zona franca de manaus: refletindo a...
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ZONA FRANCA DE MANAUS: REFLETINDO A SUSTENTABILIDADE DO
MODELO
Aline Maria Alves Damasceno1
Resumo: O desenvolvimento econômico da Amazônia Ocidental foi confiado desde a década
de 50 a um modelo conhecido como Zona Franca de Manaus. A contento, muitas indústrias se
instalaram e propiciaram empregos, aumento do produto interno bruto, e arrecadação de
tributos. O que se questiona, em pleno momento de reflexões ambientais e de
sustentabilidade, é se o modelo atual da Zona Franca de Manaus apresenta alguma
possibilidade de benefício ao desenvolvimento sustentável da região. A solução para esta
indagação decorrerá da análise da evolução de sua finalidade política, econômica e social
desde sua criação até o momento atual, pela breve exposição cronológica dos fatos e
legislações relevantes. Para isso na primeira seção faremos um retorno ao contexto histórico
global e nacional comparando o modelo regional aos modelos de zonas francas do mundo,
também identificando a perspectiva econômica, política e social ao longo das fases da Zona
Franca de Manaus. Na segunda seção faremos um breve descritivo da implantação da política
industrial no Brasil, através do Processo Produtivo Básico, o papel dos incentivos fiscais
federais e estaduais, e identificaremos quais dispositivos legais fiscais estão disponíveis e que
podem ser orientados para o desenvolvimento sustentável da região do Amazonas, ressaltando
entre eles a interiorização do desenvolvimento presente na Política Estadual de Incentivos
Fiscais e Extrafiscais do Estado do Amazonas. Todo o percurso da pesquisa permitirá concluir
a existência de dispositivos legais fiscais aptos ao desenvolvimento e investimento na região,
mas também concluirá o entrave de sua implantação no interior do estado. A metodologia
utilizada foi a pesquisa qualitativa, com ênfase na doutrina a respeito do assunto e nos
instrumentos legais disponíveis.
Palavras-chave: Zona Franca de Manaus; política fiscal; política industrial; desenvolvimento
sustentável.
1 Introdução
Diante da Era da Globalização, a região Amazônica precisou reforçar seus
mecanismos legais de forma a tornar sua economia e política compatível com as demais
regiões do Brasil, para haver a equalização do seu mercado e inserção em uma competição
mais justa entre regiões. O Brasil também foi beneficiado com tais mecanismos, na
competição econômica entre os Estados, na proteção ao Meio Ambiente e soberania, e no
desenvolvimento tecnológico resultante de tais alterações.
1 Advogada, Mestranda do Programa em Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas,
Especialista em Direito Tributário e Legislação de Impostos pelo Centro Universitário de Ensino Superior no
Amazonas, Bacharel em Direito pela Universidade Paulista e Bacharel em Engenharia de Produção pelo Instituto
de Tecnologia da Amazônia – UTAM.
A criação da Zona Franca de Manaus, na década de 50, culminou no ponto
comum de interesses divergentes da época, e inseriu a região Amazônica em relações
comerciais com países estrangeiros, que armazenavam seus bens destinados ao consumo
interno da região. Deste momento em diante, a ZFM vem desenvolvendo e sendo foco de
vantajosos investimentos estrangeiros, devido aos seus incentivos fiscais.
O que questionamos e nos chama a reflexão é se o desenvolvimento
percebido até o momento trouxe alguma perspectiva economicamente sustentável à região, ou
se foi apenas um instrumento executado aos moldes da ordem internacional econômica.
Pelas considerações acima, o artigo se propõe a apresentar o histórico da
criação da Zona Franca, considerando o contexto econômico internacional, nacional e
regional, e pontuar, ainda que brevemente os benefícios e entraves do modelo.
A relevância do assunto está na expectativa de desenvolvimento econômico
da Amazônia Ocidental, e da expectativa global de desenvolvimento sustentável, a qual
engloba o equilíbrio entre o direito ao desenvolvimento e o direito ao meio ambiente
ecologicamente sustentável.
O artigo foi divido em duas seções: na primeira explicamos o contexto
histórico de criação da Zona Franca de Manaus fazendo um paralelo às necessidades
econômicas globais, nacionais e regionais da época, e no segundo explicamos como foi
implantado o Processo Produtivo Básico na ZFM, e quais os benefícios e entraves desta
implantação à região amazônica.
2 O Contexto histórico da criação e relocalização espacial da produção da Zona Franca
de Manaus.
