Cartilha de conhecimento

www.escolaabras.com.br

3

Introdução ........................................................................4

Pesquisa de perdas - 15o Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro de Supermercados .......................6

Aumentando a rentabilidade com a implantação da área de prevenção de perdas ............ 10

Gestão & Informação - Insumos essenciais para prevenção de perdas ........................................... 14

Como a nova geração de etiquetas eletrônicas possibilita a gestão de preços e auxilia na prevenção de perdas ................................ 16

Inovação e Tecnologia com RFID ................................. 18

Vender mais e perder menos Processos e soluções para varejistas ........................ 20

Solução de monitoramento integrado na prevenção de perdas ................................................... 22

Implantação do Sistema Kaizen no Hipermercado Continente Portuga ............................ 23

Índice

4

O III Fórum de Perdas ocorrido no dia 12 de agosto de 2015, além de cumprir o objetivo de divulgar os resultados da 15ª Avaliação

de Perdas nos Supermercados Brasileiros, decorrente de pesquisa feita pela Abras, trouxe a participação de representantes da indús-tria. O objetivo foi olhar a cadeia de suprimentos como um todo e, em conjunto, encontrar soluções para a efetiva redução dos índices de perdas do segmento e maior sustentabilidade nas operações.

A busca por maior sinergia entre indústria e varejo é um dos objeti-vos trabalhados pelo Comitê de Perdas da Abras em 2015. Várias reu-niões foram realizadas com representantes de indústrias fornecedoras do varejo, onde a exposição das dificuldades e facilidades de cada uma das partes tem levado à proposição de melhoria dos processos e das rotinas operacionais. A AMBEV é uma das empresas com as quais o Comitê de Perdas da Abras tem desenvolvido um trabalho mais efetivo e detalhado e, pela sua parceria, foi homenageada neste Fórum.

A abertura do evento feita por Marcio Milan, Vice-Presidente da Abras, destacou a importância global do tema. Hoje, prevenção de perdas e sustentabilidade são preocupações mundiais, e envolvem governos, ministérios, órgãos públicos e não somente os supermer-cadistas. Sr. Marcio informou que no Fórum do Ministério do Meio Ambiente, ocorrido há poucos dias, que teve como tema “Produção

Introdução

5

e Consumo Sustentável”, o Brasil assumiu o compromisso de reduzir pela metade o desperdício de alimentos no país até 2030. Este é um compromisso transversal ao nosso nos supermercados. O governo tem a missão de ajudar e de cobrar esse resultado, e nós, a respon-sabilidade de viabilizar grande parte dele.

A redução de perdas e dos desperdícios exige melhorias em dife-rentes frentes de atuação, conforme pode ser visto nos resultados da pesquisa atual. Porém, segundo Sr. Marcio Milan, o principal in-vestimento terá que ser feito nas pessoas, pois “tudo começa pelas pessoas. E é através das pessoas que conseguimos as evoluções”.

A Abras vem agindo continuamente junto ao governo e aos ór-gãos públicos e vem buscando parceiros que ajudem a resolver, a médio e longo prazo, as diferentes frentes deste problema. Este Fó-rum é uma das ações que atendem a este objetivo, assim como os cursos online gratuitos disponibilizados pela Escola Nacional de Su-permercados. A divulgação dos índices, valores e principais causas das perdas, a apresentação de casos nacionais e internacionais bem sucedidos, a abertura de espaço para discussão e apresentação de soluções de tecnologia disponíveis no mercado, podem levar efeti-vamente ao desenvolvimento da cultura de prevenção, essencial à redução dos índices que estamos apresentando hoje.

6

Um dos objetivos da pesquisa de perdas feita pela Abras é de-monstrar, ano a ano, as melhorias implantadas nos processos de

prevenção de perdas para que se possa efetivamente reconhecer a importância dos investimentos feitos pelos supermercadistas neste departamento.

O que constatamos como resultado da pesquisa feita em 2014, é que cada vez mais as empresas estão se dedicando à prática da pre-venção, buscando maximizar a rentabilidade. Neste ano mais empre-sas adotaram a prática de “medir” suas perdas e este fato fez com que o índice final fosse superior ao apresentado no ano anterior. Marcos Manea, destaca que este é um fator extremamente positivo, pois “estamos chegando cada vez mais perto de índices que sejam efetivamente confiáveis. Quando não medimos, não sabemos quan-to estamos perdendo.”

Foram analisados, em 2014, 319 questionários respondidos por empresas espalhadas por todo o território nacional, sendo que as regiões sudeste e sul tiveram maior representatividade.

