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Sobre o Programa ............................................................................................... 7

Sobre o Projeto Com Textos 11....................................................................... 9

• Competência Ouvir/Falar ................................................................. 10• Competência Ler ............................................................................... 12• Competência Escrever ...................................................................... 13• Competência do Conhecimento Explícito da Língua

(Práticas/Estudo).............................................................................. 15

Planificações Anual e Periodal ..................................................................... 19

Sugestões Metodológicas ................................................................................ 31

• Sequência 1: Com Textos para Conhecer e Reagir ............................ 32• Sequência 2: Com Textos para Argumentar .................................... 46• Sequência 3: Com Textos para Representar..................................... 58• Sequência 4: Com Textos para Narrar e Descrever .......................... 67• Sequência 5: Com Textos para Criar Sensações ............................... 81

Suporte Textual dos Registos Áudio e Vídeo .......................................... 89

Testes Formativos .............................................................................................. 95

• Cenários de resposta para os testes formativos ............................ 108

ÍNDICE

111SOBRE O PROGRAMA

SOBRE O PROJETOCOM TEXTOS 11

7Sobre o Programa | Com textos 11

Sobre o Programa

«Para nós, a aula de Português é antes de tudo e sempre aula de língua.

Trata-se, pois, de adquirir linguagens, isto é, desenvolver e estruturar

plenamente a competência comunicativa do aluno.»

in FONSECA, Fernanda I. e FONSECA, Joaquim (1977:99)

Pragmática, linguística e ensino do português,Coimbra, Livraria Almedina

O programa de Português coloca a tónica no desenvolvimento da disponibilidade dos alunos “para aaprendizagem da língua”, propiciando a aquisição de competências que possibilitem descrever, manipular,transformar e apreciar a língua. Afinal, o conhecimento desta é um dos maiores indicadores de integraçãoe afirmação social de que os seus utentes dispõem. O desenvolvimento do espírito crítico, resultante doesforço de compreensão/reflexão, será uma boa preparação para o exercício da comunicação e de valoresde cidadania nas mais variadas situações.

Urge, pois, desenvolver em interação as competências Ouvir/Falar, Ler e Escrever, obrigando a umarenovada reflexão sobre o uso da língua no seu domínio referencial e no da estruturação do próprio conhe-cimento, inclusive o da própria língua. Daí o trabalho também da componente gramatical, numa conceção alar-gada do termo gramática, de modo a abarcar a dimensão pragmática e da linguística textual.

Com o atual programa propõe-se que “os alunos usem a língua como um instrumento funcional”, for-necendo-lhes, também, os meios necessários para a transferência de conhecimentos em situações concre-tas, nomeadamente as do domínio profissional.

Assim, no Ensino Secundário impõem-se como critérios relevantes:

• a ênfase num conjunto de procedimentos, ou seja, nas competências linguísticas;

• a valorização do conhecimento explícito da língua;

• a consideração especial no trabalho das especificidades da linguagem oral bem como no das suas rela-ções com a escrita;

• um maior interesse no uso da língua, não descurando a aprendizagem do código e das suas normas;

• o uso, na aprendizagem, dos meios de comunicação enquanto elementos sempre presentes na vidaquotidiana;

• a abordagem do registo literário não como um objetivo último ou exclusivo no tratamento de tipologiase géneros textuais, mas encarados como uma realização que apresenta o domínio mais conseguido,estética e culturalmente valorizado dos atos linguísticos;

• a observação, o estudo e a prática da dimensão social da língua, aproximando-a de receções e produ-ções mais autênticas às vivências dos aprendentes;

• a operacionalização da língua, sob formas de manipulação, experimentação, apreciação de textos dedimensão variável;

• a importância da diversidade linguística, consciencializando a rentabilidade de um conhecimento refle-tido e confrontado com realizações padronizadas, de maior credibilidade e valorização social;

• a natureza interdisciplinar e transversal da utilização da língua.

Do referido até aqui, ressalta a necessidade de se conceber situações motivantes para as práticas daoralidade e da escrita, a par da explicitação e articulação delas com as especificidades linguísticas decorrentesdos enunciados orais ou escritos.

8 Com Textos 11 | Livro do Professor

9Sobre o Projeto | Com textos 11

Sobre o Projeto Com Textos 11

O manual visa o trabalho da língua materna nas componentes programaticamente definidas (compreen-são e expressão orais, leitura, expressão escrita e conhecimento explícito da língua), orientadas para o tra-balho com diversos tipos/géneros textuais. Estes articular-se-ão com as competências Ouvir/Falar, Ler,Escrever, numa perspetiva funcional da língua, ativando-as tanto no domínio da compreensão como no daprodução textuais; com a da reflexão e do estudo sobre a língua; com as três macrocompetências de formaçãopessoal (comunicação, estratégia e formação para a cidadania); com a dimensão estética da produção lin-guística e com os métodos e técnicas de trabalho.

As sequências, correspondendo aproximadamente às projetadas no programa (cinco), encontram-seorganizadas segundo critérios de progressão, a nível tanto da estruturação das tipologias textuais (das maispróximas da linguagem utilitária e corrente às mais elaboradas nos registos) como dos conhecimentos linguís-ticos requeridos ou implicados nos textos trabalhados.

Salienta-se em todas as sequências as rubricas a “Ler em Intertexto” (fomentando práticas de leituraextensiva), mais as propostas de “Dinamizar um Projeto’” (articulando conhecimentos de língua e tipos/géne-ros textuais que são orientados para projetos que convocam contribuições de outras disciplinas além de ati-varem o que foi/é trabalhado em cada sequência). “Projetar/Avaliar Competências” (promovendo práticas deproduções orais/escritas autónomas, criteriosas e estruturadas, acompanhadas de guião de verificação e deorientações de avaliação); “Consolidar Conhecimentos” (disponibilizando sínteses de conteúdos facilitadoresda apreensão de conteúdos programaticamente definidos e objeto de abordagem na sequência) e Testar (for-necendo um teste de avaliação formativa, apostando nos domínios da compreensão, interpretação e análisetextuais; do conhecimento explícito da Língua e da produção escrita compositiva).

O docente pode contar, ainda, com o livro do professor, onde encontrará:

– planificações (anual e periodal);

– reprodução de textos áudio/vídeo (em suporte escrito);

– esquemas (em branco e preenchidos), associados à oralidade, à escrita e à leitura;

– propostas de correção das atividades (manual) de “Orientações de Leitura”, “Escrever” e “Práticas dalíngua”;

– sugestões metodológicas;

– propostas de correção dos testes de avaliação formativa que fecham cada sequência (manual);

– testes formativos;

– cenários de resposta para os testes formativos.

Com Textos 11 | Livro do Professor10

Competência Ouvir/Falar

Trata-se de uma competência que sublinha a importância do domínio do oral, tanto na componente rece-

tiva como produtiva. Natural e estrategicamente tomada como inicial no trabalho da língua, assume-se como

competência globalmente privilegiada na interação construída na sala de aula, não sendo de esquecer as

potencialidades linguísticas que com ela se relacionam, especificamente num trabalho distintivo entre a ora-

lidade informal e a formal. Objetiva-se nos exercícios de compreensão e de expressão orais, sendo de rele-

var os seguintes pressupostos, a aplicar no contexto da sala de aula:

1) na compreensão oral

• fomenta-se a dimensão comunicativa associada à decifração, compreensão e interpretação de produ-

tos orais, pelo exercício de capacidades ligadas:

a) ao reconhecimento;

b) à seleção;

c) à interpretação;

d) à inferência;

e) à antecipação/sugestão;

f) à memorização;

• escuta-se tendo em conta um objetivo mais ou menos (pré)determinado (conseguir/obter informação,

receber uma resposta, compreender/entender algo) e segundo expectativas concretas construídas a

propósito do que se ouve (tema/assunto, intenção/propósito comunicativo, tipo de linguagem, estilo,

entre outros aspetos);

• ativam-se estímulos sensoriais capazes de recolher informação complementar à que aparece verbal-

mente transmitida (ruídos, gestos, entoação, entre outros);

• motivam-se exercícios de âmbito intensivo, extensivo ou produtivo:

a) intensivo: identificação da ideia principal, deteção de pormenores, antecipação e/ou inferência de

dados, descrição da situação de comunicação, repetição de estruturas;

b) extensivo: completamento/ordenação/reconstrução de texto, transcrição de segmentos/fragmen-

tos, análise de exposições, comparação e análise de segmentos;

c) produtivo: os indicados no ponto da expressão oral;

• exploram-se registos de acordo com a natureza e o âmbito dos produtos orais fornecidos:

a) antecipando/sugerindo as circunstâncias contextuais que motivaram esses produtos, reveladores

de situações de comunicação concreta;

11Sobre o Projeto | Com textos 11

b) diferenciando o tipo de linguagem que se utiliza, ora marcado pelos princípios orientadores dacomunicação quotidiana ora caraterizado pelo que seja o resultado de contextos de maior forma-lidade (da maior à menor espontaneidade, do maior ao menor fracionamento do discurso, respeti-vamente);

• reage-se, de forma mais ou menos visível, ao contexto da situação oral a trabalhar, compresencial ounão, viabilizando futuros exercícios centrados nas situações de:

a) expressão de opiniões;

b) tomada de posições;

c) confronto de pontos de vista;

2) na expressão oral

• distinguem-se as produções orais de acordo com uma tipologia textual que reconhece comunicaçõesautogeradas – de origem singular, mais ou menos preparadas e autorreguladas (monólogo, discursopolítico, exposição, conferência) – ou poligeradas – de origem dual (chamadas telefónicas, diálogo,conversa, tertúlia) ou plural (debate, mesa-redonda, conversa informal entre amigos), com ênfase nainteração e cooperação comunicativas;

• diferenciam-se registos de acordo com o tipo de comunicação considerado bem como com o objetivoe situação de comunicação implicados;

• ativam-se competências associadas à:

a) planificação do discurso (analisar situações, recorrer ao suporte escrito, antecipar e preparar otema bem como a interação a viver);

b) condução do discurso e da eventual interação a criar;

c) produção significativa de aspetos não verbais (controlar a voz, recorrer ao gesto e ao olhar, entreoutros);

• motivam-se exercícios de âmbito intensivo, extensivo ou produtivo, pelo que, aos já indicados no planoda compreensão oral, acrescem propostas de pendor mais produtivo, como sejam: esquemas de pro-dução oral mais ou menos repetitiva, dramatizações (com ou sem suporte escrito), trabalho de grupo,diálogo com distribuição de papéis, exposição, improvisação, produção de programa radiofónico e/outelevisivo, leitura oralizada de textos diversos, declamação de poemas, exposição de conclusões, entreoutros.

Com Textos 11 | Livro do Professor12

Competência Ler

A leitura constitui uma das aprendizagens fundamentais numa disciplina de língua, tanto pela suaorientação para exercícios de compreensão textual como pela dimensão produtiva que com ela também searticula.

Ler para compreender é um dos objetivos mais frequentes neste tipo de competência, independente-mente do suporte e/ou da modalidade de leitura adoptada. Neste sentido, importa interpretar o que apareceveiculado pelos sinais com que o leitor se depara, de modo a construir sentidos.

Conforme a situação em que esta competência ocorre, ativam-se capacidades distintas. Para tal contamfatores como os tipos de texto, os objetivos de compreensão, a situação e a maior ou menor rapidez com quese lê.

Surgem, assim, modalidades do tipo:

a) leitura silenciosa/oralizada, conforme a necessidade e interesse de criar maior ou menor interiori-dade, privacidade na ocorrência desta competência;

b) leitura intensiva/extensiva, para, respetivamente, orientar no sentido de obter determinado tipo deinformação de um texto (enfatizando o treino de técnicas de leitura determinantes para diferentestipos de compreensão: tema/assunto, pormenores, reflexão gramatical, entre outros) ou fomentarhábitos e prazeres de leitura, na própria relação com outros textos e outras formas de expressão;

c) leitura seletiva/integral, caracterizada, uma, pela escolha de segmentos conforme objetivos ou inte-resses mais ou menos definidos pelo leitor; outra, pelo acesso à totalidade do texto, implicando maiorreflexão e menor rapidez de leitura;

d) leitura analítica (scan)/rápida e superficial ou sintética (skim), no primeiro caso, orientada para ainformação objetivada, de âmbito específico, implicando a lentidão necessária à linearização e àpreocupação sintática de quem lê; no segundo caso, marcada pelos destaques de impressão gráfica,de hierarquização informativa ou de carateres diferenciados e orientada para a obtenção rápida daideia global do texto.

Destas modalidades, interessará o pleno exercício de todas elas, dado serem mecanismos a ativar nacompreensão e que são selecionados de acordo com as finalidades de leitura pretendidas.

Além do explícito, a leitura joga também com o domínio do não dito ou do não escrito: o implícito e osubentendido. Daí a pertinência de exercícios complementares que visem estratégias do tipo antecipar, pre-dizer, observar, inferir, bem como as de oralizar, declamar, dramatizar, representar.

No geral, todos fazem da leitura uma competência abrangente a convocar não só a compreensão escritamas também alguns pressupostos da produção oral.

13Sobre o Projeto | Com textos 11

Competência Escrever

Escrever é uma atividade que implica o domínio de várias capacidades: desde os aspetos mais mecâni-cos (caligrafia, apresentação e disposição gráfica) aos mais cognitivos (gestação, seleção e organização dainformação bem como textualização, revisão e avaliação); desde o conhecimento linguístico das unidadesmenores (alfabeto, grafemas, palavras) ao das maiores (períodos, parágrafos, sequências e tipologias tex-tuais); desde aspetos superficiais (pontuação, acentuação, ortografia) aos de maior profundidade (coesão,coerência).

Conforme a focalização dada a cada uma das capacidades referidas, interessará adoptar uma das pers-petivas que, de seguida, se apresentam:

a) perspetiva gramatical: coloca a ênfase na gramática normativa, nas regras de ortografia, morfos-sintaxe e seleção vocabular implicadas na escrita e numa tipologia de exercícios que abrange a prá-tica de ditado, da tradicional redação/composição, da reescrita e transformação de frases, decompletamento de espaços;

b) perspetiva funcional: enfatiza a comunicação e o uso da língua em situação, salientando a sua diver-sidade, as tipologias textuais (apreendidas pelo contacto e análise de textos-modelo) e exercíciosorientados para a leitura, transformação, reescrita e criação de textos pertencentes às diversas tipo-logias consideradas;

c) perspetiva processual: salienta o processo de escrita em detrimento do produto, relevando os pro-cessos cognitivos associados à gestação, organização, textualização, revisão e avaliação de ideias;desta forma, a composição escrita faz -se à conta de processos de criatividade e/ou técnicas de tra-balho de informação que passam por exercícios de brainstorming, de construção de analogias, de for-mulação de esquemas/planos, de escrita livre, de propostas de escrita poética;

d) perspetiva temática ou de conteúdo: orientada para temas/conteúdos em detrimento da forma erecorrendo a contributos de outras disciplinas; implica metodologias próximas da de projeto, pelanecessidade de pesquisa, produção de esquemas e resumos com base nos dados recolhidos bemcomo composição de textos de tipologia diversa.

Na complementaridade destas perspetivas, completa-se o conjunto de capacidades requerido na escrita,cujo processo global de composição deve passar pela verificação dos seguintes parâmetros:

– análise da situação de comunicação: o sentido da escrita define-se em função de quem vai ser o rece-tor do texto escrito, da intenção e dos objetivos da escrita, da forma como o escrevente se vai apre-sentar, do tema a desenvolver;

– gestação de ideias: poder-se-á recorrer à aplicação de técnicas como as de brainstorming, listagem depalavras e/ou tópicos-chave, formulação de questões-prévias, produção de rascunhos;

– organização/planificação de ideias: possibilidade de aplicação de técnicas várias como as de esque-matizar as ideias conseguidas, desenhar esquemas mentais ou ideogramas, preparar esquemas comnumeração romana, árabe e decimal (outline);

– textualização: orienta-se normalmente pela aplicação das regras básicas de ortografia e de morfos-sintaxe, pela seleção de uma linguagem adequada ao leitor, pela produção de frases simples e pelaordenação das palavras de acordo com os esquemas de leitura familiares;

– revisão: a fazer pela adoção de técnicas como as de aplicação de regras de economia e eficácia nafrase, de aumento da legibilidade do texto, de revisão caligráfica, ortográfica, de morfossintaxe e deseleção vocabular, de reordenação e reformulação do plano;

– avaliação: esta faz-se, inicialmente, pela apresentação dos esquemas/planos construídos ou pelo con-fronto com esquemas/guiões de verificação; posteriormente, com as indicações de correção a apre-sentar pelo(a) docente e que orientem para progressivas chamadas de atenção para aspetos parciais.

14 Com Textos 11 | Livro do Professor

15Sobre o Projeto | Com textos 11

Competência do Conhecimento Explícito da Língua (Práticas/Estudo)

Não descurando as potencialidades que o conhecimento da gramática e das regras de estrutura lin-guística permite ao falante ou utilizador de uma dada língua, as tendências atuais no ensino -aprendizagemdas línguas sublinham a dimensão da funcionalidade e do uso social a que estas andam ligadas, além deconvocarem níveis de proficiência que assumam o aprendente como um utilizador crítico e produtivamentesustentado em diferentes domínios de ação.

A questão dos modelos de ensino das línguas acompanha a evolução a que se tem vindo a assistir, nosestudos linguís ticos, relativamente ao próprio entendimento da gramática e do papel que esta deve ter noensino-aprendizagem de uma língua.

O quadro seguinte resume essa evolução em termos de focalizações linguísticas e implicações didá ticas.

Traduzido e adaptado de

CUENCA, M. J. (1992) – Teories gramaticals i ensenyament de llengües, Valencia, Tàndem

Gramática Tradicional

Linguística Estrutural

Gramática Generativa

Linguística Textual

Tipo de gramáticanormativa (descritiva) descritiva generativa -

-transformacionaldescritiva

Núcleo de análisepartes da oração funções/paradigmas categoria/processo processo comunicativo

Conceitos

correto/incorreto, partesda oração, oração simplese complexa (coordenaçãoe subordinação)

sincronia, língua/fala,signo, sistema, estrutura,oposição, valor,sintagma/paradigma, nível

gramatical/agramatical, competência/performance, oração, transformação, regras, princípios

pertinente/não pertinente, competênciacomunicativa, texto,coerência, coesão,progressão temática,registo, tipo de texto

Aplicação

gramática normativa (língua materna)

gramática-tradução (língua estrangeira)

método audio lingual

análise contrastiva

abordagem cognitiva

análise de erros

abordagem comunicativa, método funcional --nocional, tipologiastextuais

Contribuiçõespara a didática

primeira descrição dalíngua, análise da norma

descrição linguísticasistemática, atenção àlíngua falada

insistência no aspeto dacriatividade, modelocoerente e completo deanálise, conceçãoinovadora face ao erro

abordagem mais global:interdisciplinaridade, usoda língua, atenção aoconjunto

Com Textos 11 | Livro do Professor16

De todas as contribuições consideradas, o acesso generalizado a publicações orientadas para os pres-supostos da gramática tradicional continua a ser o que há de mais comum entre o público não especialista.Trata-se de uma gramática que, não fornecendo uma análise suficientemente coerente do sistema, permiteapreender uma boa parte do conhecimento básico da realidade linguística; um denominador comum a enri-quecer com as contribuições mais recentes da linguística, atentas às variedades e a realizações mais abran-gentes. Daí a necessidade de algum ecletismo, baseado numa seleção criteriosa e coerente de conteúdos aconvocar pelos próprios textos em análise.

Aperfeiçoar os níveis de proficiência e de competência linguística, adquirir uma metalinguagem neces-sária ao trabalho dos textos e da estruturação do conhecimento linguístico, promover o contacto com a varie-dade padronizada da língua, estruturar e distinguir diferentes tipos de realizações linguísticas, bem comopossibilitar maior controlo de produções (adequando os registos de língua às situações e intencionalidadescomunicativas) contam-se entre os objetivos maiores de um trabalho assente na reflexão e nas práticas dalíngua propostas no manual.

O Manual Com Textos 11, edição exclusiva do professor, faculta, em banda lateral, cenários de respostapara todas as atividades propostas bem como sugestões metodológicas para todas as matérias em estudo.

Apêndice Frei Luís de Sousa

Esta obra apresenta o texto integral de Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa bem como excertos selecio-nados de “Memória ao Conservatório Real”.

Caderno de Atividades

Possibilita um trabalho mais alargado do funcionamento da língua, disponibilizando propostas de ativi-dades complementares assentes numa tipologia de questões próxima da utilizada nos exames nacionais.

Planos de Aula

Planos de aula para todos os conteúdos do ano letivo, disponíveis, em formato editável, em .

CD Áudio

Inclui a vocalização de alguns textos, entre os quais se destaca a dramatização de excertos da obraFrei Luís de Sousa.

A Aula Digital possibilita a fácil exploração do projeto Com Textos 11, através das novas tecnologias emsala de aula. Utilize uma ferramenta inovadora que lhe permitirá tirar o melhor partido do seu projeto escolar,simplificando o seu trabalho diário.

Com Textos 11 | Livro do Professor

17Sobre o Projeto | Com textos 11

Para explorar e ir mais longe

Pode projetar e explorar as páginas do manual em sala de aula e aceder a um vasto conjunto de con-

teúdos multimédia integrados com o manual, para tornar a sua aula mais dinâmica:

• Áudios – gravações de leituras expressivas de diversos textos do manual.

• Apresentações em PowerPoint – recurso didático que visa expor e/ou sintetizar conteúdos abordados

no manual.

• Testes Interativos – extenso banco de testes interativos, personalizáveis e organizados pelos diversos

temas do manual.

• Links Internet – endereços para páginas na internet de apoio às matérias, para a obtenção de mais

informação.

Preparação de aulas

Pode aceder aos Planos de Aula disponíveis em papel e em formato Word e planificar as suas aulas de

acordo com as características de cada turma:

• utilizando as sequências de recursos digitais feitas de acordo com os Planos de Aula criados para si,

que o apoiarão nas suas aulas com recurso a um projetor ou um quadro interativo.

• personalizando os Planos de Aula com recursos do projeto ou com os materiais criados por si.

Avaliação dos alunos

Poderá:

• utilizar os testes predefinidos ou criar um à medida da sua turma, a partir de uma base com cerca

de 300 questões.

• imprimir os testes para distribuir, projetá-los em sala de aula ou enviá-los aos seus alunos com cor-

reção automática.

• acompanhar o progresso dos seus alunos através de relatórios de avaliação detalhados.

Comunicar e interagir

Pode tirar partido das funcionalidades de comunicação e interação que lhe permitem a troca de mensa-

gens e a partilha de recursos com os alunos

PLANIFICAÇÕESANUAL E PERIODAL

222

As planificações encontram-se disponíveis, em formato editável, em .

Finalidades• Assegurar o desenvolvimento das competências de compreensão e expressão em língua materna.• Desenvolver a competência de comunicação, aliando o uso funcional ao conhe cimento reflexivo sobre

a língua.• Formar leitores reflexivos e autónomos que leiam na Escola, fora da Escola e em todo o seu percurso

de vida, conscientes do papel da língua no acesso à informação e do seu valor no domínio da expres-são estético-literária.

• Promover o conhecimento de obras/autores representativos da tradição literária, garantindo o acessoa um capital cultural comum.

• Proporcionar o desenvolvimento de atividades ao nível da pesquisa, organização, tratamento e gestãode informação, nomeadamente através do recurso às Tecnologias de Informação e Comunicação.

• Assegurar o desenvolvimento do raciocínio verbal e da reflexão, através do conhecimento progressivodas potencialidades da língua.

• Contribuir para a formação do sujeito, promovendo valores de autonomia, de responsabilidade, de espí-rito crítico, através da participação em práticas de língua adequadas.

• Promover a educação para a cidadania, para a cultura e para o multiculturalismo, pela tomada de cons-ciência da riqueza linguística que a língua portuguesa apresenta.

ObjetivosCompreensão do Oral

• Compreender enunciados orais nas suas implicações linguísticas e paralinguísticas.• Compreender e refletir criticamente sobre a distinção entre discursos orais formais e informais.• Apreender criticamente o significado e a intencionalidade de mensagens veiculadas em discursos variados.• Desenvolver a capacidade de retenção/seleção de informação.• Desenvolver o gosto pela preservação e recriação de património literário oral.• Alargar a competência comunicativa pela confrontação de variações linguísticas regionais ou sociais

com formas padronizadas da língua.

Expressão Oral

• Comunicar oralmente tendo em conta a oportunidade, o tempo disponível e a situação.• Exprimir-se oralmente de forma desbloqueada e autónoma em função de objetivos comunicativos e

diversificados.• Desenvolver as capacidades discursivas, linguístico-discursivas e de ação, para serem utilizadas ade-

quadamente numa situação de comunicação determinada.• Exprimir as reações subjetivas de leitor nos atos de recitar, recriar ou dramatizar.

Leitura

• Aprofundar o gosto pessoal pela leitura, formando leitores reflexivos e autónomos que leiam na Escola,fora da Escola e em todo o seu percurso de vida, conscientes do papel da língua no acesso à informa-ção e do seu valor no domínio da expressão estético-literária.

• Desenvolver a competência de leitura:– interagir com o universo textual, a partir da sua experiência e do seu conhecimento do mundo, bem

como da sua competência paralinguística;– apropriar-se de estratégias para a construção de sentidos.

20 Com Textos 11 | Livro do Professor

21Planificações Anual e Periodal | Com textos 11

• Interpretar textos/discursos orais e escritos, reconhecendo as suas diferentes fina lidades e situaçõesde comunicação subjacentes.

• Interpretar linguagens de natureza icónica e simbólica.• Desenvolver métodos e técnicas de trabalho que contribuam para a construção das aprendizagens.• Promover o conhecimento de obras/autores representativos da tradição literária, garantindo o acesso

a um capital cultural comum.

