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Page 1: Resumo · com o Minotauro, ou seja, com o governo 2 que detém as informações de receitas e despesas detalhadas, ... 1 Reveja essa mitologia grega no endereço:

Controle Social dos Recursos Educacionais Públicos: a transparência colocada no labirinto de Minotauro1

Resumo

Esta reflexão aborda as possibilidades e os limites da sociedade contemporânea em acompanhar e controlar a gestão dos recursos educacionais. Levantaram-se os determinantes que induziram às normatizações do Controle Social pelo Cidadão e os caminhos abertos para que isso ocorra. Constatou-se que as informações no Portal da Transparência de MS são fragmentadas e insuficientes e que é preciso uma força tarefa para trabalhar os limites da informação, por meio de uma tecnologia que funcione como um motor de busca dinâmica para agilizar o processo de localização dos dados, e um construtor de relatórios personalizados. Por fim, é preciso que os princípios democráticos conduzam o executivo de que são tempos novos e a sociedade está a exigir novas formas de administrar as finanças públicas. Palavras-chave: Controle Social. Finanças Públicas. Tecnologia de Acesso.

Introdução

Este estudo trata das possibilidades e limites que a sociedade contemporânea tem em

acompanhar, controlar e compreender a gestão dos recursos educacionais. A compreensão

dessa complexidade nos leva a uma releitura “Labirinto de Creta do Minotauro”, pois a

transparência está sob o poder do Minotauro. É preciso chegar até ele e superá-lo com os

vários fios de Ariadne, utilizando-se das normatizações e da tecnologia, criados pelos vários

arquitetos do saber, os chamados Dédalos, acompanhados da força e coragem dos Teseus,

hoje disponíveis e prontos para tornar o labirinto do Minotauro habitável para todos.

A situação do controle social na contemporaneidade

O que controlar, acompanhar, entender e contribuir na otimização de recursos está

com o Minotauro, ou seja, com o governo2 que detém as informações de receitas e despesas

detalhadas, as quais não estão disponíveis, como veremos mais adiante. As constituições

Federal de 1988 e a Estadual de 1989 são um dos fios de Ariadne que nos permite a entrada

neste labirinto.

1 Reveja essa mitologia grega no endereço: http://pt.wikipedia.org/wiki/Minotauro 2 Por governo entende-se todos os profissionais envolvidos na máquina pública.

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O preâmbulo da Constituição Federal de 1988 traz a grandeza do povo brasileiro que

institui um Estado democrático que assegura “os direitos sociais e individuais, a liberdade, a

segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de

uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos [...]”.

Esse texto é ratificado pelo preâmbulo da Constituição Estadual de Mato Grosso do

Sul de 1989, acrescido do compromisso em assegurar a autonomia municipal, o acesso de

todos à educação, à saúde e à cultura, condições essas para promover o desenvolvimento

econômico “subordinado aos interesses humanos, visando à justiça social para o

estabelecimento definitivo da democracia”.

No entanto, estamos encerrados no Labirinto de Creta, o Monstro, ainda vivo, que

nesta alegoria do séc. XXI organiza e vigia os direitos do povo com severidade, comprimindo

nos compartimentos de sua casa de trabalho parte das informações que detalhariam, e

desvelariam, a gestão dos recursos educacionais a todos os estudiosos do assunto e à

sociedade em geral. Ocorre que no Labirinto também estão muitos Dédalos e Teseus, que

estão com vários fios de Ariadne e muita força e sabedoria para chegar até o Minotauro, que

hoje já tem em seus princípios a democracia, ficando mais fácil adentrar nos compartimentos

em que estão várias partes da transparência e, então, libertar as informações, abrindo vários

links e torná-las acessíveis e passíveis de serem lidas, refletidas e retiradas para a objetividade

do conhecimento, à luz da ciência. Como assim? Dédalos, Teseus, novelos e linhas são, hoje,

a tecnologia que, se alimentada de informações, proporciona as condições de se adentrar no

mundo da chamada transparência.

Quando o assunto em pauta é transparência na execução dos serviços públicos, muito

se questiona sobre a qualidade da informação acerca desses serviços que hoje é

disponibilizada à sociedade. A legislação vigente garante à população direito de acesso à

informação, entretanto, os instrumentos utilizados para disponibilizar os dados não

conseguem realizar essa tarefa com eficiência.

