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RESPONSABILIDADE As informações contidas nesse manual baseiam-se na minha própria experiência aprendendo

inglês sozinha ou com ajuda de professores e posteriormente lecionando por 25 anos para

alunos com variados históricos de aprendizado como: falta ou excesso de segurança, preguiça

ou engajamento, dislexia, deficiências auditiva, visual, de fala, de movimento, de concentração

ou memorização e tantas outras habilidades e deficiências próprias e naturais dos seres

humanos. As técnicas aqui relacionadas são conhecidas por serem bastante efetivas se

aplicadas como indico, e seus resultados podem variar de indivíduo para indivíduo devido às

condições especiais e particulares de cada um. Ao longo desse guia citarei e explicarei como

utilizar diversas técnicas para aperfeiçoar seu aprendizado e cada indivíduo escolherá aquelas

que mais se adaptam ao seu perfil, sabendo que deverá fazer uso de várias técnicas

simultaneamente ou intercalando-as com outras para que obtenha o resultado desejado. A

quantidade de horas semanais dispensadas aos estudos terá relação direta com a velocidade

do aprendizado, exceto quando o aluno apresentar dificuldades específicas que necessitem de

acompanhamento profissional. Alunos que passem períodos superiores a 2 dias sem estudar

também obterão resultados reduzidos se os compararmos com aqueles que estudam

diariamente. Todo aluno deverá demonstrar boa capacidade de dedução e lógica para

entender enunciados e explicações diversas de exercícios sem a ajuda de terceiros, pois para

estudar sozinho, essa é condição essencial e obrigatória. Na página final desse guia, você

encontrará testes de raciocínio lógico para certificar-se de que possui as habilidades

necessárias. Você não precisa acertar todas as perguntas de um teste, mas espera-se que

pelo menos 50% dele seja preenchido corretamente.

Por não controlar as condições e formas de aplicação das técnicas e recursos descritos nesse

manual, não poderei ser responsabilizada por erros ou omissões.

Nomes e marcas de produtos e serviços, contidos nesse guia, são propriedade de seus

idealizadores e foram citados aqui apenas por sua alta qualidade com o propósito de dar

referências sem causar ônus ou exigir pagamentos dos mesmos. Meu guia foi criado e

distribuído gratuitamente para ajudar aqueles com sede de aprender e destaco que jamais tive

a intenção de difamar, denegrir, desrespeitar ou humilhar você leitor ou qualquer outra pessoa

ou instituição, e por essa razão se algum trecho de meu material causar-lhe desconforto, peço

que sinta-se a vontade para me informar diretamente pelo e-mail [email protected].

Assim eu poderei alterá-lo imediatamente, salvo porém, se tiver sido apenas um erro de

interpretação.

DIREITOS AUTORAIS Todas as leis de direitos autorais protegem esse material. Todos os direitos sobre o manual são reservados. Ninguém, exceto eu mesma, sob o nome Vania Cristina Salvador Below, poderá vender, copiar, ou reproduzir o conteúdo parcial ou total desse guia em sites, blogs, jornais ou quaisquer outros veículos de distribuição e mídia. Qualquer tipo de violação dos direitos autorais estará sujeita a ações legais.

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Conhecendo a autora Vania C. Salvador Below

Meu nome é Vania Cristina Salvador Below, tenho 47 anos, sou professora de Português e Inglês, secretária bilíngue e escritora há mais de 25 anos. Sempre fui apaixonada por idiomas e a magia de decifrar palavras e quando meu pai percebeu isso, fui matriculada em escola de idiomas com bolsa parcial aos 11 anos de idade. Encantada com a chance que tive, prometi a mim mesma que honraria o esforço de meu pai para pagar o curso e estudei o máximo que pude, porém após 11 meses precisei parar, pois sem a renovação das bolsas de estudos, não poderíamos continuar pagando já que minha família era grande e havia prioridades maiores. Não fiquei brava nem triste, eu só pensava: vou estudar sozinha, eu consigo fazer isso!

Dos 12 aos 17 anos estudei por conta própria lendo os raros materiais em inglês disponíveis 35 anos atrás. Eu visitava a Biblioteca regularmente e ligava na única rádio da cidade pedindo músicas em inglês para gravá-las num gravador de baixa qualidade com o qual ouvia as músicas por tantas vezes que a fita K7 estourava. Aos 17 anos prestei o vestibular para duas universidades, sem jamais ter estudado em escolas particulares ou feito cursinho. Usei apenas o que aprendi nas escolas públicas (prestando atenção às aulas ao invés de “papear”), os 11 meses do curso de inglês e

minhas incontáveis horas lendo e traduzindo textos por conta própria. Passei em ambas as Universidades e escolhi a Unimep de Piracicaba. Essa paixão por línguas me levou a estudar Letras e tornei-me Bacharel em Português e Inglês.

Em 1991 eu trabalhava como secretária de uma grande empresa e lecionava a noite. Muitos diziam que era boba e não deveria trabalhar mais que 44 horas semanais, mas minha paixão por ensinar me manteve nas aulas noturnas. Trabalhei 13 horas por dia como secretária bilíngue, tradutora, professora, escritora e consegui juntar algum dinheiro. Usei tudo viajando para a Inglaterra para aperfeiçoar meu inglês e de volta ao Brasil, voltei a trabalhar como secretária e professora. Conheci meu marido assessorando sua visita ao Brasil e um ano depois me desliguei do cargo de secretária para seguir meu caminho. Em 2006 passei a lecionar por conta própria, aluguei uma sala e com R$400 iniciei meu pequeno espaço que logo tornou-se conhecido pelo boca-a-boca dos alunos e ex-alunos. Em 2007 Steve mudou-se para o Brasil, nos casamos, ele também começou a lecionar e ajudar a transformar todo o meu material e sonhos nos livros e vídeos que hoje usamos com nossos alunos. Nosso lema sempre foi oferecer preço acessível e ótimos ensinamentos para que os alunos pudessem desenvolver-se ao máximo em casa e usassem os professores (eu e Steve) como “orientadores de ensino”, assim como eu fiz em meus tempos de estudante e pude comprovar tantos benefícios. Eu e Steve criamos um blog, uma página na internet, um canal no Youtube, uma página no Facebook, e 8 livros que estamos adaptando para cursos online usando a mesma filosofia dos cursos presenciais: o aluno define em quanto tempo aprenderá inglês porque só ele conhece sua realidade, disponibilidade, as dificuldades que enfrenta e prazo para dominar o idioma. Conosco o aluno pode ter um ótimo domínio da língua escrita e falada em menos de 1 ano se assim o desejar. Meus alunos sempre receberam dicas, técnicas e métodos de estudo de minha própria autoria aliadas aos ensinamentos disponíveis há dezenas de anos em grandes e inúmeros materiais publicados que meus mestres nos indicavam a ler. A associação de tudo que funciona foi usada nesse guia prático para aprender idiomas e outros assuntos, e agora eu ofereço gratuitamente a minha versão porque acredito do fundo do coração que todos conseguem aprender se usarem sua força de vontade e as técnicas corretas, adaptadas ao seu cotidiano.

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Índice

Introdução ................................................................................................................................................ 6

O guia ...................................................................................................................................................... 8

Capitulo 1 : Preparação Prévia ................................................................................................................... 9

Desmitificando o Aprendizado de idiomas ............................................................................................. 9

Aprender a aprender .............................................................................................................................. 11

As super ações para aprender idiomas .................................................................................................. 12

Criando a entrada de informações: Input .............................................................................................. 16

Como usar suas informações (input) para aprender idiomas ................................................................ 16

A informação entra para depois sair ..................................................................................................... 19

Quantidade e regularidade de informação ............................................................................................ 20

Como usar a gramática a seu favor ....................................................................................................... 21

Até onde é válido perguntar o porquê ? ................................................................................................ 22

Todos temos a habilidade de falar idiomas ........................................................................................... 22

Tudo tem seu Tempo ............................................................................................................................ 23

Habitue-se a um cronograma de estudos .............................................................................................. 25

O desafio dos 30 dias ............................................................................................................................ 27

Capitulo 2: Imersão ................................................................................................................................... 27

Estude ativa e passivamente ................................................................................................................. 29

Crie seu ambiente de imersão ............................................................................................................... 29

Computador em inglês ........................................................................................................................... 29

Celular/aparelhos portáteis em inglês .................................................................................................... 30

Músicas em inglês .................................................................................................................................. 30

Estações de rádio em inglês .................................................................................................................. 31

Filmes/Seriados na TV .......................................................................................................................... 31

Vídeos/Filmes/Seriados no computador ................................................................................................. 32

Livros em papel ou digital ...................................................................................................................... 32

Conclusão ............................................................................................................................................. 33

Capitulo 3: Leitura em inglês .................................................................................................................... 34

Quanto tempo para ler em inglês? ......................................................................................................... 34

Vocabulário contextualizado .................................................................................................................. 34

Aplicativos para Memorização ................................................................................................................ 35

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Captação e Memorização via SRS ........................................................................................................ 36

Como adicionar palavras no SRS .......................................................................................................... 39

Estude os cards de palavras e expressões ........................................................................................... 40

Defina metas com o SRS ...................................................................................................................... 41

Onde obter frases? .................................................................................................................................. 41

Recomendações para iniciantes ............................................................................................................ 43

Revisões diárias são importantíssimas................................................................................................... 43

Novos objetivos após 1000 frases .......................................................................................................... 43

Elimine o português no nível Avançado.................................................................................................. 44

Dicionários português/inglês x inglês /inglês ......................................................................................... 44

Inglês/inglês no seu SRS ....................................................................................................................... 49

Capitulo 4 : Compreensão auditiva ....................................................................................................... 50

Desenvolva sua compreensão auditiva ................................................................................................. 51

Níveis e objetivos da compreensão auditiva .......................................................................................... 52

A compressão auditiva usando bons textos com áudio em inglês ......................................................... 53

Veja como pôr a mão na massa ............................................................................................................ 54

Passo 1: texto ........................................................................................................................................ 54

Passo 2: áudio e texto simultâneo .......................................................................................................... 55

Passo 3: pratique alternadamente ......................................................................................................... 55

Passo 4: áudio e textos novos ............................................................................................................... 55

Compreensão auditiva nível médio ........................................................................................................ 56

Compreensão auditiva nível avançado .................................................................................................. 56

Capitulo 5: Falar e depois escrever ou escrever e depois falar ? ............................................................. 57

Capitulo 6: Falar Inglês .............................................................................................................................. 58

Como falar inglês fluentemente ............................................................................................................. 58

Prazo para falar inglês ........................................................................................................................... 59

Ache um parceiro para conversar .......................................................................................................... 60

Quantas horas de conversação? ............................................................................................................ 61

Preciso conversar regularmente? ........................................................................................................... 62

Quando terei nível avançado de conversação? ...................................................................................... 62

Capitulo 7: Escrever em inglês .................................................................................................................. 64

Preciso escrever em inglês? ................................................................................................................... 64

Aperfeiçoe a escrita em inglês ............................................................................................................... 65

13 dicas para escrever melhor em inglês .............................................................................................. 65

CONCLUSÃO FINAL .............................................................................................................................. 68

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Introdução

Welcome and fell yourself at home! Seja bem-vindo(a) e obrigada por fazer o download do guia Aprenda ou Acelere seu Inglês Agora! em áudio e pdf! Você tem em mãos um excelente Guia de Inglês criado para falantes da língua Portuguesa. Ele é um verdadeiro mapa para o Santo Graal, mas esse tesouro só será revelado se você acreditar e seguir as minhas técnicas, métodos e dicas com a mesma intensidade com que eu acredito em VOCÊ. Ao longo de 25 anos lecionando e 47 de vida, já ouvi diversas explicações para não falar inglês: dificuldade de memorização, falta de tempo ou inspiração, cansaço, método chato ou muito demorado, difícil acompanhar ritmo da turma, preço dos cursos, distância das escolas, material fraco, professor inexperiente ou muito exigente, não “levar jeito” para línguas, etc; mas eu sempre digo que mesmo os brasileiros que sequer falam português corretamente, conseguirão aprender com seu próprio esforço e tenho exemplos dentro de minha escola. Eu dou aula há tempo suficiente para afirmar que você aprenderá inglês, português ou outra matéria se seguir rigorosamente as dicas que vou passar. Eu prometo. E nesse momento você pode estar pensando: “Mas eu já cai em promessas assim, então porque ainda não aprendi inglês? Bem, muitas escolas e profissionais liberais preferem aderir a um mesmo método (apesar de anunciarem exclusividade) porque as pesquisas mostram que a maioria dos alunos ainda prefere métodos mais tradicionais, que esses métodos trazem mais lucro às empresas, e porque só um tipo de material didático está disponível no mercado, forçando-os a usarem o que já existe ou gastar milhares de reais e horas para desenvolver sua própria metodologia, tendo em mente que só profissionais muito bem preparados conseguem criar algo de qualidade. Acrescente a isso uma parcela de empresários que visa lucros acima de tudo e gasta horrores em publicidade para manter o aluno na escola, mas não necessariamente aprendendo e a receita do sucesso da escola e fracasso do aluno está pronta. Graças a Deus nem todos são assim e por isso não devemos generalizar. Fato é que todo profissional tem seu público, todas as escolas e métodos poderão funcionar, mas a questão é saber como e em quanto tempo VOCÊ quer aprender nesse mundo caótico. É preciso diversificar, pois nem o melhor método do mundo agradará a todos já que cada estudante tem um tipo diferente de “inteligência” e histórico.

Eu e Steve resolvemos agir na contramão e desenvolvemos um método baseado em minha prévia experiência lecionando numa escola pública de altíssima qualidade chamada CEESA. Com essa inspiração e conhecendo nossos alunos um a um, entendemos que nossas Aulas Presenciais teriam atendimento individualizado mesmo na convivência em grupo, e permitimos remarcações constantes de aulas para atender necessidades particulares, além de darmos opção para aulas via Skype, e vídeos que podem ser assistidos inúmeras vezes em casa para agilizar o aprendizado, deixando a sala de aula para conversas, troca de experiências, correções e resolução de dúvidas (método conhecido na Europa e Estados Unidos como Flipped Learning). Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qaLeIQM1Hz0.

No modelo tradicional, todos os anos surgem dezenas de novas escolas franqueadas e milhares de alunos se matriculando em cursos de inglês, mas menos de 30% dos alunos chega até o fim, pois a maioria desiste por motivos diversos que vão de falta de tempo, dinheiro, dificuldade de locomoção, e até por se acharem “burros”. E desse reduzido número de alunos que chega ao fim, pasmem: uma parcela ainda menor terá realmente aprendido a falar inglês, geralmente porque associou o estudo da sala de aula com o estudo em casa, usando seus professores instintivamente como “orientadores”.

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Eu falei das escolas, mas o que dizer dos “vendedores de cursos/sonhos” que pregam terem aprendido sozinhos? Vejo pessoas anunciarem seus métodos próprios (só que não) e jurarem terem aprendido línguas sozinhos, mas se você prestar atenção nas histórias, ou conhecer essas pessoas, verá que 99% delas tiveram ajuda de professores! Esses estudantes provavelmente acrescentaram muitas horas de estudos por conta própria, mas dai a afirmar que aprenderam sozinhos e propositalmente “esconderem ou menosprezarem” toda a orientação recebida por professores em cursos particulares ou faculdade é no mínimo desonesto. Por que recusar crédito ao aprendizado obtido com seus mestres? Que ingratidão! Note que esse tipo de “profissional” geralmente incita alunos a não realizarem exercícios e testes. É fácil iludir pessoas se elas não tem nenhum parâmetro de comparação, mas o que acontece quando essa pessoa tem um vestibular ou uma entrevista de emprego pela frente? Dizer que aprende é diferente de provar que aprende. Professores comprometidos incentivam seus discípulos a se testarem periodicamente para detectar falhas e traçar planos de melhoria. Eu aprendi muita coisa sozinha, mas grande parte do aprendizado ocorreu mais rápido e com mais alto grau de assertividade porque tive excelentes profissionais me incentivando e me desafiando a produzir mais e melhor dia após dia. Não tenho vergonha em assumir que fui orientada por diversos mestres, porque isso só enaltece meu lugar aqui na Terra e o papel que tenho como professora. E é devido aos modelos de estudo eficientes e até aos não tão eficientes testados por mim, que tomei como experiência para escrever 7 livros em inglês – série ‘Managed English”, um livro para adolescentes em português “Em Busca de um novo Emprego”, um website, um Blog, um canal no YouTube, uma Fanpage no Facebook e também a criação de um curso de inglês presencial, que tem lugar cativo por sua alta qualidade de ensino desde 2006. (Veja links para os sites e canais mencionados no final desse Guia). Tudo foi consequência do meu aprendizado ao longo de anos de estudo e 25 anos lecionando, testando e discutindo diversos métodos com mestres, colegas de trabalho e alunos. Assim surgiu o meu segredo para o “Santo Graal” do curso Aprenda ou Acelere seu Inglês Agora! Minhas dicas, técnicas, métodos, atalhos e adaptações para diversos estilos de vida estudantil é que farão o seu aprendizado ser efetivo e esse sucesso poderá ser repetido no aprendizado de outras línguas e qualquer outro assunto que você deseje aprender.

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O GUIA O Guia foi feito em duas versões: em pdf, a qual você está lendo agora e em MP3. Para acessar a versão deste Guia em MP3, por favor clique no link abaixo ou copie e cole no seu navegador.

www.manengcourses.com/guiaaprendaingles/ Este Guia é muito simples e divide-se em Sete capítulos: • Capítulo Um: preparação prévia. • Capítulo Dois: imersão. • Capítulo Três: Leitura em inglês. • Capítulo Quatro: Compreensão Auditiva. • Capítulo Cinco: falar e depois escrever ou escrever e depois falar? • Capítulo Seis: falar inglês. • Capítulo Sete: escrever em inglês. O Capítulo Um dará todas as dicas da Preparação Prévia do seu ambiente para Aprender ou Acelerar seu Inglês Agora! ou qualquer outro assunto que deseje. Com essas orientações óbvias e preciosas, mas que erroneamente julgamos desnecessárias, você estará mais preparado(a) para começar a estudar. E por que nunca te ensinaram isso? Chances são que você já ouviu essas dicas através de seus professores ou vídeos na internet ou tv, mas não deu a devida atenção por não entender a transformação que isso daria no seu aprendizado. Então eu te convido a ler esse capítulo, preparar a área conforme indicado e partir para o Capítulo Dois o quanto antes, porque será no segundo capítulo que você realmente verá a magia começar a tomar forma, um passinho de cada vez, enquanto põe em prática as dicas do Capítulo Um. Note que é importante continuar seguindo as dicas dos capítulos previamente estudados, sempre as incorporando aos novos aprendizados. Lembre-se: “acrescente” dicas, jamais pule nenhuma delas, pois é a sua sequência que gerará os resultados tão sonhados. Respeite os seus limites. Leve o tempo que achar necessário para entender e implantar no seu dia a dia cada um dos conhecimentos adquiridos com esse Guia e peça ajuda se tiver dúvidas. Eu garanto que se você seguir todas as minhas dicas, técnicas e segredinhos conjuntamente; independente de precisar de dias, semanas ou meses, você chegará ao resultado que sempre sonhou. Mas veja que não se trata de milagre, e por isso você precisará se empenhar, seguir as recomendações a risca e estudar todos os dias, portanto se estiver enfrentando dificuldade ou tiver alguma dúvida que esteja “travando” a sua evolução, eu te peço que entre em contato comigo pelo e-mail [email protected] e eu farei tudo ao meu alcance para ajudá-lo(a) a atingir seus objetivos.

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Capítulo Um: Preparação Prévia

DESMITIFICANDO O APRENDIZADO DE IDIOMAS Eu poderia começar já dando a receita do bolo, mas preciso que entendam algo, para depois prosseguirmos. Há diversos mitos em aprender inglês que são usados exaustivamente pelos oportunistas, querendo vender cursos de idiomas que dizem ser “Invenção Própria” ou “Milagrosos”. Eles baseiam-se em meias-verdades, sem estudos ou pesquisas suficientes na área e vendem algo que parece milagre, mas que no fundo não traz o avanço que prometiam. E por quê? Por que se baseiam na maneira como eles aprenderam sozinhos ou adaptaram o que aprenderam com outros professores (sem admitir, claro), mas que não foram testados em outras pessoas a médio ou longo prazo. Há vendedores pedindo que seus alunos recém-matriculados, gravem vídeos contando como o método é bom. Seus depoimentos não são conclusivos porque esses alunos são induzidos a gravar após apenas 1 ou 2 meses de curso, fase em que ainda há o deslumbramento e a alta expectativa, o depósito da esperança no milagre, mas eles não podem provar que falam um segundo idioma, porque ainda não falam. Outros arriscam a gravar em outro idioma, após 1 ou 2 meses de curso, e apesar de admitirem terem passado por outras escolas e já terem chegado ao nível intermediário, tentam atribuir o milagre ao último professor. Sinto muito, mas a capacidade de falar idiomas foi adquirida nas escolas anteriores e não nessa última. Não se engane. Mas quais são os mitos mais comuns? Mito 1 – Muita gente prega que devemos seguir o método natural de aprendizagem das crianças: primeiro ouvir, falar para depois aprender a ler e escrever. Discordo em partes porque se seguirmos o método de aprendizado da primeira língua, teríamos que expor o adulto a ouvir conversas em inglês pelo menos 12 horas por dia, para reproduzir em média 400 palavras após 18 a 24 meses de estudos, e ainda falar errado a ponto de muitas vezes sequer ser compreendido e para acrescentar, depois viria mais uns 3 anos “ouvindo” para expandir o vocabulário enquanto um adulto (representando os pais) o corrigiria. Já pensou passar de 2 a 4 anos para adquirir um vocabulário básico, restrito e às vezes infantilizado? Se você tem filhos, sabe do que estou falando. Se não tem filhos, pode consultar um vídeo de estudos na área. Veja um exemplo que selecionei: https://goo.gl/5RPuwC Mito 2 – Ler e Escrever não são importantes e podem ser deixados para o futuro, após aprendermos a ouvir e falar. No caso de criança em idade pré-escolar, não fará diferença saber ler e escrever nos primeiros anos de vida porque seus pais cuidarão de tudo e a cobrança para ler só virá anos depois. Já o adulto não pode esperar tanto porque ele é constantemente cobrado nas escolas e empresas através de relatórios, livros, e-mails, testes escritos para vestibular, vagas de emprego e concursos públicos, entre outros. Mito 3 – Professor brasileiro não serve para ensinar a falar inglês. Tenho todos os meus alunos, principalmente aqueles que estudaram comigo e depois passaram a estudar com meu marido ou que foram morar fora para estudar ou trabalhar em multinacionais para provar que isso é falso. Há professores brasileiros que falam inglês muitíssimo bem, têm pronúncia muito boa e conhecimento das dificuldades dos alunos brasileiros, podendo orientá-los até melhor que alguns nativos. Todos os alunos APLICADOS que cursaram de 250 horas a 300 horas (dentro e fora da escola) falam inglês bem e são muito gratos por isso. Mito 4 – O aluno não consegue aprender a falar inglês em cursos de idiomas porque os áudios gravados são lentos e os professores falam mais devagar do que acontece no dia a dia. Ué,

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mas não era para aprender como as crianças? Os pais falam devagar até que elas assimilem as palavras, depois começam a repetir frases vagarosamente e aos poucos vão dando mais velocidade. Quando aprendemos uma segunda língua, há um período em que precisamos ouvir mais devagar para assimilar o significado corretamente. Mito 5 – Os nativos falam bem rápido e para provar que você fala bem em inglês, também precisará falar o mais rápido possível e preferencialmente “comendo” o final das palavras. Eu queria saber quem foi a “criatura” que inventou tamanha mentira. Há muita diferença entre falar em velocidade normal e falar rápido. Se alguém fala tão rápido a ponto de não ser compreendido ou “come” o final das palavras, essa pessoa tem problemas fonoaudiólogos e precisa de tratamento médico! Há pessoas, como eu, que naturalmente falam devagar, outras falam um pouco mais rápido, mas é necessário respeitar o falante. Você não poderia me obrigar a falar rápido, porque eu não conseguiria (nem em Português), outras pessoas falam rapidamente de forma espontânea. Cada um tem uma velocidade de fala que deve ser respeitada. O importante é pronunciar bem e distinguir todos os sons. É como aprender a dirigir. Ninguém pega um carro na primeira aula de direção e sai a 100km por hora! Primeiro aprendemos a usar embreagem, acelerador, freio, trocar marchar, dar setas, respeitar as leis de trânsito, garantir a boa mecânica do carro para depois dirigir devagar até adquirir controle e confiança suficientes para imprimir mais velocidade ao veículo. Com a fala também é simples assim! Mito 6 – Não se aprende inglês com os métodos ultrapassados que fazem os alunos escreverem com lápis ou caneta. A moda agora é fazer tudo via computador, tablet ou smartphone. Falou a palavra que eu queria “MODA” e “moda” passa num instante. A cada dia surge uma nova “moda” e aquela que era considerada a Top das Tops passa a ser renegada. Já repararam no que já falaram sobre o ovo? Hoje ovo faz bem, amanhã faz mal e depois de amanhã faz bem novamente. O mesmo com a manteiga, com certos exercícios físicos, com as roupas, calçados (Havaianas já foi o top dos BREGAS e hoje está na Moda). Moda é passageira e pega geralmente quem costuma seguir tudo feito boiada. Entenda que eu não estou dizendo que o computador, tablet ou smartphone não ajudam. Sem dúvida eles ajudam, mas não são a salvação da lavoura, não, porque conheço diversos alunos que têm usado desses recursos há anos e ainda não estão nem perto de falar inglês porque continuam com dificuldade para memorizar o que viram no dia ou semana anterior. E por incrível que pareça, sua capacidade de memorização aumentou quando seguiram meu conselho para escrever manualmente e sabe por quê? Na faculdade aprendemos que o cérebro, comandante dos movimentos dos nossos braços e mãos e todo o corpo, tem conexões ativadas ao escrevermos manualmente e que essas conexões são responsáveis por aumentar a capacidade de retenção de conhecimentos. O link com um artigo recente da Folha ressalta a vantagem de escrever a mão: http://goo.gl/Wh2XI4 Mito 7 – Fazer exercícios de inglês não é necessário. E eu te pergunto: como você checa se realmente sabe algo? Vou repetir o que sempre digo: Só não quer exercícios quem sabe que não consegue fazer, porque aqueles que realmente querem aprender, testam seus conhecimentos a todo momento. Tenho alguns conhecidos que preferiram contratar professores para conversação com a propaganda de que com eles não há escrita, não há exercícios e que as aulas serão só focadas na repetição de músicas, filmes e vídeos da internet. Parece divertidíssimo (para o professor que nunca vai ter exercícios para corrigir), mas a diversão acaba quando o aluno enxerga além. Eu já ouvi coisas do tipo: Por que estudar com a “chata” da Vania que pega no pé, não acredita quando dizemos que já entendemos a lição e por isso não precisamos de exercícios, cobra e prova que ainda não entendemos, que faz questão de fazer perguntas só para mostrar que ainda não sabemos, para que isso? É... mas anos depois esses mesmos personagens aparecem aqui na escola para testarem a evolução no inglês que tiveram em outros cursos “sem exercícios e cobranças” e geralmente mostram estarem na mesma situação em que se encontravam anos atrás porque tentaram a saída fácil, se recusaram a escrever, a anotar a maneira de usar as palavras, sempre com desculpinha de que não queriam aprender gramática, e quando percebem que não saíram do lugar, eles desistem do curso e saem por ai culpando a escola ou professor. É por isso que eu já me

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recuso a atender quem não quer aprender de verdade. Os meus alunos podem reclamar que eu cobro bastante (porque me preocupo com eles), mas jamais poderão falar que não aprenderam comigo. E só para ilustrar, recentemente uma amiga enviou-me um link do UOL falando sobre os estudos publicados em 2013 pela revista científica Psychological Science in the Public Interest que avaliou as técnicas mais comuns de estudos e mostrou alguns resultados surpreendentes. Veja o link do resumo em português e se quiser, dentro do resumo você encontrará o artigo completo escrito em inglês.

