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Page 1: (...) A tua piscina está cheia de ratos, tuas idéias não correspondem aos fatos, o tempo não pára. Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu

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(Cazuza)(Cazuza)

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RÁDIO E JINGLE

SABRYNE ARMANI

A EFICIÊNCIA EM FLORIANÓPOLIS

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O RÁDIOO RÁDIO

Iniciou como “clube” com mensalidades. A publicidade dirigiu a programação, linguagem e os anúncios ao público ouvinte. Com comunicação ágil, instantânea e móvel desde 1959 para mais agilidade e qualidade.

As FMs transformam de o meio de informação em de troca de informação. No jogo de futebol o torcedor prefere os comentários do radio.

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As redes de emissoras foram criadas para receber mais investimentos publicitários. Sob críticas por causa das características locais e aproximação com o ouvinte.

“(...) O que tem regido, portanto, a expansão do rádio não são os interesses e necessidades da população, mas a ganância comercial, o que explica a alienação de seu conteúdo sobre os problemas imediatos”. Luiz Gonzaga Motta (1979, p. 23).

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Com o surgimento desenfreado de emissoras de vários tipos, a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) ficou responsável pela concessão de operar uma rádio.

Agora emissoras generalizam a programação para atingir o maior público possível sem especificações. Ou focalizam os esforços dos anunciantes em um determinado público.

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Formas de propagandas radiofônicas

* Patrocínio;

* Testemunhal ao vivo;

* Programa de linha;

* Hora certa;

* Contagem regressiva;

* Próxima atração;

* Inserção avulsa de diversas secundagens;

* Sketch (diálogo teatral); * Vinheta, Spot; Splinge

OS JINGLES.OS JINGLES.

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Conforme o Painel de Publicidade Catarinense de 2002

* Dos anunciantes de rádio 58% são diretos contra 42% de agências de publicidade.

* As rádios AM produzem 87% de seus anúncios e as FM 76%;

* E metade dos anunciantes pequenos e até alguns grandes não fazem planejamento para suas campanhas publicitárias.

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O rádio tem o maior alcance dos meios de comunicação. Sozinho atinge 66% da população do Brasil em um dia.

Único com público exclusivo, superando a televisão por atingir o ouvinte como ele quer, na hora e lugar que ele quiser.

“Como as elites que não se identificam com a televisão generalista, mas encontram emissoras de rádio sintonizadas com suas exigências” (MEDITSCH, 2001, p. 36).

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A comunicação é subjetiva, como quando lemos um livro. O poder da fala cria as imagens de acordo com o imaginário do ouvinte passando a emoção desejada.

Em Florianópolis o “Apagão” reaproximou o ouvinte do rádio a pilhas. Ele foi o refúgio das horas sem energia elétrica, cumprindo seu papel social.

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RÁDIOS ON-LINERÁDIOS ON-LINE

Com a interatividade da internet a parceria do ouvinte com o rádio fica maior e com menor custo operacional.

Na rádio on-line a verba é melhor aproveitada. Atingindo o público exato, com menor tempo de resposta para os investimentos. As oportunidades aumentam com a abertura da forma de comunicação globalizada.

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Critica-se a formação das redes por distanciar o ouvinte de sua fala e âmbito local. Com a rádio on-line o “internauta-ouvinte” ouve por opção própria.

Além de não precisar estar na página da rádio, podendo ouvi-la enquanto opera qualquer programa no seu computador.

“A Rádio Itapema é sugerida em todo Brasil através do Real Player” (Pedro Leite, Itapema, 05/10/2005).

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“As rádios que ainda não transmitem na internet estão moribundas, e as que sequer têm website estão mortas. Meus pêsames”. Marcel Leal da Morena Fm.

Guilherme Coelho da 89 Fm explica porque:

* Fonte adicional com venda de banners, patrocínios etc., sem interferir na veiculação regular;

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* Aumenta a base de mercado: pessoas ouvem trabalhando;

* Mais interatividade com o público;

* Mais audiência;

* Pesquisa do perfil da audiência e construção de banco de dados;

* Imagem de avanço tecnológico.

* Facilidade de operação;

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Os internautas confiam mais nos sites de rádios que de lojas para compra de mp3, aumentando o poder divulgador e faturamento delas.

Desde 1999 as rádios on-line superam audiências. Nos EUA de dez internautas três abandonariam a televisão para ficar só com o computador.

As rádios estão investindo em seus estúdios para gravações exclusivas com artistas que visitam a emissora.