Sintetiza-se que a história da criação da Zona Franca de Manaus pode ser
resumida em três fases. A primeira fase corresponde à conquista do território amazônico pelos
portugueses e a regência imperial, a fase do Estado Unitário. A segunda fase corresponde aos
dois períodos republicanos, a fase do Estado Federal. E a terceira fase, a atual, sobre a égide
da Constituição Federal de 1988. O início da primeira fase caracteriza-se pela expansão
marítima portuguesa, no inicio do século XV, resultando no domínio de quase toda totalidade
da extensão territorial Amazônica pela Espanha, e de um quinto do que hoje dispomos à
Coroa Portuguesa. Porém os conhecidos contornos do Brasil só foram delimitados com o
Tratado de Madri, em 1750. As primeiras medidas para alavanca econômica da região foram
ditadas pelo Marquês de Pombal, através de reformas política, econômica e administrativa. A
era de Pombal foi marcada pela irreversibilidade da configuração territorial da Amazônia
efetividade através dos Tratados de Madri (1750) e de Santo Idelfonso (1777). Já na época da
Revolução Industrial, na segunda metade do séc. XVIII, a Amazônia investiu na manufatura
do látex e na produção naval para a construção da frota portuguesa no Grão-Pará e Rio Negro.
(FURLAN, 2008, p.18)
O Estado Unitário sob a égide da Constituição Política do Império do Brasil
de 1824, foi marcado pela isonomia formal de um território de grande dimensão e não
promoveu efetivamente o desenvolvimento econômico da região amazônica. O período da
Belle Époque, ou ciclo da borracha, limitou a atividade econômica da região ao extrativismo
vegetal, conforme apresenta Valéria Furlan (2008):
A par disso, como não dispusesse de ouro e minerais preciosos em suas terras, seus
habitantes praticavam o extrativismo vegetal e, assim, a economia amazônica
oscilava ao sabor dos interesses do mercado pelos recursos naturais da região,
destacando-se nesta seara o conhecido ciclo da borracha que caracterizou a Belle
Époque. A propósito, Rui Barbosa tentara, em vão, uma política de industrialização
na fase do Governo Provisório. (FURLAN, 2008, p.21)
A segunda fase, com a introdução da Constituição Republicana de 1891, a
descentralização administrativa e política contribuiu para que os Estados se beneficiassem
com as receitas que a exportação lhes proporcionava. Benjamin Alvino de Mesquita (2011)
explica a acumulação de capital e o pouco desenvolvimento econômico da Amazônia na
extração da borracha neste período:
Mas é no último quartel do século XIX, com o ciclo da borracha, que se efetiva na
Amazônia a mais importante alienação e apropriação de áreas públicas com aval
do Estado, transformando a Amazônia durante sessenta anos em dos principais
núcleos de acumulação de capital do país.
[...] A inserção desses trabalhadores via endividamento contínuo (sistema de
aviamento) a priori os exclui do acesso principal e vital meio de produção, a terra,
e, portanto, de qualquer melhoria de vida no futuro. [...] Enquanto perdurou essa
euforia da economia (borracha), que entra em crise no início do século XIX (1912),
a Amazônia foi a região brasileira que mais cresceu.
Contraditoriamente, um pouco desse excedente foi internalizado na economia
regional, mas a parcela significativa foi apropriada externamente por facções
diversas do capital. Quer dizer, quase meio século de crescimento econômico pouco
alterou o perfil socioeconômico da população ali residente e/ou articulada à
produção. (MESQUITA, 2011, p.47)
Após esse período ficou claro a importância do desenvolvimento de um
parque industrial no Brasil. O governo Vargas, após a Revolução de 1930 passou a intervir na
economia do Estado, ao introduzir um título de ordem econômica e social na Constituição da
República dos Estados Unidos do Brasil de 1934. Com a outorga da Constituição de 1937,
Vargas legitimou o Estado a intervir no domínio econômico através de corporações sob
assistência e proteção do Estado. A Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 18 de
setembro de 1946 admitiu expressamente a intervenção estatal na esfera econômica, e pela
primeira vez foi descrito em texto constitucional um plano de valoração da região amazônica.
