| pesquisa e estudo de campo | ações do vereador filecife em defesa da escola que desde a década...

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| ESCOLA JOãO PERNAMBUCO | RELATóRIO DA EDUCAçãO | PESQUISA E ESTUDO DE CAMPO | AçõES DO VEREADOR ANO 1 • NúMERO 2 • RECIFE-PE • JUNHO DE 2013

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| escola joão pernambuco

| relatório da educação

| pesquisa e estudo de campo

| ações do vereador

ano 1 • número 2 • recife-pe • junho de 2013

de mãos dadas com a co-munidade do bairro da Várzea em favor da valo-rização da escola de arte joão pernambuco, que a prefeitura do recife dese-ja transferir da Secretaria de educação para a pasta da juventude acarretando assim a perda de recursos orçamentários e conse-quente esvaziamento da unidade, andré régis fez um importante pronun-ciamento no plenário da câmara municipal do re-cife em defesa da escola que desde a década de 90 vem acolhendo as crianças daquela região. alem dis-so levou a questão para a agenda da comissão de educação, cultura, espor-tes e Turismo, ressaltando que a escola representa uma autêntica experiên-cia democrática na medi-da em que é fruto de uma vitoriosa reivindicação da comunidade, explicando que o seu anunciado es-vaziamento iria retirar das crianças a oportunidade de desenvolver estímulos criativos fundamentais ao ciclo da educação infantil.andré régis e a sua equipe realizaram visitas e encon-tros com a comunidade onde ouviram e registra-ram as preocupações refe-rentes ao futuro da escola de arte, colocando-se à disposição para unir esfor-ços e denunciar inclusive as apreensões das famí-lias temerosas de que ao perder o seu vínculo com a Secretaria de educação a unidade venha a sofrer desgastes e fechar as por-tas.criada no inicio da década de 90 pelo então prefeito Gilberto marques paulo, ficou constatado que ul-timamente a prefeitura

apoio à escola de arte joão pernambuco sensi-biliza comunidades da várzea

do recife reduziu o seu quadro de estagiários e pretendia também rea-lizar um corte de gastos na sua manutenção, alem de anunciar que irá desli-gar a escola da Secretaria da educação: “ampara-dos pela observação que a visita nos proporcionou, podemos afirmar deste-midamente que a decisão do executivo é equivoca-da”, afirmou andré régis, evidenciando que a esco-la nasceu da iniciativa de membros da comunidade local, que reuniram os pri-meiros recursos para a sua construção, e desde então

tem formado artistas de diversas áreas e contribuí-do com o desenvolvimento cultural de seus alunos.andré régis levou a ques-tão para o plenário da câ-mara municipal do recife onde fez um pronuncia-mento relatando os riscos que a única escola de arte pública de pernambuco vem correndo caso venha a ser desvinculada da pasta de educação, perdendo as-sim o orçamento anual que assegura o seu funciona-

mento desde os anos 90. o discurso de andre re-gis foi assistido pela co-munidade da Várzea que compareceu em massa às galerias da casa de jose mariano, surpreendendo inclusive os mais antigos vereadores que não espe-ravam uma mobilização

daquele porte. o empenho parece ter surtido efeito, pois a direção da institui-ção recebeu uma recente comunicação da prefeitu-ra do recife autorizando a contratação de novos professores estagiários, embora a reivindicação principal para mantê-la vinculada à rede da Se-cretaria de educação não tenha sido ainda acatada oficialmente pelo chefe do executivo municipal.

Fachada principal da escola muni-cipal joão pernambuco, no bairro da várzea.

na calçada interna da câmara de vereadores, andré régis fala à po-pulação em defesa da escola.

vereador andré régis visita a es-cola e conversa com os dirigentes.

informaTiVo andré régis | ano 1 • número 2 • reciFe-pe • junho de 2013

desde janeiro de 2013 o vereador andré régis e sua equipe iniciaram um programa de visitas e inspeções técnicas ob-jetivando realizar um le-vantamento completo da situação de todas as 300 escolas públicas mantidas pela prefeitura do reci-fe. de acordo com uma agenda rigorosamente cumprida pelo grupo, esse trabalho se estenderá até o mês de agosto vindouro. entretanto os seus primei-ros resultados, focados nas seis melhores e nas seis piores escolas da rede, configuram um quadro muito grave e preocupan-te. num primeiro volume com mais de 170 páginas o estudo produzido sob a co-ordenação de andré régis foi repassado aos demais vereadores recifenses e entregue também ao pre-feito Geraldo júlio e ao se-cretário de educação, Val-mar correa. Seu conteúdo aponta e documenta com fotografias a existência de deficiências inaceitáveis nas escolas, evidenciando a falta de segurança, falta de áreas verdes para re-creio, ausência de instala-ções sanitárias adequadas, inexistência de bibliotecas e ainda a constatação de situações de risco para alu-nos e professores.o grupo que realiza as vi-sitas técnicas às escolas teve a preocupação de, além de avaliá-las a partir do que consideram ideal, perguntar à comunidade

