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1 N O T A T É C N I C A - F R O N T E I R A - Demarcação da Zona de Produção Vitivinícola 1. As Zonas de Produção Vitivinícolas do Brasil 1.1. Caracterização da demanda do setor produtivo vitivinícola relativamente à demarcação das zonas de produção. A demanda para a elaboração de uma nota técnica visando a caracterização e demarcação das zonas de produção foi encaminhada à Embrapa Uva e Vinho através do Instituto Brasileiro do Vinho - IBRAVIN. O objetivo está no fornecimento dos subsídios técnicos sobre as zonas de produção, demandados pela Coordenação de Inspeção Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária (DAS) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA. A demanda está justificada prioritariamente pela dificuldade que as vinícolas pertencentes ao Projeto Setorial Integrado Wines from Brazil (PSA-WFB) estão tendo para exportar vinhos varietais para a União Européia, uma vez que o Brasil ainda não atualizou a legislação quanto às zonas de produção brasileiras, incluindo variedades e tipos de produtos. A análise da equipe da Embrapa Uva e Vinho mostra que praticamente todos os países do Novo Mundo adequaram suas legislações para assegurar padrões de produção atualmente exigidos no comércio internacional de vinhos varietais indicando as regiões de origem: Chile (implementação de DO), Argentina (estruturação em 3 níveis - IP, IG e DOC), Austrália (implementação de IG), Estados Unidos da América (implementação das AVA). Os países tradicionalmente produtores do Velho Mundo já haviam desenvolvido este tema há muito tempo, com diferentes níveis de especificidade, chegando até ao nível mais qualificado através das denominações de origem propriamente ditas. O Brasil, mesmo tendo definido ações específicas em lei, as quais deveriam ter sido implementadas ainda no início da década de 1990, ainda não está apto a ser amparado no marco regulamentar, quanto à qualificação mínima para que os vinhos varietais tenham acesso ao mercado europeu, a despeito do notável nível de qualidade já atingido por uma parcela dos vinhos produzidos.

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N O T A T É C N I C A

- F R O N T E I R A -

Demarcação da Zona de Produção Vitivinícola

1. As Zonas de Produção Vitivinícolas do Brasil

1.1. Caracterização da demanda do setor produtivo vitivinícola relativamente à

demarcação das zonas de produção.

A demanda para a elaboração de uma nota técnica visando a caracterização e

demarcação das zonas de produção foi encaminhada à Embrapa Uva e Vinho através

do Instituto Brasileiro do Vinho - IBRAVIN. O objetivo está no fornecimento dos

subsídios técnicos sobre as zonas de produção, demandados pela Coordenação de

Inspeção Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária (DAS) do Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA.

A demanda está justificada prioritariamente pela dificuldade que as vinícolas

pertencentes ao Projeto Setorial Integrado Wines from Brazil (PSA-WFB) estão tendo

para exportar vinhos varietais para a União Européia, uma vez que o Brasil ainda não

atualizou a legislação quanto às zonas de produção brasileiras, incluindo variedades e

tipos de produtos.

A análise da equipe da Embrapa Uva e Vinho mostra que praticamente todos os

países do Novo Mundo adequaram suas legislações para assegurar padrões de

produção atualmente exigidos no comércio internacional de vinhos varietais indicando

as regiões de origem: Chile (implementação de DO), Argentina (estruturação em 3

níveis - IP, IG e DOC), Austrália (implementação de IG), Estados Unidos da América

(implementação das AVA). Os países tradicionalmente produtores do Velho Mundo já

haviam desenvolvido este tema há muito tempo, com diferentes níveis de

especificidade, chegando até ao nível mais qualificado através das denominações de

origem propriamente ditas. O Brasil, mesmo tendo definido ações específicas em lei,

as quais deveriam ter sido implementadas ainda no início da década de 1990, ainda

não está apto a ser amparado no marco regulamentar, quanto à qualificação mínima

para que os vinhos varietais tenham acesso ao mercado europeu, a despeito do

notável nível de qualidade já atingido por uma parcela dos vinhos produzidos.

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1.2. As Zonas de Produção na Legislação Brasileira de Vinhos

A Lei n.º 7.678, de 08 de novembro de 1988, que "dispõe sobre a produção, circulação

e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho, e dá outras providências",

faz referências ao tema das zonas de produção nos artigos 17, 40, 42 e 47.

