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14 OUT | Domingo | 2018 – 16h30Convento de São Pedro de Alcântara

SETE LÁGRIMASTin-Nam-Men ou A gruta de Patane

PROGRAMA

A PARTIDA

Quanto mais pode a fé que a força humana.Os Lusíadas, Canto III, Est. 111, Luís Vaz de Camões (c. 1524/1525-1580)

Filipe Faria (n.1976) e Sérgio Peixoto (n.1974) sobre romances anónimos(s.XVI)

Parto triste saludosoMis arreios son las armas

Que, nos perigos grandes, o temor É maior muitas vezes que o perigo;Os Lusíadas, Canto IV, Est. 29, Luís Vaz de Camões (c. 1524/1525-1580)

Vilancico “Negro” (s. XVII)Olá zente que aqui samo

Tradicional (Congo)Salelaka Mokonzi

O OUTRO LADO

E à terra que se não deixa salgar, que se lhe há-de fazer?Sermão de Santo António aos Peixes, 1654, Pe. António Vieira (1608-1697)

Gaspar Fernandes (c.1570-1629) Xicochi conentzitle

Tradicional (Brasil)Yemanjá ôtô

Vilancico anónimo (s. XVI/XVII)No soy yo quien veis vivir

Acabemos de nos desenganar, antes que se acabe o tempo.Sermão de Dia de Ramos, 1656, Pe. António Vieira (1608-1697)

Anónimo (Brasil)É tarde, ela dorme

J.A. da Silva Calado (1848-1880)Flor amorosa

Vinicius de Moraes (1913-1980) e Antônio Carlos Jobim (1927-1994)

Canção do amor demais

Filipe Faria Voz

Sérgio Peixoto Voz

Pedro Castro Flautas, oboé barroco e gaita-de-foles

Tiago Matias Alaúde, vihuela, guitarra barroca e tiorba

Mário Franco Contrabaixo

Rui Silva Percussão histórica

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A PERMANÊNCIA

E quando foi ao p.ro de abril desaparecemos de Malaqua [Macau] e asy fomos ao longuo da costa até a Ilha q se chama pulo pisão onde estiuemos de todo perdidos com ha muj.to grande trouoada q nos deu e em tanta man.ra q se noso snõr não fora seruido de se faser a vella em pedaços acabada era a viagem com a vida de nos todos.Peregrinação, 1614, Fernão Mendes Pinto (c.1509-1583)

Tradicional (Macau/China)Bastiana

Tradicional (Goa/Índia)Farar far

Tradicional (Timor)Mai fali é

E conhecendo hum daquelles, que como mayoral ou mestre da musica gouerna os outros, o Gaspar de Meirelez, lançou mão por elle para tanger, & metendolhe na mão ha viola lhe disse, rogote que cantes o mais alto que puderes, porque te ouça este defunto q aquy leuamos, porque te affirmo que vay muyto triste pela saudade que leua de sua molher & de seus filhos a que em estremo era affeiçoado (…)Peregrinação, 1614, Fernão Mendes Pinto

Tradicional (Japão)Takeda no komoriuta

Filipe Faria e Sérgio Peixoto sobre romance anónimo (s.XVI)Biem podera my desvemtura

BREVE DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

Conta a lenda que estando Camões desterrado em Macau se recolheu na Gruta de Patane, escutando o eco dos seus sonhos e do seu desespero, para escrever a grande epopeia d’Os Lusíadas que contava a história do seu povo. Ao partir conheceu uma nativa de Patane, Tin-Nam-Men (Dinamene), por quem se apaixonou. Partindo com o poeta na Nau de Prata irromperam pelos mares do sul quando foram assolados por uma grande tempestade. A Nau de Prata estava condenada a afundar-se, embarcaram as mulheres num batel e os homens salvaram-se a nado. Camões, de braço no ar, segurando Os Lusíadas, nadou até terra, mas o barco onde seguia a linda Tin-Nam-Men foi engolido pelas ondas.

