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© 2019 de Danyel Reis
Todos os direitos desta publicação são reservados ao
Reino de Deus.
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e
distribuir este material em qualquer formato, desde que
informe o autor, não altere o conteúdo original e não o
utilize para fins comerciais.
Autor: Danyel Reis
Revisão: Kawrê Britto de Oliveira
Impressão: Núcleo Digital Informática e Serviços Ltda
© Copyright de Obra Literária
Número de Registro: 312235442
Timestamp: 2019-05-13 21:24:35 GMT
Registrado pelo autor: Danyel Reis (1981-07-26 / Brasil)
Ano de Conclusão: 2019
Idioma: Português [BR]
:: eDNA da Obra – Identificador Eletrônico ::
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Apresentação
Somos chamados para proclamar o Evangelho em todo mundo, e é
certo que podemos fazer isso de forma natural e sem a necessidade de
qualquer tipo de conhecimento técnico par tal, cremos na total
dependência e inspiração do Espírito Santo para fazer conhecida a
palavra da salvação, porém, entendemos que além do chamado para
pregar o evangelho, o Senhor Jesus também nos chama para fazer
discípulos, e isso se dá através do ministério de ensino.
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar
todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou
convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.
(Mateus 28.19-20)
O ensino é de suma importância para o desenvolvimento do corpo
de Cristo, sendo que, os que ensinam devem procurar servir com o seu
dom à comunidade na qual estão inseridos, mas também devem se
preparar com afinco para a nobre missão de ensinar a Palavra de Deus
de forma individual ou coletiva, em tempo ou fora de tempo. Ensinar é
gerar crescimento, tanto espiritual como intelectual, sendo necessário
que todos os mecanismos de ensino sejam usados. Foi pensando nisso
que nasceu o Seminário Bíblico Keryx, com o objetivo de ser uma
ferramenta de apoio para ministros e discípulos que se dedicam ao
estudo da Palavra de Deus de forma sistemática.
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Elaboramos o conteúdo com uma didática de fácil aplicação,
estruturando de maneira que não se torne exaustivo, optamos por um
material de esboço simples, contendo elementos de sermões temáticos,
que na maioria das vezes não se prendem há um único texto em seu
contexto expositivo, e nem a uma interpretação pré-concebida, mas cada
estrutura apresenta suas divisões baseadas no tema proposto, que
possibilita ao ministro aplicar sua própria argumentação e deixar fluir a
inspiração de Deus ao ministrar cada tema. Inserimos também, uma
vasta quantidade de notas de rodapé, que além de apresentar algumas
referências, disponibilizamos várias explicações e orientações no
decorrer das páginas.
Para ministrar o discipulado cristão para pessoas não
familiarizadas com as doutrinas bíblicas, é necessário usar de uma
linguagem simples e objetiva, por isso utilizamos uma metodologia
baseada no termo grego homilia (ομιλια), que significa: companhia,
relação ou comunhão. Definimos homilia como um curto discurso
doutrinário, caracterizado como uma conversa familiar, que tem por
base as Escrituras Sagradas. Foi a partir do termo homilia que surgiu a
palavra homilética (ομοφυλόφιλος), que é uma ferramenta teológica, que
se ocupa na arte da pregação da Palavra de Deus e em suas técnicas de
exposição.
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Sobre o Seminário
O Seminário Bíblico Keryx foi idealizado em meados de 2016 pelo
pastor Danyel Reis, que ao visitar seus esboços de sermões, ministrados
ao longo de seu ministério, encontrou um padrão coerente em sua
elaboração, bem como, uma sequência lógica e progressiva, no que diz
respeito aos assuntos básicos da fé cristã. Então iniciou sua jornada de
ajustes e estruturações que possibilitaram que o Seminário torna-se
uma realidade.
O termo grego keryx (κηρυξ), inspirou o nome do Seminário, pois
possui um significado muito pertinente, significa: Arauto, um
mensageiro investido com autoridade pública, ou seja, um proclamador
público que leva as mensagens oficiais dos reis, magistrados, príncipes,
comandantes militares.
Sendo que o trabalho de um arauto consiste em tornar conhecida a
vontade do seu senhor, em anunciar suas palavras e proclamar suas
sentenças kerygma (κηρυγμα), esse conceito foi de grande inspiração,
para que o Seminário fosse não apenas uma escola bíblica dominical,
limitada aos irmãos da igreja local, mas uma ferramenta para toda a
igreja de Cristo, tornando-se um Ministério Interdenominacional.
O arauto, na idade média, era o oficial que fazia as publicações
solenes, anunciava a guerra e proclamava a paz e é esse o objetivo do
Seminário Bíblico Keryx, formar Arautos, mensageiros do Rei Jesus,
aqueles que transmitem as ordens do Rei do Universo.
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Os cursos oferecidos pelo Seminário Bíblico Keryx não são
reconhecidos pelo MEC (Ministério da Educação), pois o MEC somente
reconhece cursos de graduação e pós-graduação. Nossos cursos são
ministrados conforme decreto federal nº 5.154, de 23 de julho de 2004,
onde os cursos chamados "livres" não necessitam de prévia autorização
para funcionamento nem reconhecimento de nenhum órgão educacional
para serem ministrados.
Com os avanços tecnológicos que no século XXI estão cada vez mais
presentes no dia-a-dia da sociedade e também da igreja, o Seminário
Bíblico Keryx, além de ministrar cursos presenciais, aderiu ao conceito
de ensino à distância (conhecido como EAD), que é uma nova
alternativa de ensino para que os irmãos possam adquirir conhecimento
bíblico e crescer na Palavra de Deus em sua própria disponibilidade, e
estudar quando quiser. Criamos uma plataforma web1 de fácil
utilização, onde são postados vídeos e áudios de cada ministração do
curso, bem como, apostilas e questionários, que irão registar e avaliar o
desempenho de cada seminarista, para que todos garantam seu
certificado.
1 https://seminario2.webnode.com/ead/
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Nossa oração é que o Espírito Santo lhe constitua um legítimo Arauto, e
lhe dê disposição e disciplina para mergulhar nessa maravilhosa
jornada de crescimento espiritual.
Pr. Danyel Reis
- 2019 -
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Sobre o autor
Em sua infância e juventude o Danyel nunca foi muito religioso, no
entanto julgava possuir certa fé, se recorda que todas as noites fazia
uma breve oração com as seguintes palavras: "Deus, abençoe meu pai,
minha mãe, minhas irmãs e que a banda dê certo! amém". Aliás,
durante alguns anos, ele incomodava os vizinhos aos finais de semana,
ao som de punk rock á plenos pulmões, com guitarras distorcidas,
batidas graves de baixo e bateria. Apesar de suas orações de "fé", não
houve resposta divina quanto a sua petição diária, pois a banda nunca
saiu da garagem. Hoje ele entende que a verdadeira fé não se resume
em vãs repetições.
Anos mais tarde, durante um processo de grandes dificuldades
emocionais, perdas e decepções, por volta das dez horas da manhã do
dia 16 de fevereiro de 2006, como alguém que fugia de seus próprios
pensamentos, lá estava ele, rumo a uma padaria qualquer, a fim de
satisfazer seu vício de nicotina, mas no caminho encontrou algo que não
procurava, foi atraído com laços de amor ao momento que mudaria sua
história para sempre.
Fui buscado dos que não perguntavam por mim, fui achado daqueles
que não me buscavam; a uma nação que não se chamava do meu nome
Eu disse: Eis-me aqui. (Isaías 65.1)
Ao passar em frente a uma igreja evangélica, ele não pôde resistir
ao impulso incontrolável de adentrar àquelas portas, era um salão
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simples, não havia nenhuma imagem ou figuras religiosas, apenas uma
voz de ecoava pelo salão, era um homem de Deus pregando as boas
novas do evangelho de Jesus Cristo. Ele assentou-se no último banco da
igreja, ouvindo aquelas palavras que queimavam em seu coração, as
lágrimas não demoraram a surgir em seus olhos, traduzindo um inédito
quebrantamento que o Espírito Santo ministrava em uma alma
destruída e morta em seus próprios pecados e frustrações.
No final daquele sermão, o homem de Deus dirigiu um convite a
todos os presentes, dizia o pastor que era necessário aceitar Jesus como
único e suficiente Salvador. O Danyel acreditava em Jesus, porém
aquele convite despertou uma nova realidade sobre Deus que ele nunca
experimentara antes, sem pensar duas vezes, ele levantou suas mãos
repetindo a oração do pecador, esse era o primeiro passo de fé que
estava sendo dado, mas não acabaria por aí, quinze minutos após
aceitar Jesus, um segundo convite foi feito (aquele era um culto de
batismo), e o pastor perguntou se alguém gostaria de se batizar, quando
menos percebeu, lá estava ele, descendo às águas do batismo. Esse dia
foi um divisor de águas em sua história (antes e depois de Cristo), e a
partir de então iniciou uma maravilhosa e intensa jornada de fé,
crescendo a cada dia na graça e no conhecimento do nosso Senhor Jesus
Cristo.
Continua no próximo livro ...
***
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O Danyel foi ungido a presbítero no dia 30 de outubro de 2010, pelas
mãos do apóstolo Newton Solda (Igreja Evangélica Alto Lugar). O
período em que congregou na Alto Lugar, pôde experimentar na prática,
diversas nuances ministeriais, foi líder de jovens, deu aula para
crianças, passou pelo ministério de intercessão, tocou baixo no grupo de
louvor, liderou um grupo de evangelismo, realizou vários cultos
domésticos, e por fim pôde fazer algumas viagens missionárias.
Foi um grande exemplo cristão no meio secular, por possuir formação
administrativa, pôde ter acesso a muitas pessoas no ambiente de
trabalho, onde pregou a Palavra do Senhor e muitas pessoas foram
alcançadas pela graça do Senhor Jesus. Trabalhou como professor
voluntário em uma ONG (Núcleo Cristão Cidadania e Vida),
ministrando aulas de administração, contabilidade e matemática
financeira. Foi coordenador no programa Jovem Aprendiz, onde pregou
a Palavra e falou do amor de Deus para os muitos jovens carentes na
comunidade do Parque Novo Mundo, ganhando vários deles para Cristo.
