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Número 1 - Ano 2 - dezembro de 2010Presidente Prudente

Faculdade de Comunicação de Presidente PrudenteFACOPP - UNOESTE

Choque cultural

A aventura de

dois estudantes do outro lado

do mundo

Difícil decisão

Tatuagens marcam presença e

gravam características de geração

para geração

Comer, malhar e arrasar!

Alimentação balanceada e exercícios

físicos formam a receita para quem

deseja mostrar o corpo nesse verão

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CART

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IRET

OR

Por um lado, essa comunicação não foi ainda capaz de passar as sensações, gostos e culturas presentes em cada país. Percebe-se que apenas trocar ideias através do teclado do computador ou pelo “alô” de um telefone ainda não é suficiente para descrever nossas sensações e sentimentos.Por mais que o mundo evolua, não há nada que substitua nossos sentidos. A experiência “in loco” ainda é a melhor. Nesta edição trazemos a reportagem de Heloise Hamada que mostra a aventura de dois estudantes pelo Japão, os desafios da língua, da cultura, dos costumes.Mesmo tendo acesso a todas as informações sobre o Japão, eles fizeram descobertas incríveis, viram cenários belos e analisaram o contraste de um país que reúne em suas ruas pessoas que se vestem desde o tradicional aqueles fantasiados de super herói. É essa magia que não deve e nem pode acabar: a do conhecimento.

Nada melhor do que o contato

direto com as pessoas

Será que já estamos no ápice da comunicação mundial? Mesmo com toda a

tecnologia disponível, acreditamos que não, pois sempre existe uma nova maneira de comunicação que teve início desde os tempos dos “homens das cavernas”. Se traçarmos um retrospecto, desde essa época o salto na comunicação foi gigantesco. Antes se conversava pessoalmente nas praças das cidades, em encontros, sinais, telégrafos e por telefone fixo. Hoje nos falamos por cartas, e-mail, MSN, SMS, redes sociais. A internet veio para derrubar barreiras físicas, nos colocar em contato com o mundo a um simples clique.

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NTE

Diretor da FACOPP: Profº. Munir Jorge Felício Coordenação de Jornalismo: Profª. Carolina Costa Mancuzo

Edição: Profª. Giselle ToméProdução: Alunos do 7º de Jornalismo

Projeto gráfico e diagramação: Profº. Marcelo Mota

Realização: FACOPP - Faculdade de Comunicação Social “Jornalista Roberto Marinho” de Presidente Prudente

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SUM

ÁRIO

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14

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Mercado de TrabalhoComo anda sua reputação na internet?

Bem-estarMá-alimentação x obesidade

BelezaA busca pelo corpo perfeito

EntrevistaAs múltiplas facetas do casseta Reinaldo

CapaAtenção passageiros com destino ao Japão

EntretenimentoFique por dentro - dicas de filmes e livros

Douglas Brose é pura emoção, antes de subir

no pódiopágina 36

Tais

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elli

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ComunicacãoTV Fronteira é a primeira emissora

a transmitir com sinal digital

PersonalidadeArte marcada ma pele

Viver a VidaJovens superam obstáculos e

conquistam espaço

EspecialSesc Thermas movimenta

PP e região

PersistênciaSer atleta no Brasil requer

determinação

Na PistaDJ: profissional que faz da

música seu trabalho

Bruno Tomiazzi, estudante de Comunicação, diz ter uma vida cheia de atividadespágina 30

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ARTI

GO

S

Pesquisas revelam que esses dois temas são os recordistas de acesso na rede mundial de computadores. Quando se avalia a história da internet no mundo constata-se que a pornografia perdeu recentemente o posto de primeira colocada para o entretenimento. Esse avanço tem relação direta com o surgimento das redes sociais que “recrutam” milhões de usuários pelo mundo, inclusive nós.

É inquestionável os benefícios proporcionados pela internet e redes sociais, no entanto, fica evidente que algumas pessoas utilizam a rede sem mensurar o reflexo de seus atos na vida profissional. Muitos se deslumbram com o poder da rede e “botam os pés pelas mãos”. Há casos de vídeos de sexo, fotos comprometedoras de bebedeiras e farras, exibicionismo de armas de fogo, participação em comunidades discriminatórias, que incentivam o consumo de drogas ilícitas, dentre uma lista de outros exemplos.

A internet possibilitou mudança no perfil do profissional. Somos mais dinâmicos, antenados. Trabalhamos ouvindo música e conectados com o mundo. Neste cenário, as empresas tentam se adaptar para receber pessoas que se interagem cada vez mais e buscam criar parâmetros para não proibir, por exemplo, o uso de redes sociais. Até que ponto elas são usadas para o trabalho e para o entretenimento? Elas ajudam ou não no ambiente coorporativo?

Aqui cabe o bom senso. Quem consegue utilizar as redes sociais com competência e seriedade conquista espaço.

A internet já é a realidade. Como navegar é questão de escolha. Você pode optar por uma utilização responsável, ou então, pode afundar no mar de pornografia e entretenimento.

Eriberto Margarizo Purga é estudante do 7º termo de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social Roberto Marinho.

Eriberto Margarizo Purga

Pornografia e entretenimento

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Telefone sem fio, “diz que me disse”, fofoca e tantos outros termos caracterizam o antigo hábito de passar adiante informações não apuradas. O grande problema não está no “ti-ti-ti” em si, mas no perigo que isso representa e que, como no telefone sem fio, o fato se distorça pelo caminho, causando estragos.

Alguns acontecimentos ficaram registrados na história como exemplo a não ser seguido. No jornalismo, o caso da Escola Base, tão comentado no meio, trouxe consequências irreparáveis para os envolvidos. Tudo começou com uma informação que, não apurada devidamente pelo delegado do caso, levou à desmoralização dos donos da escola, acusados de crimes sexuais. Sem contar na irresponsabilidade da imprensa.

Durante a campanha de 2010 para a presidência do Brasil a batalha entre os candidatos foi ferrenha. A presidente eleita, então candidata, Dilma Rousseff (PT) foi acusada por católicos e protestantes em todo o Brasil de fazer parte de um plano para que o filho de seu vice, Michel Temer, segundo fontes anônimas, “satanista”, conseguisse o poder após sua vitória. O plano, segundo eles, era o seguinte: Dilma estaria com câncer terminal e, após entrar no governo, morreria, deixando o cargo a mercê de poderes “das trevas”. Pérai, isso não é, no mínimo, subjetivo?

Além do fato de se envolver religião em campanha política, o que já é um absurdo em um país laico como o Brasil, ainda repassar em rede milhões de scraps com essa informação, me parece um tanto irresponsável. Eu mesma recebi vários desses recados. Sou cristã também, mas como comunicadora, sinto-me no dever que alertar sobre as consequências que isso pode trazer.

A Dialética, conceito formado por vários filósofos como Georg Hegel e Karl Marx, levanta uma questão importante. Segundo essa filosofia, um fato deve ser analisado através de tese e antítese para, assim, se chegar a uma síntese. Uma informação, confrontada por outra informação oposta, gera uma síntese, um conceito formado, uma “verdade”. É necessário, dessa forma, apurar, confrontar o que nos chega aos olhos e ouvidos para, só assim, emitir uma opinião baseada em análise responsável.

Passar adiante uma informação mal apurada pode ser desastroso. Eu não quero ser responsável por uma injustiça irreparável. E você?

Viviane Monteiro é estudante do 7° termo de Jornalismo da Faculdade Roberto Marinho.

