lagoinha.com · no livro de 1 reis a partir do capítulo 18 en-contramos elias, um profeta de deus,...

36

Upload: vukien

Post on 09-Nov-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

1ª Edição: janeiro/2012

Transcrição:

Eva Vilma Leão R. Júlio

Copidesque:

Nicibel Silva

Revisão:

Thalita Daher

Capa e Diagramação:

Junio Amaro

5

Introdução

Muitas vezes diante das circunstâncias difíceis, de ameaças e perseguições vem o desânimo com a própria vida. A consequência disso é o medo, a angústia fazendo com que as pessoas busquem a solução no lugar errado, contrariando a vontade de Deus para suas vidas. Podemos observar que muitas pessoas estão desejosas de fugir da própria realidade, buscam criar um mundo paralelo para elas. No livro de 1 Reis a partir do capítulo 18 en-contramos Elias, um profeta de Deus, que depois de experimentar tantas experiências sobrenaturais em Deus, se viu perseguido e ameaçado por Jezabel,

6

princesa casada com Acabe, rei de Israel. Ela intro-duziu no reino de Samaria a forma siríaca do culto a Baal, a Astarote e a outras divindades fenícias. Je-zabel ameaçou Elias de morte depois que esse ma-tou os profetas de Baal. Por isso Elias decidiu fugir para salvar sua vida e desconsiderando a vontade de Deus, seguiu para o deserto, sentou debaixo de um arbusto e pediu a morte. Esse homem por es-tar vivendo uma grande pressão, escolheu desistir. Ele escolheu se esconder numa caverna escura em completo isolamento de tudo e de todos. Mas Deus é longânimo em sua misericórdia e graça e enviou um anjo para que cuidasse de Elias. Nesta mensa-gem vou explanar sobre as cavernas da vida para onde muitas pessoas fogem, buscando se esconder das situações e até mesmo de Deus, mas o Senhor nos encontra e nos leva a lugares mais altos. Boa leitura!

“Senhor, que a tua Palavra, que é viva, possa co-municar vida, destruindo toda morte que porventura esteja corroendo nossa própria alma. Venha Senhor, levantar o teu povo, traga força e conhecimento, en-sino pela tua Palavra, faça-nos compreender toda a realidade da tua vida, em nome de Jesus, amém.”

7

o Senhor é deuS

Primeiramente, vamos ver o texto em que Elias, o profeta do Senhor, invoca o nome do Se-nhor fazendo descer fogo do céu, tornando co-nhecido que o Senhor é Deus e lançando mão dos profetas de Baal, os matou. Elias era um ho-mem como nós, mas devemos tê-lo como exem-plo a ser seguido. Ele orou para que não chovesse em Israel e durante três anos e seis meses não choveu. Somente quando Elias clamou ao Senhor seu Deus por chuva, os céus se abriram. Leiamos

8

este texto glorioso de 1 Reis capítulo 18, versos 20 ao 46:

“Então, enviou Acabe mensageiros a todos os filhos de Israel e ajuntou os profetas no monte Car-melo. Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu. Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei dos profetas do SENHOR, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens. Deem-se-nos, pois, dois novilhos; escolham eles para si um dos novilhos e, dividindo-o em pedaços, o ponham sobre a lenha, porém não lhe metam fogo; eu prepararei o outro novilho, e o porei sobre a lenha, e não lhe me-terei fogo. Então, invocai o nome de vosso deus, e eu invocarei o nome do SENHOR; e há de ser que o deus que responder por fogo esse é que é Deus. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra. Disse Elias aos profetas de Baal: Escolhei para vós outros um dos novilhos, e preparai-o primeiro, porque sois muitos, e invocai o nome de vosso deus; e não lhe metais fogo. Tomaram o novilho que lhes fora dado, prepararam-no e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém

9

não havia uma voz que respondesse; e, manquejando, se movimentavam ao redor do altar que tinham feito. Ao meio-dia, Elias zombava deles, dizendo: Clamai em altas vozes, porque ele é deus; pode ser que esteja meditando, ou atendendo a necessidades, ou de via-gem, ou a dormir e despertará. E eles clamavam em altas vozes e se retalhavam com facas e com lancetas, segundo o seu costume, até derramarem sangue. Pas-sado o meio-dia, profetizaram eles, até que a oferta de manjares se oferecesse; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma. Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se che-gou a ele; Elias restaurou o altar do SENHOR, que esta-va em ruínas. Tomou doze pedras, segundo o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual viera a palavra do SENHOR, dizendo: Israel será o teu nome. Com aquelas pedras edificou o altar em nome do SENHOR; depois, fez um rego em redor do altar tão grande como para semear duas medidas de sementes. Então, armou a lenha, dividiu o novilho em pedaços, pô-lo sobre a lenha e disse: Enchei de água quatro cântaros e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. Dis-se ainda: Fazei-o segunda vez; e o fizeram. Disse mais: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez. De manei-