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Notas de ProgramaAs grandes navegações portuguesas dos séculos XV e XVI e o processo de expansão colonial subsequente abriram novos caminhos de comunicação e de intercâmbio cultural entre a Europa e o mundo, nos quais Portugal foi indiscutivelmente pioneiro. Não se tratou - importa sublinhá-lo sem equívocos - de um processo idílico e harmonioso de mero diálogo intercultural: foi marcado, como todos os colonialismos em todas as épocas da História da Humanidade, pela violência, pela agressão militar, pela ocupação territorial, pela exploração económica, pelo tráfico de escravos, pela intolerância religiosa. (...) A elevada taxa de miscigenação étnica que desde logo marcou as sociedades colonias portuguesas, consequência prática, é verdade, de uma reduzida presença de mulheres europeias nas primeiras expedições, mas ao mesmo tempo sinal de um desejo menos reprimido pelo preconceito racial, foi acompanhada de uma vontade evidente de provar as cozinhas locais e os seus ingredientes exóticos, do fascínio pelos motivos decorativos dos tapetes, cerâmicas e porcelanas de cada região, da tentação de experimentar canções e danças com ritmos e melodias diferentes e sedutores.

A dominação colonial portuguesa procurou, certamente, impor em cada território ocupado uma matriz idêntica à das práticas artísticas e culturais do Reino, em particular as associadas ao Catolicismo, mas não só soube adaptar essa matriz aos materiais específicos disponíveis em cada zona como não hesitou em incorporar em si mesma muitas das facetas das expressões artísticas com que se foi deparando, terra a terra, continente a continente. De todas as potências coloniais europeias, Portugal foi sem qualquer dúvida aquela em cuja Cultura se integraram mais influências asiáticas, africanas e sul-americanas, e o império colonial português revelou-se assim um espaço de intensa circulação, interação e fusão de modelos culturais. O que o Sete Lágrimas nos propõe mais uma vez é uma viagem por repertórios escritos e orais, mais próximos ou mais remotos, de teor ora mais erudito ora mais popular, que refletem esta vivência de seis séculos de partilhas artísticas intensas num mundo interligado pela primeira vez pelas caravelas portuguesas e marcado no decurso desse tempo longo por luzes e sombras, dores e alegrias, violência e paixão de que a Música dá testemunho.

Rui Vieira Nery. Musicólogo

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Dados Biográficos Sete Lágrimas Fundado em Lisboa, em 1999, por Filipe Faria e Sérgio Peixoto, Sete Lágrimas assume o nome da inovadora coleção de danças do compositor renascentista John Dowland (1563-1626) publicadas por John Windet em 1604 quando o compositor era alaudista de Cristiano IV da Dinamarca.Profundamente dedicados aos diálogos da música antiga com a contemporaneidade bem como da música erudita com as tradições seculares, Sete Lágrimas juntam músicos de diferentes horizontes musicais em torno de projetos conceptuais animados tanto por profundas investigações musicológicas como por processos de inovação, irreverência e criatividade em torno dos sons, instrumentário e memórias da música antiga.Nestes projetos são identificáveis os diálogos entre a música erudita e a popular, entre a música antiga e a contemporânea e entre a secular diáspora portuguesa dos descobrimentos e o eixo latino mediterrânico convertidos em som através tanto da fiel interpretação dos cânones interpretativos da música antiga como de uma aproximação a elementos definidores da música tradicional ou do jazz.

