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A CONSTRUÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA
DO PROFESSOR DE DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA1
Alane Jaine Strada2
Darlise Cristina Carraro3
RESUMO: O objetivo deste estudo é identificar os fatores que influenciam a prática pedagógica do professor de Educação Física no desenvolvimento da dança na escola. A pesquisa caracterizou-se como estudo bibliográfico realizado na base de dados Scielo - Scientific Electronic Library Online, a partir dos descritores: dança, prática pedagógica e Educação Física, no período de 2010 a 2017. Do total de trinta e oito artigos pesquisados foram selecionados cinco artigos, tendo em vista os critérios de inclusão. A partir da análise de conteúdos foram definidas três categorias de análise: pressupostos da prática pedagógica do professor com relação à dança; dificuldades no trabalho com dança na Educação Física escolar, e desafios para promover a dança na escola. Os fatores que influenciam a forma como a prática pedagógica é construída relacionam-se à questões de falta de identidade da dança como conteúdo da Educação Física, pouca importância dada à dança e inadequação do currículo, da proposta político-pedagógica e do planejamento escolar. Além disso, a imagem que a escola e o professor têm da dança, geralmente relacionada apenas às festividades, e a falta de uma aproximação do professor com esse conteúdo desde a formação inicial, prejudicam a forma como ela é trabalhada. Outras dificuldades dizem respeito a aspectos relacionados a preconceito, questões de gênero, sexismo, problemas de ordem curricular, didático-pedagógica, de formação docente e de desmotivação por parte dos alunos. Visando superar os desafios, evidencia-se a necessidade de um esforço conjunto e interdisciplinar para que a dança seja considerada conteúdo fundamental na escola. A efetiva inclusão no currículo e no planejamento anual, o desenvolvimento de aulas atraentes aos alunos, com metodologias e estratégias de ensino diversificadas, e o enfoque na dimensão atitudinal e não apenas procedimental das atividades com a dança, são alternativas que podem contribuir para a construção da prática pedagógica relacionada a esse conteúdo.PALAVRAS-CHAVE: Dança. Educação Física. Prática Pedagógica. Professor.
ABSTRACT: The objective of this study is to identify the factors that influence the pedagogical practice of Physical Education teachers in the development of dance in school. The research was characterized as a bibliographic study carried out in the database Scielo - Scientific Electronic Library Online, from the descriptors: dance, pedagogical practice and Physical Education, from 2010 to 2017. Of the total of thirty eight articles surveyed were selected five articles, in view of the inclusion criteria. From the content analysis, three categories of analysis were defined: the presuppositions of the pedagogical practice of the teacher in relation to dance; Difficulties in working with dance in School Physical Education, and challenges to promote dance in school. The factors influencing the way in which the pedagogical practice is constructed are related to questions of lack of dance identity as Physical Education content, little importance given to dance and inadequacy of the curriculum, political-pedagogical proposal and school planning. In addition, the school and teacher's image of dance, usually only related to festivities, and the lack of an approximation of the teacher with this content since the initial formation, undermine the way in which it is worked. Other difficulties relate to aspects related to prejudice, gender issues, sexism, problems of curricular, didactic-pedagogical, teacher training and demotivation by the students. Aiming to overcome the challenges, it is evident the need of a joint and interdisciplinary effort so that the dance is considered fundamental content in the school. Effective inclusion in the curriculum and in the annual planning, the development of classes that are attractive to students, with diverse teaching methods and strategies, and the focus on the attitudinal and not only procedural aspects of dance activities are alternatives that can contribute to the construction Pedagogical practice related to this content.KEYWORDS: Dance. Physical Education. Pedagogical Practice. Teacher.
1 INTRODUÇÃO1 Artigo apresentado ao Curso de Especialização em Dança e Ginástica de Academia, do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai - Faculdades IDEAU, sob orientação da Prof. Me Dânia Barro.2 Licenciada em Educação Física, Pós-Graduanda no Curso de Especialização em Dança e Ginástica de Academia. E-mail: [email protected] Licenciada em Educação Física. Pós-Graduanda no Curso de Especialização em Dança e Ginástica de Academia. E-mail: [email protected]
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A dança constitui-se numa linguagem que, segundo Gariba e Franzoni (2007) deve ser
ensinada, aprendida e vivenciada uma vez que favorece o desenvolvimento de aspectos
cognitivos, éticos e estéticos, contribuindo qualitativamente para questões relativas à
socialização e expressão.