Em 06.01.1953, Getúlio Vargas sancionou a lei 1.806 que instituiu a Superintendência do
Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA) para executar o Plano de
Valorização Econômica da Amazônia (PVEA). (FURLAN, 2008, p. 27, 28)
Destaca-se que na década de 60 implantou-se na Amazônia o modelo
desenvolvimentista vinculado ao capital estrangeiro, com concessão dos governos militares,
Maria Izabel de Medeiros Valle (2013) explica como se caracterizou e desenvolveu a
indústria no Brasil nesta época:
Delineado na década de 1950, em pleno período de aceleração do desenvolvimento
industrial brasileiro, o projeto ZFM ganhou concretude na década seguinte sob o
impulso do “Brasil Grande” projetado pelos governos militares. No entanto, a sua
viabilidade econômica, assim como a dos demais projetos destinados à região,
exigiu investimentos não só do poder público, mas, sobretudo, do capital privado de
origem estrangeira. E o cenário internacional foi propício ao deslocamento de
capital da Europa, Ásia e Estados Unidos em direção a países menos
industrializados no contexto de erosão do Estado fordista-keynesiano nas
economias avançadas, da emergência de uma ordem internacional baseada em
padrões tecnológicos e comunicacionais que permitiram o estabelecimento de uma
nova divisão do trabalho em escala global baseada na produção de conhecimento,
tecnologia e inovação pelos países centrais e na reespacialização da produção de
manufaturados por todo o globo. As fábricas transferiram-se para a periferia do
capitalismo inaugurando, assim, uma nova fase no processo de acumulação de
capital em escala global. (VALLE, 2013, p.77)
Entende-se que a política de Kubitschek impediu o crescimento da indústria
nacional de bens de produção e não impediu a produção de bens de capital às organizações
multinacionais. Por este motivo, as organizações multinacionais ditavam a economia nacional,
e lucravam com o capital investido. Em 1957, Kubitschek sancionou a Lei n° 3.173 que criava
em Manaus a zona franca de armazenamento de bens estrangeiros destinados ao consumo
interno da Amazônia e dos países interessados, limítrofes do Brasil ou banhados pelo rio
Amazonas. Em seguida, sumariza-se a colaboração do Presidente Castelo Branco para a
criação da Zona Franca de Manaus. Em 1966, sancionou a lei n° 5.173, que redefinia a região
amazônica e criava a SUDAM – Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia. E em
1967, com o Decreto-Lei n° 288, alterou a natureza e ampliou finalidades da Zona Franca de
Manaus – ZFM, para um polo de desenvolvimento econômico, ou como se define até os dias
atuais: “uma área de livre comércio de importação e exportação e de incentivos fiscais, criada
com o intuito de ser um polo de desenvolvimento para o interior do Amazonas”. (FURLAN,
2008, p.30-32)
Afirma-se que a justificativa para a criação da Zona Franca de Manaus dada
pela ditadura militar foi, segundo José Seráfico e Marcelo Seráfico (2005), a “necessidade de
se ocupar uma região despovoada. [...] dotar a região de “condições de meios de vida” e infra-
estrutura que atraíssem para ela a força de trabalho e o capital, nacional e estrangeiro,[...].”
Recorda-se, que no momento de criação da ZFM, havia uma política de
incentivo à implantação das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) da Organização
das Nações Unidas para o Desenvolvimento industrial (Onudi). As principais características
deste modelo eram à exportação de bens industrializados e o incentivo inicial, com prazo
determinados, de isenção ou redução de taxas e impostos. Lembra-se também o contexto
histórico desta década: o alinhamento do governo brasileiro aos Estados Unidos da América
durante a Guerra Fria, a descentralização industrial que consistiu na migração de fábricas dos
países desenvolvidos para os países subdesenvolvidos, em busca de novos mercados
consumidores, e mão de obra barata. (BRIANEZI, 2013, p.49)
Thaís Brianezi (2013) explica o que realmente significou a migração de
empresas dos países desenvolvidos para regiões subdesenvolvidas:
Nesse processo usualmente denominado de globalização, a relação entre técnica e
espaço estabeleceu-se justamente pela propagação desigual da técnica. Ou seja: a
migração das plantas de finalização dos produtos de empresas estrangeiras para
países periféricos não significou, via de regra, o adensamento da cadeia produtiva
nem a transferência de tecnologia, conforme anunciava a propaganda do modelo de
substituição de importações. (BRIANEZI, 2013, p.49 apud DESPRES, 1991)
Ainda no contexto de descentralização industrial, ressalta-se que a criação
da Zona Franca de Manaus concretizou uma combinação de diferentes interesses, nacionais,
internacionais e locais. Mundialmente, durante a Guerra Fria, havia o interesse dos grandes
países desenvolvidos em avançar nos mercados consumidores, encontrar soluções para
redução de custo e expansão do capitalismo. Nacionalmente, havia o interesse militar em
desenvolver o país, abrindo concessões ao capital estrangeiro para apropriação e uso das
forças produtivas do país. E regionalmente, havia o interesse de dar fim à estagnação
econômica resultante do fim do ciclo da borracha. Neste sentido, José Seráfico e Marcelo
Seráfico (2005), destacam:
