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ANÁLISE DE PLACAS CIRCULARES COM ORTOTROPIA FÍSICA OU GEO~TRICA Hierônimo Santos Souza TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÔS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CifNCIAS (M.Sc.). Aprovada por: Pr6. Sergio Fernandes Villaça (Presidente) ..--.___ -~"-------+-------"'--~ s dos San tos / Prof. Humberto Lima Soriano RIO DE JANEIRO, R.J. - BRASIL DEZEMBRO DE 1978

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Page 1:  · mento excêntrico é uma prática que produz bons resultados, pois ... onde se procura substituir a placa isótropa com propriedades ge~ métricas descontínuas por uma placa

ANÁLISE DE PLACAS CIRCULARES COM ORTOTROPIA FÍSICA OU GEO~TRICA

Hierônimo Santos Souza

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE

PÔS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE

JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO

GRAU DE MESTRE EM CifNCIAS (M.Sc.).

Aprovada por:

Pr6. Sergio Fernandes Villaça

(Presidente)

..--.___ -~"-------+-------"'--~

s dos San tos /

Prof. Humberto Lima Soriano

RIO DE JANEIRO, R.J. - BRASIL

DEZEMBRO DE 1978

Page 2:  · mento excêntrico é uma prática que produz bons resultados, pois ... onde se procura substituir a placa isótropa com propriedades ge~ métricas descontínuas por uma placa

i

SOUZA, HIERÔNIMO SANTOS

Análise de Placas Circulares com Ortotropia

Física ou Geométrica. [Rio de Janeiro[, 1978.

X, 216 p., 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M.Sc., En­

genharia Civil, 1978).

Tese - Universidade Federal do Rio de Janei­

ro - COPPE

1. Placas I. COPPE/UFRJ II. Título (série)

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ii

A meu pai, com saudades:

e à minha mãe., com carinho.

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iii

. AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Sergio Fernandes Villaça, pela dedicada

e valiosa orientação do trabalho.

Ao Prof. Paulo Alcantara Gomes, pela idéia ini·ci

al da tese.

Aos Profs. Antonio Marmo de Oliveira e José Ber­

nardo Ortiz Monteiro, da Universidade de Taubaté, pelos conheci­

mentos transmitidos no período de graduação.

Pelo mesmo·. motivo, aos professores da COPPE /

UFRJ, durante os cursos de pós-graduação.

Ao CNPq e à CNEN, pelo auxílio financeiro.

à Enise, minha mulher, pela colaboração e incen­

tivo tantas vezes demonstrados.

Ao amigo 11enato Di Thomazo, pela excelente con -

fecção dos desenhos.

A tantas outras pessoas que, de outras formas

prestaram sua contribuição.

,

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iv

RESUMO :

O objetivo deste trabalho é a análise. estrutural

da flexão de placas circulares com ortotropia física ou georrétri

ca. No primeiro caso a placa possui espessura uniforme e seu ma

terial apresenta diferentes propriedades segundo as direções ra­

dial e circunferencial; no segundo, a placa isótropa é enrijeci­

da por um conjunto de nervuras U11iformemente distribuídas nas

direções citadas, que lhe conferem características de estrutura

ortótropa.

Para cada caso sao instituídas as equações dife­

renciais de equilíbrio em termos dos deslocamentos do plano mé -

dio da placa e suas soluções gerais são obtidas por meio de se -

ries. Resultados analíticos dessas teorias são apresentados pa­

ra diversas combinações de carregamento e condições de contorno

usuais em placas circulares ou anulares.

Apresentam-se também, métodos aproximados~ para

análise de placas nervuradas, e seus resultados conparados com

as soluções da teoria desenvolvida.

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V

ABSTRACT

The purpose of this work is the structural

analysis of circular plates with physical or geometrical ortho­

tropy. In· the former, the plate has uniform thickness and its

material has different elastic properties in the radial and

circunferential directions; in the latter, the isotropic plate

is stiffenned with uniformily spaced radial and circunferential

ribs.

For each case, the equilibrium differential

equations are derived in terms of the middle surface displace -

ments, and their general solutions are found by series. Closed

form solutions for several combinations of usual load and boundary

conditions are given in detail.

Some approximations to the theory of stiffened

plates are presented,and their results are compared to the

solutions of the theoretical developement.

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vi

SIMBOLOGIA

CAP!TULO II

r, e, z - coordenadas cilíndricas

ªr' cr8 , ªz - tensões normais paralelas às direções ·de coordenadas

'ar' 'ze' 'rz - tensões tangenciais paralelas às direções de coor

denadas

Er' E8 , Ez - deformações normais

Yer' Yze' Yrz - deformações angulares

u, v, w - deslocamentos nas direções r, e e z respectivamente

Er' E9 , Ez - módulos de elasticidade do material ortótropo

, i,j = r,8,z - coeficientes de Poisson do material ortótropo

Gra' Gaz' Grz - módulos de cisalhamento

Pr, P9 , Pz - forças de superfície

l, m, n - co-senos diretores da normal à superfície

Ü, v, w - deslocamentos prescritos no contorno

CAP!TULOS III E IV

a, b - raios externo e interno da placa circular, respectivarrente

h - espessura

Qr, Q8 - esforços cortantes por unidade de comprimento

Vr' v9 - reações de apoio por unidade de corrprimento

Mr' M8 - momentos fletores por unidade de comprirrento

Mre, Mar - momentos torsores por unidade de comprimento

q (r, e) - carregarrento externo distribuído

w - flechas

<f,r' <fie - declividades da superfície fletida

vr, v 9 - coeficientes de Po:l.:sson

I - momento de inércia da placa por unidade de comprimento

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vii

ªr' B9 - rigidezes fle.xionais da placa ortótropa

ªre, ªer - rigide zes torcionais da placa ortótropa

H - rigidez torcional efetiva

a, B, ó, II - parâmetros adimensionais associados às rigidezes da

placa ortótropa

Lr' L9 , Lre - operadores diferenciais

Ài - raízes da equação característica

' m - índice contador da ordem dos'harmônicos

Cim - constantes de integração dos deslocamentos w

Wm - coeficientes das séries trigonorrétricas, dependentes da va-

riâvel r somente

F - função de tensões

E, v - constantes elâsticas de material isótropo

Fij - funções iniciais de influência

CAP!TULOS V E VI

a, h - raio e altura da placa isótropa

E, v - constantes elâsticas da placa isótropa

br' b 9 - espaçamento eixo a eixo entre nervuras contíguas nas ·di

reções radial e circunferencial respectivamente

hr' h 9 - alturas das nervuras

tr' t 9 - larguras das nervuras

Ar' A9 - áre.as unitárias das nervuras

Er' E9 - módulos de elasticidade das nervuras

er' e 9 - excentricidades das nervuras

ºr' o 9 - rigidezes extensionais unitárias da placa nervurada

ªr' B9 - rigidezes flexionais unitárias da placa nervurada

D, B - rigidezes extensional e flexional unitárias da placa isó­

tropa

Nr' N9 , Nre - esforços de membrana

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viii

u, v, w - deslocamentos do plano rrédio da placa isótropa

Lr' La, Lre

x, a, S, Kr

operadores diferenciais

parâmetros adimensionais que relacionam propried~

des físicas e georrétricas das seções transversais

da placa nervurada

Ài' µi - raízes das equações características

K, L - constantes associadas às raízes Ài e µi

m - Índice contador da ordem dos harmônicos

d1 , d 2 , f, n - parâmetros adimensionais associados com o cisa

lhamente e à torção da placa isótropa

y, ô - parâmetros adimensionais que relacionam rigidezes da pla­

ca nervurada com as da placa isótropa

e. - constantes de integração dos deslocamentos u, v e w im

n. , 1;. - fatores de multiplicidade entre as constantes de inte im i m

graçao

es, Ds, Bs grandezas referentes aos enrijecedores somante

x1 , a1 , Si - parâmetros adimensionais assoei ados com estas gran­

dezas

!AI - matriz dos coeficientes do sistema de equaçoes diferenci -

ais

p coordenada radial adimensional

e: relação entre raios interno e externo da placa circular

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ix

· ·tNDICE

CAPtTULO I - INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

CAP!TULO II - EQUAÇÕES BÃSICAS DA TEORIA DA ELASTICIDADE

LINEAR EM COORDENADAS CILiNDRICAS

2.1 - Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2. 2 - Estado de Tensões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.3 - Estado de Deformações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.4 - Lei de Hooke Generalizada

2.5 - Condições de Contorno

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

CAP!TULO III - FLEXÃO DE PLACAS CIRCULARES COM ORTOTROPIA

F!SICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1 - Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3. 2 - Hipóteses da Teoria

3.3 - Forças e Momentos

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3. 4 - Equilíbrio de um Elemento de Placa

3.5 - 'Relações Deformação-Deslocamento

3.6 - Relações Tensão-Deformação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3. 7 - Expressões Esforço 'Resultante - Flech.a

3.8 - Equação Diferencial da Placa

........

3. 9 - Rigidez Torcional Efetiva

3.10- Condições de Contorno

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3.11- Solução Geral da Equação Diferencial

3.12- Equação Diferencial das Chapas com Ort0tropia

Polar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

CAP!TULO IV - APLICAÇÕES A CASOS USUAIS DE CARREGAMENTO E CON

DIÇÕES DE CONTORNO - ORTOTROPIA FtSICA

i

4

4

5

6

8

11

13

13

14

15

17

20

21

24

25

27

30

32

38

42

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X

4 .1 - Introdução

4. 2 - Flexão Axissinétri ca

4.3 - Flexão Assinétrica

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

42

42

83

4. 4 - Chapas Sujeitas a Pressões Radialmente Simétricas 96

CAPITULO V - FLEXÃO DE PLACAS CIRCULARES COM ORTOTROPIA GEO

fil:TRICA

5.1 - Introdução

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

.................................... 5. 2 - Considerações Básicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5. 3 - Definições Físicas e Geonétricas

5. 4 - Instituição das Equações de Equilíbrio

5.5 - Soluções Axissimétricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.6 - Soluções Não.-Axissinétricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.7 - Condições de Contorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

CAPITULO VI - APLICAÇÕES A CASOS COMUNS DE CARREGAMENTO

101\

100

103

106

111

122

135

145

E CONDIÇÕES DE CONTORNO (ORTOTROPIA GEOfil:TRICA) 147

6.1 - Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.2 - Flexão Axissinétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.3 - Flexão Não-Axissimétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

CAPITULO VII - APROXIMAÇÕES DA TEORIA DE PLACAS". CIRCULARES

147

147

181

COM ORTOTROPIA GEOME!TRICA •••••••••••••• 189

7.1 - Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.2 - Aproximação por uma Equação de 4~ Ordem - Tipo Or­

trotopia Física

CAPITULO VIII - CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

REFE~NCIAS BIBLIOGRÃFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

APfNDICE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

189

191

207

209

213

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1

CAP!TULO I

INTRODUÇÃO

A utilização de. estruturas laminares planas em

certos setores da construção civil, aeronáutica e naval, e~ge ,

na maioria das vezes, a preservaçao de um de seus lados como su­

perfície plana que irá receber as solicitações de serviço, tais

como os casos de pisos, pontes, cascos de navio, fuselagens de

avião, etc. Quando se requer da estrutura maior rigidez e esta­

bilidade sem o aumento proporcional da sua espessura, o nervura­

mento excêntrico é uma prática que produz bons resultados, pois

lhe confere as características estruturais desejadas com um in -

cremento relativamente pequeno dó seu peso próprio. O enrijeci­

mento de placas segundo direções perpendiculares leva ao estudo

d~ placas ortótropas.

Uma placa é considerada ortótropa quando aprese!!.

ta propriedades de rigidez diferentes em direções ortogonais pa­

ralelas ao seu plano médio. Este fato, de um modo geral, ocorre

nas seguintes situações: a) a placa tem espessura uniforme e a

variação se dá nas propriedades elásticas do material constituin

te; a esse tipo diz-se que contém ortotropia física ou natural;

b) a placa é construída com material de propriedades elásticas· u

niformes e a variação se dá nas propriedades geométricas da se -

ção transversal; neste caso diz-se que possui ortotropia geomé -

trica ou construtiva.

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2

O início do desenvolvimento teórico da flexão

de placas com ortotropia física se deve a M. T. Huber25

que a PªE.

tir de 1914 idealizou este modelo estrutural para o cálculo de

placas retangulares de concreto armado, com nervuras excêntricas

no seu plano médio e uniformemente dispostas em direções parale­

las a seus lados.

Pflüger26 em 1947 foi o primeiro a estudar rig~

rasamente o problema, ao considetar as deformações do plano mé -

dia da placa e o cisalhamento delas decorrentes por efeito da

excentricidade das nervuras, detalhe não considerado por Huber

Depois dele, pode-se citar, entre outros,

27 28 11 12 ks , Giencke , Massonnet , Clifton e

os trabalhos de Tren -

Troitsky6 , que contri-

bUÍram na formação da teoria considerada exata das placas excen­

tricamente enrijecidas.

Neste trabalho, objetiva-se o estudo da flexão,

no domínio de pequenos deslocamentos, das placas circulares com

ortotropia cilíndrica, as quais apresentam diferentes valores de

rigidez segundo as direções de coordenadas polares: raios e cir­

cunferências concêntricas.

No Capítulo II é feito um resumo das equaçoes bá

sicas da teoria da elasticidade linear em coordenadas cilíndri -

cas. Nos Capítulos III e IV apresentam-se a teor±a da flexão de

placas circulares com ortotropia física e resultados anafíticos

para casos clássicos de carregarrento e condições de contorno. '

No Capítulo V desenvolve-se a teoria da flexão

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3

de placas circulares com: eririjecedores excêntricos ao seu plano

médio, tendo por base os trabalhos citados anteriormente que re­

latam o assunto detalhadamente para placas de forma retangular

No Capítulo VI procurou-se soluções analíticas para a maioria

dos casos comuns de carregamento e condições de contorno aborda­

dos no Capítulo IV.

Finalrrente no Capítulo VII , estuda-se a viabi1i

dade de aplicar em placas circulares, as aproximações das equa­

çoes da teoria de placas nervuradas por uma equação tipo Huber,

onde se procura substituir a placa isótropa com propriedades ge~

métricas descontínuas por uma placa ortótropa equivalente de

propriedades geométricas contínuas.

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4

CAPITULO II

EQUAÇÕES BÃSICAS DA TEORIA DA ELASTICIDADE LINEAR

EM COORDENADAS CILÍNDRICAS

2.1 - INTRODUÇÃO

No estudo das tensões e deformações decorren­

tes da flexão de placas circulares possuindo ortotropia física

ou geométrica, utiliza-se a teoria da elasticidade linear equa­

cionada em coordenadas cilíndricas. Apresentamos a seguir um

resumo desta teoria tendo por base o trabalho de Lekhnitskii1 •

O comportamento estrutural de um sólicb elásti

co sujei to à açao de forças externas e devencb cumprir no con­

torno certas condições de deslocamento, se define em termos de

sua configuração de deformações e tensões internas resultantes.

As grandezas relacionadas a estes estados são referidas a um

sistema de coordenadas cilíndricas (r,e,z) como o da fig. 2.1 ,

sendo o ângulo e medido a partir de um eixo x arbitrário.

º'==--------,~-----__._,..X -~:::·.:::::_~;·· -------.... !,. !""-:' ,;----

'·-.,, 1

r

z

F IG-2.1

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5

2.2 - ESTADO DE TENSÕES

O estado de tensões num ponto genérico P (r,

e,z) em equilíbrio no interior do corpo, é definido pelas com­

ponentes de tensão atuantes em 3 facetas perpendiculares as

direçiíes coordenadas, (fig. 2.1) ,que constituem o tensor

cr r Tre

Ter cr e ( 2 .1)

Tzr ''ze

simétrico devido à lei de reciprocidade de tensões cisalhantes:

I i,j=r,e,z

Considerando a variação de tensões sobre um e

!emento infinitesimal de volume r dr de dz , e estabelecendo

.o equilíbrio na posição indeformada (válido para pequenos desl~

camentos), as equações diferenciais do equilíbrio, na ausência

de forças de massa, se escrevem:

= o

il Tre 1 "a e il Tez T re ãr"" + - ãe + ~ + 2 = o ( 2. 2 J r r

ilTrz 1 a Tez il C/ Trz ãr"" + - ã'e"" +

__ z + -- = o r az r

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6

2.3 - ESTADO DE DEFORMAÇÕES

O estado de deformações na vizinhança de um

ponto qualquer, é definido pelo tensor

·1 1 Er 2 Yre 2 Yrz

1 1 ( 2. 3) 2 Yer E6 2 Yez

1 1 2 Yzr 2Yze Ez

também simétrico. O vetor deslocamento entre a posição inicial

indeformada e a posição final tem as componentes u,v e w ,re.!!_

pecti vamente nas direções r, e e z.

As relações deformação-deslocamento, no caso

linear, sao:

au av V + 1 au Er = Yre = ãr - - - ãê ar r r

= 1 av + u = aw + au ( 2. 4 l E6 - as Yrz ãr r r az

aw av 1 aw Ez = ãz Yez = -+ as az r

Na figura 2.2 é esquematizada a geometria de

deformaç3es com pequenos deslocamentos que ocorre no plano re,

onde se pmcura realçar a influência dos deslocamentos radiais

sobre as deformações tangenciais e a mtação de corpo rígido do

elemento que deve ser excluída da variação angular total.

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7

>v v + 00 rde+ude

o' FIG-2.2

A continuidade dos deslocamentos imp:ie que

as deformações satisfaçam as seguintes equações de compatibili­

dade:

2 e!. r

2 .a .E 6 2(-­araz

1 r2

1 2 r

=

=

=

2 1 a Y ez r "'"a._.z-::-a-::-e-

2 1 a Yre - + r arae

a a · ·a · 1 · Y r z · .y e z _r_a_e (- r ae + ar

1 2 r

(2.5)

y -ª-<~) az r

2 ayre + -r az

1 · a · ·Y·e z + r ããc~,

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8

2. 4 - LEI DE HOOKE GENERALTZ:ADA :

O material é considerado homogêneo e segue a

lei de Hooke, em cujas relações constitutivas as deformações sao

funções algébricas lineares das tensões e vice-versa; esta line

aridade física, juntamente com a hipÓtese de pequenos desloca -

mentos, garantem a validade do princípio de superposição de efei

tos.

As equaçoes da lei de Hooke em coordenadas ci

líndricas, no caso mais geral de sólido anisótropo sem nenhuma

simetria elástica, podem ser colocadas na seguinte forma:

{E} = IAI {a}

Er ª11 ª12 ~3 ª14 ª15 ª16- ªr

Ee ª22 ª23 ª24 ª25 ª26 ªe

Ez ª33 ª34 ª35 ª36 ªz =

Yre SIM. ª44 ª45 ª46 're

Yez ª55 ª56 'ez

Yrz ª66 'rz

(2.6)

onde JAJ é a matriz elástica, simétrica por considerações de

energia e com 21 elementos indep~ndentes.

O principal caso de anisotropia cilíndrica ,

de especial interesse em nosso estudo, denomina-se Ortotropia

Cilíndrica. t definida2

quando as constantes elásticas que

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9

caracterizam o ma teria!, independem da distância radial r e

pernanecem invariantes sob as seguintes transformações de coor­

denadas: uma rotação ao redor do eixo z, uma translação do

eixo z e finalmente uma inversão desse eixo (z e chamado ei­

xo de ortotropia do sistema). Estas transformações significam

que em cada p:>nto do sólido existem 3 planos ortogonais de sime

tria elástica· dos quais um oontém o ei:xo de ortotropia e ou -

tro é normal a ele.

Na fig. 2.3, estão representados alguns ele­

mentos de volume no interior de um sólido ortótropo, que possu­

em propriedades elásticas semelhantes e o seu sistema de refe -

rência.

O cs-c--.-----------,1-------'-Xc.

~ '

e

FIG-2.3

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10

A mudança de sinal nas tensões cisalhantes

com um giro de 180° em relação a um plano normal, nos mostra

que alguns elementos da matriz [Aj devem se anular de rrodo a

satisfazer a simetria elástica. De maneira geral, conclui-se

que: os alongamentos não dependem das tensões cisalhantes e as

variações angulares dependem somente das correspondentes ten -

sões de cisalhamento. Dessa forma, as relações constitutivas

simplificam-se, restando somente 9 constantes elásticas indepe~

dentes.

A lei de Hooke, escrita com notação mais fami

liar ao engenheiro, assume então o aspecto:

1 \) re "rz

E - E -r E E r e z o

"er 1 "e z E8 - ~ ~ ~ r z

= "zr "z e 1

Ez ~ - ç E r z

1 Yre ~ re

o 1

Yez Gez

1 Yrz ~ rz

( 2. 7)

onde Er , E8 e Ez sao os m5dulos de elasticidade nas direções

r, e e z ; "ij e o coeficiente de Poisson que caracteriza uma

deformação na direção i quando uma tensão normal é aplicada

na direção j , i,j=r,e,z; e Gra' G8z e Grz são os nódulos

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11

de cisalhamento entre as dire<;,iies r e e , eez e rez.

Da simetria da matriz, tenos as relações:

"re Er = "Sr Ee

"rz E = "zr E ( 2. 8 l r z

"ez ES = "z e Ez

As condi<;,iies de o rtotropia cil Índrica se al t~

rarn para pontos situacbs próxinos à origem do sisterra de coor­

denadas. A origem, por definição de coordenada polar (r,e) e

um ponto de irradiação onde todas as direções do plano conver­

gem, e as direções radial e tangencial se confundem; logo, ne -

cessariamente, tem-se uma minúscula região isótropa no plano re.

Corro o rraterial do sólido é considerado contÍnl.D e homogêneo,f~

ca constatada a possível singularidade física do tipo de ortro­

topia em questão.

2.5 - CONDIÇÕES DE CONTORNO

Sobre a superfície externa do sólido podem e­

xistir diversos tipos de condições de contorno. Geralmente, do

ponto de vista teórico, se divide a superfície em duas regiões

distintas: s cr que é a parte do contorno onde se prescrevem

as forças externas e Su que é a parcela onde se tem os deslo­

camentos conhecidos, de modo que a superfície total do contorno

.s = ser + su

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12

a) de forças

O equilíbrio de um ponto situado sobre S e a

verificado pelas equaçoes:

T n rz

(2. 9)

nas quais: Pr' P 8 e P2

sao as componente.s da força externa

por unidade de área segundo as direções coordenadas; l,m e n

sao os co-senos diretores da normal à superfície pelo ponto de

aplicação da força; e ªr' a 8 , etc sao as componentes do ten­

sor de tensões no ponto considerado.

b) de deslocamentos

-sobre su : u = u (2.10) -

V = V

- - conhecidos. w = w u , V e w

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13

· CAPfTULO TII

FLEXÃO DE PLACAS CIRCULARES· COM ORTOTROPIA FfSTCA

3 .1 - INTRODUÇÃO

Nesse capítulo, trataremos da flexão de pla -

cas circulares com espessura invariável, no domínio de pequenos

deslocamentos, e nas quais as propriedades elásticas do materi­

al são diferentes segundo as direções de coordenadas polares,

raios e circunferências concêntricas, embora permaneçam consta~

tes ao longo de cada uma dessas famílias de curvas. A este ti­

po de placas, diz-se que apresentam ortotropia cilíndrica físi­

ca ou natural.

Peças estruturais que podem ter esse comporta

menta, sao por exemplo3 : discos de madeira possuindo fibras an~

lares dispostas com uma certa regularidade; placas obtidas jus­

tapondo-se lâminas finas de aço que são curvadas e nonolitica -

mente fixadas a um núcleo central; placas de concreto armado com

diferentes percentagens de armaduras nas seções radial e tan -

gencial, etc.

Adota-se o sistema de coordenadas cilíndricas

nostrado na fig. 3.1, com sua origem coincidindo com o centro da

placa e com o plano polar re coincidindo com o plano médio da

mesma.

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14

o,,__~----11------­e ,

J ___ ,__ ____ --, X h -- ---- _______ ,_ __ ___, .. ·r-::_

a

z

3. 2 - HIPÕTESES DA TEORIA

FIG-3.1

A teoria clássica de placas delgadas se fun­

damenta em hipóteses simplificadoras e limitações feitas às e­

quaçoes da teoria da elasticidade tridimensional resumidas no

Capítulo II, levando-se em conta principalmente a forma de es -

trutura laminar,onde duas dimensões são bastante predominantes

sobre a terceira.

As hipÓteses básicas podem ser referidas qu~

to a:

1 - Material - O material da placa é perfeitamente elástico

contínu:, e honogêneo, obedecendo à lei de Hooke generalizada

Não atuam forças de massa.

2 - Geometria - A espessura h é constante e pequena em rela -

çao ao raio a , bem cono as maiores flechas w obtidas pelo

plano médio são pequenas quando comparadas com a espessura h

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15

3 - Cbmportamento estrutural (Kirchhoff)

a) Não há deformação no plano médio durante a flexão ,

transformando-se ele numa superfície neutra defletida. Esta con

sideração implica em que o carregamento externo seja normalmen­

te aplicado e que os suportes sejam liberados aos deslocamentos

horizontais, de nodo a evitar esforços de membrana.

b) Segmentos retos e normais ao plano médio indeformado

permanecem retos e normais à superfície média após a aplicação

das cargas. Esta hipótese traduz que as deformações angulares

transversais ao plano da placa são desprezadas: Yrz=y 8~;;o. A

validade da hipÓtese diminui acentuadamente com o aumento da es

pessura e em regiões de brusca variação do esforço cortante.

c) Tensões normais cr z sao desprezíveis em comparaçao com

as derrais: - o • Esta hipótese não é verificada em região

onde se tem carga concentrada.