pesquisa e estudo da situação da rede escolar municipal do reciFe revelam quadro dramático

escolar o que ela vê como necessário para melhorar o desempenho de alunos e professores no processo de ensino-aprendizagem. em quase todas as insti-tuições, professores, co-ordenadores e gestores relataram que a ausência da família é fator que in-fluencia negativamente na produção dos alunos. a violência das comunida-des, especialmente aque-las relacionadas ao consu-mo e tráfico de drogas, tal qual a violência doméstica, tanto física quanto o diálo-go agressivo dos pais são fatores que contribuem para a estagnação do de-senvolvimento cognitivo das crianças e adolescen-tes.nessa primeira etapa do levantamento o vereador andré régis visitou escola com sérios problemas em suas instalações, como é o caso da escola munici-pal alto do céu, em San-to amaro. os seus alunos ficam confinados duran-te todo o horário de aula dentro das salas onde, in-clusive, consomem a me-renda. não há espaço para circulação fora de sala nem áreas para lazer e ativida-des esportivas. em caso de chuva ou de sol, os alunos que chegam cedo esperam na rua que alguém abra os portões.essa dura realidade pode ser encontrada, também, em duas escolas do bair-ro de Água fria, como é o caso da escola municipal

antônio Luiz e da escola municipal deus é amor. na primeira, o acesso às salas se dá por corredores es-treitos, comprometendo a chance de fuga em caso de incêndio. pais cadeirantes não têm acesso ao interior da escola. a escola deus é amor passa por uma situ-ação idêntica, mas acres-cida de outro problema: o anexo da escola limita-se a uma sala divida por ta-pumes onde funciona uma turma por horário. durante a visita percebeu-se que os professores saem roucos do trabalho, desgastados em decorrência da péssi-ma estrutura do local. em geral as instalações físicas, por serem muito ruins, comprometem o desem-penho dos mestres.o trabalho mostra que há escolas com instalações de ótimo potencial, mas, que infelizmente não recebem a merecida atenção. É o caso da escola municipal do coque e escola profes-sor josé da costa porto, no mesmo bairro. os pré-dios são amplos, têm espa-ços de convivência fora da sala de aula, mas precisam de reformas para oferecer conforto aos alunos. parte do pátio da escola munici-pal do coque, por exemplo, poderia ser aproveitado para tirar as crianças do anexo da escola que é um prédio insalubre, sem ven-tilação e espaço para circu-lação. há também necessi-dade de um parque. outro problema que toca essas

escolas é a falta de funcio-nários para os trabalhos administrativos e pedagó-gicos, deficiência esta que tem sido comum na rede é a acumulação de função dos gestores. uma escola cuja estrutura física colabora com o tra-balho dos professores e alunos é a pedro augusto, que funciona em tempo in-tegral com turmas de ensi-no fundamental ii. Suas sa-las de aula são temáticas, onde os alunos migram de um ambiente para o outro de acordo com a área do conhecimento a ser traba-lhada. além disso, possui quadra poliesportiva, bi-blioteca e laboratórios de informática em boas con-dições de uso. o diagnóstico que vem sendo feito por andré ré-gis e sua dedicada equipe de assessores está levan-tando as questões pelas quais a rede pública de en-sino do recife está classi-ficada com uma das piores médias do ideB, na faixa de 4.1 (método de avalia-ção do rendimento escolar adotado pelo ministério da educação), muito atrás da maioria das cidades brasi-leiras. andré régis propõe que a prefeitura do recife estabeleça a média de 6.0 como meta a ser persegui-da até o ano de 2015 para a sua rede oficial de ensino fundamental.até agosto vindouro o le-vantamento estará con-cluído e até lá, na medida em que avança, os seus resultados estarão sendo disponibilizados no site do vereador andré régis.

