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Vida da comunidade Domingo 19 Fevereiro 7º Domingo do T. Comum - A Às 10h30: Missa da Catequese. Às 12h00, Dianteiro: Festa da Luz. ` Às 15h00: Na Carapinheira: Missa e convívio. Às 15h00: No Mosteiro de Celas: Eleições dos órgãos da Irmandade de Nossa Senhora da Piedade Terça 21 Fevereiro Às 21h15, Catequese de adultos na Reitoria do Dianteiro. Quarta 22 Fevereiro Às 21h15, Catequese de adultos no Tovim Quinta 23 Fevereiro 15h30 às 18h15: Adoração do Santíssimo, na igreja de Santo António. Oração pelas vocações. Sexta 24 Fevereiro Às 21h15: Catequese de adultos. em Santo António e na Rocha Nova: Sábado 25 Fevereiro Horário normal da catequese 90º Aniversário do Agrup. 109 de Santo António dos Olivais - Evento celebrado pelos Antigos Escuteiros do CIX na Lousã, 18 e 19 de feve- reiro. Domingo 26 Fevereiro 8º Domingo do T. Comum - A Às 13h: em Santo António, cele- bração de Batismo FLORILÉGIO Um rabi, douto e estimado, foi convidado dar uma palestra sobre o livro do Êxodo. Explicou assim o episódio do maná que caía do céu: “O Senhor fez chover o seu pão, que tinha o sabor da broa de mel, o suficiente para durar um dia. Não se conservava para o dia seguinte, exceto sexta feira”. Um ouvinte interveio: “Que desperdício de tempo! Porquê o pão se conservava só por um dia? Não teria sido mais vantajoso que durasse pelo menos um ano?” O rabi respondeu assim: “Um grande rei tinha um filho. Era, apenas, uma criança, mas a sua educação era um assunto de estado. Havia uma lei que impunha ao rei de ver o filho só uma vez por ano. O rei amava muito o filho; e, tam- bém, o filho amava muito o pai. Eles muito teriam deseja- do estar juntos mais vezes. Mas a lei era implacável. Assim, aos poucos, eles torna- ram-se estranhos um ao outro”. E continuou: “Por isso, Deus enviava o seu dom cada dia…” Por isso nós rezamos todos os dias... PICA-PAU Paróquia de Santo António dos Olivais 3000-083 COIMBRA Tel 239 711 992 | 239 713 938 [email protected] Folha da Comunidade Paroquial Ano 30 Nº 22 - 19 Fevereiro 2017 OLHAR E ...TOCAR ! Numa mensagem enviada aos participantes de um encontro de Movimentos Populares nos Estados Unidos da América, Papa Francisco realçou que perante a realidade dos que hoje não têm “terra, nem teto nem trabalho”, não há que ficar paralisa- dos ou indiferentes. “Sob a capa do que é politicamente correto ou que está ideologicamente na moda, olhamos hoje para os que sofrem sem os tocar. Eles abrem jornais em direto, são tema de conversa no meio de eufe- mismos e de uma aparente tolerância, mas siste- maticamente nada é feito para curar as feridas sociais ou confrontar as estruturas que atiram tantos irmãos e irmãs nossas para as periferias”. Para o Papa, esta atitude “hipócrita” que tomou conta da sociedade, “tão diferente da atitude do Bom Samaritano do Evangelho”, mostra “a ausência de um verdadeiro compro- misso com a humanidade”. “A compaixão, o amor, não é um sentimento vago”, frisou o Papa, que desafiou os membros dos movimentos sociais a afirmarem-se no seu meio como “um samaritano” capaz de parar e cuidar de quem está caído à beira da estrada, de quem foi espancado no corpo e na alma, espoliado da sua dignidade. “Vocês têm de tornar-se samaritanos. E depois têm de tor- nar-se também como o dono da estalagem do final da parábola, a quem o samaritano confia a pessoa ferida. Quem é este estalajadeiro? É a Igreja Católica, é a comu- nidade cristã, são as pessoas que mostram compaixão e solidariedade, são as organizações sociais. Somos nós, são vocês, a quem Deus confia os que mais sofrem”, con- cluiu o Papa. (Agência Ecclesia) “Se alguém diz que tem fé, mas não tem obras, que adianta isso? ...Assim como o corpo sem alma está morto, assim também a fé sem obras está morta”. (S. Tiago)

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Page 1: ` PICA-PAUfranciscanosconventuais.com/ficheiros/Pica Pau/19... · 1 Cor 3, 16-23 Mt 5,38-48 Oração do Domingo Senhor Jesus, Tu conheces o meu coração mesquinho. Tu sabes como

Vida da comunidade

Domingo 19 Fevereiro

7º Domingo do T. Comum - A

Às 10h30: Missa da Catequese. Às 12h00, Dianteiro: Festa da Luz. `

Às 15h00: Na Carapinheira: Missa e convívio.