Cbmentários sobre estas hipóteses sao bem de-

4 talhados no livIO de Pane .

3.3 -· FORÇAS E MOMENTOS

As placas, quando solicitadas sob as condições

do í tem 3. 2 , apresentam uma configuração de tensões resul tan -

tes como a indicada no elemento da fig. 3.2.

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X o .------r--~

, e ' '

z

' ' '

16

(í g

h 2

__t,_ 2

FIG-3. 2

A distribuição dessas tensões na espessura

da placa tem uma analogia com as tensões, em vigas, de Bernoulli

devido à semelhança na hipótese de seções planas durante a de -

formação, sendo a diferença básica o carácter bidimensional da

placa e a consequente resistência a esforços de torção.

De nodo geral temos: tensões normas ªr e ªe

com variação linear em z originando os momentos flet:ores Mr

e Me ; tensões cisalhantes Trz e Tez com variação parabólica

em z causando os cortantes Qr e Qe e finalmente as tensões

cisalhantes Tre e Ter com variação linear em z dando origem

aos rromentos de torção Mre e Mer •

A distribuição de tensões e os esforços resul

tantes sao esquematizados nas figuras 3.3 e 3.4. Os esforços

são grandezas uni tá rias (por unidade de comprimento) e estão o­

rientados positivamente segundo a convençao adotada por Szilard5 .

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17

o ', X

z

o X ' ' ' ' e ' '

' ' ' ' ' ' '

z

3. 4 - EQUIL1BRIO DE UM ELEMENTO DE PLACA

-~

h 2

h 2

FIG-3.3

h -2

h -2

FIG-3.4

Considerando as variações dos esforços solici

tantes sobre um elemento infinitesimal de placa (r dr de h),

fig. 3.5, p:>denos formular as seguintes equações de equilíbrio:

a) Equilíbrio Vertical de Forças

O carregamento distribuído q (r, e) pode ser

considerado constante e uniforme sobre a área elementar, então:

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(Q + r

18

+ q(r,e)r dr de = O

desprezando os infinitésirros de ordem superior,ª equação, se sim

plifica:

( 3 .1)

b) Equilíbrio de M:>mentos na Direção Ridial

'lbrrando corro referência o lado A 'B' , e ain-

da os resultados da geometria diferencial :sen d2e -

de -cos 2 = 1 , terros:

de 7 ;

~ + (M + aMe de •rde)dr + Me dr 2 e rãe rde)dr 2 + Qr rdr de =

= o

que se resume em:

aM aM M -M Q = ___E + ~ + r e

r ar rae r ( 3. 2)

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19

'

z

Oe M9r

O ªº'dr r+ ar

dMrs Mre+ã"r dr

FIG-3.5

c) Equilíbrio de Momentos na ·oireção Tangencial

Relacionando-se agora ao lado AA', temos:

ílMre "Tr'"") (r+dr) de -

- M dr de (M + er 2 - er rde)dr de Q d de T + e r r = o

que se reduz para

( 3. 3)

A equaçao (3.1), escrita em termos dos momentos,

tem o aspecto:

íl2 (­ar2

+ 2 íl) M + (l r ílr r r

= -q (r, 6)

1 a - - -)M = r ar -e

( 3. 4)

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20

Nas equaçoes definidas acima, podemos ainda con­

siderar que a reciprocidade das tensões cisalhantes: Tre = Ter'

quando elas são distribuídas em uma altura constante, nos forne

ce:

M = M re er (3.5)

3.5 - RELAÇÕES DEFORMAÇÃO-DESLOCAMENTO

Os deslocamentos provenientes da flexão que ocoE

remem um ponto P distante de z do plano médio, são obtidos

diretamente da hipótese 3b.

·- F IG-3.6

Considerando a fig. 3.6a, e a geometria de pequ~

nos deslocamentos, podemos supor que a declividade da superfí -

cie w(r,8) na direção radial é aproximadamente:

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<!>r tg <!>r aw - = ar

= aw ( 3. 6) u - z ar

<l>r -

<l>r u = sen = z

Analogamente, da fig. 3.6b, temos:

( 3. 7)

Com esses deslocamentos substitu{dos em (2.4),

calculamos as deformações em termos da flecha:

= - z

z (.! aw 2 - + ..l.. a w) ( 3. 8) e:e = ar r r 2 ae

2

Yre = 1 a2w -2z(- -r arae

- ....!. aw, r2 ae

3.6 - RELAÇÕES TENSÃO-DEFORMAÇÃO

A lei de Hooke para sólidos apresentando ortotro

pia cil{ndrica, definida no Capitulo II, e simplificada pelas

hipóteses que consideram -Y = y = cr O • rz ez z Este comporta -

mente bidimensional de tensões permite também reduzir os subs­

critos:

Com estas simplificações, (2.7) se resume em:

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22

. 1 - .v e o Er (J E E6 r r

\) 1

E6 = -~ o cr e ( 3. 9) Er E6

o o 1 Yre G

T re

ou na forma inversa:

E v6Er r o (J

1-vrve 1-v v Er r r e

vrEe Ee o (3.10) cr e = E6 1-vr"e 1-vrve

T re o o G Yre

A simetria da matriz dos coeficientes em (3.9)

ou (3.10), conduz à relação:

( 3 .11)

Obtemos as tensões em função das flechas, substi

tuindo-se ( 3. 8) em (3.10):

Erz [ a

2w + 1 a2w 1 aw>J crr = "e <2 -2 + 1-v v ar2 r ar r e r ae

(3.12)

= - 2Gz

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23

As tensões T e rz 'ez nao aparecem na expre~

sao da lei de Hooke devido à simpli fie ação: Yrz = Yez = o ; p~

dem ser obtidas das equaçoes de equilíbrio (2. 2):

1 ª·'·re +---r a e

=

Agora, derivando (3.12), substituindo e inte­

grando as equaçoes acirra em z ,tendo em vista que para

: , =, = O , encontramos: rz ez

1 2 = 2<z -

3 (~

ar 3 + !.

r

+ _!_ awl 2 ar r

+ (2G + v

6E

r l 1-v V r e

+ (2G + v E

6 r ) 1-v V r e

3 ..!.... ~) r 3 ae 3 +

+

(3.13)

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24

3. 7 - EXPRESSÕES ESFORÇO RESULTANTE-'FLECHA

Os rromentos e forças cortantes sao calcula -

dos por integração das tensões sobre a espessura da placa:

f h/2 f h/2 T e M = cr r z dz Mre = Mer = z dz

r -h/2 r -h/2

Me = f h/2 cr e z dz (3.14)

-h/2

f h/2 fh/2 Qr = T z dz ºe = Te dz

-h/2 r -h/2 z

Antes de efetuarmos as integrações (3.14), é

razoável definir as constantes que representam as rijezas da pl~

ca ortótropa:

fh/2

I = z 2 dz

=

-h/2

Erl 1-V V 1

r e

momento de inércia por unida-

de de comprimento em relação ao

plano médio

rigidez flexional nas di

reções radial e circunferen­

cial respectivamente

rigidez à torção

rigidez torcional efe­tiva

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25

Integrando (3.14) com o auxílio de (3.12) e

(3.13), e utilizando as constantes definidas acima, tenos a for

ma final dos esforços solicitantes:

= -B r

Me = -B [ !. aw + e r ar

= _ IB (33w + L r ar3

3.8 - EQUAÇÃO DIFERENCIAL DA PLACA

aw ãr +

+ H

(3.15)

A equaçao diferencial que governa as flechas

do plano médio de uma placa com ortotropia cilíndrica, pode ser

obtida,por exemplo, substituindo-se os esforcps cortantes de

(3.15) na equação de equilíbrio vertical de forças (3.1 l.

Feitas as substituig:5es e derivag:5es necessá-

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26

rias, tem-se finalmente a equaçao.:

B [a4w r[ar4

res diferenciais:

1 = r2

1 ~ r

+

= q (r, e)

( 3 .16)

Designarem::>s por Lr , L6

e Lre os operacb -

1 r3

1 a ~ãr r

(3.17)

logo, 17 4 = Lr + 2Lre + L6 , que é o conhecido · operacbr bi­

harmônico em coordenadas polares.

A equaçao (3.16) é equivalente à equaçao de

Huber em coordenadas cartesianas, aplicável em placas retangul~

res. A transformação pode ser feita através do artifício: qua~

do r+w, ar+ ax e rae + ay ; e com a correspondente troca

de Índices, tem::>s:

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27

+ 2H = q(x,y) (3.18)

Com (3.17), escrevemos (3.16) de urna forma mais

simples:

(3.19)

que se reduz ao caso isótropo quando:

ou

v4 (w) = g(r,e) B

2 12(1-v)

3.9 - RIGIDEZ TORCIONAL EFETIVA

Ao resolvermos um problema de placa ortótropa,

é necessário conhecer os valores dos coeficientes Br,Be e H

Dos materiais ortótropos, geralmente se conhecem Er' E8 , "r e

"e , que sao obtidos por testes unidimensionais de laboratório;

o valor do módulo de cisalharnento G é usualmente incógnito,te~

do em vista exigir testes mais laboriosos para sua obtenção.

O método analltico para determinação da rigi -

f 4,6 - -dez torcional e etiva , e baseado em urna analogia com a torçao

de placas isótropas, devendo ser levado em conta o seu gênero a­

proximativo; em aplicações onde se requer maior precisão, reco -

mendam-se verificações experirnentais7 •8

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28

O momento torsor atuante em urna placa isótro­

pa, é definido por:

Mre = -(1-v)B( 1 aw ) ?ãã

onde B é a rigidez flexional da placa e " é o coeficiente

de Poisson.

O momento correspondente na placa ortótropa

tem o valor:

..!.. aw) r2 ae

A torção de urna placa ortótropa depende da ri­

gidez que ela apresenta nas direções de ortotropia, parecendo e~

tão razoável trocar os valores de "e B na expressão de materi

al isótropo, pela média geométrica dos valores apresentados pelo

material ortótropo.

Então,

e a rigidez torcional efetiva fica:

, ou

De (3.11),

Be V = V e r Br

,

que,substituido na expressao acima, nos fornece:

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29

(3.20)

Da mesma maneira, pode-se definir o módulo de

cisalhamento:

E G = 2(1+v) = (3.21)

Em placas de concreto diferentemente armadas

nas direções de ortotropia, Timoshenko9 aponta os seguintes valo

res de rigidezes:

onde Ec' "c

E s n =

Ec

I ....

[r + (n-1) rJ

(3.22)

módulo de elasticidade e coeficiente de Pois­

son do concreto

módulo de elasticidade do aço

momento de inércia unitário da seçao da placa

em relação ao plano neutro

momentos de inércia unitários das seçoes de

armadura nas direções radial e tangencial em

relação ao plano neutro.

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30

3.10 - CONDIÇÕES DE CONTORNO

A resolução da equaçao (3.16) requer que sejam

prescritas condições no contorno da placa. Pela hipótese dos

"segmentos normais", verifica-se que para definir as deformações

em um ponto qualquer da superf!cie média situada no contorno, na

ausência de forças de membrana, são necessários 2 parâmetros geo . -

métricos: uma rotação :; e uma translação vertical w. Essas

condições geométricas têm suas equivalentes condições estáti-

cas, em termos de forças e momentos, segundo o esquema da fig.3-7.

4rJ---~ - r ____ --- ... _ ·------ - ------

; ---1 ---:w ' :----­

r::: o

CONDIÇÕES GEOMÉTRICAS CONDIÇÕES ESTÁTICAS

FIG-3.7

A condição estática correspondendo à rotação aw ar é o momento fletor Mr i entretanto para o deslocamento w

existe uma aglutinação entre as condições estáticas de esforço

cortante Qr e momento torsor Mre • Esse fato deve-se à falta

de consideração da deformação cisalhante

nada levaria a um problema de integração

Yrz a de 6-

i uma teoria refi­

ordem, prescreven-

do 3 condições geométricas no bordo e compat!vel portanto ao con

torno estático.

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31

Kirchhoff propôs equacionar o equilibrio exis

tente na fronteira através da urna equivalência mecânica entre fo~

ças e momentos distribuidos em espaços unitários, conforme a fig,

3.8.

z

vr Q + = r

ê válido:

ve = ºª +

(Mre+aMre) rde / r ,il8

( M· •Me,) er+ar dr

A expressao

aMre

rae

das reaçoes

Para placas em forma de

aMer ar

M_n~rde

FIG-3.8

de apoio fica sendo:

(3.23)

setor, analogamente

(3.24)

e no canto formado entre o contorno circular e o bordo reto tem­

se urna reação concentrada de intensidade igual a 2Mre

Os casos mais usuais de condições de bordo em

placas circulares de raio a sao:

em r=a

rigidamente engastada : w = o aw ãr = o

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32

simplesmente apoiada:

Contorno carregado

com forças ou moment2s de intensidade F e M:

w = o

M = O r

Mr =

Qr +

M

aM re m- = F

3.11 - SOLUÇÃO GERAL DA EQUAÇÃO DIFERENCIAL

A solução da equaçao

(3.25)

como sempre, consiste em uma superposição de soluções w=wp+wh,

onde wh é a solução complementar correspondendo à flexão da

placa descarregada em sua superfície e solicitada no seu contor­

no; enquanto que wp é a solução particular correspondendo às

flechas provenientes do carregamento distribuído q(r,e).

A) Solução da Equação Homogênea

A equação bi-harmônica homogênea v4 (w) = O

tem sua solução conhecida desde há muito tempo; Timoshenko9 cita

em referência que em 1862, Clebsch se utilizou das seguintes sé­

ries infinitas para estudar placas isótropas circulares:

(3.26)

onde w0 , Wm e Wm sao funções somente da variável r. Dessa

maneira, consegue-se separar as variáveis e constituir equações

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33

diferenciais ordinárias tipo equidimensional ou de Euler para os

éoeficientes das séries.

Em nosso estudo, estamos particularmente inte­

ressados em placas cujo contorno circular é completo, de maneira

que sempre poderemos colocar o carregamento simetricamente em re

lação à variável e , bastando-nos reter os termos em co-seno5 •

Em placas em forma de setor circular, a falta de simetria requer

soluções em série de senos. As expressões de Wm e Wm sao simi

lares, a menos evidentemente das constantes de integração.

Então, tomando-se wh =

lução, na qual aplicando-se os operadores

1 Wm cos me como so m=O (3.17) e indicando a

ordem das derivadas em r por superescritos linha (','',''',etc),

obtemos :

I Íw~v + ~ wi:i • ;i cos m=O L r J

"' t 2 2 2 wJ Lre(wh)= l m W'' + m W' m (3.27) 2 ....,. -.,. cos me m m m=O r r r

"' t 1 1 4 2 Le(wh) = l 2 W'' +

r3 W' + cm -2m iwJ cos me , m m r4 m m=O r

que, substituídas em (3.19), nos dão uma equaçao independente

de e :

2 2m H+Be

+ ( )W' + r3 m

= o (3.28)

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e

34

Definindo as constantes adimensionais:

H ó =

Br , (3.29)

a equaçao (3.28) em sua forma normal se escreve:

(3.30)

Esta equaçao apresenta as seguintes soluções:

a) m = O

wh = w0 independe de e e representa a solu­

çao dos problemas axissimétricos.

= o (3. 31)

As soluções da equaçao de Euler têm a forma 4 l , onde os sao as raízes da equaçao carac-

i=l terística associada, que para este caso é:

(3.32)

cujas raízes sao facilmente identificáveis e valem: O, 2, 1+re­

e 1-re-

Denominando , temos

(3.33)

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35

O caso particular de placa isótropa é obtido

com a= 1

(3.34)

b) m> 1

Novamente as soluções sao da forma

4

l , e a equação característica obtida de (3.30) i=l

é:

4 3 2 2 2 r,4 2 ] l -41 +(5-2m 6-Bll -2(1-2m &-B)l+~ 8-2m (8+6) = o

(3. 35)

Utilizaremos ainda, algumas constantes auxilia

res:

2 K = l-2m 6-8 (3.36)

4 2 L = m B-2m (B+&) , que simplificam (3.35) em:

= o , logo

2

K + = o

2

Resolvendo-se novamente a equaçao do 29 grau,

encontramos todos os li.

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36

À = 1 +

Chamando de:

b = 1~-K+/ K2

-4L m

1:-K-/ K2-4L

c = m ,

as quatro raízes sao: l+bm, l+cm, 1-bm e 1-cm

- para m=l

e

c = O 1

: K = 1-2ô-B K-1 L =

L = -2ô-B

K2-4L = K2-4K+4 = (2-K) 2

Substituindo-se em (3.37):

= ./ 1+2ô+B

,

b 1 é sempre real e a solução para o 19 harmônico fica:

w = e l+b1 + e r 1 ""b1 r + e 1 1 11 r 21 + c31 41 r n r

para m>l :

(3.37)

( 3. 38)

bm e cm serao reais desde que os parâmetros

que definem a ortotropia B e 8 não se afastem muito da unida­

de ou da situação isôtropa. Eles poderão assumir valores compl~

xos10

quando houver um forte enrijecimento somente em uma das

direções, situação esta que não apresenta interesse prático e

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37

que deixaremos de considerar.

As flechas correspondentes aos harmônicos de

maior ordem ficam:

e l+bm 1-b rl+cm + e 1-c = lm r + C2m r m + c3m 4m r m

(3.39)

No caso isótropo: 8 = 5 = 1

bm = m+l

cm = m-1

wl = c11 r3 + c21

-1 r + c3lr + C41 r ln r

(3.40)

2+m -m r m + 2-m w = clm r + c2m r + c3m c4m r m

B) Solução Particular

A solução particular wp da equaçao (3.19)

pode ser obtida representando-se o carregamento prescrito q(r,e)

em uma série infinita de termos em co-seno:

onde

m

q(r,e) = l Qm cos me ItFl

Q é uma função sô de m

(3.41)

r •

A equaçao (3.30) nao homogénea, toma a forma:

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38

que tem solução por métodos usuais de cálculo: coeficientes a de

terminar, variação de parâmetros, etc.

Para o caso usual de carregamento uniformemen­

te distribuído com intensidade q0

reduz em:

r 4 w'V + 2r3 W''' - B1r 2 w•• - r w•l o o ~ o oJ

na qual, experimentando a solução na forma

gualando os coeficientes, obtemos

,.-.,.......= 8B (9-o2) r

quando B = 1

=

Br = B , temos a situação isótropa:

4 r qo -B- (3.43)

r

, e i-

(3.44)

,

e quando B=9 , isto é, B = 9B e r ,uma forte ortotropia na dir~

ção tangencial, ocorre uma indeterminação que deve ser levantada

no limite juntamente com a solução complementar.

3.12 - EQUAÇÃO DIFERENCIAL DAS CHAPAS COM ORTOTROPIA POLAR

Neste item, deduziremos a equaçao diferencial

do estado plano de tensões para aplicação em chapas com ortotro

pia polar, mostrando a analogia existente entre essa equação de

finida pela função de tensões no plano e a equação homogênea da

flexão de placas.

As hipóteses simplificadoras sao as mesmas do

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39

Item 3.2 , com exceçao evidente da que diz que a superficie mé­

dia permanece indeformada. Na situação presente tanto o plano

médio como os paralelos a ele, são solicitados nela:a tensões

renresentadas na Fig, 3.9,

que satisfazem as

= 1 aF + ªr r ar

a 2F ªe = ;;z

h 2

...h 2

FIG-3.9 •

As tensões dadas pela função de Airy F {r, e) ,

equaçoes de equi1Ibrio no plano, se escrevem:

1 a2

F

?~

{3.45)

1 aF ?ãã

Sob as mesmas simplificações: {az=Yrz=Yez~O),

a lei de Hooke se representa pelas equações:

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40

ºr ve Er = E -·r ºe

r e

ºe V r E8 =

Ee -

Er ºr

ou, em termos de F:

1 2 V

e!. aF (a F) r .E0 =

Ee - Er -+ ;7 r ar

1 ( 1 aF 1 a 2F Yra = G - r 'ãr"ããl ~ãã

ve

Ee

1 a2F ~ ;?")

(3.46)

(3.47)

Para eliminarmos as deformações e constituir -

mos uma única equaçao em F, lançamos mão da equação de compat!

bilidade de deformações no plano re, a primeira das expressoes

(2.5). Substituindo-se (3.47) nesta equação, encontramos, após

derivações e simplificações:

1 a4F 3 1 vr (~

a4F 1 a3F + ~ a F) Ee

(-:---i + 2(2G - -) ar2ae 2 -, +

r~ E ar r r r ara e

4 1 4 2 a2F 1 a2F 1 aF) + 1 a F) + ( 1 a F + = o ;r ;?° E ;r ;;,r ;r ;?° - -"7 ~ + :? ar r r ar

(3.48)

Multiplicando-se esta equaçao por E8 e ainda

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41

com os operadores definidos anteriormente, temos:

eram:

s =

ô =

outra li =

= o (3.49)

As constantes definidas na equaçao da flexão

B8 E8 =

Br Er

H Br

"rB8+2GI E8 + 2G . definindo = = "r Er Er '

agora uma B r Ee 2G ...,.. + -"'" Er

, a constante que multiplica fica sen

do (li-ô) , daí:

(3. 50)

Comparando esta equaçao com a equaçao homogê -

nea da flexão de placas com ortotropia (3.19), podemos observar

que F e wh têm soluções muito parecidas; no caso assimétrico

bastando trocar ô por (li-ô) nas soluções apresentadas, enqua~

to que no caso simétrico, F e wh são de forma idêntica.

Também devem ser estabelecidas condições de co~

torno na solução de (3.50), em termos de forças ou de deslocamen­

tos.

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42

CAPfTULO IV

APLICAÇÕES A CASOS USUAIS DE CARREGAMENTO E CONDIÇÕES DE CONTORNO

ORTOTROPIA FfSICA

4.1 - INTRODUÇÃO

A seguir apresentam-se algumas aplicações práti -

cas da teoria desenvolvida no Capítulo III, para placas com con-

torno circular completo e podendo possuir um furo concêntrico '

vinculadas de diversos modos e submetidas a diferentes tipos

de carregamento.

Primeiro enfocamos detalhadamente problemas rela­

tivos à flexão axissimêtrica, depois abordamos alguns casos sim­

ples de flexão não simêtrica e por Último, aproveitando a analo­

gia existente entre a equação da flexão com a equaçao do estado

plano de tensões, apresentamos a solução de uma chapa circular

ortótropa sob uma distribuição de pressoes radialmente uniforme.

4.2 - FLEXÃO AXISSIMÉTRICA

As flechas e esforços solicitantes que ocorrem em

placas circulares sujeitas a carregamento e contorno axissimêtri

cos, independem da coordenada angular e , e por isso seu esqu~

ma estrutural é definido apenas por um corte diametral como o da

Fig. 4 .1 .

A expressao de w em função da coordenada radial

e dada por:

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43

w = w e + e 2 + e l+a + e 1-a p + 10 20r 30r 40r

onde depende do carregamento distribuído Wp ~

parâmetro que define a ortotropia: a· = / ~ Br

c30 e c40 são calculadas através de condições

métricas impostas ao contorno.

CORTE AA

( 4 .1)

q (r) -, . a. e o

e clO' c20'

estáticas ou ge~

FIIG-4.1

Os esforços solicitantes por unidade de compri -

mento, definidos em (3.15), se simplificam para:

M r = - B r

= - B ( r

3 d w + dr

3 1 dw

2 dr r

( 4. 2)

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44

A tabela 4.1, representada a seguir, é bastante

útil ao se formular as condições de contorno e escrever as ex­

pressoes dos resultados, sem recorrer a repetitivas derivações

de w ela mostra as funções envolvidas em casos simétricos

em termos das constantes de integração e de um carregamento uni

formemente distribu{do q 0 .

Apresentaremos casos de flexão a. axissimétrica, s~

gundo os sub-Itens desenvolvidos a seguir:

A) PLACAS COMPLETAS

As placas circulares completas apresentam a de -

clividade da superficie e o esforço cortante nulos no centro de

vido à simetria; da tabela 4.1, a parte referente às condições

de bordo dessas funções sao dadas por:

w' 2c 20 r + a -a = (l+a) c

30r + (1-a) c

40r

e

Qr -2

c20 (l-a2 ) =

Br r

o parâmetro a e sempre positivo, logo em r=O

para que tenhamos valores finitos:

( 4. 3)

A condição de cortante nulo na origem tem uma

exceçao para cargas concentradas que proporcionam uma desconti­

nuidade indeterminada para esse esforço no ponto de aplicação da

carga; neste caso, a constante c20 é obtida pelo equil{brio

de forças verticais em um contorno circular de raio r arbitrá

rio:

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cio C20 C30 c40 qo

8 (9-c/)Br

1 r2 rl+a 1-a 4 w r r

w' - 2r (l+ct)rª (1-a)r -a 4r3

l\fBr -2(l+v8) a-1 -a-1 -4(3+v8)r2 - -(l+ct) (a+v8)r (1-a) (a-v9)r

Me/Br 2 2 a-1 2 -a-1 2 2 - -2(1+vr)ct -(l+a) (l+ctvr)ct r - (1-a) (1-av ) a r -4 (1+3vr) a r r

2 2 y'Br

-2(1-a) - - - -4 (9-a ) r r

Tabela 4-1

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46

c20 2 p = -2 r (1-a )Br = - --2llr

p

2 411(1-a )B r

( 4. 4)

Feitas estas considerações,calcularemos as cons­

tantes c10 e c30 e apresentaremos um formulário de flechas e

esforços resultantes, nos seguintes casos clássicos:

a) Placa circular apoiada, sob a açao do momento M0 uniforme­

mente distribuído na borda externa.