Viviane Monteiro

Apurar antes de divulgar é ser responsável

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Como anda sua reputação na internet?

A internet é uma ferramenta que facilita a vida das pessoas, principalmente na hora de conseguir um emprego. Hoje podemos até enviar currículos sem sair de casa, apenas utilizando

o e-mail, trabalho que antes era feito com data marcada e pessoalmente.

Tudo parece bom, mas há um outro lado. A internet, assim como pode ajudar na hora de conseguir uma vaga no mercado de trabalho, também pode ser decisiva para manter esse candidato à espera de uma oportunidade.

Atualmente há funcionários e empresas especializados em informações sobre candidatos que revelem características de sua personalidade e até mesmo de seu caráter.

Atraídos pela visibilidade que o mundo virtual oferece, muitos utilizam as redes sociais como Orkut, Facebook e Twitter sem pensar nas

conseqüências que fotos e textos podem causar sobre a sua imagem. E é exatamente aí que mora o perigo!

A professora da disciplina Comunicação e Novas Tecnologias e Jornalismo Online da Faculdade de Comunicação Social (Facopp), Carolina Costa Mancuzo, acredita que muitos estudantes não têm a noção de como suas ações na internet refletirão futuramente. Antes de enviar currículo ou marcar entrevista é importante saber como este candidato se “vende” para o mercado. “Uma dica simples para os futuros profissionais é de pesquisar seu próprio nome em ferramentas de busca, como por exemplo, o Google”.

Um outro conselho é avaliar tudo o que se recebe. Repassar qualquer conteúdo ou participar de qualquer movimento na internet pode ser prejudicial. “Não relacione seu nome ou imagem a qualquer coisa”, sugere.

Eriberto Margarizo Purga

Propaganda é a alma do negócio, por isso, cuidado com o que você posta na rede mundial, empregadores a utilizam para buscar referências de candidatos

MERCADO DE TRABALHO

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Eriberto Margarizo Purga

Internet pode ser um instrumento decisivo na hora de contratar uma candidato

FONTE DE PESQUISAMancuzo ressalta que tudo que

é postado na rede pode permanecer por lá eternamente. “Hoje há empresas com profissionais especializados em realizar pesquisas e levantar todas as informações possíveis sobre o candidato”, pontua.

Como é o caso da consultora Elizabete Algazal, que seleciona funcionários para empresas de Presidente Prudente e região. Ela conta que a internet é um excelente canal para conhecer melhor o candidato, principalmente através de sites de relacionamento, onde há muitas informações úteis na hora de uma seleção. “As comunidades do Orkut, por exemplo, revelam muito sobre o caráter e a personalidade. Já deixei de indicar pessoas para um trabalho após pesquisa na rede”, afirma.

Mesmo depois de ter conquistado um lugar no mercado, o profissional deve continuar

“se policiando”. No início deste ano, um caso chamou a atenção do Brasil. Um diretor comercial de uma empresa foi demitido depois de postar algumas mensagens no Twitter ironizando um dos principais anunciantes da empresa.

De acordo com levantamento da Jobvite, empresa de fabricante de software de recrutamento, 73% dos entrevistados usam sites de redes sociais ou sites de mídia social durante o recrutamento de funcionários. Apontou ainda que 92% usam ou planejaram recrutar candidatos por meio de redes sociais em 2010. Ainda 78% usam o LinkedIn para processos seletivos, 55% usam o Facebook e 45% usam o Twitter. Um terço dos entrevistadores sempre verifica o perfil dos candidatos nas mídias sociais. Os entrevistados que tem obtido sucesso com a contratação por meio de sites de redes sociais somam 58%.

Além disso, o investimento nos tradicionais métodos de seleção está diminuindo.

Segundo a pesquisa da Jobvite, 36% dos entrevistados dizem que planejam gastar menos com anúncio de vagas em placas, enquanto 38% gastará menos com empresas terceirizadas de contratação. Ao todo, foram entrevistados 825 profissionais de RH e apenas 3% deles são clientes da Jobvite. A pesquisa foi publicada no final de junho.

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BEM-ESTAR

O índice de sobrepeso e obesidade da população brasileira avançou nos últimos quatro anos. Levantamento mais recente do Ministério da Saúde aponta que, de 2006 a 2009, a

proporção de pessoas com excesso de peso saltou de 42,7% para 46,6%. O percentual de obesos cresceu de 11,4% para 13,9%, no mesmo período.

Os dados fazem parte da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), que entrevistou 54 mil adultos. A Vigitel 2009 aponta que 51% dos homens e 42,3% das mulheres têm excesso de peso. A ocorrência do problema está relacionada a fatores genéticos, mas há uma influência significativa do sedentarismo e

de padrões alimentares inadequados no decorrer da vida.

Segundo dados do portal da saúde (www.portal.saude.gov.br) entre os homens a situação é mais comum a partir dos 35 anos, mas chega a 59,6% entre 55 e 64 anos. Na população feminina, o índice mais que dobra na faixa etária dos 45 aos 54 anos (52,9%) em relação a 18 a 24 anos (24,9%).

Com base neste problema, a professora e coordenadora da rede pública de ensino do Estado de São Paulo, Vanda Nakano Rodrigues, 47 anos, realizou uma pesquisa com estudantes. A sondagem faz parte de seu Mestrado em Educação, ano 2010, pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em Presidente Prudente. Os

Rubens Ramos

Má-alimentação x obesidadeEscolha errada de produtos, falta de conhecimento sobre os rótulos podem contribuir com ganho de peso

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alunos que participaram da pesquisa são da escola José Quirino Cavalcante, em Mirante do Paranapanema (SP). O objetivo era abordar o aproveitamento do ensino de Ciências Físicas e Biológicas no Ensino Fundamental e a melhor qualidade de vida. A intenção foi avaliar a influência do conteúdo aplicado em sala de aula, sobre a alimentação dos alunos e suas famílias.

Na pesquisa foi entrevistado um médico, três professores de ciências, dois diretores, um coordenador pedagógico, 20 pais, além de 72 questionários aplicados aos pais e alunos. Houve também um acompanhamento de uma compra de supermercado com duas famílias e observação das refeições, no almoço e na janta.

Foi constatada, dessa forma, que

os alunos não associam o ensino de ciências à vida prática, a família não tem conhecimento dos conteúdos que são desenvolvidos na disciplina de Ciências, ou seja, o que o aluno aprende não influencia na qualidade de vida da família. Este cenário mostra que o estudante não entende que o conteúdo ensinado na escola é para o seu próprio benefício. As famílias não conhecem elementos como tabela nutricional. Não sabem ler rótulos, não olham validade dos produtos, nem composição química, e, além do mais, são totalmente influenciadas pela mídia, principalmente a TV.

Com este resultado o objetivo agora é promover maior integração entre a teoria e a prática.

Rótulos trazem informações importantes sobre cada

alimento

Cedi

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Reis

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Reis

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ENTRETENIMENTO

Camila Coelho

Fique por dentroVocê gosta de filmes e livros relacionados com a área de jornalismo? Então, não pode perder estas dicas.

Intrigas de EstadoOs dois personagens centrais são jornalistas que, apesar de não se darem bem, passam a trabalhar juntos para desvendar um crime, que tem tudo para ser o maior furo jornalístico de todos os tempos. O filme é baseado na em uma série exibida pela emissora inglesa BBC em 2003, onde o gênero jornalista destemido é ressaltado. Estrelado por Russel Crowe (‘O Gladiador’) e Ben Affleck (‘Atração Perigosa’).