Passou pela Igreja Evangélica Exército de Deus, onde trabalhou com
novos convertidos, conduzindo aproximadamente quarenta almas ao
batismo em águas.
Em 29 de setembro de 2012, casou-se com sua amada esposa Renata,
que não somente é uma auxiliadora, mas tem completado seu ministério
com muita dedicação e amor. Constituiu uma família linda, com três
presentes de Deus: Kawrê, Kenatiê e Eloah.
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Iniciou seu primeiro contato com dependentes químicos, na
Comunidade Terapêutica Amor e Vida, onde ministrou libertação e
discipulou vários jovens. Foi nesse período em que conheceu os futuros
obreiros da Igreja Cristã Rede Acolher.
Em 30 de julho de 2016, recebeu a unção de pastor, pelas mãos do
pastor Edinho Ribeiro, onde assumiu o rebanho da Igreja Cristã Rede
Acolher. Começando o trabalho em sua própria casa, transferindo os
cultos posteriormente para o Taboão da Serra, e por fim, estabeleceu o
ministério, juntamente com o pastor Edinho, na Brasilândia.
Passou pelo ministério Ágape Reconciliação, onde foi treinado e
ungido a dois ministérios importantes, o de libertador e de intercessor,
como libertador foi consagrado pelas mãos do pastor Eduardo Siqueira,
e como intercessor pelas mãos da apóstola Neuza Itioka.
Em 06 de novembro de 2016, foi reconhecido e ungido como Mestre,
onde idealizou o Seminário Bíblico Keryx, edificando a igreja através do
Ministério de Ensino. Como ele mesmo menciona em suas pregações é
um apaixonado por Jesus e por sua Palavra. Tem um testemunho de
vitória em que Deus, com seus laços de amor o escolheu e tem usado sua
vida poderosamente na pregação do Evangelho e no Ministério de
Ensino.
Crê em uma igreja viva, onde os dons do Espírito Santo são
evidentes, tornando a comunidade cada vez mais avivada, caracterizada
como um corpo unido, cheio de alegria e amor de Cristo. Defende a visão
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de ganhar vidas para Jesus, consolidando os irmãos recém-convertidos
através do amor manifestado na comunidade, discipulando e crendo que
todos são chamados a exercer uma função específica no corpo de Cristo,
e por fim, enviando os obreiros para uma prática ministerial.
Atualmente, empenha-se para formar uma instituição sem fins
lucrativos, denominada Instituto Nacional Rede Acolher, trazendo uma
nova visão de profissionalização do Terceiro Setor, idealizando projetos
sociais de alto nível de gestão, a fim de desenvolver na prática a
verdadeira religião citada por Tiago nas Escrituras Sagradas.
A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar
os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da
corrupção do mundo. (Tiago 1.27)
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Sumário
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 15
A FÉ QUE VENCE O MUNDO ....................................................................... 19
SALVAÇÃO UMA QUESTÃO DE ESCOLHA ........................................................ 24
OS FRUTOS DA JUSTIFICAÇÃO ..................................................................... 29
O PODER QUE NOS TRANSFORMA ............................................................... 34
CONFISSÃO DE FÉ .................................................................................... 39
A DISCIPLINA DO JEJUM ............................................................................ 51
DESENVOLVENDO A VIDA DE ORAÇÃO .......................................................... 55
SEMEAR COM SABEDORIA ......................................................................... 59
BATISMO EM ÁGUAS ................................................................................ 63
A CEIA QUE TRÁS A VIDA........................................................................... 68
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Introdução
A decisão de entregar a vida para Jesus é apenas o primeiro passo a
ser dado, a estrada é realmente longa e há muito o que caminhar. O
novo convertido não foi salvo apenas para frequentar uma igreja, mas
para ser transformado em um servo do Senhor Jesus, e crescer na graça
e no conhecimento.
Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a glória, agora e para sempre!
Amém. (2 Pedro 3.18)
A palavra "crescer" é usada em vários contextos: crescer
financeiramente, crescer no relacionamento, crescer na carreira, e assim
por diante, porém o apóstolo Pedro trata sobre o crescimento que todo
ser humano deve desejar, o crescimento espiritual.
Infelizmente, muitas igrejas evangélicas estão repletas de cristãos
que se converteram há vários anos, e que ainda são meninos na fé, é
frustrante ver pessoas que nasceram de novo, ficarem vivendo como
"bebês", inseguras e inconstantes, mesmo após um longo período de
caminhada na fé.
O primeiro passo do cristianismo é a fé, e ninguém pode se tornar
cristão sem dar esse passo, no entanto, isso vai muito além do fato de
simplesmente acreditar em Deus. A verdadeira fé transforma nosso
interior e nos impulsiona em direção ao Senhor e à sua Palavra. Na
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primeira carta do apóstolo João, encontramos uma importante
declaração sobre a verdadeira fé, João afirma que a fé é capaz de vencer
o mundo:
Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória
que vence o mundo: a nossa fé. (1 João 5.4)
Nosso primeiro objetivo de estudo, é meditar sobre esse tão
importante tema, mas não queremos simplesmente falar sobre fé, nosso
desejo é que você mergulhe conosco e experimente em sua vida a
verdadeira e legítima fé, a fé que vence o mundo.
O segundo passo é a doutrina da salvação, onde abordaremos
basicamente que a salvação é uma questão de escolha, pois entendemos
que é da vontade de Deus que todos os homens sejam salvos.
Introduziremos a questão do pecado, sobre o prisma de um modelo
básico de santidade estabelecido por Deus, demostrando a
impossibilidade de o homem alcança a salvação pelo seu próprio mérito.
Em seguida falaremos sobre os frutos da justificação, uma dádiva de
Deus que nos torna justos, não pela nossa própria justiça, mas pela obra
redentora de Jesus Cristo na cruz do calvário.
O próximo ponto a ser abordado é sobre o poder de Deus. Há muita
confusão e misticismo sobre o tema, principalmente no contexto
pentecostal e neopentecostal, assim sendo, será exposto uma sólida base
bíblica, não considerando doutrinariamente as experiências individuais,
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mas encontraremos na Palavra de Deus um panorama sobre o poder da
salvação, o poder no batismo do Espírito Santo, o poder de ser filho de
Deus e por fim, o poder sobre o inimigo.
Elaboramos uma confissão de fé totalmente embasada nas
Escrituras Sagradas, confissão essa, que é geralmente aceita pelas
igrejas pentecostais. Apoiamos nossa confissão de fé sobre as doutrinas
dispensacionalista2, pré-tribulacionista e pré-milenista.
Em seguida, falaremos sobre a prática do jejum como uma disciplina
espiritual, que é essencial para a manutenção da fé cristã. Abordaremos
o assunto jejum de maneira bíblica, sublinhando uma gama de
versículos que tratam sobre o assunto. Nosso desejo é que o jejum seja
uma realidade prática na vida cristã.
A vida de oração não é menos importante, por isso ganha um espaço
fundamental nesse discipulado, que ajudará no desenvolvimento da vida
de oração, mostrando seus fundamentos e consequências na vida do
crente.
O ato de ofertar recursos financeiros no contexto da igreja é o
próximo passo nessa jornada, pois existe muita resistência e preconceito
quando falamos de dízimos e ofertas. Em nosso estudo demonstraremos
2 O dispensacionalismo é uma doutrina teológica e escatológica cristã que afirma que a segunda vinda de Jesus Cristo será um acontecimento no mundo físico, envolvendo o arrebatamento pré-tribulacionista e um período de sete anos de tribulação, após o qual ocorrerá a batalha do Armagedon e o estabelecimento do reino milenar de Cristo sobre a Terra.
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o privilégio de ofertar e como a bíblia trata o assunto com muita
seriedade, intitulamos com o tema: Semear com Sabedoria.
A doutrina do batismo em águas, já caminhando para o fim do
discipulado, é um ponto crucial para que todo novo convertido cumpra a
justiça de Deus. Entendemos esse sacramento como um ato de extrema
espiritualidade, que deve ser ministrado imediatamente após a
conversão, pois se trata de uma confissão pública de fé e um simbolismo
muito forte, onde identifica o crente com Cristo em sua morte,
sepultamento e ressurreição.
E por fim, chegamos à celebração da Ceia do Senhor, com uma
abordagem desmistificada, imputando a esse sacramento, a essência da
comunhão que trás vida, tornando o cristão que participa do corpo e do
sangue, um só corpo com o Senhor.
O Discipulado Nível 1, foi concebido para ser um facilitador da
ministração dos Primeiros Passos na caminhada cristã, atendendo
prontamente a vontade de Deus revelada na Bíblia sobre nosso
necessário crescimento e amadurecimento espiritual.
Leia com atenção cada nota de rodapé, medite na Palavra de Deus, ore
muito, dê liberdade ao Espírito Santo e boa ministração!
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A fé que vence o mundo
Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória
que vence o mundo, a nossa fé. (1 João 5.4)
I - A fé natural3: Deus distribui uma medida mínima de fé para
darmos o primeiro passo ao Senhor.
(Salmos 19.1-3)4 - Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento
anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma
noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde
não se ouça a sua voz.
(Romanos 1.20)5 - Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis
de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos
claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma
que tais homens são indesculpáveis;
3 A ideia de fé natural refere-se a um conceito simples, em que Deus concede ao ser humano a possibilidade de dar o primeiro passo em direção ao trono de sua Graça para ser salvo. 4 Aqui aprendemos que a glória de Deus é anunciada através das coisas criadas, e seria impossível não crer na existência de Deus, no entanto, alguns insistem na incredulidade, apregoando que o universo surgiu por acaso, ou que sempre existiu, sustentado por leis inerentes e impessoais, não obstante, para não acreditar na existência de Deus é necessário um grande esforço intelectual, e possuir uma razão muito aguçada para chegar a conclusão de que Deus não existe. 5 O apóstolo Paulo, sem nenhuma poesia, é categórico em afirmar que Deus demonstrou seu eterno poder através das coisas criadas, e que os homens que insistem na incredulidade serão indesculpáveis no grande dia da prestação de contas.
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(Romanos 12.3) - Porque pela graça que me é dada, digo a cada um
dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense
com moderação, conforme a medida da fé6 que Deus repartiu a cada um.