Já o Decreto n° 99.066, de 08 de março de 1990, que regulamenta a Lei n° 7.678, faz

referências ao tema das zonas de produção nos artigos 54, 62, 115, 117 (Seção I),

118 (Seção I), 119 (Seção I) e 120 (Seção I).

A Seção I do referido decreto trata "Das Zonas de Produção", com as seguintes

especificidades:

Art. 117. Para efeito deste Regulamento, Zona de Produção é a região geográfica

formada por parte ou totalidade de um ou mais Municípios, na mesma Unidade da

Federação, onde existem a cultura da videira e a industrialização da uva (Lei n°

7.678, art. 42, parágrafo único).

Art. 118. As zonas de produção são:

I - Estado do Rio Grande do Sul:

a) Região da Serra Gaúcha;

b) Região do Alto Jacuí;

c) Região do Alto Uruguai; e

d) Região da Fronteira.

II - Estado de Santa Catarina:

a) Vale do Rio do Peixe;

b) Vale do Tubarão; e

c) Região de Urussanga.

III - Estado do Paraná:

a) Região da Grande Curitiba; e

b) Região de Maringá.

IV - Estado de São Paulo:

a) Região de São Roque; e

b) Região de Jundiaí.

V - Estado de Minas Gerais:

- Região da Serra da Mantiqueira.

VI - Estado da Bahia:

3

- Vale do Rio São Francisco.

VII - Estado de Pernambuco:

- Vale do Rio São Francisco.

Art. 119. O Ministério da Agricultura, com a participação do setor vitivinícola, levará

em consideração fatores agroclimáticos e tecnológicos para caracterizar e demarcar

as Zonas de Produção já identificadas, indicando as variedades de uvas aptas em

cada zona e os respectivos tipos de vinho.

Art. 120. Os estudos e procedimentos necessários ao cumprimento do disposto no

artigo anterior deverão ser iniciados no prazo de 180 dias, a contar da data de

publicação deste Regulamento, devendo, no prazo de oito anos, ser apresentado

pelo Ministério da Agricultura e setor vitivinícola projeto de zoneamento vitivinícola.

2. Contextualização Histórica e Geográfica da Fronteira

2.1. O Conceito de Fronteira

A fronteira é uma faixa de área ao longo do limite. Este é externo ou internacional

quando for entre países e interno quando for entre partes de um mesmo país.

Enquanto o limite está diretamente relacionado à soberania do Estado Nacional,

constituindo-se numa linha imaginária, marcada na superfície terrestre por objetos

naturais ou artificiais que servem de divisa entre os países, a fronteira remete a um

espaço de domínio distinto entre países adjacentes. Desse modo, para Martin (1998),

a fronteira não pode ser modificada, a não ser no processo de construção do espaço

geográfico.

Cada país fixa sua zona de fronteira, isto é, a área na qual exercerá sua tarefa de

defesa e consolidação do território nacional, promovendo distinção entre as

obrigações de cada sociedade, contribuindo para a construção de sua identidade.

Enquanto a zona de fronteira se modifica com a ação da sociedade sobre este espaço,

a delimitação da sua extensão/largura pode sofrer alterações com um “simples”

decreto.

No Brasil atual, a zona de fronteira terrestre possui uma largura de 100 km, fixada em

1979. Atualmente o Rio Grande do Sul possui 1.003 km e 724 km de zona de fronteira

terrestre, com o Uruguai e com a Argentina, respectivamente (Silveira e Adamczuk,

2005).

4

A fixação dos limites e, consequentemente, da faixa de fronteira no extremo sul do

Brasil está, primeiramente, relacionada às disputas coloniais entre espanhóis e

portugueses e, depois, às relações entre Brasil e Uruguai (Costa, 1988; Silveira e

Adamczuk, 2005).

Esse processo de conquista e fixação dos limites e fronteiras exigiu a presença de

militares, como no forte espanhol Santa Tecla, que deu origem a Bagé, e no

acampamento militar português de Alegrete, cujos comandos de governadoria eram

denominados, até o início do século XIX, de comandos de Fronteira ou de Campanha

(Costa, 1988).

