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RELAIS Sistema de Informação Regional da Paisagem Epidemiológica na Amazônia Pesquisa Científica em Saúde e Ambiente Visando ao Observatório Interdisciplinar e Multi-Escala da Região Amazônica Denise Pires De Carvalho - UFRJ Laurent Durieux - IRD

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RELAIS

Sistema de Informação Regional da Paisagem Epidemiológica na Amazônia Pesquisa Científica em Saúde e Ambiente Visando ao Observatório Interdisciplinar e Multi-Escala da Região Amazônica

Denise Pires De Carvalho - UFRJ

Laurent Durieux - IRD

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Tabela

1 Apresentação dos Coordenadores Brasileiro e Frances......................................................3

2 Resumo...........................................................................................................................................3

3 Palavras-chave..............................................................................................................................3

4 Descrição do Consórcio...............................................................................................................4

5 Partes interessadas e tomadores de decisão...........................................................................9

6 Objetivos Gerais........................................................................................................................ 10

7 Projeto de Pesquisa................................................................................................................... 10

8 Resultados esperados................................................................................................................ 15

9 Organização do Consorcio...................................................................................................... 16

10 Infra-estruturas ....................................................................................................................... 16

11 Publicações e comunicações planificadas.......................................................................... 17

12 Questo�es e�ticas, de seguranc�a e regulato�rias................................................................. 17

13 Propriedade Intelectual......................................................................................................... 17

14 Principais publicações do Consorcio.................................................................................. 18

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1 Apresentação dos Coordenadores Brasileiro e Frances Denise Pires de Carvalho é Diretora do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho e

membro do comitê Gestor do INPeTAm. Dr Carvalho é médica interessada nas mudanças na massa corporal e na função tireóidea que são decorrentes da urbanização.

Dr Laurent Durieux é pesquisador no IRD no âmbito da Unidade de Pesquisa UMR ESPACE-DEV. Ele é geógrafo que trabalha no monitoramento de processos de superficies de terras tropicais através de satellites de observação. Ele está vinculado ao INPE, Belém (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

2 Resumo As mudanças climáticas e ambientais podem significar riscos eminentes e graves sobre a

saúde humana na região amazônica, tanto em escala individual quanto coletiva (populações). Portanto, estudar a saúde ambiental na Amazônia deve ser uma prioridade para que possamos entender qual será o efeito sobre a saúde se considerarmos as mudanças na paisagem observadas em grande escala, tais como: o desmatamento, a expansão urbana, a construção de barragens, a intensificação da agricultura e o reflorestamento mono-específico; sendo todos esses fatores intensificados pela mudança climática em curso que, entre outros, provoca mais fenômenos meteorológicos extremos ou modifica o funcionamento do ecossistema e sua estrutura. A compreensão dos efeitos da mudança na paisagem em grande escala sobre a evolução de patógenos e vetores de doenças é uma tarefa muito complexa, que precisa ser conduzida através de uma abordagem multi-escala e multidisciplinar integrando as ciências sociais, a epidemiologia, a parasitologia/bacteriologia/ virologia, a ecologia, a entomologia médica, a genética e as ciências ambientais. A pesquisa científica na região Amazônica tem sido fortalecida durante as últimas décadas, promovendo maior geração de conhecimento geral sobre as características do meio ambiente e populacionais da Amazônia. Neste contexto, alguns grupos multidisciplinares têm trabalhado em conjunto para integrar o conhecimento existente, a fim de entender os processos de inter-relação entre saúde e meio ambiente e suas tendências. O objetivo geral do projeto RELAIS é construir um quadro científico internacional para o estudo da saúde ambiental na Amazônia e produzir novos conhecimentos científicos, ligando os já existentes relacionados aos dados ambientais, sociais e de saúde. Os resultados vão servir ao Observatorium© brasileiro de saúde ambiental na região Amazônica. As doenças que serão abordadas prioritariamente neste projeto são a malária, a leishmaniose, a dengue e a doença de Chagas. Todas essas doenças têm um forte relacionamento com as condições ambientais e são motivo de preocupação especial para a região Amazônica. O programa de pesquisa RELAIS será estruturado em torno de alunos de mestrado e doutorado e seus orientadores da área ambiental, de ciências sociais e de saúde, que irão trabalhar em parceria de forma pró-ativa, o que garantirá o sucesso das abordagens multidisciplinares necessárias para avaliação de saúde e meio ambiente. As metodologias utilizadas correspondem a diferentes escalas espaciais e temporais, desde o sequenciamento genético até a análise de imagens de sensoriamento remoto, à procura de inter-relações.

3 Palavras-chave Doenças emergentes, mudanças climáticas, Amazônia, saúde geoespacial, interação

vetor-parasita-hospedeiro, análise multi-escala.

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4 Descrição do Consórcio 4.1 Instituições francesas e participantes

O Observatório das mudanças ambientais (ciclo do carbono e dos recursos hídricos) vai coordenar a participação do IRD para o programa de pesquisa RELAIS. Esse laboratório misto internacional (LMI) franco-brasileiro, dirigido pelo IRD e a Universidade de Brasília, está focada no monitoramento de recursos hídricos continentais, monitoramento baseado em informação in situ e especial juntamente com uma estratégia de modelagem que permite a concepção de um sistema integrado e sustentável de gestão de recursos. O estudo do impacto das mudanças ambientais continentais na saúde pública é parte da atividade científica do e da estratégia de desenvolvimento LMI-OCE. 4.1.1 UMR 228 ESPACE-DEV

A unidade de pesquisa “UMR 228 ESPACE-DEV” faz parte do LMI-OCE e desenvolve pesquisas multidisciplinares fundamentais, tecnológicas e aplicadas na integração de dados, conhecimentos e métodos em processos de decisões para o meio ambiente para um desenvolvimento sustentável em escalas locais, regionais e globais. A “UMR 228 ESPACE-DEV” e composta por um time de pesquisadores franceses do Institut de Recherche pour le Développement (IRD), e das universidades de Montpellier II, Antilles-Guyane e La Réunion. Os pesquisadores desta unidade trabalham na interface entre o meio ambiente, a sociedade, os sistemas de informação e engenharia com focus no uso de imagens de sensoriamento remoto para produzir conhecimentos ambiental espacial.

A Dr. Nadine Dessay é geógrafa e trabalha com o uso de dados de sensoriamento remoto para aplicações

sociais e sócio-ambientais (desmatamento, saúde). Ela esta baseada na “House of Remote Sensing” em Montpellier, France.

O Dr. Emmanuel Roux recebeu seu Ph.-D em automatização industrial e humana e em ciência da computação. Ele esta particularmente interessado em sensoriamento remoto, modelagem de paisagem e analise de dados complexos para avaliação de risco no quadro de trabalho de doenças infecciosas nascidos por vector. Ele esta baseado no IRD Cayenne, na Guiana Francesa.

A Dr. Anne Elisabeth Laques e geógrafa, trabalha com sensoriamento remoto como indicadores de biodiversidade a escala local de maneira a informar políticas publicas. Em 2012, estará baseada na Universidade de Brasília.