Escrita

• Experimentar percursos pedagógicos que proporcionem o prazer da escrita.• Aprofundar a prática da escrita como meio de desenvolver a compreensão na leitura.• Produzir textos que revelem a tomada de consciência de vários modelos de escrita.• Consciencializar para os mecanismos cognitivos e linguísticos que a escrita envolve e para a prática

intensiva que permite efetiva aquisição das suas técnicas.• Aperfeiçoar a competência de escrita pela utilização de técnicas de auto e de heterocorreção.• Promover a divulgação dos escritos como meio de os enriquecer e de encontrar sentidos para a sua

produção.• Desenvolver métodos e técnicas de trabalho que contribuam para a construção das aprendizagens,

com recurso eventual a novas tecnologias.

Conhecimento Explícito da Língua

• Refletir e sistematizar conhecimentos sobre o funcionamento da língua, a sua gramática, o modo deestruturação de textos/discursos, visando a utilização correta e adequada dos modos de expressão lin-guística.

• Apropriar-se, pela reflexão e pelo treino, de conhecimentos gramaticais que facilitem a compreensãodo funcionamento dos discursos e o aperfeiçoamento da expressão pessoal.

• Desenvolver os processos linguísticos, cognitivos e metacognitivos necessários à operacionalizaçãodas várias competências.

• Desenvolver a competência de comunicação, aliando o uso funcional ao conhecimento reflexivo sobrea língua.

• Assegurar o desenvolvimento do raciocínio verbal e da reflexão, através do conhecimento progressivodas potencialidades da língua.

Educação para a Socialização e Cidadania

• Desenvolver práticas de relacionamento interpessoal favoráveis ao exercício de autonomia, cidadania,sentido de responsabilidade, cooperação e solidariedade.

• Tratar respeitosamente o corpo docente, não docente e discente.• Adoptar formas de tratamento adequadas à situação de comunicação.• Respeitar as regras de funcionamento/trabalho da Escola.• Contribuir para a harmonização do ambiente escolar.• Preservar o material e o espaço físico da comunidade escolar.• Participar em atividades ao nível da pesquisa, da organização, do tratamento e da gestão de informa-

ção, nomeadamente através do recurso às Tecnologias de Informação e Comunicação.• Promover o multiculturalismo, pela tomada de consciência da riqueza linguística que a língua portu-

guesa apresenta.

Distribuição de conteúdos pelo ano letivo e proposta de planificação periodal

Período Sequênciasdo manual

Área textual Competências Estrutura e funcionamentoda língua

Primeiro

Sequência 1

Editorial

Artigo técnico científico

Comunicado

Textos: poéticonarrativoargumentativoexpositivo

Reclamação

Sequência 2

Texto argumentativo: discursopolítico

Texto descritivo

Texto biográfico:Sermão de Pe. António Vieira:Sermão de Santo António

Dimensão literária em intertexto

Ouvir/Falar: planificaçãoexecuçãoavaliação

Ler: pré-leitura, leitura, pós-leitura; leitura global,seletiva, analítica e crítica

Escrever: planificaçãotextualizaçãorevisão

Conhecimento Explícito daLíngua

Conectores/articuladores

Construção sintática

Pontuação

Tipos de frase(RC) Criação lexical e neologia

Funções sintáticas

Semântica lexical: significação erelações semânticas entrepalavras

Valores modais e tipos demodalidade

Seleção vocabular

Deíticos

Distribuição de conteúdos declarativos e processuais de Português – 11.º Ano

22 Com Textos 11 | Livro do Professor

23Planificações Anual e Periodal | Com textos 11

Período Sequênciasdo manual

Área textual Competências Estrutura e funcionamentoda língua

Segundo

Sequência 3

Textos: icónicode opiniãobiográficoargumentativo

Para texto e metatexto“Memória ao ConservatórioReal” (Almeida Garrett)

Texto dramático Frei Luís deSousa (Almeida Garrett)

Sequência 4

Textos: argumentativonarrativo/descritivoexpositivoRomance Os Maias (Eçade Queirós)

Ouvir/Falar: planificaçãoexecuçãoavaliação

Ler: pré-leitura, leitura, pós-leitura; leitura global,seletiva, analítica e crítica

Escrever: planificaçãotextualizaçãorevisão

Conhecimento Explícito daLíngua

Propriedades textuais: coesão,coerência, estrutura temática einformacional

Funções sintáticas (essenciais)

Advérbios, expressões adverbiais e respetiva funçãosintática

Conectores/articuladores

Construções anafóricas/ catafóricas

O aspeto verbal

Terceiro Sequência 5

Textos: narrativoexpositivopoéticos deCesário Verdede opiniãoargumentativo

Classes de palavras

Funções sintáticas

Orações finitas e não finitas

Frase complexa (coordenação esubordinação)

Distribuição de conteúdos declarativos e processuais de Português – 11.º Ano

SEQUÊNCIAS 1 E 2

Demonstrar indicadores de desempenho ao níveldas diferentes competências nucleares

Acompanhar orientações de trabalho visandosituações de remediação

Expressar-se de forma correta e coerente, a nívelquer oral quer escrito

Reconhecer as finalidades/condições de produção de discursos

Adequar o discurso à situação/intencionalidadecomunicativas

Distinguir a matriz discursiva de diferentes tipos/géneros textuais

Desenvolver competências na leitura/ interpretação do texto argumentativo

Interpretar textos/discursos orais e escritossegundo as finalidades e as situações de comunicação implicadas

Contextualizar histórica e culturalmente obras dereferência literária

Refletir sobre o conhecimento/funcionamento dalíngua

Contactar com autores do Património CulturalPortuguês

Redigir segundo técnicas compositivas diversificadas

Objetivos genéricos Competências nucleares objetivadas

Com Textos 11 | Livro do Professor24

Parâmetros de planificação

Orientações estratégicas

Primeiro

Proposta de planificação de Português – 11.° Ano

Período OUVIR/FALAR• Reter informação global/seletiva/pormenorizada a

partir de registos áudio/vídeo• Identificar a intenção comunicativa do(s)

interlocutor(es): informar, apelar, ironizar, mentir, criticar, seduzir

• Captar características verbais e não verbais dosdiscursos ouvidos

• Recontar histórias• Oralizar reflexões estruturadas a partir de

imagens, audições, leituras, pensamentos• Produzir sínteses de discussões em par/grupo• Descrever personagens/situações/objetos

observados/imaginados• Produzir discursos de forma desbloqueada

LER• Distinguir factos de opiniões• Identificar as ideias principais de um texto• Detetar nexos lógicos entre segmentos textuais• Apresentar marcas linguísticas relacionadas com

o tipo/género textual• Demonstrar a expressividade significativa de

recursos estilísticos• Distinguir diferentes tipos de argumentos num

texto argumentativo• Identificar a tese num texto argumentativo• Reconstruir a composição e/ou a estratégia

argumentativa• Interpretar o sermão vieiriano na sua dimensão

simbólico-cultural

ESCREVER• Resumir/produzir sínteses de um texto-fonte• Diversificar vocabulário• Utilizar corretamente a ortografia/pontuação/

acentuação/seleção vocabular/construção frásica• Reconstruir textos de acordo com instruções de

transformação/correção• Produzir textos de acordo com modelos/

estruturas fornecidos

CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA• Aplicar conhecimentos de ortografia, pontuação e

acentuação• Estabelecer relações entre palavras (forma/

sentido)• Identificar atos de fala a partir da análise de

marcas linguísticas• Reconhecer marcas de modalidade na

construção de enunciados• Associar valores lógico-semânticos aos

articuladores/às construções frásicas • Identificar os elementos deíticos presentes em

discursos

25Planificações Anual e Periodal | Com textos 11

EstratégiasTempo

Atividades

• Audição de registos orais/vídeo• Visionamento de excertos fílmicos/televisivos• Tomada de notas• Exposição de tópicos• Leitura de imagens• Preenchimento de esquemas• Apreciação crítica de produções orais• Recolha e apresentação de textos• Dinamização de debates• Dramatização de situações• Declamação de poemas

• Antecipação de leitura com base em títulos,imagens, segmentos textuais, pesquisas, conhecimentos prévios

• Relação texto-imagem/título• Aferição de leitura• Resolução de questionários• Segmentação de textos• Esquematização de ideias• Condensação informativa• Práticas intertextuais

• Produção textual segundoa) esquemas (planificação)b) géneros discursivosc) orientações temáticasd) indicadores vários

• Transformação/correção de textos• Registo do diário de turma

• Reflexão sobre diferentes domínios gramaticaispela experimentação (comparação, descrição,transformação) de frases/sequências textuais

• Consulta de gramáticas, prontuários, dicionários…• Resolução de exercícios práticos

Avaliação

Avaliação contínua• Observação direta da participação• Registo sistemático de indicadores de

(in)sucesso• Aplicação de guiões de verificação• Práticas de auto e de heterocorreção• Dinamização de projetos

Avaliação oral formal

Resolução de testes formativos (TF)

Sequência 1: 4 semanas4 x 90 min + 4 x 90 min

Sequência 2: 5 semanas5 x 90 min + 5 x 90 min

1 semana2 x 90 min

Revisões para os testesformativos1 semana 2 x 90 min

TF: 2 semanas2 x 90 min + 2 x 90 min

Total: 13 semanas

Manual: Com Textos 11

Segundo

SEQUÊNCIAS 3 E 4

Expressar-se de forma correta e coerente, a nível quer oral quer escrito

Reconhecer as finalidades/condições de produção de discursos

Adequar o discurso à situação/ intencionalidade comunicativas

Distinguir a matriz discursiva de diferentestipos/géneros textuais

Desenvolver competências na leitura/ interpretação do texto dramático/narrativo

Interpretar textos/discursos orais e escritossegundo as finalidades e as situações decomunicação implicadas

Contextualizar histórica e culturalmenteobras de referência literária

Estabelecer relações entre textos e outrasformas de expressão artística

Refletir sobre o conhecimento/funcionamento da língua

Contactar com autores do PatrimónioCultural Português

Redigir segundo técnicas compositivas diversificadas

OUVIR/FALAR• Reter informação global/seletiva/pormenorizada a partir

de registos áudio/vídeo• Identificar a intenção comunicativa do(s) interlocutor(es):

informar, apelar, ironizar, mentir, criticar, seduzir• Captar características verbais e não verbais dos discursos

ouvidos• Reproduzir o significado global das mensagens• Oralizar reflexões estruturadas a partir de imagens,

audições, leituras, pensamentos• Produzir sínteses de discussões em par/grupo• Descrever personagens/situações/objetos observados/

imaginados• Produzir discursos de forma desbloqueada• Produzir discursos não espontâneos segundo instruções

precisas

LER• Distinguir factos de opiniões• Identificar as ideias principais de um texto• Detetar nexos lógicos entre segmentos textuais• Interpretar elementos paratextuais e metatextuais

significativos para a leitura de textos• Apresentar marcas linguísticas relacionadas com o tipo/

género textual• Identificar especificidades dos modos dramático/narrativo• Distinguir diferentes formas de enunciação nos modos/

géneros literários trabalhados• Analisar a estrutura das obras de leitura integral• Interpretar o drama garrettiano na sua dimensão

simbólico-cultural• Interpretar o romance queirosiano na sua dimensão

simbólico-cultural do Portugal da Regeneração• Demonstrar a expressividade significativa de recursos

estilísticos

ESCREVER• Resumir/produzir sínteses de um texto-fonte• Diversificar vocabulário• Utilizar corretamente a ortografia/pontuação/acentuação/

seleção vocabular/construção frásica• Reconstruir textos de acordo com instruções de

transformação/correção• Produzir textos de acordo com modelos/estruturas

fornecidos

CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA• Aplicar conhecimentos de ortografia, pontuação e

acentuação• Estabelecer relações entre palavras (forma/sentido)• Identificar funções sintáticas essenciais/acessórias• Classificar grupos de palavras atendendo à constituição

destes• Distinguir o valor semântico decorrente da alteração da

ordem de palavras• Identificar processos de coerência, coesão e progressão

textual• Associar valores lógico-semânticos aos articuladores/

às construções frásicas • Identificar os elementos deíticos/anafóricos presentes em

discursos

Objetivos genéricos Competências nucleares objetivadas

Parâmetros de planificação

Orientações estratégicas

Proposta de planificação periodal de Português – 11.° Ano

Período

26 Com Textos 11 | Livro do Professor

27Planificações Anual e Periodal | Com textos 11

Audição de registos orais/vídeo• Tomada de notas• Leitura de imagens• Visionamento de excertos fílmicos/televisivos• Preenchimento de esquemas• Apreciação crítica de produções orais• Recolha e apresentação de textos• Dinamização de debates• Exposição de tópicos• Dramatização de situações• Declamação de poemas

• Antecipação de leitura com base em títulos, imagens, segmentos textuais, pesquisas, conhecimentos prévios

• Relação texto-imagem/título• Relação texto/paratexto/metatexto• Aferição de leitura• Resolução de questionários• Segmentação de textos• Esquematização de ideias• Condensação informativa• Práticas intertextuais

• Produção textual segundoa) esquemas (planificação)b) géneros discursivosc) orientações temáticasd) indicadores vários

• Transformação/correção de textos• Registo do diário de turma

• Reflexão sobre diferentes domínios gramaticaispela experimentação (comparação, descrição,transformação) de frases/sequências textuais

• Consulta de gramáticas, prontuários, dicionários…• Resolução de exercícios práticos

Avaliação contínua• Observação direta da participação• Registo sistemático de indicadores de (in)sucesso• Aplicação de guiões de verificação• Práticas de auto e de heterocorreção• Dinamização de projetos

Avaliação oral formal

Resolução de testes formativos (TF)

Sequência 3: 3 semanas3 x 90 min + 3 x 90 min

Sequência 4: 5 semanas5 x 90 min + 5 x 90 min

1 semana2 x 90 min

Revisões para os testesformativos1 semana 2 x 90 min

TF: 2 semanas2 x 90 min + 2 x 90 min

Total: 12 semanas

EstratégiasTempo

Atividades Avaliação

Manual: Com Textos 11

Terceiro

SEQUÊNCIA 5

Expressar-se de forma correta e coerente, a nível quer oral quer escrito

Reconhecer as finalidades/condições deprodução de discursos

Adequar o discurso à situação/ intencionalidade comunicativas

Distinguir a matriz discursiva de diferentestipos/géneros textuais

Desenvolver competências na leitura/ interpretação do texto poético em verso

Interpretar textos/discursos orais e escritossegundo as finalidades e as situações decomunicação implicadas

Contextualizar histórica e culturalmenteobras de referência literária

Estabelecer relações entre textos e outrasformas de expressão artística

Refletir sobre o conhecimento/ funcionamento da língua

Contactar com autores do PatrimónioCultural Português

Redigir segundo técnicas compositivas diversificadas

OUVIR/FALAR• Reter informação global/seletiva/pormenorizada a partir

de leituras• Identificar a intenção comunicativa do(s) interlocutor(es)• Captar características dos discursos ouvidos• Oralizar reflexões estruturadas a partir de imagens,

audições, leituras, pensamentos• Adequar o discurso ao objetivo e à situação• Utilizar a norma do Português em exposições orais refletidas• Produzir sínteses de discussões em par/grupo• Descrever personagens/situações/objetos observados/

imaginados• Produzir discursos desbloqueadamente e com alguma

formalidade

LER• Distinguir factos de opiniões• Identificar as ideias principais de um texto• Detetar nexos lógicos entre segmentos textuais• Interpretar elementos paratextuais significativos para

a leitura de textos• Apresentar marcas linguísticas relacionadas com o tipo/

género textual• Identificar especificidades do modo lírico• Distinguir diferentes marcas de tipos textuais

compresentes nos poemas cesarianos• Interpretar os poemas na sua dimensão simbólico-cultural• Identificar temáticas contempladas na produção poética

cesariana• Demonstrar a expressividade significativa de recursos

estilísticos

ESCREVER• Resumir/produzir sínteses de um texto-fonte• Diversificar vocabulário• Utilizar corretamente a ortografia/pontuação/acentuação/

seleção vocabular/construção frásica• Reconstruir textos de acordo com instruções de

transformação/correção• Produzir textos de acordo com modelos/estruturas

fornecidos

CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA• Aplicar conhecimentos de ortografia, pontuação

e acentuação• Estabelecer relações entre palavras (forma/sentido)• Identificar funções sintáticas essenciais/acessórias• Classificar grupos de palavras atendendo à constituição

destes• Distinguir o valor semântico na utilização de diminutivos• Identificar processos de coerência, coesão e progressão

textual• Associar valores lógico-semânticos aos articuladores/

às construções frásicas • Distinguir tipos de oração quanto à sua constituição (não)

finita• Avaliar o valor significativo apresentado nessas

construções

Objetivos genéricos Competências nucleares objetivadas

Parâmetros de planificação

Orientações estratégicas

Proposta de planificação periodal de Português – 11.° Ano

Período

28 Com Textos 11 | Livro do Professor

29Planificações Anual e Periodal | Com textos 11

• Audição de registos orais• Escuta global/seletiva/pormenorizada• Tomada de notas• Leitura de imagens• Preenchimento de esquemas• Relato de vivências, histórias, pesquisas• Debates• Mesa redonda• Reconto oral• Apreciação crítica de produções orais

• Antecipação de leitura com base em títulos, imagens, segmentos

• Leitura global/seletiva/analítica e crítica• Leitura expressiva• Leitura extensiva• Relação texto-imagem/título• Resolução de questionários• Esquematização de ideias• Antologia de poemas: temática, de autor…

• Produção textual segundoa) esquemas (planificação)b) géneros discursivosc) orientações temáticasd) indicadores vários

• Transformação/correção de textos• Produção de sínteses, exposições• Registo do diário de turma

• Reflexão sobre diferentes domínios gramaticaispela experimentação (comparação, descrição,transformação) de frases/sequências textuais

• Consulta de gramáticas, prontuários…• Resolução de exercícios práticos

Avaliação contínua• Observação direta da participação• Registo sistemático de indicadores de (in)sucesso• Aplicação de guiões de verificação• Práticas de auto e de heterocorreção• Dinamização de projetos

Avaliação formal

• Resolução de teste formativo

Sequência 5: 8 semanas

8 x 90 min + 8 x 90 min

1 semana3 x 90 m

Revisões para o testeformativo 1 semana90 min

TF: 1 semana90 min

Total: 11 semanas

EstratégiasTempo

Atividades Avaliação

Manual: Com Textos 11

SUGESTÕESMETODOLÓGICAS

333

As sugestões metodológicas encontram-se disponíveis, em formato editável, em .

Sequência 1: Com Textos para Conhecer e Reagir

Ouvir/Falar (pág. 16)

Grelha 1 (para tomada de notas relativa aos dados das exposições)

32 Com Textos 11 | Livro do Professor

TÓPICOS DA EXPOSIÇÃO TOMADA DE NOTAS

Preferências de leitura entre os jovens

Preferências: Razão(ões):

Capa de revista mais atrativa

Capa: Razão(ões):

Papel das revistasna sociedade contemporânea

Importância: Função(ões):

Revistas:

maior informaçãoou

maior sensacionalismo?

Informação/sensacionalismo: Razão(ões):

Uma revista para jovens

Tema(s): Género(s) textual(is):

Sugestões Metodológicas | Com textos 11 33

REGISTOS PARA APRECIAÇÃO CRÍTICA DAS EXPOSIÇÕES ORAIS

Aluno(a)

Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Aluno(a)

Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Aluno(a)

Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Aluno(a)

Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Aluno(a)

Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Grelha 2 (para apreciação críticas das exposições orais)

(Apoiar o registo nos dados totais / parciais caracterizadores da exposição oral: manual páginas 98-99 – Como fazer exposição oral)

Ouvir/Falar (pág. 20)

A.1 e 2

Regeneração – simbologia do peixe no zodíaco; Nativos – alimentaram-se de salmão durante mais de oito mil anos; Barbatanas – movimento e manobra dos peixes / fraca barbatana dorsal do cavalo-marinho;Aerodinâmica – área que imita o movimento, a deslocação do peixe; Fronteira – barreira entre o rio e o mar (ultrapassada pelo salmão); Camuflagem – forma mais comum de defesa e ataque dos peixes; Comunidade – referência ao cardume; Eletricidade – o que as enguia usam para navegar; Superstições – criações humanas à volta dos peixes.

34 Com Textos 11 | Livro do Professor

GUIÃO DE VISIONAMENTO DE DOCUMENTÁRIO

Tema e subtema(s)

Referências ao ciclo de vida

Relação do tema com as ações /atividades humanas

Importância dos sentidos, sensaçõesrelativos ao tema

Listagem de espécies e/ou subespécies mencionadas

Avaliação da exposição oral

Aspetos conseguidos

Aspetos críticos

B. 1 e 2

Grelha 3 (para tomada de notas)

35Sugestões Metodológicas | Com textos 11

GUIÃO DE VISIONAMENTO DE DOCUMENTÁRIO

Tema e subtema(s)

Tema: o mundo dos peixesSubtema(s): o ciclo de vida do salmão / quantidade de peixes

constituição, movimento e coloração dos peixespeixes de mar e/ou de rio / ataque e defesa dos peixescardume e suas vantagens / os sentidos dos peixesa cooperação entre os peixes / fonte de alimentosuperstições relacionadas com os peixesregresso do salmão ao rio / regeneração do ciclo de vida

Referências ao ciclo de vida

Signo do Zodíaco (renascimento, regeneração)

Vida do salmão como uma viagem épica (nascimento em águas correntes pouco profundas;passagem do rio à sua foz e depois ao oceano; regresso, passados alguns anos, ao local denascimento, onde, depois de procriar, se deixa morrer)

Ovos simbolizando o aparecimento de um novo ciclo de vida

Relação do tema com as ações /atividades humanas

Fonte de alimentação do Homem (condiciona a vida de algumas tribos da costa americana)

Fonte de superstições (face a comportamentos ligados a rotinas, face a crenças em poderescurativos de alguns peixes)

Fonte de lendas nas quais os peixes desempenham papel principal

Modelo a ser imitado pelo aspeto exterior (escamas), como proteção ou estilo de moda

Modelo a ser imitado em mecanismos aerodinâmicos, pelo seu movimento escoliante

Importância dos sentidos, dassensações relativos ao tema

Mundo vasto, estranho e espetacular dos peixes

Criaturas mais extraordinárias e variadas entre as espécies de seres vivos

Revestimento com todas as cores conhecidas

Animais com o crescimento mais rápido desde que saem dos ovos até à idade adulta

Tamanhos muito diversificados

Forma aerodinâmica

Proteção do corpo por escamas

Posse (na sua maioria) de uma excelente visão

Orientação frequente por capacidade auditiva

Posse de formas de linguagem, manifestadas através de ruídos (ainda que inaudíveis ao Homem)

Proteção através do processo de camuflagem e do movimento em cardume

Vivência (alguns) em sistema cooperativo

Movimentos em diversos (e extremados) graus de velocidade

Listagem de espécies e/ou subespécies mencionadas

Peixes/Aves/Répteis/Anfíbios/MamíferosSalmão/Arenque/Góbio pigmeu anão/Baleia-tubarão/Cavalo-marinho/Peixes-facas/Dorso-tonto/Enguia/Scorpaena/Bodiões/Camarão alfeídeo/Tenca/Esturjão

Avaliação da exposição oral

Aspetos conseguidos

(Em função dos registos produzidos, a partir decritérios totais / parciais indicados no manual:páginas 98-99 – Exposição oral)

Aspetos críticos

(Em função dos registos produzidos, a partir decritérios totais / parciais indicados no manual:páginas 98-99 – Exposição oral)

Grelha 3 (com proposta de correção)

Com Textos 11 | Livro do Professor36

Práticas da Língua (pág. 30)

A.2 (proposta de correção)

Ricardo OliveiraAvenida do Brasil, nº 454900-051 Viana do Castelo

BuyCar, LdaAvenida 1º de Maio, nº 54900-220 Viana do Castelo

ASSUNTO: Compra de veículo com deficiências

Exmos Senhores,

À data de 12 de novembro de 2010, adquiri no vosso estabelecimento comercial, denominado BuyCare localizado na Avenida 1º de Maio, número 5, um automóvel de marca Mobile Fast, conforme fatura número123451/03, da qual anexo fotocópia.

Todavia, dois meses após a compra, verifico que o carro não está a funcionar nas devidas condições,pois o sistema de travões não se revela eficaz nem a direção se encontra afinada.

Deste modo, venho, pela presente carta,

a) denunciar os defeitos mencionados, solicitando que V. Ex.as se dignem mandar repará-los no prazode dez dias, dado que ainda mantenho o interesse na aquisição feita; ou

b) solicitar a V. Ex.as a troca do veículo por um outro de que disponham no vosso stand; ou

c) rescindir o contrato celebrado com V. Ex.as.

Mais informo que procederei à devolução da viatura, assim seja tomada essa decisão, mediante arestituição do montante pago.

Entretanto, aguardarei, durante o prazo supramencionado, uma resposta de V. Ex.as, após o qual, deimediato, farei uso dos mecanismos legais disponíveis para o efeito.

Sem mais de momento e com os melhores cumprimentos, subscrevo-me.

AtenciosamenteViana do Castelo, 15 de janeiro de 2011

Ricardo Oliveira

37Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Escrever (pág. 33)

A. (estrutura da carta de reclamação – cf. também a proposta anterior)

Nome do remetente Morada completa do remetenteContacto telefónico (caso pretenda contacto rápido)

Nome do destinatárioMorada completa do destinatário

ASSUNTO: Indicação (resumida) da reclamação

Vocativo,(seleção da forma de tratamento adequada)

Corpo do texto com. antecedentes: apresentação breve dos factos que motivam a reclamação. caracterização da situação atual: o objeto da reclamação. solicitação decorrente da reclamação formulada. fórmula de fecho da carta

Localidade e data

Assinatura

ANEXOS: enumeração dos documentos / comprovativos a anexar

Critérios de sucesso para a produção de uma carta de reclamação: • Identificação do remetente (emissor da carta) e do destinatário (recetor da carta);• Localização do ato de envio: localidade e data (antes da indicação do assunto ou depois do fecho da carta, antes da assinatura);• Exposição clara do(s) antecedente(s) e do(s) motivo(s) da reclamação;• Solicitação do que é pretendido;• Referência a documentos em anexo (caso seja necessário);• Fórmula de fecho e assinatura.