Os resultados foram analisados de forma segmentada por forma-to de lojas: 29% - Atacado (atacarejos); 25% - hipermercados; 19% - supermercados (lojas até 50 m2) e 27% - supermercados de 501 a 1250 m2, possibilitando comparações mais adequadas.

Houve um aumento significativo entre 2012 e 2014 de empresas que implantaram um departamento de prevenção e perdas profis-sionalizado em suas unidades. De 28% em 2012 passaram para 65% em 2014. Isso significa que temos mais empresários preocupados com os processos de prevenção. Significa também dizer que pode-mos ter maior confiabilidade nestas pesquisas. Aumentam as expe-

Pesquisa de perdas - 15o Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro de Supermercados

Apresentação de Marcos Manea - Abras

7

riências, melhoram os processos e os nú-meros passam a ser mais fidedignos.

Outro dado significativo é que 43% das empresas pesquisadas possuem área de prevenção de perdas que se reporta di-retamente à presidência, proprietário ou conselho administrativo da empresa. Este indicador nos leva a concluir que a área tem crescido em importância e se aproxi-mado das pessoas que têm poder de deci-são no negócio.

A pesquisa indica um índice de 2,98% de perdas sobre o faturamento líquido do segmento. É um índice su-perior ao do ano anterior que foi de 2,52%. Nos leva a uma reflexão: Estamos realmente perdendo mais? Ou estamos apurando melhor? Se estamos apurando melhor, como a própria pesquisa indica, fica mais fácil identificar onde estão nossas principais falhas e desenvol-ver processos e métodos de trabalho mais efetivos.

Os resultados da pesquisa, com gráficos detalhados, oferecem pa-râmetros regionais, por atividade e por faturamento. Permitem que um varejista em qualquer região do país faça uma análise compara-tiva da performance das suas lojas. As tabelas resumem os índices de perdas por departamento e por seções.

Na caracterização das perdas feita pela pesquisa, o maior índice é o de quebra operacional, que inclui aspectos relacionados a proces-sos, equipamentos e preparação das pessoas (33,35%). Temos que considerar ainda que 1/4 das nossas perdas estão em furtos - inter-nos e externos. Dois importantes sinalizadores para a implantação de ações mais efetivas - de treinamento ou de tecnologia.

Outros indicadores significativos referem-se a erros nos inventá-rios, erros cometidos por fornecedores, erros administrativos, per-das de produtos por validade vencida e tratamento dos produtos

8

classificados como PAR (Produtos de Alto Risco). Procedimentos e métodos de trabalho relacionados a estes itens que precisam ser revistos e melhor treinados.

Merecem destaque três quadros muito importantes resultantes desta pesquisa. Eles estão relacionados às atividades, recursos e so-luções que as empresas pesquisadas adotam na prevenção de per-das nos seus estabelecimentos. Veja a seguir:

Você pode ter acesso à 15o Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro de Supermer-cados no site www.escolaabras.com.br e conhecer em detalhes os itens analisados.

A divulgação das Pesquisas de Perdas tem ajudado a divulgar boas práticas opera-cionais, soluções tecnológicas disponíveis no mercado e promovido importante troca de experiência entre empresários do setor.

A Escola Abras dispõe ainda de cursos específicos de Prevenção de Perdas, orien-tados pelo Comitê de Prevenção que abordam a forma de agir para combater os prin-cipais indicadores apontados nestas pesquisas. Contato: escola@abras.com.br

9

10

Laranjão é uma Rede de Supermercados do interior do estado de São Paulo, que conta hoje com 1.300 funcionários distribuídos

em 6 lojas em São José do Rio Preto, 2 em Bebedouro, 1 em José Bonifácio, 1 CD e 3 farmácias. Seu Diretor, Lauro Bianchi abriu os bastidores da empresa e expôs neste Fórum, o passo a passo que seguiu, até obter sucesso na implantação da sua área de Prevenção de Perdas e ver os resultados melhorarem.

O sucesso da implantação começou com a “constatação do pro-blema”. Três indicadores foram considerados críticos.

A empresal apresentava perdas acima da meta;l buscava melhorias na gestão;l buscava melhorias na rentabilidade. Com relação às perdas, esta foi a constatação “temos um “pati-

nho feio” que precisa ser entendido e cuidado por todos os funcio-nários da empresa.”

O primeiro passo foi a organização dos depósitos, que até então, estavam fora de ordem e insatisfatoriamente administrados. Utili-zando fotos desses ambientes, deu-se início a uma etapa de cons-cientização do problema a todos os funcionários.