A Educação Física (EF) tem como missão trabalhar as manifestações da cultura
corporal de movimento que envolve brincadeiras e jogos, danças, esportes, ginásticas, lutas e
práticas corporais de aventura. Especialmente as danças, caracterizam-se por movimentos
rítmicos, organizados em passos e evoluções específicas, muitas vezes também integradas a
coreografias. Podem ser realizadas de forma individual, em duplas ou em grupos, envolvendo
práticas corporais rítmico-expressivas desenvolvidas em codificações particulares,
historicamente constituídas, que permitem identificar movimentos e ritmos musicais
peculiares, sendo manifestações centradas na sociabilidade e na diversão (BRASIL, 2016).
Apesar da dança fazer parte do rol de conteúdos do componente curricular EF,
historicamente, tem-se dado pouco ou nenhum espaço a ela nas aulas por diversos fatores,
como a ênfase no esporte, o preconceito e sexismo que fazem parte da relação dos alunos com
a dança, falta de formação adequada dos professores, entre outros. Essas dificuldades têm
marcado o modo como a dança é vivenciada por parte dos alunos.
Por isso, cabe uma discussão acerca do papel do professor de EF no planejamento e
desenvolvimento da dança, ou seja, como ele deve conduzir o processo de construção de sua
prática pedagógica para que esse conteúdo tenha maior espaço e visibilidade nas aulas,
contribuindo para a formação dos alunos. Assim, pretende-se responder a seguinte questão:
Quais os principais pressupostos que influenciam a prática pedagógica do professor de EF
para tematizar a dança no contexto escolar?
Nessa perspectiva, este estudo traz uma discussão acerca das características da dança e
sua relevância no processo de ensino, auxiliando na compreensão dos problemas que
envolvem esse conteúdo e de que forma superá-los a fim de melhorar a prática pedagógica e a
formação crítico reflexiva dos alunos. Cumpre salientar que a dança é um conteúdo que pode
levantar debates importantes e que levam o aluno a reflexões acerca da sociedade, de seu
movimento e de sua expressão, pois pode envolver uma série de fatores sociais como
machismo/sexismo, preconceitos com determinados tipos de dança e aspectos regionais, entre
outros.
As discussões trazidas no estudo poderão suscitar subsídios teóricos relevantes sobre o
tema, facilitando o entendimento das peculiaridades, dos desafios e da missão dos professores
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de EF para que repensem a construção de sua prática pedagógica e possam dar maior espaço à
dança como conteúdo fundamental. Conforme Ehrenberg e Gallardo (2005) a dança é capaz
de inserir o seu aluno ao mundo em que vive de forma crítica e reconhecendo-se como agente
de possível transformação, mas, para tal é necessário não apenas contemplar este conteúdo e
sim identificá-lo, vivenciá-lo e interpretá-lo corporalmente.
Desse modo, o objetivo principal deste estudo é identificar os fatores que influenciam
a prática pedagógica do professor de EF no desenvolvimento da dança na escola. Além disso,
busca-se verificar as dificuldades que envolvem a vivência da dança na escola; e destacar o
papel do professor e os desafios a serem superados para promover a dança em sua prática
pedagógica.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A EF tem se consolidado como um componente curricular voltado à tematizar as
práticas corporais na escola, concebendo-as como um conjunto de práticas sociais centradas
no movimento, organizadas por uma lógica específica, e que constituem produtos culturais
vinculados com o lazer/entretenimento e/ou o cuidado com o corpo e a saúde (BRASIL,
2016). No rol dessas práticas corporais encontra-se a dança, caracterizada como uma forma de
movimento humano que envolve a expressão gestual e facial, envolvendo ritmo, estética e
emoção (GARCIA; HASS, 2006).
Conforme a Base Nacional Comum Curricular - BNCC (BRASIL, 2016), as danças
constituem-se de movimentos rítmicos, organizados em passos e evoluções específicas,
muitas vezes também integradas a coreografias. Podem ser realizadas de forma individual, em
duplas ou em grupos, desenvolvendo codificações particulares, historicamente e/ou
culturalmente constituídas, que permitem identificar movimentos e ritmos musicais
peculiares. Ainda sobre as características da dança, Teixeira (2008, p. 3) orienta:
No âmbito educativo escolar, a dança é pedagógica e ensina tanto quanto os esportes, jogos e brincadeiras. A dança é um meio de aprendizagem praticamente ilimitado, está ligada à estética e à plástica por ser processo performativo, trabalha com sensações, sentimentos. Seja ela clássica (balé), popular (dança de rua), folclórica (chula, fandango, forró...), a dança traz forte estímulo às percepções sensoriais, tendo em vista que ritmo, sonoridade, visão e expressão são capacidades levadas ao extremo nessa prática corpórea.
