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Naturalismo no Teatro

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Apresentação de slides sobre texto de referência sobre o naturalismo teatral

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  • Naturalismo no Teatro

  • O Naturalismo uma espcie de prolongamento do Realismo, movimentos quase paralelos. O Naturalismo assume quase todos os princpios do Realismo objetividade, observao, verossimilhana e acrescenta viso cientificista da existncia. Conseqncia das novas idias cientficas e sociolgicas: evolucionismo, hereditariedade biolgica, positivismo e medicina experimental.

    Fontes da moral: raa, meio e poca.

    mile Zola: arte com suporte na cincia.

  • Admirao por Claude Bernard, fundador da medicina experimental. O mtodo artstico deve se equiparar ao da medicina: objetividade e rigor. O artista: ilustrador dos postulados das cincias.

    Arte: estudo objetivo das paixes, observar sensaes e atos. Fazer com os corpos vivos o que os cirurgies fazem em cadveres.

    Romance naturalista = romance experimental.

    Arte da era cientfica: conseqncia da evoluo cientfica do sculo; continua e completa a fisiologia; estuda o homem natural (x homem abstrato e metafsico) submetido leis fsico-qumicas e s influncias do meio.

  • Zola: Em Teresa Raquin, quis estudar temperamentos e no caracteres. Escolhi personagens dominados ao mximo por seus nervos e por seu sangue, desprovidos de livre arbtrio, arrastados a cada ato de sua vida pela fatalidade da carne. Teresa e Loureno so brutos humanos, nada mais. Tratei de seguir, passo a passo, em tais selvagens, o trabalho surdo das paixes, as presses do instinto, as alteraes cerebrais, produtos de uma crise nervosa... Que se leia o romance com cuidado e se ver que cada captulo um estudo de um curioso caso fisiolgico.

  • Leis do Naturalismo:

    Sociolgicas: DETERMINISMO do meio e histrico

    Biolgicas: DETERMINISMO da herana, dos temperamentos, dos caracteres e da raa

  • Determinismo do meio

    O homem como produto do meio a tese central do movimento. O indivduo no passa de uma projeo do seu cenrio, com o qual se confunde e do qual no consegue escapar. Da a insistncia na descrio do meio, que sempre traga e tritura o homem. Em O cortio, a obra mais importante da esttica naturalista brasileira: o ambiente degradado gera seres degradados, a imundcie do cenrio se transfere para as almas humanas.

  • Determinismo dos instintos

    Cada indivduo traz dentro de si instintos hereditrios que explodem repentinamente em manifestaes de excesso. Embora racional, o domnio sobre si para o ajuste convivncia social nunca ser suficiente para domar as paixes subterrneas que vm tona, arrastando-o a um universo de anormalidades e vcios.

  • Determinismo da herana biolgica

    De acordo com teses biolgicas dominantes, o homem recebe o temperamento por herana. Mais do que propenso ou tendncia, o temperamento funciona como suporte da construo da personalidade e mola propulsora do comportamento individual: o homem um brinquedo de incontrolveis foras atvicas.

  • Determinismo da raa

    Primeiros trabalhos cientficos sobre as "diferenas naturais" entre etnias abrem caminho para o pensamento racista do sculo XX.

    Embora nem sempre a inteno seja preconceituosa, os tericos naturalistas acabam celebrando o homem ariano.

    Raa = disposies inatas e hereditrias que o indivduo traz em si e que produzem estado moral elementar e natural. Taine: H naturalmente variedade de homens como de touros e de cavalos.

  • Personagens Patolgicos

    Para comprovarem as suas teses - primordialmente a da hereditariedade do temperamento - os escritores valem-se de personagens mrbidos, anormais e doentes, uma legio de bbados, assassinos, incestuosos, devassos, prostitutas etc: "Acmulo de horrores cientificamente comprovados.

    infludos pelo ambiente de trabalho rude e misria em que vivem.

  • Zola: patologia com causas sociais. Decadncia (embriaguez, ociosidade, afrouxamento de laos familiares, promiscuidade, desonestidade ...) no meio corrompido levam vergonha e morte.

    O primeiro estudo sobre o povo que no mente e que possui o cheiro deste povo. Meus personagens no so maus, apenas ignorantes e

  • Crtica Social ExplcitaO autor naturalista elabora uma crtica direta a aspectos da realidade social. No entanto, ele no acredita em sadas ou esperana para a sociedade, a qual visualiza como um organismo biolgico, sujeito s leis vitais de nascimento, apogeu, decrepitude e morte. Organismo frente ao qual pouco ou nada pode a ao dos indivduos. Por esse motivo, a crtica acaba normalmente em pessimismo fatalista. E j que no tem condies de controlar o universo social, o ser humano converte-se em mero fantoche de um destino traado pelo meio e pela herana.

  • Forma Descritiva

    Preocupao com a verossimilhana levou os naturalistas ao escrever baseado na descrio minuciosa, detalhada ao limite do inventrio, precisa e, s vezes, intil porque funciona como elemento auxiliar da narrao.

    Porm, descrio lenta e exaustiva de cenrios e objetos exercem papel significativo.

    Zola: apego pintura da cena.