Aqui, a expressão qualidade é empregada num contexto de magnitude, ou seja, tão

maior será a qualidade da informação quanto o nível de detalhamento e clareza empregados

na sua organização. Muito embora a tecnologia seja uma ferramenta de extremo potencial e,

atualmente, seja utilizada na disponibilização das informações à sociedade, vemos quão

fragilizada está a qualidade dessa informação.

Nesse cenário, somo induzidos a pensar numa intencionalidade por parte dos

detentores da informação em garantir que os microaspectos da utilização dos recursos

públicos não sejam revelados e cheguem à luz do conhecimento de todos.

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Para confrontar as afirmações acima, elegemos o Portal da Transparência do

Governo do Estado de Mato Grosso do Sul (www.portaldatransparencia.ms.gov.br) para

servir de palco à nossa análise dos mecanismos utilizados para disponibilizar informações

orçamentárias à população de modo geral. Não há qualquer intenção em invalidar a proposta

na qual o portal foi forjado, mas sim desmistificar a ideia de que a transparência acontece com

excelência neste veículo de divulgação.

Na capa do site quase somos convencidos de utilizar um sistema completo. Tem uma

ligeira apresentação do portal com informações referente à sua utilização e como os dados

foram agrupados. Possui um menu horizontal superior com links que permitem a navegação

em algumas páginas internas e outros que direcionam para o ambiente externo. Também conta

com um menu vertical disposto no canto esquerdo da página, que facilita o acesso às

informações específicas de cada segmento.

Pronto, entramos no Labirinto de Creta e vamos conhecer o que temos lá de

informação, mas devemos estar preparados para uma jornada mitológica em busca da

transparência. Para tornar mais pontual a análise, serão observadas as informações

relacionadas ao tema educação.

Começamos nossa análise a partir da busca pela informação do responsável pelo

Gerenciamento do Portal da Transparência. Por ser uma informação elementar, a mesma

poderia estar disposta de maneira mais acessível. Para obter esta informação é necessário

acionar um link que direciona o usuário para outra página, onde este questionamento é

respondido entre várias outras perguntas.

Na página Receitas são lançadas as arrecadações, em nível de categoria econômica,

dos tributos estaduais e demais receitas realizadas pelo Tesouro Estadual, assim como pelas

Autarquias, Fundações e Fundos que possuem receita própria. Com estes recursos o Estado,

por meio de seus órgãos e entidades, realiza ações e serviços públicos, investimentos e o

custeio da máquina pública.

A Secretaria de Estado de Educação aparece relacionada como órgão arrecadador,

entretanto, a única arrecadação registrada entre os anos 2011 e 2014 se refere ao valor de

R$402,05, no mês de agosto de 2012, alusivo à Receita Patrimonial – Remuneração de

Depósitos Bancários. A quem possa interessar, e considerando a premissa de que a

transparência é para todos, essa informação é minimamente detalhada, haja vista a omissão da

origem e destino do recurso. Um aspecto que causa certa estranheza se deve ao fato de não

haver qualquer outro registro de arrecadação desse órgão em outras datas. Seria esse um

registro equivocado, ou essa receita foi omitida em outras datas?

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Na página despesas são fornecidas informações sobre os gastos realizados pelos

órgãos e entidades estaduais em decorrência dos pagamentos para servidores públicos e

fornecedores de materiais, serviços e obras, deduzidos, quando for o caso, os impostos e

contribuições exigidos pela legislação.

Os registros nesta página são datados desde maio de 2010. A Secretaria de Estado de

Educação, entre os outros órgãos relacionados, apresenta números de despesas que alcançam

o valor de centena de milhões de Reais.

Entre as despesas discriminadas, aquela que mais onera o Tesouro do Estado é a

folha de pagamento dos servidores, com valores registados na casa da dezena de milhões de

reais. Esses números não tem o significado puramente monetário, pois se relacionam a outras

quantidades que não tiveram a mesmo trato no Portal da Transparência como, por exemplo, o

quantitativo de profissionais envolvidos na folha; ou até mesmo o quantitativo por origem de

lotação. Enfim, qual a identidade dessa folha? Quem são os profissionais que atendem a

educação? Quantos estão na ativa? Quantos estão de licença saúde? Quantos estão cedidos e

para onde? É, a transparência é trabalhosa.

