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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁPRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

DEPARTAMENTO DE PESQUISA

PROGRAMA ISTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIÊNTIFICA - PIBIC CNPq e PIBIC UFPA

RELATÓRIO TÉCNICO-CIÊNTÍFICO

Periodo: Agosto de 2014 Agosto de 2015( ) PARCIAL( X ) FINAL

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título do Projeto de Pesquisa: POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O ENSINO MÉDIO DO CAMPO NO PARÁ: A DEFINIÇÃO DO SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO MODULAR DE ENSINO (SOME) COMO POLÍTICA EDUCACIONAL PARA O ENSINO MÉDIO NO CAMPO.

Nome do Orientador: GILMAR PEREIRA DA SILVA

Titulação do Orientador: DOUTOR

Faculdade: EDUCAÇÃO

Unidade: CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ

Laboratório: GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA SOBRE TRABALHO E EDUCAÇÃO (GEPTE)

Título do Plano de Trabalho: ENSINO MÉDIO NO ESTADO DO PARÁ: A POLÍTICA DE ENSINO MÉDIO MODULAR E A EDUCAÇÃO DO CAMPO PARA A JUVENTUDE.

Nome do Bolsista: WALD JUNIOR NUNES SACRAMENTO

Tipo de Bolsa: ( ) PIBIC/CNPq ( X ) PIBIC/UFPA ( ) PIBIC/INTERIOR ( ) PIBIC/FAPESPA ( ) PRODOUTOR

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1 INTRODUÇÃO

Decorrido esses dose meses, de estudos e de trabalho a pesquisa

voltou seus esforços, para a metodologia de pesquisa bibliografica e

documental, visto que os estudos bibliográficos nos permitem entender o

trabalho como principio educativo, na medida em que compreendemos este,

como atividade especificamente humana, de modo que garanta a sobrevivência

da espécie e ao mesmo tempo permite sua humanização.

De início a pesquisa bibliográfica procurou delinear fundamentos

teórico-metodológicos que nos permitiu registrar reflexões e leituras a partir de

documentos, livros, artigos e TCCS, de autores e pesquisadores que trabalham

na área de trabalho e educação, educação do campo, e ensino modular aqui

apresentamos alguns deles, iniciando por aqueles que tem seus estudos

fincados na Educação do Campo; FERNANDES (2008); FREIRE (1996);

TAVARES NETO (2000); CALDART (2003); MUNARIM (2008): COUTINHO

(1999); FRIGOTTO (2002); SAVIANNI (1998); ARANHA (2006); ARROYO

(1999); COSTA, BARROS (2007), dentre outros autores que tratam a temática

Trabalho e Educação; ARAUJO, R. M. de L./ RODRIGUES, D. S. (Filosofia da

Praxis); KUENZER, A. Z. (Ensino Médio 6ª Edição); MUNARIM, A./

BELTRAME, S./ CONDE, S. F./ PEIXER, Z. I. (Educação do Campo 2ª

edicçao); MARGENS, (Dossiê Educação do Campo vol. 4 n.6); SILVA, G. P./

CANALI, H. H. B./ RODRIGUES, D. S./ ARAUJO, M. de N. C. (Educação do

Campo na Amazõnia: uma experiência); SOLEDADE, E. V. (O Ensino Médio no

Estado do Pará: A experiência do ensino modular e as condições de trabalho

na localidade de vila de juába, município de cametá/PA); PEREIRA, H. de J. C.

(`` A Realidade da Educação no/ do Campo no Municipio de Cametá/PA: Um

estudo sobre o cotidiano estudantil dos filhos (as) de trabalhadores (as)

rurais``).

A análise bibliográfica nos permitiu levantar um breve diagnóstico

circunstâncial que nos levou a compreender qual a situação da educação do

campo e dos sujeitos que moram e vivem nessas localidades conhecendo suas

origens e entendo sua cultura, suas crenças, seus habitos, suas nescessidades

e carências.

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Deste modo, acredita-se ser possível desenvolver com sucesso a

pesquisa de campo onde se buscará entender qual a situação do ensino médio

modular no Estado do pará, conhecendo seus pontos positivos e negativos,

visto que a pesquisa, tem como objetivo discutir, refletir e problematizar a

realidade em torno da temática, apontando caminhos para se rever a política

de ensino médio modular e a educação do campo, sobretudo com vistas a

melhorar as condições de vida da juventude.