A Dr. Frederique Seyler é pedóloga especializada em sensoriamento remoto e hidrologia espacial. Ela estuda a distribuição espacial dos solos usando sensoriamento remoto e a integração de dados espaciais em modelos hidrológicos.

A Dr. Danielle Mitia é bióloga, especialista em biodiversidade tropical e em particular, na biologia e ecologia de palmeiras do Amazonas.

O Damien Arvor é geógrafo, especialista em sensoriamento remoto em regiões tropicais, em particular o Amazonas. Ele esta baseado na “House of Remote Sensing” em Montpellier, France.

O Frederic Huynh é o diretor da unidade de pesquisa UMR 228 ESPACE-DEV. Ele é um especialista sênior em observação da Terra, de apoio à decisão ambiental e gestão de projetos ambientais na região tropical, usando sensoriamento remoto. 4.1.2 UMR 5563 GET - Geosciences Environment Toulouse

A UMR 5563 GET “Geociências Ambientais Toulouse” (http://www.lmtg.obs-mip.fr/) esta sob os auspícios do IRD, do CNRS et da Universidade de Toulouse III, com um time da Agencia Espacial Nacional (CNES). As atividades de pesquisa são desenvolvidas em particular sobre as dinâmicas de superfícies continentais e mudanças climáticas, sobre as interações de contaminantes entre o ecossistema e os metais e as interfaces entre a saúde e a

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sociedade, sobre a geoquímica de isótopos estáveis não-tradicionais e sobre a gestão de recursos hídricos em relação com as vulnerabilidades sociais. Esta pesquisa é baseada na coleta e análise de dados (in situ e espaciais, pesquisas de campo) e modelagem. O laboratório é responsável por várias estruturas, incluindo o LMI-OCE (UnB / do IRD; www.lmi-oce.ird.fr/) em Brasília e o observatório hidrológico da Amazônia HYBAM (www.ore-hybam.org/). É também um abrigo e treinamento para muitos estudantes (incluindo mestrado e doutorado) de mais de 50 países (incluindo o comércio forte com o Brasil).

A Dr. Marie-Paule Bonnet é hidróloga e trabalha com modelos hidrológicos e modelos hidrodinâmicos acoplados com biogeoquímica usando dados hidrológicos in situ e espaciais. Ela esta estudando mais particularmente as dinâmicas das várzeas na bacia amazônica.

Laurence Maurice é hidrogeoquímica e trabalha ha 15 anos na interface entre ciências ambientais e saúde humana desenvolvendo projetos de pesquisa na bacia amazônica. Ela é reconhecida como uma especialista internacional da problemática do mercúrio na Amazônia e coordenou mais de 40 teses de alunos sobre o tema.

O Dr Pierre Mazzega está desenvolvendo abordagens e ferramentas não lineares de análise de dados, bem como modelos multi-agente do ambiente e gestão de recursos sob restrições normativas (ordem pública, por exemplo).

O Dr. Frederic Frappart é especialista em sensoriamento remoto e hidrologia do espaço. Ele esta baseado no Observatoire Midi-Pyrénées, Toulouse, França.

O Dr Patrick Seyler é hidrogeoquímico e trabalha nas águas superficiais da bacia amazônica ha mais de 20 anos, com atenção particular a elementos traços e isótopos.

A Dr Priscia Oliva é geoquímica e pedóloga e trabalha com ciclos de elementos nos solos em relação com o uso do solo, em particular, marcadores de isótopos particulares. 4.1.3 UMR UMMISCO

UMMISCO é uma unidade de investigação internacional de 43 funcionários permanentes com as estruturas na França (IRD e Universidade de Paris), Camarões (Universidade de Yaoundé), Senegal (Universidade Cheick Anta Diop de Dakar), Marrocos (Universidade Cadi Ayyad de Marraquexe), e Vietnã (Institut de la Francophonie pour l'Informatique em Hanói). A experiência de UMMISCO está na modelagem matemática e computacional de sistemas complexos, biológicos ou sociológicos. A unidade, portanto, reúne matemáticos especializados em sistemas dinâmicos, assim como cientistas da computação com forte experiência no indivíduo baseado em modelos. Esta unidade está oferecendo aos pesquisadores e formuladores de políticas aplicadas com ferramentas de previsão para aplicações que incluem epidemiologia.

Dr. Benjamin Roche é um biólogo teórico trabalhando sobre a diversidade de relações patógenos-hospedeiro

(diversidade de patógenos, hospedeiros e vetores) através de modelagem matemática e computacional. Ele está especialmente interessado pelas ligações entre a biodiversidade e doenças transmitidas por vetores. Ele é baseado no centro do IRD de Montpellier.

4.1.4 UMR MIVEGEC

MIVEGEC é uma unidade de pesquisa conjunta entre IRD, CNRS e da Universidade de

Montpellier. Ele conta 90 funcionários permanentes e até 60 estudantes de mestrado e doutorado. Ele realiza pesquisas sobre a ecologia, genética e evolução de doenças infecciosas e seus vetores, essencialmente nas regiões tropicais do mundo, incluindo a Guiana Francesa na América do Sul. Expertises em MIVEGEC incluem entomologia médica, genética de populações, dinâmica populacional, a evolução, de campo e experimentos de laboratório. Pesquisas realizadas em MIVEGEC são fundamentais e aplicadas (controle de doenças e seus vetores). MIVEGEC é um Centro Colaborador da OMS (Organização Mundial da Saúde), para inseticidas, e é certificada ISO 9001.

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Dr. Jean-François Guegan é um biólogo trabalhando sobre a ecologia e evolução de doenças infecciosas. Ele está especialmente interessado pelas ligações entre ambiente e saúde. Ele é baseado no centro do IRD de Montpellier. Dr. Anne-Laure Banuls é bióloga e trabalha em genética de populações de patógenos numerosos tais como tuberculose e leishmaniose. Ela está especialmente interessada pelas conseqüências de antropização em genética de populações de Leishmaniose. Ela baseia-se no centro do IRD de Montpellier. Dr Simone Frédérique Brenière é biólogo e trabalha na epidemiologia molecular da doença de Chagas e leishmania. Ele é o líder da equipe do programa Incha (Integrar a epidemiologia da doença de Chagas). Seu impacto Harzing de publicacao é 21.

4.1.5 UMR 208 PALOC – Patrimoines Locaux

A Unidade de Pesquisa Conjunta PALOC entre o IRD e o MNHN (Museu Nacional de Historia Natural) foca nos processos de construção e valorização do património natural / cultural e territórios, nos países sul. As análises de longo prazo das relações entre a natureza e a sociedade requerem uma abordagem interdisciplinar (de historiadores, antropólogos, geógrafos, arqueólogos e naturalistas) a fim de estudar as estratégias locais, no âmbito da conservação da biodiversidade global e desenvolvimento sustentável.

Dr Esther Katz é antropóloga e etnobotânica baseada no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília. Ela é uma especialista da relação entre natureza e sociedade. Ela está atualmente trabalhando em antropologia sobre as mudanças alimentares na Amazônia brasileira. Ela é a autora de 20 artigos peer-reviewed, 60 capítulos de livros e editor de 3 livros.

