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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 5

CONCEITOS GERAIS ................................................................................................. 7

HEMOTERAPIA ......................................................................................................... 11

1. SELEÇÃO DE DOADORES DE SANGUE ............................................................ 15

1.1. PARÂMETROS PARA SELEÇÃO DOS DOADORES ..................................... 15

1.2. INAPTIDÃO TEMPORÁRIA PARA DOAÇÃO .................................................. 18

1.3. INAPTIDÃO DEFINITIVA PARA DOAÇÃO ...................................................... 20

2. COLETA SAGUE TOTAL E HEMOCOMPONENTES POR AFÉRESE ................ 25

2.1. COLETA POR AFÉRESE ................................................................................ 26

2.2. COLETA DE SANGUE AUTÓLOGA ................................................................ 26

3. PROCESSAMENTO DE SANGUE E HEMOCOMPONENTES ............................. 29

4. EXAMES DE QUALIFICAÇÃO NO SANGUE DO DOADOR ................................ 32

5. DISTRIBUIÇÃO DE HEMOCOMPONENTES ........................................................ 35

5.1. EXAMES IMUNOHEMATOLÓGICOS PRÉ-TRANSFUSIONAIS ..................... 35

5.2. PROCEDIMENTOS PARA TRANSPORTE DE SANGUE E

HEMOCOMPONENTES ......................................................................................... 36

6. TERAPIA TRANSFUSIONAL ................................................................................ 39

6.1. ASPECTOS LEGAIS DA TRANSFUSÃO ........................................................ 41

6.2. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS EM HEMOTERAPIA .................................... 44

6.3. HEMOCOMPONENTES .................................................................................. 46

6.3.1. TRANSFUSÃO DE CONCENTRADO DE HEMÁCIAS .............................. 46

6.3.2. ANEMIA AGUDA ....................................................................................... 46

6.3.3. ANEMIA AGUDA HIPOVOLÊMICA ........................................................... 47

6.3.4. ANEMIA NORMOVOLÊMICA .................................................................... 48

6.3.5. ANEMIA CRÔNICA .................................................................................... 48

6.3.6. ANEMIA HEMOLÍTICA AUTO-IMUNE ....................................................... 49

6.3.7. TRANSFUSÃO PERIOPERATÓRIA .......................................................... 50

6.3.8. TRANSFUSÃO DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA........................................ 50

6.3.9. PLASMA FRESCO CONGELADO............................................................. 51

6.3.10. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS LAVADAS .......................................... 54

6.3.11. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS FILTRADAS (CHF) ............................ 54

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6.3.12. CONCENTRADO DE PLAQUETAS (CP) ................................................ 55

6.3.13. CRIOPRECIPITADO ................................................................................ 56

7. NORMATIZAÇÃO DE SOLICITAÇÃO E ATENDIMENTO .................................... 59

7.1. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE .................................................................... 59

7.2. SOLICITAÇÃO DE TRANSFUSÃO DE HEMODERIVADOS ........................... 59

7.3. AMOSTRA PRÉ-TRANSFUSIONAL ................................................................ 62

7.4. ADMINISTRAÇÃO DA TRANSFUSÃO ............................................................ 64

7.4.1. REGISTROS .............................................................................................. 64

8. CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM RELAÇÃO À TRANSFUSÃO DE HEMOCOMPONENTES ............................................................................................. 68

9. REAÇÕES TRANSFUSIONAIS ............................................................................. 74

9.1. DEFINIÇÃO ...................................................................................................... 74

9.2. CLASSIFICAÇÃO............................................................................................. 74

9.3. SINAIS E SINTOMAS ...................................................................................... 75

9.4. CONDUTA CLÍNICA ........................................................................................ 76

9.5. PREVENÇÃO ................................................................................................... 80

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 83

SIMULADO ................................................................................................................ 86

GABARITO ................................................................................................................ 97

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APRESENTAÇÃO

A hemoterapia, também conhecida como medicina transfusional, é a ciência que

estuda o tratamento de doença no sangue. Geralmente, em quase todas as

circunstâncias, baseia-se na reposição de um componente que está presente em

quantidade inadequada no sangue de um paciente.1 Entre os motivos para a

realização de uma transfusão sanguínea, podemos citar o aumento da capacidade de

transporte de oxigênio, a restauração do volume sanguíneo, a correção de distúrbios

da coagulação sanguínea ou o aumento da imunidade do organismo.

A medicina transfusional é um complexo processo dependente de vários

profissionais. Para realizá-lo com segurança, cada profissional depende não só de

seus próprios conhecimentos e habilidades, mas também dos conhecimentos e

habilidades de toda equipe e da eficiência do cuidado. Dentro dessa equipe que se

responsabiliza pela prática da hemoterapia encontram-se, como forte e importante

participação, os enfermeiros, visto que são estes que estão frequentemente em

contato direto com o paciente, por isso esses profissionais devem ter o preparo

necessário para atuarem nessa área, visto que, os riscos envolvidos na transfusão de

sangue e hemoderivados podem ser conseqüentes de procedimentos inadequados,

erros ou omissões dos profissionais responsáveis pela transfusão.

Visando à proteção do doador e receptor, o Ministério da Saúde elabora

legislação específica em que elenca os regulamentos para o desenvolvimento das

atividades a Resolução de Direção Colegiada – RDC 57 de 17/12/2010 pela

ANVISA e estabelece os requisitos mínimos para os serviços que desenvolvem

atividades relacionadas ao ciclo produtivo do sangue, desde a coleta à transfusão.

Ainda estabelece o regulamento técnico para procedimentos hemoterápicos pela

Portaria MS nº 1.353, de 13.06.2011, de acordo com os princípios e diretrizes da

Política Nacional do Sangue. Segundo as recomendações da Agência Nacional de

Vigilância Sanitária, para garantir os procedimentos de segurança, todas as

transfusões de sangue devem acontecer em ambientes providos de equipamentos

necessários para atender aos pacientes na iminência de reações transfusionais.

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Não há transfusão sanguínea isenta de riscos, complicações relacionadas a

transfusões podem ocorrer, e algumas delas podem trazer sérios prejuízos aos

pacientes, inclusive fatais, portanto o tratamento da equipe de enfermagem deve ser

direcionada para prevenir complicações e iniciar prontamente medidas que possam

controlar qualquer complicação que ocorra. Embora eliminar totalmente a

possibilidade de erro humano seja impossível, reduzir as oportunidades para que eles

ocorram pode ser um objetivo facilmente alcançável. A segurança na administração

do sangue depende de indivíduos realizando um trabalho completo e competente. Ter

procedimentos escritos, adequados e disponíveis para providenciar à equipe

instruções adequadas e consistentes de como proceder nos cuidados do paciente

receptor de transfusão certamente contribui para aumentar a segurança transfusional.

Para que estes procedimentos sejam efetivos, eles devem indicar claramente o que

deve ser feito e a equipe deve ser treinada adequadamente para usá-los.

Os profissionais de Enfermagem exercem um papel fundamental na segurança

transfusional. Eles não apenas administram transfusões, mas também devem

conhecer as suas indicações, providenciar a checagem de dados importantes na

prevenção de erros, orientar os pacientes sobre a transfusão, detectar, comunicar e

atuar no atendimento das reações transfusionais e documentar todo o processo.

A atuação destes profissionais pode minimizar significativamente os riscos do

paciente que recebe transfusão e evitar danos, se o gerenciamento do processo

transfusional ocorrer com a eficiência necessária. Por outro lado, profissionais sem

conhecimentos em hemoterapia e sem habilidades suficientes podem causar

complicações e danos importantes. No Brasil, as competências e atribuições do

enfermeiro em hemoterapia são regulamentadas conforme a Resolução 0511/2016,

do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Segundo esta resolução, o

enfermeiro deve planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os

procedimentos de hemoterapia nas unidades de saúde, visando assegurar a

qualidade do sangue, hemocomponentes e hemoderivados.

ATENÇÃO

Resolução 0511/2016 do COFEN revogou a 0306/2006. A nova resolução que Aprova a Norma

Técnica que dispõe sobre a atuação de Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem em

Hemoterapia. Por ser uma alteração recebe pode cair na sua prova!

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CONCEITOS GERAIS

O sangue é o meio líquido que flui pelo sistema circulatório, transportando

oxigênio e outros nutrientes, hormônios, eletrólitos, água e resíduos do metabolismo

celular. A função primária do sistema circulatório é prover uma ligação entre os

diversos órgãos e células do organismo; o sangue mantém o equilíbrio do meio

ambiente celular, ao circular através dos tecidos. O sangue pode ser comparado à

um sistema de transporte em que as artérias, capilares e veias seriam as rodovias

percorridas.

Podemos definir, em linhas gerais, a hematologia como o estudo do sangue e

dos tecidos formadores das células sanguíneas; abrange o estudo dos elementos

celulares sanguíneos: hemácias, leucócitos e plaquetas, suspensos no seu meio

líquido, o plasma sanguíneo; estuda ainda as funções do sangue no organismo e as

doenças primárias do sangue e dos tecidos hemopoiéticos. A hemoterapia estuda o

emprego do sangue e dos seus principais componentes, isolados mediante diversos

processos de separação, como recursos necessários à reposição de eventuais

perdas e ao tratamento de diversas condições patológicas. O deslocamento do

sangue através dos tecidos depende da ação da bomba cardíaca e da sua condução

pelas artérias, veias e capilares. O sangue circula no organismo humano,

transportando oxigênio dos pulmões para os tecidos, onde é liberado para as células

através das membranas dos capilares. Ao retornar dos tecidos, o sangue conduz o

dióxido de carbono e os demais resíduos do metabolismo celular, para eliminação

através da respiração, do suor, da urina ou das fezes.

O sangue é um tecido complexo formado por uma fase celular e uma fase

líquida. A fase celular é constituída pelos eritrócitos ou hemácias (glóbulos

vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. A fase líquida é constituida

pelo plasma sanguíneo. Os elementos figurados do sangue são de 3 tipos principais,

hemácias, leucócitos e plaquetas, que tem origens semelhantes e funções diferentes

e específicas no sangue.

As primeiras tentativas de transfundir o sangue de um ser humano para outro,

apenas ocasionalmente eram bem sucedidas. Na maioria das vezes ocorriam

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reações muito graves ou fatais. A transfusão de sangue somente se tornou possível

após a identificação dos grupos sanguíneos. Os diferentes tipos de sangue humano

foram identificados no início do século por Landsteiner. O sangue é classificado em

grupos, de acordo com certas características das suas células vermelhas. A

transfusão de sangue entre dois indivíduos deve respeitar a presença dos antígenos

especiais dos glóbulos vermelhos e dos anticorpos do plasma sanguíneo. Testes

simples de laboratório permitem determinar o grupo sanguíneo dos indivíduos e

identificar a presença de antígenos no sangue do doador e de anticorpos no sangue

do receptor da transfusão.

A transfusão de sangue de grupos sanguíneos incompatíveis, produz reações

que podem se acompanhar de hemólise, diversos gráus de insuficiência renal e

outras complicações, capazes de determinar a morte. Existem substâncias na

superfície das hemácias chamadas antígenos, que são produzidas de acordo com a

hereditariedade recebida através os genes. Um antígeno é uma substância capaz de

estimular o organismo humano a produzir anticorpos. Em condições normais, um

organismo não produz anticorpos contra os seus próprios antígenos. Os antígenos da

superfície das hemácias ao encontrarem os anticorpos correspondentes, produzem

aglutinação celular. Por essa razão, os antígenos dos eritrócitos são também

chamados de aglutinógenos.

O tipo de sangue dos indivíduos resulta da combinação de características

herdadas de seus progenitores, pai e mãe. Cada indivíduo recebe 1 gene paterno e 1

gene materno, cuja combinação vai determinar o seu tipo sanguíneo. Na espécie

humana, existem 3 tipos de genes relacionados aos grupos sanguíneos, conhecidos

como gene O, gene A e gene B. Estes genes indicam aos indivíduos os antígenos

que devem produzir na superfície das hemácias. O gene O é um estimulante muito

fraco da produção de antígenos; a sua presença, praticamente determina a ausência

de antígenos nas hemácias. O gene A determina a presença do antígeno A; o gene

B, determina a presença do antígeno B. O gene O, por ser um estimulante fraco, não

influencia o outro gene recebido; ao contrário, sua presença é mascarada pelo outro

gene. Portanto, se um indivíduo recebe o gene O de um genitor (pai ou mãe) e o

gene A do outro genitor, o seu grupo será o grupo A.

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A base da classificação do sangue em grupos, reside na presença ou não

desses antígenos ou aglutinógenos. Desse modo, alguns indivíduos tem apenas o

aglutinógeno A nas suas hemácias. Outros tem o aglutinógeno B, outros podem ter

os dois aglutinógenos, A e B presentes e finalmente, outros indivíduos podem não ter

nem o aglutinógeno A nem o aglutinógeno B, na superfíciedas suas hemácias.

Além do sistema ABO, existem diversos outros sistemas de antígenos

identificados nas células sanguíneas e capazes de produzir reações de

incompatibilidade. O mais importante desses é o sistema ou Fator Rh. Este sistema

também é rotineiramente estudado, para avaliar a compatibilidade das transfusões de

sangue. Os indivíduos que tem em suas hemácias um ou mais dos antígenos C, D ou

E, será considerado portador do antígeno Rh; este indivíduo é Rh positivo (+).

Quando um indivíduo tem apenas um ou mais antígenos fracos, c, d ou e, em suas

hemácias e, portanto não possui um antígeno capaz de estimular a produção de

anticorpos, ele será um indivíduo do tipo sanguíneo Rh negativo (-).

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1. (UNIUV - Prefeitura de Jaguariaíva - PR - Enfermeiro – 2015): Conhecer o tipo sanguíneo

dos pacientes é de suma importância para evitar reações transfusionais. Em relação ao sistema

ABO e à transfusão de hemácias, está incorreta a sentença:

A) Um tipo sanguíneo AB pode receber hemácias dos grupos AB, A, B, e O;

B) Um tipo sanguíneo O pode receber hemácias dos grupos AB, A, B, e O;

C) Um tipo sanguíneo A pode receber hemácias dos grupos O e A;

D) Um tipo sanguíneo B pode receber hemácias dos grupos O e B;

E) Um tipo sanguíneo O pode doar para os grupos AB, A, B e O.

Resposta Correta:

B) Um tipo sanguíneo O pode receber hemácias dos grupos AB, A, B, e O;

Comentário: O tipo sanguíneo O é o doador universal, Entretanto, apenas podem

receber transfusões do sangue de indivíduos do grupo O. O grupo AB é o receptor

universal. Pode receber de qualquer grupo.

Em circunstâncias muito especiais, pacientes que recebem múltiplas

transfusões durante a vida, como ocorre com os hemofílicos, por exemplo, podem

desenvolver anticorpos contra aqueles fatores menos importantes. Se receberem,

pela segunda vez uma transfusão de sangue com o mesmo fator, poderão apresentar

reações à essa segunda transfusão. Esses fatores menos importantes podem servir

para subdividir os grandes grupos ABO, Rh em subgrupos, dependendo da sua

presença ou não. Por essa razão, reações leves produzidas por transfusões em

indivíduos previamente sensibilizados aos fatores menos comuns, podem ser

atribuidas à incompatibilidade de sub-grupos.

2.(AOCP - EBSERH - Nacional - Enfermeiro - Oncologia – 2015): Considerando o

sistema ABO para as transfusões sanguíneas, os antígenos ABO estão presentes no

seguinte componente do sangue:

A) hemácias.

B) plasma.

C) plaquetas.

D) leucócitos.

E) blastos.

Resposta Correta:

A) hemácias.

Comentário: Existem substâncias na superfície das hemácias chamadas antígenos,

que são produzidas de acordo com a hereditariedade recebida através os genes.

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HEMOTERAPIA

A prática da hemoterapia é regulamentada por normas federais que visam

assegurar a qualidade do sangue e seus sub-produtos e proteger os indivíduos

envolvidos nas transfusões, doador e receptor.A Agência Nacional de Vigilância

Sanitária aprovou o Manual Brasileiro de Acreditação de Organizações Prestadoras

de Serviços de Hemoterapia, que preconiza as estruturas físicas, técnicas e

administrativas necessárias ao adequado funcionamento dos Hemocentros e

organizações assemelhadas.

O Ministério da Saúde regulamenta as Normas Técnicas referentes à coleta,

processamento e transfusão de sangue. A Coordenação de Sangue e

Hemoderivados (COSAH) é a instância normativa responsável pela interpretação e

revisão periódica das Normas Técnicas.

A Constituição Federal determina que o sangue humano não pode ser objeto de

comercialização. Cabe aos órgãos executores de atividades hemoterápicas a

responsabilidade da aplicação das normas técnicas, a seleção dos doadores, coleta,

processamento, armazenamento, distribuição e transfusão do sangue ou seus

componentes e derivados. A hemoterapia constitui uma especialidade bem

individualizada, dentro da área mais ampla da hematologia.

A lei 10.972 de 2 de Dezembro de 2004 autoriza o Poder Executivo a criar

empresa pública denominada Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia

– HEMOBRÁS e dá outras providências. A Hemobrás deverá ser vinculada ao

Ministério da Saúde. A PORTARIA Nº 2.712, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2013

redefine o regulamento técnico de procedimentos hemoterápicos, que foi publicada

no Diário Oficial da União.

De acordo com a RDC do Ministério da Saúde Nº 153 de 14 de junho, de 2004,

item A 5,“todo serviço de saúde que tenha hemoterapia deve constituir um Comitê

Transfusional (CT) Multidisciplinar do qual faça parte um representante do serviço de

hemoterapia que o assiste. Este Comitê tem como função o monitoramento da prática

hemoterápica na Instituição Fazer a revisão crítica da prática hemoterápica na

instituição, cujo objetivo final é o uso seguro e racional do sangue.

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A política nacional de sangue, componentes e hemoderivados rege-se pelos

princípios da universalização do atendimento à população, a utilização exclusiva da

doação voluntária, não remunerada, do sangue, proibição de remuneração da coleta,

processamento, estocagem, distribuição e transfusão do sangue, componentes e

hemoderivados e a permissão de remuneração dos custos dos insumos, reagentes,

materiais descartáveis e da mão-de obra especializada, inclusive honorários médicos,

na forma das Normas Técnicas do Ministério da Saúde

3.(AOCP - EBSERH/ HC-UFMG - Enfermeiro - Hemoterapia – 2014) : Quais são as

competências do Comitê Transfusional?

A) Informar ao receptor que lhe foi transfundido o hemocomponente e as formas de

pagamento.

B) Modificar a prescrição dos hemocomponentes, quando houver exageros dos médicos

solicitantes, sem aviso prévio.

C) Realizar as ligações para o Serviço Hemoterápico, avisando a necessidade dos

hemocomponentes e sua tipagem.

D) Participar de campanhas para divulgar a necessidade de mais sangue para o suprir a

demanda hospitalar.

E) Monitorar a prática hemoterápica na instituição de assistência à saúde para uso

racional do sangue, a atividade educacional continuada em hemoterapia, a hemovigilância

e a elaboração de protocolos de atendimento da rotina hemoterápica.

Resposta Correta:

E) Monitorar a prática hemoterápica na instituição de assistência à saúde para uso

racional do sangue, a atividade educacional continuada em hemoterapia, a

hemovigilância e a elaboração de protocolos de atendimento da rotina

hemoterápica.

Comentário: De acordo com a RDC do Ministério da Saúde Nº 153 de 14 de junho, de

2004, item A 5,“todo serviço de saúde que tenha hemoterapia deve constituir um

Comitê Transfusional (CT) Multidisciplinar do qual faça parte um representante do

serviço de hemoterapia que o assiste. Este Comitê tem como função o

monitoramento da prática hemoterápica na Instituição Fazer a revisão crítica da

prática hemoterápica na instituição, cujo objetivo final é o uso seguro e racional do

sangue.

