Rede da Terra.

Proposta:

Retomada da Rede Cultural da Terra, por meio dos novos marcos da Política Nacional de Cultura Viva para, seja através de prêmios, edital de redes e/ou Termo de Compromisso Cultural (TCC), com novos pontões e pontos de cultura bem como com fomento à ações culturais em rede nos assentamentos da Reforma Agrária.

Programa Juventude Rural:

O Edital de Pontões de Cultura Juventude Rural integrava as ações do Programa de Fortalecimento da Autonomia Econômica e Social da Juventude Rural e seria coordenado pela Secretaria Nacional de Juventude e pelo Ministério da Cultura com o intuito de contribuir com o debate sobre o direito a cultura para as áreas rurais.

O Programa de Fortalecimento da Autonomia Econômica e Social da Juventude Rural foi organizado em três eixos:

1 - Formação para a renda Sustentável

2 - Projetos de Geração de Renda

3 - Ampliação do acesso aos Programas Políticas Pública e Direitos.

A experiência da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC) seria na elaboração e realização de um edital para 5 pontões distribuídos nas 5 regiões do país integrando o terceiro eixo citado anteriormente. O conjunto do Programa possuía um escopo bastante amplo, envolvendo MDA, INCRA,

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MC, MMA, MEC, MinC e BNDES, e o seu esforço consistia no sentido de diminuir êxodo da juventude rural, visto que a grande maioria desses jovens do campo, acabam migrando para a cidade atrás de oportunidades de estudo e de trabalho. A ação da SCDC contribuiria para fortalecer iniciativas culturais e artísticas de grupos de jovens que estão em assentamentos ou em áreas rurais que não dispõe de equipamentos culturais ou condições mínimas para essas atividades se realizarem.

O formato Pontão não seria o ideal para esse programa, pois concentraria o recurso na mão de poucas entidades para atuarem um território muito extenso, como toda a região norte por exemplo, porém no momento foi decisão tomada visto que a SNJ tinha impedimento legal para realizar um edital de Prêmios, tendo também o período eleitoral como outro ponto agravante que também impedia um edital desta natureza.

Quando se decidiu pelo formato Pontão, e se formalizou através do TED com a SNJ, logo em seguida foi sancionada a Lei Cultura Viva, o que provocou o parecer da CONJUR contrário, em razão do Termo de Compromisso Cultural não estar regulamentado. Diante do impasse a alternativa pensada foi realizar o Edital através de Universidades Federais. Porém, não houve acordo entre SCDC e SNJ, e no final do ano de 2014 a SNJ resgatou o recurso do TED no valor de R$ 3.000.000,00 que seriam destinados para a ação.

Proposta:

Retomada da Ação de Juventude Rural por meio de edital específico e/ou através do edital de redes a ser lançado em 2015 contemplando uma destinação específica de apoios para este segmento.

Núcleo Arte e Cultura na Reforma Agrária

O MinC , por meio da SCDC, reiniciou em 2014 conversas sobre a implementação do Programa Cultura Viva nas áreas de assentamentos de reforma agrária por meio de um Acordo de Cooperação Técnica com o Instituto de Colonização e Reforma Agrária - INCRA.

A minuta deste Termo foi encaminhada pelo INCRA à SCDC, e após vistas e diligenciamento da CGPPC, foi finalizado, porém não chegou a ser tramitado para avaliação do jurídico do MinC pois o documento foi entregue à SCDC no final do ano, durante o processo de transição.

O Termo prevê basicamente duas frentes de ação:

1. Estruturação de uma rede de pontos e pontões nos assentamentos e quilombos, por meio da criação de uma linha de fomento para grupos culturais dos assentamentos e quilombos, formação de agentes de cultura, envolvendo prioritariamente a juventude assentada e quilombola. Esta área de atuação deveria gerar no desenvolvimento da ação um Termo de Execução Descentralizada para repasse de recursos, que não chegaram a ser orçados.

2. Cooperação Técnica para capacitação, desenvolvimento de ações integradas, estimulo e apoio a projetos de pesquisa e extensão, articulação de Universidades integrantes da rede de parceiros do Programa cultura Viva. Neste caso não havia previsão de repasse de recursos, mas sim compartilhamento de experiências e técnicas do MinC, que pudessem fortalecer os trabalhos desenvolvidos desde 2003 em assentamentos pelo Núcleo Arte e Cultura na Reforma Agrária.

Proposta: Continuidade e ampliação desta ação com a constituição efetiva dos Núcleos de Arte e Cultura na Reforma Agrária.

Propostas da Fundação Palmares: "NUFAC: Estamos trabalhando a reformulação do Programa Núcleo de Formação de Agentes da Cultura da Juventude Negra - NUFAC que tem como Objetivo: A) Trabalhar a formação de agentes culturais da juventude negra, tornando-os aptos a atuar como promotores e

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produtores dos diversos segmentos cultura Afrobrasileira frente ao mercado de trabalho, em seus segmentos de atuação e ou ainda em suas comunidades e territórios, conscientes das habilidades específicas necessárias à execução das atividades e com amplo entendimento sobre a forte influência da cultura africana na identidade brasileira; B) Preparar os jovens negrosC3:C5+C3:C5 e negras para acesso às diferentes fases e segmentos da cadeia produtiva da cultura, visando uma formação continuada e trabalhando a suas capacidades empreendedoras; C) Apoiar projetos de sustentabilidade a partir da aprovação do plano de trabalho de execução de um empreendimento de coletivos e ou grupos formados por alunos do NUFAC, ao final do processo de aprendizagem e formação. Dentro deste Programa estabelecemos 03 linhas de atuação:

NUFAC Digital: trabalhar formação no segmento das redes digitais e do audiovisual: Cinema, TV, Informática, Programação, Desenvolvimento de Aplicativos, Desenvolvimento de Jogos e Desenvolvimento de Projetos de Robótica;

NUFAC das Artes: Produções Artísticas, Culturais, Memória, Patrimônio, Turismo Cultural, Moda, Design, Culinária, Teatro, Música Dança, Circo, Pintura e Escultura;

NUFAC Sustentável: Programas de Apoio a Sustentabilidade dos Territórios (comunidades tradicionais quilombolas, indígenas e de matriz africana), devendo dialogar com as peculiaridades da comunidade;

OBS 01. Identificamos que o NUFAC SUSTENTÁVEL dialoga diretamente com AS JOVENS MARGARIDAS, por ter neste eixo presenta a demarcação territorial bastante identificada. OBS 02. Para esta ação estaremos assinado um Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério da Justiça para dialogar ainda com a Redução do Número de Homicídios nos Territórios identificados como os de maior incidência, além da utilização dos Recursos do Fundo Nacional de Cultura - FNC para implementação deste Edital.

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Resposta: O Programa Mais Educação Campo tem como objetivo contribuir para a estruturação da proposta de educação integral nas escolas do campo e de comunidades quilombolas, por meio da disponibilização de recursos específicos para a ampliação da jornada escolar, integrando atividades de acompanhamento pedagógico e enriquecimento curricular nas diversas áreas do conhecimento. As escolas das redes públicas de ensino estaduais, municipais e do Distrito Federal fazem a adesão ao programa e, de acordo com o projeto educativo em curso, optam por desenvolver atividades nos macrocampos de acompanhamento pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica. De 2011 a 2014 foram contempladas 52.572 escolas. Projovem Campo Saberes da Terra: Elevação da escolaridade no Ensino Fundamental e oferta de qualificação profissional, respeitadas as características e necessidades dos povos do campo. Edição 2014: adesão de 279 municípios e 13 estados, com uma meta total de atendimento de 42.245 jovens agricultores familiares. Até o momento, foram matriculados 32.126 jovens.

----- DEMANDA 45 -----

Digital: 0003112

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

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9) Garantir a capacitação dos profissionais das unidades básicas de saúde e do Programa Saúde da Família - PSF, trazendo temas como geração, orientação sexual, identidade de gênero, relações étnicos - raciais, diversidade sexual, violência sexista e saúde integral das mulheres jovens, com base nas realidades do campo, da floresta e das águas, tendo como foco a multiplicação destas orientações junto a grupos de jovens rurais;

Resposta: O Departamento de Atenção Básica está em constante oferta de capacitação para as Equipes de Saúde da Família e apoia a adesão dos profissionais aos cursos oferecidos pelo Departamento de Gestão Participativa como, por exemplo, o último sobre cuidados da população do campo, floresta e águas. A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) do Ministério da Saúde lançaram este ano o curso sobre a Política Nacional para população do campo, florestas e das águas, aberto para toda a população. Está definido grupo de trabalho para desenvolver outras ofertas educacionais, estando aberta a proposição dos temas elencados.

----- DEMANDA 46 -----

Digital: 0003113 e 0003114

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação As vozes da Jovens Margaridas

10) Realizar pesquisa nacional sobre “Juventude e Sucessão rural” visando analisar dilemas sucessórios e os impactos das relações de gênero sobre as oportunidades de permanência no campo das jovens mulheres;

Resposta: O MDA, por meio de sua assessoria de juventude, irá contratar uma consultoria específica para auxiliar o processo de elaboração e sistematização do Plano de Juventude e Sucessão Rural. Neste âmbito também se pretende apoiar projetos de cooperação técnica internacional (PRODOC) com a UNESCO para desenvolvimento de pesquisas nas áreas de juventude, cultura, educação do campo, inclusão digital e agroecologia. Além disso, o NEAD irá realizar estudo, procurando adequar as políticas de acesso à terra e permanência no campo à realidade das mulheres jovens.

Destino: SGPR - Secretaria Nacional de Juventude - SGPR/SNJ

Resposta: No âmbito da Assessoria de Juventude do Ministério do Desenvolvimento Agrário serão viabilizadas consultorias específicas para auxílio do processo de elaboração e sistematização do Plano de Juventude e Sucessão Rural. Em paralelo, está sendo elaborado um PRODOC com a UNESCO para aporte de conhecimento nas áreas de cultura, educação e inclusão digital no campo.

----- DEMANDA 47 -----

Digital: 0003116

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

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11) Instituir ação interministerial de Apoio à Organização Produtiva das Mulheres Jovens do Campo, da Floresta e das Águas que integre SPM, SNJ e MDA, com vistas a articular políticas relacionadas ao acesso à terra, crédito, formação profissional, comercialização e geração de renda, voltadas a superação da invisibilidade das mulheres jovens na produção familiar;

Resposta: A pauta de Organização Produtiva de Mulheres é tratada na Diretoria de Políticas para as Mulheres Rurais - DPMR/MDA. A SPM/PR integra o Comitê de Organizações Produtivas de Mulheres Rurais do MDA, e tem trabalhado conjuntamente nas propostas e ações apresentadas.

A SPM/PR apoia projetos de organizações produtivas de mulheres, de forma a estimular a autonomia econômica das mulheres, empreendedorismo, aquisição de equipamentos, inserção no mundo do trabalho, além do desenvolvimento de ações ligadas ao enfrentamento à violência, dentre outros temas. É preciso acompanhar a abertura dos editais diretamente no site da SPM e inserir os projetos no SICONV. Segue o link: http://www.spm.gov.br/sobre/editais

----- DEMANDA 48 -----

Digital: 0003117 e 0003542

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

12) Ampliar o acesso à educação, à cultura, ao lazer e às tecnologias de informação e comunicação para as jovens mulheres do campo, da floresta e das águas, como mecanismos de combate às práticas não sexistas;

Resposta: O atendimento pode-se dar pelo Programa Nacional de Inclusão do Jovem (Projovem) Campo – Saberes da Terra, que oferece qualificação profissional e escolarização aos jovens agricultores familiares de 18 a 29 anos que não concluíram o ensino fundamental. O programa visa ampliar o acesso e a qualidade da educação a essa parcela da população historicamente excluídas do processo educacional, respeitando as características, necessidades e pluralidade de gênero, étnico-racial, cultural, geracional, política, econômica, territorial e produtivas dos povos do campo. Edição 2014: adesão de 279 municípios e 13 estados, com uma meta total de atendimento de 42.245 jovens agricultores familiares. Até o momento, foram matriculados 32.126 jovens.

Destino: MC - Secretaria-Executiva - MC/SE

Resposta: Visando a expansão e ampliação do acesso à educação, o Ministério das Comunicações, juntamente ao Ministério da Educação, regulamentou as diretrizes para operacionalização do Canal da Educação, de forma que os estudantes das áreas mais distantes do país também possam ter acesso a conteúdos de qualidade, visando um crescimento pessoal, profissional e intelectual dos mesmos. Além disso, o Ministério das Comunicações regulamentará, em breve, juntamente ao Ministério da Cultura, as diretrizes para operacionalização do Canal da Cultura. Ambos os canais, Previsto no Decreto nº 5.820/2006, são canais de TV Digital aberta geridos pelo MEC e MinC, visando sempre o bem maior de proporcionar o acesso à comunicação à população como um todo, independentemente de onde ela esteja.

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Além disso, as novas Portarias de Radiodifusão Comunitária e Educativa, que serão lançadas em breve, trazem a previsão de publicação de editais específicos para comunidades tradicionais, o que assegura que estas comunidades terão um tratamento diferenciado em se tratando da Radiodifusão Pública.

----- DEMANDA 49 -----

Digital: 0003118

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

13) Criar programa voltado às adolescentes e jovens do campo, floresta e águas em situação de exploração sexual que articule processos de acompanhamento psicológico, assistência à saúde, escolarização e capacitação profissional, inserção profissional e geração de renda

Resposta: A Casa da Mulher Brasileira oferece orientação para geração de emprego e renda na perspectiva de construção da autonomia econômica das mulheres em situação de violência, em perspectiva de médio e curto prazo.

----- DEMANDA 50 -----

Digital: 0003119

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

14) Constituir Diretoria específica da Juventude Rural no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, assegurando recursos humanos e orçamento suficientes para que ela cumpra o papel de instância executora de políticas públicas voltadas à juventude rural, comprometida com a superação das desigualdades de gênero que atingem as jovens mulheres do campo, das florestas e das águas;

Resposta: No âmbito do MDA, há o Comitê Permanente de Juventude Rural, o qual possui extenso acúmulo no debate da juventude do campo. A valorização deste espaço de formulação e interlocução com o movimentos sociais é uma das prioridades do Ministério no que concerne à juventude. Nesse sentido, o MDA enviou, na proposta de reestruturação, demanda de criação da Coordenação da Juventude Rural no Gabinete do Ministro, envolvendo 10 servidores além de Coordenador Geral. A decisão depende agora da posição do MPOG.

----- DEMANDA 51 -----

Digital: 0003120

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

15) Constituir e fortalecer os Comitês/Câmaras de Juventude Rural no âmbito dos Colegiados Territoriais promovendo a efetiva participação das jovens mulheres do campo, das florestas e das águas nestes espaços;

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Resposta: A Secretaria de Desenvolvimento Territorial do MDA colocou como meta do PPA a criação de comitês de juventude em todos os colegiados. Além disso está ampliando recursos para os projetos do PROINF nos territórios que tem organizado comitês de juventude, mulheres e povos e comunidades tradicionais. Além disso contamos com o apoio dos Núcleos Extensão em Desenvolvimento Territorial para estimular e apoiar esta organização.

----- DEMANDA 52 -----

Digital: 0003122 e 0003124

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

16) Desenvolver ações de enfrentamento à violência e abuso sexual entre as jovens mulheres do campo, da floresta e das águas, considerando suas especificidades;

Resposta: Em 2012 realizamos o II Encontro Nacional de Delegadas de DEAM´s, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, do qual participaram 300 Delegadas de Polícia.

Em 2013, por meio do Edital nº 007/2013, foram selecionadas 14 propostas de fortalecimento das Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres, sendo que destas 13 foram conveniadas, com investimento de aproximadamente R$ 12,84 milhões.

Também em 2013, a SENASP realizou uma pesquisa para Diagnóstico da situação das Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres de todo o país.

Em 2014, lançamos a Portaria nº 115/2014, que instituiu processo de cadastramento de propostas no Sistema de Convênios do Governo Federal, para implementação das Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres, nos Estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Distrito Federal. Somente o Distrito Federal não apresentou proposta. Ao todo foram firmados 6 convênios.

Além disso, no Edital nº 05/2014, para apoio a ações de prevenção à violência, municipais, a Senasp inseriu uma linha de financiamento que continha o apoio a projetos de enfrentamento à violência contra às mulheres.

Ainda na área de pesquisa e da produção de conhecimento, em 2014 contratamos 3 consultorias técnicas especializadas no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica firmado com o PNUD, BRA04/029 – Segurança Cidadã, para o mapeamento do funcionamento das DEAM´s.

A SENASP de forma permanente mantém profícua parceria com a SPM/PR no desenvolvimento de ações de enfrentamento à violência contra as mulheres. Integramos o Comitê Interministerial de Monitoramento do Programa “Mulher Viver Sem Violência”, bem como, a equipe de acompanhamento do Conselho Nacional de Políticas para Mulheres e do monitoramento do Pacto de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. A Senasp participa ainda dos esforços para adaptação ao contexto brasileiro do “Protocolo Regional para a investigação com perspectiva de gênero dos crimes de violência contra as mulheres cometidos no âmbito intrafamiliar”, da Iberoamerica, que estabelece parâmetros mínimos necessários para a incorporação da perspectiva de gênero pelas instituições responsáveis pela investigação e processamento de crimes de violência contra as mulheres.

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A função do protocolo regional é fornecer um texto base para que em diferentes Estados e instituições competentes para promover a investigação criminal desenvolvam instrumentos adequados de padronização de atendimento, atenção e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, adaptados às diferentes realidades e ao tratamento específico que a matéria impõe para garantir o direito humano das mulheres de viverem livres de violência. A iniciativa de adaptação conta com a colaboração das seguintes instituições: Comissão Permanente de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (COPEVID), do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG); Ministério da Justiça (MJ), por intermédio da Secretaria de Reforma do Judiciário (SRJ) e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP); Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, da Presidência da República (SPM); e o Ministério Público Federal, Procuradoria Geral da República, por meio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC).

Atuamos também na incorporação ao contexto brasileiro do Protocolo de Investigação de Mortes Violentas de Mulheres, da ONU-Mulheres, integrando o Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI) para adaptação do protocolo de investigação de mortes violentas de mulheres, que teve como finalidade se dedicar à revisão, elaboração e validação do documento nacional com diretrizes para a persecução criminal de mortes violentas de mulheres por razões de gênero (feminicídios) proposto a partir do Modelo de Protocolo Latinoamericano.

Destino: SDH - Secretaria Executiva - SDH/SE

Resposta: A SDH/PR não possui, atualmente, nenhum projeto em andamento que combata especificamente o abuso sexual sofrido por jovens e crianças do campo. Todavia, há esforços para a construção de estratégias de adaptação da política de enfrentamento à violência sexual de crianças e adolescentes, hoje com atuação marcante no meio urbano e nas Agendas de Convergência (reunião de diversas instituições no âmbito de grandes obras/empreendimentos e grandes eventos) para comunidades rurais. Um destes esforços é a relação da SDH com comunidades tradicionais por intermédio de um diálogo já iniciado com a SEPPIR para uma melhor compreensão das especificidades deste público, e com universidades, a exemplo da UnB, que no campus Planaltina (Brasília/DF) realiza um trabalho voltado às comunidades quilombolas. Diante disso, pode-se afirmar que as ações de enfrentamento à violência e abuso sexual desses públicos ainda estão em fase de construção em parceria com outros órgãos e com contribuições fundamentais da sociedade, a fim de se pensar e encaminhar, conjuntamente, ações eficazes de combate a estas formas de violência.

----- DEMANDA 53 -----

Digital: 0003125 e 0003126

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

17) Garantir a construção do Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural, assegurando a participação das jovens mulheres do campo, floresta e águas dos movimentos sociais e feministas no processo de elaboração do mesmo;

Resposta: A construção do Plano Nacional de “Juventude e Sucessão Rural na Agricultura Familiar” é prioridade do Ministério do Desenvolvimento Agrário e foi anunciado pela Presidenta Dilma na cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016, devendo ser implementado em 2016.

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Todas as secretarias do Ministério já estão envolvidas no processo de discussão dos temas relacionados à sucessão rural e à promoção da qualidade de vida no campo.

O debate em curso tem dentre seus eixos principais: i) o acesso à terra; ii) o acesso ao crédito, aos financiamentos, fomentos e mercados; iii) a ampliação e a qualificação da Assistência Técnica e Extensão Rural voltada para as especificidades da juventude rural; e iv) a promoção da qualidade de vida no campo. Na 62ª reunião ordinária do Condraf foi aprovada a Resolução n. 105, que institui o Comitê de Juventude do Condraf como um espaço privilegiado de discussão do Plano e um prazo de seis meses para que o Comitê submete ao Conselho uma proposta.

Destino: SGPR - Secretaria Nacional de Juventude - SGPR/SNJ

Resposta: A construção do Plano Nacional de “Juventude e Sucessão Rural na Agricultura Familiar” é prioridade do Ministério do Desenvolvimento Agrário e foi anunciado pela Presidenta Dilma na cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016, devendo ser implementado em 2016. Todas as secretarias do Ministério já estão envolvidas no processo de discussão dos temas relacionados à sucessão rural e à promoção da qualidade de vida no campo. Na 62ª reunião ordinária do Condraf foi aprovada a Resolução n. 105, que institui o Comitê de Juventude do Condraf como um espaço privilegiado de discussão do Plano e um prazo de seis meses para que o Comitê submete ao Conselho uma proposta.

----- DEMANDA 54 -----

Digital: 0003127

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

18) Garantir a estruturação de salas de acolhimento para o filhos (as) das jovens beneficiárias dos programas e políticas de juventude, como PRONATEC, PROJOVEM, Chamada de ATER para a Juventude, entre outras;

Resposta: No que se refere as chamadas de ATER o MDA tem realizado algumas chamadas com a atividade de recreação infantil.

----- DEMANDA 55 -----

Digital: 0003129

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

19) Revisão das regras de funcionamento dos IFETs- Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, para que os mesmos possam receber, em igualdades de condições nas dependências escolares, os jovens e as jovens, uma vez que o regime interno permitido apenas para os alunos do sexo masculino, dificultando assim o acesso das jovens mulheres ao ensino técnico agropecuário, comprometendo a demanda das mulheres por ATER que compreenda as especificidades de gênero.

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Resposta: Não há regras gerais determinadas aos Institutos Federais de Educação a respeito da existência e da abrangência de alojamentos. Na verdade, as autarquias vinculadas à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica são autônomos nesse assunto. O MEC pode e vai encaminhar ofício solicitando e orientando a respeito do assunto. Dos 223 institutos que possuem cursos técnicos na área agrícola, 193 responderam ao Censo Escolar da Educação Básica do Inep, e deles 64 responderam possuir alojamentos para alunos.

MULHERES DA TERCEIRA IDADE DO CAMPO, DAS FLORESTAS E DAS ÁGUAS

----- DEMANDA 56 -----

Digital: 0003130

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

1) Criar um espaço específico na SPM que proponha políticas para as mulheres da terceira idade, esclarecendo e refletindo as posturas gerofóbicas (aversão ou discriminação com pessoas da terceira idade) e sexista presente na sociedade;

Resposta: Esse debate é transversalizado nas secretarias vinculadas a SPM e tem o acompanhamento especifico na Coordenação Geral da Diversidade aonde o tema está vinculado. A SPM também compõe o Conselho Nacional de Pessoas Idosas da SDH. Assim como a Coordenação geral da Saúde/SPM também trata dessa pauta no Ministério da Saúde.

----- DEMANDA 57 -----

Digital: 0003131

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

2) Manter campanhas permanentes nos meios de comunicação esclarecendo e buscando desconstruir a concepção de descrédito na mulher idosa;

Resposta: Temática prevista no PPA 2016/2019 da SPM.

----- DEMANDA 58 -----

Digital: 0003132

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

3) Criar nas escolas, espaços específicos que orientem vivências/convivências comunitárias, onde a figura da avó possa estar presente, nas reuniões dos pais, desenvolvendo nas crianças o respeito e a amorosidade;

Resposta: A SPM não tem projetos ou ações sobre esta temática sendo desenvolvidas.

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----- DEMANDA 59 -----

Digital: 0003134 e 0003135

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

4) Realizar campanhas, coordenadas pelo Ministério da Saúde, com materiais didáticos de orientação e programas para tratar da sexualidade na terceira idade, tratando questões como climatério, a importância da vida sexual em todas as fases da vida, e estimulando a denúncia da violência sexual;

Resposta: A SPM vai intensificar sua atuação junto ao Ministério da Saúde e demais partes interessadas para ampliar a distribuição de materiais informativos.

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Resposta: Na 3ª edição da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa foram incluídas orientações sobre sexualidade, destacando a importância da vida sexual em todas as fases da vida e orientando para a utilização de insumos, como lubrificantes e preservativos. Além disso, no GT para discutir ações para organização de serviços e qualificação da atenção às pessoas em situação de violência do DAPES/SAS, temos pautado a temática da violência sexual e outras contra pessoas idosas. Formulamos também folder sobre prevenção da violência contra pessoas idosas, informando sobre a ficha de notificação. Em relação a proposta de uma campanha mais ampla sobre sexualidade das mulheres idosas, consideramos a sua relevância e levaremos para discussão com a coordenação de saúde das mulheres.

----- DEMANDA 60 -----

Digital: 0003136

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

5) Criar leis mais severas e que protejam as mulheres idosas de crimes como: violências física, psicológica, sexual, abandono, negligência, abusos financeiros.

Resposta: Propor legislações mais severas é uma ação mais de responsabilidade da SPM/PR, embora a Secretária de Assuntos Legislativos e Secretaria nacional de Segurança Pública possam apoiar e opinar sobre essa questão.

----- DEMANDA 61 -----

Digital: 0003137

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

6) Assegurar uma política pública de segurança pública que contemple o patrulhamento policial nas zonas rurais, em especial em lugares mais distantes dos povoados e de comunidades mais dispersas;

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Resposta: Encontra-se em fase de estudo e desenvolvimento projeto em parceria com a SPM para esta finalidade, previamente intitulado Projeto de Patrulhas Maria da Penha Rurais.

----- DEMANDA 62 -----

Digital: 0003138

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

7) Garantir políticas de elevação de escolaridade em todos os níveis de ensino, no meio rural, com cursos específicos voltados ás mulheres idosas do campo, da floresta e das águas.

Resposta: A expansão do Programa Brasil Alfabetizado e da Educação de Jovens e Adultos no Campo pode ser articulada.

----- DEMANDA 63 -----

Digital: 0003139

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

8) Que o Sistema Único de Saúde - SUS e, sobretudo o Programa Mais Médicos, propicie de profissionais geriátricos para as mulheres de terceira idade do campo, da floresta e das águas.

Resposta: O Programa Mais Médicos viabiliza a provisão de médicos em localidades de escassez desse profissional. O enfoque o Programa é na Atenção Básica, considerando que é onde se resolve pelo menos 80% das necessidades de saúde. Dessa forma, os 18.240 médicos do Programa tem entre suas atribuições atender as mulheres idosas das comunidades em que atuam.

AS VOZES DAS MARGARIDAS ASSALARIADAS RURAIS

----- DEMANDA 64 -----

Digital: 0003140

Destino: MTE - Secretaria-Executiva - MTE/SE

Solicitação:

1) Construir e efetivar, no âmbito da Política Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PNATRE, políticas públicas destinadas às assalariadas rurais que, considerando as suas peculiaridades, assegurem:

1.1) Elevação do perfil socioeconômico das assalariadas rurais a partir de programas específicos de escolarização, capacitação e qualificação profissional, com a finalidade de garantir à estas trabalhadoras os requisitos mínimos para ingressar e se manter no mercado de trabalho rural nas mesmas condições que os homens

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Resposta: A Política Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PNATRE é instrumentalizada pela Comissão Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – CNATRE por meio do Plano Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PLANATRE. O Plano prevê a execução de 16 ações de 5 Ministérios, divididas entre os 4 eixos, por meio de 43 atividades, que são suas entregas ao público a que se destina.

Na função de Coordenador da CNATRE, o MTE tem monitorado as informações sobre a execução das ações do PLANATRE e elaborado relatórios de monitoramento. Além disso, recebe demandas trazidas pelos representantes da sociedade civil e verifica as possibilidades de atendimento ou encaminhamento de tais demandas no âmbito da CNATRE. As demandas da sociedade civil se referem a diversas áreas como previdência social, habitação e seguro desemprego. A PNATRE busca fortalecer as políticas públicas direcionadas à igualdade de gênero, raça e etnia nas relações de trabalho que envolvam os trabalhadores e trabalhadoras rurais empregados. Dessa forma, as ações desenvolvidas pela CNATRE devem zelar para que as mulheres sejam beneficiadas observadas suas condições de vida, dificuldades e peculiaridades.

Para o atendimento da demanda de construir e executar ações que promovam a igualdade e a proteção dos direitos das assalarias rurais, e que combatam o tratamento desigual de salários e condições de trabalho, a informalidade e a precarização das relações de trabalho rurais que envolvam mulheres PLANATRE 3 eixos sendo eles:

1- Capacitação Profissional e Ampliação da Escolarização: neste eixo, destaca-se ações de qualificação profissional pelas modalidades PRONATEC Trabalhador, Agro e Campo, os programas de escolarização e alfabetização (Programas Brasil Alfabetizado e Educação de Jovens e adultos) e ações de incentivo e solicitação de construção de creches no meio rural. O objetivo das ações é qualificar profissionalmente as trabalhadoras e fornecer meios para que seus filhos sejam cuidados enquanto trabalho. O objetivo principal dessas ações é inserir as assalariadas em igualdade de condições no mercado de trabalho rural, estimulando o tratamento igual de salários;

2- Combate à Informalidade: neste eixo, destaca-se, o Plano de Combate à Informalidade – PLANCITE lançado pelo MTE. No âmbito do PLANCITE, destaca-se a realização de ações fiscais no meio rural. Entre 2012 e junho de 2015, foram realizadas 41.211 ações de fiscalização no meio rural com o objetivo de combater a informalidade nas relações de trabalho que priva cerca de 60% do total dos assalariados e assalariadas rurais brasileiras da proteção social do estado. A formalização dos vínculos empregatícios tende a resultar na qualidade do posto de trabalho, coberto pela seguridade e respeitando normas técnicas de segurança preservando a vida e a saúde da trabalhadora;

3- Geração de oportunidades, trabalho e renda: neste eixo, destaca-se a integração das ações de intermediação de mão de obra e qualificação profissional. O PRONATEC Trabalhador é articulado com a rede SINE, o levantamento da demanda de cursos e a pré-matricula de trabalhadores nos cursos são realizados nos postos de atendimento da rede SINE. Em 2014, foram ofertadas 598 vagas para a área rural no PRONATEC TRABALHADOR;

----- DEMANDA 65 -----

Digital: 0003141

Destino: MTE - Secretaria-Executiva - MTE/SE

Solicitação:

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1.2) Construção e execução de ações que promovam a igualdade e a proteção dos direitos das assalarias rurais, e que combatam o tratamento desigual de salários e condições de trabalho, a informalidade e a precarização das relações de trabalho rurais que envolvam mulheres

Resposta: A Política Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PNATRE é instrumentalizada pela Comissão Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – CNATRE por meio do Plano Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PLANATRE. O Plano prevê a execução de 16 ações de 5 Ministérios, divididas entre os 4 eixos, por meio de 43 atividades, que são suas entregas ao público a que se destina.

Na função de Coordenador da CNATRE, o MTE tem monitorado as informações sobre a execução das ações do PLANATRE e elaborado relatórios de monitoramento. Além disso, recebe demandas trazidas pelos representantes da sociedade civil e verifica as possibilidades de atendimento ou encaminhamento de tais demandas no âmbito da CNATRE. As demandas da sociedade civil se referem a diversas áreas como previdência social, habitação e seguro desemprego. A PNATRE busca fortalecer as políticas públicas direcionadas à igualdade de gênero, raça e etnia nas relações de trabalho que envolvam os trabalhadores e trabalhadoras rurais empregados. Dessa forma, as ações desenvolvidas pela CNATRE devem zelar para que as mulheres sejam beneficiadas observadas suas condições de vida, dificuldades e peculiaridades.

Para o atendimento da demanda de construir e executar ações que promovam a igualdade e a proteção dos direitos das assalarias rurais, e que combatam o tratamento desigual de salários e condições de trabalho, a informalidade e a precarização das relações de trabalho rurais que envolvam mulheres PLANATRE 3 eixos sendo eles:

1- Capacitação Profissional e Ampliação da Escolarização: neste eixo, destacam-se ações de qualificação profissional pelas modalidades PRONATEC Trabalhador, Agro e Campo, os programas de escolarização e alfabetização (Programas Brasil Alfabetizado e Educação de Jovens e adultos) e ações de incentivo e solicitação de construção de creches no meio rural. O objetivo das ações é qualificar profissionalmente as trabalhadoras e fornecer meios para que seus filhos sejam cuidados enquanto trabalham. O objetivo principal dessas ações é inserir as assalariadas em igualdade de condições no mercado de trabalho rural, estimulando o tratamento igual de salários;

2- Combate à Informalidade: neste eixo, destaca-se, o Plano de Combate à Informalidade – PLANCITE lançado pelo MTE. No âmbito do PLANCITE, destaca-se a realização de ações fiscais no meio rural. Entre 2012 e junho de 2015, foram realizadas 41.211 ações de fiscalização no meio rural com o objetivo de combater a informalidade nas relações de trabalho que priva cerca de 60% dos trabalhadores assalariados rurais, mulheres e homens da proteção social do Estado. A formalização dos vínculos empregatícios tende a resultar na qualidade do posto de trabalho, coberto pela seguridade e respeitando normas técnicas de segurança preservando a vida e a saúde de trabalhadoras e trabalhadores;

3- Geração de oportunidades, trabalho e renda: neste eixo, destaca-se a integração das ações de intermediação de mão de obra e qualificação profissional. O PRONATEC Trabalhador é articulado com a rede SINE, o levantamento da demanda de cursos e a pré-matricula de trabalhadores nos cursos são realizados nos postos de atendimento da rede SINE. Em 2014, foram ofertadas 598 vagas para a área rural no PRONATEC TRABALHADOR.

Sugere-se a solicitação à Comissão Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – CNATRE que seja feita uma avaliação e proposição de oferta de vagas reservadas para as mulheres nas modalidades do PRONATEC Trabalhador, Agro e Campo.

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---- DEMANDA 66 -----

Digital: 0003142

Destino: MTE - Secretaria-Executiva - MTE/SE

Solicitação:

1.3) Que o Estado destine sua atenção à saúde e segurança das trabalhadoras assalariadas rurais existentes no campo, seja porque em regra são submetidas às piores condições de trabalho, como porque desenvolvem atividades que exigem ações repetitivas, exposição aos agrotóxicos e, em muitos casos, esforço físico exagerado;

Resposta: A Política Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PNATRE é instrumentalizada pela Comissão Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – CNATRE por meio do Plano Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PLANATRE. O Plano prevê a execução de 16 ações de 5 Ministérios, divididas entre os 4 eixos, por meio de 43 atividades, que são suas entregas ao público a que se destina.

Na função de Coordenador da CNATRE, o MTE tem monitorado as informações sobre a execução das ações do PLANATRE e elaborado relatórios de monitoramento. Além disso, recebe demandas trazidas pelos representantes da sociedade civil e verifica as possibilidades de atendimento ou encaminhamento de tais demandas no âmbito da CNATRE. As demandas da sociedade civil se referem a diversas áreas como previdência social, habitação e seguro desemprego.

O PLANATRE possui um eixo específico sobre saúde, Assistência Social e Segurança do Trabalhador e Trabalhadora. Neste eixo, pode-se destacar algumas ações e atividades que podem atender à demanda de Realização de pesquisas e oficinas relacionadas à saúde das assalariadas rurais nas atividades com grande concentração de mão de obra feminina, a fim de se verificar quais os impactos das ações executadas durante o trabalho na saúde destas trabalhadoras como:

a) A habilitação de 5 novos Centros Regionais Voltados Prioritariamente para a Atenção às Trabalhadoras e Trabalhadores rurais nos estados do Amazonas, da Bahia, do Pará e do Rio Grande do Sul e de Sergipe.

b) Elaboração de projeto de realização de oficinas e seminários de Combate ao Uso Indiscriminado de Agrotóxicos pela FUNDACENTRO, representantes da sociedade civil da CNATRE e das Secretarias de Inspeção do Trabalho e Relações do Trabalho. O projeto está em fase de obtenção de recursos.

Ressalta-se que a CNATRE recebe demandas específicas que não estão inseridas no PLANATRE e procura atender ou encaminhar tais demandas.

----- DEMANDA 67 -----

Digital: 0003143

Destino: MTE - Secretaria-Executiva - MTE/SE

Solicitação:

1.4) Realização de pesquisas e oficinas relacionadas à saúde das assalariadas rurais nas atividades com grande concentração de mão de obra feminina, a fim de se verificar quais os impactos das ações executadas durante o trabalho na saúde destas trabalhadoras;

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Resposta: A Política Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PNATRE é instrumentalizada pela Comissão Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – CNATRE por meio do Plano Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PLANATRE. O Plano prevê a execução de 16 ações de 5 Ministérios, divididas entre os 4 eixos, por meio de 43 atividades, que são suas entregas ao público a que se destina. Na função de Coordenador da CNATRE, o MTE tem monitorado as informações sobre a execução das ações do PLANATRE e elaborado relatórios de monitoramento. Além disso, recebe demandas trazidas pelos representantes da sociedade civil e verifica as possibilidades de atendimento ou encaminhamento de tais demandas no âmbito da CNATRE. As demandas da sociedade civil se referem a diversas áreas como previdência social, habitação e seguro desemprego.

O PLANATRE possui um eixo específico sobre saúde, Assistência Social e Segurança do Trabalhador e Trabalhadora. Neste eixo, pode-se destacar algumas ações e atividades que podem atender à demanda de Realização de pesquisas e oficinas relacionadas à saúde das assalariadas rurais nas atividades com grande concentração de mão de obra feminina, a fim de se verificar quais os impactos das ações executadas durante o trabalho na saúde destas trabalhadoras como:

a) A habilitação de 5 novos Centros Regionais Voltados Prioritariamente para a Atenção às Trabalhadoras e Trabalhadores rurais nos estados do Amazonas, da Bahia, do Pará e do Rio Grande do Sul e de Sergipe.

b) Elaboração de projeto de realização de oficinas e seminários de Combate ao Uso Indiscriminado de Agrotóxicos pela FUNDACENTRO, representantes da sociedade civil da CNATRE e das Secretarias de Inspeção do Trabalho e Relações do Trabalho. O projeto está em fase de obtenção de recursos.

Ressalta-se que a CNATRE recebe demandas específicas que não estão inseridas no PLANATRE e procura atender ou encaminhar tais demandas.

----- DEMANDA 68 -----

Digital: 0003144

Destino: MTE - Secretaria-Executiva - MTE/SE

Solicitação:

1.5) Construção de creches nos locais de trabalho, em parceria do poder público com as empresas empregadoras, tanto em localidades onde há a concentração de mão de obra feminina, como naquelas onde prevalece a mão de obra masculina, assegurando melhores condições para que as trabalhadoras com filhos possam trabalhar, bem como, para avaliar se esta experiência pode servir de estímulo para que haja uma elevação do número de contratações;

Resposta: A Política Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PNATRE é instrumentalizada pela Comissão Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – CNATRE por meio do Plano Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PLANATRE. O Plano prevê a execução de 16 ações de 5 Ministérios, divididas entre os 4 eixos, por meio de 43 atividades, que são suas entregas ao público a que se destina. Na função de Coordenador da CNATRE, o MTE tem monitorado as informações sobre a execução das ações do PLANATRE e elaborado relatórios de monitoramento. Além disso, recebe demandas trazidas pelos representantes da sociedade civil e verifica as possibilidades de atendimento ou encaminhamento de tais demandas no âmbito da CNATRE. As demandas da sociedade civil se referem a diversas áreas como previdência social, habitação e seguro desemprego. A PNATRE busca fortalecer as políticas públicas direcionadas à igualdade de gênero, raça e etnia nas relações de trabalho que envolvam os trabalhadores

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Page 41:  · Web viewO objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral

e trabalhadoras rurais empregados. Dessa forma, as ações desenvolvidas pela CNATRE devem zelar para que as mulheres sejam beneficiadas observadas suas condições de vida, dificuldades e peculiaridades.

O PLANATRE possui um eixo específico sobre Capacitação Profissional e Ampliação da Escolarização. Neste eixo, pode-se destacar algumas ações e atividades que podem atender à demanda de construção de creches nos locais de trabalho, em parceria do poder público com as empresas empregadoras, tanto em localidades onde há a concentração de mão de obra feminina, como naquelas onde prevalece a mão de obra masculina, assegurando melhores condições para que as trabalhadoras com filhos possam trabalhar, bem como, para avaliar se esta experiência pode servir de estímulo para que haja uma elevação do número de contratações:

1- Inclusão da verificação do cumprimento do art. 389, parágrafo 1 da CLT na política de fiscalização do MTE. O Plano Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados - PLANATRE prevê a inclusão da verificação do cumprimento do art. 389, parágrafo 1 da CLT na política de fiscalização do MTE. Esta inclusão foi feita e está sendo executada pelos auditores fiscais do trabalho. O artigo diz respeito a manter local apropriado onde seja permitido à empregada guardar, sob vigilância e assistência, os seus filhos, no período de amamentação, em estabelecimentos onde trabalhem, pelo menos, 30 (trinta) mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade.

2- Ação de garantir a expansão do atendimento em creches para as filhas e filhos das trabalhadoras e trabalhadores rurais empregados: O Ministério da Educação solicitou ao FNDE a construção de um projeto arquitetônico de 2000 novas escolas de educação infantil, denominado módulo da Educação Infantil que será anexado às escolas do Ensino Fundamental com mais de 50 alunos.

----- DEMANDA 69 -----

Digital: 0003145

Destino: MTE - Secretaria-Executiva - MTE/SE

Solicitação:

1.6) Garantia de fornecimento gratuito de alimentação de qualidade nos locais de trabalho, a fim de promover a segurança alimentar dos trabalhadores assalariados e assalariadas rurais e melhorar as condições de vida e de trabalho dos/as bóias-frias;

Resposta: A Política Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PNATRE é instrumentalizada pela Comissão Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – CNATRE por meio do Plano Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PLANATRE. O Plano prevê a execução de 16 ações de 5 Ministérios, divididas entre os 4 eixos, por meio de 43 atividades, que são suas entregas ao público a que se destina. Na função de Coordenador da CNATRE, o MTE tem monitorado as informações sobre a execução das ações do PLANATRE e elaborado relatórios de monitoramento. Além disso, recebe demandas trazidas pelos representantes da sociedade civil e verifica as possibilidades de atendimento ou encaminhamento de tais demandas no âmbito da CNATRE. As demandas da sociedade civil se referem a diversas áreas como previdência social, habitação e seguro desemprego.

O PLANATRE possui um eixo específico sobre saúde, Assistência Social e Segurança do Trabalhador e Trabalhadora. Em relação ao atendimento à demanda de garantia de fornecimento gratuito de alimentação de qualidade nos locais de trabalho, a fim de promover a segurança alimentar dos trabalhadores assalariados e assalariadas rurais e melhorar as condições de vida e de trabalho dos/as bóias-frias, pode-se destacar que foi proposta pela Comissão Tripartite do PAT – CTPAT, com o objetivo de

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aumentar a adesão ao PAT, a revisão da regulamentação do Programa, incluindo ações para a sua ampliação. Atualmente, a proposta está em análise pela bancada de governo.

----- DEMANDA 70 -----

Digital: 0003146

Destino: MTE - Secretaria-Executiva - MTE/SE

Solicitação:

1.7) Extensão do Programa Nacional de Habitação Rural para os assalariados e assalariadas rurais, assegurando que sejam consideradas as características das trabalhadoras para, consequentemente, viabilizar a sua participação;

Resposta: A habitação rural é uma demanda que a Comissão Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados tenta discutir com o Ministério das Cidades desde 2014. O Ministério do Trabalho já solicitou ao Ministério das Cidades via ofício à Secretaria Nacional de Habitação agenda para discutir propostas que atendam às demandas dos representantes da Sociedade Civil da Comissão Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados e solicitou o apoio da Secretaria Geral da Presidência da República para conseguir tal agenda. Até o momento o MTE não conseguiu a agenda solicitada. A Política Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados busca fortalecer as políticas públicas direcionadas à igualdade de gênero, raça e etnia nas relações de trabalho que envolvam os trabalhadores e trabalhadoras rurais empregados. Dessa forma, as ações desenvolvidas pela CNATRE devem zelar pela atenção especial às mulheres, de forma que elas sejam beneficiadas pelos programas de habitação, sendo observadas suas condições de vida, dificuldades e peculiaridades.

----- DEMANDA 71 -----

Digital: 0003147

Destino: MTE - Secretaria-Executiva - MTE/SE

Solicitação:

2) Cumprir as obrigações assumidas quando da assinatura Carta Compromisso Contra o Trabalho Escravo, lançada pela Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE), especialmente no que se refere à efetivação das ações previstas no 2º. Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo; reconhecimento e defesa da definição de trabalho análogo ao de escravo presente no artigo 149 do Código Penal; a defesa do cadastro de empregadores flagrados com mão de obra escrava, conhecido como a “lista suja”, instrumento mantido por intermédio da Portaria Interministerial 02/2011, do Ministério do Trabalho e Emprego e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; e a destinação de recursos e garantia de apoio político para as ações de fiscalização através dos grupos móveis; e promoção de programas de reinserção produtiva para os (as) trabalhadores (as) resgatados em situação de trabalho escravo;

“Cumprir as obrigações assumidas quando da assinatura Carta Compromisso Contra o Trabalho Escravo, lançada pela Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE), especialmente no que se refere à efetivação das ações previstas no 2º. Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo;”

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Resposta: Carta Compromisso é documento que estabelece diretrizes e obrigações, tais como, renúncia de mandato daquele que tenha trabalho escravo descoberto em suas propriedades, e exoneração de pessoa que ocupe cargo público de confiança e que se beneficie de mão-de-obra escrava. Ou seja, trata-se de promessas assumidas por candidatos a votos do eleitorado. E, seu cumprimento não é matéria afeta à competência da DETRAE ou da inspeção do trabalho.

“reconhecimento e defesa da definição de trabalho análogo ao de escravo presente no artigo 149 do Código Penal;”

Resposta: Embora se trate de competência do Congresso Nacional, o MTE atua no sentido de garantir a manutenção do conceito de trabalho análogo ao de escravo contemporâneo, conforme disposto no art. 149 do Código Penal, que compreende a sujeição do trabalhador ao trabalho forçado, ou à jornadas exaustivas, ou à condições degradantes de trabalho, ou à servidão por dívida

“a defesa do cadastro de empregadores flagrados com mão de obra escrava, conhecido como a “lista suja”, instrumento mantido por intermédio da Portaria Interministerial 02/2011, do Ministério do Trabalho e Emprego e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;”

Resposta: O cadastro de empregadores é o instrumento de publicidade da atividade estatal no combate ao trabalho escravo. Por meio dele a sociedade é informada sobre os empregadores que foram flagrados mantendo trabalhadores em condições análogas às de escravo. Trata-se de instrumento que torna pública atuação governamental no âmbito dessa política e que serve para subsidiar instituições financeiras públicas e privadas e organizações empresariais de informações sobre aqueles que se utilizam de mão de obra escrava para estabelecer os critérios de elegibilidade de seus clientes e fornecedores, criando barreiras de acesso ao crédito e ao mercado àqueles que figuram na lista, popularmente conhecida como “lista suja”.

A atualização semestral do Cadastro de Empregadores disciplinada pela Portaria Interministerial n. 2, de 12 de maio de 2011, indicou, em 01.07.2014, quando da última atualização semestral, 91 novas inclusões e 48 exclusões de nomes, e totalizou 609 nomes. Em 31.12.2015 quando foi retirado do site do Ministério em razão de decisão liminar do Supremo Tribunal Federal havia 578 nomes, já que desde a sua publicação em 01/07/2014, ocorreram várias atualizações extraordinárias, com exclusões decorrentes de cumprimento dos requisitos previstos na Portaria Interministerial nº 02, de 2011 e outras tantas com exclusões e inclusões realizadas em observância a decisões judiciais.

Como já é de conhecimento público, às vésperas da publicação da atualização semestral programada para 30/12/2014, o Supremo Tribunal Federal proferiu decisão cautelar, ad referendum do Plenário daquela Corte, no dia 23/12/2014, no curso da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 5.209, cuja parte autora é a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), por meio da qual determina a suspensão liminar dos efeitos da Portaria Interministerial nº 2, de 2011 e da Portaria nº 540, de 15 de outubro de 2004, até o julgamento definitivo da ação.

Em cumprimento à decisão mencionada, foi retirado, em 31/12/2014, da página eletrônica do MTE o “Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas a de escravo”. E, após 12 anos de contínua existência, com atualizações semestrais, não houve a publicação da atualização semestral programada para dezembro de 2014 que previa a inclusão de 127 novos nomes, a exclusão de 27 nomes com uma lista com o total de 671 nomes de empregadores flagrados mantendo mão de obra análoga a de escravo.

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No dia 01 de abril de 2015 foi publicada Portaria Interministerial n. 02/2015 no Diário Oficial da União (Enunciando regras sobre o Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores à condição análoga à de escravo).

No entanto, a publicação de uma nova relação de empregadores está condicionada à declaração de perda do objeto da ADIN diante da revogação da antiga norma pelo novo instrumento.

Assim, a situação persiste até a presente data e enquanto não houver decisão do Supremo Tribunal Federal não há alternativas a esta Secretaria de Inspeção do Trabalho que não a de observar a decisão judicial liminar daquela Corte, e manter a publicação do Cadastro suspensa.

Enquanto isso, esta DETRAE permanece à disposição para subsidiar com as informações necessárias àqueles que tenham capacidade para postular em juízo no sentido de reformar a decisão de suspensão dos efeitos das Portarias nº 540/2004 e Portaria Interministerial nº 02/2011.

“e a destinação de recursos e garantia de apoio político para as ações de fiscalização através dos grupos móveis”;

Resposta: O MTE reconhece a carência de auditores em seu quadro efetivo e, por isso, solicitou a realização de concurso de auditor fiscal do trabalho ao Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão e aguarda a autorização para a realização do concurso. Registre-se, também, que atualmente existem cerca de 1.020 cargos vagos de AFT que poderiam ser preenchidos com imediata autorização de concurso público pelo MPOG, eis que não dependem de lei para criação das vagas.