O que aparentemente é um problema – a cooperação entre o militarismo, a
economia mundial e o nacionalismo – faz parte de um momento definido da ordem
internacional. Essa concatenação de interesses determina a escolha do lugar de
experimentação de uma das primeiras zonas francas do mundo; determina também
os modos de compatibilizar a “ordem nacional” com a “ordem mundial”; e,
finalmente, determina a contrapartida que os países “periféricos”, “dependentes”,
podem obter por constituírem-se em área de expansão da acumulação capitalista. O
que importa é reforçar que a concepção e a decisão de implantação da Zona
Franca de Manaus são oriundas de processos e relações mais amplas que efetivam
um movimento de descentralização da produção capitalista fora das suas zonas
originárias. (SERÁFICO, 2005, p.102)
Correlaciona-se o modelo da Zona Franca de Manaus ao modelo dos processos
de implantação de zonas francas no mundo disseminado pela Onudi. José Seráfico e Marcelo
Seráfico (2005) apontam esta correlação devido a similaridade das recomendações da Onudi
às medidas de implantação da Zona Franca de Manaus. Fontenele (2014), contudo, afirma que
somente do ponto de vista de Classificação aduaneira a Zona Franca de Manaus é comparada
a uma zona de processamento de exportação, como o autor destaca abaixo:
Do ponto de vista do direito aduaneiro, a ZPE é classificada como Regime
Aduaneiro Aplicado em Área Especial. Outros regimes têm a mesma classificação,
como a Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio, mas as ZPEs
apresentam características disntintas. Segundo o Regulamento Aduaneiro, a Zona
Franca de Manaus, voltada para o desenvolvimento da região amazônica, é uma
área de livre comércio de importação e de exportação e de incentivos fiscais
especiais, com sua produção basicamente destinada ao mercado doméstico. As
empresas instaladas em ZPE contam com incentivos tributários, administrativos e
cambiais para promover a maior competitividade de suas exportações. Além dos
incentivos [...], o regime se destaca, principalmente, pela sua maior segurança
jurídica ao investimento realizado. [...]O tratamento tributário aplicado às
empresas instaladas em ZPE visa desonerar a produção exportável pela suspensão
de impostos e contribuições federais para bens de capital (máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos) e para insumos (matérias-primas, produtos
intermediários e materiais de embalagem) que sejam adquiridos no mercado interno
ou no exterior. (FONTENELE,2014,p.71)
No mesmo sentido, Adilson Rodrigues Pires (2008), reforça o
enquadramento da ZFM aos regimes aduaneiros especiais, e sua capacidade de exportação,
embora reduzida:
Soma-se a isto o tratamento dispensado pela Lei nº. 10.865/04, que, como se disse,
confere aos produtos importados pela Zona Franca de Manaus o mesmo tratamento
tributário dispensado aos regimes aduaneiros especiais. Neste caso, é concedida a
suspensão dos impostos na entrada do produto na zona franca, que se converte em
isenção ao ser empregado em uma das finalidades visadas pelo Decreto-Lei nº
288/67. Basicamente, a produção da Zona Franca de Manaus é direcionada a
atender a demanda interna, nada impedindo, porém, que os bens produzidos sejam
exportados, o que não representa volume considerável, contudo.(PIRES, 2008,
p.501)
Caracteriza-se, portanto, que as Zonas Francas, as Zonas de Processamento
de Exportações e as Lojas Francas são espécies de um título genérico chamado de Áreas ou
Zonas de Livre Comércio. Este título, mais genérico consiste em portos ou áreas do território
de uma nação, nos quais sobre as mercadorias importadas, industrializadas e comercializadas
não incidem tributos normalmente exigidos. (PIRES, 2008, p.487)
A terceira fase da história de criação da ZFM é marcada pela globalização,
pelo neoliberalismo econômico e por transformações advindas da Revolução Tecnológica. A
Era da Globalização é apresentada por FURLAN (2008), como “[...] a uma intensa circulação
de bens, capitais e tecnologia através das fronteiras nacionais, com a consequente criação de
um mercado mundial.” Neste novo enfoque de globalização, é possível observar a ideologia
de criação de barreiras às iniciativas nacionais, como forma natural de competição entre os
Estados. Infere-se que a Zona Franca está fundamentada nos ideais de preservação da
soberania nacional e de federação, que em consequência, supõe a concepção de um
instrumento de proteção e desenvolvimento econômico da região amazônica. Citam-se os
princípios constitucionais expressos no artigo 170, como o da soberania nacional, da defesa
do meio ambiente e o da redução das desigualdades regionais e sociais. Ademais, a
Constituição determina a manutenção da Zona Franca de Manaus até 2073 conforme Emenda
Constitucional nº83/2014. Também deixa claro, a necessidade dos incentivos fiscais para a
promoção do equilíbrio socioeconômico entre as regiões do Brasil. (FURLAN, 2008, p.35-41)
No contexto de promoção do equilíbrio socioeconômico entre as regiões do
Brasil, destacam-se os artigos 43 e 151, inciso I, da Constituição Federal de 1988:
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um
mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à
redução das desigualdades regionais.