10

ra que a água corria ao redor do altar; ele encheu tam-bém de água o rego. No devido tempo, para se apre-sentar a oferta de manjares, aproximou-se o profeta Elias e disse: Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas. Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo saiba que tu, SENHOR, és Deus e que a ti fizeste retroceder o coração deles. Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que es-tava no rego. O que vendo todo o povo, caiu de rosto em terra e disse: O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus! Disse-lhes Elias: Lançai mão dos profetas de Baal, que nem um deles escape. Lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou. Então, disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe, porque já se ouve ruído de abundante chuva. Subiu Acabe a comer e a beber; Elias, porém, subiu ao cimo do Carmelo, e, encurvado para a terra, meteu o rosto entre os joelhos, e disse ao seu moço: Sobe e olha para o lado do mar. Ele subiu, olhou e disse: Não há nada. Então, lhe disse Elias: Volta. E assim por sete vezes. À sétima vez disse: Eis que se levanta do mar uma nuvem pequena como

11

a palma da mão do homem. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva não te detenha. Dentro em pouco, os céus se enegreceram, com nuvens e vento, e caiu grande chuva. Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel. A mão do SENHOR veio sobre Elias, o qual cingiu os lombos e correu adiante de Acabe, até à entrada de Jezreel.”

Depois que Elias mostrou que o Senhor é Deus e os profetas de Baal foram mortos, Acabe, rei de Israel correu e contou à sua mulher, Jezabel tudo o que Elias havia feito. Ela porém, mandou um men-sageiro dizer a Elias que tudo quanto ele fizera com os profetas ela faria a ele. Ameaçando-o de morte. A seguir veremos o texto, em que Elias recebe as ameaças e como ele reagiu a isso.

12

13

Sofrendo ameaçaS

Deus era com Elias. Mas ele era um homem su-jeito aos mesmos sentimentos que passamos; você e eu fomos feitos do mesmo material que esse ho-mem. Por isso não pense que situações que experi-mentamos, muitas vezes tão delicadas, que outros homens também não experimentaram. No texto que segue, vemos que Elias é ameaçado e persegui-do por haver executado os profetas de Baal. Em 1 Reis, capítulo 19, versículo 1 ao 18, está escrito:

“Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia

14

feito e como matara todos os profetas à espada. En-tão, Jezabel mandou um mensageiro a Elias a dizer-lhe: Façam-me os deuses como lhes aprouver se ama-nhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles. Temendo, pois, Elias, levantou-se, e, para salvar sua vida, se foi, e chegou a Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço. Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais. Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o to-cou e lhe disse: Levanta-te e come. Olhou ele e viu, jun-to à cabeceira, um pão cozido sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. Voltou segunda vez o anjo do SENHOR, tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo. Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus. Ali, entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do SENHOR e lhe disse: Que fa-zes aqui, Elias? Ele respondeu: Tenho sido zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel

15

deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida. Disse-lhe Deus: Sai e põe-te neste monte perante o SENHOR. Eis que passava o SENHOR; e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do SENHOR, porém o SENHOR não estava no vento; depois do vento, um terremoto, mas o SENHOR não estava no terremoto; depois do terremoto, um fogo, mas o SENHOR não es-tava no fogo; e, depois do fogo, um cicio tranquilo e suave. Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu man-to e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? Ele res-pondeu: Tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida. Disse-lhe o SENHOR: Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e, em chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. A Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei sobre Israel e também Eliseu, filho de Safa-te, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar. Quem escapar à espada de Hazael, Jeú o matará; quem es-capar à espada de Jeú, Eliseu o matará. Também con-

16

servei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou.”