Ao analisar a problemática parte-se da premissa de que o ensino

médio necessita de uma definição clara e precisa para sair do pluralismo que

persiste na LDBN, com o propósito de reformulação curricular, prática de

ensino, formação docente, infraestrutura adequada, procurando estreitar as

relações de ensino entre campo e cidade, numa perspectiva de apresentar

indicadores que possam referenciar politicas educacionais capazes de garantir

o direito a educação de qualidade para a juventude do campo, e a reconstrução

de saberes que considere a educação, trabalho e tecnologia, a partir das

experiências dos jovens, tentando alcançar uma ´´ verdadeira educação do

campo``. Molina e Fernandes (2001) colocam em evidencias as necessidades

de reformulações de politicas educacionais que venham atender os jovens do

campo nos processos de aprendizagem escolar. Espera-se que o resulatado

deste trabalho colabore com as mudanças de mentalidades bem como as com

políticas de ensino médio modular contribuindo com a formação para a

cidadania e visando melhorias no ensino médio do campo, trazendo qualidade

de vida e ajudando a melhorar o ensino aprendizagem para a juventude do

campo.

O que se observa inicialmente é que a educação ministrada no campo

não tem suprido as carências vividas nas realidades dos educandos, não

corresponde as especificidades e peculiaridades do povo da zona rural, não

atende seus anseios e muito menos suas necessidades, desse modo infere-se

que esse é um fator determinante para o insucesso estudantil dos jovens filhos

de trabalhadores rurais.

Esta pesquisa tera um momento que julgamos fundamental para

entendermos de fato a realidade do ensino médio modular que será a

pesquisa de campo que será feita em municipios do estado do Pará, no

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momento estamos articulando o roteiro de entrevistas e as viagens para dar

inicio a pesquisa de campo que se fara em tais municípios, ( Marabá, Cametá,

Bragança e Soure), assim se terá uma visão mais ampla da situação do SOME

no estado do pará, pois é através do projeto de pesquisa do orientador

financiado pelo CNPQ, que se buscará entender o ensino médio modular e

assim contribuir para a construção de melhorias na politica pública do SOME,

entende se que sabendo qual a situação do ensino médio do campo fica mais

fácil identificar qual a realidade vivida nesta modalidade de ensino entendendo

seus êxitos e falhas, assim fica mais fácil de as autoridades fazrem melhoiris

nesta politica fazendo assim melhorar a vida dos jovens do campo e seus

familiares.

2. JUSTIFICATIVA

A Univesidade Federal do Pará, Campus Cametá, vem desenvolvendo

trabalhos que consideramos de grande importância para a educação ministrada

no campo, desenvolvida para os filhos de trabalhadores do campo, mostrando

cada vez mais interesse para a produção do conhecimento para essas

populações, reconhecendo sua cultura e tradicões, nescessidades e

´´carências`` buscando sempre melhorias e reconhecimento para estes

trabalhadores, visto que nos últimos anos cresceu as discursões desenvolvidas

pelos movimentos socias: a respeito da educação do campo, como uma das

exigências de valorização dos saberes inseridos nesse espaço na construção

do processo educativo formal e informal.

Desta forma, pensar em educação do campo situando o ensino médio

do estado do Pará e debatendo a concepção de ensino oferecido, trás portanto.

A dualidade do saber campo versus cidade, que resultando nas desigualdades

de exclusão social, separando a ideia de trabalho e educação e que apresenta

esta proposta de intervenção, com o intuito de contrapor a estes ideais

constituitivos formadores de opiniões e conhecimentos superficiais que, não

respondem mais as reais necessidades do homem do campo.

Pensar na educação dos jovens que estão inseridos no campo é

reformular nossa concepção de ensino a parti das mudanças de mentalidades

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e paradigmas educacionais que estejam ancorados em uma visão ontológica e

concreta do homem, que experiência os meios sociais históricos e culturais,

numa vivência permanente de construção de saberes voltados para sua

realidade e necessidades de seus cotidianos.

Esta atividade também quer oferecer discursões teoricos

metodológicas a cerca da educação do campo, discutindo a política do ensino

médio, sua prática social, conteúdo ensinado, método e avaliação que atenda

de modo coerente e prático as necessidades de nossos educandos,

contribuindo com, uma educação que integre: ensino, trabalho e tecnologia

revelando as multiplas facetas que temos para reconstruir o conhecimento e

fazer destes instrumentos de transformações em favor da vida, da autonômia e

do exercicio pleno da cidadania.

Nesse sentido, a pesquisa requer além dos debates sobre o ensino

médio modular como uma modalidade específica do ensino no atendimento ao

jovens requer também reforço da problematização da realidade da educação,

tais como, falta de infraestrutura, materiais didáticos pedagógicos, recursos

tecnológicos e suas linguagens entre outros.

O proposito deste estudo é contribuir com mudaças na concepçao de

ensino que existe em relação ao campo e que o próprio estado contribuiu

muitas vezes, para que a educação tenha essa visão dualista, esquecendo que

os jovens que estão no campo, tem grande capacidade para pensar e gerir seu

processo de ensino, criando relações que integre educação, trabalho, saberes

e tecnologia. Contudo, é necessário perceber que a relevância social do

conhecimento para os jovens do campo deve ter entre seus fundamentos;

ampliar seu universo cultural, sua concepção de homem e, consequentemente

sua concepção de mundo e sociedade, considerando as diversidades sociais,

tanto no nível econômico, político, histórico e cultural quanto no

desenvolvimento racial, ético moral.

