zf drive 19-03-2012 geral final

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ActiveHybrid 7 Sedã BMW incorpora transmissão ZF de 8 velocidades 1.2012 www.zf.com.br BMW IAA O futuro da mobilidade Tecnologia 6S 450, nova transmissão na Sprinter

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ActiveHybrid 7Sedã BMW incorpora transmissão ZF de 8 velocidades

1.2012

www.zf.com.br

BMW

IAAO futuro da mobilidade

Tecnologia6S 450, nova transmissão na Sprinter

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EDITORIAL

É com grata satisfação que apresentamosa primeira edição de 2012 da revistaDrive-América do Sul como um novocanal de comunicação entre a ZF e a co-munidade automotiva.

Em 2012 o Brasil começou a viver amaior revolução tecnológica já vista nasua indústria de veículos comerciais.Vindo de encontro aos ideais de sustenta-bilidade seguidos pela ZF América do Sulhá muitos anos, a fase P7 do Proconve,conhecida como Euro V, impõe ao mer-cado grandes desafios por conta dosnovos parâmetros tecnológicos e de emis-sões de poluentes, colaborando decisiva-mente para a almejada redução dosíndices de emissões de CO2 na atmosfera.

Para acompanhar essas mudanças, a ZF, na condição de líder mundial no fornecimentode tecnologia para sistemas de transmissão e componentes de chassis, mantém o seu com-promisso de seguir investindo em pesquisa e desenvolvimento, gerando soluções inova-doras. Na Europa, o grupo ZF está entre as 10 empresas com a maior quantidade depatentes requeridas em 2011.

Também no segmento de carros de passeio as tecnologias para redução de consumo e emis-sões tem prioridade, como mostramos nesta edição.

Seja na mobilidade terrestre, marítima ou aérea, na geração de energias renováveis, nasaplicações comerciais ou de lazer - a ZF dentro da sua missão de garantir a mobilidadesustentável está presente em todos estes segmentos com produtos inovadores e promotoresde eficiência econômica e acima de tudo ecológica.

Esta edição espelha nosso compromisso com a mobilidade sustentável em todos os seg-mentos de produtos e serviços.

Boa leitura!

Wilson Brício

Presidente ZF América do Sul

O futuro é verde

4 América do Sul 1.2012

3 EDITORIAL

O futuro é verdeCom a palavra, o presidente da ZF América do Sul, Wilson Brício

8 TEST-DRIVE

Um carro show!BMW Série 7 Active Hybrid, que está chegando ao Brasil, rodando em autobahn na Alemanha

14 PRODUTO

Desempenho mais rentávelMercedes-Benz Sprinter introduz novas tecnologias de alto nível, como a transmissão ZF 6S-450

18 BRT

Retorno garantidoA ZF apresenta uma nova transmissão Ecolife, completamente remodelada. Mais econômica, leve e rápida

22 BRT

Pronto para rodarA eficiência da transmissão Ecomat e ASTronic Lite em sistemas de transporte de alta densidade

Redação ZF do BrasilDepartamento de Comunicação e Marketing Av. Conde Zepellin, 1.935 CEP 18103-905, Sorocaba, SP, Brasil; Tel.: 015-4009-2525Diretor João Luiz LopesGerente de Marketing Alessandra CeccoCoordenador de Marketing Ricardo ZentnerTextos e Design Editorial & Comunicação RQ Ltdawww.transpoonline.com.brRoberto Queiroz (editor e jornalista responsável, MTb 12.020)Marcelo Lima(edição de arte, MTb 22.126) Impressão: Leografwww.zf.com.br

14NOVA SPRINTER

Com transmissão ZF 6S 450

18BRT

Mais economia com ZF-Ecolife

8TEST-DRIVE

BMW Série 7 comsistema Active Hybrid

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ÍNDICE

24 AGRÍCOLA

Alternativas no campoZF amplia produtos da gama canavieira, para aplicação em colheitadeiras e em tratores

28 SEGURANÇA

Por dentro das mudançasO novo ZF-Intarder, combinado com a caixa automatizada AS Tronic, é importante reforço à segurança embarcada nos caminhões

32 IAA / ZF

Tecnologia de pontaNa maior vitrine do mundo, ZF apresenta suas novas soluções para automóveis. De hoje ou do futuro

38 MARINE

Trabalho pesadoReversor marítimo, agora produzido no Brasil, mostra serviço em embarcações de grande porte

24APLICAÇÕES AGRÍCOLAS

Maior rentabilidade com produtos ZF

38REVERSORES ZF

Força e confiabilidadeem grandes embarcações

52ZF LEMFÖRDER

10 anos em plenocrescimento

44 PESQUISA

Pensando no futuroLaboratórios de revestimento de embreagem comprovam o alto nível de Pesquisa&Desenvolvimento na ZF

48 COMPONENTES

A evolução do sanduícheSem as revolucionárias soluções da ZF em componentes de metal-borracha os veículos não seriam os mesmos

52 CORPORATIVO

Uma década de sucessoA história bem sucedida nos primeiros dez anos da ZF Lemförder no mercado brasileiro

56 TURISMO

Terra de imortaisToda a arte e sofisticação por trás da história de Padova, incomparável acervo de cultura

62 FENATRAN

O brilho dos caminhõesProdutos ZF estavam presentes em todos os grandes lançamentos e apresentações de caminhões

6 América do Sul 1.2012

Solução urbana

VW up! é o nome do mais re-cente lançamento Volkswagen, com ambiçõesde tornar-se muito mais que um simpático mi-crocarro. Inicialmente disponível com motor de1 litro e 3 cilindros, este azougue urbano pre-tende estabelecer novos padrões de dirigibili-dade em sua categoria, com a colaboração decomponentes de chassis ZF. A partir de meadosde 2012, a ZF irá automatizar a transmissão doVW up!, enfatizando seu conforto ao dirigir pormeio das trocas de marchas automáticas. Aomesmo tempo, o consumo de combustível seráreduzido em torno de 15%, se comparado ao deuma configuração com transmissão manual.

MotorsportsZF no pódioEm 2011, o grande campeão da FórmulaTruck foi o piloto Felipe Giaffone, queconquistou 122 dos 272 pontos atingi-dos pela equipe Volkswagen, que liderouo campeonato entre as marcas. O títulofoi conquistado na última prova do ano,realizada no circuito de Brasília. O cami-nhão vencedor recebe diversos produ-tos ZF, entre eles transmissõesmanuais, embreagens, componentes dechassis e bombas e direções hidráulicas.O desempenho do piloto, guiando o ca-minhão VW, rendeu a Giaffone o troféuCapacete de Ouro, principal prêmio bra-sileiro do automobilismo.

LançamentoZF EcoShiftA ZF apresentou sua inovadora transmissão para ônibus EcoShiftno salão Busworld Europe 2011. A transmissão manual de 6velocidades é utilizável em uma plataforma flexível modular quepode ser estendida e permite comunização das transmissõesmanuais e automatizadas. Na realidade, a transmissão básica, emcombinação com o módulo de automação, cria a AS Tronic mid paraônibus, com sete variantes possíveis. O Inicio da produção estáprevisto para 2012.

Pós-vendasNovo serviço ZF para off-roadA ZF do Brasil investiu R$ 1,7 milhão para criar um novo serviço de manutenção paraatender seus clientes dos setores de equipamentos de construção, veículos fora-de-estrada e máquinas de movimentação de carga. A decisão pela oferta do serviço,que opera em área específica em seu complexo industrial localizado na cidade de So-rocaba, interior paulista, se deu em razão do esperado crescimento do mercado bra-sileiro nos setores de construção civil e de infraestrutura, gerado pela realização noBrasil da Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e dos Jogos Olímpicos, em 2016.A nova área no departamento de serviços da ZF conta com técnicos treinados naAlemanha, estrutura e ferramentas necessárias para a manutenção dos eixos etransmissões ZF, conta ainda com estoque de peças de reposição com mais de1.400 itens.Segundo os executivos da empresa, atendência é que os investimentos e aquantidade de obras aumentem, o quedemandará a manutenção e reparo dasmáquinas do tipo pás carregadeiras, te-lehandlers, motoniveladoras e escava-deiras. A ZF fornece sistemas detransmissão e eixo para as marcasCase, New Holland, Fiatallis, Liebherr,Hyundai e Doosan.

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NEWS

Meio ambienteMovimento limpo

Transmissão Automática ZF 8 HPUm milhão com 8 marchas

Atenta às oportunidades de mercado, aZF investiu na compra de 96,3% da fa-bricante de transmissões belga HansenInternational NV. "Estamos satisfeitosque a esmagadora maioria dos acionis-tas Hansen aceitou a nossa oferta. Issonos dá a oportunidade de criar uma em-presa líder no mercado global de câmbiode turbinas eólicas”, analisa Hans-GeorgHärter, presidente da ZF.Anteriormente à aquisição da Hansen,a ZF investiu € 70 milhões na constru-ção de uma nova fábrica no segmentode energia eólica. Instalada em Gai-nesville, na Georgia (EUA). A unidadeserá inaugurada em 2012 e empregarácerca de 250 funcionários.

PremiaçãoQualidade reconhecidaA MAN Latin America premiou a ZF Transmissões como o melhorentre todos os seus fornecedores das linhas de caminhões eônibus. Em novembro, o presidente da ZF América do Sul, WilsonBricio, recebeu das mãos de Roberto Cortes, presidente da MANLA, o troféu do Prêmio Supply Awards. A ZF também conquistouo prêmio na categoria Logística. “Sentimos muito orgulho em tercontribuído para a MAN Latin America ter conquistado a posiçãode líder do mercado brasileiro de caminhões, com 31% departicipação; de 30% do segmento de ônibus e de 28,1% nasexportações de caminhões e ônibus produzidos no Brasil”,enalteceu Bricio. O evento, realizado, em São Paulo, contou coma presença de mais de 500 fornecedores e de toda a diretoria daMAN. O Supply Awards, em sua 8ª edição, distinguiu outros 12fornecedores, em seis categorias e nove subcategorias.

A ZF atingiu a imponente marca de um mi-lhão de unidades produzidas de sua trans-missão automática de 8 marchas ZF 8HP.O produto, o mais moderno em produçãoem série em todo o mundo, passa a equi-par a picape Volkswagen Amarok em 2012e é fornecida às principais marcas pre-mium da Europa, como Alpina, Audi, Ben-tley, BMW, Jaguar, Land Rover eRolls-Royce. Outras montadoras estão planejando utili-zar o modelo em suas gerações futuras.Seu design inteligente e conceito inovadorforam a base para o sucesso. Mudanças

de marcha confortáveis e rápidas - abaixodo limiar da percepção humana -, eficiên-cia na redução do consumo de combustí-vel e o opcional sistema start-stopautomático, fazem o modelo ser até 11%mais econômico que os convencionais deseis. A transmissão ZF ainda pode sercombinada e integrada a diferentes siste-mas, como tração total, híbrido leve ou atéhíbridos completos, neste caso, com até25% de economia de combustível. Um dosdiferenciais da ZF 8HP é o conversor detorque, com influência direta nas trocas demarchas. Devido à mais recente tecnolo-gia, garante conforto e suavidade, semcomprometer o desempenho, e com redu-ção do consumo de combustível.

8 América do Sul 1.2012

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TEST-DRIVE

BMW

ActiveHybrid 7,

um carro show!A presença de tecnologias ZF é fator de

qualidade diferenciada na grande sequência de novidades aguardadas no mercado

automotivo até o final do anoPor Roberto Queiroz

Aexpectativa foi mais do quemuito bem atendida. Afinal,rodar a 230 km/h não é para

qualquer automóvel, muito menospreservando condições extremas desegurança e conforto, nessa ordem. Opalco desse desfile que destacava,além da beleza do design, um sistemade propulsão híbrida e a estréia datransmissão automatizada de 8 velo-cidades, foi principalmente uma au-tobahn na Alemanha, próxima aFriedrichshafen, uma das sedes daZF. Depois de um contato para adap-tação na área urbana da cidade, porsinal um lugar de sonho à beira doLago Constanza, com suas ruas estrei-tas e arquitetura de estilo rural, fomospara a estrada. Mas não antes de per-ceber o funcionamento da funçãostart-stop. Quando o motorista paraem algum cruzamento ou sinalização,o motor se desliga. Para retomar amarcha, basta encostar o pé no acele-rador. Assim, simples.

Mantendo uma direção comportadaaté atingir a rodovia, foi possível pres-

tar atenção em detalhes dos comandose, principalmente, no head-up display,uma holografia projetada no parabrisacom todas as principais informaçõesde condução, de forma que o condutornão precisa desviar a atenção da es-trada. Em seu ângulo de visão chegaminformações sobre a velocidade oueventuais sinais de advertência. Afi-nal, manter atenção no volante e napista à frente é condição mandatóriaao se conduzir em altas velocidades.