Dr Charles-Edouard De Suremain é antropólogo. Sua pesquisa se concentra no desenvolvimento de dieta, pessoal e infância. Suas pesquisas estão ligadas à saúde através da percepção do corpo e os cuidados domésticos. Ele está atualmente trabalhando em mudanças na dieta na América do Sul e as ligações com a pobreza e a saúde.

Dra Laure Emperaire é etnobotânica. Ela é co-responsável por um programa em parceria com a Unicamp sobre a biodiversidade agrícola e pesquisador associado do Centro para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília. Ela trabalhou durante vinte anos na Amazônia sobre os sistemas de gestão dos recursos biológicos, especialmente cultivada. Ela também tem experiência no Nordeste de epidemiologia da paisagem da doença de Chagas (programa com a Fiocruz). 4.2 Brazilian Institutions and participants 4.2.1 INPETam

INPeTAm é o Instituto Nacional para Pesquisa Translacional em Saúde e Ambiente na Região Amazônica. O objetivo do INPeTAm é desenvolver diferentes abordagens para o estudo dos problemas relacionados com o padrão atual de ocupação da Amazônia, ligando a investigação e o ensino em centros de referência na Amazônia, em regiões com acelerada ocupação humana. A instituição sede do INPeTAm é o Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Participam também o Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais de Rondônia e da Universidade Federal de Rondônia. O INPeTAm inclui grupos de pesquisa nas áreas de Toxicologia Ambiental, Epidemiologia, Doenças Emergentes e Re-Emergentes, Biotecnologia e Bioengenharia, Educação Transdisciplinar e Divulgação Científica.

Dr Olaf Malm é Biólogo trabalhando no monitoramento na contaminação da agua e dos solos com methyl-

mercúrio na região Amazônia. (UFRJ/INPeTAm); Dr Wanderley Rodrigues Bastos é Biólogo trabalhando com os processos biogeoquímicos relacionados com

a contaminação da agua e dos solos com methyl-mercúrio na região Amazônia (UNIR/INPeTAm); Dr. Ulisses Gazos Lopes é Biólogo estudando as interações parasita-hospedeiro na transmissão de

doentes,como Leishmaniose e Malária (UFRJ/INPeTAm); Dr Ana Acacia Caruso Neves é Biólogo interessada no mecanismos molecular relacionados a infecção da

Malária, e particularmente relacionados com o cliclo do parasita e a reposta do hospedeiro (UFRJ/INPeTAm); Dr. Guilherme Werneck é um Medical doutor com interesso nos aspectos epidemiológicos da leishmaniose

(UFRJ/INPeTAm);

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Dr Sandra Maria Feliciano de Oliveira e Azevedo é Biólogo trabalhando na contaminação da agua e a toxicologia das cianobactérias (UFRJ/INPeTAm);

George Alexandre dos Reis é o coordenador do Instituto Nacional de Pesquisa sobre Saúde e Meio Ambiente translacional na Região Amazônica. Ele está interessado na interação parasito-hospedeiro principalmente relacionados com a mecanismos imunes envolvidos em Malária e desenvolvimento da Doença de Chagas;

4.2.2 INPE O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) está produzindo ciência e tecnologia no espaço e em ambientes terrestres. O Centro Regional da Amazônia (CRA) do INPE se dedica ao estudo e ao acompanhamento das florestas tropicais por sensoriamento remoto.

Claudio Almeida é diretor do CRA-INPE, em Belém. Oi é um engenheiro agrônomo especialista em sensoriamento remoto para o estudo das florestas tropicais e da agricultura

Mauricio Silva é pesquisador CRA-INPE em Belém. Ele é um geografo especialista em sensoriamento remoto para o estudo da floresta tropical e o monitoramento das sistemas ambientais. Ele é o coordenador do projeto TerraClass que tem objetivos de mapear o uso do solos e de cobertura vegetal nas partes desmatadas na Amazônia.

Antonio Miguel Viera Monteiro é doutor em Engenharia Eletrônica e Ciência da Computação. Desde abril de 1985 está com a Divisão de Processamento de Imagens - DPI do INPE em atividades de pesquisa e desenvolvimento nas áreas de Geoprocessamento, Sensoriamento Remoto, Geotecnologias em Estudos Urbanos, Bancos de Dados Geográficos e Engenharia de Sistemas Computacionais. Atualmente é Gerente do Projeto TerraLib, Coordenador do Programa Institucional Espaço e Sociedade do INPE e Vice-Coordenador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre. Ele o coordenador do projeto Observatorium© para o INPE.

4.2.3 UEA

A Universidade do Estado do Amazonas conta atualmente cerca de 25 mil estudantes. Alunos de doutorado têm a sua disposição uma das maiores estruturas educacionais no estado, com 35 cursos de graduação, desdobrou-se em diferentes habilidades, educação e cursos de licenciatura. UEA tem infra-estrutura suficiente para suportar as habilidades acadêmicas e culturais de seus alunos, tais como auditórios, recursos multimídia, computadores e laboratórios de ciências, além centros de formação diferente. Como complemento ao processo de aprendizagem, UEA oferece esquema de bolsas de formação, incluindo os de formação científica e professor.

Dra. Joecila Santos da Silva é uma hidrologista Engenheiro Civil. Sua pesquisa se concentra na

altimetria por satélite no domínio da água continental para o monitoramento hidrológico, a gestão dos recursos hídricos e dinâmica fluvial, mais especificamente na bacia amazônica.

Bruna Raquel Wolfarth aluno do doutorado do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA e Universidade do Estado do Amazonas - UEA, dirigido pelo Dr. Naziano Filizola. Ela estuda a relação do padrão hidrológico e de casos de malária no Estado do Amazonas 4.2.4 UFAM

Na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a parceria se dará com o Laboratório de Potamologia Amazônica (LAPA) do Dept. de Geografia, que vem trabalhando no desenvolvimento de diferentes metodologias relacionadas ao tema da hidrologia, associando dados e informações úteis para a caracterização do ambiente e identificando possíveis aplicações para o sensoriamento remoto relacionado a recursos hídricos na Amazônia. O LAPA tem buscado desenvolver estudos sobre a importância da componente hidrológica nos diferentes processos ambientais e humanos na região Amazônica, envolvendo o reconhecimento de padrões hidrológicos relacionados a temas como saúde, economia,

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geomorfologia e clima. Produzindo também estudos de modelagem hidro-climática de eventos extremos.

Dr Naziano Filizola é geólogo e hidrólogo. O foco das pesquisas dele estão sobre os recursos hídricos, a dinâmica dos rios, o monitoramento hidrológico e a modelagem na região amazônica baseado em dados convencionais e de sensoriamento remoto. 4.2.5 Instituto Evandro Chagas

Instituto Evandro Chagas (Belém, Pará), é um ramo do Ministério da Saúde para investigação e tratamento de doenças infecciosas. O Instituto Evandro Chagas tem uma história longa e importante na investigação de doenças infecciosas e fez contribuições fundamentais na área de epidemiologia, transmissão e biologia da infecção de leishmaniose.