Assim, espera-se que a pesquisa, possa contribuir para se estabelecer

metas concretas para defender um projeto de educação, que não visem

apenas a reprodução do conhecimento, mas permita também a construção do

conhecimento a partir de sua problematização, discursão e análise dos

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pressupostos teóricos, que possibilitem a reflexão e ação. Como ‘ uma guia da

ação do homem, visando a sua transformação e preparando não só para

relações de trabalho, mais também, para integração do saber, da cultura do

conhecimento e do exercício pleno de cidadania.

3 OBJETIVOS E METAS

Esta pesquisa tem como objetivo geral realizar uma análise

circunstanciada do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) como

uma possibilidade da sua definição como uma política pública de Estado para o

ensino médio do campo no Estado do Pará.

A pesquisa tem como objetivos especificos: 1. Realizar um breve

diagnóstico dos exitos e desafios do sistema de organização modular de ensino

SOME; 2. Identificar por meio de observação as dificuldades que o estado tem

de gerenciar as políticas educacionais do ensino médio modular para os jovens

do campo; 3. Analisar os processos de organização de ensino, sua estrutura

curricular, ação pedagógica e seus reflexos na formação da juventude;

4.Viabilizar reformulação administrativas de gestão de políticas públicas do

estado, adequando as necessidades e peculiaridades dos jovens em processo

de formação de aprendizado para o exercicio da cidadania; 5. Fornecer

subsidios a partir da pesquisa para o poder publico, elaborar politicas públicas

de educação para o trabalhador, a partir das experiências das entidades não

governamentais.

Temos como entendimento inicial que ao realizar-se um diagnóstico

dos desafios e dos êxitos do Sistema de Organização Modular de Ensino, será

mais fácil Identificar e evidênciar as dificuldades e os êxitos presentes nos

processos de gestão e financiamento da Secretaria Estadual de Educação e

das Escolas Públicas Estaduais para a manutenção e atendimento do Sistema

de Organização Modular de Ensino, como política pública de ensino médio

para as comunidades rurais. A partir de estudos de referências teóricos

metodológicos, busca-se discutir e problematizar as políticas educacionais do

ensino médio modular e a educação do campo, propondo reformulações

curricular, prática pedagógica, concepção de ensino, formação docente,

estrutura fisica adequada, numa pespectiva de construção de conhecimento,

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que considere: a educação, trabalho e tecnologia, um ideal a ser alcançado

partindo para a realidade de jovens suas experiências, saberes e práticas do

cotidiano.

Para alcançar esse ideal entende-se inicialmente que é preciso refletir

e identificar alguns elementos que a educação do campo convive e sente,

como dificulade e nescesidade, visando melhorias para os sujeitos do campo.

Para que haja uma educação de qualidade os demais agentes sociais,

precisam organizar e elaborar propostas a partir dos ideais do coletivo,

pensando a escola, as relações de inclusão, suas contradições e relevâncias

para as melhorias da qualidade de vida e conhecimentos dos educandos no

aprendizado escolar do campo.

METAS

Investigar junto às bibliotecas, editoras e Internet, bem como, junto à

Secretaria de Educação do Estado do Pará na Diretoria de Ensino Médio

e Educação Profissional-DEMP e na 2ª Unidade Regional de Ensino –

URE, além das Secretarias Municipais de Educação, trabalhos

acadêmicos (Monografias, Dissertaçoes e Teses) e nas informaçoes

presentes nos sítios e autarquias do Ministério da Educação – MEC;

textos, publicações e dados que versam sobre o Ensino Médio no

Campo, bem como a problemática do Sistema Modular de Ensino no

Estado do Pará e mais especificamente na Microrregião de Cametá,

objetivando elaborar um Banco de Dados sobre a realidade educacional

do Ensino Médio do Campo no Pará.

Elaborar Relatórios parciais e final da Pesquisa, contendo uma análise

circunstanciada da implementação de políticas de ensino médio como

foco noSistema de Organização Modular de Ensino – SOME; como

também, apresentar o demonstrativo da prestação de contas dos

recursos utilizados para a realização da pesquisa, na expectativa de

atingir os objetivos propostos e que possam referenciar políticas

educacionais capazes de garantir o direito à educação de qualidade

para a juventude do campo.

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Realização e participação em eventos de caráter educacionais e

científicos, para socializar os resultados da pesquisa com

representantes de instituições governamentais e não-governamentais e

ainda com os sujeitos envolvidos na pesquisa, com o intuito de que os

conhecimentos socializados possam contribuir nas definições da politica

de formação e currículo do Ensino Médio para a juventude do campo.

