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Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo Fundação de Desenvolvimento Administrativo - FUNDAP Curso de Especialização de Gestão Pública em Saúde Yara Aparecida Amâncio de Oliveira A educação à distância, com o método Moodle como ferramenta, na capacitação e treinamento continuado de agentes auditores da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo São Paulo 2009

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Page 1: Yara Aparecida Amâncio de Oliveiraii Yara Aparecida Amâncio de Oliveira A educação à distância, com o método Moodle como ferramenta, na capacitação e treinamento continuado

Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo Fundação de Desenvolvimento Administrativo - FUNDAP

Curso de Especialização de Gestão Pública em Saúde

Yara Aparecida Amâncio de Oliveira

A educação à distância, com o método Moodle como

ferramenta, na capacitação e treinamento continuado de

agentes auditores da Secretaria de Estado da Saúde de São

Paulo

São Paulo 2009

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Yara Aparecida Amâncio de Oliveira

A educação à distância, com o método Moodle como

ferramenta, na capacitação e treinamento continuado de

agentes auditores da Secretaria de Estado da Saúde de São

Paulo

Trabalho de conclusão do

Curso de Especialização de Gestão Pública em Saúde

Apresentando à Fundação do Desenvolvimento Administrativo

FUNDAP

Orientadora: Dra. Luciana Reis Carpanez

São Paulo

2009

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DEDICATÓRIA

A Roberto Gomes Nogueira, por fazer parte de minha vida, por seu apoio e inspiração no amadurecimento dos meus conhecimentos e conceitos que me levaram à execução e à conclusão deste trabalho.

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Agradecimentos

Ao Dr. Benedicto Accácio Borges Neto - pela orientação e incentivo em minha vida profissional. Ao Dr. Vanderlei Soares Moya - pela orientação, amizade, carinho que partilhamos. Ao Dr Valdecir Carlos Tadei - pelo carinho que sempre me dedicou, com muita admiração. A Vera Lucia Romero Fiorim Marcelino – pelo carinho e força, e por estarmos sempre juntas nos momentos mais importantes. A Dra. Luciana Reis Carpanez – pelo seu incentivo e paciência em me orientar. Ao Dreyf de Assis Gonçalves – pela sua gentileza, solidariedade , e responsabilidade no trato com o interesse público. Ao Luiz Caetano – pela inestimável ajuda com o Moodle. Tânia Bekesz - pelo incentivo nesta jornada.

Às minhas filhas, Marilia e Marcella pela maravilhosa oportunidade de ser mãe,

razão de todo este esforço.

In memorian: à minha mãe ,Dona Felícia, e ao meu pai, Manoel, por terem me transmitido tanto amor.

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RESUMO

A saúde é uma grande preocupação individual, social, econômica e política. O

Sistema Único de Saúde do Brasil foi instituído e regulamentado nos anos

1990, trazendo consigo a descentralização dos serviços e ações de saúde,

acarretando a responsabilidade administrativa destas atividades a todos os

níveis governamentais. Nesta condição, é enfatizada a importância do papel

das controladorias, cristalizada no Sistema Nacional de Auditoria. Além disso,

novas tecnologias permitem aos usuários tomar melhor conhecimento de seus

direitos à saúde. A função das auditorias, coerente com suas atribuições

conceituais, também é a de, alem de fiscalizar gastos e custos, buscar manter

a qualidade dos serviços de saúde prestados. Na atualidade, um grande

desafio de grandes organizações, é conseguir manter boa comunicação interna

entre seus membros. Uma solução para este problema é a utilização de

recursos tecnológicos para construir um bom sistema de comunicação

eletrônica, surgindo assim, a proposta da utilização da Educação à Distância

(EAD), tendo como ferramenta o sistema Moodle, para que, num Ambiente

Virtual de Colaboração, destinado à Comunicação e Gestão de Conhecimento,

seja possível oferecer capacitação e treinamento contínuo aos agentes de

auditoria. Estas expertises permitem um controle transparente dos serviços de

saúde, aumentando a credibilidade da função pública, e elevando o próprio

conceito de cidadania. Neste trabalho, o objetivo é capacitar os agentes

envolvidos da Auditoria da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo,

utilizando como ferramenta a Educação à Distância pelo método Moodle. Para

isto, é proposto capacitar no método Moodle, oferecer treinamento específico

de auditoria e conhecimento de normas e regulamentos, além de manter

permanente atualização dos agentes de auditoria. A introdução do método

Moodle e a construção do Curso para agentes auditores serão feitas

progressivamente, com o cuidado de avaliações tanto do conhecimento

adquirido pelos alunos, como da atividade dos promotores da metodologia. O

Moodle é considerado uma excelente ferramenta da Educação à Distância, por

se tratar de método que envolve o conceito de construtivismo social, baseado

nas teorias de Piaget, que foi proposto por Dougiamas, da Universidade de

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Curlin, na Austrália, e hoje é utilizado em mais de 200 países, e traduzido para

mais de 78 línguas. É distribuído gratuitamente, e seu uso é estimulado pelos

grandes centros universitários. Com esta ferramenta é proposto um projeto

para instituir a Educação à Distância utilizando-se do Moodle, no âmbito da

Auditoria da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

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LISTA DE ABREVIAÇÕES

AVA – Ambiente Virtual de Aprendizado

cdr – extensão para arquivos CorelDraw

CD-ROM – Compact Disc Read-Only Memory

doc – extensão de nome de arquivos de editor de texto

DTR – Departamento Regional de Saúde

EAD – Educação à Distância

gif – formato para intercâmbio de gráficos

INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social

Moodle – Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment

pdf – portable document format

SGA – Sistema de Gerenciamento de Aprendizagem

SGC – Sistema de Gerenciamento de Cursos

SNA – Sistema Nacional de Auditoria

SUS – Sistema Único de Saúde

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 01

2. REFERENCIAL TEÓRICO 03

2.1. O SUS e a Auditoria. 03

2.2. Educação à distância. 07

2.3. A infra-estrutura e os recursos. 11

2.4. O Moodle 14

3. OBJETIVOS 18

3.1. Objetivo geral 18

3.2. Objetivos específicos 18

3. METODOLOGIA 19

4. RESULTADO – UMA PROPOSTA DE PROJETO 21

4.1. Proposta de projeto 21

4.2. Detalhamento do projeto 21

5. CONCLUSÃO 24

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 26

7. DOCUMENTAÇÃO CONSULTADA 29

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1. INTRODUÇÃO

A saúde é uma grande preocupação individual, social, econômica e política.