Na evolução da ocupação deste espaço, a denominação Fronteira ou Campanha

passa a ser adotada como topônimo de referência e, por fim, foi fixada como Zona

Fisiográfica da Campanha (Figura 1), pelo Diretório Regional do Conselho Nacional de

Geografia, em 20 de março de 1956 (Fortes, 1959).

2.2. A Apropriação do Nome Fronteira pela Vitivinicultura desta Zona de Produção

Na época da elaboração do Decreto n° 99.066, de 08 de março de 1990, que

regulamenta a Lei n° 7.678, a viticultura para vinho na zona de fronteira estava

localizada nos municípios de Bagé e Santana do Livramento, portanto, na zona de

fronteira com o Uruguai. Este fato geográfico justificou a identificação dessa Zona de

Produção pelo nome de Fronteira. Sendo assim, os referidos municípios produtores de

uva para vinho estão situados na região conhecida geograficamente por Campanha.

A Campanha possui diferentes delimitações, estabelecidas ao longo do tempo para

atender a objetivos específicos. Do ponto de vista do potencial vitivinícola, a

Campanha pode ser vista como a área geográfica caracterizada por um relevo plano a

suave ondulado, denominado regionalmente de coxilhas, formado por rochas efusivas

basálticas a oeste e por sedimentos paleozóicos a leste da cidade de Santana do

Livramento, com altitudes de uma planície entre 100 e 200 m, cobertas por vegetação

de campos, com mata galeria nas margens dos arroios e rios (FIBGE, 1986).

3. Caracterização e Demarcação da Zona de Produção Fronteira

3.1. Unidade da Federação

Pela legislação brasileira vitivinícola (Decreto n° 99.066), a zona de produção de nome

"Fronteira" ocorre na Unidade da Federação Rio Grande do Sul (Figura 2).

5

3.2. Municípios da Zona de Produção e Cartografia

Os critérios adotados neste trabalho para a demarcação da Zona de Produção

"Fronteira", do ponto de vista do interesse vitivinícola, são:

- A delimitação geográfica obedece a critérios definidos no Decreto n.º 99.066,

através do uso dos limites político-administrativos dos municípios que fazem parte

da zona de produção onde existe a cultura da videira e a industrialização da uva;

inclui exclusivamente os municípios produtores de uvas para vinhos finos e/ou

processadores de vinhos finos;

- A Zona de Produção "Fronteira" corresponde à região da fronteira Sul do Rio

Grande do Sul, que faz divisa com a República Oriental do Uruguai;

- A Zona de Produção "Fronteira" corresponde à região fisiográfica da "Campanha";

- A Zona de Produção "Fronteira" exclui as regiões fisiográficas contíguas da Serra

do Sudeste e da Depressão Central (Figura 3).

Assim sendo, a Zona de Produção "Fronteira" pode ser definida a partir da delimitação

estabelecida para a região fisiográfica da Campanha, fixada pelo Diretório Regional do

Conselho Nacional de Geografia (Figura 3), através da resolução de 20 de março de

1956 (Fortes, 1959).

Desta delimitação devem ser excluídos os seguintes municípios:

a) Vila Nova do Sul e Santa Margarida do Sul - municípios desmembrados de São

Gabriel (emancipação ocorrida posteriormente ao estabelecimento da referida

delimitação), já que apresentam características fisiográficas típicas da região da

Serra do Sudeste, não justificando, portanto, serem enquadrados na região da

Campanha do ponto de vista do potencial dos fatores naturais para a vitivinicultura;

b) Barra do Quaraí, São Gabriel e Aceguá - municípios que não atendem aos

requisitos do Decreto n° 99.066, isto é, não possuem a cultura da videira (Vitis

vinifera) ou a industrialização da uva.

Com base nos critérios acima referidos, a Zona de Produção Fronteira corresponde

àquela apresentada na Figura 4, formada pelos municípios de Alegrete, Bagé,

Candiota, Dom Pedrito, Hulha Negra, Quaraí, Santana do Livramento e Uruguaiana.