Mo Mo

r:--~ a j

FIG-4.2

A ausência de carga distribuída anula wp, e com

(4.3) a expressao das flechas fica:

w = e + e rl+a 10 30

- condições de contorno em r=a

w = o

M = M r O

;

1-a a

( 4. 5)

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47

- flechas e esforços solicitantes:

MO 2 a

Pl+cx) w = (1 -(l+cx) (cx+v 6) B r

Mr MO cx-1 = p

( 4. 6)

Me ex MO cx-1 = p

Qr o r = p = a

b) Placa circular engastada, submetida a um carregamento unifor

memente distribuído q 0

1 qo

f 1 )1)11) 1111111111111, . 1 o 1

FIG-4.3

As flechas obtidas com este tipo de carregamento

sao dadas por:

qo r4 w = ---"~--

8(9-cx2) Br

l+cx r

- condições de bordo engastado em r=a

4 l+cx qo a

ºW = o o = cio+ c30 a + 2 8(9-cx )B 3 r

w' = o o = c 30 (1+cx)aª + 4qoa

2 8(9-cx) B r

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2 8 (9-a )B r

3-a l+a

. '

48

- flechas e esforços resultantes:

2 2(9-a )

2 2(9-a)

I r

p = a

3-a -4q a . o 2 8 (9-a ) B

r

3-a J + l+a

1 l+a ( 4. 7)

( 4. 8)

c) Placa circular apoiada, submetida a um carregamento uniforme

mente distribuído q 0

A solução para este caso pode ser obtida por s~

perposição das soluções a) e b) , segundo o esquema da

onde o momento de engastamento dado por (4.8) é Ma= -

Ma Mo M M

1nnn!Inin[, =~iuuiiinnn~ + ~~º __ __,.j

Fig.4.4 qoa2

2 (3+a) •

FIG-4.4 .

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49

Somando-se as expressoes correspondentes nos 2

casos, obtém-se para a placa apoiada:

w = 2 8(9-a )B

r

2 2(9-a)

2

[

,

4(3+"8)

[ a-1 2 J p - p

(3+v8

) (l+avr)

(a+v8

)

r p = a

l+a p +

(3-a) ( 4+a+v 8 ) J (l+a) (a+v

8)

( 4. 9)

Nas figuras 4.5 e 4.6 temos os gráficos que re­

presentam a variação de flechas e momentos fletores (4.9) com a

coordenada adimensionalizada p , para diversos valores de enr~

jecimento (a) e não se levando em conta o efeito de Poisson. No

ta-se claramente pela Fig. 4. 6 que os momentos Mr e M8 nas

proximidades do centro da placa, convergem para valores nulos ai

infinitos, conforme a seja maior ou menor que l; esta singul~

ridade será analisada no sub-ítem B.

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o º·ºº

0,.10

0,20

w

0,30

01 2

50

0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 P=....!.

a 0,8 0,9 1,0

FIG-4.5

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0,60

0,40

º·ºº º·º 0,1

0,60

0,40

0,20

º·ºº 0,1

51

0,2 0,3 0,4 0,5 0,6

,· ' •

O; 7 O,B 0,9 1,0 f

/

0,2 0,3 o,4 o,5 o,6 0,1 o,e o,9 1,0

f

FIG-4.6

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52

d) Placa circular engastada, sob açao. de carga centrada

1 o

FIG-4.7

A expressão que define o campo de flechas, ten­

do em vista (4.4) e a ausência de carregamento distribuído, é

dada por:

w = 2 411(1-a )Br

+ e e l+a 10 + 30 r

- condições de bordo engastado em r=a

Pa 2

w = o o = + 2 411 (1-a ) Br

+ ClO

2Pa w' o o + (l+a) c 30 = = 2 411(1-a )B r

Pa 2 1..:a

clO = C30 = -2 ; 411(1-a )Br l+a

- flechas e esforços resultantes

Pa2

[ 2 2 w = 411(1-a 2JB P - l+a

r

p 2 211(1-a )

l+a + 1-a J P l+a

c30 al+a

a a

2Pal-a 1

2 l+a 411 (1-a ) B r (4.10)

(4 .11)

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=

2 211 (1-a )

p - 2rrr

53

r p =

a

e) Placa circular apoiada, sob a açao de carga centrada

Analogamente, poderemos obter as soluções supeE_

pondo-se os casos a) e d)

w =

M = r

Me =

=

Pa2

2 411(1-a )Br

p (l+v e) 2 211(1-a)

Pa 2 [l:ve 2 211(1-a)

p - 2rrr , p =

[Pa-1_ 1 ]

a-1 ' J p - (l+v ) . r

r a

B) CORREÇÃO DOS MOMENTOS FLETORES NO CENTRO DA PLACA

(4.12)

De acordo com o que foi mostrado no Capítulo II,

a ortotropia cilíndrica não pode existir na origem do sistema ée

coordenadas (centro da placa), que é um ponto isótropo devido à

coincidência das direções principais da ortotropia. A esta sin

gularidade física, corresponde uma singularidade matemática, ma

nifesta em termo das expressões dos monentos fletores Mr e Me,

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54

que em r=O assumem valores O ou= conforme o parâmetro a

seja maior ou menor que 1 (ver fórmulas dos esforços de a) a­

té e) e a Fig. 4.6).

- 19 Faremos a correçao desses momentos, introdu -

zindo na região central um pequeno disco isótropo de raio b e

altura h com constantes elásticas E e v, em substituição ao

núcleo que apresenta a ortotropia alterada. Este disco deve ser

monoliticamente ligado ao restante da placa, devendo se verifi­

car as condições de continuidade de forças e deslocanentos em

r=b

O subscrito i indica as grandezas referentes

à parte isótropa, como no esquema da Fig. 4.8.

~ 1 5 E ,V Ç~'.E,%.

t-----~ÚMl'J;H----t 1 b 1 1 v.; 'w

1

dw;_dw -a-;- -c1r

FIG-4.8

:E; feita em seguida, a correçao dos momentos nos

casos a), b) e d) ; para os casos c) e e) pode-se aplicar,

como fizemos anteriornente, o princípio da superposição.

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55

ã) Placa circular apoiada, sob a açao de momento M0 uniforme­

mente distribuido na borda externa

1 1

M I Mo 1 ' ~ ht= c--~--i~ISO-TR-OP0_

1)

Là -t----1U 1 o 1

FIG-4,9

As equaçoes que representam as flechas nas regi -

oes de placa isótropa e ortótropa são definidas por:

r < b

r > b e r2 e l+a 1-a w = clO + 20 + 30 r + c40 r (4.13)

O esforço cortante e nulo em toda a placa; então

da Tabela 4.1:

c20 2 = - 2 (1-a )Br , donde = o r

As constantes que interessam no cálculo dos mome~

tos fletores sao: b 20 , c 30 e c 40 ; que são explicitadas pelas

seguintes condições:

- de continuidade em r=b w' - w' i -

( 4 .14)

- de extremidade em r=a M = M r O

Antes de escrevermos (4.14) em função de (4.13) ,

introduzimos as seguintes constantes auxiliares adimensionais:

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C3 = (l+a) ba-l

C4 = (1-a)b-a-l

B2 2 B = b20 M o

onde B Eh 3

= 2 12(1-v)

5,;

B r

c30 MO

B r

M0

c30 (4.15)

e

é

b E: = -a

a rigidez flexional do disco isótropo.

Fazendo uso dessas constantes e de (4.13), as con

dições (4.14) se escrevem:

l+ct E:

das quais obtém-se:

-K C3 = 2

K2 (a+v 9 Je: 1-a - K1 (a-v9 )e:

-K C4 = 1

K2 (a+v 9 J e: 1-a - K (a-v )e: 1 e

onde:

Kl (l + B (l+v) = V9 B r

K2 V9 + B (l+v) = (l -

B r

= -1

l+ct (4.16)

l+ct

(4.17)

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57

Dessa forma, colocamos os momentos fletores em

para r < b (4.18)

para r > b

r , p = a

Nota-se que quando a placa é inteiramente isótro­

pa ou totalmente ortótropa, K1=0 e as soluções retomam as já

conhecidas formas.

Na Fig. 4.10 , apresenta-se um gráfico com os mo­

mentos fletores na direção radial corrigidos para diferentes va-

!ores de o.. Adotou-se B = B e r v ="e= o,3 com o objet.!_

vo de simplificar K1 e K2 , e que o raio do disco isótropo é a

décima parte do raio da placa e:=0,1.

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Mr !1 1 1 -,1 1 Mo 11 1 p 1 i' 1

1 1\ 1 1 4,0

3,0

2p

,,o

11

1 \ 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 \ 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 \

o<_= 1.0

I

., /

,',,,,,,."

\

1

1 1 1 1 1 \ 1 \ <::>(=07

' '

---- -------------

Mo

M~ ( .6 LJ

SOLUÇÃO DA TEORIA

SOLUÇÃO CORRIGIDA

-------- --------------------

o,o -F-~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,:1 0,6 0,7 0,8 0,9 r

f''a 1,0

FIG-4.10

VI O)

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59

b) Placa circular engastada, submetida a carregamento uniforme -

mente distribuído q 0

w =

1 1 qo

FIG-4.11

As flechas nos dois intervalos sao dadas por:

2 8 (9-a ) Br

O valor do esforço cortante em r=b e b -q --o 2

,

que deve ser verificado com qualquer dos dois campos de flecha;

recorrendo a Tabela 4.1, tiramos:

logo = o

As condições de continuidade sao as mesmas doca-

so anterior: wr = wi

se w' = O •

e Mri = Mr; enquanto que em r=a tem-

As constantes auxiliares no caso de carga distri-

buída sao postas na forma:

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60

c3 = (l+ex) bex- 3

c30 B (4.19) 4qo

r

C4 (l-ex)b-ex- 3

c40 B b = e E = 4qo

r a

Equacionando-se as condições de continuidade e

contorno com o auxílio de (4.19), obtém-se:

das

onde

3+v B2 (l+v) + 64 =

1 = 2 8 (9-ex )

quais tiramos:

[ 2 -ex-3

J r. = -3+ex +4v 8-4K 2E

-3 2 2ex 32 (9-ex ) (Kl E +K2)

[ 2 ex-3

c4 3+ex +4v 8-4K1 E J

= 32 (9-ex2 ) (Kl E 2ex+K2)

B2 B

[c3+c4] 1 = - 64 B r

novamente

Kl = ex + B (l+v) Ve B r

K2 ex - V + B (l+v) = e Br

2ex E

3+Ve 2 8(9-ex)

Assim, os momentos ficam determinados por:

(4.20)

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61

r < b

(4.21)

r > b

1+3vr 2 J + 2 p

8(9-a)

r p =

a

d) Placa circular engastada, sob a açao de carga centrada

p.

FIG- 4.12

Sob esse tipo de solicitação, as flechas sao de -

finidas pelas expressoes:

e r 2 e l+a 1-a w = clO + 20 + 30 r + C40 r

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quer um dos

62

O esforço cortante em

p w é igual a - 2 ílb

r=b calculado com qual -

Primeiro equacionando na parte isótropa, temos:

p - 2ílb =

agora pelo lado ortótropo:

p - 2ílb

e = - 2 ...lQ B (1-a2 ) b r

p = 8ITB

p 2

4ll(l-a )Br

As constantes auxiliares para o caso de carga con

centrada tomam a forma:

2ITB r p

a-1 c30

(l+a)b

2l1Br -a-1 P c40 (1-alb , E: =

b a

(4.22)

As condições de continuidade e de contorno sao as

mesmas do caso anterior, e podem ser equacionadas por:

B + l + 2 ln b = 2

4

(3+v)+2 ln b(l+v) B2 (l+v) + 4

1 = - l+a2

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63

que, depois de resolvidas, resultam:

(4.23)

B2 B

[ ~ + C3 + C4 J - 1+2 ln b = B 4 r 1-cx

onde:

B Kl = cx+v - B(l+v> e r

B K2 = cx-v + BCl+v) e r

K3 = l+v - BB (l+v) e r

Após o cálculo das constantes, podemos escrever

as expressoes dos momentos corrigidos:

r < b Mr = - 8~ [<3+v)+4B2 (l+v)+2 (l+v) ln r]

Me = - :II [(1+3v)+4B2 (l+v)+2 (l+v) ln ~ (4.24)

r > b

Pcx 2

Me = 2IT

r p = a

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64

C) PLACAS COM FURO CONCtNTRICO

As placas circulares possuindo furo concêntrico

nao apresentam condições de simetria imediatas na determinação

de c 20 e c 40 ,como acontece com as placas completas; de maneira

geral teremos 4 equações algébricas, 2 referentes à borda inte­

rior e 2 referentes ao contorno exterior, que nos permite expl!

Dois casos de carregamento axissimétrico têm es­

pecial importância no estudo das placas anulares.

a) Placa anular simplemente apoiada,submetida a momentos unifor­

memente distribuidos: M1 na borda interna livre e M2 na per!

feria.

A solução geral para as flechas e:

2 l+a 1-a w = clO + c20 r + c30 r + c40 r

- condições de contorno:

em r=b

= o (como em toda placa) - 2

FIG-4.13

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65

em r=a

o o clO + C30 al+cx +

C40 1-cx

w = = a

M2 cx-1 -cx-1 M = M2 = (l+cx) (cx+v

8)a c

30-(1-cx) (a-v

8)a c 40 r Br

que nos dá:

2 [ (M2-Ml tl+cx) tl-cx (M2-Ml tl-cx) tl+cx j a cio =

B (tl-cx_tl+cx) (l+cx) (cx+v8

) + (1-cx) (cx+v8

) r

c30 -1

(M2-Ml tl+cx) bl-cx =

B (tl-cx_tl+cx) (l+cx) (cx+v0

) r

(M2-Mltl-cx)bl+cx (4.25)

c40 -1 =

B (tl-cx_tl+cx) (1-cx) (a-v8

) r

onde

b E: = -a

- flechas e esforços resultantes:

Cl Mé = -(---a-1---cx-=--~l-+-cx-)

t -e

Q = o r , r p = a

(4.26)

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Quando M =O 1

66

e b+O (E+O) ; (4.26) levadas ao li

mite retornam ao caso de placas completas com momentos M2 dis -

tribu!dos na borda externa.

b) Placa anular simplesmente apoiada, submetida a carga linear

Q0

uniformemente distribuída na borda livre

F IG-4.14

A solução geral das flechas novamente se escreve:

r 2 l+a 1-a w = clO + C20 + C30 r + C40 r

- condições de contorno:

em r=b

e Qr = -oo - ºº = - 2 ..2Q.(l-a2 )B .

b r

o o a-1 Mr = = 2c20 (l+val + (l+a) (a+va) b c 30- (1-a) (a-vai ·

-a-1 ·b C40

em r=a

o o ClO + c20 2

+ C30 l+a 1-a

w = = a a + C40 a

M o o a-1 = = 2c 20 11+val+(l+a) (a+valª c 30-(1-a) (a-vai· r

. -a-1 C40 a

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mos:

c20 =

C30 =

C40 =

67

Resolvendo o sistema e fazendo b E = -a

encontra

(l+v6

) (e: 2-e:1-ªl (l+v6

)

2 (1-cx )Br

+ ----'---(l+cx) (cx+v

6) (e: 1 -ª-e:l+cx) (1-cx) (cx-v

6)

ºob 2

2(1-cx )Br

Q0

b ( 1 +v 6 l ( E l+cx -1) 2 ( 1-cx l+cx) (l+cx) (cx+v 6 ) (1-cx )Br E -e:

Q0b(l+v6 l (El-cx - 1) 2 ( 1-cx l+cx) (1-cx) (cx-v 6) (1-a. )Br E - E

b 1-cx

bl+cx

( 2 1 +ex) J E -e: ~

( 1-cx l+cx) E -e:

( 4. 27)

- flechas e esforços resultantes

2 (l+v6

) 2 1-a. Q

0ba [1 2

E -e: l+ w =

(1-a.2)Br 2(1-p ) + 1-cx l+a. (l-p ª) +

(l+a.) (cx+v 6 ) E -e:

(l+v6

) 2 l+a.

(l _ Pl-cx) J E - E + 1-cx l+cx (4.28)

(1-a.) (a.-v6

) E - E

ºob (l+v 6 ) [ 1 +

2 1-cx cx-1 2 l+cx P -cx-1 J M = E -e; E -e:

r (1-a.2) 1-cx l+a. p 1-cx l+a E -e: E -e:

ººb ~ (l+vr) 2 1-cx a-1 2 l+cx

Me = (l+v 6 )cx + E -e: + E -e:

2 1-a. l+cx p 1-cx l+cx ( 1-cx ) (l+v

6) E -e: E -e:

p -cx-1 J Qr

b r = -Qo r p = a

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f; 8

Se na primeira das expressoes (4.28), fizermos

p = 21Tb

e levarmos ao limite com c-+-0 , obtemos:

Pa2 w = ------2

41!(1-a )Br

l+a (1-a) (a+v 8+2) J p +

(l+a) (a+v 8) (l+a) (a+v8

)

que é o caso de placa completa sob a açao de uma carga P cen -

trada.

Foi dito anteriormente que estes casos eram impoE

tantes pois se a eles combinamos os casos resolvidos no sub-Íta~

de placas completas, poderemos resolver uma extensa lista de pl~

cas anulares submetidas a carregamento axissimétrico (Ver Timo -

shenko9).

Como exemplo poderíamos calcular uma placa anular

apoiada, sujeita a carregamento distribuído q 0 segundo o esqu~

ma de superposição da Fig. 4.15, onde Q 0 e M1 são obtidos de

(4.9) invertendo-se os sinais:

l}UUH

2 q0

a (3+v8

) e

2 (9-a2 ) ( 2 a-1) e -e ;

b E: = ã

, , ~º 'Lº 1 Qo I Qo :

: OIIIII1 = lUl+UlU+lUJOUJl + 1~'; M( 1

t= ~F o 1 1 o 1 ~ o 1

FIG -4.15

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69

D) LIMITAÇÕES DA TEORIA

Na bibliografia técnica, pouca referência se tem

sobre dados experimentais das constantes elásticas em materiais

que possuem ortotropia física. Entretanto, Carrier3

ao analisar

placas circulares com esse tipo de material, verificou que certos

valores assumidos pelo coeficiente de Poisson poderiam causar va

lores infinitos para os momentos fletores. Essa anomalia o le­

vou a propor restrições de caráter empírico, baseadas na hipÓte­

se de que certas propriedades constatadas em materiais isótro -

pos devam continuar a se verificar em materiais ortótropos.

De acordo com esta analogia, parece claro que um

elemento de sólido ortótropo sujeito a tensões de tração deva au

mentar de volume, consequentemente a variação volumétrica unitá­

ria do elemento é positiva:

> o (4.29)

quando as tensões de tração sao d.o tipo ºr, de acordo com a

lei de Hooke (2,7), pode-se escrever:

1 o (- -r Er

"er Er

> o

e quando são do tipo ºe

> o

Multiplicando-se (4.30) e (4.31) por

respectivamente, temos:

E r

ºr e

( 4. 30)

(4.31)

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70

1-v -v er zr > o "er + "zr < 1

(4.32)

1 - "re - "ze > 0 "re + "ze < 1

Continuando com as deduções lógicas, nao parece

claro que uma tração aplicada em uma direção corresponda a um a­

largamento na direção perpendicular à primeira; isto significa

que os números que representam o coeficiente de Poisson devem ser

- - . - 20 todos positivos,embora consideraçoes teoricas da Termodinamica

admitam valores negativos. Sendo assim,os números que interessam

à teoria das placas devem satisfazer:

"er = "r < 1

( 4. 33) 2 < 1 "re = v e = a. "r

Com o intuito de mostrar o efeito dos coeficien -

tes de Póisson sobre os esforços solicitantes em placas com orto

tropia física, na Fig. 4.16 apresentam-se gráficos momento de en

gaste x coeficiente de enrijecimento (a.) para os casos b) e d)

do sub-item A, tomando-se os seguintes valores para os coefici

entes 3 :

para a.< 1 "r = 0,5

0,5 2 "e = a.

( 4. 34)

"r = 0,5 -2-para a.> 1 a.

"e = 0,5

de modo que eles sempre permanecem menores do que 1 independente

mente de a.

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71

Os momentos radiais no engaste nao sao função de

vr e v 9 , e apresentam curvas contfnuas. Com os momentos tange~

ciais, tem-se um ponto anguloso em a=l que é o limite das vari

ações (4.34); a linha tracejada representa os valores que esses

momentos assumiriam se a primeira formação dos coeficientes fos­

se mantida para a>l .

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0,200

0,100

1.000

-M P/2lf

0,500

I I

1,0

I I

I I

72

/ /

I I I

I I

/ I

/ I

/ /

2,0

/ /

I I

/

I I

I

I I

I I

I I

I I

I I

!,O

qo

d!rTTJlTTlllITTHTllll~ 41' 1 o 1

Mr

Me

4,0

Mr

Me

~~:__------;-,_----2,e,---i;Í3,o,-:o.:::~ 44.0

o,oooop 1p 2·° FIG-4.16

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73

E) m:TODO DAS FUNÇÕES INICIAIS

O cálculo de flechas e esforços solicitantes em

placas circulares possuindo um furo concêntrico ou sujeitas a

um carregamento descontinuo a partir de uma coordenada radial in

termediária, como nos esquemas da Fig. 4.17, apresenta um desen­

volvimento analítico bastante laborioso. Nas primeiras, se faz

necessário satisfazer condições de contorno tanto na borda exter

na como na· interna; nas Últimas, devemos propor dois conjuntos

de soluções, um para cada região de carregamento e efetuar a co~

patibilização de flechas, rotações, momentos fletores e forças

cortantes no ponto de transição das cargas.

jJ)lbíl~ '

1 1 :~Qo 1~ r O 1

FIG-4.17

t vantajoso então, em situações práticas, lançar

mao da técnica empregada por Marguerre14 ou Bryant21 , na qual se

utilizam das funções w , <Pr dw = dr , definidas na coor

denada radial de interesse do problema (r=b) e designadas por wb,

<f,b, ~ e Qb, como as constantes de integração na solução da equ~

çao diferencial das placas circulares. Esse método, haseado fun

damentalmente no princípio de superposição, permite que as cons­

tantes adquiram imediato significado físico e que o cálculo se

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74

restrinja as condições de contorno na periferia (r=a).

A solução para as flechas, em problemas axissimé-

-tricos, como temos escrito frequentemente e:

que deve agora ser colocada sob a forma:

(4.35)

Utilizaremos em nossos cálculos, somente o caso

de carga constante uniformemente distribuida, que é a mais comum.

Chamando a ordenada de carga que porventura exista em r=b de

qb, podemos escrever:

e a expressao (4.35) é definida na sua forma final:

(4.36)

De maneira análoga, as outras grandezas que inte­

ressam à análise estrutural da placa são dadas pela Tabela 4.2

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75

w

q

Tabela 4.2

na qual as funções contidas nos quadros hachureados têm valor nu

lo, como será mostrado adiante.

