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Colégio Positivo de Gurupi ARTE Professora: Raquel Rocha Coelho MATERIAL DIDÁTICO AULA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 8º ANO Olá, querido estudante! Nesta atividade você estudará seguindo um roteiro de atividades. Este roteiro de estudos está dividido em três momentos. É um passo a passo pensado para te auxiliar a estudar o assunto de uma maneira mais organizada. Fique ligado! Bons estudos! REALIZAR A LEITURA DO TEXTO/REPORTAGEM DESTACANDO OS TRECHOS MAIS RELEVANTES. QUEIMADAS A prática de queimada é utilizada como técnica rudimentar de preparo da terra. As queimadas são uma das principais causas do aquecimento global. As queimadas provocam um profundo desequilíbrio ambiental. A prática de realizar queimada promove uma série de problemas de ordem ambiental, tal fato tem ocorrido em diferentes pontos do planeta, os países subdesenvolvidos são os que mais utilizam esse tipo de recurso.

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Colégio Positivo de Gurupi

ARTE

Professora: Raquel Rocha Coelho

MATERIAL DIDÁTICO AULA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 8º ANO

Olá, querido estudante!

Nesta atividade você estudará seguindo um roteiro de atividades. Este roteiro de estudos está dividido em três momentos. É um passo a passo pensado para te auxiliar a estudar o assunto de uma maneira mais organizada. Fique ligado!

Bons estudos!

REALIZAR A LEITURA DO TEXTO/REPORTAGEM DESTACANDO OS TRECHOS MAIS RELEVANTES. QUEIMADAS

A prática de queimada é utilizada como técnica rudimentar de preparo da terra. As queimadas são uma das principais causas do aquecimento global.

As queimadas provocam um profundo desequilíbrio ambiental. A prática de realizar queimada promove uma série de problemas de ordem ambiental, tal fato tem ocorrido em diferentes pontos do planeta, os países subdesenvolvidos são os que mais utilizam esse tipo de recurso.

As queimadas são mais freqüentes em áreas rurais que praticam técnicas rudimentares de preparo da terra, quando existe uma área na qual se pretende cultivar, o pequeno produtor queima a vegetação para limpar o local e preparar o solo, esse recurso não requer investimentos financeiros.

Do ponto de vista agrícola, o ato de queimar áreas para o desenvolvimento da agricultura é uma ação totalmente negativa, uma vez que o solo perde nutrientes, além de exterminar todos os microrganismos presentes no mesmo que garante a fertilidade, dessa forma, a fina camada da superfície fica empobrecida e ao decorrer de consecutivos plantios a situação se agrava gradativamente resultando na infertilidade.

Outra questão que deriva das queimadas é o aquecimento global, pois a prática é a segunda causa do processo, ficando atrás somente da emissão de gases provenientes de veículos automotores movidos a combustíveis fósseis. Isso acontece porque as queimadas produzem dióxido de carbono que atinge a atmosfera agravando o efeito estufa e automaticamente o aquecimento global.

As queimadas praticadas para retirar a cobertura vegetal original para o desenvolvimento agrícola e pecuária provocam uma grande perda de seres vivos da fauna e da flora, promovendo um profundo desequilíbrio ambiental, às vezes em níveis sem precedentes.

No caso específico do Brasil, as queimadas tem sido responsáveis pela diminuição de importantes domínios brasileiros, principalmente a floresta Amazônica e o Cerrado, duas áreas intensamente exploradas pela agropecuária.

Disponível em: https://alunosonline.uol.com.br/geografia/queimadas.html.

Acesso em 25/05/2020 às 12h.

Dúvidas sobre Queimadas?

O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), disponibiliza o WhatsApp Ambiental, que tem como objetivo dar assistência em relação ao combate de queimadas, esclarecendo as dúvidas da população. O contato será por meio do número (63) 99988-0030 apenas para esclarecimentos por mensagens de texto, não sendo possível realizar denúncias.

A população poderá realizar denúncias de queimadas ilegais e incêndios florestais através dos canais oficiais dos órgãos fiscalizadores, sendo eles: Polícia Militar -190 e Linha Verde Naturatins 0800 63 1155. Já em caso de emergência com os focos de incêndios devem ser informados diretamente ao Corpo de Bombeiros através do 193 e Defesa Civil pelo 199.

Comentário:

Hoje a realidade sobre as queimadas para a introdução de lavouras é uma realidade somente para os agricultores que praticam a agricultura familiar, pois na agricultura empresarial não se usa mais essa técnica para limpeza da vegetação, onde essa limpeza é feita através de máquinas, buscando uma formação de uma agropecuária sustentável. O desmatamento só poderá ser realizado com a concessão da licença retirada no órgão ambiental do estado (Intertins). Caso não seja tirada essa licença, o desmatamento é ilegal e criminoso.