Outras informações, como o indicadorde limite de velocidade, podem ser se-lecionadas individualmente. A função“High Guiding” do sistema de navega-ção torna mais clara a imagem do tra-çado da pista. Com tráfego um poucointenso, por conta de algumas obrasna pista e também do número deveículos, o BMW acom panhava ofluxo porém, em alguns momentos,era irresistível deixar uma certa dis-tância do veículo da frente e acele-rar fundo, colando as costas noencosto e exercitando a força domotor V8 de 465 hp. ·

10 América do Sul 1.2012

Ao entrarmos na autobahn, PatrickGutmann, gerente de Projetos paraTransmissões Híbridas da ZF, queacompanhou todo o percurso, infor-mou que o limite de velocidade es-tava aberto. Foi a senha. O BMWActiveHybrid 7 é capaz de acelerar de0 a 100 km/h em apenas 4,9 segundose sua velocidade máxima chega a 250km/h. Nem foi preciso chegar ao li-mite para perceber o que tinha emmãos. Chegar perto foi mais que sufi-ciente. Afinal, não se tratava de testarum carro de corrida ou baixar tem-pos, mas experimentar um veículo deluxo e categoria em condições típicas.De acordo com Gutmann, esse seria

o comportamento natural de um pro-prietário de BMW Série 7, veículo fo-cado em um público maduro e bemsucedido (o Hybrid7 custa em tornode 110 mil euros), que teria no auto-móvel um instrumento de prazer eemoção, mas sob controle. Cabe aquium comentário especial: se os itensde segurança embarcados já ofere-cem um pacote impecável, o BMWHybrid7 “veste” muito bem a auto-bahn, modelo exemplar de rodovia. Enão apenas pela qualidade do asfalto,mas também pelo controle exercidosobre tudo o que acontece na pista eseu entorno. Avisos eletrônicos a dis-tâncias regulares em locais estratégi-cos, como os acessos à rodovia,informam sobre os limites permitidosde velocidade. Com tempo bom e semobstáculos à frente, o pedal é o limite.

Com seu ActiveHybrid 7, a BMWapresenta uma forma absolutamentedinâmica e luxuosa de dirigir um mo-delo híbrido. O automóvel (carro épouco) é certamente um destaque nosegmento automobilístico superior. Atecnologia híbrida permite ao condu-tor desfrutar de uma nova forma dedirigir, mas ainda mantendo a espor-tividade característica da marca. ·

A corrente, gerada sem

consumir combustível, é aproveitada em qualquer

situação de direção

11

TEST-DRIVE

12 América do Sul 1.2012

Por baixo do capô

O BMW ActiveHybrid 7 está equi-pado com um motor V8 a gasolinaBMW TwinPower Turbo, combinadocom um motor elétrico trifásico sin-cronizado, oferecendo uma potênciade 342 kW/465 HP e um torque má-ximo de 700 Nm. O sistema híbridoé de conceito Mild-Hybrid. A litera-tura de fábrica informa que o con-sumo médio, segundo o ciclo detestes EU, é de 9,4 litros a cada 100quilômetros, ainda que seu valor deemissão de CO² seja de 219 gramaspor quilômetro.

A tecnologia híbrida utilizada no sedãde luxo da série 7 da BMW inclui omotor elétrico trifásico sincronizado euma bateria de íon de lítio. Todos oscomponentes correspondem à tecno-logia híbrida ZF, a mais avançadamundialmente. O BMW ActiveHybridé expressão de liderança tecnológica,pois conta com um motor de oito ci-lindros e uma caixa de câmbio ZF au-tomática de oito marchas, que com-pletam o conceito deste automóvel.

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TEST-DRIVE

Mapa mostra o caminho percorrido pelo BMW ActiveHybrid 7

O grau de eficiência do sistema hí-brido se explica pela obtenção de umconceito global inteligente, tanto noque se refere à forma de obter a ener-gia quanto ao seu armazenamento. Omotor elétrico, integrado na caixa decâmbio automática, tem uma potên-cia de 15kW/20 HP e gera um torquemáximo de 210 Nm.

Durante as fases de frenagem, faz asvezes de alternador, que recuperaenergia para gerar a corrente que ali-menta a bateria de íon de lítio. Agrande capacidade desta bateria dealta voltagem, montada no porta-ma-las, permite alimentar diretamente omotor elétrico durante as fases de ace-leração, como também o compressordo sistema de ar-condicionado, tantocom o carro em movimento quantoparado. Além disto, esta bateria tam-bém fornece corrente elétrica à redeconvencional de bordo de 12 volts. Acorrente, gerada sem consumir com-bustível, é aproveitada em qualquersituação de direção e solicitação.

O motor elétrico apóia o motor V8 es-pecialmente ao colocar o carro emmovimento e ao acelerar. Na condu-ção a uma velocidade constante, omomento de impulsão adicional ofe-recido pelo motor elétrico leva a umaredução da potência necessária domotor a gasolina, reduzindo percepti-

velmente o consumo de combustívele as emissões de poluentes. Dessaforma, o motor a gasolina funcionade maneira mais silenciosa.

O motor elétrico também pode fazeras vezes de motor de arranque. As-sim, o motor a gasolina se põe emfuncionamento sem atraso algum esem vibrações. Assim, evita o funcio-namento do motor a gasolina nomodo inativo mediante o sistemastart-stop, ao parar o carro em cru-zamentos ou congestionamentos.Ainda que o motor a gasolina estejaparado, o ar-condicionado pode con-tinuar funcionando, pois é alimen-tado pela bateria de íon de lítio. Alémdisto, é possível ativar a função dear-condicionado estacionário, únicano mercado, para atingir a tempera-tura desejada inclusive antes de en-trar no automóvel.

Os indicadores do fluxo de energiae do nível de eficiência no painelde instrumentos e na tela ControlDisplay informam sobre o estadoda bateria e sobre o modo de fun-cionamento do sistema híbrido.Desta maneira, também se podeobservar a ativação do processo deregeneração.

A sensação de segurança e estabili-dade tem tudo a ver com a tecnologia

do chassi, de alta qualidade dinâmica,combinada com um extraordinário ní-vel de conforto. A “espaçonave” contacom um eixo dianteiro de braçostransversais duplos, eixo traseiro In-tegral-V, exclusivo da BMW, e o sis-tema de direção hidráulica do tipo pi-nhão e cremalheira, com funçãoServotronic. Os itens de série incluemo sistema automático de controle dealtura no eixo posterior. O equipa-mento de segurança do BMW Active-Hybrid 7, que motorista e passageirosesperam nunca ter de usar, inclui air-bags frontais, laterais e para cabeça,e apoios de cabeça dianteiros, de ati-vação automática em caso de colisão,pneus tipo runflat e indicador de fu-ros. A bateria de íon de lítio está mon-tada em uma caixa de aço de alta re-sistência. No caso de uma falha defuncionamento ou acidente, todo osistema de alta voltagem se desco-necta imediatamente.

Ao retornar ao campo de provas daZF, uns 130 km depois, por pouconão abri a porta do lado direito, pe-dindo a Gutmann que deixasse oBMW. Esse detalhe pode sintetizarqual a opinião sobre o Hybrid7. Paraquem estiver acostumado às trans-missões automáticas de até 6 veloci-dades, experimentar uma 8HPcertamente irá representar um saltoem conforto ou esportividade. �

14 América do Sul 1.2012

Desempenho mais

rentávelLinha Mercedes-Benz Sprinter se renova comnova transmissão ZF ECO Gear 6S-450

15

PRODUTO

Anova transmissão manual ZF ECOGear 6S-450 de 6 velocidades, cu-jas relações de marcha também

propiciam redução no consumo de com-bustível, é a grande contribuição da ZFao desenvolvimento da nova série de co-merciais leves Sprinter, da Mercedes-Benz. Com uma relação otimizada de ve-locidades, o novo câmbio favorece as ma-nobras em velocidades baixas. A relaçãoda sexta marcha, 15% mais alta, contribuipara manter a rotação do motor maisbaixa, mesmo nas velocidades mais altas.Além de contribuir para a economia noconsumo de combustível, essa nova trans-missão propicia melhor dirigibilidade emaior agilidade para o veículo. A novaSprinter ainda conta com amortecedorestraseiros ZF Sachs e a ZF Sistemas de Di-reção vai iniciar o fornecimento de umanova bomba hidráulica de direção. Partede uma nova família chamada FP4, essabomba já conta com o reservatório de óleointegrado e será a primeira para veículoscomerciais com esta característica.

A Mercedes-Benz agora oferece sua famí-lia Sprinter com 48 versões à disposição,na faixa de 3,5 a 5 toneladas de peso brutototal - PBT. Isso é parte de um amplo pro-cesso de renovação de todo o portfólio daempresa. A nova geração de motores OM651, com tecnologia BlueEFFICIENCY,oferece mais potência e torque, atendendoao Proconve P-7. ·

16 América do Sul 1.2012

O interior do Sprinter 2012 tambémfoi totalmente modificado. O novopainel de instrumentos, o aumento donúmero de porta-objetos e a utilizaçãode materiais de alta qualidade valori-zam o espaço interno e a ergonomia.Isso também fica evidenciado noacesso aos comandos e na posição dovolante em relação ao painel, que dis-ponibiliza, opcionalmente, teclas paracomunicação com o rádio e o telefonevia Bluetooth. Além disso, a colunade direção ajustável, tanto em alturacomo em profundidade, contribuipara a melhor ergonomia. Com novodesign, a chave de ignição inclui afunção de fechamento central dasportas por controle remoto.

Motorização

O novo Sprinter cumpre com exce-lência dois dos maiores desafios do

tecnologia BlueEFFICIENCY para osveículos comerciais leves, solução játotalmente consagrada nos automó-veis da marca.

Linha de design

Seguindo o estilo do Sprinter europeu,a nova geração que chega ao Brasilchama a atenção pelo design modernoe arrojado. Mantendo o tradicionalperfil em forma de cunha, a já conhe-cida robustez do veículo é explicitadapelos farois dianteiros maiores e pelocapô integrado à grade. Ainda naparte dianteira, o parabrisa mais altoe os retrovisores maiores aumentama visibilidade do veículo, além de pro-duzirem um efeito estético atraente.A traseira também foi modificada,com a introdução do símbolo Merce-des-Benz na porta e com lanternasmais delgadas e altas.

Destaque para os motores de tecnologia“limpa”, econômicos e potentes e, maisdo que nunca, para os sistemas de se-gurança de eficiência exemplar, alémde maior conforto e capacidade detransporte. O Sprinter tem uma históriade grande sucesso, desde 1996, com aprodução de mais de 200.000 unidadesna América Latina, com cerca de85.000 delas vendidas no Brasil.

Além do inédito design – moderno,arrojado e cada vez mais atrativo – anova família Sprinter de vans, furgõese chassis com cabina traz uma sériede novidades em tecnologia, segu-rança, economia, proteção ambientale desempenho. Este é o caso da novageração de motores OM 651 LA, maispotentes, econômicos e ecológicos,atendendo à legislação Proconve P-7.Esses propulsores trazem a avançada

Com trocas mais rápidas, a nova caixa contribui com a economia de combustível

17

PRODUTO

transporte: redução no consumo decombustível e no índice de emissões.Sua tecnologia BlueEFFICIENCYabrange um pacote de eficiência quevisa a otimização do funcionamentodos sub-sistemas internos do motor.Além disso, sua transmissão foi de-senvolvida com base nas necessidadestípicas da aplicação de veículos co-merciais leves.

Quando se trata de nível baixo deemissões e respeito pelo meio am-biente, a nova geração de motoresMercedes-Benz OM 651 LA biturbode 4 cilindros é vantajosa em suasduas classes de potência: a versão 312CDI Street passa a contar com motorde 116 cv (aproximadamente 6% maispotente), com torque de 28 kgfm (de1.200 a 2.400 rpm). Já as versões 415CDI e 515 CDI têm motorização de

146 cv, com torque de 33 kgfm (de1.200 a 2.400 rpm), o que significaum incremento de cerca de 13% napotência e 6,5% no torque. Commaior potência e torque, os veículosSprinter ganham mais agilidade notrânsito, com melhores arrancadas eretomadas e também com maiores ve-locidades médias.

A exclusiva tecnologia BlueEFFI-CIENCY utiliza sistema de recircula-ção dos gases de escape (EGR), queinsere gás de escape dentro do cilin-dro visando reduzir a temperatura e,consequentemente, a formação deNOx. Como o Sprinter utiliza um mo-tor diesel de alta rotação, no qual otrabalho a plena carga não é cons-tante, esta solução mostrou-se robustae eficaz, atendendo à legislação Pro-conve P-7. �

ZF lança primeira bomba hidráulica de direção com reservatório de óleo integrado

18 América do Sul 1.2012

Retorno garantidoA ZF apresenta uma nova transmissão

automática, chamada Ecolife. O novo modelo já é preparado para motores até 2.000Nm. A transmissão automática de seis marchas é mais leve e econômica

19

BRT

ZF Ecolife: redução significativa do consumo de combustível

20 América do Sul 1.2012

Todos os fabricantes de veículos e,principalmente, os fornecedoresde sistemas com os seus compo-

nentes, falam de economia operacional.Para os projetistas de motores, a questãoé dimensionada em decilitros. No centrodo debate estão, em primeiro lugar, osrigorosos limites de emissões. Em vistadisso, os outros componentes relevantesdo sistema também precisam comprovaro que podem oferecer, caso de umatransmissão inteligente que mantenhao motor em funcionamento e em baixarotação por meio de sofisticado trabalhode mudança de marchas.