informaTiVo andré régis | ano 1 • número 2 • reciFe-pe • junho de 2013

desde janeiro estamos re-alizando um trabalho de visita às escolas da rede municipal de ensino, a fim de averiguar sob que con-dições de estruturas físi-ca, administrativa e peda-gógica funcionam nossas instituições de ensino. a primeira parte deste estu-do priorizou as melhores e piores escolas no Índice de desenvolvimento da educação Básica (ideB) de cada uma das seis regiões político-administrativas do recife. os resultados deste trabalho, que está tendo continuidade, já fo-ram apresentados aos ve-readores da cidade, assim como ao prefeito Geraldo júlio e ao secretário de educação de sua gestão, Valmar corrêa de andrade.agora, acabamos de con-cluir as atividades in loco de todas as instituições de educação infantil e en-sino fundamental i e ii da rpa1, iniciando o trabalho na rpa 2. pretendemos visitar todas as escolas até agosto desde ano, e a par-tir desta data retornare-mos às escolas para saber se os problemas detecta-dos foram solucionados ou pelo menos amenizados.nesta nova fase do estudo sobre a educação munici-pal na capital pernambuca-na, na rpa 1 fomos a treze escolas; tivemos a preocu-pação de, além de avaliá--las a partir do que consi-deramos ideal, perguntar à comunidade escolar o que ela vê como necessário para melhorar o desempe-nho de alunos e professo-res no processo de ensino--aprendizagem. em quase todas as instituições, pro-fessores, coordenadores e gestores relataram que

a ausência da família é fa-tor que influencia negati-vamente na produção dos alunos. a violência das co-munidades, especialmente aquelas relacionadas ao consumo e tráfico de dro-gas, tal qual a violência do-méstica, tanto física quan-to o diálogo agressivo dos pais é um fator que contri-bui para a estagnação do desenvolvimento cognitivo de nossas crianças e ado-lescentes.Sobre a estrutura física das escolas, nos depara-mos com boas estruturas físicas, como é o caso da Sede de Sabedoria, em Santo amaro, rpa 1, e a alda romeu, em Água fria, rpa 2, cujas novas insta-lações dispõem de salas amplas e bem iluminadas, assim como laboratório de informática e biblio-

teca. nelas, também há proposta de acessibilida-de, tendo em vista que há rampas para alunos com li-mitações motoras tanto na entrada do prédio quanto no acesso aos pavimentos superiores. mesmo tendo uma boa estrutura física, alguns reparos precisam ser feitos, como é o caso da climatização das salas de aula e bibliotecas, pois com o intenso calor nes-ses ambientes as crianças ficam inquietas e não ren-dem como o esperado pe-las docentes.outra escola que conta com um prédio que cola-bora o trabalho de profes-sores e alunos é a pedro augusto, que funciona em tempo integral com turmas de ensino fundamental ii. aqui, as salas de aula são temáticas, onde os alunos

visitas e relatórios em andamento revelamquadro dramático da rede pública de educação

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migram de um ambiente para o outro de acordo com a área do conheci-mento a ser trabalhada. Além disso, possui quadra poliesportiva, biblioteca e laboratórios de informáti-ca em boas condições de uso.Outras escolas, no en-tanto, sofrem com sérios problemas em suas ins-talações, como é o caso da Municipal Alto do Céu, em Santo Amaro. Aqui, os alunos ficam confinados durante todo o horário de aula dentro das salas onde, inclusive, conso-mem a merenda. Não há espaço para circulação fora de sala, bem como é inexistente áreas para lazer e atividades espor-tivas. Em caso de chuva ou de sol, os alunos que chegam cedo esperam na rua que a abertura dos portões.Essa crítica realidade pode ser encontrada, também, em duas esco-las de Água Fria, como é o caso da Municipal Antônio

Luiz e da Municipal Deus é Amor. Nessa primeira, o acesso às salas se dá por corredores estreitos, comprometendo fuga em caso de incêndio, por exemplo; pais cadeiran-tes se comunicam com a direção da escola na rua. A Deus é amor passa por uma situação idêntica, mas acrescido de outro problema: o anexo da es-cola limita-se a uma sala divida por tapumes onde funciona uma turma por horário; hoje, durante a visita no final da manhã, percebemos como os pro-fessores saem roucos do trabalho, desgastados em decorrência da péssima estrutura do local.Outras escolas têm insta-lações de ótimo potencial, que infelizmente não re-cebem a merecida aten-ção. É o caso da Munici-pal do Coque e Professor José da Costa Porto, si-tuadas no Coque. Os pré-dios são amplos, tem es-paços de convivência fora da sala de aula, mas preci-

sam de reformas para ser utilizados com conforto pelos alunos. Parte do pátio da Municipal do Co-que, por exemplo, pode-ria ser aproveitado para tirar as crianças do anexo da escola, instalado em um prédio insalubre, sem ventilação e espaço para circulação, assim como para a construção de um parque, por exemplo. Ou-tro problema que toca estas escolas é a falta de funcionários para os tra-balhos administrativos e pedagógicos. Comum em toda a rede é a acumula-ção de função dos gesto-res. Preocupado com o fraco desempenho nas avalia-ções do IDEB (há escolas onde nenhum aluno foi aprovado em Matemáti-ca) o vereador André Ré-gis sugeriu à Prefeitura do Recife que estabeleça como meta a média de 6.0 para a próxima rodada de pesquisas no âmbito da rede municipal.

escola hélia pereira

escola hélia pereira

escola irmã terezinha batista

escola santa cecília

escola campina do barreto

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