Na página Contratos estão informadas as contratações referentes às aquisições de

materiais, serviços e obras por parte dos órgãos e entidades estaduais.

A Secretaria de Estado de Educação detém vários contratos com empresas dos mais

diferentes ramos de atividade, como por exemplo, o contrato n. 1.947 celebrado com a

empresa C3 Engenharia Eireli, no período de 26 de julho de 2013 a 28 de janeiro de 2014,

cujo objeto é a construção de cobertura de quadra esportiva na Escola Estadual Dr. Miguel

Marcondes Armando, no Município de Ponta Porã/MS.

As informações prestadas no Portal da Transparência referente a esse contrato, como

todos os demais, remontam a ideia basilar da insuficiência e precariedade do sistema de

informação. O usuário é limitado na possibilidade de acompanhar a execução do serviço pois

as informações são inconclusivas. Não são detalhados os dados da empresa, senão o nome,

tampouco se o serviço foi executado conforme condições do contrato. Faltam informações do

público beneficiado, bem como os atestados emitidos pelos órgãos fiscalizadores de obras.

Informação de possíveis atrasos ou cumprimento de prazos não são apresentados, como

também se a empresa licitante executou o serviço ou terceirizou a obra.

Tantas outras atividades divulgadas nesse Portal apresentam as mesmas deficiências.

Ao que vemos, o Portal da Transparência do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul é

mais eficaz na promoção da opacidade das informações, haja vista a adoção de uma estratégia

de divulgação voltada aos macroaspectos do serviço público.

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Como dito anteriormente, não há de se desconsiderar o potencial da ferramenta

tecnológica na disponibilização das informações à sociedade lá no Labirinto de Creta. É

necessária a implementação dessa ferramenta para que sua aplicação seja eficiente nessa

tarefa.

A proposta que se faz remete à organização dos dados com o olhar na perspectiva

dos microaspectos do serviço público. Nesse sentido, deverão ser valorizadas as informações

qualitativas de cada processo; destacar o “como” ao invés do só “quanto”; construir o dado

final por meio do detalhamento de cada procedimento.

A partir dessa ótica, deverá ser implantado um motor de busca dinâmica e uma

ferramenta de construção de relatórios personalizados, onde cada usuário terá acesso àquela

informação que lhe seja conveniente.

Um motor de busca dinâmica permite localizar mais rapidamente qualquer

informação que esteja associada às palavras-chave indicadas pelo usuário. Com isso, a

expressão ganhar pelo cansaço não terá significado nesses Portais. Diferente do que é hoje,

onde o usuário é vencido pelo cansaço e desiste da busca pela informação após muito tempo

de procura sem êxito.

A ferramenta de construção de relatórios personalizados será a verdadeira Espada de

Egeu entregue aos usuários que entrarem no Labirinto de Creta. A ideia dos “Dédalos e

Teseus” é tornar o usuário construtor da informação, mas o Minotauro precisa permitir. Para

isso, todos os dados relacionados aos micro e macroaspectos dos serviços públicos deverão

estar disponibilizados no Portal. Essa ferramenta possibilitará ao usuário o agrupamento

desses dados da maneira mais conveniente e necessária à compreensão.

Cabe aqui um questionamento: por que lutar pela transparência posta nos discursos

governamentais?

Silva, 2011, Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Regional da União na

Bahia explica que nas últimas décadas os estudiosos das ciências políticas e sociais apontam a

necessidade de mudanças no relacionamento entre sociedade civil e o setor público para a

melhoria da participação social e uma forma de elevar a adequação e a qualidade na aplicação

dos recursos públicos. Segundo ele,

Essa participação social no controle das políticas públicas é o que se costumou chamar, desde a década de 90, de controle social. O maior controle da sociedade sobre o estado e seus gestores é sempre visto como a forma de tornar o gasto público mais justo e compatível com os padrões democráticos. Por outro lado, essa elevação da participação social não pode resultar na imobilização das políticas públicas, porém, deve propiciar uma utilização mais racional, eficiente, transparente, regular e compatível com o esforço de submissão da sociedade à tributação imposta pelo Estado (SILVA, 2011, p.43).

