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ONTEM, 10 LUAR CAHÇÃO
Para piano-canto
e piano-solo
Gravada em discos "RCA Victor" e "Sinler", de 78 r. p. m. e "long-playing·•.
&a DRT UR /NDPOLEÕO
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RUA EVARISTO DA VEIGA, 73- TEL. 22·8549 C . P O 5 TA L 5 36: • R I O DE JANE I R O - 8 R A 5 I L
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CAXÇAO
~na._· ~ CCLLO DA PAIXÃO CEAREl\SE ; -~e-o-; ·
1 PEDRO DE ALCAl\TARA
1\todet·a lt~
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(Menos) 1. On-ltm,ao lu-a1;ni1s dois em ~ '* IJ'~i a~wstr:ct.n~oeti,dos o-IIH•s
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(SPnlimPntal)
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pie-na so-l i-dao' meus .eurt>er senti . . .
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tu me pe1:..g-untastt_Q . lj~l'a a J;lt· ~;-ma pai-xão. u-ma ni-vea la-gri-ma e,a~ sim,te res-pon-di! . ~ :.- . . . ;:::....
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ffc.-.-- rt ., === ~ .........
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I. 1\"a-da J'es-pon-di! ~. Fi-IJUei a soi'-I'ÍI', Calmo assim fi-ljuei l 1\las,fi-lan-do a-zul du a-wl do •:eu ;1 h LI a-zttl •·u lt• 11111~-
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j'n·f.molfo _ ,..- - ... ll - ... /. !'.... -.. .
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f. 2. A t!.lt' da lJ;t i xão na o ~, fJf•J• fea· <• pt·a-ZI'J' de H· r· a
~ lá-g-l'i-ma nos o-ll1os a ~~~ - l'nl'. Pet'!-'lllll.::_:~o 1 u a r· Ira -. ~ ~~ ~
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e • • tt• ... ..., -p ~-· #~~~ --'~ ·- J.' ~~~ .
~ -- - - ._j ff[ .. .._ + ~ ~ ,.,..- - ._ Pt·r•pt·i,l'tlade exclusiva para l11do o muntl<• de Gt:ll\fARÂES 1\lARTIJ\"S,Rua 1\le~e~tt·l· Fl'allcÍsl'l• Htag-a,JÍ'<f·,Apad.2n-i ( Ct•paca bana) Rio de JaneÍI'O, Ba·a~iJ. RP.sei'Vados,df> arél!'dc• Ct•llJ a Lei,lodos úS clil'eilns di' exectt~<ín ~·uLiica,(r·aJura",ananjn, fautasia,variação,adapta~·ào,filmagem,gra\a~·ao,etli~·ao,difusão elt'.•eft'. pat·a IPf!l,s 11s paizes Jp wuudo,
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f. tem ex-pli-ca-ção! 2. \es-soe ld'v ta-fui,
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Co-mo de-fi-nir o de no i - te a eho-rat· na
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que s6 sei seu-lil'l ou-Ja tõ-da a-zul I
É niis-ter su-ft·H, Pergunta ao lu-ar
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I -.....J.. I I ... I ;;;..., I ~ ·~ - -- -. h . "' "' J. I 1. f. pa-J'<l se sa- et· o tJUe .no pe1-t~ co-ra-çao uao quer 1-zer.
2. do mar á c<~n-çâo,qual o mis - té-rio que hanadôrdeuma pai- "' -xao.
t. Se tu de -
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se-jas sa-ber oqu~~-mor e seu-tiro seu ca- lor,e-ma-ri-si-motra-lêu-c~a-lar na so-li-dão do ca-la-do co-ra - çao a pe-nara de.1·-ra--
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Fim I I
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1. \Pt' do sru dul-ror, 2. IUa r os prau-tos seus I
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L.--- ~ ~ #~ f. so - beummouteàbeira mar, ao lu-ar,
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2. 2. rei-a a la-uimat·OU\eo si- Ou - \e o churo pe-re- nal,a dôr si-lente, un Í\er-sal e a dt"lrmaiotljueeadôt·de Deus. "-..../ "-..../ "-..../ • . 1':\. .