O segundo passo foi obter o envolvimento dos gerentes, subge-rentes e encarregados de cada loja, formulando, em conjunto uma estratégia para atacar rapidamente a situação. O objetivo era obter maior competitividade através de competências organizacionais e humanas.

Aumentando a rentabilidade com a implantação da área de prevenção de perdas

Apresentação de Lauro BianchiDiretor no Supermercado Laranjão

11

Na etapa de formulação da estratégial identificação das causas;l determinação dos recursos;l constatação dos valores e aspirações das pessoas que traba-

lham na empresa. Para a etapa de implementação avaliou-se l a estrutura da organização para realizar o projeto;l a cultura a ser desenvolvida;l os processos a serem criados;l o envolvimento da alta liderança.

O que foi feito1. Treinamento para todos os funcionários da empresa sobre preven-

ção com o objetivo de alcançar o completo entendimento do conceito. 2. Detalhamento das necessidades específicas de cada departa-

mento.3. Definição de um Plano de Ação para cada departamento da loja.

12

Com relação às pessoas trabalhou-se o equilíbrio e a integração entre as necessidades dos colaboradores e os interesses da empre-sa. Buscou-se integrar e direcionar os esforços dos empregados em relação aos objetivos organizacionais. O RH desenvolveu ações e processos para atração, retenção e engajamento dos colaboradores.

O terceiro passo foi introduzir uma mudança significativa na con-dução do nosso RH: Os colaboradores passaram a ser vistos como “parceiros da empresa” e não como recursos.

O Treinamento – uma atividade fundamental para o sucesso da implantação

As atividades de treinamento ocorreram em 3 níveis diferentes, com utilização intensa da TV interna, dos murais e reuniões seto-rizadas. Para cada nível foi organizado um conteúdo específico de treinamento:

I Nível - todos os colaboradores.II Nível - todos os encarregados.III Nível - todos os gerentes e subgerentes.

Um vídeo motivacional foi utilizado para conscientizar as pessoas sobre o problema da prevenção e sensibilizar para a mudança de atitudes. No treinamento presencial trabalhamos as vantagens da implantação de um programa de Prevenção de Perdas para a empre-sa e para os colaboradores nas suas vidas pessoais.

O ponto alto dos treinamentos foi a elaboração dos Planos de Ação para cada departamento, que por terem sido criados pelos próprios colaboradores, resultaram em maior comprometimento e empenho na concretização.

Os programas de treinamento foram muito importantes para a implantação do Projeto e no Fórum Lauro apresentou diversos de-poimentos de colaboradores. Esses depoimentos foram utilizados como recursos de motivação e envolvimento de toda a equipe.

A divulgação em rede interna de TV gerou um efeito multiplica-

13

dor do projeto e o sentimento de orgulho de fazer parte de uma empresa que valoriza seus colaboradores.

Os murais internos foram importantes como canal de divulgação de casos de sucesso, notícias sobre prevenção e sustentabilidade, e resultados alcançados com o programa da empresa.

Segundo o apresentador, 3 pilares nortearam a condução deste Projeto no Laranjão:

l Efetividade/Fazer acontecer;l Relacionamento/Trabalho em equipe;l Sustentabilidade/auto desenvolvimento.As lideranças exerceram papel fundamental no sucesso.O treinamento dos líderes buscou desenvolver quatro itens:l Liderando a si e o outro;l Liderando pelo exemplo;l Construção de vínculos de confiança e credibilidade; l Engajamento. Lauro resumiu assim o sucesso da implantação da Prevenção e

Perdas na sua empresa “Os maiores investimentos feitos pelo Laranjão na implantação

do Programa de Prevenção de Perdas foraml tempo;l sensibilização e sinergia entre todas as áreas da empresa in-

cluindo compras, MKT, financeiro, RH e logística;l pessoas - conscientização, valorização e treinamento nos pro-

cessos.“Tudo feito com o menor custo possível. Contando com um “dono

do projeto” e com muitos recursos internos. Ao final, Lauro mostrou as fotos atuais da organização dos depósi-

tos das suas lojas e outros depoimentos de colaboradores, avaliando os resultados que foram obtidos com a implantação deste projeto na em-presa. Algumas das alterações introduzidas com este trabalho foram:

Tudo isto resultou na redução de 25% das perdas no Laranjão, em um Projeto que foi implantado apenas há 1 ano.