Zodíaco Baseado em uma história real, no final da década de 60, três jornais de São Francisco recebem cartas de um assassino, que exige que elas sejam publicadas ou continuaria a matar pessoas. As mortes se sucedem e causam pânico aos moradores da cidade. Dois detetives e um jornalista estão envolvidos no caso e se tornam celebridades instantâneas, mas, sempre que pensam ter resolvido o caso descobrem que o assassino está um passo a frente. O elenco conta com a participação de Jake Gyllenhaal (‘O segredo de Brokeback Mountain’) e Mark Ruffalo (‘Dizem por aí’).

FILMES

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Chatô – O rei do BrasilFernando MoraisO livro conta a história de um dos maiores nomes da imprensa brasileira na primeira metade do século XX. Relata a vida de Assis Chateaubriand, contando como ele se tornou uma das pessoas mais poderosas do século passado. O livro conta sobre sua infância, os primeiros trabalhos nos veículos impressos, a criação da revista ‘O Cruzeiro’ e inauguração da primeira emissora de televisão brasileira, a TV Tupi.

EntrevistasCarlos TramontinaO livro traz como personagens grandes entrevistadores da televisão brasileira como Boris Casoy, Alexandre Garcia e Hebe Camargo. Cada capítulo conta a história de um desses nomes explicando suas técnicas e o porquê de usá-las.

Bar BodegaCarlos DornelesA história gira em torno da prisão de jovens da periferia acusados de matar duas pessoas durante um assalto a um bar localizado em uma área nobre da capital paulista. O livro é uma critica ao posicionamento da imprensa em relação à prisão dos supostos culpados, que em momento algum questionou a versão oficial da polícia, aceitando tudo o que diziam, por mais contraditório que fosse.

LIVROS

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BELEZA

Como todos sabem o verão é época de curtição, de sair com os amigos para tomar uma cerveja gelada, de colocar um biquíni, ir na piscina com os amigos e curtir. Em tese é assim mesmo, mas o que muita gente não sabe é como as pessoas se preparam para entrada da estação mais quente do ano que

tem início no dia 22 de dezembro.Dietas, exercícios, tratamentos estéticos são algumas das

medidas que os mais vaidosos adotam para poder exibir corpos musculosos e atraentes.

Você pode estar pensando que isso é coisa de mulher, não é mesmo? Mas nada disso. Cuidar-se para o verão virou obsessão do público masculino também. O estudante de jornalismo Eriberto Margarizo Purga, 28, conta que há dez anos briga com a balança, mas se aproximando dos 30 anos de idade acredita que não há mais como adiar uma mudança de hábitos. “Perdi 10 kg em 3 meses. Tenho 1,70 de altura e pesava 80 kg, agora estou com 70 kg. Me sinto muito bem e pretendo prolongar minha juventude”, brinca.

Para obter esse resultado, mudou radicalmente a alimentação e começou a praticar corrida e caminhada. O estudante revelou, ainda, que manteve o arroz com feijão e turbinou o prato com verduras legumes e grelhados. Entre uma refeição e outra consome frutas diversas. “Eliminei frituras, doces e já me acostumei nesse ritmo de vida. No início é difícil,

Camila Coelho

Prática de exercícios físicos ajuda quem quer perder peso

A busca pelo corpo perfeito

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mas se conseguir um mês, não para mais”, aconselha.A professora de Biologia, Annelise Pacheco, 47, começou a se

preparar mais cedo para o verão 2011. O motivo foi uma excursão com seus alunos do terceiro colegial para Porto Seguro, na Bahia, no fim de outubro. “Mudei a alimentação, fiz alguns tratamentos estéticos e, pude ir tranqüila viajar”, comemora.

Segundo a esteticista, Tereza Muchon, a procura por tratamentos estéticos nesse período é intensa. “As mulheres querem ficar mais bonitas para quando chegar o verão colocar o biquíni sem ficar preocupada com as celulites ou gordurinhas a mais”. Ela ressalta que os tratamentos mais procurados são a drenagem linfática e as massagens redutoras de medida.

Mas de nada adianta fazer tratamentos estéticos sem manter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos regularmente. O personal trainer e professor de Educação Física, Maycol Fernandes, diz que o ideal para um emagrecimento saudável é a prática de exercícios aeróbicos combinados com a musculação. “Quem quer emagrecer deve fazer um treino personalizado”, explica o profissional. Ele diz, ainda, que não se deve praticar atividades físicas sem supervisão. “Não dá para saber qual a capacidade que temos para agüentar determinados exercícios e, fazendo sem supervisão, a pessoa pode, além de não alcançar o ideal de um corpo perfeito, se machucar”.

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Alimentação saudável e exercícios ajudam a emagrecer

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ENTREVISTA

Viviane Monteiro

As múltiplas facetas do casseta Reinaldo

Em entrevista exclusiva à Contemporânea, artista fala dos seus 19 anos dedicados ao programa da Rede Globo

Reinaldo Batista Figueiredo, 59 anos, casado, é músico, cartunista e, como todos sabem, humorista. Há 19 anos no programa Casseta & Planeta, da Rede Globo, fez centenas de personagens, mas os mais lembrados são: Devagar Franco, Ótima Bernardes, Zé Galo, Sucker (da dupla Fucker & Sucker) e Osama, o marido da Jurema.

Começou profissionalmente como cartunista, no Pasquim, jornal que sobreviveu à Ditadura e por onde passaram grandes nomes como Ziraldo, Millôr, Henfil, Paulo Francis, Chico Buarque, Antônio Callado, Rubem Fonseca, Odete Lara e Gláuber Rocha.

Em entrevista à Contemporânea, o humorista fala um pouco sobre seu trabalho e mostra os vários lados de um mesmo Reinaldo.

CONTEMPORÂNEA - O que você achou da decisão que impediu, por um período, os humoristas de fazer caricaturas dos candidatos à presidência?

REINALDO BATISTA FIGUEIREDO - É claro que foi um equívoco e um mico total. Felizmente voltaram atrás. Esse tipo de coisa não combina com um país que quer ser chamado de democrático.

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Reinaldo: “Quando eu pego o

meu livro sinto o pra-zer de ter feito uma

coisa que eu acho que deu certo”

CONTEMPORÂNEA - Como você vê o humor do CQC? É humor ou jornalismo?

REINALDO - O humor do CQC é apenas um dos muitos tipos de humor que se pode fazer. No caso, eles gostam de puxar mais para o lado do jornalismo. Acho bom que a nossa televisão tenha vários estilos de programas de humor.

CONTEMPORÂNEA - E como é o seu relacionamento com o outros grupos humorísticos?

REINALDO - Eu me dou bem com todos. Na verdade, não sou amigo íntimo de nenhum deles, mas quando a gente se encontra por aí é num clima totalmente amistoso.

CONTEMPORÂNEA – Qual a sua opinião sobre as comédias stand-up? Estamos vivendo um modismo?

REINALDO - Stand up comedy é, como eu disse, mais um dos vários tipos de humor que podem existir ao mesmo tempo. É claro que agora está acontecendo um movimento grande no gênero, que alíás, no passado, já foi muito praticado também por José Vasconcelos, Chico Anísio e Jô Soares.

CONTEMPORÂNEA – De quem foi a sacada de aproveitar a novela das 20h para fazer sátiras? Algum artista já reclamou?