Com o objetivo de oferecer um atendimento melhor e mais global, até como

resultado das Conferências Internacionais de Promoção da Saúde, o Sistema

Único de Saúde, no Brasil foi regulamentado pela Lei 8.080/90, que traz no seu

artigo terceiro os termos integrantes do conceito de Saúde, fruto de discussões

na 8ª Conferência Internacional, como consta nas Cartas de Promoção da

Saúde.

O SUS, definido como um sistema, tendo em vista a disposição das partes de

um todo coordenadas entre si, está organizado de forma a ser composto por

várias estruturas integradas, que funcionam cada uma como pré-requisito de

outras. Nestes termos, é enfatizado o papel exercido pelas atividades de

Controle, Avaliação e Auditoria do Sistema Nacional de Auditoria (SNA), como

um importante pilar na estrutura do SUS (O SUS, 2008).

O SUS trouxe uma inovação peculiar na política governamental do setor de

saúde no Brasil, que foi descentralização das ações e serviços de saúde, cujas

funções administrativas passaram para a responsabilidade dos governos

estaduais e municipais, com a efetiva participação da sociedade, através de

conselhos de saúde. Por ser um sistema público, tem seus recursos financeiros

provenientes da sociedade, o que obriga a uma maior responsabilidade na sua

utilização e na prestação das contas. Além disso, novas tecnologias em

informação têm facilitado aos usuários o conhecimento dos seus direitos à

saúde (O Sistema Público de Saúde Brasileiro, 2008).

A capacidade de incrementar as ações de saúde e o impacto causado por elas

exige cada vez mais a intervenção das atividades reguladoras do SNA. A

execução dessas atividades causa melhor planejamento das ações e da

prestação dos serviços, obrigando os gestores de saúde ao cumprimento dos

princípios constitucionais de eqüidade e universalidade.

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Este cenário mostra que as atividades de Controle, Avaliação e Auditoria

precisam funcionar coerentemente em seus conceitos, atribuições e

delimitações. E estas atribuições vão além da fiscalização e da regulação dos

recursos financeiros, pois objetivam também a qualidade da assistência à

saúde.

O grande desafio das organizações no mundo moderno é conseguir uma

comunicação interna horizontal, eficiente e rápida. Com o objetivo de

apresentar uma solução para este problema utilizando recursos tecnológicos e

um sistema de comunicação eletrônico, surgiu, assim, a proposta para uma

experimentação inovadora - utilizar o Sistema Moodle como um Ambiente

Virtual de Colaboração, destinado à Comunicação e Gestão do Conhecimento,

envolvendo todos os agentes-auditores e departamentos, entendendo que,

desta forma, todos os agentes-auditores passariam a conhecer, utilizando na

sua prática diária, o ambiente que serve de suporte para o conhecimento e

aprendizado de protocolos e tirar dúvidas.

Cada departamento regional de saúde ganharia um espaço virtual no Moodle

com o mesmo nome do departamento. Neste espaço todos do departamento

deveriam trabalhar com as informações dos projetos, arquivando documentos e

atas de reunião, e conversando através de fóruns e chats, de tal forma que o

próprio trabalho do dia-a-dia permitisse que as informações geradas ficassem

armazenadas no ambiente virtual e acessível a todos os colaboradores.

Isto tornaria mais fácil e ágil a criação de soluções para tomada de decisão,

com economia significativa de decisões em todas as etapas dos processos,

com a grande vantagem de organizar as informações, sempre atualizadas, em

um espaço único, dispensando o trabalho de realimentação dos sistemas. Além

disso, é uma solução de baixo custo, e que conseguiria fazer chegar com

eficácia a instrução ou informação necessária. É de baixo custo, pois não tem

despesas de viagem para treinamentos presenciais, e reduz tempo para formar

pessoas capacitadas, além de eliminar ou reduzir significativamente a

necessidade de uma sala e de instrutores.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. SUS e a Auditoria

A assistência à saúde até a criação do SUS, no âmbito federal, era prestada

pelo Ministério da Previdência e Assistência Social através do Instituto Nacional

de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). O INAMPS possuía

postos próprios de atendimento médico para assistência ambulatorial, e

hospitais próprios, para executar as ações de saúde. Para complementar a sua

estrutura assistencial, o INAMPS contratava hospitais privados e promovia

convênios com sindicatos ou outras entidades que também atuavam na área

da saúde.

Havia, na antiga estrutura do INAMPS, o setor de Controle e Avaliação, que

revisava os prontuários médicos dos hospitais contratados, os boletins de

produção ambulatorial das clínicas contratadas e conveniadas, sempre

previamente ao pagamento. Esse setor também realizava a avaliação das

estruturas físicas de unidades que se propunham a serem prestadoras de

serviços de saúde para o INAMPS.

Não existia oficialmente a estrutura de Auditoria, embora algumas ações,

impropriamente ditas de Controle e Avaliação, fossem de Auditoria. O Sistema

Nacional de Auditoria (SNA) foi instituído pela Lei nº 8.689, de 27 de julho de

1993, que extinguiu o INAMPS e atribuiu competência para essa função ao

Ministério da Saúde, fundamentada na Constituição Federal pelas Leis nº 8.080

e nº 8.142. As atividades de Controle, Avaliação e Auditoria do SNA são

também desenvolvidas nas secretarias de saúde estaduais e municipais. No

Estado de São Paulo, elas são desenvolvidas na sede da Secretaria de Estado

da Saúde, e tem representação nas sedes dos 17 Departamentos Regionais de

Saúde - DRS (Carvalho, 2006).