Atualmente são mantidas 4 (quatro) equipes do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, integradas por auditores-fiscais do trabalho, com apoio de procuradores do trabalho, agentes e delegados da polícia federal e polícia rodoviária federal e em algumas circunstâncias com a participação de membros da Ministério Público Federal, para atendimento das denúncias e demandas do planejamento anual da inspeção. Apesar de a SIT já ter contado com 9 (nove) equipes, hoje, com o aperfeiçoamento do processo de filtragem das denúncias e com a descentralização de operações às regionais esse número é suficiente para atendimento das demandas. Ainda que não tenha atingido o ideal, a efetividade da atuação do GEFM avançou muito desde que foi instituído.

Os recursos para esta finalidade estão previstos em ação específica no plano plurianual em vigor (PROGRAMA 2064. OBJETIVO 0973. INICIATIVA 045B). Importante, também, mencionar que uma boa parte do orçamento da Secretaria de Inspeção do Trabalho é destinada ao pagamento de passagens e diárias de auditores e servidores deste e outros órgãos.

“e promoção de programas de reinserção produtiva para os (as) trabalhadores (as) resgatados em situação de trabalho escravo;”

Resposta: Está em andamento no MTE discussão interna entre a Secretaria de Inspeção do Trabalho e a Políticas Públicas de Emprego sobre a realização de ações integradas em relação ao tema. Com vistas a efetivar política de qualificação e reinserção de trabalhadores egressos do trabalho escravo no mercado de trabalho, em outubro de 2014 foi dado o primeiro passo, com a aprovação pelo CODEFAT da mudança no formulário de seguro desemprego do trabalhador resgatado (Resolução CODEFAT 737/2014). A mudança em referência inicia um processo de modernização do processamento do benefício do seguro desemprego e o aperfeiçoamento na coleta de dados dos trabalhadores com a expectativa de melhor alimentar o “sistema mais emprego”, permite o encaminhamento do trabalhador egresso para cursos de qualificação e recolocação no mercado de trabalho.

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Durante todo o ano de 2014 foram retomados os diálogos com o Ministério do Desenvolvimento Social com o objetivo de firmar Acordo de Cooperação Técnica que permita dar efetividade aos encaminhamentos dos trabalhadores pós-resgate ao programa “bolsa-família” que tem nos trabalhadores egressos do trabalho escravo um de seus públicos prioritários. A minuta do termo de acordo está em trâmite naquele Ministério, em vias de conclusão para assinatura.

Todas as medidas adotadas coadunam a atuação desta DETRAE com o papel institucional previsto nos planos nacionais dos quais o Ministério do Trabalho participa e que preveem ações de prevenção, enfrentamento e repressão do trabalho escravo, como o Segundo Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo (II PNETE), o Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH3), e o II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoa (II PNETP).

----- DEMANDA 72 -----

Digital: 0003148

Destino: CC-PR - Secretaria-Executiva - CC-PR/SEX-CC

Solicitação:

3) Vetar todos os projetos de lei aprovados pelo Congresso Nacional que impliquem na redução, flexibilização ou supressão dos direitos trabalhistas dos assalariados e assalariadas rurais, sobretudo as matérias aprovadas a partir das chamadas “emendas jabutis” e que violam o art.7º, II, da Lei Complementar 95/99;

Resposta: O Governo é sensível às questões trabalhistas de assalariados e assalariadas rurais e analisará com prudência emendas que porventura surjam sobre o tema.

----- DEMANDA 73 -----

Digital: 0003149

Destino: MTE - Secretaria-Executiva - MTE/SE

Solicitação:

4) Garantir medidas de fiscalização e outras ações de estado, de forma a identificar e combater a exploração das mulheres que acompanham seus companheiros assalariados rurais e que, embora trabalhem para o empregador rural, não tem sua condição de assalariadas e seus direitos reconhecidos/respeitados;

Resposta: O trabalho rural no Brasil é regido pela lei 5889, de 8 de junho de 1973, e subsidiariamente, pela Consolidação das Leis do Trabalho. Ressalta-se que os direitos do trabalhador rural não podem se mostrar reduzidos em relação ao trabalhador urbano, uma vez que a Constituição da República Federativa do Brasil, em seus artigos 5º e 7º, estabeleceu uma igualdade entre ambos.

Ainda de acordo com a Carta Magna, art. 21, XXIV, a Inspeção do Trabalho compete à União, que a exerce nacionalmente por meio do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE. Somando-se a isso a o fato de ser a legislação trabalhista atribuição privativa da União, tem-se que todos os trabalhadores e trabalhadoras do país são igualmente alcançados pelos dispositivos de proteção do trabalho.

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A Inspeção do Trabalho no Brasil possui, como um dos focos principais de atuação, a fiscalização em áreas rurais, dada a inerente vulnerabilidade comumente relacionada a localizações ermas, rusticidade de condições de trabalho, baixos níveis de escolaridade e acesso à informação, e altos níveis de informalidade no trabalho.

No intuito de adotar uma estratégia que representasse uma abordagem efetiva da questão da informalidade no Brasil, o MTE lançou, em maio de 2014, o Plano Nacional de Combate à Informalidade dos Trabalhadores Empregados – PLANCITE. Pressupondo uma maior integração política com outras áreas de governo e da sociedade como um todo, o plano objetiva promover a proteção dos direitos trabalhistas e previdenciários dos mais de 16 milhões de trabalhadores informais do Brasil.

No meio rural a estratégia de atuação do Ministério do Trabalho e Emprego é conduzida com base no Plano Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados – PLANATRE, existente no âmbito da Política Nacional para os Trabalhadores Rurais Empregados – PNATRE.

O PLANATRE representa um esforço conjunto da Secretaria-Geral da Presidência da República e do Ministério do Trabalho e Emprego, com o objetivo de fortalecer os direitos sociais dos trabalhadores rurais empregados, dentre os quais se destaca a formalização das relações de emprego como requisito essencial para o acesso à proteção social do trabalhador.

É desse modo que, considerando tanto o advento do PLANATRE, quanto do PLANCITE, a Inspeção do Trabalho tem realizado inúmeras ações fiscais no meio de trabalho rural, durante as quais, a situação questionada de falta de cobertura social para trabalhadoras empregadas é verificada.

Nesse contexto, sendo constatada pela autoridade competente a existência de qualquer trabalhador ou trabalhadora que exerça atividades laborativas no estabelecimento rural com subordinação, pessoalidade, onerosidade e não eventualidade, sem a devida formalização do vínculo empregatício, o empregador infrator será sujeito à autuação trabalhista e notificação para regularização da situação ilegal.

Apenas em 2015, foram alcançados um total de 374.123 trabalhadores rurais, sendo destes, 32.239 mulheres. A quantidade de trabalhadoras que teve sua proteção social garantida pelo registro de empregados, em decorrência de ações fiscais chegou a 266, enquanto que o número masculino atinge 1.800. Os dados se referem a ações de fiscalização ocorridas em todos os estados da federação e no distrito federal, contemplando um total de 1.212 municípios brasileiros.

Importa destacar que a disparidade entre os números de homens e mulheres se refere à maior presença masculina no mercado de trabalho como um todo. De acordo os dados de 2013 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o Brasil conta com cerca de 57 milhões de trabalhadores com vínculo de emprego, sendo que, do total, 42 % se refere à força de trabalho feminina.

Com relação à remuneração, observa-se também um diferencial entre homens e mulheres do meio rural da ordem de 15 %. Isso é o que informam os dados do Cadastro Geral de empregados e Desempregados – CAGED, de janeiro a junho de 2015. Das atividades tipicamente rurais, a que apresenta a maior disparidade é a mecanização agropecuária e florestal, na qual as mulheres possuem salário médio 27 % menor do que os homens.

A diferença salarial é atributo comumente verificado pela fiscalização do Trabalho, conforme disposto nos artigos 5º, 373-A, III, e 461, da CLT, que vedam, expressamente, qualquer distinção salarial baseada no sexo do trabalhador.

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----- DEMANDA 74 -----

Digital: 0003150

Destino: MTE - Secretaria-Executiva - MTE/SE

Solicitação:

5) Assumir o compromisso de realizar uma pesquisa nacional capaz de traçar um perfil sócio laboral das assalariadas rurais, para orientar a construção e execução as políticas públicas;

Resposta: O Plano Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados não prevê a realização de tal demanda. Entretanto, A CNATRE recebe demandas trazidas pelos representantes da sociedade civil e verifica as possibilidades de atendimento ou encaminhamento de tais demandas no âmbito da Comissão. Dessa forma, sugere-se verificar a possibilidade de realização de pesquisa nacional sobre o perfil sócio laboral dos trabalhadores assalariados rurais, com recorte de gênero para orientar a construção e execução das políticas públicas à Comissão Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados.

----- DEMANDA 75 -----

Digital: 0003151

Destino: MTE - Secretaria-Executiva - MTE/SE

Solicitação:

6) Desenvolver ações que combatam a higienização de uniformes e EPIS de assalariados/as rurais em suas residências;

Resposta: A Norma Regulamentadora nº 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI) – disponível no link http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm, estabelece:

6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

Além disso, a Norma Regulamentadora nº 31, também disponível no link acima, que estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades com a segurança e saúde dos trabalhadores rurais, estabelece quanto ao uso de agrotóxicos:

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31.8.9 O empregador rural ou equiparado, deve adotar, no mínimo, as seguintes medidas:

a) fornecer equipamentos de proteção individual e vestimentas adequadas aos riscos, que não propiciem desconforto térmico prejudicial ao trabalhador;

b) fornecer os equipamentos de proteção individual e vestimentas de trabalho em perfeitas condições de uso e devidamente higienizados, responsabilizando-se pela descontaminação dos mesmos ao final de cada jornada de trabalho, e substituindo-os sempre que necessário;

c) orientar quanto ao uso correto dos dispositivos de proteção;

d) disponibilizar um local adequado para a guarda da roupa de uso pessoal;

e) fornecer água, sabão e toalhas para higiene pessoal;

f) garantir que nenhum dispositivo de proteção ou vestimenta contaminada seja levado para fora do ambiente de trabalho;

g) garantir que nenhum dispositivo ou vestimenta de proteção seja reutilizado antes da devida descontaminação;

h) vedar o uso de roupas pessoais quando da aplicação de agrotóxicos.

Por fim, informo que todo o conjunto normativo citado é verificado nas inspeções realizadas pelos Auditores Fiscais do Trabalho.

----- DEMANDA 76 -----

Digital: 0003152

Destino: MTE - Secretaria-Executiva - MTE/SE

Solicitação:

7) Reestruturar o Ministério do Trabalho e Emprego, destinando recursos financeiros para garantir o seu efetivo funcionamento, assim como, a realização de concursos públicos para a recomposição e ampliação do número de auditores fiscais do trabalho.

Resposta: No tocante ao Concurso para a Carreira de Auditoria Fiscal do Trabalho – AFT, por meio do Aviso nº 002, de 15/01/2014, dirigido ao MP requeremos à abertura de concurso público, em 2015, para o provimento de 600 (seiscentos) cargos de Auditor Fiscal do Trabalho.

A demanda pelo novo concurso foi aditada, por meio do Aviso nº 97 de 21/05/2014, quando requeremos o aumento dos provimentos para 800 (oitocentos) cargos de Auditor Fiscal do Trabalho. Contudo, o MP realizou consulta ao SIAPE em 24/06/2014, com posição em 31/05/2014, a qual revelou que havia 2.797 (dois mil setecentos e noventa e sete) cargos ocupados e 847 (oitocentos e quarenta e sete) vagos. Desta forma, a proposta de realização de concurso foi majorada, mais uma vez, para 847 (oitocentos e quarenta e sete) cargos de Auditor Fiscal do Trabalho.

Com o propósito de compatibilizar o atendimento da demanda à capacidade de absorção dessa força de trabalho pelo MTE e à disponibilidade orçamentária da União, frente a todas as demandas dos órgãos e entidades e às prioridades de governo, cuidado que se entende salutar à ordem pública, em especial à ordem fiscal; aquele órgão gestor, por meio da Nota 142/2014/DESEP/SEGEP/MP, propôs ao MTE que a

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demanda de autorização de concurso para o provimento dos 847 (oitocentos e quarenta e sete) cargos de AFT fosse escalonada nos próximos 3 (três) anos.

Em face dessa notícia, por meio do Aviso 188/2014, solicitamos ao MP que o futuro ato de autorização, a ser expedido à luz do art. 10 do Decreto nº 6.944, de 21/08/2009, contemple as 847 (oitocentos e quarenta e sete vagas), consignando a ressalva de que o provimento das vagas ocorrerá nos exercícios de 2015 a 2017, respeitada a criteriosa ordem de classificação.

Com essa medida, além de conferir maior celeridade à recomposição do quadro de pessoal da Inspeção do Trabalho, racionalizaremos os procedimentos administrativos sob responsabilidade desta Pasta, organizando um único concurso, com prazo de validade que alcance o cronograma de provimento para os próximos 3 (três) anos.

Devidos aos ajustes fiscais previstos para exercício corrente, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, já sinalizou dificuldades em autorizar a realização do novo concurso ainda neste ano. Somente após autorização do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão é que poderemos estimar uma data para realização do novo certame.

Na oportunidade, informamos que recentemente foi editado o Aviso MTE nº 117/2015, com o propósito de reiterar ao Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão –MP a autorização de concurso público para carreira em questão, ainda no presente exercício. Cumpre esclarecer que o referido expediente ainda não foi formalmente expedido, pois aguarda agenda de reunião entre os Ministros do MTE e do MP.

AS VOZES DAS MARGARIDAS DAS FLORESTAS

----- DEMANDA 77 -----

Digital: 003154

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

1) Criar e Ampliar de Áreas de Uso Coletivo;

Resposta: O Zoneamento das Reservas Extrativistas, Reservas de Desenvolvimento Sustentável e Florestas Nacionais - e as normas dessas zonas -, tem sido realizados de forma amplamente participativa.

----- DEMANDA 78 -----

Digital: 0003155

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

2) Criar 10 novas Reservas Extrativistas, considerando os diversos biomas brasileiros.

Resposta: Solicita-se que o movimento estabeleça maior especificação da demanda.

----- DEMANDA 79 -----

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Digital: 0003156

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

3) Regularização fundiária de 20 Reservas Extrativistas, seguida de Concessão de Direito Real de Uso – CDRU.

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 80 -----

Digital: 0003157

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

4) Garantir ATER Extrativismo para 100 mil famílias de áreas de uso coletivo (RESEXs, RDS, FLONA, PAE, etc).

Resposta: Já estão em execução quatro Chamadas com esse foco: Ch 10/2012 - Sustentabilidade; Ch 12 e 13/2013 - Agroecologia; 14 e 15/2013 - Pescadores Artesanais, atendendo aproximadamente 120 mil famílias. O Incra iniciou em 2014, o atendimento a 26 mil famílias ao realizar chamada pública conjunta (MDA, MMA e MDS) para Assentamentos Agroextrativistas e Reservas Extrativistas na Amazônia. Hoje encontra-se em andamento a elaboração de chamadas específicas para as comunidades extrativistas nos estados do Amapá e Rondônia.

----- DEMANDA 81 -----

Digital: 0003158

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

5) Construir uma Política de Uso das Plantas Medicinais valorizando saber popular.

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 82 -----

Digital: 0003160

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

6) Elaborar 30 planos de manejos de RESEXs, RDS, FLONAS já existentes, fortalecendo os acordos de gestão.

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Resposta: Situação atual: existem 12 Planos de Manejo em processo de elaboração e 10 prontos para serem publicados de florestas nacionais; 14 planos em elaboração para reservas extrativistas e 1 plano pronto para publicar de reserva de desenvolvimento sustentável.

----- DEMANDA 83 -----

Digital: 0003161

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

7) Garantir a gestão das unidades de conservação de uso sustentável pelo ICMBio.

Resposta: O esforço institucional é nesse sentido para todas as categorias de UCs.

----- DEMANDA 84 -----

Digital: 0003162

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

8) Fortalecer o ICMBio através da realização de concurso público e destinação de recursos para a gestão de RESEX, FLONAs e RDS.

Resposta: O esforço institucional é nesse sentido para todas as categorias de UCs.

----- DEMANDA 85 -----

Digital: 0003163

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

9) Garantir a nomeação de gestores nas RESEXs, FLONAs e RDS, dando preferencia a técnicos e lideranças locais.

Resposta: Esta demanda já está sendo realizada, a exemplo da Resex Ituxi, Verde p/ Sempre, Médio Purus, entre outras.

----- DEMANDA 86 -----

Digital: 0003164

Destino: SGPR - Departamento de Diálogos Sociais - SGPR/SNAS-SGPR/NI

Solicitação:

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10) Garantir a consulta pública previa às populações tradicionais a serem afetadas, diretamente e indiretamente, pelo construção de barragens, projetos de mineração, portos, siderúrgicas, dentre outros.

Resposta: O Governo Federal tem atuado, desde 2013, para avançar no estabelecimento de diretrizes gerais e operacionais para administração pública federal cumprir o direito à consulta prévia informada, conforme previsto na Convenção OIT 169. Ao longo dos últimos três anos, foram realizadas várias tratativas entre os diferentes órgãos do Governo Federal e representantes e comunidades quilombolas e indígenas, a fim de avançar na consertação de uma proposta que unifique e atenda as demandas de todos os atores envolvidos;

Em 2015, o processo geral de discussão da regulamentação do direito a consulta, conforme Convenção OIT 169, está em fase de retomada, em especial com os povos indígenas, segmento onde a necessidade de discussão e construção de consensos está mais latente do que com as comunidades quilombolas, considerando que com estas houveram avanços significativos nas discussões realizadas ainda no ano de 2014;

De qualquer forma, é de se destacar que a Convenção OIT 169 já é realidade jurídica no Brasil e tem sido e continuará sendo respeitada e cumprida pelo Governo Federal. As medidas adicionais que serão tomadas fazem parte do esforço de melhorar e avançar na implantação das diretrizes definidas no convênio.

----- DEMANDA 87 -----

Digital: 0003165

Destino: MCIDADES - Secretaria-Executiva - MCIDADES/SE

Solicitação:

11) Efetivar as normas da política de habitação, assegurando a adequação das condições de construção, reforma e ampliação de acordo com as especificidades dos povos extrativistas.

Resposta: Para atender os povos das florestas foi editada a Portaria nº 318 de 12 e junho de 2014 (DOU 13/6/2014, seção 1 p. 45 e 46), que Dispõe sobre o uso de madeira nas construções e reformas de habitações no âmbito do Programa Nacional de Habitação Rural.

----- DEMANDA 88 -----

Digital: 0003166 e 0003167

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Solicitação:

12) Assegurar nos territórios destinados e não destinados à implantação de água com tecnologias viáveis e adaptadas à realidade amazônica como requisito para termos condições de saúde através de um processo sensibilização e educação das comunidades.

Resposta: O MDS tem apoiado a implementação de tecnologias sociais de acesso à água adaptadas à realidade do bioma da região amazônica. Exemplo disso é o projeto "Sanear Amazônia", no qual serão implementadas, até 2016, tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano em comunidades

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extrativistas da região. O projeto prevê, também, capacitações em saúde ambiental para as famílias a serem beneficiadas com as tecnologias.

Destino: MI - Secretaria-Executiva - MI/SECEX

Resposta: O programa Água Para Todos já tem atuação na Amazônia por meio da ação de alguns parceiros executores (MDS, MI). No caso do MI, existem Termos de Convênio e Termos de Compromissos celebrados com o Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins para implantação de cisternas (AM e TO), e sistemas simplificados (AM, PA, RO e TO). Todos os Termos celebrados contemplam recursos para trabalho social, envolvendo Criação de Comitês Gestores Municipais, Capacitação dos beneficiários do Programa. E, no caso da implantação de sistemas simplificados de abastecimento, há previsão de recursos orçamentários para para testes de análise da qualidade da água em seus aspectos físico-químicos e bacteriológicos, e outros que se fizerem necessários para atender aos padrões de potabilidade.

----- DEMANDA 89 -----

Digital: 0003168

Destino: MME - Secretaria-Executiva - MME/SE

Solicitação:

13) Implantar energia elétrica, com tecnologias sociais, domiciliar e para beneficiamento da produção para 120 mil famílias em áreas de uso de coletivo.

Resposta: Na hipótese de existir interesse da entidade em desenvolver projeto para promoção de atendimento energético distribuído, por meio de energia solar ou outro energético renovável, o primeiro passo seria a elaboração de uma proposta de projeto contendo, dentre outros, a descrição e objetivo do projeto, resultados esperados, recursos financeiros necessários e equipe técnica envolvida.

Tendo o projeto a missão de promover pesquisa, desenvolvimento e inovação, a organização poderá buscar apoio com algumas instituições, além deste Ministério. Assim, uma sugestão inicial seria o envolvimento de pesquisadores, ou outros Centros de Pesquisa, para nivelamento de informações técnicas e para busca de apoio no desenvolvimento de sua proposta.

O Ministério de Minas e Energia promove o apoio a instituições e centros de pesquisa sem fins lucrativos por meio de convênios de cooperação técnica e financeira, que estão condicionados à disponibilidade de recursos orçamentários, estabelecida por meio da Lei de Orçamento Anual – LOA. A apresentação de uma proposta de convênio de cooperação técnica deve obedecer ao Art. 13 do Decreto n.º 6.170/2007, no qual a celebração, a liberação de recursos, o acompanhamento da execução e a prestação de contas deverão ser registrados no SICONV, via Internet, por meio de página específica denominada Portal dos Convênios (https://www.convenios.gov.br/portal/). Esta proposta deve estar necessariamente vinculada a um dos programas de governo, de responsabilidade do MME, que estejam disponibilizados na rede. Há duas condicionantes fundamentais: (1) o objeto do convênio deve ser aderente ao objetivo do programa; e (2) o convenente deve se enquadrar nos critérios de seleção estabelecidos.

A Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica –, por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento, estabelece e coordena que: “as concessionárias de serviços públicos de distribuição, transmissão ou geração de energia elétrica, as permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica e as autorizadas à produção independente de energia elétrica, devem aplicar, anualmente, um percentual

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mínimo de sua receita operacional líquida em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica”. Estes projetos são enviados pelas concessionárias, permissionárias e autorizadas e são validados pela Aneel. Assim, recomenda-se o contato com sua Concessionária local que é responsável por investimentos na área de Pesquisa em novos projetos com eficiência energética.

Cabe ao Ministério de Minas e Energia a formulação de políticas públicas que visem à diversificação da matriz elétrica. Dessa forma, o desenvolvimento das fontes alternativas renováveis vem sendo planejado respeitando o seu potencial econômico, bem como sua distribuição geográfica de acordo com os recursos naturais de cada região do país.

A utilização da energia solar, para geração distribuída, deve ser adotada se essa for a opção mais apropriada. Incorreto seria considerá-la como única fonte de reduzido impacto ambiental disponível. O elevado potencial técnico brasileiro, para o aproveitamento solar fotovoltaico, contrasta com os custos médios de geração, apresentados por essa tecnologia, superiores aos das demais fontes que compõem o parque gerador nacional.

Para incentivar a utilização da energia solar fotovoltaica, o setor elétrico tem utilizado de alguns mecanismos, dos quais podemos destacar o apoio à utilização de geração distribuída por meio de painéis solares, regulamentado pela Resolução Normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL nº 482, de 17/04/2012 (vide: http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2012482.pdf).

Essa Resolução estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração (potência instalada menor ou igual a 100 kW) e minigeração (potência instalada superior a 100 kW e menor ou igual a 1 MW) distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica. Este acesso propõe sistema de compensação de energia elétrica, no qual a energia gerada pela unidade consumidora compense o consumo de energia elétrica ativa proveniente da rede. As fontes beneficiadas para esse sistema são a energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL.

Os equipamentos fotovoltaicos, destinados à geração distribuída, apresentarão evolução decrescente em seus custos devido ao aumento de sistemas de geração centralizada em operação no país, promovido pela contratação em leilões de compra e venda de energia. O ineditismo na contratação de energia solar no Leilão de Reserva, realizado em 31 de outubro de 2014, foi alcançado dado que as negociações foram distintas por fonte de geração. A previsão de continuidade dessas contratações, certamente, fortalecerá o parque industrial fotovoltaico no Brasil, resultando, consequentemente, em benefícios diversos para a geração solar distribuída.

Acrescenta-se, ainda, o desenvolvimento do Plano Brasil Maior que versa sobre a política industrial, tecnológica e de comércio exterior do atual governo federal, capitaneado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Este Plano tem como foco ações de apoio à indústria para fortalecer a competitividade, acelerar ganhos de produtividade, promover o adensamento produtivo e tecnológico das cadeias de valor. Assim, especificamente no contexto da energia solar, um dos objetivos é fomentar o desenvolvimento dos diferentes elos da cadeia produtiva nacional, além da desoneração da produção. Maiores informações estão disponíveis no seguinte sítio: http://www.brasilmaior.mdic.gov.br/images/data/201204/c29cf558d29f0293eae88bbb2a21fd16.pdf

----- DEMANDA 90 -----

Digital: 0003169

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

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Solicitação:

14) Reconhecer e fortalecer o papel das parteiras tradicionais garantindo capacitações e orientações na prevenção das DST/AIDS.

Resposta: Trabalhando com Parteiras Tradicionais, bem como as demais ações de formação e qualificação de recursos humanos para assistência obstétrica e neonatal, estão compreendidas na Estratégia Rede Cegonha, lançada em março de 2011. A Estratégia Rede Cegonha é composta por um conjunto de medidas para garantir a todas as brasileiras, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), atendimento adequado, seguro e humanizado desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, até os dois primeiros anos de vida da criança.

O Programa Trabalhando com Parteiras registra que, de 2000 a 2010 foram qualificadas 1.787 parteiras tradicionais e 740 profissionais de saúde, exclusivamente com Recursos do Governo Federal. De 2011 a 2015, e exclusivamente no âmbito da Rede Cegonha, foram qualificadas 816 parteiras tradicionais e 240 profissionais de saúde, todos atuantes na Amazônia Legal e no Nordeste. Para dar continuidade a essas ações, sugere-se:

• Apoiar estados e municípios para que fortaleçam o trabalho em rede e a vinculações entre parteiras e serviços de saúde, promovendo integralidade entre o modelo de atenção ao parto assistido por parteira e a rede de atenção à saúde das mulheres no SUS

• Contribuir para dar visibilidade para as ações de atenção primária desenvolvidas por parteiras;

• Apoiar Secretarias Estaduais e Municipais de saúde para que realizem o mapeamento e o cadastramento de parteiras tradicionais, incluindo quilombolas e mulheres que assistem parto em aldeias;

• Promover Encontros para trocas de saberes e práticas, no cuidado com gestantes e recém-nascido, entre parteiras e profissionais de saúde, que incluam em seu conteúdo programático temas de planejamento reprodutivo, métodos contraceptivos e proteção a doenças sexualmente transmissíveis.

----- DEMANDA 91 -----

Digital: 0003170

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

15) Combater à violência doméstica e tráfico de mulheres, através da implementação do Programa Mais Mulher, adaptado a realidade amazônica.

Resposta: Desconhece-se o "Programa Mais Mulher" enquanto Programa federal, podendo ser de ãmbito local. De qualquer forma não é um Programa do Ministério da Justiça. O único Programa Mais Mulher que se tem conhecimento é a Plataforma “Mais Mulher no Poder”, que é uma publicação/campanha da SPM/PR, do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e da bancada feminina e Procuradoria da Mulher da Câmara e do Senado.

Quanto ao enfrentamento à violência doméstica e o combate ao tráfico de mulheres vide respostas às questões especificas.

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----- DEMANDA 92 -----

Digital: 0003171

Destino: SDH - Secretaria Executiva - SDH/SE

Solicitação:

16) Garantir a segurança de lideranças extrativistas e das suas famílias em situação de risco pela luta na defesa dos territórios de populações extrativistas.

Resposta:

Resposta em anexo.

MULHERES QUEBRADEIRAS DE COCO

----- DEMANDA 93 -----

Digital: 0003172

Destino: SGPR - Departamento de Diálogos Sociais - SGPR/SNAS-SGPR/NI

Solicitação:

1) Propor junto as Assembleias Legislativas dos Estados do Piauí, Pará, Maranhão, a apresentação de uma Lei Estadual, que proíba a derrubada das palmeiras e a garantia do livre acesso as áreas de ocorrência de babaçu às quebradeiras de coco e suas famílias. Tais propostas se originaram com a constituição do próprio Movimento, ainda na década de 1990, objetivando a garantia dos meios de reprodução física e cultural das mulheres e suas famílias. Estado do Tocantins já possui a Lei Estadual 1.959 de 14 agosto de 2008 (Diário Estado Tocantins no. 2713) proibindo a derrubada e queima do coco inteiro. No Maranhão foi apresentado um Projeto de Lei apresentado do Deputado Bira do Pindare (Lei n.9.428, de 02 de Agosto de 2011), criou o dia das quebradeiras de coco, bem como o critério de sua identificação, ao reconhecer a existência social das quebradeiras de coco.

Resposta: Por se tratar de matéria de responsabilidade das unidades federadas citadas, a demanda das margaridas devem ser encaminhadas diretamente com os poderes executivos e legislativos estaduais.

----- DEMANDA 94 -----

Digital: 0003173

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

2) Apoiar as Reservas Extrativistas criadas em 1992 durante a ECO / Rio Janeiro: Reservas Extrativistas: a) Mata Grande (Davinópolis – MA) b) Ciriaco (Cidelândia – MA); c) Assegurar o Extremo Norte do Tocantins (Carrasco Bonito – TO); d) Funcionamento regular dos Conselhos Deliberativos dessas RESEX.

Resposta: Existem ações para implementação dessas Resex, existem também dificuldades para regularização fundiária, mas os trabalhos realizados com apoio do GEF Cerrado para produção do óleo do babaçu tiveram um resultado muito importante para os extrativistas.

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----- DEMANDA 95 -----

Digital: 0003540

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Solicitação:

3) Retirar as cercas de arame farpado e elétrica existentes nos campos de uso comum, que tem impedido o acesso das quebradeiras de coco ao seu local de trabalho, a exemplo do que ocorre na Região da Baixada Ocidental Maranhense.

Resposta: A CNPCT, cuja a presidência no momento está com este MDS, não executa políticas, mas apenas monitora as políticas para os povos e comunidades tradicionais.

----- DEMANDA 96 -----

Digital: 0003176

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

4) Criar a RESEX - Reserva Extrativista Enseada da Mata, na região da Baixada Maranhense.

Resposta: Sem estudos fundiários. Precisa ser avaliada a pertinência da medida proposta e da atuação do Governo Federal no processo.

----- DEMANDA 97 -----

Digital: 0003177

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

5) Garantir a utilização equitativa dos recursos hídricos e naturais dos campos, a exemplo: da região da Baixada Ocidental Maranhense, Cachoeira do Arari, fiscalizando e proibindo a sua apropriação privada. Os proprietários das terras estão construindo açudes e para isso, retiram água dos campos naturais, comprometendo assim o equilíbrio ecológico da região.

Resposta: Sempre que se trata de águas superficiais de domínio da União, a ANA tem adotado, na concessão de outorga, a cautela de assegurar seu uso múltiplo, com prioridade ao consumo humano e à dessedentação de animais, e a manutenção de sua quantidade e qualidade. Nas regiões assinaladas, a competência de gestão sobre demais mananciais que não são de domínio da União é dos órgãos estaduais.

----- DEMANDA 98 -----

Digital: 0003178

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Destino: SGPR - Departamento de Diálogos Sociais - SGPR/SNAS-SGPR/NI

Solicitação:

6) Criar no âmbito da administração pública dos estados, mecanismo que garanta a consulta prévia e informada aos povos e comunidades tradicionais de obras, empreendimentos e projetos, que possam afetar os modos de criar, de fazer e de viver desses grupos. Para tanto, sugerimos a criação do Conselho de Consulta Prévia Permanente, composto pelos povos e comunidades, bem como representantes dos diversos Órgãos Federais, Ministério Público.

Resposta: O Governo Federal tem atuado, desde 2013, para avançar no estabelecimento de diretrizes gerais e operacionais para administração pública federal cumprir o direito à consulta prévia informada, conforme previsto na Convenção OIT 169. Ao longo dos últimos três anos, foram realizadas várias tratativas entre os diferentes órgãos do Governo Federal e representantes de comunidades quilombolas e indígenas, a fim de avançar na consertação de uma proposta que unifique e atenda as demandas de todos os atores envolvidos;

Em 2015, o processo geral de discussão da regulamentação do direito a consulta, conforme Convenção OIT 169, está em fase de retomada, em especial com os povos indígenas, segmento onde a necessidade de discussão e construção de consensos está mais latente do que com as comunidades quilombolas, considerando que com estas houveram avanços significativos nas discussões realizadas ainda no ano de 2014;

De qualquer forma, é de se destacar que a Convenção OIT 169 já é realidade jurídica no Brasil e tem sido e continuará sendo respeitada e cumprida pelo Governo Federal. As medidas adicionais que serão tomadas fazem parte do esforço de melhorar e avançar na implantação das diretrizes definidas no convênio.

A proposta de um órgão colegiado, como um Conselho de Consulta Prévia, é uma das questões que estão em análise pelo Governo e debatida com as populações envolvidas no tema.

----- DEMANDA 99 -----

Digital: 0003179

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

7) Assegurar a participação das extrativistas quebradeiras de coco babaçu no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético, composto pelos povos e comunidades tradicionais a fim de elaborar a Política de acesso ao patrimônio genético associado à biodiversidade.

Resposta: Em 20 de maio de 2015 foi sancionada a Lei nº 13.123, que trata sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade.

A participação dos povos e comunidades tradicionais no CGEN está assegurado na Lei nº 13.123, de 2015, e, mais ainda, está garantida a participação nas decisões que tratarem de conhecimento tradicional associado e direitos de povos e comunidades. Tais garantias encontram-se em diferentes artigos da lei, conforme os artigos copiados abaixo:

Destaca-se nesse sentido o § 1º do artigo 8º e o inciso IV do artigo 10, abaixo transcritos:

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Art. 8º. (...)

§ 1o O Estado reconhece o direito de populações indígenas, de comunidades tradicionais e de agricultores tradicionais de participar da tomada de decisões, no âmbito nacional, sobre assuntos relacionados à conservação e ao uso sustentável de seus conhecimentos tradicionais associados ao patrimônio genético do País, nos termos desta Lei e do seu regulamento.

Art. 10. Às populações indígenas, às comunidades tradicionais e aos agricultores tradicionais que criam, desenvolvem, detêm ou conservam conhecimento tradicional associado são garantidos os direitos de:

(...)

IV - participar do processo de tomada de decisão sobre assuntos relacionados ao acesso a conhecimento tradicional associado e à repartição de benefícios decorrente desse acesso, na forma do regulamento;

Ainda sobre a participação no CGEN, é importante citar o § 3º do artigo 6º, que trata da composição do Conselho:

Art. 6º Fica criado no âmbito do Ministério do Meio Ambiente o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético - CGen, órgão colegiado de caráter deliberativo, normativo, consultivo e recursal, responsável por coordenar a elaboração e a implementação de políticas para a gestão do acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado e da repartição de benefícios, formado por representação de órgãos e entidades da administração pública federal que detêm competência sobre as diversas ações de que trata esta Lei com participação máxima de 60% (sessenta por cento) e a representação da sociedade civil em no mínimo 40% (quarenta por cento) dos membros, assegurada a paridade entre:

I - setor empresarial;

II - setor acadêmico; e

III - populações indígenas, comunidades tradicionais e agricultores tradicionais.

(...)

Mais além, também está assegurada a participação de representações de povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares nas Câmaras Temáticas e Câmaras Setoriais do CGEN, veja abaixo:

Art. 6º § 3º O CGen criará Câmaras Temáticas e Setoriais, com a participação paritária do Governo e da sociedade civil, sendo está representada pelos setores empresarial, acadêmico e representantes das populações indígenas, comunidades tradicionais e agricultores tradicionais, para subsidiar as decisões do plenário. (grifos não constantes no original)

Além disso, as comunidades também estarão diretamente envolvidas na gestão dos recursos monetários destinados ao Fundo Nacional de Repartição de Benefícios – FNRB, criado pelo art. 30 da Lei. O fundo será gerido por um Comitê Gestor que contará com a participação de representantes de povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e de agricultores familiares, conforme o artigo abaixo:

Art. 31. O Poder Executivo disporá em regulamento sobre a composição, organização e funcionamento do Comitê Gestor do FNRB.

Parágrafo único. A gestão de recursos monetários depositados no FNRB destinados a populações indígenas, a comunidades tradicionais e a agricultores tradicionais dar-se-á com a sua participação, na forma do regulamento.

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Tais disposições passam serão implementadas a partir de meados de novembro, quando a Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015, entrará em vigor.

----- DEMANDA 100 -----

Digital: 0003180

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

8) Construir uma política, com programas e projetos específicos para as quebradeiras de coco babaçu que contribuam para garantir autonomia e fortalecimento dos grupos de mulheres;

Resposta: Já existem políticas para todas as mulheres rurais no âmbito do Programa de Organização Produtiva da DPMRQ, mas é possível ampliar diálogos para melhorar o acesso das quebradeiras de coco ao programa.

----- DEMANDA 101 -----

Digital: 0003181

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

9) Criar e gerenciar o Fundo do Extrativismo do Babaçu, cujos recursos deverão ser destinados à recuperação e preservação das áreas de ocorrência de babaçu, bem como a Política de Fomento do Extrativismo do Babaçu.

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 102 -----

Digital: 0003182

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

10) Apoiar a produção agroextrativista de base agroecológica das quebradeiras de coco babaçu e suas famílias – beneficiamento do coco babaçu envolvendo tecnologia adequada e melhoria de estruturas físicas para as agroindústrias comunitárias.

Resposta: O MDA através da DPMRQ e da SAF tem apoiado projetos das quebradeiras de coco babaçu.

----- DEMANDA 103 -----

Digital: 0003183

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

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Solicitação:

11) Apoiar a melhoria das Unidades Produtivas de Beneficiamento do Coco Babaçu já existentes no âmbito do Movimento Interestadual de Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu;

Resposta: Já existem políticas para todas as mulheres rurais no âmbito do POPMR. É possível inserir diálogos para melhorar o acesso das quebradeiras de coco ao programa.

----- DEMANDA 104 -----

Digital: 0003184

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

12) Financiar a implantação ou ampliação de agroquintais nas comunidades onde estão as quebradeiras de coco.

Resposta: Será instituída uma ação governamental articulada entre Ministérios (MDA/Incra, MDS, CIDADES e PESCA), visando incidir na implementação e ampliação de quintais produtivos para mulheres rurais

----- DEMANDA 105 -----

Digital: 0003185

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

13) Assegurar transporte (rodoviário e aquático) escolar das comunidades até a sede dos municípios.

Resposta: É possível articular especificamente para essas mulheres (em seus municípios) o atendimento por meio do Programa Caminho da Escola. Para tal basta identificar os municípios e escolas que devam ser atendidas.

----- DEMANDA 106 -----

Digital: 0003186

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

14) Apoiar às iniciativas de Educação do Campo e as Escolas Famílias Agrícolas, atentando para as especificidades dos/as jovens das comunidades tradicionais em áreas de babaçuais.

Resposta: É possível articular especificamente para essas mulheres (em seus municípios) o atendimento por meio do Programa Caminho da Escola. Para tal basta identificar os municípios e escolas que devam ser atendidas.

AS VOZES DAS MARGARIDAS DAS ÁGUAS

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----- DEMANDA 107 -----

Digital: 0003187

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

1) Realizar, em nome das mulheres escalpeladas da Amazônia, medidas mais severas no que diz respeito a exigir dos fabricantes de motores para barcos que possam desenvolver alguma forma de proteção mais eficaz, que possa garantir maior proteção às pessoas que manuseiam;

Resposta: A SPM participa do Conselho Nacional da Pesca e Aquicultura - CONAPE, no âmbito do Ministério da Pesca, e levará ao Conselho o debate sobre a questão no sentido de buscar alternativas, seja através de maior fiscalização, seja pela via legislativa.

----- DEMANDA 108 -----

Digital: 0003188

Destino: MPA - Secretaria-Executiva - MPA/SE

Solicitação:

2) Reconhecer e emitir, obrigatoriamente, de RGP-Registro Geral de Pesca para marisqueiras, pescadoras artesanais (mulheres das marés), sem a obrigatoriedade de comprovação de produção, uma vez que o trabalho da mulher contribui tanto para a subsistência quanto para a renda familiar;

Resposta: Foi feito um amplo debate sobre a alteração do Decreto 8425, envolvendo representantes dos PCTs e governo. O texto foi consolidado e encaminhado para alteração e encontra-se sob a apreciação da Casa Civil.

----- DEMANDA 109 -----

Digital: 0003189

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

3) Garantir que conste das DAPs as especificidades das marisqueira, pescadoras artesanais, mulheres das marés;

Resposta: A SAF se comprometeu em validar nas próximas revisões do Sistema da DAP.

----- DEMANDA 110 -----

Digital: 0003190

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

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4) Capacitar as mulheres em ordenamento ambiental, direito previdenciário e outros temas relacionados à cidadania para melhor incidência das mulheres nos espaços de controle social e de reivindicação de seus direitos, cumprimento de deveres e socializações afins;

Resposta: No período de 2011 a 2014 foram capacitadas em 9.595 mulheres rurais, através de convênio de apoio à autonomia econômica, em atividades de feiras, oficinas, seminários e cursos.

Em 2014, através de Termo de Cooperação com CNPq e MDA, está em execução ações em 65 Territórios da Cidadania, com previsão de articular com 1200 mulheres rurais.

----- DEMANDA 111 -----

Digital: 0003191 e 0003192

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

5) Reconhecer os direitos e conquistas das mulheres das marés, pelas reformas políticas, principalmente territorial, socioambiental e implementação das políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres;

Resposta: A SPM tem atuado junto ao Ministério da Pesca, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Saúde, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e Ministério do Meio Ambiente no tocante à pauta das mulheres das marés, e nesse esforço conjunto, tem desenvolvido atividades nas comunidades ribeirinhas para aprofundar-se nas principais necessidades destas populações e ao mesmo tempo construir estratégias conjuntas para a implementação de políticas públicas que atendam as especificidades das comunidades e povos tradicionais. A primeira rodada de oficinas sobre o Enfrentamento à violência contra as mulheres das águas foi desenvolvida com os Municípios do Arquipélago do Marajó/PA, em maio e junho de 2015.

Destino: SGPR - Departamento de Diálogos Sociais - SGPR/SNAS-SGPR/NI

Resposta: O Governo Federal tem atuado na construção de políticas nacionais específicas para as mulheres das marés, como é o caso da Política Nacional de Saúde das Populações do Campo, Floresta e Águas, bem como na adaptação das planos e programas já existentes para contemplar, de maneira adequada, esse público. O combate à violência contra a mulher, que passa necessariamente pelas ações de garantia do cumprimento da Lei Maria da Penha, e de outras ações de prevenção à violência e ampliação da rede de proteção à mulher, foi uma das prioridades do Governo Federal no 1º governo da presidenta Dilma Rousseff e seguira como prioridade para o 2º mandato. Neste sentido, diversas ações estão sendo construídas de forma intersetorial entre os órgãos envolvidos no tema, em especial o Ministério da Justiça, a Secretaria de Políticas para as Mulheres e o Ministério da Saúde.

----- DEMANDA 112 -----

Digital: 0003545

Destino: SRIPR - Secretaria-Executiva - SRIPR/SE

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Solicitação:

6) Celebrar pactos intersetoriais federativos para que os investimentos em ciências e tecnologias e as políticas públicas de enfrentamento à violência, saúde, educação e previdência social, alcancem as mulheres das marés e seus familiares no território/maritório;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 113 -----

Digital: 0003194

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

7) Agilizar a efetivação da política de controle social, para garantir maior participação e representatividade das mulheres das marés e das águas, em conselhos e comitês gestores, consultivos, propositivos e deliberativos de políticas públicas, tendo por base a polícia de cotas;

Resposta: A SAIAT/SPM, em parceria com a Bancada Feminina da Câmara dos Deputados, Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados e Procuradoria da Mulher do Senado Federal, tem promovido diversas iniciativas para a ampliação da participação das mulheres nos espaços de poder e decisão, que se verificam em ações como a criação do Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos e a Campanha Mulher tome Partido e Mais Mulheres na Política, esta já em sua quinta edição. Essas ações têm permitido sensibilizar agentes políticos e sociais sobre as desigualdades ainda presentes entre mulheres e homens nas disputas eleitorais e nos espaços políticos de decisão no Brasil.

Faz parte também desse esforço a realização de eventos de capacitação de mulheres na temática de democracia e gênero. No momento, está-se planejando, para 2016, a realização de cursos de formação de gestores públicos, de representantes de movimentos feministas e mulheres de vários setores da sociedade, sob a liderança dos Organismos Governamentais estaduais de Políticas para Mulheres. Estes cursos de formação política são intitulados “Gênero, Políticas Públicas e Participação Política” e serão realizados nos 26 estados brasileiros, visando a ampliação da participação das mulheres nos espaços de poder e decisão, podendo haver reservas de vagas para trabalhadoras rurais.

Alguns exemplos de temas e conceitos relacionados às Políticas Públicas para as Mulheres que poderão ser abordados durante os cursos são: relações sociais de gênero, sexualidade, orientação sexual, identidade de gênero; políticas públicas para igualdade e a diversidade das mulheres; relações de gênero, igualdade, discriminações; movimento de mulheres e movimentos feministas; políticas públicas para igualdade de gênero, etnia e raça; políticas e ações afirmativas de raça e gênero; papel do Estado na construção de políticas para a igualdade de gênero, raça e classe; sistema político brasileiro – funcionamento da democracia representativa e sistema eleitoral; história da participação política feminina e da conquista de direitos políticos - esferas pública e privada; preconceito e discriminação enfrentados pelas mulheres no campo político.

----- DEMANDA 114 -----

Digital: 0003195

Destino: MC - Secretaria-Executiva - MC/SE

Solicitação:

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8) Concluir a instalação, manutenção, e funcionamento da política de telecentros nas comunidades de populações das florestas, marés e das águas, facilitando o acesso à comunicação, informação, formação e participação em teleconferências, cursos à distância e demais eventos afins para as mulheres das marés e das águas;

Resposta: Na Nova Política Pública de Inclusão Digital o Ministério das Comunicações assume coordenação das ações de Inclusão Digital do Governo Federal, sendo uma instância de articulação entre as políticas e diversas iniciativas nesta área. Além disso, no âmbito da proposta de revitalização dos pontos de inclusão digital será criada uma plataforma contendo banco de dados e repositórios de conteúdos e formato de aulas e cursos autoinstrucionais, além de espaço para a produção e divulgação de conteúdos desenvolvidos localmente. Assim, pretende-se atingir os grupos em vulnerabilidade social e comunidades remotas.

----- DEMANDA 115 -----

Digital: 0003196

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

9) Não vincular os incentivos ambientais (bolsa verde) aos benefícios e/ou seguros previdenciários (auxílio maternidades, doenças, acidentes);

Resposta: Nos termos do art. 4. da Lei n. 12.512/11, que institui o Programa Bolsa Verde, para participação no programa a família interessada deverá, entre outros, estar: em situação de extrema pobreza, inscrita no Cadastro Único de Programas Sociais – CadÚnico e desenvolver atividades de conservação ambiental em áreas previamente selecionadas. A situação de extrema pobreza (R$ 77/per capita/mensais/família) é calculada a partir da renda bruta mensal declarada de todos os membros da família, levando-se em conta nela os provenientes de: salários, proventos, pensões, pensões alimentícias, benefícios de previdência pública ou privada, seguro desemprego, comissões, pró-labore, outros rendimentos do trabalho não assalariado, rendimentos do mercado informal ou autônomo, rendimentos auferidos do patrimônio, Renda Mensal Vitalícia – RMV, e o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social - BPC. Para que haja qualquer alteração relacionada ao Bolsa Verde, faz-se necessário alterar toda a forma de cálculo da renda já prevista para o Bolsa Família e demais programas do Plano Brasil sem Miséria.

----- DEMANDA 116 -----

Digital: 0003197

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

10) Fomentar debates e criação de comitês gestores de bacias hidrográficas e fazer instalação adequada ambientalmente de abastecimento de água potável nas comunidades de difícil acesso (ranchos pesqueiros, ilhas).

Resposta: A ANA vem fomentando debates e estimulando a criação de Comitês de Bacia, em cooperação com os órgãos estaduais de gestão de recursos hídricos. O abastecimento urbano de água potável é

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atribuição dos municípios. Para comunidades isoladas o Governo Federal desenvolve o programa Água para Todos, coordenado pelo MI, e o programa de cisternas para o semiárido, coordenado pelo MDS, programas com os quais a ANA tem cooperado.

----- DEMANDA 117 -----

Digital: 0003198 e 0003199

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

11) Garantir o tratamento das especificidades da saúde das mulheres que sofrem lesões por exercícios repetitivos (LER), em todas as unidades de saúde e seguro social do INSS (nas esferas nacional, estadual e municipal) ex: remar, tecer panagem, remendar, beneficiar ou manipular produtos da maré, etc.

Resposta: Diversos Cerest (Centros de Referência em Saúde do Trabalhador) no país vem desenvolvendo as ações relativas ao PROTOCOLO DE LER/DORT, inclusive na capacitação dos profissionais da atenção primária em saúde e também realizando ações preventivas.

Destino: MPS - Secretaria-Executiva - MPS/SE

Resposta: Cabe esclarecer melhor a demanda. Caso se trate de pleito em torno de tratamento médico específico, cabe oitiva do Ministério da Saúde. No contexto do RGPS, destaca-se que eventual incapacidade para o trabalho estaria coberta pelo benefício do auxílio-doença.

