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Zine feito para divulgar e explicar o movimento #OcupeEstelita, no Recife, iniciado em maio de 2014. Primeira parte.TRANSCRIPT
do Recife para serem construídas na área do Cais José Estelita, ponto central do Recife, no Bairro de São José.
A área, um potencial cartão-postal da cidade, fora arrematada em 2008 por R$ 55,4 milhões em leilão irregular, realizado pela Caixa Econômica Federal, para a Moura Dubeux em parceria com o empresário Gerson Lucena (GL Empreendimentos). Em 2012, o consórcio destas construtoras junto a Queiroz Galvão e a Ara Empreendimentos apresentavam publicamente o Projeto Novo Recife:
100.000 m² (área equivalente a dez campos de futebol) de mais uma cidade-empresa segregadora, edifício garagem de 7 andares e mais 7.000 carros a rodar naquela área
aproximadamente). Isto pra início de uma conversa que a mídia local – convenientemente aos seus empresários – tem feito vista grossa.
Certamente são algumas horas a mais de trânsito. Mas como as “cidades-empresas” afetam ainda mais os cidadãos e seus entornos?
O Projeto Novo Recife é a melhor e única opção para aquela área?
Ali, um projeto mais sensível e integrado com as áreas vizinhas impulsiona uma reurbanização de certas áreas do Centro. O Consórcio Novo Recife desperdiça essa oportunidade por pensar num modelo de progresso “privado”.
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para saber mais
Sobre leilão irregular http://goo.gl/7xUw9y
#Resisteestelita http://goo.gl/pPuyVE
Direitos Urbanos http://goo.gl/4ydiy8
FAQ Direitos Urbanos http://goo.gl/0WF81
quais são os outros projetos para aquela área? Muitos projetos foram apresentados para revitalização daquela área, com destaque para o Projeto Recife-
debate e o projeto foi “engavetado” pelas sucessivas gestões.
Todas incluem a preservação dos galpões? Não. O próprio Recife-Olinda também tinha ênfase na verticalização - a diferença é que havia preocupações urbanísticas e sociais. Mas sim, a identidade histórica de uma cidade pela preservação de seus patrimônios pode movimentar o turismo e a economia.
A sociedade pode participar do diálogo do que desejam para sua
cidade? Pode e deve. O Consórcio Novo Recife, inclusive, viola o Estatuto das Cidades por ignorar o princípio da participação popular no planejamento urbano.
Mas já não é tarde para uma decisão da prefeitura? Não. O prefeito tem poder de voltar atrás na aprovação de uma obra se pressionado pela opinião pública. No ano passado, a Prefeitura de São Paulo embargou condomínio de luxo na Vila Mariana (SP), aprovada na gestão de Kassab (PSD). Eles tinham 5 mil assinaturas em petição ao MP. Nós temos mais de 12 mil.
Estas são algumas das perguntas para início de conversa. Como a mídia local – convenientemente aos seus empresários – tem feito vista grossa às inúmeras e escancaradas ações criminosas que nos furtam o direito à cidade e à própria lei, são muitas as dúvidas. Na #2, veremos alguns fatos que nos levam às grandes questões “por que a obra não foi suspensa?” ou “por que ocupar Estelita?”