(Abertura com genérico de notícias, a dar lugar a transmissão de comunicado por uma locutora)

Solicita-se especial atenção para um comunicado de última hora.Segundo dados apurados até ao momento, encontra-se perdido, num estabelecimento de ensino

português, um exemplar de A cidade e as serras. Na mencionada obra narra-se a experiência de Jacintode Tormes, que deixa o seu modo de vida elitista, tecnologicamente evoluído e afrancesado para seconfrontar com o que a natureza lhe pode oferecer na sua terra natal, situada na zona norte portuguesa.

Trata-se de uma publicação póstuma, da autoria de José Maria Eça de Queirós. Contemplada entreos livros a ler na modalidade de Contrato de Leitura, a narrativa em causa foi retirada da estante dabiblioteca escolar para circular nos corredores do estabelecimento de ensino, junto aos seus potenciaisleitores: alunos do ensino secundário. Há forte previsibilidade de ela poder ser encontrada num dos pontosde passagem da escola em causa.

Informa-se, assim, os ouvintes que será atribuída uma recompensa a quem der provas ou informaçõesacerca do paradeiro desta publicação queirosiana desaparecida.

(Fecho com genérico de notícias)

Grelha para eventual distribuição e tomada de notas aquando da escuta ativa

TÓPICOS ORDENAÇÃO TOMADA DE NOTAS

Atividade escolar mencionada

Autor português referido

Contrapartida(s) do ouvinte

Género textual apresentado

Ideia-chave transmitida

38 Com Textos 11 | Livro do Professor

Ouvir/Falar (pág. 36)

B. 1 e 2

Registo escrito do suporte áudio

Grelha para eventual distribuição e tomada de notas aquando da escuta ativa

Ler (pág. 37)

A.1, B.1-2

Grelha para eventual distribuição e tomada de notas aquando do trabalho de grupo

TÓPICOS ORDENAÇÃO TOMADA DE NOTAS

Atividade escolar mencionada 4 Modalidade de Contrato de Leitura

Autor português referido 3 José Maria Eça de Queirós

Contrapartida(s) do ouvinte 5 Recompensa a quem souber do paradeiro da obra perdida

Género textual apresentado 1 Comunicado

Ideia-chave transmitida 2Exemplar de (A cidade e as serras) perdido numa escolaportuguesa

COMUNICADOS

Tópicos de análise Tomada de notas

Comunicado 1 Comunicado 2

Entidade interessada na emissão

Destinatário(s)

Tempo da publicação

Tempo aludido

Contexto situacional que motiva ocomunicado

Objetivo(s) do comunicado

Caracterização emtermos de mecanismoslinguísticos

Com

umEs

pecí

fico

Sugestões Metodológicas | Com textos 11 39

Proposta de correção para confronto de conclusões

COMUNICADOS

Tópicos de análise Tomada de notas

Comunicado 1 Comunicado 2

Entidade interessada na emissão Empresa Titan Leme, SA Lusoponte (Lisboa)

Destinatário(s)Corporações de bombeiros específicas, corpode bombeiros interno, população solidária

Automobilistas que utilizam os acessos doIC2 e da Praça José Queirós à Ponte Vascoda Gama

Tempo da publicação 11 agosto 2010 (quarta) 13 outubro 2010

Tempo aludido 6 de agosto 2010 (sexta)13-14 de outubro 2010 (entre as 22 eas 7 horas)

Contexto situacional que motiva ocomunicado

Incêndio que deflagrou nas instalações daMaia

Condicionamento de acessos à PonteVasco da Gama, para reabilitação depavimentos

Objetivo(s) do comunicadoAgradecimento / homenagem pública aos queauxiliaram no combate ao incêndio

Encerramento de acessos viários, maissolicitação e agradecimento paracompreensão da situação

Caracterização emtermos de mecanismoslinguísticos

Espe

cífic

o

• Marca de primeira pessoa no plural(ato expressivo de agradecimento; ato compromissivo final)

• Marca temporal de futuro(associado ao alerta, aviso de que o comunicado se reveste– cf. auxiliar ser da passiva e o particípio passado do verbo

encerrar)

Com

um

• Designação do género textual (Comunicado)• Recurso a nomes próprios e a maiusculizações• Definitivações• Referências espaciais/temporais• Frases de tipo declarativo• Predomínio da terceira pessoa gramatical• Linguagem denotativa

Atividade de complemento, apoiada na apresentação de outros comunicados.

Comunicado A

– um exemplo de comunicado relacionado com reclamação/contestação/retratação.

– um exemplo a trabalhar em termos de reescrita para:

a) evitar frases extensas (no máximo com cerca de 2/3 linhas);

b) pontuar convenientemente (eliminando as vírgulas incorretas do original);

c) eliminar repetições desnecessárias;

d) paragrafar e formatar texto.

40 Com Textos 11 | Livro do Professor

Facebook (última consulta a 08 de março de 2011)

Comunicado B

– um exemplo de comunicado relacionado com solicitação.

– um exemplo a trabalhar em termos de reescrita para;

a) evitar frases extensas (no máximo com cerca de 2/3 linhas);

b) pontuar convenientemente (eliminando uma vírgula incorreta no original e assinalando outras possíveis);

c) trabalhar léxico e sinonímia (propondo alternativas para os seguintes termos: manifestou, asso-ciem, disponibilizar, diferenciadas, apelamos, efetivo, donativo, efetuar, idoneidade, vocacionadas,requeridas, apoio);

d) rever a ortografia.

Sugestões Metodológicas | Com textos 11 41

COMUNICADOpor Ensitel a terça-feira, 28 de dezembro de 2010 às 17:37

+ Escrever uma nota

A Ensitel, Lojas de Comunicações, S.A. (“Ensitel”) está a ser confrontada

com um conjunto de declarações divulgadas através das redes sociais

Facebook e Twiter, decidindo por isso, apresentar o seguinte breve

esclarecimento:

A “Ensitel” não põe minimamente em causa qualquer tipo ou forma de

liberdade de expressão, mas repudia, rejeita e não aceita ser alvo de uma

autêntica campanha difamatória, assente em factos absolutamente falsos

que têm como único intuito denegrir a imagem e boa reputação que a

“Ensitel” construiu ao longo de 21 anos, apenas porque o cliente não se

conformou com uma decisão judicial que lhe foi desfavorável.

Nestes 21 anos de existência, os clientes têm sido e continuarão a ser o

maior valor da Ensitel, garantindo a mesma, que todos os seus direitos

são preservados e salvaguardados.

A Administração

42 Com Textos 11 | Livro do Professor

C.N.O.P.CONSELHO NACIONALDAS ORDENS PROFISSIONAIS

COMUNICADO

Solidariedade para com o Povo do HaitiNa sua reunião do dia 14 de janeiro de 2010, o Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP)manifestou o seu pesar pelas vítimas do sismo no Haiti e a sua solidariedade para com as famílias, ossobreviventes e o Povo do Haiti em geral.

Decidiu ainda o CNOP apelar aos Membros das Ordens que integram este Conselho para que se asso-ciem à ação de solidariedade que promove.

De facto, o CNOP pode disponibilizar um conjunto de meios e especialidades de apoio muito diferen-ciadas, já que dele fazem parte as seguintes Ordens Profissionais: Advogados, Arquitetos, Biólogos,Economistas, Enfermeiros, Engenheiros, Farmacêuticos, Médicos, Médicos Dentistas, Médicos Veter-inários, Notários, Revisores Oficiais de Contas e Solicitadores.

Apelamos aos Membros das Ordens Profissionais que manifestem o seu apoio efetivo, através de dona-tivo, que poderão efetuar com facilidade mediante a rede Multibanco, utilizando:

Opção “Pagamento de Serviços”Entidade: 20 909Referência: 909 909 909

O donativo será feito diretamente para a conta da AMI, entidade de reconhecida idoneidade e presenteno terreno da catástrofe.

O Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) manifesta também ao Governo português e àsONG vocacionadas para o apoio a este tipo de calamidade, a sua disponibilidade para, entre os seusMembros e conforme as especialidades requeridas, poder encontrar formas de apoio em regime devoluntariado para situações concretas.

14 de janeiro de 2010

O Presidente do Conselho Geral O Presidente da Comissão ExecutivaFernando Ferreira Santo Carlos Pereira Martins

Público (publicação de 25 de janeiro de 2010)

Ouvir/Falar (pág. 39)

A. (tabela para fotocopiar e distribuir entre os observadores, com vista à tomada de notas e posterior ava-liação crítica da oralidade)

GRELHA DE AVALIAÇÃO DO DISCURSO ORAL(Expressão oral de um comunicado)

Com

unic

ador

es

(alu

nos)

Conteúdo Vocabulário Aspetos sonoros Postura Discurso

Tota

l

2 2 2 1 1 2 2 2 1 1 2 2 20

Qua

ntid

ade

info

rmat

iva

Qua

lidad

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form

ativ

a

Ade

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cam

ente

art

icul

ado

Sugestões Metodológicas | Com textos 11 43

Avaliar Competências (pág. 47)

Lista de verificação do guião de avaliação para a produção de um resumo

Antes de redigir o resumo:

• Foi feita uma leitura atenta do texto-fonte.

• Sublinharam-se as ideias/os factos/os segmentos principais.

• Dividiu-se o texto-fonte nas suas partes e subpartes.

• Assinalou-se a rede vocabular e/ou as expressões-chave tematicamente relevantes.

• Destacaram-se os articuladores necessários à progressão textual do original.

• Atribuiu-se um título a cada uma das (sub)partes do texto-fonte.

• Suprimiram-se/reduziram-se:a) repetições e/ou expressões redundantes;b) citações;c) exemplificações ou sequências explicativas;d) condições, componentes ou sequências implicadas noutras referências textuais;e) interjeições ou marcas apreciativas;f) pormenores e adjetivações supérfluas;g) perífrases e pleonasmos.

• Construiu-se um plano/esquema, respeitando a sequência de informação do texto-fonte.

Ao redigir o resumo:

• Obedeceu-se à ordenação da informação do plano/esquema construído anteriormente.

• Não foram alterados os dados informativos do texto-fonte.

• Diversificou-se a linguagem face ao texto-fonte:a) excluindo-se transcrições ou cópias/colagens relativamente ao texto original;b) substituindo-se sequências de termos específicos por outros de âmbito mais genérico;c) alterando-se expressões por termos mais económicos;d) retomando palavras/expressões por anafóricos;e) transformando sequências textuais/frásicas amplas ou complexas em sinónimas mais reduzidas

(nominalizações, adjetivos em vez de sequências relativas, …).

• Mantiveram-se as relações lógicas do texto-fonte.

• Mantiveram-se as características enunciativas, discursivas do texto-fonte.

• Excluíram-se intromissões pessoais (comentários, opiniões, apreciações, julgamentos).

• Respeitaram-se as regras da correção escrita (pontuação, acentuação, ortografia, sintaxe).

No final da redação do resumo:

• Evitou-se a colagem do resumo ao texto-fonte.

• Respeitou-se o limite de palavras solicitado (normalmente um terço do texto-fonte).

• Reviu-se a coerência do texto de chegada (articulação lógica das ideias, manutenção da opção noregisto discursivo: primeira pessoa/terceira pessoa).

• Corrigiram-se lacunas a nível de:a) pontuação;b) ortografia e acentuação;c) sintaxe;d) seleção vocabular.

SIM NÃO

44 Com Textos 11 | Livro do Professor

Testar (avaliação formativa) (págs. 50-51)

A.

1.1. a)

1.2. c)

1.3. b)

2.1.1. Entre os emissores das opiniões, contam-se Rita, o Dr. António Manuel Diogo de Paiva, repre-sentantes da Apple, e a psicóloga Maria João Sousa e Brito.

2.1.2. Dois dos conselhos formulados podem ser os seguintes: não permanecer muito tempo emambientes como discotecas – fechados e com ruído muito intenso; baixar o volume quando nãose consegue ouvir os que estão mais próximos.

2.1.3. A expressão, da autoria da empresa Apple, transmite a ideia acerca da atitude ideal a tomar por cadaportador desse tipo de aparelhos: ser responsável, ter sensatez na ativação do volume do som.

2.2.1. A psicóloga defende o uso destes aparelhos, na medida em que estes representam e promo-vem um novo meio de comunicação entre os jovens através da música, com a vantagem deesta última ser acessível, barata e disponível.

2.2.2. Resposta de natureza livre (mas condicionada à apresentação de argumentação concordantecom a opinião apresentada).

2.3. A utilização das letras maiúsculas visa realçar o segmento e, simultaneamente, a utilização de umaexpressão frequentemente utilizada entre os jovens, ao referirem-se a situações, episódios do seudia a dia. Será uma forma de introduzir um acontecimento que tem como protagonistas elementos quese integram nesse grupo e utilizam, certamente, a mesma gíria.

B.

1. 1c / 2h / 3a / 4i / 5d / 6b

2.1. Como se expõem ao ruído intenso, muitos jovens queixam-se de zumbidos nos ouvidos.

2.2. A vírgula marca a presença de um vocativo no final da frase (“… , Dona Rita”).

C.

Os critérios de correção da atividade escrita proposta passam pela consideração dos seguintes itens:• a obediência à linha temática proposta (alerta para a “responsabilidade auditiva”), bem como os tópicos/

as funções sugeridos (informação do artigo/previsível informação da Apple);• o respeito pelo género de texto proposto (comunicado);• a extensão quanto ao limite de palavras (80-120 palavras);• a correção da escrita (coerência de informação, estruturação do texto, sintaxe, seleção vocabular, pon-

tuação, acentuação, ortografia)• enquadramento dos erros ortográficos, entre outros, nos indicadores seguintes:

a) ausência, colocação errada ou desenho ambíguo do acento;

b) troca de acento grave por agudo, ou do til por circunflexo, etc.;

c) incorreta translineação de palavras;

d) ausência de duplo hífen na translineação de palavras que já contenham hífen;

e) incorreta utilização de maiúscula e de minúscula;

f) utilização incorreta de grafemas.

Sugestões Metodológicas | Com textos 11 45

Com Textos 11 | Livro do Professor46

Sequência 2: Com Textos para Argumentar

Ouvir/Falar (pág. 54)

Grelha 1 (para apreciação crítica dos discursos simulados)

REGISTOS PARA APRECIAÇÃO CRÍTICA DOS DISCURSOS SIMULADOS

Aluno(a)

Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Aluno(a)

Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Aluno(a)

Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Aluno(a)

Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

47Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Ler/Antes de Ler (pág. 68)

Grelha 1 (para distribuição e tomada de notas decorrentes da exposição de dados sobre o Barroco)

BARROCO

Exposição da pesquisa Dados acrescentados em aula

Periodizaçãotemporal

Traços de expressão artística

Mentalidade do Homem

Personalidadesmarcantes

Grelha 1 (proposta de correção, segundo dados previsíveis de pesquisa/recolha)

BARROCO

Exposição da pesquisa Dados acrescentados em aula

Periodização temporal

Sécs. XVI-XVIII

Traços de expressão artística

ânsia do movimento e busca do infinito arte da retórica e da oratóriacomplexos traçados geométricos (curvas, contracurvas, arcos quebrados) contrastes luminosos cultismo e conceptismoexuberância decorativa gosto pelo teatral horror ao vazioimponência dos palácios e das catedraisjogos de luz e de espelhos recusa do mundo e retiro religiosorecurso à máscarasaturação e exuberância estilística

Mentalidade do Homem

consciência da efemeridade e transitoriedade da vidaconsolidação das grandes monarquias absolutistas contrarreforma da igreja católicacultivo do medo do infernofragilidade humana face à mortefrivolidade e afetação no jogo das aparênciasostentação do luxo progressos científicos tensão de opostos: entre o gozo da vida e a consciência da morte

Personalidadesmarcantes

Caravaggio (pintor italiano) D. Francisco Manuel de Melo (escritor português)Gian Lorenzo Bernini (arquiteto e escultor italiano)Luís de Gôngora (escritor espanhol > Gongorismo)Nicolau Nasoni (arquiteto italiano)Padre António Vieira (orador português)Peter Paul Rubens (pintor flamengo)Rei Louis XIV de França Velásquez (pintor espanhol)

Com Textos 11 | Livro do Professor48

Ouvir/Falar (pág. 70)

A.1

Grelha 1 (para distribuição e resolução decorrente da exibição fílmica e da instrução formulada)

ARGUMENTAR COM VIEIRA

Sequência de imagens

Espi

ritu

alid

ade

Ser

mão

Púl

pito

Atu

alid

ade

Pub

licid

ade

Ora

lidad

e

Pers

uasã

o

Crí

tica

Art

e pr

édic

a

“Lenda de S. Francisco e o Sermão aos Pássaros”

Santo António prega aos peixes de Rimini

Prédica diante de Honório III

Pregação de S. João Batista

Orador prega no púlpito

Um sacerdote prega

Pregação de Pe. António Vieira

S. João prega no deserto

O Sermão da Montanha

Azulejo com São Cláudio

Sto. António a pregar aos peixes

“Jesus Consumidor”

“Paz Armada”

“Arremessador de Flores”

“Extremos” (‘Nostalgias’)

“Camuflagem” (‘Nostalgias’)

Cartaz AMI

• Assinale com (+) ou (-), conforme considere a presença/ausência de indicadores para a relação dotermo no topo com as imagens indicadas à esquerda.

49Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Grelha 1 (proposta de correção para confronto de opiniões)

ARGUMENTAR COM VIEIRA

Sequência de imagens Espiritua-lidade Sermão Púlpito Atuali-

dadePubli-cidade

Orali-dade

Persua-são Crítica Arte

prédica

“Lenda de S. Francisco e o Sermão aos Pássaros” + + - + - + + - +

Santo António prega aos peixes de Rimini + + - + - + + + +

Prédica diante de Honório III + + - - - + + - +

Pregação de S. João Batista + - - - - + + - +

Orador prega no púlpito + + + - - + + - +

Um sacerdote prega + + + - - + + - +

Pregação de Pe. António Vieira + + + - - + + - +

S. João prega no deserto + + - - - + + + +

O Sermão da Montanha + + - - - + + - +

Azulejo com São Cláudio + + + - - + + - +

Sto. António a pregar aos peixes + + - - - + + - +

“Jesus Consumidor” - - - + - - + + -

“Paz Armada” + - - + - - + + -

“Arremessador de Flores” + - - + - - + + -

“Extremos” (‘Nostalgias’) + - - + - - + + -

“Camuflagem” (‘Nostalgias’) + - - + - - + + -

Cartaz AMI + - - + + - + + -

Ler (pág. 73)

Proposta de aferição de leitura, na base de uma produção escrita, na qual o professor apresenta/dita/pro-jeta/fotocopia uma mancha gráfica de texto; solicita que cada parágrafo tenha um mínimo de linhas, porexemplo quatro-cinco; requer que os alunos evidenciem dados comprovativos da leitura atenta do texto

Inicialmente produzido por via oral e só depois passado a escrito, o Sermão de Santo António foi cons-truído por Padre António Vieira à luz do que as vivências de um jesuíta seiscentista inspiraram. Dirigindoo discurso aos peixes, enquanto metáfora de homens, toda uma atitude crítica se faz sentir neste exem-plo de arte prédica.

Referindo-se ao episódio bíblico de Jonas, o orador…

O peixe de Tobias serve para Vieira…

Já no caso do Roncador,…

Entre os seres mais criticados na obra, surge…

Em jeito de conclusão, pode afirmar-se que, com este sermão, Padre António Vieira…

Com Textos 11 | Livro do Professor50

Ouvir/Falar (pág. 71)

Tabela para fotocopiar e distribuir entre avaliadores, com vista à tomada de notas e posterior avaliação crí-tica da leitura expressiva

GRELHA DE AVALIAÇÃO DA LEITURA EXPRESSIVA

Com

unic

ador

es

(alu

nos)

Voz Atitude/Movimento Texto

Tota

l

Ento

ação

exp

ress

iva

Inte

nsid

ade

(aud

ível

)

Ges

tão

das

paus

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Fluê

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urso

Art

icul

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cor

reta

do

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Expr

essi

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Con

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Ges

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tegr

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ias

Dife

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o de

se

gmen

tos

text

uais

3 2 2 3 3 1 1 1 2 2 20

51Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Ler (págs. 75, 78, 80, 84)

A. (tabela para fotocopiar e distribuir entre os observadores, com vista à tomada de notas e à posterior ava-liação crítica da oralidade)

GRELHA DE AVALIAÇÃO DO DISCURSO ORAL(Expressão oral de um comunicado)

Com

unic

ador

es

(alu

nos)

Conteúdo Vocabulário Aspectos sonoros Postura Discurso

Tota

l

Qua

ntid

ade

info

rmat

iva

Qua

lidad

e in

form

ativ

a

Ade

quaç

ão d

as p

rova

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Tom

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voz

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Art

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Libe

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upor

tes

Gra

mat

ical

men

te c

orre

to

Logi

cam

ente

art

icul

ado

2 2 2 1 1 2 2 2 1 1 2 2 20

Com Textos 11 | Livro do Professor52

Escrever (pág. 87)

B.1 (proposta de correção/preenchimento do esquema, para confronto com a dos alunos)

Sermão de Santo António (1654)Padre António Vieira

Exór

dio

Introdução

Emissor(es)> Recetor(es)

Cristo > Pregadores (apóstolos)

Mateus > Pregadores (cristãos)

St. António > Peixes (homens)

Pe. A. Vieira > Peixes (homens)

CONCEITO PREDICÁVEL (frase, máxima inspiradora esimbólica a desenvolver pelo orador):

“Vos estis sal terrae”

Pregadores Purificação Sociedade

I

Invocação

Recetor: Ave Maria

Objetivo da invocação:Solicitação da graça (inspiração) para elaborar um sermãosobre um assunto desagradável: a corrupção na terra

Expo

siçã

o

Desenvolvimento

Recetor

“…, irmãos peixes,…”

Homens (que

pretendem salvar-se)

LO

UV

OR

ES Em

ger

al

Quem? Peixes, mais o que salvou Jonas Razões:Obediência, quietação, atenção; retiro; permitiu que Jonaschegasse vivo à terra

II

Em p

artic

ular

Quem?Peixe de Tobias; Rémora; Torpedo; Quatro-olhosRazões:O azedume que cura as cegueiras, o sentimento (bomcoração); força, persistência; faz t(r)emer o pe(s)cador;vive na terra lembrando que há céu

III

Con

firm

ação

RE

PR

EE

NS

ÕE

S Em g

eral

Quem?Peixes (por se comportarem tal como os homens)Razões:O facto de se comerem uns aos outros, os maiorescomerem os mais pequenos (antropofagia social),deixarem-se levar pela ganância e pela vaidadeIV

Em p

artic

ular

Quem?Roncadores; Pegadores; Voadores; PolvoRazões:Altivez, presunção, arrogância, soberba; oportunismo,subserviência; ambição, ousadia, capricho; hipocrisia,traição, malícia

V

“Com esta última advertência vos despido ou me despido de vós”

VI

Pero

raçã

o Conclusão

Recetor:

…, (meus) peixes,…

Como?Argumentação face à desconsolação dos peixes, afirmando asuperioridade destes; desejo de ser peixe e não pecador; louvor aDeus; tópico final da (falsa) modéstia

PART

ES D

EU

M S

ERM

ÃO

COMPONENTES GERAISDE UM TEXTO

TÓP

ICO

S

PERC

UR

SO

LÓG

ICO

DADOS TEXTUAIS / EXCERTOS

CA

PÍT

ULO

S

Ate

nção

ao

trac

ejad

o de

scon

tínuo

(aqu

i e n

o m

anua

l)

MET

ÁFO

RA

53Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Práticas da Língua (pág. 88)

A.1-3 (extensão de atividades na base do trabalho de marcas deíticas)

Atividade Complementar

1. Atentar nos segmentos transcritos do Sermão de Santo António.

EXCERTO 1:

EXCERTO 2:

1.1. Completar o esquema fornecido na página seguinte com as marcas linguísticas deíticas apresentadasnos segmentos.

“Descendo ao particular, direi agora, peixes, o que tenho contra alguns de vós. E começando aquipela nossa costa: no mesmo dia em que cheguei a ela, ouvindo os Roncadores e vendo o seu tamanho, tantome moveram o riso como a ira.” (cap. V)

“Com esta última advertência vos despido, ou me despido de vós, meus peixes. E para que vades con-solados do sermão, que não sei quando ouvireis outro, quero-vos aliviar de uma desconsolação mui antiga,com que todos ficastes desde o tempo em que se publicou o Levítico.” (cap. VI)

Com Textos 11 | Livro do Professor54

MARCAS DEÍTICAS

Pessoais

marcam o papel dos participantes numasituação de produção de discurso,tendo o enunciador como marco de

referência (o ‘eu’)

marcam a localização construída apartir da situação local de produção do

discurso (o ‘cá/aqui’)

marcam a localização construída apartir do momento de enunciação

(o ‘agora’)

Espaciais Temporais

55Sugestões Metodológicas | Com textos 11

marcam o papel dos participantes numasituação de produção de discurso,tendo o enunciador como marco de

referência (o ‘eu’)

marcam a localização construída apartir da situação local de produção do

discurso (o ‘cá/aqui’)

marcam a localização construída apartir do momento de enunciação

(o ‘agora’)

MARCAS DEÍTICAS

Pessoais

Excerto 1

• Forma verbal: “direi” (< eu)

• Forma verbal: “tenho” (< eu)

• Pronome pessoal: “vós”

• Determinante possessivo: “nossa”

• Forma verbal: “cheguei” (< eu)

• Forma elíptica das construções nãofinitas gerundivas: “ouvindo” (< eu),“vendo” (< eu)

• Pronome pessoal: “me”

Excerto 2

• Pronome pessoal: “vos”

• Forma verbal: “despido” (< eu)

• Pronome pessoal: “me”

• Pronome pessoal: “vós”

• Determinante possessivo: “meus”

• Vocativo: “…, meus peixes,…”

• Forma verbal: “vades” (< vós)

• Forma verbal: “sei” (< eu)

• Forma verbal: “ouvireis” (< vós)

• Forma verbal: “quero” (< eu)

• Forma verbal: “ficas-tes” (< vós)

Excerto 1

• Advérbio: “aqui” (costa junto a S. Luísde Maranhão, local onde foi produzidoo sermão)

Excerto 1

• Forma verbal: “direi” (futuro –posterioridade, anúncio do que vai serfeito)

• Advérbio: “agora” (entre a deixistemporal associada ao ato enunciativoe a deixis textual associada a ummomento textual distinto do anterior:o das repreensões em geral)

• Forma verbal: “tenho” (simultaneidadeao ato enunciativo)

• Forma verbal: “cheguei”(anterioridade face ao instante deprodução do discurso)

Excerto 2

• Forma verbal: “despido” (simultanei-dade face ao ato enunciativo)

• Forma verbal: “vades”(simultaneidade face ao atoenunciativo)

• Forma verbal: “ouvireis”(posterioridade face ao atoenunciativo)

• Forma verbal: “quero”(simultaneidade face ao atoenunciativo)

• Forma verbal: “ficas-tes”(anterioridade face ao atoenunciativo)

• Expressão adverbial: “Desde o tempoem que se publicou o Levítico,…”(associada à anterioridade atrásmencionada, implicitamentepressupondo a expressão “até hoje/agora”)

Espaciais Temporais

Proposta de correção

Com Textos 11 | Livro do Professor56

Avaliar Competências (pág. 97)

Lista de verificação do guião de avaliação para a produção de um texto argumentativo

GUIÃO DE AVALIAÇÃO NA PRODUÇÃO DE UM TEXTO ARGUMENTATIVO SIM NÃO

Antes de redigir o texto:• parti de uma ideia-chave, um enunciado-conclusão a abordar..................................................................................................• considerei o objetivo da argumentação..........................................................................................................................................

a) confirmar ou aceitar a ideia-chave fornecida ...........................................................................................................................b) refutar ou rebater a ideia-chave fornecida................................................................................................................................c) convencer alguém sobre uma ideia-chave a apresentar ........................................................................................................d) apresentar uma dissertação sobre a ideia-chave (tese) .........................................................................................................