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A questão é ter o caminho da participação nos moldes da fala de Silva. A análise do

Portal do Governo vista anteriormente, mostra que ninguém consegue ler as escassas

informações e em linguagem numérica do Balanço, fragmentada e que é preciso que a

sociedade inteira tenha formação em contabilidade pública e se especialize em auditoria. A

força em buscar transparência está no processo histórico de luta pelo estabelecimento de

recursos vinculados para a educação, da elaboração da Constituição Federal de 1988(CF/88),

considerada cidadã dado a determinação de direitos e proteção do povo brasileiro em relação

às injustiças e acesso à educação por meio da elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional. Pois, a luta foi e continua sendo vagarosa, chegando em 2014, com a

esperança de recursos novos por meio das determinações do novo PNE, Lei 13.005/2014 e o

cinturão de proteção dos recursos públicos, clamando a sociedade para o controle.

Por quais razões o Minotauro não abre mão do controle dos recursos educacionais de

forma democrática e transparente? O entendimento carece do conhecimento das informações

e análises por meio da ciência dos fatos que se seguem.

Primordialmente chamar a atenção para o fato de que o financiamento da educação

está determinado pela Constituição Federal de 1988 nos artigos 212 e 60 do Ato das

Disposições Transitórias. Eles orientam as competências e responsabilidades das esferas do

governo para o financiamento das necessidades estruturais, materiais, humanas, tecnológicas da

educação, determinando que a União aplique, anualmente, nunca menos de 18% e os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios, 25%, no mínimo, da receita resultante de impostos próprios e

transferidos, na Manutenção e Desenvolvimento de Ensino. Além disso, o mesmo artigo

determina que os programas suplementares de alimentação e de assistência à saúde do educando

no ensino fundamental sejam financiados com recursos de contribuições sociais como o salário-

educação e outros recursos suplementares.

Na década de 1990, o Ministro da Educação à época, é chamado em Nova Delhi a

pensar em políticas de universalização do Ensino Fundamental. No intuito de respaldar o

compromisso brasileiro assumido de universalizar a etapa do Ensino Fundamental. Assim, ele

conduz a produção do Plano Decenal de Educação para Todos (l993-2003), assim como a

Emenda Constitucional nº 14/96 (Lei Federal nº 9.424/96), que modifica o financiamento,

criando o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do

Magistério (FUNDEF), uma alteração de grande relevância para o ensino fundamental porque

redireciona para esse nível de ensino pelo menos 60% até 2006 do percentual constitucional

mínimo de 25% de impostos no Ensino Fundamental.

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Esgotado o tempo estabelecido para a política de financiamento da educação por meio

do FUNDEF é criado, oficialmente, por meio da Emenda CF/88 nº 53 o FUNDEB – Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da

Educação - FUNDEB. O propósito é universalizar a Educação Básica e valorizar os

profissionais da educação e melhorar a qualidade da Educação Básica.

Quando os recursos do FUNDEB em determinada região, não cobrirem o mínimo

definido nacionalmente, a cada ano, o Governo Federal complementa com recursos federais. A

esse respeito está em elaboração valores ampliados por meio do Custo Aluno-Qualidade Inicial

(CAQi), que já faz parte das estratégias do Plano Nacional de Educação, Lei nº 13.005/2014

com prazo de dois anos para implantação. Essa proposta, segundo Marcelino Pinto (2010)3,

acaba com as disparidades entre os valores investidos por estudante entre os estados da

federação. Ela propicia condições mínimas de infraestrutura e recursos humanos para que as

escolas tenham condições de oferecer uma Educação satisfatória. Os estados e municípios

devem, ainda, destinar 15% das demais receitas de impostos e transferências não incluídas no

FUNDEB na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental e aplicar o mínimo de 25%

dos impostos e transferências em toda educação.

Neste momento, o financiamento da educação brasileira ganha, progressivamente,

recursos novos significativos por meio da Meta 20 do Plano Nacional de Educação PNE (Lei nº

13.005/2014), e determina a ampliação do investimento público em educação pública de forma

a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País

no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do

PIB ao final do decênio.

Cabe ressaltar que o valor de 10% do PIB não será investido integralmente em

educação pública de atendimento direto. O parágrafo 5° do artigo 5° do PNE prevê a

contabilização como investimento em educação pública dos recursos destinados às parcerias

público-privadas, como o Prouni (Programa Universidade para Todos), Fies (Financiamento

Estudantil), Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) e

convênios com creches e pré-escolas privadas.