Dr. Fernando Tobias Silveira é o chefe do Setor de Leishmaniose da ECI. Ele é especialista em parasitologia humana e em patologia. Ele supervisiona o diagnóstico, o tratamento e a pesquisa em Leishmaniose.

Dr. Pedro Fernando da Costa Vasconcelos é especialista em Virologia com ênfase especial em arboviroses. Ele é o Coordenador do Instituto Nacional de Febre Hemorrágica Viral (INCT, Amazônia). Dr. Vasconcelos tem feito diversas contribuições importantes na etiologia da febre hemorrágica na Amazônia. 4.2.6 FIOCRUZ

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é a maior instituição brasileira dedicada aos estudos de saúde pública. Diretamente ligada ao Ministério da Saúde, e é uma das mais proeminentes instituições de ciência e tecnologia em saúde na região da América Latina e Caribe, a nossa fundação foi inaugurada em 25 de maio de 1900, sob o nome de Instituto Soroterápico Federal, e tinha a missão de lutar contra os grande problemas de saúde pública no Brasil. Desde então, a FIOCRUZ transformou-se progressivamente um “think tank” preocupado com a realidade brasileira e da medicina experimental. Hoje a instituição é responsável por uma série de atividades, incluindo o desenvolvimento de pesquisas, hospital altamente complexo e serviços ambulatoriais, produção de vacinas, medicamentos, reagentes e kits de diagnóstico, educação e formação de recursos humanos, bem como de informação e comunicação nos campos da saúde e da ciência e tecnologia; controle de qualidade dos produtos e serviços, e na implementação de programas sociais. Possui mais de 7.500 funcionários e profissionais de saúde com diferentes níveis de envolvimento, uma força de trabalho orgulhoso de estar a serviço da vida. A Fiocruz reconheceu a importância das condições ambientais sobre a saúde pública e a maioria de seus esforços têm sido direcionados para prever, compreender e controlar os impactos adversos das condições ambientais sobre a saúde da população brasileira por meio de uma abordagem trans e multidisciplinar.

Recentemente, esta abordagem tem sido reconhecida por várias instituições internacionais, incluindo a Organização Mundial da Saúde - OMS, como a mais adequada para enfrentar os efeitos do ambiente sobre a saúde pública. De fato, várias publicações recentes têm expressado esse ponto de vista. Segundo a OMS, quase um quarto de doenças poderia ser evitada por meio de intervenções ambientais (A. Prüss-Üstün e C. Corvalán, prevenção das doenças, PREVENÇÃO DE DOENÇAS POR MEIO DE AMBIENTES SAUDÁVEIS: Rumo a uma estimativa do impacto ambiental da doença, a OMS, 2006). Esta fração é maior (cerca de um terço), em relaçao as crianças nos países em desenvolvimento.

Além disso, o Instituto Nacional de Ciências de Saúde Ambiental em seu PLANO ESTRATÉGICO 2006-2011 (http://www.niehs.nih.gov/external/plan2006) reconhece que "o

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meio ambiente representa um dos principais contribuidores para a saúde humana e doenças. A exposição há muitas substâncias, tais como poluentes, produtos químicos, alérgenos e toxinas naturais, originam-se do ambiente e pode ter um efeito prejudicial na saúde. A dieta e o estilo de vida podem interagir com estes fatores ambientais, podendo aumentar ou diminuir seus efeitos na saúde. Alguns desses fatores ambientais estão sob nosso controle individual, enquanto outros precisam ser controlados na fonte por meio de decisões formais de saúde pública". E menciona sobre "A extensão do impacto das condições ambientais na saúde humana ainda não é totalmente compreendido e exige uma mudança na forma de como conduzimos a ciência básica. Esta nova estratégia acrescenta equipes integradas das ciências com abordagens multi (trans) disciplinares para tratar a interação de agentes ambientais e outros fatores de risco, tais como genética, idade, dieta e níveis de atividade ".

A Rede Fiocruz em Saúde e Meio Ambiente foi designada como Centro Colaborador OPAS/OMS em Saúde Pública e Ambiente, em fevereiro de 2010. Este projeto proposto é coerente com as atividades desenvolvidas dentro do Centro Colaborador, intitulada "Atividade 10: Prestar assistência técnica à OMS e os governos sobre Sistema de Informação Georreferenciada - GIS aplicadas ao meio ambiente e vigilância em saúde" sob supervisão do Dr. Christovam Barcellos – Instituto de Informação e Comunicação Científica e Tecnológica em Saúde. O objetivo principal desta atividade é estabelecer uma ligação de saúde com dados ambientais e, assim, estabelecer a relação entre o impacto ambiental e efeitos na saúde, incluindo o Observatorium sobre Clima e Saúde. Os tomadores de decisão precisam de informações sobre os efeitos na saúde atribuíveis ao potencial de mudanças ambientais, a fim de avaliar as implicações de suas decisões, comparar os efeitos reais de decisões e escolhas diferentes, e desenvolver estratégias de prevenção eficazes. E portanto, inclui a obtenção de dados necessários, a organização de dados e análise espacial dos resultados. A preocupação principal desta atividade é entender não só os impactos das alterações ambientais em larga escala, assim como interações entre o ambiente e a sociedade, mas também como as mudanças no ambiente podem influenciar ou afetar diretamente a saúde humana. A Fiocruz em conjunto com pesquisadores de algumas outras instituições brasileiras, já estão trabalhando nesse campo de estudo na bacia amazônica. Os resultados esperados são: a concepção de uma metodologia de avaliação de ambiente e saúde, que irá gerar uma matriz com as mudanças ambientais potenciais e os efeitos sobre a saúde ambiental, possíveis intervenções de saúde ambiental e as prioridades para área da saúde e o meio ambiente; indicador de desenvolvimento sobre saúde ambiental, sustentabilidade e vulnerabilidade e desenvolvimento de um banco de dados contendo todos os resultados referenciados espacialmente.

Christovam Barcellos is coordenador para a FIOCRUZ do projeto Observatorium. Dr. Carlos Machado de Freitas é especialista em saúde coletiva com foco especial nas questões

ambientais. Suas pesquisas são principalmente nas seguintes áreas: saúde ambiental, saúde do trabalhador e indicadores de saúde ambiental sustentável.

André Fenner tem mestrado em Ciência Política pela Universidade de Genebra. Ele esta atualmente assessor da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz.

5 Partes interessadas e tomadores de decisão Tomadores de decisão da política nacional participarão do comitê de acompanhamento do projeto RELAIS para garantir a adequação da pesquisa e das exigências da sociedade. Uma lista não exaustiva de peritos foi dada pelos ministérios da Saúde do Brasil e do ambiente para participar desta comissão.