• decidi quem seria o recetor do texto ..............................................................................................................................................• optei pela forma de tratamento a adotar para com esse recetor:

a) não marcada no texto ....................................................................................................................................................................b) marcada no texto (implicando-o no discruso) ..........................................................................................................................

• associei o tópico, a ideia-chave a palavras, ideias, conhecimentos, experiências .................................................................• listei um conjunto de argumentos que sustentam/refutam a tese abordada...........................................................................• agrupei esquematicamente os dados anteriormente considerados ..........................................................................................• previ os argumentos que podiam contrariar a tese......................................................................................................................• encontrei fundamentação para uma reação pessoal a esses argumentos...............................................................................• obtive uma primeira conclusão em função dos argumentos e raciocínios considerados .....................................................

À medida que o redigi:• não me afastei da ideia-chave e do tipo de arguentos selecionados ........................................................................................• tive a preocupação de expor a ideia-chave (tese) num primeiro parágrafo.............................................................................• concretizei os argumentos aduzidos (exemplos, provas, asserções) .......................................................................................• organizei os argumentos/contra-argumentos de acordo com uma ordenação:

a) hierárquica (do argumento menos forte para o mais forte, ou o contrário)........................................................................b) de raciocínios lógicos (causa-efeito/consequência, antecedente-consequente, adição, sequencialização temporal,

oposição) .........................................................................................................................................................................................• utilizei conetores/articuladores adequados:

a) ao tipo de raciocíno adotado ........................................................................................................................................................b) ao relevo ..........................................................................................................................................................................................c) à sequencialidade da informação planificada............................................................................................................................

• evitei ideias vagas ou abstratas, contra-sensos, incongruências..............................................................................................• atentei nas pessoas gramaticais utilizadas (a primeira, para argumentos mis pessoais; a terceira, para os de

naturezaq genéric ou fonte indeterminada)...................................................................................................................................• utilizei predominantemente os modos e tempos verbais da atualidade e factualidade (força argumentativa

necessária à validação dos argumentos e da tese) ......................................................................................................................• construí uma conclusão (condensando os argumentos utilizados; adiantando uma interpretação pessoal do tópico ou

ideia-chave; citando exemplo, autoridade, formulando uma questão) ......................................................................................

No final da produção escrita:• verifiquei a disposição lógica e ordenada do texto.......................................................................................................................• evitei períodos longos........................................................................................................................................................................• consegui revelar seleção e variedade vocabular ..........................................................................................................................• atentei na correção linguística a nível:

a) da ortografia....................................................................................................................................................................................b) da acentuação.................................................................................................................................................................................c) da pontuação...................................................................................................................................................................................d) da construção sintática .................................................................................................................................................................

57Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Testar (avaliação formativa) (págs. 102-103)

A.

1. A expressão “língua de António” diz respeito à ora-tória produzida por Santo António.

2. O parêntesis, nessa linha, dá conta de um comen-tário do orador relativamente ao vício da soberba.Esta última é identifcada com o vento por não serdignificante para o Homem. Trata-se de algo pas-sageiro, volátil, que não contribui para a verdadeirafelicidade humana.

3. As naus referidas, pelos nomes que têm, são aconcretização dos vícios humanos. Neste sentido,são alegorias, pois são encaradas como os peca-dos, os defeitos que os homens transportam naterra marcada pela corrupção.

4. O destinatário do discurso aparece literalmenteidentificado com os peixes, conforme se pode veri-ficar com o vocativo que abre o segundo parágrafo(“…, peixes,…), além do determinante possessivo(“vosso grande pregador”).

5. “se porque agora está muda (posto que ainda seconserva inteira), se vêem e choram na terra tan-tos naufrágios”

6. O excerto transcrito situa-se na parte da exposi-ção-confirmação, relativa aos louvores formula-dos em particular (capítulo III). Conforme se lê noexcerto, o orador menciona a rémora e o torpedo,espécies que são representativas do bom exemploa seguir pelos homens. Daí falar-se em “estevosso louvor”, ao qual Vieira se refere com inveja(enquanto homem e pecador que é).

7. 1. Padre António Vieira, ao referir-se ao pregadordá conta dos vícios de um peixe que sobrevive àcusta daqueles a que se pega. Pelo parasitismo eoportunismo que o caracterizam é o reflexo doshomens que se comportam de igual modo, nainconsciência de que, assim que morrer aquele aquem se pega, não terá a autonomia necessária.Na preguiça e na dependência em que se coloca,nunca terá meios de subsistir.

B.

1. 1k/ 2f / 3j / 4g / 5i / 6a2.1. Ambos estes peixes conhecemos cá mais de fama

que de vista; porém, isto têm as virtudes grandes.2.2. Conector condicional (se) e conector aditivo (e).

C.

Sugestão de uma proposta de planificação do texto

INTRODUÇÃO1. Anúncio da relação do provérbio com o sermão

(ambos apontam para males humanos, metafori-camente).

DESENVOLVIMENTOPrimeiro argumento: O Homem não segue os valoresvirtuosos.a) um exemplo: os corruptos que abusam do poder

que têm e enriquecem, prejudicando outros.

Segundo argumento: a perseguição dos que revelamideias avançadas.b) um exemplo: Padre António Vieira perseguido pela

Inquisição.

CONCLUSÃO1. Confirmação do provérbio, atualidade do pensa-

mento de Vieira.

Os critérios de correção da atividade escrita pro-posta passam pela consideração dos seguintes itens:• a obediência à linha temática proposta (relação

sermão-provérbio), bem como os tópicos/as fun-ções sugeridos (males do passado, males contem-porâneos; dois argumentos; dois exemplos);

• o respeito pelo género de texto proposto (textoargumentativo);

• a extensão quanto ao limite de palavras (150-200palavras);

• a correção da escrita (coerência de infomação,estruturação do texto, sintaxe, seleção vocabular,pontuação, acentuação, ortografia);

• enquadramento dos erros ortográficos, entreoutros, nos indicadores seguintes:a) ausência, colocação errada ou desenho ambíguo

do acento;b) troca de acento grave por agudo, ou do til por cir-

cunflexo, etc.;c) incorreta translineação de palavras;d) ausência de duplo hífen na translineação de pala-

vras que já contenham hífen;e) incorreta utilização de maiúscula e de minúscula;f) utilização incorreta de grafemas.

Com Textos 11 | Livro do Professor58

Sequência 3: Com Textos para Representar

Ouvir/Falar – filme Quem és tu? (pág. 110)

B.

1. Imagens relativas a vários momentos da obra, inseridas de forma aleatória.2. Não há relação lógica entre as imagens, embora se possa estabelecer nexos entre a fuga da família e o

incêndio, bem como entre a chegada do romeiro e a tomada do hábito.3. A imagem do incêndio repete-se por ter sido geradora de toda a ação trágica,4. O título está associado à questão que é endereçada ao Romeiro, revestindo do mesmo caráter enigmá-

tico da personagem a quem a pergunta é dirigida.

Práticas da Língua (pág. 120)

A.

Almeida Garrett nasceu no Porto, no seio de uma família que vivia com certo desafogo. O pai deAlmeida Garrett era oriundo dos Açores. Nas veias de Almeida Garrett corria sangue duma avó irlandesa,da parte do pai; daí o apelido Garrett, apelido de muito agrado para Almeida Garrett dado sugerir um“estrangeirismo aristocrático”. Quanto à infância de Almeida Garrett, é usual referir-se a possível influên-cia que duas criadas (a velha Brígida e a mulata Rosa de Lima), exerceram no futuro do autor de Adozinda,despertando no autor o gosto pelo folclore (contos populares, modinhas), bem como o interesse pela men-talidade e sabedorias populares, evidentes na personagem Telmo de Frei Luís de Sousa. Bem cedo, tam-bém, nasceu em Almeida Garrett a sua vocação de orador e de homem de teatro. Os títulos de introdutordo Romantismo em Portugal e de reformador do teatro em Portugal bastam para tornar Almeida Garrettum dos grandes nomes da história portuguesa e da cultura portuguesa. Mas o modo como Almeida Garrettintroduziu o Romantismo e como reformou o teatro português (para além da atitude cívica e comprome-tida noutros inúmeros domínios, por parte de Almeida Garrett) conduz para a consciência de que grandeparte da moderna literatura portuguesa depende de Almeida Garrett.

Adaptado de um Dicionário de Literatura Portuguesa

Almeida Garrett nasceu no Porto, no seio de uma família que vivia com certo desafogo. O seu pai eraoriundo dos Açores. Nas veias do futuro visconde corria sangue duma avó irlandesa, da parte paterna; daío apelido Garrett, de muito agrado para o escritor dado sugerir um “estrangeirismo aristocrático”. Quantoà infância, é usual referir-se a possível influência que duas criadas (a velha Brígida e a mulata Rosa deLima) exerceram no futuro do autor de Adozinda, despertando nele o gosto pelo folclore (contos popula-res, modinhas) bem como o interesse pela mentalidade e sabedorias populares, evidentes na personagemTelmo do Frei Luís de Sousa. Bem cedo, também, nasceu no poeta liberal português a vocação de oradore de homem da arte dramática. Os títulos de introdutor do Romantismo em Portugal e de reformador doteatro em Portugal bastam para o tornar um dos grandes nomes da história portuguesa. Mas o modo comoo fez (para além da atitude cívica e comprometida noutros inúmeros domínios) conduz para a consciên-cia de que grande parte da moderna literatura portuguesa depende de Almeida Garrett.

Adaptado de um Dicionário de Literatura Portuguesa

59Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Orientações de Leitura (pág. 127)

B.

Tabela para copiar (versão do aluno)

Proposta de correção (versão do professor)

Práticas da Língua (pág. 128)

A.5. Modificadores: a), b), f), g), h), i), j).

Em c) “Lisboa”, d) “no palácio de D. João de Portugal”, e) “nos Santos Lugares”, h) “para o palácio deAlmada” estão presentes complementos obrigatórios designados oblíquos.

B.1. a) Mod. (todos); b) CObl.; c) CObl.; d) Mod. (o primeiro) e predicativo do sujeito; e) Mod. (ambos); f) Mod. (ambos)2. b) lugar (os dois iniciais) e finalidade; b) lugar (destino); c) lugar (ponto de partida); d) tempo e lugar;

e) lugar e modo; f) modo e explicação.

TEXTOS PERSPETIVA FOCALIZADA IDEIAS-CHAVE

I Política/Teatral • Frei Luís de Sousa sobrevive à censura do governo de Costa Cabral.• O maior número de representações no Teatro Nacional pertence a Luís de Sousa.

II

III e IV

V e VI

TEXTOS PERSPETIVA FOCALIZADA IDEIAS-CHAVE

I Política/Teatral• Frei Luís de Sousa sobrevive à censura do governo de Costa Cabral.• O maior número de representações no Teatro Nacional pertence a Frei Luís de Sousa.

II Argumento de Frei Luís de Sousa

• Maria – símbolo do presente em oposição a D. João de Portugal• Conflito familiar e conflito nacional

III e IVClassificaçãotipológica de

Frei Luís de Sousa

• Presença de situações e elementos trágicos• Elementos característicos do drama romântico

V e VIDrama histórico e a

problemática dosebastianismo

• Confluência de factos históricos e políticos• Nacionalismo e sebastianismo

Com Textos 11 | Livro do Professor60

Escrever (pág. 130)

A.

Esquema para fotocopiar (versão do aluno)

CONCENTRAÇÃO CONCENTRAÇÃODE ESPAÇO DE TEMPO

Igreja de S. Paulo

Retratos:

Palácio de D. João de Portugal

(Almada)

Palácio de Manuel de Sousa Coutinho (Lisboa)

Retrato:

O ADENSAR TRÁGICO DA AÇÃO

• 21 anos

• 14 anos

• 1 ano

• 3 dias

• “Hoje”

• (sexta-feira)

• “altas horas

da noite”

• 8 dias

61Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Proposta de correção (versão do professor)

CONCENTRAÇÃO CONCENTRAÇÃODE ESPAÇO DE TEMPO

Igreja de S. Paulo

Retratos:Camões, D. Joãoe D. Sebastião

Palácio de D. João de Portugal

(Almada)

Palácio de Manuel de Sousa Coutinho (Almada)

Retrato:Manuel de Sousa

O ADENSAR TRÁGICO DA AÇÃO

• 21 anos

• 14 anos

• 1 ano

• 3 dias

• “Hoje”

(sexta-feira)

• 8 dias

Ausência de D. João

Duração do casamento de D. Madalenae Manuel de Sousa

Tempo relativo à viagem de D. João até à suachegada

Tempo que corresponde à estada da família nopalácio de D. João.

Período utilizado pelo romeiro até chegar junto deD. Madalena

O reconhecimento: desvenda-se a identidade do romeiro

O clímax: morte espiritual do casal e física de Maria

• “altas horas

da noite”Catástrofe: morte física de Maria

morte espiritual de Madalena e Manuel deSousa Coutinho

Escrever (pág. 131)

B.

1.

Esquema para fotocopiar (versão do aluno)

Proposta de correção (versão do professor)

ATO PERSONAGEM FOCALIZADA INDÍCIOS DO DESFECHO TRÁGICO

I• Família Sousa Coutinho• D. Madalena

• “É no fim da tarde” – o tempo enunciador do fim, entrada na noite• Leitura do episódio de Inês de Castro de Os Lusíadas indicia a vivência

de um amor trágico

II

III

ATO PERSONAGEM FOCALIZADA INDÍCIOS DO DESFECHO TRÁGICO

I

• Família Sousa Coutinho

• D. Madalena

• O incêndio

• A perda do retrato de Manuel de Sousa

• “É no fim da tarde” – o tempo enunciador do fim, entrada na noite

• Leitura do episódio de Inês de Castro de Os Lusíadas indicia avivência de um amor trágico

• O incêndio remete para o fim do espaço de felicidade do casal

• A perda do retrato sugere o fim da personagem e/ou seu destinotrágico

II

• A decoração melancólica do palácio deD. João

• A sala dos retratos e as figuras aírepresentadas

• O mal-estar que se apossa de D. Madalenaapós a chegada do romeiro

• O tipo de decoração sugere o passado e a tristeza que se abaterásobre a família

• O fim trágico das personagens representadas nos retratos indiciaa tragédia que vitimizará os ocupantes daquele palácio

• A doença de D. Madalena e a chegada do primeiro marido sãosinónimos da destruição da personagem

III

• A noite como coordenada temporal delocalização da ação

• O estreitamento do espaço

• A cerimónia da tomada do hábito

• A morte de Maria

• A noite indicia a morte, o fim

• O afunilamento do espaço articula-se com o adensamentotemporal

• Simboliza a morte terrena dos dois esposos

• Significa o culminar da ação trágica

62 Com Textos 11 | Livro do Professor

63Sugestões Metodológicas | Com textos 11

GUIÃO DE AVALIAÇÃO NA PRODUÇÃO DE UM TEXTO DRAMÁTICO SIM NÃO

Antes de redigir o texto:• parti de um tema, uma ideia-chave, uma situação........................................................................................................................• considerei as personagens necessárias para interagir na situação pensada..........................................................................• caracterizei essas personagens (retrato físico/psicológico; jogos de força representados)................................................• imaginei um tempo/espaço associados à ação e às falas das personagens............................................................................• referenciei as ações/os estados/os acontecimentos em função do presente dos atos de fala............................................• planifiquei a progressão dramática da situação:...........................................................................................................................

a) partindo de uma sequência inicial...............................................................................................................................................b) desenvolvendo as ações/os estados/os acontecimentos numa lógica de ação coerente .................................................c) fechando a progressão dramática ...............................................................................................................................................

Ao produzir o texto, fui capaz de:• manter a lógica de ações/estados/acontecimentos planificada para a progressão dramática .............................................• referenciar essas ações/esses estados/acontecimentos em função do presente dos atos de fala ....................................• introduzir as indicações cénicas estritamente necessárias à representação do texto ao nível:

a) da identificação das personagens interlocutoras no discurso...............................................................................................b) da localização da(o) ação/acontecimento/estado representados .........................................................................................c) dos adereços necessários à representação da situação.........................................................................................................d) da caracterização/movimentação das personagens ................................................................................................................e) do modo como as falas são proferidas ......................................................................................................................................f) das referências de tempo/espaço implicadas na situação dramática ...................................................................................g) da explicitação de implícitos/subentendidos que as personagens não verbalizam............................................................

• distinguir graficamente o texto principal (atos de fala das personagens) do secundário (de autor) ..................................• privilegiar o diálogo enquanto modalidade de fala predominante do texto ..............................................................................• inserir modalidades de fala distintas, conforme os tipos de interação pretendidos...............................................................• adequar o discurso das personagens: ............................................................................................................................................

a) às características imaginadas na construção delas mesmas ................................................................................................b) às intenções das personagens que o proferem........................................................................................................................c) aos interlocutores com que interagem.......................................................................................................................................

• utilizar corretamente os sinais de pontuação associados aos objetivos dos atos de fala ....................................................• marcar a segmentação do texto: ......................................................................................................................................................

a) em termos gráficos........................................................................................................................................................................b) em termos de divisão textual (atos, cenas, sequências/quadros cénicos) ..........................................................................

No final da produção escrita:• verifiquei a disposição lógica e gráfica do texto...........................................................................................................................• consegui revelar a expressividade dos atos de fala assumidos pelas personagens ..............................................................• explicitei apenas o necessário em termos de indicações cénicas ............................................................................................• atentei na adequação linguística das réplicas/didascálias a nível .............................................................................................

a) da ortografia....................................................................................................................................................................................b) da acentuação.................................................................................................................................................................................c) da pontuação...................................................................................................................................................................................d) da seleção vocabular .....................................................................................................................................................................e) da construção sintática .................................................................................................................................................................f) do valor pragmático dos enunciados produzidos......................................................................................................................

Avaliar Competências (pág. 137)

Lista de verificação do guião de avaliação para a produção de um texto dramático

Com Textos 11 | Livro do Professor64

GUIÃO DE AVALIAÇÃO NA PRODUÇÃO DE UMA SÍNTESE SIM NÃO

Antes de redigir a síntese:• fiz uma leitura atenta do texto-fonte ...............................................................................................................................................• sublinhei as ideias/factos principais...............................................................................................................................................• dividi o texto-fonte nas suas partes e subpartes..........................................................................................................................• atribuí um título a cada uma dessas (sub)partes ..........................................................................................................................• identifiquei as relações lógicas estabelecidas entre as (sub)partes.........................................................................................• suprimi: ................................................................................................................................................................................................

a) repetições e/ou expressões redundantes ..................................................................................................................................b) exemplificações..............................................................................................................................................................................c) condições óbvias, componentes ou sequências implicadas noutras referências textuais ...............................................d) pormenores supérfluos.................................................................................................................................................................e) perífrases e pleonasmos...............................................................................................................................................................

• construí um plano para introduzir, desenvolver e concluir a apresentação das ideias do texto-fonte: ..............................

Ao redigir a síntese:• apoiei-me no plano traçado...............................................................................................................................................................• diversifiquei a linguagem face ao texto-fonte: ..............................................................................................................................

a) excluindo transcrições .................................................................................................................................................................b) substituindo termos específicos por outros mais genéricos ................................................................................................c) integrando expressões em termos mais reduzidos .................................................................................................................d) citando o autor do texto-fonte pela modalidade de discurso indirecto.................................................................................e) retomando expressões/sequências por termos anafóricos ..................................................................................................f) transformando sequências textuais longas por sinónimas reduzidas...................................................................................g) substituindo frases complexas por outras mais simples (recurso a nominalizações;

adjetivos em vez de orações relativas) ......................................................................................................................................• mantive as relações lógicas do texto-fonte....................................................................................................................................• recorri a marcas subjetivas da linguagem.....................................................................................................................................

No final da redacção da síntese:• respeitei o limite de palavras solicitado .........................................................................................................................................• cumpri as orientações anteriores....................................................................................................................................................• atentei na correção sintática ............................................................................................................................................................• tive cuidado com a seleção vocabular ............................................................................................................................................• fui correto(a) na ortografia, acentuação e pontuação ..................................................................................................................

Avaliar Competências (pág. 139)

Lista de verificação do guião de avaliação para a produção de uma síntese

Testar (avaliação formativa) (pág. 143)

A. – As Personagens

1.

B. – A Ação

1.

a) O Ato I abre com Maria __ , D. Madalena X, Telmo __ a ler e a refletir sobre a sua vivência.

b) Quando lê Os Lusíadas, D. Madalena compara-se a Inês de Castro X, Formosíssima Maria __ , Maria __ ,

c) A personagem Telmo __ , Manuel de Sousa X, Maria __ está ausente até cerca de metade do ato I.

d) Esta ausência facilita a conversa entre Telmo e Maria __ , Frei Jorge e Telmo __ , Telmo e D. Madalena Xsobre os temores vividos desde o desaparecimento de D. João de Portugal.

e) Com a chegada de Manuel de Sousa Coutinho, este anuncia a decisão de incendiar o seu próprio palácio X,ingressar na vida conventual __ , perseguir os governadores espanhóis __ .

f) Esta atitude destruidora de Manuel de Sousa Coutinho aterrorizou Maria __ , D. Madalena X, os criados __ .

C. – Atos II e III

1.

O Ato II desenrola-se no antigo palácio1 e D. Madalena2 e de D. João de Portugal. Neste local destaca-sea sala dos retratos3. É aqui que Maria pressiona Telmo4, querendo saber informações sobre um deles: o de D. João de Portugal.

AS PERSONAGENS

Identificação Caracterização (três traços distintos)

Maria Frágil; doente; perspicaz

D. Madalena Supersticiosa; vulnerável; sentimentalista

Manuel de Sousa Patriota; corajoso; racional

Telmo Agoirento; fiel; indeciso

Frei Jorge Discreto; conselheiro; atento

Romeiro Austero; cruel; ansioso

Sugestões Metodológicas | Com textos 11 65

Com Textos 11 | Livro do Professor66

Com a entrada de Manuel de Sousa Coutinho em cena, é desvendada a curiosidade de Maria. Fica-seainda a saber que aquele tem de ir a Lisboa5 agradecer ao arcebispo6 o que este fizera para desagravar aatitude de Manuel de Sousa face aos governadores7. É precisamente durante esta viagem que se dá o clímax da obra: a chegada do Romeiro8, numa sexta-feira9, dia fatídico. O velho peregrino vai ser recebidopor Frei Jorge10. mas exige falar com D. Madalena11, pois trazia-lhe um recado12 do seu primeiro marido13.

A notícia recebida provoca a destruição da família14 de Manuel de Sousa e já só resta uma solução15:aquela a que se assiste no ato III (este decorrre, inicialmente, na parte baixa do palácio16 e, posteriormente,na igreja17 de S. Paulo dos Domínicos). Aqui se processa o desenlace trágico: os dois esposos ingressam navida religiosa18, morrendo ambos para a vida mundana19; Maria morre, também, mas fisicamente20-

D. – Globalidades da Obra

a) F – Frei Luís de Sousa retrata a situação política portuguesa após o imediato desaparecimento deD. Sebastião.

b) V – A obra garretiana aborda um drama familiar, desencadeado pelo regresso do primeiro marido deD. Madalena de Vilhena.

c) F – D. João de Portugal é o nome do segundo marido de D. Madalena.

d) F – D. Sebastião é evocado apenas uma vez ao longo dos três Atos.

e) F – Maria simpatiza com a figura austera e ameaçadora de Telmo.

f) V – Frei Jorge é cunhado de D. Madalena.

g) F – D. Madalena suspeita que o Romeiro é D. João de Portugal.

h) F – Manuel de Sousa Coutinho pautou a sua vida pelo apego aos valores materiais.

Sequência 4: Com Textos para Narrar e Descrever

Ouvir/Falar (pág. 150)

Escrever (pág. 153)

A.

1.