Com a extinção do INAMPS, todos seus recursos humanos passaram para o

Ministério da Saúde. Com isso, houve também uma mudança da forma de

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pagamentos. Se antes o INAMPS pagava diretamente os prestadores de

serviços, agora o Ministério da Saúde passa a pagar por intermédio das

secretarias de saúde estaduais e municipais, isto baseado no conceito de

descentralização observado pelo SUS, como direção única em cada esfera de

governo.

A descentralização deu autonomia para estados e municípios, obrigando ao

governo federal utilizar-se dos mecanismos de regulação e fiscalização,

introduzidos pelo Controle, Avaliação e Auditoria no Ministério da Saúde e nas

Secretarias de Estado da Saúde das Secretarias Municipais de Saúde. Embora

estas entidades sejam os gestores, o maior executor das ações e serviços de

saúde é o município, baseado no princípio constitucional da descentralização

da saúde.

Porém, esta autonomia apresenta um caráter paradoxal na prática, dado que

os estados e municípios são subordinados a todas as normas do Ministério da

Saúde e às suas formas de fiscalização, regulação e pagamento. O SUS teve

sua implantação dificultada e muitas vezes até equivocada, pela amplitude de

sua abrangência em todo o território nacional, e pela necessidade

constitucional de uniformização das suas diretrizes e princípios. A tentativa de

corrigir distorções no âmbito do SUS, para contemplar necessidades

específicas na área da saúde, tem como resultado a extensa legislação editada

pelo Ministério da Saúde, além de várias referências na Constituição Federal, e

inúmeras Leis e Decretos relativos à saúde (Santos, 2000).

A Lei nº 8.689 de 27 de julho de 1993, em seu art. 6º, consolida o SNA pelo

seguinte texto: Fica instituído no âmbito do Ministério da Saúde, o Sistema Nacional

de Auditoria de que tratam o Inciso XIX do art. 16 e o § 4º do art. 33 da Lei nº 8.080,

de 19 de setembro de 1990.

Em 29 de setembro de 1995, o Decreto Federal nº 1.651 regulamenta o

Sistema Nacional de Auditoria, no âmbito do Sistema Único de Saúde, e em

seu 2º artigo especifica:

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“O SNA exercerá sobre as ações e serviços desenvolvidos no âmbito do SUS, as

atividades de:

1. Controle da execução para verificar a sua conformidade com os padrões

estabelecidos ou detectar situações que exijam maior aprofundamento;

2. Avaliação da estrutura, dos processos aplicados e dos resultados alcançados,

para aferir sua adequação aos critérios e parâmetros exigidos de eficiência,

eficácia e efetividade;

3. Auditoria da regularidade dos procedimentos praticados por pessoas naturais e

jurídicas, mediante exame analítico e pericial”.

E, em seu art. 5º, estabelece as competências governamentais:

“Observadas a Constituição Federal, as Constituições dos Estados Membros e as Leis

Orgânicas do Distrito Federal e dos municípios, compete ao SNA verificar, por

intermédio dos órgãos que o integram:

1. No plano federal:

a. A aplicação dos recursos transferidos aos Estados e municípios

mediante análise dos relatórios de gestão que tratam o art. 4º, inciso IV,

da Lei nº 8.142 de 28 de dezembro de 1990, e o art. 5º do Decreto nº

1.232, de 30 de agosto de 1994.

b. As ações e serviços de saúde de abrangência nacional, em

conformidade com a política nacional de saúde e os serviços de saúde

sob sua gestão.

c. Os sistemas estaduais de saúde.

d. As ações métodos e instrumentos implementados pelo órgão estadual

de Controle, Avaliação e Auditoria.

2. No plano estadual:

a. A aplicação dos recursos estaduais repassados aos municípios de

conformidade com a legislação específica de cada unidade federada.

b. As ações e serviços previstos no plano estadual de saúde.

c. Os serviços de saúde sob sua gestão sejam públicos ou privados,

contratados ou conveniados.

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d. Os sistemas municipais de saúde e os consórcios intermunicipais de

saúde.

e. As ações, métodos e instrumentos implementados pelos órgãos

municipais de Controle, Avaliação e Auditoria.

3. No plano municipal:

a. As ações e serviços estabelecidos no plano municipal de saúde;

b. Os serviços de saúde sob sua gestão sejam públicos ou privados,

contratados ou conveniados.

c. As ações e serviços desenvolvidos por consórcio intermunicipal ao qual

esteja o Município associado”.

Auditoria em saúde é definida como o exame sistemático e independente dos

fatos obtidos através da observação, medição, ensaio ou outras técnicas

apropriadas, de uma atividade, elemento ou sistema, para verificar a

adequação aos requisitos preconizados pelas leis e normas vigentes, e

determinar se as ações de saúde e seus resultados estão de acordo com as

disposições planejadas.

São finalidades da auditoria:

1. Aferir a preservação dos padrões estabelecidos e proceder ao

levantamento de dados que permitam ao SNA conhecer a qualidade,

a quantidade, os custos e os gastos da atenção à saúde.

2. Avaliar objetivamente os elementos componentes dos processos da

instituição, serviço ou sistema auditado, objetivando a melhoria dos

procedimentos, através da detecção de desvios dos padrões

estabelecidos.

3. Avaliar a qualidade, a propriedade e a efetividade dos serviços de

saúde prestados à população, visando a melhoria progressiva da

assistência à saúde.

4. Produzir informações para subsidiar o planejamento das ações que

contribuam para o aperfeiçoamento do SUS e para a satisfação do

usuário.

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A participação da auditoria é de suma importância para a saúde do cidadão,

pois o atendimento adequado e a educação para a medicina contribuem para o

desenvolvimento do país. É importante para distribuir adequadamente o

atendimento, de forma que todos possam ter acesso aos procedimentos

médicos primários, secundários e terciários, e propiciando um atendimento

homogêneo mesmo que numa estrutura com assimetria na distribuição dos

recursos. Nunca é demais enfatizar a importância da auditoria avaliando a

utilização dos recursos públicos e a qualidade do serviço prestado ao usuário.

A Auditoria também tem caráter educativo e orientador, pois propicia

diagnóstico para correção de distorções, e identifica inadequações das normas

e as fraudes.