Acabe fez saber a Jezabel, sua esposa, que Elias havia destruído os profetas de Baal. Querido, para os profetas de Baal, para satanás não pode existir contemporização, satanás não é amansado, ele pre-cisa ser destruído. Por conta disso, Elias destruiu os profetas de Baal. Mas depois dessa vitória, Jezabel, princesa que exercia influência considerável sobre o governo de Israel, fez uma ameaça a Elias. “Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias a dizer-lhe: Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles.” (1 Reis 19.2.) Sabemos como é difícil viver sob ameaças. O que fazer diante de ameaças? Quando há uma ameaça de perder o emprego? De falência? De enfermidade mortal? Quando a família está se desintegrando? Como agir quando nos sen-timos ameaçados por todos os lados? Elias estava vivendo essa realidade e ele podia estar dizendo: “Ah, já aniquilei os quatrocentos profetas, já matei, já destruí, corri, fechei e abri os céus, já fiz chover.” Quan-do estamos vivendo sobre ameaça temos facilidade em esquecer todas as bênçãos que Deus nos deu

17

no passado. Quando Elias se viu ameaçado, perce-beu que sua cabeça estava a prêmio, esse homem tão poderoso, teve medo. O medo, o temor nos faz esquecer, o medo apaga, destrói todas as bênçãos do passado. Então, ele se levantou para salvar sua vida. Jesus Cristo disse: “Se alguém quiser salvar a sua vida, perdê-la-á.” (Mateus 16.25.) Muitas vezes quando as pessoas estão vivendo sob pressão, o primeiro cuidado que têm é salvar a própria vida, esquecem-se da intervenção de Deus e buscam a solução, por elas mesmas, usando seus próprios métodos. Mesmo Elias sendo um grande homem de Deus, resolveu caminhar por conta própria. De repente esqueceu de tudo que Deus já havia rea-lizado em sua vida, das vitórias que recebera. Ele era como nós; podemos contabilizar um passado de vitórias, mas quando estamos sob pressão, es-quecemos de orar, de buscar o Senhor e tentamos resolver tudo sozinhos.

Algo que também acontece quando a pessoa está sob ameaça, abatida é a quebra dos relaciona-mentos. Abandonam-se os amigos mais chegados. No verso 3 de 1 Reis 19 diz: “Temendo, pois, Elias, levantou-se, e, para salvar sua vida, se foi, e chegou a

18

Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço.” E no verso 4: “Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, ca-minho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais.” Elias escolheu ir para o deserto e ali, sentou-se debaixo de um zimbro (arbusto do deserto que pode chegar a uma altura de 3m) e se abrigou do sol sob os ramos abundantes desse arbusto. Depois de uma luta intensa contra os pro-fetas de Baal, estava desanimado e deprimido. Não obstante de o Senhor ter provado ser Deus sobre Baal, ele estava fugindo da perseguição de Acabe e Jezabel. A incoerência entre o visível (os provedo-res de Baal que ainda estavam governando Israel) e o invisível (Senhorio de Yahweh) levou Elias a se lamentar e a expressar o desejo de morrer (Fonte: Bíblia de estudo Genebra). Há ocasiões em que o Espírito do Senhor nos leva ao deserto e provê som-bra, água, todas as coisas, mas quando escolhemos por nós mesmos irmos ao deserto, vamos sozinhos, sem a proteção, sem a presença gloriosa dele. Elias, um gigante de Deus, um homem que viveu experi-ências gloriosas com Deus, se entregou a autocomi-

19

seração, abriu a porta para a depressão e pedindo a própria morte disse: “Pai, basta!” Quem sabe você viveu ou esteja vivendo uma situação assim, em meio à pressões e ameaças, você prefere a morte, deseja acabar com tudo. Talvez as pressões venham do casamento em crise, do filho que está nas dro-gas, uma enfermidade ou mesmo o desemprego. Querido, o propósito de Deus é vida. A vontade de Deus não é que carreguemos fardos, mas a Palavra diz que Ele alivia os cansados e sobrecarregados. “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobre-carregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Ma-teus 11.28-30.)