As 10 maneiras mais efetivas para estudar e aprender

http://goo.gl/sNrv6J

APRENDA A APRENDER Há alunos que chegam querendo contratar a mim ou meu marido para aprender inglês do zero em duas semanas para entrevistas em inglês e isso é impossível mesmo para quem mora fora e estuda inglês 16 horas por dia. Há outros que chegam a nós esperando que coloquemos em suas cabeças todo o idioma, sem que eles estudem ou façam qualquer esforço. E quando não consigo fazê-los entender o que é aprender, prefiro explicar que não somos as pessoas certas para realizar seus desejos. Por quê? Porque se existe um segredo para aprender qualquer coisa na vida, esse segredo é Aprender a Aprender e empenhar-se em aprender. A diferença crucial entre um estudante que fala inglês e outro que ainda não, reside no fato do primeiro saber “como” aprender inglês, enquanto o outro ainda patina. Eu aprendi inglês e espanhol, mas optei por concentrar-me somente no inglês porque precisava de todo o tempo disponível para focar também na criação de meus livros, exercícios e metodologia própria. Se ainda falo espanhol? Sou muito exigente e por isso honestamente diria que estou muito longe de falar como gostaria porque todo ensinamento precisa de revisão e contato constante e eu infelizmente já não tenho contato com espanhol há 13 anos. Muitos amam desvendar enigmas, outros adoram montar quebra-cabeças. Eu também. Aprender línguas para mim é um enigma e cada vez que descubro uma nova palavra, expressão ou som é como se mais uma pecinha do quebra-cabeças se encaixasse. Sinto satisfação e isso torna meu aprendizado mais prazeroso. Com o tempo fui descobrindo as técnicas que davam melhores resultados, que eram mais prazerosas e logicamente mais fáceis de duplicar. Ao mesmo tempo eu colocava de escanteio os métodos menos produtivos ou difíceis que experimentava. O resultado? Entendi que apesar de não ter mais dinheiro para pagar escolas, eu me sentia segura e confiante para aprender sozinha. Isso era incrível e assustador porque ao mesmo tempo em que me dava a liberdade de aprender sozinha, me dava também a responsabilidade de aprender sozinha. Eu finalmente tinha descoberto o segredo de aprender e entendido porque tantos não o seguiam. A responsabilidade dá medo porque você não poderá culpar ninguém por sua desistência ou fracasso, só você mesmo. O grande e positivo diferencial é que aprender inglês ou outras línguas é perfeitamente possível e está ao alcance de suas mãos! Esse guia vai direto ao ponto e te ensina passo a passo como “aprender a aprender” mais rápido e com mais eficiência que qualquer outro método tenha prometido, desde que você coloque em prática tudo o que aprender sem pular nenhuma etapa e tenha como meta aprender inglês sem gastar ou gastando pouco dinheiro com escolas ou professores, pelo menos nessa primeira, longa e importante fase de aprendizagem.

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Esse é outro diferencial do meu guia. Eu falo a verdade o tempo todo, mesmo que não seja o que você queira ouvir, nem aquilo que me trará melhor retorno financeiro, mas acredito que ser honesta é parte fundamental para merecer sua confiança. E é por isso que deixo claro que você precisará de ajuda (paga ou grátis) para desenvolver habilidades de redação e conversação porque ao contrário de alguns “vendedores de sonhos” que prometem que você aprenderá tudo sozinho a custo zero, mas vendem cursos como todas as escolas e indicam a contratação de professores ao final; eu digo a verdade agora. Acho puro cinismo dizer que o estudante aprenderá sem a ajuda de professores, mas vender um curso online de 2 a 6 meses no qual paga-se mais do que gastaria em 12 meses com um bom profissional que dá a maioria das dicas gratuitamente, pelo menos comparando com a minha escola. É fácil dizer que ensina, sem checar o aprendizado e depois simplesmente mandar o aluno contratar professor para praticar conversação, e corrigir sua escrita, já que o curso “milagroso” só cobriu a leitura, e aquisição de vocabulário. Meu marido já pegou alguns desses alunos que diziam só precisar de conversação, mas a história era muito diferente e depois de tentar diversos professores particulares, esses estudantes foram forçados a admitir que não tinham o nível que achavam porque quem lhe vendeu um dos cursos mais famosos da internet, jamais checou o aprendizado deles já que o método pregava que os estudantes não precisariam fazer exercícios. Eu digo agora, você deve e vai fazer exercícios para checar seu aprendizado, mas com minhas orientações esses exercícios não levarão mais que 5 minutos! O meu guia pode e deve ser usado como um livro de consulta caso precise relembrar alguma dica, técnica ou método ensinados. Lembre-se: o seu foco não é simplesmente aprender inglês, mas aprender a aprender qualquer outra coisa que deseje!

AS SUPER AÇÕES PARA APRENDER IDIOMAS

Há pessoas com maiores habilidades matemáticas, outras com grandes habilidades orais e ainda aqueles com outras habilidades específicas, mas para a maioria de nós, humanos, o segredo para aprender idiomas é conhecer as técnicas de “como aprender”. Esse “como aprender” engloba algumas ações básicas e essenciais, que se colocadas em prática certamente garantirão o seu sucesso no estudo de línguas. As ações mais importantes da aprendizagem de idiomas são:

Organização (física e mental)

Planejamento do Tempo (com Inglês)

Exposição (ao Inglês)

Prazer

Motivação

Autonomia

Curiosidade

Persistência

Contexto

Vencer a timidez e a insegurança

A Ordem de Tudo

Dedução e Lógica.

1. Organização (física e mental)

Assim como o planejamento de uma viagem onde as primeiras providências são: escolher o local das férias, orçar hotéis e transporte, escolher a forma de pagamento e planejar a arrumação das malas; antes de começar a estudar inglês é necessário organizar-se e organizar o seu espaço. Para conseguir concentrar-se nos estudos, sem distrações, é

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importantíssimo ter um espaço adequado, bem iluminado, arejado e principalmente silencioso. Sua mesa pode até ser feita de tijolos e uma tábua, mas precisa estar sempre limpa e arrumada com seu caderno, dicionário(s) em papel ou virtual, um computador com fones de ouvido ou caixas de som e microfone (se possível), além de livros para consulta, etc. Essa organização de ferramentas permitirá que você se dedique aos estudos, aproveitando ao máximo o tempo disponível para aprender inglês.

2. Planejamento do Tempo com Inglês

Faça uma planilha indicando o tempo que pode se dedicar aos estudos diariamente. Perceba que a honestidade consigo mesmo(a) ajudará a definir quanto tempo dispenderá com seus estudos. Se perceber que terá menos de 3 horas por semana para esse propósito específico, reveja suas prioridades para excluir alguma atividade menos importante ou que não esteja lhe trazendo nenhum benefício a curto ou médio prazo. Exemplo: assistir novelas, tomar uma cervejinha com os amigos, passar muito tempo com mídias sociais (twitter, facebook, periscope, linkedin, whatsapp) e até dormindo mais de 8 horas por dia. A quantidade e qualidade do tempo com o idioma é essencial. Você precisa ler, escutar, escrever e falar em inglês o máximo de tempo que puder. Quanto mais tempo dedicar-se por semana, mais rápido aprenderá. Sua planilha deve proporcionar contato diário com o idioma. Seria magnífico se pudesse ter contato com inglês pelo menos 6 horas por semana (1 hora por dia em horários pré-definidos) para seu aprendizado evoluir rapidamente, mas “Stick to the plan” – Siga o cronograma traçado e não cabule os estudos só porque o programa que gosta está passando na tv ou um amigo ligou... E já que ninguém está te espionando agora, faça um exame de consciência e experimente responder quantas horas tem tido contato com inglês nos últimos seis meses. Poucas? Nenhuma? Então você mesmo já respondeu o porquê não aprendeu inglês ainda! Agora tente estudar 15 a 30 minutos por dia por 2 semanas, depois aumente mais 15 minutos por dia e mais 15 até atingir 60 minutos diários e comprove a diferença de resultados em poucos meses. Não há milagre! Há dedicação.

3. Exposição

É essencial estar exposto ao idioma que deseja aprender e hoje em dia, não morar no exterior para aprender “na fonte”, não é mais desculpa. Mesmo morando no interior do Brasil você pode ter acesso ao idioma através de filmes, seriados, músicas (vídeo clips ou estações de rádio via internet), talk shows, entrevistas ou palestras na TV e Youtube, canais de notícias como CNN, BBC; Fox, livros, jornais, revistas, etc. Há anos indico aos alunos usarem a tecla SAP no controle remoto da TV, ou as teclas verde (áudio) e amarela (legenda) da NET para assistir a programação no idioma original. Um bebê é exposto ao idioma - que não entende - por quase um ano antes de esboçar as primeiras palavras. Essa é uma forma muito eficiente e a mais natural que existe para gradualmente assimilar vocabulário, pronúncia e construir suas primeiras frases. Quer aumentar ainda mais a exposição? Mude a língua do seu celular para inglês, faça o mesmo com seu tablet e computador. Cadastre-se numa sala de chat (bate papo) em inglês e divida experiências com pessoas ao redor do mundo. O truque é manter sua mente pensando em inglês sempre: na fila do banco, sala de espera, restaurante, ônibus, etc. Descreva pessoas, objetos e roupas, repita e-mails, números de telefone e placas de carro, trajetos e até o caminho que faz da casa ao trabalho.

4. Prazer

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Encare o seu aprendizado de inglês como diversão e não como algo obrigatório, sinta prazer em aprender finalmente o significado de uma palavra ou frase!. E essa tarefa não será difícil se associar o estudo a algo que lhe dê prazer, por exemplo: procure textos que falem de algo do seu interesse, leia e traduza as letras das músicas que gosta para entendê-las e depois cante muito! E aquele seriado que você A-MA? Reveja os episódios com um novo foco: assista com a legenda em inglês, e depois repita, sem legenda. Isso funciona com filmes, entrevistas, palestras e até cartoons. Outra sugestão é o uso de jogos interativos virtuais onde você precisará seguir comandos para avançar níveis, como por exemplo: jogos de detetives.

5. Motivação

É importantíssimo saber o que te levou a estudar inglês, e querer isso do fundo do coração porque nenhum professor ou método funcionará se você não entender que a motivação parte de si mesmo. Não transfira para outros essa culpa, assuma sua responsabilidade e reflita se é realmente isso que deseja fazer porque aprender inglês vai requerer uma entrega total. Se o motivo para estudar for verdadeiro e você realmente quiser aprender, tudo será mais fácil porque o primeiro obstáculo já foi ultrapassado, mas se você vê qualquer forma de estudo como “Que droga, tenho que estudar”, talvez precise de uma motivação maior, visualizando o retorno que terá após o seu esforço. O jogador de basquete Oscar Schimmidt costumava treinar muito mais horas que os companheiros, sempre olhando para a cesta e visualizando a conversão, antes sequer da bola ser lançada. O nadador César Cielo escreveu o tempo a ser batido no teto do seu quarto. Saber o que ganhará no final do processo te dará disposição para superar os obstáculos do percurso. Alguns “vendedores de sonhos” dirão que uma sala de aula, dividindo experiências com professores e colegas, não é um ambiente produtivo ou estimulante, mas pensando assim, a solidão do seu quarto também não é. Sinceramente desmotivante é não aprender. A pessoa estará motivada se estiver aprendendo e vendo sua gradual evolução, seja no seu quarto, no ônibus, numa sala cheia de alunos ou no horário de almoço do trabalho - qualquer lugar ou hora será ideal e perfeita para estudar! Tudo se tornará estimulante: os exercícios chatos, de repente se tornarão desafiadores, até comerciais em inglês serão motivo de alegria a cada nova palavra que conseguir aprender. E tudo porque você resolveu se responsabilizar pelo aprendizado de inglês e pelo seu futuro, sem bancar a vítima, sem culpar terceiros, o que nos leva ao próximo aprendizado. 6- Autonomia Quantos de nós já ouviram pais e professores dizendo que nos dariam a vara (ensinamentos), mas que nós deveríamos pescar (aprender)? E era verdade, totalmente verdade! Ninguém pescará por você, então corra atrás do que você precisa pois agora você se tornou responsável por seu aprendizado. É necessário ter autonomia (decidir sozinho) para escolher que caminho tomar ou qual técnica usar para capturar seu peixe (inglês). Não estou te proibindo de pedir auxílio de pessoas experientes e que possam inclusive aumentar sua segurança na conquista de autonomia, mas você precisará dominar técnicas suficientes para aprender inglês sozinho.

7. Curiosidade

Dizem que as pessoas curiosas aprendem mais, mas há dois tipos de “’aprender”. Você pode adquirir conhecimento inútil que jamais ou pouquíssima diferença fará na sua vida ou “aprender“ de forma direcionada a algo que lhe traga acréscimo real e modifique a sua vida. Quanto mais exercitar sua curiosidade, mais fácil será aprender o que quer que seja.

8. Persistência

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Fato comum para todos que iniciam um novo projeto, curso ou trabalho é o entusiasmo com que encaram essa nova experiência; contudo esse entusiasmo começa a dar espaço para um capítulo de novela, um jogo de futebol, um happy hour com amigos, conversas no corredor da empresa, mais tempo no celular e mídia social e quando percebe, já não há nenhuma energia para dispender onde havia programado: inglês. E se sua desmotivação vier acompanhada de alguma dificuldade específica, o caminho mais fácil e comum passa a ser a desistência. Entenda que os resultados virão a longo prazo e geralmente são difíceis de serem mensurados. Há que se respeitar as diferenças pessoais, pois ninguém aprende as coisas do mesmo jeito nem no mesmo tempo. Se há algo que posso afirmar sem medo de errar no aprendizado de idiomas é que ninguém aprenderá essa nova língua em poucos meses.

9. Contexto

Encare o aprendizado de idiomas como um mundo novo a ser compreendido e conquistado. Decorar vocabulário, números ou gírias não são suficientes para decifrar uma língua porque ela provavelmente não seguirá os conceitos que já conhece. Os sons, o significado das palavras, sua ordem e até a cultura do país influenciará na forma de entendê-la. Não tente decorar palavras soltas porque sem contexto elas não significarão nada e portanto desaparecerão. O saber contextualizado por sentenças dão sentido a uma história e haverá muito mais probabilidade de fixar em sua mente.

10. Timidez e Insegurança.

É preciso ter coragem para esboçar um diálogo num outro idioma, pois sabemos que os erros serão inevitáveis e necessários para praticar. Foi assim no aprendizado de Português e assim será no aprendizado de qualquer língua nova. Não perca a oportunidade de praticar o que aprendeu, mesmo que esteja com medo ou inseguro de suas palavras. No começo tente ficar em contato com apenas uma pessoa e não um grupo e depois que se sentir mais seguro(a), passe a conversar com mais de uma pessoa ao mesmo tempo. 11. A Ordem de Tudo Como mencionei antes, para aprendermos a falar português, primeiro passamos quase um ano de nossas vidas apenas ouvindo e tentando entender o que as pessoas a nossa volta falam e só após esse aprendizado é que começamos a emitir sons e depois juntá-los para formar palavras. O passo seguinte nesse processo tão natural é ler para depois adquirirmos conhecimento suficiente, e arriscarmos nossos primeiros parágrafos. Os adultos acham que poderão driblar esse processo e contratam aulas de conversação antes mesmo de entenderem as frases mais simples em inglês. Total desperdício de tempo e recursos numa tentativa comprovadamente ineficiente. 12. Dedução e Lógica Para aprender línguas é preciso observar o seu padrão, a estrutura gramatical para a construção das sentenças e significados de palavras e expressões. A decodificação de uma língua com o tempo se tornará mais fácil, se seus dons de dedução e lógica entrarem em ação, garantindo que entenda o funcionamento da língua e possa recriá-lo efetivamente através das técnicas desse Guia. Para entender o processo de dedução e lógica pela observação de padrões, pense na seguinte situação: 5 sentenças em russo são mostradas com suas respectivas traduções para um grupo de 10 pessoas que nunca estudaram uma língua estrangeira, provavelmente esse grupo entenderá muito pouco ou nada, contudo se o mesmo exercício for feito com um grupo de pessoas que fale duas ou mais línguas, essas pessoas provavelmente farão associações, tentarão identificar o sujeito, o verbo e o complemento de cada frase sem necessidade de um professor orientando. Esse grupo aprendeu a observar a

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língua, e identificar padrões de elementos essenciais de sentenças através da dedução e lógica. Essa capacidade de dedução e lógica é requisito básico e obrigatório para o aprendizado de qualquer língua. E como saber se você tem isso, se nunca tentou aprender nada sozinho? Se você é curioso a respeito de idiomas, se gosta de observar padrões e tentar recriá-los, se sente prazer em descobrir significados de expressões e gírias, por exemplo, você provavelmente já tem o suficiente para começar.

CRIANDO A ENTRADA DE INFORMAÇÕES (INPUT) Aprender Inglês ou qualquer outra coisa requer: 1) Obter informação e 2) Armazenar em local próprio. É como fazer o download de músicas e filmes: primeiro você libera um espaço na memória do seu computador, nesse caso o seu cérebro, e depois passa a baixar toda a informação importante para você usar sempre que precisar. Você precisa entender que a informação a ser aprendida: sons, palavras, frases, textos ou diálogos inteiros é a “Entrada de Dados” ou “Input” e sem ela, a aprendizagem não acontece, por isso é extremamente importante que entenda esse conceito que é o mais importante recurso na aprendizagem de idiomas ou qualquer outro assunto que queira aprender. Das quatro habilidades que precisamos dominar para falar outra língua, duas são classificadas como “Entrada de Dados”: ler e ouvir e as outras duas são a “Saída de Dados”: falar e escrever. Você não conseguirá por em prática nenhuma técnica ou método ensinado, sem a existência da “Entrada de Dados”. Seria como tentar fazer um carro funcionar na subida sem combustível: Impossível. Se uma pessoa tem problema de memorização e é desorganizada, nunca sabendo onde anotou informações importantes, podemos dizer que ela tem sérios problemas com a “Entrada de Dados” que não ocorre a contento. É como baixar músicas no celular, mas não encontrá-las quando tentar ouvi-las, porque as colocou no local errado ou salvou com nome errado. Você provavelmente mandaria o celular para o conserto ou pediria ajuda de alguém para corrigir o problema, mas o que fazer com o seu cérebro? Pessoas com problemas de memorização costumam simplesmente dizer que “odeiam” uma determinada coisa, criando uma “razão” falsa para não enfrentar o problema, quando de fato elas deveriam fazer um esforço extra com exercícios específicos para ativar essa parte adormecida: a capacidade de memorizar. Entenda que por ser um problema SEU e não do professor, do material didático ou escola, é VOCÊ quem precisará agir na raiz do problema para resolvê-lo. Preguiça aqui não pode ter vez! Veja o link para Mapas Mentais ensinados por excelentes profissionais para memorizar mais informação sobre qualquer assunto (inglês, vestibular, concurso público, discurso, entrevista de emprego:

https://goo.gl/CxbXy9

https://goo.gl/vYnxqs Há muitos softwares para criar mapas mentais. Conheça um deles com exemplo para aprender

inglês: https://goo.gl/5CK3r0.

COMO USAR SUAS INFORMAÇÕES (INPUT) PARA APRENDER IDIOMAS O ditado popular “Tudo que entra, sai” se aplica perfeitamente no caso de aprendizado, logicamente se você usar a informação que recebeu. Qualquer método de aprendizado que fica só na teoria e nunca é posto em prática é falho e não te leva a lugar nenhum porque teoria a gente esquece, prática, não. Só é preciso entender que num processo de aprendizagem, assim

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como num computador, a ENTRADA de dados (teoria) traz a informação crua como uma foto sem Photoshop ou números numa planilha, mas a SAÍDA (prática) traz a informação aperfeiçoada (foto com Photoshop ou planilha com gráficos de gastos). Deixa eu explicar melhor: nós recebemos muita informação (palavras, frases, textos, expressões idiomáticas, pronúncia, fatos culturais, estruturas para formação de sentenças) que são armazenados no nosso cérebro sem ordem alguma, e muitas vezes se perdem ou são esquecidas porque não sabemos como ou onde usar. Tudo está misturado num grande caldeirão como numa sopa de letrinhas. Mas quando tocamos um instrumento, cozinhamos ou falamos uma língua, usamos todos os nossos conhecimentos numa certa ordem para criar música, comidas e frases que façam sentido. É como se recebêssemos: “casa, eu, para, ir, pais, meus, dos, a”; e mais tarde devolvêssemos a frase: “Eu vou para a casa dos meus pais”. O milagre acontece porque fazemos uso de tudo que tínhamos no nosso “banco de dados mental” numa determinada ordem e assim criamos uma frase perfeitamente compreensível. Nós aprendemos Português recebendo informação todos os dias através da audição e da leitura (Entrada de Dados conhecida como Input em inglês e em linguagem de computador), memorizando esses dados e reutilizando no momento oportuno através da fala e da escrita (Saída de Dados ou Output). Seu cérebro é o seu super computador, capaz de guardar informação infinita e por toda a vida como uma esponja gigante. Mas perceba que tudo que você reproduz, precisa ter sido recebido e memorizado antes porque ninguém fala uma palavra sem tê-la ouvido primeiro. Quer um exemplo? Você se imagina usando a palavra “Eyjafjallajökull”? Acredito que não, e sabe por quê? Porque provavelmente nunca ouviu falar dela! Mas imagine que você estivesse passeando pela Europa em 2010 e a imprensa noticiasse a todo momento que esse vulcão (sim, é um vulcão na Islândia) estaria impedindo a continuação do seu passeio. Ah! Você não só teria memorizado como estaria repetindo o nome dele para todos a sua volta. O mesmo acontece quando você aprende inglês. Você precisa ler e ouvir uma palavra ou estrutura de frase várias vezes para ser capaz de repeti-la. Ai você vai perguntar: “se eu preciso aprender um grande número de palavras, estruturas e sons antes de sair falando por ai, por que algumas escolas anunciam métodos focados só em conversação, sem leitura, caderno, ou exercícios? E outras que saem fazendo perguntas em inglês e exigindo respostas logo nas primeiras aulas, sem que você sequer saiba do que estão falando? Parte da culpa é das escolas, mas parte também é dos próprios alunos que quando chegam nas escolas, fazem logo perguntas ou exigências do tipo: “Eu só me matriculo se garantirem que vou começar a falar inglês já nas primeiras aulas” ou “Curso que não ensina a falar logo no comecinho não presta”, ou ainda “Não tenho tempo para ouvir ou assistir filmes, odeio ler, odeio gramática, e não faço exercícios, você me ensina a falar ou procuro quem ensine”. Parece brincadeira, mas vejo “vendedores de sonhos” criticando escolas, sem jamais terem tido ou trabalhado na administração de uma para ouvir os que os interessados em cursos perguntam e exigem. Há sim escolas mal intencionadas ou pseudo-profissionais que só visam lucros sem um plano sério de ensino, mas há muitas boas escolas e professores pagando aluguéis, água, luz, treinamentos, funcionários, impostos e taxas ao governo que consomem até 30% do faturamento (algo que muitos profissionais burlam), e manutenção de equipamentos 12 meses ao ano. Dizer ao futuro aluno que demorará meses ou até anos para “falar” inglês é suicídio e mentira (como verão na próxima página). É fechar as portas propositalmente e se virar com as dívidas. Por isso elas se adaptaram e começaram a oferecer o que os alunos pediam, algo parecido com o que os alunos têm no exterior. Há quem diga que empresários pagadores de impostos são burros e que se eles sonegassem, poderiam oferecer cursos mais baratos, mas essas são geralmente as mesmas pessoas que exigem que se cumpra a lei e pague os 13 salários por ano dos seus empregados e deposite o FGTS, INSS, etc. Não há como burlar taxas governamentais se é preciso depositar os “direitos” dos funcionários. Tudo está num único pacote. Eu tenho uma pequena escola totalmente