As orientações de aplicação desses recursos estão em um dos fios de Ariadne, os

artigos 70 e 71 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/1996, os quais

definem o que se considera e o que não se considera gastos em manutenção e desenvolvimento

3 Entrevista disponível em: http://revistaescolapublica.uol.com.br/textos/25/o-valor-da-educacao-255576-1.asp

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de ensino. Esse conhecimento da lei é de grande relevância para o acompanhamento e controle

dos recursos educacionais.

Não se pode deixar de considerar que o financiamento da educação é pensado desde

o Brasil Colonial, passa pelo Império e chega até a República de forma incipiente e não se

viabiliza até a vigência da Constituição Federal de 1924, a não ser por reduzidos valores

financeiros beneficiando uma pequena elite de forma precária.

A década de 1930 vira palco de vários movimentos educacionais, destacando-se o

Manifesto dos Pioneiros, em que seus defensores definiram como princípio, dentre outros, a

gratuidade da educação como responsabilidade ao Estado. É criado o “fundo especial ou

escolar” para o financiamento da educação e promoção de sua autonomia (MANIFESTO

DOS PIONEIROS, apud: GHIRALDELLI, 1994, p. 64).

A partir da Constituição Federal de 1934, artigo 156, é contemplada a vinculação de

percentuais de recursos na manutenção e no desenvolvimento dos sistemas educativos, “a

União e os Municípios aplicarão nunca menos de dez por cento, e os Estados e o Distrito

Federal nunca menos de vinte por cento, da renda resultante dos impostos”, exatamente no

momento em que: houve mudanças no eixo da produção econômica, conforme afirma

Andreotti, 2006:

Em virtude da transição do modelo econômico agroexportador para o de produção industrial. Essas mudanças favoreceram o desenvolvimento de algumas regiões do país, que acompanharam o incremento do processo de industrialização e as consequentes transformações urbanas. Essa recente modernização capitalista no Brasil trouxe a expansão de novas camadas sociais e abriu possibilidades de mobilidade social na estrutura de classes da sociedade brasileira, com a ampliação do mercado de trabalho e do mercado consumidor. (ANDREOTTI, 2006, p.102).

Entre os anos de 1930 e 1970, o financiamento da educação no Brasil mais parece

brincadeira de criança, um verdadeiro entra e sai. No período ditatorial, o financiamento na

forma da lei é suprimido na Constituição de 1937, todavia, é restituído na Constituição de

1946. Outra supressão do financiamento da educação ocorre na Constituição de 1967, e é

retomado na Constituição de 1969. Nesse meio tempo, é regulamentada a competência da

União em legislar sobre as diretrizes e bases da educação nacional, o que resultou na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1961.

Em 1964, cabe atenção para a entrada de dinheiro novo na educação, denominado

salário educação, específico para o Ensino Fundamental, como é hoje denominado. Romualdo

Oliveira, 2001, explica que o salário educação tem suas raízes em 1934, mas tornou-se efetivo

a partir de regulamentação da Lei nº 4.440/1964 e do Decreto-Lei nº 5.555/65, sofrendo, no

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tempo, sucessivas modificações. Castro (2001) afirma que essa determinação é corroborada

pela LDB/96, em seu art. 68, inciso III, e pela Lei do FUNDEF nº 9.424, art. 15.

De 1970 a 1973, na Lei de Ensino nº 5.692/71 e no Decreto nº 72.495/73, que se vai

vivenciar a política na ótica do financiamento da educação. São estabelecidas normas para

concessão de amparo técnico e financeiro mediante recursos do Fundo Nacional de

Desenvolvimento Educacional – FNDE, onde o contexto era formação técnica (CUNHA, 2001,

p. 324).

Novos movimentos se iniciam na busca de se consolidar uma nova Constituição no

País. No plano educacional, Cestari (1997) mostra que os anos 80 iniciam-se com a

constituição da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação - ANPEd,

criada em 1977, do Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES, em 1978, e

Associação Nacional de Educação - ANDE, criada em 1979. A autora esclarece a realização

da IV Conferência Brasileira de Educação - (CBE), realizada em 1986 em Goiânia,

objetivando configurar na Constituição nova:

[...] a educação gratuita e laica nos estabelecimentos públicos de ensino e em todos os níveis; ensino fundamental e obrigatório com oito anos de duração; funcionamento autônomo e democrático das universidades; recursos públicos destinados exclusivamente às escolas públicas; garantia pelo Estado à sociedade civil do controle da execução da política educacional em todos os níveis, através de organismos colegiados democraticamente construídos (CESTARI, 1997, p.817).