A dança, em suas diversas modalidades (danças de salão, danças teatrais, danças
artísticas - ballet, folclórica, moderna, contemporânea, etc.), podem gerar benefícios ao
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processo de formação dos alunos, trazendo o aprimoramento da consciência corporal aliado à
cultura (MARQUES, 1997).
Nesse sentido, Brasileiro (2003) evidencia que a dança oferece possibilidades de
compreensão e apresentação das práticas culturais de movimento, proporcionando o encontro
do homem com a história, com o presente e o futuro. Considerada uma manifestação artística,
ela é capaz de potencializar a criatividade ao unir movimento, expressividade, criatividade e
emoção. Por isso, conforme Silva et al. (2012) a dança é uma das formas mais adequadas e
divertidas para ensinar na escola todo o potencial de expressão do corpo. O ensino da dança
inclui o conhecimento e a aprendizagem do:
Equilíbrio entre a instrumentalização e a liberação do gesto espontâneo (nem só técnica, nem só movimento pelo movimento; contextualizar a instrumentalização sempre que for conveniente, não só para apresentações) percepção do seu ritmo próprio; percepção do ritmo grupal; desenvolvimento da noção espaço/tempo vinculada ao estímulo musical e ao silêncio com relação a si mesmo e ao outro; compreensão do processo expressivo relacionando o código individual de cada um com o coletivo (mímicas individuais, representações de cenas do cotidiano em grupo, danças individuais, pequenos desenhos coreográficos em grupo); percepção dos limites corporais na vivência dos movimentos fluidos e alongados, criando oportunidade de transcender as limitações (BRASIL, 1998, p. 98).
No âmbito da EF escolar, a dança pode promover para os alunos o contato com
diversos conhecimentos e experiências corporais, tais como: aspectos do movimento
(consciência corporal e condicionamento físico); saberes interdisciplinares por meio de
disciplinas que contextualizem a dança (história, estética, apreciação e crítica, sociologia,
antropologia, música, assim como saberes de anatomia, fisiologia e cinesiologia) e
possibilidades de vivenciar a dança em si (repertórios, improvisação e composição
coreográfica) (MARQUES, 1997). Essas características mostram o quanto a dança é um
conteúdo relevante no processo de ensino, podendo ser trabalhada de forma interdisciplinar e
trazendo benefícios a formação do aluno.
Importante salientar que cada prática corporal propicia ao sujeito o acesso a uma
dimensão de conhecimentos e de experiências à qual ele não teria de outro modo (BRASIL,
2016). Por isso a necessidade de se trabalhar na EF cada uma dessas práticas, sob pena de
tornar o processo de ensino incompleto. Desse modo:
A dança na escola não deve priorizar a execução de movimentos corretos e perfeitos dentro de um padrão técnico imposto, gerando a competitividade entre os alunos. Deve partir do pressuposto de que o movimento é uma forma de expressão e comunicação do aluno, objetivando torná-lo um cidadão crítico, participativo e responsável, capaz de expressar-se em variadas linguagens, desenvolvendo a
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autoexpressão e aprendendo a pensar em termos de movimento (SOUSA; HUNGER; CARAMASCHI, 2014, p. 507).
Contudo, a dança além de se deparar com problemas formação inicial dos professores,
predominância dos esportes, falta de diversificação de conteúdos, falta de aprofundamento
metodológico e conceitual, ainda não conseguiu proporcionar equivalência de enfoque nas
diversas possibilidades dos conteúdos da EF (SOUSA; HUNGER; CARAMASCHI, 2014).
Essas dificuldades marcam a prática pedagógica do professor e fazem com que a dança
fique num segundo plano no planejamento e nas atividades desenvolvidas pela EF. Cruz e
Coffani (2015) destacam que geralmente as propostas pedagógicas que envolvem o ensino de
dança e que trabalhem seus aspectos criativos, imprevisíveis e indeterminados, são regidos
por uma didática tradicional, sendo que os educadores permanecem desenvolvendo um ensino
“garantido” (sabemos onde vamos chegar), “conhecido” (já temos experiências de muitos
anos na área), e “determinado e pré-planejado” (não haverá surpresas).
Conforme Rocha e Rodrigues (2007), em muitos contextos escolares a dança não é
considerada um processo sistematizado para o desenvolvimento do ritmo e do movimento,
sendo substituída por treinamentos para festas e comemorações, com a finalidade de
apresentação. Essa forma de trabalhar a dança na escola faz com que ela perca sua
potencialidade, uma vez que sua prática é muito maior do que simplesmente o espetáculo,
tendo condições de auxiliar na construção do conhecimento acerca de aspectos culturais,
sociais e de movimento.