I – 1. participantes

2. características

3. objetivos

II – 1. Dois grupos de intelectuais

1.1. O grupo liderado por Castilho (mais retrógrado)

1.2. O grupo liderado por Antero de Quental (mais

moderno)

III – 1. Origem

2. Objetivos

IV – 1. Literatura

2. História

3. Religião

4. Educação

5. Política

Vida OBRA

1845 • Nascimento na Póvoa de Varzim (25-11)

1861• Exames de admissão no curso de Direito, na Universidadede Coimbra

1866 • Conclusão do curso de Direito• Inicio da escrita de folhetins no periódico lisboeta Gazeta de

Portugal, postumamente agrupados com o título Prosas Bárbaras

1867 • Fundação do Cenáculo com Antero de Quental• Direção do jornal alentejano Distrito de Évora

1869 • Presença na abertura do canal de Suez• Visita ao Egito e à Palestina

• Origem o heterónimo Carlos Fradique Mendes, no grupointelectual do Cenáculo

1870 • Regresso a Portugal• Nomeação para administrador do concelho de Leiria

• Colaboração no romance O Mistério da Estrada de Sintra, emparceria com Ramalho Ortigão

1871• Direção do mensário crítico As Farpas, com ramalho Ortigão• Apresentação no Casino Lisbonense da conferência “O realismo

como nova expressão de Arte”

1872 • Embarque para Havana (Cuba), para o exercício do cargo deCônsul

1874 • Nomeação para o cargo de Cônsul de Newcastle-on-Tybe(Inglaterra)

• Primeiro ensaio de efabulação narrativa de “Singularidades deuma Rapariga Loira”

1875 • Apresentação, em folhetim, da revista Ocidental, do primeiroromance realista-naturalista: O crime do padre Amaro

1878 • Transferência para Bristol (Inglaterra) • Publicação do romance O Primo Basílio

1880 • Início da publicação da novela fantástica O Mandarim no Diário dePortugal

1886 • Casamento com Emília de Castro Pamplona

1887 • Publicação de A Relíquia

1888 • Nomeação para o cargo de Cônsul em Paris • Publicação de Os Maias

1889 • Direção da Revista de Portugal

1900 • Morte em Paris (16-08)• Publicação de A Ilustre Casa de Ramires• Escrita de A Cidade e as Serras

1901 • Publicação póstuma dos escritos guardados pelo autor

Sugestões Metodológicas | Com textos 11 67

68 Com Textos 11 | Livro do Professor

ESPAÇO – TEMPO – INTRIGA EM OS MAIAS

ESPAÇO TEMPO DA HISTÓRIA RESUMO DOS ACONTECIMENTOS

Ramalhete

Antes do outono de1875

Depois do outono de1875

Santa Olávia

Antes do outono de1875

Depois do outono de1875

Hotel Central

SintraDepois do inverno de

1875

Espaço visitado por Carlos e Cruges, quando o primeiro procurava encontrar MariaEduarda. É um local de encontros e desencontros amorosos, identificado com asensibilidade e o romantismo representados por Alencar.

Hipódromo

Toca

Corneta do Diabo

Teatro da Trindade

LisboaDez anos após a morte de

Afonso da Maia (1887)

Cidade por onde Carlos e João da Ega, no final do romance, passeiam, depois de umavivência marcada por desistências e desilusões. O mau estado da estátua de Camões, nocentro da cidade, simboliza, a par da nostalgia de um passado glorioso, a sobreposição deum presente apagado e sem brilho. A cidade parece, assim, em perfeita sintonia com acrise de que a família Maia é exemplo / vítima.

Estrangeiro

Cerca de 1820

Afonso visita Inglaterra aquando da sua juventude - altura em que se revela opositor aoregime absolutista de que o pai (Caetano da Maia) é defensor. Vive em Inglaterra com aesposa e o filho Pedro, mas Maria Eduarda Runa não se adapta ao clima nem aos hábitosculturais da ilha. O casal chega a visitar a Itália, mas acaba por regressar a Lisboa.

Antes do outono de 1875

Depois do outono de 1875

Escrever (pág. 166)

D.

1.

Tabela para fotocopiar (versão aluno)

Proposta de correção (versão professor)

ESPAÇO – TEMPO – INTRIGA EM OS MAIAS

ESPAÇO TEMPO DA HISTÓRIA RESUMO DOS ACONTECIMENTOS

Ramalhete

Antes do outono de1875

Espaço citadino (Lisboa) desabitado durante largos anos. Em 1858, esteve prestes a serarrendado a monsenhor Buccarini para lá se instalar a Nunciatura. Em 1870, serviu dearrecadação a mobílias e louças vindas da casa de Benfica. Sofreu restauração parainstalação de Afonso e Carlos em Lisboa.

Depois do outono de1875

Local onde Afonso e Carlos vivem, após a formatura em medicina deste último membro dafamília Maia. Para além de espaço habitacional, é também um local de sociabilização.

Santa Olávia

Antes do outono de1875

Espaço rural habitado por Afonso e Carlos da Maia durante a sua infância e parte da suajuventude. Local onde o neto de Afonso cresceu e foi educado, com a supervisão do avô edo precetor Mr Brown. Espaço de sociabilização, frequentado pela família Silveirinha.

Depois do outono de1875

Local de abrigo temporário de algumas das personagens (Afonso, Ega, Carlos, …). Espaçorevitalizador do bulício lisboeta.

Hotel Central Inverno de 1875 Espaço de encontros (sociais), de lazer, de convívio. Local onde Carlos viu pela primeiravez Maria Eduarda e onde se realiza o jantar de Ega em homenagem ao banqueiro Cohen.

SintraDepois do inverno de

1875

Espaço visitado por Carlos e Cruges, quando o primeiro procurava encontrar MariaEduarda. É um local de encontros e desencontros amorosos, identificado com asensibilidade e o romantismo representados por Alencar.

Hipódromo “horas de verão”

Local de encontros (sociais), de lazer, de convívio.Espaço físico mal preparado para receber corridas de cavalos, sobressaindo-se a vontadede imitar o estrangeiro; o parecer tenta sobrepor-se ao ser, evidenciando-se odesajustamento entre tradições nacionais e as de influência britânica.

Toca VerãoEspaço conotado de sensualidade. Local de encontros entre Carlos e Maria Eduarda.Esconderijo dos amantes para um relacionamento considerado adúltero.

Corneta do Diabo Fim de outonoEspaço redatorial do jornal Corneta do Diabo. Local reles, sujo, sórdido, associado àfalta de moral de Dâmaso e à corrupção no meio jornalístico.

Teatro da Trindade(sem referência

diretamente explicitada)

Espaço cultural, de encontros (sociais), de lazer, de convívio. Aqui realça-se o gosto“démodé” do público, apostado na perpetuação do românticoe ligado à tradição provinciana que caracterizava o país.

LisboaDez anos após a morte de

Afonso da Maia (1887)

Cidade por onde Carlos e João da Ega, no final do romance, passeiam, depois de umavivência marcada por desistências e desilusões. O mau estado da estátua de Camões, nocentro da cidade, simboliza, a par da nostalgia de um passado glorioso, a sobreposição deum presente apagado e sem brilho. A cidade parece, assim, em perfeita sintonia com acrise de que a família Maia é exemplo/vítima.

Estrangeiro

Cerca de 1820

Afonso visita Inglaterra aquando da sua juventude - altura em que se revela opositor aoregime absolutista de que o pai (Caetano da Maia) é defensor. Vive em Inglaterra com aesposa e o filho Pedro, mas Maria Eduarda Runa não se adapta ao clima nem aos hábitosculturais da ilha. O casal chega a visitar a Itália, mas acaba por regressar a Lisboa.

Antes do outono de1875

Pedro vive os primeiros tempos de casado em Itália e França.Carlos faz uma viagem de cerca de ano e meio pela Europa, que lhe permite ocontacto com a cultura, a moda e a política europeias, colocando-o numa posiçãoprivilegiada enquanto comentador de vivência portuguesa.

Depois do outono de1875

Refúgio e/ou modelo para os intelectuais e para a aristocracia portuguesa da época.

Sugestões Metodológicas | Com textos 11 69

Com Textos 11 | Livro do Professor70

Escrever (pág. 177)

B.

1.

Esquema para fotocopiar (versão aluno)

Espaço frequentado poramigos de Pedro:

D. João da Cunha e__________________

Local degrandessoirées

PortugalLisboa Arroios

Consequência: Pedro regressa a casa do pai,

acompanhado do filho

Fica entregue aoscuidados do avô,

em consequência doato cometido pelo pai:

o suicídio.

Felicidade abalada pelatraição e fuga deMaria Monforte

acompanhada da filha

O casal temdois filhos

O casamento dePedro da Maia e Maria Monforte

em

71Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Proposta de correção (versão do professor)

O casal temdois filhos

Espaço frequentado poramigos de Pedro:

D. João da Cunha eAlencar

Local degrandessoirées

em

ItáliaNápolesRoma

Maria Eduarda Carlos

FrançaParis

PortugalLisboa Arroios

Consequência: Pedro regressa a casa do pai,

acompanhado do filho

Fica entregue aoscuidados do avô, em

consequência doato cometido pelo pai:

o suicídio.

Felicidade abalada pelatraição e fuga de Maria Monforte

acompanhada da filha

O casamento dePedro da Maia e Maria Monforte

Escrever (pág. 178)

C.

1.

Esquema para fotocopiar (versão aluno)

Privilégio dado:• ao contacto com a natureza;• ao exercício físico;• à aprendizagem de línguas vivas (inglês);• à criatividade e ao juízo crítico;• ao rigor, método e à ordem;• ao dever em detrimento da vontade.

MODELO DE EDUCAÇÃO BRITÂNICA(MODERNA)

Lema orientador: “alma sã em corpo são”

ministrada porMr. Brown

Afonso e narrador valorativoaprovam

Vilaça, Padre Custódio, gente da casa e de Resendecontestam

FECHADA A CASA DE BENFICA (cap. II),Afonso da Maia parte com o neto para a Quinta de Santa Olávia

Educação de Carlos Educação de Eusebiozinho

Privilégio dado:•

Com Textos 11 | Livro do Professor72

73Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Proposta de correção (versão professor)

Privilégio dado:• ao contacto com a natureza;• ao exercício físico;• à aprendizagem de línguas vivas (inglês);• à criatividade e ao juízo crítico;• ao rigor, método e à ordem;• ao dever em detrimento da vontade.

MODELO DE EDUCAÇÃO BRITÂNICA(MODERNA)

EDUCAÇÃO TRADICIONAL PORTUGUESA

Lema orientador: “alma sã em corpo são”

Lema orientador:superproteção e valorização/reprodução do saber

livresco.

ministrada porMr. Brown

Afonso e narrador valorativoaprovam desaprovam

Vilaça, Padre Custódio, gente da casa e de Resendecontestam aprovam

ministrada pela mamã e padre

Vasques

FECHADA A CASA DE BENFICA (cap. II),Afonso da Maia parte com o neto para a Quinta de Santa Olávia

Educação de Carlos Educação de Eusebiozinho

Privilégio dado:• aos espaços interiores/fechados• à memorização• à aprendizagem de línguas mortas (latim) e do

catolicismo• à superproteção por figuras femininas• chantagem emocional• (…)

Escrever (pág. 180-181)

B.

1.

Esquema para fotocopiar (versão aluno)

O trabalho realizado até ao momento com o romance queirosiano Os Maias permitiu-lhe:

• detetar a incidência do narradorem três gerações da família Maia:

• reconhecer movimentos temporais enquanto técnica de construção narrativa:

• identificar/apresentar a funcionalidade de três espaços geográficos:

• reconhecer indícios para um fundo trágico na ação, tendo em conta a simbologia de alguns elementos presen-tes no jardim do Ramalhete, nomeadamente:

• identificar fatores que condicionam o percurso das personagens (abordado o caso particular de Pedro daMaia):

Ponto inicial danarrativa:

Outono de 1875(cap. I, pp. 5-12)

Retoma: “Chegara esseOutono de 1875: …”

(cap. IV, p. 95)

Juventude de Afonso (cap. I, pp. 13-17)

Infância e juventude de Pedro (caps. I e II)

Infância e juventude de Carlos (caps. III e IV,até à pág. 95)

Santa Eulália Coimbra Lisboa

74 Com Textos 11 | Livro do Professor

Sugestões Metodológicas | Com textos 11 75

O trabalho realizado até ao momento com o romance queirosiano Os Maias permitiu-lhe:

• detetar a incidência do narradorem três gerações da família Maia:

• reconhecer movimentos temporais enquanto técnica de construção narrativa:

• identificar/apresentar a funcionalidade de três espaços geográficos:

• reconhecer indícios para um fundo trágico na ação, tendo em conta a simbologia de alguns elementos presen-tes no jardim do Ramalhete, nomeadamente:

• identificar fatores que condicionam o percurso das personagens (abordado o caso particular de Pedro daMaia):

Afonso da Maia

Pedro da Maia

Carlos da Maia

analepse

Estátua de Vénus mesa de pedra

fonte cipreste

educação meiohereditariedade

Ponto inicial danarrativa:

Outono de 1875(cap. I, pp. 5-12)

Retoma: “Chegara esseOutono de 1875: …”

(cap. IV, p. 95)

Juventude de Afonso (cap. I, pp. 13-17)

Infância e juventude de Pedro (caps. I e II)

Infância e juventude de Carlos (caps. III e IV,até à pág. 95)

Infância e educação de Carlos Estudos liceais euniversitários de Carlos – vidade boémia de Carlos 1;conhecimento de Ega

Contacto de Carlos com aaristocracia, instalação doconsultório e relacionamentocom Maria Eduarda

Santa Eulália Coimbra Lisboa

Proposta de correção (versão professor)

Esquema para fotocopiar – cont. (versão aluno)

• caracterizar a atitude de Afonso face à:

• comparar os aspetos relevados na caracterização de Maria Monforte e Maria Eduarda:

• salientar aspetos caracterizadores do ambiente de Arroios, frequentado por Pedro da Maia e Maria Monforte:

• explicar a influência antagónica de Maria Monforte em dois momentos do percurso de vida de Pedro da Maia:

• distinguir modelos educacionais tipificados que evidenciam a formação de personalidades distintas (cf. página 000)

• caracterizar Carlos a partir das situações vividas, em Coimbra e no estrangeiro:

… educação do filho Pedro … educação do neto Carlos

Interesses académicos:

Grupos de amigos:

Primeiros amores:

Maria Monforte Maria Eduarda

Depois da morte da “mamã” Após a revelação da traição

76 Com Textos 11 | Livro do Professor

77Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Proposta de correção – cont. (versão professor)

• caracterizar a atitude de Afonso face à:

• comparar os aspe tos relevados na caracterização de Maria Monforte e Maria Eduarda:

• salientar aspetos caracterizadores do ambiente de Arroios, frequentado por Pedro da Maia e Maria Monforte:

• explicar a influência antagónica de Maria Monforte em dois momentos do percurso de vida de Pedro da Maia:

• distinguir modelos educacionais tipificados que evidenciam a formação de personalidades distintas (cf. página 178)

• caracterizar Carlos a partir das situações vividas, em Coimbra e no estrangeiro:

… educação do filho Pedro

Inconformismo, desânimo, alheamento, …

… educação do neto Carlos

Promoção, envolvimento, empenhamento …

prazeres mundanosluxo

ociosidadefutilidade

Interesses académicos:Medicina; arte; investigação e literatura.

Grupos de amigos: João da Ega, o grande amigo, e um conjunto de revolucionários que começaram afrequentar os “Paços de Celas”, onde havia discussões metafísicas.

Primeiros amores:Hermengarda, relacionamento adúltero; Encarnacion, prostituta espanhola.

“senhora loura” de “carnação ebúrnea”, com “for-mas de estátua”; “atitude de deusa insensível”,“olhos azuis”

“senhora alta, loura” com o esplendor da sua “car-nação ebúrnea”; dava um passo soberbo dedeusa, “reflexo de cabelos de ouro”

Maria Monforte Maria Eduarda

Atração; paixão; apaziguamento do sofrimento Angústia; dor; sofrimento; desânimo; destruição

total (suicídio)

Depois da morte da “mamã” Após a revelação da traição

Com Textos 11 | Livro do Professor78

GUIÃO DE AVALIAÇÃO NA PRODUÇÃO DE UM TEXTO NARRATIVO SIM NÃO

Antes de redigir o texto:• Identifiquei a ideia-chave ..................................................................................................................................................................•Planifiquei as linhas gerais da ação imaginada .............................................................................................................................• Situei a ação num determinado espaço e tempo. .........................................................................................................................• Imaginei uma situação inicial marcada pelo equilíbrio ................................................................................................................• Considerei um acontecimento perturbador do equilíbrio inicial ................................................................................................• Propus um conjunto de peripécias retardadoras do desenlace .................................................................................................• Construí um momento auge para o conflito...................................................................................................................................• Delineei a situação final – o desenlace...........................................................................................................................................• Concebi as personagens: ..................................................................................................................................................................

a) atribuindo-lhes um determinado relevo na história.................................................................................................................b) segundo um determinado tipo de comportamento...................................................................................................................c) estabelecendo uma rede de relações entre elas ......................................................................................................................

• Construí um plano organizador do texto ........................................................................................................................................

Ao redigi-lo:• Apoiei-me nas opções e no plano concebidos ..............................................................................................................................• Construí uma introdução: ..................................................................................................................................................................

a) com a indicação da situação inicial da história .......................................................................................................................b) com a opção por uma determinada perspetiva de narrador...................................................................................................

• Produzi o desenvolvimento:..............................................................................................................................................................a) em função da lógica narrativa concebida ..................................................................................................................................b) tendo em conta um fio condutor claro e coerente ...................................................................................................................c) atendendo às características das relações estabelecidas para as personagens................................................................d) não esquecendo os momentos-chave pré-definidos...............................................................................................................e) seguindo uma sequência temporal e espacial significativa....................................................................................................

• Fechei o texto com um desenlace adequado .................................................................................................................................• Preocupei-me com a adequação:.....................................................................................................................................................

a) do registo de língua .......................................................................................................................................................................b) dos tempos verbais........................................................................................................................................................................c) dos articuladores ...........................................................................................................................................................................d) dos recursos estilísticos utilizados.............................................................................................................................................

• Respeitei as especificidades dos diferentes modos de expressão (narração, descrição, diálogos, monólogos) ..............

No final da produção escrita:• Verifiquei a disposição lógica/coerente da globalidade do texto................................................................................................• Atentei na correção linguística a nível: ...........................................................................................................................................

a) da ortografia....................................................................................................................................................................................b) da pontuação...................................................................................................................................................................................c) da acentuação.................................................................................................................................................................................d) da sintaxe ........................................................................................................................................................................................e) da seleção vocabular .....................................................................................................................................................................

Avaliar Competências (pág. 203)

Lista de verificação do guião de avaliação para a produção de um texto narrativo

Sugestões Metodológicas | Com textos 11 79

Avaliar Competências (pág. 205)

Lista de verificação do guião de avaliação para a produção de um texto expositivo

GUIÃO DE VERIFICAÇÃO NA PRODUÇÃO DE UM TEXTO EXPOSITIVO SIM NÃO

Antes de redigir o texto:• Fiz uma pesquisa acerca do tema a tratar .....................................................................................................................................• Recolhi ideias/factos/dados tomados como verdadeiros ............................................................................................................• Identifiquei as fontes em que me apoiei na pesquisa ..................................................................................................................• Construí um esquema/plano com a distribuição equilibrada dos dados...................................................................................• Organizei os dados recolhidos segundo tópicos ou frases-chave.............................................................................................• Ordenei a progressão dos dados segundo um critério lógico ....................................................................................................• Identifiquei o tipo de relações lógicas existente entre as partes...............................................................................................• Aproximei o esquema/plano da estrutura tripartida do texto .....................................................................................................

Ao redigi-lo:• Apoiei-me na ordenação do plano/esquema traçado ...................................................................................................................• Construí uma introdução: ..................................................................................................................................................................

a) com a apresentação geral do tema .............................................................................................................................................b) com o anúncio do tipo de desenvolvimento a fazer.................................................................................................................

• Produzi a exposição:a) recorrendo a frases-chave que, depois, desenvolvi.................................................................................................................b) ordenando os elementos segundo um critério lógico claro e coerente (hierárquico, cronológico

ou outro) ..........................................................................................................................................................................................c) apresentando dados, exemplos, precisões, pormenores elucidativos..................................................................................d) selecionando vocabulário adequado ao tema tratado..............................................................................................................e) evitando repetições desnecessárias, pelo recurso a anafóricos...........................................................................................f) utilizando os articuladores lógicos devidos ...............................................................................................................................g) adotando as marcas da função informativa...............................................................................................................................h) evitando um discurso subjetivo...................................................................................................................................................

• Fechei o texto com uma conclusão: ................................................................................................................................................a) deduzida a partir do desenvolvimento anterior ........................................................................................................................b) tomada como breve síntese do que foi exposto........................................................................................................................

No final da produção escrita:• Cumpri com as orientações anteriores ..........................................................................................................................................• Atentei na correção sintática............................................................................................................................................................• Fui correcto(a) na ortografia, acentuação e pontuação...............................................................................................................• Evitei as marcas da primeira pessoa ..............................................................................................................................................• Cumpri com o objetivo informativo e declarativo previsto na exposição .................................................................................

Se em algum dos parâmetros a resposta for “Não”, aposte em reformulações escritas do texto produzido,procurando aperfeiçoar o resultado com a ajuda dos colegas e do(a) professor(a).

1. Epílogo – 10 anos após a intriga principal, quandoCarlos revisita Lisboa, na companhia de Ega e, jun-tos, passeiam pela capital.

2. Carlos e Ega.3. Carta publicada sob a ordem de Dâmaso a denegrir

a imagem de Carlos e revelando o relacionamentodeste com a “brasileira”, a troco de pagamento aPalma Cavalão.

4.1. Relação de oposição resultante de uma adjetiva-ção de caráter antitético (“mais fúnebre, maistísico”/“muito forte, muito corada”), de modo arealçar a fragilidade de Euzebiozinho e a suasubmissão à mulher.

4.2. Diminutivo revelador da fragilidade da persona-gem e de caráter irónico, sarcástico, com vistaa satirizá-la.

5.1. A desonestidade e a artificialidade a que o paíschegou fizeram com que Ega se aproximasse eadmirasse quem representava o contrário(nomeadamente a honestidade, a bondade e agenerosidade), neste caso, Alencar (indepen-dentemente das reações do conflito inicial).

6. A título de exemplo, saliente-se a adjetivação, aironia, o discurso indireto livre, entre outros.

B.

Resposta variável; no entanto, espera-se que o alunorefira, entre outros aspetos:- Euzebiozinho – personagem deformada pelo tipode educação; (…)- Dâmaso – personagem representante da falta decaráter, defensor de valores sociais imorais; (…)

C.

1.a) Fb) Vc) Fd) Ve) F2.1. Carlos ia-se admirando com as transformações

ocorridas durante a sua ausência.

D.

Os critérios de correção da atividade de escrita pro-posta passam pela consideração dos seguintes itens:• obediência à linha temática proposta (intemporalidade

da decadência Portugal ao nível dos valores morais);• respeito pelo género de texto proposto (argumen-

tativo);• a extensão quanto ao limite de palavras (200-300);• a correção escrita (coerência de informação, estru-

turação do texto, sintaxe, seleção vocabular, pon-tuação, acentuação, ortografia);

• enquadramento dos erros ortográficos, entre outros,nos indicadores seguintes:

a) ausência, colocação errada ou desenho ambíguodo acento;

b) troca de acento grave por agudo, ou do til porcircunflexo, etc.;

c) incorreta translineação de palavras;d) ausência de duplo hífen na translineação de pala-

vras que contenham hífen;e) incorreta utilização de maiúscula e de minúscula;f) utilização incorreta de grafemas.

80 Com Textos 11 | Livro do Professor

Testar (avaliação formativa) (págs. 210-211)

A.

Sugestões Metodológicas | Com textos 11 81

Sequência 5: Com Textos para Criar SensaçõesLer (pág. 215)

OUVIR/FALAR – Texto sobre o século XIX (pág. 218)

A.3.

Tabela para fotocopiar (versão aluno)

Proposta de correção (versão professor)

A. 1. Desde a saída do barco até à instalação da per-sonagem no Hotel Inglês é feita uma descriçãopormenorizada de todos os elementos huma-nos e espaciais com que Jacob Todd se depara.

2.“Ao chegar ao cais, entre marinheiros, estiva-dores, passageiros, burros e carretas, deparou-se-lhe a cidade encastoada num anfiteatro decolinas íngremes, tão povoada e suja como mui-tas de bom nome na Europa.”; “… a cidade

enganava a vista, era um dédalo de ruelas e depassagens.”; “avistou”; “Observou”. Estes são al -guns dos exemplos que comprovam o recurso àdescrição.

3. A palavra “casinhotos” sugere a pequenez dascasas dos pescadores, apontando também paraa sua fragilidade; a forma verbal “arrastando”remete para o esforço e ação continuada dessasmulheres.

Tópico abordado Datação Dados referidos

1878

1885

1890

1859

1863

1874

1879

1885

Tópico abordado Datação Dados referidos

CENSOS POPULACIONAIS

1878 187 mil habitantes em Lisboa

1885 243 mil habitantes na cidade

1890 301 mil habitantes num novo censo

DESENVOLVIMENTO ERENOVAÇÃO DE UMA VIA PARALIGAR O PASSEIO PÚBLICO AS. SEBASTIÃO DA PEDREIRA

1859Proposta de corte na rede orgânica urbana através de uma larga estrada, por parte dopresidente da câmara

1863Sugestão, por parte do ministro das obras públicas, da construção de uma via para ligar oPasseio Público a S. Sebastião da Pedreira

1874 O assunto da construção é levado ao Parlamento como “negócio urgentíssimo”

1879 Início das obras e demolição do “Passeio Público”

1885 Conclusão do projeto graças à determinação do presidente da Câmara, Rosa Araújo, 1885

Práticas da Língua (pág. 224)

C.

1. a) As doenças infetocontagiosas (todas) e que estavam a assolar os bairros antigos de Lisboa…; a’) Só asdoenças infetocontagiosas (não outras)…; b) Os redatores (todos) e que eram subservientes faziam…; b’) Só os redatores subservientes (não outros) faziam…

2. Nas alíneas a), b) a presença das vírgulas confere um valor significativo diferente, uma vez que, tratando-sede modificadores não restritivos, permitem a expansão da frase, não confinando o significado do gruponominal inicial. Com a’) e b’) especifica-se o referente proposto nesse grupo nominal.