Os Fij são denominados na literatura referida a

cima por "beginning or starting functions", sendo que o seu va -

lor é determinado por:

Fii(b) = 1

F .. (b) = O 1J

a) cálculo dos F .. 1J

'

(4.37)

i;,!j

Utilizaremos a Tabela 4.1 para formar diretamente

os sistemas de equaçoes que verificam (4.37).

j=l

wb = 1

"'b = Mb = Qb = qb = o

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7,:,

2 c20 2 o o Qb = (1-a ) Br = c20 =

b

cio+ e bl+a +

C40 1-a

1 wb = b = 30

a -a <Pb = (l+a)c30 b + (1-a)c40 b = O

!~ a-1 -a-1

o = (l+a) (a+v6)c 30 b - (1-a) (a-v

6)c40 b =

donde obtém-se:

(4.38)

e a partir destas, as funções iniciais:

w = Fll = 1

<Pr = F21 = o

M = F31 r = o (4. 39)

Qr = F41 = o

q = F51 = o

j=2

<Pb = 1

wb = Mb = Qb = qb = o

e Qb = 2 ...2Q.(l-a 2 )B = o

b r

ClO + l+a 1-a

wb = C30 b + C40 b = o

<Pb (l+a)c30

bª + -a 1 = (1-a)c

40 b =

a-1 (1-a) (a-v6)c

40 b-a-1

~ = (l+a) (a+v8

) c30

b - = o

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77

constantes:

ClO

b (1+v 6) c20 = o = - 2 1-a

a-v a+v 6 e -a = b = C30 2a (l+a)

C40 2a (1-o.)

funções iniciais:

</ir 1

[ (l -o.J = F22 = 2a. (a.-v6)p +(a+v 6 )p

M 8

r 2 2 ~ a.-1 -a-1] = F32 = - -(a -v ) p - p r 20.b e

q = F52 = O

j=3

~=l

e Qb = 2 ...1.Q. (1-a2) B = b r

wb = clO + e bl+a + 30

o

C40 b

r p = b

1-a =

c20

o

o. -a <f,b = (l+a)c30 b + (1-a)c40 b = O

=

(4.40)

(4.41)

o

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78

constantes:

elo -b2

c20 = o = 2 Br(l-a)

-b 1-a bl+a = = C30

2a(l+a)Br C40

2a(l-a)Br

funções iniciais:

2 2a (1-a ) Br

[ l+a 1-a J 2a+(l-a)p -(l+a)p

cpr F23 -b

[ (l -a_J = = 2aBr

p - p

1 M = F33 =-r 2a

Q = F = O ·r 43

q = F53 = O

j=4

Qb = 1

wb = c/Jb = Mb

2 c20

Qb = - """"jj"""

[ a-1 (a+v8

)p +

= qb = o

2 (1-a ) Br

r p = b

= 1

(a-v8

) p -a-~

wh = ClO + c20 b2 + c30

bl+a + C40 bl-a

c/Jb 2C20 b + c 30 c1+a)bª + -a = c40

(1-a)b =

= o

o

(4 .42)

(4.43)

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constantes:

b3 e = ---=--

lO 2(1-a2 )B r

b2-a e 3 o = ---"---=2--

2 a (1-a )Br

funções iniciais:

Fl4 = b3

w = 2 2a(l-a )Br

-b2 = =

[ a -

-b 2 2(1-a )B r

2 + l+a ap p

(l+a)pª +

(4 .44)

- Pl-a J

(1-a)p <Pr F24 2 2a(l-a )Br

[ 2ap - -~

Mr F34 b [ a-1 = = 2a (l+v 8)-(l+a) (a+v 8 ) p -(1-a) (a-v 8 ) · 2 2a(l-a)

. P -a-1 J (4.45)

Qr F44 1 = = -p

q = F54 = o r p = b

j=S

qb = 1

wb = <Pb = ~ = Qb = o

Page 91:  · mento excêntrico é uma prática que produz bons resultados, pois ... onde se procura substituir a placa isótropa com propriedades ge~ métricas descontínuas por uma placa

80

e + ~ Qb = 2 ..1Q(l-n2 )B = o b r 2

2 + e bl+n + e bl-n + . b4

wb = ClO + C2ob = 30 40 2

Ct cj>b = 2c20b + c 30 (1+alb +

constantes:

b4 e = --...,,.--

10 8(1-n2)B r

b3-n (3+n) 2 2 2et(9-n ) (1-n )Br

funções iniciais:

8(9-n )Br

-a b3 c 40 (1-n)b +

2(9-n2)Br

-bJ+n (3-n) C40 = ---2;;--------::2c-

2et(9-n l (1-n )Br

b4 ~ 2 2 2 l+et 2 2 et(9-n )-2n(9-n )p +4(3+et)p

=

8a (1-n ) (9-n ) B r

( 1-n 2 ~ - 4 3-n)p +a(l-n )p J

o

o

(4 .46)

Page 92:  · mento excêntrico é uma prática que produz bons resultados, pois ... onde se procura substituir a placa isótropa com propriedades ge~ métricas descontínuas por uma placa

81

Mr = F35 = 2 2 2a (1-a ) (9-a )

r: 2 a-1 Lª (.9-a ) (l+v 6)- (l+a) (3+a) (a+v 9 ) p -

-a-1 2 2] -(1-a) (3-a) (a-v6 ) p -a (1-a l (3+v 6 ) p (4.47)

Qr = F 45 = ~ [ ! - p J

q = Fss = 1 r

p = b

As funções iniciais nao nulas da Tabela 4-2 sao

listadas no Jlpêndi ce.

b) Exerrq;>los de aplicação

b-1

FIG-4.18

Os esforços que atuam em r=b e que serao usa-

dos como constantes de integração são ~ e Qb assim o carrq;>o

de flechas nos 2 intervalos pode ser obtido da Tabela 4-2:

para b < r < c

e

para c < r < a

Obs.: F14 que multiplica P deve ser tomada na nova coordena -

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da inicial, isto é, trocando-se b por c no formulário do Apê~

dice, e por isso usamos a barra para distinguí-la.

As constantes Mi, e ~ que definem as flechas

nos dois intervalos, bem como todos os esforços solicitantes,são

calculadas pelas condiççes em r=a:

w = o

M = O r Mi,F 33 (a) + %F 34 (a) + q0F 35 (a) - PF 34 (a) = O

logo:

% p [ F34F13 - F14F33 J [ F35F13 F15F33 J = - q F34F13 - F14F33 r=a O F34F13 F14F33

r=a

Mi, p [ F14F34 - F14F34 J [F15F34 F14F35 J =

F14F33 r:aqO F34F13 F34Fl3 - F14F33 r=a

b-2

FIG -4.19

Neste caso de placa completa com descontinuida­

de de carregamento, temos as seguintes expressões para as fle -

chas:

para para

r < b

r > b

+ e l+n 30 r

+ e l+n 30r

Page 94:  · mento excêntrico é uma prática que produz bons resultados, pois ... onde se procura substituir a placa isótropa com propriedades ge~ métricas descontínuas por uma placa

83

As constantes c10 e c 30 sao eJeI>licitadas pe -

las condições de contorno em r=a:

w=O

· dw dr= o

4.3 - FLEXÃO ASSI~TRICA

Nesse Item, consideraremos as placas circulares

que estão submetidas a um estado de carregamento que nao apre -

senta simetria de revolução em torno do eixo de coordenadas z.

Nesta situação, as flechas do plano médio podem ser colocadas

sob a forma:

w = wp + "ti + I wm cos m8 m=l

onde:

wo = clO + C2or2 + C3orl+a + C4orl-a

e para m > 2

com

a Be

ó ·H

= Br

e = B r

K = 1 - 2m2o - a

L = m4a - 2m2 (,s+al

(4.48)

(4.49)

( 4. 50)

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84

a = re bm = /2-K+/ K2-4L

2

bl = ,I 2-K cm = /2-K-/ K2-4L

2

Os esforços solicitantes em função de w sao de

finidos em (3.15).

Apresentamos a seguir a solução da placa com uma

carga concentrada em uma posição arbitrária22 , e a da placa soli

citada por um carregamento com variação linear, sendo que esta

necessita apenas do 19 harmônico da série (4.48) e tem uma solu­

ção particular razoavelmente simples (Ver Timoshenko 9).

-a) Placa circular engastada, sujeita a açao de carga concentrada

em posição qualquer

-------/ ' / ' /

' / \ I 'B X 1 o 1 1 • /, 1 1 \ 1 r / J

' 1 / ! ' -...__J_ ......

/

1

p

º...__I -b~ª-1 ª-----J

FIG -4.20

Ile acordo com o proposto no Capítulo III, a solu

Page 96:  · mento excêntrico é uma prática que produz bons resultados, pois ... onde se procura substituir a placa isótropa com propriedades ge~ métricas descontínuas por uma placa

85

çao (4. 4 8) é válida quando o eixo polar Ox, origem da coordena

da angular e , passar pelo ponto de aplicação da carga.

O problema apresenta 2 canpos de flecha distin­

tos, que sao separados pela circunferência de raio b - Fig.4.20.

para r > b

m

com w0 e wm definidos por (4.49).

para r < b , temos expressoes análogas que distinguiremos por

um asterisco:

W* = W* + o m

}: w; cos m0 m=l

Esta região contém a origem; então para que te­

nhamos flechas, monentos e forças cortantes finitas em r=O , é

necessário eliminar algumas constantes:

c~o = C40 = o

c~l = C41 = o

m>2 c~m = c4m = o

logo: ., = Cio + Cjo l+a r

( 4. 51) -W* 1 = Ci1

rl+b1 + Cjl r

m>2 ,W* 'm = Cim

rl+bm + C* 3m rl+cm

Dessa maneira, para cada valor de m temos 6

constantes a determinar: 4 para a parte externa e 2 para a in -

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P6

terna à circunferência de raio b. As condições para determi -

naçao dessas constantes são. postas da seguinte maneira:

- bordo engastado em r = a

w = o

aw - = o ar

- continuidade de forças e deslocamentos em r = b

onde

de flechas: w = w*

de rotações : aw ar = aw*

ar

de momentos fletores desde que

não atuem momentos externos:

de forças cortantes no ponto

de aplicação da carga: Q - Q* = -P r r

p . -p

pode ser representada pela série: llb

Cálculo dos wm

1) m = o

+ C20 2 l+cx

+ C40 1-cx Wo = ClO r + C30 r r

w* * * l+cx = ClO + C30 r o

( 1 + 2

( 4. 52)

As forças cortantes sao obtidas substituindo-se

estas expressões em (3.15):

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· c20 2 Qr = -2 ~(1-a )B r r

Q* = o r

87

Equacionando as condições (4. 52) temos:

em r=a

w = o

· ·aw ãr = o

em r=b

w = w*

· ·aw ãr

· ·aw* = o = ãr

Q - Q* r r

C20 =

C3Q = -

. ·p = - Tnli

Resolvendo-se o sistema, obtém-se as constantes:

Pa2

[ (l-a)-2El+a J 41! (1-a)Br --'-=-..::.1.:...+_a..::...::.--

p 2

41! (1-a ) Br

1-a [ l+a J Pa 2a+ (1-a) E 2

41la (1-a )B l+a r

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* ClO =

* c30 =

Então:

2 4Jla(l-a )Br

Pa 2

2 41l (1-a ) Br

Pbl-a 2

4 lla (1-a ) Br

88

[ l+a + E2 J (1-a) -2E

l+Cl

~ 1-a l+a J E (l+a)-2a-E (1-a) (l+a) El-a

Pa 2

2 41l (1-a ) B r

{ (1-a)-2El+a + p2

l+Cl

,

l+a + E pl-a}

Cl

(4.53)

b E = a

(4.54)

Wõ = Pa2

{ (1-a)-2El+a + E2 1 [2+El+a (l~a)j Pl+a + - l+a

l+Cl

1-a l+a + _E __ p } Cl

p = r a

Quando b+O (E+O), w0 representa a solução p~

ra carga concêntrica, expressão (4.11):

[ 1-a + 2 __ 2_ l+a J l+a P l+a P

2) m=l

wl = e l+b1 + llr

e r 1 -b1 21 + c 31r + c

41r ln r

W* e* l+b1 + * 1 = 11 r c3lr

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89

As forças cortantes nesse caso sao dadas por:

( B+o) r 2 c41 } cose

As condições (4.52) agora se escrevem:

em r=a

w = o

aw ãr = o

em r=b

w = w*

aw ar = aw*

ãr

* ·p Qr - Qr = - Ilb cose

(C 31-c~1 )b+c41b ln b=

= o

+ c41 (1 + ln b) = O

+

= o

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= p

IlbBr

90

donde se obtém as constantes:

logo:

Pa

Pb

IIB b2

r 1

1. l+b .:l LE 1 - E+ b 1 E ln~

, b E = -a

(4.55)

[ b1 l+b1 b1 1-b b1 l (2-E )p -E p 1+2(E -l)p-2blp ln Pj

Wi =

r p = a

3) m>2

w = e l+bm + e 1-bm + e rl+cm + e 1-cm m lmr 2mr 3m 4mr

(4.56)

E]

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91

W* = * rl+bm + e* rl+cm m clm 3m

As forças cortantes sao dadas por:

com:

b2 13 2 m2 (13+ô)

Al = - - m ô + m l+b m

A2 = b2 - 13 + m2 ô + m2 (S-ô) m 1-b m

e~ 8 2 m2 (B+ô)

A3 = - - m ô + l+c m

A4 2 13 + m2ô +

m2 (B-ô) = cm -1-c m

- condições:

em r=a

w = o e l+bm + lmª

e al-bm + 2m

e l+cm + 3mª

e al-cm 4m = o

aw ar = 0 +

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9?.

em r=b

w = w* (C -e* )bl+bm + e bl-bm + (C -e* )bl+cm + lm lm 2m 3m 3m

= o

(l+b) (C -e* )bbm + (1-b )C b-bm + (l+cm) (c3

m-m lm lm m 2m

-e* )bem+ (1-c )C b-cm = O 3m m 4m

= p

- Ilb cos me

constantes:

P b2 a-bm-1 [ 2Ecm-l -

b -1 (bm+cm>] clm

E m =

211B (b2-c2) (b -e ) b m r m m m m

2 -e -1 [ 2Ebm-l -

e -1 (bm+cm)] c3m =

p b a m E m 2 2 211B (b -e ) (b -e ) e r m m m m m

c2m = P b2 bbm-1

211B b (b2-c2) (4.57) r m m m

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93

c4m =

* P b2 a-bm-1 [ C -1 Ebm-l (b +c l

clni = 2 2 2c m - b m m

2TIBr(bm-cm) (bm-cm) m

-b -1 (bm -cm)J

E m b m

* P b2 a-cm-1

[2cbm-l_ c -1 -cm-1 E m

c3m = 2 2 (bm+cm) + E

2TIBr(bm-cm) (bm-cm) cm c m

· (b -c >] m m

b E = a

2 [ Ebro (b + >] l+bm w = P b { 2ccm ~

+ m 2TIBrc(b;-c;> (bm-cm)

m cm P m

1-b (b -c ) p m m m +

(= . -bm J - _c_(b -c ) ·

bm m m

(b +c l + _c~-(b -c) Pl+cm} -cm J m m c m m

m (4.58)

r p = a

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94

Os valores de w e w* m m

decrescem rapidamente

com o aumento de m, sendo preciso, portanto, poucos termos da

série (4.48) para se obter uma boa aproximação dos resultados.

b) Placa circular engastada, sob açao de carregamento com var·ia

ção linear

formação:

q (r, e)

cular é da forma

º~~--1---~X~ •

' : ' ' 1 1

' ' 1 ' 1 ' 1 1 1 ,rQo.L.COS-8

l l )~- o

~~" º1 a 1

FIG-4.21

O carregamento distribuído tem a seguinte lei de

Sob esta distribuição de carga, a solução parti

w = A r 5 cose p , onde a constante A e de-

terminada substituindo-se esta expressão na equação (3.16) e

igualando-se os coeficientes de termos correspondentes.

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95.

Feito isto, encontramos:

A =

q0

r 5 cose e a s9lução particular: wp = ~~~~~~~~

16 d Br a , d= 15-28-S.

A solução 9omplementar é inteiramente definida

pelo harmônico de primeira ordem:

• cose

onde, para que nao haja valores indeterminados no centro, nova­

mente temos:

Assim, a solução geral para as flechas tem por

expressao:

onde as constantes c 11 e c 31 sao determinadas pelas condições

de bordo engastado:

em r=a:

w = a

aw ar= 0

que nos fornecem:

4 qo a

16dB r

5qo a 3

16dB r

+ e l+b1 + 11 ª c31 a = o

+ ( b1 l+b1 )c11 a + C31 = o

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4qo 4 . -l-b1 a

c11 a =

16dBr bl (4.59)

qo ª3 ( 4-bl) c31 =

16dB bl r

e a partir destas, as flechas e esforços resultantes:

w = cose

cose

Bre 3 b 1-1 (p + p )sen e (4.60)

r p =

a

4.4 - CHAPAS SUJEITAS A PRESSÕES RADIALMENTE SIM!1:TRICAS

O equilíbrio das chapas que possuem ortotropia

polar é verificado pela equação:

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= o (4.61)

cuja solução é dada por:

F e e 2 C l+a C rl-a = 10 + 20r + 30r + 40 (4 .62)

onde a= /5: Er

e F é a função de tensões no plano re , ca-

racterizada por satisfazer:

1 dF ªr = r ãr

d 2F (4.63)

ªe = dr2

As deformações em termos do deslocamento radial

u sao:

du Er = ãr

( 4. 64) u

E8 = -r

ou ainda pela lei de Hooke:

ªr "e Er = -

Ee ªe E r (4.65)

ªe "r E8 = Ee

- E a r r

Com esses dados, podemos apresentar a solução

do problema clássico de Lamé, ou seja, de um anel uniformairente

comprimido por pressões p 1 e p 2 nos contornos interno e exter

no respectivairente, como mostra a Fig. 4.22.

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98

F I G-4.22

Tendo em vista (4.63), c 10 nao interessa ao cál

culo das tensões e c 20 deve se anular para não causar valores

múltiplos para o deslocamento em um mesmo ponto13 Assim, (4.62)

se reduz a :

l+a 1-a F = C30 r + C40 r

As condições de contorno sao fixadas por:

em r=b a-1 -a-1 = c 30 (l+a)b + c 40 (1-a)b

em r=a

donde se obtém:

l+a P1 e -p2 1-a

C30 = a 2a (1-c ) (l+a) (4.66)

1-a P1 e -p2 l+a ·b

c40 = a , e = --2a a (1-c ) (1-a)

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as tensões

l+a P1 E -p2 a-1

crr = p

1-E 2 (l

(18 = (l [

e o deslocamento radial:

u =

l+a ) E -p2

1 2a -E

+

a-1 p

99

P1 ,E 1-a -p2 -a-1

-2a p

1-E

_P~l~E~~-~-2 P-a-l 1-a J l-E-2a

(l (1-a" )p -r

(4.67)

Quando a chapa é completa e existe somente a

compressao p 2 , os resultados de (4.67) se reduzem para:

b -,. o

P1 =

crr =

cr e =

u = -

(E -,. O)

o

a-1 -p2 p

a-1 -p2a p

ªª (1-a"r)p 2 p Ee

(l

I r

p = a

(4. 68)

Novamente as fórmulas (4.68) constatam uma sin­

gularidade matemática para r=O, que como sabemos, é um ponto

de singularidade da ortotropia polar. De maneira análoga, po -

der-se-ia corrigir esta singularidade introduzindo-se um disco

isótropo em substituição à região alterada da ortotropia, e fa­

zendo a compatibilização de tensões e deformações ao longo da

circunferência que limita as duas espécies de material.

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100

CAPfTULO V

FLEXÃO DE PLACAS CIRCULARES COM ORTOTROPIA GEOMtTRICA

5.1 - INTRODUÇÃO

Neste capítulo estudaremos a flexão com peque­

nos deslocamentos de placas circulares possuindo ortotropia geo­

métrica ou construtiva. Esta espécie de ortotropia é caracteri­

zada quando a placa apresenta propriedades de forma~ diferentes

e descontínuas nas direções radial e circunferencial, o que, in­

dependentemente da isotropia do material, lhe confere diferentes

rijezas nestas direções.

O modelo estrutural em questão, conhecido pe­

lo nome de placa enrijecida (stiffened plate), é um conjunto for

mado por uma placa circular isótropa de espessura constante mo­

nolíticamente ligada a uma grelha polar - nervuras uniformemente

distribuídas segundo raios e circunferências concêntricas, sendo

que estas nervuras podem ser construídas com material diferente

do da placa e estarem anexadas excentricamente em relação ao seu

plano médio.

As placas com enrijecedores, geralmente sao u­

tilizadas como elementos de estruturas onde se requer maior rig~

dez ou estabilidade, sem aumento acentuado do peso próprio e de

maneira que um dos seus lados continue com a função de superfí

cie continua e portante , por exemplo 6 em: pisos de edifício,

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101

pontes curvas, fuselagens de avião, cascos de navio, etc.

O cálculo dessas peças tem sido feito nas Últi

mas décadas por um modo aproximado, utilizando-se da equaçao de ·a 4- ordem (3 .16) , análoga a de Huber, onde se procura substituir

a ortotropia da estrutura (forma descontínua) por uma hipotética

ortotropia do material (forma contínua), através de processos não

muito rigorosos de equivalência elástica.

Atualmente, a equaçao (3.16) é considerada cor

reta para a condição de ortotropia física ou quando os enrijece­

dores são dispostos simetricamente em relação ao plano médio da

placa. Quando os enrijecedores são excêntricos, dois problemas

dificultam a determinação das rigidezes equivalentes: primeiro,

é a posição da superfície neutra,que agora além da geometria das

seções transversais, depende dos esforços resultantes que sao,

a priori, incógnitos; segundo, que a falta de simetria em relação

ao plano médio induz a ação de tensões cisalhantes neste plano

que não são consideradas na teoria clássica da flexão de placas.

Esse capítulo tem por finalidade desenvolver a

teoria considerada rigorosa de placas circulares enrijecidas,te~

do por base os trabalhos de Trotsky6 , Massonnet11 e Clifton12 ,

que abordam o assunto detalhadamente para placas retangulares.

Tomaremos o plano médio da placa isótropa como

superfície de referência, plano z=O; o sentido positivo de

z é considerado para baixo ,e as direções de coordenadas r e

e paralelas as duas famílias de nervuras, fig. 5.la. Os com-

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102

ponentes do deslocamento de um ponto do plano médio, segundo

r, e e z sao designados por u, v, e w. (Obs.: Quando no texto

nos referimos a plano médio, estaremos tratando do plano médio

da placa isótropa, ao qual é fixado o sistema de coordenadas)

1

1

1

1

1 1 1

1

1

1

1 1

1 1 ,1 1 11 1 1 f 1 1 1 11 1

r

X

;;-r-1 li 1 1 1 1 1 1 1

·+ - -_- -Of, - - - -,-~X-

o

z a)

_JL_jl_ ---------

~

b)

e)

ENRIJECEDOR SIMÉTRICO

ENRIJ ECEDOR

EXCÊNTRICO

FIG- 5 .1

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103

5.2 - CONSIDERAÇÕES BÃSICAS

O desenvolvimento da teoria é possível se os

enrijecedores forem uniformemente distribuídos e pouco espaça -

dos entre si, de modo a conferir urna razoável homogeneidade ao

conjunto. Esta consideração é importante tendo em vista que

o equilíbrio é estabelecido sobre um elemento suposto infinite

sirnal da placa nervurada (Ver Fig. 5.5).

O espaçamento entre as nervuras não deve ser

maior que a largura efetiva da seção transversal b < b (Fig. e

5.lc). Esta restrição visa manter as tensões proporcionais à

distância do eixo neutro, em pontos da placa afastados da nervu

13 ra Se não for possível atender a esta condição, as fórmulas

continuam válidas desde que se faça o coeficiente de Poisson da

placa nulo e que se tome somente a seção transversal efetiva P!

ra o cálculo da rigidez.

Os enrijecedores, em cada direção, podem ter s~

çao arbitrária, repetida em intervalos iguais. Entretanto, pa­

ra que obtenhamos equações diferenciais de equilíbrio a coefi·c:!:_

entes constantes, as rigide zes por unidade de comprirrento devem

ser constantes nas direções da ortotropia; dessa maneira, o en­

rijecimento radial deve possuir a propriedade de variar em tarna

nho ou em número com o aumento do raio14 Tornando-se por base

nervuras de forma retangular, que sao as mais comuns, o parâme­

tro que normalmente se faz variar é a largura, tendo em vista

que sua rigidez flexional depende da altura ao cubo.

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104

No caso de estruturas compostas, por exemplo,

de placa de concreto armado e nervuras metálicas, o conjunto de­

ve funcionar monoliticamente, devendo-se evitar os movimentos re

lativos entre as faces dos elementos, através de conectores rígi

- - . 15 dos que resistem as tensoes de cisalhamento ; estes conectores

não sao considerados na estimativa da resistência do conjunto.

Feitas estas considerações iniciais, apresent!.

mos as hipóteses sob as quais instituiremos as equaçoes que go -

vernam os deslocamentos da placa enrijecida, a maioria das quais

aceitas na teoria clássica de placas delgadas:

1) os materiais que compoem a placa e nervuras sao isótro­

pos e obedecem à lei de Hooke.

2) as cargas externas são aplicadas normalmente ao plano

médio.

3) as deformações decorrentes da flexão seguem a hipótese

de Kirchhoff, na qual segmentos retos e normais ao plano médio

indeformado permanecem retos e normais à superfície defletida:

Yrz = Yez =O·

4) as tensões normais perpendiculares ao plano médio são

desprezíveis frente às demais; (1 ; o z

5) as flechas w de pontos pertencentes ao plano médio da

placa são pequenas em comparação com sua altura h.

1 - d h. - 1- . 11 A em essas ipoteses c assicas, Massonnet

ao analisar placas retangulares, sugeriu as seguintes que conti­

nuam válidas em placas circulares:

6) os esforços cisalhantes paralelos ao plano médio atuam

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105

exclusivamente na placa isótropa. Esta hipótese é melhor verif,!.

cada quando a altura das nervuras é relativamente pequena.