Em virtude de mudanças ocorridas na economia, tecnologia, e na ciência, as

situações vivenciadas pelas organizações governamentais são cada vez mais

complexas Como conseqüência imediata, exige-se cada vez mais a

qualificação do profissional em auditoria, para atender de forma satisfatória às

exigências da sociedade.

2.2. Educação à distância Considera-se o início da EAD, quando, por volta de 1850, agricultores e

pecuaristas europeus aprendiam por correspondência como plantar ou qual a

melhor forma de cuidar do rebanho. Essa modalidade de ensino por

correspondência apareceu timidamente no Brasil no começo do século

passado (Nivalde, 2008).

O Instituto Monitor, em 1934, iniciou suas atividades, sendo considerada a

instituição mais antiga em funcionamento no país a oferecer educação não

presencial. Sete anos depois, o Instituto Universal Brasileiro começou a

funcionar. Nenhuma das duas empresas divulga o número de diplomas de

conclusão emitidos até hoje. Ambos tinham método semelhante, e que era

dedicado à iniciação profissional por correspondência em áreas técnicas, sem

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exigência de escolaridade anterior, sendo o Instituto Universal mais forte em

cursos supletivos, e o Instituto Monitor nos cursos técnicos.

A EAD é definida de várias formas, mas há um consenso de que é a

modalidade na qual as atividades de ensino e aprendizagem sejam

desenvolvidas sem que alunos e professores estejam presentes no mesmo

lugar e à mesma hora.

A EAD utiliza os mais diversos meios de comunicação, isolados ou combinados

como material impresso distribuído pelo correio, transmissão de rádio ou TV,

fitas de áudio ou de vídeo, redes de computadores, sistemas de

teleconferência ou videoconferência e até por telefone. A evolução e

popularização dos computadores, e a presença mais abrangente da internet

tornou-a o meio de ensino de preferência, e tem sido utilizada de forma

crescente nas instituições, criando ambientes virtuais de aprendizagem, como

um método colaborativo no aprender.

Em 2004 foram catalogados 215 cursos reconhecidos pelo Ministério da

Educação, ministrados por 116 Instituições espalhadas pelo país. Cada

Instituição tem uma metodologia e um esquema de trabalho próprio, e por isso

cabe a ela fornecer informações sobre o seu funcionamento. Com a

multiplicidade de novos espaços eletrônicos de interação, e a explosão da

EAD, há uma tendência para que esses espaços eletrônicos sejam cada vez

mais utilizados na aprendizagem, tanto como suporte para distribuição de

materiais didáticos, quanto como complemento aos espaços presenciais.

A utilização de um Sistema de EAD apresenta vantagens tais como acesso a

um número maior de pessoas, integração de diversos recursos educativos,

respeito ao ritmo do aluno, meio de atualização permanente e redução dos

custos da educação (Kurc, 2008; Niskier, 1999), além de incluir pessoas que se

depararam com barreiras intransponíveis no sistema educacional convencional,

seja pela impossibilidade de deslocar, seja por uma grande distância

geográfica, ou então pela limitação de tempo ou por causa de poucos recursos

financeiros. E não podemos esquecer que através de cursos à distância

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poderemos também, retornar para a comunidade, uma grande parcela do

conhecimento por nós adquirido (Niskier, 1999; Kurc, 2008).

O professor prepara o material didático de forma que os alunos recebam

mensagens que correspondam às competências que deverão adquirir. A EAD

caracteriza-se pela auto-instrução e pela conversação didática dirigida de

forma bidirecional, fazendo com que o perfil, o nível e as necessidades dos

cursos conduzam à elaboração do material didático. Esta metodologia de

ensino deve ter um discurso persuasivo, com estímulos para realização de

operações intelectuais complexas, além de possibilitar a integração de

conhecimentos anteriores com a experiência pessoal do aluno, e de identificar

as formas possíveis de aplicação destes conhecimentos em seu meio (Kurc,

2008; Niskier, 1999).

A tele-educação é o ambiente para a criação, participação e administração de

cursos pela Internet, e é o resultado do desenvolvimento participativo a partir

das dificuldades de usuários, que apresenta qualidades como a facilidade de

uso por pessoas não especializadas em computação, visando o treinamento

em atividades. Isto possibilita ações para o aprendizado de conceitos em

qualquer área de conhecimento, com o subsídio de informações disponíveis na

internet, tais como material de apoio, leituras, perguntas freqüentes,

discussões, contacto com outras experiências, e muitas outras formas de

orientação (Kurc, 2008; Niskier, 1999).

A internet permite a existência simultânea de vários vetores de comunicação

(todos para todos, todos para um, um para todos), a conexão em rede (várias

pessoas ao mesmo tempo) e o fluxo de documentos (arquivos de diversos

formatos: doc, pdf, gif, cdr, fotos, vídeos, gráficos). Ao mesmo tempo, usa-se

softwares de trabalho colaborativo que permitem organizar e controlar os

fluxos. Desta forma, as possibilidades de interação entre os participantes são

bastante diversificadas e ampliadas (Almeida, 2003).

A metodologia utilizada deve permitir e provocar a comunicação ativa entre

todos os participantes do ambiente virtual, fazendo com que toda a informação

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necessária ao desenvolvimento e aquisição do conhecimento seja acessível a

todos. Além disso, é indispensável que esse ambiente virtual permita a

realização de questionamentos coordenados pelos tutores ou professores, e

que gere discussões permitindo a comunicação a qualquer hora entre alunos e

professores (Kurc, 2008; Niskier, 1999; Nivalde, 2008).

No ambiente virtual de aprendizagem (AVA), os alunos participam do

aprendizado do modo mais ativo, pois é decisiva a atuação pessoal na

obtenção das informações dos outros participantes, para recuperar material de

apoio na rede, para estudar um assunto, para discuti-lo com os colegas, para

tirar dúvidas com os professores, para fazer trabalho em conjunto, ou mesmo

expor o próprio conhecimento (Almeida, 2003).