Desde a sua fundação, o grupo desenvolve uma intensa atividade concertística de mais de trezentos e cinquenta concertos em doze países da Europa e Ásia, de onde se destacam: Portugal (Centro Cultural de Belém 2009/2011/2012/2013/2014/2015, Fundação Calouste Gulbenkian 2008/2015, Festival Terras sem Sombra 2003-2010 (como ensemble residente), Encontros de Música Antiga de Loulé 2006/2015, Festival de São Roque 2008/2009/2012/2016/2017), Museu de Aveiro 2010/2012, Festival das Artes de Coimbra 2011, Festival dos Capuchos 2012, Festival Internacional de Música da Madeira 2010, Festival Internacional de Música dos Açores, 2010 Festival Fora do Lugar 2012, Festival de Leiria 2011/2013, Festival de Almada 2013, etc…), Bulgária (Sliven 2011), Itália (Ravenna 2011, Festival Internazionale W. A. Mozart a Rovereto 2012), Malta (BirguFest 2011), Espanha (Festival de Música Antigua de Gijón 2010, Festival de Música Antigua de Úbeda y Baeza 2011, Museo Nacional de Valladolid 2011/2013, Fundación Juan March/Madrid 2012, Villaviciosa 2012, Abulensis Festival Internacional de Musica 2012…), China (Macau Internacional Music

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Festival 2011), Suécia (Stockholm Early Music Festival 2012), França (Festival Baroque de Sablé 2012, Opera de Lille 2013), Bélgica (Gent Festival van Vlaanderen 2012, Flemish Opera/Gent 2013, Bozar/Bruxelles 2013), Noruega (Stavanger Konzerthus 2013), República Checa (Prague Early Music Festival 2014), Luxemburgo (Philharmonie Luxembourg/Salle de Musique de Chambre 2014), etc...Sete Lágrimas chama, regularmente, aos seus projetos, músicos convidados das áreas da música antiga como María Cristina Kiehr (Argentina), Zsuzsi Tóth (Hungria) ou Ana Quintans (Portugal) e da música tradicional, jazz e do mundo como Mayra Andrade (Cabo Verde), António Zambujo (Portugal) ou Adufeiras de Monsanto (Portugal).No contexto dos projetos de diálogo entre a música antiga e a contemporânea “Kleine Musik” (MU0102/2008), “Silêncio” (MU0106/2009) e “Vento” (MU0108/2010), Sete Lágrimas estreia obras, especialmente dedicadas ao consort, dos compositores Ivan Moody (Inglaterra), João Madureira (Portugal), Andrew Smith (Noruega)

e Christopher Bochmann (Inglaterra). Em 2011 Sete Lágrimas apresentou, em estreia mundial, no Festival das Artes de Coimbra, a encomenda da obra “Lamento” ao escritor José Luís Peixoto, vencedor do Prémio Literário José Saramago, e ao compositor João Madureira.Em Portugal como no estrangeiro, as temporadas de concertos e a sua extensa discografia é elogiada pela crítica e pelo público. Os seus doze títulos - “Lachrimæ #1” (MU0101/2007), “Kleine Musik” (MU0102/2008), “Diaspora.pt: Diáspora, vol.1” (MU0103/2008), “Silêncio” (MU0106/2009), “Pedra Irregular” (MU0107/2010), “Vento” (MU0108/2010) “Terra: Diáspora, vol.2” (MU0110/2011), “En tus brazos una noche” (MU0109/2012) e “Península: Diáspora. vol.3” (MU0110/2013), “Cantiga” (MU0113/2014), “Missa Mínima” (MU0116/2016) e o poema gráfico com texto e ilustrações de Filipe Faria e música de Sete Lágrimas “Um dia normal” (Livro + CD MU0116/2015) - recebem frequentemente o número máximo de estrelas (5 em 5), Escolha do Editor, Melhor do Ano, etc, nos principais jornais, rádios e revistas