II - A fé que nos aproxima de Deus: Fé é diferente de acreditar7.
(Hebreus 11.1)8 - Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova
das coisas que não vemos.
(Hebreus 11.6) - Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se
aproxima precisa crer que Ele existe e que recompensa àqueles que o
buscam.
(Romanos 10.17) - De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra
de Deus.
III - Conceito de fé: πιστις pistis9 - Convicção da verdade de algo; uma
convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com
Deus.
Relativo a Deus10: A convicção de que Deus existe e é o criador e
governador de todas as coisas, o provedor e doador da salvação eterna
em Cristo;
6 Isso justifica o porquê algumas pessoas possuem mais fé que outras, e principalmente que a fé pode aumentar ou diminuir. 7 Muitos afirmam acreditar em Deus, no entanto, a verdadeira fé é muito mais do que acreditar, pois a fé nos aproxima de Deus e da sua Palavra. 8 A certeza e a convicção das coisas que esperamos, é uma dádiva de Deus que Ele nos concede para vermos o invisível, ouvir o inaudível e alcançar o inalcançável. 9 Dicionário Bíblico Strong - Léxico Hebraico, Aramaico e Grego - SBB - 4102.
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Relativo a Cristo11: Convicção ou fé forte e benvinda de que Jesus é o
Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de
Deus.
Confiança12: A fé com a ideia predominante de confiança; fidelidade,
lealdade; caráter de alguém em quem se pode confiar.
IV - A fé não é passiva: É necessário colocar a fé em ação.
(Tiago 2.17) 13 - Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si
mesma.
(Tiago 2.26) - Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto,
assim também a fé sem obras é morta.
(Atos 16.5) - De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé, e cada dia
cresciam em número.
V - A fé deve ser imitada14: Devemos olhar parta o homem sim.
10 A convicção de que Deus é Todo Poderoso e Salvador é o primordial para uma vida de fé. 11 A convicção de que Jesus é o Messias trás ao crente a segurança da salvação. 12 A fidelidade é um princípio importante da fé, que nos ensina a confiar em Deus além das circunstâncias. 13 Tiago ao se referir às obras, está trazendo a ideia de ações no que diz respeito à fé, e de maneira nenhuma está contradizendo Paulo acerca da salvação pela fé sem as obras. 14 No meio evangélico é muito utilizada a expressão: “Você não pode olhar para o homem, pois se olhar para o homem você cai. Você deve olhar somente para Jesus!”, em parte essa afirmação está correta, pois ao vemos Pedro andar sobre o mar, ele começou a afundar quando tirou os olhos de Jesus, porém, a bíblia nos incentiva a imitar a fé de nossos irmãos, sendo que, devemos sim olhar para o homem, como um exemplo de fé a ser seguido.
22
(Hebreus 6.12)15 - Para que vos não façais negligentes, mas sejais
imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas.
(Hebreus 13.7)16 - Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a
palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de
viver.
Conclusão17: Viver a fé que vence o mundo é crescer a cada dia,
desfrutando todos os tesouros da fé!
Não devemos desperdiçar a fé natural dada por Deus, com as coisas
desse mundo passageiro, mas usá-la para dar os primeiros passos em
direção a Deus;
Fé é diferente de acreditar, e devemos nos aproximar cada vez mais do
Senhor, crendo que Ele é bom para nos abençoar sempre que o
busquemos;
A fé não é passiva, mas cheia de atitude que transforma tudo ao nosso
redor;
Imitar a fé é um princípio de unidade cristã que contagia e edifica o
corpo de Cristo.
15 Aqui o escritor aos Hebreus usa a palavra “negligente” para expressar a importância e o dever de sermos imitadores de homens e mulheres de fé, que herdaram as promessas de Deus. 16 O apóstolo dá grande valor aos pastores, que dirigem a vida da igreja com responsabilidade e fé, alimentando os fiéis com a Palavra de Deus. 17 A fé que vence o mundo não deve ser apenas uma maneira de alcançar as bênçãos de Deus, mas sim deve ser encarada como um estilo de vida.
23
***
Questões para fixação
1) Se Deus reparte uma medida de fé para cada um de nós, como
podemos aumentar nossa fé?
2) Qual é a diferença entre ter fé e acreditar?
3) Podemos afirmar que a fé está relacionada com a confiança?
4) Quando percebemos que nossa fé não é passiva?
5) Em que momento a fé passa do natural para o sobrenatural?
24
Salvação uma questão de escolha
(vida ou morte)
Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer
que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.
(1 Timóteo 2.3-4)18
Pergunta para meditar: Ser salvo do que?19
I - Salvação é uma questão de escolha20: O homem possui o livre
arbítrio para decidir o seu próprio destino eterno.
(Deuteronômio 30.19)21 - Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas
contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a
maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência.
II - A terrível consequência do pecado22: O pecado engana, seduz e
ainda paga o seu salário.
18 Paulo deixa muito claro nesse texto que é da vontade de Deus que todos sejam salvos. 19 É comum as pessoas acharem que precisamos ser salvos do diabo, ou do pecado, porém é de suma importância esclarecer que nossa salvação diz respeito à ira divina que cairá sobre a terra para punir àqueles que rejeitam a Graça de Deus. 20 Há pelo menos duas escolas teológicas de doutrina da salvação, a primeira é a de João Calvino que defendeu a predestinação e a segunda (que nós cremos) é a de Jacó Armínio que entendeu que a salvação é uma questão de livre arbítrio, em que o homem pode resistir a Deus no que diz respeito a sua salvação. 21 Uma audiência celestial é estabelecida e Deus propõe a vida e a morte, para que o homem faça a sua escolha, e como Deus é bom, Ele ainda sugere que escolhamos a vida. 22 O termo “pecado” vem do grego αμαρτια hamartia, que significa “errar o alvo”, o que trás a ideia de errar o alvo da vontade de Deus para nossas vidas.
25
(Romanos 6.23) - Porque o salário do pecado é a morte23, mas o dom
gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.
III - Padrão mínimo de perfeição: Os dez mandamentos (Decálogo)24
(Êxodo 20.4-17) - Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma
semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem
nas águas debaixo da terra. Não tomarás o nome do Senhor teu Deus
em vão25; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome
em vão. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás
nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo,
nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está
dentro das tuas portas. Honra a teu pai e a tua mãe, para que se
prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá. Não
matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho
contra o teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo26, não
cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva,
nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
23 Existem três tipos de morte, a saber: a morte física, a morte espiritual e a morte eterna. A doutrina do salário do pecado está se referindo à segunda, ou seja, a morte espiritual. 24 Esse padrão mínimo de santidade estabelecido por Deus, nos mostra que jamais conseguiremos alcançar nossa salvação pelo cumprimento da lei, mas precisamos depender totalmente da graça divina e da redenção por nosso Salvador Jesus Cristo que nos resgatou da maldição do pecado. Se tropeçarmos em um único mandamento somos culpados de toda a lei, conforme Tiago 2.10. 25 Quem nunca falou o nome de Deus em vão? 26 E ainda quem nunca cobiçou nada de ninguém?
26
IV - A Salvação é somente pela graça27: Não fazemos boas obras
para sermos salvos, mas fazemos boas obras porque somos salvos.
(Efésios 2.8-10) - Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não
vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras28, para que ninguém se
glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas
obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.
(João 3.16)29 - Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna.
V - Necessidade de confissão: Assumir nossa fé publicamente é uma
condição “sine qua non30” para sermos salvos.
(Romanos 10.9-10) - A saber: Se com a tua boca confessares31 ao Senhor
Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca
se faz confissão para a salvação.
27 A palavra “graça” vem do grego χαρις charis, que significa “favor imerecido”, sendo um fruto exclusivo da bondade e misericórdia de Deus para com quem crê em Jesus Cristo. 28 Não há nada que podemos fazer para “comprar” nossa salvação, não obstante, crer em Jesus Cristo para tornarmos participantes dessa graça. O termo já fala por si só: é de graça! 29 O amor de Deus é o ápice dessa Graça, ao ponto de sacrificar seu único Filho por amor. 30 “Sine qua non” é uma locução adjetiva, do latim, que significa “sem a qual não”. É uma expressão frequentemente usada no nosso vocabulário e faz referência a uma ação ou condição que é indispensável, que é imprescindível ou que é essencial. 31 Confessar o Senhor Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, é mais do que levantar a mão em resposta a um apelo evangelístico. Confessar Jesus Cristo é não se envergonhar de seu evang elho e assumir publicamente uma posição de fé diante de todos.
27
(Mateus 10.32-33)32 - Portanto, qualquer que me confessar diante dos
homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas
qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante
de meu Pai, que está nos céus.
Resposta: Ser salvo da ira de Deus33.
(Apocalipse 6.14-17) - E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e
todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. E os reis da
terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o
servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das
montanhas; E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e
escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira
do Cordeiro; Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá
subsistir?
Conclusão34: A conversão cristã é o ato pelo qual a pessoa se volta do
pecado para Jesus Cristo, tanto para obter perdão dos pecados, como
para se libertar deles.
***
32 Há um grande perigo de negar a Cristo, pois Ele próprio declara que a consequência de negá-Lo diante do homem é que Ele nos negará diante de Deus. 33 A ira de Deus é uma coisa espantosa, assustadora e iminente. Alguns alegam uma percepção equivocada no que diz respeito à ira de Deus, pois enxergam um Deus duro e punidor no Antigo Testamento e um Deus amoroso e salvador no Novo Testamento, no entanto o texto é claro em afirmar que os pecadores descritos em Apocalipse 6, queriam se esconder da ira do Cordeiro, ou seja, do próprio Jesus. 34 A salvação vem acompanhada de uma notória mudança de vida.
28
Questões para fixação
1) Em relação ao tema salvação, pergunta-se: Ser salvos do que?
2) Porque podemos afirmar que a salvação é uma questão de escolha?
3) O que significa pecado e quais são suas consequências ao cometê-lo?
4) Se somos salvos pela graça, porque precisamos praticar boas obras?
5) Como podemos definir a verdadeira conversão cristã.
29
Os frutos da justificação
Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso
Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta
graça na qual agora estamos firmes;
(Romanos 5.1-2)35
I - Definição Contemporânea: O termo justificação é utilizado
constantemente em nossos dias.