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5.1 Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância da Saúde

Daniela Buosi Rohlfs é o coordenadora do programa de saúde ambiental do ministro da saúde. Ela está atuando principalmente nas questões ligadas à contaminação ambiental, estimativa do risco e gestão da saúde ambiental. Eliane Lima e Silva é consultor técnico para o ministro saúde trabalhando no monitoramento da saúde ambiental e responsável pelo programa nacional de monitorização da saúde ambiental associado ao risco associado a catástrofes naturais (Vigidesastres). Ela é especialista em geociências e na gestão da informação, saúde, meio ambiente, as catástrofes e mudanças climáticas. Thenille Faria Machado do Carmo é consultor técnico em vigilância da saúde ambiental. Ela está coordenando para o Ministro da Saúde as pesquisas em saúde ambiental. Dr Carmen Rodrigues Fróes Asmus ILDES é professor da Faculdade de Medicina do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva na UFRJ e médico do programa de saúde dos trabalhadores adolescentes (NESA) da UERJ. Ela participa da coordenação da "Pós-graduação" em Saúde Coletiva do IESC / UFRJ. 5.2 Ministério do Meio Ambiente – Secretaria da biodiversidade e das florestas

Dr. Helen da Costa Gurgel fez seu doutorado na França na Universidade de Paris X trabalhando em cooperação com IRD. Ela trabalhou como consultor técnico para o ministro da saúde em vigilância da saúde ambiental. Ela está atualmente trabalhando sobre a mesma questão para o ministro do meio ambiente. Ela é especialista em geociências, com forte desenvolvimento em sensoriamento remoto.

6 Objetivos Gerais O programa de pesquisa RELAIS visa a:

- Criar e animar uma rede de pesquisa franco-brasileira em saúde ambiental; - Oferecer Pos-Graduação e hospedar estudantes brasileiros em saúde ambiental para

reforçar a comunidade científica brasileira da saúde ambiental para a próxima década; - Produzir excelência acadêmica em saúde ambiental para a região amazônica; - Fazer a ligação entre o conhecimento científico dos domínios ambientais e da saúde

através da produção de dados de campo, modelos e indicadores inovadores e interoperáveis de de saúde ambiental;

- Entregar dados, ferramentas, indicadores e modelos dedicados à saúde ambiental da Amazônia;

- Co-construir, com os tomadores de decisão, prioridades científicas para questões de saúde ambiental na Amazônia;

- Transferir o conhecimento científico e os produtos para os tomadores de decisão através da participação a um observatório de saúde ambiental.

7 Projeto de Pesquisa

A região Amazônica sofre de degradação ambiental devido a exploração insustentável de seus recursos, alimentada por ciclos de expansão econômica e colapso. Entretanto, apenas uma pequena minoria da população se beneficia deste processo. A combinação peculiar de métodos de extração em desuso e técnicas modernas de extração de recursos minerais, a crescente alta da atividade da pecuária, a intensificação da agricultura, o desmatamento, a urbanização, o espalhamento urbano, a migração de população e a construção de barragens afeta a qualidade do ambiente, causando problemas de saúde humana, em uma extensão que

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ainda está por ser determinada. Esse processo de degradação causa perdas no solo, na biodiversidade e nos recursos hídricos criando conflitos sociais e agrários na região. As comunidades indígenas nativas parecem ser particularmente sensíveis a essas mudanças, mesmo quando existe um total desconhecimento da dinâmica da saúde e de doenças nessas populações. Ademais, mudanças no clima expõem a região ao surgimento e ressurgimento de doenças, logo, a mitigação deve levar em conta o aumento de eventos climáticos extremos. A Malária, a leishmaniose, a hanseníase (lepra), a tuberculose e vários arbovírus (incluindo a Dengue) e ainda outros vírus, bem como doenças infecciosas, apresentam um alto índice de incidência na Amazônia Brasileira, a tal ponto que programas de controle parecem ser incapazes de obter resultados positivos no status geral de populações humanas tradicionais, e em grupos específicos como assentamentos ribeirinhos. Portanto, esta situação tem contribuído para manter o status de doenças endêmicas. Tal padrão epidemiológico está presente nas populações brasileiras incluindo comunidades indígenas, às quais tem pouco ou nenhum acesso às facilidades sanitárias e de saúde. A observação da saúde ambiental busca considerar a interdependência entre a saúde do meio ambiente e humana. Essa abordagem engendra novas paradigmas nas relações do meio ambiente humano por meio de um ponto de vista específico em problemas de saúde. Para entender melhor os processos correntes que conectam a dinâmica ambiental e as transformações das epidemias é necessário conduzir pesquisas científicas multi-escalas e interdisciplinares no campo da saúde. As pesquisas do Projeto Sistema Regional de Informação Epidemiologia da Paisagem Amazônica (RELAIS) contribuirá para o atual observatório Nacional do Clima e Observação da saúde intitulado como Observatorium©. Este observatório foi criado em 2009 pelo ministério da saúde no sentido de agregar pesquisadores e técnicos de diferentes instituições de forma a criar uma rede de informações em clima, meio ambiente, saúde e sociedade. RELAIS tem objetivos científicos similares desse observatório e poderá beneficiar e alimentar a base de dados do Observatorium©, com uma plataforma interinstitucional desenvolvida pela FIOCRUZ, INPE, MMA, ANA e IBGE. O programa internacional de pesquisa RELAIS contribuirá na emergência de novos campos de pesquisa na saúde ambiental na Amazônia com um consórcio composto de laboratórios franceses e brasileiros trabalhando desde a escala microscópica do DNA observado com seqüenciamento genético, até a escala regional de ecossistema e/ou divisões administrativas observadas por meio de imagens de satélites ou dispondo de dados agregados de censos. O programa de pesquisa RELAIS focará problemas e causas chaves na saúde ambiental, os quais são reconhecidos como problemas atuais de saúde pública na Amazônia e particularmente pertinentes, possibilitando progressos notáveis em inovações no domínio para:

- Identificar e entender fatores sociais e ambientais que levam aos padrões espaciais epidêmicos;

- Entender interações entre ciclos ambientais e epidemiológicos; - Observar as conseqüências das mudanças do meio ambiente na saúde pública.

Metodologias específicas e inovação na saúde ambiental serão desenvolvidas para melhorar a compreensão e direcionar essas questões de forma transversal. Essas metodologias serão baseadas em sinergias entre problemas ambientais existentes e saúde de forma a criar e

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produzir material de campo, modelos e indicadores. Esses desenvolvimentos serão agregados em uma “Interface de dados e serviços para o conhecimento/saber” (DKIS), como caixa de ferramentas. As questões relacionadas serão tratados por meio de 4 estudos de caso que servirão para ilustrar as diferentes abordagens complexas no processo de saúde ambiental: 1- primeiro estudo de caso: Emergência de Anergic Cutaneous Leishmaniasis (ACL) na fronteira entre o Pará-Maranhão; 2- segundo estudo de caso: impacto da perda de biodiversidade nos padrões espaciais de P. Falciparum and P. Vivax e da Dengue no Brasil e Guiana Francesa; 3- terceiro estudo de caso: análise temporal epidemiológica da malária e ciclos hidrológicos na região de Manaus; 4- quarto estudo de caso: efeitos da construção da barragem no rio Xingu na saúde pública da região de Altamira. 7.1 Questões científicas chave na saúde ambiental Amazônica 7.1.1 Fatores ambientais e sociais em padrões epidemiológicos espaciais