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regularizada e sou criticada por isso, criei um método que permite aprender mais rápido, com a maior parte dos estudos feitos em casa na hora que quiser e puder, e visitas à escola em horários flexíveis para treinar e tirar dúvidas com professores, mas ainda assim recebemos diariamente pessoas sem conhecimento de inglês que exigem fluência em 10 horas de aula porque terão entrevista em inglês na semana seguinte ou alunos que se RECUSAM a estudar em casa! Nunca agradaremos a todos e é por isso que dizem: “Não sei o segredo do sucesso, mas o segredo do fracasso é querer agradar a todos. Ai ai ai de mim se abrir a boca para dizer que leis devem ser cumpridas na íntegra ou que o aluno precisará se esforçar, ler e ouvir em inglês por semanas ou meses para atingir a fluência desejada. Eu não posso nem reproduzir aqui as coisas que já ouvi. Uma parte da população pensa que aprender línguas é como andar de bicicleta: montou, andou. Engano! Eu, por exemplo, tive a matrícula de uma garota cancelada porque eu, professora, falei em aula! A garota não dominava mais que “My name is...” , não entendia como usar “my – your – her” e ficou “possessa” porque eu tentei explicar a linha de pensamento do falante nativo. Segundo ela, eu roubei minutos em que “ela” deveria estar falando. Como ela falaria por 5 a 10 minutos tendo estudado apenas 20 horas de inglês e dominando poucas palavras? Ela precisaria ler mais, ouvir mais, mas ela não aceitava isso. É muito fácil sair acusando, mal-dizendo escolas ou professores quando não se sabe o que se passa ou quando não se tem coragem para admitir que por preguiça, não fez o que era solicitado e por isso não consegue ter o desempenho que deseja. Eu posso até entender um candidato a aluno fazendo isso porque geralmente está seguindo algo que alguém disse e ele acreditou que era correto, seguindo a moda mais recente, mas me preocupa muito quando vejo “vendedores de sonhos” tentando denegrir empresas e profissionais sérios, com falsas ou meias promessas. Cada escola ou profissional tem seu método e todas têm seu público. O aluno é quem decidi qual escola ou método seguir, baseado em fatos e tempo real disponível para estudos e não em promessas que na maioria das vezes não se cumprem ou em pseudo-profissionais que na hora de provarem que ensinam de verdade, passam a responsabilidade para o profissional seguinte. Ouvi falar de um certo “vendedor de sonhos” que induz os alunos a não fazerem exercícios ou testes para mensurar o aprendizado, prega que aprender gramática é ineficiente (mas ensina em seus vídeos sem dizer que aquilo é gramática) e ainda diz que falar inglês é algo para um próximo professor, preferencialmente nativo. É fácil dizer que ensina e na hora de provar, passar a responsabilidade de um aluno sem preparo para outro profissional. Meu marido é nativo e já passou pelo pesadelo de pegar alunos desses “vendedores de sonhos”. Esses alunos decoram palavras, mas não entendem onde ou como usá-las apenas com a leitura de textos como prometia o “vendedor”. Esses pobres alunos juravam ouvir muito em inglês e falar sozinhos para treinar, mas a pronúncia era inexplicavelmente ruim e porque o aluno sequer sabia o quão errado pronunciava, essa pronúncia nunca foi corrigida, então foi enraizando de maneira errada. Quem já não ouviu o ditado “É de pequeno que se torce o pepino”? E como iniciar, então? A parte fácil é que as primeiras frases não serão exatamente “criadas” por você, mas sim copiadas e adaptadas a partir de algo que já conhece e repetidas para amigos falantes de inglês ou profissionais. Veja, se você já ouviu a famosa frase “I will be back” que o Arnold Schwarzenegger usou no filme Exterminador do Futuro, poderá adaptá-la e dizer “I will be back soon” ou “I will be back tomorrow night”, você também pode usar frases substituindo palavras como em “Ana danced all night” para “Ana danced with me”, “Ana and her friends danced all night” ou ainda “Ana cried because she couldn’t dance all night ”. Lembra do ditado “Na vida nada se cria, tudo se copia”? Então, basta saber como copiar! Você precisa fazer seu cérebro absorver conhecimento em grandes e constantes quantidades, mas ter as dicas certas para usar essas palavras no contexto correto, por exemplo, é comum ver alunos tentando criar frases como “ I matched of meet my friend here”. Eles leram em diversos textos e entenderam que “match” significa combinar e “of” significa de, mas não sabem que há contexto certo e a frase acima (totalmente errada) não é um deles. Só um bom falante de

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inglês dará as explicações necessárias e corrigirá esses erros de informação desde o princípio. Quanto mais palavras, frases, estruturas e pronúncia você ler e ouvir, maior será a capacidade do seu cérebro imitar e reproduzir o que armazenou, desde que bem assessorado para que erros não se fixem no seu cérebro. Eu e meu marido acreditamos muito em nosso método de ensino e sempre explicamos que a melhor e mais correta forma é ouvir muito, ler muito (e ser corrigido desde o início) e aos poucos escrever e falar.

A INFORMAÇÃO “ENTRA” PARA DEPOIS “SAIR”

Você precisará receber muitas palavras, frases, estruturas da ordem das palavras, e pronúncia delas para depois estar apto a repetir esses ensinamentos. O segredo para chegar ao Santo Graal é absorver o máximo de conhecimento que seu cérebro entenda para em seguida reproduzir e adaptar frases. Entrada de Dados - Eu geralmente digo aos alunos de inglês que a primeira (ou mais fácil) habilidade dominada é a leitura, pois as palavras já estão escritas corretamente e colocadas na ordem certa. Você só precisa traduzir e armazenar em sua mente as novas palavras e estruturas de uma forma natural. A segunda habilidade que dominamos (desde que a estejamos treinando) é a audição e pelas mesmas razões: a pronúncia e ordem das palavras já estão corretas, você só aprenderá, memorizará para depois reproduzir, ser corrigido e ai sim, reproduzir com a certeza do que faz. Vale dizer que os “dados” recebidos devem ser compreensíveis, pois de nada adianta assistir filmes, ouvir músicas ou ler textos em inglês se não entende mais que umas poucas palavras. Informação só tem valor se for compreendida, por isso os alunos de níveis elementar e básico precisarão se esforçar mais, repetir diversas vezes o mesmo texto, filme ou música, até que tenham controle de no mínimo 70% do vocabulário para depois passar para outro material. Entenda que a repetição te fará aprender um pouco mais a cada nova tentativa e mesmo que já saiba todas as palavras, continuará aprendendo, pois mudará o foco e começará a entender as estruturas gramaticais, as gírias, as expressões idiomáticas e até prestar atenção à pronúncia, a ponto de memorizar certos trechos ou um episódio inteiro do seriado que goste. Saída de Dados - A terceira habilidade é a escrita, e nesse ponto, há uma vantagem pois apesar de precisarmos de um bom conhecimento de vocabulário e ordem das palavras (estrutura gramatical), temos tempo para pesquisar em dicionários, gramáticas, reler as sentenças, comparar frases na internet e corrigi-las se necessário. É nesse ponto que ocorrem as associações e adaptações daquilo que já conhecemos com algo novo para criar novas sentenças. A quarta e última habilidade (se quisermos realmente um bom nível de conversação) é a fala, pois assim como na escrita, será você quem precisará saber a ordem certa das palavras, o vocábulo adequado para o sentido que pretende dar à sentença, a pronúncia correta, a entonação certa e ainda por cima, tudo na hora, sem tempo para pensar, pesquisar ou corrigir. Abriu a boca, não tem mais volta. Perceba que falaremos muito da importância da “Entrada de Dados” por leitura e audição e deixaremos a “Saída de Dados” pela escrita e fala para o final, não por serem atividades menos importantes, mas por serem atividades que só poderão existir se houver conteúdo para treinar. Imagine você tentando fazer uma feijoada sem as carnes, linguiças e temperos. Imagine construir um carro só com os pneus. Não dá! Precisa haver ingredientes para tudo funcionar. Eu já tive diversos alunos que chegaram até mim pedindo que lhes ensinasse a atender o telefone em inglês e perguntar se a pessoa queria deixar recado, mas eu sempre pergunto: “De que adianta perguntar se quer deixar recado, se a hora que ela passar o recado, você não conhecer as palavras e nem conseguir anotar nada?” Se o aluno ainda não tem dados suficientes em inglês, a comunicação não acontece. E isso não significa que seja errado querer falar logo no começo. Se você já está tendo uma boa quantidade de palavras e expressões entrando em sua mente, em poucos dias você já

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poderá falar “um pouquinho” também. Não será fluente. Será o “Broken English”, expressão que os nativos usam para explicar o jeito com que nós, “estudantes de inglês” criamos frases faltando pedaços do tipo: “Mim gosta mostarda hot dog”. Tá, a frase está muito estranha, mas ainda assim você vai conseguir comprar um hot dog e talvez até venha com a mostarda! rs rs. Aliás, é assim que o estudante de nível elementar que faz intercâmbio aprende inglês. Quando fui para a Inglaterra, eu já era professora formada e tive muito apoio e ajuda dos meus professores nativos para entender as dificuldades típicas de cada país, as necessidades básicas para começar a falar inglês, as motivações mais comuns para destravar os mais tímidos e isso me deu a certeza de que dá para começar a falar (um pouquinho) inglês logo nas primeiras semanas, desde que o estudante esteja estudando todos os dias. Entenda que um estudante de intercâmbio estuda de 3 a 5 horas na escola e mais 11 a 13 horas por dia passeando pela cidade, fazendo compras, pedindo informação, conversando com as pessoas que estudam ou moram com ele, assistindo tv, ouvindo rádio e fazendo todos os exercícios escritos solicitados por seus professores. Imagine quão rápido seria seu aprendizado se você estivesse estudando inglês 14 horas por dia!

QUANTIDADE E REGULARIDADE DE INFORMAÇÃO Se 14 horas por dia parece muito, experimente começar com 30 minutos, aumente para 45, depois 1 hora por dia e vá aumentando um pouco a cada mês ou a cada semana se estiver mais determinado, mas entenda de uma vez por todas que esse empenho deve ser diário. Todos os dias, ou pelo menos 6 dias por semana você precisa se aplicar aos estudos porque essa regularidade vai estabelecer conexões mentais e maior facilidade para compreensão e memorização, além de aumentar o poder de concentração. Não adianta aprender 500 palavras numa manhã e passar 2 ou 3 semanas sem abrir os livros novamente. Eu tenho uma aluna que insiste em fazer isso e não funciona! A sua melhora será notória se houver RE-GU-LA-RI-DA-DE. Seu carro precisa ser usado pelo menos uma ou duas vezes por semana para manter a vida útil da bateria, não é? O remédio homeopático só fará efeito se você tomá-lo diariamente, certo? O mesmo acontece com seu cérebro. Ele recebe muita informação/dados, ao ler, ouvir e entender centenas ou milhares de palavras e frases em inglês, e estabelece conexões entre elas cada vez mais rápido. É assim que você nota uma melhora incrível e rápida no seu inglês porque a compreensão se tornará natural e mesmo as estruturas gramaticais farão um certo sentido. Você saberá a ordem das palavras instintivamente, mesmo sem ainda conhecer a regra. Os livros de gramática servirão apenas para checar a veracidade do que aprendeu e dar nome a um determinado assunto para pesquisas futuras, caso seja necessário checar se uma frase recém-criada está correta. Há quem diga que exercícios não são necessários, mas eu discordo por várias razões: uma delas é que geralmente o aluno “pensa” que entendeu um conteúdo, mas está longe disso, outra razão é que alguns alunos não querem fazer exercícios porque precisariam pensar e alguns professores também não os querem porque além de levar tempo criando-os, teriam também que corrigi-los; e o que diríamos dos “vendedores de sonhos” que só alegam não precisarmos de exercícios ou provas porque sabem que se os alunos os fizessem, questionariam a qualidade do método. O mundo te avaliará por exames nas escolas, vestibulares, concursos públicos, provas de estágio, entrevistas de emprego, e outros. Você quer estar preparado para isso, ou não? Sei que alguns vão dizer: “Estudei 6 meses em escola tradicional, 2 horas por semana e aprendi muito pouco comparado com os mesmos 6 meses no curso X online, 1 hora por dia. Você mesmo já explicou o problema: Se estudou 2h por semana (6 meses): Multiplique 24 semanas x 2h em sala + 1 hora em casa (se é que estudou) e terá 72 horas de estudo apenas. Mas no método online você finalmente “entendeu” que estudar depende de VOCÊ e que o professor serve apenas como guia, aceitou ler livros (que se negava no curso anterior) e estuda 1 hora por dia, 6 dias por semana, o que resulta em 24 semanas x 6 horas de estudo em casa= 144 horas. O dobro de tempo dispendido no curso anterior, sem contar que finalmente deu regularidade aos estudos, o que aumenta ainda mais a capacidade de aprender.

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Lecionando há mais de 25 anos, acredite, sei muito bem o que estou falando. Ninguém tem “jeito” ou “dom” para aprender inglês. Na realidade o que essa pessoa tem é mais comprometimento com os estudos, compreensão de que o professor é apenas o mestre que ensina atalhos, transmite conhecimentos que sozinho talvez você demorasse a obtê-los, te instiga a novas descobertas e a partir do momento que você se sente “descobridor”, sua motivação também aumenta e com isso também as horas de estudo. Mas entenda que o simples fato de ler, ouvir e falar uma língua não o fará comunicar-se bem, pois esse é um engano facilmente comprovado quando olhamos para as inúmeras pessoas a nossa volta ou nas mídias sociais, cometendo atrocidades com a língua portuguesa. A pessoa fala português há 20 ou 30 anos e fala errado! Se fosse tão fácil, todos seríamos réplicas do Professor Pasquale, ou dos escritores Ariano Suassuna, Jorge Amado, ou Clarice Lispector. Exponha-se ao inglês todos os dias através de leitura e audição com feedback (correção de um falante de inglês), mas saiba o que está lendo ou ouvindo. A frequência na Entrada de Dados (ler e ouvir) é muito importante. Eu arriscaria dizer que é até mais importante que a quantidade de dados aprendida, imagine expandir o vocabulário em 1000 palavras, mas não saber usá-las! É preciso fazer simulações para testar se o aprendizado está completo. Acha que já sabe tudo? Prove! Só não quer exercícios quem teme falhar.

COMO USAR A GRAMÁTICA A SEU FAVOR.

Há casos em que sua intuição lhe dará a resposta. Exemplo: o sujeito YOU sempre vai combinar com o verbo ARE, um adjetivo como BLUE ou OLD sempre virá antes do substantivo TABLE, BOOK, CAR, etc. Contudo, digamos que a estrutura de suas frases ainda seja bem básica, mas você constantemente comete o mesmo erro gramatical (por exemplo: “He ate your sandwich” ao invés de “He ate his sandwich”). Em casos assim, em que você não conseguiu entender intuitivamente como usar certa regra, memorizá-la pode ser útil para evitar erros, pois poderá identificá-los e corrigi-los. Quando você não tem contato com uma estrutura gramatical frequentemente, ou não a conhece ainda, mas precisa usá-la, a gramática poderá te salvar se seguir os exemplos e explicações que ela trouxer a respeito de um determinado tema. Por exemplo: será difícil adquirir um conhecimento intuitivamente sobre as preposições “in”, “on” e “at” (por exemplo: “Mr. Stark is concentrated on his Iron Man suit” ou ainda “Captain America was interested in saving the USA”) ou da voz passiva do futuro perfeito (por exemplo: “Five years from now, my house will have been paid off –5 anos contando a partir de agora, minha casa terá sido paga”) porque nem sempre a leitura de livros em inglês mostrará suficientes exemplos para que possa entender e reproduzir essa estrutura. O mesmo se aplica ao uso de “Shall ou Ought to” e tantos outros casos. Se você quiser usar essas estruturas em suas frases, precisará entender as regras e provavelmente consultar suas variáveis pois elas mostrarão quando e como usá-las corretamente. Lembre-se: a gramática é um livro de consulta para a vida toda, como a Bíblia. Você lê os capítulos e versículos e segue os ensinamentos para ter uma melhor qualidade de vida e convivência com os outros, não? O mesmo ocorre com a gramática. Você a consulta sempre que julgar necessário para aprender como agir em determinadas situações, passando a usar os ensinamentos no cotidiano e quando estiver em dúvida, é só abrir o livro e consultar novamente! Sem “encanação”, sem “decoreba”. O segredo é entender os ensinamentos e usá-los no dia a dia. Não decore. Entenda. Se não entendeu, peça ajuda. Decorar não vai te levar muito longe.

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ATÉ ONDE É VÁLIDO PERGUNTAR O PORQUÊ? Eu considero um bom sinal quando meus alunos perguntam o porquê de uma estrutura gramatical ser “assim ou assado” porque mostra que há interesse em compreender para depois reproduzir, e sinceramente me entristece quando vejo professores reclamando desses questionamentos porque acredito que quem sabe, deve ter prazer em compartilhar as respostas. Mas em um ponto eu devo concordar com esses profissionais: Nem todas as perguntas de “Por quê?” são válidas, pois será impossível explicar o porquê da “cadeira” chamar-se “chair”, ou quem decidiu que o adjetivo deveria vir antes do substantivo ou ainda o porquê de adjetivo não ter plural. Nesses casos eu devolvo a pergunta com: “Por que a cadeira chama-se cadeira em português? Quem decidiu que alguns adjetivos em Português só podem ser usados depois do substantivo (por exemplo: “menina bonita ou bonita menina”, mas não digo “cru peixe” pois só “peixe cru” é aceito. O que veio primeiro, o ovo ou a galinha? Rs rs Regras nada mais são que a descrição dos hábitos dos falantes nativos e foram criadas porque precisavam estabelecer um padrão baseado na fala que já existia para facilitar o aprendizado das novas gerações. “Dizemos Beautiful long blond hair porque adjetivos de opinião vêm antes de adjetivos de tamanho, que por sua vez vêm antes de cor.”. Você precisa saber que existe a gramática formal (livros) e a gramática informal (da rua). Os filhos falarão corretamente, desde que seus pais falem corretamente e os corrijam quando cometerem erros. Crianças com menos de 9 anos provavelmente não estudem gramática na escola ainda, mas cada vez que seus pais corrigirem um erro, elas estarão aprendendo gramática de maneira informal. E passarão para algo mais formal assim que começarem a perguntar: “Por que não posso dizer de outra forma? Por que não posso trocar a ordem? Por que é assim?” E tome cuidado ao responder! Lembra do programa da Rede Cultura: Castelo Ra-Tim-Bum? “Por que sim, NÃO é resposta! Valia no programa e vale aqui também porque se a criança não entende o porquê, ela provavelmente errará novamente, mas se aprender o porquê, as chances dessa criança criar frases corretas, será bem maior.

TODOS TEMOS A HABILIDADE DE FALAR IDIOMAS Falar um idioma (Inglês, Português, alemão, etc) é uma “habilidade” e por isso deve ser praticada com leitura, escrita, conversas e compreensão de palavras e textos através de muitas horas de prática. Ter o conhecimento técnico da língua, ou seja, as regras do seu funcionamento, te ajudará em menor proporção na hora de “falar uma língua”. Você consegue entender a diferença entre Habilidade e Conhecimento? Então vamos ver uns exemplos:

HABILIDADE é prática: Esportes – Um jogador precisa treinar todos

os dias para ser realmente “bom”.

Música – Um pianista necessita de anos de

prática para ser admirado por sua qualidade

musical.

Cirurgia – As mãos firmes, a capacidade de

liderar um grupo e tomar decisões são

primordiais para o cirurgião salvar vidas.

CONHECIMENTO é técnica, teoria: Esportes – Você aprende as regras em livros

e aulas teóricas, mas nem por isso joga bem.

Música – O fato de conhecer todas as notas

musicais não te fará um concertista.

Cirurgia – O nome das doenças ou partes do

corpo humano, medicamentos e seus efeitos

serão apenas o pano de fundo quando o

cirurgião estiver operando um paciente.

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É por isso que os jogadores treinam todos os dias, que o pianista pratica 6 a 8 horas por dia e um médico faz tantas horas de “residência supervisionada” nos hospitais, porque precisam praticar muito para desenvolver essas habilidades, ou você entregaria a vida de um ente querido nas mãos de alguém que sequer sabe segurar um bisturi? Falar um idioma também é uma habilidade, que assim como os exemplos acima, precisa ser aprendida através de muita prática. É por isso que eu insisto tanto, e até passo por “chata”, para que meus alunos leiam revistas, livros, artigos interessantes e assistam mais filmes em inglês em casa. Cercar-se de possibilidades de rever uma teoria num contexto abrangente diversas vezes ao dia, fará crescer sua habilidade de reproduzir uma sentença acertadamente. Infelizmente a maioria dos alunos não consegue perceber que aprender inglês depende muito mais dele que do professor. Já lecionei para diretores de empresas de médio e grande porte que esperavam que EU “enfiasse” na cabeça deles o inglês. Alguns deles chegaram a dizer, com arrogância, que era obrigação minha fazer com que falassem inglês e não deles de estudar, pois estavam pagando para que EU estudasse por eles. Não é assim. O professor vai passar as regras da maneira mais clara, objetiva e “mastigada” possível, mas se o aluno não a praticar em diversos contextos, esse ensinamento se perde, pois será esquecido. O professor é como um pássaro fêmea que busca a minhoca, tritura-a no bico, e a regojita no bico dos filhotes; mas se os alunos, nesse caso os filhotes, não ingerirem o alimento, não será culpa do pássaro. Cada um tem seu papel e aprender exige esforço. Se você acha que aprender inglês acontecerá como um milagre, sinto em lhe informar que não será assim. O professor abrirá o caminho ensinando palavras, pronúncias e regras novas a cada semana, mas o aluno só aprenderá se estudar em casa: lendo, fazendo exercícios de simulação, ouvindo e assistindo tudo que o mestre indicou. É sua obrigação. Como diriam meus professores na faculdade: “Eu já sei, se você também quiser saber, estude. Afinal, o que você faz da meia noite às seis?” Odiávamos essa pergunta, achávamos desrespeitosa, mas por incrível que pareça, todos os colegas de classe que começaram a reorganizar suas agendas de compromisso para dar mais tempo ao estudo de inglês, milagrosamente começaram a demonstrar muito mais avanço na fala e escrita que os colegas criadores de desculpas. E isso vale tanto para cursos presenciais como online. Há inúmeras pessoas vendendo cursos pela internet. Eu e outros professores já tivemos a paciência de somarmos os seguidores dos 50 maiores sites de cursos de inglês no Brasil e percebemos que se todas as pessoas inscritas ali falassem inglês, teríamos mais de 10 milhões de profissionais fluentes no Brasil, mas sabemos que isso não é verdade, não é? Numa pesquisa universitária, ainda em andamento, do curso de Letras, o grupo de minha aluna, pesquisou especificamente um site e descobriu que mesmo alegando ter ensinado seu método milagroso a mais de 100 mil inscritos dos quais mais de 5 mil são pagantes (e já ter feito fortuna), menos de 80 pessoas comprovadamente falavam inglês. Isso corresponde a 1,6% do total matriculado. Para comparativo, esse mesmo grupo tem pesquisado a minha escola e obteve um percentual de 16,91% de falantes fluentes, ou seja, que estudaram pelo menos 190 horas conosco e mais horas em casa. Sabe por quê? Porque eu e meu marido tentamos levar nossos alunos ao limite, tentamos fazê-los entender que é responsabilidade DELES estudar e aqueles que entendem só lucram com isso. E não pensem que nossos alunos já saem falando fluente no Básico. Há muita leitura, exercícios e a medida em que são submetidos a mais conhecimentos, gradualmente vamos lhe fazendo perguntas, ajudando-os a criar respostas, defender seus pontos de vista, até que se sintam seguros para falar, falar e falar.

TUDO TEM SEU TEMPO Você não vai se matricular num curso de inglês e já falar fluente 1 dia, 1 semana ou 1 mês depois, a menos que já tenha um bom conhecimento prévio. Até agora tentamos explicar que falar um idioma é uma habilidade a ser praticada, e entender isso é o primeiro passo para começar a entender como aprender inglês. Aprender qualquer coisa que exija esforço físico ou mental (esportes, música, idiomas, artes, costura, desenho, etc) leva tempo porque exige aprender a controlar o seu corpo, ou mente! Cada neurônio, cada músculo dos pés a cabeça

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precisa aprender essa nova habilidade. O grande jogador de basquete, Oscar Schmidt, conhecido como “Mão Santa” por ter o recorde mundial de 49.737 pontos e ter entrado para o Hall da Fama nos Estados Unidos sempre dizia “Quanto mais treino, mais sorte tenho” (ironizando aqueles que não entendiam como era importante treinar horas a fio todos os dias).