36Ato ou efeito de justificar ou justificar-se; Descarga de culpa; Aquilo
que justifica;
Razão; desculpa; Prova judicial; Instrumento do processo;
II - Definição etimológica37: Etimologia é o estudo da origem e da
evolução das palavras.
δικαιωσις dikaiosis38: É o ato de Deus que declara as pessoas livres de
culpa e aceitáveis para Ele; que declara ser reto e justificado.
35 Os verbos estão todos no tempo presente, e expressam atividade constante. A verdadeira paz que só os cristãos possuem é a paz com Deus. Este é um estado exclusivo para aquele que é declarado justificado e totalmente livre da culpa. 36 Definição extraída do dicionário online Priberam da Língua Portuguesa. 37 Etimologia (do grego antigo ἐτυμολογία, composto de "étymos" e “logia") é a parte da gramática que trata da história ou origem das palavras e da explicação do significado de palavras através da análise dos elementos que as constituem. 38 Dicionário Bíblico Strong - Léxico Hebraico, Aramaico e Grego - SBB - 1347.
30
III - Definição teológica39: A justificação é um ato de Deus
instantâneo, eterno, gracioso, livre e judicial, pelo qual, devido ao mérito
do sangue e da justiça de Cristo, um pecador arrependido e crente, é
livrado da penalidade da Lei, restaurado ao favor de Deus e considerado
como possuindo a justiça imputada de Jesus Cristo.
É um ato do tribunal do céu.40
Não faz o crente justo ou santo perante o mundo, mas o faz justo e santo
quanto à sua posição em Cristo perante Deus.
I - O Autor da justificação é Deus41: Deus é o Autor da justificação.
O homem nada tem que ver com a sua própria justificação.
(Romanos 5.12) - Portanto, como por um homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os
homens por isso que todos pecaram.
(Romanos 8.33) - Quem intentará acusação contra os escolhidos de
Deus? É Deus quem os justifica.
(Romanos 3.24) - Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela
redenção que há em Cristo Jesus.
39 Definições teológicas são pensamentos baseados no conhecimento acerca da Divindade e do estudo das Escrituras Sagradas. 40 Compreender que Deus é amor é de extrema importância, mas além de se amor, Deus também é Juiz e seu juízo é a base do seu trono. 41 Com a entrada da morte no mundo, através do pecado original, fica claro que o homem é totalmente incapaz de justificar-se perante Deus, pois está morto em seus pecados, e é somente pela redenção e vida que há em Cristo Jesus que o homem pode ser justificado.
31
II - A justificação não é pela lei42: Nada no homem é fundamento
para a justificação.
(Atos 13.38-39) - Seja-vos, pois, notório, homens irmãos, que por este
[Jesus] se vos anuncia a remissão dos pecados. E de tudo o que, pela lei
de Moisés, não pudestes ser justificados, por Ele é justificado todo
aquele que crê.
(Gálatas 2.16) - Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da
lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo,
para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei;
porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.
(Romanos 3.28)43 - Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé
sem as obras da lei.
III - O fundamento da justificação é o sangue de Cristo: O sangue
de Cristo paga a penalidade44.
(Romanos 5.9)45 - Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo
seu sangue, seremos por Ele salvos da ira.
42 A lei de Moisés consistia de muitos princípios, normas, cerimônias, rituais e símbolos para lembrar o povo de Israel quanto aos seus deveres e responsabilidades, porém não é possível que alguém seja justificado pelo cumprimento da lei. 43 Paulo exclui qualquer possibilidade de justificação pelas obras da lei. 44 Alguns recibos de impostos em papiro datados da época de Jesus foram encontrados com a palavra: “τελεστές Tetelestai”, o que significa que foram totalmente liquidados. Sendo esta a última palavra que Jesus disse antes de morrer na cruz: “Tetelestai - Está consumado”, indica que nossa dívida foi totalmente liquidada.
32
(Colossenses 1.20)46 - E que, havendo por Ele feito a paz pelo sangue da
sua cruz, por meio dEle reconciliasse consigo mesmo todas as coisas,
tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.
Conclusão47: O pecador não merece nada, exceto a condenação, logo a
justificação é inteiramente de graça!
(Romanos 10.10)48 - Visto que com o coração se crê para a justiça, e com
a boca se faz confissão para a salvação.
***
45 Observe que a base para a justificação é o sangue de Cristo que nos garante a futura salvação e nos livra do castigo da ira de Deus. 46 Deus, por meio de Cristo reconciliou consigo mesmo não somente o homem, mas todo o universo, aqui há um mistério insondável, no entanto, amplifica sobre maneira, em nossa mente limitada o alcance imensurável do poder do sangue de Jesus. 47 Nunca poderemos nos vangloriar de absolutamente nada, diante de Deus, pois todos os benefícios que adquirimos em Cristo, nunca poderiam ser conquistados por mérito humano. 48 Esta confiança é uma atividade constante e refere-se à justiça de Deus e a confissão é também uma atividade constante e referente à salvação. Estas verdades, confessadas e cridas, são convicções com consequências eternas.
33
Questões para fixação
1) O que significa o termo justificação em todas as suas definições?
2) Tendo em vista que não somos justificados pelas obras da lei,
devemos desprezar a lei de Moisés?
3) A justificação é inteiramente pela graça, porém qual é a postura que
devemos ter em relação ao pecado?
4) Qual é a participação do homem no processo de justificação?
5) Qual é o papel de Jesus Cristo na justificação do homem perante
Deus?
34
O poder que nos transforma
Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as
Escrituras, nem o poder de Deus. (Mateus 22.29)
Introdução49: Conhecer o Poder pela experiência e não pelas
Escrituras, pode conduzir muitos ao erro.
Muitos de Samaria erraram ao reconhecer um poder que não era o
verdadeiro Poder
(Atos 8.9-10)50 - Ora, estava ali certo homem chamado Simão, que vinha
exercendo naquela cidade a arte mágica [feitiçaria], fazendo pasmar o
povo da Samaria, e dizendo ser ele uma grande personagem; ao qual
todos atendiam, desde o menor até o maior, dizendo: Este é o Poder de
Deus que se chama Grande.
1 - O Poder que não depende de mim51 (Não pode ser “ligado” ou
“desligado”)
49 Cremos na experiência carismática pentecostal, no entanto, sabemos que satanás e seus demônios também podem realizar muitos sinais e prodígios a fim de promover o engano, não obstante, manifestamos o desejo de conhecer o poder de Deus, primeiramente através das escrituras sagradas, que nos apresenta um vasto conteúdo que nos preservará do erro, e posteriormente sim, experimentarmos esse maravilhoso e divino poder. 50 As pessoas foram enganadas por seus truques e lhe atribuíram o Grande Poder. Grande era uma palavra usada pelos gregos para designar o Deus judeu (o poder de Deus que é chamado Grande). 51 Existe no meio evangélico pentecostal, um jargão que diz que devemos “dar lugar”, como se o poder de Deus pudesse fluir a partir da dependência de nossas atitudes, porém quando falamos de salvação, a palavra nos ensina que não depende de nós, devemos apenas pregar que o próprio evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.
35
Poder de Salvação - Dunamis: (Romanos 1.16) - Porque não me
envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para
salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.
δυναμις dunamis: Poder inerente; Poder que reside numa coisa pela
virtude de sua própria natureza.
Dínamo52: Aparelho que gera corrente contínua, convertendo energia
mecânica em elétrica, através de indução eletromagnética, encontrado
em carros antigos (hoje substituído pelo alternador).
(1 Coríntios 1.18) - Porque a palavra da cruz é loucura para os que
perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.
Batismo no Espírito Santo - Dunamis: (Atos 1.8) - Mas receberão
poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas
testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os
confins da terra.
Dinamite53: Para fazer a dinamite, precisa-se apenas da nitroglicerina
e terra diatomácea (apresenta-se puro, maciço e muito leve).
(1 Coríntios 12.8-11)54 - Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da
sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; E a
52 A palavra latina “dínamo” vem do grego δυναμις dunamis, que significa “poder inerente”, ou seja, tem a capacidade em si próprio de produzir esse “poder”. 53 É muito interessante a comparação do poder de Deus com a dinamite (raiz no termo dunamis), uma vez que o batismo no Espírito Santo gera uma explosão de fé para viver o sobrenatural. 54 O Espírito Santo é o despenseiro soberano dos dons, e distribui para cada um como quer.
36
outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons
de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a
outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e
a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito
opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como
quer.
χαρισμα charisma55: Favor que alguém recebe sem qualquer mérito
próprio; dom da graça divina.
Dons de revelação56: Palavra da Sabedoria, Palavra da Ciência e Dom
de discernir espíritos;
Dons de poder57: Dom da Fé, Dons de Curar e Operação de Milagres;
Dons de inspiração58: Profecia, Variedade de Línguas e Interpretação
de Línguas.
2 - O Poder que depende de mim (É necessário tomar posse)
55 Dicionário Bíblico Strong - Léxico Hebraico, Aramaico e Grego - SBB - 5486. 56 Os dons de revelação refere-se a capacidade sobrenatural que propicia uma visão além do material. Faz com que o homem penetre na raiz de cada acontecimento, sentimento ou situação, Deus dá o diagnóstico ou a causa de um problema à luz de uma repentina revelação. 57 Os dons de Poder são a mais espantosa manifestação do Poder de Deus, deixa todos perplexos e glorifica a Deus por se tratar de milagres. 58 Os dons de inspiração não podem ser confundidos com os de revelação, pois o Espírito Santo trabalha no interior impulsionando o ministro da espontaneidade da inspiração.
37
Poder de filho - Exousia: (João 1.12) - Mas, a todos quantos o
receberam, deu-lhes o poder59 de serem feitos filhos de Deus, aos que
crêem no seu nome;
εξουσια exousia60: Poder de escolher; Licença ou permissão; Poder da
autoridade; O Poder de reger ou governar; O Poder de alguém de quem
a vontade e as ordens devem ser obedecidas pelos outros.
Poder sobre o inimigo - Exousia: (Lucas 10.19) - Eis que vos dou
poder61 para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e
nada vos fará dano algum.