Os especialistas da ZF jogaram comesse trunfo, com a oferta da Ecolife. Acaixa de transmissão automática de seisvelocidades oferece controle total e eco-nomia. “Terminamos os desenvolvimen-tos”, explica Wolfgang Schilha, vice-presidente executivo da Unidade deNegócios de Tecnologia de Transmissãopara Ônibus. A transmissão será utilizadainicialmente por MAN, Daimler Buses,Solaris e Volvo. Na verdade, todas asprincipais montadoras estão em processode aprovação no mundo, inclusive noBrasil. Na Grã-Bretanha, os suecos de-sempenharam o papel de precursores,equipando os chassis para ônibus dedois andares B9TL com as primeirasunidades e os operadores falam de ex-periências positivas, com redução deaté 5% do consumo de combustível.

Redimencionada, a nova Ecolife,

oferece desempenho otimizado no conversor de torque e no retarder

Ecolife ganha novo conversor de torque e novo retarder

Como características mais marcantespodem ser apontados itens como as 6marchas, o retarder primário integradoe o sistema Topodyn que, em conjunto,apresentam vantagens como reduçãodo custo operacional, do consumo decombustível, freios e pneus, além demenores níveis de ruído e manutenção.A medida certa encontra-se nas seismarchas, com muito melhor escalona-mento do que na opção de quatro mar-

21

BRT

Teste com lastro

As vantagens da proposta dessa novatransmissão puderam ser comprovadasjá em um teste prático de rua. Umaoperadora de Friedrichshafen, Ale-manha, ofereceu para o teste um Mer-cedes-Benz Citaro, de 16 toneladas,com motor de 286 hp e torque de1.120 Nm @1.100 rpm.

O Citaro acelera rapidamente ao sairda parada. Enquanto o motor dieselpermanece acelerando espontaneamen-te, a transmissão realiza a passagemdas marchas rapidamente, sem aciona-mento do pedal de embreagem. Osdados de telemetria informam que namudança de marcha o motor oscilaentre 1.000 e 1.600 rpm. Os valores deaceleração em baixas rotações são obti-dos graças ao novo conversor de torque,responsável pela concreta redução doconsumo de combustível na fase de ar-ranque, devido ao fechamento mais rá-pido da embreagem lock up. Na parada,o motor funciona sem carga, mas nãoem posição neutra, se uma das duas em-breagens se abrir. Isso diminui as vibraçõesno ônibus, reduzindo os níveis de ruído.Como o motor funciona assim duranteaproximadamente 40% do tempo, é naturalque o conjunto proporcione sensível eco-nomia de combustível.

O software opcional Topodyn passará aequipamento de série. Ele se mostraainda mais decisivo em variações de ve-locidade. Em caso de pequeno aclive, aoinvés de buscar o desempenho desejadocom um kickdown brusco, o motoristasó precisa pisar naturalmente no acele-rador para ter a necessária resposta. �

chas, assim como no torque inicial ad-missível de 2.000 Nm. A transmissãoZF recebe um novo conversor de torque,com atuação na fase de embreagem delock up, além de um novo retarder comdesempenho 65% maior. O interior datransmissão também foi modificado,com um outro distribuidor, além deduas embreagens e três freios.

A unidade de controle eletrônico datransmissão está posicionada direta-mente no radiador, evitando-se assimcomplexas instalações elétricas. Amontagem da Ecolife se restringe apoucas interfaces, vantagem para fa-bricantes de veículos e pessoal da as-sistência técnica.

22 América do Sul 1.2012

famoso Transmilenio, sistemade transporte que mudou acara de Bogotá, a progressista

capital colombiana, está entrando emsua terceira fase e sendo absorvidopelo conceito SITP – Sistema Inte-grado de Transporte Público. Dessaforma, pode posteriormente ser ex-pandido para outras cidades com no-mes similares. De uma forma ou deoutra, a participação ZF nos veículosutilizados é bastante intensa, parti-cularmente com as transmissões Eco-mat e ASTronic Lite.

O sistema conta no total com noveoperadores. Três deles, COOBUS,Express e GMovil irão comprar veí-culos articulados, biarticulados epadrons. A COOBUS, por exemplo,é cliente 100% ZF, enquanto os de-mais somente nos veículos padron.A idéia, mandatória, é de utilizaçãoem 100% dos ônibus com entradabaixa. Nesta terceira fase do Trans-milenio, que contará com quatro li-

Pronto para rodarO sistema Transmilenio, em Bogotá,

é exemplo da eficiência do BRT na América Latina

O

23

BRT

nhas troncais, a Volvo vendeu 539chassis equipados com a transmissãoautomatizada AS-Tronic Lite, querodarão em linhas convencionais ecomo alimentadores dos ônibus ar-ticulados e biarticulados. Foram ne-gociadas 392 unidades para a Egobuse 147 para a G Movil. São os pri-meiros ônibus com entrada baixafora dos corredores a serem utiliza-dos em Bogotá e que permitem aces-

so de cadeirantes ao transporte pú-blico. BRT (Bus Rapid Transit) é asigla em inglês para sistemas orga-nizados de transporte coletivo urba-no, a exemplo do de Curitiba, noParaná, também reconhecido porsua excelente performance.

Os eixos troncais são canaletas ex-clusivas para linhas expressas dosônibus de grande capacidade de

transporte (articulados e biarticula-dos), que cruzam a cidade em váriossentidos. O Transmilenio tem maisde 100 estações de ônibus e trans-porta diariamente 1,6 milhão de pas-sageiros em 266 bairros. As trans-missões Ecomat estarão presentesno sistema por meio de chassis arti-culados e padron Scania, em confi-guração de 5 marchas e retarder pri-mário integrado. �

A transmissão automática ZF Ecomat e a automatizadaASTronic lite tem excelenteaceitação pelos operadoresdo Transmilenio colombiano

24 América do Sul 1.2012

Alternativas no campoZF amplia produtos da gama canavieira, para

aplicação em colheitadeiras e em tratores

25

AGRÍCOLA

omo líder no segmento de eixos e transmissõesagrícolas no país, a ZF não deixa de participar deeventos onde pode recepcionar clientes e dar in-

formações sobre a aplicação de seus produtos. E o calen-dário é agitado o ano todo. Um dos principais exemplos éa Agrishow, uma das maiores feiras do agronegócio daAmérica Latina, que todos os anos abre espaço para a

apresentação de tecnologias destinadas a esse segmento.Para se ter uma idéia, em 2011 o público visitante foi de142 mil pessoas, do Brasil e de vários continentes, inte-ressadas em ver as novidades e assistir a cerca de 800 de-monstrações de campo.

Segundo Stefan Prebeck, diretor da ZF Sistemas de Eixose Transmissões Fora de Estrada, a participação da empresanesses eventos é sempre animadora, porque o público é es-pecializado e pode aprofundar seus conhecimentos sobreas aplicações. Neste ano, as transmissões e eixos canavieirose driveline para colheitadeiras serão os destaques. Técnicosserão posicionados também nos estandes de clientes queutilizam produtos da ZF nas linhas de tratores acima de140 hp, para dar suporte sobre a melhor aplicação dessesitens no uso diário. “Nosso diferencial é ter ‘postos avançados’

nos parceiros, para prover os visitantes com in-formações sobre a melhor utilização de

nossa tecnologia nessas máquinas”,explica o executivo. ·

C

26 América do Sul 1.2012

A grande vantagem desse eixo é que a bitola no espaço de

plantio pode retornar ao tamanhonormal. Isso representa o fim

de adaptações que geram custo de manutenção

proviso nessa aplicação, tornando o ín-dice de quebras elevado.

Quando a ZF passou a produzir oeixo, a aprovação foi de 100%”. Naoferta de eixos, o exemplar tracionadoe direcional AS-3050 (tri-partido), pro-duzido na fábrica de Sorocaba (SP),se destaca na linha de tratores agrí-colas. Ele é construído em sistemamodular – uma carcaça central e duaslaterais –, aplicado em tratores compotência de até 135 cv e sistema detração dianteira auxiliar. O diferencialautoblocante automático, somado àdireção hidrostática com cilindro dedireção incorporado à carcaça doeixo, impõe maiores resultados emquesitos como robustez, versatilidadee capacidade de tração.

Outro produto da família canavieiraé a transmissão sincronizada T-600para tratores. Projetada e fabricadano Brasil, essa série é composta pelosmodelos T-620, T-640 e T-660, aten-dendo potências entre 120 cv e 185cv. Os exemplares dessa família sãode fácil operação, pois apresentamacionamento eletro-hidráulico da tra-ção dianteira, com o simples apertode um botão. “A mudança de marchaspor cabo permite um salto em ergo-

Os produtos campeões de vendas nomercado são os eixos da família AS-3000, com destaque para o eixo AS-3065 (com bitola estendida para trêsmetros), desenvolvido para aplicaçãocanavieira nos modelos Valtra sérieBH, para tratores com potência de até180 cv. Em relação à bitola normal, aestendida permite uma produtividadeda cana entre 20% e 25% maior. “Esseeixo atende à demanda dos produtoresde cana, pois sua configuração possi-bilita operar na distância ideal entreos corredores dos canaviais, evitandoo amassamento das soqueiras, aumen-tando assim a produtividade no cana-vial”, detalha.

O êxito desse produto na operação jáfoi confirmado por usineiros e donos deoficinas (terceirizadores de manutençãode máquinas), encarregados em promo-ver adaptações. “Antes havia muito im-

nomia se comparada ao sistema tra-dicional, além de ter cursos e esforçosde engate reduzidos, facilitando obom desempenho na agricultura ca-navieira e de grãos”.

Transmissões sincronizadas

Dentre os produtos destacam-se tam-bém as transmissões sincronizadas,da família T-500, para outras aplica-ções, como a de grãos e fruteiro. Pro-jetado para o uso em tratores de 50cv a 105 cv, a linha é composta pelasversões T-517, T-517N (via estreita),T-537 e T-557. Elas abrangem potênciasde 50 cv a 105 cv. “Apesar de seridealizada para trabalhos com grãose frutas em uso profissional, pois per-mite aumentar a produtividade da la-voura. Dados colhidos no mercadoconfirmam que os resultados têmatraído também os produtores fami-liares, pois além de ajudar a produti-vidade, é robusta e confortável naaplicação diária”, comenta Prebeck.

Segundo ele, essa família de trans-missões, para tratores da linha leve,possui 16 marchas sincronizadas etem a possibilidade de integrar tec-nologias, sem a troca de toda a caixa.“Ou seja, integra a transmissão, oeixo traseiro e ainda a opção de ver-

27

AGRÍCOLA

Linha agrícola ganha mais produtividade com eixos e transmissões ZF

são sincronizada ou powershift. Écomo fazer um up-grade no produto”,comenta. Outra transmissão que in-tegra o portfólio da ZF é o sistemade transmissão 3MD e o redutor “S”,ideal para colheitadeiras com pesototal de até 24 toneladas. O redutoré um sistema que liga a roda aochassi da colheitadeira, transmitindoo torque às rodas. Sua aplicação seadapta bem em máquinas de portesdiversos, pois permite combinaçãocom os redutores S-800, S-950 S-1050 e S-1250. Com três velocidades,as transmissões da série 3MD-35 e3MD-40 foram desenvolvidas parasistemas mecânicos ou hidrostáticos.Todos os produtos das séries MD e Sforam projetados em sistema modulare, dessa forma, podem também serinstalados individualmente.

Cultivando novidades

A ZF prepara ainda mais dois impor-tantes lançamentos da linha de dri-veline, para colheitadeiras famíliasCST / CTA, de até 35 toneladas e deuma família de eixos tracionados, de-nominada TSA, para uma gama demáquinas de 65 hp a 320 hp, comoparte de uma iniciativa global, definidapela matriz alemã, para aplicação emtodos os mercados.