4.(AOCP – EBSERH – Nacional – Enfermeiro – Hemoterapia – 2015): Qual é a

Portaria vigente em nosso país que redefine o regulamento técnico de procedimentos

hemoterápicos?

A) PORTARIA Nº 2.714, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2013.

B) PORTARIA Nº 2.712, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2013.

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C) PORTARIA Nº 2.712, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2013.

D) PORTARIA Nº 2.712, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2013.

E) PORTARIA Nº 2.713, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2012.

Resposta Correta:

C) PORTARIA Nº 2.712, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2013.

Comentário: A PORTARIA Nº 2.712, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2013 redefine o

regulamento técnico de procedimentos hemoterápicos, que foi publicada no Diário

Oficial da União, pelo poder executivo,em Brasilia dia 13 de novembro de

2013.Seção 1, p. 106-22.

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1. SELEÇÃO DE DOADORES DE SANGUE

Todo serviço de hemoterapia que realize coleta de sangue deve elaborar e

implementar um programa de captação de doadores, segundo critérios de seleção

documentados que assegurem a proteção do doador e potencial receptor, com a

participação de profissionais capacitados para esta atividade.

A doação de sangue deve ser voluntária, anônima, altruísta e não remunerada,

direta ou indiretamente, preservando-se o sigilo das informações prestadas. Para

doação de sangue, o candidato deve apresentar documento de identificação, com

fotografia, emitido por órgão oficial.

1.1. PARÂMETROS PARA SELEÇÃO DOS DOADORES

1) O limite de idade para a primeira doação de sangue é de 60 (sessenta) anos. O

intervalo mínimo entre duas doações de sangue total é de 2 (dois) meses para

homens e de 3 (três) meses para mulheres, e a frequência máxima admitida

entre as doações é de 4 (quatro) doações anuais para o homem e de 3 (três)

doações anuais para a mulher, exceto em circunstâncias especiais que devem ser

avaliadas e aprovadas pelo médico responsável;

2) O candidato deve ter idade entre 16 anos completos e 69 anos, 11 meses e 29

dias, sendo o limite para a primeira doação 60 anos, 11 meses e 29 dias; em

casos de necessidades tecnicamente justificáveis e documentadas, o candidato

cuja idade seja inferior a 16 anos ou igual ou superior a 70 anos poderá ser aceito

para fins de doação.

3) O intervalo mínimo entre duas plasmaféreses ( doação por aférese) em um doador

é de 48 (quarenta e oito) horas, podendo um mesmo doador realizar, no máximo,

4 (quatro) doações em um período de 2 (dois) meses.

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4) A frequência cardíaca não deve ser menor que 50 (cinquenta) nem maior que 100

(cem) batimentos por minuto com pulsação normal, salvo casos devidamente

justificados e registrados, após avaliação médica;

5) A pressão sistólica não deve ser maior que 180 (cento e oitenta) mmHg e a

pressão diastólica não deve ser maior que 100 (cem) mmHg, salvo casos

devidamente justificados e registrados, após avaliação médica;

6) O peso mínimo do candidato à doação de sangue é de 50 (cinquenta) kg. Devido

a produção de volume ser abaixo de 300ml, o que deve ser desprezado, exceto

quando sejam produzidos em bolsas específicas para esta finalidade ou

manipulada em sistema estéril.

7) Os valores dos níveis de hemoglobina (Hb) ou hematócrito (Ht) mínimos

aceitáveis para mulheres é de Hb=12,5g/dl ou Ht =38%, e para homens é de

Hb=13,0g/dl ou Ht=39%, com utilização de métodos validados e equipamentos

qualificados, com avaliação regular e frequente dos resultados.

5. ( AOCP - EBSERH/ HC-UFMG - Enfermeiro - Hemoterapia – 2014): Conforme a

Portaria No. 2712/2013, em relação ao critério relacionado à idade do candidato à doação

de sangue é correto afirmar que

A) o candidato deve ter entre 18 anos completos e 65 anos, 11 meses e 29 dias; sendo

autorizado a doação por menores de idade em casos especiais, desde que estejam em

união estável.

B) a idade adequada para doação é de 16 a 24 anos incompletos, pois nesta faixa etária

as células sanguíneas possuem uma melhor resposta na transfusão, diminuindo o tempo

de internação do receptor.

C) o candidato deve ter idade entre 16 anos completos e 69 anos, 11 meses e 29 dias,

sendo o limite para a primeira doação 60 anos, 11 meses e 29 dias; em casos de

necessidades tecnicamente justificáveis e documentadas, o candidato cuja idade seja

inferior a 16 anos ou igual ou superior a 70 anos poderá ser aceito para fins de doação.

D) o candidato deve ter 16 anos completos, sendo autorizada a doação enquanto o

candidato dispor de boa saúde.

E) é imprescindível que o candidato à doação de sangue esteja na faixa etária de 16 anos

completos, até 67 anos, 11 meses e 29 dias; sendo a única restrição que sua primeira

doação ocorra antes dos 65 anos completos.

Resposta Correta:

C) o candidato deve ter idade entre 16 anos completos e 69 anos, 11 meses e 29

dias, sendo o limite para a primeira doação 60 anos, 11 meses e 29 dias; em casos

de necessidades tecnicamente justificáveis e documentadas, o candidato cuja idade

seja inferior a 16 anos ou igual ou superior a 70 anos poderá ser aceito para fins de

doação.

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Comentário: O limite de idade para a primeira doação de sangue é de 60 (sessenta)

anos de acordo com a resolução n° 34 de 11 de junho de 2014.

6. (AOCP - EBSERH - Nacional - Enfermeiro - Hemoterapia – 2015 ): Quais valores

mínimos aceitáveis de hemoglobina (Hb) ou hematócrito (Ht) estipulados, pela Portaria

vigente em nosso país a qual redefine o regulamento técnico de procedimentos

hemoterápicos, permitem a doação de sangue?

A) Hb=12,0g/dl ou Ht=38% (mulheres)/ Hb=13,0g/dl ou Ht=39% (homens).

B) Hb=12,5g/dl ou Ht=38% (mulheres)/ Hb=13,0g/dl ou Ht=39% (homens).

C) Hb=12,5g/dl ou Ht=39% (mulheres)/ Hb=13,0g/dl ou Ht=40% (homens).

D) Hb=12,0g/dl ou Ht=38% (mulheres)/ Hb=13,5g/dl ou Ht=39% (homens).

E) Hb=12,4g/dl ou Ht=39% (mulheres)/ Hb=13,5g/dl ou Ht=39% (homens).

Resposta Correta:

B) Hb=12,5g/dl ou Ht=38% (mulheres)/ Hb=13,0g/dl ou Ht=39% (homens).

Comentário: Os valores dos níveis de hemoglobina (Hb) ou hematócrito (Ht)

mínimos aceitáveis para mulheres é de Hb=12,5g/dl ou Ht =38%, e para homens é de

Hb=13,0g/dl ou Ht=39%, com utilização de métodos validados e equipamentos

qualificados, com avaliação regular e frequente dos resultados.

7.( IBFC - Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia - Enfermeiro – 2013): A

Portaria MS nº 1.353, de 13.06.2011 aprovou o regulamento técnico de procedimentos

hemoterápicos. Considerando essa legislação, analise as sentenças abaixo e assinale

v(verdadeiro) ou F(falso):

( ) A frequência máxima admitida e o intervalo entre as doações são de três doações

anuais para o homem e de duas doações anuais para a mulher, exceto em circunstâncias

especiais que devem ser avaliadas e aprovadas pelo responsável técnico.

( ) O doador de sangue ou componentes deve ter idade máxima de 64 anos, 11 meses e

29 dias.

( ) O peso mínimo para um candidato a doador ser aceito para a doação é de 50 kg.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

A) V,V,V.

B) F,V,F.

C) V,F,F

D) F,F,V.

Resposta Correta:

D) F,F, V.

Comentário: O intervalo mínimo entre duas doações de sangue total é de 2 (dois)

meses para homens e de 3 (três) meses para mulheres, e a frequência máxima

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admitida entre as doações é de 4 (quatro) doações anuais para o homem e de 3

(três) doações anuais para a mulher, exceto em circunstâncias especiais que devem

ser avaliadas e aprovadas pelo médico responsável; E o candidato deve ter idade

entre 16 anos completos e 69 anos, 11 meses e 29 dias, sendo o limite para a

primeira doação 60 anos, 11 meses e 29 dias; em casos de necessidades

tecnicamente justificáveis e documentadas, o candidato cuja idade seja inferior a 16

anos ou igual ou superior a 70 anos poderá ser aceito para fins de doação.

1.2. INAPTIDÃO TEMPORÁRIA PARA DOAÇÃO

1) Doadoras gestantes, no pósparto ou aborto deve-se proceder à inaptidão

temporária por até 12 (doze) semanas após o parto ou abortamento.

2) Mulheres em período de lactação não devem doar sangue, a menos que o parto

tenha ocorrido há mais de 12 (doze) meses;

3) A ingestão de bebida alcoólica torna o indivíduo inapto à doação por 12 (doze)

horas após o consumo.

4) A temperatura corporal do doador não deve ser superior a 37°C, devendo-se,

ainda, avaliar antecedentes de estados febris, de acordo com definição do

Ministério da Saúde;

5) Com relação às doenças, episódios alérgicos, tratamentos e procedimentos

cirúrgicos, devem ser avaliados os antecedentes e a história clínica do doador

para proceder à inaptidão temporária ou definitiva à doação;

6) O uso de medicamentos, soros e vacinas, a história terapêutica do doador deve

ser avaliada, uma vez que o motivo da indicação pode levar a inaptidão do

candidato à doação;

7) Quanto ao tratamento farmacológico, cada medicamento deve ser avaliado

individualmente e em conjunto.

8) A transfusão de sangue ou componentes e o uso de hemoderivados causam

inaptidão por um período de 12 (doze) meses após a realização do procedimento;

9) Quanto ao histórico de cirurgias e procedimentos invasivos, o candidato deve ser

considerado inapto por tempo variável de acordo com o porte do procedimento e a

evolução clínica, mediante avaliação médica;

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10) O doador que teve alguma Doença Sexualmente Transmissível (DST) por 12

(doze) meses após a cura, sendo que o histórico de reinfecção por qualquer

DST determina a inaptidão definitiva;

11) O uso de anabolizantes injetáveis sem prescrição médica é causa de inaptidão

temporária à doação por um período de 12 (doze) meses, contados a partir da

data da última utilização;

12) O uso de drogas ilícitas com compartilhamento de dispositivos que possam

ocasionar lesões de mucosa é causa de inaptidão temporária à doação por um

período de 12 (doze) meses, contados a partir da data da última utilização;

13) O candidato que tenha feito piercing, tatuagem ou maquiagem definitiva sem

condições de avaliação quanto à segurança do procedimento realizado, deve

ser considerado temporariamente inapto por um período de 12 (doze) meses

após a realização do procedimento;

14) O candidato que tenha realizado os procedimentos de que trata o item 13, em

estabelecimentos regularizados pela vigilância sanitária deve ser considerado

inapto por período de 6 (seis) meses após realização do procedimento,

excetuando-se o caso de piercing na região oral e genital, no qual o candidato

será considerado inapto por 12 (doze) meses após a sua retirada;

15) Os contatos sexuais que envolvam riscos de contrair infecções transmissíveis

pelo sangue devem ser avaliados e os candidatos nestas condições devem ser

considerados inaptos temporariamente por um período de 12 (doze) meses

após a prática sexual de risco.Incluindo-se:

a) indivíduos que tenham feito sexo em troca de dinheiro ou de drogas ou

seus respectivos parceiros sexuais;

b) indivíduos que tenham feito sexo com um ou mais parceiros ocasionais

ou desconhecidos ou seus respectivos parceiros sexuais;

c) indivíduos que tenham sido vítima de violência sexual ou seus

respectivos parceiros sexuais;

d) indivíduos do sexo masculino que tiveram relações sexuais com outros

indivíduos do mesmo sexo e/ou as parceiras sexuais destes;

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e) indivíduos que tenham tido relação sexual com pessoa portadora de

infecção pelo HIV, hepatite B, hepatite C ou outra infecção de transmissão

sexual e sanguínea ou as parceiras sexuais destes;

f) indivíduos que sejam parceiros sexuais de pacientes em programa de

terapia renal substitutiva e de pacientes com história de transfusão de

hemocomponentes ou hemoderivados (transplantes);

g) indivíduos que possuam histórico de encarceramento ou de

confinamento obrigatório não domiciliar superior a 72 (setenta e duas)

horas, ou seus parceiros sexuais;

16) O candidato que tenha sofrido acidente com material biológico em que tenha

ocorrido contato de mucosa e/ou pele não íntegra deve ser considerado

temporariamente inapto por um período de 12 (doze) meses após o acidente.

17) Caso o candidato tenha histórico de hepatite viral depois dos 11 (onze) anos de

idade, somente nos casos com comprovação laboratorial de infecção aguda de

hepatite A à época do diagnóstico clínico, o doador poderá ser considerado apto

após avaliação médica;

18) O candidato procedente de municípios localizados em áreas endêmicas de

malária, após 30 (trinta) dias até 12 (doze) meses do deslocamento, deve ser

submetido a testes de detecção do plasmódio ou de antígenos plasmodiais para

se determinar a aptidão, a depender do resultado negativo/não reagente;

19) O candidato que tenha manifestado a doença malárica pode doar sangue após

12 (doze) meses do tratamento e comprovação de cura;

1.3. INAPTIDÃO DEFINITIVA PARA DOAÇÃO

1) Alcoolismo crônico;

2) O candidato com antecedente clínico, laboratorial, ou história atual de infecção

pelos vírus HBV, HCV, HIV ou HTLV, ou que tenha sido o único doador de sangue

de um paciente que tenha soroconvertido para os referidos marcadores de

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infecção na ausência de qualquer outra causa provável para a infecção, deve ser

considerado definitivamente inapto para a doação de sangue;

3) Reinfecção por qualquer DST;

4) Nas áreas endêmicas de malária, considera-se inapto o candidato que atenda a

pelo menos 1 (um) dos seguintes requisitos: 1. tenha tido malária nos 12 (doze)

meses que antecedem a doação; 2. tenha apresentado sinais e sintomas de

malária nos últimos 30 (trinta) dias; ou 3. tenha se deslocado ou seja procedente

de área de alto risco (IPA maior que 49,9) há menos de 30 (trinta) dias;

5) Nas áreas não endêmicas, considera-se inapto o candidato que tenha se

deslocado ou seja procedente de municípios localizados em áreas endêmicas há

menos de 30 (trinta) dias;

6) A história atual ou pregressa e sinais de uso de drogas ilícitas injetáveis é causa

de inaptidão definitiva à doação;

O candidato à doação só será considerado apto após avaliação de todos os

requisitos estabelecidos para seleção de doadores e assinatura do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido, de acordo com os critérios estabelecidos pelo

Ministério da Saúde. No caso de inaptidão, o doador deve ser informado sobre a

causa e, quando necessário, encaminhado ao serviço de referência, de acordo com

listagem pré-estabelecida, mantendo-se os registros na ficha de triagem.

8. (AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Hematologia e Hemoterapia

– 2014): Os candidatos à doação devem passar por uma "seleção" antes de doarem

sangue. Essa seleção, de responsabilidade do serviço de hemoterapia que realiza a

coleta do sangue, é chamada de triagem clínica e deve ser realizada por profissional de

saúde habilitado, sob supervisão médica, no mesmo dia da doação/coleta. É realizada

com o intuito de selecionar, dentre os candidatos apresentados, somente aqueles que

preencherem os critérios desejáveis para um doador de sangue. Desse modo, como a

triagem clínica visa a proteger a saúde do doador e a saúde do receptor, devem ser

verificados os seguintes dados, EXCETO:

A) peso.

B) pressão arterial (PA).

C) temperatura.

D) dosagem de Hemoglobina (Hb) ou do Hematórito (Ht).

E) imagem radiológica de tórax.

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Resposta Correta:

E) imagem radiológica de tórax.

Comentário: A frequência cardíaca não deve ser menor que 50 (cinquenta) nem

maior que 100 (cem) batimentos por minuto com pulsação normal, salvo casos

devidamente justificados e registrados, após avaliação médica;A pressão sistólica

não deve ser maior que 180 (cento e oitenta) mmHg e a pressão diastólica não deve

ser maior que 100 (cem) mmHg, salvo casos devidamente justificados e registrados,

após avaliação médica;O peso mínimo do candidato à doação de sangue é de 50

(cinquenta) kg. Devido a produção de volume ser abaixo de 300ml, o que deve ser

desprezado, exceto quando sejam produzidos em bolsas específicas para esta

finalidade ou manipulada em sistema estéril.

9.(AOCP- HU- UFMG / EBSERH/2014):Sabemos que a doação de sangue é realizada

somente após uma triagem clínica, momento em que avalia as condições de saúde,

história pregressa e estilo de vida do candidato. Assinale a alternativa INCORRETA em

relação aos critérios de inaptidão temporária:

A) A ingestão do ácido acetilsalicílico interfere na função plaquetária , assim, é vedado a

doção de sangue enquanto estiver em uso desta medicação.

B) O candidato a doação e sangue que não poder suspender atividades tais como:

pilotagem de avião ou helicóptero, operação de máquinas de alto risco,como na indústria

e construção civil, trabalho em andaimes, paraquedismo ou mergulho, que ofereçam

riscos para si ou para outrem no período de 12 horas após a doação srá considerado

inapto temporário.

C) O uso de maconha impede a doação de sangue por 12 horas

D) É considerado inapto temporário o candidato que realizar qualquer procedimento

endoscópio.

E) A vacinação impede a doação por tempo determinado, sendo variável confome o tpo

de vacina.

Resposta Correta:

A) A ingestão do ácido acetilsalicílico interfere na função plaquetária , assim, é

vedado a doção de sangue enquanto estiver em uso desta medicação.

Comentário: O uso do ácido acetilsalicílico não contra indica a doação, porém,

devido ser um anti agregante plaquetário, as plaquetas serão inutilizadas.

O serviço de hemoterapia pode oferecer ao doador a oportunidade de se auto-excluir, de

forma confidencial.

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10. ( AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Hematologia e

Hemoterapia – 2014): Conforme Ato Portaria nº 1.353, de 13 de junho de 2011, que

aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos, é correto afirmar que:

A) no cumprimento do Regulamento Técnico de que trata esta Portaria, estão

dispensados de observância os requisitos sanitários para funcionamento de serviços de

hemoterapia definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

B) o Regulamento Técnico deverá ser observado exclusivamente por órgãos e entidades

privadas, que executam atividades hemoterápicas em todo o território nacional no âmbito

do Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados (SINASAN).

C) a transfusão de sangue e componentes deve ser utilizada irrestritamente na medicina,

por ser um procedimento isento de risco.

D) os serviços de hemoterapia deverão capacitar os técnicos da Hemorrede e de suas

unidades vinculadas de saúde para melhoria de atenção e acolhimento aos candidatos à

doação, evitando manifestação de preconceito e discriminação.

E) a orientação sexual (heterossexualidade, bissexualidade, homossexualidade) deve ser

usada como critério para seleção de doadores de sangue, por constituir risco em si

própria.

Resposta Correta:

D) os serviços de hemoterapia deverão capacitar os técnicos da Hemorrede e de

suas unidades vinculadas de saúde para melhoria de atenção e acolhimento aos

candidatos à doação, evitando manifestação de preconceito e discriminação.

Comentário: O art 1 da portaria 1.353 no seu § 4º diz que os serviços de

hemoterapia deverão capacitar os técnicos da Hemorrede e de suas unidades

vinculadas de saúde para melhoria de atenção e acolhimento aos candidatos à

doação, evitando manifestação de preconceito e discriminação por orientação

sexual, identidade de gênero, hábitos de vida, atividade profissional, condiçãoo

socioeconômica, raça/cor e etnia.