de Portugal. Internacionalmente destacam--se as críticas discográficas na International Record Review, Doce Notas, Goldberg, etc.. ou as críticas aos concertos na Europa e na Ásia.Em 2008, 2011 e 2012 os três títulos do projeto Diáspora atingem o primeiro lugar do TOP de vendas das lojas FNAC. Em 2010, “Diaspora.pt” foi eleito no “Guia da Música Clássica” da mesma cadeia de lojas como “Discografia Essencial” e a carreira do Sete Lágrimas destacada na publicação “Alma Lusitana” (FNAC).Em 2011/2012 Sete Lágrimas é convidado para assumir o estatuto de Ensemble Associado da Temporada do Centro Cultural de Belém (CCB/Lisboa) tendo apresentado o “Tríptico da Terra” em três concertos esgotados.A convite da rádio clássica RDP Antena 2 Sete Lágrimas foi, em 2014, o representante português no projeto europeu da UER/EBU Union Européenne de Radio-Télévision - EURORADIO Christmas Folk Music Project - emitido em 30 rádios de 28 países como a BBC Radio 3 ou a France Musique.A sua discografia integra regularmente

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Sticklies, em Setembro/Outubro de 2018 - com 17 apresentações no Luxemburgo -, com a produtora Aline Bourguignon (França), o encenador Benjamin Prins (França), a dramaturga Pénélope Driant (França) e a cenógrafa e figurinista Nina Ball (Áustria), entre outros concertos no Centro Cultural de Belém, Festival de São Roque, Casa da Música, etc.Em 2019 o consort comemora 20 anos de carreira. Nesse contexto, a Arte das Musas edita um livro, com o apoio do Ministério da Cultura, da Direção-Geral das Artes e do Município de Idanha-a-Nova - UNESCO Creative City of Music, com o título provisório “7/20 - Sete Lágrimas, Vinte Anos”. O livro será escrito e organizado pelo autor e jornalista Luís Pedro Cabral (Visão, Expresso, Independente, etc... e autor de “A Cidade dos Aflitos”, 2018).Sete Lágrimas conta com o apoio do Ministério da Cultura (Governo de Portugal) e da Direção-Geral das Artes desde 2003. É representado pela produtora Arte das Musas e editado pela etiqueta MU/Arte das Musas.

as playlists das rádios clássicas de vários países europeus como Espanha (RNE Rádio Clásica), Inglaterra (BBC Radio 3), República Checa (Ceský rozhlas/Czech National Radio), Bósnia (Radio Beograd), Portugal (Antena 2/TSF/Antena 1...), etc...Nas mais recentes temporadas o consort apresentou-se em concertos no Centro Cultural de Belém (Pequeno Auditório, Lisboa), Seminário Menor de Braga, Festival Reencontros: Memórias Musicais de um Palácio (Sintra), Festival Fora do Lugar (Idanha-a-Nova), Fundação Calouste Gulbenkian (Grande Auditório, Lisboa), Festival Todos (Lisboa), Comemorações 500 anos da morte de João Roiz (Castelo Branco), Centro Cultural de Belém/Festival Dias da Música em Belém (Lisboa), Festival Internacional de Música de Espinho, DeBijloke (Ghent), Valladolid (Museo Nacional de San Gregorio e Teatro Zorilla), Fundação Oriente, Mosteiro da Batalha, Festival das Artes de Coimbra, entre outros...A Temporada 2018/2019 inicia-se com um projeto de criação, a convite da Philharmonie Luxembourg e de Pascal

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Filipe FariaDiretor MusicalFilipe nasce, em Lisboa, em 1976. Pai, músico, autor, programador, produtor e investigador licenciou-se em Ciências Musicais pela UNL (Universidade Nova de Lisboa/Faculdade de Ciências Sociais e Humanas) em 1998. Em 2000 termina a Pós-Graduação em Musicologia pela UAL (Universidade Autónoma de Lisboa), em 2002 a Especialização do Mestrado em Ciências Documentais pela UE (Universidade de Évora/Departamento de História) e em 2004 a Pós-Graduação do Mestrado em Arte, Património e Teoria do Restauro pela UL (Universidade de Lisboa/Faculdade de Letras/Instituto de História de Arte). Funda e co-coordena o projeto de licenciatura e pós-graduação em Ciências Musicais - UAL - em 1999/2001 e funda e coordena o projeto de Licenciatura em Educação Musical - ISCE - em 2008/2009.Em 2000 funda a produtora e editora Arte das Musas da qual é gestor e diretor artístico e de produção e com a qual desenvolve projetos originais e parcerias nacionais e internacionais nas áreas da arte, cultura e comunicação. Funda, em 2003, o Festival Terras sem Sombra de Música Sacra do Baixo Alentejo, do qual foi diretor artístico e de produção entre