A desmistificação da dança como espetáculo folclórico e contemplativo é necessário
para romper com os significados equivocados que foram construídos sobre essa prática
corporal. É necessário entendê-la como conhecimento significativo nas ações corpóreas,
podendo ser exploradas no repertório popular, folclórico, clássico, contemporâneo etc., na
improvisação e na composição coreográfica criativa (BRASILEIRO, 2002).
Além do foco nas comemorações e apresentações a dança como conteúdo da EF
possui desafios relacionados ao sexismo. Há ainda muito preconceito com relação à prática da
dança, envolvendo a questão da masculinidade e da feminilidade. Muitos acreditam que a
dança é “coisa de mulher” e isso gera discriminação em torno desse conteúdo. Essa concepção
negligencia todas as possibilidades que a dança pode trazer aos alunos, envolvendo dinâmicas
de movimento que trabalham o delicado e o bruto, o forte e o fraco, o leve e o pesado, entre
outras, valorizando as experiências corporais independente da orientação sexual e do gênero
da pessoa (CRUZ; COFFANI, 2015).
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Além disso, a prática pedagógica da dança sofre limitações com relação à falta de
planejamento por parte do professor, pois ocorrem incoerências relacionadas aos objetivos e
conteúdos específicos de dança para as aulas, incompreensão da dança enquanto área de
conhecimento, a pouca ou nenhuma experiência/vivência com dança na escola,
predominância das modalidades esportivas no ensino da EF entre outros (SOUSA; HUNGER;
CARAMASCHI, 2010). Ainda conforme esses autores, a prática pedagógica também é
influenciada pela forma como os professores receberam as informações, conhecimentos e
orientações acerca da dança em seu processo de formação acadêmica:
Ainda não se vê a inclusão e a aplicação eficaz da dança no âmbito escolar, principalmente pelos professores de EF, que poderiam explorar este conteúdo privilegiando todos os aspectos do desenvolvimento humano [...], relegando o trabalho com a dança na escola somente a festas comemorativas [...] ensinando a dança nas escolas sem que tenham tido experiências teórico-práticas suficientes e a grande maioria só vivenciou práticas dançantes durante sua formação inicial, continuando com o modelo esportivo em suas aulas de EF (SOUSA; HUNGER; CARAMASCHI, 2010, p. 496).
Nessa perspectiva, destacam-se os desafios que devem ser superados pelos professores
para que a prática pedagógica da dança cumpra seu papel. Cruz e Coffani (2015) ressaltam
que a postura do professor deve ser diferente, pois sua missão é de ser sujeito responsável pela
formação dos alunos, sendo que não podem restringir sua prática pedagógica ao ensino de
modalidades esportivas clássicas. Ademais, devem romper com as dificuldades resultantes da
formação acadêmica inicial, construindo novos conhecimentos sobre atividades rítmicas e
expressivas capazes de melhorar as atividades desenvolvidas junto aos alunos, durante o ano
letivo.
Desse modo, Teixeira (2008), considera que a renovação pedagógica é fundamental
quando se fala em dança na EF. Cabe privilegiar a inserção corporal, uma educação que
assuma a corporeidade humana e formule novos paradigmas, abandonando o mecanicismo
tradicional. O educador precisa assumir uma nova postura, atuando de forma consciente na
busca de uma prática pedagógica mais coerente com a realidade. Nesse sentido, o ensino e
vivência da dança na escola deve levar o indivíduo a desenvolver a sua capacidade criativa na
descoberta pessoal de suas habilidades. Esta prática pode contribuir na formação de cidadãos
críticos, autônomos e conscientes.
Portanto, o ideal no ensino da dança, segundo Marques (2007) apud Cruz e Coffani
(2015) é que a escola assuma outro papel, o de não “soltar” ou de “reproduzir”, mas de
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“instrumentalizar” e de “construir” conhecimentos em/por meio da dança com os alunos, pois
é uma forma de conhecimento essencial para a educação do ser social.
3 METODOLOGIA
Este estudo caracterizou-se como pesquisa bibliográfica. Este tipo de pesquisa é
aquela desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e
artigos científicos (DIEHL; TATIM, 2004).
O levantamento bibliográfico foi realizado a partir de uma busca em publicações
científicas indexadas na base de dados Scielo (Scientific Electronic Library Online), com os
seguintes descritores: dança/dance, prática pedagógica/pedagogical practice, Educação
Física/ Physical Education. Os critérios de inclusão das publicações foram: período de 2010 a
2017, no idioma português e inglês, e cujo texto tivesse relação com a temática, objeto deste
estudo.
A análise dos dados foi realizada a partir de análise de conteúdo. Conforme Moraes
(1999) esse tipo de análise é usada para descrever e interpretar o conteúdo de toda classe de
documentos e textos, conduzindo a descrições sistemáticas, qualitativas ou quantitativas, com
a finalidade de reinterpretar as mensagens e a atingir uma compreensão de seus significados.