Chefe da Embrapa mostra mitos e verdades sobre queimadas e desmatamento no Brasil

Evaristo de Miranda, da Embrapa Territorial, fala sobre a diferença entre queimadas e incêndios e da importância da regularização fundiária para tecnificar os produtores.

04 de agosto de 2020 às 18h08

Por Canal Rural

Um levantamento da Embrapa Territorial com base em dados de satélites da Nasa mostrou que, nos sete primeiros meses de 2020, houve aumento de 44% no número de queimadas na América do Sul, na comparação com o mesmo período de 2019. Foram 149.044 focos de fogo, o maior valor dos últimos sete anos. Esse crescimento, no entanto, foi maior na Argentina (286%), Uruguai (177%) e Paraguai (129%). No Brasil, as queimadas cresceram apenas 4%.

· Embrapa: queimadas crescem 44% na América do Sul em 2020; no Brasil, 4%

· Força-tarefa para combate a incêndios na Amazônia será ampliada

Doutor em ecologia e chefe da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda possui um vasto portfólio em pesquisas sobre o tema e chama a atenção para o que o mundo muitas vezes costuma ignorar: nem tudo é o que parece quando o assunto é queimada ou desmatamento.

Em entrevista ao Mercado & Companhia desta terça-feira, 4, Miranda enfatizou o fato de os jornais mundo afora darem destaque para números absolutos de queimadas e poucas vezes se importarem com a quantidade de eventos por quilômetro quadrado. Segundo ele, de janeiro ao fim de julho de 2020, o Brasil registrou cinco queimadas por 1.000 quilômetros quadrados, ao passo que a nossa vizinha Venezuela registrou 38 pontos de calor pela mesma área; o Paraguai, 36; a Colômbia, 17; e a Argentina, 10.

Considerando apenas o bioma Amazônia, houve queda de 7% nas queimadas em comparativo com os sete primeiros meses do ano passado. Segundo Miranda, esses dados podem ser analisados por diferentes ângulos.

“Os dados das queimadas são monitorados por satélite diariamente. São vários satélites da Nasa [agência espacial dos EUA] monitorando queimada, mas existe um, o Modis-Aqua, na passagem vespertina, na parte da tarde, que a gente toma como referência no planeta para poder monitorar as queimadas. Afinal, se tiver um fogo que dure oito horas e passarem oito satélites, um a cada hora, serão contabilizadas oito queimadas. Mas na verdade é uma só”, disse.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) utiliza os dados desse satélite para abastecer o banco de dados brasileiro sobre queimadas. “Os dados deste ano mostram que essa seca na América do Sul levou ao aumento muito grande de fogo na Argentina, Paraguai, Uruguai e também no Pantanal brasileiro, com aumento de 200% nas queimadas. É uma área pequena e não afeta tanto na globalidade do monitoramento de queimadas do Brasil”, comentou.

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

Afinal, são queimadas ou incêndios?

Esse, segundo Evaristo de Miranda, é um dos pontos fundamentais para discutir este assunto. Segundo ele, há uma diferença enorme entre incêndios e queimadas e que o Brasil tem todo o potencial para conseguir monitorar ainda melhor e diminuir o número de focos de calor considerados criminosos.

“A queimada é completamente diferente do incêndio. No Brasil, os incêndios são raros na vegetação nativa. Na Amazônia, temos raios todos os dias e nenhum incêndio é iniciado, pois é uma floresta úmida. A queimada, por outro lado, é uma tecnologia agrícola. Ou seja, é o uso do fogo na agricultura, que tem hora para começar, para acabar, tem um responsável por ele e tem um objetivo, como queimar um pasto seco para destruir parasitas ou o resto de uma plantação”, disse.

Foto: Pixabay

Segundo o pesquisador, a diminuição do número de queimadas passa, obrigatoriamente, por um acesso maior dos pequenos agricultores às tecnologias mais modernas e que substituem essa prática. “A queimada é uma tecnologia muito antiga, que não é recomendada na agricultura, tanto que a Embrapa fornece tecnologia para substituir a queimada em qualquer sistema de produção, mas o produtor precisa de meios para poder adotar as tecnologias”, contou.

Regularização fundiária

A inclusão dos agricultores na legalidade é tão fundamental que estudos apontam que 95% dos produtores rurais registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) não promoveram nenhum foco de calor e suas propriedades.