Às 15h00: No Mosteiro de Celas: Eleições dos órgãos da Irmandade de Nossa Senhora da Piedade

Terça 21 Fevereiro

Às 21h15, Catequese de adultos na Reitoria do Dianteiro.

Quarta 22 Fevereiro

Às 21h15, Catequese de adultos no Tovim

Quinta 23 Fevereiro

15h30 às 18h15: Adoração do Santíssimo, na igreja de Santo António. Oração pelas vocações.

Sexta 24 Fevereiro

Às 21h15: Catequese de adultos. em Santo António e na Rocha Nova:

Sábado

25 Fevereiro

Horário normal da catequese 90º Aniversário do Agrup. 109 de Santo António dos Olivais - Evento celebrado pelos Antigos Escuteiros do CIX na Lousã, 18 e 19 de feve-reiro.

Domingo

26 Fevereiro

8º Domingo do T. Comum - A Às 13h: em Santo António, cele-bração de Batismo

FLORILÉGIO

Um rabi, douto e estimado, foi convidado dar uma palestra sobre o livro do Êxodo.

Explicou assim o episódio do maná que caía do céu: “O Senhor fez chover o seu pão, que tinha o sabor da broa de mel, o suficiente para durar um dia. Não se conservava para o dia seguinte, exceto sexta feira”.

Um ouvinte interveio: “Que desperdício de tempo! Porquê o pão se conservava só por um dia? Não teria sido mais vantajoso que durasse pelo menos um ano?”

O rabi respondeu assim: “Um grande rei tinha um filho. Era, apenas, uma criança, mas a sua educação era um assunto de estado. Havia uma lei que impunha ao rei de ver o filho só uma vez por ano. O rei amava muito o filho; e, tam-bém, o filho amava muito o pai. Eles muito teriam deseja-do estar juntos mais vezes. Mas a lei era implacável. Assim, aos poucos, eles torna-ram-se estranhos um ao outro”.

E continuou: “Por isso, Deus enviava o seu dom cada dia…”

Por isso nós rezamos todos os dias...

PICA-PAU

Paróquia de Santo António dos Olivais

3000-083 COIMBRA

Tel 239 711 992 | 239 713 938

[email protected]

Folha da Comunidade Paroquial Ano 30 Nº 22 - 19 Fevereiro 2017

OLHAR E ...TOCAR !

Numa mensagem enviada aos participantes de um encontro de Movimentos Populares nos Estados Unidos da América, Papa Francisco realçou que perante a realidade dos que hoje não têm “terra, nem teto nem trabalho”, não há que ficar paralisa-dos ou indiferentes.

“Sob a capa do que é politicamente correto ou que está ideologicamente na moda, olhamos hoje para os que sofrem sem os tocar. Eles abrem jornais em direto, são tema de conversa no meio de eufe-mismos e de uma aparente tolerância, mas siste-maticamente nada é feito para curar as feridas sociais ou confrontar as estruturas que atiram tantos irmãos e irmãs nossas para as periferias”.

Para o Papa, esta atitude “hipócrita” que tomou conta da sociedade, “tão diferente da atitude do Bom Samaritano do Evangelho”, mostra “a ausência de um verdadeiro compro-misso com a humanidade”.

“A compaixão, o amor, não é um sentimento vago”, frisou o Papa, que desafiou os membros dos movimentos sociais a afirmarem-se no seu meio como “um samaritano” capaz de parar e cuidar de quem está caído à beira da estrada, de quem foi espancado no corpo e na alma, espoliado da sua dignidade.

“Vocês têm de tornar-se samaritanos. E depois têm de tor-nar-se também como o dono da estalagem do final da parábola, a quem o samaritano confia a pessoa ferida. Quem é este estalajadeiro? É a Igreja Católica, é a comu-nidade cristã, são as pessoas que mostram compaixão e solidariedade, são as organizações sociais. Somos nós, são vocês, a quem Deus confia os que mais sofrem”, con-cluiu o Papa. (Agência Ecclesia)

“Se alguém diz

que tem fé, mas

não tem obras,

que adianta

isso?

...Assim como o

corpo sem alma

está morto,

assim também a

fé sem obras

está morta”.

(S. Tiago)

Page 2: ` PICA-PAUfranciscanosconventuais.com/ficheiros/Pica Pau/19... · 1 Cor 3, 16-23 Mt 5,38-48 Oração do Domingo Senhor Jesus, Tu conheces o meu coração mesquinho. Tu sabes como

Palavra do Senhor 7º Domingo do Tempo Comum / A

Lv 19, 1-2.17-18 Sal. 102 (103)

1 Cor 3, 16-23 Mt 5,38-48

Oração do Domingo

Senhor Jesus,

Tu conheces o meu coração mesquinho. Tu sabes como funciona a minha memória, e como não esquece as ofensas que me fazem…

Limpa-me de toda a recorda-ção do que me fizeram de mal.

Dá-me, Senhor, uma memória sã. Ajuda-me a esquecer e não permitas que o meu rancor me deixe tomar nota de nada.