7) a espessura total da placa enrijecida, medida da face

superior da placa isótropa até a base inferior da nervura de mai

or altura, é pequena em relação ao seu raio a

Ao avaliar a resistência à torção do conjunto,

Massonnet supôs que a placa isótropa pode ser considerada desli­

gada dos enrijeoedores e que estes seguem a torção uniforrre de

Saint-Venant ( o efeito da junção em placas retangulares foi es-16 tudado por Jackson ). Entretanto, nosso modelo apresenta as

vigas radiais com

dequadas portanto

seção variável e as demais com eixo curvo, ina

- - 13 a torçao de Saint-Venant • Adotaremos o

conoeito simplificador de Clifton12 , para nervuras cheias e es -

beltas de baixa rigidez à torção (torsionally soft), sendo que

a placa absorve integralmente os momentos volventes (fig. 5.2).

Nossa posição,ao adotar tal medida, foi basea­

da em 2 fatores: primeiro que a maioria dos problemas referentes

a placas de contorno circular completo são axissimétricos e in -

dependem da rigidez torcional da placa; segundo que, se pudermos

a posteriori estimar a rigidez torcional unitária dos enrijeoed~

res, tanto o desenvolvimento quanto os resultados continuam váli

dos, bastando-se apenas acrescentar valores constantes às rigid~

zes consideradas.

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106

~Mt'Mp ~Mt'Mp+Me

+--- .-- 4---- +--­

- --:-==~==!! i i bp

i t t... ••

ENRIJECEDOR COM POUCA . RESISTENCIA À TO RCÃO

.ENRIJECEOOR COM BOA

RESISTÊNCIA À TORCÃO

FIG-5.2

8) Na avaliação dos momentos de torção, a placa é imagina­

da como sendo desligada do sistema de enrijecimento, sendo a con

tribuição dos enrijecedores considerâda pequena (torsionally

soft).

5.3 ~ DEFINIÇÕES F!SICAS E GEO~TRICAS

Neste ítem sao apresentadas as expressoes das

constantes que representam as rigidezes e excentricidades da

placa nervurada, calculadas em função das propriedades elásticas

e geométricas dos seus componentes.

Designal!Ds por:

E, v m:5dulo de elasticidade e coeficiente de lbisson

da placa isótropa

h . . . . . espessura da placa isótropa

br,be ••• espaçamento ei.xo a ei.xo entre nervuras contíguas

nas direções r e e

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1117

Er,Ee • • • nódulo de elasticidade dos enrijeceà>res

FIG-5.3

A) Rigidezes Extensionais Unitárias

- da placa iSÓtropa D Eh. = ::------2" 1-v

(5.1)

D = J; J E (z) r br

- da placa nervurada dAr

( 5. 2)

ºe = 1 JÍl E (z) be e

Obs: As notações Jb e Jb representam integrais estendidas por

r e toda a área da seção transversal de largura br e b 0 respectiva-

mente, cJ + J). E(z) deve sert:rocaà> por ~napa:ccela p s 1-v

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108

da integral referente à placa e por Er' E8 (ou E), na parcela

referente aos enrijececbres; dAr e dA8

são as áreas elementa­

res.

B) Excentricidades das Nervuras

= fbrE(z)z dAr

erDr = 1

Ib E(z)z dA er ou

br f E (z) r

dAr r br

(5. 3)

f E (z) z dA8 b

e 1 f E (z) ee = J E (z)

ou ee0 e = be

z dA8

dA8 be

b,e

Essas excentricidades representam a distância

entre o plano z=O e o "centro de elasticidade" ou baricentro

ajustacb das seções transversais (denominação empregada por

Marguerre14 em virtude da analogia com o centro de gravidade ,ao

substituímos E (z) pela densidade p (z) nas expressões acirra).

c) Rigidezes Flexionais Unitárias

- da placa isótropa B = 2 12(1-\1 ) (5.4)

- da placa nervurada em relação ao centro de elasticidade

em cada direção:

1 = br

E (z) (z-e ) 2dA r r

( 5. 5)

Page 120:  · mento excêntrico é uma prática que produz bons resultados, pois ... onde se procura substituir a placa isótropa com propriedades ge~ métricas descontínuas por uma placa

1 = be

f E(z) (z-e 8)2

dA8

be

109

Pelo teorema dos eims paralelos, as rigide -

zes flexionais da placa nervurada em relação ao plano médio, se

escrevem:

Br + 2

ºr 1

J b E (z) z2dAr er =

br r

ªe + 2

ºe 1 J E(z)z

2dA8 ee =

be be

D) Rigidezes Torcionais Unitárias

- da placa isótropa: B = 2 12(1-v)

(5.6)

- da placa nervurada: corro ficou estabelecido nas hipót~

ses simplificadoras, a rigidez torcional efetiva da placa nerv~

rada é igual à da placa isótropa: H = B Entretanto, se pu -

dermos estinar a resistência torcional das nervu:cas e denominá­

las por Bre e Ber , a resistência torcional efetiva do conjun­

to fica:

(5.7) 2

A seguir apresenta-se um formulário das rigi­

dezes e excentricidades pa:ca nervuras com seção transversal re­

tangular, conforme os dados da fig. 5-4.

Page 121:  · mento excêntrico é uma prática que produz bons resultados, pois ... onde se procura substituir a placa isótropa com propriedades ge~ métricas descontínuas por uma placa

110

~---1---.

h. le•

-te

FIG-5.4

As grandezas tr e br variam com a distância

mdial, enquanto que a relação entre elas, tr/br' é una constan

te.

e

a)

analogamente:

b)

D - ~ + EeAe ª-1- ,: -v

1 = 6r 0 r [Jh/2 E

I=";i2" z b r dz

-h/2

ErAr h+h = r

er 2

Eh + ErAr ::----1 1-v

áreas unitárias das nervuras

( 5. 8)

Page 122:  · mento excêntrico é uma prática que produz bons resultados, pois ... onde se procura substituir a placa isótropa com propriedades ge~ métricas descontínuas por uma placa

analogamente

c)

EeAe ee =

Eh + ::-z 1-v

B +e 2D r r r = 1

111

. h+h 6

2

EeAe

Eh 3 =---,,_....-+EA

12 (1-v 2 ) r r

analogamente:

5.4 - INSTITUIÇÃO DAS EQUAÇÕES DE EQUILfBRIO

A) Equilíbrio de um Elemento de Placa

(5. 9)

(5.10)

<l:>nsideramos na fig. 5.5, um elemento de pla­

ca nervurada e a variação infinitesimal oos esforços solicitan­

tes que atuam sobre o plano médio, quanoo o elemento é sujeito

a um carregamento externo distribuíoo q(r,e).

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z Me+11Me rde

r~e N +)N0 rde

8 r~e

M dM9r rde er+ ,ia ,a

Qe+7drd

Jl2

Ner+ "'bNgr rdQ ,,.

N '.Nr dr r+­;,,

N + 'liNr dr re õr

FIG-5.5

A presença de enrijecedores assimétricos induz

a presença de um esta à) de forças membranais no plano médio ,que

se equilibram quando as relações abaixo forem satisfeitas:

= o

= o (5.11)

= o

O equilíbrio vertical de forças, em ternos dos

110mentos, é representam pela equação (3.4):

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ª2 (-:---! ar

113

1 a 2

<2 ""."":2 r aa 1 a )M = r ar a

= -q(r,a) (5.12)

A hipÓtese na qual a placa isótropa absorve !_

soladamente os norrentos de torção, implica na relação: Mr 9=M9r ,

que juntamente com a Última (5.11): Nra= N9r , resumem as eq~

ç,5es fundamentais do equi1Ibrio em:

3Nr 3N +~

N -N r a + = o ãr raa r

aN 9 aNra N ra raa + a'r + 2 -- = o r

c-2! + l 2..)M + ar" r ar r

1 a2 1 a 2 (r ara a + 2 ãã)Mra r

B) Relações Defumação-Deslocamento

1 ª2 + <2-­

r aa2

= -q(r,a)

( 5 .13)

1 a - -)M = r ar a

Aos deslocarrentos horizontais de i:ontos quaisquer

da placa nervuz:ada, denominarenos uz = u(r,a,z) e vz=(r,a,z).

Os deslocamentos de pontos situados no plano médio, serão refe­

riébs por u = u(r,a,o) e v = v(r,a,o).

A hipÓtese de Kirchhoff permite relacionar es

tes deslocamentos a través de:

uz = u - z aw ãr (5.14)

vz = V z aw - r ãã

Page 125:  · mento excêntrico é uma prática que produz bons resultados, pois ... onde se procura substituir a placa isótropa com propriedades ge~ métricas descontínuas por uma placa

114

As defumações de placa nervurada em função

dos deslocarrentos do plano médio, são dadas p:>r:

au = ar - z

1 av u l z e!. aw 2 z + z av

+ u + l a w) (5.15) E8 = ãe - = - ãã - -r r r r r ar ~~

1 auz avz V 1 au av l a2w 1 aw) z V Yre = ãe + ãr- = ãã + ar - 2z(- -- -r r r r r arae zãã r

----------- ------ - -12--t:::::::::J-

h,

<L--i _____ -- - ------,, L_ ___ ...:_ _ __,_ __ 1--_J,_ ---- ---- ------- --- -- - -

DISTRIBUlrÃo DAS DEFORMAÇÕES NORMAIS

FIG-5.6

O eixi:Y neutro da seçao transversal em cada di

reçao é defini<b na p:>sição abaixo ao plano médio, onde as de for

mames decorrentes da aç· ão,: das fo:r,ças Nr e N8

(au e !. av + ~) r- ar r a e r '

se cancelam as defumações provenientes da açao <bs llOmentos

1 aw 1 a2w J e z (- ãr + 2 -:-:zl • Fica claro que a p:>sição

r . r ae

do eixo é,a priori, incógnita, p:>is além das propriedades elásti

cas e geométricas da seção, necessita-se do valor dos deslocarren

tos ainda desconhecidos, i;ara localizá-lo.

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115

c) Relaçxies Tensão-Deformação

- para a placa isótror,a:

(5.16)

Tre = G Yre E

G = 2 (l+v)

- pa:ra os enrijecedores:

(5.17)

= o

Em tenros dos deslocamentos, estas relaçxies fi

cam :

- pa:ra placa isótropa:

2 E [ au · :a

3·ri J ªr = :----2" { ar - z

1-v

2 _ z(!. aw +_!_a w>]}

r ar r2 38

2

ªe = ...!_ { [3V + :!!. - Z (!_ ~ l-v~ rae r r ar

2 1 a wJ [ªu + z ~~+"a - z r ae r

2 a w]} ~

(5.18)

T = re E íl au · av

2 ü+vl { Lr ae + ãr · vl íl · a2w 1 awl

- rJ - 2z Lr ãrae - 2 ã"ãJ } r

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116

- para os enrijecedores:

2

ªr = E ( ~ - z a w l r ar ~

[~ 1 aw 1 av u ªe = Ee ãã + z(- ar + 2 r r r

're

.___,_ -- __________ ..._ _ __..,._ E ~' ,-~· -E Z d~

'~

DISTRIBUIÇÃO DAS TENSÕES NORMAIS (j,

2 a w1 ~

D) Expressões dos Esforços S;>licitantes

J (5.19)

F IG-5. 7

As forças e I!Onentos que atuam no plano médio,

sao obtid:>s por integração das tensões sobre a área da seção trans

versal.

1 = br

1 = be

(5.20a)

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1 = br

z dA r

117

1 Me= b-

8

e .de aco rà:> com as restric;pes da teoria:

Jh/Z T dz

re -h/2

dAr = Jh/2 Tre z dz

-h/2

(5.20b)

Começando pela força Nr , substituindo(S.18)

e (5.19) em (5.20a) e expandindo a integral, temos:

1 = o; {J E Jãu _ z a2wJ+

r=vZ '!} r :--Z p or Ü 2 J 1 av u 1 aw 1 a w

V - - + - - Z (- - + -.. --..-) }dA + r ae r r ar rL aeL r

+ f E [ au - z a 2w J dA } r ar ~ r s or

reagrupando convenientemente:

Nr = [ b~ f b E (z)dAr J :~ - [~r f b E (z) zdArJ ::~ +

r r

[ Jh/2

+ -h/2 l~v2 dz J v (~ :: + ~)

As expressoes entre colchetes já sao conheci -

das de ( 5 .1) , ( 5. 2) e ( 5. 3) , logo:

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118 •

a2wJ [1· av ~ + "º - - + ílr r ae ~] (5.21)

analogamente para N8

N8 = [!. ~ + u 0 e r ae r · 1 ·aw · ·1 · ·a 2w J

- e (- - + _,,. __,,,.) + e r ar r" ae"

(5.22)

e para Nre

Jh/2 · 1 ·a 2w 1-v E { e!. ~ + ílv V Nre = -r~ ar - -) - 2z (r ílríl 8

-h/2 1-v r ae r

1 aw - 2 -) }dz r ae

ou

Nre D ~ au + ílv - ~] = (1-v)'! ar r ae

(5. 23)

Procedendo de modo semelhante com os momentos,

e começando por

1 = ~

Reagrupando:

au = ar

M , r .

E :--z 1-v

"e!. ~ + r ar

u - -r (1 aw + z --r ar

+ I E Gªº - z r ar s

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119

Os termos entre colchetes podem novamente ser

reconhecidos de (5.3), (5.4) e (5.6), que nos fornece:

= -B r · 1· ·aw

- vB(- -r ar

Analogamente para Me

para

ou

Me = -B e!. aw e r ar

Mre ternos:

Mre Jh/2 (1-v) E = 2 :--! -h/2

1-v

G ª2w Mre = -(1-v)B - ~ -r arae

Liau + e D - -r r ar

2

er ~-rz]

(5. 24)

- vB

(5.25)

· 1 a 2w [e!.~+

av V

ar - -) - 2z(r ã'rãã r ae r

1 aw J - -z ãã) z dz r

1 awd (5.26) -z r ªª

As forças cortantes podem ser calculadas pelas

equaçoes (3.2) e (3.3), nas quais substituindo-se os momentos e

realizando as derivações e simplificações necessárias, obtém-se:

B("i° r

1 - ""'!

r

2 !. a w)+(B +e2D ) ( 1 aw + 1 r;? e ee ;zar?

. ·u + -zl (5.27)

r

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2 Q

8 = - (B t~/o l (_!_ L!!__ +

8 8 8 r 2 ara e

E) Equações Básicas

120

·1 - B(­r

1 a2v + ee 0 e <2 --2 +

r ae _!_ au) r 2 ae

+

(5. 28)

De posse das expressoes dos esforços solicitan­

tes em função dos deslocamentos, e das equações de equilíbrio

em termos dos esforços solicitantes, a substituição das primei­

ras nas últimas nos fornece o sistema de equações diferenciais

parciais que governam os deslocamentos (u,v,w) na flexão de pl~

cas circulares com enrijeoedores excêntricos ao seu plano médio.

D [(a2

u + !_ au) _ e (a3w + !_ a

2w;l _ D ic..!.. av + ..!!..) _

r ar2 r ar r ar3 r ar2J ªLr2 ae r2

_ e (_!_ ~ + _!_ a2w)l + D (1 ) 11 a

2v l O

e r2 ar r3 ae2J 2 +v ty arãeJ + 2 (1-v) - __2! ll ª2

r 2 ae 2

D [e_!. a2v + e r2 ae2

..!.. ~) 2 ae r

1 a3v - e D (- - -

e e r3 ae3

+

_ _!_ av] = 0 r2 ae

(5.29)

1 a2w 1 a

3w J + D ~ a

2u J - ee <2 ara e + 3 --3> 2 (l+v) r arae +

r r ae

D ~2

1 av 2 (1-v) ~ + r ãr -

ar2 .:!_ +

2 ..!.. a~ 2 ae = o (5. 30) r r

2 2 2-..!!) -r ar2

..!..~+ 13

u) = q(r,e) 2 ar

r r

(5.31)

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121

onde Lr' Lre e L8 sao os operadores diferenciais definidos em

(3.17).

Para fazermos a transformação em coordenadas cart~

sianas, novamente utilizamos o artificio: r-+«> , ·ílr + ílx e ríl6 +

+ íly ; e com a troca de Indices vem:

4 íl : + 2B ílx

~ c1+v> t!;;i]+ ~c1-v> r::tJ = o

~(l+v)

- e D X X

a3v - e D ~- = q(x,y) Y Y ay3

(5.32)

(5.33)

(5.34)

Este sistema de equaçoes foi inicialmente formula

do por Pfluger em 1947, ao analisar problemas de flexão e insta­

bilidade de placas retangulares nervuradas, o qual agora foi a­

presentado segundo nomenclatura proposta por Massonnet11

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122

5.5 - SOLUÇÕES AXISSif1tTRICAS

Primeiro procuraremos soluções do sistema (5.29),

(5.30), (5.31), considerando as placas que apresentam simetria

de revolução com relação ao eixo z, onde tanto o carregamento

externo como os esforços e deslocamentos resultantes independem

da coordenada angular e.

As derivadas na variável r sao representadas

por Índices linha (','',''' etc) e as equações neste caso ficam:

v'' + 1 V' - 1 V = 0 r r2

-e D (- 1 u' + 1 e e r2 r3

u) - e D (u'''+ l u'') = r r r

(5.35)

(5.36)

q (r) (5.37)

A equaçao homogênea (5.36) apresenta somente so­

luções triviais para o deslocamento tangencial v, pois não e­

xistem cargas externas que provoquem a torção da placa ao redor

do eixo z de simetria17 e nem condições de bordo favoráveis a

esse deslocamento.

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123

A) Determinação do Deslocamento u

Como primeiro passo para encontrar a solução ge -

ral do deslocamento radial, procuraremos eliminar w das equa -

ções (5.35) e (5.37), começando por reescrevê-las sob a forma:

onde

1 e D (w' ' ' + - w' ' ) -r r r

w''')+(B9+e~D 9)(- \w'' + r

= D (u" + 1 u') - De(u2> r r r

F2 (q,u)

(5.38)

1 w') = F 2 (q,u) r3

1 r2

u' +

(5.39)

1 r3 u)

Agora fazemos a mudança de variável:

calculamos as derivadas necessárias:

z = w' r , e

w' = rz

w'' = rz' + z

w' ' ' = rz' ' + 2z'

•V w = rz' ' ' + 3 z' • (5.40)

Substituindo-se (5.40) em (5.38), encontramos:

e D (rz'' + 3z' + ~) - e D (~) = F (u) r r r e e r 1 (5.41)

Multiplicando-se as equaçoes (5.41) por r e de­

pois derivando a primeira delas,vem:

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124

[r F1 (u)] ' (5.42)

(B +e 2o) (r2z•' '+Srz' '+4z')+(B +e 2D·) (-z') = [rF2 (q,ul] r r r · e e e

da primeira:

2 . [rF

1 (u)]'

(r z' ''+5rz' '+4z') =

que substituído na segunda, dá:

2 ~sºe Ba+e;D8~ [ J B +e2

D ~ ~, (B +e D l ~0- - 2 z' = rF 2 (q,u) -( r ~ r) rF1 (u)

r r r e B +e O er r r r r r r

(5.43)

Desenvolvendo o 29 membro de (5.43) com o auxílio

de (5.39), obtemos:

B .. B -te2

D = - ..E(ru'''+2u'')+D ( r r r -e 8 e D r r r

1 - ~ u) + rq r

e ) c!.u' -e r

(5.44)

A fim de facilitar o desenvolvirrento algébrico,

utilizaremos a seguinte notação auxiliar que será abandonada pos

teriormente:

e = l /

G e Br

= er

B +e 2D H = e 0 ( r r r

8 erDr

- e ) 8

2 . B8+e8D~

- B +e2D r r r

(5.45)

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125

Tendo em vista (5.45) e (5.44), podemos escrever

(5.43) sob a forma:

z' =-G(ru"' +2u") +H·(.!.u• -r ·1 ~ u) + Crq r

(5.46)

• ·a Elevando-se as derivações até 3- ordem:

z' •

z 1 1 1

= -G(ru'V+3u'' ')+H(.!. u' '­r u' +

u'' +

2 """'! u) r

+ C(rq'+q)

6

~ u' - 6

~ u) +e (rq' '+2q')

Estas expressoes, substituídas em qualquer uma

das equações (5.42), fornecem uma equação diferencial ordinária

na variável u somante:

V . ·:9 u + r

u'V + Í, . H . l.:-9 - G -

= ~ [q li + f q' + (9

u''' -2- +

r

(5.47)

A esta altura do desenvolvirento, se faz necessá

rio instituir constantes definitivas que figurarão nos resulta -

dos. Efetuando os cálculos a partir de (5.45), designamos por:

1 erG

0e 1 erDr G

(5.48)

=

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12fi

com os fatores adimensionais:

ºe 2 2D ee . a Be+ee 0 e

Kr · e.r r

(5.49) X = ' a = ºr ' = B +e2D ' = ,r-er r r r r

A equação (5.47) pode então ser escrita de modo

mais conveniente por:

+ 7r4q• + (9-xa)r3~ (5.50)

que é uma equaçao ordinária tipo Euler, cuja solução geral é da-

da por u = ' depende do carregamento q(r) e

é da forma:

5

~= ~ i=l '

sendo. os Ãi raízes da equaçao característica obtida da substi -

tuição desta expressão em (5.50) homogênea:

(5.51)

J,=l é um valor que satisfaz (5.51), podendo-se escrever portan­

to:

da qual se obtém as ráizes restantes:

À = + /K+/ K2-4L

- 2

Agora,

b = / K+/ K2-4L

2

designando por

(5.52)

(5.53)

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127

c = / (5.54) e

as raizes todas ficam: 1, b, -b, c, -c •

Consideraremos em nosso trabalho, somente os ca­

sos nos quais estes números assumem valores reais. Isto sempre

ocorre quando não se tem uma ortotropia muito desproporcionada,

e os parâmetros (5.49) não se afastam muito da unidade. Esta si

tuação corresponde à maioria dos casos práticos.

O deslocamento radial é definido por:

(5.55)

B) Determinação da flecha w

O encaminhamento utilizado para se eliminar w

no Item anterior é repetido, passo a passo, quando eliminamos u

e constituimos uma equaçao em w somente. A única diferença es

tá na troca de variável, que desta feita deve ser u z = - • r

Então, reproduzindo~se o processo algébrico de

(5.42) a (5.50) com a nova mudança de variável, encontramos fi -

nalmente:

(5.56)

A versao homogênea de (5.56) tem sua solução no

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J28

aspecto habitual às equaçoes tipo Euler:

6 w = h l E

µi i r , com os µi raízes da equaçao caracterís

i=l

tica correspondente:

{5. 5 7)

As raízes O e 2 sao facilmente obtidas por ins

peçao, e o polinômio obtido da divisão por µ e (µ-2) -e:

(5. 58)

que ainda pode ser simplificada em:

(5.59)

Assim, resolvendo-se duas vezes a equaçao quadrá

tica obtemos todas as raízes:

µ = 1 + (5.60)

Comparando-se (5.53) com (5.60), temos a relação

entre as raízes das equações características, para os deslocamen

tos u e w

(5.61)

A solução geral das flechas fica então definida

por:

(5.62)

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J 29

C) Multiplicidade entre as constantes de integração

Como ficou demonstrado nos sub-ítens anteriores,

as expressoes que definem os deslocarrentos são bastante pareci -

das:

5

l i=l

(5.63)

5

l i=l

com:

Àl = 1 / / I<2-4L K +

b = Àz = b 2.

À3 = -b e

À4 / K - / K2-4L = c c =

2

À5 = -c

X = a = ; a = e

Entretanto, nao existem 11 constantes de integr~

çao independentes a serem levantadas pelas condições de contorno.

A teoria de equações diferenciais18 nos diz que o sistema (5.35),

(5.37), só comporta 6 constantes independentes, e as constantes

Fi são proporcionais às Ei.

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13fl

Por exemplo, propondo a relação Fi = jiEi , e

com (5. 6 3) , substituídos em (5. 35) , calculamos o fator de multi

plicidade:

ou

j -i -

ainda:

ji = e

eror[Ãf+ÀD - eeDe (Ãi+l)

D À~ - D r 1. e

[ 3 2

- xa(l+Ãi)J Oi+Ài) r À~ - a

].

(5.64)

= e ni r (5.65)

Observando o segundo membro da equaçao (5.50) ,

notamos que a solução particular up contém a constante multi­

plicativa er que pode ser posta em evidência: desse modo, a

forma definitiva das soluções gerais dos deslocamentos fica:

u =

w = w + p

5 l

i=l

5 À. J + l n. Ei r

1

i=l l.

D) Caso particular

(5.66)

Uma situação de bastante interesse na flexão a

xissimétrica de placas circulares com enrijecedores excêntri -

cos ao seu plano médio, é aquela em que as propriedades de rig!.

dez sao as mesmas nas direções principais da ortotropia, poden­

do-se dizer a grosso modo que se trata de uma placa isótropa

com características geométricas descontínuas.

Neste caso: ,

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131

logo, as constantes que definem a ortotropia: x, ~ e B , sao u

nitárias, o que resulta K=2 , L=l e portanto b = c = 1 Des

se modo, configura-se uma multiplicidade tripla nas raízes das

equaçoes características (5.51) e (5.57). Isto nos sugere ten­

tar reduzir em 2 unidades a ordem das equações (5.50) e (5.56),

como mostraremos a seguir.