----- DEMANDA 118 -----

Digital: 0003200

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

12) Garantir cotas específicas no Sistema Único de Saúde - SUS para mulheres e populações das águas e marés e de PCT’s - Povos e Comunidades Tradicionais, para atendimentos médicos/hospitalar e realização de exames de médio e alta complexidade (exemplo: ressonância, tomografia computadorizadas, mamografias, transvaginal/ PCCU e outros);

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 119 -----

Digital: 0003201

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

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13) Garantir apoio para mapeamento das doenças ocupacionais e projetos já existentes na área de saúde da mulher pescadora;

Resposta: Os Cerest (Centros de Referência em Saúde do Trabalhador) estão realizando ações de matriciamento às ações de Saúde do Trabalhador na rede de serviços da atenção básica, com foco na capacitação dos protocolos relativos às doenças e acidentes relacionados ao trabalho, na forma das Portarias GM/MS nº 1.271/14 e nº 1.984/14 e também acolhimento dos Trabalhadores e trabalhadoras, com base na Política Nacional de saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNST).

Em especial, os 10 Cerest voltados prioritariamente à essa população vêm desenvolvendo ações a partir da análise dos territórios de sua abrangência, como dos territórios de sua abrangência, como é o caso do Cerest de Rio Verde (GO), que está se programando para desenvolver o mapeamento das atividades produtivas do município Sede e Região, considerando as especificidades locais e análise da situação de saúde dos trabalhadores (as), especialmente no caso de intoxicação por agrotóxicos que envolveu uma escola rural em assentamento naquele município.

Os 10 Cerest voltados prioritariamente às populações do Campo e da Floresta implantados no país já receberam, em seu conjunto, de 2012 a 2015, em torno de R$ 6.230.000,00 (seis milhões, duzentos e trinta mil reais). Esse recurso destina-se ao custeio de suas ações, inseridas aí as de promoção à saúde, prevenção às doenças e acidentes relacionados ao trabalho, diagnóstico e vigilância em saúde do trabalhador.

----- DEMANDA 120 -----

Digital: 0003202

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

13) Mapear as doenças ocupacionais e projetos já existentes na área de saúde da mulher pescadora;

Resposta: Esta demanda está inserida no conjunto das atividades propostas no Plano de Ação do Termo de Cooperação entre o Ministério da Saúde e Ministério da Pesca, atualmente em fase de finalização.

----- DEMANDA 121 -----

Digital: 0003203

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

14) Garantir ações de planejamento familiar, com foco no uso e distribuição de preservativos, priorizando o feminino (garantindo o debate sobre descriminalização do aborto e o reconhecimento deste na causa de saúde pública);

Resposta: Por se tratar de um insumo que tem custo alto, o preservativo feminino é distribuído a partir de uma estratégia distinta à utilizada com o preservativo masculino, considerando critérios específicos de vulnerabilidade na definição dos segmentos femininos prioritários e na forma de acessá-los. E, considerando que o preservativo feminino deve abranger todos os serviços da rede SUS e projetos da

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sociedade civil parceiras, foi necessário estabelecer critérios de vulnerabilidade e situação de risco em que se encontram as mulheres para definir sua distribuição. São elas:

1. Profissionais do sexo: estão em relações desiguais de poder, nas quais o sexo desprotegido alcança um valor mais alto no mercado sexual. Além disso, sofrem maior exposição ao risco de infecção pelo exercício do seu trabalho.

2. Mulheres em situação de violência doméstica e/ou sexual: nesse caso, a epidemia está associada à ausência de relações sexuais seguras, em que pese o fato de que não sejam acontecimentos sobrepostos, mas pode-se inferir uma interface, pelo menos de uma mútua nutrição, entre um fenômeno e outro.

3. Mulheres soropositivas e parceiras de homens soropositivos: pela clara necessidade de que essas mulheres precisam se proteger de uma reinfecção tanto quanto proteger seus parceiros e se protegerem.

4. Mulheres usuárias de drogas e parceiras de usuários de drogas injetáveis: as drogas tornam as pessoas mais vulneráveis a situações de risco, inclusive ao cuidado com a própria saúde e de seus parceiros.

5. Mulheres com DST e mulheres de baixa renda, usuárias dos serviços de atenção a saúde da mulher: que percebam-se em risco a partir da aquisição de uma DST e/ou tenham dificuldade de negociar o uso do preservativo masculino com seus parceiros.

----- DEMANDA 122 -----

Digital: 0003204

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

15) Implantar farmácias vivas, reconhecendo o patrimônio genético de saberes e fazeres das comunidades de pescadores e marisqueiras e de PCTs;

Resposta: Como estratégia para implantação de farmácias vivas a PINPIC disponibiliza o curso de Gestão em PICs na Comunidade de Práticas (CdP) - https://cursos.atencaobasica.org.br/courses/7803. Este curso, além das farmácias vivas, traz experiências de locais que implantaram diversos serviços que ofertam PICs e um passo a passo do processo de implantação. O DAB, em 2013, publicou edital de chamamento público no valor de R$ 2 milhões, de apoio ao fortalecimento de ações e serviços de PICs, contemplando 17 propostas entre Estados e municípios, atualmente encontram-se em fase de execução. Para além disso, o Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) coordena a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. A Portaria Interministerial nº 2.960/2008 instituiu o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, coordenado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. O Comitê é formado por representantes do governo e da sociedade civil e tem a missão de monitorar e avaliar o Programa Nacional, assim como de verificar a ampliação das opções terapêuticas aos usuários e a garantia de acesso a plantas medicinais e fitoterápicos e serviços relacionados pelo SUS. Dentre outras ações, o Comitê vai acompanhar as iniciativas de promoção à pesquisa, desenvolvimento de tecnologia e inovações nas diversas etapas da cadeia produtiva. Assim como, publicação de editais de apoio ao desenvolvimento de projetos em arranjos produtivos locais.

----- DEMANDA 123 -----

68

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Digital: 0003206

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação

:

16) Distribuir protetores diferenciados: a) Roupas de proteção (tecido específico, modelo de ciclista); b) Protetores visuais (óculos, viseiras); c) Repelentes naturais; d) Protetor solar;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 124 -----

Digital: 0003207

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

17) Sistematizar e publicar resultados de estudos e experiências positivas sobre o uso plantas medicinais;

Resposta: A PNPIC disponibiliza dois cursos voltados às PICs, sendo um deles sobre Plantas medicinais e fitoterápicos para ACS: https://cursos.atencaobasica.org.br/courses/7802 e outro sobre gestão em PICs: https://cursos.atencaobasica.org.br/courses/7803. Ambos disponíveis na Comunidade de Práticas (CdP): https://atencaobasica.org.br. Além disso, estão em fase de formulação dois cursos sobre Plantas Medicinais e Fitoterápicos, voltados para profissionais de nível superior da AB, um deles via CdP, sem limite de vagas e outro para 1000 trabalhadores prescritores via moodle. As PICs estão presentes em diversos Cadernos de Atenção Básica como estratégia de cuidado. Em 2013 o Departamento de Atenção Básica em parceria com o DECIT/CNPq publicou edital de fomento a projetos de pesquisa em PICs, no valor de R$ 2 milhões, aprovando 27 propostas que encontram-se em desenvolvimento com resultados para posterior publicação no ano de 2016.

----- DEMANDA 125 -----

Digital: 0003210, 0003211 e 0003536

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

18) Construir e implementar projetos voltados a mulheres extrativistas – Kit Marisqueira, unidade de beneficiamento coletivo para as mulheres da pesca, da maré e de PCT’s;

Resposta: Há um Acordo de cooperação vigente entre Ministério da Saúde e Ministério da Pesca e Aquicultura. Além disso, há projeto de Pesquisa com a Universidade Federal da Bahia que capacitará diretamente 440 mulheres das águas e 50.000 indiretamente beneficiadas sobre o direito à saúde e a participação social.

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

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Resposta: A SPM/PR apoia projetos de organizações produtivas de mulheres, de forma a estimular a autonomia econômica das mulheres, empreendedorismo, aquisição de equipamentos, inserção no mundo do trabalho, além do desenvolvimento de ações ligadas ao enfrentamento à violência, dentre outros temas. É preciso acompanhar a abertura dos editais diretamente no site da SPM e inserir os projetos no SICONV. Segue o link: http://www.spm.gov.br/sobre/editais.

Destino: MPA - Secretaria-Executiva - MPA/SE

Resposta: O MPA possui equipamentos públicos de processamento de pescado para fomentar a pesca e aquicultura no país, mas sem recortes específicos de gênero. Contudo, há a possibilidade de alinhamento dessa política, dependendo do planejamento interno e da disponibilidade orçamentária, com as demandas das mulheres pescadoras organizadas.

----- DEMANDA 126 -----

Digital: 0003537

Destino: MPA - Secretaria-Executiva - MPA/SE

Solicitação:

19) Garantir que os produtos já existentes sejam readequados com a participação da secretaria de mulheres da CONFREM e executados para mulheres extrativistas – Kit marisqueiras, unidade de beneficiamento coletivo para as mulheres.

Resposta: O MPA possui equipamentos públicos de processamento de pescado para fomentar a pesca e aquicultura no país, mas sem recortes específicos de gênero. Contudo, há a possibilidade de alinhamento dessa política, dependendo do planejamento interno e da disponibilidade orçamentária, com as demandas das mulheres pescadoras organizadas.

----- DEMANDA 127 -----

Digital: 0003214

Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Solicitação:

20) Incluir os produtos das reservas costeiras e marinhas na política de garantia do preço mínimo, reconhecendo e dando visibilidade e fomento necessário para o desenvolvimento das mulheres na cadeia produtiva e na agregação de valor nestes produtos, qualificando-os no sistema das políticas de soberania alimentar e erradicação da forme;

Resposta: A inclusão de novos produtos na pauta da PGPMBio depende de aprovação no Grupo Gestor, coordenado pelo MMA. Cabe a Conab elaborar estudos propostos pelo Grupo Gestor. Há necessidade de alterar a legislação para inclusão de produtos extrativos de origem animal.

----- DEMANDA 128 -----

Digital: 0003216

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Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

21) Garantir o reconhecimento e dar visibilidade e fomento necessário para o trabalho desenvolvimento pelas mulheres na cadeia produtiva;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas

----- DEMANDA 129 -----

Digital: 0003217

Destino: MTur - Secretaria-Executiva - MTur/SE

Solicitação:

22) Fortalecer e ampliar as ações de turismo de base comunitária e apoio às organizações das mulheres das marés, da pesca e de PCT’s, garantindo incentivo e divulgação dos projetos;

Resposta: O Ministério do Turismo prevê em seu Plano Nacional do Turismo (2013/2016) os Programas de integração da produção associada na cadeira produtiva do turismo e de fomento ao turismo de base comunitária que buscam o apoio à ações que estimulem o desenvolvimento sustentável da atividade turística, cujas ações encontram-se detalhadas no âmbito dos Programas de Sustentabilidade - “Apoio a projetos para a integração dos produtos associados ao destino turístico; e fomento a projetos de desenvolvimento turístico local e inclusão social”, constantes da Portaria MTur nº 112, de 23 de maio de 2013.

Ainda, no âmbito do Programa 2076 – Turismo está previsto para o Plano Plurianual 2016-2019 a iniciativa “Estímulo e valorização da produção associada ao turismo para a inclusão produtiva” que tem como objetivo apoiar ações de identificação, aperfeiçoamento e promoção de produtos locais com diferencial regional, ofertados pela comunidade de municípios ou regiões turísticas reconhecidas como destino turístico promovendo geração de trabalho, renda e valorização da cultura local.

Assim, a demanda encontra respaldo no Plano Nacional de Turismo uma vez que poderão ser beneficiadas pessoas que desenvolvam atividades associadas ao turismo tais como: o artesanato, a gastronomia brasileira, a produção agroindustrial e agroecológica, as manifestações culturais e gemas e joias. Propiciando o desenvolvimento socioeconômico de atores locais por meio da valorização de suas atividades associadas ao turismo: agricultores familiares, artesãos, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores que exerçam a atividade pesqueira artesanalmente, indígenas, integrantes de comunidades remanescentes de quilombos e demais povos e comunidades tradicionais, microempreendedores individuais, pequenos empreendedores e empreendedores econômicos solidários.

----- DEMANDA 130 -----

Digital: 0003218 e 0003219

Destino: MPA - Secretaria-Executiva - MPA/SE

Solicitação:

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23) Construir com as mulheres das marés o debate sobre o período do defeso e do seguro para o caranguejo-uçá, de acordo com a natureza desse;

Resposta: Os debates sobre normas, critérios e padrões para o uso sustentável dos recursos pesqueiros serão tratados por meio do Sistema de Gestão Compartilhada, com representantes do Estado e da Sociedade Civil (vide Decreto nº 6.981, de 2009). No caso do caranguejo-uçá, o debate será realizado no âmbito da Câmara Técnica dos recursos pesqueiros Estuarinos e Lagunares. Desta forma, as vozes das margaridas das águas podem indicar uma representante para participar da Câmara Técnica e, consequentemente, debater sobre as medidas de ordenamento do caranguejo-uçá. A indicação deve ser realizada até o dia 20 de agosto de 2015, para que seja possível publicarmos o ato normativo criando a Câmara Técnica.

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Resposta: O projeto manguezais do Brasil juntamente com parceiros da academia, sociedade civil e o MPA, vem organizando alguns encontros para discussão do tema.

----- DEMANDA 131 -----

Digital: 0003221

Destino: MPA - Secretaria-Executiva - MPA/SE

Solicitação:

24) Garantir a criação de políticas públicas para os períodos de defeso do caranguejo uçá junto às organizações de base comunitária e a implementação das mesmas;

Resposta: Os debates sobre normas, critérios e padrões para o uso sustentável dos recursos pesqueiros serão tratados por meio do Sistema de Gestão Compartilhada, com representantes do Estado e da Sociedade Civil (vide Decreto nº 6.981, de 2009). No caso do caranguejo-uçá, o debate será realizado no âmbito da Câmara Técnica dos recursos pesqueiros Estuarinos e Lagunares. Desta forma, as vozes das margaridas das águas podem indicar uma representante para participar da Câmara Técnica e, consequentemente, debater sobre as medidas de ordenamento do caranguejo-uçá. A indicação deve ser realizada até o dia 20 de agosto de 2015, para que seja possível publicarmos o ato normativo criando a Câmara Técnica.

----- DEMANDA 132 -----

Digital: 0003222

Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Solicitação:

25) Qualificar produtos das reservas costeiras e marinhas no sistema das políticas de soberania alimentar e da erradicação da fome, garantindo preço mínimo, para dar visibilidade e fomento necessário para o desenvolvimento das mulheres na cadeia produtiva;

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Resposta: Alguns produtos alimentares oriundos das reservas costeiras e marinhas são adquiridos pelo DAA em pequenas quantidades. A inclusão de novos produtos na pauta da PGPMBio depende de aprovação no Grupo Gestor, coordenado pelo MMA. Cabe a Conab elaborar estudos propostos pelo Grupo Gestor. Há necessidade de alterar a legislação para inclusão de produtos extrativos de origem animal.

----- DEMANDA 133 -----

Digital: 0003223

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

26) Garantir equipamentos para realização de mini-feiras para a comercialização dos produtos das mulheres extrativistas das águas, das marés e de PCT1’s nos espaços das UCs;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas

----- DEMANDA 134 -----

Digital: 0003224

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

27) Instituir selo de qualidade a produtos das reservas costeiras e marinhas possibilitando o preço justo na comercialização do mercado local e institucional;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas

----- DEMANDA 135 -----

Digital: 0003225 e 0003226

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

28) Dar às vítimas de escalpelamento uma assistência social e de saúde diferenciada, composto por cirurgia plástica reparadora ou implante capilar e acompanhamento psicológico, quando necessário, e realizar políticas de inclusão produtiva para as mulheres vítimas do escalpelamento. O escalpelamento (arrancamento brusco e acidental do escalpo humano) ocorre quando o cabelo enrosca e é puxado e arrancado por motores de grande rotação e sem proteção. Além de escalpelar, esses motores também podem arrancar orelhas, sobrancelhas e enormes partes da pele do rosto e do pescoço, provocando deformações graves e até a morte, comum nos estados do Amapá e no Pará.

Resposta: Há projeto desde 2013 com objetivo de fornecer prótese auricular implanto suportada às vítimas de escalpelamento nos Estados do Amapá e do Pará (cirurgia reparadora com prótese implanto suportada). O tempo de execução das cirurgias reparadoras é de 6 meses para o Estado do AP e 12 meses

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para o PA. O recurso financeiro necessário para essa execução dessa ação foi de R$ 171.294,84, sendo R$ 44.205,12 para o AP e R$ 127.089,72 para o PA, e foi repassado ao teto de média e alta complexidade dos referidos Estados, por meio da Portaria GM/MS nº 2.168/2013.

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Resposta: Em termos gerais, a Coordenação-Geral de Saúde da SPM/PR está, em parceria com o Ministério da Saúde e o UNFPA (Fundo das Nações Unidas para População), no processo de construção de iniciativas que contemplam vários segmentos de mulheres, dentre eles as mulheres do campo, das florestas e das águas.

AS VOZES DAS MARGARIDAS QUILOMBOLAS

----- DEMANDA 136 -----

Digital: 0003227

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

1) Desburocratizar e agilizar o processo de regularização fundiária, pois a morosidade implica no aumento dos conflitos nos territórios. Que a demarcação dos territórios quilombolas seja colocado na pauta da Casa Civil da Presidência da República com urgência;

Resposta: O Programa Terra Legal está planejando as seguintes ações para agilizar a regularização fundiária na Amazônia Legal:

1. A implementação de Mutirões de titulação Fundiária, que atuarão sobretudo nas áreas de conflito de nteresse, para realizar a mediação e efetivar de forma expedita e definitiva todas as etapas da regularização fundiária e ambiental;

2.O aperfeiçoamento do Marco Legal de regularização fundiária para dar maior celeridade e efetividade;

3.A automatização do processo de destinação, com simplificação do cadastro de ocupantes e tramitação eletrônica de documentos, incluindo a consulta e a manifestação de outros órgãos;

4. A digitalização, catalogação e vetorização do antigo acervo fundiário das glebas federais para permitir maior controle e precisão nos trabalhos;

5. A regulamentação do uso do sensoriamento remoto para o georreferenciamento de grandes áreas rurais, reduzindo o trabalho de campo;

6. A implantação de um novo sistema de destinação de terras públicas federais.

----- DEMANDA 137 -----

Digital: 0003228

Destino: SGPR - Departamento de Diálogos Sociais - SGPR/SNAS-SGPR/NI

Solicitação:

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2) Arquivar a Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI 3239, que questiona a constitucionalidade do Decreto 4887/2003;

Resposta: O Arquivamento solicitado é matéria de competência do poder judiciário.

----- DEMANDA 138 -----

Digital: 0003229

Destino: SGPR - Departamento de Diálogos Sociais - SGPR/SNAS-SGPR/NI

Solicitação:

3) Articular a base de apoio do governo para não aprovar a Emenda Constitucional - PEC 215 que dispõe sobre demarcação de terras indígenas, transferindo essa competência do Poder Executivo para o Poder Legislativo;

Resposta: O Governo Federal por diversas vezes reiterou seu posicionamento contrário à aprovação da PEC 215. Entretanto, a análise da medida é de competência do Congresso Nacional.

----- DEMANDA 139 -----

Digital: 0003230

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

4) Assegurar efetividade e funcionalidade às Mesas quilombolas de diálogo nos estados, garantindo a representação dos quilombolas com voz ativa nas superintendências regionais do INCRA;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas

----- DEMANDA 140 -----

Digital: 0003231

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

5) Lançar editais específicos, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, para que as associações quilombolas nos estados da federação, possam investir em agroecologia.

Resposta: O MDA por meio da Coordenação Geral de Povos e Comunidades tradicionais (CGCPT) tem realizado as chamadas públicas de ATER especificas para quilombolas, com foco na agroecologia e etnodesenvolvimento.

----- DEMANDA 141 -----

Digital: 0003232

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Destino: MinC - Secretaria-Executiva - MinC/SEX

Solicitação:

6) Criar nos estados, superintendências ou órgão estaduais da Fundação Cultural Palmares.

Resposta: A Fundação Cultural Palmares de acordo com o "Decreto Nº 4.887, de 20 de Novembro de 2003 - Compete ao Ministério da Cultura, por meio da Fundação Cultural Palmares, assistir e acompanhar o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o INCRA nas ações de regularização fundiária, para garantir a preservação da identidade cultural dos remanescentes das comunidades dos quilombos, bem como para subsidiar os trabalhos técnicos quando houver contestação ao procedimento de identificação e reconhecimento previsto neste Decreto". AÇÃO: Neste sentido, para além desta atribuição, estamos planejando em parceria com o SEBRAE, um Termo de Cooperação Técnica no mês de Setembro, para a realização de um levantamento das Comunidades Quilombolas que possuem aptidão e produtos sustentáveis, com esta identificação faremos capacitações e formações para o afroempreendedorismo cultural de seus produtos como forma de gerar ativos econômicos, uma vez que estas comunidades tem demando esta ação junto a Fundação Cultural Palmares. Estas ações serão acompanhadas, mobilizadas e fiscalizadas pelas Representações Regionais da Fundação Cultural Palmares.

----- DEMANDA 142 -----

Digital: 0003233

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

7) Intervenção, pelo Ministério da Educação - MEC, nas Secretarias estaduais e municipais exigindo cumprimento da Lei 10.639-2003 e principalmente, para que as escolas quilombolas não sejam fechadas para contenção de despesas nos estados e municípios.

Resposta: O Ministério da Educação, elaborou o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, o referido Plano foi elaborado com a efetiva participação dos movimentos sociais e dos sistemas de ensino, tem como finalidade a efetivação da Educação para as Relações Étnico-Raciais, a compreensão e cumprimento das Leis 10.639, de 2003, da Resolução CNE/CP nº 01, de 2004 e do Parecer CNE/CP 03, de 2004.

Para a efetivação da Educação para as Relações Étnico-Raciais, o MEC vem fomentando a Formação Continuada de Professores e a elaboração e distribuição de materiais didáticos e paradidáticos para a educação básica.

Vale ressaltar ainda, que o Ministro da Educação, homologou as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, que orientam os sistemas de ensino e que a Educação Escolar Quilombola, deve considerar a história e a cultura das comunidades remanescentes de quilombos. Para a implementação das Diretrizes o MEC vem apoiando a formação de professores e a elaboração e distribuição de materiais didáticos e paradidáticos para efetivação das referidas diretrizes em sala de aula.

----- DEMANDA 143 -----

Digital: 0003234

76

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Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

8) Possibilitar o acesso aos programas de atendimento à saúde, dando atenção especial à saúde das mulheres negras, com atendimento às doenças: anemia falciforme, hipertensão, diabetes, miomas, câncer e glaucoma, acesso efetivo ao pré-natal e a outras ações necessárias durante a gestação;

Resposta: Através da portaria nº 140/2014, a organização da rede de atenção às pessoas com doenças crônicas, no eixo da oncologia, deve ser realizada, pelos estados e municípios, através de um plano de ação estadual em oncologia, o qual deve auxiliar a disposição de recursos financeiros e de equipamentos em saúde nas regiões de saúde do território, considerando os fluxos assistenciais, os vazios e as responsabilidades de todos os componentes, tais como Atenção Básica, Atenção Especializada, Sistemas de Apoio, Regulação, Sistemas Logísticos e de Governança. A ampliação de unidades e cálculo de impacto financeiro para a produção dos procedimentos conforme parâmetros de portaria serão calculados a partir deste diagnóstico e planejamento loco-regional.

Atualmente, são 283 hospitais habilitados para realizar tratamento de câncer no SUS e o prazo de entrega dos planos, pelos estados, é agosto de 2015.

Na vida da mulher, a doença falciforme tem grande repercussão, principalmente no período reprodutivo, incorrendo em uma gravidez de alto risco. Por ser uma doença passível de gerar li¬mitações, algumas mulheres sofrem por se verem incapacita¬das para o trabalho e terem sua imagem comprometida (devido aos sintomas) afetando, assim, sua autoestima, inclusive por possuírem consequências na maturação sexual. Essa condição de saúde requer acompanhamento ginecológico regular, que poderá ser realizado em diversos serviços da rede de atenção, seja os de planejamento re¬produtivo pré-natal, os de parto e puerpério, os que ofertam cuidados relacionados à DST, câncer do colo do útero e mama, dentre outras necessidades. Por desconhecimento dos profissionais de saúde, muitas mulheres com doença falciforme são excluídas dos serviços de saúde, permanecendo vulneráveis às comorbidades e outros prejuízos.

No intuito de contribuir com a redução da morbimortalidade materna, uma importante ação do Ministério da Saúde, com a implantação da Rede Cegonha, foi a inclusão da eletroforese de hemoglobina na rotina de exames do pré-natal para todas as gestantes do país, devido a possibilidade de mulheres em idade fértil terem a doença e ainda não terem sido diagnosticadas.

Os medicamentos e imunobiológicos (vacinas) que compõem a rotina do tratamento da Doença Falciforme estão disponíveis nos Serviços de Saúde do SUS. Fazem parte desse elenco, o ácido fólico (de uso contínuo), penicilina oral ou injetável (obrigatoriamente até os 5 anos de idade para prevenção de infecção bacteriana), antibióticos, analgésicos e antinflamatórios (nas intercorrências). Além disso, nas emergências do SUS estão disponíveis medicamentos e exames para atendimento imediato às intercorrências da doença.

Por fim, cabe ressaltar que a atenção integral deve contemplar também o seu grupo familiar, incluindo temas sobre o autocuidado, sobre a doença propriamente dita e sobre o traço falciforme.

O diagnóstico precoce, a atenção integral e de qualidade à saúde das mulheres e a orientação genética para as suas famílias, são ferramentas importantes para contribuir para a melhoria da qualidade de vida e o aumento da longevidade das pessoas com Doença Falciforme.

Da parte do Secretaria da Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, tem- se promovido ações através da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, que dão visibilidade e melhoram

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o acesso dessa população no Sistema Único de Saúde, como por exemplo: Campanha de Combate ao Racismo Institucional; apoio as ações de promoção de saúde nos terreiros; criação do comitê técnico da saúde da população negra e o Projeto Protagonismo Quilombola na Luta por Saúde e Direitos Sociais, em parceria com a Fiocruz e a Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Quilombolas - CONAQ.

----- DEMANDA 144 -----

Digital: 0003235

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

9) Garantir postos de saúde, com estrutura adequada e profissionais treinados/as capacitados/as nas comunidades que respeitem às práticas tradicionais de cuidado;

Resposta: No tocante às ações de responsabilidade da Secretaria de Gestão e Participativa do Ministério da Saúde, está sendo implementado o Projeto Protagonismo Quilombola na Luta por Saúde e Direitos Sociais este projeto teve início em junho de 2014 e terá duração de 24 meses, atenderá as cinco regiões brasileira, contará com 300 participantes e tem como público alvo: lideranças comunitárias quilombolas, profissionais de saúde e técnicos. O valor a ser investido será de R$ 2 milhões de reais.

----- DEMANDA 145 -----

Digital: 0003236

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

10) Realizar ações de apoio às atividades culturais e produtivas, assim como de cursos profissionalizantes, para as jovens quilombolas, como incentivo à manutenção da juventude nas comunidades;

Resposta: O Ministério da Educação apoia os Sistemas de Ensino e os Institutos Federais no desenvolvimento de ações dentro do Programa Mais Educação, PRONATEC e Brasil Alfabetizado.

----- DEMANDA 146 -----

Digital: 0003237

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

11) Implementar as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Escolar Quilombola, que foi uma importante conquista do movimento, mas que ainda enfrenta o desafio de ser efetivada nos estados e municípios e de respeitar a diversidade cultural das comunidades. Destacamos que somos muitas mulheres quilombolas na área da educação e temos condições de assumir a educação quilombola em nossos estados;

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Resposta: O MEC apoia cursos a formação continuada de professores, com cursos de aperfeiçoamento em educação escolar quilombola e a distribuição de materiais didáticos e paradidáticos para efetivação das referidas diretrizes em sala de aula. Atualmente há cursos em andamento em 9 universidades Federais de aperfeiçoamento em educação escolar quilombola.

----- DEMANDA 147 -----

Destino: SEPPIR - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

Solicitação:

12) Apoiar e estruturar adequadamente as comunidades, possibilitando o trabalho, a produção e a renda nas comunidades quilombolas;

Resposta: Temos atuado para priorizar o recorte de gênero nas ações do Programa Brasil Quilombola e nas ações do Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, cuja segunda edição vem sendo construída. Ao mesmo tempo, temos incidido para fomentar a adesão das mulheres quilombolas ao Selo Quilombos do Brasil.

----- DEMANDA 148 -----

Digital: 0003238

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

13) Garantir o cumprimento da Lei 10.639/2003, contribuindo para que possamos conhecer nossa história e mostrar a importante contribuição do povo negro quilombola na formação do Brasil;

Resposta: O Ministério da Educação, elaborou o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, o referido Plano foi elaborado com a efetiva participação dos movimentos sociais e dos sistemas de ensino, tem como finalidade a efetivação da Educação para as Relações Étnico-Raciais, a compreensão e cumprimento das Leis 10.639, de 2003, da Resolução CNE/CP nº 01, de 2004 e do Parecer CNE/CP 03, de 2004.

Para a efetivação da Educação para as Relações Étnico-Raciais, o MEC vem fomentando a Formação Continuada de Professores e a elaboração e distribuição de materiais didáticos e paradidáticos para a educação básica.

Vale ressaltar ainda, que o Ministro da Educação, homologou as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, que orientam os sistemas de ensino e que a Educação Escolar Quilombola, deve considerar a história e a cultura das comunidades remanescentes de quilombos. Para a implementação das Diretrizes o MEC vem apoiando a formação de professores e a elaboração e distribuição de materiais didáticos e paradidáticos para efetivação das referidas diretrizes em sala de aula.

----- DEMANDA 149 -----

Digital: 0003239

79

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Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

14) Redefinir critérios de acesso à Declaração de Aptidão – DAP para as comunidades quilombolas que estão em processo de titulação dos territórios, para que essas não percam o direito às políticas públicas pela falta do documento da terra;

Resposta: A partir da Portaria MDA nº 90, de 31 de outubro de 2013, o INCRA passou a ser mais uma das entidades que estão aptas a emitir DAP ao público quilombola. Há ainda a Portaria n° 21, de 27 de março de 2014, que estabelece o público beneficiário do PRONAF e o tipo de DAP que poderá ser concedida. Aos quilombolas é a DAP do grupo B e jurídica.

----- DEMANDA 150 -----

Digital: 0003240

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

15) Acelerar o reconhecimento das áreas de quilombos com a titulação das terras às famílias, garantindo o acesso às políticas públicas de ATER, de crédito, PNHR, entre outras.

Resposta: INCRA: Até a presente data o INCRA publicou 190 Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação (RTID), primeira fase da regularização fundiária de territórios quilombolas. Até julho desse ano foram 13 RTIDs. Quanto ao reconhecimento de territórios, o INCRA publicou 100 Portarias de Reconhecimento. Em 2015 já somam 4 portarias. Os decretos de interesse social alcançaram 73, com a publicação de 10 em 2015. Quanto à titulação, foram entregues 189 títulos a 142 Territórios Quilombolas, beneficiando 232 comunidades.

AS VOZES DAS MARGARIDAS INDÍGENAS

1. Terra/Território

----- DEMANDA 151 -----

Digital: 0003241

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

a) A imediata demarcação e homologação das terras indígenas em processo de regularização, bem como extrusão de não indígenas das terras indígenas. A segurança alimentar e nutricional está diretamente relacionada com a posse plena do território suficiente para cultivo, pesca, coleta, produção de alimentos e reprodução física e cultural.

Resposta: Após a realização de grande avanço no reconhecimento dos direitos territoriais indígenas na Amazônia Legal, por meio das demarcações já realizadas, o Estado brasileiro tem atuado no reconhecimento desses direitos nas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro Oeste, onde há avançado processo de colonização e de exploração econômica e a malha fundiária se mostra mais intrincada.

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Nessas regiões se verifica, atualmente, a maior ocorrência de conflitos fundiários e disputas pela terra, o que impõe ao Estado brasileiro o desafio de promover as demarcações das terras indígenas, sem desconsiderar as especificidades do processo de colonização, ocupação e titulação das áreas. Neste sentido, a despeito das dificuldades políticas, judiciais e institucionais para o reconhecimento dos direitos territoriais dos povos indígenas (demarcação e proteção territorial), o Ministério da Justiça vem trabalhando na linha de mediar os conflitos existentes, visando minimizar o processo de judicialização que, além de arrastar o problema por décadas, vem se mostrando prejudicial aos povos indígenas, com muitas decisões contrárias às demarcações.

----- DEMANDA 152 -----

Digital: 0003242

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

b) A garantia da proteção e gestão ambiental em terras indígenas. Nos territórios indígenas onde há preservação do ecossistema, garantir sua preservação como fonte de recursos alimentares, medicinais e para artesanato. Nas áreas degradadas, desenvolver ações para reflorestamento e manejo ambiental, como também garantir uma compensação por danos ambientais e culturais, em razão da exploração e devastação da terra.

Resposta: Foi elaborado em 2014 e início do ano de 2015 o Plano Integrado de Implementação da PNGATi, no qual o Ministério do Meio Ambiente assume, em suas diversas áreas, diferentes ações voltadas à promoção da gestão ambiental e territorial em Terras Indígenas, incluindo o monitoramento e recuperação ambiental e implementação de projetos voltados a promoção da Sociobiodiversidade.

----- DEMANDA 153 -----

Digital: 0003243

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

c) O cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual 2012-2015, e no Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, para a regularização das terras indígenas. As metas do PPA para o período são 56 terras indígenas delimitadas pela Funai, 45 terras indígenas declaradas pelo Ministério da Justiça e 40 terras indígenas 4 homologadas pela Presidência da República. Até novembro de 2013 atingimos apenas 36% da meta de delimitações, 11% de declarações e 20% de homologações.

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas

2. Funai

---- DEMANDA 154 -----

Digital: 0003244

81

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Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

a) Fortalecer a Funai, garantindo orçamento e um número suficiente de técnicos capacitados, nas várias profissões, para atender todos os povos indígenas em seus territórios.

Resposta: É de interesse do Ministério da Justiça que seus órgãos vinculados sejam institucionalmente fortes. Neste sentido, tem desprendidos todo esforço necessário para assegurar a FUNAI eficiente e efetiva a fim de oferecer resultados positivos para a população.

----- DEMANDA 155 -----

Digital: 0003245

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

b) Garantir concursos com cotas para profissionais indígenas da própria região.

Resposta: A questão das cotas é de responsabilidade dos estados.

----- DEMANDA 156 -----

Digital: 0003246

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

c) Garantir 20% de cotas para mulheres indígenas nas Coordenações Regionais.

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas

----- DEMANDA 157 -----

Digital: 0003247

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

d) Articulação da Funai com a Advocacia Geral da União e Defensoria Pública, nas Coordenações Regionais, para aprimorar o acesso dos povos indígenas à Justiça. A Funai deve capacitar os agentes de órgãos oficiais para trabalhar com a questão indígena.

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas

3. Políticas Públicas

----- DEMANDA 158 -----

82

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Digital: 0003248 e 0003250

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

a) A garantia do mercado institucional, para que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) inclua alimentos de uso cultural, consultando associações de pais e mestres. Todos os produtos devem ser comprados no município. E, também, que as comunidades indígenas possam comercializar mais facilmente seus produtos via Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), considerando as especificidades dos povos indígenas e da região em que vivem.

Resposta: Resolução nº 26/FNDE, de 17.06.2013, garante a inclusão de alimentos que fazem parte dos padrões alimentares das comunidades e os cardápios da alimentação escolar elaborados deverão utilizar gêneros alimentícios básicos, de modo a respeitar as referências nutricionais, os hábitos alimentares, a cultura alimentar da localidade e pautar-se na sustentabilidade, sazonalidade e diversificação agrícola da região e na alimentação saudável e adequada atendendo a especificidades culturais das comunidades indígenas. Do recursos repassados pelo PNAE, no mínimo 30% devem ser aplicados na aquisição de gêneros produzidos pelas próprias comunidades e os alimentos adquiridos com estes recursos dispensam procedimentos licitatórios.

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Resposta: De 2011 a 2014 o PAA adquiriu mais de R$ 11 milhões em produtos ofertados por 2.764 agricultores indígenas. Apesar dos avanços, este DECOM/SESAN entende que há ainda grande potencial de crescimento, que depende de ações intersetoriais com destaque para ações de ATER e fomento. Ressaltamos que o PAA tem envidado esforços no sentido de promover a inclusão produtiva dos povos indígenas, conforme destacado em diversos instrumentos legais do PAA, como resoluções, Termo de cooperação MDS/CONAB e Termo de adesão. Ainda, a SESAN tem apoiado a divulgação e a realização de aquisições na modalidade Compra Institucional do PAA, que prioriza a aquisição dos alimentos das comunidades indígenas para ampliação da comercialização de seus produtos. Cabe destacar, também, que entre os objetivos do Programa Temático de Segurança Alimentar do Plano Plurianual - PPA 2016/2019 está o objetivo de combater a insegurança alimentar e nutricional que persiste em grupos populacionais específicos, com ênfase em povos e comunidades tradicionais. O atendimento a este objetivo do PPA envolve, entre outros aspectos, a inclusão produtiva para povos indígenas. Existem tratativas, que estão em curso junto ao MDA, no sentido de que é importante que se estabeleça formas de cadastro, a exemplo da DAP, e assistência técnica compatíveis com a realidade indígena regional, a fim de que o acesso desses povos ao PAA seja ampliado.

----- DEMANDA 159 -----

Digital: 0003251

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

b) A garantia de acesso ao crédito, de acordo com as especificidades dos povos indígenas.

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

83

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----- DEMANDA 160 -----

Digital: 0003252

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

c) Queremos a efetivação da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Agricultura Familiar Indígena (DAP-I), com a responsabilização do órgão competente, e a formação de técnicos agrícolas indígenas.

Resposta: Através da Portaria MDA nº 94/2012, foi instituída a DAP-I, específica para indígenas, e tem como finalidade: ampliar o acesso às Políticas Públicas não creditícias dirigidas à agricultura familiar, como o PAA e o PNAE, abrindo novos mercados para a produção familiar e da comunidade. A FUNAI, em parceria com o MDA, está desenvolvendo sistema específico para iniciar a operacionalização da DAP-I.

----- DEMANDA 161 -----

Digital: 0003253

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

d) Garantir a manutenção e o acesso às sementes tradicionais para possibilitar o cultivo das variedades tradicionais de alimentos nas terras indígenas.

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas

----- DEMANDA 162 -----

Digital: 0003255

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

e) Além disso, diante das mudanças ambientais porque passaram os territórios indígenas em algumas regiões do Brasil, é essencial que as políticas públicas proporcionem assistência técnica especializada para criar novas técnicas agrícolas.

Resposta: As chamadas públicas para Povos indígenas têm como objetivo proporcionar às famílias indígenas um serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural que contemple as especificidades desses públicos, visando à segurança alimentar e ao desenvolvimento da agricultura de base familiar, valorizando os seus os modos de fazer e viver. A CGPCT/MDA em parceria com a FUNAI e o MDS tem lançado Chamadas Públicas para beneficiar famílias indígenas que, além dos serviços de assistência técnica e extensão rural, também são contempladas com o programa de fomento.

----- DEMANDA 163 -----

84

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Digital: 0003257

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

f) Queremos a criação de políticas públicas nos moldes do Programa Carteira Indígena e dos Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas (PDPI), que fortalecem as organizações indígenas, diversificam a produção, dão visibilidade ao trabalho das mulheres e permitem que haja o repasse direto de recursos para as comunidades indígenas.

Resposta: Em discussão no âmbito do MMA. Os projetos da carteira indígena e PDPI foram finalizados e estão em discussão a formação de novas estratégias de fomento às organizações indígenas.

----- DEMANDA 164 -----

Digital: 0003258

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

g) Assegurar, nos Ministérios, recursos para ações e programas para mulheres indígenas.

Resposta: Política para Mulheres Indígenas previstas no PPA 2016/2019 da SPM. O tema também é tratado na Diretoria da Mulher na FUNAI.

----- DEMANDA 165 -----

Digital: 0003259

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Solicitação:

h) Em relação ao Programa Bolsa Família, o impacto é diferente nas várias regiões e entre os diferentes povos indígenas, por isso recomendamos que os povos sejam 5 consultados sobre a melhor forma de gestão e execução desse Programa em seus territórios.

Resposta: O MDS avançou no diagnóstico das especificidades do PBF em comunidades indígenas, com a pesquisa SAGI de 2014. Para 2015, as 7 Terras Indígenas pesquisadas, receberão uma ação devolutiva, em que se discutirá com indígenas e gestores locais questões trazidas pela presença do PBF nas comunidades. Após esta experiência no 2ºsemestre/2015, outras Terras poderão ter o diálogo ampliado sobres o PBF dentro de comunidades indígenas. Segue a lista das TI's: Alto Rio Negro (AM), Barra Velha (BA), Porquinhos (MA), Jaraguá (SP), Dourados (MS), Takuaraty/Yvykuarusu (MS), Parabubure (MT). A Senarc se dispõe a abrir diálogo com representantes do VOZES DAS MARGARIDAS INDÍGENAS para ouvir a demanda apresentada.

4. Cultura alimentar

----- DEMANDA 166 -----

85

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Digital: 0003260

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Solicitação:

a) Desenvolver ações efetivas e articuladas do governo para promoção à saúde, como a educação alimentar e nutricional, com a valorização das práticas alimentares e culinária indígena. Não queremos comer alimentos com agrotóxicos ou transgênicos.

Resposta: O MDS, por meio da SESAN, vai pautar o tema da Cultura Alimentar junto ao Comitê Técnico de Povos e Comunidades Tradicionais da CAISAN, envolvendo os membros do MS, SESAI e sociedade civil da CP6 CONSEA, partícipes do CTPCT.

----- DEMANDA 167 -----

Digital: 0003262

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

b) Registrar e divulgar as práticas alimentares e a culinária indígena, através de meios de comunicação audiovisual e escrita.

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 168 -----

Digital: 0003263

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

c) Garantir que a alimentação escolar atenda as especificidades culturais e alimentares dos povos indígenas e que se aproveitem os produtos de quem planta na comunidade.

Resposta: Resolução nº 26/FNDE, de 17.06.2013, garante a inclusão de alimentos que fazem parte dos padrões alimentares das comunidades e os cardápios da alimentação escolar elaborados deverão utilizar gêneros alimentícios básicos, de modo a respeitar as referências nutricionais, os hábitos alimentares, a cultura alimentar da localidade e pautar-se na sustentabilidade, sazonalidade e diversificação agrícola da região e na alimentação saudável e adequada atendendo a especificidades culturais das comunidades indígenas. Do recursos repassados pelo PNAE, no mínimo 30% devem ser aplicados na aquisição de gêneros produzidos pelas próprias comunidades e os alimentos adquiridos com estes recursos dispensam procedimentos licitatórios.

----- DEMANDA 169 -----

Digital: 0003546

Destino: SGPR - Secretaria Nacional de Juventude - SGPR/SNJ

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Solicitação:

d) Desenvolver ações para valorização da autoestima dos jovens indígenas e reafirmação da cultura, visando à valorização da alimentação tradicional.

Resposta: A SNJ está iniciando uma articulação com a Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN) do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) acerca das práticas alimentares de jovens. Com o desenvolvimento da articulação serão elaboradas ações que podem alcançar jovens indígenas.

A valorização da autoestima dessa população pressupõe a participação social dos jovens indígenas no Conselho Nacional de Juventude. Atualmente o segmento é representado pela COIAB - Coordenação das Nações Indígenas da Amazônia Brasileira, que participa enquanto convidada das atividades.

5. Saúde

----- DEMANDA 170 -----

Digital: 0003265

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

a) Facilitar o acesso aos medicamentos e serviços da rede de saúde, sem burocracia, respeitando as especificidades e necessidades dos povos indígenas.

Resposta: A Portaria 2974/13, assinada na 5º CNSI, permite ao DSEI adquirir todo tipo de medicamento, desde que constante na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), independentemente de seu componente (básico, estratégico ou especializado), seguidos os requisitos ali estabelecidos.

----- DEMANDA 171 -----

Digital: 0003266

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

b) Garantir que os profissionais contratados no próximo concurso público da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) sejam preparados para trabalhar nas comunidades indígenas.

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 172 -----

Digital: 0003267

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

c) Revisar a Lei 8.666/1993 para desburocratizar as compras de medicamentos, equipamentos, serviços e outros, para a saúde indígena. Garantir a autonomia gestora nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas.

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Resposta: Em relação à autonomia administrativas dos DSEI, resta assegurada desde sua criação, em 1999, como unidades descentralizadas, cabendo-lhes todas as atribuições de unidades gestoras, ordenadoras de despesas e órgão competente para a realização de licitações e a celebração de contratos.

5. Consulta Prévia

----- DEMANDA 173 -----

Digital: 0003268

Destino: SGPR - Departamento de Diálogos Sociais - SGPR/SNAS-SGPR/NI

Solicitação:

a) Garantir que o procedimento de consulta prévia informada aos povos indígenas, previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, seja efetivo e possa ser interpretado de maneira ampla. A consulta deve ocorrer em todas as ações públicas que afetem os direitos dos povos indígenas.

Resposta: O Governo Federal tem atuado, desde 2013, para avançar no estabelecimento de diretrizes gerais e operacionais para administração pública federal cumprir o direito à consulta prévia informada, conforme previsto na Convenção OIT 169. Ao longo dos últimos três anos, foram realizadas várias tratativas entre os diferentes órgãos do Governo Federal e representantes e comunidades quilombolas e indígenas, a fim de avançar na consertação de uma proposta que unifique e atenda as demandas de todos os atores envolvidos;

Em 2015, o processo geral de discussão da regulamentação do direito a consulta, conforme Convenção OIT 169, está em fase de retomada, em especial com os povos indígenas, segmento onde a necessidade de discussão e construção de consensos está mais latente do que com as comunidades quilombolas, considerando que com estas houveram avanços significativos nas discussões realizadas ainda no ano de 2014;

De qualquer forma, é de se destacar que a Convenção OIT 169 já é realidade jurídica no Brasil e tem sido e continuará sendo respeitada e cumprida pelo Governo Federal. As medidas adicionais que serão tomadas fazem parte do esforço de melhorar e avançar na implantação das diretrizes definidas no convênio.

5. Participação Social

----- DEMANDA 174 -----

Digital: 0003269

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Solicitação:

a) Realização de Seminários sobre Segurança Alimentar e Nutricional nas aldeias e por região, para dar continuidade e aprofundar o debate.

Resposta: Participação nas etapas locais e regionais da Conferência Nacional de Política Indigenista. As etapas locais estão na reta final e acontecem em diferentes locais do Brasil, definidas de acordo com critérios estabelecidos pelos povos indígenas, por meio de seus representantes. As etapas regionais estão sendo realizadas entre os dias 1 de agosto e 30 de setembro. As etapas regionais têm como objetivos

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proporcionar encontros e diálogos entre os sujeitos na construção da política indigenista, bem como, promover análise da situação atual da política indigenista e dos espaços de participação e controle social existentes. A etapa nacional Conferência de Política Indigenista ocorrerá em novembro de 2015, tendo como tema A relação do Estado Brasileiro com os Povos Indígenas no Brasil sob o paradigma da Constituição de 1988.

----- DEMANDA 175 -----

Digital: 0003270

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

b) Requeremos a realização da 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista, articulada com o conteúdo das políticas de segurança alimentar e nutricional para povos indígenas, como demanda da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI).

Resposta: A 1ª Conferência Nacional de Políticas Indigenistas foi convocada pelo Decreto Presidencial de 24 de julho de 2014, tendo como tema "A relação do Estado Brasileiro com os Povos Indígenas no Brasil sob o paradigma da Constituição de 1988", e está prevista para se realizar em novembro de 2015. No momento, estão sendo realizadas as etapas locais. Em seguida, no período de agosto a setembro de 2015, serão realizadas as etapas regionais. A Conferência está estruturada em seis eixos temáticos, a saber: I) Territorialidade e o direito territorial dos povos indígenas; II) Autodeterminação, participação social e o direito à consulta; III) Desenvolvimento sustentável de terras e povos indígenas; IV) Direitos individuais e coletivos dos povos indígenas; V) diversidade cultural e pluralidade étnica no Brasil; e VI) Direito à memória e à verdade. No tocante as políticas de segurança alimentar e nutricional, seu conteúdo estará contemplado nas discussões do eixo IV, cujo teor se dará em torno dos diversos avanços das políticas públicas específicas para os povos indígenas a partir da Constituição de 1988.

SOMOS TODAS MARGARIDAS DO CAMPO, DAS FLORESTAS E DAS ÁGUAS

AS MARGARIDAS NA LUTA POR TERRA, ÁGUA E AGROECOLOGIA: PILARES DE SUSTENTAÇÃO DA SOBERANIA E SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

----- DEMANDA 176 -----

Digital: 0003271

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

1) Ampliar o direito de acesso à terra, territórios e maretórios, efetivando uma política de reforma agrária ampla, massiva e de qualidade;

Resposta: Da parte do INCRA na sua missão de promover o acesso à terra de forma plena e estruturada, estamos realizando um esforço de desburocratizar os instrumentos que permitem operar as fases para aquisição de terras, que já demonstram alguns avanços na revogação de Instruções Normativas e Normas Técnicas que travavam o processo, na medida em que produzimos outras normas de forma coletiva.

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Paralelamente às ações mais emergenciais o INCRA vem tratando, junto com diversos atores sociedade (Movimentos Sociais, Órgão de Controle, Ministérios, Sindicatos, etc.), de discutir concepções de abordagem, revelando uma reflexão sobre a nova ruralidade e a perspectiva de planejar as ações da reforma Agrária sob um prisma Territorial e não mais “caso a caso” ou “imóvel por imóvel”; o que trará impactos enormes na estrutura desta Autarquia a médio prazo, assim como na realidade dos trabalhadores rurais. Junto isso soma-se um esforço de dialogar com os sindicatos representativos a pauta da ampliação do quadro técnico que se encontra bastante deficitário e envelhecido, assim como a valorização dos atuais servidores.