Do· '<ln . . _ . . . . , . . . . \:~para <Jeabar
C(lp)l'l~lll HH~ Ly Gutmaraes 1\larttns. Regtslrada na Eseola 1\acHmal de 1\tustca da Unnerstdade do Brasd. Ali rigllls re~et·\f'd- Prinled in the Uuited States of Brasil. ·
Composições lítero-musicais DE
Catullo da Paixão Cearense PARA
Piano-Canto
AO LUAR - Modinha. -~ O CÉGO - Canção-dolente.
ABÓCA DI CAXANGA - Çanção. ~kih, fl/
O REGATO - Valsa. ~~ {~ ..f-tiEM-TI-VI - Canção.
V ALICRIM DA LAGÓA """'" Canção.
BÓCA DI ISTR~LA - Marcha.
A CHÓÇA DO MONTE - ·Canção.
GUARDA ESTA FLOR - Boléro-canção. I' ,
TALENTO E FORMOSURA Canção~ CG.,
e ] 1 & .. fiG de Edmundo Octavio Ferreira.
TU PASSASTE POR ÊSTE JARDIM - Canção, / ' . - de Alfredo Outra.
MISSA DE AMOR - Valsa, c~m a eelahel'a~ãe de Luís de Souz~.
A INSPIRAÇÃO A TEUS PÉS - Canção, ~ a..::.!ld;liillilllifit. de J. Garcia Cristo. (
/~ PALMA DE MARTÍRIO - Canção, ~;eiillillillliiiiie.o
Jak · ião de Anacleto de Medeiros. I •
SERENATA - Valsa, cem ~ri2~;~S.:;}•b Anacleto de Medeiros.
ALVORADA DO SERTÃO '- Canção.
APOLLONIA PINTO - Valsa.
CABÓCA DI CAXANGA - Canção, facilitada .
LIONÓ - Canção-dolente.
U ROÇADO - Canção-dolente.
EH! BAMBÊRA! EH! BAMBÊRÁ! - Canção.
CABÓCA BUNIT A - Canção-do lente.
FECHEI O MEU JARDIM - Canção.
CLÉLIA - Valsa <"!S'l a rt"lahnrxçãe- de Luís ' ; ... deSouza. ~
~) Vf'a- J.!fl - ta4- ~ &1./
OS OLHOS DELA - Canção/ eeM a eelae a ---~ ...-de Irineu de Almeida.
1 •
e Piano-Solo:
+~ O QUE TU ÉS - Canção, ~ de Anacleto de Medeiros. •
11• ·.
~C.o(..~
ONTEM, AO LUAR - Canção, C!J e ' lo ~Hfie 1h Pedro de Alcântara. ~
--t• NASCI PARA TE AMAR . .. - Canção, c a i 1 1 ,~@ de Anacleto de Medeiros.
A ROSA APAIXONADA - Valsa, c r . ee· I ='r i a 'iie de Irineu de Almeida.
/ . +,. PERDÓA- Valsa, ~;~r; de Ana-
• cleto de Medeiros. , .
·+.'POR UM BEIJO - Valsa, ~~e • de Anacleto de Medeiros.
MEU IDEAL - Canção, 6CIA a e I 1 i çiie
..4e. Irineu de Almeida. 1
~O BOÊMIO- Samba-can9ão, ~~ · de Anacleto de Mede1ros.
TEMPLO IDEAL - Canção, N acl:t ;ão . de Albertino Pimentel. ~Cly.-Y-~~~
. ~":-.--'~· TEU PE - Canção.. I~·
- U POETA DU SERTÃO - Canção.