O método deve buscar reduzir a distância interpessoal, promovendo a

interação entre professor-aprendiz e aluno-aluno, garantindo a aprendizagem e

a transferência de mensagens. A Internet é um espaço de troca e produção

coletiva de conhecimento e informação que propicia esta enorme interação

entre os professores e alunos. Essa interação se dá através de um local WWW

na internet, disponível para todos os indivíduos envolvidos no curso. Nesse

local devem também estar disponíveis as ferramentas necessárias para o

aprendiz se comunicar com os professores e com os outros alunos, questionar

e discutir temas relacionados ao curso, enviar sua produção ao professor,

acessar biblioteca virtual, além de outras informações importantes para o

curso. O e-mail, chats e fóruns de discussões são outras ferramentas

importantes que devem estar disponibilizadas a fim de promover discussões

entre todos os indivíduos do curso (Kurc, 2008; Niskier, 1999; Nivalde, 2008).

A interatividade é uma função absolutamente crítica do processo de

aprendizagem e um fator importante a ser considerado, pois se trata não só da

interatividade entre tutor-aluno, aluno e material didático de apoio, alunos entre

si ou alunos e instituição de ensino, mas sim da cultura grupal no que se refere

às dificuldades individuais de cada um. A interação constante reforça

significativamente a aquisição de conhecimentos, na medida em que o

aprendiz é também estimulado pelas interações sociais.

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2.3. A infra-estrutura e os recursos

Como recurso principal, deve-se considerar a infra-estrutura, que permitirá a

utilização dos recursos de informática disponíveis. Deve oferecer acesso a uma

rede de comunicação para a integração entre os computadores e capacidade

de transferência rápida de dados. Devem estar à disposição computadores

atualizados e em número suficiente, para que sejam utilizados como ambiente

de estudo.

O Material didático é a base da aprendizagem e deve ser, por princípio,

necessariamente auto-explicativo, permitindo a auto-aprendizagem. Deve ser

motivador, incentivando e estimulando ao estudo, além de variado para ser

adequado aos vários estilos de aprendizagem. Deve ter como características a

interatividade, permitindo ao aprendiz um papel ativo, proporcionando-lhe uma

construção do seu aprendizado em nível de sensibilização diferenciada e da

praticidade, possibilitando encontrar as informações para entender qualquer

ponto que porventura não tenha sido compreendido. Deve permitir a

autonomia, para que o aprendiz navegue livremente pelo material proposto,

implicando numa estruturação própria do seu conhecimento, e a consistência

sendo coerente com o plano proposto para o curso e para com as metas

propostas.

Há vários tipos de mídias e recursos como parte do material didático, que

devem ser utilizados de acordo com o contexto de cada curso, desde que suas

necessidades estejam respeitadas. O uso de vários recursos e mídias deve

levar em conta que as atividades necessitam estar contextualizadas, de tal

maneira que o aprendiz tenha uma visão geral do conteúdo a ser adquirido.

Outras mídias utilizadas podem ser do tipo:

• Texto impresso, livros, revistas, e o texto virtual trazem a informação de

maneira clara, interessante, seqüencial e no formato adequado ao meio

de divulgação.

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• Ilustração, que enfatiza, exemplifica e reduz a quantidade de texto.

• Animação, que dinamiza, simula, exemplifica, motiva e reduz o texto.

• Áudio‚ que capta a atenção contextualiza e reforça a integração.

• Vídeo‚ que permite uma melhor observação da realidade, aumenta a

compreensão, motiva o estudo e reduz o texto.

• Mídia específica, como o CD-ROM, que permite uma interatividade,

tem acesso aleatório, integra e é criativo.

• Hipermídia‚ que instiga a pesquisa permitindo o acesso aleatório a

outros sites e outras mídias.

Os recursos metodológicos, segundo Sangrá (2000) podem ser classificados

em seis grupos (Carvalho, 2006; Carvalho, 2008).

1. Aplicações de aprendizagem (estudo de casos, jogos e simulações).

2. Grupos de discussão (chats, fóruns).

3. Perguntas abertas (questionários).

4. Perguntas fechadas ( provas com múltipla escolha).

5. Apresentação de informação ( leituras e gráficos).

6. Síntese (glossários, resumos).

As vantagens do uso da informatização podem se identificadas na flexibilidade

quanto ao estudo, economia de tempo e dinheiro, sendo uma metodologia na

qual pode se adequar o próprio período de ocupação (manhã, tarde, noite ou

madrugada) e o tempo disponível a ser utilizado. Outras importantes vantagens

são a possibilidade de atualizações constantes, um enfoque particular do

assunto de interesse, contato constante entre professor e aluno perante as

informações disponibilizadas na rede de computadores, o uso da internet com

facilidade de acesso às informações, sendo uma maneira de complementar o

que já se sabe, e por um lado e por outro, fornecer mais informações para os

métodos presenciais, com disponibilidade de estudar em qualquer lugar sem a

necessidade do deslocamento do aluno, permitindo integrar pessoas que não

poderiam estar presentes no caso de um curso ministrado em uma sala de

aula, com ausência parcial de pressão por cumprimento de prazos, além de

arquivar no computador e não em papel, evitando acúmulo de volume, e

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oportunidade de aprender por si mesmo com maior curiosidade em esclarecer

suas dúvidas, por ser um método novo que estimula o interesse até mesmo

para que o método dê certo (Guerra, 2003).

A EAD vem ocupando seu lugar na disseminação do conhecimento humano, e

tem enorme potencial na área da saúde, devido ao grande volume de

informações e que a cada dia aumenta geometricamente, exigindo do

profissional um aprendizado constante.

Outro grande problema para desenvolvimento das atividades em saúde é a

falta de protocolos padronizados compatíveis com as políticas governamentais

propostas, e que sejam de fácil entendimento para que ocorra a inserção de

dados confiáveis. Por outro lado, algumas políticas de saúde pública não estão

sintonizadas às necessidades populacionais nem aos programas de

especialização, necessitando, portanto, da criação de cursos de treinamentos

objetivos e que garantam o pleno entendimento dos assuntos abordados pelos

protocolos.

No entanto, para atingir este objetivo, é fundamental a formação e capacitação

do pessoal que compõe os quadros técnicos, e que estará envolvido nesta

tarefa. A formação e capacitação devem propiciar valorização e compreensão

dos gestores, baseados na cultura e em informações qualificadas e

permanentemente oferecida aos participantes.