Viviane Monteiro

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REINALDO - As nossas ideias surgem em grandes reuniões de pauta, então não dá pra lembrar de onde saiu. E os atores de novela, em geral, adoram ser caricaturados nas nossas versões. Na verdade, ficam chateados quando o personagem deles não aparece na paródia.

CONTEMPORÂNEA - Já tiveram problema com algum político satirizado?

REINALDO - Felizmente, políticos também não se queixam. Acho que eles perceberam que estamos numa democracia e a sátira faz parte do jogo. Se alguém se candidata a um cargo público tem que estar sabendo que, mais cedo ou mais tarde, vai virar assunto de piada. Se não gostar disso, é muito simples: basta não se candidatar a nada.

CONTEMPORÂNEA - O que sente ao pegar nas mãos seu livro “Noite de autógrafos”?

REINALDO - Sem querer bancar o falso modesto, quando eu pego o meu livro “Noites de Autógrafos” sinto o prazer de ter feito uma coisa que eu acho que deu certo. E é bom ver também a reação positiva das pessoas. Se eu gostei e os leitores gostaram, está bom demais.

CONTEMPORÂNEA - O que o cartum significa na sua vida?

REINALDO - O cartum ou desenho de humor foi por onde eu comecei o meu trabalho de humorista. Em 1974, no Pasquim. E estou fazendo isso até hoje, porque acho uma forma muito rica de expressão. Pode ser considerado, às vezes, uma espécie de literatura com um algo mais: o desenho. No caso das histórias em quadrinhos, estão aparecendo no mundo inteiro novos estilos, menos infantis, mais adultos, mais literários mesmo. Vejam por exemplo o novo livro do cartunista Laerte, chamado “Muchacha”. Pra mim é tão bom quanto um romance ou livro de contos de um autor consagrado. Para ver meus desenhos , é só dar uma olhada no meu blog : http://tvglobo.casseta.globo.com/reinaldo/

CONTEMPORÂNEA - E o jazz?

REINALDO - O jazz tem a ver com a minha primeira tentativa de trabalho profissional. Eu comecei trabalhando como músico (não de jazz, mas de jingles publicitários). Depois é que parti para o desenho de humor. Mas no fundo continuei sendo músico, e hoje tenho um grupo que toca samba-jazz, a Companhia Estadual de Jazz (CEJ) . O nome é um trocadilho que só funciona no Rio de Janeiro, porque só aqui existe uma CEG - Companhia Estadual de Gás.

Para mais detalhes sobre a banda, ver no: myspace.com/companhiaestadualdejazz

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Imag

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aCONTEMPORÂNEA - Como foi para o grupo seguir em frente sem o Bussunda?

REINALDO - O programa conseguiu seguir em frente sem o Bussunda, mas a ausência dele infelizmente é um problema que não tem solução.

Para o artista a ausência do Bussunda

infelizmente é um problema que não tem

solução

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CAPA

Heloise Hamada

A passagem de dois brasileiros pelo Japão, o choque cultural, o aprendizado e as dicas para quem também deseja se aventurar

Atenção passageiros com destino ao Japão

Imagine a cena: você está em uma conveniência e resolve comprar um sorvete e se depara com várias opções. Não sabe ler o que está escrito nas embalagens e não fala a língua do atendente. Resolve, por fim,

escolher pelas fotos e decide pelo sabor chocolate. Ao começar a degustar, percebe que parecido com cacau, só a cor marrom e pede ajuda para quem

sabe ler os ideogramas, que responde: é de feijão.Parece estranho sorvete sabor feijão,

mas para os japoneses é mais um tipo entre tantos. Esse fato inusitado aconteceu com Vinícius Pires, analista de sistemas e morador do Rio de Janeiro (RJ), que foi pela primeira vez ao Japão no período entre os dias 28 de outubro e 9 de novembro de 2010. “Foi uma experiência interessante, devido à organização e à educação do povo oriental, e divertida por conta das trapalhadas cometidas por nós, turistas”, comenta. Por mais que a internet conecte países e a televisão mostre a cultura mundial, o choque cultural é algo natural quando se trata de ocidente e oriente.

A universitária Natália Kawassaki, de Goiânia (GO), também esteve nessa viagem e, apesar de um ano de aulas de japonês, o que a salvava na comunicação era o idioma inglês, isso “quando a pessoa sabia inglês”, caso contrário, nada que uma boa mímica ou um apontamento não resolvesse. Essa foi sua segunda visita a terra de seus antepassados. “A primeira foi bem mais fácil, pois meus pais estavam juntos e

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providenciavam tudo. Dessa vez fiquei preocupada em cuidar do meu irmão e das finanças”, explica a estudante. Ela recebeu a orientação de não converter o Yen, moeda japonesa, em Real para não perder a noção do dinheiro.

UM POUCO DE TUDO Os dois participaram de uma excursão

com cerca de 220 pessoas, e durante uma semana vivenciaram a mistura entre tradição e tecnologia. “O modo como algumas pessoas se vestem, pintam ou penteiam seus cabelos é visto como algo exótico ou absurdo no Brasil”, diz Kawassaki. Em Tokyo, segundo ela, é comum cruzar com meninas que se vestem como bonecas e senhoras de quimono, bem como prédios contemporâneos e templos budistas.

Com a culinária japonesa, Pires se adaptou rapidamente e só achou difícil acomodar-se em alguns restaurantes onde não há cadeiras, a mesa é baixa e o cliente precisa ficar ajoelhado sobre almofadas. “Não tinha espaço para as pernas”, brinca.

Natália Kawassaki junto ao pôster de divulgação do show da banda americana Bon Jovi, que

também estava de passagem por lá

Vinicius Pires no quarto do hotel sobre a cama oriental

Cedi

da

Cedida

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FICA A DICA!Para quem ficou animado em se aventurar por lá, Natália Kawassaki dá dez dicas úteis para os turistas de primeira viagem:

1- Aprenda os costumes básicos do país2- Não deixe de visitar os principais pontos turísticos3- Planeje horários, estadia providencie mapas e veja as rotas pela internet4- Quando for comprar algum eletrônico, apresente seu passaporte para que o imposto seja descontado5- Falando em impostos: tome cuidado, pois eles não são embutidos nos produtos como aqui no Brasil (geralmente o valor é de 5%)6- Vá a uma loja de 100 Yene, pois com apenas uma moeda você compra um produto de qualidade. Seria como a famosa loja de R$ 1,99 aqui do Brasil7- Não se assuste com o banheiro oriental8- Não tenha preconceito. Se jogue na aventura de conhecer um país completamente diferente do Brasil9- Não há nada que um “sumimasen” não resolva! (a palavras pode ser usada com sentido de “com licença”, “desculpa” ou “por favor”10 – Quando ficar em dúvida se deve ou não comprar. COMPRE! Pois se não comprar se arrependerá quando voltar ao Brasil e então será tarde.

O PAÍS DAS MÁQUINASComprar água, gelatina, chá quente, cigarros, bilhete

do metrô, doces, refeições, brinquedos, sorvete, enfim, tudo isso e muito mais coisas são possíveis de se conseguir com algumas moedas (notas também), e toques em botões nas inúmeras máquinas espalhadas pela rua, lojas e estações. “Sempre tinha uma no meio do nada. Era incrível, principalmente porque você recebia até troco”, comenta Kawassaki.