2003-2010, e, em 2012, o Fora do Lugar - Festival Internacional de Músicas Antigas - em Idanha-a-Nova, do qual é diretor artístico e de produção. Estes projetos originais de sua autoria têm o apoio do Ministério da Cultura e da Direção-Geral das Artes entre outras entidades, públicas e privadas. Foi elemento efetivo do Coro Gulbenkian entre 1998 e 2013 tendo realizado digressões em Portugal, Espanha, França, Itália, China, Estados Unidos da América, Malta, Holanda, Bélgica, Alemanha, Inglaterra, Japão, Israel, entre outros, e músico freelancer nos mais prestigiados ensembles de música antiga nacionais no mesmo período. Em 1999 funda o consort de música antiga e contemporânea Sete Lágrimas, que co-dirige, com uma discografia de 12 títulos e uma carreira de mais de 350 concertos em Festivais e Centros Culturais da Europa e Ásia como Portugal, Bulgária, Itália, Malta, Espanha, China, Suécia, França, Bélgica, Noruega, Luxemburgo e República Checa. Em 2012 funda o projeto Noa Noa com uma discografia de 4 títulos e mais de 50 concertos em Portugal, França, Bélgica e Japão. Em 2015 edita o seu primeiro livro,

o poema gráfico “Um dia normal”. Em 2016 e 2017 cria os projetos multi-disciplinares “Todas as noutes passadas” (com Pedro Castro e Carla Albuquerque) e “Como dormirão meus olhos?” (com Pedro Castro), ambos sob encomenda do Centro Cultural de Belém/Fábrica das Artes em parceria com a Zonzo Compagnie (Bélgica) e com o financiamento do programa Europa Criativa da União Europeia. Completou o Curso Geral do Conservatório Nacional em 1992, o Curso Complementar de Violino do Conservatório Nacional de Lisboa/FMAC em1997, o Curso de Fotografia do Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual – com o fotógrafo Roger Meintjes, em 1995, o Curso de Pintura da Sociedade Nacional de Belas Artes entre 2001 e 2005 com os pintores Paiva Raposo e Mário Rita e o Atelier Livre de Pintura da SNBA, com o pintor Jaime Silva, em 2005. Em 2014 é convidado para a Comissão de Candidatura de Idanha-a-Nova à Rede das Cidades Criativas da UNESCO no âmbito da Música aprovada em 2015 por esta entidade. Desde 2015 representa Idanha-a-Nova como stakeholder em Meetings UNESCO na Suécia, Japão, Polónia, etc.

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Sérgio PeixotoDiretor MusicalIniciou a sua formação musical aos 5 anos de idade na Academia dos Amadores de Música e aos 8 anos como coralista e solista, tendo mais tarde ingressado no Instituto Gregoriano de Lisboa. É licenciado pela Universidade Nova de Lisboa no curso de Ciências Musicais. Foi membro do Grupo Vocal Olisipo de 1994 a 1998, com o qual participou em festivais internacionais para grupos vocais na Alemanha e Bélgica e em concursos internacionais na Bulgária, Finlândia e Itália, conseguindo em todos eles o 1º lugar na categoria de Coros de Câmara. Com o Grupo Vocal Olisipo grava dois discos de música polifónica portuguesa e participa em cursos com o prestigiado grupo vocal Inglês The King’s Singers. Ainda como membro do Grupo Vocal Olísipo participa na Convenção Anual da Association British Choral Directors em Inglaterra (1997) e é convidado a realizar uma série de Masterclasses no Canadá (Newfoundland e Labrador) integrados no “Festival 500 ”(2000) para grupos corais e de câmara. É membro efetivo do Coro Gulbenkian desde 1998 onde tem vindo a abordar as grandes