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“O rádio é o jornal de quem não lê, é o mestre de quem não pode ir à escola; é o divertimento gratuito do pobre, é o animador de novas esperanças, o consolador do enfermo, o guia dos sãos, desde que o realizem com espírito altruísta e elevado” (Roquette-Pinto, 1923).

Vendendo idéias e não espaços, pesquisas mostram que as rádios “dirigirem o consumo, o divertimento, a política e a religião, com promessas de reduzir a ansiedade” (Meditsch, 2001, p. 17).

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Mesmo com o retorno publicitário mais rápido, é tratado como mídia de apoio, sendo a última opção escolhida pelos mídias das agências.

“O rádio é mantido pela publicidade. As agências precisam abrir o mercado publicitário porque elas precisam do rádio e não vice-versa. Produzem textos para rádio como para a tv e impresso. As rádios têm seu pessoal para oferecer espaços e comerciais melhores que as agências porque pensam para o meio” (Pedro Leite, 05/10/2005).

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“Naturalmente é um vício criar por último para rádio. Quando não se tem uma peça boa faz um áudio qualquer, normalmente um spot (Fernando Palermo, Propague, 28/09/2005).

Esquecendo que a linguagem do rádio deve:

Respeitar as características do meio e ouvintes;

Ser correta e repetitiva sem ser desagradável;

Invocativa; Objetiva; Clara.

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Para Ortriwano “talvez a real incapacidade quase sempre estivesse no desconhecimento, na falta de domínio da potencialidade do fenômeno radiofônico” (1985, p. 85).

Para Léo Saballa de Joinville: “Alguns apresentadores, distanciados da criatividade e em busca da popularidade fácil transformam o microfone em vaso sanitário. Gosto não se discute, mas se educa”.

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Eloy Simões faz sugestões para rádio:

“Primeiro, através do próprio Prêmio Acaert, a cujos organizadores sugiro a criação da categoria Originalidade ou Criatividade. Uma categoria destinada a premiar profissionais e programas realmente diferenciados”.

“Segundo, faculdades e universidades. Penso que chegou a hora de elas e respectivos professores começarem a estimular os alunos a realizarem os nobres exercícios da criatividade e da experimentação no rádio”.

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“Não investe no rádio pela má informação e má formação.” Pedro irrita-se com a falta de informação dos professores. “Perdem de buscar o novo pelo vício dos publicitários, o mercado publicitário não sabe a diferença entre qualidade e quantidade” (Pedro Leite , 05/10/2005).

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MÚSICAMÚSICA

A canção possui “dupla natureza”. A verbal que chama atenção racional do ouvinte e a musical que toca a sensibilidade despertando emoções.

“A música é algo que se sente, realmente, na alma. Ela não precisa ser explicada. Ela é entendida de uma forma natural e qualquer pessoa, independente de raça, idioma, idade, entende a música”. (Roberto Minczuk, maestro da Orquestra Sinfônica Brasileira).

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“E dos componentes da música o ritmo faz com que o ser humano reaja instintivamente e quanto mais alto ouvimos a música, passamos também a senti-la. Acima de 90 decibéis o corpo sente as vibrações do ritmo, possibilitando até deficientes auditivos de sentir a música” (“Os 5 sentidos”, Fantástico).

“Cientistas estudaram o cérebro de pessoas enquanto elas ouvem música. Descobriram que a música é capaz de agir sobre a região responsável pela sensação de recompensa e satisfação, a mesma que regula as reações à comida e ao sexo”.

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Os “efeitos sonoros” excitam mais o ouvinte que as palavras, através das imagens acústicas. “A transposição de pensamentos ou sentimentos em sons não apenas pressupõe o sistema convencional da língua, mas também um ato criativo, o qual permite ao falante fazer uso ilimitado de meios limitados” (Klippert, 1980: 75).

Os sons reconhecidos pelo ouvido criam imagens conhecidas, que temos representação e a partir de novos sons nossa imaginação e criatividade é aguçada.

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No rádio a sonoplastia transfere ao ouvinte o que se pretende, obtendo diversas respostas emocionais. A trilha sonora através da música, da voz do locutor e efeitos sonoros bem explorados é capaz de “fazer o ouvinte conhecer um mundo através do ouvido” Armheim (1980:27).

O ser humano ouve através do ouvido milhões de sons, mesmo quando dorme, mas é o cérebro que decifra o que ouvimos. Por isso nossa imaginação deve ser estimulada.

