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o ctccnce ferriforial daLegislação Ambiental

no Estado,do Maranhão

MODELO NUMÉRICO DE ELEVAÇÃO REALÇADODO ESTADO DO MARANHÃO

·~a ..Monitoramento por Satélite

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Alcance Territorial da Legisl~ção Amblental

Qual a disponibilidade de terras para ampliar aprodução de alimentos e. energia, para' a reformaagrária, para o. crescimento das cidades e ainstalação de obras de infra-estrutura no Maranhão?Para o cidadão comum, o Estado tem muita áreadisponível. Na realidade, não. Segundo pesquisarealizada pela Embrapa Monitoramento por Satélite, arigor, em termos legais, apenas 37% do Maranhãoseriam passíveis de ocupação.Talvez menos.

Legislação ambiental eindigenista

A pesquisa mapeou equantificou o alcance territorialda legislação ambiental eindiqenista com base em dadosdo Instituto Brasileiro de MeioAmbiente e dos RecursosNaturais Renováveis - IBAMA,do Ministério do Meio Ambientee da Fundação Nacional do índio

FUNAI. As Unidades deConservação (UCs) e TerrasIndígenas (Tis) somam cerca de79,4 mil krn", ou 24% doEstado. A pesquisa considerouparte das principais categoriasde Áreas de PreservaçãoPermanente (APPs), fora de UCse Tis. As APPs associadas aorelevo representam 17,3 mil km2

ou 5,3% do Estado. As AP'Ps

associadas à hidrografia somam 50 mil km2 ou 15%do Estado. Descontadas as áreas dedicadas às UCs,Tis e APPs, restam cerca de 200,3 mil km2 (60%)como área disponível para ocupação "legal' noMaranhão. A área total das APPs deve ser maior, pois \não foram considerados mangues, dunas, restirigas esituações lacustres. '

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, BIOMAS ,E AMAZÔNIA LEGAL NO MARANHÃO

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(J J _. U C Uso SuS.lenlâvel

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\ _ Terras Indlgénas

~( Àree Maritima

Bíoma Amazônia

Bioma Caatinga810ma Cllfrado

\Reserva lega!

,

A Medida Provisória 2166- .6?, de 24 de agosto de2001, deu nova redação àLei 4.771, de 15 desetembro de 1965 (CódigoFlorestal), e .prevê, nomínimo, 80% da áreaflorestal da propriedaderural mantida intocada a'título de reserva legal nobioma Amazônia eporcentagens variando de20% a 50% em outrosbiomas. No total, a área' aser destinada à reservalegal é da ordem de 77,9mil km", cerca de '23,5%

. do Maranhão. Restam.121,3 mil krn". menos de37%, para a ocupaçãoagrícola' e pastagens.Os outros 63 % estãoreservados para minorias epreservação ambiental.

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Legalidade e legitimidade

o conj.unto do alcance das legislações ambientais eterritoriais colocam na ilegalidade grande parte' dasatividades econômicas maranhenses. No ano 2000,o mapeamento do uso e ocupação das terras daEmbrapa identificou" 220 mil km2 ocupados poratividades aqrícolas -e cerca de -105 mil krn" com'vegetação natural. A recente legislação ambiental,suscitada principalmente por preocupações do queocorria na fronteira agrícola de Rondônia e MatoGrosso,' foi estendida ao Maranhão, cuja ocupaçãoagrícola data do século XVIII. '

. Detalhe domapeamentodas APPs de

relevo no Sul.do Maranhão

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o aqravarnento dos conflitos territorials

Os conflitos territoriais e fundiários deverão agravar-se face à demanda por terra de diversos setores dasociedade. O Ministério do Meio Ambiente, no mapadas Áreas Prioritárias para a Conservação daBiodiversidade. prevê 128 mil km2 ou 38,6% denovas áreas consideradas como alta, muito alta eextremamente alta para conservação no Maranhão.Por outro lado, há propostas de criação e ampliaçãode terras indígenas. Em todo o país, segundo aFUNAI,· além das 488 terras indígenas existentes,outras 123 foram identificadas. Há tambérri anecessidade de cerca de 700 mil km2 de terras paraassentamentos rurais, regularização fundiária ereforma agrár~a,. sob 'responsabilidade do InstitutoNacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA.Soma-se, a essas expectativas, a dos quilombolas.Segundo a Fundação -Cultural Palmares, existem1170 comunidades registradas, num total de cercade 3 mil mapeadas. A área reivindicada é estimadaem 250 mil km'. Parte dessas demandas ambientais,agrárias e de quilombolas .aplicarn-se ao Maranhão.sobretudo no último caso. Se fossem devidamentecartografadas, é provável que sua área ultrapassasseas dimensões do território estadual. Ao mesmotempo, a expansão das fronteiras econômicasprossegue e será 'ampliada pelas demandascrescentes das cidades, pela expansão vertical ehorizontal da aqricultura para agroenergia e produçãode alimentos, pela integração rodoviária' e energéticacom Estados vizinhos e pela implementação dasobras do Programa de Aceleração do Crescimento - oPAC, do Governo Federal.

Conclusões

Embora várias leis, decretos e,resoluções e iniciativasvisassem a proteção' ambiental, elas nãocontemplaram as realidades sócio-econômicasexistentes, nem a história da ocupação do Maranhão.O impasse entre legalidade e legitimidade no uso e.ocupação das terras deve agravar-se face àsdemandas e expectativas por mais terras. por parte deambientalistas, indiqenistas, movimentos sociais,agricultores etc. Questões de governança territorial eimpasses na gestão desses conflitos devem agravar-se. A prosseguir o atual alcance e desencontros dalegislação territorial, o quadro de 'ilegalidade' e oconfronto entre a legitimidade de demandas sociais eeconômicas e a legalidade, todos perdem.Perde-se - também, sobretudo, a perspectiva dequalquer tipo de desenvolvimento sustentável noMaranhão.

Produzido pela Área de Comunicação e Negócios - ACNOutubro de 2008 - Campinas - SPTiragem: 2.000 unidades

Monitoramento por SatéliteMinistério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoA v. Soldado Passarinho, 303 - Fazenda Chapa dão

13070-300 Campinas-SPFone: + 55 (19) 3211-6200 Fax: + 55 (19) 3211-6222http://[email protected]