Elias deitou-se e dormiu (1 Reis 19.5). Muitas ve-zes, a pessoa que está vivendo sob ameaça só quer dormir, é uma forma de fugir da realidade, e com isso dorme o dia inteiro. Mas só podemos dormir um sono tranquilo quando entregamos totalmente nossa vida nas mãos do Senhor. Elias dormia, quan-do veio um anjo do Senhor e lhe tocou. Podemos tentar fugir dos problemas, das pessoas, mas não

20

podemos fugir de Deus. Ele é onisciente e onipo-tente, conhece todas as coisas. Veja o que diz o Sal-mo 139 sobre isso:

“Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus cami-nhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda. Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim pões a mão. Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não posso atingir. Para onde me ausentarei do teu Es-pírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abis-mo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me have-rá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá. Se eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa. Pois tu formaste o meu interior tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assom-brosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os

21

meus ossos não te foram encobertos, quando no ocul-to fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda. Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! E como é grande a soma deles! Se os contasse, excedem os grãos de areia; contaria, contaria, sem jamais chegar ao fim. Tomara, ó Deus, desses cabo do perverso; apartai-vos, pois, de mim, homens de sangue. Eles se rebelam insidiosa-mente contra ti e como teus inimigos falam malícia. Não aborreço eu, Senhor, os que te aborrecem? E não abomino os que contra ti se levantam? Aborreço-os com ódio consumado; para mim são inimigos de fato. Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mal e guia-me pelo caminho eterno.” (Grifo meu.)

22

23

Quando o Senhor noS

toca

Antes que viesse a palavra a Elias, o anjo o tocou. Ele não disse apenas: “Levanta e come!”, mas primei-ro tocou nele. Há ocasiões na nossa vida que pre-cisamos de um toque; quando estamos sofrendo ameaças, debaixo de pressões, perseguições, mui-tas vezes não precisamos de palavras, mas de um toque. E não precisamos ser tocados, necessaria-mente, por um anjo com asas e roupas brancas, não

24

é isso. Nós podemos ser um anjo na vida do nosso irmão. Você diz: Como? Quando amamos o Senhor somos tocados pelo seu amor, pela sua misericórdia e compaixão e assim como somos tocados, pode-mos tocar. Às vezes um simples abraço pode expres-sar mais amor do que palavras. Procure ser um anjo de Deus na vida das pessoas. Vivemos num mundo individualista, em que o valor do outro é descon-siderado. São valores contrários à Palavra de Deus, pois Jesus disse: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Lucas 10.27 - Grifo meu.) A Palavra de Deus nos ensina que devemos amar a Deus e amar uns aos outros, como a nós mesmos. A comunhão, o amor ao próximo é um princípio bí-blico, um mandamento que devemos cumprir. Há tantas pessoas que precisam de um toque e nós po-demos ser anjos que tocam, impõem as mãos sobre as pessoas, que estendem as mãos para levantar o caído, que amam ao próximo assim como Jesus nos ensinou na parábola do bom samaritano. Leiamos:

“E eis que certo homem, intérprete da Lei, se levan-tou com o intuito de pôr Jesus à prova e disse-lhe: Mes-

25

tre, que farei para herdar a vida eterna? Então, Jesus lhe perguntou: Que está escrito na Lei? Como interpre-tas? A isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as suas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Então, Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás. Ele, po-rém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo? Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retira-ram-se, deixando-o semimorto. Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo. Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo. Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegan-do-se pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. No dia se-guinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedei-ro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar. Qual

26

destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu-lhe o in-térprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo.” (Lucas 10.25-37.)

27

há eSperança

Voltando à história de Elias, o anjo não disse a ele: “Você perdeu a fé, que tipo de testemunho está dando? Você está fugindo covarde.” Elias sabia que estava con-trariando o propósito do Senhor para a vida dele. Mas Deus não quer que continuemos dormindo o sono da fuga, porque há um propósito e por conta disso, o Se-nhor investe na nossa vida, abrindo os nossos olhos e nos guiando pelos caminhos dele. Quando acredita-mos que não tem mais jeito, que não há mais saída, o Senhor nos diz: Ainda não acabou. Somente Deus sabe o ponto de chegada. Amado(a), Elias caminhou quarenta dias e quarenta noites. O número quarenta

28

é um número representativo, de plenitude e simbóli-co nas Escrituras. Você caminha não nas suas próprias forças, mas na força sobrenatural do Senhor. Elias es-colheu ir para o deserto, mas na força do Senhor ele caminhou para o monte Horebe, o monte de Deus (1 Reis 19). Deus deu a você vida para que suba ao mon-te de Deus, não para se esconder, mas para cumprir o propósito Dele na sua vida. A Igreja hoje é o mon-te de Deus e alguns acabam fugindo do monte para a caverna. Há um medo de se mostrar, então, muitas pessoas não vão aos cultos, aos grupos de crescimen-to por que ali serão pastoreadas, os problemas virão à tona, a integridade será questionada, por isso alguns preferem a multidão, pois na multidão todos estão ocupados demais para saber de você, na multidão não há relacionamento, não há comunhão, na multi-dão as pessoas se perdem. Mas esse não é o propósito do Senhor, a vontade de Deus é que cada ovelha seja semelhante ao Cordeiro de Deus (Jesus). Querido, não fique na caverna, não se esconda, para Deus sempre há uma saída e nenhum problema pode durar para sempre.