Para este estudo, a partir da análise do material bibliográfico selecionado foram
construídas categorias de análise, com base nos objetivos do estudo. A categorização é um
procedimento de agrupar dados considerando a parte comum existente entre eles (MORAES,
1999).
A partir da pesquisa foram encontrados, inicialmente, 38 artigos. Considerando os
critérios de inclusão foram incluídos 5 artigos (Quadro 1).
Ano Autores Título Objetivo Metodologia2015
- Irlla Karla dosSantos Diniz- Suraya Cristina
Análise do conteúdo dança nas propostas
curriculares estaduais
Analisar como o conteúdo da dança é tratado nas Propostas
Pesquisadocumental
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Darido de EF do Brasil Curriculares Estaduais de EF no Ensino Fundamental
2014
- Nilza Coqueiro Pires de Sousa- Dagmar Aparecida Cynthia França Hunger- Sandro Caramaschi
O ensino da dança na escola na ótica dos professores de EF e
de Arte
Analisar o conteúdo referente à dança e como ele se apresenta nas aulas de EF e de Arte e o papel dos professores.
Estudo descritivo de natureza qualitativa e
quantitativa
2013
- Bárbara Coiro Spessato- Nadia Cristina Valentini
Estratégias de ensino nas aulas de dança: demonstração, dicas
verbais e imagem mental
Discutir práticas para de implementar o uso de estratégias para o ensino da dança.
Pesquisa bibliográfica
2011
- Edmara Cristina Bonetti Buogo- Larissa Michelle Lara
Análise da dança como conteúdo
estruturante da EF nas diretrizes
curriculares da Educação
Básica do Paraná
Discutir a dança como conteúdo estruturante nas diretrizes curriculares da educação básica do Paraná, e na prática pedagógica do professor.
Pesquisadocumental
2011
- Rodrigo Massami Shibukawa- Adriana Coutinho de A. Guimarães- Zênite Machado- Amanda Soares
Motivos da prática de dança de salãonas aulas de EF
escolar
Analisar os motivos da prática da dança de salão nas aulas de EF de escolas particulares.
Estudo de corte transversal
Quadro 1 - Artigos selecionados para a construção do artigoFonte: Dados da Pesquisa (2017)
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Considerando os objetivos deste estudo, destacam-se três categorias de análise
emergidas a partir dos artigos selecionados:
4.1 Pressupostos da prática pedagógica do professor com relação à dança
A construção da prática pedagógica da dança pelo professor de EF na escola passa por
uma série de fatores que influenciam diretamente na forma como ele desenvolve esse
conteúdo. Consideram-se pressupostos aqueles argumentos que podem estar relacionados ao
modo como se constrói a prática da dança nas aulas de EF escolar.
Um dos fatores encontrados diz respeito aos diversos termos que representam a dança
nos currículos, propostas curriculares e referenciais que discutem esse conteúdo. Diniz e
Darido (2015) destacam que apesar da dança ser um dos conteúdos bases da EF, o mesmo
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aparece com diferentes nomenclaturas: dança, ritmos e expressividade corporal, corpo
linguagem/corpo-expressão, atividades rítmicas e expressivas, práticas corporais expressivas,
entre outros.
Essa constatação demonstra que não há consenso com relação à própria identidade da
dança nos currículos de EF, o que pode inviabilizar o seu efetivo reconhecimento como um
dos conteúdos dessa área do conhecimento.
Outro fator relevante para a construção da prática pedagógica do professor, diz
respeito a presença ou não da dança nas diretrizes curriculares da escola, bem como lacunas
no Projeto Político-Pedagógico (PPP) que prejudiquem a vivência dessa prática na sala de
aula.
O PPP é uma construção coletiva, visto como uma reflexão do cotidiano escolar. A
dimensão política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática
especificamente pedagógica. Assim, o currículo é um dos elementos do PPP, referindo-se à
organização do conhecimento escolar. É a partir dele que todas as atividades são planejadas e
desenvolvidas, sendo que problemas na forma como os conteúdos são organizados, geram
problemas na forma como eles são colocados em prática junto aos alunos (SOUSA;
HUNGER; CARAMASCHI, 2014).
É nesse sentido que a “seleção e organização dos conteúdos e a própria denominação
da dança exigem esforços no sentido de sua consolidação” (DINIZ; DARIDO, 2015, p. 353),
devendo gerar intencionalidades explícitas com relação à prática da dança escolar.