A exigência por equipamentos maisprodutivos abriu espaço para o lança-mento do eixo dianteiro tracionado,ideal para implementos maiores e ser-viços mais pesados. Atualmente, o pro-duto é campeão de vendas, o que va-loriza ainda mais o papel da ZF doBrasil como centro de competênciamundial para o desenvolvimento deeixos dianteiros tracionados e trans-missões sincronizadas para tratores,conjuntos completos de transmissão eredutores de rodas (driveline) para co-lheitadeiras. Recentemente, a Divisãode Sistemas de Eixos e TransmissõesFora-de-Estrada superou a históricamarca de 250 mil eixos agrícolas pro-duzidos no país, conquista alcançadacom a produção do eixo AS 3065. �

28 América do Sul 1.2012

29

SEGURANÇA

Por dentro das mudançasCom caminhões MAN e Iveco, chega ao Brasil o ZF Intarder,

o mais eficiente retardador de frenagem do mercado

As linhas de caminhões pesados MAN TGX e Iveco Stralis tem aprimazia, em sua linha 2012, de introduzir no mercado brasileiroum importantíssimo dispositivo de segurança ativa. Trata-se do ZF

Intarder, um retardador de frenagem hidrodinâmico cujo maior diferencialperante produtos similares é ser parte integrante da transmissão. Dividir ocircuito hidráulico com a transmissão permite atingir o nível ideal de

operação mais rapidamente, além dereduzir peso e dimensões do sistema,

ao dispensar uma tubulação hi-dráulica externa e evitar o usode lubrificantes diferentes. ·

30 América do Sul 1.2012

A opção MAN chegará aos consumi-dores através dos modelos TGX 29.4406x4 e 33.440 6x4, que serão comercia-lizados no Brasil a partir de 2012. Omotor MAN D26 tem 12,4 litros, seiscilindros e 440 cavalos de potência. Atransmissão de 16 velocidades podevir na versão automatizada TipMaticou na versão manual, com acionamentoa cabo com H sobreposto. Operada portecla localizada na alavanca de câmbio,simplifica a troca de marcas e aumentao conforto para o motorista. E o novís-simo Iveco Stralis AS, de Active Space,também chega a partir de 2012, commotores de 440, 480 e 560cv, transmis-são automatizada Eurotronic de série,tração 4x2, 6x2 e 6x4. As nomenclaturasTipMatic e Eurotronic, na verdade, in-dicam a mesma transmissão ZF AS-Tronic, de 16 marchas automatizada.O Intarder, com altíssimo poder de fre-nagem, é opcional.

A ZF Sistemas de Transmissão vemconduzindo, em conjunto com as mon-tadoras, um rigoroso trabalho de cam-po para mostrar e comprovar os be-nefícios do Intarder.

Na Europa, o dispositivo de segurançadetém 40% do mercado de caminhõesrodoviários e a Divisão pretende criarno Brasil todas as condições para fa-cilitar a aceitação dessa importantetecnologia. É fácil entender a vanta-gem de se contar com um dispositivodesses. Para proteger os freios contrafadiga por excesso de uso, os retar-dadores secundários assumem amaior parcela do trabalho de frena-gem, algo entre 80 e 90%. Os freiosde serviço, dessa forma, permanecemresfriados e prontos para uso quandonecessário. A diferença do Intarderpara outros retardadores é que estáintegrado na transmissão. Isso con-tribui para a oferta de uma suavemodulação da frenagem em cinconíveis de eficiência.

31

SEGURANÇA

Frenagem sem desgaste

Esta última versão do freio de trans-missão ZF gera 25% a mais de eficiênciade frenagem que a geração anterior,além de pesar menos e operar mais si-lenciosamente. O novo Intarder podeser aplicado tanto a transmissões me-cânicas, caso da ZF Ecosplit, ou auto-matizadas, como a ZF AS-Tronic.

E isso de um modo tão simples e inte-grado com o sistema de gerenciamentoda frenagem, incluindo o piloto auto-mático. O dispositivo se encarrega dasfunções tanto de arrefecimento quantode aquecimento. Graças a isso, é possívelatingir mais rapidamente a temperaturaadequada de operação do fluido datransmissão. Isso, por sua vez, faz comque o sistema opere na melhor condiçãopossível para economizar combustível.

Basicamente, o Intarder consiste emum retardador hidrodinâmico que operasem desgastar o sistema de frenagem.O óleo lubrificante é utilizado comomeio operacional e o sistema disponi-biliza sua potência na saída da trans-missão. Este princípio tem a vantagemde que a potência de frenagem geradaé aplicada diretamente no eixo de saídada transmissão e, por meio do eixo car-dan, para as rodas do veículo. O Intarder,além de não interferir com o freiomotor convencional, permanece ativomesmo enquanto o motorista promoveas mudanças de marcha. �

Basicamente, o Intarder consiste em um

retardador hidrodinâmico que opera sem

desgastar o sistema de frenagem.

32 América do Sul 1.2012

O PRIMEIRO DA MARCA

Audi Q5 híbrido

Primeiro modelo híbrido daAudi, tem a aplicação datransmissão ZF, totalmenteintegrada com o aciona-mento elétrico. Na sua versãostandard, o Q5 tem trem deforça, suspensão e compo-nentes eletrônicos e um sis-tema de troca de marchas ZF,bem como uma coluna de di-reção - com a opção de in-cluir um sistema de direçãointegrada ativa. Amortecedo-res CDC também estão dis-poníveis como opção.

DIREÇÃO ASSISTIDA

Opel Zafira Tourer

Em Frankfurt, a Opel revelou pela primeira vez a versão final da novaZafira Tourer. Como destaque, o sistema de direção elétrica assistida ZFServolectric, que requer energia somente quando é acionado.Na prática, isso significa que essa solução consome 90% menos energiaem comparação com sistemas de direção hidráulica. Eixos de direção in-termediários são também fornecidos pela ZF. Além disso, todos os mo-delos a diesel têm uma embreagem para compensar o desgaste. Osistema de amortecimento eletrônico CDC está disponível como opção.

FUNÇÃO START-STOP

Audi A6 Avant

O novo destaque na catego-ria luxo de tamanho médiofoi apresentado à opinião pú-blica mundial em primeiramão, em Frankfurt. A ZF for-nece suspensão e compo-nentes eletrônicos, bem

como o sistema de câmbio. Como recursos opcionais, amortecedoresCDC e sistema de direção ativa, integrado na coluna de direção e comum atuador. O novo A6 também estará disponível com a função start-stop, compatível com a transmissão automática de 8 velocidades da ver-são híbrida. O híbrido A6 utiliza o conceito de mesma unidade que ohíbrido Q5. Um motor a gasolina de quatro cilindros com dois litros de ci-lindrada e 211HP é suportado pelos 54 HP do motor elétrico ZF. Comaproximadamente 120 kg, a transmissão híbrida não pesa mais que umatransmissão convencional, pois o conversor de torque foi omitido.

Tecnologia de

MISTURA TECNOLÓGICA

Audi Q3

O novo Audi Q3 celebrou sua estreia europeia em Frankfurt.Para o Q3 e seu concorrente Volkswagen Tiguan, a ZF forne-ceu suprimentos do chassi e componentes eletrônicos, sistemade troca de marchas, amortecedores e suspensão, embrea-gem e volante de dupla massa. Em algumas regiões de mer-cado, o Q3 também é equipado com a direção ZF Servolectric.

33

IAA / ZF

Muitas das inovações exibidas no último IAA, em Frankfurt, têm a bordo tecnologia de chassis e trem de força ZF

AUTOMÁTICO DE 8 MARCHAS

BMW Série 1

Com a transmissão automática de 8 velocidades ou a recém-de-senvolvida caixa manual de seis velocidades, a série 1 apresentaelevados índicesde conforto e con-dução dinâmica.Ambas as trans-missões podemser combinadascom um sistemastart-stop automá-tico. O motor vaieconomizar com-bustível com o sis-tema de direçãoServolectric.

CDC AVANÇA

BMW Série 6

Após a BMW Série 7, a ZF apre-sentou uma versão avançada doamortecedor CDC ® (ControleContínuo de Amortecimento) queagora também será padrão nanova BMW Série 6. O novo sis-tema possui amortecedores comduas válvulas proporcionais, quecontrolam de modo indepen-dente as características de com-pressão do amortecedor eestágios de tração. O conforto ea dinâmica de condução nessecoupé esportivo são também re-forçadas por numerosos sistemasde rede inteligente da ZF, comoa transmissão automática de 8velocidades, o sistema eletrônicoopcional ARS de estabilizaçãoativa e a direção Servolectric.

ponta no IAA 2011

34

Direcionando o caminho: o assistente para reboques facilita a manobra com qualquer implemento

■ Condução em ré em perfeita linha reta com reboque engatado■ Botão de controle proporciona maior conforto■ Movimentos automáticos de esterçamento

Caixa de transferência integrada para tração total

Uma alternativa econômica: transmissões automatizadas.■ Reduzido consumo de combustível com pontos de troca

otimizados eletronicamente■ Conforto geral: sem embreagem ou troca de marchas■ Alavanca de operação manual opcional, conforme

preferências

Custom made: o novo amortecedor traseiro atende às necessidades especiais de pequenos carros e vans.

■ Sistema de amortecimento inteligente para o eixo traseiro■ Melhoria da segurança, dinâmica e conforto direcional ■ A mais nova arquitetura de sistemas

Transmissões manuais automatizadas

Assistente de reboqueAmortecedor eletrônico (CDC 1XL)

Nas quatro rodas: este econômico sistema de tração total tem uma caixa de transferência integrada.

■ Design compacto - cerca de 35 mm menor■ Menor peso - 8,5 kg mais leve ■ Transmissão de torque sob demanda para o eixo dianteiro

América do Sul 1.2012

O conhecimento tecnológico no segmento automotivo precisa continuar se expandindo. É por isso que precisamosgarantir colaboradores qualificados para o futuro

em desenvolvimento

Por dentro dos carros

Know-how

35

Integração com inteligência: o estudo para pequenos e microcarros tem dois motores elétricos ligados ao eixo traseiro, próximos às rodas.

■ 60 kW de potência■ Economia de peso, conceito de rotação em alto giro■ Integração simplificada com o veículo, ótimo espaço de instalação

Diferencial de acionamento elétrico

Amortecedor eletrônico (CDC4)

Os destaques em produtos

apresentados no IAA foram focados em eficiência de

combustível. E vão preparar o caminho para a eletrificação

do trem de força.

Economia com facilidade: a direção elétrica só consome energia quando estiver sendo efetivamente utilizada

■ Economia de 0.4 a 0.8 litros de combustível sobre o sistema hidráulico■ Três diferentes versões para todas as classes de veículos■ Capacidade de operação em rede com sistemas de suporte ao

motorista e segurança

Conforto: a quarta geração do sistema inteligente é ainda mais econômica.

■ Maior conforto direcional, em segurança e dinâmico■ Força de acionamento individual da roda em uma fração

de segundo■ Arquitetura de sistemas simplificada

Um toque de pedal: o acionamento elétrico de carros pequenos e médios garante o movimento sem emissão de poluentes

■ 90 kW de potência máxima e 1.400 Nm de torque■ Aceleração de 0-100 km em nove segundos■ Apenas 43 kg de peso com a transmissão integrada

Barra de torção elétrica

Direção Servolectric

IAA / ZF

Como parece o futuro da mobilidade individual?Quais conceitos de mobilidade serão capazes de preservar mais recursos sem sacrificar o prazer e conforto de dirigir?

Mobilidade verde

36 América do Sul 1.2012

Como podemos avançar cortando rapidamente consumo de combustível e emissões de CO²? De queforma abordagens de potência por demanda tornamos acionamentos convencionais mais eficientes?

EficiênciaOs carros estão ficando cada vez mais pesados. Como sepode reverter essa tendência? Que componentes mais leves já ajudam a reduzir o peso dos veículos - e onde?

mais levesConstruções

Transmissão automática de 9 velociadades

Transmissão híbrida de 8 velocidades

Sistema de tração 4x4

Economia: nove velocidades na nova transmissão automáticapara carros de passeio ajudam a reduzir emissões de CO² de 10 a 16%.

■ Econômica e extremamente compacta■ Faixa de torque entre 280 e 480 Nm ■ Sistema modular flexível; capacidade híbrida e de função start-stop

Dois corações batendo: a versão híbrida total da transmissãoautomática de 8 marchas poupa até 25% de combustível.

■ Todos os componentes híbridos são integrados na mesma instalação

■ Até 1.100 Nm de torque■ Motor elétrico integrado, com capacidade de até 150 kW

Tração: acionamento da tração total sob demanda economiza combustível

■ 5% a menos no consumo em comparação com sistemas convencionais

■ Pode ser combinado com a transmissão automática de 9 velocidades■ Movimentos automáticos de esterçamento

37

IAA / ZF

Seguindo tendência de redução de CO²: estrutura MacPherson ultra-leve com wheel carriers integrados reduz peso extra.

■ Pesa apenas metade das estruturas convencionais em alumínio■ Alta funcionalidade e integração de componentes■ Uso de materiais como plástico, aço e alumínio

Espaço high-tech para o pé: o premiado pedal híbrido de freio é 50% mais leve que pedais convencionais

■ Construção híbrida de materiais plásticos injetados■ Produção econômica devido à redução de procedimentos■ Completamente reciclável

Pedal de freio de baixo peso

A adaptação de veículos para mercados específicos, grupos de clientes e usos especiais está se tornando mais e mais comum. Soluções customizadas na tecnologia de trem de força e chassis são necessárias.

Diversidade

Com as “Inovações de Grande Valor” a ZF oferecerá respostasàs questões prementes sobre a mobilidade do futuro.

Módulo estrutural de baixo peso

Leveza revolucionária: o chassi é 10 a 15% mais leve que um chassi de aço.