Art. 151. É vedado à União:
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que
implique distinção ou preferência em relação ao Estado, ao Distrito Federal ou a
Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais
destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as
diferentes regiões do País.
3 A implantação do modelo PPB: benefícios e entraves
Com base no contexto de processo produtivo básico, sintetiza-se o histórico
de sua criação, acompanhando as fases da zona franca de Manaus, sob uma perspectiva
econômica. Na primeira fase, compreendida no período de 1967 a 1975, não havia limites na
importação dos insumos, exceto àqueles bens não essenciais, como armas e munições, fumos,
bebidas alcoólicas, automóveis de passageiro e perfumes. Este período foi marcado pela
predominância da atividade comercial e início da atividade industrial, com o lançamento do
distrito industrial em 30 de setembro de 1968. (SUFRAMA, 2016)
A segunda fase, compreendida entre 1975 e 1990, destaca-se pelo
estabelecimento dos índices mínimos de nacionalização para produtos industrializados na
ZFM e nos demais estados do território nacional, com os decretos-leis n° 1435/75 e 1455/76.
Foram estabelecidos também limites máximos globais de importação. Caracteriza-se nesta
fase, o foco no incentivo da indústria nacional de insumos, justificando a criação de índices
mínimos de nacionalização e limites máximos de importação. (SUFRAMA, 2016)
A terceira fase, compreendida no período de 1991 a 1996, foi marcada pela
adequação da ZFM à nova política industrial e de comércio exterior. A abertura da economia
brasileira ditou regras que mudaram profundamente o modelo da ZFM, com a lei n° 8.387 de
1991. Nesta fase, o comércio perdeu relevância, com a eliminação dos limites máximos de
importação pelo Decreto n°205/91. A lei n° 8.387 de 1991 estabeleceu o Processo Produtivo
Básico - PPB, reduziu em 88% o imposto de importação para a ZFM, e estabeleceu que as
indústrias de produção de bens e serviços de informática deveriam investir 5% do seu
faturamento bruto em pesquisa e desenvolvimento na Amazônia. Revela-se importante
ressaltar que, o planejamento coorporativo orientativo e a gestão dos processos produtivos
básicos foram adotados pela Suframa. (SUFRAMA, 2016)
A definição básica de PPB, de acordo com o art.7º, §8º, alínea b, da lei
8.387 de 1991, é “o conjunto mínimo de operações, no estabelecimento fabril, que caracteriza
a efetiva industrialização de determinado produto”.
A lei n° 8.387 de 1991 atualizou a redação do art.7° do decreto-lei 288 de
1967. O PPB é citado como condicionante para redução da incidência do imposto de
importação sobre produtos industrializados, relativo às matérias-primas, bens intermediários,
materiais de embalagem e outros de origem estrangeira. Esta redução ocorrerá através do
cálculo de coeficiente de redução do imposto de importação. Assim dispõe o art.7° do
decreto-lei 288 de 1967:
Art. 7°. Os produtos na Zona Franca de Manaus, salvo os bens de informática e os
veículos automóveis, tratores e outros veículos terrestres, suas partes e peças,
excluídos os das posições 8711 e 8714 da Tarifa Aduaneira do Brasil (TAB), e
respectivas partes e peças, quando dela saírem para qualquer parte do território
nacional, estarão sujeitos à exigibilidade do Imposto sobre Importação relativo à
matérias-primas, produtos intermediários, matérias secundários e de embalagem,
componentes e outros insumos de origem estrangeira neles empregados, calculado
o tributo mediante coeficiente de redução de sua alíquota ad valorem, na
conformidade do §1° deste artigo, desde que atendam nível de industrialização local
compatível com o processo produtivo básico para os produtos compreendidos na
mesma posição e subposição da Tarifa Aduaneira do Brasil (TAB).