As necessidades geradas pelo Sistema Único de Saúde colocam novos

desafios no que se refere à aprendizagem sobre si mesma e o conhecimento

aprofundado do seu universo de atuação, com estudos e discussões sobre

novos instrumentos, metodologias, linguagens e formas mais adequadas de

avaliação, acompanhamento e controle. É preciso modernizar a educação para

acompanhar as enormes transformações na área da saúde, principalmente e

em especial no serviço de auditoria.

É importante destacar que a EAD pode ser realizada nos vários níveis e

setores da Secretaria Estadual de Saúde. Esta oferta constitui uma importante

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estratégia para o aprendizado mais rápido e econômico, especialmente para

atingir as regiões mais distantes.

2.4. O Moodle

O Moodle foi proposto por Martin Dougiamas em 1999, na Universidade de

Curlin, na Austrália (Guerra, 2008). Dougiamas era um administrador da

Internet, que desiludido com as aplicações que existiam na época, procurou

promover um software imbuído nas teorias construtivistas de Jean Piaget, mais

precisamente num construtivismo social, onde o conhecimento e a

aprendizagem decorrem de um ambiente colaborativo, no qual qualquer um

pode ser o professor, e ao mesmo tempo o aluno (Dougiamas e Taylor, 2002;

Dougiamas e Taylor, 2003). Versões recentes estão traduzidas em mais de 78

línguas, em 203 países (Comunidade Moodle, 2008).

Muitas instituições de ensino básico e superior, e centros de formação estão

adaptando esta plataforma aos próprios conteúdos, com sucesso, não apenas

para cursos totalmente virtuais, mas também como apoio aos cursos

presenciais. A plataforma também vem sendo utilizada para outros tipos de

atividades que envolvem formação de grupos de estudo, treinamento de

professores e até desenvolvimento de projetos. Outros sectores, não ligados à

educação, também o utilizam, como por exemplo, empresas privadas,

organizações não governamentais (ONGs) e grupos independentes que

necessitam interagir colaborativamente na iInternet. Também é muito usado na

EAD. É interessante notar sua semelhança com o sistema Orkut, porém com a

fundamental diferença de ser focalizado na educação e na interação entre

professores e estudantes (Wikipédia, 2008).

A palavra Moodle teve origem no acrónimo do inglês Modular Object-Oriented

Dynamic Learning Environment (numa tradução livre – Ambiente Modular de

Aprendizado Dinâmico Objeto-Orientado), que é informativo especialmente

para programadores e investigadores educativos (Dougiamas e Taylor, 2003;

Guerra, 2008; Wikipedia, 2008). Em linguagem coloquial, o verbo to moodle

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descreve o processo de navegar de forma despretensiosa por algo, enquanto

fazem-se outras coisas ao mesmo tempo, o que leva a uma maneira agradável

de mexer nas coisas, o que frequentemente conduz a uma comprensão mais

profunda e à criatividade. Como tal aplica-se tanto à maneira em que o Moodle

foi desenvolvido, e à maneira com que o estudante ou professor podem

abordar a aprendizagem ou o ensino.

A distribuição e utilização do Moodle são gratuitas, e todos os seus

componentes podem ser obtidos na internet (Comunidade Moodle, 2008),

necessitando apenas de um computador servidor com programas abertos e

gratuitos. Na ausência de um servidor disponível, há a possibilidade de se

contratar um serviço de alojamento por aluguel. A instalação da aplicação é

simples e intuitiva (Comunidade Moodle, 2008; Dougiamas e Taylor, 2002;

Dougiamas e Taylor, 2003). É um programa de fonte aberta, o que significa que

se pode instalar em computadores, usar, modificar e mesmo distribuí-lo sem

ônus. Para conhecer melhor este método, é possível experimentar os cursos

de demonstração na internet através do seu endereço eletrônico, que abrange

uma comunidade atual de cerca de 600.000 membros, e é o local no qual se

obtém conhecimento sobre o programa, novidades e suporte. É possível

também que o usuário ofereça contribuições para o desenvolvimento do

método (Comunidade Moodle, 2008; Wikipédia, 2008).

O projeto e desenvolvimento do Moodle são orientados por uma particular

filosofia de aprendizagem, uma maneira de pensar que pode ser

simplificadamente chamada de construcionismo social. É um sistema para

gerenciamento de cursos (SGC) via Internet, algumas vezes também chamado

de Sistemas de Gerenciamento de Aprendizagem (SGA) ou Ambiente Virtual

de Aprendizagem (AVA), baseado em um programa para computador,

destinado a auxiliar o educador a criar cursos de qualidade. Uma vantagem

importante sobre outras plataformas de AVA é o forte embasamento na

pedagogia construcionista de Seymour Papert (Papert, 2008), um psicólogo do

Laboratório de Inteligência Artificial do Instituto de Tecnologia de

Massachusetts. Papert adaptou os princípios do construtivismo cognitivo de

Piaget, e construiu um conjunto de premissas a ser usado aplicando a

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tecnologia de computadores, como auxiliar no processo de construção do

conhecimento.

A pedagogia social construcionista sustenta que os indivíduos constroem

ativamente novos conhecimentos na medida em que interagem com no

ambiente. Segundo esta forma de pensar, tudo que o que é lido, visto, ouvido,

sentido ou tocado é confrontado com o conhecimento anterior e, se já não

preexiste no mundo mental, pode vir a formar novo conhecimento que, então,

o indivíduo passa a possuir. E o conhecimento pode ser enriquecido se usado

de maneira interativa. Considera-se que o indivíduo não é um banco de

memória, que passivamente absorve informação, nem se acredita que o

conhecimento possa ser transmitido apenas pela leitura de um texto, ou

assistindo à preleção de um professor em sala de aula (Raskin, 2002).