14

A aproximação e a troca de informações entre a indústria e o vare-jo, especialmente entre as áreas de logística das duas partes, é o

que a AMBEV propõe para uma gestão eficiente das perdas. Os produtos são muito frágeis. Exigem cuidados no manuseio

e na armazenagem. Um microfuro em uma latinha, por exemplo, pode comprometer um lote muito grande de paletes, e tanto o va-rejo, quando a indústria perdem com um evento deste. É necessário monitorar e identificar onde, quando e porque um fato gerador da perda ocorreu.

As perdas podem ocorrer em qualquer uma das etapas destes processos: transporte e movimentação nos estoques internos e CDs da AMBEV; na carga e descarga dos caminhões, no transporte e mo-

Gestão & InformaçãoInsumos essenciais para prevenção de perdas

Apresentação de representantes da Ambev

15

vimentação dentro do ambiente de cada cliente e na armazenagem das lojas.

Por isso, “a gestão da informação é o primeiro ponto que preci-samos atacar para resolver nossos problemas de perdas e agir com prevenção.”

Neste Fórum foi apresentado um programa piloto que está sendo de-senvolvido pela AMBEV em conjunto com o Comitê de Perdas da Abras, com o objetivo de coletar informações sobre avarias e faltas de produtos.

Com este programa piloto, pretendemos receber informações de qualidade, coletadas de forma sistemática e padronizada. Este será o insumo essencial para a implantação de novos processos e para uma atuação preventiva em 5 frentes de trabalho: pessoas, proces-sos, indicadores, tecnologia e auditoria.

Às Redes interessadas em participar deste programa piloto, o contato é diretamente com o Comitê ABRAS de Prevenção de Per-das através do e-mail perdas@abras.com.br .

O insumo essencial para prevenir perdas é a Gestão de Informações.

16

A Seal atua há 27 anos no mercado de computação móvel e captu-ra automática de dados. É responsável por introduzir e difundir

no Brasil a cultura de utilização do código de barras. Atualmente tem como principal foco a integração de soluções, fornecendo desde pequenos equipamentos até uma solução completa, incluindo servi-ços de pós-venda.

Seu portfólio atual está estruturado em quatro segmentos: ope-ração de loja, engajamento de vendas, segurança e comportamento de compras e soluções para a cadeia de abastecimento.

O propósito principal da empresa é oferecer soluções que permi-tam que as pessoas realizem suas tarefas de uma forma mais preci-sa, mais rápida e correta no dia a dia.

A SEAL apresentou neste Fórum o produto “Etiquetas Eletrôni-cas”. Uma ferramenta que propõe solução para um dos indicadores de perdas citados na pesquisa todos os anos: os erros de precifica-ção e as divergências de preços nos produtos.

Os erros na precificação podem ocorrer em diferentes etapas dos processos internos da loja e as etiquetas eletrônicas podem efetiva-mente contribuir para reduzir esses indicadores.

Dados do Procon indicam que a divergência de preços em super-mercados varia entre 15 a 35%. Essas divergências podem causar perdas mais significativas do que as perdas financeiras, uma vez que em caso de divergência, o consumidor paga pelo menor preço. É preciso acrescentar à esta perda financeira os custos jurídicos, a in-satisfação e perda de clientes e o comprometimento da imagem da empresa.

Como a nova geração de etiquetas eletrônicas possibilita a gestão de preços

e auxilia na prevenção de perdas

Apresentação de Wagner Bernardes - SEAL

17

Wagner discorreu sobre as vantagens da utilização deste recurso, que, além de minimizar os erros de precificação, pode possibilitar a gestão eletrônica de muitos outros processos internos da loja, como por exemplo o prazo de validade, a movimentação dos itens entre o depósito e área de vendas, gestão de margem e muitas outras aplicações.

Com a apresentação de casos práticos o apresentador avaliou os impactos na redução das perdas e consequentemente aumento da rentabilidade com a utilização da tecnologia da “etiqueta eletrônica”.

18

O Grupo CCRR atua oferecendo soluções de identificação e trouxe para o Fórum a apresentação das suas etiquetas inteligentes -

com chip que faz coleta de dados com RFID - Radio Frequency Identi-ficatiom (identificação por rádio frequência).