----- DEMANDA 177 -----

Digital: 0003272

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

2) Potencializar as políticas de fortalecimento da agricultura familiar e pesca artesanal, como estratégia de garantia da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, dinamizando os compromissos assumidos no Ano Internacional da Agricultura Familiar, Indígena e Campesina de forma que a próxima década seja prioritária para que a agricultura familiar obtenha as reais condições de políticas que garantam o seu protagonismo na soberania alimentar;

Resposta: O MDA no intuito de fortalecer a produção de alimentos saudáveis tem esse tema como mote direcionador das políticas do plano safra 2015-2016 e ainda como forma de acompanhar, em parceria com a sociedade civil, a evolução no alcance dos compromissos assumidos no Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF), o MDA apoia e patrocina, em parceria com a FAO, atividades dos comitês nacionais do AIAF e outros foros correlatos para diálogo sobre políticas públicas.

----- DEMANDA 178 -----

Digital: 0003274

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

3) Garantir, por meio de políticas públicas articuladas, que as mulheres do campo, da floresta e das águas, sejam reconhecidas como sujeitos políticos no processo de construção do desenvolvimento rural, e em seu protagonismo, na garantia da soberania e segurança alimentar e nutricional, proporcionando a efetivação do seu direito à plena participação na vida social e política em suas comunidades;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 179 -----

Digital: 0003275

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

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Solicitação:

4) Criar programa do fomento “Casa, Terreiro e Quintal”, com o objetivo de reconhecer, valorizar e fomentar, por meio de políticas públicas, as práticas de autoconsumo realizadas pelas mulheres rurais, implementando ações estratégicas de apoio aos quintais produtivos e criação de pequenos animais em todos as regiões do Brasil.

Resposta: Será instituído o Programa Quintais Produtivos.

Enfrentamento ao Uso de Agrotóxicos

----- DEMANDA 180 -----

Digital: 0003276

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

5) As mulheres somam suas vozes às denúncias e reivindicações da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, como a proibição da pulverização aérea, o banimento dos agrotóxicos que já são proibidos em outros países e o fim da isenção fiscal aos agrotóxicos;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 181 -----

Digital: 0003277 e 0003278

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

6) Incentivar a criação de territórios livres de transgênicos e agrotóxicos, como estratégia para a conservação de recursos genéticos locais, especialmente, em regiões de forte presença da agricultura familiar e de outras comunidades tradicionais;

Resposta: O atual quadro legal já estabelece que as terras indígenas são áreas livres da influência de transgênicos, não impondo, no entanto, quaisquer restrições à utilização de agrotóxicos. Nesse sentido, dada a enorme diversidade de formas de inserção dos povos indígenas na sociedade envolvente, é necessária uma ampla participação dos movimentos representativos dos povos e comunidades tradicionais a fim de se apropriem dos conceitos que permeiam a implantação de tais áreas. Para os demais espaços rurais, é necessário um Projeto de Lei e outros instrumentos legais que estabeleça critérios e procedimentos para a implantação de áreas de uso restrito e zonas livres da influência de agrotóxicos e transgênicos.

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Resposta: No que diz respeito às competências relativas à Política Nacional de Meio Ambiente, conforme a LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999, é possível estabelecer nos Planos de Manejo de Unidades de

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Conservação a restrição do uso de OGM, atividades agropecuárias e de outras atividades econômicas em Unidades de uso sustentável e entorno de Unidades de Conservação.

Em respeito ao princípio da finalidade da administração pública, que deve reger a gestão do emprego dos recursos destinados aos órgãos públicos, conforme o artigo 2º da LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999 e em respeito ao princípio constitucional da eficiência na administração pública, conforme a LEI Nº 7.735, DE 22 DE FEVEREIRO DE 1989, cabe informar, no entanto, que não é atividade finalística do IBAMA o estabelecimento de Planos de Manejo de Unidades de Conservação em âmbito federal, recaindo essa finalidade ao ICMBIO, conforme a LEI Nº 11.516, DE 28 DE AGOSTO DE 2007.

Quanto às competências relativas à Política Agrícola, cabe ouvir o órgão federal competente.

----- DEMANDA 182 -----

Digital: 0003279

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

7) Implantar imediatamente o Programa Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos (PRONARA), previsto no Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica;

Resposta: O lançamento previsto para o dia 16 de outubro, dia mundial da alimentação.

----- DEMANDA 183 -----

Digital: 0003280

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

8) Aperfeiçoar as normas que garantem o controle de fiscalização dos agrotóxicos no país, impedindo toda e qualquer flexibilização dos critérios de importação, registro e comercialização dos produtos;

Resposta: O IBAMA tem atuado no estrito cumprimento das normas vigentes no que diz respeito aos procedimentos para registro de agrotóxicos e o controle da importação e comercialização. Neste sentido, merece destaque as ações de controle do comércio exterior desenvolvidas em articulação com a DIPRO na constituição de postos avançados de controle em Portos, aeroportos e fronteiras secas, com destaque para as seguintes ações:

1. Intensificação do trabalho em conjunto entre IBAMA, Receita Federal, Infraero e Superintendências dos Portos;

2. Controle e fiscalização de importação e exportação dos produtos anuídos pelo IBAMA;

3. Análise conjunta feita pelo IBAMA, Receita Federal, Infraero e Superintendências dos Portos, das informações sobre a movimentação de produtos;

4. Verificação da idoneidade/regularidade das empresas responsáveis pelas importações/exportações junto ao Cadastro Técnico Federal;

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5. Realização de vistorias nas cargas;

6. Elaboração de relatório de vistorias e relatórios anuais consolidados, no intuito de subsidiar os dados prestados anualmente pelo Ibama aos Secretariados dos Acordos/Tratados Internacionais.

----- DEMANDA 184 -----

Digital: 0003281

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

9) Estimular o não uso de agrotóxicos com a realização de campanhas na mídia sobre o tema, divulgando informações que mostram a relação direta entre o consumo de alimentos produzidos com os agrotóxicos e o aumento do câncer;

Resposta: A Campanha Nacional de Promoção da Saúde, veiculada pelo endereço: http://promocaodasaude.saude.gov.br, dispõe de dois eixos (Incentivo ao ambiente saudável e Incentivo à alimentação saudável) que faz a veiculação de notícias, pesquisas e acontecimentos relacionados à promoção da agroecologia como alternativa saudável de modelo produtivo e ao incentivo ao consumo de alimentos cultivados sem agrotóxicos. Essa veiculação ocorre preferencialmente na ocasião de datas comemorativas relacionadas ao tema de agrotóxicos e agroecologia. Além disso, o Ministério da saúde inseriu na proposta do PRONARA a iniciativa de criar uma campanha nacional de conscientização da população, em especial dos agricultores, sobre os efeitos dos agrotóxicos na saúde humana (Iniciativa 1.3 do Eixo 5).

----- DEMANDA 185 -----

Digital: 0003282

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

10) Ampliar as pesquisas sobre o impacto do consumo de alimentos produzidos com o uso dos agrotóxicos na saúde dos/as trabalhadores/as associada a ações de proteção a saúde da/o trabalhador/a e das famílias e buscar parceria com organizações da sociedade civil e movimentos sociais para divulgação dos resultados;

Resposta: Em parceria com a Fiocruz são desenvolvidas pesquisas relacionadas à exposição humana a agrotóxicos com o intuito de instrumentalizar os serviços de saúde para a vigilância e assistência à saúde de populações expostas a agrotóxicos por diversas vias. Além disso, o Ministério da Saúde lançou edital de pesquisa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, em conjunto com a Secretaria de Vigilância em Saúde, com linha de pesquisa sobre intoxicações crônicas por agrotóxicos, com ênfase na população trabalhadora rural.

Sementes

----- DEMANDA 186 -----

93

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Digital: 0003284

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

11) Manter a proibição do uso da tecnologia “terminator” em sementes transgênicas (são sementes que já nascem estéreis e, assim, aumentam ainda mais o lucro das transnacionais);

Resposta: O Ministério do Meio Ambiente mantém posição contrária ao liberação do uso da tecnologia Terminator em sementes transgênicas, tendo assim manifestado sua posição toda vez que o terma ressurge. Mais além, o MMA, em especial a Assessoria Parlamentar do Ministério, tem acompanhado de perto a discussão referente à tecnologia terminator e monitorado o desenrolar dessas discussões no âmbito do Congresso Nacional, manifestando-se, em todas as ocasiões, contrariamente a liberação dessa tecnologia.

A tecnologia terminator promove a esterilidade das sementes geradas, impedindo o replantio e, portanto, o processo de seleção, manejo e melhoramento tradicional das sementes, tal tecnologia viola o modo de cultivo e utilização tradicional de povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares. Em síntese, a liberação da referida tecnologia poderá inviabilizar prática tradicional dos agricultores, sejam familiares ou indígenas, de guardar suas sementes para a próxima safra.

Nesse sentido, qualquer iniciativa para liberação do uso da tecnologia terminator encontrará oposição do Ministério do Meio Ambiente.

----- DEMANDA 187 -----

Digital: 0003285

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

12) Retomar a obrigatoriedade na rotulação dos produtos transgênicos;

Resposta: Há um PL (4148) aprovado na Câmara e tramitando no Senado que extingue a rotulagem de transgênicos. Posição do MMA: contrária ao PL. Considerando o princípio da precaução constante do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança, do qual o Brasil é signatário, e que a inocuidade à saúde humana e animal não é ponto pacífico, bem como que ao consumidor deve ser garantido o direito de escolha com a maior clareza possível, como é o caso da identificação do produto transgênico por meio do símbolo na embalagem, somos contrários à retirada dessa identificação conforme dispõe o PL 4.148/2008. Quanto ao PL 7.335/2014, entendemos que a separação em prateleiras é válida para acrescentar informação e esclarecimento ao consumidor, facilitando suas escolhas, mas em hipótese alguma deve substituir a obrigatoriedade da identificação das embalagens com o símbolo correspondente.

----- DEMANDA 188 -----

Digital: 0003286

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

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Solicitação:

13) Fomentar, apoiar e financiar a criação e ampliação dos bancos/casas de sementes crioulas em todas as regiões do país, ampliando ações como as do “Projeto Sementes do Semiárido", com o objetivo de reconhecer, valorizar, disseminar e fortalecer as dinâmicas comunitárias e regionais de conservação da agrobiodiversidade, incluindo as ações de resgate, guarda, avaliação, multiplicação, intercâmbio, comercialização e uso de sementes crioulas.

Resposta: Até fevereiro de 2016, serão construídos 600 bancos comunitários de sementes crioulas no Semiárido com o objetivo de beneficiar pelo menos 12 mil famílias de agricultores que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Na ação, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, vai investir quase R$ 21 milhões. Esta ação será ampliada através do Programa Nacional de Sementes e Mudas para a Agricultura Familiar. Projetos e parcerias avançadas com os Governos estaduais da PB, RN, BA e IAC/SP. Na modalidade de PAA sementes será investido mais de R$ 20 mi em aquisição de sementes da agricultura familiar. Em todas estas iniciativas e projetos os grupos de mulheres tem prioridade de envolvimento.

Habitação Rural

----- DEMANDA 189 -----

Digital: 0003287

Destino: MCIDADES - Secretaria-Executiva - MCIDADES/SE

Solicitação:

14) Efetivar as regras do Programa Nacional de Habitação Rural, considerando e respeitando a identidade e a cultura dos povos, garantindo os mesmos montantes de recursos direcionados ao projeto social nas áreas urbanas à área rural, considerando como projeto social o apoio ao fortalecimento das ações dos quintais produtivos agroecológicos e a produção das mulheres para o autoconsumo na garantia da segurança alimentar e nutricional das famílias, retirando, ainda, dos condicionantes para o acesso ao programa, as exigências de comprovação de domínio das áreas para posseiros, moradores, agregados, dentre outros povos que não possuam título definitivo de suas áreas.

Resposta: O Ministério das Cidades se ocupa da política habitacional no campo, nas águas e nas florestas por intermédio do PNHR, consequentemente há um direcionamento das diretrizes e dos recursos do projeto social para a habitação. Considerando a importância dos demais temas citados para a manutenção da vida e promoção do desenvolvimento das comunidades rurais é imprescindível o envolvimento dos órgãos titulares dessas políticas garantindo deste modo os recursos necessários à satisfação das necessidades dos beneficiários do PNHR.

Quanto ao atendimento dos posseiros de terras públicas e privadas os normativos do Programa já permitem, no limite das leis existentes, o acesso a essas terras.

O reconhecimento dos agregados como possíveis beneficiários do PNHR é de competência exclusiva do INCRA. Ao MCidades cabe gerir os recursos disponibilizados para a moradia rural no âmbito do Programa.

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----- DEMANDA 190 -----

Digital: 0003288

Destino: MCIDADES - Secretaria-Executiva - MCIDADES/SE

Solicitação:

15) Garantir, também, no Plano Plurianual 2015-2019, o atendimento do déficit de habitação rural, estimado em 800 mil unidades, destinando recursos da ordem de 200 mil unidades habitacionais para o período 2015/2016. Conforme proposta do Grito da Terra Brasil GTB/2015.

Resposta: O atendimento do PNHR na fase 3 do PMCMV dependerá do orçamento fixado pela Presidência da República, cabendo ao MCidades e à Secretaria Nacional de Habitação a Gestão dos Programas. Independente da quantidade de unidades habitacionais a ser estabelecida a distribuição no território nacional será em função do déficit existente.

Pesquisa

----- DEMANDA 191 -----

Digital: 0003541

Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Solicitação:

16) Garantir a concretização da institucionalização da abordagem agroecológica nos programas operacionais da EMBRAPA para o desenvolvimento e difusão de conhecimentos e tecnologias de base agroecológica, socializando conhecimento, como por exemplo, sobre a ampliação do acesso aos bancos de germoplasmas para grupos de mulheres agricultoras rurais;

Resposta: A transferência de tecnologia é um processo que busca disponibilizar os conhecimentos e tecnologias oriundos da pesquisa para a sociedade. No planejamento dos projetos de sistema de base ecológica na Embrapa, recomenda-se considerar a construção participativa do conhecimento, princípio básico da pesquisa em sistemas produtivos de base ecológica, onde atores envolvidos nos processos de inovação criam soluções adequadas às distintas realidades, considerando seus múltiplos conhecimentos e papéis. A geração do conhecimento ocorre associada com sua disseminação, enfatizando-se processos de integração entre pesquisa, ensino e extensão, que resultam na ampliação da apropriação social de conhecimentos e tecnologias para melhoria dos sistemas produtivos de base ecológica.

Ampliação do acesso das mulheres aos programas de compras públicas

----- DEMANDA 192 -----

Digital: 0003290

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

17) Ampliar as políticas públicas de apoio às dinâmicas econômicas locais e regionais de abastecimento alimentar que promovam soberania e acesso à alimentação adequada e saudável e que reconheçam e

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valorizem a contribuição estratégica das mulheres para a soberania e SAN ao produzirem alimentos saudáveis e diversificados, conservarem a agrobiodiversidade e destinarem parte dessa produção para o consumo das famílias.

Resposta: Com relação às políticas de compras públicas, destaca-se o aumento crescente do orçamento do PNAE, assim como o aumento do limite individual de venda por DAP/ano. Recentemente foi publicado decreto que torna obrigatória a aquisição de no mínimo 30% de produtos da agricultura familiar por órgãos federais, ampliando os mercados para a agricultura familiar. Por fim, destaca-se que o PAA já inclui meta para a inclusão de mulheres.

No âmbito do Ministério existe a meta para os próximos 04 anos a promoção da organização da oferta para o fortalecimento do abastecimento alimentar no âmbito local e consequentemente, a promoção de uma alimentação saudável e adequada.

----- DEMANDA 193 -----

Digital: 0003291

Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Solicitação:

18) Assegurar a implementação RDC 49 da Anvisa, aplicando-a aos produtos fiscalizados pelo MAPA, em diálogo com os movimentos sociais e as organizações da sociedade civil, assegurando debate com a sociedade civil sobre a formulação de conceitos e definições como a classificação de risco, a distinção entre in natura, semi-processado e processado e sobre cultura alimentando, respeitando assim os modos de fazer tradicionais e reconhecendo e valorizando o papel econômico das mulheres rurais desempenhado na produção de alimentos. Criar, ainda, mecanismo participativo de avaliação de conformidade para registro sanitário das unidades de processamento artesanal;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 194 -----

Digital: 0003292 e 0003293

Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Solicitação:

19) Regulamentar o Serviço Único de Atendimento à Sanidade Animal (SUASA) para potencializar as agroindústrias familiares, auxiliando desta forma a agregação de renda/valor à produção da agroindústria familiar;

Resposta: O Ministério da Agricultura finalmente está efetivando a atualização do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária - SUASA. A alteração do art. 7º do Decreto 5.741/2006, de 22.06.2015, dispensou o registro, inspeção e fiscalização da produção rural para consumo familiar. E estabeleceu prazo de 90 dias para regulamentação da venda ou fornecimento a retalho ou a granel de pequenas quantidades de produtos da produção primária, e de 180 dias para regulamentação da agroindustrialização realizada pela agricultura familiar. Observando o risco mínimo de disseminação de doenças para saúde animal, de pragas e de agentes microbiológicos e químicos prejudiciais à saúde

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pública e os interesses dos consumidores. No mesmo artigo intutulado 7º A - foi admitida a classificação de estabelecimentos agroindustriais de bebidas ou de produtos de origem animal como agroindustria artesanal, considerando os costumes, os hábitos e os conhecimentos tradicionais, valorizando a diversidade alimentar e o multiculturalismo dos povos, comunidades tradicionais e agricultores familiares. A Instrução Normativa nº 16, de 23.07.2015, estabeleceu normas específicas de inspeção e a fiscalização sanitária de produtos de origem animal, referente às agroindústrias de pequeno porte. O MAPA está trabalhando a atualização da Instrução Normativa nº 36/2011, que estabelece requisitos para adesão dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ao SUASA, na mesma linha de atendimento da pequena produção.

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Resposta: Por ocasião do Lançamento do Plano Safra 2015/2016, foi assinado o Decreto 8.471 que estabelece mudanças na legislação sanitária referente ao SUASA e Agroindústria Familiar.

O Decreto 8.471, de 22 de junho de 2015 que prevê normas específicas para a agroindústria familiar e agroindústria artesanal e a IN 16, de 23 de junho de 2015, que estabelece, em todo o território nacional, as normas específicas de inspeção e a fiscalização sanitária de produtos de origem animal, referente às agroindústrias de pequeno porte. O MDA concorda e apoia a necessidade de legislação especifica sobre a produção e processamento artesanal. No entanto, a responsabilidade sobre a normatização é do MAPA.

----- DEMANDA 195 -----

Digital: 0003294

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

20) Em caráter de urgência, alterar as normas que regulamentam a produção/beneficiamento de polpa de fruta para os/as beneficiários/as instituídos da RDC 49, para que esses produtos possam ser regulamentados de maneira descentralizada pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária;

Resposta: Esta é uma atribuição de responsabilidade do MAPA. O MDA fez uma intensa gestão com o MAPA em 2015 que produziu os seguintes avanços no marco legal: publicação do Decreto 8.445 de 06 de maio de 2015, que facilita a adesão dos serviços de inspeção municipal de consórcios de municípios e serviços de inspeção estaduais ao SUASA. Também foram publicados no Plano Safra da Agricultura Familiar: o Decreto 8.471, de 22 de junho de 2015 que alterou art. 7°, Art. 143 -A e Art. 144 do SUASA, visando a regulamentação de normas específicas para a agroindústria familiar e agroindústria artesanal; a IN 16, de 23 de junho de 2015, que estabelece, em todo o território nacional, as normas específicas de inspeção e a fiscalização sanitária de produtos de origem animal, referente às agroindústrias de pequeno porte; a IN 17 que regulamenta a pequena agroindústria de bebidas simplificando seu processo de cadastramento e de exigências burocráticas.

----- DEMANDA 196 -----

Digital: 0003295

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

98

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Solicitação:

21) Criar, com urgência, um grupo de trabalho no âmbito na câmara interministerial de segurança alimentar e nutricional para fazer estudos de adequações da norma;

Resposta: A CAISAN, criada pelo Decreto nº 6.273 de 23 de Novembro de 2007, está sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e instalada na Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan).

----- DEMANDA 197 -----

Digital: 0003296

Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Solicitação Ampliação do acesso das mulheres aos programas de compras públicas

22) Criar legislação e sistema de inspeção sanitária específica para a produção familiar e artesanal, fundamentados em conhecimentos, práticas, experiências e modos de vida dos agricultores e agricultoras, contemplando também a diversidade cultural e alimentar que caracteriza a produção desses alimentos.

Resposta: O Ministério da Agricultura finalmente está efetivando a atualização do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária - SUASA. A alteração do art. 7º do Decreto 5.741/2006, de 22.06.2015, dispensou o registro, inspeção e fiscalização da produção rural para consumo familiar. E estabeleceu prazo de 90 dias para regulamentação da venda ou fornecimento a retalho ou a granel de pequenas quantidades de produtos da produção primária, e de 180 dias para regulamentação da agroindustrialização realizada pela agricultura familiar. Observando o risco mínimo de disseminação de doenças para saúde animal, de pragas e de agentes microbiológicos e químicos prejudiciais à saúde pública e os interesses dos consumidores. No mesmo artigo intutulado 7º A - foi admitida a classificação de estabelecimentos agroindustriais de bebidas ou de produtos de origem animal como agroindustria artesanal, considerando os costumes, os hábitos e os conhecimentos tradicionais, valorizando a diversidade alimentar e o multiculturalismo dos povos, comunidades tradicionais e agricultores familiares. A Instrução Normativa nº 16, de 23.07.2015, estabeleceu normas específicas de inspeção e a fiscalização sanitária de produtos de origem animal, referente às agroindústrias de pequeno porte. O MAPA está trabalhando a atualização da Instrução Normativa nº 36/2011, que estabelece requisitos para adesão dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ao SUASA, na mesma linha de atendimento da pequena produção.

----- DEMANDA 198 -----

Digital: 0003297

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

23) Estabelecer maiores mecanismos de governança de mercado, garantindo uma efetiva política de estoque, como forma de proteger e controlar a expansão das monoculturas e a ação das transnacionais no controle do preço dos alimentos, proporcionando o acesso a preços justos tanto de produtores como consumidores.

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Page 100:  · Web viewO objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

AS MARGARIDAS NA LUTA PELA TERRA

---- DEMANDA 199 -----

Digital: 0003298

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

1) Implementar as “Diretrizes Voluntárias de Governança da Terra, da Pesca e das Florestas”, enquanto instrumento que fortalece as organizações e suas lutas pela democratização dos bens naturais, pela produção de alimentos saudáveis.

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 200 -----

Digital: 0003299

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

2) Rever os títulos anteriores à obrigatoriedade de titulação conjunta. No caso de títulos coletivos, as mulheres devem constar como associadas e nos casos individuais que possam ser atualizados.

Resposta: Com vistas a discutir a regulamentação da Lei 13001/2014, foi criado Grupo de Trabalho pelo INCRA, por meio Portaria INCRA nº 253 de 3 de junho de 2015, com participação da DF, DT, DD, DA e PFE. Esta portaria prevê em seu artigo 4º a participação dos Movimentos Sociais no Grupo de Trabalho. Grupo de Trabalho em andamento para apresentar minuta de decreto que deverá ser fruto de análise da sociedade civil via consulta pública prévia Grupo de Trabalho em andamento para apresentar minuta de decreto que deverá ser fruto de análise da sociedade civil via consulta pública prévia.

----- DEMANDA 201 -----

Digital: 0003300

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

3) Elaborar e implementar o III Plano Nacional de Reforma Agrária- PNRA, reconhecendo e potencializando a luta das mulheres pelo direito à terra por meio da Reforma Agrária ampla e de qualidade e a garantia dos direitos territoriais dos povos indígenas e dos povos e populações tradicionais, como elemento essencial e estratégico na construção da agroecologia e do desenvolvimento rural sustentável e solidário. As ações de reforma agrária devem também, assegurar as condições de vida digna nos projetos de assentamento, com produção de alimentos saudáveis, conservação ambiental, geração de renda, qualidade de vida e autonomia;

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Resposta: O III Plano Nacional de Reforma Agrária - PNRA encontra-se em elaboração.

----- DEMANDA 202 -----

Digital: 0003301

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

4) Implementar a política nacional de desenvolvimento de povos e comunidades tradicionais (Decreto 6040/2007)

Resposta: A implementação da PNPCT se dá por meio da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais-CNPCT.

Destino: SEPPIR - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

Resposta: No que se refere ao público destinatária do Decreto a SEPPIR acompanha as políticas referentes a quilombolas, povos e comunidades tradicionais de matriz africana, indígenas e ciganos. Nos últimos anos são expressivos os avanços na universalização das políticas públicas dirigidas a estes públicos conforme diagnósticos inseridos nos painéis de monitoramento da SEPPIR. Destaque-se ainda as ações de descentralização de responsabilidades entre os entes federados no âmbito do SINAPIR e os acordos de cooperação firmados neste campo com os estados de Alagoas, Amapá, Bahia, Maranhão, Paraíba, Paraná e Rio de Janeiro.

----- DEMANDA 203 -----

Digital: 0003302

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

5) Emergencialmente, assegurar o atendimento das seguintes metas em 2015:

a) Assentamento de 60 mil famílias acampadas, assegurando a titulação conjunta da terra

Resposta: A meta estabelecida pelo MDA, para os próximos 4 anos será assentar 120 mil famílias acampadas beneficiárias de cesta de alimentos e devidamente cadastradas no CadÚnico do Governo Federal.

----- DEMANDA 204 -----

Digital: 0003303

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

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b) Assentamento de 15 mil famílias, pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário – PNCF, assegurando a titulação conjunta da terra;

Resposta: No Crédito Fundiário a escrituração já é conjunta e o planejamento da SRA é atender 15 mil famílias por meio do PNCF.

----- DEMANDA 205-----

Digital: 0003304

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

c) Regularização fundiária de 100 mil posses em terras públicas Federais, Estaduais e do Distrito Federal. Neste processo de regularização, atender prioritariamente as áreas em conflito e as quebradeiras de coco babaçu nos Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Pará;

Resposta: A SRA/MDA tem como ação prioritária o apoio aos estados na ação de cadastro e georreferenciamento para posterior emissão de títulos aos agricultores familiares. Considerando os 13 convênios vigentes, abrangendo 102 municípios, dos quais 73 em território da cidadania, já realizamos o cadastro e georreferenciamento de 9.800 imóveis rurais e emissão de 9.200 títulos. Para o ano de 2015 está pactuada a meta em 100 mil imóveis regularizados entre INCRA/DF e SRA. MDA/SERFAL tem acelerado o processo de regularização fundiária na Amazônia Legal. 10 mil títulos serão entregues em 2015. Nos últimos anos, o INCRA regularizou a situação de mais de 130 mil famílias, através de convênios de Regularização Fundiária com os estados (CE, PE, PI, SP, SE e RN). A meta para o ano de 2015 está pactuada em 100 mil imóveis regularizados entre INCRA/DF e SRA. Há previsão no PPA 16-19 em construção de meta de regularização de 100 mil imóveis, considerando o cadastro, georreferenciamento e certificação, já a titulação em si é dependente da atuação dos governos estaduais nos imóveis de sua dominialidade. Quanto a regularização fundiária de áreas de domínio privado existe em andamento no Rio Grande do Sul ação de diagnóstico e regularização de áreas particulares que beneficiarão mais de 2 mil famílias.

----- DEMANDA 206 -----

Digital: 0003305

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

d) Concluir os processos de reconhecimento e desintrusão dos territórios quilombolas, especialmente daqueles ocupados pelas quebradeiras de coco babaçu;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 207 -----

Digital: 0003306

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Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

e) Garantir a titulação das áreas de reforma agrária nas fronteiras.

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 208-----

Digital: 0003307

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

6) Ampliar e fortalecer as ações de fiscalização dos imóveis rurais e melhorar os procedimentos de vistoria realizados pelo INCRA, de modo a ampliar as capacidades do Estado de exigir o cumprimento integral da Função Social das propriedades rurais;

Resposta: o INCRA vem trabalhando para adequar seus procedimentos de modo a desburocratizar o fluxo de obtenção de terras em suas diversas modalidades (desapropriação, compra, adjudicação, destinação de áreas públicas e retomadas).

----- DEMANDA 209 ----

Digital: 0003308

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

7) Apresentar ao Congresso Nacional uma Medida Provisória determinando o fim da cobrança de juros compensatórios nas desapropriações de interesse social para fins de reforma agrária, e mobilizar a base parlamentar para assegurar a sua aprovação;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 210 -----

Digital: 0003309

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

8) Promover um amplo debate com os movimentos sociais sobre a regulamentação do artigo da Lei 13.001/2014 que trata da titulação dos projetos de assentamento, visando principalmente à construção de critérios e condições para tal procedimento e, também, a garantia de revisão dos documentos emitidos anteriormente à Portaria 981/2013, que trata da titulação conjunta ao homem e mulher;

Resposta: Com vistas a discutir a regulamentação da Lei 13001/2014, foi criado Grupo de Trabalho, por meio Portaria INCRA nº 253 de 3 de junho de 2015, com participação da DF, DT, DD, DA e PFE. Esta

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portaria prevê em seu artigo 4º a participação dos Movimentos Sociais no Grupo de Trabalho. Grupo de Trabalho em andamento para apresentar minuta de decreto que deverá ser fruto de análise da sociedade civil via consulta pública prévia.

----- DEMANDA 211 -----

Digital: 0003310

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

9) Publicar a Portaria Interministerial que atualiza os índices de produtividade da terra;

Resposta: Já assinada a Portaria pelo MDA antes mesmo de 2010, aguarda assinatura do Ministério da Agricultura.

----- DEMANDA 212-----

Digital: 0003311

Destino: SGPR - Departamento de Diálogos Sociais - SGPR/SNAS-SGPR/NI

Solicitação:

10) Revogar a MP 2.183-56, que criminaliza as lutas pela terra e os movimentos sociais; impede que terras ocupadas sejam desapropriadas e onera de forma ilegítima os processos de desapropriação;

Resposta: A MP tem força de Lei e sua alteração depende de processo legislativo específico, de competência do Congresso Nacional.

----- DEMANDA 213 -----

Digital: 0003312

Destino: SRIPR - Secretaria-Executiva - SRIPR/SE

Solicitação:

11) Realizar articulação com a base parlamentar no Congresso Nacional para apresentar e aprovar Emenda Constitucional que limita o tamanho da propriedade rural em até 35 módulos fiscais;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 214 -----

Digital: 0003313

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

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12) Ampliar os mecanismos de controle efetivo de compra e arrendamento de terras por estrangeiros;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 215 -----

Digital: 0003314

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

13) Instalar portaria no Ministério da Justiça obrigando cartório a ter preço tabelado, justo e acessível para os custos cartoriais para registro dos títulos de terra, até 4 módulos fiscais, estipulando prazo máximo de 3 meses;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 216 ----

Digital: 0003315

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

14) Descontigenciar os valores orçamentários e financeiros aprovados para as ações do INCRA e da SRA e suplementar os recursos, em quantidade suficiente para assentar as 50 mil famílias em 2015;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 217 -----

Digital: 0003316

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

15) Fortalecer a estrutura do INCRA e do MDA, assegurando todas as condições políticas, legais, administrativas e financeiras para permitir a plena realização da Reforma Agrária, assim como garantir. Que seja realizado concurso público para ampliação do quadro de profissionais, inclusive de nível técnico;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 218 -----

Digital: 0003317

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

105

Page 106:  · Web viewO objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral

16) Fortalecer a DPMR – Diretoria de Política para as Mulheres Rurais e aproximar as ações do INCRA com as dessa Diretoria, possibilitando maior diálogo entre as iniciativas realizadas com as mulheres rurais pelo MDA com as que vêm sendo desenvolvidas pelo INCRA;

Resposta: O MDA tem discutido internamente a reestruturação de suas áreas e construiu uma proposta de fortalecimento da diretoria, atualmente em análise.

----- DEMANDA 219 -----

Digital: 0003318

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

17) Universalizar o acesso das assentadas ao “Fomento Mulher” e efetivar as medidas necessárias à ampliação do direito aos Créditos “Apoio Inicial” e “Instalação”, nas diversas modalidades. Implementar, também, amplo processo de divulgação sobre este direito, estimulando o acesso das mulheres a tais recursos;

Resposta: A regulamentação do Crédito Instalação manteve especial atenção à questão de gênero, tanto que atualmente prioriza a emissão de cartões de movimentação dos recursos em nome da mulher, para todas as modalidades. No presente exercício, há um trabalho muito forte objetivando atender um maior número de mulheres com a modalidade Fomento Mulher, inclusive para financiamentos de quintais produtivos.

----- DEMANDA 220-----

Digital: 0003319 e 0003320

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

18) Criar de uma ouvidoria, no âmbito do MDA, para denúncia de machismo institucional e solução de dúvidas sobre procedimentos para acesso das mulheres às políticas públicas;

Resposta: O MDA criará um Grupo de Trabalho para discutir a demanda e construir formas de viabilização.

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Resposta: Pauta tratada pelo MDA.

Dentro da estrutura da SPM está a Ouvidoria da Mulher com o objetivo de estabelecer canais de comunicação com a sociedade, orientando e informando na busca e defesa dos direitos das mulheres. De forma geral, as questões levantadas pelas mulheres dizem respeito à violação de direitos associada à questão de gênero. Elas incluem desde sugestões, solicitações, reclamações, e até denúncias de crimes e pedidos de apoio a mulheres em situação de violência.

106

Page 107:  · Web viewO objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral

À Ouvidoria compete, ainda, orientar e informar sobre ações e políticas da SPM, legislação, direitos, serviços da rede de atendimento à mulher vítima de violência, dentre outros, além de receber e encaminhar aos órgãos competentes as manifestações sobre a temática de gênero, denúncias de crimes contra a mulher, sugestões para implantação e melhoria das políticas e ações da SPM, elogios das ações e/ou prestação de serviços, assim como reclamações a respeito da falta ou atendimento inadequado de um serviço.

----- DEMANDA 221 -----

Digital: 0003322

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

19) Retomar as ações de capacitação de servidores e servidoras do INCRA relacionados às questões de gênero e às políticas para as mulheres, ampliando a compreensão e o reconhecimento sobre a legitimidade de acesso destas ao programa de reforma agrária;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 222 -----

Digital: 0003323 e 0003324

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

20) Efetivar o direito de acesso das trabalhadoras assentadas às políticas e programas, como assistência técnica, saúde, educação, crédito, documentação, dentre outras ações essenciais à autonomia das mulheres rurais;

Resposta: A DPMRQ tem trabalhado nessa perspectiva, tendo no Programa de Organização Produtiva e no Programa de Documentação da Trabalhadora Rural ações que contribui para autonomia das mulheres rurais.

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Resposta: A SPM acompanha o temas voltados para as mulheres rurais - documentação, ATER, crédito - em parceria com a Diretoria de Políticas para as Mulheres do MDA, através da participação no Comitês, a exemplo do CONDRAF. Mantém também, relação próxima com Ministério da Saúde nos projetos e ações voltados para as mulheres do campo, das floresta e das águas. A SPM integra a CONEC - Comissão Nacional de Educação do Campo, no âmbito do Ministério da Educação.

----- DEMANDA 223 -----

Digital: 0003325 e 0003326

107

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Destino: MCIDADES - Secretaria-Executiva - MCIDADES/SE

Solicitação:

21) Universalizar o direito de acesso das assentadas e assentados ao MCMVR- Programa Minha Casa Minha Vida Rural, retomando os critérios que eram previstos no programa de habitação administrado pelo INCRA, de modo a eliminar os condicionantes atuais que têm impedido o amplo acesso ao programa. Também, construir, em conjunto com as organizações de mulheres, programas que articulem o processo de construção, reforma, ampliação e conclusão das obras das moradias com a implementação de quintais produtivos e de espaços coletivos de convivência, cultura, promoção e serviços comunitários, nos projetos de assentamento;

Resposta: O reconhecimento dos agregados como possíveis beneficiários do PNHR é de competência exclusiva do INCRA. Ao MCidades cabe gerir os recursos disponibilizados para a moradia rural no âmbito do Programa.

A regulamentação do PNHR (MCMVR- Programa Minha Casa Minha Vida Rural) é para todo o território nacional exigindo a documentação da comprovação de renda (DAP), a titularidade da terra, os documentos civis dos beneficiários e os projetos (de arquitetura e o social). Para os assentados do INCRA (grupo 1) a renda e a titularidade são atendidas apenas com a Relação de Beneficiários (RB) fornecida pelo INCRA tornando o processo mais simples para esse público e portanto bem menos burocrático.

A produção ou reforma (ampliação, melhorias e conclusão das obras das moradias) são modalidades do PNHR que podem ser propostas por qualquer entidade organizadora, seja ela pública ou privada, formada por mulheres, por homens ou mista. O que vai garantir a contratação da operação, além do orçamento (meta) disponível é a qualidade da proposta e a sua aprovação pelo agente financeiro, de acordo com as regras vigentes.

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Resposta: Será instituída uma ação governamental articulada entre Ministérios (MDA/Incra, MDS, CIDADES e PESCA), visando incidir na implementação e ampliação de quintais produtivos para mulheres rurais.

----- DEMANDA 224 -----

Digital: 0003327

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

22) Concluir o Cadastro Ambiental Rural – CAR nos Projetos de Assentamentos, no prazo previsto (4/5/16), assim como para as demais áreas até 4 módulos fiscais, sem punição nem cobrança de taxas e a realização de ações de Educação ambiental e manejo dos recursos naturais;

Resposta: O MDA está via SAF realizando várias ações para possibilitar que os agricultores e agricultoras possam ter acesso ao serviço de elaboração do CAR, com aditivos nas chamadas de ATER e nas parcerias com as EMATER.

108

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----- DEMANDA 225 -----

Digital: 0003328

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

23) Editar e implementar as medidas legais que regulamentem e atualizem as condições do Programa Nacional de Crédito Fundiário – PNCF e ampliem as condições de acesso ao programa;

Resposta: Está em andamento Grupo Técnico com a participação do MPOG, MF e MDA coordenado pela Casa Civil que tem por objetivo definir as novas condições e aprimoramentos ao Programa Nacional de Crédito Fundiário.

----- DEMANDA 226 -----

Digital: 0003329

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

24) Assegurar o acesso prioritário das mulheres ao PNCF, por meio de orientações e normas específicas, além de estabelecer a cota, de no mínimo de 30%, para as mulheres no programa, como forma de atender à demanda reprimida;

Resposta: Está em andamento Grupo Técnico com a participação do MPOG, MF e MDA coordenado pela Casa Civil que tem por objetivo definir as novas condições e aprimoramentos ao Programa Nacional de Crédito Fundiário.

----- DEMANDA 227 -----

Digital: 0003330

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

25) Assegurar assessoria técnica específica às mulheres integrantes do PNCF, de modo a estimular sua organização produtiva e orientar o seu acesso aos créditos e às políticas públicas;

Resposta: Está em andamento Grupo Técnico com a participação do MPOG, MF e MDA coordenado pela Casa Civil que tem por objetivo definir as novas condições e aprimoramentos ao Programa Nacional de Crédito Fundiário.

----- DEMANDA 228 -----

Digital: 0003331

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

109

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26) Garantir capacitação de técnicos e técnicas integrantes da rede de apoio e assessoria técnica do PNCF, com enfoque nas relações de gênero e nas políticas para as mulheres;

Resposta: A SRA realiza ações de capacitação de técnicos e técnicas integrantes da rede de apoio, com enfoque nas relações de gênero e irá articular com a DPMRQ ações especificas de formação de agentes de ATER para o trabalho com as mulheres beneficiarias do PNCF com recursos da SRA.

----- DEMANDA 229 -----

Digital: 0003332

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

27) Elaborar uma norma destinada às UTEs – Unidades Técnicas Estaduais determinando o acompanhamento do ato de registro das escrituras das terras obtidas pelo PNCF para garantir que os cartórios promovam o registro do título de domínio conjunto para o homem e a mulher;

Resposta: Está em andamento Grupo Técnico com a participação do MPOG, MF e MDA coordenado pela Casa Civil que tem por objetivo definir as novas condições e aprimoramentos ao Programa Nacional de Crédito Fundiário.

----- DEMANDA 230 -----

Digital: 0003333

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

28) Melhorar e dar qualidade de atendimento à demanda pelo PNCF, ampliando a capacidade técnica e operacional das UTEs – Unidades Técnicas Estaduais ou viabilizando a execução das ações por outros órgãos governamentais que tenham condições de implementar o programa nos estados.

Resposta: Está em andamento Grupo Técnico com a participação do MPOG, MF e MDA coordenado pela Casa Civil que tem por objetivo definir as novas condições e aprimoramentos ao Programa Nacional de Crédito Fundiário.

AS MARGARIDAS NA LUTA PELA ÁGUA

----- DEMANDA 231-----

Digital: 0003334

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

1) Dialogar sobre a política nacional e estadual de recursos hídricos, fortalecendo os espaços e ações de participação popular e o controle e gestão social das águas, como os comitês de bacias, garantindo a participação das mulheres, na busca por projetos que trabalhem a recuperação de nascentes;

110

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Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 232 -----

Digital: 0003335 e 0003336

Destino: MI - Secretaria-Executiva - MI/SECEX

Solicitação:

2) Efetivar e ampliar as ações do Programa Água Para Todos, intensificar ações que potencializem o acesso a água potável em todas as regiões do país. Continuar atenção para a região Nordeste, ampliando-a para as regiões Sudeste, que vive um contexto de falta de água, assim como a região da Amazônia, que sofre pela falta de acesso a água potável para consumo humano, em especial nas populações ribeirinhas, no entorno das áreas urbanas. Estas ações devem ser fortalecidas conjuntamente com programas de saneamento básico;

Resposta: As demandas elencadas são atendidas pelos diversos executores do Programa Água para Todos (MI, MDS, MMA, FUNASA, FBB). Dentre as ações, destacam-se a construção de sistemas simplificados em comunidades rurais – inclusive por meio de recuperação/instalação de poços já existentes e perfuração de novos poços –, construção de barragens subterrâneas, dessalinizadores (quando necessário) e pequenas barragens. O Programa possui ainda, como diretriz, a implementação de tecnologias que se coadunem com as vocações e realidades locais já existentes, buscando articular-se a outras iniciativas relacionadas à infraestrutura hídrica e inclusão produtiva existentes na região.

A proposta de ampliação futura do Programa depende da existe da existência de disponibilidade orçamentária. E para uma maior efetividade do atendimento de reivindicações é sempre importante indicar localidades ou regiões específicas que devem ser priorizadas, para avaliação de possibilidade de atendimento.

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Resposta: O Programa Cisternas continua sua atuação na região do Semiárido. Sobre Amazônia ver resposta acima.

----- DEMANDA 233 -----

Digital: 0003337

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Solicitação:

3) Transformar em política pública, programas como P1MC- Programa Um Milhão de Cisternas e o P1+2 – Programa Uma Terra, Duas Águas, ampliando sua atuação para todas as regiões do país, além de rever critérios que definem e ampliem as/os beneficiárias/os. Reconhecermos que esses programas trouxeram importantes avanços na última década e que têm possibilitado o acesso a tecnologias sociais de captação de água de chuva para beber e produzir, além de trazer trabalho e renda para os/as

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Page 112:  · Web viewO objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral

pedreiros/as ou cisterneiros/as das comunidades e contribuir para o processo de organização local, municipal, regional e estadual. Nesse contexto, somos contrárias às cisternas de polietileno/plástico.

Resposta: O Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e Outras Tecnologias Sociais de Acesso à Água - Programa Cisternas foi criado pela Lei nº 12.873/2013 e regulamentado pelo Decreto nº 8.038/2013, e trabalha com tecnologias sociais de acesso à água entendidas como um conjunto de técnicas e métodos aplicados para captação, uso e gestão da água, desenvolvidos a partir da interação entre conhecimento local e técnico, apropriados e implementados com a participação da comunidade.

----- DEMANDA 234 -----

Digital: 0003338

Destino: MME - Secretaria-Executiva - MME/SE

Solicitação:

4) Restringir o uso de água potável para a mineração, estabelecendo metas de redução do consumo de água para as grandes indústrias, assim como, incentivar técnicas de reutilização, visto que esse tem sido de fato um dos maiores consumidores de água, em especial na região sudeste;

Resposta: A gestão da água não é exclusiva do Poder Executivo Federal. Sua gestão é principalmente exercida pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH, com composição de representantes da União, dos Estados, dos municípios e da sociedade civil organizada, conforme legislação ambiental. Sabe-se que a indústria mineral não é a maior consumidora de água do País e o setor mineral vem investindo em tecnologias para o reuso da água e para a redução do seu consumo. No entanto, entendemos que mais políticas públicas podem estimular a indústria na redução do uso da água e do aumento do reuso. Assim, o Ministério de Minas e Energia – MME - tem buscado parcerias junto ao Ministério de Meio Ambiente – MMA, dentre outros, para construir essas políticas dentro do CNRH.

----- DEMANDA 235 -----

Digital: 0003339

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

5) Garantir fiscalização para efetivar o cumprimento da lei de proteção às nascentes a partir da contratação de pessoal qualificado para promover mais agilidade aos projetos existentes (exemplo: Projeto Reflorestar), assim como intensificar ações de proteção aos lençóis freáticos;

Resposta: A ANA desenvolve programa de monitoramento da qualidade e quantidade das águas superficiais e realiza operações de fiscalização aos empreendimentos aos quais concede a outorga do direito de uso de água superficial (de domínio da União). Entretanto, cabe lembrar que a competência para fiscalizar a proteção de nascentes e dos lençóis freáticos é, precipuamente, dos órgãos estaduais.

----- DEMANDA 236 -----

Digital: 0003340

112

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Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

6) Garantir abastecimento de água tratada nos assentamentos e comunidades tradicionais do campo, da floresta e das águas, em situações de estiagem, enchentes e catástrofes tomando providências para a segurança hídrica, reativação dos poços artesianos já existentes nos assentamentos de reforma agrária e comunidades rurais e povos e comunidades tradicionais;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 237-----

Digital: 0003341

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

7) Realizar campanhas de conscientização da população para o uso sustentável da água;

Resposta: O principal uso consuntivo de água é na irrigação (72% do total). Recentemente a ANA, o MMA, o MAPA e o MI firmaram um acordo de cooperação técnica, focado no uso racional da água de irrigação e que, também, contempla um programa de capacitação de agentes relacionados ao tema. Além disso, a ANA realiza, sistematicamente, cursos de capacitação, presenciais e à distância, para técnicos, estudantes, professores, usuários de água e outros agentes, focados na gestão de recursos hídricos. A ANA também dispõe e apresenta em eventos específicos material lúdico/didático (jogo eletrônico e vídeos – material disponível), voltado às crianças e professores e focado na questão do uso consciente da água. O programa A3P da ANA/MMA também disponibiliza um manual de boas práticas e dicas para o uso sustentável da água (uso/reuso/captação).

AS MARGARIDAS NA LUTA PELA AGROECOLOGIA

----- DEMANDA 238 -----

Digital: 0003342

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

1) Promover a ampliação do quadro de técnicas e técnicos de ATER pública e gratuita com consórcios governamentais e não-governamentais, incorporando em condições de igualdade as redes de ATER cooperativadas, garantindo a contratação de no mínimo 30% de mulheres para os quadros de ATER e os 50% do público de mulheres acompanhadas, usando 30% de recursos específicos para atividades com mulheres e incluindo as atividades de recreação infantil, qualificando-os, a partir de formações continuadas, buscando compreender sobre as especificidades de gênero no campo, nas florestas e nas águas, garantindo e valorizando a produção das mulheres camponesas organizadas. Estabelecer como principal resultado a ser alcançado o aumento na qualidade de vida e de produção de todas (os) integrantes das famílias e não apenas a quantidade de horas de acompanhamento;

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Resposta: As chamadas públicas da SAF preveem um percentual de técnicas que gira entre 30 a 50%. Também prevê recreação infantil e atividades específicas para mulheres. Nas chamadas do INCRA, a ampliação do número de técnicas e técnicos de ATER é proporcional ao número de contratos firmados. A Coordenação Nacional de ATES recomenda a inserção nos editais da obrigatoriedade de, no mínimo, 30% de mulheres na composição das equipes, estabelecendo, inclusive, como critério de pontuação na análise das propostas técnicas.

----- DEMANDA 239 -----

Digital: 0003343

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

2) Ampliação do apoio à formação política das mulheres rurais, introduzindo o diálogo entre o feminismo e agroecologia nos espaços de formação já existentes; na formação dos técnicos e técnicas que já desenvolvem as atividades de ATER na Agroecologia; e na formação dos futuros técnicos nas universidades e escolas técnicas;

Resposta: Quanto à formação política das mulheres rurais, os projetos das chamadas de organização produtiva da DPMRQ trabalham as políticas públicas para as mulheres nessa perspectiva. A DPMRQ também atua, em parceria com os IFE, na formação de agentes de ATER das organizações que são contratadas na chamada pública de agroecologia da SAF/DATER

----- DEMANDA 240 -----

Digital: 0003344

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

3) Garantir que a implementação da ANATER-Agência Nacional de ATER respeite a perspectiva da agroecologia e da agricultura familiar e que sejam disponibilizados os recursos R$ 1,2 bilhões prometidos. Queremos ainda que seja criada uma Diretoria de mulheres na ANATER, como forma de potencializar o avanço de políticas de assessoria técnica para mulheres, frente ao grande desafio de acesso das mulheres à ATER;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 241 -----

Digital: 0003345

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

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4) Fomentar os estudos e pesquisas, potencializando o tripé: ensino, pesquisa e extensão. Nesse sentido, investir em um sistema capilarizado de pesquisa pública voltada para a agricultura familiar e camponesa, pesca artesanal, comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, ribeirinhas;

Resposta: Essa é uma atribuição do Ministério da Educação e que o MDA tem total interesse em contribuir. Será remetida para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 242 -----

Digital: 0003346

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

5) Incentivar, valorizar e divulgar as experiências da produção agroecológica a partir da realização campanhas de divulgação na mídia, dos espaços de comercialização;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 243 -----

Digital: 0003347

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

6) Criar um prêmio para experiências agroecológicas de mulheres experimentadoras da agricultura familiar;

Resposta: A DPMRQ buscará parcerias para instituir o prêmio a partir de um debate com as organizações de mulheres rurais.