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2. COLETA DE SANGUE TOTAL E HEMOCOMPONENTES POR AFÉRESE

A coleta de sangue deve ser realizada em condições assépticas, mediante uma

só punção venosa, em bolsas plásticas, mantendo o sistema fechado, realizada por

profissionais de saúde capacitados, sob supervisão de médico ou enfermeiro.

O volume total de sangue a ser coletado deve ser determinado e registrado pelo

triador baseado no peso do doador e na relação entre o volume de sangue total

e de anticoagulante da bolsa plástica. O volume de sangue total a ser coletado

é de 8 (oito) mL/kg de peso para as mulheres e de 9 (nove) mL/kg de peso para

os homens. O volume admitido por doação é de 450 (quatrocentos e cinquenta)

ml ± 10% ml, não devendo exceder mais de 525 (quinhentos e vinte e cinco) mL

de sangue total coletado, considerando-se o volume da amostra extraído para a

realização dos exames laboratoriais.

Se for necessária a realização de mais de uma punção, deve ser utilizada nova

bolsa de coleta.

As amostras para os testes laboratoriais devem ser coletadas a cada doação, no

momento da coleta.

O tempo de coleta deve ser registrado, não devendo ser superior a 15 (quinze)

minutos com processos de homogeneização do sangue coletado e

anticoagulante da bolsa plástica.

Após a coleta, o sangue total deve ser estocado em temperatura entre 2o e 6 o

C, exceto quando destinado à preparação de concentrado de plaquetas,

devendo, neste caso, ser mantido entre 20o e 24 o C até o momento da

separação das plaquetas, observado preferencialmente o tempo máximo de 8

(oito) horas, não excedendo 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do fim

da coleta.

Após a coleta de sangue, o serviço de hemoterapia deve orientar o doador

quanto aos cuidados pós-doação e deve ser disponibilizada forma de hidratação

oral ao doador, devendo o mesmo permanecer por um período de observação

no serviço de hemoterapia antes de ser liberado. Este deve ser informado sobre

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atividades laborais e práticas esportivas que causem riscos para si e para

outros, devendo-se somente aceitar para a coleta de sangue indivíduos que

disponham de período de interrupção da atividade por 12 (doze) horas após a

doação.

2.1. COLETA POR AFÉRESE

A procedimento de coleta por aférese deve ser realizado em área física específica,

sob a responsabilidade de um médico hemoterapeuta. O volume máximo de

sangue extracorpóreo no procedimento de aférese deve ser especificado, não

devendo exceder a 15% da volemia do doador, excluindo o volume do

anticoagulante.

Os doadores de aférese devem ser submetidos aos mesmos testes de

qualificação do doador de sangue total, além dos testes específicos para cada tipo

de hemocomponente coletado.

O termo de consentimento para a doação por aférese deve esclarecer sobre o

procedimento de coleta, a finalidade do material coletado, as possíveis

complicações e riscos para o doador, inclusive os casos de uso de medicações

mobilizadoras e agentes hemossedimentantes.

2.2. COLETA DE SANGUE AUTÓLOGA

A doação autóloga deve ser realizada somente mediante solicitação do médico

assistente do paciente doador e aprovação do médico hemoterapeuta.

O serviço de hemoterapia que realizar coleta de sangue autólogo deve ter

procedimentos escritos com definição de critérios para aceitação e rejeição de

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doadores com registros para os testes imuno-hematológicos e os marcadores de

infecções transmissíveis pelo sangue definidos pelo Ministério da Saúde. As

bolsas de hemocomponentes autólogos com resultados reagentes para os

marcadores testados devem ser identificadas com etiqueta indicando o marcador

reagente/positivo, e, nestes casos, a aceitação da transfusão autóloga deve estar

explícita e com as assinaturas do médico assistente e do médico do serviço de

hemoterapia. As bolsas de hemocomponentes autólogos devem ser armazenadas

de forma segregada e ser utilizadas exclusivamente para transfusão autóloga.

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3. PROCESSAMENTO DE SANGUE E HEMOCOMPONENTES

Toda bolsa de sangue total coletada, desde que tecnicamente satisfatória, pode

ser processada para a obtenção de hemocomponentes eritrocitários, plasmáticos

e/ou plaquetários. Os hemocomponentes devem ser obtidos por centrifugação

refrigerada do sangue total ou por coleta seletiva de hemocomponentes em máquina

de aférese, com processos validados e equipamentos qualificados, de acordo com os

critérios técnicos definidos pelo Ministério da Saúde e pelas boas práticas aplicadas

ao ciclo produtivo do sangue. São os seguintes:

São componentes eritrocitários:

I - concentrado de hemácias;

II - concentrado de hemácias lavadas;

III - concentrado de hemácias com camada leucoplaquetária removida;

IV - concentrado de hemácias desleucocitado;

V - concentrado de hemácias congeladas;

VI - hemácias rejuvenescidas.

São componentes plasmáticos:

I - plasma fresco congelado;

II - plasma comum (plasma não-fresco, plasma normal ou plasma simples);

III - plasma isento do crioprecipitado;

IV - crioprecipitado;

São componentes plaquetários:

I - concentrado de plaquetas obtido de sangue total;

II - concentrado de plaquetas obtido por aférese;

III - concentrado de plaquetas desleucocitado.

Os hemocomponentes produzidos em sistema aberto deverão ser mantidos sob refrigeração

(2ºC a 6ºC) e utilizados em até 24 (vinte e quatro) horas, exceto os hemocomponentes

plaquetários, que devem ser utilizados em até 4 (quatro) horas da produção.

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Caso o armazenamento do PFC se dê em temperatura entre 18°C e 30°C

negativos, a validade do produto é de 12 (doze) meses, e se armazenado a 30 o C

negativos ou a temperatura inferior, terá validade de 24 (vinte e quatro) meses. O

PFC destinado a fracionamento industrial (para produção de albumina por exemplo),

deverá ser armazenado a temperatura igual ou inferior a 20 o C negativos.

O volume de uma unidade de PFC deve ser igual ou superior a 150 (cento e

cinquenta) mL e o tubo coletor da bolsa deve ter uma extensão mínima de 15

(quinze) cm, com duas soldaduras, uma proximal e uma distal, totalmente

preenchidas.

Os hemocomponentes eritrocitários produzidos devem ser

armazenados a 4 ± 2 o C, com validade a depender da solução

preservante contida na bolsa

O plasma fresco congelado (PFC) deve ser totalmente congelado, mediante processo validado, no prazo ideal de 8 (oito) horas e no

máximo em 24 (vinte e quatro) horas após a coleta.

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4. EXAMES DE QUALIFICAÇÃO NO SANGUE DO DOADOR

Os testes de qualificação na amostra de sangue do doador devem ser

realizados em laboratórios específicos para esta finalidade, com monitoramento e

controle da temperatura mantida a 22 ± 2 o C.

Os testes imuno-hematológicos para qualificação do doador devem ser

realizados a cada doação, independentemente dos resultados de doações anteriores,

segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, sendo obrigatórios: I -

tipagem ABO; II - tipagem RhD; e III - pesquisa de anticorpos anti-eritrocitários

irregulares ( PA I ).

A cada doação devem ser realizados obrigatoriamente testes laboratoriais de

triagem de alta sensibilidade, para detecção de marcadores para as seguintes

doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue, independentemente dos resultados

de doações anteriores, segundo critérios determinados nesta Resolução e nas

demais normas do Ministério da Saúde:

I - Sífilis: 1 (um) teste para detecção de anticorpo antitreponêmico ou não-

treponêmico;

II - Doença de Chagas: 1 (um) teste para detecção de anticorpo anti-T Cruzi;

III - Hepatite B (HBV): 1 (um) teste para detecção do antígeno de superfície do

vírus da hepatite B (HBsAg) e 1 (um) teste para detecção de anticorpo contra o

capsídeo do vírus da hepatite B (anti-HBc), com pesquisa de IgG ou IgG + IgM;

IV - Hepatite C: 2 (dois) testes em paralelo: 1 (um) teste para detecção de

anticorpo anti-HCV ou para detecção combinada de antígeno/anticorpo; e 1(um)

teste para detecção de ácido nucléico do vírus HCV por técnica de biologia

molecular;

V - HIV 1 e 2: 2 (dois) testes em paralelo: 1 (um) teste para detecção de anticorpo

anti-HIV (que inclua a detecção do grupo O) ou 1(um) teste para detecção

combinada de antígeno/anticorpo (que inclua a detecção do grupo O); e 1(um)

teste para detecção de ácido nucléico do vírus HIV por técnica de biologia

molecular;

VI - HTLV I/II: 1 (um) teste para detecção de anticorpo antiHTLV I/II.

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As bolsas de sangue e hemocomponentes somente devem ser liberadas após a

conclusão de todos os testes imunohematológicos e de triagem para marcadores de

infecções transmissíveis pelo sangue, com resultados não reagentes/ negativos.

11. (AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Hematologia e Hemoterapia

– 2014) : O Controle da Qualidade de hemocomponentes tem a finalidade de prevenir,

detectar, identificar e corrigir erros ou variações que possam ocorrer em todas as fases da

realização dos testes. Com a padronização correta dos processos, podemos avaliar e

garantir a qualidade desejada. Assinale a alternativa que corresponde às ações que

devem ser implementadas pelo serviço.

A) Contar com uma equipe técnica com boa formação profissional, sendo assim

desnecessário descrever as atividades e responsabilidades de cada um dos

colaboradores.

B) Documentar todas as atividades no formato de procedimentos operacionais

padronizados (POP's), específicos, completos, autorizados, controlados e revisados

periodicamente.

C) Descrever a estrutura do laboratório com as atividades operacionais e funcionais de

modo que todos os envolvidos sejam responsáveis pelos processos, sem delimitar assim

as responsabilidades.

D) Estabelecer mecanismos onde as observações originais, cálculos, dados, calibrações,

registros de validação e de verificação, resultados finais e outros, possam ser descartados

com segurança, uma vez que não há necessidade de acumular papéis já utilizados.

E) A descrição detalhada dos processos descarta a necessidade de demonstrar, por meio

da validação, que os métodos de ensaio que executam conduzem a resultados confiáveis

e adequados ao uso pretendido.

Resposta Correta:

B) Documentar todas as atividades no formato de procedimentos operacionais

padronizados (POP's), específicos, completos, autorizados, controlados e revisados

periodicamente.

Comentário: A resolução n° 34 de 11 de junho de 2014 , da Agência N acional e

Vigilância Sanitária, que dispõe das boas práticas no ciclo do sangue, refere do ser

artigo 64 ao 69 sobre o controle de qualidade dos hemocomponentes.

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5. DISTRIBUIÇÃO DE HEMOCOMPONENTES

O serviço de hemoterapia que distribua hemocomponentes para estoque em

outros serviços deve estabelecer, em contrato ou documento similar, os requisitos

necessários para o fornecimento, incluindo o compartilhamento de responsabilidades

relacionadas aos procedimentos de transporte, conservação, armazenamento, uso de

hemocomponentes e descarte dos resíduos, dentre outros.

5.1. EXAMES IMUNOHEMATOLÓGICOS PRÉ-TRANSFUSIONAIS

Os exames imunohematológicos pré-transfusionais tem a finalidade de testar a

compatibilidade entre o sangue do doador e o sangue do receptor das transfusões,

evitando reações indesejáveis e complicações. Para que a transfusão possa ser

realizada é necessário que o sangue do doador seja compatível com o sangue do

receptor, pelo menos em relação aos sistemas de antígenos ABO e Rh. São

obrigatórios na amostra do receptor, a determinação do grupo ABO; o

reconhecimento do tipo Rh(D) e a pesquisa de anticorpos séricos irregulares. Em

crianças até os 4 meses de idade, acrescenta-se a prova de compatibilidade

utilizando o soro da mãe e soro das hemácias da criança. A prova de compatibilidade

CONCENTRADO DE HEMÁCIAS

Deve ser realizado à temperatura de 1ºC até 10ºC.

CONCENTRADO DE PLAQUETAS

Deve ser realizado à temperatura de 20ºC até 24ºC.

CONCENTRADO DE GRANULÓTICOS

Deve ser transportada à temperatura

de 20ºC até 24ºC.

PLASMA FRESCO CONGELADO E O CRIOPRECIPITADO

Devem ser transportados de maneira

que mantenham temperatura igual ou inferior à de armazenamento.

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maior, entre o soro do receptor e os glóbulos vermelhos do doador, também é um

exame imunohematológico pré-transfusional que ajuda na seleção do sangue ou

derivados a serem transfundidos.

É obrigatória a realização da prova de compatibilidade para

transfusão de sangue, de granulócitos e concentrado de hemácias; para a

administração de concentrado de plaquetas, plasma e crioprecipitado, o

exame é desnecessário.

O profissional que obtém a unidade de sangue ou componente do serviço de

hemoterapia, deve realizar junto com o profissional que libera o produto: a inspeção

visual do produto, a conferência da data de validade, a conferência do rótulo da bolsa

e dos dados do receptor contidos na etiqueta afixada ao produto. Esta deve conter

pelo menos o nome completo, registro, setor, grupo ABO e tipo Rh(D) do paciente

(receptor a que se destina o produto), o resultado dos testes de compatibilidade, bem

como data e nome do responsável pela realização dos testes pré-transfusionais e sua

liberação.

O período habitual para arquivamento dos registros referentes à transfusão é de

5 anos.

5.2. PROCEDIMENTOS PARA TRANSPORTE DE SANGUE E HEMOCOMPONENTES

Selecionar a caixa transportadora e quantidade de substância resfriadora

compatível com a quantidade de bolsas a serem transportadas;

Colocar a metade da substância resfriadora no fundo da caixa e no caso de

transporte de CH (Concentrado de Hemácias) cobrir com camada isolante;

Acondicionar as bolsas e o termômetro com o sensor em contato com as mesmas;

No caso de CH cobrir com outra camada isolante;

Colocar o restante da substância resfriadora;

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37

Preencher o protocolo de Controle de Temperatura no Transporte aos Hospitais;

Fechar a caixa.

Observações:

O gelo reutilizável (gelox) deverá estar completamente congelado;Utilizar

aproximadamente 0,5 kg de gelo reciclável (1gelox médio) para cada 2

bolsas de CH e/ou de PF descongelado.

Os termômetros devem ser armazenados em temperatura semelhante à de

transporte, ou seja, para transportar CP (Concentrado de Plaquetas)

deverão estar armazenados entre 20 e 24°C e para transportar CH deverão

estar entre 1 e 10°C;

O termômetro deverá ser zerado antes de fechar a caixa. OBS: O

funcionário do Hospital deverá confirmar o recebimento dos

hemocomponentes, assinando no campo da RT específico para este fim, e

anotar data e hora do recebimento.

Não é permitido estocar hemocomponentes na unidade hospitalar

receptora devido à falta de armazenamento adequado.

Deve-se solicitar o hemocomponente 10-15 minutos antes de proceder a

sua infusão.

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39

6. TERAPIA TRANSFUSIONAL

O responsável pela transfusão de sangue ou componentes e derivados deve ter

conhecimentos relacionados às normas técnicas para as transfusões, às normas de

biossegurança e proteção, bem como das reações e complicações relacionadas aos

procedimentos.

Cabe ao médico a prescrição de qualquer produto hemoterápico utilizado para

transfusão. A requisição deve incluir os dados do receptor (nome completo e número

de registro hospitalar), do produto hemoterápico (tipo de hemocomponente e

quantidade solicitada), da indicação da transfusão e os dados de identificação do

profissional solicitante (nome legível, assinatura e número de inscrição no órgão

profissional local). O serviço de hemoterapia não deve aceitar o pedido de solicitação,

ilegível ou incompleto. O especialista (hemoterapeuta) pode avaliar a indicação da

transfusão junto ao médico solicitante e mesmo contra- indicá-la ou sugerir outras

alternativas.

Toda transfusão deve ser solicitada por um médico e realizada por profissional

de saúde habilitado e capacitado, sob supervisão médica. Existem alguns princípios e

considerações que devem ser obedecidos quando da decisão de indicar um

hemocomponente.

1 a. PRINCÍPIOS

A indicação da transfusão deve ser feita exclusivamente por médicos;

A indicação da transfusão poderá ser objeto de análise do médico

responsável pelo serviço de hemoterapia referente desta instituição;

Toda transfusão traz em si riscos, sejam imediatos, ou tardios;

Os benefícios da transfusão devem superar os riscos.

1 b. CONSIDERAÇÕES

A requisição do hemocomponente deve ser preenchida de forma mais

completa possível, prescrita e assinada por médico e estar registrada no

prontuário do paciente;

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– Não existe contra-indicação absoluta à transfusão empacientes com

febre. No entanto, é importante diminuir afebre antes da transfusão,

porque o surgimento de febrepode ser um sinal de hemólise ou de outro

tipo de Reação Transfusional;

– É rara a necessidade de aquecer um produto hemoterápico antes da

transfusão. Quando indicada deve ser feita de forma controlada, com

aquecedores dotados de termômetro e alarme sonoro;

– Nenhuma transfusão deve exceder o período de infusão de 4

horas. Quando este período for ultrapassado a transfusão deve ser

interrompida e a unidade descartada.

– Não acrescentar medicamentos ao sangue ou aos hemoderivados

(riscos de reações químicas ou contaminação); não administrar infusões

no mesmo circuito da via do sangue, exceto as soluções isotônicas

isentas de cálcio.

– Hemácias podem ser transfundidas em acesso venoso apenas, com

cloreto de sódio 0,9% (SF).

– Todo produto hemoterápico deve ser transfundido com equipo com filtro

de 170μ capaz de reter coágulos e agregados, livre de pirógenos e

descartáveis.

Finalmente, as orientações quanto à transfusão de hemocomponentes que

serão apresentadas tem a intenção de suplantar a avaliação criteriosa e

individualizada do profissional médico envolvido com o tratamento do paciente, que

leva em consideração situações clínicas particularizadas e/ou especiais, assim como

as características individuais dos pacientes, porém devem servir como orientação

básica no processo decisório.

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41

6.1. ASPECTOS LEGAIS DA TRANSFUSÃO

Ao considerar a administração de sangue ou seus derivados, a equipe de saúde

deve, obrigatoriamente, informar o paciente ou seu responsável da necessidade da

transfusão, os benefícios esperados do procedimento, as alternativas existentes e os

riscos envolvidos. Deve também responder em liguagem clara e compreensível à

todas as dúvidas do paciente ou seu responsável, sem omitir qualquer dado relevante

à decisão de aceitar ou não, o procedimento proposto. Certamente, serão também

informados ao paciente, os riscos e/ou as eventuais consequências da não

administração da transfusão proposta. O paciente (responsável) deverá declarar ter

entendido todas as informações que recebeu e deverá assinar um termo de

responsabilidade em que afirma ter sido adequadamente informado e que autoriza ou

recusa a realização do procedimento.

Uma primeira consideração é a gravidade da responsabilidade de um indivíduo,

de uma equipe ou de uma instituição que impõe seus pontos de vista aos pacientes,

ainda que amparados em dados estatísticos ou em observações clínicas anteriores. A

equipe de saúde deve, ao contrário, estabelecer o plano de tratamento, de acordo

com o paciente, respeitando as suas opiniões e decisões. A administração de sangue

e derivados deixou de ser um desafio somente para a comunidade científica. A difícil

relação que o procedimento estabeleceu com a população mostra a necessidade do

envolvimento multidisciplinar de diferentes segmentos profissionais para, em conjunto

com o paciente, determinar a conduta que melhor resguarde os seus interesses.