RESPEITE E APRENDATodos da excursão receberam orientações sobre

os costumes locais como: ser pontual, não comer e andar ao mesmo tempo, não atravessar a rua fora da faixa de pedestres, jogar o papel higiênico na privada, não jogar lixo na rua (inclusive cigarros), não conversar e mascar chiclete,

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não falar alto dentro do trem, entre outros. “Apesar de não encontrarmos muitas lixeiras nas ruas, não havia lixo no chão. Vai além da educação, faz parte do costume levar seu lixo para ser jogado em casa”, enfatiza a estudante.

Pires comprou um aparelho portátil para reproduzir músicas, ler documentos digitais, tirar fotos, fazer vídeos e onde até instalou um aplicativo para aprender hiragana e katakana, as duas escritas japonesas. “Adorei o Japão, não moraria lá a vida toda, mas por alguns anos certamente”, comenta.

Apesar das memórias, fotos, presentes e o fuso horário “atrapalhado”, os dois já sentem saudades. “A viagem foi um ótimo aprendizado para mim. Pude reconhecer melhor as diferenças que existem e conviver da melhor forma possível com isso”, finaliza Kawassaki.

Sorvete de feijão está entre as opçõe de

sabores

Cedi

da

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ALÉM DA MÍMICAAprenda algumas expressões para não passar apuros:

* “Toirê wa doko desuka? = Onde fica o banheiro?* “Ikura desu ka = quanto custa?” * “Onamaewa? = qual o seu nome?”* “Arigatô gozaimasu = Obrigado”* Ohayo gozaimasu = Bom dia* Konnichiwa = Boa tarde* Kombanwa = Boa noite* Oyasuminasai = Boa noite (quando irá dormir ou quando se despede de alguém à noite)* Sayonara = Até logo, adeus* Hajimemashite = Muito prazer* Ogenki desu ka = Como vai?* Hai = sim * Iie = não * Wakarimashita = Entendi * Wakarimasen = Não entendo * Chotto matte kudasai = Espere um momento, por favor* Kanko kyaku desu = Sou turista* Nihongo wakarimasen = Não entendo japonês * Porutogarugo o hanaseru hito wa imasu ka? = Tem alguém que fale português?

Estação do metrô do bairro de Harajuku

Guarde o bilhete do metrô, pois você precisará dele para sair da estação. Caso perca, precisará pagar uma nova passagem

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Jean Ramalho

Afiliada da Rede Globo, em Presidente Prudente, entra para história por seu pioneirismo com a nova tecnologia

TV Fronteira é a primeiraemissora a transmitircom sinal digital

COMUNICAÇÃO

O início da transmissão digital em alta definição é um novo marco na história da TV Fronteira, afiliada Rede Globo em Presidente Prudente. A emissora, que completou 16 anos em 2010, foi a

primeira inteiramente digital do Brasil. Mesmo antes da transmissão digital, passou a produzir conteúdo, ganhando qualidade significativa nas produções locais e otimizando o tempo de produção.

Mantendo essa visão pioneira, emitia sinal em caráter experimental desde junho de 2010 e no dia 6 de dezembro de 2010 lançou oficialmente a transmissão em alta definição. “É muito importante que esse período de testes da implantação do sinal digital seja respeitado, garantindo ao telespectador o direito de receber um sinal de qualidade e sem interrupções em sua casa”, enfatiza Washington Gasparotto, gerente de tecnologia da TV Fronteira.

O sinal digital vai oferecer melhor qualidade de imagem, de som e todos os recursos que essa tecnologia permite. A inovação também é relevante pela portabilidade e pela mobilidade, explica Gasparotto. Estes dois serviços disponí¬veis vão permitir a recepção da TV Fronteira em aparelhos celulares e minitelevisores de última geração em ônibus e carros.

Segundo o cronograma da TV, a partir de 2011, a emissora já deve começar a produzir conteúdos locais em HDTV (High Definition TV ou TV de alta definição). “Futuramente, toda a programação será em alta definição, presenteando o telespectador regional com a melhor qualidade de som e imagem”, garante Luciane Lima, diretora executiva da TV Fronteira.

Para sintonizar o canal digital, o telespectador precisará adquirir uma antena UHF e um conversor para acoplar ao seu televisor, que pode ser um aparelho antigo, de tubo, ou um aparelho mais moderno. Outra opção será a aquisição de um televisor já com o conversor integrado ao equipamento, que garantirá a melhor recepção e exibição do sinal em alta definição. O telespectador que não estiver preparado para essa mudança não precisa se preocupar, já que a transmissão do sinal analógico continuará simultaneamente ao digital até junho de 2016.

O acionista Paulo Lima, proprietário da emissora, durante discurso, na inauguração do sinal digital em Presidente Prudente

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PERSONALIDADE

Lívia Peretti

ARTE MARCADA NA PELEDesenhos, figuras e retratos ganham destaque no corpo e o preconceito, aos poucos, diminui

A tatuagem nunca esteve tão na moda. É impossível não notar em uma roda de jovens uma estrelinha, uma letra, uma frase ou um desenho em alguma parte do corpo deles.

Com 24 anos de profissão, o tatuador, José Carlos Linares, 42 anos, conhecido como “Zé Linares”, diz que no verão a procura aumenta. “As pessoas procuram o estúdio, principalmente em outubro e setembro, para já ter um desenho novo para exibir nas férias de janeiro. Porém, o correto é fazer a tatuagem no inverno, já que ela não pode ser exposta ao sol por no mínimo seis meses”, aconselha.

O problema é que muitos jovens fazem tatuagens pensando no presente, sem se dar conta que ela não sai do corpo e a marca fica para sempre.

A estudante de publicidade, Lígia Crepaldi Camarini, 18 anos, resolveu fazer a sua tatuagem quando completou a maioridade. O desenho escolhido foi inspirado em um mantra “OM MANI PADME HUM” (Jóia de lótus).

Camarini informou que essa tatuagem é vista com respeito e veneração pelos povos orientais e ela é freqüentemente associada a Buda, por representar a “pureza emergindo imaculada de águas lodosas”.

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Quando a tatuagem ficou pronta, a família ficou assustada, em especial, por causa do tamanho. Mas, segundo conta, depois que entenderem o significado, “todo mundo aceitou e aprovou”. A futura publicitária não tem medo de se arrepender, até porque o desenho tem importância em sua vida e, segundo ela, a “tatuagem é uma arte que sempre vai carregar” e sente orgulho de ter feito uma escolha cheia de significado. Ela acredita que a tatuagem não interfere tanto no mercado de trabalho. “Acho que prejudica em algumas áreas, como Direito, mas na minha área já é bem tolerada”, diz ela. “E preconceito sempre existe, mas os amantes dessa arte enfrentam esses pequenos obstáculos”, conta.

Para pintar um desenho no corpo, a máquina de tatuagem passa horas arranhando a pele. Por isso, o tempo de

duração depende de vários fatores como sensibilidade a dor, preço e o tamanho da imagem.

Para o soldador Audrey Cássio da Silva, 30 anos, a satisfação de ter um desenho, ou melhor, 17 estampados na pele compensam todo o desconforto e mesmo sofrendo preconceitos, ele não se arrepende de suas tatuagens, pois “cada uma delas tem um significado importante e especial”, como nos dedos da mão com os dizeres amor e ódio “já,

que os dois andam lado a lado”.A tatuagem que ele mais gosta é

a imagem de duas mãos unidas como se estivessem orando e escrito

“Na Fé”.