Conclusão: (2 Coríntios 4.5-7 NVI) - Porque não nos pregamos a nós
mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos
servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas
resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para
iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.
Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do
poder seja de Deus, e não de nós.
***
3
59 Aqui a palavra traduzida por “poder”, não é o dunamis visto até agora, mas sim exousia que trás a ideia de uma autoridade que depende de mim, pois Senhor já nos deu o poder de ser filho de Deus, temos que tomar posse. 60 Dicionário Bíblico Strong - Léxico Hebraico, Aramaico e Grego - SBB - 1849. 61 O mesmo princípio se aplica em relação ao inimigo das nossas almas, ou seja o Senhor já nos deu o poder contra o diabo e seus demônios, agora só depende de nós exercermos essa autoridade.
38
Questões para fixação
1) Muitos de Samaria erraram ao reconhecer um poder que não era o
verdadeiro Poder de Deus. Em quais situações vemos esse erro em
nossos dias?
2) Qual deve ser a postura do cristão ao anunciar a mensagem da cruz,
uma vez que é loucura para os que se perdem?
3) O que precisamos fazer para receber os dons Espírito Santo, sendo
que esse Poder não depende de nós?
4) Quem pode receber o Poder de ser filho de Deus?
5) Jesus nos deu autoridade para pisar em serpentes e escorpiões
(demônios). Como podemos exercer essa autoridade?
39
Confissão de fé
Introdução62: Em tempos de tanta confusão teológica por que passa a
igreja cristã, não é aconselhável professar o cristianismo sem afirmar
com clareza aquilo em que se crê. Temos que ter a ousadia de afirmar
clara e abertamente e, de preferência, de forma escrita, as coisas em que
cremos. Tantas são as heresias e as tentativas de assalto à fé genuína
que tornam-se necessárias a formulação e a confissão daquilo em que
cremos, para que a igreja, na sua inteireza, não venha a ficar perdida,
lançada de um lado para outro por quaisquer ventos de doutrina.
I - Cremos em um só Deus, subsistente em três pessoas63: o Pai, o Filho
e o Espírito Santo.
(Marcos 1.9-11) - E aconteceu naqueles dias que Jesus, tendo ido de
Nazaré da Galiléia, foi batizado por João, no Jordão. E, logo que saiu da
água, viu os céus abertos, e o Espírito, que como pomba descia sobre
Ele. E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu Filho amado
em quem me comprazo.
(Mateus 28.19) - Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
62 Sugerimos que para ministrar a Confissão de Fé, deve-se evitar ler todos os versículos, uma vez que, a leitura seria muito extensa e sairia do proposto de ministrar em apenas um encontro todo conteúdo. 63 A doutrina cristã da Trindade vem do latim trinitas "tríade" e trinus "tripla", define Deus como três pessoas consubstanciais, expressões ou hipóstases: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; um Deus em três pessoas. As três pessoas são distintas, mas são uma substância, essência ou natureza. Neste contexto, a "natureza" é o que se é, enquanto a "pessoa" é quem se é.
40
II - Cremos na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível
de fé normativa para a vida e o caráter cristão64.
(2 Timóteo 3.14-17) - Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e
de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a
tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio
para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é
divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja
perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.
III - Cremos na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e
expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua
ascensão vitoriosa aos céus.
(Isaías 7.14) - Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a
virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome
Emanuel.
(Romanos 8.34) - Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou
antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus,
e também intercede por nós.
64 Defendemos a inerrância bíblica, que é a doutrina em que a bíblia está totalmente livre de contradições. Deus usou as diversas personalidades e estilos literários dos escritores, mas a inspiração de Deus os guiou para impecavelmente projetar sua mensagem através de sua própria linguagem e personalidade. Infalibilidade e inerrância se referem aos textos originais da bíblia.
41
(Atos 1.9) - E, quando [Jesus] dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às
alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.
IV - Cremos na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de
Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e
redentora de Jesus Cristo é que pode restaurar a Deus.
(Romanos 3.23) - Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de
Deus;
(Atos 3.19) - Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam
apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério
pela presença do Senhor.
V - Cremos na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em
Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus,
para tornar o homem pronto para o reino dos céus65.
(João 3.3-8) - Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te
digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode,
porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus
respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer
da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é
nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te
65 O novo nascimento é um elemento fundamental e um dos principais sinais distintivos. Na prática, este termo refere-se a uma conversão genuína para se referir àqueles que tomaram a decisão de seguir Jesus. É o começo da santificação do crente.
42
maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento
assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem
para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
VI - Cremos no perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na
eterna justificação da alma recebida gratuitamente de Deus pela fé no
sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor.
(Atos 10.43) - A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os
que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome.
(Romanos 10.13; 3.24-26) - Porque todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo. Sendo justificados gratuitamente pela sua graça,
pela redenção66 que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para
propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela
remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para
demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja
justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.
(Hebreus 7.25; 5.9) - Portanto, pode também salvar perfeitamente os
que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.
E, sendo Ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para
todos os que lhe obedecem;
66 Redenção é o ato ou efeito de redimir ou remir, que significa libertação, reabilitação, reparo, salvação. É o ato de adquirir de novo, de resgatar, de tirar do poder alheio, do cativeiro. É livrar-se de um passo arriscado, é livrar-se das penas do inferno. (www.significados.com.br/redencao).
43
VII - Cremos no batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro de
uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,
conforme determinou o Senhor Jesus Cristo.
(Mateus 28.19) - Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
(Romanos 6.1-6) - Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para
que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o
pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos quantos
fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De
sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que,
como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim
andemos nós também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados
juntamente com Ele na semelhança da sua morte, também o seremos na
da sua ressurreição; Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com Ele
crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não
sirvamos mais ao pecado.
(Colossenses 2.12) - Sepultados com Ele no batismo, nEle também
ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os
mortos.
44
VIII - Cremos na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida
santa67 mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário,
através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito
Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de
Cristo.
(Hebreus 9.14) - Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito
eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas
consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
(1 Pedro 1.15-16) - Mas, como é Santo aquele que vos chamou, sede vós
também santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está
escrito: Sede santos, porque eu sou santo.
IX - Cremos no batismo bíblico no Espírito Santo68 que nos é dado por
Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar
em outras línguas, conforme a sua vontade.
(Atos 1.5; 2.4) - Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós
sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. E
todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras
línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
67 Compreende-se a santificação, como uma consciência de separação, em que o crente nascido de novo, passa de uma vida pecaminosa a uma postura de luta contra o pecado e a renúncia de hábitos que ferem os princípios da palavra de Deus. 68 Cremos que Deus concede inicialmente como o batismo no Espírito Santo, um ou mais dons, no entanto, nada impede que o crente continue crescendo, “procurando com zelo os melhores dons”.
45
(Atos 10.44-46) - E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito
Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da
circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se
de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.
Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus.
(Atos 19.1-7) - E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo,
tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e
achando ali alguns discípulos, Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito
Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que
haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados
então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse:
Certamente João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao
povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E
os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-
lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas,
e profetizavam. E estes eram, ao todo, uns doze homens.
X - Cremos na atualidade69 dos dons espirituais distribuídos pelo
Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana
vontade.
(1 Coríntios 12.1-12) - Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos,
que sejais ignorantes. Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos
69 A distribuição dos Dons Espirituais na Igreja manifesta a diversidade da operação do Espírito Santo em favor do seu povo para edificar sua Igreja. É notória a atualidade dos dons, uma vez que, o Senhor não revoga suas promessas e até hoje tem derramado seu poder sobre a terra.
46
ídolos mudos, conforme éreis guiados. Portanto, vos quero fazer
compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é
anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo
Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há
diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.
Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo
mesmo Espírito, a palavra da ciência; E a outro, pelo mesmo Espírito, a
fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a
operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de
discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a
interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas
estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. Porque,
assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros,
sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.
XI - Cremos na Segunda vinda prémilenial70 de Cristo, em duas fases
distintas: Primeira - Invisível ao mundo, para arrebatar71 a sua igreja
fiel da terra, antes da grande tribulação e Segunda - Visível e corporal,
com sua igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos.
70 O pré-milenismo, ou pré-milenialismo, é a visão de que a segunda vinda de Cristo ocorrerá antes do seu reino milenar e que esse reino será um período literal de 1.000 anos. 71 O pré-tribulacionismo está diretamente ligado ao dispensacionalismo clássico, que é o método futurista e literal de interpretação do Apocalipse, defende que a Igreja será arrebatada antes do período da grande tribulação.
47
(1 Tessalonicenses 4.16,17) - Porque o mesmo Senhor descerá do céu
com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que
morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos
vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a
encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
(1 Coríntios 15.51-54) - Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem
todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento,
num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta
soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da
incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E,
quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto
que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra
que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.
(Apocalipse 20.4) - E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes
dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo
testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a
besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem
em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.
(Zacarias 14.5) - E fugireis pelo vale dos meus montes, pois o vale dos
montes chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do
terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o Senhor meu
Deus, e todos os santos contigo.
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(Judas 14) - E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de
Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos;
XII - Cremos que todos os cristãos comparecerão ante o tribunal de
Cristo, para receber a recompensa72 dos seus feitos em favor da causa de
Cristo na Terra.
(2 Coríntios 5.10) - Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de
Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do
corpo, ou bem, ou mal.
XIII - Cremos no juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará
os infiéis73.
(Apocalipse 20.11-15) - E vi um grande trono branco, e o que estava
assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se
achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam
diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da
vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos
livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a
morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados
cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no
72 Jesus prometeu recompensas para cada um conforme as suas obras, porém é importante compreender que o galardão é consequência e fruto da ação da graça de Deus em nós, sem o qual, jamais seríamos considerados merecedores de qualquer coisa no céu. 73 Assim como a recompensa dos santos será de acordo com as obras, a punição dos ímpios também será segundo as suas obras, conforme o que for achado escrito nos livros das obras.
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lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado
escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
XIV - Cremos na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de
tristeza e tormento para os infiéis.
(Mateus 25.46) - E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para
a vida eterna.
Conclusão: Cada ponto abordado em nossa confissão de fé, é base de
toda doutrina e se houver qualquer discordância, não há como
comungarmos em perfeita harmonia no ministério.