Ler (pág. 230)

A.

1.

Esquema para fotocopiar (versão aluno)

com ecos dos poemas

anteriores

“Histórias”

EM PETIZ

Explicita o Passadoa partir do Presente

“… nesse tempo …”

Hoje

CONTEXTO CAMPESTRE

O QUE ACONTECIA?

O QUE ACONTECE?

“De Tarde”

Presentificalembrando o Passado

“Vejo- os … ainda! Ainda os ouço!”

REALIDADE SOCIAL ADVERSA

“Hoje entristeço.”

QUEM?

“Os Irmãozinhos”

82 Com Textos 11 | Livro do Professor

Sugestões Metodológicas | Com textos 11 83

Proposta de correção (versão professor)

com ecos dos poemas

anteriores

“Histórias”

EM PETIZ

Explicita o Passadoa partir do Presente

“… nesse tempo …”

• Conhecimento do meio rural por parte dosujeito poético

• Desconhecimento/medo da companheirado sujeito poético

• “pulavam para a fonte as bezerrinhasbrancas…”

• “… as mães, (…) desciam mais atrás,malhadas as turinas”

• “Do seio do lugar (…) Vem-nos o leite”• “Leva-o, de madrugada, … o leiteiro”• “O apregoar do leiteiro”• Durante o passeio do sujeito e da

companheira, estes veem várzeas,povoações, pegos

• Os animais recolhem dos pastos• Os animais roçavam o vestido de percale• A passagem do tempo eliminaria o medo• A questão do sujeito poético sobre a

ausência de medo

Hoje

CONTEXTO CAMPESTRE

O QUE ACONTECIA?

O QUE ACONTECE?

“De Tarde”

Presentificalembrando o Passado

“Vejo- os … ainda! Ainda os ouço!”

• os pobrezinhos• os velhos• os mandriões• os cegos• o resmungão• a loura e afável companheira• as crianças• a doida• os operários• Camões• os coxos• os surdos• os manhosos• os manetas

REALIDADE SOCIAL ADVERSA

“Hoje entristeço.”

QUEM?

- as tourinas- os bezerros- o arvoredo- as azenhas- os pegos

- “cor dos barros”- “pernas pútridas, maduras”- “pés quadrados”- cheiro “a migas, a bafio, a arrotos”- o “casal queimado”

“Os Irmãozinhos”

A POESIA DE CESÁRIO VERDE

• Poder da palavra associado a uma forma de expressão artística

• Sensação(ões) / sentido(s) predominante(s) e respetivas provas

• Tratamento do binómio campo / cidade

• Posicionamento do “eu” relativamente ao real percecionado

84 Com Textos 11 | Livro do Professor

Orientações de Leitura (pág. 231)

B.

OUVIR/FALAR (pág. 233)

Tabela para fotocopiar (versão aluno)

2.6. Visão – 2ª estrofe; audição – 2ª, 3ª e 4ª estro-fes; tato – 6ª estrofe; olfato – 8ª estrofe; gosto– 9ª estrofe.

3.1. Os aumentativos “besuntão” e “olhões” remetempara a repulsa e nojo do sujeito poético face aestes tipos sociais; o termo “cavalão” sugere umaspeto físico portentoso.

3.2. Quer “cabecita” quer “criaditas” apontam paraa pequenez e a infantilidade de ambos.

3.3. Nas estrofes 1 e 2 há uma referência concreta aoscrimes, aos roubos, aos assaltos e ao lixo que sepropagava e que obviamente empestaria os ares.

3.4. Uso do pretérito imperfeito (a remeter para opassado), a presença dos pronomes “eu” e “tu”e ainda do demonstrativo “naquele”.

3.5. Utilização da 2ª pessoa do pronome pessoal, oracom a função de complemento indireto (“prote-gia-te”) ora como sujeito (“tu sentias”), bemcomo as formas verbais conjugadas na 2ª pessoado singular.

3.6. Comparar as estrofes 4 e 5 de “Histórias” comas estrofes 1 e 5 de “De Tarde”, onde se destacaa força, a coragem e a determinação do sujeitopoético na proteção dada à jovem citadina.

3.7. Título sugestivo uma vez que se relatam factosdo passado e se refere as histórias narradaspelas criaditas que alimentavam a imaginaçãodo sujeito poético.

Sugestões Metodológicas | Com textos 11 85

Proposta de correção (versão professor)

A POESIA DE CESÁRIO VERDE

• Poder da palavra associado a uma forma de expressão artística

- poder mágico da palavra- capacidade de retratista- visão de quadros impressionistas- transfiguração do real

• Sensação(ões) / sentido(s) predominantes e respetivas provas

- visual: cor e pintura na expressão poética- auditiva: pregões- tátil: frutos- olfativa: frutosAdjetivação rica e variada, sinestesia (vermelho quente)

• Tratamento do binómio campo / cidade

- multifacetismo no tratamento do tópico:a) a cidade torna-se vegetalb) o campo reflete aspetos sociais da urbanidade

• Posicionamento do “eu” relativamente ao real percecionado

- enquadramento do “eu” no meio descrito- tentativa de evasão (através da história ou de um espírito visionário)- “eu” impressionista, subjetivo, percetivo

Ler

Tópicos de Leitura “Noite Fechada” (pág. 236)

A.

- tópico 3 – Articulador “Mas”: contraste inserido nadescrição (espaço claustrofóbico cede lugar a umespaço aberto).

- tópico 4 – Atitude de repórter adotada pelo sujeitopoético (encontrar motivos poéticos na realidadecomezinha).

- tópico 5 – Crítica social sobressai na primeira qua-dra (espaços transformados para acolher os maisindefesos e necessitados), na quarta (crítica ao cleroe à igreja), na sétima (corpos enfezados, denuncia-dores da fome e da doença citadinas), na décima(outros grupos humanos com vidas algo duvidosas:“comparsas ou coristas”, entre outros aspetos).

B.

- tópico 1 – Título principal confirmado pelos sentimen-tos do sujeito poético (deambula pelo espaço citadino,num momento do dia em que a movimentação humana

é escassa, confirmando-se que é já “Noite Fechada”,pelo que se vê e pelo que dá a sentir)

- tópico 2 – Morbidez, claustrofobia; por isso, evade-sedaquele espaço e daquele momento em sinal deinsatisfação, mal-estar (evocação de outras épo-cas/situações); todavia, há atenção face à realidadecircundante.

Tópicos de Leitura “Horas Mortas” (pág. 238)A.

- Palavras como “trapeiras, olheiras, sangrentosimorais, sepulcrais, ósseos, errantes, amarelada-mente, navalhas” são apenas alguns dos vocábu-los que carregam uma carga semântica negativa eque deixam transparecer a negatividade do sujeitopoético face ao espaço citadino.

- O uso da maiúscula confere maior grandeza à dor,sugere a enormidade da dor que assola o serhumano, daí a sua expressividade.

B.

- O subtítulo remete para um período do dia em queas figuras humanas referidas atuam. Normalmente,

Com Textos 11 | Livro do Professor86

é já por altas horas da noite, porque a agitação émenor, que sobressaem as imorais, os ladrões etodos os ruídos são percetíveis.

- Uma vez mais surgem sentimentos de nojo, de náu-sea, de dor, resultantes do aprisionamento pela vivên-cia nauseabunda e miserável observada na cidade.

“Nós” – dois últimos tópicos de leitura.- O ambiente campestre surge retratado como local

de árduo trabalho, de dor e pouco rentável. O equi-líbrio exige juízo e trabalho permanente.

- A consciência da realidade rural é percetível a par-tir do momento em que o sujeito poético diz saber“quanto custam a criar / As cepas” e perceber osmotivos que dizimam a produção.

- As enumerações, os quantificadores, a expressivi-dade verbal.

- A destruição a que estão sujeitos os produtosrurais é semelhante àquela a que os seres huma-nos estão expostos, mesmo aqueles que se julgamsaudáveis e fortes.

- A força é só aparente, pois as dores causam sobres-saltos e teme-se que a vida dos mais novos sejaainda mais curta do que a dos seus antecessores.

- A vida rural e os problemas de ordem social e eco-nómica, a realidade do sujeito poético e dos huma-nos, e ainda a referência à morte prematura da irmã.

- Este segmento continua a ter como ponto de referên-cia a vida do sujeito poético e daqueles que trabalhamno campo, como ele, bem como dos seus familiares.

- O discurso volta a assumir marcas do presente,embora as referências feitas digam respeito aopassado, voltando a presentificar-se acontecimen-tos anteriores.

Tópicos de Leitura “Nós” (pág. 249)

- A doença do irmão e a morte por ela provocadaforam geradas pela e na cidade, daí que esta sejavista como “maldita”.

- Marcas deíticas: temporais de passado e do pre-sente: “Tínhamos nós voltado à capital maldita” e“De tal maneira que hoje, eu desgostoso e azedo”,“Tenho momentos maus”; espaciais – “a cidade mal-dita”; pessoais – “Dá-me rebate”, “eu desgostoso”.

- A subjetividade é visível na caracterização de teor

valorativo do espaço citadino, no uso da primeira pes-soa, no recurso às exclamações, nas frases consecu-tivas, na adjetivação de caráter apreciativo e pessoal.

- O sujeito poético mostra preocupação perante adesdita que acometeu o irmão, sente-se amargo,desgostoso, triste, perverso e revoltado, ao pontode sentir sede de vingança.

- Adjetivação, comparação e metáfora e verbos sen-sitivos.

- A vida e as suas contrariedades fazem com que aliteratura não exerça o fascínio que outrora exer-ceu no sujeito poético, sentindo até desprezo pelosseus versos.

- A cidade e o seu poder destruidor.- A referência ao “eu” e a um dos seus familiares

continua a justificar o título genérico do poema, ouseja, “Nós”.

Práticas da Língua (pág. 250)

A.

3. a) temporal f) retoma (relação) e adiçãob) aditivo g) temporalc) causal h) retoma (relação)d) temporal i) consequência

e retoma (relação)e) retoma (relação) j) condição e retoma (relação)

4.1. A brancura do casario campestre, por contrastecom a amarelidão dos prédios da capital, (…)

4.2. A família de Cesário, regressando à capital mal-dita, (…)

4.3. Tonalidades menos sofridas poderiam ser ganhasna poesia escrita por Cesário, se o ambiente emque viveu não fosse tão adverso.

B.

1. a) O pai do poeta contava/que só se ouvia o dobrardos sinos.

b) Perante tal calamidade, os filhos, ainda jovens,questionavam/se podiam morrer.

c) Os citadinos pediam/para lhes darem abrigo nocampo.

d) Todos percebiam/que a peste se espalhava pelacidade.

e) Os camponeses consideravam/que a vida rural,[que outrora parecera dura,] oferecia vanta-gens significativas.

2. Completivos – a); d); e) (o primeiro);relativos – b); c); e) (o segundo).

3. Subordinada substantiva completiva – a); segundasubordinada da b); d) e a primeira subordinada daalínea e);

Subordinada relativa não restritiva – primeirasubordinada da b); c); segunda subordinada da e).

Planificação Anual | Inglês 6 87

Avaliar Competências (pág. 263)

Lista de verificação do guião de avaliação para a produção de um texto poético-criativo

GUIÃO DE ABORDAGEM DO TEXTO POÉTICO (EM VERSO) SIM NÃO

1. Procedi a uma leitura, silenciosa, para me familiarizar com o texto ........................................................................................2. Repeti a leitura para apreender o significado global, tendo: .....................................................................................................

2.1. detetado a presença/ausência de elementos caracterizadores do ato de comunicação representado no texto:emissor, destinatário, contexto referenciado, intencionalidade comunicativa ..............................................................

2.2. verificado se conhecia o sentido denotativo das palavras ...............................................................................................2.3. construído relações lógicas entre palavras ou ideias-chave ...........................................................................................2.4. procurado, no dicionário, o significado mais ajustado às palavras que me causaram dúvida...................................2.5. relacionado palavras de acordo com um campo lexical/campo associativo .................................................................2.6. estabelecido pontos de aproximação/afastamento semântico ao longo do texto.........................................................2.7. sublinhado os vocábulos cujo sentido parece ir além do denotativo..............................................................................2.8. aproximado esses vocábulos de uma dimensão mais simbólica ou sugestiva.............................................................2.9. procurado informação contextual que me ajudasse a encontrar alguma intencionalidade sugerida

pela/na escrita ..........................................................................................................................................................................3. Verifiquei as recorrências/os contrastes das conotações ao longo do texto .........................................................................4. Descodifiquei o valor conotativo das palavras/expressões, em função: .................................................................................

4.1. das imagens, sensações evocadas ........................................................................................................................................4.2. dos efeitos pretendidos pela mensagem transmitida........................................................................................................4.3. dos conhecimentos culturais que com elas se relacionam (autor, época, símbolos)..................................................

5. Construí uma linha de leitura lógica com o co(n)texto apresentado pelo texto .....................................................................6. Detetei a utilização de recursos estilísticos ligados ao trabalho:.............................................................................................

6.1. das ideias/da informação transmitida ...................................................................................................................................6.2. da construção ou desconstrução das frases/dos versos .................................................................................................6.3. da seleção de sons ..................................................................................................................................................................

7. Reconheci o processo de construção de linguagem que evidencia esses recursos:............................................................7.1. descrevendo-o ...........................................................................................................................................................................7.2. atribuindo-lhe um significado de acordo com o texto .......................................................................................................

8. Comparei as realizações estilísticas com outras de natureza mais corrente na utilização da língua: ..............................8.1. sublinhando as diferenças significativas..............................................................................................................................8.2. interpretando-as à luz das motivações significativas propostas no texto.....................................................................

9. Detetei como a organização gráfica do texto se revela significativa para a mensagem, tendo em conta,........................9.1. a organização em parágrafos/em estrofes segundo a progressão da informação........................................................9.2. a exploração de efeitos rítmicos (extensão de frase/verso, sílabas mais destacadas, organização

e/ou repetição de estruturas sintáticas) ..............................................................................................................................9.3. a construção de jogos sonoros e/ou rimáticos de acordo com a mensagem transmitida...........................................

10. Avaliei o texto em termos da minha experiência/vivência pessoal e do meu gosto ...........................................................11. Relacionei o texto com outros que nele ecoam/se fazem “ler”. ..............................................................................................

88 Com Textos 11 | Livro do Professor

Testar (avaliação formativa) (págs. 266-269)

A.

1.1. Temporalmente, o relato situa-se numa manhã demarço (“Em março”/“Que meigas/As horas antesdo almoço!”). Quanto ao espaço, todos os ele-mentos remetem para o campo (“Fartam-se asvacas nas veigas/E um pasto orvalhado e moço”,“E os campos, milhas e milhas,”).

2.1.Os versos que comprovam a comparação da terraa uma figura feminina são: “Que mocetona e quejovem/A terra!”, “Cresce o relevo dos montes,/Como seios ofegantes;”, “Toda a paisagem sedoura;/Tíbida ainda, que fresca!/Bela mulher, simsenhora,”.

3.1.Na oitava estrofe, iniciada pelo articulador adversa-tivo “Mas”, assiste-se a uma mudança de assunto.Realmente, neste momento são destacados osaspetos geradores de disforia, de tristeza, umavez que se faz referência à infertilidade dos solose à consequente necessidade de abandonar asterras em busca de melhores condições.

4.1.No poema destacam-se as dicotomias fertili-dade/infertilidade; primavera/inverno; sol/chuva;a fidalga/as pequenas da sua ama (rico/pobre). Aprimeira oposição é percecionada quando sereferem as produções do campo, a fertilidade dosprados e, posteriormente, se salienta os “solosbravos, maninhos/Que expulsam seus habitan-tes.”. As duas estações surgem explicitadas emversos como: “Nesta manhã pitoresca,/Primave-ral, criadora!” e “O inverno deixou-nos.”A distin-ção entre ricos e pobres está configurada nosversos: “Ao meio dia na cama,/Branca fidalga oque julga/Das pequenas da su’ama?!/Vivemminadas da pulga,/Negras do tempo e da lama.

B.

1.1. a) Modificador (do grupo verbal), b) sujeito, c) complemento direto, d) modificador (dogrupo nominal restritivo), e) modificador (dogrupo nominal restritivo).

1.2. Assinalar o quadrado correspondente a 'frasecomplexa com três orações, duas finitas e umanão finita'.

2.1. a) Interjeição, b) adjetivo, c) pronome relativo, d)verbo (forma do gerúndio); e) nome (contável).

C.

Os critérios de correção da atividade escrita pro-posta passam pela consideração dos seguintes itens:

– a obediência à linha temática proposta (imagemrepresentada), bem como os tópicos/as funçõessugeridos (elementos compositivos da imagem,cores dominantes, sensações despertadas,relação com poesia de Cesário Verde);

– o respeito pelo género de texto proposto (textoexpositivo-argumentativo);

– a extensão quanto ao limite de palavras (200-250 palavras);

– a correção da escrita (coerência de informa-ção, estruturação do texto, sintaxe, seleçãovocabular, pontuação, acentuação, ortografia)

– enquadramento dos erros ortográficos, entreoutros, nos indicadores seguintes:

a) ausência, colocação errada ou desenhoambíguo do acento;

b) troca de acento grave por agudo, ou do tilpor circunflexo, etc.;

c) incorreta translineação de palavras;

d) ausência de duplo hífen na translineação depalavras que já contenham hífen;

e) incorreta utilização de maiúscula e deminúscula;

f) utilização incorreta de grafemas.

SUPORTE TEXTUALDOS REGISTOSÁUDIO E VÍDEO

444

Os registos áudio e vídeo encontram-se disponíveis, em formato editável, em.

Sequência 1

Ouvir/Falar (Pág. 20)

O PEIXE

Sob a superfície das águas da terra existe outro mundo mais vasto do que o nosso: é o mundo dospeixes - senhores de três quartos do planeta, com mais espécies do que todas as aves, répteis, anfíbiose mamíferos juntos. Tem no seu signo, Peixes, o símbolo do renascimento e regeneração.

Peixes… o último signo do zodíaco; o signo que traz às constelações o ciclo completo, talvez devidoao ciclo da vida deste peixe: o salmão, o rei dos peixes. Incomparável em agilidade, em agudeza de sen-tidos, em memória, em vigor e inteligência, o salmão é a maravilha das profundezas. A sua vida é uma via-gem épica. Nascido em águas correntes pouco profundas, o salmão vê mais do mundo do que muitos denós. Durante a sua vida, ele nada milhares de quilómetros, rio abaixo até à foz e, depois, no vasto oceano,através de muitas águas e habitats para, finalmente, voltar ao exato lugar do seu nascimento. Onde querque o salmão vá, o Homem segue-o. Durante mais de oito mil anos, este peixe providenciou a principalfonte de alimentação para 50 mil nativos tribais, vivendo ao longo dos rios no nordeste da costa ameri-cana. Eles constroem as suas vidas à volta do salmão e da sua viagem, e os seus descendentes ainda seintitulam hoje “o povo salmão”.

O oceano Atlântico contém mais de um milhão de milhões de arenques – 500 vezes todos os sereshumanos do planeta. Se os habitantes das águas planeassem tomar o mundo amanhã e invadissem a terra,esta ficaria completamente coberta e empilhada, muitas vezes à altura de um homem, com peixe.

Apesar da sua variedade, a maioria dos peixes tem a mesma estrutura básica: um esqueleto espinhososuportado por uma coluna vertebral; para flutuar, uma bexiga-natatória; um saco parcialmente cheio dear, para que não boiem nem se afundem; barbatanas, para se movimentarem e manobrarem; e para res-pirar, o peixe usa guelras, que se enchem de água e a passam para uma superfície com pregas aperta-das, rica em vasos sanguíneos, dez vezes maior do que toda a área de pele do peixe.

O peixe possui também a proteção subaquática perfeita: escamas - pequenas placas transparentesconstituídas de osso duro, para resistência, e sobrepondo-se, para flexibilidade e movimento. Copiadas poralguns para proteção e por outros para estilo, ajudam o peixe a deslizar através da água.

A maioria dos peixes nada em movimentos escoliantes em ‘S’. Começa por uma ligeira torção decabeça para os lados, que aumenta ao longo do corpo, deslocando a água para os lados e para trás. Assim,o peixe tem que se deslocar para a frente, com uma forma tão suave que tem sido imitada sempre que aaerodinâmica é essencial.

Não existe cor conhecida que não seja encontrada no corpo de um peixe, algures. Nenhum outro grupode animais tem um aumento de tamanho tão grande desde que saem dos ovos até atingirem a maturidadecomo os peixes ou tamanha diferença em volumes (do góbio pigmeu anão, do tamanho de uma tacha, àbaleia-tubarão, que poderia bloquear completamente uma autoestrada com seis vias) ou em velocidade (docavalo-marinho com uma fraca barbatana dorsal, que se move a uns meros 16 metros por hora, ao veleiro).

Mas existe uma enorme fronteira que divide todos os peixes em dois grupos totalmente diferentes: abarreira entre o rio e o mar. Entre a água doce e a água salgada. Mas existem alguns peixes que conse-guem atravessar essa barreira, e o salmão é um deles, transformando a química do seu corpo de peixe derio para outra completamente adaptada à água salgada do mar.

Agora com um ano de idade e pesando menos de meio quilo, o jovem salmão entra no vasto domíniodo oceano.

90 Com Textos 11 | Livro do Professor

Comer e não ser comido. Ataque e defesa. Muitos peixes comem nada de mais excitante do que plânc-ton. A imagem de ser engolido levou às histórias dos marinheiros como Jonas a ser engolido por criatu-ras das profundezas.

A mais comum forma de defesa e de ataque e, sem dúvida, a mais surpreendente é a camuflagem: dossurpreendentes peixes-facas, entre as plantas, a muitos peixes de águas expostas que têm dupla camu-flagem, tomando os tons do seu meio ambiente, por cima e por baixo. Disfarce e discrição foram essen-ciais aos primeiros cristãos para fugirem às perseguições e à morte: eles usavam códigos e símbolos parase reconhecerem mutuamente, e o seu símbolo principal era o peixe. Escolheram este símbolo, porque,em grego, as iniciais da frase Jesus Cristo filho de Deus, o Salvador escrevia a palavra peixe.

O cardume, como a colmeia na terra, é a comunidade suprema subaquática. O cardume leva os indi-víduos para águas ricas em alimento, enquanto alguns encontram parceiros dentro do cardume - a segu-rança de casar com o rapaz da porta ao lado. Mas, acima de tudo, o cardume oferece, talvez, a derradeiradefesa: a segurança dos números. Um denso cardume movendo-se como um só pode parecer uma únicacriatura muito maior, com cada peixe usando as suas linhas laterais para sentir o movimento do cardumee responder instantaneamente.

Como é que um peixe funciona nesta perfeita harmonia? São os seus sentidos apurados? Muitos peixes têm uma surpreendente boa visão, distinguindo diferentes listas, pintas ou reflexos da

sua própria espécie. Alguns têm olhos que podem ver tanto para baixo como para cima da água. O peixepossui outros sentidos: o seu ouvido interno sente a pressão das ondas, da mesma forma que os nossosouvidos sentem o que se passa à nossa volta em três dimensões. É isto que permite ao peixe orientar-se.

O dorso-tonto que se alimenta do que está sob o recife não quer saber se está virado ao contrário.É para ser mais fácil encontrar a comida. Mais estranhas são as enguias, que navegam usando eletrici-dade. Usam 6 mil células elétricas no seu corpo para emitir pequenas ondas por choque e sentir o que asrodeia ou aumentar o poder para matar as suas presas, com uma súbita descarga de 500 volts.

Mas o mais intrigante de tudo: Será que os peixes falam? A resposta é sim - muitos, em alta frequên-cia e inaudível para nós, mas falam. Os peixes fazem ruídos quase o tempo todo: para se reproduzirem,navegarem, ameaçarem e cooperarem.

O scorpaena, com dois metros de comprimento, é o anfitrião de pequenos bodiões limpadores, mesmona sua boca. O scorpaena fica com os dentes limpos e os bodiões ganham uma refeição pela qual não tive-ram que lutar. Mas uma das mais estranhas relações de todas é a do góbio com o camarão. O camarão alfeí-deo é um escavador prodigioso, mas tem uma visão muito má. Não consegue ver o perigo ou encontrar oseu caminho de volta a casa quando sai em busca de alimento. O góbio, que também gosta de viver emtúneis, não os consegue escavar; no entanto, tem uma visão muito apurada. Por isso, os dois vivem jun-tos. O góbio fica de guarda à entrada do túnel, alerta para qualquer perigo, enquanto o camarão recolhecomida e conserva o túnel limpo. A maior parte do tempo mantém contacto com o góbio através da sualonga antena. E se o camarão se afasta muito da entrada do túnel, o góbio vai à sua procura. Estabelececontacto e acompanha-o a casa. Empreendimento e perfeita cooperação.

Para o homem, o principal valor do peixe tem sido sempre como fonte de alimento. O esturjão forneceo alimento mais caro do mundo: o caviar beluga. Esta iguaria de ovas de peixe é tão valiosa que já foramescritas canções sobre um esturjão que continha 150 quilos de caviar.

O homem criou muitas superstições à volta dos peixes: o primeiro salmão pescado dá má sorte e deveser devolvido ao mar; a tenca aplicada nos pés cura a icterícia; cerveja na qual foi mergulhado peixe faz bemà tosse convulsa, embora faça mal ao peixe. Mas tradicionalmente, é ao salmão que atribuem as boas notí-cias. No País de Gales diz-se que um salmão atrevido saltava da água e piscava o olho a mulheres casadas.