O nível de importância que a escola dá à dança é outro pressuposto que afeta a
construção da prática pedagógica do professor. Geralmente a dança na escola é trabalhada
visando apenas um produto final, ou seja, objetiva a apresentação em si sem a preocupação
com os meios de construção, com a aquisição do conhecimento e, nem tampouco, com a
interação dos sujeitos envolvidos no processo. Desse modo, a dança é considerada apenas
objeto da manifestação cultural tendo em vista algum tipo de evento ou festividade (BUOGO;
LARA, 2011).
Assim, ocorre uma relação mecanizada do professor com a dança e da dança com o
aluno. “Sem uma reflexão sobre o ensino da dança, ela se torna uma ação desprovida de
propósitos, uma educação vazia de sentido, significados e objetivos” (SOUSA; HUNGER;
CARAMASCHI, 2014, p. 507).
Além do modo como a escola vê a dança, a visão que o professor possui interfere
positiva ou negativamente sobre seu trabalho com esse conteúdo. “É necessário que o docente
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acredite na importância desses conhecimentos no conjunto de saberes definidos para a
composição do processo de ensino e aprendizagem” (DINIZ; DARIDO, 2015, p. 354). Por
isso, o professor precisa formar uma identidade com a dança, da mesma forma que ocorre
com outros conteúdos, como o esporte, por exemplo. Sem essa aproximação não há como
vencer as barreiras que prejudicam a prática da dança escolar com vistas à aspectos
formativos e de desenvolvimento dos alunos.
Além do pressuposto da imagem da dança construída pelo professor, outro fator são os
conhecimentos que ele construiu, o modo como ele vivenciou a dança na escola e como a
universidade trabalhou a disciplina de dança ao longo do seu processo de formação inicial.
Historicamente a dança é trabalhada apenas com a finalidade de apresentação, e isso
pode ter feito parte da trajetória de grande parte dos professores de EF. Além disso, a
construção de conhecimentos sobre dança recebido na graduação nem sempre contribui
efetivamente, pois podem não estar conseguindo dar subsídios suficientes para que esses
professores se sintam aptos para aplicar esse conteúdo em suas aulas (SOUSA; HUNGER;
CARAMASCHI, 2014).
4.2 Dificuldades no trabalho com dança na Educação Física escolar
A prática da dança nas aulas de EF apresenta uma série de dificuldades. Apesar da
dança fazer parte do cotidiano dos educandos fora do contexto escolar, na escola, existe ainda
muita resistência e inúmeras barreiras que desvirtuam as propostas pedagógicas e as
finalidades educativas desse conteúdo (BUOGO; LARA, 2011).
Além do preconceito e de aspectos relacionados às questões de gênero, existem
problemas de ordem curricular, didático-pedagógica, de formação docente e de desmotivação
por parte dos alunos. Cumpre salientar que muitos dos problemas apresentados no cotidiano
escolar com relação à prática da dança nas aulas de EF estão relacionados com os
pressupostos elencados na categoria anterior.
É comum a resistência por parte dos meninos em participar de aulas de dança,
mantendo uma visão sexista de que a dança faz parte do universo feminino. Para eles essas
aulas podem ser vistas como obrigação. Já as meninas conseguem associar melhor a dança
como atividade física, voltada à expressividade e de caráter prazeroso (SHIBUKAWA et al.,
2011).
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Com relação às questões curriculares, destaca-se que a dança nem sempre está
presente nos planejamentos anuais, ou muitas vezes é adaptada pelo professor como um
conteúdo flexível, utilizado de forma esporádica e sem critérios rigorosos quanto aos seus
objetivos de ensino. Há orientações metodológicas insuficientes para explicitar “o que” e
“como” tratar pedagogicamente o conteúdo de dança, dificultando o trabalho do o professor
que não conta com subsídios teórico-práticos para orientar, efetivamente, sua ação docente
(BUOGO; LARA, 2011). Ao contrário dessa realidade, acredita-se que a dança deve ser um
conteúdo valorizado pelos currículos, estando presente no campo escolar mesmo com
enfoques, atividades e orientações distintas, de acordo com cada realidade escolar (DINIZ;
DARIDO, 2015).
O problema da formação inadequada do professor é considerado relevante nesse
sentido, uma vez que a falta de uma construção de conhecimentos e técnicas didáticas no
período acadêmico ou de formação continuada pode prejudicar o modo como ele desenvolve a
dança em suas aulas (SOUSA; HUNGER; CARAMASCHI, 2014). Além disso, o não
desenvolvimento de um pensamento crítico e reflexivo por parte do docente ao longo de sua
formação e de sua prática pedagógica diária pode gerar a manutenção de equívocos acerca da
vivência desse conteúdo no ambiente escolar.