A nova lei foi estabelecida com base na adaptação necessária do
crescimento econômico da época, década de 90, e estabeleceu condições para as empresas
receberem incentivos de importação e para produzirem na Zona Franca de Manaus. Adilson
Rodrigues Pires (2008) enumera essas condições:
a) nível de industrialização local compatível com o processo produtivo básico para
produtos compreendidos na mesma posição e subposição da Tarifa Aduaneira do
Brasil (hoje, Nomenclatura Comum do Mercosul, NCM);
b) – A industrialização de produto na Zona Franca de Manaus, com o emprego de
insumos estrangeiros, deve ser o objeto de projeto de fabricação aprovado pelo
Conselho de Administração da Suframa;
c) – Os insumos estrangeiros empregados no processo de industrialização de
produtos na Zona Franca de Manaus (matérias-primas, produtos intermediários,
materiais secundários e de embalagem) devem ater-se aos limites anuais de
importação constantes da respectiva resolução aprobatória do projeto e respectivas
alterações. (PIRES, 2008, p.503)
Com a abertura da economia brasileira no governo de Itamar Franco,
ocorreram as primeiras publicações sobre PPB. Desde a década de 90, o governo federal tem
utilizado o PPB como meio para concessão de incentivos fiscais na ZFM e pela legislação de
incentivo a indústria de bens de informática, telecomunicações e automação. Atualmente,
contabiliza-se que as empresas com projetos aprovados pelo Conselho de Administração da
Suframa, são um total de 512, em diferentes setores, conforme dados da Suframa:
Figura 1: Projetos Aprovados pela Suframa.
Fonte: CGPRI, COCAD/CGMER e COISE/CGPRO.
A lei n° 8.387 1991 definiu o PPB, e regulamentou a competência para fixá-
lo, que é do Poder Executivo fundamentado de proposta dos órgãos competentes, no prazo de
120 (cento e vinte) dias, contados a partir da data de sua vigência. Porém a efetivação do
Processo Produtivo Básico só ocorreu com o Decreto n°783/93 que fixou o PPB para os
produtos industrializados na ZFM. Complementando o disposto no caput e nos parágrafos 1°
e 6° do art.7°, no art.9° do Decreto-lei n°288/67. O decreto n°783/93 está dividido em 9
artigos e 15 anexos, que consistem no conjunto de operações dos produtos industrializados.
Cada anexo constitui uma categoria de produto e trata das operações básicas para obtenção da
industrialização do mesmo.
Em julho de 1996, as matérias primas destinadas à industrialização de bens
finais, inclusos em PPBs definidos, foram dispensadas de elaboração de PPB pela Portaria
Interministerial n° 251, desde que produzidos na ZFM, destinados a consumo interno, venda e
consumo interno nas áreas de livre comércio e estocagem para comercialização no mercado
externo. Em 1998, o Decreto n° 2.891, foi regulamentado devido aos questionamentos da base
legal do Decreto n° 251. O Decreto n° 2.891 cancelou os projetos de PPB que não atendiam
ao decreto n°783/93, vedou da apreciação do CAS projetos de produtos industrializados que
não atendessem ao PPB definido e reconheceu somente os processos produtivos básicos
aprovados ou em andamento de aprovação pelo Conselho Administrativo da Suframa – CAS.
(SOUZA, 2003, p.34).
A lei n° 10.176/2001 estabeleceu que os Ministros de Estado do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Ciência e Tecnologia estabeleceriam os
PPBs a partir da solicitação da empresa interessada, num prazo de cento e vinte dias contados
da data da solicitação, e este PPB após análise e aprovação seria indicado em portaria. O PPB
foi incorporado na lei de informática, somado a obrigatoriedade já existente de aplicação de
recursos financeiros em pesquisa e desenvolvimento.
Recorda-se que em abril de 2001, o Grupo Técnico Interministerial de
Análise de Processo Produtivo Básico foi criado pelo Decreto 3.800. O grupo é composto por
representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do
Ministério da Ciência e Tecnologia, com a finalidade de propor a fixação, a alteração e a
suspensão dos processos produtivos básicos. O Decreto n° 4.401 de 2002, definiu os
percentuais a serem investidos, criou a atividade de P&D, delimitou quais entidades podem
receber recursos de convênio, a forma comprobatória das obrigações, criou o Comitê das
Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento da Amazônia (CPDA). (SOUZA 2003, p.35)
Em junho de 2002, a Resolução n° 192 da Suframa, estabeleceu para os
casos de dispensa de PPB, as normas para apresentação das atividades de P&D. Estabeleceu
também a alternativa de exportação de mercadorias para empresas que não aplicaram o
percentual em P&D. Na mesma data, a resolução n° 193 da Suframa dispõe sobre as regras
que as empresas deverão seguir, no caso de exportação, e determina a fixação de percentual
mínimo sobre o faturamento bruto da empresa sobre os produtos incentivados pelo CAS. O
parâmetro será o desempenho das exportações (nacional, regional e estadual), não inferior a
média de exportações de 3 meses das empresas do mesmo segmento industrial, do produto
especificado. Definiu também as documentações que as empresas devem apresentar, caso
assumissem o compromisso de exportação.
A redação do Decreto n° 6.008 de dezembro de 2006, regulamenta o
benefício fiscal concedido às empresas que produzam bens de informática na ZFM e também
invistam em pesquisa e desenvolvimento. Dispõe também sobre a tributação do IPI e do II
para os bens de informática, somente daqueles produzidos conforme processo produtivo
básico – PPB, e sobre a alteração PPB, ou suspensão de etapa dele, sempre fatores técnicos ou
econômicos assim o indicarem.