Com idiomas não é diferente. Professores de faculdades renomadas como Usp, Unicamp, Yale, provam que são necessárias em média de 800 a 1200 horas de estudo do idioma para ter uma performance aceitável em inglês e que mesmo assim ainda há muito a aprender. Estamos falando da soma das horas estudadas dentro e fora da escola e isso, considerando que haverá constância, ou seja, que haverá contato diário com o idioma. Vamos ver quanto tempo leva para aprender comparando com horas de estudo na tabela abaixo:

Horas de Estudo 6 dias por semana 600 horas 800 horas

15 minutos/dia 1 hora e 30 minutos 400 sem. - 7 anos 9 meses 533,3 sem. - 10 anos 3 meses

30 minutos/dia 3 horas 200 sem. - 3 anos 11 meses 266,6 sem. - 5 anos 2 meses

1 hora/dia 6 horas 100 sem. - 2 anos 133,3 sem. - 2 anos 8 meses

1 h 30 min/dia 9 horas 66,7 sem. - 1 ano 4 meses 88,9 sem. - 1 ano 10 meses

2 horas/dia 12 horas 50 sem. - 1 ano 66,6 sem. - 1 ano 3 meses

3 horas/dia 18 horas 33,3 sem. - 9 meses 44,4 sem. - 1 ano

4 horas/dia 24 horas 25 semanas - 7,5 meses 33,3 sem. - 9 meses

Horas de Estudo 6 dias por semana 1000 horas 1200 horas

5 horas/dia 30 horas 33,3 sem. - 9 meses 40 sem. - 10 meses

6 horas/dia 36 horas 27,8 sem. - 7 meses 33,3 sem. - 9 meses

7 horas/dia 42 horas 23,8 sem. - 6 meses 28,6 sem. - 7,2 meses

8 horas/dia 48 horas 20,8 sem. - 5,5 meses 25 sem. - 7,5 meses

10 horas/dia 60 horas 16,7 sem. - 4,5 meses 20 sem. - 5 meses

12 horas/dia 72 horas 13,9 sem. - 3,5 meses 16,7 sem. - 4,2 meses

14 horas/dia 84 horas 11,9 sem. - 1 mês 14,3 sem. - 3,6 meses

Mas meu amigo foi para os Estados Unidos e em apenas 6 meses já falava inglês fluente! E ele só estudava 3 horas por dia na escola. Ah! Mas você precisa somar as horas fora da escola em que ele ia ao shopping, conversava com amigos estrangeiros, fazia as tarefas de casa, assistia tv... Geralmente, um estudante de intercâmbio está exposto à língua inglesa pelo menos 14 horas por dia. 14 horas x 7 dias por semana somam 98 horas semanais. 98 horas x 24 semanas (6 meses) nos dá o total de 2.352 horas de estudos teóricos e práticos. Seu amigo realmente estudou e voltou com um bom nível de inglês, mas mesmo assim há quem volte ao Brasil falando muito mal após 1 ou 2 anos morando fora e por quê? Porque só andava com amigos brasileiros, interagia pouco com nativos, falava e pensava em português quando não estava na escola, ou recusava-se a estudar porque só pensava em ganhar dinheiro ou viajar. Acha impossível não ficar expert em inglês morando fora? Então como explica os milhares de brasileiros que falam um mau português mesmo morando no Brasil há 20, 40 ou 60 anos ? Muitos já leram nas redes sociais os erros grotescos que amigos e conhecidos cometeram: “avoar, adevogado, ficu, acuento, ele falo, enteresado, instituissão, inpoçivel”. Vou parar antes de ficar deprimida, ok? Você pode pensar: “Mas eu falo bem a minha língua”. Parabéns para você! Mas vamos fazer uma conta? Supondo que você tenha 20 anos de idade e conviva com a língua portuguesa 16 horas por dia, você já praticou sua habilidade por 116.480 horas. E supondo que tenha começado a falar com 1 ano de idade, você já havia ouvido a língua portuguesa por no mínimo 700 horas, excluindo seus longos cochilos, antes de falar as primeiras palavras.

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O interessante é que muitos estudantes iniciam um curso de inglês, cobrando resultados ultrarrápidos do professor, mas a maioria não se compromete com os estudos, apesar de prometerem que o farão. Já lecionei para o diretor de RH de uma multinacional que após 4 meses de aula no nível Básico, só havia comparecido a 14 horas de aula, sem jamais ter feito as leituras antecipadas, assistido os vídeos indicados e muito menos treinado para o projeto que precisava apresentar em reunião da diretoria internacional. Sua falta de comprometimento foi citada para que ele entendesse como era importante estudar e praticar, mas o aluno preferiu transferir a culpa para mim, dizendo que se a professora fosse boa, ela conseguiria ensiná-lo a falar fluente nas 14 horas em que esteve na escola. Ah? Como assim? Falar inglês fluente em 14 horas de aula? O que dizer mediante tamanha ignorância? Eu “quase” recomendei que comprasse aqueles cursos do tipo “aprenda dormindo”, porque ele era adepto da “lei do mínimo esforço” e do famoso, “se eu pago, você pula”, mas preferi apenas informá-lo que seria melhor ele procurar outro professor. Aprender línguas não é assim, e ele deve ter aprendido a duras penas porque após 2 anos, soube que ele ainda não falava inglês porque o RH da empresa, que pagou cursos caríssimos e sem resultado, resolveu me ligar para verificar se eu o aceitaria novamente como aluno. O mundo dá voltas. É muito importante você desenvolver uma nova habilidade com o seu próprio esforço, pois se o professor é quem se esforça, é ele quem aprende e não você. Esses dias meu aluno, que também é professor universitário, fez uma analogia muito interessante. Ele disse: eu preciso muito perder peso, mas só consigo ir à academia 1 vez por semana. Eu entendo que a culpa por não exercitar com mais frequência é minha, independente dos motivos que me afastam da academia, serem importantes ou não. É minha responsabilidade e eu jamais poderia culpar o meu instrutor por eu estar gordo. Seria desonesto e leviano. Também me aplico pouco ao inglês, e sei que não posso culpá-los por uma falha que é minha. Você está aqui, indica tudo que posso fazer em casa para progredir rapidamente. É minha e só minha a culpa por não avançar na velocidade que eu sonhava. Em geral meus alunos já conseguem se expressar de forma bem simples na fala e na escrita após 35 horas de estudo. Esses primeiros resultados não serão exatamente motivo para se gabarem porque ainda enfrentam as maiores dificuldades e incertezas, mas eu garanto que cada vez que eles pensam: “Hoje eu fiz uma redação em inglês que a professora conseguiu entender. Hoje eu li com uma pronúncia muito boa” e o mais importante: “Hoje eu respondi diversas perguntas para a Vania e para o Steve. Eu consegui entender e responder o que o Americano me perguntou!” E isso meu amigo, é motivo para abrir um sorriso de orelha a orelha e comemorar. Quer incentivo maior que esse? Dedique-se, pratique todos os dias e veja a mágica acontecer!

HABITUE-SE A UM CRONOGRAMA DE ESTUDOS Independente de quem você seja, inteligente ou não tanto, bem sucedido na escola ou empresa ou ainda procurando um propósito na vida, o segredo do sucesso sempre foi e sempre será a “regularidade” de suas ações. Se você se propõe a aprender algo novo, estude e treine todos os dias. Esteja bem assessorado para garantir que seu treino seja positivo e habitue-se à prática diária. Eu confesso que não é fácil manter a regularidade e que alguns percalços ocorrem no caminho, mas com força de vontade e determinação, tudo pode acontecer. Eu, por exemplo, prometi a mim mesma que emagreceria de 10 a 12 kg e até criei um cronograma no qual substituía alimentos calóricos por legumes, verduras e frutas, além de caminhar no mínimo 1 hora por dia, 3 vezes por semana. Calculei que perdendo 2 kg ao mês, atingiria meu objetivo em 6 meses. Nos 2 primeiros meses não senti perda de peso porque meu corpo estava substituindo a gordura por massa magra (geralmente nos 2 meses iniciais de um curso de inglês os alunos notam pouco progresso porque estão começando a construir a

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base do seu conhecimento), depois de 2 meses percebi uma ligeira perda de peso (em inglês seria o momento em que o aluno descobre que consegue entender um pouco, e falar um pouco). Nesse ponto, um conhecido sugeriu que eu perderia peso rapidamente se seguisse o sistema Hiit - Treinamento de intervalos de alta intensidade (eu diria que é o ponto em que somos bombardeados por promessas de inglês mais rápido, sem ou com pouco esforço). Como esse conhecido era da área de educação física, confiei e comecei a intercalar caminhadas com corridas leves - apesar da recomendação ter sido para correr o mais rápido possível. Estava me sentindo ótima e até pensei em seguir “à risca” a recomendação dele, até que uma dor muito forte que ia do tornozelo ao meio das costas me imobilizou e precisei de ajuda médica. Descobri várias coisas: 1) A ajuda de um profissional qualificado teria me poupado da lesão que eu mesma provoquei por não ter feito alongamento e fortalecimento muscular. Em inglês, a assessoria de um bom professor pode encurtar suas buscas trazendo resultados mais rápidos, além de evitar erros que se não corrigidos a tempo, enraízam errado. 2) Acreditar em milagre, principalmente sem comprovação de qualificação do profissional é perigoso e gera mais danos que benefícios. Estamos cansados de ver propagandas mirabolantes na internet prometendo inglês sem esforço, sem professor e em tempo recorde, mas as pessoas continuam não falando o idioma. 3) Eu precisaria de remédios controlados, repouso, fortalecimento muscular, caminhadas leves para não provocar mais danos ao nervo ciático e o pior, interromper a perda de peso. Em inglês seria como reiniciar um curso de novo e de novo, em escolas diferentes ou não, mas sempre recomeçando da etapa “0”. Frustrante. Mas será que isso foi o suficiente para me parar? Não! Eu vim ao mundo para brigar por mim e ninguém vai me deter, a menos que eu decida “me dar por vencida”. O segredo é tornar suas ações habituais. Eu não gosto de correr porque meu corpo não está preparado, mas sei que me beneficiarei com isso quando conseguir entrar na calça que não me serve há anos ou subir escadas sem colocar os “bofes” para fora. Quando eu era bem pequena, odiava escovar os dentes 3 vezes ao dia, mas esse hábito se enraizou tão profundamente que não consigo me imaginar terminando uma refeição sem proceder com a higiene bucal. Eu não vou ao banheiro pensando: “Eba, está na hora de escovar os dentes!” Claro que não, mas se tornou um hábito e se eu não fizer isso, parece que algo está faltando. Praticar a regularidade não é nada fácil a princípio, porque há uma tendência em preferir a intensidade, como fez meu irmão quando criança (“Vou escovar os dentes 7 vezes seguidas e passar os próximos 2 dias sem precisar escová-los.”). Funciona? Não! Mil vezes não! E as cáries vieram para provar! Mas se a mente prega essas peças, como manter a regularidade? Fazendo dela não algo que você “tem que fazer”, mas algo que “faz naturalmente” por ter se tornado uma parte do seu dia-a-dia, um hábito. Hábito é uma ação que praticamos regularmente, sem pensar, através da repetição. Aprender um idioma é assim: você cria o hábito de estudar inglês todos os dias, e os seus “músculos cerebrais” começarão a formar novas conexões, seu pensamento se tornará mais rápido, a compreensão das frases será mais fácil e cada dia que passar, essa ação parecerá mais natural, assim como acontece com os frequentadores de academias, religiosos, músicos ou doentes em tratamento. Manter um hábito já enraizado é fácil, mas criá-lo exige muita disciplina porque você pensará “Eu tenho que estudar de novo, que droga!”.

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O DESAFIO DOS 30 DIAS Embora falando de assuntos diferentes, o canaldoempreendedor.com.br, o produtividadeninja.com e edwardschmitz.com usam o “desafio dos 30 dias” para criar um novo hábito em sua vida. Eu confesso que há diversas teorias sobre a criação de um hábito, mas neste guia vou falar do “desafio dos 30 dias”. Isso não significa que repetirá uma ação por 30 dias e depois abandonará. É exatamente o contrário. A ideia é criar a disciplina, o hábito de estudar inglês diariamente e mantê-lo para sempre, ou enquanto for benéfico para você. Após definir honestamente quanto tempo dispõe para os estudos, durante 30 dias você estudará todos os dias, faça chuva ou faça sol. Suponha que você só pode se comprometer em estudar 30 minutos ao dia. Não fique triste, já é um começo! O próximo passo é achar o horário ideal para estudar e iniciar o quanto antes! A partir daí, você dividirá esses 30 dias em três fases, cada uma correspondendo a um terço do total de dias: Fase 1 – Freddy Krueger (dias 1 a 10): os primeiros dias de estudo serão os mais difíceis para a adaptação e gerarão uma sensação incontrolável de desamparo, porque por mais que tente ir para um lado, situações inesperadas te levam para outro e ninguém poderá te ajudar. Defina especificamente quanto tempo quer estudar inglês por dia e prometa a si mesmo(a) que não desistirá. Programe o celular, Google agenda ou peça para alguém na sua casa te lembrar da hora de estudar. Aliás, deixe seus amigos cientes para que eles não interrompam seu horário de estudos. Assim como no filme onde os personagens nem sabiam o que fazer, nesse período inicial, o mundo vai “conspirar contra você”. Os primeiros 10 dias serão assustadoramente desafiadores e muitas vezes sua vontade será de abandonar tudo, entregar os pontos. Você vai se esquecer da razão que o levou a querer estudar, “não terá tempo”, ficará “muito cansado”, amigos ou familiares pedirão coisas que não poderá negar e você vai até “esquecer” de estudar em certos dias! É comum e até certo ponto reconfortante pensar “eu não gosto de inglês”, “nunca fui bom estudante”, “eu não levo jeito para isso”, e tantas outras desculpas que vão povoar sua mente nesse momento de caos. Veja as dicas para se manter na linha:

Tudo que você pensar ou sentir (até a vontade de torcer o meu pescoço por sugerir que estudasse todos os dias), será normal e passageiro. Os 10 primeiros dias serão o seu pior pesadelo, mas eles vão passar e após esse período, você estará pronto para a segunda fase.

Fase 2- Maze Runner (dias 11 a 20): vencida a primeira e mais ardilosa fase, você entrará no segundo terço do programa de estudos que vai dos dias 11 a 20. Nesse período estudar não será tão ruim, mas ainda restará uma sensação estranha de desconforto, assim como o filme onde os “esquecidos” começavam a criar suas rotinas e conhecer seus limites. Você já terá desenvolvido certas estratégias para estudar, aceitará o fato de que estudar todos os dias faz parte do jogo, mas ainda assim não terá controle sobre o resultado, pois só agora começará a aprender como controlar seus estudos e resultados e isso lhe fará sentir-se mais forte, mais ciente dos seus passos e aumentará a motivação para continuar estudando. E se tropeçar? Levante e prometa a si mesmo(a) que continuará estudando. E lembre-se de comemorar porque você estará entrando na última fase. Fase 3 - Avengers (dias 21 a 30): após 2 terços do tempo, ou 20 dias de estudos, o seu hábito de estudar estará enraizado, assim como os poderes dos super heróis. Agora você só precisará continuar praticando o poder dos estudos para fazer o bem (para si mesmo). A boa notícia é que fortalecer esse hábito será muito mais fácil já que as fases mais difíceis já foram vencidas. Nesse ponto, estudar será mais natural porque você já se habituou a isso e enxerga as vantagens de dominar a situação. Você pode até se surpreender sentindo prazer e vontade de estudar! Mas lembre-se que o hábito faz o monge, a prática leva à perfeição, por isso é

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muito importante que você continue levando os estudos a sério e não fuja da rotina que estabeleceu. O que acontece depois das 3 fases? Após disciplinar-se no hábito de estudar, você poderá estudar por anos a fio, já que esse era, inclusive, o propósito.

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Capítulo Dois: Imersão

Imergir é afundar em algo, é estar totalmente integrado a algo, é o ato de sentir-se parte de algum local ou atividade, a ponto de já o considerar parte do seu cotidiano. Imergir é literalmente entrar de cabeça, entregar-se completamente a uma nova atividade. Criando um ambiente de imersão de inglês, você se forçará ao contato com a língua inglesa pelo maior tempo possível e com isso aprender e memorizar mais facilmente porque isso fará parte do seu cotidiano.

ESTUDE ATIVA E PASSIVAMENTE Quem trabalha em empresa de telemarketing sabe do que estou falando. O telemarketing ativo faz ligações, o telemarketing passivo recebe ligações. Assim também é o estudo. Veja a diferença e reflita, qual é a forma que você utiliza hoje? Estudo Ativo: você cria um tempo exclusivo para estudar, lê livros ou artigos de sites traduzindo as novas palavras, assiste vídeos e anota a informação importante, faz exercícios e quando erra, procura entender porque errou. Estudo Passivo: é o tempo em que você tem contato com inglês “indiretamente”. Você assiste um filme, ouve uma música, joga videogames, e lê uma mensagem ou um texto de um site que te interessou, ou seja, você não está estudando, está apenas tendo contato com inglês, sem cobranças, no seu lazer. Você obviamente aprende mais no estudo ativo, mas as duas formas de estudo são válidas, e se somadas, maximizarão e agilizarão o aprendizado já que esse é o princípio básico da Imersão: aprender e praticar até quando não está estudando.

CRIE SEU AMBIENTE DE IMERSÃO Ambiente de imersão é um local onde você fica exposto ao inglês por horas seguidas, por semanas, meses ou anos. Como já citei anteriormente, quando você viaja para um país de língua inglesa, você fica imerso no inglês por cerca de 16 horas por dia, e ao seu redor sempre acontecerá algo em inglês. E é isso que você tentará recriar na sua casa, trazendo o inglês para o seu cotidiano durante o maior tempo possível. Se você não teve contato com inglês antes, precisará começar a adaptar o ambiente do “zero”, mas não se preocupe, pouco a pouco o seu quarto, ou talvez sua casa (quem dera) se transforme num grande ambiente de imersão. Quem já usa o sistema operacional do seu computador e do seu smartphone em inglês, ouve muitas músicas e assiste filmes com som e legenda em inglês, está de parabéns! Você está a meio caminho do ambiente ideal de imersão! A meta é aumentar a presença do inglês na sua vida de modo que visualize algo em inglês para qualquer lado que olhar. Tudo ao seu redor deve remetê-lo ao inglês.

COMPUTADOR EM INGLÊS Quantas horas por dia você passa em frente a um computador? Sabia que pode passar mais tempo em contato com o inglês, enquanto usa seu computador, fazendo pequenas alterações? Em primeiro lugar você deverá instalar as versões em inglês dos programas que mais utiliza. Como todos acessamos a internet diariamente, eu sugeriria que começasse pelo seu

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navegador (Internet Explorer, Chrome, Opera, Firefox, Safari, ou outro). Baixe e instale o navegador em inglês. Eu me habituei ao navegador do Google (Google Chrome), e meu marido ao Opera, cada um tem sua preferência e quase todos eles permitem que você altere o idioma através das opções do programa, já o Mozilla Firefox, por sua vez, pode ser baixado em inglês ou português (selecione a versão na hora do download). A forma de configurar pode ser alterada pelos desenvolvedores do sistema, mas sempre haverá como alterar seu idioma. Se não souber fazer isso sozinho, pesquise no Google, coisas como “como alterar o idioma para inglês no Google Chrome”, “como instalar o Firefox em inglês”, “como alterar o idioma do Word”, e vá gradativamente alterando tudo: editor de textos, planilhas, programa de edição de vídeo, etc. Essas pequenas mudanças significarão muitas horas em contato com inglês a cada semana. Mas vamos supor que você queira um desafio maior e decida alterar o seu sistema operacional para inglês (Windows, Linux, Mac OS, etc.). Apesar de bem mais complicado, você poderá aprender a alterar o idioma através da seguinte busca no Google “alterar o idioma do Windows”. Eu particularmente gostei dessa explicação para a versão do Windows 8.1:

https://goo.gl/KvWzuJ, mas há muitas outras, inclusive selecionando a versão do Windows que

você tem. Confesso que não entendo nada de computadores, por isso pedi a ajuda do meu marido que tem mais know-how na área e recomendo fortemente que encontre alguém da área para ajudá-lo(a). Não vou dosar a pílula, você vai ter dificuldade de usar o sistema em inglês no começo, mas logo estará habituado e usando o computador em inglês sem perceber.

CELULAR E APARELHOS PORTÁTEIS EM INGLÊS Eu entrei para o mundo dos aparelhos portáteis tardiamente. Há 3 meses atrás meu celular só fazia e recebia ligações e enviava mensagens de texto (e nem isso eu usava), mas recentemente meus alunos me ensinaram “em inglês” (olha que lindinhos) a acessar a Internet, tirar fotos, fazer vídeos e até instalar programas como GPS, jogos, etc. Me encantei! Além disso os notebooks, tablets, e videogames portáteis fazem parte do nosso dia a dia e já que não podemos vencer a tentação de usá-los, vamos tirar proveito para aprender inglês alterando o idioma de todos eles para inglês. São raros os aparelhos que não permitem essa alteração, então altere todos que puder e já! Na minha casa, até por causa do marido americano, até o meu despertador está em inglês, mostrando as horas em “a.m./ p.m.”. Tem mais aparelhos portáteis em casa? Mude tudo para o inglês. Isso garantirá contato com o inglês sempre que usar esses aparelhos. Parece pouco, mas essa mudança pode garantir horas em contato com o inglês no seu dia a dia.

MÚSICAS EM INGLÊS É quase impossível encontrar quem não goste de música, portanto acredito que essa seja uma das melhores maneiras de imergir em inglês. Você não tem o costume de escutar músicas? Acho que dar uma paradinha para uma boa música vai tornar o seu dia até melhor! Só escuta músicas brasileiras? Então dê um “pause” e começar a ouvir músicas em inglês. E você pode usar a música para estudo ativo: ouvir e preencher lacunas, ouvir e clicar na alternativa correta, recortar a letra da música em linhas ou parágrafos e tentar remontá-la ou até transcrever a letra

completa se estiver em nível avançado. Experimente os sites http://goo.gl/q6t7Eq, e o

https://goo.gl/25SBK5. Ou pode usar o estudo passivo, ouvindo música só para entretenimento

e sem se dar conta, vai estar “estudando” a pronúncia das palavras. Experimente o Spotify

(www.spotify.com) e o Grooveshark (http://goo.gl/pnV86p) e escute músicas gratuitamente,

podendo até criar sua própria lista de músicas e de quebra descobrir os novos artistas no mercado fonográfico. Independente do seu gosto musical, o importante é que suas músicas, de agora em diante, estejam em inglês!

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Atenção: Tente dividir o seu tempo em estudo ativo e passivo das músicas para que aprenda e se divirta, ok?

ESTAÇÕES DE RÁDIO EM INGLÊS Ouvir programas de entrevistas em estações de rádio em inglês é quase como conversar com alguém ao telefone em inglês: muito mais difícil que cara a cara porque você não tem as expressões corporais, e faciais que ajudam a entender a mensagem ou o sentimento que se deseja transmitir. Sem contar que ouvindo as rádios americanas e britânicas, por exemplo, você ficará a par dos mais recentes lançamentos musicais. Você pode tentar algumas das Estações de rádio disponíveis online que eu ouço:

Estados Unidos – NPR - http://goo.gl/EzOW3s para escolher entre live station stream;

NPR Hourly Newscast ou entrevistas específicas.

CNN - http://goo.gl/ERVp5Q VOA (Voice of America) - http://goo.gl/DVR7aM e

escolha as opções em inglês.

Rádios por país, estado, cidade ou segmento - http://goo.gl/1VJdiq

Canadá - http://goo.gl/7BvyoT para entrevistas, previsão de tempo e outros.

Inglaterra - http://goo.gl/de5tL2 radio4 para entrevistas.

Irlanda - http://goo.gl/M4DCBi para entrevistas.

Austrália - http://goo.gl/qKdiCX para entrevistas, previsão de tempo e outros.

FILMES/SERIADOS NA TV Se você usa sua TV para assistir filmes e seriados, verifique se o seu controle remoto tem a tecla SAP. Quase todas as tvs compradas há menos de 10 anos e uma parcela dos aparelhos produzidos em períodos anteriores tem essa tecla maravilhosa. Com ela você poderá assistir a quase todos os filmes e seriados com o som original, ou seja, em inglês; mas se outras pessoas, que não estudam inglês, estiverem na sala contigo, será difícil fazer o que vou pedir, portanto esforce-se para criar um momento só seu com a tv, entendido? Com essa promessa feita, eu vou pedir: pare de assistir programas dublados. Se o filme ou seriado só está disponível na versão dublada, resista à tentação e prefira assisti-lo legendado baixando (legalmente) da internet. Passe a assistir filmes e seriados com som em inglês e legendas também em inglês. Escolha temas mais simples, shows em que os personagens falam devagar e aos poucos vá introduzindo filmes e seriados mais dinâmicos, com diálogos mais rápidos. Não será fácil a princípio, mas você tem que perseverar! Quanto mais você fizer, mais fácil ficará. E após estar bem acostumado a assistir filmes e seriados totalmente em inglês, passe a assistir com áudio em inglês e sem legendas. Sim, você não leu errado. Sem legendas! Esse é um passo mais ousado que só deve ser usado por alunos de nível Alto Intermediário e Avançado. E antes que você se assuste com o que acontecerá, deixa eu te explicar: se “com legendas” você compreende cerca de 85 a 90% dos diálogos, “sem legendas” sua compreensão cairá para uns 50 a 60%, fazendo com que você se assuste e questione seu aprendizado. Acalme-se, dê tempo ao tempo, continue assistindo sua programação sem legendas e perceba seu avanço depois de algumas semanas ou meses. Se você assiste bastantes programas todos os dias, notará que sua antiga habilidade de compreensão de 85 a 90% logo estará de volta, mas dessa vez sem legendas!

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Se você já tem TV a cabo, poderá alterar o idioma e as legendas de diversos canais com um simples pressionar de botões. Na Net, por exemplo, você encontrará um botão verde para “áudio” e um amarelo para “legenda”, dessa forma assistirá a programação com som original e sem legenda quando o resto da família não estiver na sala! Agora, se você tiver uma tv no seu quarto ou morar sozinho(a), a dica é para selecionar o inglês como o idioma padrão pela configuração da tv a cabo, via controle remoto. Mais horas em contato com inglês “passivo”. Uh Hu! Mas preste atenção: a dica só é válida para os programas cujo som original seja inglês, pois um filme criado em espanhol ou alemão, terá o som original no idioma em que foi criado. Para o som original ser em inglês, o filme deverá ser uma produção realizada em países de língua inglesa. Certa vez um aluno reclamou que o filme “Intouchables” de 2011 traduzido como “Intocáveis” era muito difícil e por isso não tinha entendido uma única palavra. E não entenderia mesmo, porque o filme é francês e não inglês. Resumo da ópera: note um avanço no seu inglês simplesmente porque sua TV fala inglês!

VÍDEOS/ FILMES/SERIADOS NO COMPUTADOR

Como muita gente assiste filmes, seriados e palestras pela internet hoje em dia, resolvi fazer um adendo, falando especificamente desse recurso. Há diversos sites que fornecem filmes e seriados a preços mensais reduzidos como é o caso da Netflix.com. Também é possível assistir programação gratuita: Palestras do TED - https://goo.gl/PqVmb2

Aulas de assuntos diversos - http://goo.gl/EXpJkY

Cursos Grátis em Universidades Americanas - http://goo.gl/62BMhk

Aulas e cursos do MIT – Massachusetts Institute of Technology - http://goo.gl/EW3kTZ

Aulas de assuntos técnicos diversos - http://goo.gl/hnMpwP - você precisará instalar o

Microsoft Silverlight cujo link está disponível na própria página do vídeo.