Onde apresentou a eficiência da leitura dessas etiquetas e estabe-leceu comparações com outros processos utilizados hoje, destacando:

l serializações de itens, caixas, pallets;l agilidade na produtividade;l precisão na coleta das informações;l rastreabilidade; l melhor visibilidade dos dados coletados e análise e informações

antecipadas;

Inovação e Tecnologia com RFID

Apresentação de Roger Davanso - Grupo CCRR

19

Além da significativa redução de tempo nas operações de leitura dos códigos dos produtos, a grande vantagem da utilização está na in-tegração das informações de estoque em todas as áreas da empresa:

Algumas das aplicações da etiqueta inteligente:l inventário inteligente;l conferência de itens;l processos de logística e segurança;l gestão de prazos de validade;l autenticidade;l rastreabilidade de produtos;l atendimento ao cliente;l gestão de ativos.O desafio da utilização das etiquetas inteligentes com tecnologia

RFID no Brasil está relacionado ao ROI (Retorno do Investimento) e Roger apresentou comparações práticas durante o Fórum favoráveis à implantação desta tecnologia nos supermercados brasileiros.

20

Mariana Castro é Gerente de Trade Marketing da P&G para a marca Gillette e dis-correu sobre a categoria de barbear que apresenta um índice significativo de

perdas nos supermercados. Essa linha de produtos contém itens que necessitam de controle específico em toda a operação de abastecimento, por serem pequenos, de alto valor agregado e alto valor comercial.

A indústria tem grande preocupação com as perdas, já que elas impactam di-retamente na rentabilidade dos varejitas o que, consequentemente, reflete em sua disposicao a exibir os produtos nas lojas e em seu potencial de reinvestir no negó-cio. Por isso, está constantemente em busca de soluções que possam dar melhor suporte ao varejo, seja para a redução das perdas ou para o aumento das vendas. As pesquisas globais da P&G indicam que 35% das perdas ocorrem por furtos na loja e 65% são perdas internas.

A P&G tem como princípio básico a disponibilidade de produto na loja. Por isso, entra na luta contra as perdas olhando para as necessidades do varejo. Além disso, foi relatado que para os problemas das perdas nas lojas não existe uma solução única e padronizada, pois a solucao dependerá da estrutura do cliente e do tipo de exibicao atual. Olhar apenas para a loja é olhar para a “superfície”, que pode escon-der a real “profundidade” do problema.

Geralmente, para evitar perdas de produtos de alto risco, as lojas optam por não deixá-los expostos, ou utilizar displays e armários fechados que dificultam a compra do consumidor. Essa medida tem um impacto muito maior na venda ao invés da perda em si, portanto é preciso entender os riscos e mensurar o impacto real dessa acao no resultado final da venda e lucratividade do produto.

A P&G investe muito em pesquisas de perdas para proporcionar aos varejistas uma operação eficiente e condições mais rentáveis. Pesquisas internas da P&G in-dicam que as perdas ocorrem:

24% por problemas com o processo8% por problemas com transporte / armazenamento33% por furtos internos35% por furtos na gôndola.Portanto, 65% das causa das perdas dos nossos produtos podem ser trabalha-

das internamente, pois estão relacionadas a fraudes no processo, erros manuais, falhas na operação, vencimentos e desperdícios.

Vender mais e perder menos Processos e soluções para varejistas

Apresentação de Mariana Castro – P&G

21

O esforço por inibir as perdas deve ser conjunto e as soluções devem envolver todos os integrantes do processo de abastecimento: a indústria, a alta diretoria do varejista, pessoal dos CDs, dos depósitos das lojas, equipes de prevencao de perdas, pessoal de loja, operações, dentre outros, ou seja, uma equipe multifuncional preci-sa estar envolvida e comprometida com o tema.

Para garantir o processo de redução das perdas e aumento das vendas, foram detalhadas 5 etapas do processo:

1 – Convocar para a ação e treinar as pessoas 2 – Garantir uma entrega segura 3 – Garantir armazenamento seguro 4 – Fazer reposição adequada 5 – Definir uma solução para a gôndolaForam apresentadas ainda soluções que são utilizadas pela marca Gillette em

diferentes partes do mundo. Mariana termina sua apresentacao afirmando que na prevenção das perdas, a in-

dústria precisa ser pró ativa e impulsionar o crescimento das categorias onde atua. Assim como a P&G, todas as indústrias precisam investir em melhores técnicas para seus processos e também em soluções para os pontos de venda de forma a suportar os varejistas e definir em conjunto com eles alternativas eficientes e sustentáveis.

22

A Gunnebo, empresa líder global em produtos e soluções de segurança, trouxe para este Fórum a apresentação de serviços inovadores que

buscam reduzir as perdas, melhorar a gestão e a performance da loja. Definindo prevenção de perdas como um “conjunto de técnicas e

ações de controle e proteção sobre quaisquer tipos de prejuízo no negócio”, Hailton ampliou o contexto de análise das perdas no va-rejo: desperdícios de energia nos balcões frigoríficos e ar condicio-nado, controle de acessos a ambientes restritos, riscos de incêndio, controle de alarmes etc.