A aprendizagem é particularmente eficaz quando se está construindo alguma

coisa para que outros experimentem. Essa alguma coisa pode ser desde uma

frase, até informações mais complexas como uma pintura, uma casa ou

programa para computador. Por exemplo, o indivíduo mesmo lendo um texto

diversas vezes, mesmo assim, poderá esquecê-lo rapidamente. Mas, ao tentar

explicar este mesmo texto para outra pessoa com suas próprias palavras, ou

produzir uma apresentação que o explique, isto o levará a um melhor

entendimento do texto, que se integrará aos seus conhecimentos já existentes.

Este, provavelmente, é o motivo pelo qual as pessoas fazem anotações

durante palestras ou aulas, mesmo que elas nunca venham a ler estas

anotações.

Os conceitos até aqui apresentados são estendidos a um grupo de pessoas

construindo coisas umas para as outras, criando de maneira colaborativa uma

pequena cultura de coisas compartilhadas com significados compartilhados. Se

alguém está imerso em uma cultura como esta, esse alguém está

continuamente aprendendo como ser uma parte dessa cultura (Raskin, 2002).

A investigação sobre a motivação das pessoas em uma discussão é o objeto

de observação. Comportamento separado se dá quando alguém tenta manter-

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se atento ao objetivo, oferecendo apenas importância aos fatos, e por fim,

tende a defender apenas suas próprias idéias, usando a lógica para descobrir

falhas nas idéias de seus oponentes. O comportamento ligado é aquele em que

a pessoa aceita subjetividade, tentando prestar atenção e fazer perguntas num

esforço de entender o ponto de vista dos outros. Um comportamento adequado

é aquele em que a pessoa é sensível a ambos os comportamentos descritos e

é capaz de escolher qual deles é apropriado a cada situação (Raskin, 2002;

Chee, 1997).

Em geral, um comportamento saudável em uma comunidade de estudo é um

estimulante poderoso para a aprendizagem, não somente aproximando as

pessoas desta comunidade, mas promovendo uma reflexão e reexame

contínuos e profundos de seus próprios conceitos pré-existentes.

Para usar o Moodle é necessário um administrador geral. Os vários cursos são

da responsabilidade de tutores ou professores, que disponibilizam os

conteúdos pedagógicos, definem como os alunos têm acesso a estes

conteúdos, providenciam temas para as discussões e organizam os testes de

avaliação.

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3. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Capacitar os agentes envolvidos na Auditoria da Secretaria Estadual de Saúde

no Estado de São Paulo, utilizando como ferramenta a Educação a Distância

(EAD) pelo método Moodle.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Introduzir e capacitar todos os agentes da Auditoria da Secretaria

Estadual de Saúde de São Paulo no Método Moodle.

2. Oferecer treinamento específico aos agentes da Auditoria da Secretaria

Estadual de Saúde de São Paulo para o sistema de EAD.

3. Capacitar os agentes envolvidos nas atividades de Auditoria de acordo

com as Normas e Regulamentos referentes à Auditoria.

4. Oferecer permanentemente informações atualizadas aos agentes da

Auditoria da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.

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3. METODOLOGIA

1. Definir no âmbito da Auditoria da Secretaria Estadual de Saúde de São

Paulo:

a. Agente coordenador com o fim de organizar e preparar o

ambiente da Auditoria para:

i. O uso do sistema de EAD.

ii. Introdução do método Moodle.

b. Agentes médicos auditores no papel professores:

i. Preparar a ementa do Curso de Auditoria para auditores

médicos e enfermeiros.

ii. Preparar o material didático que estará disponível aos

agentes em treinamento.

iii. Definir os métodos de avaliação do curso.

2. Propor convênio com organização de EAD do Ministério da Saúde,

através do DATASUS, para o uso do ambiente virtual UniverSUS

(Ambiente Virtual UniverSus, 2008), para a utilização do método

Moodle.

3. Escolha dos agentes da Auditoria da Secretaria Estadual de Saúde de

São Paulo:

a. Para a fase inicial de introdução ao EAD e ao Moodle:

i. Agentes não médicos como coordenadores em cada um

dos 17 Departamentos Regionais de Saúde do Estado de

São Paulo.

ii. Médicos treinados em Auditoria para colaborar na

preparação dos temas do Moodle.

b. Fase de capacitação em Auditoria:

i. Convocar os agentes não médicos dos Distritos Regionais

para coordenação local.

ii. Convocar os agentes de enfermagem de cada Distrito para

o treinamento inicial.

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iii. Convocar os agentes médicos de cada Distrito para o

treinamento inicial.

c. Avaliação da capacitação dos agentes convocados para o Curso.

4. Avaliação dos resultados do Curso à distância.

a. Avaliar a coordenação do curso.

b. Avaliar a preparação e a pedagogia do curso.

c. Avaliar os meios à disposição para a introdução do Curso;

i. Quanto à disponibilidade.

ii. Quanto à adesão pelos envolvidos na organização e

preparação do Curso.

iii. Quanto à colaboração efetiva recebida pelos órgãos

governamentais de apoio.

5. Apresentação do resultado final.

6. Decisão da continuidade desta modalidade de treinamento junto aos

gestores da Auditoria da Secretaria de Estado da Saúde do Estado de

São Paulo.

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4. RESULTADO – UMA PROPOSTA DE PROJETO

4.1. Proposta de projeto

Proposta de projeto para instituir a Educação à Distância no âmbito da

Auditoria da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, utilizando-se do

método Moodle. É divido em 4 fases.

4.2. Detalhamento do projeto

a. Fase 1

1. Indicação oficial do Coordenador do Curso para Auditores da Secretaria

de Estado da Saúde de São Paulo.

2. Indicação dos professores médicos agentes da Auditoria da Secretaria

de Estado da Saúde de São Paulo.

3. Treinamento destes agentes em EAD e Moodle.

4. Levantamento dos recursos em disponibilidade e de infra-estrutura:

a. Na auditoria em São Paulo.

b. Nos Departamentos Regionais de Saúde.

b. Fase 2

1. Proposta de convênio com o sistema UniverSus (Ambiente Virtual

UniverSus, 2008), do DATASUS, para a utilização do método Moodle

no âmbito da Auditoria da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

2. Preparação da Ementa do Curso para Auditores pelos professores

indicados.