***
Questões para fixação
1) Porque é tão importante elaborar uma confissão de fé detalhada e de
preferencialmente de forma escrita?
2) A doutrina da trindade divina é o primeiro item de nossa lista, sendo
essa crença a base de toda a fé cristã. Como podemos compreender que o
Pai, o Filho e o Espírito Santo, são um e ao mesmo tempo três?
3) Porque afirmamos crer na necessidade absoluta do novo nascimento
pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de
Deus?
4) Os dons espirituais são para nossos dias ou cessou nos tempos da
Igreja primitiva?
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5) Como devemos aguardar a segunda vinda de Jesus?
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A disciplina do jejum
E Jesus disse-lhes: Podem porventura os filhos das bodas jejuar
enquanto está com eles o esposo? Enquanto têm consigo o esposo, não
podem jejuar; Mas dias virão em que lhes será tirado o esposo, e então
jejuarão naqueles dias. (Marcos 2.19-20)
Introdução74: O jejum se define pela abstinência total ou parcial de
alimentos por um período definido e propósito específico. Tem sido
praticado pela humanidade em praticamente todas as épocas, nações,
culturas e religiões.
I – Propósitos de jejum no Antigo Testamento: Encontramos
diferentes propósitos para o jejum na antiga aliança.
Jejum para consagração75: O voto do nazireado envolvia a
abstinência de determinados tipos de alimentos.
(Números 6.1-4) - E falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de
Israel, e dize-lhes: Quando um homem ou mulher se tiver separado,
fazendo voto de nazireu, para se separar ao Senhor, de vinho e de
bebida forte se apartará; vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte
não beberá; nem beberá alguma beberagem de uvas; nem uvas frescas
nem secas comerá. Todos os dias do seu nazireado não comerá de coisa
alguma, que se faz da vinha, desde os caroços até às cascas.
Jejum como arrependimento de pecados76: Samuel jejuou
juntamente com o povo como um sinal de arrependimento de pecados.
(1 Samuel 7.5-6) Disse mais Samuel: Congregai a todo o Israel em
Mizpá; e orarei por vós ao Senhor. E congregaram-se em Mizpá, e
74 O jejum pode ser praticado com finalidade espiritual ou medicinal, visto que o jejum traz tremendos benefícios físicos com a desintoxicação que produz no corpo, porém nosso estudo será o jejum bíblico. 75 Deus desejava que o seu povo se tornasse um "reino de sacerdotes e uma nação santa", e o nazireado era um passo que qualquer israelita, homem ou mulher, podia dar, pois a pessoa colocava-se na condição de uma vida consagrada a Deus e livre de contaminação. Incluindo a prática do jejum. 76 Não somos perdoados por jejuar, mas o jejum pode traduzir exteriormente uma postura interior de quebrantamento.
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tiraram água, e a derramaram perante o Senhor, e jejuaram aquele dia,
e disseram ali: Pecamos contra o Senhor. E julgava Samuel os filhos de
Israel em Mizpá.
Jejum pela dor do luto: Davi jejuou em expressão de dor pela morte
de Saul e Jônatas.
(2 Samuel 1.12) - E prantearam, e choraram, e jejuaram até à tarde por
Saul, e por Jônatas, seu filho, e pelo povo do Senhor, e pela casa de
Israel, porque tinham caído à espada.
Jejum para buscar proteção divina77: Esdras proclamou jejum
pedindo a proteção e bênção de Deus sobre sua viagem.
(Esdras 8.21) - Então apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos
humilharmos diante da face de nosso Deus, para lhe pedirmos caminho
seguro para nós, para nossos filhos e para todos os nossos bens.
Jejum para enfrentar situações difíceis: Ester pede que seu povo
jejue por ela, para seu encontro com o rei.
(Ester 4.15-16) - Então disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu:
Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim,
e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e
as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei,
ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci.
Jejum como intercessão78: Daniel orando e jejuando por Jerusalém e
por seu povo.
(Daniel 9.3, 10.2-3) - E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o
buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza. Naqueles dias
eu, Daniel, estive triste por três semanas. Alimento desejável não comi,
77 Nunca se deve usar o jejum como uma barganha com Deus, mas como diz o salmista: (Salmos 51-17b) - A um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus. 78 A oração e o jejum são essenciais nesse processo de Intercessão, pois se estamos dispostos a morrer por Cristo, estamos dispostos a morrer pelo próximo e colocar-se na brecha é um tipo de morte.
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nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com
unguento, até que se cumpriram as três semanas.
II – Propósitos de jejum no Novo Testamento: Um dos propósitos
mais notório encontrado no Novo Testamento acerca do jejum é a
preparação.
Jejum como preparação para a batalha espiritual79: Jesus
mencionou que determinadas castas de demônios só sairão por meio de
oração e jejum, que trazem um maior revestimento de autoridade.
(Mateus 17.21) - Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela
oração e pelo jejum.
Jejum como preparação para o ministério80: Jesus só começou seu
ministério depois de ter sido cheio do Espírito Santo e se preparado em
jejum no deserto.
(Lucas 4.1-2, 13-14) - E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão
e foi levado pelo Espírito ao deserto; E quarenta dias foi tentado pelo
diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma; e, terminados eles, teve
fome. E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum
tempo. Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a
sua fama correu por todas as terras em derredor.
III – O jejum que agrada a Deus: (Isaías 58.5-8) - Seria este o jejum
que eu escolheria, que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a
sua cabeça como o junco, e estenda debaixo de si saco e cinza?
Chamarias tu a isto jejum e dia aprazível ao Senhor? Porventura não é
este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que
desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e
despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu
pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando
vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? Então romperá a
79 A prática do jejum desenvolve o exercício da autoridade espiritual. Sendo uma atitude individual e contínua no contexto da Batalha Espiritual. 80 O jejum prepara a terra, quebra o orgulho, disciplina o corpo e humilha a alma.
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tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua
justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda.
Conclusão: Se você não está acostumado a jejuar, comece com um
jejum pequeno e vai aumentando aos poucos. Se você sentir de Deus que
deve parar, pare. Se você tem problemas de saúde, procure uma opinião
médica antes de iniciar. Aí é só começar!
***
Questões para fixação
1) Encontramos diferentes propósitos para o jejum no Antigo
Testamento, como podemos aplicar esses propósitos em nossa realidade
atual?
2) Qual é o papel do jejum no contexto de batalha espiritual?
3) O jejum como preparação para o ministério, é uma condição
obrigatória?
4) Segundo Isaías 58.5, qual é a maneira adequada para jejuar?
5) O recém convertido deve jejuar por longos períodos?
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Desenvolvendo a vida de oração
Orai sem cessar. (1 Tessalonicenses 5.17)
Introdução: Ao longo dos séculos na Igreja, muitos homens e mulheres
têm testemunhado inúmeras bênçãos do Senhor sobre suas vidas,
porém, podemos afirmar que não é possível desfrutar de um
cristianismo completo, se não houver uma vida ativa de oração.
I – Princípios sobre oração81: O Senhor Jesus Cristo abriu o caminho
da oração para todos aqueles que amam a Deus, possam entrar em sua
presença, porém existem alguns princípios a serem observados.
Ter a motivação correta82: (Tiago 4.3) - Pedis, e não recebeis, porque
pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.
Evitar as repetições83: (Mateus 6.7) - E, quando orardes, não useis de
vãs repetições, como fazem os pagãos, pois imaginavam que devido ao
seu muito falar serão ouvidos.
Recompensa na intimidade: (Mateus 6.6) - Tu, porém, quando
orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está
em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.
O poder da concordância84: (Mateus 18.18-20) - Em verdade vos digo
que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que
desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se
dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem,
81 Não há uma regra específica para orar, porém a oração esta presente em toda a bíblia, e podemos observar alguns princípios que norteiam esse tema tão importante. 82 Tiago apresenta uma motivação inaceitável daqueles que pedem para esbanjardes em vossos prazeres. A condição essencial de toda oração se encontra em I João 5.14: "Se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, Ele nos ouve”. 83 Tal atitude é como se a oração fosse um esforço para vencer a má vontade de Deus em responder, cansando-o com nossas palavras. 84 Segundo D. L. Moody em seu comentário de Mateus, a promessa de que a oração será atendida se ao menos dois concordarem, fornece uma prova adicional de que as decisões tomadas através de oração pela congregação serão divinamente aprovadas.
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isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde
estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio
deles.
A certeza da resposta85: (Mateus 21.22) - E, tudo o que pedirdes em
oração, crendo, o recebereis.
II - Passos para desenvolver a vida de oração: Desenvolver hábitos
saudáveis de oração pode fazer toda a diferença na vida de todo cristão.
O altar86: Determine um lugar para orar, esse será o seu cantinho de
oração, busque um lugar que lhe proporcione intimidade com Deus,
edifique um altar espiritual de oração.
O compromisso: Estabeleça metas de tempo para oração, comece aos
poucos, indo aumentando progressivamente, e assuma o compromisso
de separar esse tempo, ainda que seja para ficar em silêncio na presença
do Senhor.
O louvor: Entre na presença do com louvor e ação de graças, cantar
para o Senhor é uma expressão poderosa de adoração, louve ao Senhor
pelo o que Ele é e não deixe de reconhecer todo o bem que Ele tem lhe
proporcionado, em especial pela sua salvação.
O arrependimento87: Pedir perdão ao Senhor por todos os pecados,
sejam conscientes ou não, é fundamental para desenvolver um
relacionamento com Deus através da oração.
A oração: Oração é diálogo, em uma conversa sempre existe a hora de
falar e também de ouvir. Faça suas petições e interceda, não economize
tempo diante daquele que te ama.
85 Jesus explicou que o favor divino está à nossa disposição através da oração da fé, porém esse tipo de fé terá êxito quanto às petições que são da vontade de Deus. 86 Alimente o fogo da oração! (Levítico 6.13) - O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará. 87 O Arrependimento é tão importante na oração, pois segundo Isaías, as iniquidades do povo fazia um tipo de barreira entre eles e Deus: (Isaías 59.2) - Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.
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III – Oração como um estilo de vida88: Todos nós sabemos que a
oração é um elo entre os homens e Deus. É através da oração que
cultivamos um relacionamento de amor com o Pai.