Elias começou a dar explicações a Deus, mas o Senhor queria que ele saísse da caverna. 1 Reis 19.9:

29

“Ali, entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do Senhor e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?” Ele passou a noite na caverna e dentro da caverna tudo é escuro, a noite não tem fim; na caver-na ele não podia ver, não podia ouvir. Deus falava e Elias apenas ouvia aquilo que queria. Na caverna as pessoas esperam que coisas grandiosas aconteçam, mas não há um romper, porque é preciso sair da ca-verna, é uma escolha. O Senhor disse: “Sai e põe-te neste monte perante o Senhor [...]” (Verso 11.) Ouvindo isso, saiu e pôs-se à entrada da caverna. Entretanto, o propósito do Senhor era que ele fosse para o topo do monte. A vontade do Pai Celestial é que possamos su-bir mais alto, que possamos alcançar os altos montes e assim contemplarmos as promessas, os sonhos de Deus para nossa vida. No entanto, às vezes as pesso-as saem dos seus esconderijos, dos casulos em que se camuflam, mas ficam por perto, assim se algo fora dos seus planos acontecer é mais fácil voltar e novamente se esconder. Sair da caverna pode ser doloroso, por-que depois de certo tempo no escuro, é difícil abrir os olhos para a luz. Já não estamos mais acostumados a contemplar as bênçãos, não há mais esperança e o que sai dos lábios são apenas lamentações. Elias passa

30

a repetir suas queixas. “Tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Is-rael deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.” (Verso 14.) O isolamento era tão grande que ele acreditava ser o único seguidor do Senhor. Quem sabe querido, você foi ferido, situações na família, no trabalho, na igreja aconteceram e você escolheu se esconder, se isolar numa caverna, onde nada, nem ninguém poderia tocá-lo. Mas o Senhor diz para você por meio desta mensagem: “Sai e põe-te nes-te monte perante o Senhor.” Deus quer tocar você por meio de seu relacionamento com seu filho, da comu-nhão com a Igreja, com os amigos e colegas de traba-lho. Você foi criado para honra e glória do Senhor, para proclamar o evangelho do Senhor por toda Terra. Por isso, saia da caverna e tenha um ministério profético, um ministério de amor, de misericórdia. Elias acredita-va estar sozinho, mas o Senhor disse: “Você não sabe, mas não está só; em Israel conservei sete mil que não do-braram seus joelhos a Baal, nem tampouco o beijaram.” Você não está sozinho. Na Palavra de Deus está escri-to: “[...] De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.” (Hebreus 13.5.)

31

conSIderaçõeS fInaIS

Amado(a), talvez você esteja vivendo debaixo de ameaças, e por isso, esteja fugindo, esquecendo-se de todos os bens de Deus na sua vida, das vitó-rias, das intervenções de Deus no seu passado, dos livramentos e assim como Elias, para salvar sua vida, cortou relacionamentos, tomou o caminho contrá-rio ao de Deus e foi para o deserto. Quem sabe você está na escuridão de uma caverna, acredita que não há mais saída, uma solução, a esperança se foi e você diz: Eu quero morrer! Mas o Senhor quer tocar

32

em você, fazê-lo sair da escuridão para ver de novo a luz, enxergar que existe esperança, que você não está só. Saia do lugar que limita a sua visão, saia da caverna, Deus tem propósitos para você, que retor-ne do caminho que tomou e que se levante como um homem e uma mulher de Deus, enviados para proclamar a realidade da salvação. Viva essa reali-dade!

Deus abençoe!

Márcio Valadão

33

JeSuS te ama e Quer

VocÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

34

2º PASSO: O Homem é pecador e está separado de Deus. “Pois todos pecaram e ca-recem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração de decisão em voz alta: “Senhor Jesus eu pre-

35

ciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para mi-nha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangé-lica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

36

Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Gerência de Comunicação

Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão

CEP: 31110-440 - Belo Horizonte - MG

www.lagoinha.com

Twitter: @Lagoinha_com