A Gunnebo tem como objetivo oferecer soluções para perdas que mui-tas vezes estão “ocultas” no dia a dia do varejo. O produto apresentado foi a GSI – Gunnebo Serviços Integrados, que provê monitoramento e opera-ção remota de segurança eletrônica e utilidades por 24 horas. Uma solução que integra o monitoramento de todas as ameaças potenciais ao negócio.

Hailton apresentou detalhes da solução, com destaque para o monito-ramento e gestão do consumo de energia. Citou exemplos de aplicação prática, casos já ocorridos com clientes que possuem a solução implan-tada e destacou os benefícios dessa implantação: conforto e economia.

O monitoramento e operação remota permitem que o varejista faça a gestão adequada das utilidades e segurança eletrônica, reduzindo as perdas e proporcionando conforto para os usuários. Relata ainda:

l 17% de economia na conta de energia elétrica com monitora-mento e operação do ar condicionado;

l 38% de economia na conta de energia elétrica com monitora-mento e operação do ar condicionado e elevadores;

l conforto de temperatura para os usuários, aumentando a pro-dutividade e cessando as reclamações referentes ao ar condicionado.

Solução de monitoramento integrado na prevenção de perdas

Apresentação de Hailton Pereira dos Santos – Gunnebo Gateway

23

Patricia Fernandes, da Tlantic, apresentou um case internacional. “Como traduzir processos e tecnologia em resultados concretos para

a operação – Eficiência e Produtividade”. O caso apresentado ocorreu há 10 anos, em Portugal, no Grupo SO-

NAE, no Supermercado Continente, com a implantação do sistema Kai-zen, com foco 100% no varejo. Relata os pressupostos básicos para o su-cesso, que são mantidos até hoje na organização são: todas as pessoas devem estar envolvidas, por todos os dias e em todas as áreas.

O escopo trabalhado foi:

O trabalho teve início pela retaguarda, que exigia grandes mudanças operacionais e envolveu diretamente as equipes do chão de loja.

Abrangeu as áreas Alimentar, Bazar e Têxtil, em três processos im-portantes: reposição, multireposição e gestão da retaguarda. As ferra-mentas utilizadas foram: 5S, gestão visual e normalização. Com este trabalho, em 1 ano, foi alcançado um aumento de produtividade de mais de 35%.

Patricia apresentou a evolução do projeto ao longo dos últimos 10 anos e os resultados conquistados nas diversas ações. Ocorreram muitas de-rivações do projeto inicial, como Certificações das Lojas, implantação do SIM = Sistema de Implementação de Melhorias, elaboração de rankings, convenções para premiações e reconhecimento de destaques etc.

Implantação do Sistema Kaizen no Hipermercado Continente Portugal

Apresentação de Patricia Fernandes – Tlantic

l divergência de preço;l qualidade de informação do estoque;l reposição de itens;l rupturas;l filas de espera;

l quebras; l higiene e segurança alimentar;l organização de estoques;l planogramas; l garantia de rollout de melhores práticas.

24

25

Comitê Abras de Prevenção de PerdasGestão Fernando Yamada - 2015

Coordenador do comitê:Carlos Rizziolli

Coordenador da cartilha:Marcos Manéa - Gerente da Abras

Produção de conteúdo: Maria do Rosário de Castro Ferrreira

Rejane Zuchinali Cassales - Coordenadora Pedagógica

26

Cursos online gratuitosdisponíveis na Escola Nacional

de Supermercados Abras

Acesse:

escolaabras.com.br

• Açougue em Supermercados

• Atendimento em Supermercados

• Empacotador

• Estoque e Armazenamento de Mercadorias

• Exposição e Reposição de Mercadorias

em Supermercados

• Formando uma Equipe com Postura Vendedora

• Frios eLaticínios em Supermercados

• Frutas, Verduras e Legumes em Supermercados

• Higiene e Saúde

• Introdução Básica ao Varejo Supermercadista

• Lidando com Equipes em Supermercados

• Mercearia em Supermercados

• Operação de Check-out

• Padaria e Confeitaria

• Peixaria

• Prevenção de Perdas em FLV

• Prevenção de Perdas em Supermercados

• Rotisserie em Supermercado

• Trabalhando com Queijos em Supermercados