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Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, localidades e incidentes são produtos da imaginação da autora ou foram usados de forma fictícia. Qualquer

semelhança com acontecimentos atuais ou locais, ou pessoas, vivas ou não, é mera coincidência.

Copyright © 2013 por Bruna Lara

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou meio eletrônico ou mecânico, inclusive fotocópia, gravação ou sistema de armazenagem e recuperação de informação

sem a permissão escrita da autora.

Printed in Brazil/Impresso no Brasil

Ilustrações

RAYDER NÍKKOLAS

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Lara, Bruna Bridd : as cartas não recebidas / Bruna Lara ; ilustrações Rayder Níkkolas. -- 1. ed. -- São Paulo : PerSe, 2013. ISBN 978-85-8196-339-6 (Impresso) 978-85-8196-340-2 (e-Book) 1. Ficção - Literatura juvenil I. Níkkolas, Rayder . II. Título. 13-06522 CDD-028.5

Índices para catálogo sistemático: 1. Ficção : Literatura juvenil 028.5

Todos os direitos reservados à Bruna Lara [email protected]

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BRUNA LARA

Ilustrações RAYDER NÍKKOLAS

1ª Edição

Uberlândia 2013

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Aos meus pais, pelo apoio e incentivo de sempre. E à Renilda, por tanto acrescentar em meu

apreço pela arte e a leitura.

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“Desespero, ou tolice? Desespero não, pois o desespero é para aqueles que enxergam o fim como fato consumado. Não, não é. É sábio reconhecer a necessidade, quando todas as outras soluções já foram ponderadas, embora possa parecer tolice para aqueles que têm falsas esperanças. Bem, que a tolice seja nosso disfarce, um véu diante dos olhos do Inimigo! Pois ele é muito sábio [...]”.

Gandalf, O Cinzento (“O Senhor dos Anéis”, J. R. R. Tolkien).

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_____________ SUMÁRIO

13 INTRODUÇÃO 15 Mapa da Grande Ilha 17 PRÓLOGO 19 1. O retorno a Bridd 27 2. O começo de tudo 33 3. O rei Maurício 39 4. O auxílio que vem de Dunstan 53 5. Acampamento de guerreiros 65 6. Eis que aparece Xavênia 75 7. Uma carta a Bridd 93 8. Uma missão revelada 107 9. Passado distante em Galladem 123 10. Heron, O menino de Bridd 127 11. Consolidando o destino 137 12. O anúncio da trombeta 147 13. Os preparativos finais 159 14. A medonha Baixa Floresta 169 15. A última batalha 203 16. As cartas não recebidas

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________________ INTRODUÇÃO

ara mim, é uma grande satisfação poder ingressar no outro lado do mundo literário, ocupando assim, a posição de

autora. A princípio, Bridd, As Cartas Não Recebidas não se

passava de uma simples e descompromissada atividade, para preencher um curto prazo das minhas férias de janeiro. Porém, com o passar do tempo, a história ganhou ares de um projeto mais sério e, o que parecia durar tão somente alguns dias, se estendeu por vários meses. Confesso que, embora tenha sido trabalhoso, não deixou de ser gratificante escrever cada uma dessas páginas.

A história se passa na Grande Ilha, onde já imperava a perversidade dos bárbaros xavênios, porém também se conservava a fidelidade dos povos aliados, se destacando a hospitalidade do vilarejo de Bridd. Nesse cenário, se revela Heron, um jovem guerreiro que luta por novos rumos na Grande Ilha, diante das incertezas de seu destino.

Na oportunidade, gostaria de agradecer a todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para a criação deste livro, dentre os quais cabe ressaltar

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alguns nomes. Agradeço aos meus pais e meus irmãos, pelo constante apoio, bem como por todas as opiniões que me auxiliaram na construção da história; obrigada imensamente ao Rayder, por toda a criação artística, pela paciência e pelo tempo que dispôs para me ajudar; por fim, mas não menos importante, agradeço ao meu tio Betinho, pelo incentivo na realização deste livro.

A Autora.

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______________ PRÓLOGO

reino de Galladem era visto como inigualável, o mais belo de toda a Grande Ilha. Suas terras se estendiam até o rio

Galdine, se divisando a leste com as Montanhas de Dó Maior e a sudeste com a vila de Dunstan. Por toda sua extensão, existiam grandes várzeas, cobertas por amplas relvas. Ao longe, no horizonte, vastos campos de lavanda contrastavam o verde gramado com um tom violeta intenso.

O povo que lá vivia era tipicamente conhecido como os músicos das melodias mais harmoniosas e, suas canções se espalhavam ao conhecimento de todos os habitantes da Grande Ilha. A maior parte dos cidadãos do reino levava uma vida camponesa e, sob as agradáveis tardes do fim de outono, sempre se viam as belas donzelas da monarquia a colherem as perfumadas alfazemas.