LIVROS EM PAPEL OU DIGITAIS Geralmente meus alunos já conseguem ler pequenos livros em inglês após completarem em média 20 horas de estudo, por isso indico a leitura de livros apropriados ao nível iniciante/ elementar/ básico, desde que já se saiba usar o verbo To Be e outros verbos no tempo presente, pelo menos. A dica é buscar livros adaptados para nível iniciante em editoras como Penguin, Oxford, Macmillan, etc. Assista meu vídeo dando dicas sobre as melhores Editoras ou Lojas para adquirir livros apropriados e a bom preço:

https://goo.gl/2HIwve. E a medida em que seu inglês for melhorando, você começará a ler livros mais longos e com vocabulário mais “adulto”. Há tantas vantagens em ler livros ficcionais, e não ficcionais em inglês que seria mais fácil eu dizer qual é a desvantagem: Nenhuma.

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Vocês, com menos de 30 anos, não sabem a sorte que têm! Na minha época todos os livros em inglês eram importados e custavam os olhos da cara. Depois lançaram coleções adaptadas, mas o preço ainda era bem salgado. Virávamo-nos como podíamos, um amigo comprava um livro e emprestava para 20 outros e assim íamos revezando. Hoje você navega 2 minutos na internet e acha praticamente tudo o que precisa, de graça ou pagando muito pouco! Quer ler os grandes clássicos (áudio e livro)?

http://goo.gl/8xpNKY http://goo.gl/cFGRzZ https://goo.gl/49eWi3

Prefere áudio books infanto-juvenis?

http://goo.gl/TJKC1C http://goo.gl/C63JyG

A maravilha é que ao ler livros em inglês, você estará exposto ao inglês, aumentará bastante o seu vocabulário, aprenderá a gramática naturalmente e de quebra ainda aprenderá mais sobre assuntos de seu interesse. Outra sugestão é comprar versões digitais para Kindle, iPod, iPad ou smartphones. Uma dica é comprar na loja da Amazon (http://www.amazon.com). Mas se você ainda prefere os livros impressos, porém não pode pagar por eles, a sugestão é procurar na biblioteca de sua cidade ou na escola de inglês que frequenta. Em minha escola, por exemplo, temos uma boa coleção de livros ficcionais, não ficcionais (com diversos temas), e revistas com ou sem áudio para todos os níveis que emprestamos gratuitamente aos alunos.

CONCLUSÃO Se ainda me lembro de algo sobre o método de ensino proposto por Jean Piaget, ele era um grande incentivador da imersão no estudo de determinado tema, mesmo que em pequenos períodos de tempo para prover o estudo passivo. Havendo contato com o inglês de forma passiva, mesmo que possa parecer maluquice, a médio e longo prazo surtirá efeito. Alterando o idioma do seu computador, celular, tv e rádio, e lendo por prazer artigos e livros em inglês, você garantirá contato passivo com o inglês todos os dias, algo muito significativo para o seu aprendizado. Imagine que você passe 1 hora por dia navegando na internet ou usando algum programa em inglês, mais 1 hora ouvindo músicas em inglês na hora do almoço, ou dirigindo para o trabalho e some a isso mais uns 30 minutos do seu dia brincando com o celular, também em inglês. Essas atividades prazerosas já somam duas horas e meia em contato com o inglês, diariamente. o que significa 912 horas e meia ao ano! Não é incrível? E você pode criar um ambiente de imersão em que se exponha muito mais horas por dia ao inglês. Somando as horas de estudo ativo, importantíssimo, e do estudo passivo, você atingirá seus objetivos muito mais rapidamente.

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Capítulo Três: Leitura em inglês Esse será o terceiro passo no aprendizado de crianças que têm todo o tempo e nenhuma pressa para dominar essa habilidade, mas em se tratando de adultos que têm a vantagem de já terem aprendido a ler, esse será o primeiro passo, já que sofrem pressão (interna e externa) para apresentarem resultados, pois entende-se que já tenha dominado a maioria das técnicas necessárias para ouvir e reproduzir sons (falar) e pode usar todas essas habilidades em conjunto, dosando-as conforme a necessidade. Para adultos, principalmente no mundo coorporativo e estudantil, ler é atividade essencial e é até mais importante que a fala, pois a leitura de relatórios, e-mails e livros será constantemente cobrada. Dentre as 4 habilidades (ler, escrever, falar e ouvir), ler em inglês é a mais fácil de todas, porque tudo já foi escrito com correta ortografia, significado e ordem das palavras! Ler ajudará a aprimorar seus conhecimentos em gramática e vocabulário. Ler aprimorará sua habilidade de escrever e até falar em inglês. Ler lhe permitirá acessar qualquer livro, jornal, revista, e-mail, relatório, ou site sobre os mais diversos assuntos que quiser aprender. Ler e entender dará mais significado às palavras. Imagine uma pessoa que liga constantemente para a sua empresa. Ela é apenas uma voz, mas se um dia essa pessoa for visitá-lo(a) e você puder colocar um “rosto” naquela voz, sua afinidade com ela aumentará. Assim também acontece quando se “conhece” as palavras.

QUANTO TEMPO PARA LER EM INGLÊS? Tudo depende de quanto tempo se dedica a isso, mas geralmente os estudantes que se dedicam ao inglês no mínimo 6 horas por semana, aprenderão a ler em inglês em menos de 3 meses (nível pré-intermediário) ou cerca de 5 meses para nível intermediário/avançado, desde que façam uso das técnicas e materiais gratuitos que ensinarei. Cada professor indica seus livros preferidos, mas eu particularmente sempre recomendo que comecem com livros mais simples para adquirirem prática e confiança e depois aventurem-se nos clássicos da literatura infantil ou adulta, sempre escolhendo os títulos que mais lhe instiguem, podendo inclusive introduzir material técnico de seu interesse. Eu uso na minha escola textos de criação própria, material diversificado para leitura de livros, revistas e artigos da internet, além de ensinamentos gramaticais de forma leve, rápida e facilmente identificáveis, fazendo com que os alunos vejam na prática o aprendizado da gramática.

VOCABULÁRIO CONTEXTUALIZADO A parte mais importante do aprendizado de línguas é sem dúvida alguma o vocabulário, ou seja, o significado das palavras. O número de palavras conhecidas por um estudante está diretamente ligado à sua verdadeira capacidade de compreensão e comunicação. Um estudante que conhece poucas palavras, terá um nível muito baixo de compreensão e apresentará dificuldades de comunicação. É preferível ter bastante conhecimento de vocabulário e menos de gramática porque para conseguir comunicar-se adequadamente não adianta saber a ordem correta das palavras e não conhecer palavras para preencher esses espaços. Aprender vocabulário em qualquer idioma, incluindo o português, é tarefa infinita pois ela iniciará no estágio elementar de ensino e nunca mais parará. Verdade!

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Abra o dicionário da língua Portuguesa e veja quantas palavras você sequer ouviu falar e olha que você fala português há pelo menos 20 anos! Sendo professora há mais de 25 anos, descobri que há várias formas de aprender e que cada aluno responde melhor a uma forma específica: 1) memorizando listas = couch (sofá), potato (batata) ou couch potato (pessoa preguiçosa que não faz atividades físicas); 2) ligando palavras (e sons) às figuras, por exemplo:

couch= , potato= ou couch potato= 3) lendo sentenças ou textos em inglês 4) repetindo o que vê, etc. O importante é entender que o aprendizado será retido no cérebro mais facilmente se houver um contexto, uma história. Por exemplo, digamos que você nunca lembra da cor azul (blue) e eu lhe mostro esse “singelo poema” do dia dos namorados. Garanto que não vai esquecer novamente.

Assista: https://goo.gl/5Mf0At “Roses are red, violets are blue, be my Valentine, I’m waiting for

you. Blood is red, bruises are blue, don’t say NO!” Alguém vai esquecer da cor azul depois da ameaça dessa guria com cara de louca e olhos arregalados? Eu nunca mais esqueceria! Rs rs E de quebra você ainda aprendeu o verbo to be no singular (is) e plural (are), algumas flores e vocabulário da área médica. Aprendendo novas palavras em contexto, você aumentará sua familiaridade com a língua inglesa, saberá como usá-la e até lembrará de sentimentos ligados a cada uma.

APLICATIVOS PARA MEMORIZAÇÃO Aprender novo vocabulário não significa grande coisa se você esquecer tudo nos dias posteriores. Esse é o grande problema dos estudantes: eles aprendem muitas palavras, mas as esquecem em pouco tempo, gerando mais horas de estudo para relembrar o que esqueceram. O círculo vicioso que se forma não permite aprender coisas novas porque estará sempre revendo o que esqueceu. Isso é muito pouco produtivo. Tome cuidado para não cair nessa armadilha! Há inúmeros métodos que ajudam os alunos a recordarem as palavras que estudaram, mas um deles sobressai por sua eficiência e diversão: o SRS (Spaced Repetition System – Sistema de repetição com intervalos). A boa notícia é que ele não é mais feito manualmente com cartolina e caneta (como era há 25 anos atrás na minha faculdade). Hoje um SRS guarda muita informação e a retorna periodicamente para que ativemos a memória e não deixemos certos termos cair em esquecimento. Suas vantagens são:

Memorizar facilmente grandes quantidades de informação em poucos minutos por dia. Estudar de forma disciplinada, com revisões diárias. Estudar somente o que é necessário. Memorizar informação referente a outros assuntos ou trabalhos.

Existe o SRS automático e o SRS manual. No SRS de inserção manual de dados você precisa:

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1) Inserir as palavras ou expressões que deseja memorizar em inglês e dar as respostas em português. Pergunta: entrepreneur Resposta: empreendedor Pergunta: stapler Resposta: grampeador O seu conjunto de cards formará um deck e você poderá criar vários decks com assuntos diferentes. 2) Revisar as informações diariamente usando o sistema do SRS Depois de inserir informações, precisará revisá-las diariamente. No SRS, as revisões funcionam assim: o SRS pergunta o conteúdo de um de seus cards, por exemplo: report e você precisa lembrar da resposta e dizê-la mentalmente relatório. Depois aperta o botão para ver a resposta e atribui uma nota a si mesmo(a), sendo 1 “não lembrei”, 2 “lembrei” e 3 “lembrei na hora”. Conforme você revisa seus cards e atribui notas honestas para si mesmo(a), o SRS programa a próxima revisão. Se você lembrou a resposta de um card, ele retornará num espaço maior de tempo, enquanto os cards que teve dificuldade de lembrar repetirão em intervalos menor de tempo. Isso força o estudante a revisá-las com mais frequência até que sejam fáceis de lembrar. 3) Inserir novos cards diariamente A ideia é usar o SRS para adicionar constantemente novas palavras (cards) e revisar o deck diariamente, de modo que sua memória seja constantemente ativada e desafiada pelas novas palavras que acrescentar semanalmente. Você pode adicionar cards 1 ou 2 vezes por semana, mas é obrigado(a) a fazer revisões diariamente.

CAPTAÇÃO E MEMORIZAÇÃO VIA SRS As palavras e frases que inserimos vêm de fontes diversas como sites, livros, dicionários, revistas, jogos de videogame, músicas, etc, e devem ser desconhecidas ou causar esquecimento ou confusão com outros termos. Exemplo: Pergunta: That guy is a bookworm. Resposta: Aquele cara é um bibliófilo (pessoa que ama ler) A frase acima é um bom exemplo, pois além de traduzir guy e bookworm, ainda estuda diferentes sentidos pois bookworm no sentido literal é “traça”, mas o sentido figurado é “amante de livros/bibliófilo”. Vamos ver outro exemplo? Pergunta: There won’t be enough time if I have to start from scratch! Resposta: Não haverá tempo suficiente se eu tiver que começar do zero! Digamos que você não entenda There won’t be (verbo haver no Futuro) e a expressão to start from scratch (começar do zero). Estudar usando frases, te forçará a aprender várias coisas sem tédio. Ao inserir frases no seu SRS e revisá-las diariamente você: Aprenderá palavras novas ou revisará as já conhecidas e não as esquecerá. Aprenderá, revisará e lembrará, sem regras, diversas estruturas gramaticais. A ideia é usar frases que te forcem a aprender algo novo, sem imprimir um grau muito grande de dificuldade.

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Se você inserir muitas palavras novas numa mesma frase, terá dificuldade de lembrar e tornará a revisão difícil e maçante. Tente colocar no máximo 2 palavras ou expressões novas numa mesma frase. A cada semana seu deck terá um número maior de palavras e estruturas gramaticais para memorizar, e mesmo com milhares de cards, sua revisão diária não deverá ultrapassar os 30 minutos. Tente manter o tempo em 10 ou 15 minutos para não transformar prazer em obrigação penosa. Hoje posso dizer que há muitos SRS disponíveis no mercado, alguns pagos, outros grátis. Dentre os gratuitos, o único que conhecia que possibilita inserção de palavras e frases de minha escolha, era o Anki, mas neste exato momento, estamos testando um novo aplicativo chamado MEMORIZE WHIZ que promete ser melhor ainda! COMO USAR O MEMORIZE WHIZ: O legal desse aplicativo é que ele pode ser usado em computadores, tablets e smartphones. Para começar a usá-lo, acesse www.memorizewhiz.com e clique em “Download”. Escolha o seu sistema operacional (Windows, IOS, Linux) e clique em “Download MEMORIZE for Windows”, por exemplo.

1) Crie seu login e senha e faça o primeiro acesso. O sistema é em inglês, mas usa uma linguagem muito simples e bem intuitiva.

2) No primeiro acesso você verá apenas o seu Login e um DECK (plataforma) vazia.

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3) O nome que escolher para o seu primeiro Deck deve estar relacionado ao assunto que estiver aprendendo: Food, Drinks, Animals, Clothes, Furniture, Health, School, Places, Numbers, etc para cobrir assuntos específicos ou pode ser GENERAL ENGLISH para inserir frases ou palavras sem assuntos específicos. A escolha é sua e você poderá criar quantos Decks quiser.

4) Após criar Decks, você terá duas opções: Inserir palavras ou frases nos decks ou Estudar palavras e frases já inseridas nos dias anteriores. Como regra o MEMORIZE só permite que comece a estudar um Deck quando você já tiver inserido no mínimo 20 cards.

6) Quando atingir um mínimo de 20 cards, a opção STUDY será disponibilizada e você terá 3 opções que devem ser estudadas todos os dias: 1) NEW – São os cards inseridos, mas jamais estudados. 2) STUDYING – São os cards já estudados que foram difíceis de lembrar ou que você deu resposta incorreta. 3) REVIEW- Cards já estudados que foram fáceis de lembrar, mas que precisam ser revisados para não cair em esquecimento.

5) Para inserir palavras ou frases, selecione o INSERT para receber um CARD (cartão) em branco. Na parte frontal (FRONT), Digite a palavra ou frase em inglês com até 180 caracteres), e se quiser, insira uma imagem ou som para auxiliar na memorização. Outra vantagem desse sistema é que ele tem um dicionário integrado, então se você quiser ter certeza de que escreveu a palavra corretamente, pode acessá-lo para checagem. No verso (BACK), digite a tradução, explicação e frases que contenham a palavra que deseja memorizar e caso esteja em nível intermediário ou avançado, poderá inclusive copiar explicação do dicionário. Esse espaço tem tamanho livre.

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COMO USAR O ANKI: Para começar a usá-lo, acesse http://ankisrs.net/ e clique em “Download” e você será direcionado(a) para outra página. Selecione o seu sistema operacional (Windows, IOS, Linux) eclique em “Download Anki for Windows”, por exemplo. Quando o download terminar, dê um duplo clique sobre o arquivo para iniciar a instalação, o programa pedirá que escolha o idioma desejado. Como seu propósito é aprender inglês, instale o programa em inglês. Todas as referências do Anki passarão a ser em inglês.

COMO ADICIONAR PALAVRAS NO SRS

Após instalar o Anki você precisará renomear o deck que aparece na tela inicial com o nome de Default. O deck Default não contém nenhum card. Clique na engrenagem a direita do deck Default e selecione Rename (Renomear). Dê um novo nome para o deck, como “Health”, “Cars”, “English Words”, “English Sentences”, “Food”, etc. (crie nomes fáceis para lembrar do conteúdo no Deck). Depois adicione cards ao Deck. Clique na opção Add (Adicionar), para ver dois campos: No campo Front adicione a palavra ou frase em inglês e no campo Back escreva a explicação da gramática (present perfect, slang, idiom, etc) e a tradução da frase (conforme ensinado

7) Se esse for seu primeiro dia de estudos, você só terá Cards na opção 1) NEW. A partir do segundo ou terceiro dias de estudos, você também terá cards nas opções 2) STUDYING e 3) REVIEW. Selecione a opção 1, veja a palavra ou frase escrita e a imagem/som, caso tenha inserido. Tente lembrar da resposta e então selecione BACK para virar o card. Importante, caso você não vire o card em 2 minutos, o aplicativo o virará automaticamente.

8) Você deverá avaliar suas respostas em DIFFICULT – difícil de lembrar ou resposta errada, MEDIUM – lembrei da resposta correta com um pouquinho de dificuldade e EASY – respostas fáceis. Depois disso o sistema separará automaticamente os cards que precisarão de revisão com mais ou menos frequência e mostrará nos próximos dias de revisão.

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anteriormente). Você pode usar as opções de formatação (negrito, itálico, sublinhado,etc.) para destacar a palavra/estrutura na frase. Exemplo: Front: Our forefathers came from Europe. Back: forefathers = antepassados (Nossos antepassados vieram da Europa) Depois clique Add e o card será adicionado ao seu deck. Continue adicionando cards e quando terminar, clique em Close (Fechar). Quando quiser adicionar mais cards ao deck, basta seguir o mesmo procedimento.

ESTUDE OS CARDS DE PALAVRAS E EXPRESSÕES Quando houver ao menos 30 cards ao seu deck, comece a estudá-los. Escolha o deck que criou. Uma tela mostrará: 1) New (Novos) - são os cards novos que nunca foram revisados e você precisa revisar agora. Por padrão do sistema, o número máximo sempre será 20, portanto se você adicionar 100 cards num dia, o Anki cobrará só 20 cards novos por dia (para não te sobrecarregar). 2) Learning (Aprendendo) - são os cards que você revisou recentemente, mas ainda precisa memorizar. 3) To Review (Para revisar) - são cards já revisados no passado e precisam de nova revisão para não caírem no esquecimento. Por padrão, serão cobrados no máximo 100 cards por dia (também no intuito de não sobrecarregar nas revisões). Para começar a fazer as revisões, clique no botão Study Now (Estudar agora) para o Anki mostrar os cards. 1. Leia o card e pense na resposta. Tente realmente lembrar, faça um esforço. 2. Se lembrar (ou não) da resposta após 1 minuto ou 30 segundos, pressione o botão Show Answer (Mostrar resposta) 3. Selecione uma das opções: Again (Novamente) se você não lembrou da resposta, Good (Bom) se lembrou depois de um certo esforço e Easy (Fácil) se conseguiu lembrar facilmente. 4. Continue até não haver mais cards para revisar. Depois basta fechar o SRS e voltar às revisões no dia seguinte. E lembre-se: adicione novos cards ao Anki e faça suas revisões diariamente. Mais cards significa mais vocabulário e afinidade com o inglês, o que deixará a leitura em inglês cada vez mais fácil! LINKS DE OUTROS PROGRAMAS SRS 1000 Palavras - http://goo.gl/UUfjhk (1000 palavras mais usadas em inglês com

tradução e pronúncia)

Duolingo - https://goo.gl/lT6GPi (básico)

Speak English – https://goo.gl/ky08k2 MosaLingua - http://goo.gl/6pty54 (inglês regular, negócios, Toefl e Toeic)

Busuu - https://goo.gl/LIszlb (palavras e frases)

Elevate (intermediário-avançado)- https://goo.gl/8bPku0

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DEFINA UMA META COM O SRS Agora que aprendeu a usar o SRS, defina sua meta inicial: aprender 500 frases ou 750 frases ou 1.000 frases em inglês? Obviamente eu vou sugerir que sejam no mínimo 1.000 frases para começar porque isso cobriria o nível elementar e básico de leitura em inglês, permitindo que sonhe com níveis mais altos em pouco tempo. A maioria das pessoas pensará que esse é um número muito alto ou que demorará muito tempo para inserir tantas sentenças/frases no aplicativo. Mas não é bem assim, não. Veja o cronograma abaixo:

10 frases por dia 100 dias ou 3 meses e 10 dias 1.000 frases

20 frases por dia 50 dias ou 1 mês e 20 dias 1.000 frases

30 frases por dia 34 dias ou 1 mês e 4 dias 1.000 frases

40 frases por dia 25 dias 1.000 frases

50 frases por dia 20 dias 1.000 frases

Lembre-se: quanto mais frases inserir no SRS, mais frases você terá para revisar. Há uma quantia mínima de frases a inserir diariamente, e o ideal fica entre 20 e 30 por dia, mas seja flexível, sem ser relapso. Suponhamos que tenha traçado sua meta pessoal para 25 frases diárias, e conseguiu inserir apenas 10 frases num dia particularmente atarefado. O que fazer? Simples, insira mais frases no dia seguinte e nos próximos, até ter cumprido seu objetivo ou assuma que demorará mais alguns dias (que o previsto) para atingir as 1.000 frases. E entenda que 1.000 frases é só a primeira meta, pois após chegar a esse marco, você poderá aumentá-la para 2.000 frases ou mais, se quiser! Sem contar que aos poucos, certas frases se tornarão fáceis demais, e você precisará de um novo desafio para manter-se motivado. É nesse ponto que poderá alterar as respostas de português para inglês – perguntas e respostas em inglês. Desafie-se constantemente aumentando a quantidade de cards até um ponto em que consiga ler o que deseja em inglês sem complicação e não sinta mais a necessidade de treinar com o SRS, fazendo dele apenas um objeto de estudo esporádico e opcional.

ONDE OBTER FRASES? Como a maior parte das pessoas que começam a utilizar um SRS tem nível elementar ou básico, eu recomendo fortemente que não crie suas próprias frases, pois poderá memorizar algo errado. Sempre busque fontes confiáveis para garantir que as sentenças estejam num inglês correto. Pode parecer difícil buscar boas frases, mas garanto que seguindo minhas dicas você se acostumará com isso rapidinho e até achará o processo todo bem simples e fácil de executar. E para ter uma noção de como essa pesquisa pelas frases corretas é importante, entenda que o fato de estar lendo artigos e buscando as frases certas para inserir no SRS, também é uma forma de estudos! Veja, você precisará ler as palavras ou frases em inglês que constem em livros, revistas, jornais, sites, vídeos, filmes, seriados, dicionários, jogos, ou qualquer outra fonte confiável, e depois anotar a tradução. As frases escolhidas não precisam ser totalmente desconhecidas. Na verdade precisa haver apenas uma palavra ou expressão que você não conheça. Eu entendo que a princípio essa experiência será assustadora porque você pensará: “Mas quase tudo é desconhecido!?!” É verdade. Por isso você precisará anotar frases contendo mais de uma palavra ou expressão desconhecida nas primeiras semanas e aos poucos, quando várias palavras já fizerem parte do seu vocabulário, você achará mais fácil encontrar e entender frases novas com apenas uma ou poucas palavras novas, a ponto de não necessitar traduzir a frase inteira, só a definição da palavra desconhecida. Mas vamos parar de lengalenga e partir para a ação, conhecendo fontes confiáveis para captar frases em inglês?

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O site www.managedenglish.com é um portal para estudar inglês com muito material para ler, ouvir, assistir e estudar. Nele você encontrará diversos livros e textos (com ou sem áudio) contendo inúmeras frases de exemplo, ou seja, o material perfeito para inserir e estudar com a ajuda de um bom dicionário e do MEMORIZE WHIZ ou Anki. E não se preocupe, como você fez o download deste Guia, automaticamente cadastrou-se em nossa lista de contatos, e por isso receberá um boletim sempre que houver atualizações no site! https://goo.gl/oj7Fu1 – Você encontrará dicas sobre gramática, vocabulário e expressões do tipo “Como dizer Irritado em inglês”, “Qual a diferença entre Gain, Earn e Win”, “O que significa White Bird em inglês”, entre tantos assuntos. Livros e textos Bilíngues GRÁTIS

http://goo.gl/HFsW5J / - traz textos sobre diversos assuntos. O lado esquerdo da tela mostrará o texto em inglês e a outra parte mostrará o texto em português.

https://goo.gl/JLaKxI - o primeiro livro apresentado em Português-Inglês é - “A Dama,

ou o Tigre?”. Há também livros em outros idiomas, é só pesquisar. Livros e textos Bilíngues PAGOS

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preste atenção para comprar na língua correta pois eles têm livros do espanhol para português, alemão para português, inglês para português, etc.

Amazon – Brasil: https://goo.gl/RPGXUh

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Bíblia em Inglês – Português https://goo.gl/PL9pZD – para quem já atingiu o nível

avançado e quer desafios maiores. Você também encontrará livros bilíngues nas Editoras Penguin, Oxford, Disal e Macmillan.

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RECOMENDAÇÕES PARA INICIANTES Se esse é seu primeiro contato com inglês, você precisará adicionar frases com mais de uma palavra desconhecida ou até frases inteiramente desconhecidas. Para facilitar, recomendo que adicione poucas frases por dia no seu SRS (entre 10 e 20) para que consiga assimilar a tradução literal (palavra por palavra), bem como a tradução contextual das frases. Veja exemplo abaixo: Pergunta: How are you doing? Resposta: Como você está indo?(tradução contextual) How (como) are (está/é) you (você) doing (fazendo)? (tradução literal) Doing vem do verbo “do”(fazer), mas no caso acima ganha significado diferente Pergunta: I’m a little blue today. Resposta: Eu estou meio triste hoje. (tradução literal) I (eu) am (estou/sou) a (um/uma) little (pequeno, pouco) blue (azul/triste) (tradução literal) I’m = I am (contração do sujeito e verbo para facilitar a fala) A tradução literal serve para que você entenda como as estruturas gramaticais funcionam em inglês, ao passo que a tradução contextual te ajudará a entender o real significado da frase. Os dois cards acima trazem explicações no campo da resposta para ajudar a entender as frases. O campo da pergunta deve ser curto, mas normalmente o campo da resposta pode ser tão longo quanto você precise para lançar a quantidade necessária de explicações.