O Conselho Federal de Medicina ao avaliar a transfusão de sangue em

pacientes que, por motivos diversos, inclusive os de ordem religiosa (caso dos

membros da religião Testemunhas de Jeová) publicou a Resolução CFM 1021/80,

que trata do tema e que, para melhor ilustração, transcrevemos parcialmente abaixo:

RESOLUÇÃO CFM nº 1.021/80

O problema criado, para o médico, pela recusa dos adeptos da Testemunha de

Jeová em permitir a transfusão sangüínea, deverá ser encarada sob duas circunstâncias:

1 - A transfusão de sangue teria precisa indicação e seria a terapêutica mais rápida

e segura para a melhora ou cura do paciente.

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42

Não haveria, contudo, qualquer perigo imediato para a vida do paciente se ela

deixasse de ser praticada. Nessas condições, deveria o médico atender o pedido de seu

paciente, abstendo-se de realizar a transfusão de sangue.

Não poderá o médico proceder de modo contrário, pois tal lhe é vedado pelo

disposto no artigo 32, letra "f" do Código de Ética Médica: "Não é permitido ao médico:

f) exercer sua autoridade de maneira a limitar o direito do paciente resolver sobre

sua pessoa e seu bem-estar".

2 - O paciente se encontra em iminente perigo de vida e a transfusão de sangue é a

terapêutica indispensável para salvá-lo. Em tais condições, não deverá o médico deixar

de praticá-la apesar da oposição do paciente ou de seus responsáveis em permiti-la.

O médico deverá sempre orientar sua conduta profissional pelas determinações de

seu Código.

No caso, o Código de Ética Médica assim prescreve:

"Artigo 1º - A medicina é uma profissão que tem por fim cuidar da saúde do homem,

sem preocupações de ordem religiosa..."

"Artigo 30 - O alvo de toda a atenção do médico é o doente, em benefício do qual

deverá agir com o máximo de zêlo e melhor de sua capacidade profissional".

"Artigo 19 - O médico, salvo o caso de "iminente perigo de vida", não praticará

intervenção cirúrgica sem o prévio consentimento tácito ou explícito do paciente e,

tratando-se de menor incapaz, de seu representante legal".

Por outro lado, ao praticar a transfusão de sangue, na circunstância em causa, não

estará o médico violando o direito do paciente.

Realmente, a Constituição Federal determina em seu artigo 153, Parágrafo 2º que

"ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei".

Aquele que violar esse direito cairá nas sanções do Código Penal quando este trata

dos crimes contra a liberdade pessoal e em seu artigo 146 preconiza:

"Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver

reduzido, por qualquer meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite,

ou a fazer o que ela não manda".

Contudo, o próprio Código Penal no parágrafo 3º desse mesmo artigo 146, declara:

"Não se compreendem na disposição deste artigo:

I - a intervenção médica ou cirúrgica sem o consentimento do paciente ou de seu

representante legal, se justificada por iminente perigo de vida".

A recusa do paciente em receber a transfusão sangüínea, salvadora de sua vida,

poderia, ainda, ser encarada como suicídio. Nesse caso, o médico, ao aplicar a

transfusão, não estaria violando a liberdade pessoal, pois o mesmo parágrafo 3º do artigo

146, agora no inciso II, dispõe que não se compreende, também, nas determinações

deste artigo: "a coação exercida para impedir o suicídio".

CONCLUSÃO:

Em caso de haver recusa em permitir a transfusão de sangue, o médico,

obedecendo a seu Código de Ética Médica, deverá observar a seguinte conduta:

1º - Se não houver iminente perigo de vida, o médico respeitará a vontade do

paciente ou de seus responsáveis.

2º - Se houver iminente perigo de vida, o médico praticará a transfusão de sangue,

independentemente de consentimento do paciente ou de seus responsáveis.

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12. ( UNIUV - Prefeitura de Jaguariaíva - PR - Enfermeiro – 2015): Um homem de 45

anos estava andando de bicicleta e foi atropelado por um carro em fuga, em alta

velocidade, resultando em ferimentos múltiplos. Durante o seu processo de

hospitalização, foi necessária a administração de sangue. Contudo, por princípio religioso,

o homem recusou a transfusão. Como profissional da saúde e responsável pelo plantão,

você deve _______________. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:

A) Decidir junto ao médico responsável e administrar o sangue;

B) Tentar mudar a decisão do paciente;

C) Realizar a transfusão, por meio de disfarces ou quando o paciente adormecer;

D) Respeitar a crença religiosa do paciente e não administrar o sangue;

E) Conversar e pedir a autorização ao líder religioso, para realizar a transfusão.

Resposta Correta:

D) Respeitar a crença religiosa do paciente e não administrar o sangue;

Comentário: A resolução do CFM N°1021/80 diz que: Em caso de haver recusa em

permitir a transfusão de sangue, o médico, obedecendo a seu Código de Ética

Médica, deverá observar a seguinte conduta: 1º - Se não houver iminente perigo de

vida, o médico respeitará a vontade do paciente ou de seus responsáveis. 2º - Se

houver iminente perigo de vida, o médico praticará a transfusão de sangue,

independentemente de consentimento do paciente ou de seus responsáveis.

O propósito da resolução acima, emitida pelo egrégio Conselho Federal de

Medicina, vale lembrar que há numerosas circunstâncias em que os membros da

religião Testemunhas de Jeová aceitam a reposição de frações do sangue, como por

exemplo o crioprecipitado, o concentrado dos fatores VIII e IX para tratamento dos

hemofílicos, dentre outras. A decisão em relação ao sangue é baseada na

interpretação do texto bíblico e, segundo aqueles religiosos, preside todos os atos

médicos de que tenham necessidade. Contudo, a questão parece ser mais delicada

quando se está diante de casos em que crianças e adolescentes, também

Testemunhas de Jeová, se encontram em situação emergencial, e os médicos, diante

deste quadro, acham necessária a transfusão do sangue, mesmo contrariando a

vontade dos respectivos pais, que, como se sabe, é, em tais circunstâncias, a de

procurar alternativas para a terapia transfusional.

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6.2. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS EM HEMOTERAPIA

Em adição aos procedimentos habituais, um conjunto de procedimentos

especiais, tem aplicação em muitos hemocentros e unidades de hemoterapia. Destes,

os principais são:

Aférese: A palavra aférese deriva do grego com o significado de separar, isolar ou

retirar e, com essa conotação é aplicada aos procedimentos de separação dos

diversos componentes do sangue. A aférese, portanto, consiste na remoção de

um componente do sangue de um indivíduo, através de máquinas que realizam a

separação por centrifugação. A nomenclatura da aférese depende do componente

a ser extraído do sangue: assim, a separação de plaquetas é denominada

trombocitaférese, a separação do plasma é denominada plasmaférese, a

separação dos eritrócitos denomina-se eritrocitaférese e a remoção dos leucócitos

pelo mesmo processo é denominada leucoférese ou leucaférese.

Aférese Terapêutica: É um procedimento especial que consiste na separação e

remoção do componente do sangue supostamente patogênico: plasma

(plasmaférese), plaquetas (plaquetaférese) ou dos leucócitos (leucoférese), com

finalidade terapêutica.

Citaféreses Não Terapêuticas: São procedimentos que separam e removem

plaquetas (plaquetoférese), leucócitos (leucaférese) ou de célula germinativa

circulante (stem cell), para fins transfusionais.

Transfusão Intra Uterina (TIU): É a transfusão efetuada no concepto, ainda na

fase de vida intra uterina.

Transfusão de Substituição ou ExaSanguineo Transfusão (TS): É a

substituição do sangue de um paciente através de remoções e reposições parciais

e sucessivas.

Transfusão Autóloga: É aquela em que a coleta e a transfusão de sangue e/ou

componentes, preenchem o binômio doador - receptor; o mesmo indivíduo é

doador e receptor ou, em outras palavras, um indivíduo doa sangue para sí

mesmo.

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13. (AOCP - EBSERH/ HC-UFMG - Enfermeiro - Terapia Intensiva Pediátrica – 2014):

A exsanguineo transfusão é um procedimento e um tipo de tratamento adotado nos

recém-nascidos em alguns casos específicos, como a hiperbilirrubinemia, para:

A) remover as substâncias tóxicas do sistema linfático e promover um crescimento

saudável do recém-nascido.

B) remover mecanicamente o colesterol ruim.

C) facilitar a troca gasosa e de nutrientes.

D) diminuir a intensidade da reação imunológica na doença hemolítica, remover a

bilirrubina indireta e corrigir a anemia.

E) aumentar a porcentagem de hemácias.

Resposta Correta:

D) diminuir a intensidade da reação imunológica na doença hemolítica, remover a

bilirrubina indireta e corrigir a anemia.

Comentário: As indicações da exasanguineo transfusão são: corrigir anemia ,

reduzir o título de anticorpos maternos circulantes, remover hemácias

sensibilizadas, substitui-las por hemácias não sensibilizadas e remover bilirrubina

não conjugada antes da sua infusão para os tecidos e septicemia.

14.( FCC - Tribunal Regional do Trabalho / 9ª Região - Técnico Judiciário - Área

Enfermagem – 2013): Um cliente informa que faz uso da auto-hemoterapia como

recurso terapêutico e solicita a sua aplicação pelo profissional de enfermagem.

Considerando-se a Resolução COFEN nº 346/2009, essa prática é:

A) permitida ao técnico de enfermagem após autorização da ANVISA (Agência Nacional

de Vigilância Sanitária).

B) permitida, considerando-se a autorização pela Nota Técnica da ANVISA nº 01 de

13/04/2007.

C) permitida aos profissionais de enfermagem, quando realizada sob supervisão do

enfermeiro especialista em terapias complementares.

D) permitida ao enfermeiro especialista em terapias complementares e proibida aos

demais profissionais.

E) proibida aos profissionais de enfermagem.

Resposta Correta:

E) proibida aos profissionais de enfermagem.

Comentário: A RESOLUÇÃO COFEN-346/2009 regulamenta que a prática da auto-

hemoterapia por parte dos profissionais de enfermagem caracteriza infração ética

sujeita às sanções disciplinares, prevista na Resolução COFEN nº 311/2007 (Código

de Ética dos profissionais de enfermagem).

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6.3. HEMOCOMPONENTES

6.3.1. TRANSFUSÃO DE CONCENTRADO DE HEMÁCIAS

CONSIDERAÇÕES GERAIS

O Concentrado de Hemácias (CH) é o componente do sangue obtido após a

centrifugação do Sangue Total (ST) coletado etransferência do plasma para uma

bolsa satélite. O CH deve terum hematócrito entre 65% a 75%. Deve ser armazenado

a 4ºC,com validade de 35 a 42 dias, conforme o tipo de anticoagulanteutilizado, e o

volume aproximado é de 270 a 320ml.Uma unidade de CH deve elevar o nível de

hemoglobina de umreceptor de 70 quilos, que não esteja sangrando, em 1,0g/dl.

Nãodeve ser transfundida mais de uma unidade de CH por vez. Otempo de infusão

de um CH não deve exceder 4 horas empacientes adultos. A hemoglobina e/ou

hematócrito deve(m) sermensurados(s) antes e 1 a 2 horas após a transfusão.

O principal objetivo da transfusão de CH é melhorar a liberaçãode oxigênio para

os tecidos. É importante enfatizar que não existe um gatilho laboratorial para a

indicação da transfusão de hemácias, somente a adequada monitorização da

necessidadede oxigênio do coração e do cérebro, durante quadros anêmicos, levarão

a substituição de gatilhos arbitrários baseados nos valores de Hb, para gatilhos

fisiológicos da transfusão de hemácias.

6.3.2. ANEMIA AGUDA

Os mecanismos fisiológicos do sangramento, as manifestações clínicas da

anemia e a resposta à hemorragia são situações bemconhecidas.

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6.3.3. ANEMIA AGUDA HIPOVOLÊMICA

Embora a hipovolemia também interfira no transporte deoxigênio, seus efeitos

devem ser separados daquelesprovenientes da anemia.A indicação de transfusão de

hemácias na anemia aguda ébaseada no volume de sangue perdido. O volume

sanguíneonormal corresponde a aproximadamente 8% do peso corpóreo(num

indivíduo de 80 kg = 6,4 litros). As perdas sanguíneaspodem ser classificadas em:

Hemorragia classe I – perda de até 15% do volumesanguíneo.

Hemorragia classe II – perda sanguínea de 15% a 30%.

Hemorragia classe III – perda de 30% a 40%.

Hemorragia classe IV – perda maior que 40%.

A transfusão de Concentrado de Hemácias está recomendada após perda

volêmica superior a 25% a 30% da volemia total. É importante enfatizar que o

hematócrito (Hct) não é um bom parâmetro para auxiliar na decisão de transfundir,

uma vez quesó começa a diminuir uma a duas horas após o início dahemorragia.Na

anemia aguda o paciente deve ser imediatamentetransfundido quando apresentar os

sinais e sintomas clínicos,como a seguir:

Frequência cardíaca aumentada – acima de 100bpm a120bpm.

Hipotensão arterial.

Queda do débito urinário – menor que 20 mL/hora

Frequência respiratória aumentada – maior que 20ipm.

Enchimento capilar retardado – maior que 2 segundos.

Alteração no nível de consciência – ansioso, agressivo,sonolento, confuso.

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6.3.4. ANEMIA NORMOVOLÊMICA

O limite inferior de tolerância à anemia aguda normovolêmica não é bem

conhecido. A concentração de Hb deve ser considerada associada a outros fatores,

como, por exemplo, avelocidade de perda. De modo geral:

A transfusão não está indicada se Hb> 10g/dl.

A transfusão está geralmente indicada se Hb< 7g/dl.

Situações Especiais acontecem quando a Hb está entre 7 e10g/dl de Hb. Neste

caso, a indicação da transfusão dehemácias fica na dependência do quadro clínico

do paciente (taquicardia, hipotensão, sinais de hipóxia). Exemplos:

Em pacientes com doenças pulmonares obstrutivascrônicas, que devem ser

mantidos com Hb acima de10g/dl.

Em pacientes com cardiopatias isquêmicas(coronariopatas), que se beneficiam

com níveis de Hbacima de 9 a 10g/dl.

Em pacientes acima de 65 anos de idade, sintomáticos, éaceitável transfundir com

níveis de Hb< 10g/dl.

Urêmicos com sangramento, transfundir se Hb< 10g/dl.

6.3.5. ANEMIA CRÔNICA

Do ponto de vista prático, anemias de instalação crônica são muitomelhor

toleradas que anemias de instalação aguda. Portanto:

Estabelecer, sempre que possível, a causa da anemia.

Considerar outras formas de tratamento que transfusão, taiscomo reposição de

ferro e eritropoitina.

Transfusão deve ser realizada somente se houver risco devida ou se o tratamento

com ferro e eritropoitina forem insuficientes.

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De maneira ideal, a decisão de transfundir concentrado dehemácias deve ser

baseada em vários fatores clínicos elaboratoriais, tais como: idade do paciente,

velocidade deinstalação da anemia, história natural da anemia, volumeintravascular e

a presença de fatores fisiológicos que afetam a função cardiopulmonar.

6.3.6. ANEMIA HEMOLÍTICA AUTO-IMUNE

A anemia hemolítica auto-imune (AHAI) ocorre por umadestruição prematura de

hemácias causada por mecanismosimunológicos relacionados à resposta

imunológica humoral. Éimportante enfatizar que auto-anticorpos podem mascarar a

presença de aloanticorpos eritrocitários.As indicações para a transfusão de hemácias

em pacientes comAHAI são semelhantes ao paciente anêmico sem AHAI.Não relutar

em transfundir devido as provas pré-transfusionais serem todas incompatíveis pela

presença do auto-anticorpo. Noentanto, transfundir somente quando houver

instabilidade hemodinâmica ou lesão orgânica.

15. (AOCP - EBSERH/HU-UFMS - Enfermeiro - Saúde da Criança e do Adolescente -

Neonatologia – 2014 ): Sobre a transfusão de concentrado de hemácias (CH) em anemia

normovolêmica, informe se é verdadeira (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e

assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) A transfusão de concentrado de hemácias deve ser considerada para expansão do

volume vascular, quando a capacidade de transporte de O2 estiver adequada.

( ) No paciente que tem lesões de difícil cicatrização, o CH deve ser utilizado como forma

de aumentar a oferta de nutrientes ao tecido, acelerando o processo de cicatrização.

( ) De modo geral, anemias em que o nível de Hb é superior a 10g/dL (Hct superior a

30%) são bem toleradas, e só excepcionalmente, requerem transfusão.

( ) Quando a Hb é inferior a 7g/dL existe grande risco de hipóxia tecidual e

comprometimento das funções vitais. Assim, o paciente se beneficia com a transfusão de

CH.

A) F - V - V - V.

B) V - V - F - F.

C) F - F - V - V.

D) V - V - V - F.

E) F - V - F - V.

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Resposta Correta:

C) F - F - V - V.

Comentário: O principal objetivo da transfusão de CH é melhorar a liberação de

oxigênio para os tecidos. O PFC é utilizado como expansor de volume e em

pacientes com hipovolemia aguda (com ou sem hipoalbuminemia)

6.3.7. TRANSFUSÃO PERIOPERATÓRIA

O mais importante nesta situação é manejar o paciente para queele não

necessite de transfusão. Como estratégia:

Investigar a anemia sempre que possível e tratar o pacienteantes da cirurgia, da

forma mais adequada

Suspender antiagregantes plaquetários (Ex. AAS), de 7 a 10dias antes da cirurgia

Reverter anticoagulação oral (pacientes em uso de dicumarínicos)

Planejar transfusão autóloga – contactar o serviço de transfusão da unidade para

orientações

Manuseio igual ao do sangramento agudo

Algumas observações importantes:

Não transfundir quando a Hb> 10 g/dl

Não há indicação de alcançar níveis prévios ou considerados “normais” antes ou

depois da cirurgia

Não esquecer de fazer a reserva de componentes ao Serviço de Transfusão da

Unidade

No pré-operatório, transfundir se Hb< 8,0 g/dl.

6.3.8. TRANSFUSÃO DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA

O Médico deve pesar o risco de transfundir sangue não ouparcialmente

compatibilizado. É importante considerar que otempo gasto de preparo de um CH, de

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um paciente nãosensibilizado, é de aproximadamente 40 minutos. Para

pacientessensibilizados, depende da especificidade do aloanticorpo. Valelembrar que

a chance de um paciente estar sensibilizado:

sem transfusão prévia ou gravidez = 0,04%

com transfusão prévia ou gravidez = 3%

Pacientes sensibilizados que recebem transfusão incompatívelpodem

apresentar reação hemolítica grave, CIVD, IRA e óbito.Portanto, transfusão com

prova de compatibilidade em andamentopode trazer um risco real de morte

imediata.Na solicitação do hemocomponente, o médico deve solicitar atransfusão

anotando que é de com de “extrema urgência”.

O Hemonúcleo liberará as unidades de CH, do tipo O, e prosseguirá com as

provas de compatibilidade.Diante da gravidade da situação o médico solicitante,

juntamentecom o profissional do Hemonúcleo assinarão termo deresponsabilidade

para a liberação dos componentes solicitados.Além disso, a transfusão, sempre que

possível, deverá ocorrernuma unidade com cuidados intensivos.

6.3.9. PLASMA FRESCO CONGELADO

CONSIDERAÇÕES GERAIS

O Plasma Fresco Congelado (PFC) é obtido por centrifugação de uma unidade

de sangue total, congelado até 8 horas após a coleta.Deve ser armazenado a uma

temperatura de 20ºC negativos, por um período de no máximo 12 meses. Uma vez

descongelado deve ser utilizado em até 24 horas, quando armazenadas a 4 +/- 20C

.Uma unidade de PFC contém níveis hemostáticos de todos os fatores da

coagulação. O volume de cada unidade deve ser superior a 180 mL.

INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES

As indicações para o uso do PFC são restritas e correlacionadas a sua

propriedade de conter as proteínas da coagulação. Geralmente utilizado no

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tratamento de pacientes com deficiência de múltiplos fatores da coagulação e apenas

quando os concentrados de fatores específicos, mais estáveis e com menor risco de

contaminação viral, não são disponíveis. As principais indicações são:

Sangramento ou risco de sangramento causado por deficiência de múltiplos

fatores da coagulação.

1. Hepatopatia: a redução na síntese dos fatores da coagulação(I, II, VII, IX e X)

diretamente reflete o dano causado noparênquima hepático e é evidenciado

laboratorialmente peloalargamento do Tempo de Protrombina (TAP). Embora

aalteração hepática seja um fator que predispõe sangramento,estes pacientes

raramente sangram na ausência de fatorespredisponentes como cirurgia,

biópsia, hepática ou ruptura devarizes de esôfago.A utilização de PFC com o

intuito de prevenir hemorragias empacientes que serão submetidos a

procedimentos invasivos,com TAP alargado (Relação Internacional Relativa

(INR) = 1,5vezes o valor do controle), pode ser feito. No entanto, não

éconsenso, pois corrigi parcialmente o distúrbio da hemostasia,uma vez que as

alterações plaquetárias e vasculares parecem ser mais importantes nesta

circunstância. Como também nãohá evidências do benefício de PFC em

pacientes com TAP alargado sem sangramento.Em hepatopatas com

sangramento ativo, por outro lado,podem se beneficiar da de reposição de

fatores decoagulação pela utilização de PFC.

2. Coagulação Intravascular Disseminada (CID): nestasituação, todos os

fatores da coagulação estão diminuídos,sendo o fibrinogênio e os fatores VIII e

XIII, os mais afetados.O quadro clínico varia de sangramento microvascular

aapenas alterações laboratoriais. A reposição de PFC e deoutros componentes

como o Concentrado de Plaquetas estáindicado quando há sangramento. Em

pacientes semsangramento a reposição de hemocomponentes não se justifica.

Sangramento severo causado pelo uso de anticoagulantes orais ou

necessidade de reversão urgente da anticoagulação

Sangramento relacionado à ação excessiva deanticoagulantes orais, evidenciada

pelo alargamento do TAP pode ser corrigido por uma série de medidas tais

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como:suspensão do anticoagulante, administração oral ouparenteral de vitamina K

e transfusão de PFC ou de complexo protrombínico, de acordo com a gravidade

do quadro.A utilização de PFC (15mL/Kg a 20mL/kg) em paciente

comsangramento importante pode ser feita e recomenda-se aassociação de

vitamina K.

Transfusão maciça com sangramento por coagulopatia

A diluição dos fatores de coagulação e de plaquetas para níveiscríticos, com risco

de sangramento ocorre, geralmente, após aperda de 1,2 volemia e 2 volemias

sanguíneas, respectivamente. Atransfusão de PFC está indicada desde que haja

manifestaçãohemorrágica associada com o alargamento do TAP (INR = 1,5vezes

o valor do controle).

Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)

A utilização de PFC como líquido de reposição na plasmaféreseterapêutica é

considerada tratamento de primeira linha parapacientes com PTT.Deve ser

ressaltado como contra-indicação formal o uso de PFC nas seguintes situações:

1. Como expansor de volume e em pacientes com hipovolemia aguda (com ou

sem hipoalbuminemia)

2. Em sangramentos sem coagulopatia

3. Em estado de perda protéica e imunodeficiências

4. Septicemias

5. Grandes queimados

6. Para a correção de testes anormais da coagulação na

7. ausência de sangramentos

8. Para acelerar processos de cicatrização

9. Manutenção da pressão oncótica

DOSE E MODO DE ADMINISTRAÇÃO

O volume a ser transfundido depende do peso e da condição clínica e

hemodinâmica do paciente. A utilização de 10-20mL de PFC por Kg de peso aumenta

de 20% a 30% os níveis de fatores de coagulação do paciente, chegando a níveis

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hemostáticos. Embora não haja correlação direta entre alterações de TAP e TTPA

com o risco de sangramento, TAP e/ou TTPA maior que 1,5 vezes o ponto médio da

variação normal, podem ser usados como parâmetro para a reposição de PFC, de

acordo com a situação clínica do paciente.

A normalização dos testes de coagulação ou o controle do sangramento devem

ser considerados como parâmetro para aparada da reposição de PFC. A definição do

intervalo entre asdoses está correlacionada com o objetivo da reposição de PFC.

6.3.10. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS LAVADAS

INDICAÇÃO

São os eritrócitos obtidos após a retirada do plasma e de cerca de 80% dos

leucócitos. É utilizado quando há necessidade de prevenir reações a proteínas

plasmáticas.

6.3.11. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS FILTRADAS (CHF)

INDICAÇÃO

São os eritrócitos obtidos após a retirada de aproximadamente 99,9% dos

leucócitos, com a utilização de filtros de leucorredução. É utilizado quando há

necessidade de prevenir reações a componentes leucocitários. Pode ser indicado

após 2° episódio de Reação Transfusional Febril Não Hemolítica (RTFNH) para

diminuir a possibilidade de aloimunização a antígenos leucocitários e do sistema HLA

e na profilaxia da contaminação por CMV em imunossuprimidosCMVnegativos

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6.3.12. CONCENTRADO DE PLAQUETAS (CP)

O concentrado de plaquetas é uma suspensão de plaquetas em plasma,

preparado mediante dupla centrifugação de uma unidade de sangue total. O CP

unitário obtido a partir do sangue total contém aproximadamente 5,5 X 1010

plaquetas em 50-60 mL de plasma. Já as unidades obtidas por aférese contêm, pelo

menos, 3,0 x 10¹¹ plaquetas em 200-300 mL de plasma (correspondente a 6-8 U de

CP unitários).

INDICAÇÕES:

Transfusão profilática:

Quando não há sangramento.

Plaquetas < 10.000u/mL.

Plaquetas < 20.000u/mL associado à infecção, coagulopatia ou indicação de

procedimento invasivo.

Em RN devido ao risco de sangramento SNC.

INDICAÇÃO ABSOLUTA:

Leucemias Agudas, particularmente a LMA-M3.

Transfusão terapêutica:

Plaquetopenia (independente do valor) com sangramento.

Situações especiais:

Transfusão de CP Rh positivo em paciente Rh negativo (meninas e mulheres

em idade fértil), recomenda-se fazer imunoglobulina anti D.

Dengue hemorrágica - CP somente diante de hemorragia SNC.

CONTRA-INDICAÇÕES:

Púrpura Trombocitopênica Trombótica (P.T.T.),

Síndrome Hemolítica Urêmica,

Síndrome Hellp (H = hemólise, EL = enzimas hepáticas elevadas, LP = baixa

contagem de plaquetas),

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Púrpura Pós transfusional,

Púrpura Trombocitopênica Imunológica (P.T.I.).

Os componentes plaquetários serão mantidos em agitação contínua,

transfundidos, em até 24 horas depois de saírem do agitador contínuo de plaquetas,

e agitados antes do uso.

16. (AOCP - EBSERH/HU-UFGD - Enfermeiro - Oncologista – 2014 ):Homem, 54 anos,

em tratamento quimioterápico de leucemia, internado com neutropenia febril, será

submetido à hemotransfusão com 8 unidades de concentrado de plaquetas. Dentre os

cuidados para conservação deste hemocomponente, deve-se:

A) manter as bolsas no congelador, com temperatura abaixo de 0oC até sua

administração.

B) manter as bolsas na geladeira entre 2oC e 8oC até sua administração.

C) manter as bolsas em constante agitação em temperatura ambiente até sua

administração.

D) administrar cada bolsa com velocidade de infusão de 2 a 4 horas.

E) administrar cada bolsa com fluxo livre de infusão, uma seguida da outra.

Resposta Correta:

C) manter as bolsas em constante agitação em temperatura ambiente até sua

administração.

Comentário: Os componentes plaquetários serão mantidos em agitação contínua,

transfundidos, em até 24 horas depois de saírem do agitador contínuo de plaquetas,

e agitados antes do uso.

6.3.13. CRIOPRECIPITADO

Derivado do plasma contém fatores VIII e XIII , fibrinogênio, fibronectina e fator

de Von Willebrand. Prepara-se por centrifugação após o descongelamento do plasma

fresco congelado. O plasma sobrenadante é removido, deixando-se na bolsa a

proteína precipitada (10 a 20ml). Esse material é novamente congelado a -18oC e

mantido nessa temperatura.

DOSE: 1 UNIDADE PARA CADA 7 A 10 KG DE PESO DO PACIENTE

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Seu volume é de aproximadamente 10 a 20ml e para facilitar a infusão é

administrado em pools de até 10 unidades. Sua infusão e realizada em gotejamento

livre.

Tem validade de 1 ano após a coleta do sangue.

Regra para cálculo da dose: 1 unidade para cada 5kg de peso do paciente. O

fibrinogênio possui uma meia vida entre 4 a 6 dias e a recuperação transfusional é

de até 50%.

17. (IBFC - Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia - Enfermeiro 2013)

Considerando a RDC- 57, de 16 de dezembro de 2010, analise as sentenças abaixo e

assinale v (verdadeiro) ou F (falso):

( ) As bolsas de sangue total com volume inferior a 300 ml devem ser desprezadas exceto

que sejam produzidas em bolsas específicas para esta finalidade.

( ) A irradiação de hemocomponentes deve ser feita em irradiador de células usado para

tratamento de radioterapia, sob supervisão de profissional qualificado, não sendo

permitido para esse fim o uso de equipamento de acelerador linear.

( ) O plasma isento de crioprecipitado deve ser preparado em sistema fechado,

armazenado a 18ºC negativos ou menos, com validade de 24 meses. A sequência

correta, de cima para baixo, é:

A) V,F,F

B) F,V,V.

C) F,F,F

D) V,V,V.

Resposta Correta:

A) V,F,F.

Comentário: Art. 62. A irradiação de hemocomponentes deve ser feita em irradiador

de células ou em acelerador linear usado para tratamento de radioterapia, sob

supervisão de profissional qualificado e com processo validado periodicamente.

Art. 58. O plasma isento de crioprecipitado deve ser preparado em sistema fechado,

armazenado a 18ºC negativos ou inferior, com validade de 12 (doze) meses.

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7. NORMATIZAÇÃO DE SOLICITAÇÃO E ATENDIMENTO

O objetivo desse documento é o de apresentar algumas orientações sobre as

condutas mais importantes em relação à solicitação e ao recebimento de

hemoderivados.

7.1. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

Publicações recentes têm enfatizado que erros na identificação de pacientes

ocorrem gerando graves consequências com falhas na administração de fármacos,

de hemoderivados e distócia em intervenções cirúrgicas.O paciente deverá ser

identificado pelo profissional do serviço de hemotransfusão pelo nome completo e

número de registro geral do paciente no hospital.

7.2. SOLICITAÇÃO DE TRANSFUSÃO DE HEMODERIVADOS

A solicitação para o atendimento de transfusão deverá ser feita na prescrição

médica e em formulário impresso padronizado. Devem ser atendidos todos os itens

do regulamento técnico vigente para Procedimentos de Hemoterapia da ANVISA-

Ministério da Saúde, que transcrevemos abaixo:

“I.1.1 – As solicitações para transfusão de sangue ou componentes devem ser

feitas em formulários específicos que contenham informações suficientes para

uma correta identificação do receptor. Do formulário devem constar, pelo menos,

os seguintes dados: nome e sobrenome do paciente, sexo, idade, peso, número

do registro do paciente, número do leito, diagnóstico, antecedentes transfusionais,

hemocomponente solicitado (com o respectivo volume ou quantidade), tipo da

transfusão, resultados laboratoriais que justifiquem indicação de

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hemocomponente, data, assinatura e número do CRM do médico solicitante. Uma

requisição incompleta, inadequada ou ilegívelnão deve ser aceita pelo

serviço de hemoterapia”.

“I.1.2 – Quanto ao tipo, a transfusão pode ser classificada em:

a) Programada, para determinado dia e hora;

b) Não Urgente, a se realizar dentro das 24 horas;

c) Urgente, a se realizar dentro das 3 horas; ou

d) De extrema urgência, quando o retardo na administração da transfusão pode

acarretar risco para a vida do paciente”.

“A.9 – A transfusão de sangue e componentes deve ser utilizada criteriosamente,

tendo em conta que é um procedimento que não está isento de riscos. Sua

indicação poderá ser objeto de análise pelo serviço de hemoterapia”.

“I.7.8- O médico do serviço de hemoterapia pode suspender uma transfusão,

quando considerá-la desnecessária. Estes casos devem ser discutidos no Comitê

Transfusional da Instituição”.

A enfermagem deve checar se a requisição de transfusão foi preenchida

corretamente, com os seguintes itens:

Nome completo do paciente (ou nome da mãe, no caso de recém-nascido sem

nome)

Sexo

Idade

Peso

Número de prontuário ou registro hospitalar ou nº que identifique o paciente

Localização do paciente (clínica / leito )

Diagnóstico

Indicação de transfusão

DEVE CONSTAR NO FORMULÁRIO O NÚMERO DO REGISTRO GERAL DO PACIENTE NO HOSPITAL COM NOME, DATA DE NASCIMENTO E NÚMERO DO

CARTÃO SUS.

NO CASO DE TRANSFUSÃO DE EXTREMA URGÊNCIA, O MÉDICO SOLICITANTE DEVERÁ ASSINAR O TERMO DE RESPONSABILIDADE,

CONSTANTE NO VERSO DO IMPRESSO PRÓPRIO PARA SOLICITAÇÃO DE TRANSFUSÃO.

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Antecedentes transfusionais

Hemocomponente ou hemoderivado e a quantidade solicitada respectivamente

Tipo de transfusão (programada, não urgente, urgente e de extrema urgência) e

data da solicitação

Cópia dos resultados laboratoriais atualizados ( no máximo do dia anterior) que

justifiquem a indicação de CH e CP/CPAF ( nas RTs procedentes do Pronto-

Socorro e do Centro Cirúrgico não há necessidade do envio destas cópias )

Assinatura do médico solicitante e CRM, de preferência com carimbo, e na falta

deste, poderá ser manuscrito o nome completo legível e CRM Requisição

incompleta, inadequada ou ilegível não será aceita pelo Serviço de Hemoterapia.

18. (AOCP - EBSERH/ HC-UFMG - Enfermeiro - Hemoterapia – 2014): Quais são as

modalidades de transfusão?

A) Programada; de Rotina; de Urgência; de Emergência.

B) Rápida; Lenta; Demorada; Veloz.

C) De Emergência; Parada; de Urgência; Programada.

D) Rotina; Emergência; Preparada; Urgência.

E) Urgência; Conveniada; Emergência; Indispensável.

Resposta Correta:

A) Programada; de Rotina; de Urgência; de Emergência.

Comentário: Quanto ao tipo, a transfusão pode ser classificada em:a) Programada,

para determinado dia e hora;b) Não Urgente, a se realizar dentro das 24 horas;c)

Urgente, a se realizar dentro das 3 horas; d) De extrema urgência, quando o retardo

na administração da transfusão pode acarretar risco para a vida do paciente”.

19. (AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Hematologia e Hemoterapia

– 2014 ):Conforme o ato Portaria nº 1.353, de 13 de junho de 2011, que aprova o

Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos, sobre os tipos de doação,

assinale a alternativa correta.

A) Doação espontânea - doação advinda do indivíduo que doa para atender à

necessidade de um paciente. São feitas por pessoas motivadas pelo próprio serviço, pela

família e amigos para repor o estoque de hemocomponentes do serviço de hemoterapia.

B) Doação de reposição - doação feita por pessoas motivadas para manter o estoque de

sangue do serviço de hemoterapia. É decorrente de um ato de altruísmo, sem ter o nome

de um possível receptor.

C) Doação autóloga - doação do próprio paciente para seu uso exclusivo.

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D) Doador inapto definitivo - doador que se encontra impedido de doar sangue para outra

pessoa por um período indefinido de tempo segundo as normas regulatórias vigentes.

Pode realizar doação autóloga.

E) Doador inapto por tempo indeterminado - doador que nunca poderá doar sangue para

outra pessoa. Em alguns casos pode realizar doação autóloga.

Resposta Correta:

C) Doação autóloga - doação do próprio paciente para seu uso exclusivo.

Comentário: A doação autóloga deve ser realizada somente mediante solicitação do

médico assistente do paciente doador e aprovação do médico hemoterapeuta. O

serviço de hemoterapia que realizar coleta de sangue autólogo deve ter

procedimentos escritos com definição de critérios para aceitação e rejeição de

doadores com registros para os testes imuno-hematológicos e os marcadores de

infecções transmissíveis pelo sangue definidos pelo Ministério da Saúde. As bolsas

de hemocomponentes autólogos devem ser armazenadas de forma segregada e ser

utilizadas exclusivamente para transfusão autóloga.

7.3. AMOSTRA PRÉ-TRANSFUSIONAL

A obtenção das amostras pré-transfusionais de sangue é uma das etapas mais

importantes dentro da terapia transfusional. Sua cuidadosa coleta e adequada

identificação são essenciais para a qualidade e a segurança da hemostransfusão. As

amostras de sangue para provas pré-transfusionais têm validade de 72 horas.

COLETA DAS AMOSTRAS:

De acordo com a RCD nº 153:

“I.3 – As amostras usadas para as provas pré-transfusionais devem ser coletadas

para este fim específico”.A coleta das amostras deve ser realizada para

solicitação de hemoderivados parautilização ou reserva. A coleta deve ser

registrada na anotação de enfermagem doprontuário do paciente. Deverá ser

utilizado com anticoagulante EDTA”.

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IDENTIFICAÇÃO DAS AMOSTRAS:

O tubo deverá ser imediatamente identificado com a etiqueta do paciente

constandonome, data de nascimento e registro geral do paciente no hospital na forma

. Além disso, deveser adicionada a data da coleta. Não há emergência ou pressa

que justifique umaamostra inadequadamente colhida e/ou identificada, pois tal

prática poderá vir ase transformar em fator de risco para o paciente.

Nesse aspecto, a RDC nº 153 determina:

“I.3.1 – Todos os tubos devem ser rotulados no momento da coleta com o

nomecompleto do receptor, seu número de identificação e data da coleta. A

identificação da amostra pode também ser feita por códigos de barras. Tubos que

não estejam corretamente identificados não devem ser aceitos pelo serviço

de hemoterapia”.

20. (AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Hematologia e Hemoterapia

– 2014): Os hemocomponentes liberados para o consumo somente poderão ser

transfundidos quando devidamente prescritos por médico e após a realização dos testes

pré-transfusionais pelo serviço de hemoterapia responsável pelo preparo da transfusão.

Tais testes têm o objetivo básico de garantir a compatibilidade sanguínea entre o doador e

o receptor. Desse modo, as seguintes etapas deverão ser seguidas pelo serviço de

hemoterapia sempre que for solicitada uma transfusão. Ordene-as conforme a sequência

temporal de sua ocorrência e assinale a alternativa correspondente à sequência correta.

RESUMO DO PROCEDIMENTO COLETA DE AMOSTRAS:

A coleta da amostra de sangue é responsabilidade da equipe de enfermagem e deve seguir os seguintes cuidados:

A coleta da amostra deve ser coletada individualmente, isto é, um paciente por vez.

Confrontar a etiqueta de identificação do paciente destinada à amostra com aetiqueta afixada na RT.

Afixar a etiqueta de identificação do paciente no tubo da amostra à beira do leito, após ter confirmado verbalmente e através daidentificação do paciente no prontuário.

Coletar uma amostra de sangue, 5 ml para adultos e 1 ml para crianças, em tubo com EDTA

Colocar a data da coleta e nome do profissional que coletou a amostra.