3. Preparação dos métodos de avaliação:

a. Dos alunos em treinamento.

b. Do coordenador.

c. Dos professores.

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d. Do Sistema de Educação à distância, no âmbito da Secretaria de

Estado da Saúde de São Paulo.

e. Da colaboração dos órgãos governamentais não estaduais

envolvidos.

4. Efetivar o convite aos professores capacitados em Auditoria, para

colaborar no Curso de Auditoria com apresentação de temas e

participação em discussões com os alunos.

5. Preparação do projeto pedagógico para o Moodle, pelos professores.

a. Treinamento inicial com coordenadores regionais, em cada

Departamento Regional escolhido pelo coordenador do Curso de

Auditoria. A escolha destes Departamentos será em função

i. Da disponibilidade dos recursos.

ii. Do envolvimento dos agentes burocráticos, que sejam

consistentes com uma avaliação prévia

1. De colaboração.

2. De capacidade de trabalho em informática e internet.

b. Distribuição do material pedagógico.

6. Reunião presencial para:

a. Conhecimento pessoal mútuo.

b. Avaliar do envolvimento, capacidade de colaboração e conhecimento

básico de informática.

c. Formação de ambiente propício à camaradagem e colaboração.

7. Apresentação do andamento do projeto à chefia da Auditoria da

Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo:

a. Para conhecimento e avaliação preliminar.

b. Para considerar a continuidade deste Curso.

c. Para a apresentação do relatório do coordenador sobre o andamento

do Projeto.

c. Fase 3

1. Convocação para o curso da Auditoria:

a. Dos agentes enfermeiros.

b. Dos agentes médicos.

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2. Escolha do formato do curso Moodle:

a. Formato semanal, com data de início e fim.

b. Formato em tópicos, no qual cada assunto a ser discutido representa

um tópico, sem limite de tempo pré-definido.

c. Misto semanal e em tópicos.

d. Fase 4

1. Avaliação dos alunos.

2. Avaliação do coordenador e professores.

3. Avaliação do curso.

4. Relatório final apresentado pelo coordenador.

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5. CONCLUSÃO

Devido ao aumento progressivo da quantidade de dados, informações e

conhecimentos que o profissional de auditoria deve possuir para exercer

adequadamente a sua profissão, os sistemas de informação tornam-se uma

ferramenta de grande importância para as atividades relacionadas a esta

profissão.

Os setores de auditoria dos 17 Departamentos Regionais de Saúde hoje

realizam treinamentos presenciais, se deslocando até a cidade de São Paulo. A

implantação de um sistema EAD para realização de cursos para satisfazer às

necessidades específicas, restrições operacionais e financeiras, sem afastar o

indivíduo de suas rotinas de trabalho, tem o potencial de gerar grandes

benefícios. O principal resultado esperado é a melhoria de todo o processo de

trabalho dentro do setor de auditoria, qualificando e potencializando as

expertises.

A colaboração do Ministério da Saúde do Brasil, através do DATASUS, para a

utilização do Moodle, é muito importante, e vai de encontro com a finalidade

deste órgão governamental, e que está exposta no seu local na internet

(Ambiente Virtual UniverSus, 2008):

“O ambiente virtual UniverSus volta-se para o desenvolvimento e manutenção

de iniciativas de capacitação a distância no âmbito do SUS, contribuindo

gratuitamente para a formação dos profissionais da saúde. Neste ambiente

virtual, cursos desenvolvidos pelo DATASUS e por outras áreas do Ministério

da Saúde e Secretarias são disponibilizados e realizados. Além disto, o site

UniverSus propicia o compartilhamento de idéias e trabalhos através de seus

ambientes”.

Com o objetivo de oferecer ensinamentos, treinamentos e esclarecimentos de

forma contínua e aprimorada, para todas as ações de auditoria na gestão do

Plano de Saúde de São Paulo, a proposta de utilizar a EAD aplicando o método

do Moodle deve ser considerada.

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A aplicação destas ferramentas irá contribuir para melhorar a gestão de

qualidade dos setores da auditoria, proporcionando agilidade e segurança no

acesso da informação e automatizando processos, menos suscetíveis às

variáveis resultantes da intervenção humana possibilitando redução de custos.

Isto deverá resulta no aumento da qualidade dos serviços prestados a

população.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Acesso em: 19 Nov 2008. Almeida MEB. Educação a distância na internet: abordagens e contribuições

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Paulo July/Dec. 2003. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-

97022003000200010&script=sci_arttext>. Acesso em: 18 Nov 2008.

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7. DOCUMENTAÇÃO CONSULTADA

1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 19011: diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental. Rio de Janeiro: ABNT, nov. 2002.

2. BRASIL. Decreto n.º 1.651, de 28 de setembro de 1995. Regulamenta o

Sistema Nacional de Auditoria no âmbito do Sistema Único de Saúde.

3. BRASIL. Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as

condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.

4. BRASIL. Lei n.º 8.689, de 27 de julho de 1993. Dispõe sobre a extinção do

Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS, e dá outras providências. Brasília, 1993.

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Norma Operacional Básica do Sistema Único

de Saúde / NOB-SUS - 01/1996. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 06 nov. 1996.

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Manual de Normas de

Auditoria. Brasília, 1998. 7. Normas para apresentação de monografia. Fundação Getulio Vargas, Escola

de Administração de Empresas de São Paulo, Biblioteca Karl A. Boedecker. 5.ed. São Paulo: FGV-SP, 2007. 97 p.

8. SANTA CATARINA. Decreto n. 3.266, de 21 de outubro de 1998. Institui o

Sistema Estadual de Controle, Avaliação e Auditoria no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial do Estado de Santa Catarina, 1998. Florianópolis, 1998.

9. SANTA CATARINA. Decreto n. 5.831 de 23 de outubro de 2002. Institui o

Sistema Estadual de Controle, Avaliação e Auditoria no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial do Estado de Santa Catarina, 2002. Florianópolis, 2002.

10. SANTA CATARINA. Decreto nº 688 de 2 de outubro de 2007. Institui o

componente estadual de auditoria, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial do Estado de Santa Catarina, 2007. Florianópolis, 2007.