Tão belo cenário era amplamente desejado pelos povos rudes que se avizinhavam à região. Dessa forma, com o desenrolar dos anos, uma árdua guerra havia sido travada entre o reino de Galladem e os bárbaros de Xavênia. No entanto, com um triste final para os galladênios, a batalha pelas Montanhas do Norte, havia enfim acabado. Desse modo, sob a resistência de alguns, os xavênios estenderam seu objetivo de

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conquista ao leste, onde estavam as pacatas vilas da Grande Ilha.

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CAPÍTULO I ____________________ O retorno a Bridd

avalgava velozmente o jovem guerreiro pelo corredor afilado dos paredões de Dó Maior; a brisa suave do amanhecer

soprava seus cabelos, que batiam aos ombros. A batalha acabara. Os primeiros raios de sol amenizavam o sabor amargo de uma derrota fria. Os xavênios haviam, enfim, conquistado as Montanhas do Norte.

— Heron? Seria o pequeno Heron? – perguntou uma voz conhecida.

Achou estranho seu nome ser dito em um lugar tão distante, mas com um sinal próprio, Símar, seu majestoso cavalo branco, atendeu a ordem de que parasse. Ao regressar, se deparou com a figura de um velho com longas barbas brancas, uma capa amarronzada que lhe cobria a cabeça indo à altura dos olhos e, confortáveis botas de lã que lhe chegavam aos joelhos.

— Céus! Seria o pequeno Heron ou me engana minha vista cansada? – reforçou o velho.

Heron desceu do cavalo com o olhar desconfiado. De pé, em sua reluzente armadura, ele apresentava ter quase duas vezes a altura do homem.

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— Sim, Heron é meu nome. E quem seria o ancião de rosto oculto a quem a voz não me é estranha? – perguntou o jovem.

O senhor de aparência frágil puxa cautelosamente o capuz, revelando seu experiente rosto cheio de rugas e uma grande cicatriz em uma das bochechas, seu olhar cansado era profundo.

— Acaso não se lembra mais de mim? – perguntou o homem surpreso.

— Velho Isaac? – disse Heron um tanto assustado.

— Sim, meu jovem. Você me aparenta um pouco diferente... – apontou, analisando o rosto do jovem.

— Perdoe-me pelo espanto, senhor. Mas as antigas crenças o decretavam como morto.

— Assim imaginei... Em parte é verdade, minha antiga vida morreu. Passei alguns anos vagando de província em província. Mas quanto a você, está realmente diferente...

— É verdade, senhor. A última vez que nos vimos eu era apenas uma criança iludida, passaram-se dez anos desde então, muitas coisas mudaram.

— Assim eu sei, meu caro. No entanto, a diferença a que me refiro é sobre seu olhar vazio, que não expressa mais o brilho da esperança que outrora existia. Correu pelas vastas terras a notícia da morte de seu pai, o que muito me entristeceu, era um grande amigo, eu mantive o luto.

— Obrigado, senhor. – sorriu melancólico – Mas não só essa mágoa me assola. Meu nobre pai se foi como um herói. No entanto, só agora a batalha acabara.

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Defendi o reino de Galladem contra os xavênios, mas minha coragem e esperança não foram suficientes. – suspirou – Os bárbaros de Xavênia aniquilaram nossos homens, que estavam em menor número. Por ora, retorno à nossa pequena vila, que também está ameaçada pelo inimigo.

— Faz bem pequeno Heron. Eu, todavia, não posso mais pegar em uma espada para defender nossa vila Bridd, tendo sido de lá expulso. – lamentou o velho.

— Sinto muito, senhor. Nunca concordei com sua expulsão, sei que não é um assassino. – afirmou seguro.

— Obrigado, pequeno. Creio que nossos caminhos novamente se separam. Há províncias em guerra, precisamos partir. – completou já retomando seu caminho.

— Concordo, velho Isaac. Espero poder encontrá-lo novamente em um momento que reine a paz. Até breve! – acrescentou o jovem voltando a cavalgar.

Assim, Heron volta a trilhar seu caminho, cheio de incertezas. Ainda que muito jovem, ele já contava com uma experiente história de vida e, a passagem dos dias e das circunstâncias, só alimentava sua avidez por novas aventuras.

Sentia pena do velho Isaac, em outros tempos, ele havia sido acusado de matar Badú, um cidadão de Bridd, que era uma pequena vila onde Heron nascera; no entanto, o rapaz jamais concordara com tal acusação, sendo que através desta, o ancião fora expulso do vilarejo. Todos acreditavam, porém, que velho Isaac já estivesse morto, pois dele não haviam

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mais notícias; tudo em decorrência da discrição mantida em sua interminável caminhada nômade pela Grande Ilha.