Atualmente a ZFM passa pelo aprofundamento da política industrial
tecnológica e de comércio exterior através da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP),
que visa aumento das exportações brasileiras, aumento da formação bruta de capital fixo,
aumento no investimento do setor privado em pesquisa e desenvolvimento. Identifica-se
também esta fase pela valorização dos insumos regionais, com a implementação estratégica
do Processo Produtivo Básico dos biocosméticos, por meio da portaria interministerial n°
842/2007. (SUFRAMA, 2016)
Acredita-se que o incentivo à industrialização de produtos na ZFM trouxe
grandes benefícios para o Amazonas e também para o Brasil, pois a venda dos produtos
industrializados para o restante do país é bastante significativa, além da geração de mão-de-
obra, aumento do produto interno bruto, e aumento de arrecadação de tributos, o faturamento
bruto das empresas do distrito industrial de Manaus aumentou em 20% em 2006, em relação
ao ano anterior, segundo dados da Suframa. (PIRES, 2008, p.494, 499)
Os benefícios continuam sendo contabilizados se observada a relação entre
aquisição de insumos e o faturamento das indústrias do Polo Industrial de Manaus que
aumentou de 48,90% para 50,95% de 2010 a 2011. De um lado a aquisição de insumos que
aumentou em 17,06% e do outro o faturamento com expansão de 12,34%, no mesmo período
de 2010 a 2011, conforme dados da Revista PIM, n°17. A seguir a participação dos subsetores
de atividades no faturamento do Polo Industrial de Manaus.
Fígura 2 - participação dos subsetores de atividades no faturamento do pim
Fonte: revista PIM, n°17
Contudo, em detrimento dos benefícios expostos, explanam-se as propensões da ZFM,
a partir da reestruturação econômica sofrida pelo Polo Industrial de Manaus na década de
1990. Ocorre que o modelo anterior tinha como base o mercado interno, e após a
reestruturação orientou-se para o mercado externo. Em consequência desta reestruturação,
houve mudança na origem dos investimentos, agora liderados pelo capital japonês, norte-
americano e sul coreano. A estratégia adotada nesta década pela ZFM, foi nas palavras de
Sylvio Ferreira “a diversificação com re-especialização dos setores privilegiando a
interligação de processos produtivos (Integração Competitiva), provocando mudanças nas
plantas industriais com a incorporação intensiva de capital fixo e a redução de capital
humano.” Atribui-se a essa diversificação com re-especialização voltada para o exterior, a
criação de obstáculos à autonomização do Polo Industrial de Manaus. Isso porque a
importação de componentes de outras localidades geram oportunidades de emprego em
lugares diversos que não na região Amazônica, impedindo que a mesma progredisse em
pesquisa e desenvolvimento, no polo tecnológico e biotecnológico. (FERREIRA, p.23-24)
Menciona-se também que a pior crise pela qual já passou a economia do PIM,
coincidiu com a fase da Nova Política Industrial e de Comércio Exterior do governo Collor.
Esta fase se caracterizou pela liberação das importações em todo o território nacional,
Admilton Pinheiro Salazar (2006) explica o que representou esta fase para a região:
O início desta última fase coincidiu com a pior crise pela qual já passou a economia
do PIM com a liberação das importações em todo o território nacional, a chamada
abertura comercial do país. Essa política, chamada por alguns de “choque de
modernidade”, efetuada sem o mínimo planejamento, na improvisação e no
afogadilho, consistiu simplesmente em um “choque de irresponsabilidade”, abrindo
as fronteiras do país à concorrência internacional, isto é, fechando os postos de
trabalho nacionais conquistados ao longo de trinta anos e favorecendo a criação de
empregos na Ásia e em outras partes do mundo.
Com base nas informações apresentadas acima, pode-se concluir que a ZFM possui
um modelo precário de desenvolvimento, no quesito de autonomização. Em relação ao
objetivo da Zona Franca de desenvolver o interior amazônico, observou-se que a implantação
de incentivos fiscais, cuja finalidade era atrair investimentos para desenrolar projetos
regionais que provessem seu próprio capital, tecnologia e processos de fabricação, acabou por
incentivar somente a produção. Pontua-se que os entraves ao modelo aplicado foram a não
consideração de mecanismos para a retenção do capital na região, ou seja, de reinvestimento
na própria região dos lucros obtidos, e também a falta de investimentos governamentais em
infraestrutura que viabilizasse a criação de um corredor de exportação para os países
fronteiriços e áreas do Caribe e das Américas, possibilitando assim a integração econômica
com os países amazônicos. (SALAZAR, 2006, p.304)
Admilton Pinheiro Salazar (2006) enumera quais seriam as medidas para consolidar o
êxito do projeto industrial amazonense:
A recuperação dessa rodovia, hoje totalmente segmentada, a construção de
armazéns alfandegados e de um porto de cargas internacionais, com instalações
retroportuárias e um terminal de containers nas proximidades do distrito
industrial, a eletrificação rural nas áreas ocupadas do distrito agropecuário e a
criação de um cinturão verde de hortigranjeiros, mediante o assentamento de
pequenos produtores rurais em projetos agropecuários abandonados [...]