----- DEMANDA 244 -----

Digital: 0003349

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

7) Disponibilizar apoio e recursos financeiros e humanos para a criação e ampliação de Farmácias Vivas, realizando oficinas e intercâmbios que qualifiquem para o aprimoramento na manipulação das ervas e plantas medicinais;

Resposta: Como estratégia para implantação de farmácias vivas, a PINPIC disponibiliza o curso de Gestão em PICs na Comunidade de Práticas (CdP) - https://cursos.atencaobasica.org.br/courses/7803Este curso, além das farmácias vivas, traz experiências de locais que implantaram diversos serviços que ofertam PICs e um passo a passo do processo de implantação. O DAB em 2013 publicou edital de chamamento público no valor de R$ 2 milhões, de apoio ao fortalecimento de ações e serviços de PICs, contemplando 17 propostas entre Estados e municípios, atualmente encontram-se em fase de execução. Para além disso o

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Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) coordena a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. A Portaria Interministerial nº 2.960/2008 instituiu o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, coordenado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. O Comitê é formado por representantes do governo e da sociedade civil e tem a missão de monitorar e avaliar o Programa Nacional, assim como de verificar a ampliação das opções terapêuticas aos usuários e a garantia de acesso a plantas medicinais e fitoterápicos e serviços relacionados pelo SUS. Dentre outras ações, o Comitê vai acompanhar as iniciativas de promoção à pesquisa, desenvolvimento de tecnologia e inovações nas diversas etapas da cadeia produtiva. Assim como, publicação de editais de apoio ao desenvolvimento de projetos em arranjos produtivos locais.

----- DEMANDA 245 -----

Digital: 0003350 e 0003351

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

8) Fomentar a produção agroecológica com a disponibilidade de recursos para as ações de conservação e preservação, vinculando, por exemplo, o recebimento do Bolsa Verde ao critério de produção agroecológica.

Resposta: Nos termos do Decreto n. 7.572/11, o Programa Bolsa Verde seleciona áreas que estejam com a cobertura vegetal em conformidade com a legislação ambiental ou inseridas em processo de regularização ambiental reconhecidos pelo governo federal. As áreas atualmente priorizadas para o programa, quando de seu ingresso, devem estar em conformidade, podendo permanecer mediante processo de regularização no caso de posterior desconformidade. No processo de regularização, poderão ser definidas ações relacionadas à prática de atividades produtivas sustentáveis e agroecológicas, visando a recuperação e enriquecimento ambiental destas áreas, além da promoção socioeconômica das famílias. Ademais, estão previstas ações, no PPA 2016-2019, voltadas ao fomento à inclusão produtiva sustentável em áreas do Bolsa Verde, dentre estas, assistência técnica, capacitação e apoio a projetos voltados ao agroextrativismo de base agroecológica.

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Resposta: A PNAPO, por meio do PLANAPO, tem como objetivo articular e integrar diversa políticas públicas de fomento à produção agroecológica e orgânica, com ações de conservação e preservação ambiental e de recursos genéticos. No âmbito do MDA já existe programa projetos e ações em andamento, como é o caso da chamadas de ATER especifica para transição agroecológica, como políticas de incentivo à produção de alimentos saudáveis. Estamos no processo de ampliação da base do CAR. No que se refere a fiscalização e combate ao desmatamento e bolsa verde essas são ações do MMA.

Apoio à agricultura urbana e periurbana

----- DEMANDA 246 -----

Digital: 0003352 e 0003353

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Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

9) É preciso que os governos reconheçam a importância do cultivo de alimentos nas cidades, criando políticas de apoio à agricultura urbana e periurbana que contribuam para a soberania alimentar das famílias que vivem nas cidades. A maioria das experiências de agricultura urbana no Brasil é protagonizada por mulheres. Muitas destas mulheres têm origem rural e tiveram suas famílias expulsas do campo pelo avanço do agronegócio em seus territórios de origem. Outras são de origem urbana e se aproximaram da agricultura pela preocupação com a saúde e o alimento pessoal e das famílias. Os desafios da agroecologia nas zonas urbanas são ainda maiores do que da agroecologia nas áreas rurais, além da necessidade de serem reconhecidas pelo papel fundamental que têm exercido para a segurança alimentar.

Resposta: Não há impedimento legal aos agricultores e agricultoras familiares que estejam em perímetros urbanos de acesso as políticas públicas do MDA, desde que a atividade seja caracterizada como atividade agropecuária e que o/a solicitante da DAP se enquadre na Lei nº 11.326. O tema agricultura urbana está em discussão interna no âmbito do governo.

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Resposta: O MDS não está apoiando a iniciativas de agricultura urbana.

----- DEMANDA 247 -----

Digital: 0003354 e 0003355

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Solicitação:

10) É preciso criar legislações adequadas as demandas das experiências de agricultura urbana e periurbana, pois as mesmas não conseguem acessar as políticas voltadas para a agricultura familiar devido à dificuldade de enquadramento numa lei que restringe o conceito de agricultura familiar e à quase ausência de uma política voltada, de fato, para a agricultura urbana;

Resposta: O MDS não está apoiando a iniciativas de agricultura urbana.

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Resposta: A CAISAN determinou a criação de um Grupo de Trabalho que será coordenado pelo MDA para propor um novo arranjo institucional para a coordenação da política nacional de agricultura urbana e periurbana. Este Grupo de Trabalho deverá apresentar à CAISAN uma nova proposta que recolocará a Agricultura urbana como um dos Programas importantes no Governo Federal.

----- DEMANDA 248 -----

Digital: 0003356

117

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Destino: MCIDADES - Secretaria-Executiva - MCIDADES/SE

Solicitação:

11) Garantir apoio às áreas de cultivo frente à especulação imobiliária nas grandes cidades. Muitos terrenos e quintais estão desaparecendo e, cada vez mais, a agricultura urbana está sendo empurrada para locais mais distantes da cidade. Não há a garantia dos quintais nas políticas de habitação nem de espaços comunitários para a prática da agroecologia nas cidades, o que torna a prática ainda mais restrita

Resposta: A peculiaridade do MCidades limita a sua atuação, deste modo o que o aproxima das populações do campo, das águas e das florestas é exclusivamente a provisão habitacional devendo as demais políticas, de suma importância para o desenvolvimento rural, ser construídas nas parcerias com os órgãos afins.

Desde dezembro de 2014 (Portaria nº 811, DOU de 24/12/2014) o MCidades conta com um Grupo de Trabalho voltado para discutir as questões afetas à moradia rural com participação da sociedade civil organizada e de órgãos federais. Esse espaço é adequado para as discussões e levantamento de proposições de políticas complementares ao PNHR, bem como de ajustes e todos esses temas podem ser trazidos como proposta para o diálogo.

NO DIÁLOGO COM O BNDS

----- DEMANDA 249 -----

Digital: 0003357

Destino: MDIC - Secretaria-Executiva - MDIC/SE

Solicitação:

1) Tome como objetivo central a promoção do desenvolvimento nacional, soberano, solidário e sustentável de cada pessoa e comunidade que constitui nosso vasto País, na perspectiva de superar desigualdades;

Resposta: Atendendo suas atribuições legais, o MDIC promove o desenvolvimento nacional e também o desenvolvimento na esfera pessoal por meio de políticas públicas para de desenvolvimento da indústria, do comércio e dos serviços; propriedade intelectual e transferência de tecnologia; metrologia, normalização e qualidade industrial; políticas de comércio exterior; regulamentação e execução dos programas e atividades relativas ao comércio exterior; aplicação dos mecanismos de defesa comercial; participação em negociações internacionais relativas ao comércio exterior; execução das atividades de registro do comércio.

----- DEMANDA 250 -----

Digital: 0003358

Destino: MDIC - Secretaria-Executiva - MDIC/SE

Solicitação:

2) Potencialize investimento nas dinâmicas econômicas locais e regionais de abastecimento alimentar, assegurando a soberania e o acesso à alimentação adequada e saudável com a abertura de editais

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específicos ao apoio produtivo para mulheres. Em especial apoiar o fortalecimento dos grupos produtivos de mulheres, reconhecendo assim sua contribuição estratégica para a soberania e segurança alimentar e nutricional, como produtoras de alimentos saudáveis e diversificados, e como guardiãs da agrobiodiversidade e produtoras para o consumo das famílias;

Resposta: A Área Agropecuária e de Inclusão Social do BNDES realiza diversas operações com recursos do Fundo Social com instrumentos de priorização a grupos compostos por maioria de mulheres (através de pontuação diferenciada nos editais de apoio), a saber (i) Apoio à agricultura familiar – CONAB, (ii) Prêmio BNDES de Melhores Práticas em Economia Solidária, (iii) Apoio à Juventude Rural e (iv) Programa Ecoforte. Adicionalmente, o Departamento de Economia Solidária do BNDES apoia, através de diversos parceiros, muitos projetos com foco em grupos de mulheres como associações e cooperativas de mulheres camponesas, bordadeiras, agricultoras.

----- DEMANDA 251 -----

Digital: 0003359

Destino: MDIC - Secretaria-Executiva - MDIC/SE

Solicitação:

3) Reveja as regras de financiamento para implantação de grandes projetos, exigindo dos envolvidos a efetiva responsabilização pelos impactos sociais gerados, de forma que a população impactada seja atendida tanto pelo consórcio como pelos contratantes da obra, inclusive com a execução de outras políticas complementares, em especial para as obras que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC;

Resposta: Em conformidade com suas políticas e diretrizes, o BNDES dedica especial atenção aos aspectos ambientais dos projetos que serão objeto de financiamento. Na fase de enquadramento, o BNDES procede a uma avaliação preliminar dos principais aspectos ambientais dos postulantes e do empreendimento, realiza pesquisa cadastral que inclui a verificação de apontamentos referentes a crimes ambientais, bem como classifica a categoria ambiental de cada projeto, levando em consideração critérios como setor e tipo de atividade, localização, impactos ambientais inerentes aos empreendimento, dentre outros.

Na análise para a aprovação do financiamento, são observadas a legislação aplicável, as normas setoriais específicas e a regularidade ambiental. Cabe destacar que o BNDES apenas financia projetos que contam com Plano Básico Ambiental decorrente do EIA/RIMA, quando exigido pela legislação, bem como apenas concede colaboração financeira com a licença de instalação do projeto válida e emitida pelo órgão ambiental competente.

Por fim, durante o acompanhamento, o BNDES verifica o cumprimento de eventuais medidas mitigadoras e obrigações assumidas pela Beneficiária em termos de ajustamento de conduta e eventualmente no próprio contrato de financiamento, bem como a exige apresentação da licença de operação do projeto apoiado válida e emitida pelo órgão ambiental competente.

Adicionalmente, o BNDES incentiva a Linha ISE (Investimentos Sociais da Empresa), por meio do Subcrédito Social, destinado a investimentos sociais na área de influência do projeto, não contemplados nos licenciamentos ambientais e/ou nos programas socioambientais, realizados por empresas, associações sem fins lucrativos ou fundações, isoladamente ou em parceria com instituições públicas.

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----- DEMANDA 252 -----

Digital: 0003360

Destino: MDIC - Secretaria-Executiva - MDIC/SE

Solicitação:

4) Inicie o debate sobre o restabelecimento de perdas (sociais e ambientais) resultantes de cada projeto financiado pelo BNDES, na perspectiva de elaborar e apoiar, sob controle popular, Planos de Recuperação e Desenvolvimento Econômico e Social das Comunidades Atingidas por Empreendimentos, em especial do Setor Elétrico, levante as informações sobre a situação social e ambiental dos projetos em andamento que contam com financiamento do BNDES, incluindo as ações do Banco para impedir que se criem novos passivos;

Resposta: Além de exigir a regularidade ambiental durante todo o período dos contratos de financiamento, o BNDES também financia a implantação das atividades do Plano Básico Ambiental e das condicionantes do licenciamento ambiental, acompanhando a execução desses gastos ao longo da implantação dos projetos.

Em projetos de maior impacto regional, com expressiva concentração de investimentos e priorizados pelo BNDES, é aplicada a Política de Atuação no Entorno de Projetos. Busca-se promover o apoio coordenado de ações e investimentos de diversas naturezas, seguindo o planejamento e a pactuação territorial, incluindo a participação do poder público, sociedade civil e demais agentes interessados.Com relação a questões sociais associadas aos empreendimentos apoiados, o BNDES dispõe de um instrumento de apoio denominado Linha Investimentos Sociais de Empresas (Linha ISE). Por meio desta Linha, recomenda-se a realização de investimentos sociais pelos beneficiários que recebam apoio financeiro superior a R$ 100 milhões. Há dois tipos de iniciativas apoiáveis: no âmbito da empresa, que tem como público-alvo os funcionários, suas famílias, fornecedores ou clientes; ou no âmbito da comunidade, beneficiando, em especial, populações expostas a algum tipo de risco e que sejam localizadas no entorno dos projetos apoiados pelo BNDES. A existência deste tipo de incentivo tem por objetivo a mitigação de impactos sociais, a elevação do grau de responsabilidade social empresarial e o fortalecimento de políticas públicas desenvolvidas nos diferentes níveis federativos (ver também resposta dada à demanda 3359).

----- DEMANDA 253 -----

Digital: 0003361

Destino: MDIC - Secretaria-Executiva - MDIC/SE

Solicitação:

5) Estabelecer mecanismos de controle social sobre a atuação do Banco, bem como sua reorientação em favor de uma maior diversificação produtiva e descentralização econômica, fortalecendo assim cadeias produtivas cujas com forte inserção da agricultura familiar. Este mecanismo é necessário, especialmente em razão dos impactos sociais e ambientais gerados pelos grandes conglomerados empresariais e financeiros, prioritariamente nos setores de mineração e siderurgia, papel e celulose, agropecuária, petróleo e gás, hidroelétrico e etanol;

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Resposta: O BNDES apoia a geração de trabalho e renda com recursos do Fundo Social através de diversas ações, atuando junto agropecuária familiar, fortalecimento do cooperativismo, apoio a assentados, inclusão sócio-produtiva urbana, artesanato, catadores de materiais recicláveis etc. Aproximadamente 30 mil projetos neste âmbito já foram apoiados, com mais de 262 mil beneficiados.

Adicionalmente, o BNDES promove o Fórum de Diálogo entre o BNDES e a Sociedade Civil Organizada, que tem por finalidade a promoção do diálogo e debate acerca de temas de interesse do BNDES e da Sociedade Civil Organizada, visando criar um espaço de comunicação no qual seja possível ao BNDES ouvir a Sociedade Civil Organizada e, ao mesmo tempo, proporcionar o melhor conhecimento acerca do funcionamento do BNDES, esclarecendo dúvidas e prestando informações, viabilizando, assim, uma agenda positiva e democrática de participação social no âmbito do BNDES. Em 2014, Diretores e executivos do BNDES discutiram temas como transparência e acesso à informação e política sócio-ambiental.

----- DEMANDA 254 -----

Digital: 0003362

Destino: MDIC - Secretaria-Executiva - MDIC/SE

Solicitação:

6) Reveja a estratégia de investimento na Amazônia, especialmente porque observamos que, em relação ao Fundo Amazônia, existe um antagonismo entre o objetivo do Fundo e o resultado prático do apoio que o BNDES proporciona a grandes projetos econômicos localizados no meio rural que induzem ao desmatamento do bioma amazônico. Compreendemos que o desafio central para o enfrentamento do desmatamento na Amazônia e em outros biomas é a solução dos graves problemas fundiários, que estão na raiz dos conflitos socioambientais, que deveriam contar com o BNDES como um de seus principais apoiadores. O desmatamento resultante do avanço das monoculturas, das políticas de concessão de crédito que favorecem o agronegócio e do modelo de desenvolvimento planejado para viabilizar a exploração predatória e exportação de recursos naturais, só será evitado a partir de um reordenamento territorial em bases sustentáveis, do reconhecimento jurídico dos territórios dos povos e das comunidades tradicionais e povos originários e da realização de uma reforma agrária ancorada na construção de estrutura produtiva baseada na agricultura familiar e camponesa com propriedade e gestão coletiva da terra, orientada para atender a segurança alimentar e nutricional do povo brasileiro. Neste sentido propomos que o Fundo Amazônia redirecione suas prioridades, apoiando projetos diretamente relacionados ao desenvolvimento dos assentamentos e ao desenvolvimento das práticas agroecológicas, inclusive potencializando ações que irão solucionar os passivos que serão identificados após a realização do CAR- Cadastro Ambiental Rural.

Resposta: Com relação à proposta apresentada, o BNDES informa que o Fundo Amazônia já apoia 74 projetos no valor de cerca de R$ 1,2 bilhão nas áreas de manejo florestal sustentável; atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da floresta; zoneamento ecológico e econômico, ordenamento territorial e regularização fundiária, conforme o disposto no art. 1º, inciso V, do Decreto nº 6.527/2008, que autorizou sua criação.

Além disso, o escopo de atuação proposto (3362) está contemplado dentre as prioridades de apoio do fundo Amazônia, já que, dentre os focos de atuação do Fundo Amazônia para o biênio 2015-16, destaca-se a implementação do “Programa Assentamentos Verdes” (Programa de Prevenção, Combate e Alternativas ao Desmatamento Ilegal em Assentamentos da Amazônia).

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Por outro lado, é importante destacar que existe uma instância deliberativa denominada Comitê Orientador do Fundo Amazônia – COFA, formado de três blocos: governo federal, governos estaduais e sociedade civil. Cada bloco tem direito a um voto nas deliberações e todas as decisões são realizadas consensualmente.

O COFA tem a atribuição de determinar as diretrizes do Fundo Amazônia, bem como acompanhar os resultados obtidos. Cabe a este órgão, ainda, o papel de zelar pela fidelidade das iniciativas apoiadas pelo Fundo Amazônia, pela determinação de suas diretrizes de aplicação dos recursos, em conformidade com o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal – PPCDAM e as diretrizes estratégicas do Plano Amazônia Sustentável – PAS.

Sendo assim, qualquer redirecionamento de prioridades de atuação do Fundo Amazônia deverá ser previamente submetido à deliberação do COFA.

Para maiores informações, favor consultar os links a seguir:

http://www.fundoamazonia.gov.br/FundoAmazonia/fam/site_pt/Esquerdo/Fundo/cofa.html

http://www.fundoamazonia.gov.br/FundoAmazonia/fam/site_pt/Esquerdo/Projetos_Apoiados/

http://www.fundoamazonia.gov.br/FundoAmazonia/export/sites/default/site_pt/Galerias/Arquivos/diretrizes_criterios/Diretrizes_e_Critxrios_FA_25_06_2015.pdf

----- DEMANDA 255 -----

Digital: 0003363

Destino: MDIC - Secretaria-Executiva - MDIC/SE

Solicitação:

7) Assegurar a responsabilidade socioambiental dos projetos financiados pelo BNDES em outros países. Somamo-nos à voz de agricultores e agricultoras familiares, indígenas em diversos países onde diversos projetos de desenvolvimento são financiados pelo BNDES, compreendendo a necessidade de garantir a consulta popular e a voz das comunidades impactadas pelos grandes projetos.

Resposta: A política do BNDES de apoio à exportação de bens e serviços exige, na hipótese das exportações brasileiras se destinarem a projetos que possam ter elevados impactos socioambientais (dentre eles impactos em terras e povos indígenas), a apresentação de parecer jurídico emitido por advogado local, o qual deve analisar os documentos socioambientais referentes ao projeto e atestar:

(i) se foram obtidas, e se encontram válidas, todas as permissões, autorizações, licenças e concessões referentes à legislação socioambiental vigente no país destino das exportações; e

(ii) se estão sendo regularmente cumpridas todas as obrigações socioambientais perante todas as autoridades competentes no país destino das exportações.

Caso existam condicionantes de natureza social e/ou ambiental, podem ser estabelecidas condições prévias à contratação do financiamento, e/ou condições precedentes ao desembolso de recursos, bem como podem ser definidas obrigações específicas para o exportador e/ou o financiado, a serem inseridas no contrato de financiamento, para a mitigação dos riscos socioambientais, as quais podem ser acompanhadas pelo BNDES durante o período de desembolso e repagamento.

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É importante destacar, contudo, que a definição das medidas a serem adotadas dependerá da análise específica de cada operação, conforme o risco de impactos socioambientais verificado em cada projeto. Ademais, vale ressaltar que a realização dos estudos de impacto e a condução do processo de licenciamento socioambiental do projeto para o qual se destinam às exportações são de responsabilidade do importador e de autoridades governamentais estrangeiras, segundo a legislação aplicável no país.

MAGARIDAS EM DEFESA DA SOCIOBIODIVERSIDADE E DOS BENS COMUNS

----- DEMANDA 256 -----

Digital: 0003365

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

1) Adotar com urgência políticas para a agricultura familiar e para produção do extrativismo sustentável de adaptação e proteção aos impactos das mudanças climáticas, que garantam a superação dos obstáculos decorrentes dos efeitos climáticos, inclusive no atendimento às situações de catástrofes e de emergência e na proteção social às/aos mais vulneráveis;

Resposta: O Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima foi elaborado com objetivo de estabelecer estratégias e diretrizes para promoção da adaptação pelo Governo Federal. O plano foi elaborado considerando a uma visão integrada sobre agricultura, agroecologia, segurança alimentar e populações vulneráveis. A partir de agosto o Plano deve entrar em consulta pública e permitirá um diálogo direto para ajustes na estratégia proposta.

----- DEMANDA 257 -----

Digital: 0003366

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

2) Implementar ações diretas sobre os sistemas de produção, muitos de responsabilidade das/os próprias/os trabalhadoras e trabalhadores, mas, que precisam contar com efetivo aporte público, especialmente na capacitação, informação, geração de conhecimento, disponibilidade de recursos financeiros, tecnologias adequadas bem como fomento, crédito, infraestrutura e serviços públicos necessários às condições de adaptação às mudanças climáticas;

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 258 -----

Digital: 0003368

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

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3) Elaborar e implementar uma Política Nacional de Plantas Medicinais que respeite, valorize e resgate o conhecimento tradicional, incentive a prática da medicina caseira e garanta o livre acesso às plantas medicinais, através do apoio e da aplicação de recursos para a criação e ampliação de Farmácias Vivas, realizando oficinas e intercâmbios que qualifiquem para o aprimoramento na manipulação das ervas e plantas medicinais;

Resposta: O Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) coordena a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. A Portaria Interministerial nº 2.960/2008 instituiu o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, coordenado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. O Comitê é formado por representantes do governo e da sociedade civil e tem a missão de monitorar e avaliar o Programa Nacional, assim como de verificar a ampliação das opções terapêuticas aos usuários e a garantia de acesso a plantas medicinais e fitoterápicos e serviços relacionados pelo SUS. Dentre outras ações, o Comitê vai acompanhar as iniciativas de promoção à pesquisa, desenvolvimento de tecnologia e inovações nas diversas etapas da cadeia produtiva. Assim como, publicação de editais de apoio ao desenvolvimento de projetos em arranjos produtivos locais. Como estratégia para implantação de farmácias vivas a PINPIC disponibiliza o curso de Gestão em PICs na Comunidade de Práticas (CdP) - https://cursos.atencaobasica.org.br/courses/7803Este curso, além das farmácias vivas, traz experiências de locais que implantaram diversos serviços que ofertam PICs e um passo a passo do processo de implantação. Além disso, outras políticas dialogam e apontam ações referentes as Plantas Medicinais e fitoterápicos, como a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas e a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.

----- DEMANDA 259 -----

Digital: 0003544

Destino: CC-PR - Secretaria-Executiva - CC-PR/SEX-CC

Solicitação:

4) Garantir a participação de indígenas, quilombolas, povos e comunidades tradicionais, na regulamentação da Lei 13123, 21-5-2015 que dispõe sobre o Acesso à Biodiversidade e ao Conhecimento Tradicional Associado, respeitando suas proposições.

Resposta: O diálogo com os indígenas, povos e comunidades tradicionais e quilombolas no âmbito da regulamentação da Lei 13.123/15 já está em curso e vem sendo capitaneada pelo Ministério do Meio Ambiente. Nesse sentido, já foram feitas 3 reuniões em Brasília nos meses de junho e julho com representantes desses grupos. Na oportunidade foram planejadas diversas oficinas nacionais e regionais a se realizarem nos meses de julho, agosto e setembro em todas as regiões do país, com o objetivo de garantir a participação ampla e qualificada com os indígenas, quilombolas e povos e comunidades tradicionais na regulamentação da Lei de Acesso à Biodiversidade e ao Conhecimento Tradicional Associado.

Para diminuir impactos das mudanças climáticas

----- DEMANDA 260 -----

Digital: 0003370

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Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

5) Questionar nos espaços devidos o sistema de comercialização de Créditos de Carbono, tendo em vista que esse comércio favorece os países ricos, que a partir da compra dos Créditos emitem maior poluição do que previsto, prejudicando diretamente a sociobiodiversidade e incidindo, primeiramente na saúde da mulher e consequentemente atingindo toda a população;

Resposta: A compra e venda de Reduções Certificadas de Emissões (RCE's, popularmente conhecidas como “créditos de carbono”), não permite que países ricos emitam mais poluição do que o previsto. O “mercado de carbono” envolve reduções de emissões de gases de efeito estufa. Tais gases não são considerados gases poluentes, uma vez que fazem parte inclusive da respiração humana – o gás carbônico, CO2, principal gás de efeito estufa, é simplesmente o gás liberado pelos seres vivos em sua respiração, e é absorvido pelas árvores. Não pode ser considerado gás poluente. Gases de efeito estufa, quando emitidos em excesso, podem afetar a atmosfera, intensificando o processo natural de aquecimento global. Com uma maior camada desses gases envolvendo nosso planeta, pode haver elevação da temperatura média global, afetando os ciclos de chuva (maior ou menor intensidade, aumento dos períodos chuvosos ou de seca, tempestades), estilos de vida dos seres vivos (animais e plantas), bem como elevação do nível do mar (afetando as áreas costeiras, ilhas e arquipélagos). Em resumo, tais gases não são poluentes e não afetam diretamente a sociobiodiversidade, muito menos a saúde da mulher. O que pode ocorrer é um efeito indireto, pois mudanças nas temperaturas globais poderão afetar as espécies como um todo (incluindo insetos transmissores de doenças), reduzir a oferta de alimentos, etc. Os projetos de venda de créditos de carbono garantem a redução das emissões dos gases de efeito estufa no país em desenvolvimento, uma vez que permitem a existência de projetos em tais países.

A venda de créditos de carbono nada mais é que o investimento estrangeiro (dinheiro dos países desenvolvidos) entrando no país em desenvolvimento (no caso o Brasil), para que seja investido em projetos que promovem o desenvolvimento sustentável (ex: geração de energia limpa – eólica, solar, hidrelétrica; adequação de aterros sanitários; melhorias nos procedimentos agropecuários) e que reduzam emissões de gases de efeito estufa (o número da redução de tais gases será contabilizado pelos países desenvolvidos, porém a realização do projeto ocorre em um país em desenvolvimento). Sem o dinheiro oriundo do exterior, tais projetos não existiriam, ou seja, o Brasil não desenvolveria aquelas atividades. Adicionalmente, vale destacar que todos os projetos aprovados para venda de créditos de carbono passam por uma comissão interministerial do Governo Federal, com participação do Ministério do Meio Ambiente, que analisa minuciosamente critérios sociais e ambientais, verificando sua conformidade com a legislação e possíveis benefícios ao país e à sociedade (incluindo homens, mulheres, jovens, idosos, crianças, pessoas com deficiência). Todos os projetos que são aprovados, obrigatoriamente, tiveram analisados os seguintes itens:

a) Contribuição para a sustentabilidade ambiental local;

b) Contribuição para o desenvolvimento das condições de trabalho e a geração líquida de empregos;

c) Contribuição para a distribuição de renda;

d) Contribuição para a capacitação e o desenvolvimento tecnológico;

e) Contribuição para a integração regional e articulação com outros setores.

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Acreditamos que a não existência dos projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que geram os créditos de carbono, seria mais prejudicial ao país e aos atores envolvidos (trabalhadores, homens e mulheres) do que sua existência. Como o nome já diz, são projetos que devem trazer um Desenvolvimento Limpo ao país, um desenvolvimento que também é inclusivo, em todos os aspectos (econômico, social e ambiental).

----- DEMANDA 261 -----

Digital: 0003371

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

6) Vincular o recebimento do Bolsa Verde ao critério de produção agroecológica, pois acreditamos que a conservação ambiental precisa conviver com as atividades produtivas sustentáveis e agroecológicas, que não tem uma lógica produtivista, mas de cuidado com o ambiente e as pessoas;

Resposta: Nos termos do Decreto n. 7.572/11, o Programa Bolsa Verde seleciona áreas que estejam com a cobertura vegetal em conformidade com a legislação ambiental ou inseridas em processo de regularização ambiental reconhecidos pelo governo federal. As áreas atualmente priorizadas para o programa, quando de seu ingresso, devem estar em conformidade, podendo permanecer mediante processo de regularização no caso de posterior desconformidade. No processo de regularização, poderão ser definidas ações relacionadas à prática de atividades produtivas sustentáveis e agroecológicas, visando a recuperação e enriquecimento ambiental destas áreas, além da promoção socioeconômica das famílias. Ademais, estão previstas ações, no PPA 2016-2019, voltadas ao fomento à inclusão produtiva sustentável em áreas do Bolsa Verde, dentre estas, assistência técnica, capacitação e apoio a projetos voltados ao agroextrativismo de base agroecológica.

----- DEMANDA 262 -----

Digital: 0003373

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

7) Garantir na região amazônica fiscalização e combate ao desmatamento de modo a produzir resultados práticos e visíveis, com a ampliação de bases de fiscalização e realizando ações de educação ambiental como forma de estimular práticas que previnam ações degradadoras, contribuindo com o cumprimento da lei ambiental;

Resposta:

DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA

O PPCDAm (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal) está chegando ao final da sua terceira fase de implantação (2012-2015). É uma estratégia de combate ao desmatamento, que envolve um conjunto expressivo de órgãos e entidades federais, e consigo dezenas de ações orçamentárias e extra-orçamentárias que de alguma forma contribuem para combater a intrincada rede de causas que levam ao desmatamento (o modelo lógico da terceira fase do PPCDAm

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apresenta 112 causas que agrupadas formam os principais objetivos do plano). Cabe ao MMA monitorar e coordenar o PPCDAm, mas cabe aos diferentes órgãos e entidades implementarem as ações, muitas das quais dependem de ação conjunta com os Estados e a participação da sociedade civil.

Como resultado prático e visível, o desmatamento na Amazônia vem caindo continuamente desde 2005, atingindo os menores índices nos últimos 4 anos (redução de 80% comparado a 2004). A redução nas taxas deve-se a um combate intenso aos ilícitos, com aprimoramento do monitoramento por satélite, o aumento do efetivo da fiscalização conjunta entre Ibama e Polícia Federal, a regulação de cadeias produtivas como as da soja e carne, a implementação e consolidação de unidades de conservação, a regularização ambiental e fundiária e o acesso a políticas de fomento à produção sustentável, familiar e agroecológica.

AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Implementação do Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (PEAAF), por meio das seguintes ações:

1- Construção participativa de projetos político-pedagógicos de educação ambiental na agricultura familiar e formação de grupos gestores nos seguintes estados amazônicos: Amazonas, Acre, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Rondônia, e em outras localidades: estados da Bahia, Santa Catarina, município de São José dos Campos (SP) e Território do Alto Paraopeba (MG).

Tais projetos são construídos de forma participativa, envolvendo discussões de temas relevantes à realidade de cada local, como seus principais problemas socioambientais, por exemplo, o desmatamento e a poluição de cursos hídricos.

2- Formação de 614 agentes de educação ambiental na agricultura familiar, com aproximadamente 150 destes residentes na região amazônica, por meio de cursos semipresenciais e à distância. Os cursos foram implementados com apoio de parcerias e instituições selecionadas por meio do edital DEA 01/2013 e discutiram, dentre diversos temas, legislação ambiental e práticas produtivas sustentáveis, trabalhando de uma forma geral a prevenção de ações degradadoras.

3- Lançamento do Edital FNMA 01/2013: “Formação de Agentes Populares em educação ambiental na agricultura familiar e implementação de projetos comunitários de educação ambiental”. Cerca de R$9 milhões de reais foram destinados a doze instituições, que firmaram convênio com o Ministério do Meio Ambiente, para implementação de projetos.

Dentre estas instituições, 4 atuam em estados amazônicos, representando aproximadamente 3 milhões de reais para investimento em projetos de educação ambiental na região. Atualmente, 3 destes 4 convênios se encontram em andamento.

Os convênios promovem formações voltadas à reflexão crítica de problemas socioambientais, contribuindo para discussões de temas como desmatamento e alternativas de produção sustentável.

4- Publicações impressas e digitais:

• Três cadernos do Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar – i) Apresentação geral do Programa; ii) Caderno conceitual; iii) Guia metodológico;

http://www.mma.gov.br/publicacoes/educacao-ambiental/category/153-programa-de-educacao-ambiental-e-agricultura-familiar

• Edição especial do Coleciona - Fichário d@ EducadorAmbiental

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http://simat.mma.gov.br/acomweb/Media/Documentos/fb983869-272f-4549-a.pdf

• Livro Boas Práticas em Educação Ambiental na Agricultura Familiar http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80062/CARTILHA_PEAAF_W_I.pdf

Como acessar ao PEAAF?

É estratégia do PEAAF trabalhar prioritariamente com oficinas de abrangência estadual, devido a Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) que o Ministério do Meio Ambiente tem firmado com as Secretarias Estaduais de Meio Ambiente.

Nestas oficinas, une-se poder público Federal, estadual, municipal, sociedade civil, movimentos sociais, empresas privadas, podendo quaisquer instituições com atuação na temática do programa participar da construção conjunta de Projetos Político Pedagógico de Educação Ambiental.

Além disso, o programa desenvolve ações para além das oficinas, possibilitando acesso a materiais formativos e informativos (em maior parte no formato digital) e eventualmente fomentando projetos e cursos de Educação Ambiental por meio de editais públicos.

Para maiores informações acesse o site do MMA no endereço: http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/formacao/agendas-tematicas/item/8267 ou mande e-mail para [email protected].

FISCALIZAÇÃO

Informa-se que os dados disponíveis na página eletrônica do PROJETO PRODES - MONITORAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA BRASILEIRA POR SATÉLITE, do Instituto de Pesquisas Espaciais, endereço http://www.obt.inpe.br/prodes/index.php, demonstram haver continuada redução das taxas de desmatamento da Amazônia nos últimos dez anos.

As taxas de desmatamento da Amazônia tem sido conforme segue:

Taxas 2004 a 2014:

Estados\Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Var. 2014-2013 Var. 2013-2004

Acre 728 592 398 184 254 167 259 280 305 221 312 41% -57%

Amazonas 1232 775 788 610 604 405 595 502 523 583 464 -20% -62%

Amapá 46 33 30 39 100 70 53 66 27 23

Maranhão 755 922 674 631 1271 828 712 396 269 403 246 -39% -67%

Mato Grosso 11814 7145 4333 2678 3258 1049 871 1120 757 1139 1048 -8% -91%

Pará 8870 5899 5659 5526 5607 4281 3770 3008 1741 2346 1829 -22% -79%

Rondônia 3858 3244 2049 1611 1136 482 435 865 773 932 668 -28% -83%

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Page 129:  · Web viewO objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral

Roraima 311 133 231 309 574 121 256 141 124 170 233 37% -25%

Tocantins 158 271 124 63 107 61 49 40 52 74 48 -35% -70%

Amazônia Legal 27772 19014 14286 11651 12911 7464 7000 6418 4571 5891 4848 -18% -83%

A ampliação das bases de fiscalização depende da correspondente comprovação técnica que indique a necessidade de investimento em recursos humanos e materiais não só no IBAMA, mas também nos demais órgãos da federação competentes para exercer a fiscalização do uso de recursos florestais.

Em respeito ao princípio da finalidade da administração pública, que deve reger a gestão do emprego dos recursos destinados aos órgãos públicos, conforme o artigo 2º da LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999 e em respeito ao princípio constitucional da eficiência na administração pública, cabe observar que, conforme a LEI Nº 7.735, DE 22 DE FEVEREIRO DE 1989, não é atividade finalística do IBAMA execução de atividades de educação ambiental em âmbito federal, recaindo essa finalidade ao ICMBIO, conforme o inciso III do Artigo 1º da LEI Nº 11.516, DE 28 DE AGOSTO DE 2007.

----- DEMANDA 263 -----

Digital: 0003375

Destino: SGPR - Departamento de Diálogos Sociais - SGPR/SNAS-SGPR/NI

Solicitação:

8) Desenvolver políticas transversais entre/nos Ministérios, a fim de que o poder público trate das questões referentes à adaptação e proteção dos impactos das mudanças climáticas na produção e na vida das regiões, inclusive no atendimento às situações de catástrofes e de emergências e na proteção social das/dos agricultores/as familiares, camponeses e extrativistas vulneráveis.

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

Valorização, preservação e conservação da biodiversidade

----- DEMANDA 264 -----

Digital: 0003376

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

9) Garantir fiscalização permanente nos limites dos rios, igarapés, cachoeiras, serras, APP-Áreas de Preservação Permanente, combatendo a poluição destes, através de ações compartilhadas entre governos e sociedade civil, responsabilizando as empresas poluidoras, punindo-as com multa e obrigação do reflorestamento com plantas nativas;

Resposta: Quanto a proteção dos recursos florestais o combate a poluição dos rios, em conformidade com a Lei Complementar Nº 140/2011 e no que se refere às áreas em que prevalece a competência da

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Page 130:  · Web viewO objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral

União, a exemplo de Terras Indígenas, Unidades Federais de Conservação e empreendimentos e atividades licenciados pela União, o IBAMA prevê e executa as ações prioritárias a serem custeadas pelo Governo Federal, através do seu Plano Nacional Anual de Proteção Ambiental – PNAPA. Prova dos resultados favoráveis desse planejamento é a queda de 83% no ritmo do desmatamento na Amazônia legal em relação aos últimos dez anos.

No que se refere às áreas em que prevaleça a competência dos demais entes da federação, sejam Estados, ou sejam Municípios, a exemplo de recursos florestais situados em imóveis rurais, Unidades de conservação Estaduais ou Municipais e empreendimentos e atividades licenciados pelos Estados ou Municípios, estes devem planejar, executar e custear as ações de proteção que lhes sejam prioritárias.

Cabe observar que as equipes do IBAMA designadas para a execução das ações federais previamente planejadas, quando se deparam com ilícitos, atuam circunstancialmente para sancionar e fazer cessar e reparar o dano ambiental, independentemente de a qual esfera de poder caiba a competência prioritária para proteger a área danificada, pois assim preceitua a legislação em vigor.

A implantação de fiscalização permanente, porém, seja por parte da União, seja por parte dos Estados e Municípios, depende da correspondente comprovação técnica que comprove a necessidade de empregar esse método de atuação e que justifique o correspondente investimento em recursos humanos e materiais não só no IBAMA, mas também nos demais órgãos estaduais e municipais competentes para exercer a fiscalização ambiental.

Quanto à atuação da Agência Nacional de Águas, é feita a fiscalização dos empreendimentos aos quais concede a outorga para uso de águas de domínio da União, com controle de algumas variáveis (relevantes) de carga poluente. Para subsidiar a atuação dos órgãos ambientais, a ANA tem disponível o balanço quali-quantitativo das águas, que identifica áreas críticas.

----- DEMANDA 265 -----

Digital: 0003377

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

10) Realizar campanhas para divulgação dos subprodutos da sociobiodiversidade, mostrando sua qualidade e importância para a saúde e a alimentação, incentivando os produtivos locais de cada bioma e garantindo a comercialização destes nos programas de compras públicas governamentais, a exemplo do PAA, PNAE, PGPM Bio;

Resposta: As proposta de campanhas estão sendo produzidas pela Ascom e serão levada à SECOM ainda este mês. O objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral e a valorização da diversidade da agricultura familiar, a partir de suas características locais e regionais. Para além das campanhas, a SAF, via PAA e PNAE, prioriza em seus normativos a aquisição de produtos orgânicos e agroecológicos, incentivando a comercialização dos produtos locais como os produtos da sociobiodiversidade.

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----- DEMANDA 266 -----

Digital: 0003378

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

11) Apoiar a realização de pesquisas e diagnósticos sobre os impactos sociais e ambientais das grandes obras e projetos, assim como do agronegócio, da mineração e das hidrelétricas, contribuindo com a divulgação dos resultados para a sociedade, podendo ser subsídio ou contraposição aos EIA/RIMAs;

Resposta: O processo de licenciamento ambiental considera a avaliação dos impactos e acompanhamento da implantação das medidas de mitigação, compensação e controle relativas aos aspectos sociais do empreendimento e da região de inserção. Essa análise é realizada pelo Meio Socioeconômico do Ibama, compreendendo analistas com formações específicas, incluindo: geográfos, sociólogos, historiadores dentre outros.

A caracterização detalhada dos grupos sociais, assim como análise dos possíveis impactos causados a estes grupos pelos empreendimentos hidrelétricos é realizada no contexto dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), no âmbito do diagnóstico ambiental realizado para cada empreendimento.

Durante todo o processo de licenciamento ambiental dos empreendimentos são gerados dados oriundos de monitoramentos e estudos específicos no meio ambiente socioecionômico. Como medidas mitigadoras aos impactos socioeconômicos, usualmente, são desenvolvidos programas ambientais para todos os empreendimentos sujeitos a licenciamento ambiental como o Programa de Indenização e Remanejamento da população, Comunicação Social, Educação Ambiental, de Saúde Pública, dentre outros.

----- DEMANDA 267 -----

Digital: 0003379

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

12) Criar programas, com recursos não reembolsáveis, para os municípios a fim de desenvolver projetos de conservação e preservação do meio ambiente no incentivo de práticas agroecológicas, assim como garantir compensação financeira para os/as agricultores/as familiares, povos e comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas que preservam a floresta, as águas e o meio ambiente;

Resposta: A falta de um marco legal para pagamento por serviços ambientais tem sido um forte freio para incentivar as boas práticas. Entretanto, já existem alguns programas sendo desenvolvidos. Entre estes, o programa Produtor de Água, coordenado pela ANA, em parceria multi-institucional, e que premia produtores rurais comprometidos com a conservação e recuperação de pequenas bacias hidrográficas; o principal esforço atual da Ana é o de conferir escala a essa boa experiência.

O Fundo Clima apoia, desde 2011, projetos de adaptação das populações vulneráveis à mudança do clima nos municípios e estados, com prefeituras municipais, governos estaduais e entidades não governamentais tais como assistência técnica em manejo florestal e agroecologia, planos de gestão territoriais e prevenção de incêndio em terras indígenas, intervenções físicas para captação e retenção de

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água, criação e manutenção de viveiros de mudas, prevenção contra processos erosivos e de combate à desertificação, produção de energia solar para pescadores artesanais.

O Fundo Amazônia já aprovou mais de 330 milhões em 34 projetos para o terceiro setor, contemplando mais de 1200 pequenos e médios subprojetos com a componente “produção sustentável” fortalecendo organizações comunitárias, extrativistas e familiares.

Além destes existem mais 9 projetos em análise, já selecionados via chamada pública, para apoio à implementação de Planos de Gestão Ambiental e Territorial em Terras indígenas. O apoio previsto é de cerca de 70 milhões de reais, e contemplará 40 Terras, 73 etnias e 905 aldeias. É de extrema relevância que a sociedade monitore a implementação destes projetos e entrem em contato constante com as organizações executoras dos recursos.

----- DEMANDA 268 -----

Digital: 0003380

Destino: MMA - Secretaria-Executiva - MMA/SE

Solicitação:

13) Efetivar mecanismos de fiscalização e denúncia das leis ambientais, para contribuir com a efetivação das legislações próprias, e possibilitar espaços e mecanismos de controle social para os acompanhamentos dos processos judiciais dos violadores;

Resposta: O mecanismo já existe. A Linha Verde é uma atividade da Ouvidoria do IBAMA, mais conhecida como a Central de Atendimento – 0800 - 618080, ligação gratuita, disponibilizada para todo o Brasil, onde o cidadão poderá se manifestar em relação às ações do IBAMA. As denúncias podem ser encaminhadas também pela página de denúncias do IBAMA na internet: http://www.ibama.gov.br/cadastro-ocorrencias

Como Denunciar

É importante que o cidadão apresente dados claros e precisos sobre a denúncia a ser formulada; a insuficiência de dados, na maioria das vezes, impossibilita ou retarda o atendimento da denúncia;

Os dados cadastrais do informante (nome, telefone, endereço) são mantidos em sigilo, visando resguardar a sua integridade física e conforme preceitua o direito individual dos cidadãos em relação à inviolabilidade de sua intimidade;

É necessário informar com clareza qual o tipo de crime que está ocorrendo, exemplo: cativeiro de animais, desmatamento, poluição, caça, acidente com produtos químicos, degradação de área, maus tratos de animais, queimada, contra servidores, irregularidades administrativas, pesca predatória, entre outros;

Dados precisos sobre a localização são indispensáveis para o registro da denúncia:

- Em área urbana: Estado, município, bairro, rua, o número da residência, ponto de referência, e, se possível, informar o nome ou apelido do suposto infrator.

-Em área rural: Estado, município, distrito, estrada (nome), quilômetro, em qual direção, exemplo: saindo do município X em direção ao município Y. Se necessário seguir por alguma entrada, informar se o dano ambiental está às margens direita ou esquerda. Citar pontos de referência. E, se possível, informar o nome ou apelido do suposto infrator.

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A riqueza de detalhes sobre a localização é fundamental para que a fiscalização possa encontrar com agilidade o local do suposto crime.

Caso tenha alguma dúvida sobre os dados a serem informados, entrar em contato com a Central de Atendimento - Linha Verde - através do telefone 0800 - 618080, onde nossas atendentes poderão esclarecer suas dúvidas e registrar sua denúncia.

É Importante esclarecer que, após o encaminhamento da denúncia para atendimento, a unidade responsável terá um prazo de até trinta dias para se manifestar.

----- DEMANDA 269 -----

Digital: 0003381

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

14) Criar políticas públicas transversais, nos Ministérios da Educação, Cultura e na autarquia INCRA, com mecanismos eficazes e não punitivos, para acabar com os conflitos agrários envolvendo agricultores/as e os povos indígenas, quilombolas, povos e comunidades tradicionais, aonde for necessário, assim como para proteger a terra dos territórios destinados e não destinados de impactos ambientais causados pela exploração mineral.

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

Por práticas sustentáveis de geração de energia

---- DEMANDA 270 -----

Digital: 0003382

Destino: MME - Secretaria-Executiva - MME/SE

Solicitação:

15) Estimular e apoiar financeiramente estudos, pesquisas e experimentos de produção de energia solar, assim como de outras formas alternativas de tecnologias sociais de geração de energia, possibilitando a popularização do acesso;

Resposta: Na hipótese de existir interesse da entidade em desenvolver projeto para promoção de atendimento energético distribuído, por meio de energia solar ou outro energético renovável, o primeiro passo seria a elaboração de uma proposta de projeto contendo, dentre outros, a descrição e objetivo do projeto, resultados esperados, recursos financeiros necessários e equipe técnica envolvida.

Tendo o projeto a missão de promover pesquisa, desenvolvimento e inovação, a organização poderá buscar apoio com algumas instituições, além deste Ministério. Assim, uma sugestão inicial seria o envolvimento de pesquisadores, ou outros Centros de Pesquisa, para nivelamento de informações técnicas e para busca de apoio no desenvolvimento de sua proposta.

O Ministério de Minas e Energia promove o apoio a instituições e centros de pesquisa sem fins lucrativos por meio de convênios de cooperação técnica e financeira, que estão condicionados à disponibilidade de

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Page 134:  · Web viewO objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral

recursos orçamentários, estabelecida por meio da Lei de Orçamento Anual – LOA. A apresentação de uma proposta de convênio de cooperação técnica deve obedecer ao Art. 13 do Decreto n.º 6.170/2007, no qual a celebração, a liberação de recursos, o acompanhamento da execução e a prestação de contas deverão ser registrados no SICONV, via Internet, por meio de página específica denominada Portal dos Convênios (https://www.convenios.gov.br/portal/). Esta proposta deve estar necessariamente vinculada a um dos programas de governo, de responsabilidade do MME, que estejam disponibilizados na rede. Há duas condicionantes fundamentais: (1) o objeto do convênio deve ser aderente ao objetivo do programa; e (2) o convenente deve se enquadrar nos critérios de seleção estabelecidos.

A Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica –, por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento, estabelece e coordena que: “as concessionárias de serviços públicos de distribuição, transmissão ou geração de energia elétrica, as permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica e as autorizadas à produção independente de energia elétrica, devem aplicar, anualmente, um percentual mínimo de sua receita operacional líquida em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica”. Estes projetos são enviados pelas concessionárias, permissionárias e autorizadas e são validados pela Aneel. Assim, recomenda-se o contato com sua Concessionária local que é responsável por investimentos na área de Pesquisa em novos projetos com eficiência energética.

Cabe ao Ministério de Minas e Energia a formulação de políticas públicas que visem à diversificação da matriz elétrica. Dessa forma, o desenvolvimento das fontes alternativas renováveis vem sendo planejado respeitando o seu potencial econômico, bem como sua distribuição geográfica de acordo com os recursos naturais de cada região do país.

A utilização da energia solar, para geração distribuída, deve ser adotada se essa for a opção mais apropriada. Incorreto seria considerá-la como única fonte de reduzido impacto ambiental disponível. O elevado potencial técnico brasileiro, para o aproveitamento solar fotovoltaico, contrasta com os custos médios de geração, apresentados por essa tecnologia, superiores aos das demais fontes que compõem o parque gerador nacional.

Para incentivar a utilização da energia solar fotovoltaica, o setor elétrico tem utilizado de alguns mecanismos, dos quais podemos destacar o apoio à utilização de geração distribuída por meio de painéis solares, regulamentado pela Resolução Normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL nº 482, de 17/04/2012 (vide: http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2012482.pdf).

Essa Resolução estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração (potência instalada menor ou igual a 100 kW) e minigeração (potência instalada superior a 100 kW e menor ou igual a 1 MW) distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica. Este acesso propõe sistema de compensação de energia elétrica, no qual a energia gerada pela unidade consumidora compense o consumo de energia elétrica ativa proveniente da rede. As fontes beneficiadas para esse sistema são a energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL.