Depois de dois a seis anos nos mares, o salmão sente a necessidade de regressar a casa, ao rio ondenasceu. Usando unicamente a sua memória e um surpreendente olfato, consegue-o, atravessando centenas

Suporte Textual dos Registos Áudio e Vídeo | Com textos 11 91

Com Textos 11 | Livro do Professor92

de quilómetros no oceano, e encontra aquele mesmo rio. Na foz do rio, o corpo do salmão tem que se rea-daptar à água doce e ele espera calmamente que esta última transformação se complete. Não parando umaúnica vez para se alimentar, o salmão vai perdendo forças conforme nada rio acima. Nesta tentativa, todosos seus companheiros enfraquecem e muitos morrem. Consoante a necessidade de reprodução aumenta,o peixe luta para ultrapassar qualquer obstáculo, para saltar qualquer barreira. O salmão completou a suaviagem e agora procriará. A fêmea escava um buraco onde os dois viajantes ficarão juntos. Dos três acinco mil ovos, só um ou dois salmões completarão este ciclo. Agora, muitos destes adultos exaustos dei-xar-se-ão levar pela corrente para morrer. A tarefa está cumprida.

Os ovos eclodirão e um novo ciclo de vida iniciar-se-á. Como peixe, o renascimento; o peixe ecoandoo nosso próprio nascimento; o nosso primeiro antepassado vivo, sobrando de um mundo mais vasto doque o nosso e, no entanto, ainda tão fora do nosso alcance.

(Em sessão parlamentar de 9 de outubro de 1837)(excertos)

Três são as diversas posições em que pode colocar-se o homem público, o homem chamado a pro-nunciar sobre questões de gravidade e importância da que hoje tratamos.

A primeira e a mais fácil é seguramente a daquele que nem por si a toma; que levado da torrentedas opiniões, e cuidando dirigir as turbas, quando não é senão empurrado por elas, imaginando-se fortesó porque se pôs do lado da força, vai com o poder que reina, está pela potência que impera.

Esta posição é, como disse, a mais fácil, e para certos olhos (ainda bem que não para os meus!) amais brilhante: os aplausos estão em roda dela, as recompensas lhe chovem em cima; e coroado há deser decerto quem a ocupa; que seja das folhas de carvalho do repúblico tribuno, ou das pérolas feudaisdo barão aristocrático, a diferença está na forma, a coroa é a mesma, vale e significa poder, ganhou-se edeu-se pelo mesmo modo.

Quase tão fácil é a segunda posição, (fácil de tomar, entendo) aparentemente mais nobre, nem sem-pre mais desinteressada; mas sem dúvida mais lisonjeira para o amor próprio de quem a escolheu por sua,é a daqueles que aparentando (Deus sabe às vezes com que ânimo) integridades de Catão, parecem plei-tear justiça com os céus, praz-lhes a causa vencida, só porque o é, defendem quando está debaixo, só por-que o está; e justa ou injusta, é sua sempre a parte dos que se dizem oprimidos. Não é tão independentecomo talvez parece esta posição, nem lhe faltam vantagens. Nela se formam muitas vezes reputações quealiás fora impossível adquirir: também lhe sobejam aplausos; e lá está, mais longe sim mas não maisincerta, a perspetiva da recompensa, a querida esperança do galardão!

A história de todas as revoluções nos apresenta, sempre e pelo mesmo modo, forte e numerosa-mente ocupadas estas duas posições. Ambas são as da ambição; para elas vai, para elas forçosamentehá de ir a máxima parte dos homens.

Terceira posição há – difícil, desgraçada e árdua, de poucos seguida, de poucos entendida, caluniadados muitos; pode-se quase dizer que desprezada de todos. Raros a ocupam, raros deixaram ainda de morrer

Sequência 2

Ouvir/Falar (pág. 55)

C.

SUPORTE TEXTUAL 1: Transcrição de excerto de discurso argumentativo (discurso político)

Suporte Textual dos Registos Áudio e Vídeo | Com textos 11

nela sós como entraram, abandonados e malquistos. Na peleja nem um voto os anima: os aplausos davitória não os têm, que não há vitória para eles; na desgraça nem simpatias, porque não dão esperanças;na boa fortuna… onde há boa fortuna para os justos e inteiros? […]

[…] Detestado de inimigos, aos seus próprios mal aceito, não lhe resta senão o testemunho de suaconsciência – que muito é todavia que é tudo para almas assim temperadas! É a voz de Deus, é a vozíntima e inspirada, que soa mais alto do que soariam babéis de todas as vozes dos homens reunidas,quando bate no coração do homem honrado, e lhe diz: fizeste bem.

Por esta posição optei, conhecendo-lhe bem os dezares. E os cárceres, os exílios, os degredos, asvexações de todas a espécie, as calúnias de toda a parte, que há dezassete anos me tem custado, nãopuderam ainda senão rebitar os pregos da cruz com que me abracei voluntário, e em que antes desejo mor-rer escarnecido e vituperado, do que merecer triunfos, do que ver decretada minha apoteose por quais-quer dominadores da terra.

Colocado nesta posição não hei de nunca ser o homem de ninguém (bem sei), mas hei de sê-lo demim mesmo e da minha consciência. Bem sei que para mim não há, não pode haver, nem o favor dospalácios, nem a aura dos comícios. Abnegação que (devo em lealdade dizê-lo) para outros seria grande,mas é insignificante da minha parte: o único estado e profissão que tenho e prezo, nem de uns nem deoutros depende; e a ambição que ainda pode algum tanto comigo, não são eles que a satisfazem. O pobrehomem de letras tem ao menos esta vantagem. Aceito pois com resignação todas as condições da posi-ção isolada que escolhi; renuncio até ao direito de me queixar, que minha só é a culpa do que eu só, e porminhas mãos, e bem sabendo o que fazia, me preparei.

Com este espírito e tenções entro no exame da questão, que hoje tratamos, e que tão fácil é em suatese, quanto difícil e complicada a têm feito na hipótese, não os princípios, senão as circunstâncias, queaqui vem forçosamente meter paixões, interesses, ódios e simpatias pessoais, que tão estranhos deve-ram ser-lhe. Desejo restituí-la à sua primitiva simplicidade, e vou pôr peito em consegui-lo.

[…]Não acho que valha a pena de tanto debate, como tenho visto dar-lhe, a questão de se a câmara

encarregada de rever as leis, depois de votadas pela verdadeira representação nacional, e antes de asapresentar à sanção real, deve ou não ser composta, deve ou não ser considerada como composta derepresentantes da nação, no sentido restrito, e diretamente ou indiretamente por ela escolhidos. O quesobre tudo devemos querer é que ela funcione bem, e preencha o fim para que é estabelecida. Corpos doEstado tenho eu visto declarar representantes da nação, e não os reconhecer ela por tais; e mereceremoutros sua confiança plena, e por ela de facto serem havidos como esses, conquanto o não diga a leiescrita do país.

Discursos Parlamentares, Obras completas de Almeida Garrett, (edição revista, coordenada e dirigida pelo Dr. Teófilo Braga),

Lisboa, Empresa de História de Portugal, 1904 (texto com supressões)

"Uma das grandes coisas que se veem hoje no mundo, e nós pelo costume de cada dia não a admi-ramos, é a transmigração imensa de gentes e nações, que da África continuamente estão passando a estaAmérica. (…) Entra uma nau de Angola e desova no mesmo dia quinhentos, seiscentos e, talvez, mil

Ouvir/Falar (pág. 70)

B.1

SUPORTE TEXTUAL 2: Transcrição de excerto de sermão vieirino (Sermão XXVII, da série “Maria, RosaMística”), segundo o segmento ouvido no filme “Palavra e Utopia”, de Manuel de Oliveira

93

Com Textos 11 | Livro do Professor

escravos. (…) Estes atravessam o mar oceano na sua maior largura e passam da mesma África à Amé-rica para viver e morrer cativos. (…) O que geram os pais e o que criam a seus peitos as mães é o que sevende e o que se compra. Oh trato desumano, em que a mercancia são homens! Oh mercancia diabólica,em que os interesses se tiram das almas alheias, e os riscos são das próprias!

(…) Os senhores nadando em ouro e prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os

como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando parao açoute como estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás comoimagens vilíssimas da servidão e espetáculo da extrema miséria. Oh! Deus! (…) Estes homens não sãofilhos do mesmo Adão e da mesma Eva? Estas almas não foram resgatadas com o sangue do mesmoCristo? Estes corpos não nascem e morrem como os nossos? Não respiram com o mesmo ar? Não oscobre o mesmo céu ? Não os aquenta o mesmo sol? Que estrela é logo aquela que os domina, tão triste,tão inimiga, tão cruel? E que cousa há na confusão deste mundo mais semelhante ao inferno que qual-quer um destes engenhos?"

(Sermão pregado na Baía, em data incerta) (texto com supressões)

“Já que falo contra os estilos modernos, quero alegar por mim o estilo do mais antigo pregadorque houve no mundo. E qual foi ele? – O mais antigo pregador que houve no mundo foi o Céu. (...) Supostoque o Céu é pregador, deve de ter sermões e deve de ter palavras. (…) E quais são estes sermões e estaspalavras do Céu? – As palavras são as estrelas, os sermões são a composição, a ordem, a harmonia e ocurso delas. (…) Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem quefaça lavor. Não fez Deus o Céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez depalavras. Se de uma parte está Branco, da outra há de estar Negro; se de uma parte está Dia, da outra háde estar Noite ; se de uma parte dizem Luz, da outra hão de dizer Escuridão ; se de uma parte dizem Des-ceu, da outra hão de dizer Subiu. Basta que não havemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todashão de estar sempre em fronteira com seu contrário? Aprendamos do Céu o estilo da disposição, e tam-bém das palavras. Como hão de ser as palavras? Como as estrelas . As estrelas são muito distintas e cla-ras. Assim há de ser o estilo da pregação: muito distinto e muito claro . E nem por isso temais quepareça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas e muito claras e altíssimas. O estilo pode ser muitoclaro e muito alto; tão claro que o entendam os que não sabem, e tão alto que tenham muito que enten-der nele os que sabem. O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura, e o mareante para suanavegação, e o matemático para as suas observações e para os seus juízos. De maneira que o rústico eo mareante, que não sabem ler nem escrever, entendem as estrelas , e o matemático, que tem lido quan-tos escreveram, não alcança a entender quanto nelas há. Tal pode ser o sermão: estrelas, que todos asveem, e muito poucos as medem.

Sim, Padre; porém esse estilo de pregar não é pregar culto. Mas fosse! Este desventurado estiloque hoje se usa, os que o querem honrar chamam-lhe culto; os que o condenam chamam-lhe escuro, masainda lhe fazem muita honra. (…). É possível que somos portugueses, e havemos de ouvir um pregador emportuguês, e não havemos de entender o que diz?”

Padre António Vieira, in “Sermão da Sexagésima” (texto com supressões)

Ler (pág. 71)

A.2 e 3

SUPORTE TEXTUAL 3: Transcrição de excerto de sermão vieirino “Sermão da Sexagésima”, pregado naCapela Real de Lisboa, em 1655

94

TESTES FORMATIVOS

555

Os testes formativos encontram-se disponíveis, em formato editável, em .

Testes formativos

Sequência 1

A. Leia, atentamente, o seguinte excerto:

Do homem público à vida PRIVADA

José Machado Pais

O LUGAR DA MULHER POR OPOSIÇÃO AO DO HOMEM

O espaço público sempre foi gerido maioritariamente por homens. Uma «mulher pública» era, outrora,uma mulher de reputação duvidosa, uma «mulher da vida», uma prostituta. Por isso, quando, em meados doséculo passado, a mulher burguesa conquista o espaço público da cidade e o direito a passear-se pelas ruaschiques da moda, surgem por toda a Europa, concomitantemente, os projetos de regulamentação da prosti-tuição, com a finalidade de proibir a circulação de prostitutas por esses novos espaços burgueses. (…)

Mas a larga maioria das mulheres sempre viveu presa à sua domesticidade, vinculada à família e à infân-cia. E quando a Revolução Industrial provocou a separação entre a esfera de produção doméstica e a esferamercantil, à condição de doméstica atribuiu-se uma categorização económica que, sobretudo, vincava a suasuposta inatividade. Ideologicamente, o trabalho apenas aparecia vinculado à produção e somente esse tra-balho tinha valor monetário. As estatísticas oficiais ainda hoje consideram as mulheres domésticas como ina-tivas, desvalorizando o seu trabalho intenso e quotidiano, sem o qual seria impossível a sobrevivência demuitas famílias.

A domesticidade das mulheres corresponde, pois, a uma construção social do género feminino, que astem excluído de pertencerem, em igualdade de condições com os homens, ao espaço público e ao usufrutodos correspondentes direitos de cidadania. A universalização do direito de voto, consagrando-o também àsmulheres, ocorreu apenas há menos de um século.

É certo que, a finais deste milénio, a influência das mulheres na política aumentou, mas de forma aindaresidual. Por outro lado, continuam a ser cidadãs de segunda no plano laboral e, enquanto trabalhadoras, per-sistem vítimas de uma sobrecarga de tarefas domésticas – em regime de acumulação, na maior parte doscasos, com as atividades profissionais.

A emancipação das mulheres tem sido uma longa e dura batalha que está para durar. (…)

in Notícias do Milénio, 1999

5

10

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20

96 Com Textos 11 | Livro do Professor

B. Responda às instruções formuladas, utilizando frases completas e contextualizadas:

1. Atente no título e no subtítulo do excerto.1.1. Explique o significado que os adjetivos presentes lhe sugerem.1.2. Apresente um significado da palavra “PRIVADA” associado a negação, exemplificando com uma frase

construída por si.1.3. Expresse a sua opinião relativamente à utilização da palavra “oposição” no subtítulo, tendo em conta

o contexto em que surge.2. Complete as seguintes frases, recorrendo à informação do texto lido.

2.1. Quando a mulher burguesa adquiriu o direito de se movimentar no espaço público, …2.2. Embora o trabalho doméstico, por tradição atribuído à mulher, seja imprescindível e muito intenso,

…2.3. A necessidade de a mulher que trabalha também se dedicar à vida doméstica impede-a…2.4. Apesar de terem ocorrido algumas mudanças, a mulher necessita de despender um esforço muito

maior do que o homem para intervir no espaço público, uma vez que…2.5. A luta pela emancipação das mulheres dura há séculos e…

3. Reescreva o primeiro período do texto, iniciando-o por “Os homens…”.4. Registe, por suas próprias palavras, o significado do período que abre o segundo parágrafo. 5. Atente no início do terceiro parágrafo: “A domesticidade das mulheres corresponde, pois, a uma cons-

trução social do género feminino, (…)”.5.1. Explique a utilização do conector “pois” neste segmento.5.2. Descreva o processo de formação de palavras implicado na passagem da palavra derivante ‘domés-

tica’ para ‘domesticidade’.6. Atente na última frase do texto.

6.1. Explicite o significado atribuído às palavras “dura” e “durar”.6.2. Explique a expressividade dos dois complexos verbais aí utilizados.

7. Escreva, em cerca de 50-70 palavras, o assunto do texto.8. Complete o quadro apresentado, seguindo o exemplo:

Nome Verbo Adjetivo Advérbio

Espaço Espaçar Espaçoso Espaçosamente

Gerir

Reputação

Duvidosa

Industrial

Vinculada

Económica

Influência

Laboral

Testes Formativos | Com textos 11 97

C. Construa, agora, o seu próprio texto: inspire-se no exemplo A, no caso de per-tencer ao sexo feminino, ou no exemplo B, para o masculino.

Escreva uma carta de reclamação (com cerca de 150/200 palavras), dirigida a quem de direito (queobviamente poderá imaginar), e inspirado(a) no assunto das seguintes propostas:

A Imagine que se candidatou a um emprego para o lugar de motorista de transportes públicos e foi pre-terida em relação a um homem que também se candidatara ao mesmo cargo.

B Imagine que se candidatou a um emprego para o lugar de balconista de uma loja de perfumes/roupafemininos(a) e foi preterido em relação a uma jovem que também se candidatara ao mesmo cargo.

98 Com Textos 11 | Livro do Professor

Sequência 2

A. Leia, atentamente, o seguinte excerto do Sermão de Santo António, de Pe. An tó nioVieira, para, depois, responder às instruções formuladas com frases completas econtextualizadas:

“Mas já que estamos nas covas do mar, antes que saiamos dela, temos lá o irmão polvo, contra o qualtêm suas queixas, e grandes, não menos que S. Basílio e Santo Ambrósio. O polvo com aquele seu capelona cabeça parece um monge; com aqueles seus raios estendidos, parece uma estrela; com aquele não terosso nem espinha, parece a mesma brandura, a mesma mansidão. E debaixo desta aparência tão modesta,ou desta hipocrisia tão santa, testemunham constantemente os dois grandes Doutores da Igreja latina egrega que o dito polvo é o maior traidor do mar. Consiste esta traição do polvo primeiramente em se vestirou pintar das mesmas cores de todas aquelas cores a que está pegado. As cores que no camaleão são gala,no polvo são malícia; as figuras, que em Proteu(1) são fábula, no polvo são verdade e artifício. Se está noslimos, faz-se verde; se está na areia, faz-se branco; se está no lodo, faz-se pardo; e se está em alguma pedra,como mais ordinariamente costuma estar, faz-se da cor da mesma pedra. E daqui que sucede? Sucede queoutro peixe, inocente da traição, vai passando desacautelado, e o salteador que está de emboscada dentrodo seu próprio engano, lança-lhe os braços de repente, e fá-lo prisioneiro. Fizera mais Judas? Não fizeramais, porque nem fez tanto. Judas abraçou a Cristo, mas outros o prenderam; o polvo é o que abraça e maiso que prende. Judas com os braços fez o sinal, e o polvo dos próprios braços faz as cordas. Judas é ver-dade que foi traidor, mas com lanternas diante; traçou a traição às escuras, mas executou-a muito às claras.O polvo, escurecendo-se a si, tira a vista aos outros e a primeira traição e roubo que faz é a luz, para quenão distinga as cores. Vê, peixe aleivoso e vil, qual é a tua maldade, pois Judas em tua comparação já émenos traidor!”

(…) Vejo, Peixes, que pelo conhecimento que tendes das terras em que batem os vossos mares, meestais respondendo e convindo, que também nelas há falsidades, enganos, fingimentos, embustes, ciladas emuito maiores e mais perniciosas traições. (…) Mas ponde os olhos em António, vosso pregador, e vereis neleo mais puro exemplar da candura, da sinceridade e da verdade, onde nunca houve dolo, fingimento ou engano.E sabei também que, para haver tudo isto em cada um de nós, bastava antigamente ser português, não eranecessário ser santo.

VOCABULÁRIO ______________________________

(1) Designação atribuída a St.° António

Testes Formativos | Com textos 11 99

1. Localize este excerto no sermão, justificando a resposta segundo o seu esquema global de construção.

2. O orador focaliza, no primeiro parágrafo, um peixe em particular, sendo este assumido como assunto ecomo recetor do sermão.2.1. Delimite, no excerto, o momento em que este peixe é tomado como assunto.2.2. Aponte as marcas linguísticas que evidenciam a presença deste como recetor do discurso.2.3. Refira, exemplificando, os tipos de sensações utilizados para a caracterização dos peixes.2.4. Identifique a tese defendida pelo orador nesse parágrafo.2.5. Justifique a intencionalidade do orador ao referir-se à “hipocrisia tão santa” desse peixe.2.6. Indique um sinónimo da palavra sublinhada no excerto, reescrevendo a frase com as alterações que

considerar necessárias.3. Refira duas figuras de estilo utilizadas neste excerto do sermão, explicando a respetiva expressividade.4. Atente no último parágrafo do excerto.

4.1. Identifique os referentes das palavras destacadas a negrito.4.2. Demonstre a expressividade de estruturas comparativas presentes neste parágrafo.4.3. Explicite o valor lógico do articulador/conector apresentado no segmento seguinte:

“… ponde os olhos em António, vosso pregador, e vereis nele o mais puro exemplar da candura…”5. Explique a estratégia do sermão proferido por Pe. António Vieira ao dirigir-se aos peixes.

B. Escreva, agora, um texto argumentativo, com cerca de 200-250 palavras, inspirado(a)na ideia proposta.

“Ganharás o pão com o suor do teu rosto”Assim nos foi impostoE não:“Com o suor dos outros ganharás o pão”.

Sophia de Mello Breyner Andresen,

in “As Pessoas Sensíveis”, Grades (1970)

Oriente a sua produção de um texto, com introdução-desenvolvimento-conclusão, segundo os tópicosadiantados:

• posição pessoal relativamente à mensagem presente nos versos transcritos;• defesa (ou não) de uma relação possível entre a mensagem dos versos e o sermão vieirino;• atualidade das palavras proferidas por Pe. António Vieira, no século XVII.

100 Com Textos 11 | Livro do Professor

Sequência 3

A. Leia, atentamente, o seguinte excerto do Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett.

MARIA (Saindo pela porta da esquerda e trazendo pela mão a Telmo, que parece vir de pouca vontade.) – Vinde,não façais bulha, que minha mãe ainda dorme. Aqui, aqui nesta sala é que quero conversar. E não teimes,Telmo, que fiz tenção e acabou-se.

TELMO – Menina!...MARIA – “Menina e moça me levaram de casa de meu pai”(1): é o princípio daquele livro tão bonito que minha

mãe diz que não entende; entendo-o eu. Mas aqui não há menina nem moça; e vós, senhor Telmo Pais,meu fiel escudeiro, “faredes o que mandado vos é”. E não me repliques, que então altercamos, faz-sebulha, e acorda minha mãe, que é o que eu não quero. Coitada! Há oito dias que aqui estamos nesta casa,e é a primeira noite que dorme com sossego. Aquele palácio a arder, aquele povo a gritar, o rebate dossinos, aquela cena toda... oh! Tão grandiosa e sublime, que a mim me encheu de maravilha, que foi umespectáculo como nunca vi outro de igual majestade!... À minha pobre mãe aterrou-a, não se lhe tira dosolhos: vai a fechá-los para dormir e diz que vê aquelas chamas enoveladas em fumo a rodear-lhe a casa,a crescer para o ar, e a devorar tudo com fúria infernal... O retrato de meu pai, aquele do quarto de lavor(2)

tão seu favorito, em que ele estava tão gentil-homem(3), vestido de Cavaleiro de Malta(4) com a sua cruzbranca no peito, – aquele retrato, não se pode consolar de que lho não salvassem, que se queimasse ali.Vês tu? Ela que não cria em agouros, que sempre me estava a repreender pelas minhas cismas, agoranão lhe sai da cabeça que a perda do retrato é prognóstico fatal de outra perda maior que está perto, dealguma desgraça inesperada, mas certa, que a tem de separar de meu pai. E eu agora é que faço de fortee assisada, que zombo de agouros e de sinas... para a animar, coitada!... que aqui entre nós, Telmo, nuncative tanta fé neles. Creio, oh! se creio! que são avisos que Deus nos manda para nos preparar. E há... oh!há grande desgraça a cair sobre meu pai... decerto, e sobre minha mãe também, que é o mesmo.

TELMO (Disfarçando o terror de que está tomado.) – Não digais isso... Deus há-de fazê-lo por melhor, que lhomerecem ambos. (Cobrando ânimo e exaltando-se.) Vosso pai, D. Maria, é um português às direitas. Eusempre o tive em boa conta; mas agora, depois que lhe vi fazer aquela acção, – que o vi, com aquela almade português velho, deitar as mãos às tochas e lançar ele mesmo o fogo à sua própria casa, queimar edestruir numa hora tanto do seu haver, tanta coisa do seu gosto, para dar um exemplo de liberdade, umalição tremenda a estes nossos tiranos... Oh minha querida filha, aquilo é um homem. A minha vida, queele queira, é sua. E a minha pena, toda a minha pena é que o não conheci, que o não estimei sempre noque ele valia.

MARIA (Com lágrimas nos olhos e tomando-lhe as mãos.) – Meu Telmo, meu bom Telmo!... É uma glória serfilha de tal pai: não é? Dize.

TELMO – Sim, é. Deus o defenda!

NOTAS ______________________________

(1) Com estas palavras inicia uma novela sentimental de Bernardim Ribeiro (séc. XVI). Nela são rela-

tados os amores infelizes de dois jovens e também nela se observam vários enigmas.

(2) Sala dos lavores, onde se executam trabalhos de renda, bordados, ou de costura.

(3) Fidalgo.

(4) A Ordem de Malta só admitia cavaleiros da mais distinta fidalguia, o que confirma a estirpe social

de Manuel de Sousa.

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Testes Formativos | Com textos 11 101

1. Considere a estrutura global do texto garrettiano trabalhado.

1.1. Localize o excerto lido, resumindo, em cerca de 40-50 palavras, o sucedido até ao momento consi-derado.

1.2. Compare o início deste segundo ato (cena 1) com o início do primeiro ato (cena 1), tendo em conta aatitude das personagens envolvidas.

2. Na segunda réplica de Maria são evocados dois elementos temáticos fulcrais do ato anterior.

2.1. Identifique esses elementos temáticos.

2.2. Apresente o posicionamento de Maria relativamente a esses dois elementos temáticos.

2.3. Caracterize o tipo de relação que Maria assume com o seu interlocutor, apoiando-se nas formas detratamento por ela reveladas nesta réplica.

2.4. Explicite os referentes dos pronomes “o” e “lhe” presentes no segmento “… não se pode consolar deque lho não salvassem, ...” (linha 15)

3. O caráter fatídico do acontecimento evocado está evidenciado na mesma sequência dialogal.

3.1. Evidencie os aspetos que aí podem ser considerados fatalistas.

3.2. Indique em que medida os receios de D. Madalena são indícios da tragédia que vai ocorrer.

3.3. Confirme a presença de um pendor religioso na caracterização da personagem Maria.

4. A penúltima réplica de Telmo revela uma mudança atitudinal face a Manuel de Sousa Coutinho.

4.1. Indique o motivo e em que sentido se faz essa mudança de atitude.

4.2. Justifique a utilização das vírgulas presentes no período “Vosso pai, D. Maria, é um português àsdireitas.” (linha 23)

4.3. Reescreva o segmento anterior substituindo o modificador presente por um adjetivo.

4.4. Explique o significado lógico do articulador sublinhado no segmento “A minha vida, que ele queira, ésua.”

5. Atente na última réplica de Maria.

5.1. Relacione a didascália apresentada com o discurso proferido pela personagem.

6. O excerto termina com uma réplica breve de Telmo.

6.1. Comente a expressividade dos tipos de frases nela contidos.

B. O texto dramático tem especificidades com as quais contactou ao longo destasequência de aprendizagem.

Elabore uma sequência dramática que retrate um possível encontro entre Maria e Manuel de Sousa Coutinho e na qual este toma conhecimento do diálogo que a filha mantivera com Telmo.