A questão da desmotivação do aluno é vista como um importante problema
enfrentando pelos educadores quando o assunto é a dança como conteúdo da EF escolar.
Shibukawa et al. (2011) destacam que a motivação pode ter como fonte, razões internas
(intrínsecas) ou externas (extrínsecas), cabendo ao professor avaliar quais as melhores
estratégias para motivar o aluno para a dança. Conforme o estudo realizado pelos autores,
alguns dos motivos apontados pelos alunos para participar da aula de dança são: o
divertimento, exercício prazeroso, meio para aprender novas técnicas ou atingir um nível de
dança mais elevado, e atividade que contribuir para a melhoria da condição física.
No processo de aprendizagem da dança, para que o aluno aprenda os movimentos e o
modelo da dança ele precisa estar automotivado. Contudo, as motivações externas, como
encorajamento e incentivos para aprender também são fundamentais e podem contribuir para
que a motivação pessoal ocorra (SPESSOTO; VALENTINI, 2013).
Dar permissão para que os alunos demonstrem o movimento e expliquem como se
executa; motivá-los a divulgarem suas conquistas; permitir que escolham os movimentos que
elas desejam trabalhar e montar uma pequena sequência; dar tempo para improvisação;
instigar a criarem brincadeiras e atividades rítmicas que enfatizem habilidades motoras ou
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sequência de movimentos, são algumas estratégias que podem servir de motivação para os
alunos (SPESSOTO; VALENTINI, 2013).
4.3 Desafios para promover a dança na escola
Ampliar a prática da dança nas aulas de EF é um desafio aos professores e escolas.
Apesar de ser conteúdo base dessa área do conhecimento, observa-se que a dança “enfrenta
diversos dilemas na construção de sua identidade no contexto escolar” (DINIZ; DARIDO,
2015), o que tem gerado certo distanciamento entre os alunos e sua prática.
Superar essa realidade é uma necessidade, sendo que para isso podem ser adotadas
posturas e estratégias com o objetivo de desmistificar a vivência da dança, dando a ela mais
espaço no currículo e nas aulas de EF.
Cabe aos professores de EF, professores de outras áreas e à direção da escola, numa
ação interdisciplinar, realizarem um esforço conjunto para que os problemas que envolvem a
dança, como formação inicial, predominância dos esportes, falta de diversificação de
conteúdos, falta de aprofundamento metodológico e conceitual, entre outros, sejam
trabalhados e superados, proporcionando a esse conteúdo equivalência de enfoque como os
demais, bem como condições de contribuir para a formação, indo além da ideia da dança
espetáculo (SOUSA; HUNGER; CARAMASCHI, 2014).
A inclusão efetiva da dança no currículo deve ser uma das primeiras ações, uma vez
que “a dificuldade em legitimar a dança como conteúdo estruturante na escola dá-se, também,
devido aos currículos soltos, fragmentados e desconexos” (BUOGO; LARA, 2011, p. 874). A
organização curricular é importante, devendo a dança ocupar espaço significativo em todos os
anos escolares. Para tanto, cabe ao professor superar limites com relação à seleção e
distribuição dos conteúdos da dança para cada série, buscando subsidiar essa organização a
partir de respaldo teórico (DINIZ; DARIDO, 2015).
Assim, deve-se observar não apenas a presença da dança na grade curricular, mas
também no planejamento das aulas podendo tornar sua prática mais coerente ao seguir
procedimentos de ensino que tenham objetivos e que busquem trabalhar as diversas
dimensões do movimento, da expressão, do ritmo e da cultura incluídos nesse conteúdo.
Uma sugestão importante para o planejamento da EF escolar diz respeito a eleição de
conteúdos estruturantes, visando o aprofundamento e diálogo com as diferentes manifestações
corporais. Esses conteúdos são “saberes – conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou
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práticas que identificam e organizam os diferentes campos de estudo” (BUOGO; LARA,
2011). A partir da definição da dança como conteúdo estruturante, cabe destacar dos
conteúdos básicos e específicos, fazendo-se um diálogo articulado entre eles e dando maior
sentido ao processo de ensino.
Para a concretização do currículo e do planejamento, destaca-se a necessidade de criar
estratégias capazes de promover o ensino da dança. Tradicionalmente o professor, em sua
prática pedagógica, utiliza-se da descrição e demonstração do movimento, seguidas de tempo
de prática, correções gerais para a turma e mais tempo de prática. No entanto, o uso de
estratégias facilitadoras do processo de aprendizagem da dança, podem garantir uma maior
adesão e motivação por parte do aluno. Dentre essas estratégias destaca-se a demonstração,
que fornece informação visual através da aprendizagem observacional; as dicas verbais, que
guiam a performance por meio de informações verbais curtas; e a imagem mental, que
permite o ensaio mental do movimento (SPESSATO; VALENTINI, 2013).