O sistema de equaçoes neste caso se resume em:

1 ·u (u' ' + - u' - 2 )

r r - e (w' ' ' + !. w' ' r r

1 ') 2w r

= o (5.67)

(B +e 2D ) (w'V+ ~ w'' ,_ r r r r

·1 '' + 2w . 1 ') 3w 2

- e D Cu'' ' + u' ' -r r r r r

. 1 2 r

u' + ·1 3 u) = r

q (r) (5.68)

Multiplicando-se (5.67) por r , depois derivan

do e finalmente dividindo-se por r, obtemos:

2 (u' ' ' + u 1

' -r u1 + 1

3 u) r

- e (w i v +· ~ w i i i

r r ·1 11 +

- r2 w

+-\ w') = O (5.69) ~

De (5.68) e (5.69), tem-se as equaçoes procura -

das:

2 + 2r u 1 1

- ru' + u = er

(5. 70)

4 •v 3 2 r w + 2r w' ' ' - r w' ' + rw'

Esta Última equaçao equivaleria à fle.xão de uma

placa circular isótropa, de espessura constante e rigidez fle -

xional B ' r .

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132

= q(:r) -ç

As soluções co~lementares de (5. 70) sao defini-

das por:

Í, -1 J uh= er LF1r + F2r + F3r ln r

e (5.71) 2 2

wh = E1 r + E2 + E3 r ln r+ E4 ln r

Como sabemos, as constantes independentes sao so

mente 6; daí, substituindo-se (5. 71) em (5.67), obtemos a rela-

Logo, as soluções gerais dos deslocanentos se es

crevem:

(5.72)

Observ.: No caso geral de enrijecinento, estávamos interessados

em relacionar grandezas referentes às direções de ortotropia e

mostrar a influência desses faton!s sobre o co~ortamento estr~

tural do conjunto placas+ vigas como um todo, tanto que as ri­

gidezes foram definidas por integração na seção transversal com

pleta.

Neste caso particular, aqueles faton!s sao todos

unitários e talvez seja interessante, na análise dos resultados,

considerar separadamente as grandezas relativas à placa e nervu­

ras e depois relacioná-las de modo a mostrar somente o efeito do

enrijecinento transversal da placa isótropa.

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133

Faremos a definição desses parâmetros, de acordo

com a Fig. 5.8, e utilizando o subscrito s para nos referirmos

a grandezas relativas às nervuras:

A s

ºs

B s

= h+h r z-

. hrtr = ,ç

= EAs

h 3t = E r r

n1Ç

. . .

br

----- ---- ----jh •,

hr =he

.!r..- la br - be

FIG -5.8

distància do plano médio ao centro de grav~

dade das nervuras

área unitária dos enrijecedores

rigidez extensional dos enrijecedores

rigidez flexional dos enrijecedores

representam o

são definidos novos fatores adimensionais, que

enrijecimento transversal da placa isótropa:

Ds ª1 = o

.B s ai = T (5.73)

= es

X. n 1

onde:

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134

D · Eh

= :-7 1-v

B · EhJ

= 2 12(1-v)

Com essa nomenclatura, as rigidezes e exoentrici

dades definidas anterionnente ficam:

h+h r

2 = e

s (5.74)

(5.75)

A rigidez flexional em relação .ao plano médio é:

Br + e2

D = B + B + e2o r r s s s

daí tiramos:

= B + Bs + e2

D s s

ou desenvolvendo:

2 = B(l +si+ 12xi

a. _1_) l+ai

(5.76)

(5.77)

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135

5.6 - SOLUÇÕES NÃO-AXISSim:TRICAS

O sistema de equaçoes diferenciais parciais (5.

29), (5.30) e (5.31), contrariamente à sua versão em coordena -

das cartesianas (5.32), (5.33) e (5.34), não apresenta simetria

no posicionamento de variáveis e de derivações; este fato torna

bastante complicado qualquer processo de eliminação de variáveis,

por exemplo quando se deseja eliminar u e v e obter uma equação

diferencial parcial de a! ordem em w somente.

Entretanto, por outro caminho, tentaremos local~

zar as soluções gerais de u, v e w , utilizando-se de séries har

mônicas infinitas que nos permitem separar as variáveis indepen­

dentes r e e •

As soluções recomendadas tém a forma:

"' u = I Um cos me

m=l

"' V = I vm sen me

m=l (5. 78)

"' w = 2 w cos me

m=l m

e para o carregamento distribuído:

"' q (r, e) = 2 ~ cos me

m=l (5. 79)

nas quais Um, Vm, Wm e~ sao funções exclusivamente de r.

Porém, antes de efetuarmos as substituições, é

bom notar que nossa experiência com soluções axissimêtricas nos

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13~

permite prever que os Wm seja polinômios em r de um grau mai

or que Um e Vm

va variável:

Então, valendo-nos disso, definiremos uma no-

(5. 80)

a ser utilizada nas operaçoes algébricas.

Ao escrevermos as equaçoes, utilizaremos as nota

çoes:

D o1 = '! (l+v) e ; e as derivadas em r re

presentadas por Índice linha (', ' ', ' ' ', etc).

Substituindo-se as séries (5.78) e (5.79) junta-

-mente com (5.80), nas equaçoes (5.29), (5.30) e (5.31), obtemos

o seguinte sistema de equaçoes diferenciais para os Um' Vm e

wm

D (U' '+ !, u•·J r m r m

- 4e D W'' -r r m

U' ·m -mDl r

V' m --r

w• m (2e D -e D )-­r r e s

2 · wm - e D Cm -1).....,.

s s r" r

+ D (V'' + l V') -2 m r m

= o

-eD(rW''')­r r m

= o (5.81)

w• ·m + mee 0 e r

(5.82)

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-eDU''' r r m

u 1 1 .. m - 2e D -r r r

137

U' .. m + ee0 e z

r

=

w 1 •

m r

w• m 2 r

V' ·m 2+ r

+

(5. 83)

Agora é feita a troca da variável independente ,

para equações do tipo Euler que permite torná-las com coefici­

entes constantes:

t = ln r (5.84)

Efetuando a troca, operando e simplificando, po-

demos escrever o sistema em forma matricial, onde denotamos o

operador diferencial d ã1: = T

ª11 ª12 ª13 u o m

ª21 ª22 ª23 vm = o (5.85)

ª31 ª32 ª33 w e3tC\n(t) m

na qual os elementos da matriz IAI sao:

D T2 - 2 ª11 = (De+m D2l r

ª12 = m[o1T - (D 8+D2)]

-erDrT3 2 2

ª13 = - e D T + e 8D8T - Cm -1 )e 808 r r

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138

ª21 = -m[D1T + co 8+o2 J]

D T2

-2

ª22 = CD2+m ºe> 2

ª23 = .m eeºe 2

[T- Cm -1)] C5. 86)

-e D T3 + 2 2

ª31 = e D T + e 8D8T + (m -l)e8

o 8 r r r r

[T + 2

ª32 = m eeºe Cm -1 J]

ª33 = (B +e 2D ) T4 - [CBr+e;orJ+CB8+e~D 8 ) + 2m2B] T2 r r r +

+ Cm2-1) 2 (B e 2

+ eeoe>

Da teoria de sistemas de equações diferenciais18

a coeficientes constantes, temos que é possível trabalhar com

as derivações como se fossem polinômios em T e que são váli -

das as seguintes relações entre determinantes:

ª12 ª13

ª22 ª23

ª11 ª13 (5.87)

ª21 ª23

ª11 ª12

ª21 ª22

A) Soluções Complerrentares

As soluções nao triviais do sistema homogêneo

sao obtidas quando o determinante da matriz IAI for nulo qual­

quer que seja o valor de m :

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139

(5. 88)

Expandindo-se o determinante e simplificando-o

de forma conveniente, a Última das equações (5.88) se escreve:

Os coeficientes P1 , P2 , P3 e P 4 dependem das

características elásticas e geométricas da placa nervurada e

do Índice contador dos harmônicos m ;foram definidos de modo a

enquadrar todas as constantes adimensionais utilizadas no item

anterior, posto que esse é o caso mais geral e deve abranger to

das as soluções axissimétricas.

2 2r 2 2 2 2 2] P3 = -(l+Kr) (m -1) La(l+a+2m !l)+aU+a)+fm ae+fm a(d2-d1 ) +

[ 2 2 2 22 2 2 2 2] + Kr 2(m -1) xa(l+xa)+fm (xa) (m -1) -fm (xa) d1 (m -1)

com as constantes definidas no problema simétrico:

ºe 2 e 2D . ee

a 8 e+ee0 e

Kr r r

X = ; a = = B +e2o e = ~ er Dr r r r r

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140

e mais as referentes à torção e ao cisalhamento do plano médio

da placa isótropa:

d2 º2

= Dr

f 1 = d2

D (l+v) 2D r

D (1-v) = 2D r

e íl =

(5.91)

B

B +e2D r r r

A equaçao característica associada a (5.89) tem

por expressao:

(5.92)

que é uma equaçao algébrica bi-quártica com as raízes:

que, dentro daquele campo de ortotropia "bem-comportada" a que

temos nos referido, são todos números reais.

Desse modo, a solução de (5.89) leva a forma:

4

l i=l

ou ainda de (5.84):

4 l IE.

i=l L'. im

analogamente:

4 ~ U = l F. hm i=l irn

(5.93)

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J.41

e 4 í

i=l

B) Casos particulares na variação de m

a) m=O

Se fizermos m=O nas séries (5. 78) retornamos

ao caso axissimétrico, os coeficientes da equação característ~

ca (5.92) se reduzem a:

pl = - (l+K ) (2+a+Bl + K [2 (l+xal] r r

p2 = (l+Kr) [(a+a)+(l+a) (l+Bl] - Kr[l+(xa)2

+4xa] (5. 94)

P3 = - (l+Krl [a (l+B) +B (l+al] + Kr[2xa (l+xal]

P4 (l+Kr)aB -2

= Kr(xa)

Por inspeção, verifica-se uma dupla multiplicid~

de com as raízes + 1 ; assim, (5.92) pode ser decomposto em:

as constantes entre colchetes já sao conhecidas e valem K e L

respectivamente; então, as raízes todas são:

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142

/ + À3 + K+/ K2-4L + b (5.95) = 2 -

/ + À4 + K-/K2-4L

+ c = 2 =

Observe-se que as soluções encontradas sao as

rresmas obtidas com uma equação de 6~ ordem, a menos evidentemen

te dos termos com multiplicidade. Explica-se que estes termos

são representados em equações tipo Euler acompanhados por ln r,

2 (ln r) , etc ; e que devem ser eliminados ao se aplicarem condi

ções de contorno com simetria de revolução.

b) m=l

Quando m=l, os coeficientes (5.90) sao dados

por:

pl

p2

=

=

- (l+Kr) [ (2+a+S+2íl) +f (d~-di) +fa] +Kr [2 (l+xa) +fa]

(l+Kr) { (1+8+2íl) [1+a+f (d~-dil +fa]} - Kr{l+ (xa) 2

+

+ f[a+(xa)2]-2fd1xa}

e a equaçao característica se reduz para:

cujas raízes sao:

(5.96)

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143

·+ Àz = + o -·+ À3 = +

/ -P1+/ Pi-4P2 = :!:. bl (5.97) - - 2

+ À4 = + /-P1-/Pf-4P2 = + cl - - 2 -

C) Multiplicidade entre as constantes de integração

As expressoes de whm , uhm e vhm (5. 93) sao

obtidas do nesmo determinante, ficando claro que elas são múl -

tiplas entre si, existindo sonente 8 constantes de integração

independentes.

Então podemos escrever as relações

(5. 98)

i=l, ••• ,4

Com (5.93) e (5.98) substituídos nas equaçoes

(5.81) e (5.82), calculamos os fatores de multiplicidade:

j. =e [dzÃi-(d2+ma~ [Ãf +Àf-xaÃi + (m2-l)xa]-m

2xa [d1 Ãi- (a+d2) J [>.1- (m

2-1)]

im r

ou

(5.99)

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144

ou

= (5.100)

Dessa forma, as soluções complementares têm o as

pecto:

4

[ ill vhm = e r

4

whm = l (Eim i=l

(çim E. im

À" r l.

À" r i

-À· J + n(i+4)m E(i+4)m r 1

>

+ ç (i+4 )m E (i+4 )m r ) -Ài J

rl+Ài + 1-Ài E(i+4)mr )

D) Soluções particulares

(5.101)

O primeiro passo ao se procurar soluções particu

lares dos deslocamentos é expandir o carregamento distribuído em

uma série infinita em co-senos do tipo:

., q(r,8) = }: ~(r) cos ma

m=l (5.102)

tendo-se ~ ( t)

Depois faz-se a troca de variáveis: r=et, ob­

Essa função deve ser empregada no segundo mem

bro das equações (5.87), que desenvolvidas assumem a forma:

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145

5 4 2 3r; 2 2 2 ]2 {T +T -(l+xa+m fa)T -Ll-(m -l)xa+m fa-m fxad1 T

1. 2 2 J 2 2 3t - i_,ca(m -1) (l+m fd1 ) T+(m -1) xa}~(t)e (5.103)

1. 2 ] 2 2 3t + i_,ca(m -1) (l+fd1 ) T-xa(m -1) }~(t)e (5.104)

1 = Br

Nota-se , como era de se prever, que para m=O,

a solução particular do deslocamento tangencial é nula.

As soluções particulares de um , Vm e wm sao

obtidas das equações acima, pelos métodos usuais já citados ante

riormente: coeficientes a determinar, variação dos parâmetros,

etc: e depois retorna-se à variável original com t = ln r.

5.7 - CONDIÇÕES DE CONTORNO

As condições de contorno a se verificarem na al­

tura do plano médio da placa isótropa, são praticamente as mes -

mas já definidas em placas com altura constante no ítem 3.10:

pois a hipótese básica de Kirchhoff das "seções planas" permane­

ceu inalterada. A diferença em termos de condições de contorno

entre os dois tipos de placa se deve ao fato de que o plano mé -

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146

dia na situação atual é deformado, devendo-se então prescrever

na periferia, forças Nr ou Nre, ou deslocanentos u e v •

As grandezas geométricas que podem ser fixadas

- aw no contorno sao: ãr, w, u e v , enquanto que as grandezas aM

8

es-

táticas a elas equivalentes sao: = Q + r r rae e

Dessa maneira, no caso·, mais•.geral, devem ser e­

liminadas 8 constantes de integração equacionando-se 4 das condi

ções acima em cada bordo (no caso de placas completas, o centro

e uma região de contorno). Nos problemas axissimétricos, tem-se

6 constantes de integração a serem obtidas com 3 condições em ca

da bordo (v = Nre = O).

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147

CAPÍTULO VI

APLICAÇÕES A CASOS COMUNS DE CARREGAMENTO E CONDIÇÕES DE CONTORNO

(ORTOTROPIA GEOM1':TRICA)

6.1 - INTRODUÇÃO

Neste capítulo, tentaremos reproduzir a maioria

das aplicações clássicas efetuadas no Capítulo IV para a situa­

çao de placas com ortotropia geométrica. Como sempre ocorre,da

maior facilidade de se obterem resultados analíticos, a flexão

axissimétrica terá o maior número de exemplos, sendo dada espe­

cial ênfase ao caso particular que apresenta as nervuras com

mesmas propriedades geométricas nas direções da ortotropia.

6.2 - FLEXÃO AXISSIM1':TRICA

1 - CASO PARTICULAR - propriedades idênticas nas duas direções

er = ee

Dr = De

Br = Be

Consideraremos somente o carregamento distribuí

do, quando existir, constante e de intensidade q 0 • Dessa for

ma, as soluções para os deslocamentos do plano médio, dadas em

(5. SD) sao:

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14P

q r3 -1 + 2E3 r ln r J u = e [ l~B + F1r + F2r r r

4 (6 .1)

qor E1r 2

+ E2 + E3 2 ln~r + E4 ln r w = + r

64Br

Os esforços solicitantes, escritos de forma co~

veniente para a manipulação das equações a serem formadas pelas

condições de contorno, se seguem:

u' y(-)

er - yw' ' +

1 · u \1 (- -)

r er

1 u = y (- -) r er

·1 - y (- w 1) +

r u'

\1 (-) er

-ô (1 +K ) w " - v e!. w' ) + r r

-ô (l+K ) e!. w') r r - VW

1 1 + ôK (!. ~) r r e r

-ô(l+K) (w"' + 1 w" -r r 1 1) 2w + ôK Í_!__(u" + l

r Ler . r

com as constantes:

ºr Y = o

ô . Br

= T

Kr = e 2D r r

~

r

(6.2)

u'- ~>] r

( 6. 3)

Com o intuito de facilitar o equacionamento das

condições de bordo, colocamos na Tabela 6.1 os esforços solici­

tantes e deslocamentos escritos em função das constantes de in­

tegração a serem pesquisadas em cada caso.

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Tabela 6.1

qo El E2 E3 E4 Fl F2 64Bõ

u 4r 3 2r ln r 1 - - - r -

er r

w 4 2 1 2 ln r ln r -r r r -

W' 4r3 2r r (1+2 ln r) 1 - -- r

N r 2 ··~ 1

lerD 4vr -2y - -(y-2v ln rl ( y+v l - z!y-v) r r

Na 2 -~ (y+v l 1

erD 12vr -2y - -(y-2v ln r) 2 (y-v)

r r

Mr 2 -[ó(3+K )+v +

~[ó (l+Krl-v] ·1

-4(3ó+v)r -2 [ ó (l+Kr)+ - r

óKr óKr B - ln r] -2 +2(ó+v) +v l r r

.

Me -4(ó+3v)r 2 -2 [ó (l+Kr)+ -[ó (l+Kr)+3v - -\[ó (l+Kr)-v] óKr

1 óKr B - + 2

+v l +2(ó+v)ln rl r r

Qr -32óKr

4ó - - -B - - - -r

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150

D:! modo análogo ao que foi feito no Capítulo IV,

apresentamos a seguir o cálculo das constantes de integração e

as expressões de esforços e deslocamentos para casos clássicos

de carreganento e condições de contorno.

A) Placas Conpletas

.As placas circulares sem orifício concêntrico

têm seu cálculo sinplificado pelas condições de sinetria em r=O:

u = w' = Qr = O Então, da Tabela 6.1, temos:

e os deslocamentos proveniente~ da açao de um carregamento uni­

formemente distribuído se reduzem a:

3 qor

u = er(I'6"B'! + F1r)

w =

4 qor

64Bô

(6. 4)

Se a placa estiver sob a açao de uma carga P

concentrada em r=O , a constante E3 e determinada pelo equilí

brio de forças verticais:

8IlBô

e os deslocamentos assunem o aspecto:

u = er [ 4:Bô r ln r + Fl ,r l

(6. 5)

p 2 ln .r + E1 2

+ Ez w = r r 8IlBô ·

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151

As constantes F1 , E1 e E2 sao determinadas p~

las condições de contorno em r=a. Fixaremos uma condição de

bordo que será suposta válida sempre: Nr = O ; esta imposição

visa liberar o apoio aos deslocamentos horizontais, de modo que

a placa obtenha as flechas mais desfavoráveis e para se evitar

esforços externos no plano médio que possam conduzir à não line

aridade geométrica do problema.

e

q ( r)

N1 = O

- - -------- -1----

A

Fl ~ El = -y+v

Fl = 2y E + - l y+v

r : o

condição Nr = o em

2 4 \) qoa --- , no caso y+v 64Bõ

P (y-2v "ln a)

811Bõ y+v

FIG-6.1

r = a , corresponde a:

de carga distribuída

no caso de carga centra da -

a) Placa circular apoiada,sob a açao do momento M0 uniforme -

mente distribuído na periferia

~º----~ o

1

FIG-6.2

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152

Os deslocamentos na ausência de carga distribuí

da sao dados por:

u = er F1 r

2 w = E1 r + E2

condições em r = a

o E1

a 2

w =

Nr = o Fl =

+ E2 = o

~E y+v 1

Mr MO MO

-2 [ó (l+Kr)+v]E1 = a=

- constantes:

E = -1 Mo y+v 2B '(õ+v) (y+v)+vóK ·

r

MO y

B (ó+v)fy+v)+vóK r

+

- deslocamentos e esforços resultantes:

MO u= ae - Y P - B r -(y+v) (ó+v)+vóK •

y+v (y+v) (,f+v)+vê5K

r

,

r

2 (l-p )

P =' E a

óKrFl

(6. 6)

( 6. 7)

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153

b) Placa circular engastada, submetida a um carregamento unifor

memente distribuído q 0

condições em

w = o

Nr = o

w' = o

- constantes: 2 2q0a El = - 64B<I

4 qoa 64B<I

~lllUllllllUlllll~ 1 ° 1

'FIG-6. 3

r = a

4

o qoa

E1a 2 + Ez = 64Bó +

2

Fl ~E V qoa

= - y+v 16Bó y+v 1

2

o qoa

2E1a = 16Bó +

( 6. 8)

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154

- deslocamentos e esforços solicitantes:

u = ª3 qo er

16Bô

4

3 ( p - p)

qoa (p2_11

2 w = 64Bô

Nr = 3~ 'i ô qo cK12cp2-11

Ne = 3 ver 'i -ô- qo <*>2(3p2-11

2

Mr qoa

= - ITõ

2

Me qoa

= - I6"6"

[(3ô+v)p2

[c11+3v) p2

-

p ,

(ô+v)J

(ô+vl]

r p =

a

(6.9)

c) Placa circular apoiada, submetida a um carregamento uniforme

mente distribuído q0

1 Qo

~-D u 111 11 u n II 1I!L 1

a

FIG-6.4

- condições em r = a

w = o

F =3..r_E 1 y+v 1

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155

- constantes:

4

E2 qoa

= b4B6

2

Fl qoa

= - I"i>B6

(3ó.+v t (y+vJ+vóKr

(ó+v) (y+v)+vóK r

(Sô+v) (y+v)+vóKr

(ó+v) (y+v)+vóK r

y(3ó+v)+v(ó+v)+vóKr

(ó+v) (y+v) vóK r

- deslocarrentos e esforços:

u = 3

er qo a

16Bó

y(3ô+v)+v(ô+v)+vóK r ( ô+v) (y+v) +vóK r

(6.10)

4

[ (3ó+v) (y+v)+vóKr (Só+v} (y+v)+vóKr ] qoa 4 2 w = p - 2p + 64Bó (ó+v) (y+v)+vóK (ó+v) (y+v)+vóK

r r

3 Nr = 4

ver a 2 2 -ó- qo <fil (p - 11

2 (3ó+v) (p -1)

[ ( ô+3v) p2

- (3ó+v) J

, r p =

a

(6.11)

Na Fig. 6.5, sao representados os gráficos de

flechas e deslocamentos radiais máximos, onde fizemos

·h ( rl t n e ao espaçamen o parâmetros relativos à altura

nervuras.

variar os .. tr <-,,-> das

r

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156

As flechas diminuem rapidanente com o awrento

da altura e com a diminuição do espaçamento ent·re nervuras, i~

to é, com o grau de enrijecimento da placa isótropa e tendem a

um valor constante a partir de um eh:) que talvez contrarie as

hipóteses simplificadoras da teoria.

Os deslocamentos radiais awrentam rapidanente ,

quase que proporcionalmente ao aurrento da altura das nervuras e

depois coneçam a diminuir sob uma variação qualquer, dando - nos

um forte indício de que a hipótese das "seções planas" não seja

muito bem satisfeita para valores grandes de hr

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4,00

Wmdx. 4

<lo0/648

3PO

2,00

1,00

0,00 . 0,0

0.10

-Uma'x.

q0o3h/l 68

0,05

0,5 1,0

157

t,,o,so

1,5 2,0

Ir b,1,00

!,: , 0,50 br

.!r., O 20 br '

.!r_o 10 b - '

..!r., 1.00 br

2,5 3P hr 3,5 4,0 h

Qo

,111111 lllifl º 1 w

Wmóx. -Umdx.