■ Mola plástica transversal para guia, estabilidade e suspensão■ Integração de componentes reduz a complexidade do eixo■ Melhores características de condução e economia de espaço,

sem custo adicional

Eixo com mola de folha transversal

38 América do Sul 1.2012

Trabalho pesadoTambém na água a ZF faz a diferença, quando se trata de sistemas de propulsão marítima. O mais recente

exemplo é o modelo ZF W 1800, fabricado no país

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MARINE

As embarcações de trabalho já têm mais um fortealiado nas operações do dia a dia, quando se tratade tecnologia de ponta em reversores e sistemas

de propulsão para navegação. No Brasil, o modelo de re-versor ZF W1800 é referência para uso em empurradores,especialmente na região amazônica, onde a navegação émais intensa, tanto para o transporte de cargas variadas(inclusive vivas), como de passageiros em travessias maislongas, que podem durar até quase uma semana. O modalhidroviário cumpre uma missão de vital importância nessaregião do país. ·

40 América do Sul 1.2012

41

MARINE

Segundo Milton Ceotto, gerente da uni-dade de negócios da ZF Sistemas dePropulsão Marítima, esse segmento tempotencial fantástico. “A ZF tem 69% demarket share, dos quais 64% são devendas diretas, com equipamentos deaté 2000 hp”, diz o executivo.

Na faixa de 800 hp, comenta ele, sóno Brasil a ZF tem 85% do mercado.Nesse segmento a ZF é líder mundialem tecnologia e em produção, com85% de participação no mercado na-cional, produzindo reversores parapotências entre 100 e 750 hp. Destetotal, 85% são destinados a operaçõesde trabalho, sendo que os 15% res-tantes para lazer. No Brasil, esse tipode equipamento tem seu uso 70%mais dedicado, como suporte a em-purradores, devido à robustez quese aplica melhor a operações demaior exigência.

A versão anterior dessa família de re-versores apresentava algumas dife-renças técnicas, que foram integral-mente modificadas para motores dessafaixa. Isso implicou na criação de umorganograma que obedeceu a um ca-lendário intensivo para obter certifi-cações dos processos tanto internas

quanto externas. As instituições cer-tificadoras foram elencadas, envol-vendo uma classificação técnica (ABS,BV, GL, IRS e RBNA) e a obtenção doregistro serial do equipamento, ambosem agosto de 2008. ·

A ZF Marine Sistemas de Propulsão, divisãoresponsável pela produção e fornecimentode transmissões para o segmento debarcos de trabalho e lazer, participou daNavalshore 2011 feira e conferência daindústria naval e offshore - realizada no Riode Janeiro (RJ). A apresentação contemplouuma variedade de novas soluções, comdestaque para a inédita transmissão ZFW11200, e a nova família KS de hélices depasso controlável.A nova transmissão ZF W11200 faz parte damoderna família ZF W11000, projetada paratrabalho contínuo e aplicação comercial.Indicada para ser utilizada com motores deaté 2.840 kW (3.800 hp) de potência,permite o acoplamento de diversosacessórios, como PTO, PTI, quebra de eixoe trolling, entre outros dispositivos.Já o novo hélice de passo controlável daSérie KS possui cubo com diâmetroreduzido para uma melhor eficiênciahidrodinâmica. A família é a que oferece omaior diâmetro do cubo para o melhordesempenho e fácil manutenção. Oshélices da Série KS estão disponíveis comdiâmetro de até 7,75 m e cubo de 1,55 m.Com pás projetadas para maximizar aeficiência e podem ser utilizados com osmotores de 350 kW e 10.000 kW.

NAVALSHORE 2011 COM

NOVIDADES ZF MARINE

42 América do Sul 1.2012

Também neste segmento a ZF é líder mundial em tecnologia e em produção

Tubo de sucçãode óleo montadoexterno à carcaça

Carcaça com nervuras paramaior rigideztorsional

Tampa de inspeçãocom Sacador de Bujão

Operacionalmente, o reversor apre-senta inúmeras soluções que o tornamuma opção de sucesso garantido nomercado nacional. O que contou afavor foi o fato de o time local conhe-cer profundamente as exigências dascondições de operação e navegabili-dade brasileira, seja em rios comoem mar. Para se ter idéia, somenteno Brasil o setor de comercial craftconsome cerca de 400 unidades porano. A frota da Amazônia é compostahoje por pelo menos 55 mil embarca-ções, das quais cerca de 10 mil utilizam

reversores na categoria do W1800. Éum trabalho muito pesado. Por essarazão, o design escolhido apresentamaior robustez, próprio para serviçoscontínuos, é mais confiável e simplesde instalar, possui transmissão marí-tima com reversor, equipada com em-breagens multidisco acionadas hidrau-licamente, além do fato de ser com-patível com todos os motores e siste-mas de propulsão e de ter o processode manufatura já enquadrado na ISO9001. “Com um mercado mais estável,acreditamos que podemos crescer

50% nessa gama de reversores de1800”, calcula Ceotto.

Características técnicas

O modelo ZF W 1800 tem muitas ca-racterísticas a serem destacadas. Acomeçar pela robusta estrutura dacarcaça, endurecida de ferro fundido,com engrenagens de alta precisãopara grande durabilidade e operaçãoeficiente. O mancal do eixo de saídaé projetado para o máximo aprovei-tamento em movimento, tanto parafrente como reverso.

43

MARINE

Os engates são hidráulicos, semtranco, fáceis de operar e confiáveis,com operação feita por alavanca decontrole para a utilização com caboempurrapuxa ou outro sistema ope-racional – somente nessa soluçãotécnica, a ZF garante ao operadoruma economia em torno de 20%dos custos de manutenção, por contado engate suave. Outras vantagenssão a adequação para a instalaçãode dois motores com a mesma es-pecificação, o acoplamento compa-tível com a motorização, a presença

de flange para o eixo do hélice econjunto de parafusos de acopla-mento, de braçadeiras de montagem,carcaças do tipo SAE 1 ou SAE 0 econtrole elétrico de embreagem (24VDC). A potência máxima de entradaé de 680 hp / 507 kW. Além de res-friador de óleo completo, com en-gates e mangueiras flexíveis; braça-deiras separadas individuais; boacapacidade de retorno em situaçõesde emergência e “free standing”.Como acessórios, o modelo agregacomando mecânico com molas de

duplo estágio, comando elétrico,PTO (tomada de força) permanentee com embreagem. E, no quesitoinovação, o ZF W 1800 também es-banjou criatividade, em respeitoaqueles que ficam horas a fio nacondução de embarcações. Porexemplo, componentes bicromati-zados, buchas de bronze (fabricadascom material nobre), novo desenhodo tubo de irrigação de óleo e tam-bém novo sistema de ajuste dos ei-xos, com calços variando de 0,10 a0,50 mm. �

44 América do Sul 1.2012

Pensando no

futuroLaboratório de desenvolvimento da ZF Sachs acompanha pesquisas mundiais

45

PESQUISA

m material excepcionalmente rígido(até cinco vezes mais que o aço), comincomparável resistência à tração e a

impactos, além de possuir ótima estabilidadetérmica, o plástico reforçado com fibra dearamida, mais conhecido pelo nome comercialKevlar, é um dos muitos materiais empregadosem revestimentos de embreagens produzidospela ZF Sachs, líder na produção de embrea-gens para veículos pesados. Uma soluçãodesse tipo está presente tanto nos foguetesda NASA quanto nos carros de Fórmula- 1ou em coletes à prova de bala. No universoautomotivo, o produto está embarcado tam-bém em ônibus e caminhões que rodampelas estradas brasileiras.

Responsável por desenvolvimentos comoesse, o Departamento de Desenvolvimentode Materiais de Fricção, localizado nas ins-talações da ZF Sachs no ABC Paulista, é oúnico do gênero no Brasil e também uma re-ferência mundial. Por causa dele, pode-seafirmar que o uso dessa tecnologia avançadaé fruto do alto grau de pesquisa de um dosmais modernos centros de desenvolvimentode revestimentos de embreagem do mundo.

A importância de um laboratório como essepara a indústria automotiva pode ser mensu-rada pela prestação de serviços a terceiros.Sempre que alguma montadora no Brasil ne-cessita checar a performance do revestimentode uma embreagem, recorre ao centro depesquisas da ZF Sachs, mesmo que o produtoa ser testado seja de outra marca. “Temoscomo diferencial que nossos materiais sãohomologados por todas as montadoras deveículos no país e do exterior”, diz o enge-nheiro Paulo Zanotto, gerente do centro depesquisas, acrescentando que a reputaçãodo laboratório não conhece fronteiras. ·

U

46 América do Sul 1.2012

Fórmula ideal

A pesquisa de materiais compostos dealta tecnologia é apenas um dos aspec-tos do trabalho realizado pelo labora-tório da ZF Sachs. Nem todas as em-breagens Sachs ganham revestimentosà base de fibra de aramida, mas existemoutras fibras igualmente resistentes.Outro segredo da alta qualidade doproduto é a perfeita combinação e ba-lanceamento de todos os “ingredientes”que entram na formulação do revesti-mento. Cada caso é um caso e pedeuma fórmula específica. Na maioriadas vezes, a fibra de vidro é o principalcomponente empregado na confecçãode revestimentos de embreagens.

A importância do atrito

O atrito é um efeito absolutamente in-dispensável para a eficiência de qualquerembreagem. Sem atrito, não haveriacomo o volante transmitir a força domotor para a caixa de câmbio e daípara as rodas. Mas o atrito pode tambémfazer papel de vilão: em caso de uso in-tenso do deslizamento o próprio atritogera o aquecimento excessivo e estecalor além da conta pode ocasionar

queda do atrito e o consequente desgasteprematuro do revestimento.

Um dos focos da pesquisa da ZF Sachsé encontrar, em cada demanda, a melhorrelação entre atrito e resistência dosmateriais empregados. Com a necessi-dade estabelecida, os pesquisadores par-tem para identificar os melhores mate-riais e combinações entre os ingredientesda fórmula. Segundo o engenheiro PauloZanotto, essa busca por matérias-primasé mundial. “Contamos muito com asparcerias dos nossos fornecedores mul-tinacionais e com universidades daquie do exterior”, esclarece.

Produção limpa

Até 2002, era comum no Brasil a confec-ção de revestimentos de embreagem combase em asbesto, uma fibra mineral pre-judicial à saúde e popularmente conhecidacomo amianto. Naquele ano, uma novalei baniria o amianto de todas as indústriasbrasileiras mas, bem antes disso, aindaem 1990, a ZF Sachs tomava a dianteira,eliminando o amianto de seus produtosdoze anos antes da exigência legal. Aempresa prossegue determinada a ter aprodução mais limpa e ecológica possível.Atualmente, aproximadamente 90% dosolvente envolvido no processo de fabri-cação de revestimentos é recuperado.Além disso, a ZF Sachs irá em 2012 im-plementar novo produto – S140, baseadoem tecnologia de extrusão, para a totaleliminação do solvente.

47

PESQUISA

Alta precisão

Segundo Paulo Zanotto, o “coração”do Desenvolvimento de Produto e Ma-teriais de Fricção da ZF Sachs é umcromatógrafo gasoso, com espectrômetrode massa de última geração. Este equi-pamento é extremamente sensível, sen-do capaz de identificar a mais diminutaalteração numa matéria-prima. “O equi-pamento é tão sensível que, com ele,conseguimos controlar se o fornecedorseguiu à risca nossa fórmula”, diz Za-notto. “Ele é tão preciso que podemosdetectar até qual é o fabricante de umaborracha, por exemplo.” Além disso, aempresa conta com 12 dinamômetrosinerciais importados da Alemanha. Tra-ta-se de máquinas equipadas com motorelétrico, que simulam as partidas deum carro na mesma rotação e tempe-ratura, com alta sensibilidade e confia-bilidade. “Os engenheiros usam os en-saios nestes equipamentos para fazerum filtro nas melhores formulaçõesque vão para os testes de campo. Comisso, ganhamos tempo e reduzimoscusto de desenvolvimento”. �

DO QUE É FEITO

O revestimento é composto, basica-

mente, por fibras estruturais (de aramida,

carbono ou vidro) impregnadas por um sis-

tema de resina sintética, borracha, sol-

vente, catalisadores e cargas minerais. A

função da fibra é conferir estrutura e resis-

tência à peça (no caso, o revestimento). A

resina é o elemento ligante, que junta

tudo. A carga mineral também ajuda na es-

truturação do conjunto. O catalisador é a

substância que fará a reação química, para

que a resina atinja o estado sólido, na du-

reza desejada. Já a borracha é como que

a “alma” do revestimento, pois é ela que

garante o atrito necessário para o volante

do motor transmitir seu movimento à

caixa de transmissão. Tanto esforço em

pesquisa tem resultados objetivos, ga-

rante Paulo Zanotto. “Nosso produto apre-

senta qualidade à toda prova, zelando pela

“saúde” da transmissão e do motor, e re-

conhecida durabilidade, acima da ofere-

cida por produtos similares concorrentes”,

desafia.

COMO É FEITO

À primeira vista, a produção do revesti-

mento lembra uma confecção de tecidos,

com seus muitos carretéis e fios esticados.

A fibra estrutural (de vidro, por exemplo) é

geralmente trançada, o que ajuda a distri-

buir em várias direções as tensões internas

da futura peça. O “cadarço” de fibra é

então impregnado de borracha e de resina.