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Na publicidade a vantagem está na melodia e no ritmo para a memorização e na música para identificação do ouvinte com o produto anunciado.

O ruído e o silêncio também são efeitos. Mas existe o silêncio da passividade do ouvinte. No Brasil transformam o ouvinte de único à parte integrante de uma “massa silenciosa”. Existe a rotina de programação, onde nada é novo, apenas remodelado e esse imaginário imposto são as referências.

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DIREITOS AUTORAISDIREITOS AUTORAIS

No Brasil existe o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) no Rio de Janeiro para regulamentar a execução de músicas tanto nacionais quanto internacionais.

Direitos patrimoniais: “podem ser transferidos ou cedidos a outras pessoas, às quais o autor concede direito de representação ou mesmo de utilização de suas criações. Para ocorrência sem autorização, existem as medidas judiciais na esfera cível sem prejuízo das medidas criminais”.

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Independente do tipo de distribuição existe o “Ponto Autoral ou Conexo” que se refere ao valor de cada execução, levando em conta o tipo de distribuição e o Estado.

O valor do ponto é igual à divisão da verba arrecadada líquida (75% - titulares) pelo número de execuções captadas. Os direitos patrimoniais necessitam de autorização específica, por cada execução ser única.

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A obra musical é a letra e a música, ou somente música instrumental e o fonograma é o material utilizado para a gravação da obra, por exemplo, o cd. No rádio quando utiliza apenas a obra musical deve-se repassar os direitos à editora musical e no caso do fonograma repassa-se tanto para a editora quanto para a gravadora.

Respeitando não só a regulamentação, mas o autor de qualquer obra não há o que impeça a utilização do potencial musical para agregar valores ao que se quer.

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A publicidade tem distribuição eventual, sendo classificada conforme a utilização da música. Dessa forma o valor dos 100% arrecadados é distribuído em:

18% para o ECAD,

7% para as associações,

75% para os titulares,

No caso de música mecânica, devido ao fonograma 2/3 ficam para a parte autoral e 1/3 para a conexa.

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A agência fica responsável pela autorização prévia do uso de obras de terceiros. A produtora pode pesquisar e negociar, devendo receber 5% sobre o valor da autorização. Mesmo não utilizando a obra, a produtora deve ser remunerada pela pesquisa que fez.

A publicidade engana a lei. Douglas Narciso da Onda Sonora em entrevista (20/09/2005) explicou: “A paródia é feita pela falta de tempo. Usa-se como referência músicas conhecidas, para fazer a “prima” daquela música, pegando uma carona no seu sucesso”.

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JINGLESJINGLES

Gilberto Martins certa vez ouviu: “Quando você não tiver o que dizer, cante”. O Brasil conheceu o jingle em 1932, através de Nássara que compôs Padaria Bragança.

No início os jingles não tinham tempo determinado, ocorrendo até a mescla de spot e jingle, o “splingle”. Tanta inquietação sobre o jingle deve-se a ele agir com eficiência, trazer recall e aumentar as vendas como se estivesse brincando com o consumidor.

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A campanha da Kolynos foi sucesso mundial, com qualquer língua reconhecendo a expressão “Ah!”. É um som universal representando prazer. Outro exemplo assim é de Pedro Geraldo para o Óleo Maria. Com o efeito de três batidas na lata o locutor chamava: “Maria, sai da lata”.

José Scatena diz: ““Jingle” não é apenas musiquinha bem feita. Deve encerrar em 15 ou 30 segundos uma mensagem de venda clara, precisa e de efeito seguro. Sua força repousa sem dúvida, na melodia, afim de que o ouvinte a retenha com facilidade”.

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Se a melodia é a força maior do jingle, ela deve ser original. Murillo Valente afirma que “o jingle é uma peça exclusiva, inédita, pessoal. É a identidade da empresa ou produto. Fica mais tempo na memória, assim tem mais tempo para assimilação e dependendo da qualidade da peça pode ser infinita” (22/09/2005).

Apenas com a introdução do jingle o ouvinte recordará, senão da música, do produto que utilizava a melodia. O jingle repete as principais informações sendo mais fácil gravá-las como os professores de cursinho que criam músicas para gravar fórmulas.

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Como a mensagem radiofônica não é vista ela precisa ser sentida, se o jingle atingir esse objetivo ele será sempre lembrado como provam as pesquisas de opinião pública. Com a força do texto na repetição só falta adequar e apresentar aos ouvidos de seu público.