Não desista de orar, não desista do seu relacionamento com Deus.
Quando lhe faltarem palavras, volte-se para a oração dominical que é o
modelo mais belo e ao mesmo tempo simples que Jesus nos ensinou.
(Mateus 6.9-13) - Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos
céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua
vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá
hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos
nossos devedores; E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal;
porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.
Conclusão: Orar é falar com Deus e qual filho não ama falar e ouvir a
voz doce de um Pai de amor. A oração nos inspira a sermos santos como
nosso Deus é santo. Comece já!
“Orar é conectar o altar com o trono, a fraqueza humana à
onipotência divina. Orar é falar com aquele que está
entronizado acima dos querubins e governa o universo. Não há
nenhuma força mais poderosa na terra do que a oração, pois a
palavra de Deus diz que muito pode, por sua eficácia, a súplica
do justo”.
(Hernandes Dias Lopes)89
***
88 A oração não deve ser feita como uma obrigação ou algo forçado. Vai muito além do que meras palavras. Deve ser um estilo de vida. É importante termos a consciência que, ao orarmos os céus se movem e Deus não está com seus ouvidos fechados, Jesus intercede por nós e o Espírito Santo também intercede por nós com gemidos inexprimíveis. 89 Palavras do Reverendo Hernandes Dias Lopes extraídas de um sermão sobre oração ministrado por ele.
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Questões para fixação
1) Em que situações podemos afirmar que não estamos orando com a
motivação correta?
2) Porque é importante levantar um altar espiritual de oração, uma vez
que podemos orar em qualquer lugar?
3) Certamente que o pecado não confessado é um grave problema na
vida do cristão, no entanto, baseado em Isaías 59.2, como podemos
interpretar a expressão “as vossas iniquidades fazem separação entre
vós e o vosso Deus”?
4) Como desenvolver a oração como um estilo de vida?
5) Os discípulos pediram ao Senhor Jesus que lhes ensinassem a orar, e
Ele ensinou a oração do “Pai Nosso”, devemos então repetir essa oração
diariamente?
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Semear com sabedoria
E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que
semeia em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua
segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade;
porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer
abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda
a suficiência, abundeis em toda a boa obra; (2 Coríntios 9.6-8)
Introdução90: (2 Coríntios 9.10) - Ora, aquele que dá a semente ao que
semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa
sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça;
A sementeira91: Está diretamente ligado à ação de semear, lançar na
terra a semente para que a planta germine, cresça e dê fruto.
Do hebraico זרע zera92: Semente, semeadura, sêmen viril,
descendentes, posteridade; A qualidade moral; Um praticante da
justiça; Tempo de semear.
I - A oportunidade de ofertar: A Igreja de Cristo é privilegiada pela
grande oportunidade de semear no reino de Deus.
90 Tanto a semente quanto o pão vem de Deus e devemos tomar cuidado para não comer a semente e semear o pão. 91 Existem plantas que são propagadas vegetativamente, ou seja, uma parte da planta que não é a semente é plantada e pode se desenvolver e completar o seu ciclo. Isso ilustra que há muitas maneiras de semear no Reino de Deus. 92 Dicionário Bíblico Strong - Léxico Hebraico, Aramaico e Grego - SBB - 2233.
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(2 Samuel 24.22-24)93 - Araúna disse a Davi: "O meu senhor e rei pode
ficar com o que quiser e ofereça-o em sacrifício. Aqui estão os bois para o
holocausto, e o debulhador e o jugo dos bois para a lenha. Ó rei, eu dou
tudo isso a ti". E acrescentou: "Que o Senhor teu Deus aceite a tua
oferta". Mas o rei respondeu a Araúna: "Não!94 Faço questão de pagar o
preço justo. Não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me
custem nada". Davi comprou, pois, a eira e os bois por cinquenta peças
de prata.
II - Princípios do dízimo95: O dízimo é um princípio importantíssimo
de fidelidade e bênção, que devemos observar até os dias de hoje.
O dízimo de gratidão96.: (Gênesis 14.18-20) - E Melquisedeque, rei de
Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E
abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor
dos céus e da terra; E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os
teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo
93 Muitas são pregadores da Teologia da Prosperidade que usam esse texto para dizer que não podemos dar ao Senhor algo que não nos custe, no entanto quero chamar a atenção não para o fato de Davi pagar pela oferta, mas que Araúna, o jebuseu, foi impedido de ofertar. Isso mostra que temos um grande privilégio como igreja de apresentar nossas ofertas ao Senhor. 94 Encontramos nesse texto o desejo de Araúna de ofertar a Deus, porém foi impedido por Davi que entendia o valor de uma oferta. 95 Etimologicamente dízimo (latim decimus), significa a décima parte de algo. Historicamente eram pagos na forma de bens, e encontra suas origens no judaísmo. 96 Podemos observar que Abraão foi abençoado antes de entregar o dízimo a Melquisedeque. Ele deu o dízimo de gratidão pela vitória concedida por Deus.
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O dízimo do Mandamento97: (Números 18.24) - Porque os dízimos dos
filhos de Israel, que oferecerem ao Senhor em oferta alçada, tenho dado
por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de
Israel nenhuma herança terão.
O dízimo de Malaquias98: (Malaquias 3.10-11) - Trazei todos os
dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e
depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não
vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até
que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós
repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e
a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.
O dízimo no Novo Testamento99: (Mateus 23.23) - Ai de vós, escribas
e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e
desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé;
deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.
Conclusão: O princípio de dar é uma bem-aventurança anunciada por
aquele que deu a maior oferta que Deus já pôde receber, Jesus Cristo de
Nazaré.
97 Deus ordenou que cada tribo trouxesse os dízimos ao templo, que serviriam de sustento aos levitas, pois eles não tiveram parte na herança. 98 Não podemos deixar de considerar o contexto de Malaquias, em que a questão do dízimo não era o dízimo em si, mas uma questão da obediência do povo de Israel, em cumprir os termos da aliança que Deus tinha feito com eles, de cultuar a Deus da forma correta. 99 O Novo Testamento não fala diretamente se o dízimo é válido para o cristão, mas assume que o verdadeiro seguidor de Jesus vai contribuir generosamente para a igreja. Na passagem de Mateus, Jesus estava mostrando o perigo de confiar apenas em regras e rituais, sem ter o coração voltado à justiça, fé e misericórdia.
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(Atos 20.35) - Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é
necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus,
que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
***
Questões para fixação
1) Porque podemos associar a oferta com uma semente?
2) Além de semear dinheiro, quais outras maneiras de semear no Reino
de Deus?
3) Em 2 Samuel 24.22-24, Araúna foi impedido de ofertar ao Senhor, em
que aspecto ofertar é uma oportunidade?
4) Você considera a obrigatoriedade do dízimo em nossos dias? Se sua
resposta for sim, cite pelo menos três versículos no Novo Testamento
que embasam essa doutrina.
5) O princípio de dar é uma bem-aventurança anunciada por Jesus.
Qual é o verdadeiro valor de uma oferta para Deus?
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Batismo em águas
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome
do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. (Mateus 28.19)
I - Batismo por imersão100: A palavra batismo vem do grego
baptismos (βαπτισμος), que significa: Mergulho, submersão; Lavagem,
purificação efetuada por meio de água.
(Mateus 3.16)101 - E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que
se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e
vindo sobre Ele.
II - O batismo identifica o crente com Cristo102: Em sua morte,
sepultamento e ressurreição.
(Romanos 6.3-4) - Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em
Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos
sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós
também em novidade de vida.
100 A bíblia não é arbitrária quanto ao método do batismo, se por aspersão ou imersão, no entanto, os exemplos nos falam sempre de batismos em rios, o que indica um batismo por imersão. Além de que, a própria etimologia da palavra batismo refere-se a mergulho. 101 A narrativa a cerca do batismo de Jesus, diz que Ele saiu logo da água, com isso podemos inferir que Ele foi batizado por imersão, pois se Ele saiu, podemos entender que Ele entrou de corpo todo nas águas do rio Jordão. 102 Compreendemos o batismo cristão além de mero ritualismo, cremos se tratar de um ato extremamente espiritual que principalmente nos identifica com Cristo em sua morte, sepultamento e ressurreição.
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III - É símbolo da morte para o mundo de pecado103: Sabemos que
o batismo não irá impedir o crente de pecar, porém o torna livre da
escravidão do pecado.
(Romanos 6.6-7)104 - Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com Ele
crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não
sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está morto está justificado
do pecado.
IV - O batismo é o selo de propriedade de Deus: Ao descer às
águas, o crente recebe uma marca de identificação espiritual, tornando-
o notório no mundo espiritual como propriedade de Deus.
(2 Coríntios 1.21-22)105 - Ora, é Deus que faz que nós e vocês
permaneçamos firmes em Cristo. Ele nos ungiu, nos selou como sua
propriedade e pôs o seu Espírito em nossos corações como garantia do
que está por vir.
103 Todo ser humano longe de Deus é escravo do pecado, alguns mais e outros menos, porém todos são impossibilitados de resistir aos desejos terrenos, porque são escravos da carne. Mas no batismo, o crente morre para o pecado e passa a ter a condição necessária para resistir ao pecado, iniciando assim uma vida de santificação. 104 Se o salário do pecado é a morte, e o batismo representa a morte do crente para o pecado, logo o pecado não tem mais como pagar o seu salário. 105 Segundo D. L. Mooddy em seu comentário de 2 Coríntios, o verbo (krio) traduzido para ungiu foi usado em relação à unção do Espírito Santo e o nome Cristo ("O Ungido") vem da mesma raiz. O penhor é o pagamento inicial de uma compra; uma garantia. Somos propriedade dEle.
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(2 Timóteo 2.19)106 - Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo
este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o
nome de Cristo aparte-se da iniquidade.
V - O batismo não salva, mas acompanha a salvação107: (Marcos
16.16) - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será
condenado.
Jesus disse que quem crer (e for batizado por crer) será salvo e quem
não crer será condenado, Ele não disse "quem não for batizado será
condenado", mas sim "quem não crer".
O batismo segue a fé que nos leva à salvação, mas ele em si não é um
meio de salvação.