A intensa movimentação da sociedade civil resulta, em 1986, na convocação da

“Assembleia Constituinte”, e nos anos de 1987 e 1988 é pensada uma nova Constituição com

ampla discussão no âmbito político e participação popular, pois o clima era de ânimo para a

redemocratização do País, sendo promulgada em 1988. Nesse momento, o discurso de Ulisses

Guimarães prestigia o poder do cidadão enquanto agente de fiscalização do poder público:

Os cidadãos são poderosos e vigilantes agentes de fiscalização, a ser exercida por meio do mandato de segurança coletivo. E tem direito de receber informações dos órgãos públicos; da prerrogativa de petição aos poderes públicos, em defesa dos direitos contra a ilegalidade ou abuso de poder [...] (SENADO, 2008, p.2).

A partir da V Conferência Brasileira de Educação, realizada em agosto de 1988, em

Brasília, encaminha-se propostas para a elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, por meio da “Declaração de Brasília”, propõe “como eixo a universalização do

ensino fundamental e a organização de um Sistema Nacional de Educação” (CESTARI,

1997).

Até a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases Nacional, em 1996, dez anos se

passaram, com muitos embates e conflitos, passando pelo Governo de Sarney, Collor, Itamar,

chegando ao Governo de Fernando Henrique, completamente diferente da trajetória iniciada;

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o Projeto defendido é outro apresentado pelo senador Darcy Ribeiro. As discussões

continuam, outros projetos substitutivos são apresentados e Darcy Ribeiro consegue aprovar o

seu, com alterações em dezembro de 1996 (CESTARI, 1997, p. 818 a 823).

Determinantes que induzem a abertura do Controle Social pela sociedade

Nesse caminhar é possível inferir os determinantes que abrem espaço e convocam a

sociedade para acompanhar, controlar e interferir no processo de gestão pública,

proporcionando a ela vários fios de Ariadne para que os Dédalos e Teseus, que se encontram

no Labirinto de Creta, possam ajudar o Minotauro a mudar radicalmente a sua forma de expor

as receitas e aplicação nos diversos segmentos de forma clara e na linguagem da sociedade

civil interessada em entender o mundo das verbas públicas.

Verifica-se até aqui, que o estabelecimento dos recursos educacionais é fruto de

muita luta e de grande espaço de tempo na história. Até o presente momento, os recursos da

educação são extremamente escassos, permitiu o acesso à maioria das crianças e adolescentes,

mas em uma organização didática obsoleta para o nosso tempo. A escola precisa acertar o

passo com o século XXI, a estrutura didática segue o mesmo pensamento que a originou no

século XVII, quando Comênio, inspirado na manufatura, avançando o seu tempo, cria a arte

de ensinar tudo a todos, o manual didático, hoje, livro didático, portador de conhecimentos

fragmentados que não levam os alunos a pensarem. (Alves, 2001, p. 172 a 176).

A deterioração dessa escola comeniana está posta na Revista Sistema de Avaliação

da Educação da Rede Pública de Mato Grosso do Sul - SAEMS/2012, em que os alunos de 1º

ano do Ensino Médio, naquele ano, alcançaram proficiência média de 265,0 no Desempenho

em Matemática, e 258,9 em Língua Portuguesa, em uma escala de zero a quinhentos,

classificado como padrão de desempenho crítico em todo o Estado de Mato Grosso do Sul.

Além da escassez de recursos e uma escola em estado de falência, outros

determinantes que induz o governo a clamar pelo controle social das verbas públicas é a

imoralidade presente em todos os rincões brasileiros e a educação tem recursos certos,

vinculados, presa muito cobiçada pelos corruptos e, também, a necessidade de constante

adequações e ajustes na política de gestão de forma participativa.