LUAR DO SERTÃO - Canção. 1 ,
VOCÊ NÃO ME DA! - Tango-brasileiro,~ a: eelak r e \Ji9 de Ernesto Nazareth. r ,
frRASGA O CORAÇÃO - Canção, e~c.ac.-L ;~ de Anacleto de Medeiros.
O ADEUS DA MANHÃ - Valsa-canção, . .~c;o-
FLOR AMOROSA - Ch6ro, c&W&<tYitrbe••tiE> de Joaquim António da Silva Calado.
VAI, Ó MEU AMOR. AO CAMPO SANTO -Canção, ce• a ffi' I caç ~ de lrineu de Almeida.
LUAR DO SERTÃO - Canção, facilitada.
SERTANEJA - Tango-brasileiro, eis e 'r L~ e_,.. de Ernesto Nazareth.
J •
ONTEM '
AO
('l,a Parte)
Ontem, ao luar, nós dois em plena solidão,
tu me perguntaste o que era a dor
de uma paixão. Nada respondi !
Calmo assim fiquei ! Mas, fitando o azul do azul do céu,
a lua azul eu te mostrei ... Mostrando a ti,
dos olhos meu correr senti
uma nívea lágrima e, assim, te respondi!
Fiquei a sorrir, por ter o prazer
de vh a lágrima nos olhos a sofrer.
(1.a Parte)
Quando uma impiedade te vier nalma esfolhar
dos agros pesares o nigérrimo pesar,
a mágoa cruel, a dor mais revel,
a que tem mais fel e que contém o doce mel
das flores t6das de um vergel . .. a que me faz enlanguescer,
dor, que, dia a dia, vejo rejuvenescer, tu hás de sentir
no peito a sangrar o coração,
gota por gota, a soluçar.
(2.a Parte)
A dor da paixão não tem explicação!
Como definir o que só sei sentir!
É mistér sofrer, para se saber
o que no peito o coração
não quer dizer.
CANÇÃO
(2a Parte)
Pergunta ao luar, travesso e tão taful,
de noite a chorar na onda t6da azul ! Pergunta, ao luar, do mar à canção,
qual o mistério que há na dor de uma paixão.
(1.a Parte)
Olha como a tulipa envelhece a desmaiar
e como languesce num adeus crepuscular
e, órfã de amor, t6da multicor,
ao doce frescor do suspirar, do soluçar
da venturosa, harmoniosa e generosa
viração, suspu·a e atira
as suas pétalas no chão ! Sente a flor brotar ! Logo após murchar !
Sente-a morrer . .. e a dor da flor
hás de entender.
(3.a P;trte)
Se tu desejas saber o que é o amor e sentir o seu calor, o amaríssimo travor
do seu dulçor, sobe um monte à beira mar,
ao luar, ouve a onda s6bre a are1a
a lacrimar! Ouve o sil~ncio a falar
na solidão do calado coração,
a penar,
LUAR
a derramar os prantos seus!
Ouve o ch6ro perenal, a dor silente, universal
e a dor maior, que é a dor de Deus.
(3.a Parte)
Quando Jesus, meigamente solitário,
no cimo do calvário, seus olhos, indulgente,
erguia aos céus,
quanta dor, quanta poesia, a penar,
nos seus olhos luzluzia, a meditar!
Não era a dor de não ter êsse poder de remir
a humanidade da eterna atrocidade
do sofrer! Era, sim, a crúcea pena
de sentir por Madalena
o coração desfalecer.
{1.a Parte)
Se tu queres mais saber a fonte dos meus ais,
põe o ouvido aqui na rósea flor do coração,
ouve a inquiet2ção da merencórea pulsação . ..
busaa saber qual a razão porque êle vive, assim, tão triste,
a suspirar, a palpitar,
em uma desesperação, a teimar,
de amar
um sensível coração, que a ninguém dirá
no peito ingrato em que &le mas que ao sepulcro, fatalmente, o levará.
' esta,