4 MATERIAIS E MÉTODOS

Para realizar a pesquisa bibliográfica, foi nescessário fazer leituras,

relatórios, fichamentos de livros, artigos pesquisados em meios tecnológicos,

TCCS de ex alunos da Universidade Federal do Pará-Campus Cametá,

revistas ciêntificas, decreto leis, relatórios, teses e dissertações de mestrado,

bem como outros materias fornecidos pela faculadade de Educação. Um dos

fatores fundamentais para melhor entender a área pesquisada, foi quando o

bolsista e orientador, trocaram conhecimentos entre conversas, diálogos e

debates, podendo assim ter, um melhor desempenho no trabalho, pois, uma

vez esclarecidas as dúvidas, fica mais fácil compreender o objeto de investição.

Freire (1996) Diz que os métodos de ensino não podem estar fora

daquilo que os jovens sabem, conhecem e entendem. É portanto, uma visão

dialética materialista, que está em permanente construção e reconstrução dos

conhecimentos, promove a sinteses e contradições, forma pela qual se reflete,

problematiza, analisa e elabora novos saberes relativos a transformações a

cada tempo e espaço em que o homem está situado.

A investigação bibliográfica ocorreu durante toda a pesquisa e se

concretizou por meio de levantamento e estudo de textos, artigos, dissertações

e teses, publicações em jornais, revistas, periódicos, internet e bibliotecas que

versam sobre política públicas para o ensino médio. Se fundamentará também

no relatório elaborado pela pesquisa “Políticas de Formação, Currículo e

Trabalho para a Juventude do Campo na Amazônia: Construindo Indicadores

de Qualidade para o Ensino Médio do Campo, na Microrregião de

Cametá/Estado do Pará”, financiada pelo CNPQ no Edital. A investigação

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bibliográfica levantou as reflexões e definições teórico-metodológicas a respeito

da identidade das políticas de ensino médio, com foco na experiência do

SOME no Estado do Pará, procurando identificar e debater sobre as principais

conclusões e proposições apontadas por pesquisadores, educadores e

gestores que já vêm estudando e acumulando conhecimentos sobre o assunto.

A pesquisa documental versou sobre as legislações vigentes e sobre os

princípios, diretrizes e estratégias do Sistema de Organização Modular de

Ensino – SOME e da educação pública como um todo. Ela foi feita por meio do

levantamento de documentos oficiais da Secretaria Estadual de Educação e

das Unidades Regionais de Educação – URE’s, e demais entidades públicas

que estejam envolvidas com a implantação e exequibilidade do Ensino Médio

do Campo no Pará.

A Pesquisa de Campo será desenvolvida através do projeto do

Orientador dando continuidade o que vem sendo estudado a respeito do

Ensino Modular desde 2011, a pesquisa terá modelo qualitativo em quatro

municípios que compõe as Mesorregiões do Estado do Pará (Marabá, Cametá,

Bragança e Soure) com a intenção de elaborar um quadro ampliado da política

de ensino médio modular no Estado do Pará. As cidades indicadas inicialmente

para a elaboração da pesquisa de campo têm como ponto em comum a

existência de um Campus da Universidade Federal do Pará, bem como um alto

índice de atendimento pelo Sistema Modular de Ensino.

5 RESULTADOS

Como resultado a pesquisa bibliográfica e documental nos permitiu

compreender a realidade do povo do campo mostrando as dificuldades e os

êxitos que enfrentam os educadores, educandos e gestores do sistema de

organização modular de ensino-SOME, pois as leituras e estudos evidenciam

ineficiências e qualidades que possivelmente fazem parte da educação

ministrada no campo, tendo em vista que a junção desses dois momentos,

mais a pesquisa de campo que está sendo articulada no momento resultaram

em dados e informações coletados que serão analisados com o apoio do

referencial teórico acumulado durante a pesquisa bibliográfica e documental.

Outrossim, para análise dos dados obtidos nas diversas análises dos estudos,

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será feito um processo de sistematização dos principais dados coletados e

documentos e acervos bilbliográficos, como também dos depoimentos e falas

significativas dos sujeitos do campo envolvidos com o sistema modular de

ensino – SOME.

A análise das condições de oferta do ensino médio pelo Sistema de

Organização Modular de Ensino (SOME) identificou grandes desafios a serem

enfrentados para uma oferta educacional de qualidade no campo. Pelos dados

coletados foi possível identificar que a universalização da oferta do ensino

médio como política que visa garantir o acesso aos jovens do campo à

escolarização, apesar do reconhecimento dos esforços realizados, se

materializa em faces dos diversos condicionantes de forma deficiente e frágil.

Nos últimos anos o Estado por conta dos compromissos assumidos com

os organismos internacionais tem cobrado resultados mais eficientes das

políticas educacionais a fim de colocar o Brasil como um país que tem

priorizado a superação de seus baixos indicadores educacionais em todos os

níveis e modalidades educacionais que há décadas vem persistindo.