Padrões epidemiológicos espaciais são determinados fortemente por fatores sociais e ambientais ainda pouco compreendidos. A adaptação de populações aos ambientes amazônicos ainda é pouco compreendida. A adaptação de populações aos ambientes amazônicos é bastante variável principalmente devido a suas origens e sua história e também pela alta variabilidade de situações ambientais induzindo um risco de exposição em situações epidêmicas. A variabilidade espacial natural e as transformações humanas do meio ambiente propicia a uma criação de um mosaico de padrões espaciais – tornando mais complexo seu impacto e o risco de situações epidêmicas. 7.1.2 Ciclos ambientais versus ciclos epidemiológicos

Estudos referentes à caracterização do meio ambiente – relações entre incidentes de malária e/ou o habitat de vetores propiciam conhecimento específico relacionado a ecossistemas e impactos antropogênicos no meio ambiente, em escalas espaciais e temporais específicas. Uma extrapolação para toda região amazônica é conseqüentemente difícil. Ainda mais, devido a mecanismos de conexão da malária a características dos ciclos hidrológicos pouco conhecidos torna quase impossível fazer previsões de malária, ou verificar a respostas dos vetores em cenários ambientais futuros. Por outro lado, os modelos de estimação global do risco de transmissão da malária não são confiáveis porque possuem lacunas em dados climáticos, hidrológicos e contextos sociais específicos. Além desses aspectos, extremos climáticos podem levar a secas extremas e enchentes causando distúrbios em fontes de água potável, acesso a alimentos e sistemas sanitários, resultando num impacto na saúde pública. 7.1.3 Transformações ambientais como risco de exposição a saúde pública

Rápidas transformações em sistemas ambientais primários para sistemas antrópicos associados a forte migrações de populações causam risco epidemiológico severo com potencial de incremento na exposição de doenças vetoriais, e falta de adaptação por populações para às novas condições locais. Essa situação tem sido observada no passado durante projetos de infra-estrutura, os quais responsáveis pelo aumento nos casos epidêmicos de malária e dengue. Esse projeto analisará dados disponíveis em experiências passadas para

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observar com maior precisão projetos de infra-estrutura atuais (estradas, barragens, gestão navegável em rios,...). 7.1.4 Interfaces e Serviços” (DKIS) uma caixa de ferramentas orientada a observação

RELAIS incluirá uma plataforma de observação e modelagem com suporte epidemiológico para estudos em diferentes escalas espaciais. Devido ao papel climatológico e hidrológico em ciclos epidemiológicos, a plataforma incluirá modelos hidrológicos que permitirão o downscaling da bacia Amazônica para a escala do ambiente e do habitat entomológico. RELAIS reforçará as análises compostas de dados e modelos heterogêneos e seus resultados, possibilitando a avaliação de impactos relativos aos fatores estudados em diferentes escalas. Devido conhecimento limitado o parcelado disponível sobre os impactos ambientais nos riscos de saúde como função escalar, análises de fatores multivariados, que não precisam de hipóteses primárias nos dados, serão utilizados para a redução dos dados, no sentido de confirmar ou inferir hipóteses preliminares bem como definir novas. Contudo, esses métodos com abordagem mais quantitativa e testes de estatística clássica e lógica multifatorial de regressão e ou abordagem apreendidas por máquinas derivadas de sistemas artificiais inteligentes poderão também ser usados. 7.2 Estudos de casos 7.2.1 Emergência de Leishmania Cutânea Anérgica na fronteira entre Maranhão e

Pará Leishmaniose cutânea é uma doença vetorial presente no mundo todo e negligenciada, causada por diversas espécies de Leishmania. A leishmaniose do novo mundo é bastante poli-fórmica e os fatores que podem modular o efeito final da doença ainda são pouco compreendidos. Recentemente, a emergência de inúmeros casos de alergias cutâneas leishmaniasis (ACL) foram observadas na região amazônica na fronteira entre o Pará e o Maranhão. O motivo das recente emergência de ACL é de extrema severidade e os casos não são bem compreendidos. As infecções parasitárias podem ter sido agravadas por viroses co-infecciosas que constituem um potencial modulador da resposta imune. Já é conhecido que na região amazônica, a diversidade de insetos vetores é vasta e os insetos podem ser responsáveis pela transmissão de ambas doenças parasitárias e arbovírus. O Phlebovirus já foi isolado pelo grupo de pesquisa de INPETam e pesquisas sobre o papel do Phlebovirus e seu desenvolvimento na infecção Leishmania in vitro e in vivo serão prolongadas neste projeto. Por outro lado, o estudo ambiental detalhado da região onde o ACL ocorre será de interesse no sentido de entender as recentes mudanças ambientais que poderiam levar a uma emergência do ACL na região. O estudo ambiental irá focar na descrição de mudanças ambientais que poderiam influenciar a presença de vetores de ACL. 7.2.2 Impactos da perda de biodiversidade no padrão espacial de distribuição de P.

Falciparum / P. Vivax , e da Dengue no Brasil e na Guiana francesa Um dos pontos mais documentado na teoria da saúde ambiental é o efeito profilático da biodiversidade sobre o risco de doenças infecciosas. Tem sido demonstrado em numerosas

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doenças infecciosas transmitidas por vetores, por exemplo, carrapatos ou mosquitos, do que a proximidade entre os vetores e animais selvagens ou espécies animais domesticados pode contribuir para desviar a picadas de vetores infecciosos de seres humanos e, consecutivamente, para reduzir a transmissão desses patógenos (Roche e Guegan, 2011, Keesing et al, 2011). Por outro lado, alguns patógenos que são estritamente humana, como a malária, são aproximadamente ausente em áreas urbanizadas, onde a biodiversidade é extremamente baixa. Isto é devido à identidade das espécies de vetores, Anopheles, no caso da malária, que preferem habitats florestais. Alguns outros espécies de vetor, como os mosquitos Aedes que propagam a dengue, mostram uma clara preferência por habitats urbanos. Consecutivamente, patógenos transmitidos por mosquitos urbanos estão mais presentes nas cidades do que na floresta, e a proximidade de animais selvagens com essas áreas urbanas pode diminuir o peso desses patógenos. Estes padrões sugerem que a ligação entre a biodiversidade e transmissão de patógenos por vetores é mais complexa do que esperada. Para patógenos transmitidos por mosquitos da floresta, pode-se esperar um fenômeno com duplo limiar, onde a diminuição da biodiversidade pode aumentar a transmissão de patógenos propagados por mosquitos da floresta até um determinado ponto onde uma biodiversidade muito pobre pode forçar o patógeno a desaparecer. Ao contrário, as doenças transmitidas por mosquitos urbanos deve apresentar uma diminuição de transmissão quando tem uma rica vida selvagem perto. Estudar este efeito é tão importante do ponto de vista fundamental do que aplicado. Entender quando a biodiversidade pode ser benéfica ou prejudicial para a saúde humana pode ajudar os cientistas a prevenir, e até mesmo para mitigar, os efeitos das futuras epidemias e para a emergência de doenças infecciosas. Para o ambiente urbano, Belém, no Brasil e Saint Laurent du Maroni, na Guiana Francesa serão comparados. Dentro dessas áreas urbanizadas, a malária é bastante rara. Para o ambiente florestal, Manaus, no Brasil e Saint Georges de L'Oyapock, na Guiana serão analisados. Estudando dois sites semelhantes em diferentes países nos permitirá identificar e eliminar fatores de confusão que pode embaralhar a análise (costumes sociais, de saúde, etc...). 7.2.3 Analisa Temporal dos ciclos epidemiológicos e hidrológicos na região de Manaus Enquanto a malária na América do Sul representa menos de 2% dos casos no mundo [OMS 2003], a forte dinâmica social e ambiental neste continente, e particularmente no Brasil, faz com que a malária, seus vetores, seus patógenos e as condições de sua transmissão sao muito difícil para ser monitorados, entendidos, previstos e, conseqüentemente para ser controlados. De 1997 a 2007, havia 5,3 milhões casos de malária no Brasil [OMS de 2008]. Amazônia tem 94% dos casos de malária registrados nas Americas e no Brasil representa 45% dos casos [Gurgel 2006]. Anopheles darlingi é o vetor da malária mais amplamente distribuído nas Américas e é altamente adaptado às condições de perturbação do uso da terra. Ele tende a espalhar-se na América do Sul e sua densidade está aumentando. Na verdade, antes de 1991 não foi encontrada em abundância em locais apreciável além da América Central. Hoje sua presença se estende do coração da Amazônia até o Sul do Brasil, no norte ao longo da costa da Guiana, no Venezuela, no Belize e até no extremo sul do México, e do Ocidente do Peru, da Bolívia e do Paraguai (Need et al 1993; Kiszewski et al. 2004). Alguns estudos fornecem informações sobre a variabilidade sazonal e geográfica do clima e das posteriores condições hidrológicas sobre as populações de A. darlingi e os riscos de incidência da malária. Esses estudos mostram que as relações entre malária e clima/hidrologia dependem da região observada com comportamentos, por vezes, opostos. A limitação desses estudos é a falta de esforço de “downscaling” levando em conta, numa escala local, as