Os equipamentos fotovoltaicos, destinados à geração distribuída, apresentarão evolução decrescente em seus custos devido ao aumento de sistemas de geração centralizada em operação no país, promovido pela contratação em leilões de compra e venda de energia. O ineditismo na contratação de energia solar no Leilão de Reserva, realizado em 31 de outubro de 2014, foi alcançado dado que as negociações foram distintas por fonte de geração. A previsão de continuidade dessas contratações, certamente, fortalecerá o parque industrial fotovoltaico no Brasil, resultando, consequentemente, em benefícios diversos para a geração solar distribuída.

Acrescenta-se, ainda, o desenvolvimento do Plano Brasil Maior que versa sobre a política industrial, tecnológica e de comércio exterior do atual governo federal, capitaneado pelo Ministério do

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Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Este Plano tem como foco ações de apoio à indústria para fortalecer a competitividade, acelerar ganhos de produtividade, promover o adensamento produtivo e tecnológico das cadeias de valor. Assim, especificamente no contexto da energia solar, um dos objetivos é fomentar o desenvolvimento dos diferentes elos da cadeia produtiva nacional, além da desoneração da produção. Maiores informações estão disponíveis no seguinte sítio: http://www.brasilmaior.mdic.gov.br/images/data/201204/c29cf558d29f0293eae88bbb2a21fd16.pdf

----- DEMANDA 271 -----

Digital: 0003383

Destino: MME - Secretaria-Executiva - MME/SE

Solicitação:

16) Criar políticas públicas específicas destinadas a possibilitar a aquisição de equipamentos para que povos indígenas, quilombolas, povos e comunidades tradicionais e da agricultura familiar possam produzir energia solar e/ou eólica em suas propriedades, possibilitando geração de energia com menor impacto social e ambiental;

Resposta: Na hipótese de existir interesse da entidade em desenvolver projeto para promoção de atendimento energético distribuído, por meio de energia solar ou outro energético renovável, o primeiro passo seria a elaboração de uma proposta de projeto contendo, dentre outros, a descrição e objetivo do projeto, resultados esperados, recursos financeiros necessários e equipe técnica envolvida.

Tendo o projeto a missão de promover pesquisa, desenvolvimento e inovação, a organização poderá buscar apoio com algumas instituições, além deste Ministério. Assim, uma sugestão inicial seria o envolvimento de pesquisadores, ou outros Centros de Pesquisa, para nivelamento de informações técnicas e para busca de apoio no desenvolvimento de sua proposta.

O Ministério de Minas e Energia promove o apoio a instituições e centros de pesquisa sem fins lucrativos por meio de convênios de cooperação técnica e financeira, que estão condicionados à disponibilidade de recursos orçamentários, estabelecida por meio da Lei de Orçamento Anual – LOA. A apresentação de uma proposta de convênio de cooperação técnica deve obedecer ao Art. 13 do Decreto n.º 6.170/2007, no qual a celebração, a liberação de recursos, o acompanhamento da execução e a prestação de contas deverão ser registrados no SICONV, via Internet, por meio de página específica denominada Portal dos Convênios (https://www.convenios.gov.br/portal/). Esta proposta deve estar necessariamente vinculada a um dos programas de governo, de responsabilidade do MME, que estejam disponibilizados na rede. Há duas condicionantes fundamentais: (1) o objeto do convênio deve ser aderente ao objetivo do programa; e (2) o convenente deve se enquadrar nos critérios de seleção estabelecidos.

A Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica –, por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento, estabelece e coordena que: “as concessionárias de serviços públicos de distribuição, transmissão ou geração de energia elétrica, as permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica e as autorizadas à produção independente de energia elétrica, devem aplicar, anualmente, um percentual mínimo de sua receita operacional líquida em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica”. Estes projetos são enviados pelas concessionárias, permissionárias e autorizadas e são validados pela Aneel. Assim, recomenda-se o contato com sua Concessionária local que é responsável por investimentos na área de Pesquisa em novos projetos com eficiência energética.

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Page 136:  · Web viewO objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral

Cabe ao Ministério de Minas e Energia a formulação de políticas públicas que visem à diversificação da matriz elétrica. Dessa forma, o desenvolvimento das fontes alternativas renováveis vem sendo planejado respeitando o seu potencial econômico, bem como sua distribuição geográfica de acordo com os recursos naturais de cada região do país.

A utilização da energia solar, para geração distribuída, deve ser adotada se essa for a opção mais apropriada. Incorreto seria considerá-la como única fonte de reduzido impacto ambiental disponível. O elevado potencial técnico brasileiro, para o aproveitamento solar fotovoltaico, contrasta com os custos médios de geração, apresentados por essa tecnologia, superiores aos das demais fontes que compõem o parque gerador nacional.

Para incentivar a utilização da energia solar fotovoltaica, o setor elétrico tem utilizado de alguns mecanismos, dos quais podemos destacar o apoio à utilização de geração distribuída por meio de painéis solares, regulamentado pela Resolução Normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL nº 482, de 17/04/2012 (vide: http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2012482.pdf).

Essa Resolução estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração (potência instalada menor ou igual a 100 kW) e minigeração (potência instalada superior a 100 kW e menor ou igual a 1 MW) distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica. Este acesso propõe sistema de compensação de energia elétrica, no qual a energia gerada pela unidade consumidora compense o consumo de energia elétrica ativa proveniente da rede. As fontes beneficiadas para esse sistema são a energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL.

Os equipamentos fotovoltaicos, destinados à geração distribuída, apresentarão evolução decrescente em seus custos devido ao aumento de sistemas de geração centralizada em operação no país, promovido pela contratação em leilões de compra e venda de energia. O ineditismo na contratação de energia solar no Leilão de Reserva, realizado em 31 de outubro de 2014, foi alcançado dado que as negociações foram distintas por fonte de geração. A previsão de continuidade dessas contratações, certamente, fortalecerá o parque industrial fotovoltaico no Brasil, resultando, consequentemente, em benefícios diversos para a geração solar distribuída.

Acrescenta-se, ainda, o desenvolvimento do Plano Brasil Maior que versa sobre a política industrial, tecnológica e de comércio exterior do atual governo federal, capitaneado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Este Plano tem como foco ações de apoio à indústria para fortalecer a competitividade, acelerar ganhos de produtividade, promover o adensamento produtivo e tecnológico das cadeias de valor. Assim, especificamente no contexto da energia solar, um dos objetivos é fomentar o desenvolvimento dos diferentes elos da cadeia produtiva nacional, além da desoneração da produção. Maiores informações estão disponíveis no seguinte sítio: http://www.brasilmaior.mdic.gov.br/images/data/201204/c29cf558d29f0293eae88bbb2a21fd16.pdf

----- DEMANDA 272 -----

Digital: 0003384

Destino: MME - Secretaria-Executiva - MME/SE

Solicitação:

17) Efetivar a universalização da eletrificação rural na região norte até o ano de 2018, com as demandas já levantadas pelo Programa Luz para Todos e com novas demandas.

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Resposta: O Programa Luz para Todos foi prorrogado até 2018 para concluir as metas físicas dos contratos firmados, num total de 206.246 atendimentos, sendo 105.852 atendimentos na região Norte.

O atendimento de demandas adicionais está em discussão no governo Federal, bem como o ano de universalização das concessionárias da região norte, que solicitaram à ANEEL revisão em seus planos de universalização.

MARGARIDAS EM DEFESA DA AUTONOMIA ECONÔMICA, DO TRABALHO E DA RENDA PARA AS MULHERES DO CAMPO, DA FLORESTA E DAS ÁGUAS

Socialização dos trabalhos de cuidados

----- DEMANDA 273 -----

Digital: 0003385

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

1) Construir, manter e disponibilizar creches e centro de educação infantil em tempo integral na zona rural para as crianças, corresponsabilizando o Estado pelo cuidado com as crianças e contribuindo para que a maternidade não seja um impedimento para a autonomia econômica das mulheres;

Resposta: É possível, por meio do PAR estabelecer uma linha para construir "módulos" para atendimento à educação infantil/creches em escolas do campo com 4 a 6 salas de aula que já contém com condições físicas para esse fim. Essa construção pode ocorrer nas localidades de maior demanda, ou seja, onde a população feminina e infantil no campo seja maior.

----- DEMANDA 274 -----

Digital: 0003386

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

2) Realizar apoio à construção e manutenção de lavanderias e cozinhas comunitárias, contribuindo para repensar a lógica da divisão sexual do trabalho e construir responsabilidades coletivas pelas atividades domésticas e do cuidado;

Resposta: A SPM/PR apoia projetos de organizações produtivas de mulheres, de forma a estimular a autonomia econômica das mulheres, empreendedorismo, aquisição de equipamentos, inserção no mundo do trabalho, além do desenvolvimento de ações ligadas ao enfrentamento à violência, dentre outros temas. É preciso acompanhar a abertura dos editais diretamente no site da SPM e inserir os projetos no SICONV. Segue o link: http://www.spm.gov.br/sobre/editais.

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----- DEMANDA 275 -----

Digital: 0003387

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

3) Ampliar as ações de recreação infantil para todas as chamadas públicas de Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER, garantindo o pagamento para um/a profissional, para a realização de ações lúdico-pedagógicas contextualizadas com as crianças, enquanto as equipes realizam acompanhamento técnico com os/as integrantes da família;

Resposta: O PPA 2016/2019 prevê a obrigatoriedade de recreação infantil em atividades coletivas de Ater nas chamadas públicas do MDA e INCRA.

Produção, beneficiamento e comercialização da produção das mulheres

----- DEMANDA 276 -----

Digital: 0003388

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

4) Criar programa de fomento que reconheça, valorize e efetive políticas públicas voltadas às práticas de autoconsumo realizadas pelas mulheres rurais, implementando ações estratégicas de apoio aos quintais produtivos e criação de pequenos animais em todos as regiões do Brasil;

Resposta: Será instituída uma ação governamental articulada entre Ministérios (MDA/Incra, MDS, CIDADES e PESCA), visando incidir na implementação e ampliação de quintais produtivos para mulheres rurais.

----- DEMANDA 277 -----

Digital: 0003389

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

5) Executar programas e projetos que reconheçam a produção de autoconsumo como renda da família e gera soberania alimentar e como instrumento que garante a autonomia e empoderamento das mulheres;

Resposta: Será instituída uma ação governamental articulada entre Ministérios (MDA/Incra, MDS, CIDADES e PESCA), visando incidir na implementação e ampliação de quintais produtivos para mulheres rurais.

----- DEMANDA 278 -----

Digital: 0003390

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Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

6) Criar um programa governamental para fomentar, desde o processo de produção até a comercialização, apoiando a formação das mulheres para o fortalecimento de suas organizações produtivas e econômicas, através de capacitações, cursos e apoio à participação em feiras;

Resposta: A DPMRQ apoia através do Programa de Organização Produtiva de Mulheres Rurais. O Programa Nacional de Fortalecimento do Cooperativismo Solidário da Agricultura Familiar e Reforma Agrária da SAF, COOPERAF, passará a priorizar as associações e cooperativas de mulheres na assistência técnica para o aperfeiçoamento e melhoria da gestão - MAIS GESTÃO MULHER. O MDA atua na garantia de representação regional e de gênero equilibradas na seleção de representantes e empreendimentos participantes de feiras internacionais.

----- DEMANDA 279 -----

Digital: 0003391

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

7) Reconhecer legalmente cozinhas familiares de produção, como espaços de beneficiamento e agregação de valor, garantindo crédito ou fomento e acompanhamento técnico para as produtoras;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 280 -----

Digital: 0003392

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

8) Fomentar e fortalecer os diferentes espaços e formas de comercialização da produção das mulheres, como as feiras agroecológicas, os pequenos e médios varejos, cooperativas e grupos de consumidoras e consumidores e o mercado institucional (compras públicas da produção local e regional de alimentos e sementes pelos governos) e apoio às práticas de autoconsumo;

Resposta: Com relação às políticas de compras públicas, destaca-se o aumento crescente do orçamento do PNAE, assim como o aumento do limite individual de venda por DAP/ano. Destaca-se que o PAA já inclui meta para a inclusão de mulheres. No plano safra 2015-2016 ficou estabelecido um percentual mínimo de 30% para compra de gêneros alimentícios da agricultura familiar pela administração pública federal. O INCRA através do Programa Terral Sol vem ampliando seu apoio à comercialização, por meio da estruturação de feiras já existentes e instalando novas. Por exemplo, em 2014 foram fornecidos kits-feiras, beneficiando famílias assentadas na comercialização direta, potencializando assim a eliminação de atravessadores. As mulheres e a produção agroecológica tem sido o principal foco dessa política. Para 2015 estão previstos o fornecimento de 600 kits

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----- DEMANDA 281 -----

Digital: 0003393

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

9) Fortalecer a inserção dos grupos produtivos de mulheres, ainda que informais, como forma de não permitir que sejam privilegiados, nas compras institucionais, apenas as grandes cooperativas formalizadas, garantindo que a conquista pela participação das mulheres na política de compras públicas seja efetivada;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 282 -----

Digital: 0003394

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

10) Implementar e fortalecer os Centros de Comercialização da Agricultura familiar em especial para a comercialização dos produtos agroecológicos e provindos de grupos organizados;

Resposta: Fazem parte das orientações estratégicas do MDA construir, propor e implantar ações mais amplas de abastecimento por meio do fortalecimento dos mercados varejistas locais, das atuais centrais de comercialização da agricultura familiar assim como das centrais de abastecimento, fortalecendo estes canais de comercialização. Os projetos devem ser discutidos caso a caso.

----- DEMANDA 283 -----

Destino: SMPE - Secretaria de Micro e Pequena Empresa - SE/SMPE/PR

Solicitação:

11) Apoio à criação de micro e pequenas agroindústrias nas comunidades rurais, direcionadas para as mulheres do campo, das florestas e das águas, como incentivo ao beneficiamento e processamento de seus produtos;"

Resposta: Conferir visibilidade ao trabalho feminino, sobretudo na agricultura familiar passa por um conjunto de políticas públicas de apoio às mulheres rurais integradas na promoção de um projeto de desenvolvimento rural sustentável com igualdade. A transversalidade das políticas para mulheres rurais nos programas governamentais se dá sob a coordenação da Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, que tem como atribuição elaborar ações transversais que levem em conta os direitos econômicos das mulheres trabalhadoras rurais, além de articular ações interinstitucionais necessárias para a implementação de políticas públicas para a mulheres trabalhadoras.

As mulheres rurais, de fato, são peças chaves na luta contra a fome, não só como produtoras, mas também no papel múltiplo como principais encarregadas da alimentação de meninos e meninas e da

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aquisição, manipulação e preparação de alimentos.No âmbito da Secretaria da Micro e Pequena Empresa - SMPE, as ações da pasta englobam políticas e diretrizes para o apoio à microempresa, empresa de pequeno porte e artesanato e de fortalecimento, expansão e formalização de MPE, além da promoção da competitividade e inovação voltados à microempresa e empresa de pequeno porte, ao microempreendedorismo e ao microcrédito. O olhar para as mulheres como segmento de política transversal tem a atenção da SMPE. O estímulo ao empreendedorismo desde a escola, a facilitação do acesso ao crédito com a revisão e simplificação dos mecanismos de garantias, a ampliação do microcrédito e a oferta em massa de capacitação para o empreendedorismo são iniciativas que favorecem a abertura de negócios, estimulam a formalização e podem ser aprimoradas pelos governos com foco nas mulheres.

No Brasil, a maioria dos empreendimentos com até três anos de atividade é comandada por mulheres (52%). Entre os microempreendedores individuais (MEI), 47% são mulheres, o que tem contribuído para a inclusão produtiva e a formalização de trabalhadores, que passam a usufruir de benefícios previdenciários e pagam seus impostos de forma prática e simples.

A redução de barreiras à formalização de negócios, em particular a redução de tributos, a redução dos custos de conformidade (obrigações acessórias) e a simplificação do processo de abertura de empresas, é a abordagem que vem sendo praticada no Brasil desde 2006, com resultados positivos para a arrecadação de tributos, geração de emprego e renda, e ampliação do número de empresas. Em 2006 foi criado o regime unificado de arrecadação de impostos federais, estadual e municipal (Simples Nacional) para micro e pequenas empresas. Em 2008, foi criado um regime ainda mais simplificado e favorecido para os chamados trabalhadores por conta própria, denominado de MEI microempreendedor individual, com tributação mensal fixa reduzida e formalização inteiramente realizada pela Internet. Em 2011, o regime do Simples Nacional e do MEI foram ampliados pela elevação expressiva dos limites de faturamento para ingresso. Em 2014, ampliou-se o número de empresas que podem optar pelo Simples, eliminando vedações para o setor de serviços. O número de empresas optantes pelo regime cresce a cada ano, especialmente o MEI. Eram 9,5 milhões de microempresas, empresas de pequeno porte e MEIs nesses regimes em dezembro de 2014.

Em 2014, a Lei Complementar nº 147 trouxe, ainda, a permissão de inclusão do produtor rural pessoa física e do agricultor familiar nos benefícios do Estatuto das MPE, conferindo ao setor o tratamento favorecido e diferenciado previsto na Constituição da República.

Nesse contexto, ratificamos a necessidade de avançar na implementação de políticas públicas que promovam o empoderamento e a autonomia das mulheres do campo enfrentam obstáculos para apoiar a produção, principalmente, crédito, assistência técnica e tecnologia. Inclusive, a SMPE, na sua proposta de Programa Temático para o próximo Plano Plurianual prevê diversas iniciativas que visam fortalecer as políticas de crédito e inovação para os empreendedores, além de apoiar o Projeto de Lei Complementar nº 25/2007, em trâmite da Câmara dos Deputados, que pretende simplificar a metodologia de apuração dos tributos devidos pelos optantes do Simples Nacional por meio da redução das faixas de tributação das atuais 20 para 7, além de criar mecanismos de transição para as empresas que crescem. Seria, proveitoso, inclusive, a participação desse segmento no debate construtivo da matéria, considerando os efeitos positivos promissores que se esperam para as MPEs.

----- DEMANDA 284 -----

Digital: 0003395

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

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Solicitação:

12) Melhoria de estradas vicinais que ligam os Projetos de Assentamentos, as comunidades às sedes dos municípios e a construção de ramais para agilizar o escoamento da produção das mulheres do campo, da floresta e das águas;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 285 -----

Digital: 0003396

Destino: SGPR - Departamento de Diálogos Sociais - SGPR/SNAS-SGPR/NI

Solicitação:

13) Constituir um grupo de trabalho, envolvendo representações das entidades que realizam a Marcha das Margaridas e dos órgãos governamentais, para construir critérios e condições que ampliem o direito de acesso aos programas “Terra Forte” e “Terra Sol”, propondo chamadas voltadas ao atendimento de grupos de mulheres, de forma articulada com as ações da PNAPO e do PLANAPO, para ampliar e potencializar os processos de organização produtiva das mulheres assentadas e a sua autonomia.

Resposta: A CNAPO e CIAPO estão em processo de avaliação da Planapo I, e construção da PLANAPO II. O processo está sendo em diálogo com a sociedade civil, e está pactuado para ser concluído até dezembro de 2015. Essa pauta deverá ser incluída na Sub comissão Temática de mulheres da CNAPO, para que o debate seja realizado no processo de construção da Planapo II. O dialogo também deverá incluir o INCRA, como principal executor dos programas Terra Forte e Terra Sol.

Financiamento para trabalho produtivo das mulheres

----- DEMANDA 286 -----

Digital: 0003397

Destino: MCIDADES - Secretaria-Executiva - MCIDADES/SE

Solicitação:

14) Revisar as regras do Programa Nacional de Habitação Rural, garantindo os mesmos montantes de recursos direcionados ao projeto social nas áreas urbanas às práticas na área rural, considerando como projeto social o apoio ao fortalecimento das ações dos quintais produtivos agroecológicos e o apoio à produção das mulheres para o autoconsumo na garantia da segurança alimentar e nutricional das famílias.

Resposta: O Ministério das Cidades se ocupa da política habitacional no campo, nas águas e nas florestas por intermédio do PNHR, consequentemente há um direcionamento das diretrizes e dos recursos do projeto social para a habitação. Considerando a importância dos demais temas citados para a manutenção da vida e promoção do desenvolvimento das comunidades rurais é imprescindível o envolvimento dos órgãos titulares dessas políticas garantindo deste modo os recursos necessários à satisfação das necessidades dos beneficiários do PNHR.

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----- DEMANDA 287 -----

Digital: 0003398

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

15) Rever os critérios de concessão de crédito, possibilitando as mulheres trabalhadoras rurais o acesso de forma autônoma, independente do crédito já acessado pelo marido, a partir da sua produção, passando a serem os créditos específicos para mulheres parte do risco da União;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 288 -----

Digital: 0003399

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

16) Facilitar o acesso aos créditos específicos – mulheres, jovens e agroecologia, a fim de que esses públicos sejam reconhecidos e tenham autonomia na produção e comercialização dos seus produtos, agregando melhoria na renda das suas famílias;

Resposta: Mulheres rurais, jovens e povos e comunidades tradicionais é o público prioritário do MDA. Diante disso, temos trabalhado na perspectivas de facilitar o acesso ao crédito e a outras políticas públicas.

----- DEMANDA 289 -----

Digital: 0003400

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

17) Rever regras estabelecidas para acesso ao Pronaf Mulher, buscando mecanismos que torne possível e viável seu acesso como potencializador da produção das mulheres, considerando o que essas já produzem inclusive para o autoconsumo como parte da renda familiar;

Resposta: A implementação da política já contempla a solicitação e com as novas cirandas do PRONAF podemos trabalhar as dificuldades existentes.

----- DEMANDA 290 -----

Digital: 0003401 e 0003402

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

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18) Criar integração com o CNIS rural no sentido de que as informações que hoje estão sendo levantadas sejam utilizadas para além da previdência rural, possam também servir como base para a disponibilização do credito, ampliando assim a base de dados para um Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), que substitua a DAP, e possibilite um olhar específico para os componentes da família, possibilitando a individualização de projetos. Que ele tenha as seguintes características:

a) identifique e qualifique o estabelecimento e membros da unidade familiar;

b) identifique as rendas e a infraestrutura de capital produtivo e não produtivo da UFPR;

c) identifique a posse e domínio dos imóveis que compõe o estabelecimento;

d) qualifique todos os integrantes da família, independente de faixa etária;

e) contemple os dados de localização geodésica; e,

f) seja gratuito e subsidiado pelo Governo Federal;

g) que seja estabelecido mecanismos de garantia do fortalecimento do trabalho da mulher na propriedade, de forma que se no projeto não apresentar trabalho a ser desenvolvido como fortalecimento do trabalho da mulher, não possa ser disponibilizado mais que 50% da capacidade de endividamento da propriedade.

Resposta: Este ponto será remetido para debate posterior com a coordenação da Marcha das Margaridas.

Destino: MPS - Secretaria-Executiva - MPS/SE

Resposta: A criação do documento e base de dados ora propostos é objeto de tratativa e articulação com outras Pastas do Poder Executivo Federal.

É de se observar também que a Lei nº 13.134, de 2015 (conversão da MP nº 665, de 2014), em função de negociações junto ao Congresso Nacional com a participação de representantes deste MPS, altera a Lei nº 8.213, de 1991, com o intuito de aprimorar o funcionamento e a utilização das informações constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS para o reconhecimento de direitos e a concessão de benefícios no âmbito rural, a saber:

Art. 38-A. O Ministério da Previdência Social desenvolverá programa de cadastramento dos segurados especiais, observado o disposto nos §§ 4o e 5o do art. 17 desta Lei, podendo para tanto firmar convênio com órgãos federais, estaduais ou do Distrito Federal e dos Municípios, bem como com entidades de classe, em especial as respectivas confederações ou federações. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

§ 1º O programa de que trata o caput deste artigo deverá prever a manutenção e a atualização anual do cadastro e conter todas as informações necessárias à caracterização da condição de segurado especial. (Redação dada pela Lei nº 13.134, de 2015)

§ 2º Da aplicação do disposto neste artigo não poderá resultar nenhum ônus para os segurados, sejam eles filiados ou não às entidades conveniadas. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

§ 3º O INSS, no ato de habilitação ou de concessão de benefício, deverá verificar a condição de segurado especial e, se for o caso, o pagamento da contribuição previdenciária, nos termos da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, considerando, dentre outros, o que consta do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) de que trata o art. 29-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

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Art. 38-B. O INSS utilizará as informações constantes do cadastro de que trata o art. 38-A para fins de comprovação do exercício da atividade e da condição do segurado especial e do respectivo grupo familiar. (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

Parágrafo único. Havendo divergências de informações, para fins de reconhecimento de direito com vistas à concessão de benefício, o INSS poderá exigir a apresentação dos documentos previstos no art. 106 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

----- DEMANDA 291 -----

Digital: 0003403

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

19) Rever legislação para que o estado civil constante na DAP ou no CAF não dificultem o acesso ao crédito e às políticas públicas, quando um dos titulares não estiver enquadrado na categoria de trabalhador/a rural;

Resposta: No que tange o financiamento a produção das mulheres existe no PRONAF uma linha de crédito específico para as Mulheres: PRONAF MULHER (até 10 mil reais juros de 2,5% aa, de 10 mil a 30 mil juros de 4,5%aa. De 30 mil a 150 mil 5,5%aa, conforme anunciado no plano Safra 15/16. O MDA colocou no PPA 2016-2019 a meta: "Efetivar a contratação por mulheres rurais de pelo menos 35% das operações de crédito efetivadas e 20% do volume total de crédito acessado no âmbito do PRONAF".

Quanto a DAP, o MDA tem feito uma discussão interna sobre a restruturação da DAP e em momento oportuno ouvirá a sociedade civil sobre o tema.

----- DEMANDA 292 -----

Digital: 0003404 e 0003405

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Solicitação:

20) Ampliar o acesso ao fomento do PBSM - Plano Brasil Sem Miséria a partir de outras chamadas públicas de ATER, contribuindo com um recurso inicial para a realização da organização primeira da produção das mulheres

Resposta: O Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais foi criado no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria (BSM), constituindo importante ação do eixo de inclusão produtiva rural desse plano, ou seja, a meta de atendimento desse Programa está diretamente articulada ao cumprimento da meta do BSM de superação da extrema pobreza no meio rural brasileiro. Beneficiando agricultores/as familiares, assentados/as da reforma agrária e povos e comunidades tradicionais em situação de extrema pobreza, o objetivo do Programa de Fomento é oferecer condições efetivas para as famílias beneficiárias desenvolverem um projeto de estruturação produtiva para ampliar a produção de alimentos, promover a segurança alimentar e nutricional e gerar renda. A execução do Programa de Fomento está baseada na prestação dos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) - contratados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) ou pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) - e

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na transferência de recursos financeiros não reembolsáveis às famílias beneficiárias. O repasse dos recursos é preferencialmente destinado às mulheres das famílias beneficiadas, geralmente apontadas como a responsável familiar no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e indicadas como uma das titulares da Declaração de Aptidão ao Pronaf ou da Relação de Beneficiários do Incra. Do total de beneficiários do Programa de Fomento, 67,5% são mulheres rurais (ref. mai/2015). Ao utilizar a estrutura de pagamento do Programa Bolsa Família para repassar os pequenos investimentos às famílias rurais, a estratégia de atuação do Programa de Fomento promoveu a participação das mulheres nas decisões produtivas das famílias beneficiárias, já que geralmente são elas as titulares do cartão do Bolsa Família: desde a escolha de qual projeto a família irá desenvolver até a condução das atividades produtivas e a aplicação dos recursos do fomento são decisões tomadas pelas mulheres, ao receberem os recursos do fomento. Por fim, importante observar que as Chamadas Públicas para a contratação da Ater para o Programa de Fomento são específicas, adaptando o cronograma das atividades de Ater ao cronograma de liberação dos recursos financeiros às famílias e promovendo uma formação específica das equipes para atuar na superação das vulnerabilidades sociais dessas famílias. No novo ciclo das ações de combate à pobreza, o Governo Federal continuará a empreender esforços para ampliar as ações de inclusão produtiva, como o Programa de Fomento, sendo que tais esforços já estão materializados no Objetivo 1138 do Programa 2012 (Agricultura Familiar) do PPA 2016-2019.

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Resposta: No que tange à ATER Mulheres, a DPMRQ irá oferecer o serviço a 12 mil mulheres no período de 2016-2019, segundo meta do PPA. Todas as chamadas públicas de ATER, a partir de 2016, terão 50% de mulheres como público beneficiário. O INCRA atende hoje 17 mil famílias no âmbito do BSM, devendo ampliar para 30 mil famílias, majoritariamente chefiadas por mulheres.

Quanto à existência do fomento para essas mulheres é preciso uma resposta do MDS.

----- DEMANDA 293 -----

Digital: 0003406 e 0003407

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

21) Estimular a aplicação do Selo de Inspeção Municipal, buscando parcerias entre governos e municípios.

Resposta: Quanto ao financiamento do trabalho das mulheres existe o PRONAF e estamos trabalhando no sentido e melhorar o acesso das mulheres e colocamos metas no PPA 2016-2019 para ampliar o acesso das mulheres ao número de operações e ao volume de recursos.

Quanto ao selo de inspeção: Esta é uma atribuição de responsabilidade do MAPA. O MDA fez uma intensa gestão com o MAPA em 2015 que produziu os seguintes avanços no marco legal: publicação do Decreto 8.445 de 06 de maio de 2015, que facilita a adesão dos serviços de inspeção municipal de consórcios de municípios e serviços de inspeção estaduais ao SUASA. O programa de agroindústria do MDA está sendo reformulado na perspectiva de avançar numa estratégia massiva de formação e capacitação de gestores públicos, inspetores e fiscais dos serviços municipais de vigilância. Criaremos a sala virtual para assessoria a todos os gestores públicos municipais que queiram instituir os Serviços de Inspeção em seus municípios disponibilizando minutas de leis, decretos e normas. Nosso principal estímulo será pela criação de

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serviços de inspeção articulados a Consórcios de Municípios, pois é a melhor alternativa para dar viabilidade econômica em territórios cujo municípios são de pequeno porte.

Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Resposta: O Ministério da Agricultura finalmente está efetivando a atualização do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária - SUASA. A alteração do art. 7º do Decreto 5.741/2006, de 22.06.2015, dispensou o registro, inspeção e fiscalização da produção rural para consumo familiar. E estabeleceu prazo de 90 dias para regulamentação da venda ou fornecimento a retalho ou a granel de pequenas quantidades de produtos da produção primária, e de 180 dias para regulamentação da agroindustrialização realizada pela agricultura familiar. Observando o risco mínimo de disseminação de doenças para saúde animal, de pragas e de agentes microbiológicos e químicos prejudiciais à saúde pública e os interesses dos consumidores. No mesmo artigo intutulado 7º A - foi admitida a classificação de estabelecimentos agroindustriais de bebidas ou de produtos de origem animal como agroindustria artesanal, considerando os costumes, os hábitos e os conhecimentos tradicionais, valorizando a diversidade alimentar e o multiculturalismo dos povos, comunidades tradicionais e agricultores familiares. A Instrução Normativa nº 16, de 23.07.2015, estabeleceu normas específicas de inspeção e a fiscalização sanitária de produtos de origem animal, referente às agroindústrias de pequeno porte. O MAPA está trabalhando a atualização da Instrução Normativa nº 36/2011, que estabelece requisitos para adesão dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ao SUASA, na mesma linha de atendimento da pequena produção.

Garantia de direitos

----- DEMANDA 294 -----

Digital: 0003408

Destino: MPS - Secretaria-Executiva - MPS/SE

Solicitação:

22) Não retirar direitos sociais, trabalhistas ou previdenciários dos trabalhadores e trabalhadoras, em razão de medidas de ajuste fiscal.

Resposta: As Medidas Provisórias 664 e 665, convertidas, respectivamente, nas Leis nºs 13.135, de 2015, e 13.134, de 2015, ajustam as legislações trabalhista e previdenciária no sentido, entre outros, de tornar as regras mais justas do ponto de vista social. Essas normas não tratam apenas de ajustes. O objetivo principal é garantir que os direitos dos trabalhadores sejam mantidos no futuro. Registra-se que o MPS tem a missão institucional de assegurar a proteção social de seus filiados, não havendo orientação para “retirar direitos sociais”, inclusive porque são garantias protegidas pela Constituição.

----- DEMANDA 295 -----

Digital: 0003409

Destino: MPS - Secretaria-Executiva - MPS/SE

Solicitação:

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23) Ampliar o período da licença maternidade para 180 dias/6 meses, estabelecendo de forma compartilhada o mesmo período para a licença paternidade;

Resposta: O prazo de 180 dias para a licença maternidade está estabelecido, em caráter facultativo, para as empresas que aderirem ao Programa Empresa Cidadão, nos termos da Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, e do Decreto nº 7.052, de 23 de dezembro de 2009, mediante dedução do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) devido, em cada período de apuração, do total da remuneração da empregada pago no período de prorrogação de sua licença-maternidade, vedada a dedução como despesa operacional.

A ampliação do benefício para todas as seguradas da Previdência Social, promoverá um acréscimo das despesas do Regime Geral de Previdência Social – RGPS da ordem de R$ 3,31 bilhões ao ano (com base em dados de 2014).

----- DEMANDA 296 -----

Digital: 0003410

Destino: MPS - Secretaria-Executiva - MPS/SE

Solicitação:

24) Assegurar a todas as trabalhadoras e trabalhadores rurais os direitos previdenciários conquistados na constituição de 1988, começando pela igualdade da remuneração entre homens e mulheres;

Resposta: Cabe esclarecer melhor a demanda.

Cabe ressaltar que a política brasileira de igualdade de salários entre homens e mulheres abrange tanto o setor urbano quanto rural, conforme determina a Constituição.

----- DEMANDA 297 -----

Digital: 0003411

Destino: MPS - Secretaria-Executiva - MPS/SE

Solicitação:

25) Reconhecer o trabalho das mulheres assalariadas e das/os jovens, com mais de 16 anos, muitas vezes realizado sem registro e na informalidade, garantindo seus direitos trabalhistas;

Resposta: Os documentos para a comprovação do exercício de atividade rural estão previstos no art. 106 da Lei nº 8.213, de 1991, conforme segue:

“Art. 106. A comprovação do exercício de atividade rural será feita, alternativamente, por meio de:

I – contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social;

II – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;

III – declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde que homologada pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS;

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IV – comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, no caso de produtores em regime de economia familiar;

V – bloco de notas do produtor rural;

VI – notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7o do art. 30 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, emitidas pela empresa adquirente da produção, com indicação do nome do segurado como vendedor;

VII – documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto de pescado ou outros, com indicação do segurado como vendedor ou consignante;

VIII – comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da comercialização da produção;

IX – cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da comercialização de produção rural; ou

X – licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra.”

O § 4º do art. 62, do Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, dispõe que “Se o documento apresentado pelo segurado não atender ao estabelecido neste artigo, a prova exigida pode ser complementada por outros documentos que levem à convicção do fato a comprovar, inclusive mediante justificação administrativa, na forma do Capítulo VI deste Título.”

----- DEMANDA 298 -----

Digital: 0003412

Destino: MPS - Secretaria-Executiva - MPS/SE

Solicitação:

26) Reconhecer a condição de segurada especial das assalariadas rurais contratadas por curta duração (diaristas);

Resposta: A política em torno do segurado especial decorre do § 8º do art. 195 da Constituição:

Art. 195. (...):

§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

A conceituação legal do segurado especial encontra-se previstas nas Leis nº 8.212 e nº 8.213, ambas de 1991.

Portanto, salvo melhor juízo, para que todos os trabalhadores assalariados rurais possam se filiar na condição de segurado especial, independentemente de satisfazer as condições já estabelecidas, haveria necessidade de se alterar, no mínimo, a legislação previdenciária.

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Ademais, não se pode deixar de ter em perspectiva que a política em torno dos trabalhadores rurais assalariados também envolve questões de informalidade que ultrapassam a política previdenciária afeta a esta Pasta. Isto é, a informalidade das relações de trabalho no campo dificulta também a filiação desses trabalhadores à Previdência Social na condição de empregados.

Visando equacionar tais fatores, os arts. 2º e 3º da Lei nº 11.718, de 20 de junho de 2008, respectivamente, prorrogam o prazo do art. 143 da Lei nº 8.213, de 1991, e estabelecem período de carência para a concessão da aposentadoria por idade do empregado rural, conforme seguem:

“Art. 2º Para o trabalhador rural empregado, o prazo previsto no art. 143 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, fica prorrogado até o dia 31 de dezembro de 2010.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao trabalhador rural enquadrado na categoria de segurado contribuinte individual que presta serviços de natureza rural, em caráter eventual, a 1 (uma) ou mais empresas, sem relação de emprego.

Art. 3º Na concessão de aposentadoria por idade do empregado rural, em valor equivalente ao salário mínimo, serão contados para efeito de carência:

I – até 31 de dezembro de 2010, a atividade comprovada na forma do art. 143 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991;

II – de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, cada mês comprovado de emprego, multiplicado por 3 (três), limitado a 12 (doze) meses, dentro do respectivo ano civil; e

III – de janeiro de 2016 a dezembro de 2020, cada mês comprovado de emprego, multiplicado por 2 (dois), limitado a 12 (doze) meses dentro do respectivo ano civil.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo e respectivo inciso I ao trabalhador rural enquadrado na categoria de segurado contribuinte individual que comprovar a prestação de serviço de natureza rural, em caráter eventual, a 1 (uma) ou mais empresas, sem relação de emprego.”

Ressalta-se, igualmente, a criação do contrato do trabalhador rural por pequeno prazo, nos termos das alterações promovidas pela Lei nº 11.718, de 2008, que acrescentou o art. 14-A à Lei no 5.889, de 1973, com simplificação das obrigações trabalhistas e previdenciárias

----- DEMANDA 299 -----

Digital: 0003413

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

27) Redefinir a lei da agricultura familiar, Lei 11.326, art.3º, relativo ao enquadramento do credito rural para a unidade familiar, o que restringe a efetiva participação autônoma de mulheres e jovens. Equipar o critério ao que é feito na lei da previdência rural, que permite a separação dos beneficiários

Resposta: MDA está trabalhando na regulamentação da lei.

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----- DEMANDA 300 -----

Digital: 0003414

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

28) Disponibilizar, por meio do Banco Central, informações detalhadas sobre o acesso de Mulheres ao Pronaf, como primeira titular da DAP ou quando é solteira e, também por faixa etária, independente do Grupo do Pronaf, permitindo condições de monitoramento qualificado do acesso ao crédito, em especial quanto ao direito das mulheres jovens a esses recursos.

Resposta: Já é possível verificar os dados de o acesso ao PRONAF por sexo, e a partir do diálogo com o MDA o BACEN se comprometeu a disponibilizar a partir de agosto de 2015 as informações de beneficiários e beneficiárias por linha do PRONAF.

----- DEMANDA 301 -----

Digital: 0003416

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

29) Acrescentar campo no SICOR para identificar beneficiários/as do Pronaf Crédito por faixa etária, por grupo (A, A/C, B ou V), por modalidade, já que há um campo que identifica a Quantidade e Valor dos Contratos por Região, UF e Gênero.

Resposta: Já é possível verificar os dados de acesso ao PRONAF por sexo, e a partir do diálogo com o MDA o BACEN se comprometeu a disponibilizar a partir de agosto de 2015 as informações de beneficiários e beneficiárias por linha do PRONAF.

MARGARIDAS EM DEFESA DA EDUCAÇÃO NÃO-SEXISTA, DA EDUCAÇÃO SEXUAL E DA SEXUALIDADE VIVIDA COM LIBERDADE

Educação não sexista e Educação Sexual

----- DEMANDA 302 -----

Digital: 0003417

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

1) Garantir a inserção nas conferências de educação, saúde e mulher o tema: Educação não sexista, sexo e sexualidade no campo, como um tema necessário e fundamental para a saúde mental e exercício da democracia da nossa sociedade;

Resposta: É possível assumir o compromisso de discutir as especificidades da educação sexual e não sexista nas escolas do campo nas conferências em que o Ministério participe.

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----- DEMANDA 303 -----

Digital: 0003418

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

2) Produção de livros didáticos e paradidáticos com conteúdos voltados para realidade dos sujeitos do campo, das florestas e das águas, com ênfase na educação não sexista, e na educação formativa que inclua sexo e sexualidade;

Resposta: O Pleito pode abranger dois Programas específicos para educação do Campo: O Programa Nacional Biblioteca na Escola – PNBE Temático visa atender as escolas da rede pública de ensino, com obras de referência que abordem as temáticas da educação escolar indígena, do campo e da educação escolar quilombola, para os direitos humanos, a sustentabilidade socioambiental, as relações de gênero e diversidade sexual, as relações étnico-raciais, a juventude, a educação especial na perspectiva inclusiva e a educação de jovens e adultos. Está na fase de aquisição dos livros. Programa Nacional do LIvro Didático - PNLD Campo: Livros didáticos específicos para os anos iniciais do ensino fundamental. Em 2013 foram atendidos 2.136.841 estudantes; distribuídos 4.550.603 livros em 63.791 escolas. Em 2014 2.073.000 estudantes, 4.379.376 livros, 61.675 escolas. as metas para 2015 são 2 milhões de estudantes, 4,5 milhões livros, 60 mil escolas. O PNLD Campo encontra-se na fase de realização de pregão para aquisição dos livros didáticos escolhidos.

----- DEMANDA 304 -----

Digital: 0003419

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

3) Democratização do acesso no campo, nas florestas e nas águas dos métodos contraceptivos e preventivos, divulgando também a pílula do dia seguinte;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 305 -----

Digital: 0003420

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

4) Promover um amplo processo de formação das/os profissionais da educação no tema da Educação Sexual, acompanhada pela reformulação curricular e dos livros didáticos, na perspectiva de romper com os métodos, metodologias e técnicas ainda utilizadas pela educação tradicional.

Resposta: A CGDH/DPEDHUC implementa, em parceria com instituições de ensino superior, curso denominado Gênero e Diversidade na Escola (GDE), ofertado nos níveis de especialização, extensão e aperfeiçoamento, que tem como objetivo construir, junto a profissionais da rede pública de Educação

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Básica, conhecimentos sobre raça, etnia, gênero e sexualidade, em sua relação com o currículo, a prática pedagógica e a gestão educacional, instrumentalizando estes profissionais e suas escolas para o enfrentamento da violência sexista, racista e homofóbica e para a promoção do respeito e valorização da diversidade étnico-racial, de orientação sexual e de identidade de gênero. Entre 2012 e 2014 foram ofertadas mais de 11 mil vagas dos cursos de GDE. Para a vigência 2016/2019 (PPA), está prevista a formação de 15.000 profissionais.

----- DEMANDA 306 -----

Digital: 0003421

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

5) Incluir nos currículos o tema da Educação Sexual.

Resposta: A formação sobre o tema tem que ser continuada e sistemática, e a discussão do assunto será aprofundado no debate da Base Nacional Comum curricular.

----- DEMANDA 307 -----

Destino: SEPPIR - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

Solicitação:

As Margaridas e a demanda por Educação do Campo

1) Respeitar a diversidade do campo, da floresta e das águas, em seus aspectos sociais, culturais, ambientais, políticos, econômicos, de gênero, geracional e de raça e etnia;

Resposta: Com vistas à garantia da diversidade sócio-ambiental nas comunidades tradicionais a SEPPIR desenvolve além do PBQ, sob sua coordenação direta, o Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, que conta com a participação de 12 ministérios, e possibilitam uma agenda transversão de promoção de igualdade racial e enfrentamento ao racismo articulada com os indicadores ambientais e sociais de inclusão e sustentabilidade.

As Margaridas e a demanda por Educação do Campo

----- DEMANDA 308 -----

Digital: 0003422

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

2) Incentivar a formulação de projetos político-pedagógicos específicos para as escolas do campo, estimulando o desenvolvimento das unidades escolares como espaços públicos de investigação e articulação de experiências e estudos, direcionados para o desenvolvimento social, economicamente justo e ambientalmente sustentável, em articulação com o mundo do trabalho;

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Resposta: A Escola da Terra (Pronacampo), que consiste no Apoio às escolas quilombolas e as escolas do campo com turmas dos anos iniciais do ensino fundamental compostas por estudantes de variadas idades, e o Projovem Campo Saberes da Terra, voltado para a educação de jovens no campo, pressupõem projetos políticos pedagógicos em consonância com o pleiteado. Assim sua expansão pode ser uma maneira de atender o pleito.

----- DEMANDA 309 -----

Digital: 0003423

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

3) Desenvolver políticas de formação de profissionais da educação para o atendimento da especificidade das Escolas do Campo, considerando-se as condições concretas da produção e reprodução social da vida no campo, na floresta e nas águas;

Resposta: O tema será abordado a partir das orientações decorrentes da Política Nacional de Formação dos Profissionais da Educação, cujo proposta de Decreto está em consulta pública.

----- DEMANDA 310 -----

Digital: 0003424

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

4) Valorizar a identidade da Escola do Campo por meio de projetos pedagógicos com conteúdos curriculares e metodologias adequadas às reais necessidades das/os alunas/os do campo, da floresta e das águas, bem como flexibilidade na organização escolar, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;

Resposta: A Escola da Terra (Pronacampo), que consiste no Apoio às escolas quilombolas e as escolas do campo com turmas dos anos iniciais do ensino fundamental compostas por estudantes de variadas idades, e o Projovem Campo Saberes da Terra, voltado para a educação de jovens no campo, pressupõem projetos políticos pedagógicos em consonância com o pleiteado. Assim sua expansão pode ser uma maneira de atender o pleito.

----- DEMANDA 311 -----

Digital: 0003425

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

5) Apoiar ações de controle social para a qualidade da educação escolar, mediante a efetiva participação da comunidade e dos movimentos sociais do campo, da floresta e das águas.

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Resposta: Realização de reunião com a Comissão Nacional de Educação do Campo - CONEC, é um órgão colegiado de caráter consultivo que reúne representantes dos ministérios , União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Conselho Nacional de Secretários de Educação; e integrantes de movimentos sociais de abrangência nacional, onde são informados a operacionalização e execução das ações do Pronacampo.

----- DEMANDA 312 -----

Digital: 0003426

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

6) Revisar a matriz pedagógica da educação em geral, e em especial da educação do campo, com educadores/as e materiais didáticos adequados a realidade, aos espaços onde vivem, propiciando uma educação não sexista, livre de preconceitos, fortalecendo a autonomia, a igualdade e o respeito as diversidade culturais, de sexualidade, raça, etnia e credos, iguais para meninos e meninas, possibilitando uma sociedade em processo de evolução em todos os sentidos da vida.

Resposta: a) Distribuição de livros didáticos, no âmbito do PNLD Campo, para as séries iniciais das escolas do campo, com concepção e proposta pedagógica adequada às características dos sujeitos do campo.

b) Distribuição do acervo do Programa Nacional Biblioteca da Escola - PNBE Temático com obras de referência para professores, com a distribuição de 45 títulos, para professores, estudantes do ensino fundamental (séries finais) e ensino médio utilizarem em suas pesquisas escolares.

----- DEMANDA 313 -----

Digital: 0003427

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

7) Implementar as Diretrizes Operacionais para Educação Básica nas escolas do campo, fazendo com que estados e municípios pactuem e garantam efetivamente o papel da educação do campo para o desenvolvimento rural sustentável e solidário que defendemos, combatendo o analfabetismo e o débito vergonhoso que a sociedade tem para com os povos do campo, em especial com as mulheres;

Resposta: A fim de implantar as diretrizes operacionais o MEC apoia a formação inicial (Procampo e Prolind) e continuada (especialização, aperfeiçoamento e formação de professores para o trabalho em escolas com turmas multietapas); a elaboração e distribuição de material didático, bem como experiências e projetos com práticas pedagógicas especificas par a educação escolar do campo, tal como a “Escola da Terra” (turmas multietapas), o Projovem campo Saberes da Terra e o Saberes Indígenas.

----- DEMANDA 314 -----

Digital: 0003428

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Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

8) Garantir por lei a permanência das escolas do campo, pois seu fechamento tem a ver com a manutenção e a sucessão rural no campo, como um espaço de vida, trabalho e renda. Mas também se dar por conta do significado cultural e lúdico para as comunidades, além é claro de manter a criança em seu espaço;

Resposta: O MEC concorda a priori em instituir um grupo de trabalho com participação, além do Ministério, de entidades e órgãos representativos dos estados e municípios (UNDIME e FONSED) e da Educação Escolar do Campo (Comissão Nacional de Educação Escolar do Campo e Fórum Nacional de Educação do Campo, entre outras).

----- DEMANDA 315 -----

Digital: 0003429

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

9) Rever as regras de funcionamento dos IFETs - Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnológica, para que os mesmos possam receber, em igualdades de condições nas dependências escolares, os jovens e as jovens, uma vez que no regime interno só é permitido apenas para os alunos do sexo masculino, dificultando assim o acesso das jovens mulheres ao ensino técnico agropecuário. Assegurando a estrutura para receber as alunas nos institutos federais;

Resposta: Não há regras gerais determinadas aos Institutos Federais de Educação a respeito da existência e da abrangência de alojamentos. Na verdade, as autarquias vinculadas à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica são autônomos nesse assunto. O MEC pode e vai encaminhar ofício solicitando e orientando a respeito do assunto. Dos 223 institutos que possuem cursos técnicos na área agrícola, 193 responderam ao Censo Escolar da Educação Básica do Inep, e deles 64 responderam possuir alojamentos para alunos.

----- DEMANDA 316 -----

Digital: 0003430

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

10) Apoiar as iniciativas de Educação do Campo e às EFA - Escolas Famílias Agrícolas, das CFR - Casas Familiares Rurais e EFAS- Escolas famílias agrícolas atentando para as especificidades dos jovens das comunidades tradicionais em áreas de babaçuais. Garantir recursos financeiros para construção de 20 novas casas, nos estados que ainda tem pouca incidência bem como a manutenção das Casas e Escolas do sistema, respeitando essa iniciativa da sociedade organizada, reconhecendo e fortalecendo a pedagogia da alternância.