As amostras mal identificadas ficarão retidas na agência transfusional.

Providenciar o encaminhamento da amostra ao banco de sangue com a requisição datransfusão.

Havendo dados discrepantes, o pedido não será aceito e o portador da RT/amostra será informando do motivo do não recebimento.

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( ) Recebimento e conferência dos dados da requisição da transfusão feita pelo médico

responsável por ela, juntamente com a amostra de sangue do receptor.

( ) Retipagem ABO (direta) e RhD (quando esse for negativo) do(s) hemocomponente(s)

contendo hemácias.

( ) Seleção do(s) hemocomponente(s) respeitando-se a compatibilidade ABO/RhD.

( ) Liberação do(s) hemocomponente(s) para transfusão.

( ) Identificação do(s) hemocomponente(s) preparado(s) com os dados de identificação do

receptor.

( ) Realização da Tipagem ABO (direta e reversa), tipagem RhD (pesquisa do D fraco

quando aplicável) e pesquisa (e identificação se necessário) de anticorpos irregulares na

amostra do receptor.

( ) Realização da prova de compatibilidade, sempre que se tratar da prescrição de

hemocomponentes contendo hemácias.

A) 1 - 3 - 7 - 5 - 6 - 2 - 4.

B) 2 - 1 - 3 - 7 - 6 - 5 - 4.

C) 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7.

D) 1 - 3 - 7 - 6 - 5 - 4 - 2.

E) 7 - 6 - 5 - 4 - 3 - 2 - 1.

Resposta Correta:

A) 1 - 3 - 7 - 5 - 6 - 2 - 4.

Comentário: Resolucão n. 153, de 14 de junho de 2004 e Resolução n° 34 de 11 de

junho de 2014 da ANVISA, determinam o regulamento técnico para os

procedimentos hemoterápicos orientando todos os passos a serem seguidos antes

da liberação do hemocomponente.

7.4. ADMINISTRAÇÃO DA TRANSFUSÃO

7.4.1. REGISTROS

O hospital deverá registrar a transfusão das bolsas em livro próprio para

este fim onde deve constar data, n.º de ordem, nome completo do paciente, n.º

de registro no hospital (prontuário), tipagem ABO e RH do paciente,

hemocomponente liberado, n.º de SUS e volume.

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O profissional responsável pela administração do hemoderivado deve seguir

uma rotina pré-estabelecida. Todos esses pontos deverão ser checados:

1º PASSO

Promover a cuidadosa limpeza e degermação da pele na região da punção

venosa. Puncionar uma veia periférica com agulha calibre 19 ou catéter apropriado

(jelco ou similar), no caso de administração de sangue total ou concentrado de

hemácias. Infundir 50ml de soro fisiológico, antes de iniciar o sangue, observando as

condições do acesso venoso. Posicionar a unidade de sangue, 1 metro acima do

nível do tórax do paciente, para favorecer o livre fluxo. Iniciar a tranfusão e, ao

mesmo tempo interromper a infusão da solução fisiológica. Utilizar, se disponível,

bomba infusora para o controle da infusão de sangue e derivados.Verificar se a bolsa

a ser transfundida encontra-se em temperatura ambiente antes de instalar a

transfusão. Recomenda-se que o hemocomponente permaneça entre 20º C e 24ºC,

por 30 minutos antes da transfusão. As demais bolsas deverão ficar armazenadas em

refrigerador (+2ºC a + 6ºC) até que sejam utilizadas, exceto concentrado de

plaquetas, que deverão permanecer entre 20 e 24°C.

a) Verificação da prescrição médica: que tipo de hemoderivado, número

decomponentes;

b) Checagem da identificação: checar o código de barras do hemoderivado e o

registro geral do paciente, verificar o nome e a data de nascimento;

c) Verificar acesso venoso e condições hemodinâmicas do paciente;

d) Registrar na anotação de enfermagem o tipo de hemocomponente a ser

instalado, o número da bolsa, o volume aproximado, o fluxo de gotejamento e

a hora da administração;

e) Acompanhar os primeiros 10 minutos da transfusão e após cada 15 minutos e

avisar ao médico se quaisquer anormalidades forem observadas;

f) Na suspeita de qualquer reação transfusional a administração do

hemocomponente deverá ser interrompida e o fato comunicado imediatamente

ao médico responsável pela prescrição e ao serviço de hemoterapia para a

adequada orientação de como proceder.

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g) Transfusão em pacientes febris: a febre não é contra-indicação absoluta à

transfusão de concentrado de hemácias. É importante tentar baixar a febre,

através douso de antitérmicos, porque a recidiva da febre pode ser sinal de

hemólise ou de outro tipo de reação transfusional. Se, porém, houver urgência,

a transfusão pode ser feita mesmo em presença de febre.

Homogeneizar manualmente, com delicadeza, em períodos alternados a bolsa

de Concentrado de Hemácias, que está sendo transfundida, pois durante a

transfusão o gotejamento tende a diminuir gradativamente devido ao depósito das

hemácias na saída do equipo.

21.( AOCP - EBSERH/ HC-UFMG - Enfermeiro - Hemoterapia – 2014): Quanto à

transfusão sanguínea de concentrado de hemácia, assinale a alternativa INCORRETA.

A) Antes do início da transfusão, os componentes eritrocitários não permanecerão à

temperatura ambiente por mais de 30 minutos.

B) É considerado doador universal, quem possuir a tipagem sanguínea O e o Rh

Negativo; e o receptor universal, quem possuir tipagem sanguínea AB e o Rh Positivo.

C) O tempo máximo de transfusão é 4 horas, quando atingido este período, a transfusão

será interrompida e a bolsa descartada.

D) Deve-se adicionar solução fisiológica 0,9% em todas bolsas de concentrado de

hemácias, para facilitar a transfusão.

E) Um receptor com tipagem A e Rh Positivo, poderá receber um hemocomponente com

tipagem sanguínea O e o Rh Positivo, se este for o componente com melhor

especificidade disponível no Serviço de Hemoterapia.

Resposta Correta:

D) Deve-se adicionar solução fisiológica 0,9% em todas bolsas de concentrado de

hemácias, para facilitar a transfusão.

Comentário: Não adicionar nenhum medicamento à bolsa do hemocomponente e

nem infundi-lo em paralelo, com exceção, eventualmente, do soro fisiológico a 0,

9% quando o paciente apenas tiver condições um acesso.

OBSERVAÇÃO

O tempo máximo de transfusão é de 04 (quatro) horas, para evitar contaminação bacteriana. Após esse período, suspender a transfusão, comunicar o médico, anotar

no prontuário a quantidade transfundida e desprezar a bolsa. Para não ocorrer perda de hemocomponente por tempo excedente, acompanhar o gotejamento

rigorosamente.

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8. CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM RELAÇÃO A TRANSFUSÃO DE HEMOCOMPONENTE

As transfusões, segundo a RDC 153, de 14 de Junho de 2004, devem ser

realizadas por médico ou profissional de saúde habilitado, qualificado e conhecedor

dessas normas, e só podem ser realizadas sob a supervisão médica, isto é, em local

em que haja, pelo menos, um médico presente que possa intervir em casos de

reações e complicações.

1. O paciente deve estar acomodado confortavelmente no leito, devemos estar

atentos para: Histórico clínico: atenção para antecedentes de cardiopatia e

nefropatia e Histórico transfusional.

2. Verificar os sinais vitais - SSVV (pressão arterial, pulso, frequência respiratória

e temperatura) do paciente antes de iniciar a transfusão (antes de perfurar a

bolsa e conectar o equipo para hemotransfusão).

3. Avaliar as condições do acesso venoso do paciente a ser transfundido, caso

necessite de novo acesso, puncionar o paciente antes de montar a bolsa de

hemocomponente, lembrando que a via de acesso deve ser exclusiva para

transfusão;

4. Lavar as mãos e usar os equipamentos de proteção individual para punção de

novo acesso venoso : luvas de procedimento e óculos de proteção;

5. Administre a medicação prescrita antes da transfusão, caso necessário,

realizando após medicação um flush de 10 ml de soro fisiológico a 0,9% para lavar

a via de acesso, assinar e carimbar;

6. Para montar a bolsa de hemocomponente utilize óculos de proteção e luvas de

procedimento. Durante a montagem, isto é abertura do lacre da bolsa, colocar a

bolsa de CHM pendurada no suporte de soro, conectar o equipo de transfusão

ATENÇÃO

É importante lembrar que o paciente e/ou familiar deve ser informado sobre o procedimento.

Redobrar a atenção ao paciente impossibilitado de se comunicar, inconsciente, confuso ou em centro

cirúrgico e sempre que possível, completar a conferência da identificação por intermédio de familiar

ou responsável.

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fechado, pressionar levemente o filtro para retirada de ar e preenchimento de 1/3

da câmara de gotejamento e abrir o equipo, preenchendo com sangue até a ponta

final (onde será conenctada no paciente). Atenção a bolsa de hemocomponente

deverá ficar durante toda a sua montagem pendurada no suporte de soro,

evitando desta forma perfurações e contaminações acidentais.

7. Conectar a bolsa de CHM no paciente com gotejamento inicial de 28 gotas por

minuto devendo permanecer por aproximadamente 10 minutos, após este período

aumentar para 48 gotas por minuto (adulto sem alterações);

8. Os primeiros 10 minutos de transfusão devem ser acompanhados a beira do

leito e, são importantes para a detecção precoce de incompatibilidade

sanguínea.

9. Colocar no equipo um fita crepe com a hora do início da transfusão e o

gotejamento que deverá permanecer após os 10 minutos, este procedimento

auxilia a equipe para que todos possam saber o que esta acontecendo e o que

deve ser realizado pela equipe.

10. Anotar no prontuário o horário de início da transfusão, local de punção

venosa, tempo aproximado de transfusão, lembrando que este gotejamento

padrão é para transfusão de 300 ml em 2 horas, mas a bolsa de CHM pode

ser transfundida sem perda em até 4 horas. Caso não termine no tempo

máximo a bolsa deve ser suspensa e descartada.

11. Devendo-se sempre observar orientação médica. É importante lembrar que os

concentrados de hemácias só podem permanecer à temperatura ambiente por, no

máximo, 30 minutos, depois de retirados de sua temperatura de armazenamento;

12. Verificar os SSVV no meio e final da transfusão, anotar no prontuário do paciente,

assinar e carimbar;

13. Orientar o paciente e acompanhante a comunicar à equipe de enfermagem

qualquer alteração e/ ou reação diferente durante a transfusão.

ATENÇÃO

É recomendada a troca do equipo de transfusão a cada unidade de sangue transfundida, com

o objetivo de diminuir o risco de contaminação bacteriana, quando necessário infundir mais

que uma unidade de sangue com o mesmo equipo de transfusão,cuidado para que não

ultrapasse às 04 horas de infusão.

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14. Caso o paciente apresente alterações do tipo: ansiedade, inquietação, tosse

freqüente, tremores, calafrios, febre, rubor , prurido, dor intensa,

principalmente em região lombar , torácica e membros superiores,

interrompa a transfusão e comunique imediatamente ao médico;

15. Ao término da transfusão verifique SSVV do paciente, anote no prontuário,

caso tenha ocorrido alguma reação transfusional, esta deve ser registrada

também em prontuário, retire o código de barras contido na(s) bolsa(s)

transfundidas utilizadas no procedimento.

16. O paciente deve ser monitorado em até 01 hora após o término da

transfusão;

17. Caso a via de acesso puncionada for permanecer deverá ser salinizada;

22. ( FGV Projetos - Tribunal de Justiça do Estado da Bahia - TJ-BA - Enfermeiro –

2014): O ato transfusional compreende as etapas de administração do sangue e

monitoramento do procedimento, devendo ser executado e/ou supervisionado pelo

enfermeiro. Acerca desse procedimento, analise as afirmativas a seguir, considerando V

para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):

( ) Os hemocomponentes devem ser infundidos em, no máximo, 4 horas; quando esse

período for ultrapassado, a transfusão deve ser interrompida e as bolsas descartadas.

( ) A identificação do receptor que consta da bolsa deve ser conferida com a identificação

do paciente, e, havendo qualquer discrepância, a transfusão deve ser suspensa até que o

problema seja esclarecido.

( ) Em caso de complicações transfusionais imediatas, a transfusão deve ser interrompida,

devendo ser suspensa caso sejam evidenciadas reações alérgicas leves (urticária).

A sequência correta é:

A) V – V – F;

B) V – F – V;

C) F – V – F;

D) F – V – V;

E) V – V – V.

Resposta Correta:

A) V – V – F;

Comentário: Reações de caráter alérgica não contra indica continuação da

transfusão. Deve o enfermeiro comunicar o evento ao médico para administrar

medicação indicada.

OBSERVAÇÃO

Durante a transfusão deve-se ter disponível o material necessário para atendimento emergencial

(oxigênio, ambu, material para entubação endotraqueal, medicações, aspiradores, etc.);

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23. (AOCP - EBSERH - Nacional - Enfermeiro - Hemoterapia – 2015 ) : Especifica as

"competências e atribuições do enfermeiro em Hemoterapia". Segundo o 1º artigo, no item

a, "o enfermeiro deve planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os

procedimentos de hemoterapia nas unidades de saúde, visando assegurar a qualidade do

sangue, hemocomponentes e hemoderivados." Esse enunciado refere-se a qual resolução

do COFEN?

A) Resolução nº 306/2006.

B) Resolução nº 189/1996.

C) Resolução nº 441/2013.

D) Resolução nº 071/1981.

E) Resolução nº 385/2011.

Resposta Correta: A

A) Resolução nº 306/2006.

Comentário: Atualmente no Brasil, as competências e atribuições do enfermeiro em

hemoterapia são regulamentadas conforme a resolução número 0511/2016 que

revogou a Resolução 306/2006, do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).

Fique atento por que as novas questões podem cobrar isto! Mas na época da prova

a resposta era a letra A.

OBSERVAÇÕES

Não adicionar nenhum medicamento à bolsa do hemocomponente e nem infundi-lo em paralelo, com exceção, eventualmente, do soro fisiológico a 0, 9%.

O aquecimento de hemocomponente possui indicações precisas e isto deve ser feito de forma controlada, em aquecedores próprios para este fim.

Todos os hemocomponentes devem ser infundidos imediatamente ao chegarem naenfermaria, pois já não estão mais acondicionados adequadamente.

Pacientes em tratamento com hemodiálise devem receber transfusão durante o procedimento de diálise para evitr sobrecarga volêmica.

CONCENTRADO DE HEMÁCIAS

CH só pode permanecer em temperatura ambiente por no máximo 30 minutos. Após este tempo, o CH deve ser devolvido imediatamente ao Banco de Sangue.

Deve ser infundido no máximo em 4 h e se este tempo for ultrapassado, a transfusão deveser interrompida e a bolsa descartada e registrada a quantidade infundida no prontuário do paciente.

Deve ser transfundido com filtro e o mesmo trocado a cada bolsa.

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24.((AOCP - EBSERH/HU-UFMS - Técnico em Enfermagem –2014): Considerando os

cuidados recomendados para o tratamento hemoterápico, é correto afirmar que:

A) não há tempo máximo para a infusão de uma mesma bolsa de hemocomponente.

B) os sinais vitais devem ser verificados exclusivamente ao término da infusão.

C) todo hemoterápico deve ser aquecido a 38° antes de sua infusão.

D) não há recomendações quanto ao calibre do acesso venoso para administração de

hemoterápicos.

E) todo hemoterápico deve ser administrado com equipo com filtro capaz de reter

coágulos e agregados.

Resposta Correta:

E) todo hemoterápico deve ser administrado com equipo com filtro capaz de reter

coágulos e agregados.

Comentário: Nenhuma transfusão deve exceder o período de infusão de 4 horas.

Quando este período for ultrapassado a transfusão deve ser interrompida e a

unidade descartada. Verificar os sinais vitais - SSVV (pressão arterial, pulso,

freqüência respiratória e temperatura) do paciente antes de iniciar a transfusão

(antes de perfurar a bolsa e conectar o equipo para hemotransfusão) e após término

do procedimento. Deve ser transfundido com filtro e o mesmo trocado a cada bolsa

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9. REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

A transfusão e um evento irreversível que acarreta benefícios eriscos potenciais

ao receptor. Apesar da indicação precisa eadministração correta, reações as

transfusões podem ocorrer. Portanto, e importante que todos profissionais envolvidos

na prescrição e administração de hemocomponentes estejam capacitados a

prontamente identificar e utilizar estratégias adequadas para resolução e prevenção

de novos episódios de reação transfusional.

A ocorrência destas reações esta associada a diferentes causas,dentre as quais

fatores de responsabilidade da equipe hospitalarcomo erros de identificação de

pacientes, amostras ou produtos,utilização de insumos inadequados (equipos, bolsa,

etc.), fatoresrelacionados aoreceptor e/ou doador como existência de anticorpos

irregulares não detectados em testes pré-transfusionais de rotina.

9.1. DEFINIÇÃO

A reação transfusional e, portanto, toda e qualquer intercorrência que ocorra

como consequência da transfusão sanguínea, durante ou após a sua administração.

9.2. CLASSIFICAÇÃO

As reações transfusionais podem ser classificadas em imediatas (ate 24 horas

da transfusão) ou tardias (apos 24 horas da transfusão), imunológicas e não-

imunológicas, conforme apresentado no quadro abaixo.Abordaremos a seguir as

reações transfusionais imediatas.

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PRINCIPAIS REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Reações

Transfusionais Imunes Não Imunes

IMEDIATAS

- Reação Febril Não Hemolítica - Reação Hemolítica aguda Imune - Reação Alérgica - TRALI

- Contaminação Bacteriana - Sobrecarga de Volume - Hemólise Não Imune - Embolia aérea - Metabólicas - Hipotensão - Hipotermia

TARDIAS

- Aloimunização Eritrocitária - Reação Enxerto X Hospedeiro - Púrpura pós transfusional

- Hemossiderose - Transmissão de Doenças - Infecciosas

25. (UNIUV - Prefeitura de Jaguariaíva - PR - Enfermeiro – 2015) : Quando realizada

uma hemotransfusão e o doador e receptor são incompatíveis, pode resultar em uma

reação de hipersensibilidade. Diante dessa intercorrência, o primeiro passo a ser tomado

pelo enfermeiro é _______________. Assinale a alternativa que completa corretamente a

lacuna:

A) Verificar a pressão arterial e a frequência cardíaca;

B) Administrar fármaco anti-histamínico;

C) Suspender a transfusão sanguínea;

D) Diminuir o gotejamento do sangue administrado;

E) Administrar soro tipo ringer lactato.

Resposta Correta:

C) Suspender a transfusão sanguínea;

Comentário: A transfusão deverá ser suspensa.

9.3. SINAIS E SINTOMAS

A ocorrência destas reações pode associar-se a um ou mais dosseguintes sinais

e sintomas como:

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a) Febre com ou sem calafrios (definida como elevação de 1°C natemperatura

corpórea), associada a transfusão.

b) Calafrios com ou sem febre.

c) Dor no local da infusão, torácica ou abdominal.

d) Alterações agudas na pressão arterial, tanto hipertensão comohipotensão.

e) Alterações respiratórias como: dispnéia, taquipnéia, hipóxia,sibilos.

f) Alterações cutâneas como: prurido, urticaria, edema localizado

ougeneralizado.

g) Náusea, com ou sem vômitos.

A ocorrência de choque em combinação com febre, tremores,hipotensão e/ou

falência cardíaca de alto debito sugerecontaminação bacteriana, podendo também

acompanhar o quadrode hemólise aguda. A falência circulatória, sem febre e/ou

calafrios,pode ser o dado mais importante de anafilaxia. A alteração nacoloração da

urina pode ser o primeiro sinal de hemólise no paciente anestesiado.