Livia Peretti

Audrey Cássio da Silva tem 17 tatuagens estampadas pelo corpo e diz que não se arrepende

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Saiba maisEngana-se quem pensa que tatuagem

é coisa de gente moderna. Na verdade, o ato de marcar o corpo é tão antigo quanto a humanidade.

Segundo o jornalista carioca Toni Marques, que se tornou um especialista no assunto ao escrever o livro O Brasil Tatuado e Outros Mundos, no país tropical até o século XIX existiam tatuagens indígenas e escarificações de escravos. A tatuagem serviu para distinguir escravos, fascínoras e até os judeus nos campos de concentração da Segunda Guerra.

Marques acredita que a presença de marinheiros ingleses fez com que a tatuagem se tornasse da ralé urbana da Europa, como desenhos de coração espetado por flecha, espadas, rosas, nomes, mulher nua, sereia, entre outros. Ele acha ainda que isso durou mais ou menos até o fim da década de 50, no século XX, quando um tatuador dinamarquês, conhecido como Knud Gegersen se estabeleceu em Santos e introduziu temas comuns entre marinheiros como desenhos de dragão, tigre, águia, entre outros.

Estas estampas começaram a fazer parte da cultura dos surfistas na década de 70 e desenhos como flores, corações, fadas começaram a se destacar.

Ele ressalta que foi a partir da década de 80 que nasceu no mercado brasileiro a tatuagem como a conhecemos hoje, ou seja, cheia de variedade e símbolos.

Através da tatuagem, a pessoa quer dizer algo sobre si mesma, tanto para pertencer a um grupo que usa esse tipo de sinal ou para se diferenciar da sociedade.

O tatuador “Zé Linares” ressalta que os desenhos mais tatuados nos homens são os dragões e ideograma japonês e nas mulheres, o recorde são as flores, borboletas e estrelas. Ele acha que a moda interfere, mas isso não deveria acontecer, já que é passageira.

Questionado sobre as escolhas de cada tatuagem, Linares diz que sempre aconselha seus clientes na hora da decisão e acha que cada pessoa escolhe o seu símbolo pelo significado que existe em cada imagem e a mensagem que cada pessoa quer passar.

Na opinião dele, tatuagem define grupos e o significado dela tem a ver com o grupo social que cada indivíduo está inserido.”Às vezes, uma borboleta em um determinado grupo significa que você é lésbica, em outro é apenas um desenho; algo meigo, ressalta. Tudo depende do contexto que cada um vive.”

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Recomendações para se fazer uma tatuagem

Primeiro é preciso ser maior de idade.Depois, escolha um bom profissional para fazer sua tattoo e siga algumas dicas para que ela tenha uma boa cicatrização e fique sempre bonita.Antes de fazer a tatuagem é preciso escolher bem o desenho. Pesquise bastante e dê uma olhada nas revistas especializadas.Escolha um tatuador já conhecido pelos seus colegas. Veja bem os trabalhos que ele já fez.Converse com o tatuador sobre o que deseja. Ele pode te dar várias dicas para que o desenho fique ainda melhor. Tatuagens bem específicas (o nome seu namorado ou namorada, por exemplo) exigem uma atenção maior. Imagine sempre o que pode acontecer depois e o porquê está fazendo uma tatuagem.Verifique se o local onde será feita a tatuagem é higiênico. O material precisa ser completamente descartável e esterilizado.Durante o processo, evite ficar se mexendo demais. A tatuagem é um trabalho de pura precisão.Não tome drogas ou remédios para anestesiar e não sentir dor. Na hora da aplicação, se quiser se mexer ou espirrar, avise o tatuador antes.Tenha bastante paciência. Lembre-se que, quanto mais elaborada a tatuagem, mais tempo e mais complicado será o processo.

Depois que a sua tatuagem estiver pronta, é preciso de cuidados especiais durante 20 dias, para que ela tenha uma boa cicatrização, como lavar bem o local tatuado com sabonete neutro, passar pomada cicatrizante três vezes ao dia indicada pelo tatuador. Geralmente as pomadas indicadas são compostas pela vitamina B5 (D-pantenol) que tem efeito recuperador para a pele.Não esfregue o local nem tire a casquinha.Na hora de dormir, cubra a tatuagem com papel filme, aquele plástico usado para embalar alimentos.Não tome banho de mar, piscina, sauna ou Sol e nem banhos muito demorados e com água quente nos primeiros 15 a 20 dias.Depois do banho, muito cuidado na hora de secar a região. Não esfregue o local, apenas encoste a toalha para absorver o excesso de água.Não use roupas muito apertadas logo após ter feito o desenho escolhido, porque fibras da roupa podem grudar na casquinha que se forma.Depois que a sua tatuagem já estiver cicatrizada passe sempre protetor solar.

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VIVER A VIDA

Perseverança, força de vontade e entusiasmo são algumas características que os deficientes físicos adquirem no decorrer de sua jornada. Muitos são os preconceitos,

críticas e pessimismo que encontram na sua vida, mas mesmo assim, conseguem através do apoio de familiares e amigos levar uma vida como qualquer pessoa.

Camila Mancini, 20 anos, é cadeirante e leva uma vida como qualquer jovem da sua idade. Ela cursa o 3° termo de Comunicação Social, na Faculdade de Comunicação Social de Presidente Prudente (FACOPP), da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste). Mas não é só a universidade que ocupa seu tempo. Ela participa de projetos ligados a acessibilidade e adora festas. “Minha rotina é ‘normal’ aquela correria de vida de universitária, além da faculdade escrevo meus textos para meu blog e minha coluna no

site GN (Grupo Noticia). Minha vida social é bem agitada, saio muito, viajo, participo de eventos que envolvem a inclusão social”, conta.

Alegria é o que não falta na vida de Mancini, para ela a deficiência é uma realidade, e a solução foi aprender como viver espontaneamente e feliz. “Desde pequena sempre soube que a minha deficiência faria parte da minha vida, que limitações todo ser humano tem, físicas ou não; então tinha duas opções, enfrentá-las: lutar pela realização existencial ou ficar chorando, lamentando-me, vendo a vida passar... Eu escolhi a primeira opção!”, explica a universitária que sempre teve o apoio da família e de amigos para superar suas dificuldades. “Eles são meu alicerce, me protegem e estão sempre do meu lado”.

No decorrer de sua vida a universitária participou de inúmeros projetos ligados a acessibilidade. Um deles é a história em quadrinhos ‘A Turma da Febeca’, criada pelo

Camila Coelho

Jovens superam obstáculos e conquistam espaçoEngana-se quem pensa que, por ser deficientefísico, a pessoa está destinada a ser infeliz

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cartunista Victor Klier, e que tem Camila como uma das personagens. “O objetivo do projeto era retratar os jovens deficientes de uma maneira normal. Mostrar esses jovens em situações que todos os adolescentes passam, como sair para brincar, ir a escola, ter amigos que ajam com naturalidade diante da sua deficiência, fugindo daquela tradicional e errônea ideia de que o deficiente merece olhares de pena; e aquela famosa frase ‘oh coitadinho, tão bonitinho e desse jeito’”, explica.

Assim como Mancini, há outro exemplo de superação dentro da Facopp. Bruno Tomiazzi está no 4° termo de Comunicação Social, e, tem agenda cheia. “Toda manhã vou para a faculdade e fico até às 11hs, ajudo meus pais, que são feirantes a preparar as mercadorias para trabalho no dia seguinte. Sempre que posso vou a alguma festa ou barzinho. Acho que levo uma vida normal”, conta.