Infelizmente ainda predomina a visão estereotipada que se tem do

homem do campo, e ao que se visualiza esta mesma lógica se materializa nas

concepções das políticas que são destinadas a estes sujeitos, considerando

que não é dada a devida importância sobre as condições de materialização das

políticas. Desta forma, tem se a impressão que este é um fator que menos

interessa, ou seja, o governo vem garantindo a oferta do ensino médio no

campo como um direito, mas ao mesmo tempo nega o direito de uma educação

de qualidade. Neste sentido, é preciso concordar com Arroyo (p.11. 1999)

quando destaca que:

[...] a imagem que sempre temos na academia, na política, nos

governos é que para a escolinha rural qualquer coisa serve. Para

mexer com a enxada não precisa de muitas letras. Para sobreviver

com uns trocados, para não levar manta na feira, não precisa de

muitas letras. Em nossa história domina a imagem de que a escola no

campo tem que ser apenas a escolinha rural das primeiras letras. A

escolinha cai não cai, onde uma professora que quase não sabe ler

ensina alguém a não saber quase ler.

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Infelizmente, esta visão principalmente por parte de alguns governos

ainda é predominante, o que tem levado a educação ofertada às populações do

campo a ser precarizada. Com isso, embora esta situação não seja uma

especificidade do SOME, evidencia-se que são fatores que tem influenciado de

forma negativa nos resultados desta política. A precarização com que o

programa vem sendo ofertado aos jovens do campo pode ser evidenciada de

várias formas, entre elas as condições de trabalho do professor. Destaca-se

que durante a pesquisa observou-se que esta é uma situação bastante

desafiadora aos professores, pois as turmas funcionam em escolas cedidas

pelos municípios.

As questões apresentadas indicam a necessidade de um

acompanhamento mais sistematizado à maneira como vem sendo implantada a

política de Ensino Médio Modular no Estado do Pará e a sua vinculação aos

processos de definição do SOME como política de Estado para o Ensino Médio

e a Formação dos Jovens nessa região. Ao nosso modo de encarar o

problema, propomos contribuir com esse processo realizando uma investigação

da política de atendimento ao ensino médio do campo através do Sistema de

Organização Modular de Ensino, partindo de quatro pressupostos relevantes e

que configuram os desafios para a criação de políticas públicas para o ensino

médio no campo:

O Sistema Modular de Ensino – SOME é uma política de educação de

atendimento ao Ensino Médio surgida na década de 80, com finalidade de

“atingir localidades de difícil acesso ou com dificuldades estruturais por conta

da sua localização” (DEMP/SEDUC, 2008). Entretanto, o SOME ainda não se

configura em uma política de Estado para o ensino médio no campo,

resultando em condições cada vez mais precarizadas de trabalho e também de

aprendizagem. Podemos atribuir em parte, os baixos índices de avaliação do

ensino médio no IDEB no Estado do Pará, considerados um dos piores do país,

a nova LDB destaca elementos importantes para um melhor desempenho do

SOME:

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A nova LDB, ao definir que o Ensino Médio é a etapa final da

Educação Básica, determina que, independentemente da forma como

se organize, deverá propiciar a todos a formação geral que capacite a

participar da vida social e produtiva com autonomia intelectual e com

senso ético [...] para tanto, todos os currículos deverão comtemplar: -

os principio científicos gerais sobre os quais se fundamentam o

processo produtivo; -as habilidades tecnológicas básicas; - as formas

de linguagens próprias das diferentes atividades sociais e produtivas;

-as categorias de análise que propiciem a compreensão histórico-

crítica da sociedade e de formas de atuação do homem, como

cidadão trabalhador, sujeito e objeto da história.

Outro fator relevante para a realização desta pesquisa é que 94% dos

jovens entre 15 a 18 anos que moram no campo no Estado do Pará estudam

nas cidades e utilizam algum tipo de transporte escolar, fato que pode indicar

certa relação com a política do Sistema de Organização Modular de Ensino,

diante da abrangência precária e limitada no atendimento aos jovens em sua

própria comunidade, realizando o deslocamento para lugares distantes de sua

região, utilizando o transporte dos alunos para escolas localizadas em

comunidades rurais mais populosas (sentido campo-campo) ou para a sede

dos municípios (sentido campo-cidade), caracterizando o que vem sendo

conhecido como Política de Nucleação Escolar. Além disso, os dados sobre o

transporte escolar no meio rural, explicitados no levantamento inicial feito pelo

GEPERUAZ (2009) também fortalecem essa hipótese ao revelarem que houve

um crescimento no deslocamento dos estudantes do meio rural no sentido

campo-cidade de mais de 20 mil alunos transportados e no sentido campo-

campo de mais de 200 mil estudantes transportados em 2006 (INEP/ MEC,

2006).

Os resultados da pesquisa anterior do (GEPECART, CNPq/2013) nos

possibilitaram inferir que uma politica educacional para o ensino médio do

campo deve combinar um conjunto de políticas públicas que vão desde a

construção de espaços adequados, transporte escolar, alimentação escolar,

equipamentos didáticos e científicos, entre outros, combinando com isso a

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formação de um quadro de professores capacitados e permanentes para

atuarem diretamente nas escolas de ensino médio do campo.