V=0,3

ODO+-~~-,.-~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

º·º 0,5 1,0 1,5 2P 2,5 3P .t;(- 3,5 4D

FIG-6.5

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158

d) Placa circular engastada, sob a açao de carga centrada

p u= e ( -- r ln r + F 1 r )

r 41!B6

o

P 2 2 w = -- r ln r + E1 r + E2 81!B6

condições em r = a

o p 2 ln a+ E1 2

+ Ez = a a 81!B6

w = o

Fl ~E p (y

= +--1 y+v

o p = -- a(l w' = O

81!B6

- constantes:

E = - P (1 + 2 ln a) l 161!B6

p à2

161!B6

p --ln a 41!B6

- deslocamentos e esforços:

P a e u = r P ln P

41!B6

P a 2 2 p 2 a w = p ln p + 81!B6 161!B6

81!B6

+ 2 ln

2 (1-p )

- 2v ln a)

y+v

a) + 2El a

FIG-6.6

(6.12)

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159

Nr = 3ve

r P ~

ln p (6.13)

Ne = N r

Mr p

[ô + (ô+,,Jln p J = -411 ô

Me = p

[" + (ó+") ln p J - --411 ó

Qr p 1 r = - ' p =

211a p a

e) Placa circular apoiada, sob a açao de carga centrada

LS

lp

z a·

1

FIG-6.7

- condições em r = a

w = o

= o

- Constantes:

E = - p l l611Bó

2 o Pa l = -- n

811Bó

2y E + Fl = - 1 y+"

a+ E1

p

811Bó

2 + E2 a

(y-2" ln a)

y+"

_P_[o(3+K J+,,+2(ó+,,Jln 8JIBó r

- F óK 1 r

[

3ô(y+,,)+,,(óKr+y+")

ô(y+,,J+,,(ôKr+y+") + 2 ln a ]

a] -

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Pa 2

161IBô

160

l 3ô(y+v)+v(ôKr+y+v) l ô(y+v)+v(ôKr+y+v)

__ P~ [----ô~y ___ _

41IBô ô(y+v)+v(ôKr+y+v) + ln a J

- deslocamentos e esforços:

u =

w =

Nr =

M = r

Me =

Qr =

Pa

4IIBô P ln P - Pa

41IBô p

ô(y+v)+v(ôK +y+v) r

Pa2

161IBô l 2 3ô(y+v)+v(ôKr+y+v) 2P ln P + ----------­

ô(y+v)+v(ôKr+y+v)

Ne 3 ver

P ln p = h 2 ô

p ( ô+v) ln p - --

4II ô

p [(ô+v) ln p

ô2

(vKr +y+v)-v2

( ôKr +y+v) "J - --

4Ilô ô(y+v)+v(ôKr+y+v)

p 1 r - -- p = 2Ila p a

( 6 .14)

(6.15)

No gráfico da Fig. 6.8 é mostrado o resultado de

uma comparaçao feita entre as flechas máximas da placa nervura­

da (ws) com as da placa de espessura uniforme (wu)' de mesmo ra.io,

material e volume. Foram calculados vários casos de geometria

da placa nervurada (tr br

e hr 11) , e verificou-se que esta aprese~

ta melhores respostas ou menores flechas para situações de enri­

jecimento médio. Para grandes espaçamentos entre nervuras , que

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161

conferem à estrutura pequeno enrijecimento (tr << 0,10), are­br

lação wu Ws

decresce bastante; para espaçamentos muito pequenos

que correspondem a um forte enrijecimento, a resposta da placa

nervurada chega a ser pior que a da placa de espessura uniforme

de mesmo volume.

tros geométricos

Desse

tr br e

modo, conclui-se que variando os parâm~

hr ti , pode-se chegar a situações de o-

timização onde se tem menores flechas e maior economia do mate­

rial.

5,0 r Wu Ws

4,0

3,0

!r_, O 20 ---- br '

2,0

-------------f,,0,30 1,0

FIG-6.8

Page 173:  · mento excêntrico é uma prática que produz bons resultados, pois ... onde se procura substituir a placa isótropa com propriedades ge~ métricas descontínuas por uma placa

11>2

Quando se deseja utilizar os resultados de a)

até e) no cálculo de placas isótropas de altura constante h

e raio a, basta eliminar as nervuras:

B) Placas Anulares

y = ô = 1 e e =K =O. r r

A utilização das funções iniciais de uma coord~

nada radial intermediária, no caso de placas com furo concêntri

coou sujeitas a um carregamento descontinuo, se apresenta bas­

tante razoável, pois a prescrição de 3 condições de contorno por

bordo ou a compatibilização de forças e deslocamentos em ponto

de transição de carregamento implicará em desenvolvimentos alg~

bricos deveras extenuantes.

O objetivo é escrever os deslocamentos e esfor­

ços solicitantes variáveis em r em termos de deslocamentos e

esforços solicitantes constantes definidos na coordenada inici­

al de interesse no problema. No caso presente de placas nervu­

radas, além das 4 constantes que figuraram no cálculo das pla -

cas de espessura uniforme (wb, <j,b' 1-\ e Qb), deve-se completar

as 6 constantes com as grandezas que atuam no plano médio: u e

Nr (ub e Nb) , Fig. 6.9. As soluções particulares serão previs

tas quando existir um carregamento uniformemente distribu!do a­

tuando a partir de r=b e com intensidade qb

As flechas,segundo esta nótação, se escrevem:

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'* 1

1

1

1

1

1

1

1. 1

1

1

163

Mb

FIG-6.9

De maneira análoga, as principais grandezas de

problemas axissimétricos são colocadas na Tabela 6.2.

wb <l>b ~ oh qb uh Nb

w(r) Fll Fl2 Fl3 Fl4 Fl5 Fl6 Fl7

w' (r) v;q~ // 21· '/ F22 F23 F24 F25 F26 F27

Mr(r) ~ij~ //~31 / F32 F33 F34 F35 F36 F37

Qr (r) fr{{~ 0//~ :42 '/'.'. 0:/// /F43// F44 F45

~(// './,F 46 (

%/// /;470

q (r) 0'l'~ //51· ~//j'/

/,520 ~(~ 53 / ~//0

/;54 // F55 ~/// /;56/j

h/// /~50

u (r) »//0 /;61 /j F62 F63 F64 F65 F66 F67

Nr (r) h/% /~71 // F72 F73 F74 F75 F76 F77

Tabela 6.2

Os quadros hachureados equivalem a funções nu -

las. As funções Fij sao definidas por:

Fii(b) = 1

F .. (b) = O 1]

i -/ j

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164

Tem-se ao todo um conjunto de 7 sistemas de 6

equaçoes algébricas cada um, diretamente formados,como o fize -

mos no Capitulo IV,a partir da Tabela 6.1. Como não há dificul

dades em se obter os sistemas e para não tornar a leitura muito

tediosa, nos eximiremos de escrevê-los e mostrar suas soluções.

Os resultados finais das funções iniciais são apresentados no A

pêndice .

Para se utilizar estas funções no cálculo de

placas isótropas de espessura constante, deve-se fazer as trans

formações com:

e = K = O r r e y =.ó= 1 , e como ub = Nb = O , ne -

cessita-se apenas do quadro 5x5 da Tabela 6.2 .

Exemplos:

a)

Para r < b, os deslocaemntos são definidos por:

FIG-6.10

Para r > b, com as funções iniciais correspondentes, tem-se:

u = er F1r - P F64 (r)

2 w = E1r + E2 - P F14 (r)

As condições de contorno em r = a sao:

w = o

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w' = O

donde obtém-se:

p = 2a F24(a)

p

y+v

165

Com estas constantes na Tabela 6.1, tem-se to -

dos os deslocamentos e esforços procurados.

b)

glllUl 1 q

i 111lll1,l 0

r º 1

FIG-6.11

O bordo livre em r = b está sujeito ã rotação

~b e aos deslocamentos ub e wb; com estes dados, da Tabela

6 ,; 2 podemos escrever:

As condições de bordo em r = a se traduzem nas

equaçoes:

w = o

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166

Resolvendo-se o sistema, encontra-se o valor de

ub, wb e $b, e novamente com o auxílio da Tablea 6.2, calcu -

lam-se todas as grandezas procuradas.

2 - CASO GERAL

As equaçoes (5.50) e (5.56), que regem os deslo

camentos do plano médio no caso geral de flexão axissimétrica,

quando q(r) = q 0 , assumem o aspecto:

=

= 4 (9-a)r

onde as constantes têm para valores:

K = (l+Kr) (a+B)-2Krxa ºe com a = D 2 r

L = (l+Kr) aB - Kr(xa) 2

B = Be+eeºe

B +e 2D r r r

=

(6.17)

X = ee e r

e 2D e K = r r

r B r

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1~7

- Soluções Particulares:

Experimentando soluções particulares da forma

e

dão:

er(9-xa) A = __ _;:__ _____ _

2Br (81-9K+L)

que substituídos em (6.17)

e (9-a) B = _ __,..::_,;;:;.,.. __ _

8B (81-9K+L) r

nos

Escreveremos as soluções particulares sob aspe~

to mais conveniente, definindo 2 coeficientes adimensionais:

9-a

8(81-9K+L)

(6.18)

'I' = 4 (9-xa)

(9-a)

então:

e 3 'I'

w up = er B qo r

r (6.19)

e 4 w w = qo r p B r

- Soluções Complementares:

uh = e lirl

Tli Ei rÀi l r

(6.20)

5 l+À· wh = l E. r i + E6

i=l 1

com:

Àl = 1 , À2 = b À3 = -b

e

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lfl8

b / K+/ K2-4L = À~ 2

- XCl

(l+Ài) l.

ni =

/ K-/ K2-4L À. - (l l.

c = 2

Estas fórmulas podem ainda ser particularizadas

para 2 casos especiais de enrijecimento:

a) enrijecedores radiais somente: ee = o

De = D

B8 = B

X = 0 B B =

B +e 2D r r r

e 2D K

r r = r B r

b) enrijecedores circunferenciais somente: = o

X = e um parâmetro que vem sempre multiplicado por

ÓU 2 sendo diviso por deve er e

' que a zero r

ser evitada.

2

s Be+eeDe

K o = ' = B r

Listamos a seguir os esforços solicitantes, co­

locados de maneira conveniente para se processar as derivações

dos deslocamentos:

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M r B =

r

Ma =

Br

169

' \! - l' 'U + - (- -)

y r er

1 u a (- -) r er

·l \! "U' xa (- w' ) + ( - ) r y er

e!. w • > u'

- (1 +K )w' ' \) + K ( - i r r r er

-S(l+K )(!,w') r r - " (w' ' ) i + xa K (!, ~) r r er

- (l+K ) (w' ' ' + !_ w' ') r r

(6. 21)

(u" + !.u' )­r

( u ) ?

Podemos agora experimentar a consistência das so

luções, provando que o esforço cortante nas placas circulares

sem orifício concêntrico independe das condições de contorno e é

estaticamente determinado pelo carregamento externo.

Efetuando as derivações necessárias em (6.19) e

(6. 20) e substituindo na última das expressões (6. 21), encontra

mos:

- (l+c) (l+Kr) (c2-a)Jrc-

2 + E4 [nsKr(c 2-xa)-(l+c) (l+Kr) (c

2-a)J·

·r-c-2 (6. 22)

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170

Iniciamos desenvolvendo o termo que multiplica

de (6. 20):

2 n

2 = (l+b)

(b -xa) 2 b -a

que substituído em (6.23) resulta:

(l+b) 2 b -a

ou ainda:

[ 2 2 2 2] (l+Kr) (b -a) (b -B)-Kr(b -xa)

(l+b) [ 4 2 2 4 2 2 2 J 2 (l+Kr) (b -b B-b a+aB) - Kr(b -2b xa+x a)

b -a

reagrupando:

que é igual a :

(6. 23)

;

,

(l2

+b) ~b 4 - Kb 2 + L] 1 t d . t (6 20) ~ , que se anu a en o em vis a • • b -a

De maneira análoga, as constantes que multipli­

cam E3

, E4 e E5

também se anulam.

de (6.18):

'I' = 4 (9-xa) 9-a

4C

·a Agora trabalhando com a 1- parcela:

( 6. 24)

, que juntamente com (6. 24) resulta:

· · w [ 2] - , ,9:_0

q 0r (l+Kr) (9-a) (9-B)-Kr(9-xa) ; desenvolvendo:

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171

4Cw 2 q r { (l+K ) [81-9 (a+B)+aB] - K [Bl-18xa- (xa) J} , ou ainda

9-a O r r

De (6.18):

(9-a)

8(81-9K+L)

qor , logo a 1~ parcela do cortante e: - ~

2-

A 2~ parcela vai depender somente da existência

de carga centrada ou de carregamento linear anularmente distri-

buído; de outra maneira, a condição de cortante nulo em

por simetria implicará na nulidade da constante E1

.

r = O

Na Tabela 6.3, a seguir, sao relacionados os

deslocamentos e esforços resultantes com as constantes a serem

explicitadas pelas condições de bordo.

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17?

e w BqO El E2 E3 E4 E5 E6

r

u 'l'r3 b -b e -e n1r n 2r n3r T14r T15r -

er

4 2 l+b 1-b rl+c 1-c 1 w r r r r r

w' 4r3 2r (l+b) rb -b (l+c)rc (1-c) r -e (1-b)r -

N 2 e/> rb-1 -b-1 c-1 -c-1 r

c/>11 <l>15r erDr <Pior <l>13r cf>14r -

12

N6 2 <1>21

b-1 -b-1 c-1 -c-1

erDr <l>2or <l>22r <l>23r <l>24r <l>25r -

M 2 b-1 -b-1 c-1 -c-1 r <l>3or <1>31 c/>32r <1>33r <l>34r <P35r -

Br

Me 2 <1>41

b-1 -b-1 c-1 -c-1 <l>4or c/>42r <l>43r <l>44r <P45r -

B r

Qr <l>sor

1

!\ <Psi r - - - - -

Tabela 6.3

onde os e/> sao definidos por:

1>10 = 'I' (3 + v/y) - 12

1>11 = Tl1 ( 1 + v/y) 2

1>12 = Tl 2 ( b + v/y) - b (l+b)

<1>13 = -[n3

(b - v/y) - b(l-b)]

<1>14 = T14(C + v/y) - e (l+c)

<P15 = - [n 5 (e - v/y) - c(l+c)]

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173

<l>20 = '11 (a + 3vly) - 4xa

<l>21 = n1 Ca + vly) - 2xa

<l>22 = n 2 (a + b vly) - xa (l+b)

<l>23 = n 3 (a - b vly) xa(l-b)

<l>24 = T14 (a + e vly) xa(l+c)

<l>25 = n (a - e vly) xa(l-c) 5

<l>30 = 3Kr ('11-4) 4(3+ vlô)

<l>31 = Kr(n1-2) - 2 (1 + vi ô)

<l>32 = Krb[n 2-(l+b)J (l+b) (b + vló)

<l>33 = -{Krb [n 3- (1-b) J - (1-b) (b - vlô)} (6. 25)

<l>34 = Krc[n 4-(l+c) J - (l+c) (e + vi ô)

<l>35 = -{K c[n -(1-cl] - (1-c) (e -vlô)} r 4

<l>40 = Kr (xa'P-4 S) - 4(S + 3 vlô)

<l>41 = Kr(n 1xa 2Sl - 2(S + vi ô)

<l>42 = Kr[n2xa (l+bl S] (l+b) (8 + b vi ô)

<l>43 = K [n xa - (1-b) S] - (1-b) ((:l b vi ô) r 3

<l>44 = K [n xa - (l+cl S] - (l+c) (8 + e vi ô) r 4

cj, 45 = Kr[n 5xa (1-cl8] -· (1-c) (8 - e vi ô)

<l>50 = _ 4(81-9K+L)

(9-a)

<l>51 = n1Kr(l-xa) - 2 (l+K ) (1-8) r

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174

farece-nos evidente que nao há interesse prático

em se resolver grande número de exemplos na forma literal, em

termos dos parâmetros cj, que dependem da geometria e das propri

edades elásticas da placa nervurada. Assim, tendo em vista alg~

mas aplicações numéricas que faremos adiante, ater-nos-emas so -

mente a 2 casos de carregamento e condições de contorno clássi -

cos.

a) Placa circular apoiada, sob a açao de momentos M0 uniforme­

mente distribuídos na borda externa

(:_º -~~ a. 1

FIG-6.12·

A ausência de carreganento distribuído e as con­

dições de simetria em r = O , reduzem as eJq>ressões dos desloca

mentas em:

W = E l+b + E l+c E 2r 4r + 6

- condições em r = a

w o o = E2 l+b

+ E4 l+c

+ E6 = a a

Mr MO MO

cj,32 E2 b-1 + cj,34 E4

c-1 = Br

= a a

Nr = o o = cj,12 E2 b-1

+ cj,14 E4 c-1 a a

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175

- constantes :

nas quais: 4>14 L2 = __ ___e::._ __ _

4>124>34 - 4>144>32

4>12

- deslocamentos e esforços resultantes:

u = -

2 Moa l+b

w = ~ [L2 (1-p ) r

Nr . MO

Kr 4>12 b-1 Pc-1) = L2 (p -

er

Na . MO L . b-1

4>24 c-1 = - e Kr ($22 2 p - L4 p )

r

Mr = -Mo(4>32

Ma = -Mo<4>42

Q = o r

L2 b-1 p

L2 p b-1

P = E a

4>34 L4 c-1 - p )

4>44· L4 c-1 - p )

(6.26)

(6.27)

(6. 28)

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176

A fim de mostrar o efeito da ortotropia geoné -

trica sobre a distribuição de esforços solicitantes em placas

circulares, na Fig. 6.13 temos a distribuição de momentos flete

res na direção radial. Considerou-se somente o enrijecimento ta

circunferencial com o espaçamento entre nervuras fixo <s:- = O, 20 l 8

e altura das nervuras variável.

De modo análogo à ortotropia física, o centro da

placa é um ponto de singularidade da ortotropia, sendo que. os mo

mentes tendem a zero ou infinito conforme b e c sejam maiores

ou menores que 1 •

he = 1 O

0,5 h . Mo Mo

r_ ~ E o

1

1~·., 0,20

he i,•2.0 V =0 13

FIG-6.13

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177

b) Placa circular apoiada, submã!tida a carregamã!nto uniformã!mã!n­

te distribuído q 0

1 %

JJII111111 lUllllU[ - 1 a -1

FIG-6.14

OS deslocamã!ntos para este caso sao definidos

por:

w =

- condições em r =a:

o cw 4

+ E2 l+b

+ E4 al+c + E6 = a qoa a

r w = o

e 2 b-1 E ac-1 o c/>30 w

+ c/>32 E2 + c/>34 = B qoa a 4 r

e 2 b-1 c-1 o c/>10 w

+ c/>12 E2 + c/>34 E4 = a qoa a a r

- constantes:

E4 .. cw 3-c

M4 = - qo a ( 6. 29) Br 4

E6 cw qoa

(M2 - M4 1) = -B- -r

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]78

onde:

M2 iP34<P10 - <P14<P30

= iP32<P12 - <P14 lJ>32

M4 = <P32<P10 - <P12<P30

<P32<P12 - <P14<P32

- deslocamentos e esforços resultantes:

u = e r

C K w r

, r p =

a

( 6. 30)

( 6. 31)

Na Fig. 6.15 sao representadas as curvas deva­

riação das flechas e desloca11Entos radiais máximos, considerando

a placa enrijecida somente com nervuras radiais para diversas si

- d . (hr tr) tuaçoes e geometria n e n r

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4.00

3.00

2.00

1.00

0,100

-Umóx.

qcifh/168

0,050

º·º 0.5 1,0

0,0 0,5 1,0

}."?O

.!t.., O 05 br '

.!r:..=o 10 br '

..!L, O 20 br '

..!r.,o 50 b '

1,5 2,0 2,5

t i= 1.00

1,5 2,0 2,5 3,0

4,0

..!L..o 05 br - '

hr 4 3,5 ,o h

FIG-6.15

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180

Com o objetivo de mostrar o rendimento em termos

de resposta estrutural que a placa isótropa adquire quando é en-

rijecida, na Fig. 6.16 é apresentada a relação w t max

.. r espaçamento ·e-- = wmax nervurada, quando fixamos o

h . r riamos a altura das nervuras (11)

mente:

br para 3 situações

A nervuras distribuídas nas 2 direções

isótropo /

0,20) e va-

de enrijeci-

B - nervuras distribuídas na direção circunferencial somente

e nervuras distribuídas na direção radial somente

Verifica-se que as nervuras circunferenciais têm

contribuição preponderante na rigidez do conjunto placa + nervu-

ras.

40 Wisot.

w.

30

20

10

O 0,0 1,0

~:0,20

2,0 3,0 1!'..r1 4,0 h

FIG-6.16

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181

6.3 - FLEXÃO NÃO-AXISSmTRICA

Para exemplificar as deduções teóricas da flexão

assimétrica de placas circulares com enrijecedores excêntricos

ao seu plano médio, desenvolvidas em (5 .• 6), efetuaremos o cálculo

de uma placa circular engastada na periferia e sujeita à ação do

carregamento:

·r q(r,8) = q 0 (ã) cose , Fig. 6.17. Sob esta carga, os des-

locamentos do plano médio são completamente determinados pelo haE

mônico de 1~ ordem (m = 1) nas séries (5. 78), podendo assim se­

rem apresentados resultados mais simplificados, sem a perda da

generalidade do método de se procurar soluções não simétricas.

O,.__ __ ___, __ ~X

• 1

' ' ' ' ' ' ' ' ' ' ' ' ' , ;:QoL.COS8 : : o ' 1

' :~º ~:

0 1,

FIG -6.17

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182

Os deslocamentos do plano médio quando m = 1,

sao definidos por:

u =

V =

w

w w=­r

=

º1 (r) cos e

v1 (r) sen e (6.32)

w1 crl cos e , onde w e a flecha adimensional

e o carregamento: q(r,e) = o1 (r) cose

As funções u1 , v1 e w1 , na variável t ( t =

ln r) sao calculadas pela integração das equações (5.87):

[ 5 4 3 2] 3t T +T -(l+xa+fa)T - (l+fa-fxa d1 )T e Q1 (t)

[fd1T4 + (l+fa+fd1-fxa)T3 +(1+fa-fd1xa)T 2Je3t Q1 (t)

(6.33)

onde denota-se os operadores diferenciais:

e ( 6. 34)

e os coeficientes:

p 2 = (l+Kr) { (1+8+2íl) [1+a+f (d~-df) +fa J }-Kr {1+ (xa) 2+f [a+ (xa)

2]

- 2fd1xa}

com as constantes definidas pelas propriedades da placa nervura­

da:

e = = D (l+v) dl íl = B

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a

a) Soluções Complementares:

183

D(l-v) d2 = 1 f =

d2

As soluções das equaçoes (6.33) homogêneas, sao

as expressoes (5,101), escritas já na variável original r:

4 = er{ l

i=l

4

l i=l

4

Ài -Ài <n11 E11 r + n(i+4)1 E(i+4)1 r )}

Ài -Ài (~il Eil r + ~(i+4)1 E(i+4)1 r )}

l i=l

i+Ài 1-Ài (Eil r + E(i+4)1 r )

sendo os Ài raizes da equaçao algébrica caracteristica:

+ Àl = o -+ À2 = o / -pl+/ pf-4P2

bl = + À3 = ± bl -

/-pl-/ pf-4P2 + À4 = ± cl cl = - 2

(6.35)

(6.36)

Os fatores de multiplicidade entre as constan -

tes de integração têm por expressão:

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184

· Xi[d2X~-'(a+d2)] [À~+Ài-xa] .-xa [d1 Ài- (a+d2)]

2 · 2 2 2 · 2] [d 2Ài- (a+d2) J [Ài- (a+d2) J + [d1 Ài- (a+d 2)

(6.37)

e

Considerando que Àl = À2 = o , as equaçoes ( 6.

35) se reduzem tendo em vista (6.37):

r = O

whl = Ell r + E2 r ln r + E31 rl+b1

+ E41 rl+c1 + E r 51 ln r 2+

+ E61 3 rl-b1 + E81

l-c1 r ln r + E71 r

uhl = er[ n31 E31 rbl + n41 E41 c1

r + n31 E71 r -b1 +

+ n41 E81 r-c1J (6.38)

vhl = er[i:;31 E31 rbl + i:;41 E41 rCl + l'.;31 E71 r -b1 +

+ i:;41 E81 r-c1J

Agora considerando que b1 e c1 > O , e que em

aw devemos ter u, v e ar finitos, temos: E21 = E51 =

e (6.38) se resume em:

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185

whl = Ell r + E l+b1 +

31 r E l+c1

41 r

uhl = er[n31 E31 rbl + n41 E41 rc1J (6.39)

vhl = er [ç31 E31 b1

r + ç41 E41 r c1J

b) Soluções particulares:

As soluções particulares de (6.33) sao da forma:

UPl = A e4t

V B 4t (6.40) = e Pl

WPl e 4t = e

Substituindo (6.40) em (6.33) e comparando os

coeficientes das exponenciais de mesma ordem, obtemos as soluções

que depois

UPl =

V = Pl

w = Pl

com:

de retornarem à

e qo 4 r cu 16Br

r a

e qo 4 r e 16Br

r a V

1 qo e rs

16Br a w

75-4xa-5fa+fxctdl

256+16p1+p2

variável

5+5fct+20fd1-4fxa-fxad1

256+16p1+p2

r , se escrevem:

(6.41)

(6.42)

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186

Somando-se as soluções particulares com as com­

plementares, obtemos a forma final dos deslocamentos:

e (6. 43)

r 5 + E r + E l+b1 + E rl+c1l cose 11 31 r 41

Antes de formularmos as condições de contorno,

é necessário calcular o esforço normal Nr

N r erDr

= ~2

w [ 1 ª + _yv er ( - ar2 av + E. ) J rae r

Dr y = n

(6 .44)

efetuando as derivações e operando, obtemos:

com:

. .Nr erDr = { X + E X b1-l + E X 01-l } e

q 31 31 r 41 41 r cos

X = 4Cu - 20C + ~ (Cu + e l q w y V

X31 = bl n31 - bl (l+b1l + ~ Cn31 + 1;31> (6.45) y

X41 cl n41 - cl (l+cl) + V Cn41 + i;;41 l = -y

As condições em r = a sao:

w = o .. qo e 4 + E + E l+b1 + E al+c1 = o ~ w ª 11 ª 31 ª 41

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5 .. ·aw o

. qo ª3 + Ell + ar= I'bB cw

r 2

Nr o . qo·ª

= I'bB xq + E31 X31 r

donde se obtém:

com:

N31

e

N41

16Br

= qoa3

16Br

= c1 xq -4cwx41

clX31-blX41

= b1 xq-4cwx31

clX31-blX41

e finalmante os deslocamantos:

3 erqoa

(Cup4 N31 u = - Tl31 16Br

e q· ª3 r O (CV

4 V = p - 1;31 N31

16B r

w =

187

(l+bl )E31 abl+ E41 (l+c1lacl = o

b1-l + E ª 41 X41 a

c1-l = o

pbl + Tl41 N41

pbl + 1;41 N41

r p = a

pCl) cos e

pcl) sen e

(6.46)

(6.47)

(6.48)

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188

Na Fig. 6.18, é mostrada a distribuição de desl~

camentos transversais sob o raio de coordenada o e = o , para a

situação de nervuramento com propriedades idênticas nas direções

radial e circunferencial. Verifica-se que para este tipo de car

regamento anti-simétrico, o enrijecimento não produz grandes re­

duções nas deflexões da placa isótropa; adotou-se um espaçamento .tr

entre nervuras fixo E"'""= 0,10 e variamos a altura das nervuras

~, as quais para val~res menores que 3 apresentam resultados

mui to próximos da placa isótropa de espessura h sem nervuramen

to.