Tomiazzi explica que o preconceito é algo natural quando o assunto é a deficiência física. “O fato de darmos uma impressão de tristeza é porque a sociedade criou um estigma, que é passado de geração para geração. Mas a mídia, aos poucos, acrescenta informações que podem transformar o preconceito”.

O universitário fala que a melhor maneira de lutar contra essa visão que a sociedade tem quando se trata dos deficientes físicos é por meio do conhecimento. “Se puderem adquirir informações sobre certos tipos de deficiência podem entender melhor nossa vida. Eu sei, que a primeira impressão é a que vale, mas as pessoas devem ser levadas além do pré julgamento, e, entender que podemos ter alguns limites mas somos capazes de fazer muitas coisas”, desabafa.

Mancini concorda com o ponto de vista de colega universitário e acrescenta que “a deficiência é apenas uma singularidade da pessoa, não é ela toda, portanto não é uma constatação de incapacidade, nem condenação a tristeza, é apenas forma diferente de realizar suas atividades diárias, com a mesma competência que todas as pessoas”.

A Turma da FebecaÉ um projeto de histórias em quadrinhos, onde os protagonistas são deficientes ou possuem alguma patologia, que conta o dia-a-dia de crianças e adolescentes em fase escolar e cuja deficiência ou patologia não as diferencia das demais. Há meninas levadas, teimosas, animadas, comportadas, que fazem muitas estripulias. Todavia, não deixam de viver os momentos proporcionados pela vida por estarem em uma cadeira de rodas, serem cegos ou usando muletas.

Mancini tem uma rotina cheia de atividades: “minha vida é normal”

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ESPECIAL

Sesc Thermas movimenta PP e região

Larissa Lima

Atividades de lazer, cultura e esportes são oferecidos na unidade; muitas são gratuitas

Com o objetivo de promover o bem-estar social, a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento cultural de seu púbico prioritário e a comunidade em geral, o Serviço

Social do Comércio (SESC) foi fundado em 1946 pelo empresariado do comércio de bens, serviços e turismo, que o mantém e o administra.

Em Presidente Prudente, o Sesc chegou em 2007 e desde então oferece à região diversas opções de lazer, cultura e esportes. Na área musical, o programa Múltiplos Sons, que apresenta a diversidade da música como uma das linguagens da cultura, apresenta todos os sábados e feriados, sempre às 16h, grupos

com carreiras consistentes e bandas que estão começando. Entre os nomes que passaram pelo palco do Sesc Thermas, destacam-se Marcelo Nova, Théo Werneck Blues Trio, Autoramas, Larry McCray, Los Cocineros, LynWood Slim, Apanhador Só, Mariana Avena, Banda Veja, Claudio Nucci e outros.

Ainda no Falando de música, sempre no mês de julho, em comemoração ao Dia Mundial do Rock, acontece o Thermas do Rock. Este ano quem fez o palco do Sesc tremer em dois dias de shows foram Ludov, República 12, Violeta de Outono, Cabeça de Bagre, Combat Rock e Bada Jamballay. Além dos shows, os amantes do rock puderam conversar sobre o cenário musical

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paulista com Clemente Nascimento, Thunderbird, Fábio Golfetti e Sandra Coutinho. No mês agosto, o Sesc In Blues dita o ritmo, com nomes consagrados do blues nacional e internacional, este ano apresentaram-se Rick Estrin and The Nightcats, Ivan Marcio, Mulheres Blueseias e Vasco Faé e Jonnhy Nicholas and Blues The Ville. Pelo programa Palco Brasil, já se apresentaram em Jorge Ben Jor, Maria Rita, João Bosco, Zeca Baleiro, Lenine, Caetano Veloso e outros grandes nomes.

Para o auxiliar administrativo Robson Sales, 25 anos, o Sesc proporciona ao município opções de lazer com conteúdo. “Acompanho sempre a programação e os shows musicais, que são uma boa opção de

lazer, além de poder adquirir conhecimento da diversidade cultural e musica. Acredito que isso é bom para a região, pois com essa inclusão cultural, deixa de estar ilhada, por ficar longe da capital”, completa.

Show Baile do Simonal com Max de Castro e Simoninha em Osvaldo Cruz

Paulo Freire em show pelo Múltiplos Sons nas tardes de sábado no Sesc Thermas

Bate-papo musical com Clemente Nascimento e Fábio Golfetti no Thermas do Rock

Ludov em ensaio para subir ao palco do Thermas do Rock

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Larissa Lima

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REPRESENTAÇÃO O teatro não fica de fora. O Fentepp

(Festival Nacional de Teatro do Presidente Prudente), realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e a Secretaria de Estado da Cultura, espalha, sempre no mês de agosto, teatro, circo, performances e leituras dramáticas por diversos espaços da cidade. E aos domingos, às 15h, o programa Teatrando, procura, através da apresentação de espetáculos infantis, inserir o teatro desde cedo na vida das crianças.

Entrando no mundo da atividade física e do esporte, são oferecidos cursos permanentes de Ginástica Multifuncional, Alongamento, Clube da Caminhada e Dança de Salão, Hidroginástica e Iniciação. Os cursos direcionados para a terceira idade são Ginástica e Expressão, Hidroginástica a Alongamento. Além destes programas, é possível também vivenciar práticas de Yoga, Pilates e Reequlíbrio Postural, disponíveis através de cursos modulares com duração de três meses.

A promoção da prática da atividade física é o objetivo de grandes eventos como o Sesc Verão, que acontece nos meses de janeiro e fevereiro, com vivências, caravanas esportivas, mini-cursos, workshops, aulas abertas, apresentações e bate-papos. Em maio é a vez do Dia do Desafio, no qual cidades do mundo todo

Thunderbird, ex-vj da MTV em bate-papo

sobre os Caminhos do Rock Paulista

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competem de forma amigável, visando mobilizar o maior número de pessoas a praticarem durante 15 minutos alguma atividade física.

Outro evento esportivo é o Circuito Sesc de Corrida, Prova Aniversário de Presidente Prudente. Além dos 5 e 10 km de corrida e 5 de caminhada, o Circuito conta com ciclo de palestras e bate-papos.

EXPRESSÃO Percorrendo 88 cidades do interior,

litoral e grande São Paulo, o Circuito Sesc de Artes passou este ano por Presidente Venceslau, Lucélia, Adamantina, Osvaldo Cruz e Tupã, levando uma programação com artes visuais, artemídia, literatura, dança, música e teatro

durante um dia inteiro. Quem pode ver de perto as atrações, como a estudante Adriele Santos, 24, aprova a iniciativa. “É muito bom poder ter acesso a esse tipo de evento. O que se não fosse por conta do Sesc, jamais teríamos a oportunidade de participar aqui em Presidente Venceslau”.

Para quem ainda não conhece o local, vale uma visita. Na unidade localizada na Rua Alberto Peters, número 111, bairro Jardim das Rosas, em Prudente, é possível também acessar a internet gratuitamente, na Sala de Internet Livre, criada com o objetivo de democratizar o acesso ao mundo digital, além de espaço para leitura de jornais e revistas, quadra de esporte e parque aquático.