Livra-me da vaidade exigente, que me leva a desprezar-me e a não me aceitar.

Sugere-me que as falhas são oportunidades para crescer.

Sou duro para comigo e exijo demasiado aos demais. Dá-me, Senhor, um coração tole-rante para mim e para os outros. Ensina-me a perdoar à tua maneira: sempre.

Jesus, coloco diante de ti os nomes de todos os que me causaram algum dano.

Quero perdoar-lhes contigo, e ficar limpo de memórias dolo-rosas.

A liturgia do sétimo Domingo do Tempo Comum convida-nos à santidade, à perfeição. Sugere que o “caminho cristão” é um caminho nunca acabado, que exige de cada homem ou mulher um compromisso sério e radical, feito de gestos concretos de amor e de partilha. Somos, assim, convidados a percorrer o nosso caminho de olhos postos nesse Deus santo que nos espera no final da viagem.

A primeira leitura que nos é proposta apre-senta um apelo veemente à santidade: viver na comunhão com o Deus santo, exige o ser san-to. Na perspetiva do autor do nosso texto, a santidade passa também pelo amor ao próxi-mo.

No Evangelho, Jesus continua a propor aos discípulos, de forma muito concreta, a sua Lei da santidade. Hoje, Ele pede aos seus que aceitem inverter a lógica da violência e do ódio, pois esse “caminho” só gera egoísmo, sofrimento e morte. Pede-lhes, também, o amor que não marginaliza nem discrimina nin-guém, nem os inimigos. É nesse caminho de santidade que se constrói o “Reino”.

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto – e os cristãos de todos os tempos e lugares – a serem o lugar onde Deus reside e Se revela aos homens. Para que isso acon-teça, eles devem renunciar definitivamente à “sabedoria do mundo” e devem optar pela “sabedoria de Deus” (que é dom da vida, amor gratuito e total). (Dehonianos.org)

Salmo 102: Bendiz, ó minha alma, o Senhor… Ele perdoa todos os teus pecados, Cura as tuas enfermidades, Salva da morte a tua vida, Coroa-te de graça e de misericórdia!

A MENSAGEM DO PAPA PARA A QUARESMA “A Palavra é um dom;

o outro é um dom”.

A mensagem do Papa para a Quaresma intitula-se muito sugestivamen-te “A palavra é um dom; o outro é um dom”.

Duas asserções unidas pelo ideal da justiça e pelo amor a Deus. Ou, por outras palavras, jun-tando tempo de renova-ção, de conversão e de purificação.

No texto, Papa Francis-co chama, veemente-mente, a atenção para o mal que advém da idiolatria do dinheiro, do egocentrismo do possuir e da indiferença perante o outro.

Para isso, recorda-nos a parábola de Jesus sobre o homem rico (sem nome) e o homem pobre (com nome, Lázaro, que quer dizer “Deus ajuda”).

O dom do outro está associado a uma ética generosamente assimétrica: eu e o outro, eu e o todo. Não só dando ao outro o que dele é (justiça), como dar ao outro o que nosso é (caridade). Mas também, fortalecendo uma autên-tica economia do dom, que promova o princípio ético da gratuitidade (dar sem perder e receber sem tirar).

“Em vez de ser um instrumento ao nosso dispor para fazer o bem e exer-cer a solidariedade com os outros, o dinheiro pode-nos subjugar, a nós e ao mundo inteiro, numa lógica egoísta que não deixa espaço para o amor e dificulta a paz”, sublinha o Papa Fran-cisco.

A QUARESMA

Todos os anos, o período quaresmal tem a finalidade de preparar os cristãos para a Páscoa. A liturgia, com todas as suas pro-postas festivas e feriais, guia os fieis para a celebração da Páscoa, e os catecúmenos para os sacramentos da iniciação cristã (Batismo, Confirmação ou Crisma e Euca-ristia) que celebrarão na Vigília Pascal.

Batismo e Reconciliação ou Penitência são, portanto, as características que assinalam este período, sobretudo para aqueles que, já redimidos e renovados em Cristo, se dis-põem, através do itinerário anual da cami-nhada penitencial, a renovar a sua adesão ao mistério da morte e da ressurreição do Salvador.

Diversamente dos outros períodos, a Qua-resma é um espaço de tempo em que a escuta da Palavra é acompanhada por obras que denotam a atitude de conversão: o jejum e a penitência completam tudo o que caracteriza quer o anúncio quer a cele-bração.

Por isso, é imperativo combater a indiferença e o relativismo, a ditadura da aparência, o vazio do interior. O dinheiro e o progresso tecnológico são meios para o bem comum, não fins que escravizem pelo excesso (o rico da parábola) ou pela carência (o Lázaro da parábola).

Investiu-se no progresso, mas tem-se desinvestido no espírito. Só a partir do nosso interior se faz a mudança exterior. Ou, como conclui o Papa, “a raiz dos seus males é não escutar a Palavra de Deus”

(António Bagão Félix, Semanário Ecclesia)