(Lucas 23.40-42)108 - Respondendo, porém, o outro [ladrão], repreendia-
o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?
E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos
mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te
de mim, quando entrares no teu reino.
VI - Quem pode se batizar?
106 Uma marca que é identificada na vida do crente selado, é sem dúvida, que ele se aparta da iniquidade e do pecado. Saber que pertencemos ao Senhor nos trás uma consciência de separação para sermos santos e irrepreensíveis. 107 É possível que uma pessoa não batizada seja salva, não obstante, é impossível ser salvo se não crer que Jesus Cristo é o Filho de Deus e morreu para pagar pelos nossos pecados. 108 Aquele ladrão que foi crucificado com Jesus não tinha condições de passar pelo batismo, mas creu, reconhecendo que Jesus é Senhor e Rei. E Jesus respondeu dizendo que naquele mesmo dia o ladrão estaria com Ele no Paraíso.
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(Atos 2.41)109 - De sorte que foram batizados os que de bom grado
receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil
almas.
VII - Quando a pessoa está apta para o batismo?
(Atos 8.36-38)110 - E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma
água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado?
E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele,
disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. E mandou parar o carro,
e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou.
VIII – Quantas vezes é necessário se batizar?
(Efésios 4.5)111 - Um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
O batismo deve ministrado apenas uma única vez aos novos convertido,
no início da vida cristã.
Conclusão: É através do batismo que o novo convertido passa a fazer
parte da igreja local.
109 É comum encontrarmos na cristandade, denominações que restringem a ministração do batismo, relacionando condições de santidade do batizando, no entanto, a bíblia diz claramente que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra, sendo essa a única exigência, e não por estarem sem pecado. 110 Outro dilema que encontramos frequentemente é o de pessoas afirmando não estarem preparadas para descer às águas do batismo, sendo essa alegação outro equívoco, pois como no episódio do Eunuco, a única condição foi crer de todo coração que Jesus Cristo é o Filho de Deus. 111 Algumas denominações não reconhecem o batismo ministrado por outra igreja, no entanto a bíblia diz que há um só batismo. Sendo ele ministrado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, deve ser validado independente da igreja que ministra.
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Batismo em águas é um ato de muita seriedade, que nenhum cristão
deve demorar nem um minuto para cumprir a justiça de Deus.
O batismo significa morrer para o pecado e ressuscitar para uma nova
vida em Cristo;
É a disposição de viver de acordo com a vontade de Deus;
É a identificação com o povo da aliança de Deus, ou seja, a igreja de
Jesus Cristo!
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Questões para fixação
1) Segundo as palavras de Jesus em Mateus 28.19, quem pode ministrar
o batismo?
2) Porque os evangélicos não reconhecem o batismo da igreja católica?
3) Em que aspecto o batismo identifica o crente com Cristo?
4) Se o batismo não salva, porque há tanta ênfase nesse tema? Porque
precisamos nos batizar?
5) Quando uma pessoa está pronta para descer às águas do batismo?
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A Ceia que trás a vida
Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor
Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o
partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós;
fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de
cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu
sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
(1 Coríntios 11.23-25)
Introdução: Desmistificando o Conceito
(1 Coríntios 11.27-34)112 - De modo que qualquer que comer do pão, ou
beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do
sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma
do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua
própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto
há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem. Mas, se
nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados; quando,
porém, somos julgados pelo Senhor, somos corrigidos, para não sermos
condenados com o mundo. Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais
112 Havia um grave problema de desordem na igreja de Corinto, o que trouxe consequências seríssimas, ao ponto de Paulo dizer que eles tomavam a Ceia para a própria condenação e que muitos até morriam em decorrência disso, porém, observe que Paulo não estabelece nenhuma restrição ou condição para tomar a Ceia, ele apenas orienta que cada um examine-se a si próprio e então coma do pão e beba do cálice. Isso nos indica que tomar a Ceia indignamente está relacionado ao não discernimento do corpo e do sangue de Cristo.
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para comer, esperai uns pelos outros. Se algum tiver fome, coma em
casa, a fim de que não vos reunais para condenação vossa. E as demais
coisas eu as ordenarei quando for.
(1 Coríntios 11.20-22)113 - De sorte que, quando vos ajuntais num lugar,
não é para comer a ceia do Senhor. Porque, comendo, cada um toma
antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome e outro
embriaga-se. Não tendes porventura casas para comer e para beber? Ou
desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada têm? Que vos
direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo.
114Participar indignamente não se refere à pessoa que participa, mas à
maneira pela qual participa. Todos nós somos indignos, porém discernir
o corpo do Senhor é a condição fundamental.
Proposição115: Quem toma a Ceia do Senhor está mostrando que
aceitou o sacrifício de Jesus pelos seus pecados e recebe a Vida em si
mesmo para desfrutar da essência da comunhão com o nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo.
113 Nos versículos que antecedem o texto polêmico, Paulo aplica um ensinamento aos crentes desordeiros de Corinto, falando sobre a consequência de tomar a Ceia indignamente, todos nós somos indignos por natureza, mas os crentes em Corinto estavam chegando ao ponto de embriagar-se em um momento que deve ser celebrado com muita reverência. Eles feriam o principal fundamento de tomar a Ceia que é a comunhão, desprezando os mais pobres e pecando sobremaneira por isso. 114 Discernir o corpo do Senhor é encontrar a essência da comunhão, tanto com os irmãos, como com o próprio Jesus. Ceia é um ato material que reflete uma realidade espiritual, não apenas uma liturgia religiosa. 115 Entendemos que nenhum crente deve rejeitar a Ceia do Senhor, uma vez que ao participar dessa célebre comunhão, ele que se recebe a Vida de Cristo.
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I - O chamado Divino116: (1 Coríntios 1.9) - Fiel é Deus, pelo qual
fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso
Senhor.
II - O poder da consagração117: (1 Coríntios 10.15-16) - Falo como a
entendidos; julgai vós mesmos o que digo. Porventura o cálice de bênção
que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que
partimos, não é porventura a comunhão do corpo de Cristo?
III - Comunhão entre os irmãos118: (1 Coríntios 10.17) Pois nós,
embora muitos, somos um só pão, um só corpo; porque todos
participamos de um mesmo pão.
Um aspecto importante da celebração da Ceia, é que ela nos reúne, os
muitos, no único corpo do Cristo, juntando-nos assim na sólida
comunhão uns com os outros.
IV - O alimento que trás Vida119: (João 6.53-57) - Disse-lhes Jesus:
Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do
homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
116 Comunhão, em seu sentido completo, implica em atividade, não é meramente contemplação, é ação e Deus nos chama para a comunhão com seu Filho. A principal atitude que representa essa comunhão é a Ceia do Senhor, pois ao participarmos, estamos participando da comunhão com o próprio Jesus. 117 O poder que há na oração é demonstrado no ato de consagrar os elementos, trazendo grande importância ao ministrar a Ceia no contexto da Igreja e nunca de forma individual. 118 Paulo fez questão de que na celebração fosse tomado um só grande pão de pouca espessura, para que todos partilhassem entre si verdadeiramente o mesmo pão. No entanto, isso não era mero símbolo. Ao comerem juntos do mesmo pão, ao participarem em comunhão no corpo sacrificado de Cristo acontece a essência da comunhão entre os irmãos. 119 O pão e vinho consagrados nos comunica a própria Vida, para que no amor e santidade possamos nos tornar sinais de sua presença e receber o verdadeiro alimento que trás Vida.
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Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu
o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é
comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha
carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o
Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se
alimenta, também viverá por mim.
V - Memorial da morte de Cristo120: (1 Coríntios 11.26) - Porque
todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a
morte do Senhor, até que venha.
VI – É a principal marca da nova aliança121: (1 Coríntios 11.24-26) -
E, havendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu
corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este
cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o
beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes
deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor,
até que ele venha.
Conclusão: A Ceia do Senhor descortina dois quadros, o passado e o
futuro. O passado porque representa o sacrifício que Jesus fez por nós
120 A Ceia é um momento especial no qual os cristãos refletem sobre o Salvador sofredor para serem lembrados do alto preço que ele pagou por nossos pecados. Celebrar a morte do Senhor é anunciar a sua salvação. 121 Se a lei era a principal marca da Antiga Aliança, o Corpo e o Sangue de Cristo são as da Nova Aliança. Ninguém pode ter comunhão com Deus se não por esse princípio.
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na cruz do calvário; E o futuro, porque devemos celebrá-la até que Ele
venha em toda plenitude de sua Glória!
Bem vindo à família de Deus!
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Questões para fixação
1) Levando em consideração o contexto de 1 Coríntios 11.17-34, o que
você entende sobre tomar a Ceia indignamente?
2) Quem toma a Ceia do Senhor está demonstrando que aceitou o
sacrifício de Jesus pelos seus pecados, mas qual é a principal
manifestação desse ato do ponto de vista espiritual?
3) Que relação podemos atribuir entre o chamado divino para comunhão
com Jesus Cristo e a Ceia do Senhor?
4) Baseado no ensino sobre o poder da consagração dos elementos
ministrados na Ceia do Senhor, qualquer pessoa pode ministrar a Ceia?
5) O que você entende sobre as palavras de Jesus em João 6.53-57,
quando Ele diz que quem não comer sua carne e não beber o seu
sangue, não terá vida em si mesmo.
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Nota final
O Seminário Bíblico Keryx é composto por quatro níveis de
discipulado, sendo que a presente obra é apenas os Primeiros Passos,
não pare por aqui, adquira os demais volumes e seja um legítimo arauto
de Jesus Cristo!
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4
Saiba mais entrando em contato conosco através do e-mail
[email protected] ou pelo website
https://seminario2.webnode.com/
Pr. Danyel Reis
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Impresso no Brasil
Esta obra foi composta por Danyel Reis em fonte Century
Schoolbook 10, impressa em tecnologia laser digital de alta
qualidade em papel A5 offset alta alvura 75g para o miolo,
papel Couché 300g com laminação BOPP brilhante para a
capa e encadernação Hotmelt lombada quadrada. Produzido
em maio de 2019.
Impressão e Encadernação:
Núcleo Digital Informática e Serviços Ltda
CNPJ 04.951.388/0001-67
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