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

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----- DEMANDA 317 -----

Digital: 0003431

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

11) Criar condições necessárias para assegurar às filhas e filhos das mulheres trabalhadoras do campo, da floresta e das águas a implementação pelo Estado e o atendimento em período integral em creches e centros de educação infantil, de modo a possibilitar a inserção produtiva e a autonomia econômica das mulheres;

Resposta: É possível, por meio do PAR estabelecer uma linha para construir "módulos" para atendimento à educação infantil/creches em escolas do campo com 4 a 6 salas de aula que já contém com condições físicas para esse fim. Essa construção pode ocorrer nas localidades de maior demanda, ou seja, onde a população feminina e infantil no campo seja maior.

----- DEMANDA 318 -----

Digital: 0003433

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

12) Criar e/ou implementar os programas de expansão da oferta da educação infantil, com vistas à sua universalização, conforme preceitua a Resolução CNE/CEB Nº 02/2008 e do Decreto Presidencial Nº 7532/2010;

Resposta: É possível, por meio do PAR estabelecer uma linha para construir "módulos" para atendimento à educação infantil/creches em escolas do campo com 4 a 6 salas de aula que já contém com condições físicas para esse fim. Essa atividade expandirá a capacidade de atendimento da educação infantil no campo e pode ocorrer nas localidades de maior demanda, ou seja, onde a população feminina e infantil no campo seja maior.

----- DEMANDA 319 -----

Digital: 0003434

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

13) Garantir a construção de escolas nas próprias comunidades rurais, principalmente para a educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, evitando assim o incremento no transporte escolar para crianças pequenas. Assegurar condições de acesso à educação infantil compatíveis com as especificidades do campo, por meio da ampliação da rede física e da infraestrutura das instituições de Educação Infantil no campo, nas florestas e nas águas;

Resposta: É possível, por meio do PAR estabelecer uma linha para construir "módulos" para atendimento à educação infantil/creches em escolas do campo com 4 a 6 salas de aula que já contém com condições

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físicas para esse fim. Essa construção pode ocorrer nas localidades de maior demanda, ou seja, onde a população feminina e infantil no campo seja maior.

----- DEMANDA 320 -----

Digital: 0003435

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

15) Criar e/ou ampliar os programas de expansão da oferta da educação infantil, com vistas à sua universalização, conforme preceitua a Resolução CNE/CEB Nº 02/2008 e do Decreto Presidencial Nº 7532/2010.

Resposta: É possível, por meio do PAR estabelecer uma linha para construir "módulos" para atendimento à educação infantil/creches em escolas do campo com 4 a 6 salas de aula que já contém com condições físicas para esse fim. Essa construção pode ocorrer nas localidades de maior demanda, ou seja, onde a população feminina e infantil no campo seja maior.

----- DEMANDA 321 -----

Digital: 0003436

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

16) Implementar PRONACAMPO, fortalecendo o Plano Nacional de Educação;

Resposta: O Pronacampo está sendo implantado.

----- DEMANDA 322 -----

Digital: 0003437

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

17) Ampliar o diálogo entre Ministério da Educação e os movimentos sociais e organizações da sociedade civil, em especial, a partir do Fórum Nacional de Educação;

Resposta: A ampliação do diálogo é possível.

Educação superior

----- DEMANDA 323 -----

Digital: 0003438

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

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Solicitação:

18) Ampliação de cursos técnicos profissionalizantes, de nível superior (agronomia, agronomia, agroecologia, direito, medicina) e de pós-graduação latus sensus e stritus sensus em Educação do Campo, Educação Integral, Saúde da Mulher, Desenvolvimento Rural Sustentável, entre outros de interesse das mulheres e seu as famílias.

Resposta: Procampo: Formação inicial ofertada pelas IES, com organização curricular cumprida em regime de alternância entre tempo-escola e tempo-comunidade e habilitação para docência multidisciplinar nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio em uma das áreas do conhecimento: linguagens e códigos, ciências humanas, ciências da natureza, matemática e ciências agrárias. Atualmente, são ofertados 40 cursos de Licenciatura em Educação do Campo em 33 Instituições Públicas de Ensino Superior, 3.151 cursistas em formação referentes ao Edital nº 02/2012 e prevista a entrada 5.000 novos cursistas em 2015. Egressos das Licenciaturas formados pelas 04 Universidades Pilotos, 27 Universidades Federais, Estaduais e Municipais das edições de 2008 e 2009, somam 1.762 professores desde ano de 2011. RENAFORM: Formação Continuada de profissionais do Magistério da Educação Básica, em atendimento às demandas de formação apresentadas pelos sistemas de ensino. Fomento à oferta de cursos em nível de extensão, aperfeiçoamento e especialização nas modalidades presencial e a distância. Atualmente, são 10.443 cursistas distribuídos em 5 cursos ofertados em 25 IFES, são eles: Educação do Campo-Aperfeiçãmento-EaD; Educação do campo-Especialização-EaD; Especialização em Educação do Campo; Especialização em Educação do campo: práticas pedagógicas; e Escola da Terra-Aperfeiçoamento-EaD. (Fonte SISFOR 28/7/15)

----- DEMANDA 324 -----

Digital: 0003439

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

19) Assegurar que a questão da diversidade cultural e religiosa, assim como de identidade de gênero, etnia e orientação sexual seja objeto de tratamento didático-pedagógico e integre os currículos dos cursos de nível superior;

Resposta: A questão da diversidade cultural e religiosa, identidade de gênero, etnia e orientação sexual são questões importantes da política acadêmica e universitária das instituições federais de educação superior, portanto constante dos debates da comunidade universitária. Por outro lado, são questões que precisam sempre ser reforçadas para ampliação e qualificação do debate.

----- DEMANDA 325 -----

Digital: 0003440

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

20) Incentivar e financiar programas de Educação Contextualizada nas diferentes universidades das regiões, que dialogue com a educação formal, adaptando suas metodologias de trabalho para educar a

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partir da perspectiva do campo, das florestas e das águas e articulando conhecimento empírico e científico;

Resposta: Prolind: Programa de Apoio às Licenciaturas Interculturais (PROLIND) visa o fomento à oferta de cursos de formação superior de professores indígenas, que atuam em escolas indígenas de Educação Básica, em programas específicos.

Resultados:

2012 – 2.938 professores;

2013 – 2.248 professores indígenas, por meio de 16 IES; e

2014 – Atendeu a 2.608 professores indígenas, 20 IES.

Procampo: Formação inicial ofertada pelas IES, com organização curricular cumprida em regime de alternância entre tempo-escola e tempo-comunidade e habilitação para docência multidisciplinar nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio em uma das áreas do conhecimento: linguagens e códigos, ciências humanas, ciências da natureza, matemática e ciências agrárias. Atualmente, são ofertados 40 cursos de Licenciatura em Educação do Campo em 33 Instituições Públicas de Ensino Superior, 3.151 cursistas em formação referentes ao Edital nº 02/2012 e prevista a entrada 5.000 novos cursistas em 2015. Egressos das Licenciaturas formados pelas 04 Universidades Pilotos, 27 Universidades Federais, Estaduais e Municipais das edições de 2008 e 2009, somam 1.762 professores desde ano de 2011.

----- DEMANDA 326 -----

Digital: 0003441

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

21) Criação e funcionamento de programas educativos permanentes de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis em especial HIV e dos métodos contraceptivos e da pílula do dia seguinte. Direcionar campanhas de informação também para as pessoas da terceira idade.

Resposta: O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV) do Ministério da Saúde tem como política de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis/HIV, a ampliação do acesso às informações de prevenção, testagem e insumos para população em geral, em especial as populações chave (gays, HSH, travestis, transexuais, Profissionais do Sexo e Usuários de Drogas). São distribuídos preservativos para todas as Unidades de Saúde, conforme os planos estaduais e municipais.

Transporte Escolar

----- DEMANDA 327 -----

Digital: 0003442

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

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22) Garantia de transporte escolar (rodoviário e aquático) das comunidades, em condições e segurança, previstos pela lei, até a sede dos municípios, tendo atendimentos específicos conforme a idade, com condutores/as com condições e capacitação para exercer essa atividade.

Resposta: O MEC, por meio do Programa Caminho da Escola, executado pelo FNDE, já atende, em parte, a demanda de transporte escolar (rodoviário e aquático) seguro no campo. O Programa viabiliza a aquisição de veículos pelas prefeituras com especificações para o transporte de estudantes considerando as condições de trafegabilidade das vias das zonas rural e urbana brasileira. No Campo, como parte do Programa estruturado em torno da educação escolar do campo (o Pronacampo) o Programa Caminho da Escola viabiliza meios de transporte específicos. De 2011 a 2014 foram adquiridos 23.307 ônibus, 918 lanchas e 73.653 bicicletas para o Campo.

PNATE: Transferência automática de recursos aos estados, Distrito Federal e municípios para custear despesas com reforma, seguro, licenciamento, impostos, manutenção e pagamento de serviços contratados com terceiros.

Curso para a Alfabetização de Adultos

----- DEMANDA 328 -----

Digital: 0003443

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

23) Fortalecer o Programa Brasil Alfabetizado, a partir de: gestão compartilhada- poder público e sociedade civil; criação de novas turmas; professores qualificados para a educação do campo, da floresta e das águas espaços locais próximos e apropriados; parcerias para acompanhamento oftalmológico.

Resposta: O Programa Brasil Alfabetizado já atende a população do campo, inclusive as mulheres. Em 2014 e no início de 2015 foram mais de 600 mil alfabetizando jovens e adultos atendidos pelo Programa Brasil Alfabetizado no campo, sendo 51% mulheres. Além disso, há articulações específicas com pescadores ("Pescando Letras").

Violência nas escolas

----- DEMANDA 329 -----

Digital: 0003444

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

24) Garantir políticas de enfrentamento à violência nas escolas, inclusive com ações destinadas à capacitação de educadoras/es para a detecção dos sinais de suas causas como a violência doméstica, sexual, de gênero, homo-bi-lesbo-transfóbica, racial, favorecendo a adoção das providências adequadas para promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado segurança para as comunidades do campo, das florestas e das águas.

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Resposta: Escola que Protege (Rural): Promoção de ações de pesquisa, formação continuada, elaboração de materiais didático-pedagógicos e mobilização, na construção de estratégias de enfrentamento às diversas formas de violência no ambiente escolar contra crianças e adolescentes. Envolve: a promoção da articulação das escolas e sistemas de ensino ao Sistema de Garantia de Direitos; a mobilização da comunidade escolar utilizando novas tecnologias de informação e comunicação que estimule a participação; O apoio ocorre por meio de apoio financeiro e técnico as instituições públicas de ensino superior para a formação de profissionais da educação e produção/reprodução de materiais didático-formativos (Rede Nacional de Formação do Profissionais do Magistério da Educação Básica – Renaform), e apoio técnico às secretarias municipais e estaduais de educação (Plano de Ações Articuladas – PAR). Entre 2012 e 2014 foram invstidos R$ 5.204.701,59, financiadas 5.385 vagas em parceria com 13 IPES. Em 2013, foram disponibilizados 47.000 conjuntos de materiais para escolas, secretarias municipais e estaduais (a partir do levantamento de municípios prioritários, com alto índice de vulnerabilidade social e contemplando municípios que demandaram por meio do PAR), que tratam de u orientação para gestores/as e professores/as sobre enfrentamento à violência e promoção dos direitos de crianças e adolescentes. O kit Escola que Protege foi composto pelas seguintes publicações: Impacto da Violência na Escola – um diálogo com professores; Guia Escolar: identificação de sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes; O ECA nas Escolas – perspectivas interdisciplinares.

Além disso, entre 2011 e 2014 foram elaborados e disponibilizados materiais didático-formativos pelas instituições públicas de ensino superior com o apoio do Ministério da Educação nas temáticas: gênero e sexualidade, educação em direitos humanos, direitos de crianças e adolescentes e enfrentamento à violência no ambiente escolar. Ao todo, foram 155 materiais pedagógicos, entre jogos (2), livros (127) e vídeos (26). Dentre eles, podemos encontrar materiais didáticos de cursos de formação continuada (35); materiais de orientação para profissionais de educação (53); publicações teórico-conceituais (41) e materiais didáticos para uso na educação básica (26). Esses materiais foram produzidos com financiamento, por meio de editais e resoluções, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e/ou receberam apoio da SECADI/MEC para sua publicação.

AS MARGARIDAS NO ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

----- DEMANDA 330 -----

Digital: 0003446

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

1) Revisão do pacto federativo no que diz respeito à implementação de políticas públicas para mulheres, em especial as de enfrentamento a violência, garantindo que estas aconteçam, de fato, na vida das mulheres alcançando todas as diversidades de etnias, raças, religiosas e culturais. Que as mesmas sejam de caráter vinculante e não voluntário, como acontece hoje.

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 331 -----

Digital: 0003447

Destino: MJ - Gabinete - MJ/SECEX/GAB/SE

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Solicitação:

2) Realizar campanhas e formações permanentes de enfrentamento à violência contra as mulheres, utilizando todos os meios de comunicação e em especial os que chegam às mulheres rurais, como as rádios comunitárias;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 332 -----

Digital: 0003448

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

3) Cumprimento, pelos estados e municípios, de seu papel na execução de ações para o funcionamento das unidades moveis de enfrentamento a violência contra mulheres do campo, da floresta e das águas, fortalecendo assim os espaços de diálogo e construção de agendas coletivas, em especial os fóruns estaduais de enfrentamento a violência.

Resposta: As unidades móveis de enfrentamento a violência contra mulheres são uma política da SPM/PR.

----- DEMANDA 333 -----

Digital: 0003449

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

4) Criar o Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, determinando que os recursos arrecadados com multas decorrentes de sentenças condenatórias em processos criminais que envolvam violência doméstica e familiar sejam aplicados na manutenção de casas de abrigo para acolher vítimas de violência doméstica e, prioritariamente, para o reembolso de benefícios ou prestações assistenciais ou previdenciárias, pagas com recursos da seguridade social.

Resposta: Essa ação não é de responsabilidade do Ministério da Justiça. A criação do Fundo é uma ação Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, que inclusive acompanha um Projeto de Lei que está tramitando no CN com essa finalidade.

----- DEMANDA 334 -----

Digital: 0003450

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

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5) Alterar a legislação que estabelece que as Delegacias da Mulher sejam construídas nos municípios com mais de 60 mil habitantes, para que atendam municípios com 20 mil habitantes, possibilitando que elas cheguem aos municípios considerados rurais.

Resposta: Não foi identificada nenhuma legislação neste sentido. Faz-se necessário solicitar esclarecimentos neste ponto

----- DEMANDA 335 -----

Digital: 0003451

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

6) Ampliar o alcance e consolidar a rede de atendimento à mulher em situação de violência (delegacias, centros de referência, casas-abrigo, juizados especializados, promotorias e defensorias), se articulando com os demais entes federativos e poderes instituídos, para a efetiva implementação das diretrizes e ações de enfrentamento à violência contra as mulheres do campo, da floresta e das águas;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 336 -----

Digital: 0003452

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

7) Elaborar e realizar campanhas específicas para as mulheres do campo, da floresta e das águas, voltadas à divulgação das ações do plano nacional de enfrentamento a violência, a exemplo da campanha “Mulheres donas da própria vida”;

Resposta: Essa ação é de responsabilidade da Secretaria de Políticas para as Mulheres - SPM/PR. O Ministério da justiça apoia as campanhas que a SPM/PR desenvolve, a exemplo da “Campanha Compromisso e Atitude”, da qual o Ministério da Justiça é um dos parceiros.

----- DEMANDA 337 -----

Digital: 0003453

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

8) Criar um sistema de informações, com recorte de dados das mulheres do campo, da floresta e das águas vítimas de violência, com apoio de outras organizações de pesquisa na linha feminista, universidades e ONGs – Organizações Não Governamentais;

Resposta: A criação de um Sistema de Informações é da competência da SPM/PR. O Ministério da justiça, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública- SENASP, tem apoiado a SPM/PR neste intuito, por

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intermédio do SINESP. Realizaram-se algumas reuniões com a SPM, Saúde e Ministérios parceiros para verificar a possibilidade dos bancos de dados de cada política terem interface, mas quem coordena esse processo e tem essa atribuição é a SPM/PR.

----- DEMANDA 338 -----

Digital: 0003454

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

9) Garantir agilidade nos processos que apuram e julgam os casos de violência contra a mulher, que tramitam no judiciário;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 339 -----

Digital: 0003455

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

10) Efetivar a criação de casas de apoio regionais e municipais para mulheres vítimas de violência;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 340 -----

Digital: 0003456

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

11) Ampliar a construção das Casas da Mulher Brasileira para todos os municípios com menos de 60 mil habitantes, fortalecendo assim a articulação dos serviços mais próximos aos municípios com menor número de habitantes;

Resposta: A concepção da Casa da Mulher Brasileira é feita para atendimento e funcionamento em todas as capitais brasileiras. Não existe previsão de implantação em municípios com menos de 60 mil habitantes.

Para estas localidade, especificamente nas localidades rurais, o atendimento à mulheres em situação de violência é feito pelas Unidades Móveis de atendimento às mulheres do campo e das florestas, que permitem o acesso a um conjunto de serviços, sejam eles de prevenção, assistência, apuração, investigação e enquadramento legal, da participação em palestras informativas sobre direitos e esclarecimentos sobre a Lei Maria da Penha e sua aplicação e campanhas educativas.

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Novidade a ser implantada pela parceria entra a SPM e Ministério da Justiça, são as “Patrulhas Maria da Penha Rural”, cujo objetivo é fazer policiamento preventivo, no âmbito da implementação da Lei Maria da Penha, com enfrentamento ao feminicídio, à exploração sexual e ao tráfico de mulheres, adolescentes e meninas em áreas rurais.

---- DEMANDA 341 -----

Digital: 0003458

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

12) Fortalecer a pactuação com estados e municípios, para cumprimento da portaria do Ministério da Saúde - MS 485, que redefine o funcionamento dos sérvios de atenção às pessoas em situação de violência sexual no âmbito do Sistema Único de Saúde;

Resposta: Uma das questões relacionada a essa demanda corresponde à necessidade de fortalecer e ampliar a notificação de violências interpessoais e autoprovocadas conforme definido na Portaria nº 1271, de 06 de junho de 2014, que além da notificação compulsória de violências interpessoais e autoprovocadas, estabelece a notificação imediata (em menos de 24 horas) para violência sexual e tentativa de suicídio, em âmbito municipal

No campo da violência sexual, o SUS tem se organizado para agilizar o atendimento a vítima e seu acesso à contracepção de emergência e às medidas profiláticas de acordo com o preconizado na Norma Técnica Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes (Ministério da Saúde, 2011) em até 72 horas da agressão (mais precocemente possível). Após a publicação das portarias que tratam da organização e cadastramento no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde dos serviços de atenção às pessoas em situação de violência sexual (Portarias nº 485 e 618), a Coordenação-geral de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde tem atuado continuamente na mobilização de estados, DF e municípios para o cumprimento de suas disposições. Para isso, em 2014 foram realizadas videoconferências com as coordenações de saúde das mulheres de todos os estados, incluindo o DF e capitais brasileiras, com o objetivo de disseminar informações e mobilizar para a organização da atenção a esse público. Foram produzidos informes integrados (saúde das mulheres, da criança, do adolescente, do homem e da pessoa idosa) com orientações sobre essas normativas e com a sistematização das ações em desenvolvimento. Em 2014 foi publicada portaria que criou o procedimento Atendimento multiprofissional a pessoas em situação de violência sexual (Portaria nº 2.415/2014). Essa normativa possibilita a remuneração dos atendimentos realizados nos serviços de referência para atenção integral às pessoas em situação de violência sexual e configura-se como importe indutor para a organização de serviços em âmbito local.

----- DEMANDA 342 -----

Digital: 0003459

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

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13) Fortalecer o processo de capacitação das/dos agentes de saúde, que podem ser aliadas/os fundamentais na luta do enfrentamento a violência;

Resposta: Incluir, em articulação com a SAS, SES e SMS nos cursos de capacitação para ESF, a sensibilização e capacitação para a notificação de violências intersetoriais e autoprovocadas como importante instrumento de gestão para fortalecimento da Rede de Atenção e Proteção às mulheres vítimas de violências em articulação com as Redes de Cuidados e os protocolos existentes.

----- DEMANDA 343 -----

Digital: 0003460

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

14) Realizar capacitações específicas e permanentes para todas as servidoras e servidores das redes de atendimento à violência contra as mulheres, especialmente as equipes que atuarão nas delegacias especializadas (delegacias, policiais, escrivã/os);

Resposta: A SENASP tem um conjunto de cursos na rede EAD que abordam a questão da violência contra as mulheres de forma transversal. Além disso, temos o Curso Atendimento as Mulheres em Situação de Violência Sexual que já capacitou mais de 33.631 profissionais da segurança pública.

Relatório: Totais Matriculados Aprovados

Categoria: Totais

Gerado em: 10/8/2015 - 15:59:17

Ano Curso Matriculados Aprovados Interrompidos Desistentes

2011 Atendimento as Mulheres em Situação de Violência 19888 17402 2022 1152

2012 Atendimento as Mulheres em Situação de Violência 8143 6629 1387 900

2013 Atendimento as Mulheres em Situação de Violência 6334 4944 1325 658

2014 Atendimento as Mulheres em Situação de Violência 5778 4656 1071 519

TOTAL 40143 33631 5805 3229

Já o na modalidade presencial, temos o Curso de Atenção Humanizada às Pessoas Em Situação de Violência Sexual com Registro de Informações e Coleta de Vestígios é um Curso desenvolvido pela SENASP/MJ, SPM/PR e MS. O Objetivo é capacitar os profissionais da área de segurança pública e da rede pública de atendimento do Sistema Único de Saúde – SUS, para o atendimento humanizado às vítimas de violência sexual, observando-se os diferentes níveis de atuação de cada profissional, bem como a garantia da cadeia de custódia dos vestígios coletados.

Ao todo já foram capacitados 201 profissionais e a 4ª edição do curso, que capacitará mais 102 profissionais, ocorrerá entre 11 e 14/08/2015, em Brasília.

Ed UF Participante SSP SUS TOTAL

1ª MG, PA, TO 19 28 47

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2ª AM, AC, AL, PI, MS, RR e SE 19 57 76

3ª AC, BA, ES, MA, PI, PR 14 64 78

TOTAL 14 52 149 201

----- DEMANDA 344 -----

Digital: 0003461

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

15) Padronizar os dados e informações das delegacias de atendimento a mulher, poder público e ministério público e demais serviços de atendimento a violência contra mulheres, com objetivo de manter atualizadas as informações sobre violência contra mulheres;

Resposta: No Ministério da justiça, a SENASP participa, acompanha e tem assento na Coordenação Tripartite de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da SNJ/MJ, e é responsável pelo desenvolvimento de diversas metas no II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

Além da capacitação dos profissionais da segurança pública, em especial os de fronteira, para atuarem na temática e das pesquisas realizadas, a SENASP participa e acompanha a agenda da Comissão Tripartite de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e do Grupo Interministerial de Monitoramento e Acompanhamento do II Plano de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

Ainda no campo da capacitação conteúdos sobre tráfico de pessoas foram identificados e inseridos na matriz curricular nacional de formação dos profissionais da segurança pública de forma transversal. O Curso EAD “Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas” foi reformulado e disponibilizado no âmbito da Rede da Senasp.

Foram realizadas 5 oficinas nas Fronteiras, com membros dos Gabinetes de Gestão Integrada de Fronteira e na qual pautamos a temática com os interlocutores da Estratégia Nacional de Fronteiras – Enafron, dos estados de fronteira e integrantes das PM´s, PC´s, Bombeiros e Pericias do Arco Central e Arco Norte - do MTS ao AM. As oficinas foram realizadas em Carcere, Oiapóque, Brasileia, Pacaraima e Tabatinga. Em todos esses interlocutores foram induzidos a criar ações, operações e projetos para o enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

Sistematização Encontros Técnico da ENAFRON em que houve debate sobre a Temática Tráfico de Pessoas:

ESTADO MUNICÍPIO ENCONTRO TÉCNICO DATA VALOR

MT Cáceres VI Encontro Técnico da ENAFRON 15 a 19/abril de 2013 R$ 124.250,00

AP Oiapoque VIII Encontro Técnico da ENAFRON 11 a 16 de agosto/2013R$ 124.250,00

AC Brasileia X Encontro Técnico da ENAFRON 05 a 09 de maio/2014 R$ 162.790,00

RR* Pacaraima XI Encontro Técnico da ENAFRON 17 a 22 agosto/2014 R$ 162.790,00

AM* Tabatinga XII Encontro Técnico da ENAFRON nov/14 R$ 213.167,00

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* Previsão

REUNIÕES GGIF NOS 11 ESTADOS FRONTEIRIÇOS entre 2012 e 2014:

UF Nº REUNIÕES GGIF/CT-FRON - 2013 Nº REUNIÕES GGIF/CT-FRON - 2012-2014

SC 58 9

MS 53 69

AC 19 9

RR 18 10

RS 12 3

AM 11 14

RO 6 8

PR 6 7

AP 5 6

PA 5 5

MT 4 6

Total 197 146

2012 82

Total 279

No âmbito do Edital nº 09/2013, voltado para ações de prevenção à violência a serem desenvolvidas pelos estados, lançamos uma linha de financiamento que previa apoio a projetos voltados ao enfrentamento ao tráfico de pessoas. Foram apresentadas 03 propostas, sendo possível a aprovação de apenas uma, no valor de R$ 823.857,52.

A Senasp participou ainda de um esforço junto à PF e MD relacionado a elaboração de um mapa dos atores a serem envolvidos no ETP, para o qual foram realizadas reuniões para coordenar a implementação da Meta no âmbito do Ministério da Defesa, com a participação de representantes da Chefia de Operações Conjuntas/MD, dos Comandos da Marinha, Exército e Aeronáutica, da Secretaria Nacional de Segurança Pública e do Departamento de Polícia Federal, quando foi firmado o entendimento de que já existem mecanismos para integrar a atuação dos órgãos de segurança pública e das Forças Armadas (FA) contra crimes transfronteiriços nas áreas de fronteira, que poderão incluir o enfrentamento ao tráfico de pessoas, além de terem sido mapeadas as ações interagências que já vem ocorrendo nas fronteiras, nas quais poderiam ser abordadas as questões de trafico de pessoas de foram transversal. São elas: Participação das FA no combate aos crimes praticados na faixa de fronteira por meio das seguintes operações interagências: Operações Ágata - sob a égide do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), conduzidas pelo MD, com apoio dos ministérios da Justiça (MJ) e da Fazenda (MF); Operações Sentinela – sob a égide do PEF, a cargo do MJ, com participação do MD e MF; Operações Fronteira Blindada – sob a égide do PEF, a cargo do MF, com apoio do MD e MJ; Operação Porteira Fechada – conduzida pela Polícia Federal em parceria com a Receita Federal, apoiada pela Força Aérea Brasileira, focando o combate aos delitos transfronteiriços realizados em aviões de pequeno porte que sobrevoam clandestinamente o espaço aéreo brasileiro. Operações interagências a cargo do Comando do Exército: Curare, Candiota,

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Fronteira Sul, Jacuí, Charrua, Fronteira Unida, Fênix, Cadeado, Aruanã, Tapajós, Sucuri, Marajá e outras. Operações rotineiras a cargo da Marinha, destacando-se as patrulhas fluviais; e Operações Épsilon, a cargo da Força Aérea Brasileira).

Em 2014, no Edital nº 05/2014, para apoio a ações de prevenção à violência, municipais, a Senasp inseriu uma linha de financiamento que continha o apoio a projetos de enfrentamento ao tráfico de pessoas.

----- DEMANDA 345 -----

Digital: 0003462

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

16) Realizar editais que apoiem diretamente os grupos de mulheres, potencializando amplos processos de auto-organização e reforçando as lutas por autonomia (econômica, sexual, reprodutiva, pessoal, etc.) e autodeterminação;

Resposta: A SPM/PR apoia projetos de organizações produtivas de mulheres, de forma a estimular a autonomia econômica das mulheres, empreendedorismo, aquisição de equipamentos, inserção no mundo do trabalho, além do desenvolvimento de ações ligadas ao enfrentamento à violência, dentre outros temas. É preciso acompanhar a abertura dos editais diretamente no site da SPM e inserir os projetos no SICONV. Segue o link: http://www.spm.gov.br/sobre/editais

----- DEMANDA 346 -----

Digital: 0003463

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

17) Fortalecer, em todos os estados, a criação de cursos de formação de Promotoras legais populares;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 347 -----

Digital: 0003464

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

18) Realizar concursos para promotores/as e defensores/as públicos/as, possibilitando a ampliação dos quadros de funcionários para melhorar atendimento às mulheres vítimas de violência e dar celeridade aos processos;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

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----- DEMANDA 348 -----

Digital: 0003465

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

19) Alterar os protocolos de notificação compulsória dos casos de violência, de forma que os dados sejam unificados a partir de todos os serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 349 -----

Digital: 0003466

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

20) Criar mecanismos junto ao judiciário a fim de avaliar e expandir as comarcas, para que as populações do campo, das florestas e das águas possam ter acessos rápidos e eficazes aos serviços de promotoria e defensoria pública;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 350 -----

Digital: 0003467

Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

21) Garantir cota de 30% de mulheres nos concursos para as polícias civil e militar, contribuindo para que o atendimento em delegacias comuns e especializadas tenham condições de atender as mulheres.

Resposta: A definição de cotas é atribuição dos estados. O MJ/SENASP tem se debruçado sobre o tema, discutindo-o no Grupo de Trabalho Permanente sobre assedio moral e sexual às profissionais da Segurança Pública, composto por representantes de todas as categorias das policias.

MARGARIDAS EM DEFESA DO DIREITO À SAÚDE E AOS DIREITOS REPRODUTIVOS

----- DEMANDA 351 -----

Digital: 0003468 e 0003469

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

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1) Estimular o não uso de agrotóxicos através da realização de campanhas na mídia sobre o tema, divulgando as pesquisas que mostram a relação direta entre o consumo de alimentos produzidos com os agrotóxicos e o aumento do câncer;

Resposta: A Ascom do MDA está elaborando proposta de campanha com o objetivo de divulgar o Selo da Agricultura Famíliar e incentivar o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral, bem como objetiva a valorização da diversidade da agricultura familiar, a partir de suas características locais e regionais. As proposta de campanha estão sendo produzida pela Ascom do MDA e serão levada à SECOM. A Ascom do MDA está elaborando proposta de campanha com o objetivo de divulgar o Selo da Agricultura Família e incentivar o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral, bem como objetiva a valorização da diversidade da agricultura familiar, a partir de suas características locais e regionais. As proposta de campanha estão sendo produzida pela Ascom do MDA e serão levada à SECOM.

Em relação as ações e programas do MDA está em discussão no âmbito da Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica o Programa Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos - PRONARA, que também contribuirá com desestimulo ao uso de agrotóxicos.

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Resposta: A Campanha Nacional de Promoção da Saúde, veiculada pelo endereço: http://promocaodasaude.saude.gov.br, dispõe de dois eixos (Incentivo ao ambiente saudável e Incentivo à alimentação saudável) que faz a veiculação de notícias, pesquisas e acontecimentos relacionados à promoção da agroecologia como alternativa saudável de modelo produtivo e ao incentivo ao consumo de alimentos cultivados sem agrotóxicos. Essa veiculação ocorre preferencialmente na ocasião de datas comemorativas relacionadas ao tema de agrotóxicos e agroecologia. Além disso, o Ministério da saúde inseriu na proposta do PRONARA a iniciativa de criar uma campanha nacional de conscientização da população, em especial dos agricultores, sobre os efeitos dos agrotóxicos na saúde humana (Iniciativa 1.3 do Eixo 5).

----- DEMANDA 352 -----

Digital: 0003470

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

2) Ampliar as pesquisas sobre o impacto do consumo de alimentos produzidos com o uso dos agrotóxicos na saúde das/os trabalhadoras/es associada a ações de proteção a saúde da/o trabalhador/a e das famílias e buscar parceria com organizações da sociedade civil e movimentos sociais para divulgação dos resultados;

Resposta: Em parceria com a Fiocruz são desenvolvidas pesquisas relacionadas à exposição humana a agrotóxicos com o intuito de instrumentalizar os serviços de saúde para a vigilância e assistência à saúde de populações expostas a agrotóxicos por diversas vias. Além disso, o Ministério da Saúde lançou edital de pesquisa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, em conjunto com a Secretaria de Vigilância em Saúde, com linha de pesquisa sobre intoxicações crônicas por agrotóxicos, com ênfase na população trabalhadora rural.

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----- DEMANDA 353 -----

Digital: 0003472

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

3) Aprimorar formas de identificação e registros de intoxicações, mortes, má formação congênita e aborto estabelecendo nexo causal pela exposição aos agrotóxicos.

Resposta: Em parceria com a Fiocruz são desenvolvidas pesquisas relacionadas à exposição humana a agrotóxicos com o intuito de instrumentalizar os serviços de saúde para a vigilância e assistência à saúde de populações expostas a agrotóxicos por diversas vias. Além disso, o Ministério da Saúde lançou edital de pesquisa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, em conjunto com a Secretaria de Vigilância em Saúde, com linha de pesquisa sobre intoxicações crônicas por agrotóxicos, com ênfase na população trabalhadora rural.

----- DEMANDA 354 -----

Digital: 0003473

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

4) Fortalecer o Sistema Único de Saúde – SUS, com o aumento de recursos e ampliação das unidades, para assegurar qualidade de vida no campo, na floresta e nas águas, considerando as especificidades e as diferenças regionais, para possibilitar o acesso e o atendimento de qualidade, como foco na prevenção e na promoção da saúde;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 355 -----

Digital: 0003474

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

5) Implementar a PNAISM - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres, tendo em conta as especificidades das mulheres do campo, floresta e águas, considerando:

a) Que sejam abordadas as diversidades de questões do universo feminino, não tendo o foco apenas na reprodução;

b) Garantia de exames preventivos necessários e redução do tempo para entrega dos resultados dos exames,

c) Realização de campanhas educativas sobre a saúde da mulher pelo Ministério da Saúde e secretarias de saúde.

d) Efetivação do planejamento familiar nas comunidades rurais, extrativistas e ribeirinhas.

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Resposta: O Governo Federal está trabalhando pela intensificação das Ações de Saúde das Mulheres do Campo, da Floresta e das Águas na Atenção Básica. Objetivo: planejar e executar ações de saúde das mulheres do campo, da floresta e das águas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a partir da articulação com gestores municipais, estaduais e movimento de mulheres. Posteriormente, as ações entrarão na rotina das Unidades. Ações: planejamento familiar/direitos sexuais e reprodutivos, incluindo orientações sobre os métodos anticonceptivos e pílula do dia seguinte; consulta ginecológica, incluindo coleta de Papanicolau e orientações quanto a importância, periodicidade dos exames, resultado, bem como exame das mamas e encaminhamento para mamografia, quando necessário; assistência pré-natal humanizada; orientação sobre sexualidade e sexo seguro, sobre prevenção da violência contra as mulheres, especificamente sobre violência sexual e doméstica; atendimento no caso de abortamento legal e outros temas de interesse das mulheres, realizando Rodas de Conversa que estimulem o protagonismo das mulheres; consultas médicas e de enfermagem, incluindo diagnóstico precoce de hipertensão, diabetes, com ênfase na faixa etária de maior risco; saúde bucal; atualização do esquema vacinal; produção de material educativo e informativo para distribuição. Observação: Para viabilizar este Programa, o MS irá articular com gestores municipais e estaduais as medidas necessárias para sua viabilização, disponibilizando e priorizando recursos já existentes, tais como Telessaúde para capacitação e apoio das equipes de saúde da família, apoio para organização da oferta em tempo oportuno, de serviços de apoio diagnóstico para câncer de colo de útero e mama, atividades dos Apoiadores junto aos municípios, entre outros.

----- DEMANDA 356 -----

Digital: 0003475

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

6) Ampliar recursos para as seguintes ações da PNAISM: a prevenção, a detecção e o tratamento do câncer de colo uterino e de mama; a assistência ao climatério; a assistência à mulher vítima de violência doméstica e sexual; realização de ações de assistência às doenças ginecológicas prevalentes, os direitos sexuais e reprodutivos e a promoção da atenção à saúde de segmentos específicos da população feminina;

Resposta: O Sistema Único de Saúde conta com 283 hospitais habilitados em alta complexidade em oncologia. Eles devem realizar diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes com câncer.

Essas unidades estão articuladas por meio de fluxos dos usuários com câncer desde a suspeita diagnóstica (na atenção básica), diagnósticos e consultas (nos laboratórios, hospitais e ambulatórios) até o tratamento e acompanhamento (em ambulatórios e hospitais especializados). Também está em andamento o plano de expansão de radioterapia, onde estão previstas 80 novas soluções (equipamento de radioterapia + bunker), distribuídos pelo Brasil.

Só em 2014, entre procedimentos de exame citopatológico, mamografia e tratamento de câncer, foram investidos R$ 3,1 bilhões, sem contar investimento para tratamento do tabagismo e compra centralizada de medicamentos oncológicos. A expansão real da atenção em oncologia também pode ser evidenciada nos dados de produção. As cirurgias de câncer tiveram aumento de 10% entre 2012 (262.006) e 2014 (288.618). No mesmo período, as quimioterapias cresceram 13,5%. Em 2012 foram realizados 2.504.461 tratamentos, enquanto que em 2014 foram 2.842.090. Já os procedimentos de radioterapia aumentaram

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em 10% entre 2012 (9.549.898) e 2014 (10.493.521). Investimento de, ao menos, R$ 3,3 bilhões de reais em procedimentos de exame citopatológico, mamografia e tratamento de câncer.

----- DEMANDA 357 -----

Digital: 0003476

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

7) Efetivar a Política Nacional de Práticas Integrativa e Complementares no SUS, garantindo que a homeopatia, as plantas medicinais e fitoterápicas, a medicina tradicional chinesa/acupuntura, a medicina antroposófica e o termalismo social-crenoterapia, institucionalizados no Sistema Único de Saúde (SUS) cheguem até a população;

Resposta: As PICs foram inclusas no novo Sistema de Informação da Atenção Básica (E-SUS e SISAB): no cadastro individual e fichas de cuidado dos profissionais. O segundo ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade na Atenção Básica aponta que as PICs estão sendo ofertadas como estratégia de cuidado em 5654 equipes de saúde em 1217 municípios. Segundo o Sistema de Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde, 4936 serviços ofertam PICs. O Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde em 2013 publicou edital de chamamento publico no valor de R$ 2 milhões, de apoio ao fortalecimento de ações e serviços das práticas da PNPIC, contemplando 17 propostas entre Estados e municípios, atualmente encontram-se em fase de execução.

----- DEMANDA 358 -----

Digital: 0003477

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

8) Ampliar e fortalecer o Programa Mais Médico e do atendimento às especialidades, dialogando com a saúde da mulher, garantindo mais investimentos em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde e levando mais médicos para o meio rural;

Resposta: O Programa Mais Médicos passou por uma significativa ampliação no ano de 2015. De 14.462 médicos em 3.785 municípios, ele passou a contar com 18.240 médicos em 4.058 municípios. Na sua dimensão de infraestrutura também apresenta importante avanço. São mais de 26 mil projetos de reforma, ampliação e construção de UBS no país aprovados, dos quais mais de 11 mil já foram concluídos.

----- DEMANDA 359 -----

Digital: 0003478

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

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9) Garantir o acesso às populações do campo, floresta e águas à Estratégia Saúde da Família, ampliando as equipes do PSF – Programa de Saúde da Família e capacitar as existentes para realizarem atendimento humanizado nos municípios;

Resposta: Desenvolver estratégias para melhorar o acolhimento e o atendimento das mulheres do campo, floresta e águas. Além disso, intensificar a comunicação e a participação nas mulheres na consolidação do SUS.

----- DEMANDA 360 -----

Digital: 0003479

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

10) Pautar nos estados e municípios a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas - PNSIPCFA, que é uma conquista de trabalhadoras e trabalhadores na agricultura;

Resposta: O Ministério da Saúde atua no sentido de: 1) Monitoramento e apoio aos Comitês Estaduais de Políticas de Promoção de Equidade em Saúde (RN, PI, ES, MA, SE) e Comitês Estaduais de Saúde das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (RS, RJ); Será realizado um encontro nacional com esses comitês, em Outubro/2015, com o objetivo de monitorar e fortalecer as ações implementadas nesses espaços; 2) Divulgação da Política a movimentos sociais e gestores, por meio da equipe de comunicação do Departamento de Apoio à Gestão Participativa (DAGEP); 3) Educação à distância do Campo, Floresta e das águas (importante ferramenta para a divulgação da Política para a sociedade civil e gestores dos três níveis de gestão). 4) Projetos de Formação de lideranças realizados por meio de parcerias entre o DAGEP, a Fiocruz, UFBA, UFFS, UnB, UFAC/FAPAC e Movimentos sociais, que contribui para a divulgação e para a implementação da Política nos níveis estaduais. Esse conjunto de ações envolve um investimento de R$ 8.401.030,00.

----- DEMANDA 361 -----

Digital: 0003480 e 0003531

Destino: MCIDADES - Secretaria-Executiva - MCIDADES/SE

Solicitação:

11) Criar e implementar o Programa Nacional de Saneamento Básico Rural com garantia de água potável, coleta e destino adequado de resíduos sólidos e tratamento de esgoto, respeitando as especificidades e realidade de cada local. Que o Ministério da Saúde realize campanhas em defesa da implantação do saneamento básico no país como base para a prevenção de doenças;

Resposta: O Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), previsto na lei de diretrizes nacionais para o saneamento básico – Lei nº 11.445/2007, regulamentada pelo Decreto nº 7.217/2010, foi elaborado pelo Governo Federal em amplo processo participativo, coordenado pelo Ministério das Cidades e por um Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI) criado pela Presidência da República.

O Plano foi aprovado pelo Decreto n° 8.141/2013 e pela Portaria Interministerial n° 571/2013 e contempla uma abordagem integrada do saneamento básico, incluindo os quatro componentes:

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abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais urbanas.

O Plansab possui horizonte de 20 anos de implementação (de 2014 a 2033) e estabelece metas para o saneamento básico brasileiro, define macrodiretrizes e estratégias que orientam a atuação dos agentes públicos e privados, em especial o Governo Federal. Também propõe a estruturação de três programas de saneamento: Saneamento básico integrado; Saneamento rural, e Saneamento estruturante.

Destaca-se que o Programa de Saneamento Rural, conforme prevê o Plansab (disponível para download em www.cidades.gov.br), visará atender, por ações de saneamento básico, a população rural e as comunidades tradicionais, como as indígenas e quilombolas e as reservas extrativistas. Este Programa tem por objetivo financiar, em áreas rurais e de comunidades tradicionais, medidas de abastecimento de água potável, de esgotamento sanitário, de provimento de banheiros e unidades hidrossanitárias domiciliares e de educação ambiental para o saneamento, além de, em função de necessidades ditadas pelo enfoque de saneamento integrado, ações de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e de manejo de águas pluviais. A coordenação do Programa é do Ministério da Saúde, que deverá compartilhar sua execução com outros órgãos federais afins ao tema.

Cabe salientar, por fim, que atualmente, no âmbito do PPA 2012-2015, vem sendo implementado Objetivo específico (0355), vinculado ao Programa Saneamento Básico (2068) que visa a ampliação de ações e serviços de saneamento básico em comunidades rurais, tradicionais e especiais (quilombolas, assentamentos de reforma agrária, indígenas, dentre outras).

Digital: Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Resposta: Contratados estudos específicos para o Programa Nacional de Saneamento Rural, por meio de Termo de Execução Descentralizada com a UFMG (TED 01/2015).

O Termo foi assinado em 13/02/2015, sendo o início dos trabalhos em julho/agosto. O prazo para elaboração dos estudos é de 18 meses. Serão desenvolvidos os seguintes produtos:

1. Diagnóstico das condições de Saneamento Rural no Brasil;

2. Definição de diretrizes para o Saneamento Rural;

3. Estabelecimento das metas a curto, médio e longo prazo;

4. Detalhamento dos investimentos necessários para atendimento das metas estabelecidas;

5. Estratégias para gestão do programa de saneamento rural.

No cronograma, a previsão é que ocorram oficinas regionais em fevereiro de 2016, nas quais poderão ter a participação dos movimentos sociais.

----- DEMANDA 362 -----

Digital: 0003481

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

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12) Construir e implementar um Plano de Metas a médio e longo prazo para ampliar a estrutura pública de saúde, em especial nos municípios abaixo de 50 mil habitantes, assegurando:

a) Unidades básicas de saúde com equipes multiprofissionais, assegurando o Pronto-Atendimento das mulheres que demandarem serviços de saúde com horários expandidos nos três turnos e nos finais de semana;

Resposta: Em médio prazo, o Ministério da Saúde irá fazer a revisão da PNAB, discutindo o rearranjo das equipes rurais.

----- DEMANDA 363 -----

Digital: 0003482

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

b) Centros de Atendimentos Especializados de média complexidade, incluindo a prevenção e o tratamento de câncer-cérvico uterino e mamário, bem como o atendimento às especificidades das mulheres negras (anemia falciforme, maior incidência de miomas, etc.). Esses centros de atendimento devem estar vinculados ao Sistema de Regionalização do SUS, com participação e controle social.

Resposta: Em 2011, o Ministério da Saúde incluiu, pela Rede Cegonha, o exame de eletroforese de hemoglobina como um dos exames preconizados para todas as gestantes durante o pré-natal, para os quais os municípios que aderiram ao componente pré-natal da Rede Cegonha recebem repasse de recurso.

----- DEMANDA 364 -----

Digital: 0003483

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

13) Implementar um Programa de monitoramento das políticas do SUS, fiscalizando o atendimento humanizado à população do campo, das florestas e das águas;

Resposta: Plano Operativo da PNSIPCFA; Grupo da Terra: Mapeamento/Monitoramento das Políticas que contribuem diretamente para o cuidado das populações do Campo, da Floresta e das Águas. Observatório da Politica de Saúde das Populações do Campo, da Floresta e das Águas.

----- DEMANDA 365 -----

Digital: 0003484

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

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14) Garantir e acesso de trabalhadoras e trabalhares na agricultura à assistência farmacêutica, através da distribuição da medicação para os/as trabalhadores/as rurais através das farmácias básicas;

Resposta: Para a garantia do acesso aos medicamentos a Assistência Farmacêutica Básica possui como normativa a Portaria nº 1.555, de 30 de julho de 2013, que dispõe sobre as normas de financiamento e de execução do Componente Básico da Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme art. 2º da Portaria, o Componente Básico da Assistência Farmacêutica destina-se à aquisição de medicamentos e insumos, incluindo-se aqueles relacionados a agravos e programas de saúde específicos, no âmbito da Atenção Básica de Saúde. Conforme Capítulo II relacionado ao Financiamento, é permitido o financiamento com recurso tripartite dos medicamentos (Anexo I da Rename) e insumos (Anexo IV da Rename) do Componente Básico da Assistência Farmacêutica. Conforme o Art. 3º, o financiamento do Componente Básico da Assistência Farmacêutica é de responsabilidade da União, Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com aplicação, no mínimo, dos seguintes valores de seus orçamentos próprios: I- União: R$ 5,10 (cinco reais e dez centavos) por habitante/ano; II- Estados: R$ 2,36 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitante/ano; III- Municípios: R$ 2,36 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitante/ano. Destaca-se ainda que, conforme definido no Capítulo III Art. 9º os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são responsáveis pela seleção, programação, aquisição, armazenamento, controle de estoque e prazos de validade, distribuição e dispensação dos medicamentos e insumos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica. Cabe também à União (Art. 5° e 6°), a aquisição centralizada e a distribuição das insulinas NPH e Regular, além dos contraceptivos e insumos do programa Saúde da Mulher. As insulinas são entregues nos almoxarifados e Centrais de Abastecimento Farmacêutico Estaduais e do Distrito Federal, que por sua vez distribuem aos municípios. Os contraceptivos, são entregues diretamente nos almoxarifados e Centrais de Abastecimento Farmacêutico dos municípios com população superior a 500.000 habitantes e capitais estaduais e nos almoxarifados e Centrais de Abastecimento Farmacêutico dos estados, que por sua vez distribuem aos demais municípios.

Além do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, o Programa Farmácia Popular do Brasil é uma iniciativa do Governo Federal que consiste na disponibilização de medicamentos e/ou correlatos à população, pelo Ministério da Saúde (MS) através da "Rede Própria", constituída por Farmácias Populares, em parceria com os Estados, Distrito Federal, Municípios e hospitais filantrópicos e do "Aqui Tem Farmácia Popular", constituído por meio de convênios com a rede privada de farmácias e drogarias.

Em março de 2006 o Ministério da Saúde expandiu o Programa Farmácia Popular do Brasil, aproveitando a rede instalada do comércio varejista de produtos farmacêuticos, bem como a cadeia do medicamento. Esta expansão foi denominada “Aqui Tem Farmácia Popular” e funciona mediante o credenciamento da rede privada de farmácias e drogarias comerciais, com o intuito de levar o benefício da aquisição de medicamentos essenciais a baixo custo a mais lugares e mais pessoas, aproveitando a dinâmica da cadeia farmacêutica (produção x distribuição x varejo), por meio da parceria entre o Governo Federal e o setor privado varejista farmacêutico.

A partir de 2011, o Programa passou a disponibilizar os medicamentos indicados para o tratamento da hipertensão e do diabetes sem custos para os usuários. Esta campanha foi denominada “Saúde Não Tem Preço” (SNTP). Naquele ano, a partir de 04 de junho, o Ministério da Saúde também passou a disponibilizar para a população, por meio do SNTP, três medicamentos para o tratamento da asma.

Além dos medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma, o Aqui Tem Farmácia Popular oferece mais 11 itens, entre medicamentos e a fralda geriátrica, com preços até 90% mais baratos utilizados no tratamento de dislipidemia, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência urinária.

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As unidades próprias contam com um elenco de 112 itens, entre medicamentos e o preservativo masculino, os quais são dispensados pelo seu valor de custo, representando uma redução de até 90% do valor de mercado.

A condição para a aquisição dos medicamentos disponíveis no Programa Farmácia Popular do Brasil é a apresentação de documento com foto, CPF, juntamente com uma receita médica válida.

Atualmente, o Programa Farmácia Popular do Brasil conta com 34.863 estabelecimentos, sendo 526 da rede própria e 34.337 da rede credenciada, abrangendo 4.452 municípios.