Área de leitura é um espaço para descontração, conhecimento e cultura

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PERSISTÊNCIA

Ser atleta no Brasil requer determinação

Taisa Nelli

Para realizar sonhos e conquistar vitórias, jovens da seleção brasileira de caratê vivem desafios de todos os tipos

Sete horas por dia é o tempo que a atleta prudentina Valéria Kumizaki, de 25 anos de idade, se dedica aos treinos. Ela que faz parte da seleção brasileira de caratê, possui diversos títulos nacionais e internacionais como, por exemplo, a de campeã mundial Junior, no ano de 2005, no Chipre, na Turquia. Também conquistou a medalha de prata nos Jogos Panamericanos, no Rio de Janeiro. Em 2007, obteve

êxito nos campeonatos abertos pelo exterior e também oficiais como os jogos Sul - Americano e Pan-Americano de caratê. A vitória mais recente foi na Colômbia e no Equador.

Os treinamentos são intensos divididos entre técnicos, táticos, específicos e físicos (exercícios aeróbicos e musculação). Como todo atleta, Kumizaki também se dedica a cuidar de sua alimentação, para que esteja de acordo com o seu ritmo. Na dieta alimentos como frutas, verduras, legumes, mas como toda pessoa, de vez em quando se rende as tentações do chocolate.

Seu treinamento começa logo pela manhã, mas não segue uma rotina de horários. O importante, explica ela, é sempre conciliar todos os treinamentos necessários exigidos e estipulados para um atleta que é integrante da seleção com suas atividades diárias.

A atleta tem a ajuda do bolsa-atleta de Santa Catarina e também conta com o apoio da prefeitura de Itajaí (SC), mas não é um apoio em que possa arcar com todas as despesas.Mesmo treinando e morando em Prudente, não têm patrocínio de empresas locais. Como viaja muito em competição, ela acaba arcando, muitas vezes, sozinha com algumas despesas. Por isso, não participa de todos os campeonatos, tendo que escolher alguns.

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A prudentina afirma que sente orgulho por competir pela sua nação, porém o que a entristece, é a falta de apoio a este esporte. O Brasil é o país do futebol, e os outros esportes acabam ficando meio em desfalque para o brasileiro.

POR OUTRO LADO O atleta Douglas Brose, de 25 anos, que

mora em Florianópolis (SC), tem o apoio do governo do seu Estado, que arca com toda a preparação do atleta. Brose está na seleção há nove anos, desde o ano de 2001 onde ele competia pela categoria de base. Treina cerca de quatro horas por dia, dividido em dois períodos e seis vezes por semana. Para ele, viajar se torna um pouco mais fácil, pela constante ajuda que obtém do governo. O carateca, que já foi campeão do World Games, onde estão apenas os 8 melhores atletas do mundo, competição realizada em Hong Kong, no ano de 2009, pela primeira vez, conquistou o Campeonato Mundial de Caratê. “É uma sensação inexplicável, um sonho atingido de estar no topo do mundo”, são as palavras do atual campeão da World Karate Federation (WKF) principal confederação do esporte.

O campeonato ocorreu recentemente em Belgrado, na Sérvia. Esta competição é realizada bienalmente e conta com a presença de seleções convocadas de vários países do mundo. Segundo o técnico da Seleção Brasileira de Caratê, Luis Otávio Lacombe, os atletas brasileiros são geneticamente beneficiados pela mixagem racial, são diversificados e obteriam maiores resultados satisfatórios se pudessem dedicar mais tempo aos treinamentos, porém a maioria deles não tem o apoio adequado e não podem se dedicar integralmente ao esporte, pois precisam trabalhar para ter uma renda.

Os braços erguidos de Douglas Brose revelam o momento de consagração ao receber medalha de ouro no campeonato mundial

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Guerreiros contemporâneos mostram sua força, Douglas Brose luta com o italiano Michele Giuliani

na final para a disputa do ouro

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A origem O caratê é um esporte que está presente em eventos importantes como os Jogos Pan Americanos. A palavra significa caminho da mão vazia. É uma arte marcial de origem japonesa, dividida em estilos, com diferentes técnicas, cujos princípios filosóficos são a dedicação, a formação do caráter e o aprimoramento da personalidade, portanto, não existe atitude ofensiva. Cada atleta tem um objetivo diferente da prática da modalidade e deverá dar oportunidade a seguir as suas metas, sejam elas se tornar forte e saudável, adquirir auto-confiança e equilíbrio interior ou dominar as técnicas da modalidade. Surgem também, os atletas de competição, são os que treinam com um único objetivo: o de disputas; esses entram em um outro tipo de realidade, um mundo onde todos lutam pelo mesmo objetivo, pelos mesmos sonhos, um preparo que exige muita técnica, treinos, devoção e preparação. Além disso, muitas empresas desconhecem que ao patrocinar algum atleta, elas obteriam descontos em impostos, informação que muitos ignoram por achar desnecessária. Na Europa, por exemplo, o caratê é valorizado, sendo reconhecido como profissão, alguns atletas são pagos para a prática do esporte e recebem muito dinheiro com isso. Já no Brasil, ocorre o oposto, pois o que se valoriza muito por aqui é o futebol, alguns esportes ainda necessitam de muito apoio. O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) auxilia algumas vezes, porém isso não é o suficiente.

A atleta prudentina Valéria Kumizaki exibe a medalha de bronze conquistada no campeonato nos Estados Unidos em abril de 2010

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NA PISTA

DJ: profissional que faz da música seu trabalho

É possível trabalhar em um lugar onde há muita música e badalação? Sim, principalmente para quem escolhe ser DJ. Colocar as pessoas na pista de dança é o que motiva este profissional a

se dedicar para poder agradar o maior número de pessoas. Por trás do glamour, há muitas horas de dedicação e conhecimento técnico.

O DJ prudentino, Jofley Moura, conta que além de animar festas dos mais diferentes seguimentos, instala som automotivo. Dos seus 33 anos, 14, são dedicados à profissão. “Minha vida é uma vibe. Este termo é como um termostato, quanto mais animada estiver a pista, mais vibe se tem”, explica sorridente.

Ele conta que para poder trabalhar à noite é preciso se manter atualizado durante o dia. “Para ter alto nível da qualidade musical a atualização é ponto crucial dessa área.”

Antes de sair para animar uma balada, Moura utiliza a parte da tarde e da noite para deixar o repertório zerado com as novas tendências. “Minha intenção é sempre surpreender com novidades”. A internet nessa hora ajuda, mas Moura enfatiza “nada de baixar músicas, utilizo esta ferramenta para comprar e trocar músicas com outros Djs”. “É uma rede de contatos para manter a exclusividade sempre”, aponta.

PERFIL Em Presidente Prudente não há um

número contabilizado de profissionais que atuam neste setor. O DJ Ângelo Garcia, 41 anos, lamenta a falta de união da classe. “Não é possível viver somente sendo DJ em Presidente Prudente. O problema é que alguns famosos se intitulam DJ e atraem o público, enquanto os bons ficam de fora. A profissão é ingrata”, afirma ao contar que sua maior rentabilidade vem do magistério.

Garcia conseguiu o que muitos Djs procuram, ou seja, deixar uma marca e ser reconhecido e convidado por um público específico. Por causa de sons vibrantes, repertório animado e por ser muito exigente, ele se tornou um dos profissionais mais procurados para tocar em festas voltadas para o público GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais) de Presidente Prudente.

COMO SE PROFISSIONALIZAR Para quem quer se profissionalizar na

área, alguns cursos são indicados. Anualmente o Senac abre inscrições para o curso de DJ. As aulas são na unidade nas manhãs de sábado e a mensalidade custa R$110,00. Já a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) oferece curso superior Licenciatura em Música, com mensalidade a partir de R$ 318,00.

Thiago Rodrigues

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