Silva, 2011esclarece:

É importante deixar claro que a necessidade da discussão em torno do tema controle social se torna necessária, não somente por causa do nível elevado de corrupção persistente no Brasil, mas fundamentalmente a fim de garantir que dentro do ciclo de gestão existam elementos e dispositivos os quais propiciem os adequados ajustes nas políticas públicas para uma aplicação mais eficiente e transparente dos recursos

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públicos, viabilizando desenvolvimento e elevando a qualidade de vida para toda população (SILVA, 2011, p.44)

A par desses determinantes históricos elencados, que criaram a necessidade do

governo federal clamar por controle social na aplicação eficiente dos recursos conforme

explica Silva, logo acima, está o risco de o Brasil entrar em uma recessão econômica.

Quando isso ocorre, a educação padece com redução de seus recursos, pois advém da

receita de impostos, a primeira a mostrar queda no desenvolvimento do país. David Carvalho

e André Carvalho (2012) explica que dada a crise financeira norte-americana que se alastrou

para a economia global, em 2007 a 2009, levou o mundo a uma profunda recessão que já dura

quase quatro anos. Entre 2009-2011, a queda do crescimento do produto nacional bruto da

economia global atingiu níveis alcançados no começo da Grande Depressão. De acordo com

os autores “não poderá ser descartado o risco da possibilidade da recessão se transformar em

uma depressão em escala mundial”. (CARVALHO E CARVALHO, 2012, p.19 a 21).

Condições legais para a realização do Controle Social das contas públicas

Para abrir caminhos para que se adentre ao Labirinto de Creta, o primeiro deles é a

Lei Complementar nº 101 de 2000, de Responsabilidade Fiscal, em que os artigos 48, 48-A e

49 definem todas as obrigações dos governos em relação à transparência dos instrumentos da

gestão fiscal como: “os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de

contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o

Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos”. Dentre os incisos,

o II do Parágrafo único do artigo 48 regulamenta a obrigatoriedade da liberação ao pleno

conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações

pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso

público, esta sentença inclui a Lei Complementar nº 131, de 2009 que inova no conceito.

Outra forma de abrir as portas para o controle social dos recursos da educação foi a

exigência do Conselho do FUNDEB por meio da Lei nº 11.494 de 2007. Caso o governante

renuncie da instituição de Conselho, fica impedido de receber verbas de repasse federal. Essa

lei regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de

Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB e reserva o capítulo VI regulamentar

o acompanhamento, o controle social, comprovação e fiscalização dos recursos. O art. 24

institui os conselhos no âmbito das quatro esferas de governo, cria critérios de composição e

define suas funções e poderes de fiscalização, os quais são poderosos.

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A criação desses conselhos é inquestionável, mas as pesquisas mostram que a

constituição desses conselhos pesam para o lado do executivo, ficando impedido de realizar

cobranças e denúncias. Martins e Filgueiras, 2011, explicam que em relação às reuniões

mensais não se pode afirmar que há participação efetiva para a formulação de políticas e

controle em execução. Nos casos que somente a administração direta fornece os dados,

constata-se que os conselheiros apenas ratificam o proposto pelo poder público. Segundo eles:

É certo que as informações prestadas pelas Secretarias são essenciais. Afinal, é esta documentação que deverá ser julgada. No entanto, percebemos que, quando não há uma integração entre o conselho e as informações vindas da própria sociedade, através dos próprios conselheiros ou de órgãos de fiscalização como a Defensoria Pública e o MP, a qualidade do resultado deste tipo de controle fica prejudicada (MARTINS E FILGUEIRAS, 2011, p.105).

Observa-se que os autores detectaram fragilidades em relação aos conselhos que

precisam ser superadas para que o processo de acompanhamento e controle de fato ocorra.

Outro fio de Ariadne é o direito constitucional de acesso às informações públicas,

posto por meio da Lei nº 12.527 de 2011, em vigor a partir de 16 de maio de 2012. Essa lei

cria possibilidades para que o cidadão na esfera física ou jurídica, dos três poderes da União,

Estados, Distrito Federal e Municípios, incluindo os Tribunais de Contas e Ministério Público

receba informações sem necessidade de apresentar motivo, dos órgãos e entidades. Entidades

privadas sem fins lucrativos também são obrigadas a dar publicidade a informações referentes

ao recebimento e à destinação dos recursos públicos por elas recebidos (Parágrafo único do

art. 1º). O inciso II do Art.6º elenca as exceções para disponibilidade que circula no âmbito de

informações sigilosas. O inciso I do art. 9º orienta “a criação de serviço de informações ao

cidadão, nos órgãos e entidades do poder público, em local com condições apropriadas”, e

detalha a organização.