Posteriormente, é distribuído em zigueza-

gue na forma do disco. A peça é, em se-

guida, prensada a quente, para que sua

superfície seja uniformizada. Depois, são

eliminadas as rebarbas e a peça segue para

as várias etapas de usinagem, que vão do

lixamento à perfuração para encaixe dos

parafusos de fixação. O material recebe

ainda verniz para reduzir a emissão de pó.

48 América do Sul 1.2012

49

COMPONENTES

Dos primeiros sanduíches feitos com restos de pneus

para conter a vibração do motor até a modernidade

do coxim hidráulico, um salto tecnológico

A evolução do

sanduíche

50 América do Sul 1.2012

Afunção básica de um coxim éposicionar corretamente o motordo veículo e atenuar seus ruídos

e vibrações. Quanto melhor isso for feito,maiores os níveis de conforto e segurança.Mostrando seu comprometimento como contínuo desenvolvimento de tecnolo-gias de ponta, a Divisão Boge Elastmetallapresenta um passo além do coxim hi-dráulico, com a introdução de um chipeletrônico nesse importante componente,destinado por enquanto somente a veí-culos leves e de passeio.

O coxim hidráulico, por sua vez, já re-presenta um salto tecnológico de relativaimportância, uma vez que sua aplicaçãoainda está restrita, em termos de Brasil,a poucos modelos de veículos, que ofe-recem uma preocupação acima da médiacom questões de conforto por vibraçõesou ruídos. O coxim hidráulico é formadopela mola principal, de borracha, seme-lhante ao coxim convencional. Esta parte

tem a função de, além de sustentar omotor, atenuar o ruído em alta rotação(ou alta freqüência). Abaixo da molaprincipal está uma câmara com fluidohidráulico que atua sobre a mola principalatravés da movimentação deste fluidoentre as câmaras inferior e superior. Issopermite o controle da movimentação domotor em uma condição específica de-terminada pelo projeto, como quando oveículo ingressa em uma ponte ou caiem um buraco. Segundo Marco Testa,gerente de Vendas da Divisão, a geraçãoanterior de coxim convencional era comoum cobertor curto: ou priorizava a vibra-ção ou valorizava o ruído.

Eletrônica embarcada

A última novidade tecnológica em nívelmundial,a respeito de coxins, é a ele-trônica embarcada pela Boge Elastmetall,ainda uma patente exclusiva do GrupoZF. O chip está ligado ao gerenciamentodo motor. Com isso, sensores ligados

ao motor e à carroceria leem a vibração,varrendo uma ampla faixa de frequên-cias e cobrindo desde a marcha lentaaté a alta rotação. Teoricamente, a so-lução vale para qualquer aplicação, masneste caso surgiu pela necessidade deatender o emprego de motores Ciclo--Diesel em veículos leves e de passeio.Sua aplicação em comerciais pesadosainda está longe do mercado. O própriocoxim hidráulico convencional, semeletrônica, ainda não é aplicado em ca-minhões ou ônibus. Como explica MarcoTesta, a razão para isso é que as cargase torques extremamente altos nos mo-tores Diesel não fazem tanta diferençade atenuação em relação ao coxim con-vencional, além da durabilidade ser me-nor, o que inviabiliza sua aplicação.As primeiras aplicações do coxim ele-trônico ocorreram nas plataformasVolkswagen do Golf e Passat / AudiA3 e A4. Na verdade, o que melhorexplica a aplicação de uma determi-

51

COMPONENTES

1 2 3

4 5 6

1 2 3

4 5 6

Coxim dianteiro do motor – comerciais

Bucha do olhal do amortecedor – automóveis

Bucha do eixo traseiro – automóveis

Bucha suspensãocabine – comerciais

Coxim “mola auxiliar” –comerciais

Bucha da suspensão – comerciais

Tecnologia em minúciasEm atividade no Brasil desde o ano de 2000, a Divisão ZF Boge Elastmetalldesenvolve e produz componentes de metal-borracha para veículos depasseio. Seus produtos são itens de controle de vibrações, como coxins demotor, buchas de suspensão, e demais ligações de metal-borracha. Atende asprincipais montadoras do país como Honda, Fiat, GM, Volkswagen, Ford,Volvo e Daimler, sendo umas das líderes neste segmento na América do Sul.

nada solução é a questão do custo-benefício. O coxim hidráulico temprodução mais complexa que o con-vencional. A produção de um coximhidráulico exige de onze a doze fer-ramentais para cada tipo de coxim, oque exige escala.

"A base da viabilidade é da ordem de200.000 unidades", esclarece Testa.De qualquer modo, toda tecnologia

está sempre de olho no futuro. Umcoxim hidráulico oferece uma reduçãode ruídos e vibrações muito superiorem relação a um coxim convencionalborracha/ metal. O componente reduzaté mesmo o ruído externo de passa-gem. Para um mercado como o brasi-leiro, formado em 60% por carrospopulares, um componente com talnível de sofisticação ainda está longede um custo- benefício favorável. �

52 América do Sul 1.2012

Uma década

de sucessoA ZF LEMFÖRDER completa 10 anos de conquistas no Brasil. Uma trajetória de

conquistas e de liderança em um mercado altamente competitivo

53

CORPORATIVO

uando se olha para um veículopronto o que se vê, em princí-pio, é a marca, o estilo e a cor.

No entanto, por trás do impacto visualexiste uma verdadeira tecnologia desistemas, peças e componentes queatuam em sinergia no seu interior, fa-zendo a estrutura se movimentar comprecisão. Tudo isso obra de um time deengenheiros e técnicos que opera mi-núcias, para que o motorista possa sim-plesmente girar a chave e partir.

Na verdade ninguém, em sã consciên-cia, fora esses especialistas e aficiona-dos, se interessa em saber certos deta-lhes, cálculos de precisão, de cargahorária em bancadas de testes, dosaperfeiçoamentos sofridos pelos com-ponentes que, genericamente, são cha-mados pelos leigos de “rebimbocas dasparafusetas” – para expressar a faltade entendimento em mecânica. Issopode ser engraçado para quem não édo ramo, mas o tempo e o custo empe-nhados na fabricação dos órgãos vitais,estruturas e articulações dos carros,representam muito para quem entendedo assunto. É muito apuro e uma ver-dadeira cruzada pela eficiência.

Esta é uma parte do que a Divisão ZFLemförder Tecnologia de Chassis paraVeículos, que acabou de completar 10anos no Brasil faz: peças e compo-nentes de direção e suspensão, quenão aparecem, mas que fazem toda adiferença na segurança, conforto, di-rigibilidade e na estrutura veicular.

Aliás, com muito sucesso. Apenas porcuriosidade, num automóvel de passeiopodem ser encontrados até 70 com-ponentes diferentes da ZF Lemförder,como rótulas de direção, barras de di-reção, braços de direção transversais,coxins de câmbio e de motor, buchasde braços de suspensão, reservatóriospara óleo hidráulico do conjunto di-reção, conjuntos de pedaleiras emplástico, sistemas de suspensão, e atéeixos completos entregues diretamentenas linhas de montagem das própriasmontadoras de veículos.

O início dos estudos de viabilidadepara a instalação da marca Lemförderno Brasil ocorreu no final de 1998.Constatou-se na época a defasagemtecnológica dos produtos fabricadosem nosso país, comparativamente aosfabricados pela Lemförder na Alema-nha. Isto nos dava a vantagem tecno-lógica em nosso mercado, o de pro-duzir componentes de suspensão edireção de acordo com o estado daarte, no projeto e na fabricação, exa-tamente o que buscavam fabricantesde automóveis e caminhões.

Mas foi no ano seguinte que a estrutu-ração da primeira unidade começouverdadeiramente, na capital paulista.“A fábrica ficou pronta em junho doano 2000 e, em outubro já estávamosentregando o primeiro lote de compo-nentes de direção para a Scania doBrasil”, relembra Wilson Honório Sa-patel, diretor geral. ·

Q

54 América do Sul 1.2012

De 2001 em diante a ZF Lemförderobteve sucessivamente as certificaçõesde seus sistemas de acordo com asnormas QS 9000, ISO 14000, ISO9001 – 2000 e ISO TS 16949 – 2000.

Em 2005, quando a Lemförder foi in-corporada como Divisão da ZF, a mar-ca já estava incomodando a concor-rência e conquistando, em pouco tem-po, a liderança no fornecimento decomponentes de direção e suspensãopara o mercado de montadoras deveículos comerciais instaladas no país.Esses resultados foram conquistadosgraças aos contínuos investimentosfeitos em tecnologia, processos pro-dutivos e treinamento para acompa-nhar, passo a passo, todos os lança-mentos da indústria automobilística,e atender às suas necessidades.

Para se ter uma ideia, de 2002 a 2006,as vendas saltaram de R$ 10 milhõespara mais de R$ 86 milhões, ganhoconsiderável para um espaço de tempotão pequeno. No período de cincoanos, a ZF Lemförder já concorriafortemente, e com muita vantagem,com outras duas grandes marcas exis-

tentes no mercado nacional de barrasde direção e suspensão. E já era líderum ano antes, com 54% de marketshare nas montadoras de veículos co-merciais. Atualmente detém 60%, emvalor, neste segmento. A partir de2006 registrou um incremento de104% nas vendas de peças para veí-culos comerciais e automóveis, emrelação a 2004. Em 2009, ano da crise,registrou crescimento de 20% nasvendas de peças para automóveis com-parativamente a 2008. A ZF Lemför-der assumiu em 2008 a liderança nomercado de peças de direção e sus-pensão para automóveis de passeiocom 28% de market share. A ZF Lem-förder vem sistematicamente amplian-do sua gama de clientes montadorastanto no mercado de veículos de pas-sageiros como também naquele deveículos comerciais, graças a sua van-tagem tecnológica não só no projetodo produto, como também nos seusprocessos de manufatura.

Melhoria contínua

Parcela desse desempenho tambémse deve à implantação do processo demelhoria contínua do mundialmenteconhecido conceito TPS (Toyota Pro-duction System) nas linhas de fabri-cação, processo este iniciado em 2005nas linhas de montagem de articula-ções de suspensão e terminais de di-reção fornecidos para a picape Hiluxe o automóvel Corolla. Isso rendeu à

Divisão ZF Lemförder o prêmio espe-cial “Atividades de Kaizen 2005”, damontadora. O reconhecimento foi feitodurante a quarta Conferência de For-necedores da Toyota, em 2006, pelofato de a implantação ter sido feitanum prazo recorde de apenas quatromeses e, face aos resultados obtidosna produtividade e qualidade.

Em 2007, com o crescimento do mer-cado automotivo e crescimento acele-rado no market share, as linhas deprodução da Divisão ZF Lemförderde Sorocaba já estavam insuficientespara dar conta da demanda, e neces-sitavam passar por uma expansão. Adecisão foi duplicar a área da fábrica,passando de 8.200 m² para 17.300m², com a construção de uma novaala, instalação de novas linhas de fa-bricação suficientes para dar suporteadequado ao crescimento das vendas.

A implantação do novo hall de produ-ção proporcionou tomar a decisão es-

55

CORPORATIVO

tratégica de se alterar por completoos processos de fabricação de peças.O conceito TPS foi estendido para to-dos os 17.300 m² do chão de fabrica,todos os conceitos de produção enxutaforam implementados, incluindo-se areorganização do layout das linhas, aimplantação do “one-piece-flow” (fluxode uma peça por vez), a eliminação

do acúmulo de peças entre os postosde trabalho, e dos desperdícios, au-mentar a produtividade e da qualidadedos produtos com processos que sóproduzem peças de acordo com as es-pecificações. Esse sistema, na prática,diminui a quantidade de material parauma peça em cada estação de trabalho,aumentando em 35% a produtividadedas linhas, sem custo adicional. “Ooperador transita entre as estaçõestransportando o componente e o montapor completo”, explica Sapatel. Alémdisso, a iniciativa também reduziu apossibilidade de erros na montagem,permitindo ao operador ter uma visãoampla de todo o processo produtivo.

A capacidade instalada passou de 4para 8 milhões de peças de chassis e

sistemas de suspensão por ano. Issotambém incentivou a criação de novospostos de trabalho, atualmente ocu-pados por 560 empregados. As obrasde ampliação da fábrica terminaramem janeiro de 2008 e consumiram in-vestimentos de R$ 8 milhões. Duranteo processo de ampliação, em maio de2007, a Divisão recebeu nova premia-ção, o “Toyota Cost Excellence Per-formance Award”, mais um reconhe-cimento por ganhos de competência.