P:--fr, 8=0º

º·º 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 06 07 08 09 1 O º·ººº r-~--~--~-~--..i..._ _ __;•.__ _ __;_• _ _:;_• =--=:.:.·::____,~·=--

0.010

Wqoo4

~

0.020

~:7 h

,, b/0, IO

\/ '0,3

FIG-6.18

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189

CAP!TULO VII

APROXIMAÇÕES DA TEORIA DE PLACAS CIRCULARES

COM ORTOTROPIA GEOMJ;':TRICA

7. 1 - INTRODUÇÃO

Em situações práticas da engenharia, uma placa

circular ortótropa é definida como aquela que possui diferentes

rigidezes à flexão B = EI e à extensão D = EA , segundo duas

direções ortogonais privilegiadas: raios e circunferéncias concén

tricas. Disso resulta que, de uma maneira geral, poderemos nos

deparar com duas espécies principais de ortotropia: a) variação

nas propriedades elásticas do material E 'I Es , com geometria· u r -

niforme I e A constantes; b) variação nas propriedades georrétri

cas da seção transversal Ir ,f Is e Ar ,f As, com material de

propriedades uniformes E constante. A primeira foi assunto dos

Capítulos III e IV e denomina-se ortotropia física ou natural, e!:

quanto que a última foi tratada nos Capítulos V e VI e é conheci­

da por ortotropia georrétrica ou construtiva.

O grau de dificuldades analíticas que é requeri­

do nas soluções desses 2 tipos de placa, é bastante diferenciado

como ficou evidente nas demonstrações teóricas. Sendo assim tor­

na-se interessante, em projetos onde a precisão dos resultados

ou a economia não é fator preponderante, estudar-se a viabilidade

de substituir em termos de cálculo, a placa nervurada por uma e -

quivalente de espessura uniforme. Como se verificou no Capítulo

III , esta lida com uma única equaçao a derivadas parciais de

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190

·a 4- ordem, com solução. mais simples e aplicações razoavelmente co

nhecidas da bibliografia técnica1

'3

'22

Encaminharemos o problema tentando transformar

para placas circulares, os estudos e aproximações realizados pa­

ra placas retangulares, conforme descrição de Massonnet11

Como por diversas vezes, recorreremos ao siste­

ma (5.29), (5.30) e (5.31), achamos conveniente reescrevê-lo:

1 au - -) -r ar · a

3w · 1 a2

w l e (--.,. + - ---,,.) -r ar" r ar"

0e [(~ ~ + u2> r r

0 [(l a2v+·l au) -e (l a

2w + l a3w>]

e ;z ã7 7 ãã e ;z ã""m" ? ã'ã1" 2

+ D (a V + 2 ã7

l élv ~ + ..!,. ~u6

) = 0 r élr - " " o r r

2

2 + D (!_ a u )

l r ãrãe

(7.1)

+

(7. 2)

· · l a3v - e D (......,. __,,. -

6 6 r" ae" l Ô V + 7 ãr"ãé

· l élv ? ãã +

· 1 au 1 2 élr + """"! u) = q(r,6) r r

( 7. 3)

onde:

º1 = D (l+v) º2 D (1-v)

2 = 2

Lr . é) 4

+ 2 é) 3 = ã;-r rã;! (7.4)

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. · 1 ª4 Lre = ....,,. -.,.-.,..

r" ar2ae 2

.. 1 · . ª4 Le = ~ ae4 +

191

· · 1 · ·a 2

+~~

1 · · a ~ ar

7.2 - APROXIMAÇÃO POR UMA EQUAÇÃO DE 4~ ORDEM - TIPO ORTOTROPIA

F1SICA

A) Placas com enrijecedores simetricamente distribuídos em rela­

çao ao seu plano médio

Esta é a única situação que o sistema de equaçoes

acima pode ser corretamente reduzido a uma única equação de

ordem tipo (3.16).Então vejamos: assumindo que e = e = O r e

·a 4-

, a

simetria da estrutura garante que as tensões de cisalhamento no

plano médio são nulas e que por efeito da flexão ele permanecerá

indeformado. Desse modo, as conponentes das deformações no pla­

no médio são todas nulas:

, e as equaçoes (7 .1)

e (7.2) são identicamente satisfeitas, enquanto que (7.3) resul­

ta em:

(7. 5)

No caso de placa e nervuras isótropas com cons -

tantes E e v, os coeficientes de (7.5), segundo a nomenclatura

da Fig. (7.1), são definidos por:

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192

2 E . h2 . hrh hr2

B = B + A <T + -Z + -3-l r r

. h2 . h.8h . h2

Be = B + 2 E Ae <4 + -r + ªi (7.6) 3

B Eh

3 A

. t~r Ae =

teha = =~ e

~ 12 (1-v 2 ) ,

r r

F IG-7.1

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1()3

B) Placas com enrijecedores excentricamente distribuídos em re·la

çao ao seu plano médio

Começamos, tendo em vista fazer uma ressalva so­

bre a validade das aproximações, rearrumando as equações (7.1) e

(7. 2) :

2 D { 1 a V + ª?~

a3w = e D (--..- + r r ar.,

2 D ( 1 a u 2?~

+ !.r ~r - ..Y,. + .!,.. ~) dr r" r" d8

1 av 2ãã> r

+

(7. 7)

{7. 8)

Multiplicando (7. 7) por r , derivando em r e

depois dividindo novamente por r ; também derivando (7.8) em a

e depois dividindo por r , obtemos:

e

+ 1 ~

1 - D {-1 r

a4w = e D (--.- + r r ar"

1 a2w

- e D {2 :--2' -a ar ar

1 aw + ~ ar

. 2 + D (1 ~

ª ? arae

1 av + 1 au 1 ~ ãã ? ar - r3 u > -

. 1 - D {-

2 r2 1 · ·a 2v · 1 av> --z--+,-r arae r aa

{7.9)

· · 1· · ·a·3u - 01 {:-,e 2>

r" araa ·

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· 194

· · 1 · ·,/v +z--­r arae

· 1 · ·av · 1 · ·a 2u ? ãã +? ã?)

(7.10)

as quais, substituídas em (7.3), nos fornecem:

· 1 · a2w 1 aw + 1 a3w 2

2 a wl + eree0 e <2 :--7 3 3 arae

2 -ar ~ã? r ar r r +

1 a2

v 1 av + 1 au 1 + (ee-e )D0(2 -- 2-- 3 u) ?ãã r ar

+ r r arae r

+ e º1 (.!. 3 1 a3u 1 a2u

2 1 av) + d V ) + erD2 <2

1 a V + r r ar2ae arae 2 - ~ã? '? arae ?ãã r

1 3 1 a3v 2 1 a 2u 1 ÔV) + ee0 1 <-, ô u ) + e0D2 (r +~~+ =

a rae 2 ar2ae ~ã?- ?ãã r r arae

= q (r, e l (7.11)

Evidentemente, esta é uma equaçao longe de se p~

recer com a equaçao que domina as flechas na flexão de placas ron

ortotropia física. Entretanto, no caso particular em que as ex­

centricidades das nervuras são iguais nas direções r e e: e r =e 0 ,

temos uma equação mais próxima:

= q (r, e)

+ 1 · a3u --)-? arae 2 -

(7.12)

Esta é a equaçao (3.16) afetada pelo termo:

, pois

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195

A expressão entre parêntesis pode ser colocada

em função da deformação angular proveniente das forças cisalhan

tes no plano, médio da placa:

haja visto que:

. 1 dU élv Yre = r TI'+ ar V

r

arae

·a Então, o termo que corrige a equaçao de 4- ordem

para a flexão de placas com enrijecedores excêntricos ao seu pl~

no médio é: 2

[ ~ él (r Yra>J r aras

(7.13)

Considerando que a intensidade do cisalharrento

pode variar de ponto a ponto na placa isótropa, bem como depende

do tipo de carregarrento e das condições de contorno, conclui- se

que nao se pode estimar corretarrente valores constantes para cor

rigir as rigidezes flexionais Br e B9 e a torcional B , e a­

inda que não existe uma placa com nervuras excêntricas, rigores~

rrente equivalente a uma placa ortótropa de espessura constante.

Feita essa ressalva, passamos a descrever as a­

proximações viáveis dentro de certos limites, para o caso parti­

cular er = e 9 , e dando o norre dos autores que as introduziram

no estudo de placas retangulares.

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ll l'proximação de Huber

O conceito mais primitivo de aproximação seria

imaginar, em analogia com a teoria de placas delgadas de espess~

ra constante, que a placa isótropa não se deforma ao cisalhamen­

to de seu plano médio. Assim ela imporá este plano como superff

cie neutra da placa nervurada: u = v = O

A equação (7. 3) se reduz a

(7.14)

Esta aproximação é bastante grosseira pois supe­

restima as rigidezes flexionais e subestima a rigidez torcional.

Huber, ao contrário, supôs que a placa isótropa

nao oferece nenhuma resistência ao cisalhamento em seu plano mé-

dio: D = O (D1 = D2 = O) •

Dessa maneira, as equaçoes (7.1) e (7.2) se resu

mem:

[ 1 av u

0 a <"""7 ãã + """7> r r

(7 .15)

= o

Os deslocamentos propostos por Huber sao:

(7.16)

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)97

Note-se que estes valores, apesar de satisfaze -

remas equaçoes acima, foram obtidos abandonando-se constantes

de integração que possam existir, o que se aceita pelo caracter

aproximativo da dedução.

De (7.16) em (7.3), obtém-se a equaçao de Huber:

(7.17)

Ela contém valores melhores que (7 .14) para as

rigidezes flexionais porém contínua subestimando a rigidez tor -

cional.

2 - .Aproximação de Giencke

A realidade é urna situação intermediária, no sen

tido de que os deslocamentos u e v do plano médio da placa isó

tropa são maiores que zero e menores que (7 .16).

Giencke, na tentativa de se aproximar dessa situ

açao, propos se utilizar dos deslocamentos de Huber, desde que

a placa isótropa mantivesse a sua resisténcia ao cisalhamento D.

As deformações normais do plano médio, supondo

os deslocamentos (7.16) sao:

· ·au =

a2w e: = ar er ã? r (7 .18)

1· ílv u · 1 ·aw · 1 · ·a·2w e:e = r ãã + = e (- - + ;z ~) r r r ílr

Estas se relacionam com as deformações angulares

pela equaçao de compatibilidade:

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198

a2.cr .Yre l 2

e: e l 2

.a.e: . 1 1 . a .(r · 1 · ·ª· .e:r 1 + r (7.19) 2 = - 2 7 - ---arae r ar r ar r r

ou em termos de w

2 a4w 1 a (r Yrel . 1 1 a3w 2

2er 1 a wl (7.20) 7 = <2

ar2ae2 -...,.

arae 2 + ara e r r ~aa7

Substituindo-se (7.20) em (7.12), encontramos a

equaçao de Giencke:

(7. 21)

Verifica-se que as rigidezes flexionais de Gien­

cke são as mesmas das de Huber, enquanto que sua rigidez torcio­

nal é acrescida pelo efeito da excentricidade das nervuras.

Massonnet, no sentido de melhorar a fórmula de

Giencke por aproximações sucessivas , ao invés de utilizar os des

locamentos de Huber diretamente na obtenção das deformações, u­

sou-os indiretamente, definindo as deformações normais através

das equações (7.15).

Então, com aw u = er ar e , nos ter

mos que nao envolvem as deformações normais de (7.15), tem-se:

2 D (d u +

r ar2

e

2 =eD(l~

r 8 ;z- arae 1 - e D(­r r

+

(7. 22)

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199

Integrando a segunda das (7. 22) em a , a menos

de uma constante:

· · 1· ·av · · u "? ãã + "? = er

D· 1 ·a2w J -(- :-zl (7. 23)

ou

ºe r ar

Agora substituindo (7.23) na primeira das (7.22):

2 .E..c! a w + Dr r;?

A integração em r , novamente desprezando-se u

ma constante, fornece:

(7.24)

Logo, as deformações normais podem ser escritas

por:

dU [ ô2w D e! aw + 1 a

2w>J Er = ôr = er o ar 2

r r ôr "?;? (7.25)

1 ÔV [(! ÔW + 2

( ô 2w l] u + = er 1 ô w) D

Ea = r ãe ºa r r ar '? ã? ã'?

Finalmente com estes valores na equaçao de comp!:!_

tibilidade das deformações (7.19), encontra-se:

(7.26)

A equação sugerida por Massonnet e determinada

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com (7.26) em (7.12) é:

2 2 . e.rP --)

Pe

200

L6

(wl = q (r,6)

(7. 27)

Considerando que, certas configurações geométr~

cas da placa nervurada podem levar a coeficientes de rigidez fle

xional negativos, o que caracterizaria um absurdo, Massonnet con

cl ui u que o processo de aproximar as de formações por derivadas CE

ordem superior não é convergente. Assim, (7. 27) poderá ser uti­

lizada somente se seus resultados não divergirem muito dos de

(7.21).

As hipóteses de Huber depreciam o estado de ten­

soes membranais a que está sujei to o plano médio da placa isótr~

pa, enquanto que as de Giencke proporcionam as seguintes forças:

N6

= V D (au) = ar

(1-v) D

(7.28)

1 ·a 2w · · 1 · ·aw e (- :--7 - 2 ,,.,,.)

r r ar r dU

Verificando o equilíbrio pelas equaçoes:

obtém-se:

· · 1 · ·a 3w D (-..,-

r" arae 2

= o

= o

· · 1 · a·2w - j :-:7l = o

r aa (7.29)

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201

= o

que satisfazem sorrente quando er = O , o que contradiz a premi~

sa básica de enrijecedores excêntricos.

Em casos de flexão axissinétrica, a equaçao de

Huber coincide com a de Giencke e os deslocarrentos do plano ué -

dio da placa isótropa são definidos por:

dw u = er dr

e

enquanto que a de Massonnet se resurre em:

dw u = e -r dr

2 D2 (B - e -) r r 0 8

e2 D2 _r_)

ºr

(7. 30)

( 7. 31)

= q (r)

Como referência de outros tipos de aproximação u

tilizados em placas retangulares nervuradas, poderíamos citar N!._

23 24 shino e Cusens • Os dois propõem estimar as rigidezes fle-

xional e torcional da placa nervurada, fazendo o equilíbrio glo­

bal de forças da seção transversal e calculando os morrentes que

atuam no plano nédio da placa isótropa, que é comparado com os

morrentes equivalentes em uma placa ortótropa de espessura uni fo!:_

rre. Talvez motivados no sentido de compensar as aproximações das

equações, eles adotam posições mais rigorosas ao formular as hi­

póteses básicas como: relações tensão-deformação considerando o

estado bidirrensional de tensões nas regiões de interseção de

nervuras e a interação placa-enrijecedores na estimativa da re­

sistência à torção do conjunto.

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202

Em seguida, apresentam-se alguns gráficos com a

distribuição. de flechas em placas circulares nervuradas calcula

das pelas equações da teoria desenvolvida no Capítulo V e com as

equações das aproximações relatadas acima.

Consideraremos os casos em que placa e nervuras

são construídas com o rresmo material, e as propriedades das se -

ções transversais são equivalentes nas direções radial e circun­

ferencial. Desse modo, a condição de validade das aproximações ,

er = e 0 , é satisfeita e todos os parârretros necessários ao cál­

culo podem ser colocados em função do espaçarrento e da altura dos tr hr

enrijecedores (b e 0 ) , conforme as expressões (5. 73) e (5. r

77).

De acordo com os exemplos de a) até d), pode-se

concluir que as aproximações apresentam resultados compatíveis e

dependem, além da georretria da estrutura, fundarrentalrrente do

tipo de carregarrento a que está sujei ta. De maneira geral, as

flechas obtidas pela teoria são rrenores que as flechas obtidas

por aproximações. A equação de Massonnet é a que pareceu mais

desfavorável, sendo que no caso de flexão não-axissimétrica, exe!:!!

plo d), levou a resultados absurdos como flechas negativas no en­

gaste.

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w

0,0

º·ºº 0,1

.-·

0,2 0,3 0,4 0,5 0,6

--::--.:-:-..:.::-..:..---- .,;::,-;~-~--·-·-·-~-- -;:;;- -- ---- ~· ----- ~·~---- ::;;..-· -:..--· --------· -----· -----· ----------·

-------- .!ll. 3 O h .

0,25

o,so TEORIA

HUBER· GIENCKE

MASSONNET

0,9 1,0

a- r Z::.

o 1

FI G-7.2

N o w

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P= ~

o 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 O 7 0,8 O 9 1,0 o,oo-t----~--~---~---~---~--~---~---~---~-~--

0,05

w Moa2/.2B

0,10

.!'r,4.0 .--· ·-----·-· --------------------

.--· ·-·-·-------------

TEORIA

HUBER - GIENCKE

MASSONNET

M,, Mo

~-------,z0

~,o.rs

V •0.15

a 1

FJG-7.3

N o ...

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w

º·º º·ºº

0,1

1/f-,40

0,2 0,3 0,4 0,5 0,6

---·--·-·-·-· ----·-·-· ---------

0,25

o,so

------

-·-· ·-·-·-· --------------

-·---· ·-·-·

----

---------1);--,3.0

0,7

Ir ,o 20 br ' v,o,1s

p:-fs-0,8

-TEORIA

0,9

-·- HUBER-GIENCKE

--- MASSONNET

1,0

FIG- 7.4 1

N o (Jt

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º·º O 1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 º· 7 0,8 f,~ 0,9 0,000 ..----~--~----'----~----4---~--•;----'---~--:::;.,..--'·º

º·º'º

0,020

w

0,030

~~ .í'

.I ;{' •/

// .I // ./

// // '/ /1

1/ ./

// ;/ -/

!2,: _ 3 h -

t, br'Ü.10

v,0.3 /,'

;/ ·/ e=Oº

\' .1 \, // \ ·, /·/ \ ·, . / ',, ......... ...__ ·---·/ // ',, ,,, ........ _____ ,..,

- --TEORIA

-·- GIENCKE

--- HUBER

d-

FIG-7.5

"' o

"'

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207

CAP!TULO VIII

CONCLUSÕES

Do exposto nos capítulos precedentes e da bibli~

grafia pesquisada, pode-se concluir que as soluções analíticas

para placas circulares com ortotropia física podem ser obtidas

sem grande dificuldade para os casos em que se encontram solu -

ções para placas isótropas. teve-se, entretanto, observar cri t~

riosanente o problema da determinação experimental de certas pr~

priedades físicas do material, tais como o efeito do coeficiente

de Poisson e a rigidez torcional efetiva, que podem conduzir a

erros ou indeterminações de resultados teóricos 3.

No que se refere à ortotropia geométrica, os de­

senvolvimentos realizados permitem a análise de placas circula -

res nervuradas, para os casos axissimétricos clássicos, fornecen

do resultados que, dentro das limitações admitidas, usuais para

estruturas nervuradas, podem ser considerados aceitáveis. Entre

tanto, seriam de interesse estudos experimentais com o objetivo

de determinar a validade das hipóteses da distribuição de tensões

e deformações na laje e nas nervuras.

Nos casos de flexão dependente da coordenada an­

gular e , a hipótese de que os enrijecedores não contribuem na

resistência à torção da seção, certanente superestima as deforma

ções e os esforços solicitantes encontrados. No sentido de esti

mar valores para a rigidez torcional dos enri jecedores, por méto

dos diferentes da teoria clássica de Saint-Venant, recomendam-se

pesquisas mais apuradas, as quais situam-se fora do escopo des-

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20P

te trabalho introdutório.

Conforme citado no Capítulo VI, o estudo do pro­

blema pode ser conduzido para a otimização do nervuranento, no

que se refere à relação entre o consumo de material e a rigidez

da estrutura e à geonetria de enrijecinento a ser utilizado para

cada tipo de carreganento e condições de contorno em questão.

Este trabalho pode ter prosseguinento nediante o

exane, entre outros, dos seguintes tÓpicos importantes:

a) estudo experinental da rigidez torcional do conjunto la -

je-nervuras (sendo algumas vigas de eixo curvo e outras de seção

variável).

b) generalização do problema para análise dinàmica de placas

ne rvuradas.

c) estudo de placas em forma de setor de coroa circular, te~

do em vista aplicação em estruturas de pontes e viadutos curvos.

d) associação com cascas cilíndricas, objetivando possíveis

utilizações em reservatórios, torres, vasos de contenção de rea­

tores nucleares, etc.

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209

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213

. APfNDICE

FUNÇÕES INICIAIS - Fij

A) ORTOTROPIA F!SICA - a=

b2 = - ---'-~--

2a(l-a2)B r

b3 2 2a (1-a )B r

b4 FlS = ---~----2 2 8a(l-a) (9-a )B r

b

2aBr

, ·r p = b

t. 2 2 2 l+a La(9-a )-2a(9-a )p +4(3+a)p

- 4(3-a)p1-ª+a(l-a2 )p4J

b2 = - --~--2

2a(l-a )Br 2ap - (l+a)p + (1-a)p [ a -aJ

b3 F25 = ---~----2 2 2a(l-a )(9-a )B r

2ab

[-a(9-a2 )p+(l+a) (3+a)pª-(1-a) (3-a)p-ª+

+ a (1-a1P 3]

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~14

f 2 a-1 r(9-a) (l+v8)-(l+a) (3+a) (a+v8 )p -

-a-1 2 2] - (1-a) (3-a) (a-v8 )p -a(l-a) (3+v8 )p

F44 ·1

= p

b ·1 p) F45 = 2 (- -p

F55 = 1

B) ORTOTROPIA GEO~TRICA - CASO PARTICULAR : er = ea

ºr = ºa

Br = ªa

B D e2

D ô r r K r r r = B , y = o , = -B- , p = õ r r

F12 = ~ [<o-v) p2-(õ-v)+2 (õ+v)ln p]

(1-p 2 + 2 ln p) 4ôB

b3 2 p2 ln p - ln p) F14 = (p - 1 -4ôB

FlS . b4

(p 4 + 4p 2 - 8p 2 ln p - 4 ln p - 5) = 64ôB

vbK 2 Fl6

r (1 + 2 ln p) =-- - p 4ery

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215

b2

K -1 Fl 7

r (p -= p ) 4eryD

F22 1

[<ô-v)p + ( ô+v) p -l J --2ô

·b -1 p) F23 = (p -2óB

F24 = b2

(p -1 - 2p ln p) p

4ôB

F25 = · 4b 3

(2p ln p + -1 p3) -- p -64ôB

F26 = -. V .Kr

(p p-1) -2ery

bK p-1)

F27 = r (p -2eryD

= ~ [ô2

(l+K )-v2] (p-

2 - 1)

2bó r

F 34 = 4: [<ó-v) (l-p-

2) + 2(ô+v)ln p]

b2

16ô [

2 -2 J (3ó+v)p + (ó-v)p - 4(ó+v)ln p - 4ó = -

BK 2 -2 F36

r = (yô+v ) (1-p ) 2bery

VBKr -2 F37 = (p -1)

2yerD

F44 = p -1

Page 227:  · mento excêntrico é uma prática que produz bons resultados, pois ... onde se procura substituir a placa isótropa com propriedades ge~ métricas descontínuas por uma placa

· b 1 = - 2 (p - p- )

= . erb ( P - P -1 l 2ôB

216

e b 2

,,; ~ (p - p-l - 2p ln p) 4ôB

e b 3 · · r -1

= - - (p 16ôB

3 + 4p ln p - p l

y-v(l+K) r F 6 6 = ___ ..:;_ 2y

p + y+v (l+K ) r

2y

b (l+Kr) = (p - p-1)

2yD

erD 2 -2 = - (yô+v ) (p - 1) 2bô

verD (p-2 - -- - 1)

2ôB

verDb _ 2 = (1 - p - 2 ln p) 4ôB

-1 p

verb2

D = - ~~- (4 ln p + p-2 - p2 )

16ôB

· D [ 2 =- y 2by

y+v(l+Kr) y-v(l+Krl F 77 = ----'--- + ___ ..:;_

2y 2y

-2 p