Considerando que o Ensino Médio Modular no Estado do Pará não pode

prescindir de uma política pública para a construção de uma nova base

conceitual e epistemológica vinculada aos desafios da formação do educador e

da juventude em nossa região amazônica; entre esses desafios destaca-se a

inserção da heterogeneidade sócio-cultural, produtiva e ambiental amazônica

na constituição de uma nova política para o Ensino Médio do Campo; pretende-

se, nesse caso, realizar um estudo das políticas de atendimento ao ensino

médio do campo, focando no SOME em quatro Mesorregiões do Estado do

Pará, a saber: Mesorregião do Marajó (BREVÉS), Mesorregião do Tocantins

(Cametá), Mesorregião do Sul do Pará (Marabá), Mesorregião do nordeste

paraense (Bragança). A LEI nº 7.806, de 29 de abril de 2014, regulamento o

funcionamento do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, no

âmbito da Secretaria de Estado de Educação - SEDUC, e dá outras

providências. A assembleia legislativa do estado do pará estatui e eu sanciono

a seguinte lei: CAPÍTULO I disposições gerais art. 1° esta lei regulamenta o

sistema de organização modular de ensino - some, como política pública

educacional do estado, estabelecendo normas gerais para sua adequada

estrutura e funcionamento.

Todas essas reflexões aqui explicitadas representam apenas uma

pequena mostra do que é possível inferir no processo de investigação sobre as

políticas de ensino médio no campo, como foco no Sistema de Organização

Modular de Ensino, em face da amplitude e complexidade que envolve a

realidade educacional do Ensino Médio do Campo no Estado do Pará.

Tomando as premissas destacadas como orientadoras, propomos uma

investigação sobre o Sistema de Organização Modular de Ensino como política

pública educacional no Estado do Pará, com a expectativa de apresentar

indicadores que possam referenciar a elaboração de políticas educacionais

para o Ensino Médio do Campo, visando garantir o sucesso escolar dos alunos

da zona rural do estado e que sejam capazes de apresentar soluções para os

entraves que envolvem essa problemática.

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Cientes de que o Ensino Médio Modular é uma das alternativas firmadas

pela política educacional para garantir o acesso e a universalização da oferta

da educação básica do campo no Estado do Pará; como também, um

subterfúgio pedagógico e imediatista na manutenção de precárias redes

públicas de formação da juventude do campo; intencionamos com a pesquisa

contribuir com o fortalecimento dos laços identitários dos sujeitos com o lugar

em que vivem, assim como a constituição de indicadores para a elaboração de

políticas públicas para o ensino médio do campo, tendo em vista a

compreensão da educação como direito das populações do campo e dever do

Estado.

O SOME é caracterizado como um sistema de organização de ensino

que foi implantado no estado do pará com o objetivo de atender os alunos

egressos do Ensino Fundamental no ensino médio, porém, este atendimento é

dado de forma precária e equivocada pelas políticas públicas, legitimadas pelo

próprio estado.

Tavares Neto et al. (2000) apresenta uma série de desafios, a começar

pelo acesso as localidades, ´´carência`` de recursos humanos, falta de

infraestrutura adequada para desenvolver nesse nivel de ensino. Esses

possiveis problemas têm possibilitado uma ação eficiente em curto prazo, vem

dizer que este ensino é visto e entendido a partir dos modelos da educação das

grandes cidades urbanas. Nessa perspectiva, nossos jovens convivem com

uma dualidade de ensino e realidade histórica, pois, uma influência a outra no

imaginário das políticas educacionais, que passam a ser tratada por uma visão

hegemônica de ensino e formação do aprendizado no ambiente escolar.

O levantamento bibliográfico nos permitiu ver que a Educação do

campo não pode ser tratada como inferior por se achar que os jovens não tém

seus próprios saberes ou experiencias de conhecimento, pelo contrario, eles

produzem culturas a partir da existência de seu reconhecimento como pessoa

capaz de pensar e agir históricamente numa dimensão que associa a

educação, trabalho e desenvolvimento tecnológico.

Mas, as ideologias dominantes caracterizadas pela politicas do estado

na educação repassam ideias que reforçam as desigualdades de

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oportunidades no ensino médio para a juventude, por isso é necessário pensar

a educação do campo que:

(…) Confere o papel de fomentar reflexões que acumulem força e espaço no sentido de contribuir na desconstrução do imaginário coletivo sobre a visão hierárquica que há entre campo e cidade; sobre a visão tradicional do jeca tatu, do campo como o lugar do atraso. A educação do campo, indissocia-se da reflexão sobre um novo modelo de desenvolvimento e o papel para o campo nele (FERNANDES, MOLINA, 2005 p. 68).

Os dados nos indicam as necessidades de além de agirmos mudando

nossa mentalidade a fim de desfazer o imaginário coletivo que paira nas

diferentes instâncias sociais, formando esta visão hierárquica que separa

campo e cidade nas determinantes dos espaços educativos das práticas

pedagócias do cotidiano escolar.