9.4. CONDUTA CLÍNICA

Interromper imediatamente a transfusão e comunicar o médico responsável pela

transfusão.

Manter acesso venoso com solução salina a 0,9%.

Verificar sinais vitais e observar o estado cardiorespiratório.

Verificar todos os registros, formulários e identificação do receptor.

Verificar a beira do leito, se o hemocomponente foi corretamente administrado ao

paciente desejado.

Avaliar se ocorreu a reação e classificá-la, a fim de adequar aconduta específica.

Manter o equipo e a bolsa intactos e encaminhar este material ao serviço de

hemonúcleo.

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Avaliar a possibilidade de reação hemolítica, TRALI, anafilaxia, esepse

relacionada a transfusão, situações nas quais sãonecessárias condutas de

urgência.

Se existir a possibilidade de algumas destas reações supracitadas,coletar e enviar

uma amostra pós transfusional junto com a bolsa e os equipos (garantir a não-

contaminação dos equipos) ao serviço de hemoterapia, assim como amostra de

sangue e/ouurina para o laboratório clinico quando indicado pelo medico.

Registrar as ações no prontuário do paciente.

26. (AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Hematologia e Hemoterapia

– 2014 ): A equipe de saúde é principalmente responsável pela unidade onde o paciente

recebe a transfusão, deve implementar medidas visando a diminuir riscos e complicações.

Assim, equipamentos e materiais para emergência, suporte ventilatório, devem estar

disponíveis e em perfeito funcionamento. Na suspeita de reação transfusional, assinale a

alternativa correta em relação às ações que devem ser iniciadas:

A) Continuar a transfusão e comunicar imediatamente o médico plantonista.

B) Manter o acesso venoso permeável com solução heparinizada.

C) Verificar, à beira do leito, a identificação do hemocomponente, conferir se foi

corretamente administrado ao paciente com a devida prescrição médica e conferir se

houve erros ou troca.

D) Não é necessário verificar os sinais vitais, e sim observar o estado cardiorrespiratório.

E) Não é necessário comunicar a reação ao serviço de hemoterapia, apenas se for reação

grave.

Resposta Correta:

C) Verificar, à beira do leito, a identificação do hemocomponente, conferir se foi

corretamente administrado ao paciente com a devida prescrição médica e conferir

se houve erros ou troca.

Comentário: Em caso de reações imediatas, serão adotadas, entre outras, as

seguintes medidas: I - interromper a transfusão, sendo que em caso de reações

alérgicas leves (urticária) a transfusão do componente sanguíneo não precisa ser

suspensa; II - manter acesso venoso; III - examinar rótulos das bolsas e de todos os

registros atinentes para verificar se houve erro na identificação do paciente ou das

bolsas transfundidas; IV - não desprezar as bolsas de componentes sanguíneos

transfundidas e encaminhá-las ao serviço de hemoterapia, quando pertinente; V -

comunicar ao médico assistente e/ou médico do serviço de hemoterapia; VI -

informar ao comitê transfusional; eVII - notificar a ocorrência à autoridade sanitária

competente.

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27.( AOCP - EBSERH/HU-UFMS - Técnico em Enfermagem – 2014): Em caso de

reações adversas ou alterações significativas de sinais vitais durante a transfusão de

hemocomponentes, devem ser tomadas as seguintes providências, EXCETO

A) administrar medicação para a reação na mesma via que está instalado o

hemocomponente.

B) examinar cuidadosamente todas as etiquetas, rótulos e registros, conferindo

novamente os dados do paciente com os da unidade de sangue ou componente em uso.

C) interromper a transfusão até segunda ordem.

D) colher amostras de sangue para exame.

E) comunicar ao supervisor de enfermagem.

Resposta Correta:

A) administrar medicação para a reação na mesma via que está instalado o

hemocomponente.

Comentário: Não adicionar nenhum medicamento à bolsa do hemocomponente e

nem infundi-lo em paralelo, com exceção, eventualmente, do soro fisiológico a 0,

9%.

NOTA 1

As amostras devem ser escolhidas preferencialmente de outro acesso

que não aquele utilizado para a transfusão.

NOTA 2

Em casos de reação urticariforme ou sobrecarga circulatória, não é

necessária a coleta de amostra pós transfusional.

Em caso de reações transfusionais imediatas, serão adotadas, entre outras, as seguintes medidas:

I - interromper a transfusão, sendo que em caso de reações alérgicas leves (urticária) a transfusão do componente sanguíneo não precisa ser suspensa;

II - manter acesso venoso;

III - examinar rótulos das bolsas e de todos os registros atinentes para verificar se houve erro na identificação do paciente ou das bolsas transfundidas;

IV - não desprezar as bolsas de componentes sanguíneos transfundidas e encaminhá-las ao serviço de hemoterapia, quando pertinente;

V - comunicar ao médico assistente e/ou médico do serviço de hemoterapia;

VI - informar ao comitê transfusional; e

VII - notificar a ocorrência à autoridade sanitária competente.

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28. (Instituto Machado de Assis - Prefeitura de Belém do Piauí - PI - Enfermeiro –

2015): Diante de uma reação transfusional imediata, são cuidados de enfermagem,

exceto:

A) Observar e considerar qualquer sinal ou queixa manifestado pelo paciente.

B) Interromper imediatamente a transfusão ao observar qualquer anormalidade.

C) Manter acesso venoso com solução fisiológica a 0,9%.

D) Diminuir o gotejamento da infusão.

Resposta Correta:

D) Diminuir o gotejamento da infusão.

Comentário: De acordo com a Portaria N°1.660 de 22 de Julho de 2009, em caso de

reações imediatas, serão adotadas, entre outras, as seguintes medidas: I -

interromper a transfusão, sendo que em caso de reações alérgicas leves (urticária)

a transfusão do componente sanguíneo não precisa ser suspensa;II - manter

acesso venoso;III - examinar rótulos das bolsas e de todos os registros atinentes

para verificar se houve erro na identificação do paciente ou das bolsas

transfundidas;IV - não desprezar as bolsas de componentes sanguíneos

transfundidas e encaminhá-las ao serviço de hemoterapia, quando pertinente;V -

comunicar ao médico assistente e/ou médico do serviço de hemoterapia;VI -

informar ao comitê transfusional; eVII - notificar a ocorrência à autoridade sanitária

competente.

29.( AOCP - EBSERH/ HC-UFMG - Enfermeiro - Hemoterapia – 2014 ): Homem, 30

anos, após sofrer um acidente automobilístico deu entrada no hospital trazido pela equipe

do Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência, sendo indicado o uso de

hemocomponentes para sua estabilização. Verificado os sinais vitais pré-transfusionais foi

constatado: PA=80/50mmHg, FC=48bpm, FR=14rpm, T(axilar)=34,5ºC. Durante o ato

transfusional, nos primeiros 15 minutos, realizada novamente a verificação dos sinais

vitais, obteve-se os seguintes resultados: PA=90/60mmHg, FC=50bpm, FR=18rpm,

T(axilar)=36,8ºC. Qual medida deve ser adotada em relação à transfusão?

A) Suspender imediatamente a transfusão, pois trata-se de uma reação febril.

B)Continuar acompanhando a evolução da transfusão.

C) Aumentar o gotejamento e injetar soro fisiológico no hemocomponente para facilitar a

transfusão.

D) Diminuir a velocidade de infusão e verificar novamente os sinais vitais dentro de 10

minutos.

E) Preencher o protocolo de reação transfusional e encaminhar a bolsa ao serviço de

hemoterapia para realizar os exames de cultura.

Resposta Correta:

B) Continuar acompanhando a evolução da transfusão

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9.5. PREVENÇÃO

Treinamento dos profissionais da saúde quanto as normas decoleta e identificação

de amostras e do paciente.

Avaliação criteriosa da indicação transfusional.

Avaliação das transfusões “de Urgência”.

Realizar uma historia pré-transfusional detalhada, incluindo historia gestacional,

transfusional, diagnóstico e tratamentos anteriores.

Atenção em todas as etapas relacionadas a transfusão.

Atenção redobrada na conferencia da bolsa e do paciente a beirado leito.

Infusão lenta nos primeiros 50ml.

De acordo com a reação transfusional utilizar pré-medicações, sangue

desleucocitado, irradiado ou lavado.

30.( AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Hematologia e Hemoterapia

– 2014) : Ao longo dos anos, a prática hemoterápica no Brasil tem sido alvo de constantes

normatizações. Entretanto, nem sempre foi assim. Desde a criação do primeiro banco de

sangue, em 1942, até 1964 não existiam registros de leis nacionais referentes à sua

regulamentação técnica. Sobre a evolução histórica das práticas hemoterápicas no Brasil,

é INCORRETO afirmar que:

A) a realização do primeiro curso de especialização em hemoterapia, organizado pelo

Instituto Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro na década de 40, tornou-se um catalisador do

crescimento científico da área.

B) somente no final da década de 80, foi publicada a regulamentação técnica da prática

hemoterápica que estipulava as provas de compatibilidade, de pesquisa de anticorpos

irregulares nas amostras de sangue do receptor e do doador e a tipagem ABO e RhD.

C) a Portaria 721/89 estabelece padrões mínimos de identificação das requisições de

transfusão, das amostras de sangue de receptor e de seu armazenamento por um período

mínimo de 48 horas, a fim de possibilitar o esclarecimento das reações transfusionais, e

de etiquetas de identificação das bolsas de hemocomponentes preparadas para

transfusão.

D) somente na década de 60, com a criação da Comissão Nacional de Hemoterapia

(CNH), surgem as primeiras regulamentações técnicas da prática hemoterápica no país.

E) um histórico transfusional preciso é irrelevante para a prevenção de ocorrências de

reações transfusionais. Uma vez que avaliar a ocorrência de reações anteriores ou a

presença de anticorpos irregulares encontrados anteriormente, assim como a frequência

de uso de hemocomponentes são indiferentes na ocorrência de reações.

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Resposta Correta: E) Um histórico transfusional preciso é irrelevante para a

prevenção de ocorrências de reações transfusionais. Uma vez que avaliar a

ocorrência de reações anteriores ou a presença de anticorpos irregulares

encontrados anteriormente, assim como a frequência de uso de hemocomponentes

são indiferentes na ocorrência de reações.

Comentário: As orientações quanto à transfusão de hemocomponentes que serão

apresentadas tem a intenção de suplantar a avaliação criteriosa e individualizada do

profissional médico envolvido com o tratamento do paciente, que leva em

consideração situações clínicas particularizadas e/ou especiais, assim como as

características individuais dos pacientes, porém devem servir como orientação

básica no processo decisório.É de grande relevância o histórico anterior de história

de transfusões do paciente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenacão Nacional de DST e Aids. Preparação de

hemocomponentes. Brasilia, 1998. (SerieTELELAB).

______. Ministério da Saúde; Guia para o uso de Hemocomponentes.2ª edição.

Brasilia -DF, 2014

______. Ministério da Saude; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual

técnico de hemovigilância: Investigacão das reações transfusionais imediatas e

tardias nao-infecciosas. Brasilia,2007.

______. Ministério da Saude; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RESOLUÇÃO

RDC N° 34 de 11 de Junho de 2014.

______. Ministério da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria N°

1660 de 22 de Julho de 2009.Institui o Sistema de Notificação e Investigação em

Vigilância Sanitária – VIGIPOS, no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância

Sanitária, como parte integrante do Sistema Único de Saúde – SUS - Publicada no

Diário Oficial da União, Brasília, 24 de Julho de 2009.

______. Ministério da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolucão n.

10, de 23 de janeiro de 2004. Aprova asdiretrizes para uso de plasma fresco

congelado – PFC e de plasmavirus inativo. Diário Oficial da União, Poder Executivo,

Brasilia, DF,26 jan. 2004. Secao1, p. 28.

______. Ministério da Saúde; Agência Nacional de VigilânciaSanitária. Resolucão n.

153, de 14 de junho de 2004. Determina o regulamento técnico para os

procedimentos hemoterápicos,incluindo a coleta, o processamento, a testagem, o

armazenamento,o transporte, o controle de qualidade e o uso humano de sangue, e

seus componentes, obtidos do sangue venoso, do cordão umbilical,da placenta e da

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84

medula ossea. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasilia, DF, 24 jun. 2004.

Secao1, p. 68

Manual De Transfusão Hospitalar E Complicação Transfusional. Centro de

Hematologia e Hemoterapia do Paraná. Secretaria De Estado Da Saúde – SESA

Curitiba: 2013

Souza, M.H.L. e Elias, D.O. MANUAL DE INSTRUÇÃO PROGRAMADA

INTERATIVA. Princípios de Hematologia e Hemoterapia. Centro de Estudos Alfa Rio

Perfusion Line - Rio de Janeiro – RJ: 2005

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SIMULADO

1 – (Instituto Machado de Assis - Prefeitura de Belém do Piauí - PI - Enfermeiro –

2015): Diante de uma reação transfusional imediata, são cuidados de enfermagem,

exceto:

A) Observar e considerar qualquer sinal ou queixa manifestado pelo paciente.

B) Interromper imediatamente a transfusão ao observar qualquer anormalidade.

C) Manter acesso venoso com solução fisiológica a 0,9%.A

D) Diminuir o gotejamento da infusão.

2 – (UNIUV - Prefeitura de Jaguariaíva - PR - Enfermeiro – 2015) : Quando realizada

uma hemotransfusão e o doador e receptor são incompatíveis, pode resultar em uma

reação de hipersensibilidade. Diante dessa intercorrência, o primeiro passo a ser tomado

pelo enfermeiro é _______________. Assinale a alternativa que completa corretamente a

lacuna:

A) Verificar a pressão arterial e a frequência cardíaca;

B) Administrar fármaco anti-histamínico;

C) Suspender a transfusão sanguínea;

D) Diminuir o gotejamento do sangue administrado;

E) Administrar soro tipo ringer lactato.

3 –( UNIUV - Prefeitura de Jaguariaíva - PR - Enfermeiro – 2015): Um homem de 45

anos estava andando de bicicleta e foi atropelado por um carro em fuga, em alta

velocidade, resultando em ferimentos múltiplos. Durante o seu processo de

hospitalização, foi necessária a administração de sangue. Contudo, por princípio religioso,

o homem recusou a transfusão. Como profissional da saúde e responsável pelo plantão,

você deve _______________. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:

A) Decidir junto ao médico responsável e administrar o sangue;

B) Tentar mudar a decisão do paciente;

C) Realizar a transfusão, por meio de disfarces ou quando o paciente adormecer;

D) Respeitar a crença religiosa do paciente e não administrar o sangue;

E) Conversar e pedir a autorização ao líder religioso, para realizar a transfusão.

4. (AOCP - EBSERH - Nacional - Enfermeiro - Hemoterapia – 2015 ): Quais valores

mínimos aceitáveis de hemoglobina (Hb) ou hematócrito (Ht) estipulados, pela Portaria

vigente em nosso país a qual redefine o regulamento técnico de procedimentos

hemoterápicos, permitem a doação de sangue?

A) Hb=12,0g/dl ou Ht=38% (mulheres)/ Hb=13,0g/dl ou Ht=39% (homens).

B) Hb=12,5g/dl ou Ht=38% (mulheres)/ Hb=13,0g/dl ou Ht=39% (homens).

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C) Hb=12,5g/dl ou Ht=39% (mulheres)/ Hb=13,0g/dl ou Ht=40% (homens).

D) Hb=12,0g/dl ou Ht=38% (mulheres)/ Hb=13,5g/dl ou Ht=39% (homens).

E) Hb=12,4g/dl ou Ht=39% (mulheres)/ Hb=13,5g/dl ou Ht=39% (homens).

5. (AOCP - EBSERH - Nacional - Enfermeiro - Hemoterapia – 2015): Qual é a Portaria

vigente em nosso país que redefine o regulamento técnico de procedimentos

hemoterápicos?

A) PORTARIA Nº 2.714, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2013.

B) PORTARIA Nº 2.712, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2013.

C) PORTARIA Nº 2.712, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2013.

D) PORTARIA Nº 2.712, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2012.

E) PORTARIA Nº 2.713, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2012.

6. (UNIUV - Prefeitura de Jaguariaíva - PR - Enfermeiro – 2015): Conhecer o tipo

sanguíneo dos pacientes é de suma importância para evitar reações transfusionais. Em

relação ao sistema ABO e à transfusão de hemácias, está incorreta a sentença:

A) Um tipo sanguíneo AB pode receber hemácias dos grupos AB, A, B, e O;

B) Um tipo sanguíneo O pode receber hemácias dos grupos AB, A, B, e O;

C) Um tipo sanguíneo A pode receber hemácias dos grupos O e A;

D) Um tipo sanguíneo B pode receber hemácias dos grupos O e B;

E) Um tipo sanguíneo O pode doar para os grupos AB, A, B e O.

7. (AOCP - EBSERH - Nacional - Enfermeiro - Oncologia – 2015): Considerando o

sistema ABO para as transfusões sanguíneas, os antígenos ABO estão presentes no

seguinte componente do sangue:

A) hemácias.

B) plasma.

C) plaquetas.

D) leucócitos.

E) blastos.

8. (AOCP - EBSERH - Nacional - Enfermeiro - Hemoterapia – 2015 ) : Especifica as

"competências e atribuições do enfermeiro em Hemoterapia". Segundo a qual, "o

enfermeiro deve planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os procedimentos

de hemoterapia nas unidades de saúde, visando assegurar a qualidade do sangue,

hemocomponentes e hemoderivados." Esse enunciado refere-se a qual resolução do

COFEN?

A) Resolução nº 0511/2016.

B) Resolução nº 189/1996.

C) Resolução nº 441/2013.

D) Resolução nº 071/1981.

E) Resolução nº 385/2011.

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9. ( FGV Projetos - Tribunal de Justiça do Estado da Bahia - TJ-BA - Enfermeiro –

2014): O ato transfusional compreende as etapas de administração do sangue e

monitoramento do procedimento, devendo ser executado e/ou supervisionado pelo

enfermeiro. Acerca desse procedimento, analise as afirmativas a seguir, considerando V

para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):

( ) Os hemocomponentes devem ser infundidos em, no máximo, 4 horas; quando esse

período for ultrapassado, a transfusão deve ser interrompida e as bolsas descartadas.

( ) A identificação do receptor que consta da bolsa deve ser conferida com a identificação

do paciente, e, havendo qualquer discrepância, a transfusão deve ser suspensa até que o

problema seja esclarecido.

( ) Em caso de complicações transfusionais imediatas, a transfusão deve ser interrompida,

devendo ser suspensa caso sejam evidenciadas reações alérgicas leves (urticária).

A sequência correta é:

A) V – V – F;

B) V – F – V;

C) F – V – F;

D) F – V – V;

E) V – V – V.

10. (AOCP - EBSERH/HU-UFGD - Enfermeiro - Oncologista – 2014 ):Homem, 54 anos,

em tratamento quimioterápico de leucemia, internado com neutropenia febril, será

submetido à hemotransfusão com 8 unidades de concentrado de plaquetas. Dentre os

cuidados para conservação deste hemocomponente, deve-se:

A) manter as bolsas no congelador, com temperatura abaixo de 0oC até sua

administração.

B) manter as bolsas na geladeira entre 2oC e 8oC até sua administração.

C) manter as bolsas em constante agitação em temperatura ambiente até sua

administração.

D) administrar cada bolsa com velocidade de infusão de 2 a 4 horas.

E) administrar cada bolsa com fluxo livre de infusão, uma seguida da outra.

11. (AOCP - EBSERH/HU-UFMS - Enfermeiro - Saúde da Criança e do Adolescente -

Neonatologia – 2014 ): Sobre a transfusão de concentrado de hemácias (CH) em anemia

normovolêmica, informe se é verdadeira (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e

assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) A transfusão de concentrado de hemácias deve ser considerada para expansão do

volume vascular, quando a capacidade de transporte de O2 estiver adequada.