Decidido no objetivo de regressar à sua terra de origem, Heron cavalgou por mais dois dias, parando em raros momentos para descansar ou se alimentar. Antes das cadeias montanhosas de Dó Maior, ele já havia passado por Dunstan, uma antiga vila, onde viviam poucas pessoas, em decorrência de um ataque xavênio havia muitos anos; diversas casas do vilarejo ainda estavam em ruínas. O jovem atravessara também a Baixa Floresta, lá existia uma estreita trilha, que Heron havia atravessado ao fim de uma tarde, sob uma intensa revoada de pássaros. A floresta concentrava muitas árvores e de copas elevadas, por toda sua extensão se via uma suave neblina.

Dessa forma, ao amanhecer do terceiro dia, pela trilha à direita, o cavaleiro chegava à pequena vila. Por fim, sua exaustiva viagem o encaminhou a um portal de madeira em forma de arco onde se lia “BEM-VINDO A BRIDD”. E, embora a dor da derrota para os xavênios ainda lhe pesava nos ombros, retornar a Bridd lhe trazia uma instantânea felicidade, onde não conteve o esboço de um breve sorriso.

Ao adentrar na vila, pôde observar que ela se encontrava da mesma forma que estava quando dela ele havia se despedido. Margaridas cresciam humildemente ao lado da trilha afilada. Logo à frente, crianças corriam felizes, espantando as galinhas que, distraidamente ciscavam por ali, sem se importar com a presença do recém-chegado.

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As casas eram antigas e de arquitetura simples, todas feitas com pedras escuras, que abundavam nos Montes Nascentes ao extremo leste da Grande Ilha. Os telhados eram cobertos com uma vasta camada de palha, as janelas ocupavam grande parte das fachadas, em cores luminosas que contrastavam com as paredes.

Descendo do cavalo, Heron pôs-se a caminhar vagarosamente puxando as rédeas de Símar, este que, assim como seu dono, observava atento a cada detalhe do lugar. A alguns metros de onde estava, avistara sua casa, o que lhe deu muita alegria, remetendo à sua infância. Um tempo que já estava distante, quando seus anseios de ir à terra de Galladem ainda eram inexistentes, e a ele, Bridd era um pedaço do paraíso, tal como voltava a ser agora.

A chaminé da casa desprendia preguiçosamente uma suave fumaça branca. Era incrível, mas o lugar onde ele crescera apresentava rigorosamente as mesmas características. O delicioso aroma que de lá emanava, indicava que sua mãe preparava a tradicional torta de maçã com canela. A cerca de entrada parecia ter diminuído, chegava só até a altura de seus joelhos; roseiras e prímulas lá estavam no pequeno jardim, onde seus perfumes se mesclavam com os arbustos de menta que se encontravam ao fundo. A janela da frente estava aberta e, de longe ele via a silhueta de sua mãe, que cantarolava distraidamente.

Heron caminhou cauteloso pela trilha de entrada, sem produzir qualquer ruído. Ao chegar mais próximo da janela, pigarreou de forma educada dizendo:

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— Com licença, senhora. Pode, por favor, me informar onde encontro um ferreiro? – ele estava ansioso em saber qual seria a reação da mulher.

— Ah, sim, claro... Você só... – respondeu a jovem senhora, enquanto se encaminhava à janela a encontro do rapaz, mas parou no meio da frase quando viu de quem se tratava.

Com grande comoção, como para comprovar se realmente era verdade o que via, a mulher abriu bem os olhos, que já cintilavam de lágrimas e com a voz embargada de alegria, disse:

— Oh, minha nossa! Não consigo acreditar! Heron! – apressou-se em abrir a porta e abraçar emocionada seu filho.

— Sim, mãe, sou eu. Voltei! – disse o jovem sorrindo.

— Ah, meu pequeno Heron... Quanto lhe esperei. Como você cresceu! Santo Deus! Há tempos não recebo nenhuma carta sua.

— Perdoe-me, mãe. As intensas batalhas impediram-me de tal ato. E com a expansão da guerra, não há mensageiro que se atreva em percorrer a Grande Ilha. Mas muito me alegra poder estar de volta. – justificou com um sorriso tristonho.

— Tudo bem, meu querido. – disse ainda incrédula – O importante é que está aqui e também estou muito feliz. Mas deixe-me ver você... – disse alisando carinhosamente o rosto do jovem, enquanto o observava de forma minuciosa.

O “pequeno Heron”, como era chamado desde menino, havia se convertido num belo e forte rapaz.

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Seus profundos olhos negros observavam com afeto à sua mãe, esta que, por sua vez, era uma dama de traços finos e delicados; seus cabelos e olhos eram tão negros quanto os do filho.

Após a calorosa recepção, mãe e filho dirigiram-se ao interior da casa, onde Heron pôde contar todas suas aventuras e frustrações da guerra.