Reposição

Além de dar suporte diretamente àsmontadoras do Brasil e da Argentina,dos mercados de exportação, a ZFLemförder também está presente nosegmento de reposição, com compo-nentes de direção e suspensão, com amesma superior qualidade das peçasfornecidas às montadoras. Nesse filãode mercado, que gera resultados inte-ressantes para os fornecedores da in-dústria automobilística, a ZF Lemför-der tem marcante presença no abas-tecimento de barras de ligação, reação,tirante da barra estabilizadora e ter-minais para a linha pesada, além detirantes de barra estabilizadora, ter-minais de direção e articulações desuspensão para a linha leve. Os pro-dutos da marca são comercializadosno mercado de reposição pela ZFSachs, com o devido suporte técnicoe promocional oferecido pela equipede pós-vendas. �

56 América do Sul 1.2012

57

TURISMO

Terra de imortaisDizer que Padova é um acervo de cultura, arte e beleza natural é pouco.Terra de imortais, a cidade foi palco de fatos importantes da história da humanidade, desde antes do império romano

58 América do Sul 1.2012

a extremidade oriental da re-gião do Vêneto, no norte daItália, fronteira com o Mar

Adriático, encontra-se uma das maisfascinantes cidades da Europa, Padova,patrimônio histórico e cultural da hu-manidade. Ela está situada em umavasta planície irrigada pelas baciasdos rios Brenta e Bacchiglioni e muitopróxima do Mar Adriático, quase notopo do “cano da bota”, a exatamente10 quilômetros das Colinas Euganee edistante 20 km da Laguna Veneta. Masnão é só por sua privilegiada geografiaque Padova – ou Pádua, em português– é especial. Ela tem “personalidadeprópria” e uma mistura ímpar de civi-lizações. Por onde se olha, a históriasalta aos olhos, nos fazendo pensarque talvez não tenha sido por acasoque nasceram ou viveram lá imortaiscomo o historiador Tito Livio, o poetaPetraca, os astrônomos Galileu Galileie Nicolau Copérnico, além do pintorGiotto e tantos outros.

Desde a pré-história, Padova é ricaem acontecimentos surpreendentes.Seu rico solo, tracejado por cursos deágua, guarda o registro arqueológicode invasões, batalhas e conquistas, es-critas por inúmeros povos que ante-cederam até mesmo a enorme fileirade imperadores romanos e seus cen-turiões. Há versão de que a região doVêneto foi colonizada, inicialmente,por volta do ano 1.000 A.C, pelos He-neti, um povo culto oriundo das pro-ximidades do Mar Negro, que tinhaidioma e escrita próprios. Essa civili-zação se fixou perto das colinas Euga-nee e se espalhou por toda a localidadeaté o altiplano dos Alpes – daí se ori-gina o dialeto falado até hoje.

N

59

TURISMO

Contudo, uma lenda que remonta aosséculos de XI a X A.C. atribui a fundaçãode Padova a um troiano, chamado An-tenor, que migrou para a região, apósescapar da destruição de Tróia. É umaversão romântica contada pelo povo,da qual nem todos gostam, pois háuma versão pela qual ele seria um trai-dor, responsável por ter introduzido ogrande cavalo na cidade grega. Mesmocercada de certo ceticismo, ainda estálá para ser vista a tumba de Antenor,em pleno centro da cidade. O pontozero de Padova surgiu exatamente nacurva do Rio Brenta, que na antiguidadechamava-se “Medoacus Minor”, localem que hoje se situa o ObservatórioAstronômico, onde Galileu Galilei pas-sou anos a fio espiando o céu. Registroshistóricos dão conta de que a coloniza-ção pelos romanos foi amistosa. Em226 A.C, os patavinos – povo de Pata-vium, em latim – firmaram uma aliançacom Roma contra a Gália Cisalpina(como eram chamadas as regiões alémdo Rio Pó). A iniciativa foi repetida naBatalha das Canas, para proteger a re-gião de nova invasão gálica, em 216A.C. Depois, em 91 A.C, outra vez ro-manos e patavinos lutaram lado a lado.A partir de então, em 49 A.C, a aliançase concretizou e Padova tornou-se fi-nalmente um município romano. Maso interesse de Roma não era casual.Fatores como sua localização estratégica,

próxima da sede do Império e caminhopara a Europa Ocidental, além da águaem abundância e o verde de seus cam-pos, levaram os romanos a olharemPadova com outros olhos. Por isso in-vestiram lá. Muitas vias, diques e canaisforam construídos e toda essa estruturafoi direcionada para Roma, além deligar a cidade com várias localidadesvizinhas, fato que fortaleceu sua eco-nomia – em especial, devido ao interessepela produção de lã, proveniente dasricas pastagens do planalto Asiago.

As vias intermodais

Assim, foi iniciada a malha viária regio-nal, expandindo as atividades de Padovapara além de suas fronteiras. Muitasdas mais famosas estradas romanascomo a Via Annia (ligava com Adria eAquiléia), a Via Medoaci (a Valsugana eao planalto de Asiago), a Via Astacus (aVicenza), a Via Aurelia (a Asolo) e a ViaApponense (aos centros termais das Co-linas Euganee, um dos centros turísticoslocais) até hoje estão lá. Com a decadênciae queda do império romano, Padova,como todo o Vêneto, sofreu repetidasinvasões bárbaras e muita devastação.A cidade foi pilhada e surrada a partirdo ano 452, inclusive pelos húngaros jáem 899. E também não tardou a ser do-minada pelo cristianismo. Já na BaixaIdade Média, Padova destacou-se comoCidade Livre, participando de lutas contrao germânico Frederico I, Barbarossa, ou“barba-ruiva”, cujo sonho era restauraros tempos áureos de Roma e tornar-seimperador do Sacro-Império Romano-Germânico e também rei da Itália (1152).Ele pretendia infiltrar-se com apoio daIgreja, aliando-se ao Papa Alexandre II,mas foi rechaçado e derrotado. ·

Por onde se olha,

a história salta aos

olhos, nos fazendo

pensar que talvez

não tenha sido

por acaso que

nasceram ouviveram lá imortais

como o historiador

Tito Livio, opoeta Petraca, os

astrônomos GalileuGalilei e NicolauCopérnico, além

do pintor Giottoe tantos outros.

60 América do Sul 1.2012

dação da República de Veneza em1405, a cidade foi integrada, apesarde continuar desenvolvendo um papelautônomo na cultura e na arte.

Mais guerras

Em 1509, Padova sofreu grande assédioe disputas territoriais. Passado o perigo,a cidade foi toda fortalecida com mu-ralhas conservadas até hoje. Contudo,nos idos de 1.797, Napoleão Bonaparte,que avançava por toda a Europa, ane-xou o Vêneto à Áustria. Mas, em feve-reiro de 1848 começou a insurreiçãocontra a dominação estrangeira, ini-ciada pelos estudantes universitários.Padova passou a fazer parte do Reinoda Itália somente em 1886, depois detravada a terceira guerra de indepen-dência na região. Na Primeira GuerraMundial a cidade virou quartel generaldas forças militares italianas. E foi naVilla de Mandria de Padova, na resi-dência do rei Vittorio Emanuel, quefoi firmado o armistício, em 1918. NaSegunda Grande Guerra, novamentea cidade destacou-se por abrigar umcentro de resistência nazifacista, contraa posição da Itália no conflito. Estu-dantes e professores assumiram a lutacriando a facção partigiana, feito quelevou a Universidade de Padova a serpremiada com a medalha de Ouro doValor Militar.

Percorrendo a cidade

Apesar dessa rica história, a cidadede Padova sempre foi informal nasua grandeza. O seu desenho urbanoé totalmente irregular, alternando lar-gas praças e pequenas ruelas pitores-cas, saídas de páginas de contos in-fantis, especialmente na zona do velhogueto, hoje totalmente restaurada e ofrenético centro de galerias de arte,lojas de antiguidades e cafés. Ali serespira arte.

Para quem gosta de visitar igrejas, valever a dos Eremitas (1276-1306), bom-

L’ateneo patavino

Um pouco após esse período ocorreua fundação da Universidade de Padova(1.222), ou “ateneu patavino”, umadas mais antigas da Itália e do mundo.Ali estudaram e lecionaram figurasproeminentes da história, como osastrônomos Nicolau Copérnico e Ga-lileu Galilei, William Harvey (médicoinglês que fez a primeira descriçãodo sistema circulatório), Giotto e Um-berto Boccioni, pintores e escultores,entre tantos outros. Desde então nadafoi igual e Padova tornou-se um centrocultural dos mais fascinantes da Eu-ropa, atraindo personagens de todosos lugares. A partir de 1.318, Padovafoi dominada pela família Carraresi,período em que a cidade atingiu seuápice cultural e viu surgir um mo-mento de fervor religioso, de ondeforam criados seus monumentos maisfamosos como o Palazzo Ragione, aBasílica de Santo Antonio, a Igrejados Eremitas, a Capela dos Scrovegni(com os afrescos do florentino Giottodi Bondone -1.266/1337). Com a fun-

61

TURISMO

bardeada na guerra e depois reconstruída,lá estão os afrescos de Andrea Mantegna.Há ainda a de São Nicolau, Basílica DelCarmine, Basílica e catedral e Battistero,Abadia de Santa Justina e dos Beneditinos,Basílica de Santo Antonio de Padova(mantém afrescos de vários pintores e élugar de peregrinos de todo o mundo),Capela dos Scrovegeni ou Capela Arena(onde estão as pinturas de Giotto, datadasde 1303 e 1305), entre outras.

Ao longo da via Garibaldi chega-se àfamosa Praça Cavour, onde se en-contra o Café Pedrocchi, uma obraprima da arquitetura neoclássica, deJappelli, datada de1831. No seu auge,a casa permanecia sempre aberta efreqüentada por nobres, intelectuais,literatos, estudantes, muitos dos quaisintegrantes de movimentos de liber-tação - o motim de 1848 teria sidoidealizado no local.

Próximo dali fica a sede histórica, de1493, da famosa Universidade conhe-cida como “o Bo”. Mas a pérola é o“studium”, a parte inicial do antigoAteneu, datada de 1222, idealizadapara promover estudos das leis, dasciências, medicina, filosofia, gramáticae literatura. Da Universidade, chega-se ao Palazzo della Ragione (1218/1306), na Praça das Ervas e Praça daFruta, locais de feiras da cidade ondese pode ver o restaurado Pórtico dellaGran Guardia, o Palazzo de Capitanioe a Torre do Relógio. O salão principaldo Palazzo della Ragione mostra osafrescos astrológicos do ciclo dos me-ses e pelo modelo linear dos cavalosde Gattamelata do artista Donatello -possui a maior sala suspensa da ar-quitetura antiga.

O Battistero del Duomo é outra atraçãosituada próxima aos locais das feiras.A primeira construção é do séculoXII, mas ele foi restaurado em 1552,mantendo suas características româ-

Para chegar a Padova e conhecê-la, osturistas podem utilizar trens, aviões, em-barcações, enfim o modo de transporteque preferirem. Afinal, sua vocação in-termodal vem desde o Império Romano.Depois, é só preparar-se para um mer-gulho na História. �

nicas de 1260. No interior, ainda seconservam os antigos afrescos de 1378de Giusto de Menabuoi.

Como em Padova tudo é grandeza, élá também que está a maior praça daEuropa: a Prato della Valle, com 88.620m², concluída em 1775 e palco dosgrandes eventos locais. Entre a praçae a Basílica de Santo Antonio vê-se oJardim Botânico, o mais antigo domundo, construído em 1585 e reco-nhecido pela Unesco, como Patrimônioda Humanidade. Afora tantos palácios,igrejas, castelos e uma infinidade decanais belíssimos, um dos maiorespontos de interesse turístico de Padovaencontra-se nas Colinas Euganee. Ointeresse é despertado pelas águas ter-mais, cujas propriedades terapêuticassão reconhecidas desde os antigos ro-manos. Nas colinas há o cultivo dasmelhores uvas para a produção de vi-nho da região. A gastronomia é fartaem caças, trufas, arroz, embutidos di-versos e um peculiar biscoito de farinhade milho, próprio do Vêneto.

MAIS INFORMAÇÕES

www.provincia.pd.itTurismo de [email protected](049) 8766860

62 América do Sul 1.2012

omo nem poderia deixar deser, até em função da expecta-tiva gerada pela confirmação

de sua chegada ao país, a DAF Trucks,uma empresa da Paccar, foi uma dasprincipais atrações na Fenatran emSão Paulo, a maior feira da indústriade caminhões da América do Sul. Amarca holandesa já anunciou, comantecedência de dois anos, uma linhade produtos com utilização de váriosfornecimentos ZF. De qualquer modo,a ampla variedade de componentesproduzidos pela ZF, de caixas de dire-ção a transmissões, passando por umimenso leque de opções, também podia

ser conferida nas linhas de produtosde marcas como Iveco, Mercedes-Benz, MAN/Volkswagen e Ford, bemcomo na novata Foton.

“Os caminhões DAF, desenvolvidospara o Brasil, serão montados em umanova fábrica de última geração, locali-zada em Ponta Grossa, com inauguraçãoprevista para 2013”, declarava no eventoMarco Antonio Davila, presidente damontadora. A DAF é líder de mercadonos Países Baixos, Bélgica, Grã-Bretanha,Polônia e Europa Central, e é a marcacom maior número de importações daAlemanha, França e Itália. Além disso,

Novos e

velhos

parceirosZF está presente nos grandeslançamentos de caminhões mostrados na feira do Anhembi. Nas marcas tradicionais e nas que chegam agora ao Brasil

C

63

FENATRAN

é o principal OEM de caminhões daAustrália, Nova Zelândia, Rússia, Tai-wan, África do Sul e Turquia.