A identificação dos municípios produtores de uva vinífera da Zona de Produção

Fronteira foi feita a partir da análise da base de dados do cadastro vitícola oficial do

Rio Grande do Sul, realizado pela Embrapa Uva e Vinho/MAPA/Ibravin/Secretaria da

6

Agricultura do RS. O Anexo I apresenta o conjunto de municípios produtores de uvas

viníferas da Zona de Produção Fronteira, bem como a relação das variedades

viníferas cultivadas. A identificação dos municípios que industrializam uvas viníferas

na Zona de Produção Fronteira foi feita a partir da base de dados do Cadastro Vinícola

do Estado do Rio Grande do Sul. O Anexo II apresenta o município que industrializa

uvas viníferas na Zona de Produção Fronteira .

3.3. Características agroclimáticas da Zona de Produção Fronteira

Segundo o Sistema de Classificação Climática Multicritérios Géovitícola (Tonietto &

Carbonneau, 2004), os índices climáticos vitícolas mostram que a Zona de Produção

Fronteira esta situada no clima vitícola IH5 (Quente), segundo o Índice Heliotérmico de

Huglin - IH (Figura 5). Os valores do IH variam entre 2400 a 3000, mostrando ampla

variabilidade no grupo climático, o que caracteriza um clima vitícola quente "a" (IH

entre 2400 a 2700) e um clima vitícola quente "b" (IH entre 2700 a 3000). Assim, a

Zona de Produção Fronteira possui um clima vitícola com uma certa homogeneidade,

muito embora encontre-se um maior potencial heliotérmico à noroeste e um menor

potencial a sudeste. Isto indica nenhuma restrição térmica ao cultivo da variedades

precoces ou tardias existentes nos vinhedos da região. Constatam-se ainda pequenas

áreas de transição para os climas vitícolas Temperado Quente e Muito Quente.

Do ponto de vista hídrico, a região situa-se classe de clima Subúmido (IS-1), segundo

o Sistema CCM Geovitícola (Tonietto & Carbonneau, 2004). Ocorrem pequenas áreas

de transição para os clima vitícolas Úmido e De Seca Moderada.

3.4. Variedades de Uvas Aptas da Zona de Produção

A aptidão das variedades (Vitis vinifera) foi caracterizada pela produção comercial das

mesmas na Fronteira. A verificação das áreas vitícolas, bem como a relação das

variedades cultivadas foi efetuada através do cadastro vitícola oficial realizado pela

Embrapa Uva e Vinho/MAPA/Ibravin/Secretaria da Agricultura do RS (Anexo I), o qual

comprova a existência das áreas por variedade e a produção.

Assim, a relação de cultivares de Vitis vinifera segundo os dados cadastrais, relativo à

cultura de uva para vinho na região da Fronteira (Rio Grande do Sul) é a seguinte,

conforme grafia dos nomes das cultivares e sinonímias usadas na região:

Variedades Tintas Alfrocheiro Alicante Bouschet

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Ancelota Cabernet Franc Cabernet Sauvignon Castelão Gamay, Gamay Noir (com a grafica errônea de Gamay Beaujolais no cadastro) Jaen Malbec, Côt Merlot Montepulciano (grafada errôneamente como Monte Pulciano no cadastro vitícola) Moscato de Hamburgo Petit Verdot Petite Syrah, Syrah, Shiraz Pinot Noir Pinotage Pinot Saint George Tannat Tempranillo (grafada errôneamente como Tempranilla no cadastro vitícola) Teroldego Touriga Nacional Trincadeira Valdiguié (grafada errôneamente como Napa Gamay no cadastro vitícola)

Variedades Brancas Alvarinho Chardonnay Chenin Blanc Colombard Flora Gewurztraminer Moscato Branco Moscato Giallo Pinot Blanc Pinot Gris Riesling Itálico Riesling Renano Sauvignon Blanc

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Sémillon Trebbiano, Ugni Blanc Viognier

3.5. Tipos de Vinhos da Zona de Produção

São elaborados atualmente na região os seguintes tipos de vinho:

a) Vinhos tranqüilos brancos varietais: atualmente os maiores volumes têm sido

elaborados por cinco estabelecimentos vinificadores com as variedades

Chardonnay, Chenin Blanc, Gewürztraminer e Sauvignon Blanc.

b) Vinhos tranqüilos brancos não varietais (de assemblage): elaborados atualmente

por um único estabelecimento vinificador, mas em volumes expressivos.

c) Vinhos tranqüilos tintos varietais: atualmente os volumes mais expressivos são

elaborados a partir de Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Malbec, Merlot, Pinot