(SALAZAR, 2006, p.306)
Mesmo a despeito dos acontecimentos políticos econômicos expostos é possível
encontrar dentro da legislação estadual mecanismos incentivadores desta autonomização.
Observa Ernesto dos Santos Chaves da Rocha (2008) que os modelos de concessão de
incentivos fiscais do ICMS no Amazonas tem características que permanecem imutáveis,
quais sejam: a redução do valor do ICMS a pagar, proporcional à prioridade do produto
analisado em conjunto com os demais produtos da ZFM e a exigência de contribuições pelas
empresas beneficiadas com programas de incentivo fiscais em fundos governamentais.
Do ponto de vista à preservação ambiental, no quesito desenvolvimento, e pela vasta
significação da palavra incluindo a de desenvolvimento sustentável, pode-se verificar no art.4º
a Lei 2.826 de 2003 a disposição de concessão de incentivos fiscais somente para produtos
resultantes de atividades de “fundamental interesse para o desenvolvimento do Estado”, e
logo em seguida em seu §1º são listadas condições para as atividades de empresas que
desejam receber os incentivos.
Dentre os incisos de I a XI do artigo, é possível visualizar aqueles que fomentem a
autonomização do Estado como um todo, a exemplo do VI que dispõe sobre a promoção da
interiorização de desenvolvimento econômico e social do Estado, e do IV sobre a promoção
de investimento em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de processo e/ou produto.
Contudo, observa-se que a justificativa de implantação da ZFM de Manaus pelos
militares, hoje toma outra roupagem e representa o próprio óbice de desenvolvimento do
interior da região do Amazonas, como bem comenta Ernesto dos Santos Chaves da Rocha
(2008):
O problema maior parece ser a precariedade de infra-estrutura básica, como
ausência de estrutura porturária, já que a via natural do transporte amazônico é
fluvial, falhas no abastecimento de energia elétrica, ausência de mão-de-obra
qualificada e ausência de equipamentos urbanos que dessem atratividade ao
investidor (ROCHA, 2008, p.35)
4 Conclusão
Visualizamos que o processo de implantação da Zona Franca de Manaus representou a
reunião de interesses internacionais, nacional e regional quando nos remetemos ao interesse
global de expansão do capitalismo, da descentralização industrial, o interesse militar em
desenvolver o país a qualquer custo e por fim a necessidade de alavancar a economia da
região amazônica, estagnada após o fim da borracha.
Recordarmos que à época de criação da Zona Franca de Manaus, em âmbito
internacional, os países desenvolvidos implantaram em alguns países subdesenvolvidos as
zonas de processamento de exportação, em busca de reduzir custos e expandir a acumulação
de capital. Contudo, observamos que a descentralização industrial resultou numa transferência
desigual da técnica, quando aos países periféricos foram transferidas somente as plantas de
finalização dos produtos, não contribuindo para o adensamento da cadeia produtiva.
Verificamos o desenrolar econômico das fases da Zona Franca de Manaus até a
implantação do processo produtivo básico em substituição dos limites de importação. Tal
modelo apresentou benefícios, como a venda dos produtos industrializados para o restante do
país, geração de empregos, aumento do produto interno bruto, aumento de arrecadação de
tributos e o faturamento bruto das empresas do distrito industrial de Manaus.
Porém, no quesito autonomização o modelo apresenta-se precário por não considerar
mecanismos de reinvestimento a projetos que desenvolvam o interior da região amazônica.
Sabemos que a autonomização é uma questão relevante quando se refere ao desenvolvimento
sustentável de uma região, ou até mesmo de modelo econômico.
Por fim, apresentamos que o caminho para um desenvolvimento sustentável da região
pode estar na superação da diversificação com re-especialização voltada para o exterior, para
o fomento de mão de obra regional, e o incentivo ao progresso em pesquisa e
desenvolvimento no pólo tecnológico e biotecnológico. Além da priorização de investimentos
em infra-estrutura para a viabilização de um corredor de exportação que integrasse
economicamente a região amazônica aos países amazônicos.
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