Não se pode deixar de considerar uma abertura para controle, a Ouvidoria. Eliana

Pinto, 2011, explica que esse instrumento tem origem na Suécia em 1806, denominado

ombudsman, “um meio de defesa dos cidadãos contra o abuso de poder e é caracterizado pela

acessibilidade, pela informalidade e pela gratuidade”. Segundo ela, no Brasil o serviço de

Ouvidor vem desde 1650, portanto período colonial, quando essa função representava o Rei

na distribuição da justiça (PINTO, 2011, p.34).

Para Pinto, a ouvidoria,

Não é apenas servir de canal (conduíte). A agregação e análise das reclamações recebidas devem servir de base para dois procedimentos importantes: informar a estrutura gerencial do organismo sobre a incidência de problemas, servindo como indutor de mudanças estruturais, e informar ao público sobre as mudanças introduzidas na estrutura como resultado da atividade (PINTO, 2011, p.35).

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Dessa forma, a Ouvidoria faz parte das ferramentas que permitirão transitar no

Labirinto de Creta com mais facilidade e compreensão dos problemas aos quais os cidadãos

precisam entender e buscar soluções.

Por fim, cabe uma fala sobre o controle interno e externo da Administração Pública.

O interno é exercido por essa própria Secretaria por meio do órgão do Sistema de Controle

Interno do Poder Executivo, no caso de MS, a Auditoria-Geral do Estado. A externa exercida

pelo Tribunal de Contas do Estado de MS.

A Auditoria-Geral do Estado foi instituída em 1979 e pertence à estrutura da

Secretaria de Estado da Fazenda de Mato Grosso do Sul. Sua função está expressa na Missão

posta no site da Secretaria da Fazenda do estado de MS, afirmando ser a de “Orientar e

acompanhar a gestão orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos e entidade do

Poder Executivo, buscando o equilíbrio fiscal para o desenvolvimento das ações

governamentais”.

Portanto, o cidadão que buscará o controle social do Governo de MS tem mais esse

órgão para a busca de informações, uma vez que ela acompanha com a prevenção no

cumprimento das metas do Plano Plurianual.

O controle externo está a cargo da Assembleia Legislativa, no caso do Estado com o

auxílio dos Tribunais de Contas. Pinto, 2011, explica que os tribunais de contas, “tem a

função de zelar, em nome da sociedade, pela prevalência do interesse público em todas as

ações de governo, sejam elas executadas pelo aparelho estatal ou por organizações não

governamentais” (PINTO, 2011, p.32).

A leitura dos relatórios do Tribunal de Contas do Estado do MS, disponíveis no site,

também não permite a compreensão das contas públicas por serem superficiais. De forma que

são órgãos que junto ao governo deverão alterar a forma do relato da conferência das contas

públicas para fazerem parte das instâncias que vão clarear para o cidadão comum as receitas e

despesas do governo.

Considerações Finais

A reflexão das possibilidades e limites que a sociedade, neste momento da história,

tem em acompanhar, controlar e compreender a gestão dos recursos educacionais mostrou que

estamos em um estágio muito preliminar desse exercício de cidadania.

Porém, a alegoria posta do Labirinto de Creta deixa claro que o executivo sozinho

não tem como abrir o Labirinto, mas tem que dar o primeiro passo, evidentemente que não

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fará sem que se cheguem até ele, a sociedade organizada, os funcionários que detém o poder

intelectual de acionar a tecnologia e de alimentá-la e uma organização central de informações,

dividida nas diversas áreas de ações.

Vimos que as ordens oficiais dadas pelas normatizações estão muito avançadas e nos

permitem adentrar no Labirinto de Creta, estas são as possibilidades, mas nos faltam os fios

de Ariadne para nos guiar. É preciso, no estágio que se encontra a transparência no Estado de

Mato Grosso do Sul, uma força tarefa para trabalhar os limites da informação. A proposta foi

feita, qual seja a implementação do Portal da Transparência do Governo do Estado de Mato

Grosso do Sul com um motor de busca dinâmica para agilizar o processo de localização dos

dados, e um construtor de relatórios personalizados que possibilitará a cada usuário se tornar

agente ativo no processo de construção da informação. Por fim, é mister a democracia

convencer o executivo de que são tempos novos e a sociedade está a exigir novas formas de

administrar as finanças públicas.

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