Noir e Tannat. Os cinco maiores estabelecimentos vinificadores da região têm

elaborado quantidades crescentes desses vinhos.

d) Vinhos tranqüilos tintos não varietais (de assemblage): dois estabelecimentos

vinificadores possuem vinhos tintos não varietais em sua linha, um dos quais

comercializa o produto com a menção ‘castas portuguesas’

e) Vinhos tranqüilos rosados não varietais (de assemblage): presente na linha de

produtos do mais tradicional estabelecimento vinificador da região.

f) Vinhos licorosos: elaborados atualmente em escala muito pequena, tendem no

entanto a ganhar importância no futuro, graças às características naturais da

região para a produção de uvas sobremaduras. Pelo menos dois estabelecimentos

vinificadores têm investido em testes com esses produtos.

g) Vinhos Espumantes: não são ainda elaborados na região, mas três

estabelecimentos vinificadores têm projeto de início de produção a curto prazo.

3.6. Considerações Finais

O fato de existir uma ampla quantidade de tipos de vinhos elaborados a partir das

uvas produzidas na zona de produção Fronteira justifica-se pela ampla área geográfica

desta zona de produção, apresentando mesoclimas com aptidão para a produção de

diferentes tipos de vinhos.

9

Este zoneamento da zona de produção deverá ser atualizado oportunamente caso

ocorram mudanças nos dados cadastrais em função da inclusão ou exclusão de

municípios produtores ou de variedades cultivadas.

Referências Bibliográficas

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Bento Gonçalves, 15 de dezembro de 2005

11

Figura 1. A região fisiográfica da Campanha (4a) no contexto do Estado do Rio Grande

do Sul, segundo fixado pelo Diretório Regional do Conselho Nacional de

Geografia em 1956 (Fortes, 1959).

12

Figura 2. O Estado do Rio Grande do Sul é uma Unidade da Federação que tem

fronteiras internacionais com a República Oriental do Uruguai e com a

Argentina.

13

Figura 3. Regiões fisográficas do Rio Grande do Sul, segundo o Conselho Nacional de

Geografia (Fortes, 1956), e respectivos municípios segundo o IBGE (2005).

14

Figura 4. Zona de Produção Fronteira no Estado do Rio Grande do Sul, discriminando

os municípios integrantes da respectiva Zona de Produção, com base nos

critérios de delimitação estabelecidos (2005). (Fontes: elaboração da equipe

considerando os critérios adotados na Nota Técnica Zona de Produção

Fronteira; Cadastro Vitícola; Cadastro Vinícola).

15

Figura 5. Clima Vitícola da Zona de Produção Fronteira, segundo o Sistema de

Classificação Climática Multicritérios Geovitícola (Tonietto & Carbonneau,

2004). (Fonte: Projeto de zoneamento climático vitícola do Estado do Rio

Grande do Sul - Ibravin/Ufrgs/Embrapa Uva e Vinho/Embrapa

Trigo/Fepagro).

.

Muito FrioFrio TemperadoTemperado QuenteQuente (a)Quente (b)Muito Quente

Classes de Clima VitícolaClasses de Clima Vitícola

Zona de ProduçãoZona de ProduçãoFRONTEIRAFRONTEIRA

UFRGS Laboratório de EcologiaCentro de GeoprocessamentoEliseu Weber Heinrich Haseanck

EMBRAPA Uva e Vinho

Jorge ToniettoFrancisco Mandelli

16

A N E X O I

Cadastro Vitícola da Zona de Produção "Fronteira"

17

A N E X O I

Cadastro Vitícola da Zona de Produção "Fronteira" (continuação...)

18

A N E X O II

Cadastro Vinícola da Zona de Produção FRONTEIRA

Santana do Livramento 7.951.610 3

TOTAL 7.951.610 3

Fonte: Cadastro Vinícola - MAPA/SAA-RS/IBRAVIN (dados fornecidos pelo IBRAVIN)

Nº DE ESTABELECIMENTOS VINÍCOLAS E VOLUME PROCESSADO EM 2005

Municípios da Zona de Produção "Fronteira" Nº de estabelcimentos vinícolas

elaboradores de vinhos finosVolume total de uvas viníferas

elaboradas

UVAS VINÍFERAS

19