REVISÕES DIÁRIAS SÃO IMPORTANTÍSSIMAS É importantíssimo fazer revisão de suas frases diariamente para manter o cérebro ativo. Por padrão o SRS selecionará uma quantia de frases diariamente para sua revisão e as adicionará às frases do dia seguinte, caso você não as revise no dia programado. Isso quer dizer que se o Memorize Whiz ou Anki selecionar 10 frases para revisão na segunda-feira, e você não fizer nada nesse dia, essas 10 frases serão adicionadas às 10 frases previstas para o dia seguinte, somando 20 frases para revisar na terça-feira. Imagine se você ficar 5 dias sem fazer a revisão! Terá 50 frases acumuladas para revisar, tornando a tarefa cansativa e demorada. Por isso é tão importante estudar e revisar diariamente. Eu costumo traçar metas para executar os mais diversos serviços (escrever ou ler livros, criar vídeos, limpar o guarda-roupas, controlar gastos ou salário) e me imponho o “castigo” de executar as tarefas em dobro, caso atrase o cronograma. E acredite no que digo: vale muito mais a pena gastar 10 a 20 minutos por dia executando uma tarefa do que 1 hora e 20 minutos seguidos para colocar a coisa em dia depois. Sendo mulher e tendo jornada dupla (escola x casa), eu entendo muito bem o que é chegar exausto(a) e só querer se jogar num canto para dormir, ou não se sentir seguro ou confortável fazendo algo que julgo além da minha capacidade física ou intelectual, mas se esse “pensamento negativo” te pegar, pense que 10 minutinhos passa muito rápido, e faça sua revisão!

NOVOS OBJETIVOS APÓS 1000 FRASES.

Agora que já conseguiu atingir sua primeira meta: 1000 frases em inglês e familiarizar-se com o sistema SRS de sua preferência (Memorize Whiz, Anki ou outro), você também já terá percebido o quanto evoluiu o seu vocabulário em inglês, sua capacidade auditiva e de entender novas frases e textos, mesmo com palavras fora do contexto estudado. Talvez os textos mais elaborados e complexos ainda sejam um desafio, mas navegar em sites em inglês e ler livros mais simples já passou a ser tarefa fácil. Porém esse foi só o primeiro grande passo na busca

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da fluência. Para que você consiga entender e falar inglês naturalmente, você precisará continuar adicionando frases e fazendo revisões com seu SRS, apesar de que, nesse ponto, usará uma nova forma de estudar, além de traçar novos objetivos para melhor desempenho. Defina seu novo objetivo: 2000, 3000, 5000 frases? Seu objetivo só depende de você, mas lembre-se de que quanto mais frases estudar, mais rápido e mais profundamente entenderá o inglês. Faça um favor a si mesmo e trace uma meta. Sempre que temos uma meta, nos empenhamos mais para atingi-la. Esse é o fator motivador que o(a) fará continuar estudando, mesmo que bater aquela preguiça, mesmo que surgir uma pedra no caminho, ou mesmo quando pensar em desistir. E quando atingir essa meta, defina mais uma! Veja o que é novo: Prefira frases com palavras desconhecidas (o quanto mais, melhor) tendo em mente que já domina 1000 frases, agora é hora de focar em palavras desconhecidas. Esse é o momento para imergir no inglês buscando temas de sua preferência: artes manuais, eletrônica, desenvolvimento pessoal, viagens, etc. Leia muito, leia sem a pretensão de inserir todas as novas frases ao SRS. Dose um momento para ler por simples prazer e outro para estudar e inserir frases no seu SRS (Memorize Whiz, Anki ou outro). Nesse segundo momento, quando ler uma palavra nova em algum lugar, procure por ela num dicionário de confiança e adicione ao SRS uma frase do texto lido ou do dicionário. Lembre-se: dê preferência a frases que tenham o maior número de palavras novas. Siga as recomendações para iniciantes para continuar anotando da mesma forma, só que agora, centrando em palavras ainda não estudadas. Se fizer isso diariamente: um momento de prazer e outro de estudos de inglês, você aumentará seu contato diário com a língua e a velocidade com que ganhará vocabulário, contextualização e imersão.

ELIMINE O PORTUGUÊS NO NÍVEL AVANÇADO Após constatar a existência de 3500 a 4000 frases no seu SRS você já conseguirá ler em inglês com facilidade, e poderá atingir o grau de leitura de nível avançado. Sua rotina não mudará, você continuará fazendo as mesmas atividades: ler/ouvir por prazer, ler para obter frases, inserir no SRS; porém agora você interromperá a consulta aos dicionários em português e passará a buscar significados diretamente em inglês. Você utilizará basicamente os mesmos dicionários, pedindo a definição da palavra e não sua tradução e na hora de inserir dados, anotará as perguntas e as respostas em inglês. Se houver alguma palavra que ainda esteja dificultando a correta compreensão da frase, insira no Anki em inglês x português, mas de forma geral, você será capaz de entender praticamente tudo diretamente em inglês e verá que sua capacidade de “pensar” em inglês cresce a cada dia. Voe alto!

DICIONÁRIOS INGLÊS-PORTUGUÊS / INGLÊS-INGLÊS Os dicionários “monolíngues” ou de inglês/inglês passarão a fazer parte constante da sua vida. Por mais que tenha acreditado que jamais seria capaz de entendê-los, agora eles são uma realidade fácil de usar porque você estará capacitado para entender as explicações e os exemplos em inglês. Sempre haverá algo novo, mas você se sentirá capacitado para entender os novos termos. Não tema o contato com eles. Eu costumo dizer aos meus alunos que eles não mordem e o efeito positivo que trazem na sua vida, sua autoestima, sua segurança são incríveis! Abaixo seguem os três dicionários de inglês/inglês que eu mais utilizo:

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Dicionários inglês-português (para nível básico/pré-intermediário) e inglês-inglês (para nível intermediário/avançado) Dicionários são excelentes fontes de frases e são muito confiáveis. Primeiro porque é fácil coletar muitas frases em inglês. Segundo porque ao encontrar uma palavra que não conhece, poderá procurá-la no dicionário e ler exemplos de frases que tornem o entendimento da palavra mais simples. E hoje, com o advento da abençoada internet, não é obrigatório comprá-los porque há vários dicionários online gratuitos de muito boa reputação e que trazem a pronúncia em símbolos fonéticos/ áudio das palavras pesquisadas. Para quem domina a ordem alfabética usada em arquivos, será facílimo encontrar palavras em dicionário de papel (que costumam ter a vantagem de trazer muitos exemplos e explicações diferenciadas para uma mesma palavra), mas para os nascidos após 1980, recomendo que comecem com dicionários virtuais e quando atingirem nível intermediário e avançado, ou se preferirem manter distância de computadores em certos momentos, comprem ou usem um dicionário de papel para estudar a língua. A princípio um dicionário de Inglês-Português é suficiente, mas futuramente force-se a usar somente os dicionários de Inglês-Inglês. Os dicionários virtuais atuais são muito bons e podem ser usados no computador, smartphones e Tablets, facilitando sua pesquisa. Veja abaixo exemplos onde encontrará palavras e seus sinônimos, definições, traduções de frases e até as frases mais usadas em inglês e suas traduções. Não está encontrando a palavras que quer? Entenda que dicionários só trazem as palavras no singular (cars – car) e verbos no infinitivo (lived, living – live). Preste atenção para não escrever a palavra com letra maiúscula, pois alguns software não reconhecem essa forma e responderão que não encontraram definição para a sua pesquisa.

Tradutor Online Babylon (http://goo.gl/ek8jaN). Particularmente eu não gosto muito dele e

acho que os recursos gratuitos dele não estão no nível de outros totalmente gratuitos, mas por ser tão conhecido, resolvi citá-lo. Para quem quer pagar por ele, haverá muitos recursos interessantes, mas como opção grátis, não seria minha escolha. O Linguee http://goo.gl/YDZJhe é um dicionário e uma ferramenta de busca de traduções que eu particularmente uso bastante quando traduzo termos incomuns. Ele é recurso muito conhecido por tradutores, exatamente por descobrir o sentido de palavras incomuns e complicadas, especialmente num determinado contexto. O fato de encontrar definições, e diversos exemplos de traduções em situações reais, facilitam muito a compreensão da palavra ou expressão.

Thesaurus http://goo.gl/AInjrC O site Thesaurus, assim como seu dicionário em papel, são famosos por sua altíssima qualidade e não é atoa que aparecem como material de referência em filmes e seriados. Nele você achará os sinônimos (inclusive por assunto), antônimos, as definições, palavras relacionadas àquela que está pesquisando, o áudio e a tradução para diversos idiomas. Isso tudo além de dar uma sugestão diferente a cada dia de palavra para aprender. Exemplo: Digite a palavra entrepreneur e leia:

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Definition

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WordReference.com http://goo.gl/6AxGFk

Esse site contém dicionários em diversos idiomas. O link acima o levará para o dicionário de inglês-português ou português-inglês. Digite uma palavra em inglês para encontrar sinônimos, antônimos e definições, além de vários exemplos de frases com tradução em português. Veja um exemplo: Procurando a palavra smart (esperto, inteligente), encontramos: smart como adjetivo. Exemplo: The boy proved he was as smart as his older brother. O menino provou que era tão inteligente quanto seu irmão mais velho. No Memorize Whiz ou Anki poderemos criar cards da seguinte forma: Pergunta: The boy proved he was as smart as his older brother. Resposta: smart = esperto, inteligente O menino provou que era tão inteligente quanto seu irmão mais velho. Se você for iniciante, pode criar mais cards a partir da mesma frase. Pergunta: as smart as Resposta: tão esperto quanto Pergunta: proved Resposta: provou Pergunta: older brother Resposta: irmão mais velho Pergunta: his Resposta: seu, sua, dele Pergunta: was (past of verb to Be) Resposta: era, estava, foi, fui. Procurando pela palavra Get encontramos alguns exemplos:

Verb (used with object), got or gotten; getting.

1. to receive or come to have possession, use, or enjoyment of: I can get my pension anytime. Posso receber minha pensão a qualquer hora.

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2. to cause to be in one’s possession or succeed in having available for one’s use or enjoyment; obtain; acquire: She got valuable information for her company . Ela conseguiu informação valiosa para sua empresa. 3. to go after, take hold of, and bring (something) for one’s own or for another’s purposes; fetch: Would you get the milk from the refrigerator for me? Você pegaria o leite da geladeira para mim? 4. to cause or to become, to do, to move, etc., as specified; effect: The boy scouts learned how to get a fire to burn. Os escoteiros aprenderam como acender o fogo. 5. to communicate or establish communication with over a distance; reach: You can always get me by telephone. Você sempre pode me encontrar por telefone. 6. to hear or hear clearly: I didn't get your last name. Não entendi teu sobrenome. 7. to acquire a mental grasp or command of; learn: to get a lesson. Verb (used without object), got or (Archaic) gat; got or gotten;getting. 8. to capture; seize: Get him before he escapes!Agarrem-no antes que ele escape! 9. to receive as a punishment or sentence: He has got 20 years in jail. Ele pegou 20 anos de cadeia. 10. to prevail on; influence or persuade: We'll get him to go with us. Nós vamos convencê-lo a ir conosco. 11. to prepare; make ready: I always get dinner for my family. Eu sempre prepare o jantar para minha família. Pergunta: GET Resposta: obter, chegar, ter, receber, conseguir, adquirir, ganhar, partir, buscar, vir, entender/compreender, trazer, possuir, providenciar, confundir, irritar . Pergunta: Do you get along? Resposta: Get along = se dar bem com alguém. Vocês se dão bem? Pergunta: Get ready for his English test. Resposta: Get ready = estar pronto/preparado para algo. Esteja preparado para a prova de inglês. Pergunta: This time he won’t get away with his crime. Resposta: Get away with =escapar, fugir, se livrar de algo. Desta vez ele não se livrará do seu crime.

http://goo.gl/LIKlRp http://goo.gl/l3qRgE (Longman - que eu amo!) http://goo.gl/DzkXOX http://goo.gl/1Dyk7J http://goo.gl/7nffff

http://goo.gl/JK7Sll http://goo.gl/OHhoo3

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https://goo.gl/dxc6EU - esse tradutor mostra as traduções, mas também as definições das

palavras, se você clicar sobre elas. Essa não é a fonte mais confiável uma vez que toda tradução foi feita por pessoas comuns, mas tem melhorado sensivelmente e se outros dicionários não trouxerem a resposta que esperava, pode ser uma boa ideia consultá-lo. Outra opção é usar esse aplicativo em tablets e smartphones, pois basta apontar a câmera para o texto em inglês e ver a tradução imediatamente na tela.

INGLÊS/INGLÊS NO SEU SRS Nos níveis anteriores, você usava seus cards inserindo perguntas em inglês e respostas em português, mas de agora em diante suas perguntas e respostas deverão ser em inglês! É por isso que é tão importante usar os dicionários que recomendei para encontrar as definições e exemplos de palavras e frases que ainda não entende. Antes você inseriria informação da seguinte forma: Pergunta: The machine assembled a distinguished wheel-chair. Resposta: wheel-chair = cadeira de rodas. A máquina montou uma excelente cadeira de rodas. Já em um nível avançado de leitura, e consulta a um dicionário de inglês/ Inglês sua anotação em SRS ficaria assim: Pergunta: The machine assembled a distinguished wheel-chair. Resposta: wheel-chair = noun: a special chair mounted on large wheels, for use by invalids or others for whom walking is impossible or temporarily inadvisable. Você não precisa dominar todo o conteúdo das explicações, apenas o sentido contextual para compreender a palavra ou frase que lhe é desconhecida. Por isso é tão importante já ter um conhecimento avançado de leitura para entender as explicações em inglês. Note no exemplo acima, que entendendo que wheel-chair é “cadeira de rodas”, seu problema estará resolvido. Os cards inglês/inglês vão “turbinar” seus estudos. Basta continuar revisando e lendo diariamente, para perceber o upgrade no seu nível de leitura e compreensão geral.

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Capítulo Quatro: Compreensão Auditiva

Análise da compreensão Auditiva: Desenvolver a compreensão auditiva é um passo muito importante para aprender a falar inglês e não deve ser evitado, mesmo pelos alunos mais tímidos. Se você ainda não compreendeu a importância de “ouvir e compreender” para depois “reproduzir” (escrita e fala), sugiro que releia o Capítulo Um. Se o propósito de seus estudos for falar inglês, você precisará acostumar-se com o inglês falado – ordem, pronúncia, entonação. E seja honesto consigo mesmo porque respostas do tipo: meu inglês “dá pro gasto”, entendi “mais ou menos/ uns 50%” ou “peguei o sentido pelo contexto” não são aceitas por mim. É preciso compreender tudo o que foi falado, palavra por palavra, sem tirar nem por. E não tenha pressa. Alguns alunos, após 4 ou 5 horas de aula já cobram da escola ou professor o fato de ainda não estarem “ouvindo e falando”. Diversas empresas que pagam cursos aos seus chefes, gerentes e diretores são categóricas ao afirmar que após 2 meses esperam ver seus colaboradores respondendo perguntas em inglês ou os enviarão a outra escola. E para deixar a situação mais traumática, os professores que tentam ensinar os alunos a ouvirem e lerem para depois falarem, sofrerão reprimendas dos administradores das escolas, empresas patrocinadoras, e dos alunos, que muitas vezes são adeptos da lei do mínimo esforço e acreditam que o professor baterá com a varinha de condão e ele, aluno, sem esforço algum, aprenderá inglês em poucas semanas. Calma, dê tempo ao tempo. Lembre-se que você nasceu e passou seu primeiro ano de vida só ouvindo e balbuciando sons desconexos. No segundo ano começou a falar frases curtas, muitas vezes com pronúncia incompreensível e até “inventou” palavras para suprir a necessidade de dizer algo. Mas por pior que fosse sua habilidade oral, a habilidade auditiva desenvolvia-se de maneira acelerada porque ouvia os outros falando com (ou perto de) você e aos poucos desenvolveu vocabulário e compreensão geral para comunicar-se oralmente com qualquer pessoa a sua frente. E como já disse, “entender a língua” é uma tarefa árdua, demorada e por isso exige paciência e perseverança. Mas há tantas promessas... Há todo tipo de profissionais e empresas no mercado, há excelentes e péssimos cursos, promessas que se cumprem e muitas que jamais são atingidas. Por favor, seja seletivo, não acredite em cursos que prometem “nível avançado e fluência” em poucas horas ou semanas de estudo. Isso é geralmente o primeiro sinal de que estará dando seu voto de confiança à empresa errada. Mas por que não acreditar na eficácia de cursos rápidos, intensivos de 30 dias ou até de imersão em um final de semana? Esses cursos só tem “alguma eficácia” para alunos que já atingiram, no mínimo o nível intermediário. Se seu nível é elementar ou básico, ficará muito desapontado pois apesar de lhe ensinarem como atender um telefone, perguntar se a pessoa quer deixar recado, ou pedir a localização de um edifício, nada será útil se você não for incapaz de entender o que o outro responde. A boa compreensão auditiva pode levar meses ou até anos no sistema convencional (2 horas de aula semanais + 1h30min. de estudos em casa), porém tenho exemplos de estudantes muito compromissados e dedicados, que seguem nossas dicas de estudo e por isso atingem um nível próximo do intermediário na compreensão auditiva em aproximadamente 6 meses ou até um excelente nível de compreensão auditiva em inglês em 10 a 12 meses, contanto que estudem de 6 a 10 horas semanais (em média 3 a 4 horas na escola e 6 a 7 horas em casa com estudo direcionado). Alguns “vendedores de sonhos” justificando seus métodos e a demora na aquisição de habilidades orais, dirão que é impossível falar logo nos primeiros meses, mas eles estão errados e escondendo a verdade para benefício próprio. Logicamente não estamos falando aqui em profundo conhecimento da língua, mas da capacidade de dar respostas que supram suas necessidades básicas, defendam pontos de vistas simples, resolvam pequenos problemas do cotidiano e até possibilitem uma paquera... Se você estiver bem amparado por profissionais responsáveis e materiais de qualidade, você será capaz de, também, falar em

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pouco tempo. Mas como, se para aprender a falar português eu demorei mais de 1 ano e meio? Acontece que quando bebê, seu corpo não estava acostumado a nada e você precisou aprender muitas habilidades ao mesmo tempo, só para poder falar: dominar sons básicos e guturais (gu, ga, ba, ma, po, etc) treinando cada corda/prega vocal, juntar sons para coincidir com as palavras que ouvia, calibrar o volume da voz para não berrar ou sussurrar, depois emitir sons compreensíveis ao pronunciar palavras sem sequência; também precisou acostumar seus ouvidos a diferenciar sons do ambiente x vozes humanas, a respirar no tempo certo para não sufocar e ainda por cima memorizar o significado das palavras e a ordem em que devem aparecer numa frase. Como jovem ou adulto, você já dominou todas essas coisas e hoje precisa apenas aprender poucos sons novos, o significado e som das palavras e a ordem das mesmas no novo idioma. Veja, eu vou te explicar os mesmos segredos, as mesmas técnicas de aprendizado que uso com os meus alunos, e inclusive passar os links para obtenção de material gratuito para que consiga estudar sozinho, sem gastar um tostão ou gastando o mínimo possível. Para seu conforto, esse guia traz todas as técnicas, na ordem em que devem ser executadas e dependerá somente de você, cumpri-las o melhor e mais rápido possível para obter a fluência que tanto almeja. Tenha apenas em mente que em algum ponto, você precisará da ajuda de um profissional gabaritado para testar seus conhecimentos, corrigir seus erros e desafiá-lo a coisas novas. Dica: economize na primeira fase dos estudos que dependerá muito mais de você próprio e não tente barganhar na hora de contratar um profissional realmente bom, que fará toda a diferença na sua vida estudantil e te leve a outro nível.

DESENVOLVA A COMPREENSÃO AUDITIVA Há inúmeras formas para aprender a falar inglês, e todas poderão funcionar porque cada pessoa se adaptará melhor com um ou outro método, mas a questão é: “Em quanto tempo você quer falar inglês?” Se a sua resposta for: “O mais rápido possível” a verdade é que terá que desenvolver mais de uma habilidade ao mesmo tempo, aliás, comum para adultos. Para falar inglês você precisa: 1) saber o que está falando - portanto precisará de vocabulário (Capítulo Três). 2) ter noções básicas de gramática, pelo menos o suficiente para ordenar corretamente as palavras em inglês - observação à leitura de frases e textos e uso de explicações curtas e práticas por professor presencial ou vídeos. 3) saber pronunciar as palavras corretamente – tema que estamos estudando nesse capítulo. Quando a língua inglesa já for conhecida sua, ou seja, você já tiver adquirido vocabulário suficiente para entender uma conversa sem precisar parar para traduzir, você passará a ouvir muitos textos, e diálogos de nativos falando inglês com boa dicção, pronúncia e entonação, por dezenas ou centenas de horas, mas lembre-se, isso só funcionará se você entender o que essas pessoas estão falando (significado e audição). Se você tiver nível básico de compreensão oral, ouça áudios com textos disponíveis na internet ou em papel, pois de nada vale ligar a TV na CNN ou o rádio num programa de entrevistas e não entender palavra alguma, porque mesmo ouvindo por horas a fio, você não aprenderá praticamente nada. Por outro lado, se você entender pelo menos 50% do que ouve, já estará desenvolvendo sua compreensão oral rapidamente, além de identificar e aprender novas palavras através de associações feitas com as palavras que já conhece e quanto mais compreensível o texto for para você, mais sentirá que está evoluindo. Treinar a audição em inglês é um exercício entre o seu ouvido e o seu cérebro. Da mesma forma que os jogadores de futebol, vôlei ou basquete treinam exaustivamente um mesmo passe ou finalização até terem total domínio da jogada, você também precisará ouvir inúmeras vezes (10-15-20) um mesmo áudio até ser capaz de entender cada palavra dita porque esse exercício valerá muito mais a pena do que ouvir 10-20-30 arquivos diferentes de áudio sem necessariamente acostumar seus ouvidos e forçá-los a entender os sons da língua inglesa.

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NÍVEIS E OBJETIVOS DA COMPREENSÃO AUDITIVA A audição em inglês pode ser dividida em vários níveis de compreensão e pode levar bastante tempo, anos até, para que atinja o mesmo nível de compreensão auditiva de um falante nativo. Você poderá entender e falar inglês em bom nível após aproximadamente 700 horas de estudo, o que corresponderia a uns dois anos estudando 1h por dia, por exemplo, mas isso não significa que atingirá o nível fluente de compreensão auditiva nesse tempo, pois esse foi um exemplo de como poderá estar seu inglês se houver dedicação verdadeira. Lembre-se: o importante não é o tempo que levou para aprender, mas quantas horas dedica-se a aprender. 700 horas podem demorar 6 meses, 1 ano ou 5 anos, vai depender de quantas horas por dia/semana você dispensa para essa atividade. Ah! E não se martirize se uma palavra ou outra, mesmo após anos de estudo árduo não for compreendida. Sempre haverá algo mais difícil para entender nos seus estudos auditivos porque até nativos às vezes encontram dificuldade porque o falante não pronunciou/ enunciou corretamente. Motive-se ainda mais nas dificuldades e continue estudando! De tempo em tempo você notará que está entendendo e falando inglês cada vez melhor. Nível 1: Elementar O nível 1 é o início da jornada, abrangendo estudantes com pouco ou nenhum conhecimento de inglês, que já estudaram um pouco de inglês no ginásio, colégio ou até mesmo em cursos de idiomas. A compreensão do seu inglês auditivo corresponde ao máximo de dez palavras a cada cem, e por isso devem iniciar seus estudos por textos simples e curtos, feitos especialmente para o aprendizado do inglês como segunda língua e focar na compreensão do vocabulário para depois treinar a audição. Nível 2: Básico O segundo nível envolve estudantes que já reconhecem textos básicos e tem uma compreensão auditiva de aproximadamente vinte e cinco palavras num total de cem, mesmo que elas não façam muito sentido. Apesar de ainda terem muito a aprender e ainda dependerem dos textos (agora mais longos e menos adaptados para principiantes) e áudios desenvolvidos para estudantes de segunda língua; eles já têm uma compreensão melhor de diversas palavras, frases e estruturas gramaticais, se comparados aos estudantes de nível 1. Nível 3: Pré-Intermediário Os estudantes que atingem esse nível já conseguem entender áudios feitos para nativos da língua inglesa como filmes, seriados, programas de televisão e rádio, podcasts, vídeos da internet, etc., pois já compreendem até quarenta de cada cem palavras ditas, desde que faladas com boa dicção (modo de pronunciar ). Haverá momentos em que os estudantes sentirão ter regredido por se depararem com áudios mais complexos, cujo locutor fala muito rápido, tem problemas de dicção (por não serem profissionais da área), assim como acontece quando ouvimos em português algumas músicas ou entrevistas em que o locutor parece falar “para dentro” ou como dizem “com uma batata na boca”, muito baixo ou mesmo muito rápido, dificultando a compreensão da palavra. Esse talvez seja o nível que exija mais horas de estudos para acostumar os ouvidos ao som “nativo”. Objetivo 1 de 2 Atingir o nível Intermediário de compreensão auditiva será seu primeiro propósito desde o dia Um, pois com ele você poderá escolher o que quer ouvir e não ficar preso aos textos e áudios de livros para estudantes de segunda língua. Nível 4: Intermediário Nesse ponto os estudantes atingiram a compreensão auditiva de 41 a 60 palavras a cada 100 para a maior parte dos áudios em inglês, o que torna o exercício estimulante, pois será capaz de assistir filmes, seriados, programas na tv, vídeos na internet, escutar programas de rádio assim como fazem os nativos, sem texto para se escorar. Esse será um momento assustador

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porque dará a percepção real do seu nível de inglês, porém também será motivador porque os programas serão escolhidos com base em suas preferências pessoais e não apenas por indicação de professores ou amigos e por isso darão aos estudantes mais vontade e prazer em aprender, além de sentirem um progresso muito maior da capacidade auditiva que nos níveis anteriores. Nível 5: Pré-Avançado Aqui os estudantes terão atingido a compreensão de 61 a 80 palavras a cada 100 e se sentirão com o super poder de entender quase tudo que ouvem. Quando se chega a esse nível, podemos afirmar que já atingiram confiança suficiente em si mesmos para falar inglês e arrisco até a dizer que eles sentirão uma “cosquinha”, um desejo incontrolável de falar com alguém em inglês. Veja, não há nada errado em querer falar desde o início de um curso ou estudo da língua inglesa, mas é difícil desenvolver uma conversa quando se tem pouquíssimo conhecimento da língua. Para aqueles que tem pressa em falar, aconselho que desde o início de seus cursos, sigam os passos da leitura, aquisição/memorização de vocabulário e audição diária pois só assim terão “bagagem” para falar inglês. Objetivo 2 de 2 Como seu objetivo agora é ser capaz de entender o máximo possível de significados e áudios para poder falar inglês bem, esse ponto é crucial porque sua segurança estará enraizada e seu desejo de falar muito, só cresce. Nível 6: Avançado Meus mais sinceros parabéns àqueles que chegaram a esse nível auditivo em inglês! Esses privilegiados e poucos estudantes que estudaram arduamente e atingiram esse patamar conseguem compreender entre 80 a 90 de cada 100 palavras que ouvem e podem assistir ou ouvir qualquer programa de rádio ou tv confortavelmente. O desafio agora será compreender 100% das palavras, bem como o sentido das expressões usadas pelos locutores. Esse é o momento em que ter um professor “conhecedor da língua” e que conte histórias e fatos da cultura do país farão toda a diferença para se atingir o cume dessa pirâmide.