obras do repertório sinfónico e de câmara em concertos na Europa, Ásia e América, bem como a realização de gravações discográficas. É também membro do grupo Tetvocal (1999) com o qual tem realizado numerosos concertos pelo país, Brasil (2000 e 2002) e Tailândia (2002 e 2003 a convite da casa real tailandesa). Com o Tetvocal grava em 2003 “Um tributo a Sua Majestade o Rei da Tailândia” e em 2004 o “Lado A”, um disco que homenageia a música ligeira portuguesa dos últimos 20 anos. Em 2000 funda com Filipe Faria o consort Sete lágrimas especializando-se na área da música antiga europeia, tendo participado nos mais importantes festivais de música na Europa e Ásia. Com este projeto grava pela editora Arte das Musas os álbuns “Lachrimae #1”(2007), “Kleine Musik” (2008), “Diaspora.pt” (2008), “Silêncio” (2009), “Pedra Irregular”(2010), “Vento” (2010), “Terra” (2011), “En tus brazos una noche” (2011), “Península” (2012), “Cantiga” (2014), “Um dia normal” (2015) e “Missa Mínima” (2016). É diretor artístico de diversos agrupamentos corais, destacando-se o trabalho musical desenvolvido com alunos.

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Convento de São Pedro de AlcântaraO Convento de São Pedro de Alcântara é uma construção do séc. XVII, anterior ao terramoto de 1755. A sua edificação deve-se ao primeiro marquês de Marialva e conde de Cantanhede que, em 1665, na Batalha de Montes Claros (guerra da Restauração) fez um voto de fundar um convento em Lisboa dedicado a São Pedro de Alcântara.

A Igreja, apresenta no seu interior decoração barroca joanina, vinda do Convento de Mafra no período do pós-terramoto e merece, por si, a visita. No conjunto sobressaem os altares em talha dourada, a iconografia franciscana, o teto pintado em grissaille e a pintura em marmoreado das paredes. Sobre estas destacam-se três grandes pinturas da época joanina. A capela-mor integra a pintura de Bento Coelho da Silveira e de André Gonçalves, complementadas, mais tarde, pela obra de Luciano Freire.

PRÓXIMO CONCERTO

19 OUT | Sexta-Feira | 2018 – 21h00Igreja de São Roque

VOCES CAELESTES E CAMERATA ALMA MATER

Filipe Carvalheiro é formado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa e em Direção pela Universidade de Cincinnati (Estados Unidos). Desenvolveu ainda estudos de aperfeiçoamento em Composição com Emmanuel Nunes (França) e Karlheinz Stockhausen (Alemanha) e de Direção de Orquestra com Donato Renzetti (Itália) e Jorma Panula (Finlândia). Como maestro tem-se apresentado sobretudo na Dinamarca, Suécia, Áustria, Inglaterra, Polónia e Alemanha.

É atualmente maestro titular da Kammerorkestret Musica e do Kammerkoret Musica (Copenhaga).

Como maestro convidado ou assistente tem ainda colaborado com diversas orquestras e coros no norte da Europa, destacando-se a sua colaboração com o Teatro Real (Ópera de Copenhaga) e a Opera Hedeland (Hillerød).

Em concursos internacionais conquistou por duas vezes o Conductors Prize, na Polónia em 2013 e em Espanha em 2015.

Em 2015 gravou o CD “Kvindestemmer” e dirigiu no Castelo de Kronborg, Helsingør, o concerto de gala para o lançamento da organização de cooperação internacional “Transition”, transmitido em direto para a Dinamarca, Suécia, Hungria, Japão e Índia.

A convite da Rainha Margrethe II da Dinamarca dirigiu o concerto comemorativo dos 100 anos de direito de voto feminino naquele país. Desde 1989, o Maestro e compositor Filipe Carvalheiro é o diretor artístico da Temporada Música em São Roque, organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

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