A aula de dança na escola pode ser mais atraente ao aluno se o professor utilizar
metodologias variadas. A apresentar fotos ou imagens de determinado tipo de dança, pode ser
uma técnica importante para que os alunos possam perceber aspectos da execução do
movimento. A análise de filmagens de bailarinos profissionais ou de performances; a pesquisa
e revistas e jornais que ilustrem o movimento, desafiando os alunos a reproduzi-lo; trazer os
pais ou amigos para debates e instruções de dança na escola; integrar turmas convidando os
alunos mais velhos para servirem de apoio para os mais jovens, entre outras, são ações
relevantes no processo de ensino da dança (SPESSATO; VALENTINI, 2013).
Outro aspecto relevante para a promoção da dança na EF é a redução do
desenvolvimento de ações na dimensão procedimental e mais ações na dimensão atitudinal,
tendo em vista que esta dimensão tende a ficar mais implícita, sendo encontrada, muitas
vezes, sob a forma de currículo oculto, ou seja, como um tema esporádico e não planejado.
Isso significa que não é apenas necessário vivenciar e adquirir algum fundamento básico
dentro do conteúdo, mas também valorizar o patrimônio da dança, estando disposto a
participar das atividades, cooperando e interagindo com os colegas. Desse modo, é importante
que o professor, ao planejar sua aula, supere a perspectiva exclusiva do “o que se deve saber
fazer?” apontando para uma concepção renovadora de EF onde o “como se deve ser?” torne-
se presente no cotidiano da prática da dança (DINIZ; DARIDO, 2015).
A promoção da dança nas aulas de EF, além de todos os fatores elencados, exige do
professor a construção de uma prática pedagógica permanentemente reflexiva, onde a leitura e
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a pesquisa também façam parte de seu cotidiano de trabalho. Estratégias de ensino são
fundamentais, sendo necessário que se leve em conta o desenvolvimento cognitivo do aluno; a
consciência acerca da representatividade da dança para a formação humana; a motivação do
aluno em reproduzir e construir movimentos expressivos; e o processo de aprendizagem e
metas (SPESSOTO; VALENTINI, 2013).
Seu desenvolvimento na escola deve ser pensado para além dos benefícios físicos e
cognitivos, pois a dança como prática sistematizada é uma modalidade que também poderá
contribuir para as questões de cunho social (SHIBUKAWA et al., 2011).
Enfim, a dança como linguagem corporal e artística, tão importante ao
desenvolvimento do ser humano, é uma atividade que precisa ganhar mais espaço nas escolas.
Para tanto, pesquisa, reflexão, planejamento e práticas pedagógicas conscientes, são
elementos necessários para sua efetividade.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As questões teóricas apresentadas neste estudo trazem uma pequena discussão sobre a
problemática que envolve a prática pedagógica do professor com relação à dança nas aulas de
EF.
Evidenciam-se diversos fatores que podem influenciar o processo de ensino
desenvolvido pelo professor, trazendo consequências à forma como a dança é trabalhada no
ambiente escolar. Aspectos como distorções de nomenclatura nas diretrizes curriculares, não
inclusão do conteúdo na proposta pedagógica e currículo da escola, visão que o professor
construiu da dança ao longo de sua vida pessoal, acadêmica e profissional, entre outros.
As dificuldades que envolvem a vivência da dança na escola vão desde problemas
culturais, envolvendo discriminação e sexismo com relação ao conteúdo, até desmotivação do
aluno para a prática e deficiências do processo de formação inicial docente.
Cabe ao professor grandes desafios curriculares, didáticos e pedagógicos, além de
trazer uma nova visão aos alunos sobre a importância da dança e sua representatividade no
processo formativo. Superar esses desafios não é tarefa fácil, sendo que o desenvolvimento de
estratégias que envolvam um esforço coletivo e interdisciplinar, efetivação da dança no
currículo e planejamento, utilização de metodologias variadas, promoção de atividades na
dimensão atitudinal em detrimento da ênfase na dimensão procedimental, bem como um olhar
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atento ao aluno, ou seja, no seu nível de desenvolvimento, nos seus interesses, nas suas
motivações com relação à EF, podem ser algumas alternativas relevantes.
Apesar das limitações deste estudo, relacionadas à pesquisa de apenas uma base de
dados, não se pretendeu esgotar a discussão acerca do tema, esperando contribuir para estudos
futuros que ampliem ainda mais a discussão sobre a construção da prática docente e a
importância da dança como conteúdo necessário ao processo de ensino e aprendizagem na EF
escolar.
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