A DAF exibiu sua linha completa deveículos, com as famílias LF, CF e XF,todas elas equipadas com diversos com-ponentes ZF. Mas seu carro-chefe parao mercado brasileiro, referência de tec-nologia, é o pesadão XF105, primeiroa entrar em produção na fábrica dePonta Grossa, PR. Indicado para trans-porte pesado de longa distância carrega,em sua montagem, itens como a em-breagem MFZ 430 WGTZ-SAX, com-ponentes de chassi como drag link e

tie rod, além de amortecedores de sus-pensão. O câmbio padrão será um ZFmanual de 16 velocidades, tendo câmbioautomático AS-Tronic como opcional.

E assim por diante. Além da motori-zação Euro V, uma das principaisatrações da nova linha Ford Cargo éa cabine, totalmente renovada. Porsinal, contando com amortecedoresde cabine ZF, além de itens comoembreagem MFZ 430 WGTZ-KZISZ-5, drag link, caixa de direção Servo-com e bomba hidráulica. Sua propostade oferecer veículos de tecnologiaavançada, com grande confiabilidade

e um bom custo-benefício, conta comgrande suporte dos componentes ZF.

"Esta é a maior Fenatran que já reali-zamos. E a primeira vez que mostra-mos o Novo Cargo para um públicotão grande. Temos muito que contarpara nossos clientes", diz OswaldoJardim, diretor de Operações de Ca-minhões da Ford América do Sul. Olançamento, grande novidade da em-presa, será uma das apostas da mon-tadora para manter o crescimentocontínuo nos próximos anos – no con-solidado de 2011, a empresa atingiu9,7% de crescimento. ·

DAF

64 América do Sul 1.2012

Destaque de líder

Entre caminhões Volkswagen e MAN,a MAN Latin America passa a ofereceruma linha com modelos de 5,5 a 74toneladas de peso bruto total, todosproduzidos no Brasil.

A MAN foi além da troca de motoresem seus produtos, que serão comer-cializados a partir de 2012. O conceitoAdvantech, criado pela montadora,traz para as linhas Delivery, Workere Constellation inúmeras inovações,que vão desde mudanças no designinterno e externo das cabines, até no-vos elementos eletrônicos que garan-tem aumento da vida da embreagem,redução do consumo de combustívele segurança na condução do veículo.

Todos os modelos da linha VolkswagenDelivery 2012 (5.150, 8.160 e 9.160) se-rão equipados com o moderno motorCummins ISF de 3,8 litros com sistemaSCR. Além do novo motor, a linha re-cebeu inovações como a transmissãoZF S5 420 HD, de cinco marchas comacionamento a cabo, e embreagem comdiâmetro de 330 mm. Ambas garantematributos como robustez, durabilidadee flexibilidade, ideal para operações ur-

banas, com mais conforto, minimizandovibrações, ruído e o esforço na alavancadurante a mudança das marchas.

Os modelos de 280 cv da linha Cons-tellation (17.280 e 24.280) receberamuma nova transmissão mecânica ZF9S 1010 de nove velocidades, comcomando por cabos e servoassistência,para maior conforto do motorista emaior durabilidade do sistema. Onovo acionamento a cabo com H so-breposto, acionado por tecla pneu-mática, simplifica a troca de marchas,trazendo uma lógica de segurançaque impede equívocos na mudança edanos à caixa de transmissão.

Indicados nas operações fora-de-estrada, construção civil e vocacionais,os modelos 6x4 com motorização de260 ou 280 cavalos também são equi-pados com novo conjunto motor-trans-missão com o motor MAN D08 com6,9 litros, seis cilindros e nova trans-missão ZF mecânica, de 16 velocidadessincronizadas, com comando por cabos. A inovação de trem de força tambémchega aos potentes VW Constellation17.330 e 24.330 6x2, indicados paraoperações rodoviárias e de distribuição.

A nova transmissão mecânica ZF 16S1585 de novo acionamento a cabocom H sobreposto, acionado por teclapneumática, simplifica a comutaçãode marchas, impede erros na troca edanos à caixa de transmissão, commaior produtividade para o motoristae durabilidade para o sistema.

Os cavalos mecânicos com potênciade 390 cavalos estão equipados coma já conhecida transmissão ZF 16S1685 TD, com refrigerador de óleo,com 16 marchas à frente e duas a ré.O acionamento é por cabo com H so-breposto, com fácil e seguro engatedas marchas.

Mas a MAN apresenta suas principaisnovidades no segmento de caminhõesextrapesados: os cavalos mecânicosMAN TGX e TGS “made in Brazil”. Aproposta chega aos consumidores atra-

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FENATRAN

vés dos modelos TGX 29.440 6x4 e33.440 6x4, que serão comercializadosa partir de 2012.

O motor MAN D26 tem 12,4 litros, seiscilindros e 440 cavalos de potência. Atransmissão automatizada de 16 velo-cidades TipMatic (na verdade, AS-Tro-nic) garante maior facilidade ao moto-rista e maior economia de combustível.Na versão manual, o caminhão MANtem acionamento de transmissão a cabocom H sobreposto. Operada por teclalocalizada na alavanca de câmbio, sim-plifica a troca de marchas e aumenta oconforto para o motorista. A linha TGS,inicialmente com motor de 480 cv depotência, utiliza a robusta transmissãoZF de 16 marchas.

Importante endosso a esse lançamentovem do cliente Megabiaga, fusão dastransportadoras espanholas Megacon-

tainer e Transbiaga, e a primeira em-presa no Brasil a receber caminhõesMAN para suas operações. Quatrounidades do modelo TGX 33.540 6x4e dois veículos TGS 33.540 6x6, ambosequipados com transmissão ZF AS-Tronic foram especialmente importa-dos da Alemanha.

AS-Tronic em escala

A Iveco trouxe como destaque de linhao novo caminhão extrapesado StralisAS, que tem cabine maior que o Stralisnormal e novos motores. E trata-se daprimeira montadora a utilizar a trans-missão AS Tronic de maneira maisgeneralizada em sua linha de cami-nhões. A marca italiana realizou naFenatran 2011 o preview de sua novageração de caminhões, batizada Eco-line, com a qual vai renovar toda sualinha à venda no Brasil, a ser lançadaentre 2012 e 2014.

O Iveco Stralis AS traz ao Brasil, comexclusividade mundial, uma nova ca-bine que inclui um painel de designelegante e envolvente. As motorizaçõessão novas e incluem versão com 560cve 2.500Nm de torque, a mais forte domercado dos extrapesados. Depois daexibição na Fenatran, os modelos serãolançados no mercado, trazendo novascabines e novos interiores mais mo-dernos, modificações mecânicas dechassi, suspensão, novos sistemas elé-tricos e pneumáticos e detalhes esté-ticos que alcançam todas as famíliasde produtos da marca. Além disso, asvariações da gama são mais numerosas.Das atuais 85 possibilidades de pro-dutos Iveco (contando apenas família,cabine, motores, transmissões e chassi),a nova geração Ecoline dá um saltopara mais de 140 versões.

Toda a família será produzida na fá-brica da empresa em Sete Lagoas(MG), o que significa que os veículospoderão ser financiados pelo Finame.Serão importadas apenas algumas ver-sões destinadas a aplicações especiais.“Com a linha Ecoline, vamos ratificara excelência de nossos produtos e,com eles, a Iveco pretende continuarcrescendo mais que o mercado”, disseMarco Mazzu, presidente da empresa.

O novíssimo Stralis AS, de ActiveSpace, chega com motores de 440, 480e 560 cv, transmissão automatizadaEurotronic (AS Tronic) de série e tração4x2, 6x2 e 6x4. O Iveco Stralis atualcontinua com o confiável motor Iveco-FPT Cursor 13, mas com novas potên-cias de 400 e 440cv. Haverá uma novaversão, com motor de 9 litros e 360cv.O câmbio automatizado, ZF AS Tronic,é opcional para todos os modelos.

O leve Daily traz muitas novidades,como a transmissão, agora ZF, de seismarchas. A economia de combustívelé de 8% sobre a versão anterior. ·

Os caminhões brasileiros dão show de tecnologia e sofisticação

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66 América do Sul 1.2012

E no semipesado Tector a cabine temopção de teto alto e o interior foi mo-dificado. A nova suspensão de cabinetraz maior conforto. Os novos motoresestão mais potentes (220 e 280cv, comturbo Waste Gate) e oferecem maiorelasticidade. Na versão de 24 toneladas,o câmbio ZF sincronizado agora temsistema single H (marchas sobrepostasem H, para melhor ergonomia, de-sempenho e conforto ao motorista).O Iveco Cursor, pesado para a faixade entrada na categoria ganha maiorcapacidade de carga, elevada para48,5 toneladas. E tem a mesma caixa.

A gama Trakker recebeu novos moto-res de 360, 440 e 480cv (com turboWaste Gate) para as configurações6x4 e 8x4, com muito mais torque. Ocâmbio mecânico é ZF e o automati-zado Eurotronic é opcional para todosos modelos. Haverá também uma ver-são com motor de 9 litros e 360cv.

Renovação completa

De forma inédita, a Mercedes-Benzlançou, simultaneamente, um novoportfólio de caminhões, ônibus e co-merciais leves, padronizando visual-mente toda a sua linha de caminhões,com as famílias Accelo, Atego, Axor,

Actros e Atron. Com design arrojado, onovo Sprinter oferece mais conforto,segurança e capacidade de transporte.“Não estamos apenas modernizando,atualizando e melhorando os nossosprodutos. Muito além disso, uma novaMercedes-Benz está surgindo, aindamais forte e competitiva“, promete JürgenZiegler, presidente da Mercedes-Benzdo Brasil e CEO para a América Latina.

Para caminhões e ônibus, a empresairá utilizar a tecnologia BlueTec 5, comSCR, amplamente testada durante maisde três anos. Foram mais de 52 milhoras de testes em bancos de prova ecerca de 10.500.000 quilômetros de

testes de durabilidade em veículos,sendo 6.500.000 quilômetros com ca-minhões. Mais de 100 veículos foramutilizados nos testes de operação, nasmais diferentes e severas condições.BlueEFFICIENCY é a solução da Mer-cedes-Benz para o Sprinter, com EGR.

Enquanto o destaque ZF no Sprinteré a transmissão 6S-450, o Actros, topde linha da marca, é representadotambém por componentes como aembreagem MFZ 2/400 WGTZ, itensde chassi como drag link, tie rod e V-link, amortecedores de suspensão ecabine, além de caixa de direção Ser-vocom e bomba hidráulica. �

A Foton Aumark do Brasil, que fez seu lançamento oficial durante a Fenatran 2011, oferecetrês veículos da faixa leve, os modelos 1031, 1051 e 1089, com PBT (Peso Bruto Total) de3.5, 6.5 e 8.5 toneladas, respectivamente. Principalmente no caso do semileve 1031, a

presença da transmissão ZF5S-400, com over drive eentrada para tomada de força,é anunciada como um dosgrandes atrativos do veículo,como forma de aproximar omercado de um produto quechega prometendo muitaeficiência operacional e baixocusto. Ao fazer com que omotor trabalhe em menorrotação, a caixa aumenta,assim, sua vida útil

SURPRESA CHINESA

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ontem

ontem...

Marcha rápida

hojee

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Fazem mais de 50 anos desde que a Maserati 3500 GT representou o encanto da palavra

automóvel. O Príncipe Rainier III de Monaco e atores como Tony Cutis e Anthony Quinn

dirigiram esse carro em algum momento. Em sua fase de ouro, foi um dos carros esportivos

mais admirados do mundo. Desde essa época, o 3500 GT tornou-se um clássico atemporal. Do

conhecimento de poucos, no entanto é que era uma transmissão ZF de 4 marchas que conduzia

o motor de 220 HP na estrada.

Enquanto colecionadores desembolsam grandes quantias porautomóveis em condição original, a Maserati continuaescolhendo transmissões ZF para todos os seus modelos:Quattroporte, Gran Turismo (foto) e GranCabrio são equipadoscom a transmissão automática ZF de 6 marchas.

O lançamento do primeiro satélite Sputnik deu início àcorrida espacial, o musical “West Side Story” estreavaem New York, e a famosa fabricante de carros decorrida Maserati iniciava a produção em série de carrosesporte. O fabricante italiano revelava o 3500 GT paraum estrondoso sucesso no Geneva Motor Show.

A transmissão ZF Synchroma S 4-17 ajudou a maximizar o

prazer de dirigir e o conforto de um Maserati.

Esta transmissão manual para carros esporte e de passeio tem

quatro marchas à frente e uma à ré. Para o 3500 GT, a ZF

disponibiliza a transmissão de aproximadamente 35-kg (77-lb)

em uma configuração adequada para alavanca no assoalho.

Ao descrever a S 4-17, seus projetistas enfatizaram que “o

funcionamento excepcionalmente macio da transmissão é

alcançado com o uso de engrenagens helicoidais.”

hojee