A COMPREENSÃO AUDITIVA USANDO BONS TEXTOS COM ÁUDIO EM INGLÊS Depois de entender os níveis de compreensão auditiva, os objetivos que desejamos atingir e a importância da compreensão auditiva, é chegada a hora de entrar em ação e por tudo em prática seguindo esses passos: 1. Encontre textos fáceis e relativamente curtos, com áudio gravado por professor nativo (ou não nativo desde que tenha boa pronúncia).

a) Veja onde encontrar textos e áudios de excelente qualidade. http://goo.gl/HX0lGB

b) Livros didáticos de cursos de inglês – se você estuda ou já estudou inglês ou tem algum amigo que estudou e não está mais utilizando o material, você pode pedir emprestado (alguns amigos simplesmente doam porque não os querem mais na estante). Esses materiais são excelentes para iniciar porque contém textos geralmente curtos, áudios bem gravados e até exercícios de áudio que o desafiarão na compreensão auditiva.

c) Esse canal de histórias culturais ao redor do mundo traz vídeos legendados (clique no ícone para ativar a legenda) e com áudio bem claro, gravado por nativos. https://goo.gl/K6eIEy

d) Revistas Speak UP - http://goo.gl/kDWBcF - acesse gratuitamente artigos e entrevistas

em inglês.

e) ESL LAB - http://goo.gl/HJxmNP - Esse site contém entrevistas, estórias e histórias da

cultura mundial e é excelente porque tem diversos exercícios integrados. 1) Exercícios de Pré-Audição, 2) Audição com perguntas para checagem de compreensão. 3) Gramática. 4)

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Pós-Audição. 5) Investigação Online que te convida a assistir mais um vídeo e até gravar sua própria entrevista.

f) A BBC http://goo.gl/FSVmmB - canal de notícias, também tem um site com exercícios

variados, lições de inglês, uma série de Ensino de Inglês chamada Flatmates, quizzes e textos com áudio.

g) Voice of America http://goo.gl/lHUx6d divide seus textos com áudios em 3 níveis de

compreensão e ainda tem uma seção com vídeos.

h) O ESLFast http://goo.gl/oRV9yP é muito bom para audição de situações variadas. Você

escolhe um tema, depois as possibilidades dentro daquele tema e ouve as diversas conversas gravadas sobre aquele assunto específico.

i) Apesar do Lingq ser pago, ele te dá uma opção gratuita com acesso a parte dos textos com áudio - https://goo.gl/AltXLB

j) Diálogos de níveis variados.

k) Outra opção de curso pago que oferece uma parte gratuitamente. Acesse o site

http://goo.gl/k8Nj4W - Selecione Free Lessons – Clique na área para Estudantes ou

Professores e leia/ ouça textos em três velocidades diferentes. 2. Os textos para nível Elementar e Básico precisarão ser acompanhados de explicações gramaticais simples para que você os entenda, sem necessidade de traduzi-los. Caso esse seja o seu caso, você pode buscar vídeos simples de explicações no site da Managed English ou no canal Youtube. 3. Caso seja necessário traduzir alguma palavra ou sentença, faça uso de um dos dicionários que indiquei no Capítulo Três - Dicionários Inglês-Português e Inglês-Inglês. 4. Aparelho de mp3, smartphone, tablet ou computador com caixas de som ou headphones sem fio para escutar os áudios quando estiver longe do computador.

VEJA COMO PÔR A “MÃO NA MASSA” PASSO 1 - TEXTO Meta: estudar o texto até entender 100%, auxilio de dicionários, explicações gramaticais, traduções, etc. Preparar-se para estudar é o mesmo que preparar-se para um acampamento: você precisa ter os equipamentos certos para sobreviver a um dia na selva. Felizmente no seu caso sua bagagem será composta dos textos que selecionar, os arquivos de áudio correspondentes, dicionários virtuais ou de papel, e logicamente SUA FORÇA DE VONTADE! Abra o livro ou texto no computador, leia e “entenda” cada palavra dele. Isso é o famoso Estudar e é a parte mais longa dos estudos, quando o estudante é iniciante porque vai precisar de tempo e paciência para entender o texto. Lembre-se de todos os recursos que já lhe ensinei: use os dicionários para traduzir palavras ou frases, procure explicação gramatical para saber, por exemplo, porque a frase “He doesn’t like to play soccer” aparece com doesn’t e não com don’t ou didn’t ou won’t. Descubra o que é, quando e como usar. Toda ajuda é bem vinda e extremamente útil. Seja curioso, queira saber o porquê de tudo e se não encontrar os recursos necessários para solucionar o problema, banque o investigador ou o cientista que sozinho e muitas vezes sem equipamentos a disposição, precisa decifrar um código e chegar a um resultado puramente por esforço próprio, sendo bastante observador e persistente (quando algo der errado ou for mais difícil que o esperado), anotando a ocorrência de eventos para entender padrões e até trocando informação com outros estudiosos (de inglês).

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No Capítulo Um eu falei sobre a necessidade de ser autônomo (fazer sozinho/a), de não depender de outras pessoas para estudar e é aqui que você começará a colocar isso em prática. Para ser honesta o poder de observação muitas vezes precisa ser treinado e algumas pessoas não se saem muito bem nesse quesito tentando sozinhos a princípio, então se esse for o seu caso, talvez seja uma boa ideia ter um professor para orientá-lo e motivá-lo, 1 hora por semana apenas, até sentir-se confortável para prosseguir sozinho. Esse é um passo importantíssimo para o aprendizado, pois estará desenvolvendo sua autonomia enquanto decifra o texto e aprende a estudar qualquer matéria de uma maneira mais eficiente. Mas não trapaceie! Você precisa entender cada palavra do texto. PASSO 2 - ÁUDIO E TEXTO SIMULTÂNEO. Meta: ler e escutar o texto simultaneamente muitas vezes para conectar som e escrita. Está na hora de começar a escutar o áudio (preferencialmente com fones de ouvido) ao mesmo tempo que lê o texto (já entendido 100%) para treinar os seus ouvidos e fazer o seu cérebro conectar as palavras escritas com os seus sons. E como está ouvindo textos e não palavras desconexas, poderá perceber a pronúncia, a cadência da leitura, a entonação da voz, a ligação entre sons, o ritmo do texto e até o sentimento que se deseja transmitir. Esse é um exercício que precisa ser repetido diversas vezes com atenção especial à pronúncia das palavras. Certamente as primeiras tentativas serão frustrantes porque será difícil acompanhar o ritmo da leitura: “Onde termina uma palavra e começa a outra?”, “Porque três palavras parecem ter o som de uma?”. Apesar desse nó na cabeça, seus ouvidos começarão a se acostumar aos novos sons a medida que repete de novo e de novo o mesmo áudio, e assim, vagarosamente tudo passará a fazer sentido. Continue repetindo até que consiga entender tudo! PASSO 3 – PRATIQUE ALTERNADAMENTE. Meta: Ler e escutar alternando: uma hora só texto, outra só áudio, para imergir na língua inglesa. O passo 3 é importantíssimo: pratique alternando o texto, sem áudio ou o áudio, sem texto. A intenção aqui é fazê-lo aos poucos conseguir visualizar as palavras, sem ter o texto a sua frente e que também consiga lembrar da pronúncia das palavras, da voz do locutor, mesmo sem ouvir o áudio. Repita essa ação “alternada” muitas e MUITAS vezes. Alguns alunos atingirão 100% do exercício repetindo-o 20 vezes, outros precisão repeti-lo 30, 40 ou mais vezes. O importante é ser honesto consigo mesmo e não parar de repetir até ter controle total do texto. Essa é uma etapa primordial para o seu aprendizado, pois você estará fazendo uma imersão em inglês. E quando achar que já sabe as frases de cor e salteado, estará pronto(a) para estudar um novo texto! PASSO 4 - ÁUDIO E TEXTOS NOVOS Meta: Revisar áudios dos textos já estudados e repetir passos de 1 a 3 para os novos textos. Agora você só precisa repetir de vez em quando o áudio já estudado para aguçar sua compreensão auditiva, ouvir novamente o áudio já estudado te fará perceber certos sons que antes não tinha maturidade ou preparo para assimilar. Mas o propósito real agora é iniciar os estudos de outros textos, então repita todos os passos para cada novo texto e procure utilizar um smartphone ou MP3 player com boa memória para manter todos os arquivos de áudio num mesmo local e escutá-los sempre que possível. Escute inglês o máximo de tempo possível.

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COMPREENSÃO AUDITIVA NÍVEL MÉDIO Após escutar pelo menos uns 50 textos diferentes, você começará a perceber que está entendendo inglês melhor que antes e transportará seus conhecimentos para filmes, seriados, cartoons, entrevistas e músicas em inglês ou qualquer outra coisa em inglês com que tenha contato, e às vezes até conseguirá entender parágrafos inteiros que são ditos. Sei que você deve estar inseguro(a) e se fazendo perguntas do tipo: “Por que não consigo entender quase nada desse texto?” e outras vezes “Se entendi quase tudo quer dizer que já sou avançado?”. Calma, nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Nesse ponto você estará no nível 3 – Pré-Intermediário de Inglês. Esse é seu prêmio por ter estudado com tanto empenho seus textos e áudios, mas ainda há um longo caminho a trilhar. A essa altura do campeonato, indico que comece a experimentar coisas diferentes em inglês: assista filmes, seriados, cartoons e até palestras (sempre de assuntos do seu interesse e não muito longas), ouça músicas e podcasts. A variedade de vozes, pronúncias, sotaques e ritmos de locução vão deixar seus ouvidos mais treinados para as diversidades, assim como quando ouvimos os brasileiros de Minas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Nordeste, São Paulo capital e interior – todos os sotaques que compreendemos por estarmos expostos a eles constantemente. Mas já vou adiantar que em diversos momentos, quando não estiver entendendo a pronúncia do narrador, você ficará bem desanimado e em outros momentos, quando conseguir entender quase tudo, vai se sentir um super herói e pensará que já pode diminuir o ritmo de estudos. De novo: não desanime, nem se vanglorie, apenas continue seu ritmo de estudos e se puder e quiser resultados mais rápidos, tente estudar mais horas por semana, sempre variando entre vídeos, áudios, textos, etc.

COMPREENSÃO AUDITIVA NÍVEL AVANÇADO Nesse nível o ponto positivo é que sua compreensão auditiva pode alcançar uns 80% do que ouve em inglês, mas o ponto negativo é que o avanço esperado será cada vez mais lento e difícil de alcançar. Agora é a hora certa para mudar a forma de estudar e obter melhores resultados. Como dica eu digo para fazer o inglês presente em todo momento possível da sua vida, como numa imersão: arranje amigos reais ou virtuais para conversar em inglês, leia, assista e ouça tudo em inglês e pense em inglês: “I have to comb my hair but I can’t find the blue comb. Ok. I can use a brush instead. Now I’ll go to the kitchen to prepare my breakfast. Today I’ll only have some soy milk with chocolate, but without sugar because I’m on a diet. I need to lose 12 kg! Oh God, my car has a flat tire! What am I going to do?” Além disso, é importante achar textos e áudios que te desafiem e cobrem algo de ti. Estabeleça metas de maneira imparcial, no nível que já atingiu, é imprescindível saber como se sai em testes de compreensão, então que tal buscar áudios e vídeos que contenham testes auditivos no final? Por exemplo: veja o capítulo “Recapitulando Compreensão Auditiva – item e) ESL LAB” que contém testes excelentes para seu treino. Não há limite para o quanto se pode aprender no nível Avaçando, então nunca pare de estudar porque sempre haverá algo novo a aprender.

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Capítulo Cinco: falar e depois escrever ou escrever e depois falar?

Esse será o mais curto dos capítulos porque é apenas um alerta ao fato de que não há certo ou errado ou forma justa de estabelecer o que é mais importante para os estudantes. Há apenas aquilo que você precisa dominar primeiro: fala ou escrita. Para um intercambista (estudante de intercâmbio para outros países), falar é mais importante que escrever, pois ele usará esse recurso para comunicar-se em aeroporto, meios de transporte, restaurantes, hotéis, etc. Já para um estudante prestando vestibular, escrever em inglês é muito mais importante do que falar, porque a escrita é o foco da prova e a fala jamais será cobrada. Os viajantes acharão muito mais vantajoso falar primeiro. Os advogados internacionais acharão que a vantagem maior está em redigir/escrever corretamente, pois um erro num contrato pode custar a perda de milhares ou milhões de dólares. Um profissional de qualquer área provavelmente precise aprender a escrever primeiro, já que essa habilidade é requisito obrigatório para redigir relatórios aos diretores, investidores e parceiros da empresa dentro ou fora do Brasil, que não falem português; no entanto o profissional que só é requisitado a atualizar-se dos relatórios da empresa via e-mail, mas é constantemente convocado a participar de teleconferências ou conference calls, precisará falar muito antes de dominar a escrita. Então você pode seguir para o capítulo Seis se seu intuito é falar primeiro, ou pular para o capítulo Sete (e depois voltar para o Seis) se seu interesse maior está em escrever corretamente. Mais uma vez eu devo frisar que cada pessoa, cada estudante, cada profissional, cada amante da língua inglesa tem suas necessidades especiais e urgentes e só você, ninguém além de você vai poder decidir o que é mais benéfico aprender primeiro: falar ou escrever.

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Capítulo Seis: falar inglês Finalmente vamos falar inglês! Mas o que significa exatamente falar inglês? O filho do meu vizinho fala menos de 100 palavras em inglês e diz para todo mundo que fala inglês fluente. Quanto eu preciso falar para provar que falo inglês? É bem difícil definir “fluência”, porém eu afirmo que para efeito de aprendizado, falar inglês fluentemente significa comunicar-se em inglês sem precisar pensar na tradução das palavras e suas estruturas gramaticais. Isso é falar fluente: ser espontâneo(a) e natural nos diálogos, conseguindo se fazer entender e manter diálogos longos, mesmo que ainda cometa diversos erros. É nesse estágio que você passará a dar mais atenção à estrutura gramatical e à pronúncia das palavras. Não adianta ter boa pronúncia, mas falar tudo em ordem errada como o mestre Yoda

de Star Wars (Guerra nas Estrelas) , assim como também não adianta saber a ordem correta das palavras numa frase, mas ter uma pronúncia tão ruim que as pessoas entendem algo diferente daquilo que você queria dizer. Veja o exemplo desse italiano em Malta (um dos menores países da Europa a falar inglês oficialmente) que acabou criando uma situação muito embaraçosa porque ao pronunciar errado certas palavras, transformou seus

significados em palavrões. https://goo.gl/pWjDPc. Você fala para se comunicar com o mundo,

mas se uma pessoa não entende o que a outra fala, não há troca de informação, ou seja: comunicação. Quando você souber o suficiente para falar e ser entendido, sem precisar parar para pensar na ordem das palavras ou pronúncia, terá atingido um nível confortável no qual só precisará focar sua atenção em reduzir os erros através de estudo de vocabulário (conforme significado que quer dar à frase), gramática e pronúncia.

COMO FALAR INGLÊS FLUENTEMENTE Se você entende pelo menos 75% do que uma pessoa fala em inglês, você já pode falar inglês! Quem quer falar inglês necessita de duas coisas: 1) Um conhecimento razoavelmente bom do significado das palavras e estruturas gramaticais (siga as instruções do Capítulo Três), e 2) Boa compreensão auditiva para entender as pessoas falando inglês (siga o Capítulo Quatro e Seis). Acredite, você já é capaz de falar, e as únicas coisas que te impedem de tagarelar sem parar são: 1) Insegurança por mania de perfeição – há pessoas que se sentem muito inseguras em um ambiente não familiar e se fecham por proteção, por medo de se machucarem ou se exporem ao ridículo. Essas pessoas entendem quase tudo em inglês escrito ou falado, e dão respostas mentais maravilhosas, mas sentem que se não tiverem 100% de certeza de que responderão com total perfeição, não são dignos de abrirem suas bocas. 2) Falsa noção da realidade – essas pessoas juram que entendem tudo. Muitas vezes é um erro inocente, outras vezes já não é tão inocente assim. Algumas pessoas não dominam o mínimo necessário do que lêem ou ouvem, não sabem a pronúncia das palavras e/ou as regras gramaticais das frases, mas por problemas que não vem ao caso, preferem bater no peito para mostrar superioridade perante amigos e professores, ao mesmo tempo em que se recusam a participar de conversas ou qualquer testes sugeridos em inglês pois sabem que seriam descobertas, e que o bullying que praticaram contra outros, se voltaria contra elas próprias.

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Minha dica para esse segundo grupo de pessoas é: gaste suas forças estudando e não tentando provar que são superiores aos outros. Vou contar um caso: certa vez recebi uma pessoa na escola, cuja intenção era apenas divulgar seu nível de inglês gratuitamente aos conhecidos que estudavam conosco. Essa pessoa morou fora, mas nunca estudou, aprendeu inglês na rua e fala como uma criança de 3 a 4 anos. Como ela se dizia interessada pelo treinamento em Toeic, foi necessário passar por um teste de alternativas e uma conversa em inglês para verificarmos o controle da escrita (ela não tinha), e oral (ela já tinha por experiência internacional). Fui obrigada a explicar-lhe que seu nível escrito: vocabulário, gramática e compreensão de textos era pré-intermediário e que cursos de Toeic exigem nível mais alto para iniciar, pois trata-se de inglês para negócios. A pessoa surtou, reclamou do teste (esse e qualquer outro), chorou e foi embora. Na semana seguinte a situação começou a fazer sentido quando dois alunos que a conheciam da Faculdade e estavam na escola no momento em que ela compareceu, explicaram que ela tinha a mania de contar vantagem sobre todos e que quando retornou dos EUA, tratava logo de usar termos em inglês para mostrar-se superior. Infelizmente ela acabou “trombando” com dois dos “humilhados” aqui na escola e a situação se reverteu quando ficou evidente que ela não possuía o nível que contava aos quatro ventos. Se tivesse sido mais humilde... 3) Timidez - a vergonha é um fator limitante que causa “bloqueio”. Isso é muito comum, para qualquer área de estudo ou situação. Tive uma amiga linda que se recusava a sair de casa porque era alta e achava que todos olhavam para ela. Tive também um amigo que sentia vergonha de dirigir em público porque achava que todos ririam dele, por isso só dirigia de madrugada. Coitado do pai que precisava acompanhá-lo! Ter vergonha ou insegurança é normal, e no caso de pessoas que precisam falar em público, esse bloqueio é ainda mais frequente, mas pode ser revertido se você se encontrar numa situação em que negar-se a falar esteja fora de questão. A primeira vez em que sai do Brasil (e também entrei num avião), foi assustadora e chorei sozinha depois que entrei na área de embarque. Meu avião atrasou 2 horas e perdi minha conexão de Frankfurt para a Inglaterra, precisava pegar informação com um atendente alemão falando em inglês e minha boca secou tanto que eu comecei a tossir e num segundo já não tinha ar nos pulmões, estava ficando azul quando algo me chamou a atenção. Na minha frente havia um casal de velhinhos tentando entender como pegar a conexão para Roma e o tal atendente, estressado, foi super grosseiro e falou em inglês que se quisessem informação, teriam que falar uma das línguas de primeiro mundo, coisa que os civilizados entendiam. A grosseria dele foi tão absurda e a carinha da senhorinha me comoveu tanto que não sei que santo baixou em mim, mas dei um passo a frente, encarei os quase 2 metros do atendente e porque sabia que não tinha volta, resolvi enfrentar e falei tudo que estava entalado. Consegui que um superior viesse ao nosso auxílio, resolvi o problema dos velhinhos, descobri para onde eu precisava ir e fui para a tal asa C do aeroporto, pisando duro. Lógico que após sair de perto do cara, tremi feito bambu no vendaval, mas naquele momento eu descobri que eu tinha uma voz em inglês dentro de mim e hoje, às vezes lembro de algumas conversas que tive com amigos estrangeiros ou familiares do meu marido e quase posso jurar que falamos português e não inglês, porque inglês tornou-se parte de mim.

PRAZO PARA FALAR INGLÊS Vai chegar um momento para você também em que você começará a pensar em inglês. Acredite! Esse é o momento em que as palavras e frases vão fazer sentido e surgirão na sua mente sem esforço. Veja alguns sinais de que está começando a pensar em inglês: • Você insere palavras ou frases em inglês no seu dia a dia e pensando tão naturalmente nelas, que não nota que misturou o inglês com o português. • A palavra/frase “faz sentido” em inglês na sua cabeça e você não pensa mais nela

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em português para depois traduzir para o inglês. • Falar inglês consigo mesmo. Principalmente as pessoas que já têm a mania de falar sozinhos ou que tem vergonha de falar inglês em público. • A palavra em inglês surge na sua cabeça antes da palavra correspondente em português porque ela corresponde exatamente ao que queria dizer. Qualquer um desses sinais ou mais de um deles em conjunto, mostra que está pronto para começar a falar inglês imediatamente, mas se você ainda se sente inseguro, que tal achar um parceiro de conversa pela internet? O fato de ele ser um total estranho e você não dever nada a ele, pode te dar a sensação de liberdade que precisa para começar a treinar.

ACHE UM PARCEIRO DE CONVERSAÇÃO Se já atingiu um nível em que se sente confortável ouvindo palestras, filmes, áudios e fala sozinho em inglês no caminho para o trabalho ou escola, você já atingiu o ponto em que falar inglês é inevitável. Agora só precisa juntar a fome com a vontade de comer, como dizia minha avó. Mas cadê a oportunidade? Infelizmente, vai chegar um ponto em que precisará de alguém para conversar e praticar. Você pode conseguir um parceiro de conversação de várias maneiras, veja: Professores de inglês brasileiros Você pode contratar um professor particular e praticar todos os dias, se quiser e puder pagar. As escolas de inglês oferecem aulas particulares de conversação ou se conhecer um professor (realmente capacitado), você pode tentar contratar aulas diretamente com ele. Isso costuma ser mais barato, mas não tem garantia de qualidade porque o profissional, muitas vezes, jamais foi testado. Há um caso famoso em minha cidade de um “pseudo” profissional que jura ter aprendido um método revolucionário na Nova Zelândia, e cobra um bom preço por isso, mas a verdade é que ele foi barrado pela alfândega, voltou para o Brasil dois dias depois, ficou escondido mais de um mês na casa da mãe e de repente surgiu com essa “novidade” que deixou amigos de boa aberta, tamanha a cara de pau). A contratação de um professor deve vir com a garantia de veracidade de fatos, de histórico profissional e de suas habilidades, na prática ele é um amigo “pago”, assim como um psicólogo que é o amigo que te escuta a um “certo preço”. Desculpe a comparação, minha intenção é apenas ilustrar semelhanças que todos mencionamos no cotidiano. Falantes nativos de inglês Esse seria o ideal: praticar com um falante nativo, mas nem todos conhecem um professor ou têm um amigo nativo e de novo podemos recorrer às escolas de inglês, como a minha, que tem um professor nativo, porém esses profissionais são mais caros e se a exigência for por aulas VIP, então o preço será ainda maior. E engana-se quem pensa que não há preocupação com a qualidade do profissional, pois do mesmo jeito que há brasileiros falando “noís vai”, “as bicicreta”, “adevogado”, ela “contô”, há nativos com um inglês terrível. Certa vez contratamos um nativo, e precisamos delicadamente cancelar o contrato porque a pessoa dizia I “says”, He have e não fazia idéia de qual era a diferença entre Passado Simples e Present Perfect. Pior, não admitia estar errado, nem com outro nativo explicando o seu erro. Procure avaliar o profissional antes e não tenha medo daqueles considerados “exigentes”, “cascas de ferida”, pois geralmente eles são os que mais ensinam e mais se preocupam com seus alunos. Minha dica: há a possibilidade de contratar professores nativos particulares para lecionar online com conversas via Skype, veja o link abaixo e se quiser, faça um teste grátis.

https://goo.gl/zeMxEw (treinar pronúncia)

Amigo com inglês fluente Agora, isso vai depender se seu amigo realmente fala inglês. Uma forma de testar se ele fala a verdade é checar a qualidade do seu português. Uma pessoa que fala errado a própria língua, com certeza não fala inglês tão bem quanto diz. Outro ponto é saber se ele tem habilidade e

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paciência para ensinar toda vez que você cometer um erro e se ele não vai sair por ai contando para todo mundo quando você falar alguma barbaridade que gostaria de esquecer o quanto antes. Por último eu diria para checar se ele frequentou alguma escola de inglês para certificar-se da formação dele. Vou citar o caso de um rapaz que apareceu aqui na escola anos atrás, candidatando-se para dar aulas. Meu marido pediu que eu iniciasse a entrevista com ele e sinceramente fiquei sem chão por não conseguir entender cinco de cada dez palavras que ele dizia. Pedi licença, chamei o Steve e pedi que avaliasse se ele falava mal ou se o meu inglês estava regredindo. Steve veio, trocou meia dúzia de palavras, perguntou onde o cara estudou e ai descobrimos o que estava errado. Ele dizia para todos no Brasil que falava inglês fluente porque morou 15 anos nos Estados Unidos, e quem seria louco de não acreditar? Mas na verdade, ele convivia só com brasileiros e mexicanos, era ajudante de entrega de um Home Depot (espécie de loja de material para construção), só assistia os canais a cabo do México e se recusava a estudar inglês porque já tinha abandonado os estudos no Brasil, anos antes de se mudar para os EUA. O pior foi a falta de integridade, ele queria que o contratássemos, mesmo após percebermos que não falava inglês, com a seguinte alegação: “Seus alunos jamais vão saber, depois, quando passarem a ter aulas com outro professor, eles aprenderão do jeito certo!” Amigo no mesmo nível de inglês que você Eu sinceramente só recomendo isso, se não existir nenhuma outra possibilidade ou se você já estiver praticando com um amigo fluente ou professor (nativo ou não) e quiser passar ainda mais tempo praticando. Mas siga a dica que vou dar agora: tenha um caderninho à mão ou grave no seu celular toda palavra ou frase que gerar confusão para poder corrigir com uma pessoa capacitada mais tarde. Era isso que meus professores na Inglaterra recomendavam, principalmente para os alunos de nível Elementar, Básico 1 ou 2. Há quem diga que é impossível praticar com alguém no mesmo nível, mas eu discordo e acho que ajuda a “soltar a língua” desde que sigam a dica acima, que é o que ocorre com todos os alunos intercambistas no mundo. E se para eles dá certo, podemos fazer dar certo aqui também, com um pouco de esforço. Depois de arrumar ou contratar um parceiro de conversação, comece a praticar o quanto mais vezes puder. Sua meta é se comunicar, mesmo que não seja totalmente através de palavras. Na Inglaterra, entre nossos amigos, às vezes precisávamos fazer mímicas, desenhos, sons ou até citar uma parte de um filme conhecido que tinha a coisa que precisávamos falar. Nesse ponto os jogos de mímica que tínhamos voltando da Unimep ajudaram bastante: você pensa no nome de um filme ou uma música, ou inventa uma frase com até X número de palavras, cochicha para um adversário e ele cria mímicas ou sons (nunca palavras) para fazer com que os companheiros de equipe advinhem a frase cochichada. Era muito gostoso, fazia a nossa viagem diária à Piracicaba parecer mais curta e de quebra ainda deixava as nossas mentes mais ágeis. A pessoa que praticará contigo deve estar ciente de que deve corrigir os seus erros e você, se possível deve anotá-los, criar exemplos num momento oportuno e praticá-los com seu parceiro para correção porque ter sido corrigido uma vez não significa que já tenha compreendido totalmente como usar. Vários erros se repetirão e você não deve ficar magoado com as correções, nem se sentir desmotivado(a) por continuar errando. Faz parte do aprendizado!