( ) No paciente que tem lesões de difícil cicatrização, o CH deve ser utilizado como forma

de aumentar a oferta de nutrientes ao tecido, acelerando o processo de cicatrização.

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( ) De modo geral, anemias em que o nível de Hb é superior a 10g/dL (Hct superior a

30%) são bem toleradas, e só excepcionalmente, requerem transfusão.

( ) Quando a Hb é inferior a 7g/dL existe grande risco de hipóxia tecidual e

comprometimento das funções vitais. Assim, o paciente se beneficia com a transfusão de

CH.

A) F - V - V - V.

B) V - V - F - F.

C) F - F - V - V.

D) V - V - V - F.

E) F - V - F - V.

12. (AOCP - EBSERH/ HC-UFMG - Enfermeiro - Terapia Intensiva Pediátrica – 2014):

A exsanguiniotransfusão é um procedimento e um tipo de tratamento adotado nos recém-

nascidos em alguns casos específicos, como a hiperbilirrubinemia, para:

A) remover as substâncias tóxicas do sistema linfático e promover um crescimento

saudável do recém-nascido.

B) remover mecanicamente o colesterol ruim.

C) facilitar a troca gasosa e de nutrientes.

D) diminuir a intensidade da reação imunológica na doença hemolítica, remover a

bilirrubina indireta e corrigir a anemia.

E) aumentar a porcentagem de hemácias.

13. (AOCP - EBSERH/HU-UFMS - Técnico em Enfermagem –2014): Considerando os

cuidados recomendados para o tratamento hemoterápico, é correto afirmar que:

A) não há tempo máximo para a infusão de uma mesma bolsa de hemocomponente.

B) os sinais vitais devem ser verificados exclusivamente ao término da infusão.

C) todo hemoterápico deve ser aquecido a 38° antes de sua infusão.

D) não há recomendações quanto ao calibre do acesso venoso para administração de

hemoterápicos.

E) todo hemoterápico deve ser administrado com equipo com filtro capaz de reter

coágulos e agregados.

14.( AOCP - EBSERH/HU-UFMS - Técnico em Enfermagem – 2014): Em caso de

reações adversas ou alterações significativas de sinais vitais durante a transfusão de

hemocomponentes, devem ser tomadas as seguintes providências, EXCETO

A) administrar medicação para a reação na mesma via que está instalado o

hemocomponente.

B) examinar cuidadosamente todas as etiquetas, rótulos e registros, conferindo

novamente os dados do paciente com os da unidade de sangue ou componente em uso.

C) interromper a transfusão até segunda ordem.

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D) colher amostras de sangue para exame.

E) comunicar ao supervisor de enfermagem.

15. ( AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Hematologia e

Hemoterapia – 2014): Conforme Ato Portaria nº 1.353, de 13 de junho de 2011, que

aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos, é correto afirmar que:

A) no cumprimento do Regulamento Técnico de que trata esta Portaria, estão

dispensados de observância os requisitos sanitários para funcionamento de serviços de

hemoterapia definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

B) o Regulamento Técnico deverá ser observado exclusivamente por órgãos e entidades

privadas, que executam atividades hemoterápicas em todo o território nacional no âmbito

do Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados (SINASAN).

C) a transfusão de sangue e componentes deve ser utilizada irrestritamente na medicina,

por ser um procedimento isento de risco.

D) os serviços de hemoterapia deverão capacitar os técnicos da Hemorrede e de suas

unidades vinculadas de saúde para melhoria de atenção e acolhimento aos candidatos à

doação, evitando manifestação de preconceito e discriminação.

E) a orientação sexual (heterossexualidade, bissexualidade, homossexualidade) deve ser

usada como critério para seleção de doadores de sangue, por constituir risco em si

própria.

16. – (AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Hematologia e

Hemoterapia – 2014 ):Conforme o ato Portaria nº 1.353, de 13 de junho de 2011, que

aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos, sobre os tipos de

doação, assinale a alternativa correta.

A) Doação espontânea - doação advinda do indivíduo que doa para atender à

necessidade de um paciente. São feitas por pessoas motivadas pelo próprio serviço, pela

família e amigos para repor o estoque de hemocomponentes do serviço de hemoterapia.

B) Doação de reposição - doação feita por pessoas motivadas para manter o estoque de

sangue do serviço de hemoterapia. É decorrente de um ato de altruísmo, sem ter o nome

de um possível receptor.

C) Doação autóloga - doação do próprio paciente para seu uso exclusivo.

D) Doador inapto definitivo - doador que se encontra impedido de doar sangue para outra

pessoa por um período indefinido de tempo segundo as normas regulatórias vigentes.

Pode realizar doação autóloga.

E) Doador inapto por tempo indeterminado - doador que nunca poderá doar sangue para

outra pessoa. Em alguns casos pode realizar doação autóloga.

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17. (AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Hematologia e Hemoterapia

– 2014) : Ao longo dos anos, a prática hemoterápica no Brasil tem sido alvo de constantes

normatizações. Entretanto, nem sempre foi assim. Desde a criação do primeiro banco de

sangue, em 1942, até 1964 não existiam registros de leis nacionais referentes à sua

regulamentação técnica. Sobre a evolução histórica das práticas hemoterápicas no Brasil,

é INCORRETO afirmar que:

A) a realização do primeiro curso de especialização em hemoterapia, organizado pelo

Instituto Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro na década de 40, tornou-se um catalisador do

crescimento científico da área.

B) somente no final da década de 80, foi publicada a regulamentação técnica da prática

hemoterápica que estipulava as provas de compatibilidade, de pesquisa de anticorpos

irregulares nas amostras de sangue do receptor e do doador e a tipagem ABO e RhD.

C) a Portaria 721/89 estabelece padrões mínimos de identificação das requisições de

transfusão, das amostras de sangue de receptor e de seu armazenamento por um período

mínimo de 48 horas, a fim de possibilitar o esclarecimento das reações transfusionais, e

de etiquetas de identificação das bolsas de hemocomponentes preparadas para

transfusão.

D) somente na década de 60, com a criação da Comissão Nacional de Hemoterapia

(CNH), surgem as primeiras regulamentações técnicas da prática hemoterápica no país.

E) um histórico transfusional preciso é irrelevante para a prevenção de ocorrências de

reações transfusionais. Uma vez que avaliar a ocorrência de reações anteriores ou a

presença de anticorpos irregulares encontrados anteriormente, assim como a frequência

de uso de hemocomponentes são indiferentes na ocorrência de reações.

18. )AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Hematologia e Hemoterapia

– 2014): Os candidatos à doação devem passar por uma "seleção" antes de doarem

sangue. Essa seleção, de responsabilidade do serviço de hemoterapia que realiza a

coleta do sangue, é chamada de triagem clínica e deve ser realizada por profissional de

saúde habilitado, sob supervisão médica, no mesmo dia da doação/coleta. É realizada

com o intuito de selecionar, dentre os candidatos apresentados, somente aqueles que

preencherem os critérios desejáveis para um doador de sangue. Desse modo, como a

triagem clínica visa a proteger a saúde do doador e a saúde do receptor, devem ser

verificados os seguintes dados, EXCETO:

A) peso.

B) pressão arterial (PA).

C) temperatura.

D) dosagem de Hemoglobina (Hb) ou do Hematórito (Ht).

E) imagem radiológica de tórax.

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19. (AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Hematologia e Hemoterapia

– 2014): Os hemocomponentes liberados para o consumo somente poderão ser

transfundidos quando devidamente prescritos por médico e após a realização dos testes

pré-transfusionais pelo serviço de hemoterapia responsável pelo preparo da transfusão.

Tais testes têm o objetivo básico de garantir a compatibilidade sanguínea entre o doador e

o receptor. Desse modo, as seguintes etapas deverão ser seguidas pelo serviço de

hemoterapia sempre que for solicitada uma transfusão. Ordene-as conforme a sequência

temporal de sua ocorrência e assinale a alternativa correspondente à sequência correta.

( ) Recebimento e conferência dos dados da requisição da transfusão feita pelo médico

responsável por ela, juntamente com a amostra de sangue do receptor.

( ) Retipagem ABO (direta) e RhD (quando esse for negativo) do(s) hemocomponente(s)

contendo hemácias.

( ) Seleção do(s) hemocomponente(s) respeitando-se a compatibilidade ABO/RhD.

( ) Liberação do(s) hemocomponente(s) para transfusão.

( ) Identificação do(s) hemocomponente(s) preparado(s) com os dados de identificação do

receptor.

( ) Realização da Tipagem ABO (direta e reversa), tipagem RhD (pesquisa do D fraco

quando aplicável) e pesquisa (e identificação se necessário) de anticorpos irregulares na

amostra do receptor.

( ) Realização da prova de compatibilidade, sempre que se tratar da prescrição de

hemocomponentes contendo hemácias.

A) 1 - 3 - 7 - 5 - 6 - 2 - 4.

B) 2 - 1 - 3 - 7 - 6 - 5 - 4.

C) 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7.

D) 1 - 3 - 7 - 6 - 5 - 4 - 2.

E) 7 - 6 - 5 - 4 - 3 - 2 - 1.

20. (AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Hematologia e Hemoterapia – 2014 ): A equipe de saúde é principalmente responsável pela unidade onde o paciente recebe a transfusão, deve implementar medidas visando a diminuir riscos e complicações. Assim, equipamentos e materiais para emergência, suporte ventilatório, devem estar disponíveis e em perfeito funcionamento. Na suspeita de reação transfusional, assinale a alternativa correta em relação às ações que devem ser iniciadas: A) Continuar a transfusão e comunicar imediatamente o médico plantonista.

B) Manter o acesso venoso permeável com solução heparinizada.

C) Verificar, à beira do leito, a identificação do hemocomponente, conferir se foi corretamente

administrado ao paciente com a devida prescrição médica e conferir se houve erros ou troca.

D) Não é necessário verificar os sinais vitais, e sim observar o estado cardiorrespiratório.

E) Não é necessário comunicar a reação ao serviço de hemoterapia, apenas se for reação grave.

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21. (AOCP - EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Hematologia e Hemoterapia

– 2014) : O Controle da Qualidade de hemocomponentes tem a finalidade de prevenir,

detectar, identificar e corrigir erros ou variações que possam ocorrer em todas as fases da

realização dos testes. Com a padronização correta dos processos, podemos avaliar e

garantir a qualidade desejada. Assinale a alternativa que corresponde às ações que

devem ser implementadas pelo serviço.

A) Contar com uma equipe técnica com boa formação profissional, sendo assim

desnecessário descrever as atividades e responsabilidades de cada um dos

colaboradores.

B) Documentar todas as atividades no formato de procedimentos operacionais

padronizados (POP's), específicos, completos, autorizados, controlados e revisados

periodicamente.

C) Descrever a estrutura do laboratório com as atividades operacionais e funcionais de

modo que todos os envolvidos sejam responsáveis pelos processos, sem delimitar assim

as responsabilidades.

D) Estabelecer mecanismos onde as observações originais, cálculos, dados, calibrações,

registros de validação e de verificação, resultados finais e outros, possam ser descartados

com segurança, uma vez que não há necessidade de acumular papéis já utilizados.

E) A descrição detalhada dos processos descarta a necessidade de demonstrar, por meio

da validação, que os métodos de ensaio que executam conduzem a resultados confiáveis

e adequados ao uso pretendido.

22.( AOCP - EBSERH/ HC-UFMG - Enfermeiro - Hemoterapia – 2014): Conforme a Portaria No. 2712/2013, em relação ao critério relacionado à idade do candidato à doação de sangue é correto afirmar que A) o candidato deve ter entre 18 anos completos e 65 anos, 11 meses e 29 dias; sendo autorizado a doação por menores de idade em casos especiais, desde que estejam em união estável. B) a idade adequada para doação é de 16 a 24 anos incompletos, pois nesta faixa etária as células sanguíneas possuem uma melhor resposta na transfusão, diminuindo o tempo de internação do receptor. C) o candidato deve ter idade entre 16 anos completos e 69 anos, 11 meses e 29 dias, sendo o limite para a primeira doação 60 anos, 11 meses e 29 dias; em casos de necessidades tecnicamente justificáveis e documentadas, o candidato cuja idade seja inferior a 16 anos ou igual ou superior a 70 anos poderá ser aceito para fins de doação. D) o candidato deve ter 16 anos completos, sendo autorizada a doação enquanto o candidato dispor de boa saúde. E) é imprescindível que o candidato à doação de sangue esteja na faixa etária de 16 anos completos, até 67 anos, 11 meses e 29 dias; sendo a única restrição que sua primeira doação ocorra antes dos 65 anos completos.

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23. (AOCP - EBSERH/ HC-UFMG - Enfermeiro - Hemoterapia – 2014): Quais são as modalidades de transfusão? A) Programada; de Rotina; de Urgência; de Emergência. B) Rápida; Lenta; Demorada; Veloz. C) De Emergência; Parada; de Urgência; Programada. D) Rotina; Emergência; Preparada; Urgência. E) Urgência; Conveniada; Emergência; Indispensável.

24. (AOCP - EBSERH/ HC-UFMG - Enfermeiro - Hemoterapia – 2014): Quanto à transfusão sanguínea de concentrado de hemácia, assinale a alternativa INCORRETA. A) Antes do início da transfusão, os componentes eritrocitários não permanecerão à temperatura ambiente por mais de 30 minutos. B) É considerado doador universal, quem possuir a tipagem sanguínea O e o Rh

Negativo; e o receptor universal, quem possuir tipagem sanguínea AB e o Rh Positivo.

C) O tempo máximo de transfusão é 4 horas, quando atingido este período, a transfusão

será interrompida e a bolsa descartada.

D) Deve-se adicionar solução fisiológica 0,9% em todas bolsas de concentrado de

hemácias, para facilitar a transfusão.

E) Um receptor com tipagem A e Rh Positivo, poderá receber um hemocomponente com

tipagem sanguínea O e o Rh Positivo, se este for o componente com melhor

especificidade disponível no Serviço de Hemoterapia.

25.( AOCP - EBSERH/ HC-UFMG - Enfermeiro - Hemoterapia – 2014 ): Homem, 30 anos, após sofrer um acidente automobilístico deu entrada no hospital trazido pela equipe do Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência, sendo indicado o uso de hemocomponentes para sua estabilização. Verificado os sinais vitais pré-transfusionais foi constatado: PA=80/50mmHg, FC=48bpm, FR=14rpm, T(axilar)=34,5ºC. Durante o ato transfusional, nos primeiros 15 minutos, realizada novamente a verificação dos sinais vitais, obteve-se os seguintes resultados: PA=90/60mmHg, FC=50bpm, FR=18rpm, T(axilar)=36,8ºC. Qual medida deve ser adotada em relação à transfusão? A) Suspender imediatamente a transfusão, pois trata-se de uma reação febril. B)Continuar acompanhando a evolução da transfusão.

C) Aumentar o gotejamento e injetar soro fisiológico no hemocomponente para facilitar a

transfusão.

D) Diminuir a velocidade de infusão e verificar novamente os sinais vitais dentro de 10

minutos.

E) Preencher o protocolo de reação transfusional e encaminhar a bolsa ao serviço de

hemoterapia para realizar os exames de cultura.

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26. (AOCP - EBSERH/ HC-UFMG - Enfermeiro - Hemoterapia – 2014) : Quais são as

competências do Comitê Transfusional?

A) Informar ao receptor que lhe foi transfundido o hemocomponente e as formas de

pagamento.

B) Modificar a prescrição dos hemocomponentes, quando houver exageros dos médicos

solicitantes, sem aviso prévio.

C) Realizar as ligações para o Serviço Hemoterápico, avisando a necessidade dos

hemocomponentes e sua tipagem.

D) Participar de campanhas para divulgar a necessidade de mais sangue para o suprir a

demanda hospitalar.

E) Monitorar a prática hemoterápica na instituição de assistência à saúde para uso

racional do sangue, a atividade educacional continuada em hemoterapia, a hemovigilância

e a elaboração de protocolos de atendimento da rotina hemoterápica.

27.( FCC - Tribunal Regional do Trabalho / 9ª Região - Técnico Judiciário - Área

Enfermagem – 2013): Um cliente informa que faz uso da auto-hemoterapia como

recurso terapêutico e solicita a sua aplicação pelo profissional de enfermagem.

Considerando-se a Resolução COFEN nº 346/2009, essa prática é:

A) permitida ao técnico de enfermagem após autorização da ANVISA (Agência Nacional

de Vigilância Sanitária).

B) permitida, considerando-se a autorização pela Nota Técnica da ANVISA nº 01 de

13/04/2007.

C) permitida aos profissionais de enfermagem, quando realizada sob supervisão do

enfermeiro especialista em terapias complementares.

D) permitida ao enfermeiro especialista em terapias complementares e proibida aos

demais profissionais.

E) proibida aos profissionais de enfermagem.

28.( IBFC - Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia - Enfermeiro – 2013): A

Portaria MS nº 1.353, de 13.06.2011 aprovou o regulamento técnico de procedimentos

hemoterápicos. Considerando essa legislação, analise as sentenças abaixo e assinale

v(verdadeiro) ou F(falso):

( ) A frequência máxima admitida e o intervalo entre as doações são de três doações

anuais para o homem e de duas doações anuais para a mulher, exceto em circunstâncias

especiais que devem ser avaliadas e aprovadas pelo responsável técnico.

( ) O doador de sangue ou componentes deve ter idade máxima de 64 anos, 11 meses e

29 dias.

( ) O peso mínimo para um candidato a doador ser aceito para a doação é de 50 kg.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

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A) V,V,V.

B) F,V,F.

C) V,F,F

D) F,F,V.

29. (IBFC - Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia - Enfermeiro 2013)

Considerando a RDC- 57, de 16 de dezembro de 2010, analise as sentenças abaixo e

assinale v (verdadeiro) ou F (falso):

( ) As bolsas de sangue total com volume inferior a 300 ml devem ser desprezadas exceto

que sejam produzidas em bolsas específicas para esta finalidade.

( ) A irradiação de hemocomponentes deve ser feita em irradiador de células usado para

tratamento de radioterapia, sob supervisão de profissional qualificado, não sendo

permitido para esse fim o uso de equipamento de acelerador linear.

( ) O plasma isento de crioprecipitado deve ser preparado em sistema fechado,

armazenado a 18ºC negativos ou menos, com validade de 24 meses. A sequência

correta, de cima para baixo, é:

A) V,F,F

B) F,V,V.

C) F,F,F

D) V,V,V.

30.(AOCP- HU- UFMG / EBSERH/2014):Sabemos que a doação de sangue é realizada

somente após uma triagem clínica, momento em que avalia as condições de saúde,

história pregressa e estilo de vida do candidato. Assinale a alternativa INCORRETA em

relação aos critérios de inaptidão temporária:

A) A ingestão do ácido acetilsalicílico interfere na função plaquetária , assim, é vedado a

doção de sangue enquanto estiver em uso desta medicação.

B) O candidato a doação e sangue que não poder suspender atividades tais como:

pilotagem de avião ou helicóptero, operação de máquinas de alto risco,como na indústria

e construção civil, trabalho em andaimes, paraquedismo ou mergulho, que ofereçam

riscos para si ou para outrem no período de 12 horas após a doação srá considerado

inapto temporário.

C)O uso de maconha impede a doação de sangue por 12 horas

D) É considerado inapto temporário o candidato que realizar qualquer procedimento

endoscópio.

E) A vacinação impede a doação por tempo determinado, sendo variável confome o tpo

de vacina.

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GABARITO

1 D

2 C

3 D

4 B

5 C

6 B

7 A

8 A

9 A

10 C

11 C

12 D

13 E

14 A

15 D

16 C

17 E

18 E

19 A

20 C

21 B

22 C

23 A

24 D

25 B

26 E

27 E

28 D

29 A

30 A