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condições ambientais específicas relacionadas com o nicho ecológico do vetor. Criadouros são geralmente piscinas parcialmente iluminadas pelo sol ou ao longo do rio e margens dos rios e as larvas do mosquito podem ser encontradas flutuando e em folhas mortas, flores e restos de sementes (Charlwood et al., 1996). Em seguida, as condições dinâmicas hidrológicas e meteorológicas locais juntamente com a cobertura do solo e a topografia são cruciais para entender as paisagens epidemiológicas. Concentrando-se na região de Manaus, RELAIS terá um acesso exclusivo a estações virtuais hidrológicas dando altimetria da água por satélite, um conjunto de séries de imagens de sensoriamento remoto de diferentes resoluções espaciais e de um modelo hidrológico regional de inundação das várzeas capaz de representar a inundação e de compreender e descrever a dinâmica dos rios e das várzeas juntamente com a paisagem e a organização da cobertura do solo. Estas paisagens e dinâmicas serão relacionadas com os ciclos de epidemia de malária para modelar as relações entre paisagem hidrologia e padrões espaço-temporal dos casos de malária. Estudos comparativos serão conduta observando as particularidades hidrológicas do rio Solimões na região de Coari e dos rios da Guiana Francesa. De fato, em ambos os casos, um ciclo hidrológico bi-modal pode ser observado, associado com dois picos de malária (Wolfarth, 2011; Girod et al., 2011). 7.2.4 Conseqüências da construção da barragem no Rio Xingu sobre a saúde publica na região de Altamira No passado, a construção de barragem, e as inundações de grandes áreas de floresta tropical resultantes (por exemplo, Tucuruí no Pará; Balbina no Amazonas, Samuel no Rondônia) geraram o aumento da população de artrópodes, como mosquitos e moscas de areia flebotomínea e a emergência de novos vírus, tais como vírus de tipo Gamboa (Dégallier et al, 1989, 1992; Vasconcelos, 1999; Travassos da Rosa et al, 1992). A construção atual da barragem de Belo Monte no rio Xingu e a expansão urbana em curso em torno da cidade de Altamira são uma boa oportunidade para testar novos indicadores dos potenciais impactos das mudanças ambientais sobre a saúde humana. Baseado na experiência e nos estudos mais profundos das construções precedentes de represas na Amazônia, a equipe RELAIS irá desenvolver e aplicar indicadores de saúde ambiental e participará ao acompanhamento desses indicadores através do Observatório Nacional do Clima e da Saúde. Ao lado de impactos sobre as epidemias, a poluição de methyl-mercúrio resultante da construção de barragens e seu impacto na saúde será avaliado.

8 Resultados esperados RELAIS é projetado para o progresso na compreensão dos fatores de evolução da saúde ambiental e da emergência de novas patologias na região amazônica e para promover os resultados científicos em direção dos tomadores de decisões e formuladores de políticas através o reforço do Observatório Nacional do Clima e da Saúde. Entender os efeitos dos impactos ambientais na saúde humana é um desafio, que é ainda maior em uma região diversificada, como a Amazônia. Por isso, será necessário: • A promoção forte da inter e transdisciplinaridade; • A criação de oportunidades para jovens talentos, pela co-supervisão de alunos de equipes diferentes, incluindo colaboradores internacionais;

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• A formação de profissionais locais para tomada de decisões eficientes em questões relacionadas com a degradação ambiental e a saúde pública; • A vinculação da pesquisa para as ações de desenvolvimento baseadas em tecnológica; • A troca de conhecimento com os tomadores de decisão nos setores da saúde pública e do meio ambiente, no nível dos estados e dos municípios, e a facilitação das redes entre eles e com as universidades e os centros de pesquisa. • Desenvolvimento e aplicação de métodos analíticos com a plena utilização dos novos equipamentos automatizados instalados no nos centros participantes do projeto.

9 Organização do Consorcio A organização do consórcio RELAIS está estruturado para atender as necessidades específicas de um projeto transdisciplinar onde a rede inter-relações é mais importante do que a hierarquia de cima para baixo, conforme ilustrado pela figura a seguir.

O consórcio será conduzido por um comitê gestor que será definido durante a reunião de lançamento do projeto. O comitê de direção terá um representante de cada disciplina para garantir a transdisciplinaridade. A comissão de acompanhamento será composto das partes interessadas e os tomadores de decisão política descrito previamente. A comissão de acompanhamento garantira a adequação entre as pesquisas e as exigências da sociedade.

10 Infra-estruturas Pesquisadores e estudantes do projeto RELAIS terão acesso às infra-estruturas avançadas de aquisição de dados, plataformas analíticas e laboratórios. 10.1 Infra-estruturas de aquisição de dados

SEAS-Guyane (Caiena, Guiana Francesa): Antena de recepção de imagens de satélites direta para Spot 4, Spot 5 e ENVISAT. Possibilidades de programação de imagem e acesso gratuito a arquivos de dados a partir de 2006 até hoje por toda a Amazônia brasileira.

ORE HYBAM - HYBAM (observatório da Hidrologia da Bacia Amazônica) fornece dados sobre fluxo de líquidos e sólidos em toda a bacia amazônica e desenvolve novas observações e técnicas de estimativa baseadas em sensoriamento remoto.