----- DEMANDA 366 -----

Digital: 0003485

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

15) Disponibilizar exames de mamografia, com a disponibilização de mamógrafos nas unidades de atendimento básico, garantindo celeridade na entrega dos resultados dos exames das mulheres nos municípios, criando unidades móveis de atendimento à saúde das mulheres;

Resposta: Não há indicação de disponibilizar mamógrafos nas UBS, tendo em vista o parâmetro de um mamógrafo para cada 240 mil habitantes, de modo a garantir a não-ociosidade e manutenção constante do equipamento. Há, atualmente, mais de 2.600 mamógrafos SUS distribuídos no território nacional, sendo necessária a definição dos fluxos para a garantia do acesso.

De modo a garantir e ampliar o acesso ao exame, desde 2012 foi estabelecido o Programa de Mamografia Móvel. Atualmente existem 12 Unidades de Mamografia Móvel habilitadas no Brasil. A partir do momento da habilitação como Unidade de Mamografia Móvel as unidades passam a receber o incremento de 44,88% no valor do procedimento Mamografia bilateral para rastreamento quando realizado em mulheres de 50 a 69 anos, faixa etária preconizada para o rastreamento.

----- DEMANDA 367 -----

Digital: 0003486

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

16) Criar Curso de Medicina Popular, levando em consideração os diversos conhecimentos culturais dos povos tradicionais, do campo, das florestas e das águas, como a medicina alternativa, o uso de ervas medicinais e fitoterápicos.

Resposta: A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) do Ministério da Saúde lançaram este ano o curso sobre a Politica Nacional para população do campo, florestas e das águas, aberto para toda a população. Está definido grupo de trabalho para desenvolver outras ofertas educacionais, estando aberta a proposição dos temas elencados. Além disso, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares disponibiliza dois cursos, sendo um deles sobre Plantas medicinais e fitoterápicos para Agentes Comunitários de Saúde:

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https://cursos.atencaobasica.org.br/courses/7802 e outro sobre gestão em Práticas Integrativas e Complementares: https://cursos.atencaobasica.org.br/courses/7803. Ambos estão disponíveis na Comunidade de Práticas (CdP): https://atencaobasica.org.br. Além disso, estão em fase de formulação dois cursos sobre Plantas Medicinais e Fitoterápicos, voltados para profissionais de nível superior da Atenção Básica, um deles via CdP, sem limite de vagas e outro para 1000 trabalhadores prescritores via moodle. Estes cursos estão sendo construídos com vários parceiros com o intuito de dialogar com a diversidade cultural, regional e populações específicas, além de valorizar o uso sagrado, popular e tradicional das plantas medicinais e fitoterápicos.

----- DEMANDA 368 -----

Digital: 0003487

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

17) Reconhecer e apoiar as atividades de mulheres que trabalham com plantas medicinais, como benzedeiras, rezadeiras, parteiras, entre outras práticas, respeitando, valorizando, resgatando e validando conhecimentos tradicionais e saberes populares no cuidado à saúde;

Resposta: Em julho de 2014 foi realizada "Oficina sobre a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas e as práticas relacionadas às plantas medicinais e aos fitoterápicos", demanda esta do Grupo da Terra. Estabeleceu-se Projeto Proadi SUS sobre ensaios clínicos com fitoterápicos; fomento a utilização da fitoterapia no Brasil. Outra ação consiste na realização de Educação à Distância em fase de implementação pelo Departamento de Atenção Básica sobre “QUALIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA, EM PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS”. A proposta metodológica desse curso está sendo desenvolvida em parceria com movimentos sociais. Serão desenvolvidos dois cursos EaD, um deles aberto ao público geral, sem limite de número de vagas e o outro específico para 1000 profissionais de saúde. Outro curso à distância trata do "Uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos para Agentes Comunitários de Saúde" , também do Departamento de Atenção Básica, que conta com aproximadamente 3.000 participantes (disponibilizado ao público geral). Todas essas iniciativas consideram, em suas propostas medodológicas, as práticas tradicionais e os saberes populares relacionados à utilização de plantas medicinais. Além disso, há a produção da Cartilha de Saúde das Mulheres do Campo, da Floresta e das Águas.

----- DEMANDA 369 -----

Digital: 0003532

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

18) Criar um programa continuado de educação e formação, tanto nas escolas formais, como nas entidades informais, que produza conhecimentos acerca da legislação, contribuindo com uma educação não sexista e prevenindo situações de violência contra a mulher;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

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----- DEMANDA 370 -----

Digital: 0003489 e 0003490

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

19) Discutir a formação de profissionais da saúde para que sejam contemplados temas como gênero, orientação sexual, violência sexista, geração, raça, questão agrária, entre outras, capacitando melhor as equipes para atendimento humanizado;

Resposta: A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) do Ministério da Saúde lançaram este ano o curso sobre a Politica Nacional para população do campo, florestas e das águas, aberto para toda a população. Está definido grupo de trabalho para desenvolver outras ofertas educacionais, estando aberta a proposição dos temas elencados.

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Resposta: Como um dos eixos do Programa Mulher, Viver sem Violência, está a organização e humanização do atendimento às mulheres vítimas de violência, e nesse sentido a SPM tem realizado a Capacitação de profissionais: foram realizados 03 cursos com presença de 240 profissionais (da área da saúde e dos IMLs) dos seguintes estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pará, Piauí, Roraima e Sergipe.

Portaria Interministerial nº 288 de 25 de março de 2015(SPM/PR, MJ, MS): estabelece orientações para a organização e integração do atendimento às vítimas de violência sexual pelos profissionais de segurança pública e pelos profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto à humanização do atendimento e ao registro de informações e coleta de vestígios.

----- DEMANDA 371 -----

Digital: 0003491

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

20) Inserir no currículo escolar a questão da saúde da mulher, na perspectiva de fortalecer a saúde preventiva;

Resposta: Estas questões são discutidas no âmbito do Programa Saúde na Escola, presente na maioria dos municípios brasileiros, desenvolvendo atividades de formação, prevenção e promoção da saúde.

----- DEMANDA 372 -----

Digital: 0003492 e 0003543

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Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

21) Garantir estrutura básica para atendimento das mulheres das águas e das florestas como: transporte, barco a motor, medicamentos, comunicação (rádio ou telefone), combustível para os pólos bases;

Resposta: O Departamento de Atenção Básica vem fomentando o acesso das populações do campo, floresta e águas através do incentivo à construção de UBS's fluviais, ao cadastramento de equipes de saúde da família ribeirinha, à implantação de equipes Mais Médicos - inclusive em locais afastados, a qualificação das equipes e unidades já existentes e a requalificação/aparelhamento de UBS. Para a garantia dos medicamentos para atendimento das mulheres das águas e das florestas, a Assistência Farmacêutica Básica possui como normativa a Portaria nº 1.555, de 30 de julho de 2013, que dispõe sobre as normas de financiamento e de execução do Componente Básico da Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme art. 2º da Portaria, o Componente Básico da Assistência Farmacêutica destina-se à aquisição de medicamentos e insumos, incluindo-se aqueles relacionados a agravos e programas de saúde específicos, no âmbito da Atenção Básica de Saúde. Conforme Capítulo II relacionado ao Financiamento, é permitido o financiamento com recurso tripartite dos medicamentos (Anexo I da Rename) e insumos (Anexo IV da Rename) do Componente Básico da Assistência Farmacêutica. Conforme o Art. 3º, o financiamento do Componente Básico da Assistência Farmacêutica é de responsabilidade da União, Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com aplicação, no mínimo, dos seguintes valores de seus orçamentos próprios: I- União: R$ 5,10 (cinco reais e dez centavos) por habitante/ano; II- Estados: R$ 2,36 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitante/ano; III- Municípios: R$ 2,36 (dois reais e trinta e seis centavos) por habitante/ano. Destaca-se ainda que, conforme definido no Capítulo III Art. 9º os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são responsáveis pela seleção, programação, aquisição, armazenamento, controle de estoque e prazos de validade, distribuição e dispensação dos medicamentos e insumos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica. Cabe também à União (Art. 5° e 6°), a aquisição centralizada e a distribuição das insulinas NPH e Regular, além dos contraceptivos e insumos do programa Saúde da Mulher. As insulinas são entregues nos almoxarifados e Centrais de Abastecimento Farmacêutico Estaduais e do Distrito Federal, que por sua vez distribuem aos municípios. Os contraceptivos são entregues diretamente nos almoxarifados e Centrais de Abastecimento Farmacêutico dos municípios com população superior a 500.000 habitantes e capitais estaduais e nos almoxarifados e Centrais de Abastecimento Farmacêutico dos estados, que por sua vez distribuem aos demais municípios.

Destino: MC - Secretaria-Executiva - MC/SE

Resposta: Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas

Uma das ações do Governo Federal voltada ao atendimento da população em áreas rurais e carentes de infraestrutura é o lançamento de um satélite geoestacionário com o objetivo de dotar todo o território nacional de capacidade de conexão de dados em alta velocidade. O satélite contará com capacidade de transmissão de dados para uso civil e com tecnologia para comunicações de caráter militar. Espera-se que a operação do artefato, cujo lançamento está previsto para ocorrer até o final de 2016, contribua de maneira bastante significativa para ampliar o uso de tecnologias da informação e comunicação, ampliando o acesso à cultura, à educação e ao lazer pelas comunidades do campo, da floresta, e comunidades tradicionais em geral.

Serviços de voz e dados na área rural

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Com relação à telefonia rural, seguindo o dever imposto ao Poder Público pelo artigo 2º, inciso VI, da Lei Geral de Telecomunicações – LGT (Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997) de criar condições para que o desenvolvimento do setor seja harmônico com as metas de desenvolvimento social do País, o Decreto nº 4.733, de 10 de junho de 2003, que dispõe sobre políticas públicas de telecomunicações e dá outras providências, determinou que as políticas públicas do setor devem objetivar, dentre outros, o atendimento às necessidades das populações rurais (art. IV, inc. III) e o estímulo ao desenvolvimento dos serviços de forma a aperfeiçoar e a ampliar o acesso, de toda a população, às telecomunicações, sob condições de tarifas e de preços justos e razoáveis (art. IV, inc. IV).

No mesmo diapasão, a Portaria MC n° 178, de 22 de abril de 2008, que dispõe sobre diretrizes para implementação das políticas públicas em telecomunicações, fixou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no âmbito de suas competências, previstas no artigo 19 da LGT, dentre as quais se destacam, para o caso em tela, administrar o espectro de radiofrequências e o uso de órbitas, expedindo as respectivas normas (inc. VIII); expedir normas sobre prestação de serviços de telecomunicações no regime privado (X); e expedir e extinguir autorização para prestação de serviço no regime privado, fiscalizando e aplicando sanções (XI), deverá se pautar pelas seguintes diretrizes: reduzir as barreiras ao acesso e ao uso dos serviços de telecomunicações para as classes de menor renda (inc. II); ampliar a oferta de todos os serviços de telecomunicações de interesse coletivo, nas diversas regiões do País (inc. V); e ampliar o acesso aos serviços de telecomunicações em áreas rurais, assegurando oferta específica para esse segmento de mercado, nas diversas regiões do País (inc. VIII).

Também o Decreto nº 7.512/11, ao cuidar a expedição de autorização de uso das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458 MHz e de 461 MHz a 468 MHz, especificou que fosse exigido dos vencedores contrapartidas na forma de atendimento a áreas rurais e regiões remotas, com a ampliação progressiva da penetração de serviços de telecomunicações de voz e de telecomunicações de dados nesses locais (art. 3º, inc. I).

No cumprimento dos objetivos e das diretrizes mencionados anteriormente, e buscando a ampliação do acesso ao serviço móvel, em 2012 houve licitação para a expedição de autorização de uso de radiofrequência nas faixas de 2,5 GHz, que introduzirá no Brasil a telefonia móvel de quarta geração (4G), e 450 MHz, e ampliará a penetração de serviços de telecomunicações de voz e de telecomunicações de dados, em especial nas áreas rurais e regiões remotas (Edital de Licitação n.º 004/2012/PVCP/SPV – ANATEL).

Destaque-se que foram estabelecidos, aos vencedores da licitação, compromissos de abrangência e ampliação de capacidade. Desta forma, as prestadoras vencedoras da licitação, Claro, Oi, Tim e Vivo se obrigaram a atender pelo menos 80% das áreas compreendidas até a distância de 30 km do limite das localidades sede de todos os municípios brasileiros até 31 de dezembro de 2015, sendo:

• 30% dos municípios até 30 de junho de 2014;

• 60% dos municípios até 31 de dezembro de 2014; e

• 100% dos municípios até 31 de dezembro de 2015.

Também devem ser atendidas, com conexão de dados, de forma gratuita, todas as escolas públicas rurais situadas nas áreas de prestação do serviço, no mínimo, da seguinte forma:

• Com taxa de transmissão de 256 kbps de download e de 128 kbps de upload até 30 de junho de 2014 (nos municípios do item 1);

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• Com taxa de transmissão de 256 kbps de download e de 128 kbps de upload até 31 de dezembro de 2014 (nos municípios do item 2);

• Com taxa de transmissão de 256 kbps de download e de 128 kbps de upload até 31 de dezembro de 2015 (nos municípios do item 3);

• Com taxa de transmissão de 1 Mbps de download e de 256 kbps de upload até 31 de dezembro de 2017 em todas as escolas públicas rurais nas áreas de prestação do serviço;

Os atendimentos em áreas rurais e em escolas públicas rurais será efetuado nas diversas regiões do país pelas seguintes prestadoras:

• Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e em São Paulo nas Áreas de Registro 11 e 12, pela prestadora Claro;

• Estados de Alagoas, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e em São Paulo nas Áreas de Registro 13, 14, 15, 16, 17, 18 e 19, pela prestadora Telefônica (Vivo);

• Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal, pela prestadora Oi; e

• Estados do Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina, pela prestadora Tim.

Maiores informações sobre as áreas já atendidas podem ser encontradas no sítio da Anatel: http://www.anatel.gov.br/setorregulado/index.php?option=com_content&view=article&id=145&Itemid=355

1. Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC)

O Plano Geral de Metas para a Universalização (PGMU), aprovado pelo Decreto 7.512, de 30 de junho de 2011, estabelece as seguintes obrigações para as concessionárias (Embratel, Oi, Telefônica, CTBC e Sercomtel):

• Disponibilização pelas concessionárias, a todas as localidades com mais de 100 habitantes que ainda não são atendidas com linhas telefônicas, de pelo menos um telefone público (orelhão) instalado em local acessível 24 horas por dia, com capacidade de originar e receber chamadas de longa distância nacional e internacional;

• Oferta, pelas concessionárias da modalidade local, de linhas telefônicas em todas as localidades com mais de 300 habitantes. As solicitações de instalação de uma linha deverão ser atendidas pela concessionária em no máximo sete dias;

• Disponibilização pelas concessionárias, nas localidades com mais de 300 habitantes, de acesso a telefones públicos de modo que qualquer ponto esteja a, no máximo, 300 metros de um orelhão, em linha reta.

• Manutenção, pelas concessionárias, de pelo menos 4 orelhões por mil habitantes por município, ou seja, todo município deve ser contemplado com uma quantidade de orelhões que alcance a densidade de pelo menos 4/1000hab; e

• Disponibilização de serviços de telecomunicações nas áreas rurais, através da instalação de Telefones de Uso Público (orelhões), mediante solicitação, em escolas públicas, postos de saúde públicos, comunidades remanescentes de quilombos e quilombolas devidamente certificadas, postos da polícia

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rodoviária federal, assentamentos de trabalhadores rurais, organizações militares das forças armadas e aldeias indígenas.

2. Serviço Móvel Pessoal (SMP)

Para a prestação desse serviço é necessário que a operadora assine um Termo de Autorização, documento no qual se encontram listados os já mencionados compromissos de abrangência ou atendimento de cidades e áreas geográficas, os quais as prestadoras do SMP estão obrigadas a cumprir. O Termo de Autorização traz a seguinte definição quanto à cobertura: “Um município será considerado atendido quando a área de cobertura contenha, pelo menos, 80% (oitenta por cento) da área urbana do Distrito Sede do município atendido pelo Serviço Móvel Pessoal”. Ou seja, uma vez coberto 80% da área urbana do Distrito Sede, o município é considerado atendido para os fins de cumprimento dos compromissos de abrangência.

----- DEMANDA 373 -----

Digital: 0003493 e 0003533

Destino: MCIDADES - Secretaria-Executiva - MCIDADES/SE

Solicitação:

22) Instituir o Grupo de Trabalho Intraministerial para discutir e encaminhar a questão do saneamento rural, conforme negociação do 21º Grito da Terra Brasil.

Resposta: O Plansab prevê a implementação do Programa de Saneamento Rural, atualmente em fase de desenvolvimento pela Fundação Nacional de Saúde – Funasa.

O Plano Nacional de Saneamento Básico conta com um Grupo de Trabalho Interinstitucional, denominado GTI-Plansab, que tem por finalidade acompanhar a implementação, o monitoramento, a avaliação e a revisão do Plano.

O GTI-Plansab foi instituído pelo Decreto nº 8.141/2013, e é composto por representantes de cada órgão e entidade a seguir relacionados, sendo um titular e um suplente:

I - Ministério das Cidades, que o coordenará;

II - Casa Civil da Presidência da República;

III - Ministério da Fazenda;

IV - Ministério da Saúde;

V - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;

VI - Ministério do Meio Ambiente;

VII - Ministério da Integração Nacional;

VIII - Caixa Econômica Federal;

IX - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;

X - Fundação Nacional de Saúde;

XI - Agência Nacional de Águas;

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XII - Conselho Nacional de Saúde;

XIII - Conselho Nacional do Meio Ambiente;

XIV - Conselho Nacional de Recursos Hídricos; e

XV - Conselho das Cidades, com representação de cada um dos segmentos.

Como a implementação do Programa de Saneamento Rural é parte da estratégia do Plansab, entende-se que o mencionado Grupo possui escopo de atuação que abrange as atribuições levantadas, de pautar, promover encaminhamentos e adotar providências relativas ao saneamento rural.

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Resposta: Demanda em estudo, considerando a elaboração Programa Nacional de Saneamento Rural, em andamento pela Funasa.

----- DEMANDA 374 -----

Digital: 0003494

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

23) Atendimento prioritário à saúde da população indígena, com profissionais especializados nos polos, com formação antropológica;

Resposta: Realização de oito Cursos sobre Perspectivas Antropológicas e Saúde da Mulher Indígena, com participação de todos os DSEI, em execução pela ENSP/FIOCRUZ, parceria SESAI. Até julho/2015 participaram113 profissionais, e até nov/2015 participarão mais 125, entre enfermeiros e médicos que atuam em Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena (EMSI).

----- DEMANDA 375 -----

Digital: 0003495

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

24) Priorizar os agendamentos de consultas e exames de média e alta complexidade a população indígena;

Resposta: A Secretaria Especial de Saúde Indígena também atende à lógica de agendamento proposta no Sistema Único de Saúde.

----- DEMANDA 376 -----

Digital: 0003496

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Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

25) Garantir a população indígena programas de prevenção de doenças abordando as questões de saneamento básico, desnutrição, entre outros.

Resposta: A aplicação da politica de saúde indígena visa a garantia de todos os programas, incluindo os de prevenção, promoção e de atenção à saúde.

----- DEMANDA 377 -----

Digital: 0003497

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

26) Efetivar transparência e levantamento na gestão dos recursos destinados à saúde indígena;

Resposta: A Secretaria Especial de Saúde Indígena realiza a prestação de conta dos recursos aos conselhos distritais de saúde indígena.

----- DEMANDA 378 -----

Digital: 0003498

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

27) Garantir formação continuada aos professores e profissionais de saúde indígenas.

Resposta: Todo Distrito Sanitário Indígena (DSEI) tem o próprio plano de educação permanente para capacitar os profissionais de saúde indígena.

----- DEMANDA 379 -----

Digital: 0003499

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

28) Contratar agentes de saúde indígena para atuar nos pólos, DSEI e CASAI.

Resposta: Atualmente mais de 50% de todos os trabalhadores de saúde indígena são indígenas. Esses trabalhadores atuam em todas as áreas de saúde.

MARGARIDAS EM DEFESA DA DEMOCRACIA, DO PODER E DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES

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----- DEMANDA 380 -----

Digital: 0003500

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

1) Realizar formação política permanente para as mulheres através do CNCM, orientando os CEDM e os CMDM e ou Secretarias da Mulher. Que a SPM através de sua assessoria específica, crie programa de formação política para as mulheres do campo, no sentido de despertar a plena cidadania e o exercício da democracia;

Resposta: Faz parte do esforço da SPM, a realização de eventos de capacitação de mulheres na temática de democracia e gênero. No momento, está-se planejando, para 2016, a realização de cursos de formação de gestores públicos, de representantes de movimentos feministas e mulheres de vários setores da sociedade, sob a liderança dos Organismos Governamentais estaduais de Políticas para Mulheres. Estes cursos de formação política são intitulados “Gênero, Políticas Públicas e Participação Política” e serão realizados nos 26 estados brasileiros, visando a ampliação da participação das mulheres nos espaços de poder e decisão, podendo haver reservas de vagas para trabalhadoras rurais.

Alguns exemplos de temas e conceitos relacionados às Políticas Públicas para as Mulheres que poderão ser abordados durante os cursos são: relações sociais de gênero, sexualidade, orientação sexual, identidade de gênero; políticas públicas para igualdade e a diversidade das mulheres; relações de gênero, igualdade, discriminações; movimento de mulheres e movimentos feministas; políticas públicas para igualdade de gênero, etnia e raça; políticas e ações afirmativas de raça e gênero; papel do Estado na construção de políticas para a igualdade de gênero, raça e classe; sistema político brasileiro – funcionamento da democracia representativa e sistema eleitoral; história da participação política feminina e da conquista de direitos políticos - esferas pública e privada; preconceito e discriminação enfrentados pelas mulheres no campo político.

----- DEMANDA 381 -----

Digital: 0003501

Destino: SGPR - Departamento de Diálogos Sociais - SGPR/SNAS-SGPR/NI

Solicitação:

2) Aprovar a reforma política proposta pelos movimentos sociais e instituições da sociedade civil, fazendo o nosso papel de divulgação nos espaços onde atuamos e trabalhamos, e junto aos movimentos sociais que participamos;

Resposta: As alterações legislativas no sistema político é de competência do Congresso Nacional. Entretanto, o Governo Federal tem se manifestado publicamente sobre o tema, bem como feito gestões junto à Congresso em relação aos principais pontos da Reforma Política.

----- DEMANDA 382 -----

Digital: 0003502

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Destino: MJ - Secretaria-Executiva - MJ/SECEX

Solicitação:

3) Cumprir as recomendações contidas no Relatório da Comissão Nacional da Verdade, principalmente quanto à necessidade de instituição e estruturação de um órgão governamental permanente, para assegurar a continuidade e a ampliação do trabalho realizado;

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 383 -----

Digital: 0003503

Destino: SGPR - Departamento de Diálogos Sociais - SGPR/SNAS-SGPR/NI

Solicitação:

4) Assegurar a participação de no mínimo dos 30% de mulheres candidatas nas três esferas, bem como nos cargos públicos, levando em consideração as discussões atuais da paridade, que já está posta nos espaços sindicais, APROFUNDANDO AS DISCUSSÕES COM A SOCIEDADE. Que os próprios partidos assumam campanhas para exterminar o “mito” de que mulher não vota em mulher;

Resposta: As alterações legislativas no sistema político é de competência do Congresso Nacional.

----- DEMANDA 384 -----

Digital: 0003504

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

5) Fortalecer os mecanismos de fiscalização para exigir o fim das discriminações salariais nos locais de trabalho, tanto nas esferas públicas como nas esferas privadas;

Resposta: De iniciativa da SPM, o Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero tem como objetivos estimular e fortalecer a reflexão crítica e a pesquisa acerca das desigualdades existentes entre homens e mulheres em nosso país, contemplando suas interseções com as abordagens de classe social, geração, raça, etnia e sexualidade no campo dos estudos das relações de gênero, mulheres e feminismos, e sensibilizar a sociedade para tais questões. Cabe ressaltar que o Prêmio totalizou, em suas dez edições de (2005 a 2015), quase 28 mil inscrições entre redações, artigos científicos e projetos pedagógicos. Nesse sentido, o Prêmio tem sido um importante instrumento para disseminar o debate e a produção sobre a igualdade de gênero nas escolas de ensino médio e nas universidades.

----- DEMANDA 385 -----

Digital: 0003506

Destino: MinC - Secretaria-Executiva - MinC/SEX

Solicitação:

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6) Realizar, através do Ministério da Cultura e do Ministério das Comunicações, uma campanha nos espaços de comunicação públicos, fortalecendo integração entre gênero, raça e etnias, informando e visibilizando exemplos da importância do compartilhamento da coordenação familiar.

Resposta: A Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, atualmente vem realizando e planejando os seguintes pontos: 1) Edital Pontos de Mídia Livre que selecionar 80 iniciativas de comunicação que compreendam a cultura e a comunicação como elementos fundamentais para uma necessária ampliação dos direitos sociais e econômicos, com vistas à construção de uma sociedade mais justa e baseada em valores de igualdade, justiça, tolerância, respeito aos direitos humanos e à diversidade social, cultural, religiosa, étnica e de comportamento. 2) Exibição de material audiovisual que contemplem a diversidade cultural, a integração entre gêneros, raças e etnias no programa Cultura em Rede exibido na TV Brasil (programa está em recesso, mas normalmente e exibido as quintas-feiras com reprises ao sábado e domingo). 3) Produção e compartilhamento de conteúdo de comunicação que reforcem a diversidade cultural, a integração entre gêneros, raças e etnias nas redes sociais

PAUTAS CENTRAIS PARA A MARCHA DAS MARGARIDAS 2015

Soberania e Segurança alimentar e Agroecologia

----- DEMANDA 386 -----

Digital: 0003507

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

- Criação de programa de fomento com o objetivo de reconhecer, valorizar e fomentar, através de políticas públicas, as práticas de autoconsumo realizadas pelas mulheres rurais, implementando ações estratégicas de apoio aos quintais produtivos e criação de pequenos animais em todos as regiões do Brasil.

Resposta: Será instituída uma ação governamental articulada entre Ministérios (MDA/Incra, MDS, CIDADES e PESCA), visando incidir na implementação e ampliação de quintais produtivos para mulheres rurais

----- DEMANDA 387 -----

Digital: 0003508

Destino: MCIDADES - Secretaria-Executiva - MCIDADES/SE

Solicitação:

- Revisão das regras do Programa Nacional de Habitação Rural, garantindo os mesmos montantes de recursos direcionados ao projeto social nas áreas urbanas às práticas na área rural, considerando como projeto social o apoio ao fortalecimento das ações dos quintais produtivos agroecológicos e o apoio à produção das mulheres para o autoconsumo na garantia da segurança alimentar e nutricional das famílias.

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Resposta: O Ministério das Cidades se ocupa da política habitacional no campo, nas águas e nas florestas por intermédio do PNHR, consequentemente há um direcionamento das diretrizes e dos recursos do projeto social para a habitação. Considerando a importância dos demais temas citados para a manutenção da vida e promoção do desenvolvimento das comunidades rurais é imprescindível o envolvimento dos órgãos titulares dessas políticas garantindo deste modo os recursos necessários à satisfação das necessidades dos beneficiários do PNHR.

----- DEMANDA 388 -----

Digital: 0003509

Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Solicitação:

- Que instituições de pesquisa se dediquem ao desenvolvimento e difusão de conhecimento e tecnologias de base agroecológica, garantindo a concretização da institucionalização da abordagem agroecológica nos programas operacionais da EMPRAPA.

Resposta: A Empresa atua em Sistemas de Produção de Base Ecológica contribuindo para a geração de conhecimentos e tecnologias para sistemas de produção de alimentos que favoreçam a saúde de produtores e consumidores, de forma a possibilitar a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis, tendo por objetivo ampliar a sustentabilidade econômica e ecológica da agricultura. Os projetos visam obter sistemas de produção de alimentos que favoreçam a saúde dos produtores e consumidores; Identificação de áreas ocupadas por sistemas de produção que seguem princípios agroecológicos, destacando os vinculados à agricultura orgânica e a agroecologia; e Apoio à consolidação da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO); Os componentes que representam as principais áreas de atuação dos projetos são: (a) Agrobiodiversidade; (b) Indicadores para avaliação de sistemas de produção: O manejo de sistemas de (c) Manejo de sistemas de produção: (d) Insumos: (f) Qualidade, processamento e pós-colheita; (g) Socioeconomia: (h) Desenvolvimento e qualificação de metodologias para ações de pesquisa e desenvolvimento.

----- DEMANDA 389 -----

Digital: 0003510

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

- Efetivação em todos os estados brasileiros de projetos de bancos ou casas comunitários de sementes, com o objetivo de reconhecer, valorizar, disseminar e fortalecer as dinâmicas comunitárias e regionais de conservação da agrobiodiversidade, incluindo as ações de resgate, guarda, avaliação, multiplicação, intercâmbio, comercialização e uso de sementes crioulas.

Resposta: Até fevereiro de 2016, serão construídos 600 bancos comunitários de sementes crioulas no Semiárido com o objetivo de beneficiar pelo menos 12 mil famílias de agricultores que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Na ação, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, vai investir quase R$ 21 milhões. Esta ação será ampliada através do Programa Nacional de Sementes e

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Mudas para a Agricultura Familiar. Projetos e parcerias avançadas com os Governos estaduais da PB, RN, BA e IAC/SP. Na modalidade de PAA sementes será investido mais de R$ 20 mi em aquisição de sementes da agricultura familiar. Em todas estas iniciativas e projetos os grupos de mulheres tem prioridade de envolvimento.

----- DEMANDA 390 -----

Digital: 0003511

Destino: MPA - Secretaria-Executiva - MPA/SE

Solicitação:

- Incentivo a criação de zonas livres de transgênicos como estratégia para a conservação de recursos genéticos locais, especialmente, em regiões de forte presença da agricultura familiar e de outras comunidades tradicionais.

Resposta: O MPA não possui nenhuma ação específica para zoneamento de áreas livre de transgênicos, com recorte de gênero. Contudo, dependendo da disponibilidade orçamentária e do planejamento interno do Órgão, pode-se fomentar com a sociedade civil e órgãos parceiros, a criação, desenvolvimento e implementação de selo de origem para o pescado produzido e/ou manejado em Unidades de Conservação de Uso Sustentável, com destaque para identificação especial para os grupos de mulheres, se for o caso.

----- DEMANDA 391 -----

Digital: 0003512 e 0003513

Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Solicitação:

- Adequação das normas sanitárias à realidade da produção familiar e artesanal, respeitando os modos de fazer tradicionais, reconhecendo e valorizando o papel econômico das mulheres rurais desempenhado na produção de alimentos, aplicando de fato as redefinições da Anvisa e ampliando os produtos fiscalizados pelo MAPA, fortalecendo assim o acesso ao PAA e PNAE e ampliando o acesso efetivo das mulheres ao mercado institucional.

Resposta: O Ministério da Agricultura finalmente está efetivando a atualização do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária - SUASA. A alteração do art. 7º do Decreto 5.741/2006, de 22.06.2015, dispensou o registro, inspeção e fiscalização da produção rural para consumo familiar. E estabeleceu prazo de 90 dias para regulamentação da venda ou fornecimento a retalho ou a granel de pequenas quantidades de produtos da produção primária, e de 180 dias para regulamentação da agroindustrialização realizada pela agricultura familiar. Observando o risco mínimo de disseminação de doenças para saúde animal, de pragas e de agentes microbiológicos e químicos prejudiciais à saúde pública e os interesses dos consumidores. No mesmo artigo intutulado 7º A - foi admitida a classificação de estabelecimentos agroindustriais de bebidas ou de produtos de origem animal como agroindustria artesanal, considerando os costumes, os hábitos e os conhecimentos tradicionais, valorizando a diversidade alimentar e o multiculturalismo dos povos, comunidades tradicionais e agricultores familiares. A Instrução Normativa nº 16, de 23.07.2015, estabeleceu normas específicas de inspeção e a fiscalização

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sanitária de produtos de origem animal, referente às agroindústrias de pequeno porte. O MAPA está trabalhando a atualização da Instrução Normativa nº 36/2011, que estabelece requisitos para adesão dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ao SUASA, na mesma linha de atendimento da pequena produção.

Destino: MDS - Secretaria-Executiva - MDS/SE

Resposta: No que se refere ao atendimento da legislação sanitária, o PAA exige dos agricultores familiares o cumprimento das normas vigentes, tendo em vista a sanidade e segurança dos alimentos adquiridos pelo Programa e a preservação da saúde dos beneficiários consumidores. Em atendimento à demanda apresentada, fazemos referência ao Decreto nº 8.445/2015 que simplifica a implantação do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), permitindo que produtos inspecionados da agroindústria familiar possam ser comercializados em todo o País, e ao Decreto nº 8.471/2015 que prevê que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá normas específicas a serem observadas pela agricultura familiar, no intuito de atender às especificidades deste segmento. O prazo para publicação dessas normas se encerra em dezembro de 2015. As novas regras deverão ser aplicadas às aquisições do PAA.

----- DEMANDA 392 -----

Digital: 0003515

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

- Revisão o pacto federativo no que diz respeito à implementação de políticas públicas para mulheres, garantindo que estas aconteçam de fato na vida das mulheres e sejam de caráter vinculante e não voluntário, como acontece hoje.

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 393 -----

Digital: 0003516

Destino: SRIPR - Secretaria-Executiva - SRIPR/SE

Solicitação:

- Apoio à aprovação do Projeto de Lei Federal Babaçu Livre, PL nº. 231/2007, que dispõe sobre o livre acesso aos babaçuais pelas quebradeiras de coco em regime de economia familiar e a proibição de derrubadas de palmeiras de babaçu nos estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, Pará, Goiás e Mato Grosso e dá outras providências.

Resposta: Este ponto será remetido para posterior debate com a coordenação da Marcha das Margaridas.

----- DEMANDA 394 -----

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Digital: 0003517, 0003518 e 0003519

Destino: MDA - Secretaria Executiva - MDA/SE

Solicitação:

- Aprovação e execução do Pronara/Programa Nacional de Redução do Uso dos Agrotóxicos.

Resposta: Lançamento previsto para o dia 16 de outubro, dia mundial da alimentação.

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Resposta: O Ministério da Saúde participou ativamente da construção do PRONARA e tem trabalhado arduamente para a sua aprovação no conjunto de Ministérios e frente à Secretaria Geral da Presidência da República. O parecer positivo para aprovação do PRONARA por parte do MS já foi encaminhado.

Destino: MAPA - Secretaria-Executiva - MAPA/SE/MAPA

Resposta: O PRONARA é um Programa previsto no Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PLANAPO, já tem uma proposta elaborada por um GT constituído com essa finalidade e encontra-se atualmente em análise pelos diferentes órgãos de governo que devem ser responsáveis pela execução das ações previstas no Programa. O processo vem sendo gerenciado pela Comissão Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica - CIAPO. No caso de ações previstas sob responsabilidade do MAPA, ainda existem algumas pendências na definição da concordância ou não com a proposta, mas trata-se de tema da Coordenação Geral de Agrotóxicos da SDA.

Educação

----- DEMANDA 395 -----

Digital: 0003520

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

- Revisão das regras de funcionamento dos IFETs-Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnológica, para que os mesmos possam receber, em igualdades de condições nas dependências escolares, os jovens e as jovens, uma vez que o regime interno permitido apenas para os alunos do sexo masculino, dificultando assim o acesso das jovens mulheres ao ensino técnico agropecuário.

Resposta: Não há regras gerais determinadas aos Institutos Federais de Educação a respeito da existência e da abrangência de alojamentos. Na verdade, as autarquias vinculadas à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica são autônomos nesse assunto. O MEC pode e vai encaminhar ofício solicitando e orientando a respeito do assunto. Dos 223 institutos que possuem cursos técnicos na área agrícola, 193 responderam ao Censo Escolar da Educação Básica do Inep, e deles 64 responderam possuir alojamentos para alunos.

----- DEMANDA 396 -----

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Page 196:  · Web viewO objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral

Digital: 0003521

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

- Criação das condições necessárias para assegurar às filhas e filhos das mulheres trabalhadoras do campo e da floresta a implementação pelo Estado e o atendimento em período integral em creches e escolas de educação infantil, de modo a possibilitar a inserção produtiva e autonomia econômica das mulheres.

Resposta: É possível, por meio do PAR estabelecer uma linha para construir "módulos" para atendimento à educação infantil/creches em escolas do campo com 4 a 6 salas de aula que já contém com condições físicas para esse fim. Essa atividade expandirá a capacidade de atendimento da educação infantil no campo e pode ocorrer nas localidades de maior demanda, ou seja, onde a população feminina e infantil no campo seja maior.

----- DEMANDA 397 -----

Digital: 0003522

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

- Criação e/ou ampliação os programas de expansão da oferta da educação infantil, com vistas à sua universalização, conforme preceitua a Resolução CNE/CEB Nº 02/2008 e do Decreto Presidencial Nº 7532/2010.

Resposta: É possível, por meio do PAR estabelecer uma linha para construir "módulos" para atendimento à educação infantil/creches em escolas do campo com 4 a 6 salas de aula que já contém com condições físicas para esse fim. Essa construção pode ocorrer nas localidades de maior demanda, ou seja, onde a população feminina e infantil no campo seja maior.

----- DEMANDA 398 -----

Digital: 0003523

Destino: MEC - Secretaria-Executiva - MEC/SEX

Solicitação:

- Garantia de construção de escolas nas próprias comunidades rurais, principalmente para a educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, evitando assim o incremento no transporte escolar para crianças pequenas. Assegurar condições de acesso à educação infantil compatíveis com as especificidades do campo, por meio da ampliação da rede física e da infraestrutura das instituições de Educação Infantil no campo.

Resposta: É possível, por meio do PAR estabelecer uma linha para construir "módulos" para atendimento à educação infantil/creches em escolas do campo com 4 a 6 salas de aula que já contém com condições físicas para esse fim. Essa atividade expandirá a capacidade de atendimento da educação infantil no campo e pode ocorrer nas localidades de maior demanda, ou seja, onde a população feminina e infantil no campo seja maior.

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Saúde

----- DEMANDA 399 -----

Digital: 0003524

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

- Fortalecimento da PNAISM – Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher a partir da realização de ações de assistência às doenças ginecológicas prevalentes, a prevenção, a detecção e o tratamento do câncer de colo uterino e de mama, a assistência ao climatério, a assistência à mulher vítima de violência doméstica e sexual, os direitos sexuais e reprodutivos e a promoção da atenção à saúde de segmentos específicos da população feminina.

Resposta: Foi elaborado, em parceria com o Hospital Sírio Libanês, protocolo de atendimento à mulher na atenção básica, que se encontra em consulta pública e será posteriormente implantado nas equipes de atenção básica em todo o país.

----- DEMANDA 400 -----

Digital: 0003525

Destino: MS - Secretaria-Executiva - MS/SE

Solicitação:

- Construção e implementação de um Plano de Metas a médio e longo prazo para ampliar a estrutura pública de saúde, em especial nos municípios abaixo de 50 mil habitantes, assegurando:

- unidades básicas de saúde com equipes multiprofissionais, assegurando o Pronto-Atendimento das mulheres que demandarem serviços de saúde com horários expandidos nos três turnos e nos finais de semana;

- Centros de Atendimentos Especializados de média complexidade, incluindo a prevenção e o tratamento de câncer-cérvico uterino e mamário, bem como o atendimento às especificidades das mulheres negras (anemia falciforme, maior incidência de miomas, etc.). Esses centros de atendimento devem estar vinculados ao Sistema de Regionalização do SUS, com participação e controle social.

Resposta: Para atender às necessidades de atenção ambulatorial especializada, os estados dispõem dos seguintes equipamentos: Serviço de Referência para Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer do Colo de Útero (SRC), o Serviço de Referência para Diagnóstico de Câncer de Mama (SDM), previstos na portaria nº 189/2014. Atualmente, há 02 SRC habilitados no Brasil. Em 2011 o Ministério da Saúde incluiu, pela Rede Cegonha, o exame de eletroforese de hemoglobina como um dos exames preconizados para todas as gestantes durante o pré-natal, para os quais os municípios que aderiram ao componente pré-natal da Rede Cegonha recebem repasse de recurso.

Enfrentamento a violência contra mulheres

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----- DEMANDA 401 -----

Digital: 0003526

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

- Criação de um fundo nacional de enfrentamento a violência, determinando que recursos arrecadados com multas decorrentes de sentenças condenatórias em processos criminais que envolvam violência doméstica e familiar sejam aplicados na manutenção de casas de abrigo para acolher vítimas de violência doméstica e, prioritariamente, para o reembolso de benefícios ou prestações assistenciais ou previdenciárias, pagas com recursos da seguridade social.

Resposta: Existem vários projetos de lei, baseados na Lei Maria da Penha - LMP, que visam garantir renda para proporcionar autonomia econômica às mulheres que buscam romper com o ciclo de violência em que estão inseridas. A LMP garante vínculo empregatício, mas não a garantia do salário enquanto a mulher estiver afastada do emprego por motivo de sua recuperação do processo de violência.

A Casa da Mulher Brasileira oferece orientação para geração de emprego e renda na perspectiva de construção da autonomia econômica das mulheres em situação de violência, em perspectiva de médio e curto prazo.

----- DEMANDA 402 -----

Digital: 0003527

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

- Ampliação do alcance e consolidação da rede de atendimento à mulher em situação de violência, se articulando com os demais entes federativos e poderes instituídos, para a efetiva implementação das diretrizes e ações de enfrentamento à violência contra as mulheres do campo, da floresta e das águas.

Resposta:

1 - AMPLIAÇÃO DE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS PARA A REDE DE ATENDIMENTO À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA COM ÊNFASE A MUNICÍPIOS COM ÁREAS RURAIS

O que o governo federal vai oferecer para fomentar a adesão dos governos locais:

SPM induzirá a criação de serviços especializados de atendimento à mulher em situação de violência com ênfase a municípios com áreas rurais. Especial atenção será dada à otimização de equipamentos já existentes que devem incorporar a especificidade do atendimento à mulher em situação de violência, prevista na Lei Maria da Penha, a exemplo dos Núcleos da Mulher em Delegacias Comuns (parceria com MJ e prioridade aos municípios do PNRH).

Contexto:

• A Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência é um dos pilares da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, que tem como marcos a criação da SPM (2003), a criação do serviço 180 (2005), a aprovação da Lei Maria da Penha (2006), o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres (2007), que impulsiona o crescimento da Rede de Atendimento, e o

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Programa Mulher Viver Sem Violência (2013), que incorpora, entre outras prioridades, o compromisso de ações para a interiorização da política de enfrentamento à violência contra a mulher, com a criação de unidades móveis para atuação em áreas rurais em todos os estados da federação. Destaca-se ainda avanço na legislação, com a aprovação da Lei do Feminicídio (2015).

• Um total de 517 municípios conta com pelo menos um dos serviços especializados que compõem a Rede de Atendimento, impulsionada pela Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. Considerados os serviços da área da saúde, chega-se a, pelo menos, 650 municípios.

• O número de serviços especializados cresceu, entre 2003 e 2014, de 331 para 1333, entre CEAMs/CRAMs, Casas Abrigo, DEAMs (Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher), Juizados e Varas, Núcleos em Defensorias e em Ministérios Públicos, e também entre serviços especializados em saúde para atendimento a vítimas de violência sexual, com diferente distribuição no território nacional:

Norte: Pouco mais que 12% dos serviços;

Nordeste: 19% dos serviços.

Centro-Oeste: 20% dos serviços.

Sudeste: 33% dos serviços.

Sul: 15% dos serviços.

Serviços Especializados 2014:

Centro Especializado de Atendimento às Mulheres - 235

Casa Abrigo - 77

Núcleos de Atendimento Especializado da Defensoria Pública - 42

DEAM’s/Núcleos - 497

Juizados, Varas Especializadas e Varas Adaptadas - 101

Núcleos de Ministérios Públicos Estaduais Especializados em Violência/Promotorias Especializadas - 58

Serviços especializados na saúde - 323

Total de Serviços Especializados - 1333

2 - PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROMOTORAS LEGAIS POPULARES DO CAMPO, DAS FLORESTAS E DAS ÁGUAS - PLPs

O que o governo federal vai fazer para impulsionar esta ação em parceria com a sociedade civil:

SPM:

• Articulação de parceria com universidades, organizações não governamentais e movimentos de mulheres para adaptar metodologia de formação de PLPs para as realidades do campo, das florestas e das águas;

• Realização de seminário nacional para validação do desenho metodológico e formação de multiplicadoras para atuação nos estados;

• Promoção de chamadas públicas para universidades públicas e organizações da sociedade civil para implementação do programa nacional de formação de PLPs em todos os estados do país.

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Page 200:  · Web viewO objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral

• O objeto das chamadas públicas será formar mulheres multiplicadoras de informação para prevenção à violência contra as mulheres do campo, das florestas e das águas, com ênfase na prevenção à exploração sexual e ao tráfico de pessoas e no encaminhamento para serviços de atendimento ou denúncias em casos de violência.

3- PATRULHA MARIA DA PENHA RURAL

O que o Governo Federal vai oferecer para fomentar a adesão dos governos locais:

SENASP: capacitação, procedimento operacional padrão – cartilhas impressas, equipamentos menos letais, interface com Gabinete de Gestão Integrada do PNRH nos estados e municípios.

SPM: formação para profissionais das equipes de patrulhamento e das DEAMs que fortalecerão ação das Patrulhas, no âmbito da implementação da Lei Maria da Penha; fortalecimento de OPMs para acompanhamento da implementação do serviço; interface com Unidades Móveis do Programa Mulher Viver Sem Violência;

Do grupo de trabalho para desenho da Patrulha Maria da Penha Rural:

O grupo deverá discutir e validar as diretrizes gerais da Patrulha Maria da Penha Rural, como:

• A Patrulha Maria da Penha Rural tem caráter preventivo;

• A primeira fase de implementação priorizará os municípios que compõem o escopo do PNRH;

• “Raio rural” ampliará alcance das patrulhas nos municípios que estão no PNRH e têm expressiva população em comunidades rurais;

• A existência de DEAM (delegacia especializada de atendimento à mulher), OPMs (organismo de políticas para as mulheres) e/ou GCMs (Guarda Civil Municipal) comporá os critérios para o escalonamento na implementação da Patrulha Maria da Penha Rural.

Universo de municípios para implementação inicial da Patrulha da Mulher Rural

Dos 17 municípios com maior expressão de população rural entre os prioritários no PNRH, apenas um não tem DEAM, nove têm OPMs e onze têm GCMs. A existência destes serviços e do espaço de gestão de políticas para as mulheres do poder executivo local contribui para que a mulher em situação de violência tenha perspectiva de atendimento em serviços públicos especializados, para além da ação preventiva da Patrulha da Mulher Rural.

O grupo de trabalho deverá se debruçar ainda sobre:

• Definição do fluxo a ser construído para a Patrulha Maria da Penha Rural atuar;

• Definição/validação dos municípios prioritários em relação à população rural no escopo do PNRH;

• Definição de diretrizes para envolvimento de agentes de saúde como apoio / subsídio às estratégias de patrulhamento;

• Definição de diretrizes para conteúdo da Cartilha de Orientação da Patrulha Maria da Penha Rural e dos POPs (Procedimentos Operacionais Padrão) para os profissionais de Segurança Pública.

----- DEMANDA 403 -----

Digital: 0003528

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Page 201:  · Web viewO objetivo será divulgar o Selo da Agricultura Familiar, incentivando o consumo de alimentos saudáveis (especialmente de origem agroecológica) pela população em geral

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

- Elaboração e realização de campanhas específicas para as mulheres do campo, da floresta e das águas, voltadas à divulgação das ações de enfrentamento ás vítimas de violência.

Resposta: Como um dos eixos do Programa Mulher, Viver sem Violência, a SPM realiza campanhas informativas e de conscientização sobre direitos e serviços ligados ao enfrentamento à violência contra as mulheres:

Campanha “Violência contra as Mulheres – Eu ligo”, R$ 24.005.010,00 - execução direta (por meio de descentralização para o Ministério das Cidades e para a SECOM/PR). A ação busca estimular as pessoas no geral, e não só as mulheres que sofram violência, a não tolerar a violência contra elas.

Campanha Compromisso e Atitude – R$ 2.026.609, 20 (convênio plurianual). Tem como objetivo unir e fortalecer os esforços nos âmbito municipal, estadual e federal para dar celeridade aos julgamentos dos casos de violência contra as mulheres e garantir a correta aplicação da Lei Maria da Penha.

Campanha “Quem Ama, Abraça – fazendo escola": Total: R$ 1.379.500,00 (conveniados em 3 anos) - 2012 (R$ 300.500,00); 2013 (R$ 409.200,00); 2014 (R$ 669.800,00). Uma vez detectado o impacto da violência doméstica e familiar no desenvolvimento da criança e no seu rendimento escolar, a proposta vem somar às transformações em curso, no sentido de tornar a escola um espaço e um instrumento de enfrentamento à violência para as crianças que se vêm expostas a ela no ambiente familiar.

----- DEMANDA 404 -----

Digital: 0003529

Destino: SPM - Secretaria-Executiva - SPM/SPGI

Solicitação:

- Criação de um sistema de informações, com recorte de dados das mulheres do campo, da floresta e das águas, vítimas de violência.

Resposta: Sobre o Sistema Nacional de Dados e Informações sobre Violência contra as Mulheres, foi anunciado pela Ministra Eleonora Menicucci em abril de 2015, a Criação de Grupo de Trabalho Interministerial, coordenado pela SPM/PR e Casa Civil, com participação dos seguintes órgãos: Ministério da Saúde, Ministério da Justiça, Ministério do Desenvolvimento Social; e convidados: Conselho Nacional de Justiça, Conselho Nacional do Ministério Público Federal e IPEA.

O objetivo do GTI é unificar e sistematizar estatísticas sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher dos sistemas já existentes – Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN); Censo do Sistema Único da Assistência Social (Censo Suas), Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública (SINESP), Ligue 180 e Cadastro Nacional do Ministério Público (CNMP), ainda em fase de elaboração – com base nos arts. 8º e 38 da Lei Maria da Penha.

201