Contemple, na sua produção escrita, os seguintes critérios:

– utilização de didascálias para situar a ação no espaço e no tempo, bem como para caracterizarmovimentos/falas dos interlocutores;

– formulação de três turnos de fala para cada personagem;

– adequação do discurso às personagens;

– correção na ortografia, na construção sintática e na seleção vocabular;

– expressividade da pontuação.

102 Com Textos 11 | Livro do Professor

Sequência 4

A. Leia, atentamente, o seguinte excerto de Os Maias, de Eça de Queirós, para depoisresponder às instruções formuladas de forma completa e contextualizada

As senhoras estavam falando da dor do doutor juiz de direito. Costumava dar-lhe todos os três meses:era condenável a sua teima em não querer consultar médicos. Quanto mais que ele andava acabado, resse-quido, amarelado — e a D. Augusta, a mulher, a nutrir à larga, a ganhar cores!... A viscondessa, enterradaem toda a sua gordura ao canto do canapé, com o leque aberto sobre o peito, contou que em Espanha viraum caso igual: o homem chegara a parecer um esqueleto, e a mulher uma pipa; e ao princípio fora o con-trário; até sobre isso se tinham feito uns versos...

– Humores – disse com melancolia o doutor delegado.Depois falou-se nas Brancos; recordou-se a morte de Manuel Branco, coitadinho, na flor da idade! E

que perfeição de rapaz! E que rapaz de juízo! D. Ana Silveira não se esquecera, como todos os anos, de lheacender uma lamparina por alma, e de lhe rezar três padre-nossos. A viscondessa pareceu toda aflita porse não ter lembrado... E ela que tinha o propósito feito!

– Pois estive para to mandar dizer! – exclamou D. Ana. – E as Brancos que tanto o agradecem, filha! – Ainda está a tempo – observou o magistrado.D. Eugénia deu uma malha indolente no crochet de que nunca se separava, e murmurou com um suspiro:– Cada um tem os seus mortos.E no silêncio que se fez, saiu do canto do canapé outro suspiro, o da viscondessa, que decerto se recor-

dara do fidalgo de Urigo de lá Sierra, e murmurava:– Cada um tem os seus mortos...E o digno doutor delegado terminou por dizer igualmente, depois de passar refletidamente a mão pela calva:– Cada um tem os seus mortos! Uma sonolência ia pesando. Nas serpentinas douradas, sobre as consoles, as chamas das velas erguiam-

se altas e tristes. Eusebiozinho voltava com cautela e arte as estampas de «Os Costumes de Todos os Povos».E na saleta de jogo, através do reposteiro aberto, sentia-se a voz já arrenegada do abade, rosnando com umrancor tranquilo: «Passo, que é o que tenho feito toda a santa noite!»

Nesse momento Carlos arremetia pela sala dentro arrastando a sua noiva, a Teresinha, toda no ar e ver-melha de brincar; e logo a grulhada das suas vozes reanimou o canapé dormente.

Os noivos tinham chegado de uma pitoresca e perigosa viagem, e Carlos parecia descontente de suamulher; comportara-se de uma maneira atroz; quando ele ia governando a mala-posta, ela quisera empolei-rar-se ao pé dele na almofada… Ora senhoras não viajam na almofada.

– E ele atirou-me ao chão, titi!– Não é verdade! Demais a mais é mentirosa! Foi como quando chegámos à estalagem… Ela quis-se

deitar, e eu não quis… A gente, quando se apeia da viagem, a primeira coisa que faz é tratar do gado… E oscavalos vinham a escorrer…

A voz de D. Ana interrompeu, muito severa:– Está bom, está bom, basta de tolices! Já cavalaram bastante. Senta-te aí ao pé da senhora viscondessa,

Teresa… Olha essa travessa do cabelo… Que despropósito!Sempre detestara ver a sobrinha, uma menina delicada de dez anos, a brincar assim com o Carlinhos.

Aquele belo e impetuoso rapaz, sem doutrina e sem propósito, aterrava-a; e pela sua imaginação de soltei-rona passavam sem cessar ideias, suspeitas de ultrajes, que ele poderia fazer à menina.

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Testes Formativos | Com textos 11 103

1. Situe o excerto lido num dos momentos da vida da personagem Carlos, apoiando-se em elementos apre-sentados no texto.

2. Atente no ambiente sugerido no encontro de personagens.

2.1. Refira a oposição construída na descrição das personagens masculinas/femininas presentes no pri-meiro parágrafo.

2.2. Explique a utilização das exclamações no discurso do narrador presente no terceiro parágrafo.

2.3. Exemplifique o tipo de conversas assumido pelas personagens até à linha 24.

2.4. Demonstre, com três marcas linguísticas distintas, como se apresenta um ambiente propício ao imo-bilismo.

3. Preste atenção à seguinte fala: “Pois estive para to mandar dizer!” (linha 12)

3.1. Explicite os elementos que são substituídos pelos pronomes sublinhados.

3.2. Classifique o tipo de construção anafórica apresentada.

4. Releia o parágrafo referente às linhas 20 a 24.

4.1. Explique o valor significativo do grupo verbal utilizado no primeiro período.

4.2. Avalie a adequação da referência a Eusebiozinho neste parágrafo.

4.3. Demonstre a expressividade de uma das figuras de estilo presentes nesse parágrafo.

5. Indique a funcionalidade da expressão “Nesse momento…” (linha 25).

6. Aponte o tipo de sensações a que o narrador recorre para marcar a entrada das novas personagens.

7. Comente o valor significativo do conector destacado na seguinte fala de Carlos: “Ela quis-se deitar, e eunão quis…” (linhas 31-32)

8. Considere a seguinte fala de D. Ana: “Senta-te aí ao pé da senhora viscondessa, Teresa…” (linhas 35-36)

8.1. Relacione o tipo de frase apresentado com a caracterização do ambiente inicial do excerto.

8.2. Justifique a natureza deítica ou anafórica do advérbio apresentado.

B. Mais do que um episódio doméstico, o presente excerto reflete, simbolicamente,o estado de toda uma nação.

1. Escreva um texto argumentativo, em cerca de 150-200 palavras, no qual, relembrando a leitura e o estudo docontexto de produção de Os Maias, demonstre a veracidade da afirmação anteriormente feita.

Não se esqueça que um texto deve:

– ter introdução, desenvolvimento e conclusão;

– ser claro e articulado nas suas diferentes partes;

– evitar repetições desnecessárias.

104 Com Textos 11 | Livro do Professor

Sequência 5

A. Leia, atentamente, o seguinte poema de Cesário Verde, para depois responder àsinstruções de forma completa e contextualizada.

De verão

No campo; eu acho nele a musa que me anima:A claridade, a robustez, a ação.Esta manhã, saí com minha prima,Em quem eu noto a mais sincera estimaE a mais completa e séria educação.

Criança encantadora! Eu mal esboço o quadroDa lírica excursão, de intimidade.Não pinto a velha ermida com seu adro;Sei só desenho de compasso e esquadro,Respiro indústria, paz, salubridade.

Andam cantando aos bois; vamos cortando as leiras;E tu dizias: “Fumas? E as fagulhas?Apaga o teu cachimbo junto às eiras;Colhe-me uns brincos rubros nas ginjeiras!Quanto me alegra a calma das debulhas!”

E perguntavas sobre os últimos inventosAgrícolas. Que aldeias tão lavadas!Bons ares! Boa luz! Bons alimentos!Olha: Os saloios vivos, corpulentos,Como nos fazem grandes barretadas!

Voltemos. Na ribeira abundam as ramagensDos olivais escuros. Onde irás?Regressam os rebanhos das pastagens;Ondeiam milhos, nuvens e miragens,E, silencioso, eu fico para trás.

Numa colina azul brilha um lugar caiado.Belo! E arrimada ao cabo da sombrinha,Com teu chapéu de palha, desabado,Tu continuas na azinhaga; ao ladoVerdeja, vicejante, a nossa vinha.

Nisto, parando, como alguém que se analisa,Sem desprender do chão teus olhos castos,Tu começaste, harmónica, indecisa,A arregaçar a chita, alegre e lisaDa tua cauda um poucochinho a rastos.

(…)

E, como quem saltasse, extravagantemente,Um rego de água, sem se enxovalhar,Tu, a austera, a gentil, a inteligente,Depois de bem composta, deste à frenteUma pernada cómica, vulgar!

Exótica! E cheguei-me ao pé de ti. Que vejo!No atalho enxuto, e branco das espigasCaídas das carradas no salmejo,Esguio e a negrejar em um cortejo,Destaca-se um carreiro de formigas.

Testes Formativos | Com textos 11 105

Elas, em sociedade, espertas, diligentes,Na natureza trémula de sede,Arrastam bichos, uvas e sementes;E atulham, por instinto, previdentes,Seus antros quase ocultos na parede.

E eu desatei a rir como qualquer macaco!“Tu não as esmagares contra o solo!”E ria-me, eu ocioso, inútil, fraco,Eu de jasmim na casa do casacoE de óculo deitado a tiracolo!

“As ladras da colheita! Eu se trouxesse agoraUm sublimado corrosivo, uns pósDe solimão, eu, sem maior demora,Envenená-las-ia! Tu, por ora,Preferes o romântico ao feroz.

Que compaixão! Julgava até que matariasEsses insetos importunos! Basta.Merecem-te espantosas simpatias?Eu felicito suas senhorias,Que honraste com um pulo de ginasta!”

E enfim calei-me. Os teus cabelos muito loirosLuziam, com doçura, honestamente;De longe o trigo em monte, e os calcadoiros,Lembravam-me fusões de imensos oiros,E o mar um prado verde e florescente.

Vibravam, na campina, as chocas da manada;Vinham uns carros a gemer no outeiro,E finalmente, enérgica, zangada,Tu inda assim bastante envergonhada,Volveste-me, apontando o formigueiro:

“Não me incomode, não, com ditos detestáveis!Não seja simplesmente um zombador!Estas mineiras negras, incansáveis,São mais economistas, mais notáveis,E mais trabalhadoras que o senhor.”

1. Concentre-se na primeira estrofe.

1.1. Explique a intencionalidade do poema iniciar com a expressão “No campo”.

1.2. Caracterize o tipo de relação estabelecido pelo sujeito poético com o espaço retratado, apoiando-seem elementos textuais.

2. Atente na estrutura narrativa que caracteriza o poema.

2.1. Identifique a referência temporal que permite localizar a situação narrada.

2.2. Explique a oscilação na utilização de formas verbais no presente e no pretérito.

2.3. Caracterize física e psicologicamente a personagem feminina que acompanha o sujeito poético.

2.4. Justifique o emprego das aspas na décima primeira estrofe, salientando a expressividade do seg-mento por elas assinalado.

2.5. Interprete o segmento “Que compaixão!”, na décima terceira estrofe, atendendo ao que é vivenciadopelo sujeito poético e pela figura feminina.

3. O sentido da visão é o mais explorado nos momentos descritivos.

3.1. Apresente os recursos expressivos que evidenciam a asserção feita.

4. Compare a terceira e a última estrofes.

4.1. Destaque a diferença registada, no discurso, ao nível da forma de tratamento.

4.2. Apresente as razões que conduziram a essa mudança.

106 Com Textos 11 | Livro do Professor

5. Considere a natureza estilística de alguns segmentos do poema.5.1. Demonstre a expressividade de um recurso estilístico presente na oitava estrofe.

6. Focalizando a atenção no forma verbal “Envenená-las-ia!”.6.1. Explicite o referente do termo sublinhado.6.2. Classifique esse termo quanto à classe de palavras a que pertence.

7. Transforme algumas das frases presentes no poema.7.1. Acrescente um modificador, de acordo com a instrução fornecida no parêntesis final:a) “Esta manhã, saí com a minha prima,” (primeira estrofe)/(Modificador temporal no grupo verbal)b) “Na ribeira abundam as ramagens/dos olivais escuros.” (quinta estrofe)/(Modificador no grupo nomi-

nal adjetival);c) “E, silencioso, eu fico para trás.” (quinta estrofe)/(Modificador no grupo adjetival);d) “Numa colina azul brilha um lugar caiado.” (sexta estrofe)/(Modificador frásico).

B. Leia, agora, o seguinte excerto:

Pensando bem é triste o destino de um autor. Em vida: as lutas corpo a corpo com o trabalho de cria-ção, a indiferença dum público (de sensibilidade atrasada e fóssil), a desconfiança dos consagrados peranteinovações. Elevado a glória nacional, depois de morto, os resultados dessa glória são magros: algumas (pou-cas) edições póstumas e passar a ornamentar seletas liceais para ser servido às juventudes, gramaticalmenteesquartejado. Claro, há os centenários. Mas regressarão os autores realmente vivos ao convívio dos leito-res? (…)

Tudo isto me vem a propósito de Cesário Verde que merecia mais do que os habituais discursos (pre-texto para oratória de desconhecidos) ou o clássico busto num jardinzinho.

Cesário, além duma edição ilustrada e colorida (ele que tanto gostava de ter sido pintor!), merecia umaedição acessível a todas as bolsas que inundasse as livrarias, e fosse apresentada não rigidamente solene(como relíquia de santo através de vidro de oratório), mas entre explosões vermelhas de papoilas, mistura-das ao loiro melado das espigas. É essa a expressão de gratidão que lhe imagino. Poeta de ousadas compa-rações, para quem o loiro é «de cerveja», as cenouras são «dedos hirtos, rubros» e à luz do sol («o intensocolorista») as hortaliças adquirem «belas proporções carnais» (…). O realismo confinou o inquérito a ummeio social típico à alta e média burguesia, e só o neorrealismo se debruçou a sério, sobre as classes tra-balhadoras: quer sobre o trabalhador rural, quer sobre o operariado citadino. Todavia, Cesário Verde, consi-derado o poeta típico do meio burguês, a que ele aliás pertencia (há nos seus versos incontestáveisambiências queirosianas), tem pelo povo um interesse não vulgar entre os seus contemporâneos. Poeta dumsó livro, o povo tem um lugar mais do que ocasional, ou de pincelada decorativa, na sua obra.

Luísa Dacosta, O Povo na obra de Cesário Verde (adaptado)

1. Resuma o excerto (com 295 palavras), de forma a ter um texto de chegada com 100-120.

Testes Formativos | Com textos 11 107

Cenários de resposta para os testes formativos

Teste Formativo – Sequência 1A.

1.1. público associa-se ao nível social; privado à vida íntima, particular.1.2. inacessível; a mulher esteve privada de muitos direitos (por exemplo).1.3. A discriminação a que a mulher foi votada; A sociedade machista; A supremacia concedida ao homem;

As diferenças entre o homem e a mulher.2.1. … as prostitutas foram proibidas de circular pelas ruas chiques.2.2. … este está associado à inatividade.2.3. … de abandonar a construção social de género feminino associado ao estatuto de cidadãs de segunda,

no plano laboral.2.4. … a construção social de género feminino não lhe confere ainda igualdade de condições.2.5. … ainda persiste atualmente/… é necessária nos nossos dias/… atualmente ainda se justifica.

3. … geriram sempre maioritariamente o espaço público.4. A maior parte das mulheres esteve confinada a tudo o que diz respeito à casa, à família e aos filhos.

5.1. Apresenta uma conclusão lógica, tradicionalmente provada.5.2. À base da palavra doméstica (doméstic) juntou-se o interfixo –i- e o sufixo –dade/palavra derivada

por sufixação.6.1. difícil, complicada; adversa, continuar.6.2. sugestão da duração (no primeiro caso, de um pretérito que se arrasta até ao presente; no segundo,

de um presente projetado para futuro).

B.

Ao critério dos alunos, desde que respeitando• a tipologia textual indicada;• os limites solicitados (quando indicados);• a adequação temática;• os critérios de produção definidos (quando apresentados);• os pressupostos dos guiões de verificação trabalhados;• a correção escrita (coerência e coesão, adequação e seleção vocabulares); correção ao nível da orto-

grafia, da sintaxe, da pontuação, da acentuação.

Nome Verbo Adjetivo Advérbio

X X X X

Gestão X Gerido Gestionariamente

X Reputar Reputado Reputadamente

Dúvida Duvidar X Duvidosamente

Indústria Industrializar X Industrialmente

Vínculo Vincular X Vinculadamente

Economia Economizar X Economicamente

X InfluenciarInfluenciadora; Influenciável

Influenciado(a)Influenciadamente

Labor Laborar X Laboralmente; Laboriosamente

108 Com Textos 11 | Livro do Professor

Teste Formativo – Sequência 2A.

1. – Capítulo V – parte da Exposição – confirmação, das repreensões particularizadas, no caso, o polvo.2.1. Desde o início do excerto até “… para que não distinga as cores.”2.2. Uso do imperativo (“vê”) e do vocativo, com vírgulas a destacá-lo (“…, peixe aleivoso e vil, …”) e do

determinante possessivo (“… tua maldade…”).2.3. Sensação visual – “faz-se verde; … faz-se branco”; tátil – “não ter osso nem espinha.”2.4. “O polvo é o maior traidor do mar.”2.5. Intensificar a oposição entre a aparência (o parecer) e a essência (o ser) do animal destacado, evi-

denciando o seu caráter pernicioso, bem como a crítica formulada através da ironia.2.6. O polvo com aquele seu capelo na cabeça assemelha-se a um monge.

3. Comparação – “O polvo com aquele seu capelo na cabeça parece um monge.”, evidenciando a simulaçãoa que recorre o peixe.Paralelismo de construção – “Se está nos limbos, faz-se verde; se está na areia, faz-se branco; …”, des-tacando as estratégias astuciosas a que recorre o polvo. Ambas sublinham o caráter traidor do polvo.4.1. Nelas – nas terras em que batem os mares dos peixes;

onde – “nele” (“em António”);nós – os humanos.

4.2. Seja pelo “também” seja por “muito maiores” e “mais perniciosas”, procura-se mostrar a superiori-dade dos vícios da terra, dos homens face aos males existentes no mundo dos peixes.

4.3. Consecutivo. Substituível ‘porconsequentemente’.5. Persuadir o real auditório – os humanos –, usando a alegoria dos peixes, através dos quais se destacam

os defeitos dos humanos ou as virtudes que os homens deveriam seguir.

B.

Ver ponto B do teste anterior.

Teste Formativo – Sequência 3A.

1.1. Na cena anterior, Ato I, assiste-se aos terrores de D. Madalena por ter de abandonar o palácio deManuel de Sousa Coutinho, quando este decide incendiar a sua residência, para impedir que os gover-nadores espanhóis se instalem aí. Neste excerto, a família encontra-se já no palácio de D. João dePortugal, daquele que foi o primeiro marido (desaparecido) de D. Madalena.

1.2. No Ato I, surge em cena D. Madalena, só, no palácio de Manuel de Sousa Coutinho, evocando o seupassado pela leitura do episódio de Inês de Castro, em Os Lusíadas; no Ato II, verifica-se que o espaçohabitado pertenceu a D. João de Portugal e situa-se em Almada. Já não aparece Madalena, mas éMaria quem evoca uma outra história de fim trágico, a “Menina e Moça” de Bernadim Ribeiro. Alémdisso, na didascália do Ato I, Cena 1, há referência explícita ao retrato de um cavaleiro de Malta(Manuel de Sousa Coutinho), tal como acontece no Ato II, Cena 1, através da evocação de Maria.

2.1. O terror de D. Madalena; o fogo ateado ao palácio/o retrato devorado pelas chamas.2.2. A preocupação face à situação em que se encontra a mãe pela mudança de casa e pela perda do

retrato; atração pelo fogo e orgulho face ao ato patriótico de Manuel de Sousa Coutinho.2.3. Intimidade; amizade; à-vontade; aproximação; repreensão, em tom jocoso (ver formas de tratamento

– alternância entre tu/vós).2.4. “o” – retoma do nome “retrato”; “lhe” – recupera o grupo “a ela, D. Madalena”.

Testes Formativos | Com textos 11 109

3.1. O palácio a arder; as chamas que devoram o retrato – simbolizando a desgraça e a separação dosesposos.

3.2. As premonições são confirmadas, pois a separação do casal e a desagregação familiar concretizam-se.

3.3. A convição de que tudo o que acontece são avisos de Deus, mensagens divinas, cuja confirmação seencontra em “Creio, oh! Se creio! Que são avisos que Deus nos manda para nos preparar.”

4.1. O patriotismo e a coragem revelados por Manuel de Sousa Coutinho suscitam a exaltação e venera-ção da personagem Telmo – a admiração, implantação de uma imagem positiva em relação à perso-nagem invocada.

4.2. Destacar o vocativo “D. Maria”.

4.3. “Vosso pai, D. Maria, é um português corajoso.”

4.4. Trata-se de uma subordinada de valor condicional, passível de ser substituída por “desde que/casoele queira”.

5.1. Confirmação da cumplicidade entre as personagens e do orgulho da felicidade decorrentes do elo-gio tecido pelo velho aio.

6.1. Frase declarativa, mais uma exclamativa. A primeira confirma as palavras anteriores (insistência noelogio) e a segunda traduz o desejo (conjuntivo optativo) da personagem.

B.

Ver ponto B do teste anterior.

Teste Formativo – Sequência 4

A.

1. Infância de Carlos (Capítulo III), conforme se prova pela dinâmica da ação (“arremetia”), do estado trans-mitido (“parecia descontente de sua mulher”).

2.1. Trabalho e doença do homem vs inatividade e saúde da mulher.

2.2. Reprodução do discurso na modalidade de discurso indireto livre, com a reprodução gráfica do queseriam características entonacionais das falas proferidas pelas personagens.

2.3. Conversas relacionadas com a doença, a morte, a inação, privilegiando-se assuntos relacionadoscom outras famílias.

2.4. Adjetivo com valor adverbial e associado à hipálage – “D. Eugénia deu uma malha indolente no crochet…”.Nome abstrato (“sonolência”) e complexo verbal – “Uma sonolência ia pesando.”

3.1. to=te+o;te – a ti; o – o propósito de acender uma lamparina pela alma de Manuel Branco.

3.2. Construção anafórica pronominal.

4.1. Complexo verbal de aspeto progressivo, apresentando a continuidade e evolução de uma situação.

4.2. A personagem Euzebiozinho, pela sua caracterização débil, frágil, dolente, receosa, inativa, enqua-dra-se perfeitamente no contexto apresentado, caracterizado por um ambiente dormente.

4.3. A hipálage presente no segmento “… as chamas da velas erguiam-se altas e tristes.” evidencia o con-tágio do ambiente psicologicamente vivido pelas personagens nos elementos do cenário; o valormetafórico na utilização de certos verbos que caracterizam o modo como se proferem certos atosde fala (“… sentia-se a voz já arrenegada do abade, rosnando…”).

110 Com Textos 11 | Livro do Professor

5. Esta expressão, além da função anafórica de retomar o momento temporal referido na narrativa, permitea introdução de uma quebra no ambiente moroso estabelecido, salientando-se a presença de Carlos, o pro-tótipo do dinamismo e da agitação.

6. Sensação visual: “vermelha de brincar”; sensação auditiva: “grulhada das suas vozes”.7. Articulador de oposição, marcando duas vontades adversas.

8.1. Tipo de frase imperativo, associado à expressão da ordem que visa negar a ação/agitação reveladapelas crianças. A ordem caminha no sentido do imobilismo, da inação inicialmente descrita.

8.2. Considerando o discurso direto da personagem, “aí” apresenta natureza deítica face à situação deenunciação criada para a personagem D. Ana.

Teste Formativo – Sequência 5

A.

1.1. Remete para a localização espacial evocada na ação narrada.1.2. Relação de comunhão, harmonia, à-vontade, força; local de inspiração tradutor de intimidade: “Acho

nele a musa que me anima/A claridade, a robustez, a ação.”2.1. “Esta manhã.”2.2. O presente aparece associado ora ao tempo da escrita (posterior ao tempo evocado) ora ao das refle-

xões suscitadas a partir da história vivenciada, que se procura tornar presente; o pretérito assumea narratividade do passeio narrado pelo sujeito poético no poema.

2.3. Fisicamente: olhos castos, bem composta, de chapéu de palha desabado, cabelos loiros. Psicologi-camente: austera, gentil, inteligente, educada, enérgica, piedosa, crítica.

2.4. Reprodução do discurso direto, usado pela prima aquando do passeio com o sujeito poético, impe-dindo-o de esmagar as formigas.

2.5. O verso proferido ironicamente pelo sujeito poético remete para a opinião dele face à atitude que ajovem tomou quando deparou com as formigas: evitou calcá-las, mostrou-se piedosa.

3.1. A referência aos aspetos cromáticos caracterizadores do espaço rural: “a claridade”, “os brincosrubros”, “olivais escuros”, “a colina azul”, “Esguio e a negrejar”; “Os teus cabelos muito loiros/Luziam,com doçura…”, embora não referentes ao espaço, remetem ainda para sensação visual predominante.

4.1. O sujeito poético usa a forma “tu”, conotando maior proximidade face à prima evocada (3.ª estrofe);utilização da forma “o senhor”, indiciadora de distanciamento, formalidade, aqui usada para explici-tar a irritabilidade da companheira.

4.2. As atitudes críticas e galhofeiras tomadas pelo sujeito poético em relação à prima.5.1. A ironia do sujeito poético refletida na caracterização e nas ações da prima, visível na oscilação de

termos semânticos positivos e negativos (“extravagantemente”, “sem se enxovalhar”, “a austera, agentil, a inteligente”, “bem composta”, “pernada cómica, vulgar!”).

6.1. As formigas.6.2. Pronome pessoal, complemento direto.7.1. a) Esta manhã, muito cedo, saí com a minha prima.

b) Na ribeira abundam as ramagens verdes/dos olivais.c) E, silencioso, eu, o citadino, fico para trás.d) … que está voltando para as pastagens.

B.

Ver ponto B do teste anterior.

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