A pesquisa nos indica que o campo não pode ser visto como um lugar

de “atraso” e imputação de ideologia preconceituosa que limita as capacidades

e habilidades humanas apenas para o trabalho, para a produção, mas um

espaço de múltiplos saberes e conhecimentos definidos a partir da existência

do homem que interagem com aspectos da vida relativos a seu próprio

desenvolvimento.

Para Caldart (2003) o estudo entendido basicamente como um

processo de interpretação da realidade, é um componente importante na

constituição e no fortalecimento dos sujeitos sociais, sejam eles do campo ou

da cidade.

É portanto, um processo de reinvenção dos novos, conhecimentos

articulados com as práticas de saberes, trabalho, linguagem e tecnologia,

inseparaveis da ação do homem, porém, pelo tratamento que o estado dá para

a politica do ensino médio, esta visão é totalmete contraditória, pois, o ensino é

desprovido das diferenças e peculiaridades da própria existncias dos sujeitos

que convivêrm na realidade do campo.

De acordo com Fernandes (2005, p. 31):

Para o desenvolvimnto do território campones é necessário uma

política educacional que atenda sua diversidade e amplitude e

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entenda a população camponesa como protagonista propositiva de

políticas e não como beneficiários e/ou usuários (…). Portanto, é

necessário que atribuimos a educação do campo, a política

educacional voltada para o desenvolvimento do território campones

como parte do campo brasileiro.

Sendo assim, é necessário reconhecer o papel que o estado tem de

reformular suas políticas educacionais voltadas para as multiplas necessidades

do homem do campo, com o ensino que reconheça as diversidades culturais,

sua importância para ampliar sua concepção de mundo, sociedade, realidade

humana e suas contradições, atribuindo sentidos para uma formação integral

que associem os diferentes saberes em detrimento das necessidades dos

jovens.

Com isso, os sujeitos interagem a realidade de seus espaços,

vinculando o processo de vida a escola como pressupostos educacionais de

formação que se constitui a partir da existência e da ação dos educandos que

estão inseridos na educação do campo. Por isso, adequar as políticas do

estado do Pará para atender os jovens do campo, requer obviamente a

mudança no que diz respeito a concepção curricular de ensino, conteúdo,

método e avaliação e formação docente, garantindo também, uma

infraestrutura adequada para o ensino, recursos didáticos e pedagógicos e

tecnologia, compativel ao desenvolvimento do aprendizado do jovem.

As reflexões apresentadas neste relatório perpassam por alguns dos

principais desdobramentos implicados no processo de universalização da

educação pública e da melhoria de sua qualidade. A proposta de discussão do

ensino médio reafirma a necessidade de busca ininterrupta da qualidade da

educação, ressaltando que essa qualidade deverá ser assegurada para todos

os níveis e modalidades de ensino, quando destacamos o movimento a

respeito da educação do campo, particularmente para o ensino médio modular.

A pesquisa nos revela que o ensino modular é uma experiência exitosa

e necessária que vem se apresentando como indispensável ao oportunizar o

acesso ao ensino médio do jovem do campo, mas as estratégias didático-

pedagógicas utilizadas precisam se aprimoradas, adequando-se aos interesses

e necessidades do jovem trabalhador.

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Assim, espera – se que com a conclusão desta ultima parte da

pesquisa de campo possa se obter todos os dados e informações nescessarias

para a elaboração do diagnóstico final da situação do sistema modular de

ensino (SOME), no estado do pará, e assim podendo trazer a tona todas as

possíveis falhas e mostrando o que melhorou seus exitos com a implantação

do SOME como politica publica, assim despertando o interesse das

autoridades politicas, que partindo deste documento possam fazer as

correções e ajustes nescessarios no SOME, visando qualidade de vida dos

jovens do campo e um melhor ensino aprendizado para toda a comunidade

rural.

6 CONCLUSÃO

Para este momento da descrição final do projeto de pesquisa, sera

interessante conhecer as referênciais teóricas e documentos que abordam a

educação do campo relacionando o trabalho, saberes e tecnologia, como

elementos norteadores nos processos da formação da aprendizagem.

Identificar as dificuldades e prosperidade no ensino modular, exige uma

reformulação política curricular e da prática docente que viabilize com mais

eficiência a materialização de uma educação que tenha como meta a formação

para o trabalho, a vida e o exercício da cidadania.

As referências bibliográficas vêm apontando a importância dos

movimentos sociais como articuladores de experiências que podem contribuir

muito com a melhoria do ensino modular bem como a qualidade de vida dos

jovens que moram e trabalham no campo.

É interessante salientarmos, que a pesquisa vem caracterizando

especificidade no reconhecimento da educação do campo, como mudança de

paradigma, que precisa trabalhar as nescessidades educacionais dos jovens,

partindo do seu próprio contexto social, bem como as experiências de vida.