“A regularização fundiária é uma das aliadas contra as queimadas irregulares. O incêndio é um fogo fora de hora, de lugar, destrói patrimônios e ninguém responde por eles. Incêndio na agricultura é raridade, mas pode acontecer, principalmente aqueles incêndios agrícolas que começam com uma fagulha de uma máquina. Mas, ao contrário de países como Estados Unidos, temos poucos incêndios florestais no Brasil”.

Segundo ele, os pontos de calor notificados são, em sua maioria, focos de queimadas feitas em áreas não incluídas no cadastro ambiental.

“Eu estava vendo um mapa de 1998 de São Paulo e esse estado era o lugar que mais tinha queimada por causa da cana. Hoje, ninguém mais queima cana porque tem as máquinas. Se não tiver regularização fundiária, como esse agricultor vai ter extensão rural, como vai ter acesso ao crédito? Então, essa regularização fundiária é fundamental para que a gente também a regularização ambiental desse produtor”, concluiu.

É preciso falar da população da Amazônia

Segundo o chefe da Embrapa Territorial, outro ponto que ainda é pouco explorado pela mídia e estrangeiros é a importância da produção rural na Amazônia que é utilizada, basicamente, pelo povo local. 

“Existem 500 cidades e quase 29 milhões de habitantes da Amazônia. Temos 1 milhão de produtores rurais e o que se produz lá é irrelevante para o Produto Interno Bruto do Brasil, mas é fundamental para a sobrevivência do povo da Amazônia, pois são esses pequenos agricultores que alimentam a região”, disse.

Foto: Governo do Amazonas

Atualmente, o Código Florestal autoriza o produtor rural a utilizar 20% do seu imóvel para produção, deixando 80% com vegetação nativa. “É um direito dele, e já há uma limitação inacreditável e que não existe em nenhum lugar do mundo. Mas o que querem é que ele não use nem esses 20% por estar na Amazônia, aí seria como querer exterminar e propor o genocídio do povo da Amazônia”, falou ao Canal Rural

Com agricultura sustentável e com técnicas modernas, como a integração lavoura-pecuária-floresta, segundo a Embrapa, é possível manter o nível de produção do Brasil sem avanços preocupantes sobre a vegetação nativa.

“O Brasil não precisa expandir o agronegócio na Amazônia, pois o que tem lá é algo muito pequeno e é destinado à atender a região. Essa agricultura precisa de tecnologia de apoio. No resto do Brasil, quanto mais se integrar pastagem com lavoura, melhor para o meio ambiente, rentabilidade e produtividade. Essa conversa de trocar pasto por cultura é coisa do passado e nós  já podemos fazer melhor do que isso”, disse.

Segundo Evaristo de Miranda, em sua última década de pesquisa, foi possível comprovar que o desmatamento na Amazônia vem, sobretudo, de pequenas propriedades, que possuem o direito de utilizar aquela terra para produzir. “Nos últimos 10 anos eu classifiquei cada pequena área desmatada, e a grande maioria é de pequenos agricultores”, finalizou.

E é com base nesses dados, minuciosamente estudados, que o chefe da Embrapa Territorial defende uma regularização fundiária e facilitação de acesso às tecnologias agrícolas que substituem as queimadas. Dessa maneira, avalia , o Brasil poderá cada vez mais diminuir o número de focos de calor e seguir com a sua vocação de produzir alimento com sustentabilidade, algo que já está na lei e em ações concretas, como o Código Florestal e o CAR.

MAPA COM INFORMAÇÕES SOBRE QUEIMADAS

A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), é um dos órgãos ambientais do nosso estado, que é responsável pela fiscalização e prevenção das queimadas. Utilizando imagens de satélite, a SEMARH faz o acompanhamento dos focos de incêndios florestais e queimadas em todos os municípios do estado.

Temos nos mapas a seguir as informações e imagens dos Incêndios Florestais e Queimadas nos anos de 2010, 2015, 2017 e 2019.

Com base nos mapas acima responda:

1. Observando as imagens, qual ano teve mais focos de calor e qual ano teve menos focos de calor?

Mais focos:

Menos focos:

2. Qual a diferença em hectares de focos de calor registrados entre o ano de 2010 comparado ao ano de 2019?

3. Quais medidas de preventivas para evitar o aumento das queimadas?

4. Não podemos utilizar o fogo para eliminar resíduos (lixo, folhas secas, madeira, raízes, etc). Quais medidas sustentáveis podem adotar para manter os lotes limpos?

5. No espaço abaixo, com colagens de figuras ou desenhos, crie um meme sobre as queimadas na sua cidade.