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10.2 Plataformas Analíticas e laboratórios

O LMI OCE é apoiado pelo ORE (Observatório de Pesquisa do Meio Ambiente) HIBAM que cuida do controlo de 16 estações de referência limnimetricas instaladas em locais-chave na bacia amazônica desde 8 anos. O conjunto de dados está disponível online em http://www.ore-hybam.org A plataforma de análise compartilhada dos sítios do GET em Toulouse (França) e do LAGEQ UnB em Brasília, que inclui a espectrometria de massa (ICP-MS e ICP-MC-MS juntamente com hidreto ou gerador de vapor frio), que permite a dosagem de isótopos de médio a massa pesada, bem como todos os elementos maiores e traços. A “Casa de Sensoriamento Remoto” em Montpellier (France) é um centro compartilhado de tratamento de imagens de satélite. O laboratório de modelagem epidemiológica da UMMISCO e o laboratório da MIVEGEC com insectarium de alta segurança, Montpellier.

11 Publicações e comunicações planificadas

Além da produção científica mono-disciplinar em termos de teses de mestrado e doutorado, junto com artigos em revistas de alta nível, o programa de pesquisa RELAIS promoverá artigos trans-disciplinar em revistas internacionais, tais como EcoHealth, BMC Infectious Diseases, The American Naturalist, Emerging Infectious Diseases, PLoS Neglected Tropical Diseases. A comunicação dos resultados científicos do projeto será principalmente em simpósio nacional para estudantes de mestrado e doutorado. No caso do ano sanduíche na França, os estudantes de doutorado terão a possibilidade de participar de simpósios Europeus. Uma atenção especial será dada à participação dos pesquisadores e estudantes nos simpósios Nacionais e nos simpósios franco-brasileiros em Saúde Ambiental. Nos vamos promover estudantes e pós-doutorados como primeiros autores de publicações e comunicações. Para promover uma maior difusão dos resultados RELAIS, vamos também incentivar publicações em revistas como " Sciences au Sud ", "Journal du CNRS" e periódicos nacionais brasileiros.

12 Questo�es e�ticas, de seguranc�a e regulato�rias As regras serão precisamente definidas na reunião de lançamento, mas as regras gerais será o respeito mútuo ética entre todos os participantes. Todos os experimentos com animais o envolvendo seres humanos serão submetidos à adequados comitês éticos institucionais.

13 Propriedade Intelectual RELAIS promoverá o acesso livre aos dados científicos através do Sistema de Informação Observatorium. Todos os estudos que podem resultar na invenção e, portanto, pode ser objeto de regras de confidencialidade serão analisados pela Agência de Inovação da Universidade Federal do Rio de Janeiro ou por qualquer outras agências semelhantes, dependendo da escolha do pesquisador.

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14 Principais publicações do Consorcio - de Carvalho Vivarini A, Pereira RD, Dias Teixeira KL, Calegari-Silva TC, Bellio M, Laurenti MD, Corbett CE, de Castro Gomes CM, Soares RP, Mendes Silva A, Silveira FT, Lopes UG. Human cutaneous leishmaniasis: interferon-dependent expression of double-stranded RNA-dependent protein kinase (PKR) via TLR2. FASEB J. 2011 Aug 16. [Epub ahead of print] - Saraiva, V. B. ; Souza-Silva, L. ; Ferreira-Dasilva, C. T. ; Silva-Filho, J.L. ; Teixeira-Ferreira, A. ; Perales, J. ; Souza, M. C. ; Henriques, M. G. ; Caruso-Neves, C. ; Pinheiro, A. A. S. Impairment of the Plasmodium falciparum Erythrocytic Cycle Induced by Angiotensin Peptides. Plos One, v. 6, p. e17174-9, 2011. - Filardy AA, Pires DR, DosReis GA. Macrophages and neutrophils cooperate in immune responses to Leishmania infection. Cell Mol Life Sci. 2011 Jun;68(11):1863-70. - Malm O, Dorea JG, Barbosa AC, Pinto FN, Weihe P. Sequential hair mercury in mothers and children from a traditional riverine population of the Rio Tapajos, Amazonia: seasonal changes. Environ Res. 2010 Oct;110(7):705-9. - de Souza Dos Santos MC, Gonçalves CF, Vaisman M, Ferreira AC, Carvalho DP. Impact of flavonoids on thyroid function. Food Chem Toxicol. 2011 Oct;49(10):2495-502. - Ferrao-Filho Ada S, Soares MC, de Magalhaes VF, Azevedo SM. A rapid bioassay for detecting saxitoxins using a Daphnia acute toxicity test. Environ Pollut. 2010 Jun;158(6):2084-93. - Almeida MD, Marins RV, Paraquetti HH, Bastos WR, Lacerda LD. Mercury degassing from forested and open field soils in Rondonia, Western Amazon, Brazil. Chemosphere. 2009 Sep;77(1):60-6. - de Almeida AS, Medronho R de A, Werneck GL. Identification of risk areas for visceral leishmaniasis in Teresina, Piaui State, Brazil. Am J Trop Med Hyg. 2011 May;84(5):681-7. - de Lima AC, Zampieri RA, Tomokane TY, Laurenti MD, Silveira FT, Corbett CE, Floeter-Winter LM, Gomes CM. Leishmania sp. identification by PCR associated with sequencing of target SSU rDNA in paraffin-embedded skin samples stored for more than 30 years. Parasitol Res. 2011 Jun;108(6):1525-31. - Travassos da Rosa ES, Medeiros DB, Nunes MR, Simith DB, de Souza Pereira A, Elkhoury MR, Lavocat M, Marques AA, Via AV, D'Andrea P, Bonvicino CR, Lemos ER, Vasconcelos PF. Pygmy rice rat as potential host of Castelo dos Sonhos Hantavirus. Emerg Infect Dis. 2011 Aug;17(8):1527-30. - Rougeron V, de Meeûs T, Hide M, Waleckx E, Bermudez H, Arevalo J, Llanos-Cuentas A, Dujardin JC, de Doncker S, Le Ray D, Ayala FJ & Bañuls AL (2009) Extreme inbreeding in Leishmania braziliensis. Proceedings of the National Academy of Sciences USA. 106: 10224-10229 - Smith KF & Guegan JF (2010) Changing geographic distributions of human pathogens. Annual Review of Ecology, Evolution and Systematics. 41: 231-250 - Roche B., Drake J.M. and Rohani P. (2011) The curse of the pharaoh revisited: Evolutionary bi-stability in environmentally transmitted pathogens. Ecology Letters. 14(6):569-575. - Roche B. and Guégan J.F. (2011) Ecosystem dynamics, biological diversity and emerging infectious diseases. Comptes Rendus de l'Académie des Sciences. 334 :385-392. - Girod R, Roux E, Berger F, Stefani A, Gaborit P, Carinci R, Issaly J, Carme B, Dusfour I. Unravelling the relationships between Anopheles darlingi (Diptera: Culicidae) densities, environmental factors and malaria incidence: understanding the variable patterns of malarial transmission in French Guiana (South America). Annals of Tropical Medicine and Parasitology, 2011, 105 (16). p. 107-122

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