No jingle quem fez, produziu, ou canta não é lembrado e sim o produto. Isso evita alguns casos que acontece na televisão, onde a imagem da atriz, por exemplo, se destaca mais que o produto. Isso faz com que as pessoas lembrem até mesmo do produto, mas não da marca.

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Há problemas para a valorização dos jingles. Hoje facilmente monta-se um estúdio caseiro e esses competem com as produtoras qualificadas oferecendo preços mais baixos.

No caso do uso do áudio da televisão para o rádio, em entrevista Murillo Valente da 156 Produtora afirma: “O “preconceito” com o rádio se dá pela falta de visão empresarial. Os apelos de venda são inúmeros. Fazendo acontecer o apelo “Não te convenço pela qualidade, te convenço pelo veículo”” (22/09/2005). O ouvinte a rejeita por não entender.

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CASE 1CASE 1

Feito pela agência Propague e produzido pela 156 Produtora, ambas de Florianópolis. O jingle chama-se “Minha Cidade” cujo cliente foi a Prefeitura de Florianópolis.

Transfere como é bom viver em Florianópolis. Morar em uma cidade linda, alegre e com boa qualidade de vida no ritmo de verão. Quando se vai trabalhar, por exemplo, o “visual” da natureza e do mar dão a impressão de estar sempre passeando, diferente de outras capitais que são “selvas de pedras”.

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Feito pela agência Prime Brasil de Florianópolis e produzido pela Jinga Chicletes de Ouvido de Porto Alegre. O jingle chama-se “Como um abraço” para a Malhas Malwee.

CASE 2CASE 2

Esse jingle envolve o ouvinte pelas emoções e sentimentos, associando coisas simples e boas da vida ao “abraço da Malwee”. Guia-nos para recordar boas lembranças num momento oportuno que é o natal, enfatizando essa data com o coral de crianças.

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DETALHES DE BONS JINGLESDETALHES DE BONS JINGLES

Soda limonada – Antártica

Simples e objetivo. A sonoplastia sugere que bebemos e a letra é só o nome do produto.

Globo x SBT – Revista Imprensa

O humor em cima da briga das maiores emissoras do país através da própria sonoplastia de cada uma.

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Me dá / Bifinho – Danoninho

Relação com uma das primeiras fases da criança (comer Danoninho) com uma das primeiras frases da criança (Me dá). Mostra que surtiu efeito não só nas crianças, mas nas mães que são as compradoras, apesar do problema “bifinho”.

Casa das Cuecas – Casa das Cuecas

O humor para vender e repetição correta, sem ser irritante para o ouvinte. Apesar de parecer ser destinado aos homens adultos, no final ele esclarece que é para todas as idades e gostos.

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CONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAIS

A banalização, falta de conhecimento e respeito com o rádio, agregados a falta de exercício de criação e criatividade quando uma campanha encaixa-se ao meio rádio, comprometem a qualidade do jingle.

O jingle deve lembrar o produto. Mas com o uso do áudio da tv, hoje isso não é alcançado. Os jingles deixaram de ser para a vida da empresa para serem momentâneos, como a maioria das músicas parodiadas que ouvimos atualmente.

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Boas produtoras e agências tentam agir da forma correta. Na agência Prime Antônio Verde declarou em entrevista que: “A melhor maneira de vender o jingle é apresentar a peça “leiautada”. Sempre que possível, vamos com o jingle gravado para vender” (11/09/2005).

Os mídias argumentam que a falta de recomendação é pela falta de informação do meio. Mas se as rádios não tivessem informações suficientes para argumentar com o cliente, não teriam a maioria dos seus anúncios, que são com clientes diretos.

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O uso do jingle deve respeitar algumas condições:

Meio que estamos utilizando;

Com quem estamos falando;

De quem estamos falando;

Que imagem estamos querendo passar;De que forma transmitir essa imagem;

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O que vale é fazer a última produção sempre melhor que as anteriores e não apenas mais uma para ter quantidade e não qualidade. Não se deve pensar nas produções que passaram ou estão por vir, cada uma deve ser feita com dedicação para que antes da vontade e interesses do cliente, os nossos interesses e vontades sejam atingidos.Concordo com Eloy Simões e Pedro Leite de que o estímulo deveria começar na faculdade. Por experiência própria isso não é feito com poucas aulas de criação e prática para o meio. Fazendo com que minha conclusão seja “A promessa” da banda Engenheiros do Havaí.