QUANTAS HORAS DE CONVERSAÇÃO? O máximo de horas que puder. Se puder falar com esse parceiro ou professor todos os dias, 24 horas por dia, melhor para você! O parceiro de conversação brasileiro com boa pronúncia pode lhe deixar em ótimo nível de inglês, e ainda te ajudar a entender porque ou como adaptar certas frases e expressões

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idiomáticas do português para o inglês. Você só precisa continuar assistindo filmes, seriados, palestras em inglês e ouvindo músicas e podcasts para assegurar-se de manter-se “calibrado” para entender o que um nativo possa falar, caso tenha contato com um no futuro. O parceiro de conversação nativo lhe dá a vantagem de praticar a conversação em inglês, bem como expor-se à expressões que nem saberia existir.

PRECISO DE CONVERSAÇÃO REGULARMENTE? Sim! Não adianta falar inglês 10 horas seguidas num dia e depois passar 15 dias sem praticar. Seria mais útil praticar 1 hora por dia, durante 15 dias seguidos. A regularidade é muito importante porque manterá sua mente conectada à essa nova língua e inserir sua vida cotidiana e todas as suas ações e acontecimentos na língua inglesa lhe trarão um benefício enorme.

QUANDO TEREI NÍVEL AVANÇADO DE CONVERSAÇÃO? Não há como calcular exatamente quando você atingirá esse nível porque dependerá, nesse ponto, de sua aptidão e curiosidade com a língua inglesa, assim como temos diversos amigos brasileiros que falam português melhor ou pior que outros. Por quê? Porque passado do ponto da necessidade de comunicar-se em inglês, muitos perderão o interesse em aprofundar-se nos estudos, enquanto outros entrarão de cabeça para descobrir cada pequeno detalhe que ainda não conheçam. No seu nível, você já será capaz de transmitir e receber informação e os problemas com significado ou pronúncia de palavras ou estruturas gramaticais mais complexas não te impedirão de comunicar-se. Vai depender de você subir mais um degrau e passar a falar admiravelmente bem! Converse com nativos ou pessoas que moraram bastante tempo fora sempre que puder Já falamos sobre as diversas opções de profissionais e amigos para praticar a conversação, então não espere mais e corra achar um para você. Pensando em mais opções, você pode inclusive procurar pelos serviços de professores nativos de escolas como a English Town (pertencente à EF, uma das escolas de intercâmbio mais antigas e bem conceituadas do mundo) ou OpenEnglish. E não estranhe se esse profissional falar devagar contigo pois ele precisa checar gradualmente até onde pode “chegar” contigo, sem que você perca a capacidade de compreensão do diálogo. Imersão em Inglês Há diversas escolas que vendem cursos de imersão para um final de semana ou uma semana completa, mas eles mesmos são os primeiros a admitir que esse tipo de curso só é efetivo para alunos que estejam, pelo menos, no nível Intermediário e que não há eficácia em se fazer uma imersão se não continuar praticando inglês diariamente. Um curso desses pode custar até R$5 mil. Se você não tiver dinheiro, mas mesmo assim quiser fazer uma imersão em casa para melhorar o seu inglês, programe-se para ouvir rádios, assistir filmes de 8 a10 horas por dia e anotar as frases ou expressões diferentes para consulta posterior. Faça isso pelo máximo de dias que puder, se estiver em férias ou desempregado, dedique-se todos os dias e em todos os momentos em que não estiver participando de entrevistas. Assim você absorverá milhares de palavras, pronúncias, significados e estruturas gramaticais que usará no momento em que for falar inglês. Vire um bookwarm e leia muito em inglês Quando eu era pequena, meus professores do primário, Maria Aparecida, Maria Candelária e Sr. Levi diziam que se lêssemos bastante, automaticamente lembraríamos como escrever uma palavras (S ou Z, X ou SH, etc) e que começaríamos a criar nosso próprio estilo para falar e

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escrever, baseado naquilo que mais nos marcava ou que mais gostávamos. E tudo isso sem estudar a regras! O mesmo vale para a língua inglesa: lendo você terá mais agilidade mental, as palavras e as melhores formas de usá-las fluirão com um rio que move as águas sem esforço. Sua fala será mais natural, refinada, e você se sentirá mais e mais confortável falando inglês, mesmo que a leitura não melhore a sua pronúncia. Já pensou em Estudar ou trabalhar no exterior? Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Austrália, Irlanda, Nova Zelândia, Malta, África do Sul são ótimas opções para quem quer praticar onde realmente se fala inglês. Você vai vivenciar o cotidiano, conhecer lugares, experimentar outros hábitos culturais, histórias e fazer muitas amizades colocando o seu inglês em prática em situações reais. Vá a um aeroporto, pegue um avião, um táxi, um metrô, compre um jornal numa banca ou faça compras no mercadinho mais próximo. Vá ao cinema, à escola, ao teatro, a bares e restaurantes, museus, parques de diversão, apresentações ao ar livre. Experimente a culinária local, frequente uma igreja, engaje-se a uma entidade de Ajuda aos Necessitados. Viva a vida como eles vivem e sinta o que é ser um nativo. Muitas pessoas devem estar lendo isso e dizendo para si mesmos: “Ah, tá! Até parece que um dia vou ter dinheiro para sair do Brasil.”. Pense que o dinheiro, não necessariamente sairá do seu bolso. Pensando rápido, posso citar 7 alunos que foram enviados recentemente ao exterior por suas empresas. Um deles ficou 6 meses fora, o outro 3 meses. Já tive aluna que passou 6 meses nos Estados Unidos com tudo pago pelo Rotary Clube da cidade, outro que ganhou da FATEC um mês de hospedagem e curso em faculdade no Texas e vários casos de alunas que foram estudar e trabalhar como Au Pair (babá) com casa, refeição, escola, passeios pagos pela família, além de uma quantia em dinheiro que poderiam usar para viajar, estudar ou trazer ao Brasil no final do contrato. Aliás, duas dessas alunas estão casadas com Americanos, uma casou-se com um Europeu e uma teve ajuda da mãe dos meninos que ela cuidava, conseguiu bolsa de estudos, formou-se em Enfermagem e hoje mora e trabalha (ganhando em dólares) em New Jersey. Como podem ver, tudo é possível SE você estiver preparado(a) e se você já tiver dinheiro para viajar, só preste atenção para não se juntar a outros brasileiros no exterior e acabar não praticando inglês. Saia de manhã para trabalhar, estudar ou passear, mas fale inglês o dia todo! Promete?

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Capítulo Sete: escrever em inglês

Como já expliquei antes, escrever pode ou não ser a última habilidade que estudará, pois tudo depende de qual habilidade é mais exigida hoje na sua vida: falar ou escrever? Eu conheço médicos, dentistas, engenheiros e alguns cientistas que não se preocupam nem um pouco em falar inglês, apenas escrever no padrão mais clássico e refinado possível, pois geralmente enviam seus trabalhos científicos às revistas especializadas e se o artigo em questão for bom, bem embasado tecnicamente e com bom inglês, esse profissional pode ter o seu trabalho divulgado nas revistas científicas mais conceituadas do mundo. Então eu dedico esse último capítulo à Escrita, sem jamais afirmar que essa deva ser a última das habilidades a ser estudada, pelas razões citadas no parágrafo acima e no Capítulo Cinco. Meu parecer: há quem diga que escrever é complicado, mas há vantagens na escrita que não existe em outras formas de comunicação porque você tem tempo para escrever, corrigir, pesquisar, reler, alterar estruturas, ler de novo, pedir a opinião de outras pessoas e só liberar um parágrafo ou texto quando sentir que está bom. Com a fala já é diferente: o que sai da boca, já está no mundo e não tem volta. Ah!, mas quando falo inglês, alguns nativos me elogiam. Quando escrevo, eles não falam nada ou me corrigem. Provavelmente porque quando você tem contato “falado” com nativos, eles tentam ser gentis e incentivadores, já na escrita, significa que estão trabalhando ou estudando com você e vão exigir de você o mesmo que exigiriam de um nativo, porque nesse ponto eles não veem razão para pararem o trabalho/estudo deles para ajudar, apenas corrigi-lo para que você mostre a mesma eficiência que eles para merecer seu salário ou participação em curso. Sem dúvida a escrita é muito mais formal que a fala, e o texto precisa estar correto e seguindo as regras gramaticais e ortográficas. Uma frase mal escrita causa uma impressão ruim tanto quanto uma frase mal falada, mas a frase escrita ficará gravada para a posteridade e a frase falada, provavelmente seja esquecida em poucos dias. Mas para ser justa, há também desvantagens como, por exemplo: só ter uma chance de causar boa impressão, pois uma vez escrito, não será esquecido; a falta de expressões faciais e gestos que expliquem o estado de espírito ou o sentimento por trás da fala; ou a possibilidade de se explicar novamente, caso seu primeiro discurso não tenha sido compreendido ou precise de mais detalhes.

PRECISO ESCREVER EM INGLÊS? Não é obrigatório, uma vez que as crianças com menos de 6 anos não sabem escrever e também muitos adultos analfabetos no mundo. A questão é: você quer aprender a escrever? Quer socializar? Você quer atingir um nível em que possa escrever um email ou relatório empresarial e saber que será entendido e apreciado por outros? Quer ser capaz de escrever uma mensagem informando que o produto X não está em conformidade, explicar os problemas que ele apresentou, ou o que ocasionou o atraso na entrega para receber seu dinheiro de volta? Muitos estudantes de inglês necessitam escrever redações em inglês para a escola, ou trabalho e muitos outros simplesmente querem escrever corretamente em inglês porque estão pensando em suas carreiras no futuro e o quanto essa habilidade pode acrescentar em seus currículos. Minha dica seria para que você tentasse aprender, não para se tornar um exímio escritor, mas para preparar-se para as possibilidades futuras. Se você não quiser aprender a escrever em inglês, tudo bem. Apenas foque seus estudos em desenvolver sua compreensão auditiva, oral e leitura, mas eu garanto que aprender a escrever pode te abrir portas úteis e importantes.

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APERFEIÇOE A ESCRITA EM INGLÊS Aperfeiçoar sua habilidade de escrita em inglês consiste em atividades simples, mas nem por isso fáceis, e que devem ser observadas em qualquer nível de inglês que tenha: 1. Leia muito e observe certos padrões da escrita – você adquire mais vocabulário, noções gramaticais, ortografia e verá que certas situações se repetem. Além disso poderá usar uma construção gramatical ou uma frase que gostou em algum texto que escreva no futuro. Quanto mais você ler, melhor você escreverá. 2. Escreva sempre, todos os dias se possível, primeiro só para relatar acontecimentos do seu dia, depois para contar eventos importantes, projetos e dar sua opinião sobre determinados assuntos e gradualmente comece a ser mais exigente e crítico(a) consigo mesmo(a). A dica é sempre esperar algumas horas para reler o que fez e ser capaz de “enxergar” mais claramente os erros que possa ter cometido. Eu costumo ler em voz alta para “sentir” se as ideias estão se ligando umas as outras ou se o texto parece um Frankstein ou uma colcha de retalhos.

3. Peça que alguém corrija seu texto e lhe dê um feedback, uma explicação do que errou e quais seriam as sugestões para tornar seu texto mais compreensível e bem escrito. Depois de entender o que precisa ser melhorado, incorpore as dicas nos próximos textos que escrever. Nessa hora seria bom ter a ajuda de um professor de inglês, um falante nativo ou um amigo que tenha comprovadamente um nível muito bom de inglês. Você ficará feliz ou aliviado em saber que inclusive e principalmente escritores profissionais seguem os passos 1 e 2 e às vezes até o passo 3 para garantir que estão transferindo aos seus textos, o padrão de escrita e sentimentos que desejavam. Nem é preciso dizer que você, estudante, deverá repetir os três passos sempre. Aprecie o que escreve, goste do que escuta quando lê seu texto em voz alta, porque isso te ajudará a ter prazer e dispensar o tempo necessário para garantir a boa qualidade do seu trabalho. Comece escrevendo textos simples e conforme for melhorando, arrisque-se com textos mais complexos, e que favoreçam assuntos sobre os quais você gosta de falar. Como disse antes, não é tão complicado escrever, basta paciência, um bom nível de exigência e prática constante.

DICAS PARA ESCREVER MELHOR EM QUALQUER IDIOMA

1) Organize as ideias – não espere por inspiração divina, o normal é ter uma ideia simples, até bobinha e criar um pequeno rascunho do que quer contar e qual vai ser o fim ou conclusão da estória, depois você começa a preencher o “miolo” com as informações que levam a estória do começo até um fim coerente. Mapas mentais podem ajudar a direcionar e não perder o foco das ideias principais de situações e personagens da estória. 2) Não se detenha por falta de vocabulário ou gramática – a regra é simples: escreva primeiro sem se preocupar se escreveu a palavra

corretamente, ou se a gramática está certa, nada disso é realmente importante nesse ponto. Primeiro você põe a ideia no papel para não esquecer, depois você retorna com calma e preenche as palavras (escritas em português porque não lembrava em inglês) e pensa na melhor forma gramatical para uma determinada frase. 3) Escrever e depois organizar o texto – são raras as pessoas suficientemente treinadas para organizar todos os detalhes de um texto antes de escrever, geralmente isso acontecia na

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época da máquina de escrever, que não dava muito recurso para alterar o texto, a não ser que redatilografasse a(s) página(s) ou, usando exemplos mais atuais, quando se planeja uma estória muito longa (como o exemplo do Mapa Mental no item 1), com diversos personagens e não quer perder o controle sobre a narrativa. No geral muitos escrevem e apagam diversas vezes e sentem que não saem do lugar! Eu sugiro que escrevam o que passar pela cabeça, livre, leve e solto(a) de qualquer preocupação. Só depois de escrever vários parágrafos, ou páginas (depende da empolgação do dia), você irá parar para corrigir seus erros de vocabulário, ortografia e gramática, inverter ordem de parágrafos para deixar as ideias mais ordenadas e formatar o texto, se necessário. Eu já escrevi 9 livros e este guia será o décimo: somente em um dos casos, eu sabia previamente como o separaria. Todos os outros partiram de dias e mais dias escrevendo, relendo, alterando, relendo novamente até chegar a uma ordem que eu gostava. 4) Melhore seu vocabulário – ter mais vocabulário significa que poderá escolher a melhor palavra para cada situação e se expressar de forma mais clara e objetiva. A melhor maneira de conhecer mais palavras é ler textos de bons escritores ou jornalistas através de livros, revistas e jornais de qualidade. 5) Cuide da sua ortografia – se você nunca sabe se a palavra é escrita com “ch ou sh”, com um “m” ou dois, só posso sugerir novamente que leia muito e tenha sempre um bom dicionário a mão para consultar quando uma dúvida aparecer. Se você não sabe o abalo que erros assim podem causar à sua imagem profissional, é melhor ficar atento. Não perca a oportunidade de aprender mais consultando um dicionário sempre que puder. 6) Aperfeiçoe sua capacidade de ler e entender – todos dirão que conseguem ler, mas se eu der um mesmo texto para 10 pessoas diferentes, não só elas acabarão a leitura em tempos diferentes, mas muitas, após passarem por um questionário, terão que assumir que apesar de terem lido, não entenderam o que leram. Pessoas que praticam a leitura de qualidade diariamente conseguem ler rápido, e entender até mesmo os textos mais complexos. 7) Dê um upgrade na sua gramática – É ai que diversos “vendedores de sonhos” oferecendo cursos na internet se contradizem, pois embora gritem ao mundo que não se deve aprender gramática para aprender e falar inglês, em seus vídeos ou livros, vocês os verão ensinando gramática. Você não deve ser escravo da gramática, mas deve usá-la para “polir” sua escrita em inglês sempre que tiver uma dúvida. A gramática é um livro de referência para consultas apenas. Mas se você constantemente se sente inseguro até com as regras mais simples e não tem muito tempo, que tal usar esse corretor gramatical gratuito indicado pelas maiores revistas dos Estados Unidos?

https://goo.gl/53mWOd 8) Escreva para o leitor – Lembre-se que você não escreve para si mesmo, mas para os outros. Quem lê um relatório ou trabalho científico está esperando uma linguagem bastante formal, quem lê uma mensagem deixada na sua página do Facebook espera uma linguagem mais íntima, pois trata-se de amigos e quem segue um Blog, espera uma linguagem informal, familiar, mas nem por isso íntima. Ser capaz de se colocar no lugar do leitor é muito importante porque apesar de um texto parecer óbvio para você, pode ser que ao se colocar no papel do outro, você perceba que está faltando alguma informação ou sobrando. 9) Escreva somente sobre o que conhece – É muito difícil escrever ou falar sobre um assunto que não conhece. Lembro-me do caso de uma garota que virou comentarista de futebol e precisou estudar e ler tudo o que havia disponível sobre esse esporte porque, segundo suas palavras, “Não me julgava digna sequer de repetir as frases do teleprompter porque não entendia o que queriam dizer, por isso fui à luta, fui estudar.” Com conhecimento de causa ela emitiu suas opiniões, escreveu artigos para os grandes jornais e até integrou bancadas falando sobre o assunto. O conhecimento adquirido tornou seu texto e seu diálogo mais natural. Com você não será diferente. Se quiser falar sobre algo novo, pesquise o assunto antes para ter certeza do que vai falar.

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10) Textos têm começo, meio e fim – Ouço isso desde o ginásio (ensino fundamental II), mas não custa explicar. Se faltar o começo, o meio ou o fim, você certamente ficará com buracos tão grandes que os leitores não conseguirão entender o que tentou transmitir. Imagine uma história sem pé nem cabeça, que termina sem ninguém entender a razão das coisas terem acontecido, ou um bebê que ficou velho, sem nunca ter sido jovem ou adulto. Isso deixa a sensação de coisa mal contada, não é verdade? Novamente o mapa mental pode te ajudar a colocar as ideias em ordem e criar uma explicação lógica para cada fato: conte como uma coisa começou, explique o que aconteceu depois e dê uma conclusão. Ponto. Simples assim. 11) Quanto mais simples, melhor – Quando Jorge Amado tentava convencer sua esposa, Zélia Gatai, aos 63 anos de idade a escrever seu primeiro livro “Anarquistas Graças a Deus”, ela alegou que não tinha talento e não sabia escrever e seu marido lhe deu uma resposta bem curta: “Escreva como você fala, de forma simples e natural, como quem conta uma história a um amigo. Quanto mais simples, melhor. Sendo esposa de um dos maiores escritores brasileiros e tendo datilografado cada um dos seus livros, ela poderia optar por uma linguagem mais requintada e complexa em que o leitor seria forçado a “ler as entrelinhas” para entender o texto, mas ela ouviu os conselhos do marido e escreveu um livro leve, tão gostoso quanto ouvir as histórias de família em noite de luar. Ser simples pode transformar até textos técnicos em leitura natural e que passa o recado de forma clara. 12) Deixe o texto “descansar” por um tempo – Às vezes lemos e relemos um trecho e não gostamos da forma como escrevemos. As ideias não se conectam, a estória parece forçada ou fragmentada e nós não conseguimos enxergar isso porque na nossa cabeça, a ideia parecia muito clara. Na dúvida, use a estratégia dos escritores profissionais deixando o texto “descansar” para ver suas estórias pelos olhos dos leitores. Deixe-o guardado por pelo menos 1 dia e depois o leia novamente. Por incrível que possa parecer você o verá de forma diferente, como se outra pessoa o tivesse escrito e por isso conseguirá perceber erros e modificá-los para tornar sua leitura mais prazerosa. Você obviamente não poderá fazer isso com mensagens ou relatórios de trabalho, pois eles exigem retorno imediato ao destinatário, mas os seus textos e relatórios pessoais ou escolares podem passar por esse período de “descanso” para maximizar a qualidade final. 13) Leia em voz alta – outra forma de se colocar no lugar do leitor é ler em voz alta. Mudando o foco do escritor para o leitor, você conseguirá perceber trechos mal explicados, palavras não tão claras ou repetidas muitas vezes e até se a ideia que pretendia passar ainda está confusa e precisa de retoques.

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Conclusão Final Aprender um novo idioma é abrir uma janela para o mundo e ser capaz de enxergá-lo por uma nova perspectiva, novas palavras, novas culturas. Infelizmente o mundo está cada vez mais dinâmico e a maioria das pessoas não tem mais tempo ou disposição para estudar em horários pré-estabelecidos ou em turmas que às vezes seguram a velocidade do seu aprendizado. Aos que conseguem a proeza de participar de aulas presenciais, por reorganizarem suas agendas ou porque preferem socializar com outras pessoas ou ter alguém que os incentive e cobre resultados; meus mais sinceros parabéns! Àqueles que moram em grandes centros, tem horários não convencionais de trabalho ou preferem seguir um ritmo próprio de estudos, minha dica é seguir esse Guia a risca e quando chegar a um nível intermediário ou avançado, contrate um profissional ou escola de idiomas que consiga fazer aflorar todo o seu potencial. E a todos, peço que se lembrem: aprender idiomas é uma jornada pessoal, que terá resultados brilhantes ou medíocres, dependendo do esforço pessoal de cada um. Foi isso que aprendi estudando inglês, espanhol, e até português e que tentei passar para você leitor aqui no guia: APRENDA OU ACELERE SEU INGLÊS AGORA! Eu espero que goste e aprenda muito com esse guia. Qualquer dúvida, comentário, crítica construtiva, sugestão, reclamação, enfim, qualquer coisa, basta me contatar através do e-mail [email protected], e terei o maior prazer em responder! Por fim, caso queira conhecer mais do trabalho da Equipe Managed English, você pode visitar nossos sites e canais: SITE – http://www.managedenglish.com BLOG – http://managedenglish.blogspot.com.br/ YOUTUBE – https://www.youtube.com/managedenglish

FACEBOOK – https://www.facebook.com/managedenglish.school/ LINKEDIN – https://www.linkedin.com/company/managed-english-ensino-de-idiomas TWITTER – https://twitter.com/managedenglish Um abraço apertado e ótimos estudos! Vania Salvador Below

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Testes de Lógica

Resultados para os testes acima no final desta página. Somente leia as respostas após solucionar todos eles. Mais testes de Lógica:

Simples: http://goo.gl/zZvQYl

http://goo.gl/ge7XQ6

Médio - http://goo.gl/eQyv2Z

Difícil: http://goo.gl/C6ETa3

Muito Difícil: http://goo.gl/x8GT0m

Teste de Quoeficiente de Inteligência – QI Infelizmente não achei nenhum teste gratuito confiável, mas esse teste custa apenas R$18,00, e vale a pena para entender se você está na média dos brasileiros (90 pontos) ou mais. Vale a pena para colocar a cabeça para funcionar.

http://goo.gl/mLGeKz

3+1=24

5+2=37

7+2=59

8+1=79

7+5=212

15+3=1218

Encontre a lógica

2 1 4 3 6 5 8 7 (?)

Quantos quadrados você vê?

Qual número deve substituir

o ponto de interrogação?

quadrados você vê?

1) Quantos quadrados você vê? Resposta: 7

2) Encontre a lógica. Subtraia o segundo número do primeiro. Exemplo 3-1=2. Depois some o primeiro e o segundo números

3+1=4. Os resultados do primeiro e do segundo cálculos serão a resposta: 24.

3) Qual número deve substituir o ponto de interrogação? Resposta: 10 é o número que substitui o ponto de interrogação. Divida

os números em pares 2-1 / 4-3 / 6-5 / 8-7. Leia os pares ao contrário 1-2 / 3-4... Eles estão formando uma sequência, apenas

invertendo os dois pares de posição. Se os próximos números são 10-9, podemos presumir que 10 é o próximo número.