A Pesquisa de Campo está sendo articulada para o mês

seguinte(setembro) que será aplicada no modelo qualitativo a ser realizada nos

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quatro municípios que compõe as Mesorregiões do Estado do Pará (Marabá,

Cametá, Bragança e Bréves) com a intenção de elaborar um quadro ampliado

da política de ensino médio modular no Estado do Pará. As cidades indicadas

inicialmente para a elaboração da pesquisa de campo têm como ponto em

comum a existência de um Campus da Universidade Federal do Pará, bem

como um alto índice de atendimento pelo Sistema Modular de Ensino.

Nesses municípios, locais de execução da prática pedagógica do

Sistema de Organização Modular de Ensino, será realizado visitas as

Secretarias municipais de Educação, as Unidades Regionais de Ensino e as

escolas e turmas do sistema, com o intuito de investigar e acompanhar in lócus

a implementação deste programa, bem como averiguar em que medida se

pode considerar os desdobramentos do SOME como política pública.

Por fim, observou até o momento que o SOME muito com as

deficiência contatadas se constitui na única saída para os filhs de trabalhadores

ter acesso a essa fase da educação básica.

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICOS

ARROYO. Miguel Gonzalez; FERNANDES, Bernardo Mançano. A Educação Básica e o Movimento Social do Campo. Brasília, Articulação Nacional por uma Educação Básica do Campo, 1999.

BARROS, Oscar Ferreira. Políticas Publicas em Educação Ribeirinha na Amazônia: A Contribuição das Diretrizes operacionais para a Educação do Campo no Pará. Universidade Federal da Paraíba, 2007.

CALDART, Roseli Salete. Sobre Educação do Campo. In. Educação do campo: campo, políticas publícas, educação. Bernardo Mançano Fernandes… (ET al.); organizadora. Clarice Aparecida dos Santos. – Brasília: INCRA: MDA. 2008.

COSTA, Amarildo Silva da. Educação do Campo e Movimentos Sociais: luta e protagonismo dos movimentos sociais do campo como prática e e processo educativo no contexto das politícas públicas, (s/d).

FERNANDES, Bernardo Mançano; Educação do Campo - politica publica – educação / Bernardo Mançano Fernandes … (et al.); organizadora, Clarire

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Aparecida dos Santos. Brasilia; Inera; MDA, 2008, 109 p.19 cm - (NEAD especial; 10).

FREIRE, Paulo Pedagogia da Autonômia; saberes necessários á prática educativa/Paulo Freire, - São Paulo: paz e terra, 1996 (coleção leitura).

FRIGOTTO, G.; CIAVATTA, M. e RAMOS, M. (orgs.). Ensino Médio Integrado - Concepção e Tradições. São Paulo: Cortez, 2005.

TAVARES NETO, Y.G, et al, Estudo diagnóstico do sistema modular de ensino- SOME. Belém/pá; SEDUC/DEME,2000.

SAVIANNI, Demerval. Educação e Democracia. São Paulo: Cortez, 2000.

SILVA, Gilmar Pereira (2002). ´´ Desenvolvimento e racionalidade na Amazônia `` In: LIMA, A. (org.). Trabalho e Desenvolvimento na Amazônia: as experiências formativas da CUT. Porto Velho, EDUFRO.

Kuenzer, Acácia. Zeneida (org.). Ensino Médio Construindo uma Proposta para os que Vivem do trabalho. 6, ed. São Paulo, Cortez 1985.

DIFICULDADES

No desenvolver desta pesquisa que se deu a partir de estudos e pesquisas

bibliográficas, as principais dificuldades foi a principio da compreensão de

como sistematizar o processo de pesquisa questão que foi superada em debae

com o orientador, o que permitiu alcançar o entendimento dos principais

conceitos referêntes ao ensino médio e mais especificamente ao SOME,

visando o avanço do trabalho e da pesquisa, pois os materiais trabalhados para

realização do estudo ficaram mais acessíveis de serem encontrados uma vez

que, meu orientador juntamente com a universidade federal do Pará-campus

Cametá, já vem realizando estudos sobre a temática pesquisada o que

contribuiu para um melhor entendimento do objeto estudado. Desta forma

espera-se, que com a continuidade da pesquisa de campo que será em breve e

eventualmente a conclusão da pesquisa permitam alcançar as expectativas

que foram depositadas no inicio do trabalho.

PARECER DO ORIENTADOR

O Bolsista tem demonstrado compromisso com a realização do seu plano de trabalho sendo responsável no cumprimento das exigências institucionais, bem como com o contidiano da pesquisa pelos motivos

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destacado sou de parecer favorável a aprovação de seu relatório final, estando o mesmo de acordo com o preconizado no plano de trabalho.

DATA:_____/_____/_______

________________________________________

ASSINATURA DO ORIENTADOR

_______________________________________ASSINATURA DO ALUNO